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CORNERSTONE CONNECTIONS ADOLESCENTES Manual Auxiliar Para Moderadores 2º Trimestre / 2017 Departamento da Escola Sabatina e dos Ministérios da Criança UPASD

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CORNERSTONECONNECTIONS

ADOLESCENTES

Manual AuxiliarPara Moderadores

2º Trimestre / 2017Departamento da Escola Sabatina e dos Ministérios da Criança

UPASD

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CORNERSTONE CONNECTIONSGuia do Moderador

HISTÓRIAS. REAIS. SÓLIDAS.

2º Trimestre de 2017Liberdade sem Limites

PORQUÊ A ABORDAGEM BÍBLICA DA HISTÓRIA (introdução do Moderador)

Há uma tendência para negligenciar a Palavra de Deus, porque a Bíblia parece tão velha e as questões da vida de hoje não parecem ligar-se automaticamente com os textos inspirados, antigos. Tentar ler a Bíblia toda pode deixar os jovens num nevoeiro. Mas nunca foi intenção que a Bíblia fosse lida. A intenção foi que a Bíblia fosse estudada, que se refletisse sobre ela, que fosse vivida. Não foi escrita para ser analisada, mas obedecida. É preciso esforço. Se queres apenas uma história para te entreter, então a Bíblia não é para ti.

A Bíblia não é uma novela que te prenda, mas, se tomares a mensagem firmemente com coração pronto a aprender e olhos que buscam Deus, encontrarás muito mais do que entretenimento. Descobrirás uma mensagem só tua. “Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jeremias 29:13, ARC.) Jesus disse: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mateus 7:24, ARC.)

A Bíblia é uma ferramenta que será usada pelo Mestre prometido – o Espírito Santo. Nós, os professores terrenos, seremos eficazes na medida em que deixarmos, primeiro, que o Espírito nos ensine. Cada uma destas lições foi construída à volta de uma história bíblica específica. Dirigirá os alunos para Dentro da História e ajudá-los-á a desenterrar verdades para a sua vida A Partir da História. As gemas da verdade ainda não foram retiradas da mina para si. O Moderador e os seus alunos terão a oportunidade de ser, eles próprios, os mineiros.

“No estudo diário o método de estudar versículo a versículo é muitas vezes o mais eficaz. O estudante deve pegar num versículo, e concentrar o espírito tentando descobrir o pensamento que Deus ali pôs para si, e então demorar-se nesse pensamento até que se torne também seu. Uma passagem estudada assim, até que o seu significado esteja claro, é de mais valor do que o manuseio de muitos capítulos sem nenhum propósito definido em vista, e sem obter nenhuma instrução positiva. – Educação, p. 188 (adaptado da edição brasileira de 1968.)

Bem-vindo ao “Cornerstone Connections”!

Os Editores

P.S. Não se esqueça de confirmar o plano de leitura.

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Que ferramentas são providenciadas para ensinar as histórias?(Os textos a negrito ajudam-no a rever, num relance, os passos sugeridos.)

1. Neste Guia do Moderador, com cada lição encontrará uma secção Explorar com os tópicos da lista que se relacionam com a história desta semana. Os Ministérios de Liderança providenciaram uma série de fontes para explorar os tópicos da sua escolha – de perguntas para discussão a ilustrações, de roteiros de teatro a atividades de aprendizagem. Use os recursos em www.cornerstone connections.net para criar um “programa” que seja importante para o seu grupo.

2. Comece a lição propriamente dita com a atividade O Que Achas? (e a informação Sabias?) da lição do aluno. As atividades destinam-se a fazer os seus alunos pensar, responder e partilhar uns com os outros. A rica discussão que poderá nascer deste exercício é um ótimo ponto de entrada. A pergunta-chave, que deverá ser feita no fim, é: “Porque respondeste da forma como fizeste?”

