coronelismo no brasil
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Conceito
é o termo criado para designar certos hábitos
políticos e sociais próprios do meio rural
brasileiro, onde os grandes proprietários
rurais, chamados de 'coronéis', exerciam
absoluto domínio sobre as pessoas que viviam
em suas terras ou delas dependiam para
sobreviver. O fenômeno tem raízes profundas na
tradição patriarcal brasileira e no arcaísmo da
estrutura agrária do país. Também é
utilizado, na atualidade, para designar a
política nepotista e demagógica de alguns
políticos.Fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/coronelismo/
O termo "Coronelismo" remete a um
momento anterior à República.
Quando Dom Pedro I deixou o reinado, em 1831, foi criada a GuardaNacional, criando um coronelismo institucional. Na ocasião, as patentes
militares foram colocadas à venda pelo governo regencial que comandou o
Brasil até 1842. Os homens mais ricos, grandes proprietários de terra, em
geral, puderam comprar títulos de tenente, capitão, major, tenente-coronel e
de coronel da Guarda Nacional, que era o mais importante de todos.
Apesar da origem do termo ainda no período imperial, foi na República que ele
ganhou mais representatividade no cotidiano do povo brasileiro e passou a
conceder poderes maiores ao portador do título. Os coronéis da Primeira
República eram grandes latifundiários e, eventualmente, comerciantes
enriquecidos, que gozavam de grande poder e de muitos privilégios sobre apopulação brasileira.
O grande diferencial do poder dos coronéis
era a capacidade de determinar em quem
os eleitores votariam. A expressão "voto de
cabresto" é relativa a esse período da
história do Brasil, pois o voto não era
secreto e os jagunços dos coronéis
utilizavam de punição física caso algum
eleitor se manifestasse contra os interesses
do mandatário local.
Leitura do texto de Victor Nunes Leal
Entenda: O coronelismo é
uma manifestação
diferenciada do poder
privado em meio a um regime
político de base
representativa.
O poder do coronel estava muito relacionado à
distribuição populacional em regiões rurais do
território brasileiro. Nesse contexto, o coronel era
uma figura local de grande influência sobre os
moradores de cidades menores, de regiões mais
afastadas e de suas imediações. Os coronéis
dominavam funções como de policiamento e de
justiça que deveriam ser de autoridade do Estado
nessas regiões.
Submetendo, inclusive, delegados, juízes e prefeitos.
Quanto mais terra possuísse, maior era seu
poder, pois mais pessoas dependiam dele.
Sobre o fenômeno do coronelismo, Edgar Carone o
define como “Uma das consequências fundamentais do
desequilíbrio entre o centralismo e o federalismo”; em
decorrência da ausência efetiva do Estado em
localidades mais distantes, desenvolvem-se
agrupamentos sociais e políticos autônomos, ganhando
poder, inclusive, de barganha. Agindo como “chefe de
clã”, “juiz”, “comerciante”, “agricultor”, “homem de
fé”, “hospitaleiro”, o coronel conseguia tecer ao seu
redor e em seu benefício uma teia de relações que
envolvia todos os segmentos da sociedade. Como mais
um instrumento de coerção, contava com os
“capangas”. (APUD SEIXAS, 2009)