3. O seu Guia do Moderador proporciona uma ilustração, bem como um breve pensamento que serve de “ponte” para o ajudar a guiar os seus alunos à passagem bíblica propriamente dita.

4. O centro da experiência da lição é lerem juntos a passagem da Bíblia, Dentro da História, e discuti-la com a ajuda das perguntas para o Moderador A Partir da História. Outras passagens para comparar com essa para aprofundar mais a Palavra são, por vezes, também providenciadas.

5. Então, partilhem a informação sobre o contexto e os antecedentes que farão com que a história fique mais compreensível para si e para os seus alunos.

6. É-lhe proporcionado um curto guia para o ajudar a desdobrar as outras secções da lição dos alunos com a sua classe. (Os seus alunos também são levados a trabalhar, diariamente, por si mesmos, através de uma secção da lição ao seguirem as instruções em Tornando Real.) Incentive--os a fazê-lo na semana anterior ou na semana a seguir depois de analisar a lição na classe, dependendo do que for melhor para a sua situação de professor.

7. Cada semana, o Guia do Moderador inclui uma sugestão em Rabbi 101 que será útil para si, se o guardar para futuras referências. Também lhe proporcionará uma atividade e um resumo com o qual poderá ligar e fechar a lição.

8. Em cada lição, os alunos têm uma referência ao volume da Série O Grande Conflito, de Ellen White, que corresponde à história da semana. Os alunos que o desejarem poderão ler toda a série em quatro anos, ao seguirem o plano de leitura.

LIÇÃO 1 – Uma Missionária ImprovávelPela força do testemunho de uma mulher, toda uma cidade foi convencida de que Jesus era o Messias. Pode a história de uma pessoa fazer, realmente, a diferença?

LIÇÃO 2 – Ver é Crer?O nobre acreditou na palavra de Jesus de que o seu filho estava curado – mesmo antes de voltar para junto do filho. Uma lição de fé que pode fazer eco no nosso coração, hoje.

Lição 3 – Queres Ficar Curado? Muitas pessoas preferem a servidão à redenção. Será possível que o homem paralítico, junto ao poço de Betesda, também a preferisse?

Lição 4 – Aparências versus RealidadeJoão Batista teve a fantástica tarefa de anunciar que o Reino de Deus estava às portas. Infelizmente, não viveu o suficiente para ver o seu derradeiro cumprimento.

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Lição 5 – Um Regresso a Casa Tumultuoso O que começou, para Jesus, como uma entrevista na sinagoga, na Sua infância, acabou por se tornar numa viciosa tentativa contra a Sua vida.

Lição 6 – Sou um Seguidor Pedro e os outros pescadores deixaram tudo para seguir Jesus. Como é o compromisso com Jesus no século XXI?

Lição 7 – O Dia em que o Diabo Foi à Igreja O endemoninhado só teve a força espiritual suficiente para ir a Jesus. Era tudo aquilo de que precisava. É tudo do que precisamos para ir a Jesus.

Lição 8 – Disponível e Capaz Um leproso moribundo atreve-se a entrar na sociedade por ter ouvido dizer que Jesus ia chegar e nunca tinha mandado ninguém embora. Iria Jesus aceitá-lo também?

Lição 9 – Não Foi Amor à Primeira VistaJesus preferia estar no meio de pecadores do que numa sala cheia dos, assim chamados, “justos e nobres”. Na realidade, Ele procurava-os.

Lição 10 – À Frente e no CentroA crítica não perturbava Jesus; Ele estava habituado a ela. Mas, quando os líderes religiosos deixaram de ver a questão do Sábado, oferecendo ao Seu povo uma vida vazia, Ele não o pôde aceitar.

Lição 11 – O Chamado de JesusO nosso chamado ao discipulado é sempre seguido de um chamado para vivermos ao serviço da Humanidade. Mas como o fazemos?

Lição 12 – Um Soldado Fiel e Cheio de FéUm centurião, um servo, e um Salvador. A família de Deus transcende todas as culturas e todos os credos.

Lição 13 – “Costumava Ser e Já Foi”Mesmo quando a melhor e única resposta do homem a Jesus destilava ódio e desespero, Jesus podia ver uma pequenina parte do seu coração que os demónios não tinham ocupado. E Ele libertou-o! Ele pode fazer o mesmo por nós.

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CORNERSTONE CONNECTIONS

LIÇÃO 1 Uma Missionária ImprovávelHistória das Escrituras: João 4:1-42 (ARC.)Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 19, ed. P. SerVir.Texto-chave: João 4:28-30 (ARC.)

PREPARANDO-SE PARA ENSINAR

I – SINOPSEJesus viaja por Samaria e tem um encontro com uma improvável nova discípula – uma mulher, e alguém que não só é Samaritano, mas, muito provavelmente, um proscrito dentro da sua própria comunidade. O hábito constante de Jesus de alcançar os marginalizados da sociedade nunca foi mais evidente do que na tarde em que Se sentou junto ao poço e pediu a uma mulher samaritana que tirasse água para Ele beber. Mas não só esta mulher se tornou crente, como também se tornou numa missionária ativa poucos minu-tos depois da sua conversa com Jesus. Pela força do seu testemunho em primeira mão, toda uma cidade de Samaritanos foi ouvir Jesus por si mesma, e retirarou-se convictas de que tinha encontrado o Messias.A experiência da mulher junto ao poço ilustra vividamente que não precisamos de ser teólogos experien-tes ou Cristãos há muito tempo para testemunharmos por Jesus. Testemunhar é só contar o que vimos, ouvimos e experimentamos – e convidar pessoas para descobrirem por elas mesmas.

II. ALVOOs alunos irão:3 Compreender que qualquer pessoa pode ser uma testemunha por Jesus. (Saber)3 Sentir que a sua própria experiência com Jesus merece ser partilhada com outros. (Sentir)3 Decidir testemunhar por Jesus ao contar às pessoas o que Ele tem feito na sua vida. (Responder)

III. EXPLORAR3 Serviço em prol dos outros3 Preconceito3 AceitaçãoEncontrará material para o ajudar a explorar estes e outros tópicos com os seus alunos em www.cornerstoneconnections.net.

ENSINANDO

I. A COMEÇAR

AtividadeDirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.Quem pode ser um missionário? Na verdade, o que significa ser missionário, ou testemunhar por Jesus? É a mesma coisa? Qualquer Cristão o pode fazer?Peça aos seus alunos para brainstorm palavras ou frases que lhes venham à memória quando menciona “testemunhar” ou “missões”. Escreva as palavras e frases num quadro ou num bloco grande. Quando todos tiverem tido oportunidade de contribuir, discuta as palavras e frases que anotou. São imagens positivas – coisas com as quais os jovens se sentem bem? Quais são as suas emoções no que respeita a testemunhar? Pensam que é algo que podem, deviam, ou têm de fazer? Isso entusiasma-os, assusta-os, ou deixa-os indiferentes?Acentue que a lição desta semana se centrará no facto de que qualquer pessoa que tenha tido uma expe-riência pessoal com Jesus pode testemunhar, partilhando simplesmente o que sabe com os outros.

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IlustraçãoPartilhe esta ilustração por palavras suas:Há cerca de 30 anos, em resposta ao assassinato de Martin Luther King, Jr., uma professora americana desen-volveu um exercício de sala de aula, simples, para ilustrar, aos seus alunos, o poder do preconceito. Disse às crianças que ter olhos azuis significava que se era mais inteligente e deu mais privilégios às crianças que tinham olhos azuis. Rapidamente observou que as crianças com olhos azuis estavam a maltratar e a oprimir as de olhos castanhos, enquanto as de olhos castanhos demonstravam receio e baixa autoestima – embora ela tivesse feito o exercício apenas durante um dia! No dia seguinte, Ms. Elliot voltou à sala de aula e disse às crianças que o que ela dissera no dia anterior não estava certo – na realidade, eram as crianças de olhos castanhos que eram mais inteligentes e que teriam mais privilégios. A mesma experiência aconteceu ao contrário – agora foram as crianças de olhos castanhos que começaram a oprimir as outras.A experiência abriu os olhos dos alunos – tanto os de olhos azuis como os de olhos castanhos! – para o poder do preconceito e das divisões que criamos entre as pessoas. Tal como acontecia com os Judeus e os Samaritanos nos dias de Jesus, temos a tendência de dividir as pessoas com base na raça, na língua, na cultura, na religião, e muitas outras barreiras. Nós decidimos quem é “in” e quem é “out”, quem é fixe e quem não é. Jesus via para além dessas barreiras, escolhia os Seus seguidores de todas as raças, culturas e extratos sociais, e pede-nos que também olhemos para além dessas barreiras.

II. ENSINANDO A HISTÓRIA

Ponte para a HistóriaPartilhe o seguinte por palavras suas:Quando Jesus Se sentou junto ao poço e pediu água à mulher samaritana, tudo o que fez foi chocante. Como Judeu, não deveria falar com um Samaritano. Como homem nessa cultura, não deveria falar sozinho com uma mulher. E esta mulher, em particular, tinha tido cinco maridos, o que provavelmente a tornou numa proscrita social na sua comunidade. Mas Jesus vê sempre para além das barreiras e dos rótulos para a pessoa lá dentro.Que rótulos pomos aos outros? Que rótulos pomos a nós próprios? Podemos decidir que uma certa pessoa nunca poderia fazer um grande trabalho para Deus, apenas por ser quem é ou por vir de onde vem. Até podemos decidir isso sobre nós próprios! Mas Deus escolhe todo o tipo de pessoas – tal como a mulher junto ao poço.

A Partir da História para ModeradoresDepois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desen-volver com eles.Divida a experiência da mulher junto ao poço nos seguintes passos, escrevendo os títulos no quadro ou no bloco, e pedindo aos alunos que contribuam com ideias.· Do que precisava ela? (Algumas ideias poderão incluir: esperança, aceitação, pertença, perdão.)· O que ofereceu Jesus? (“Água viva”, promessa de que Ele era o Messias, conhecimento da sua vida.)· Como respondeu ela? (Questionou-O no princípio, correu a contar aos outros.)· Qual foi o resultado? (Toda a sua cidade foi ouvir Jesus e creu n’Ele.)· Agora peça aos alunos para brainstorm ideias sobre outras histórias bíblicas em que a pessoa teve um encontro memorável com Jesus, e faça o mesmo com cada uma dessas histórias. Que tipo de necessida-des é que as pessoas levavam a Jesus? (Em muitos casos, era a cura física, mas as pessoas também iam necessitando de perdão ou de aceitação.) Tente encontrar exemplos de histórias em que as pessoas foram contar a outros o que Jesus fez por elas. (Dois exemplos são dados na secção Frases-chave da lição do aluno e desenvolvidos na lição do aluno para quarta-feira.)· Pergunte: “Que habilitações tinha esta mulher, ou qualquer das outras pessoas sobre quem falámos, para se tornarem testemunhas?” (Experiência pessoal, ter-se encontrado com Jesus, ter sido mudada por Ele.) Faça referência à discussão brainstorm do início da lição. Que tipo de habilitações sentimos que precisa-mos de ter para testemunhar? Essas pessoas tinham essas habilitações?· Desafie os alunos a pensar sobre formas como poderiam usar a sua experiência pessoal para testemu-nhar – para partilhar com outros o que Deus tem feito por eles.

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Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje: veja as passagens da secção Frases-chave da lição do aluno.

Partilhando o Contexto e o Pano de FundoUse a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.

Há dois temas principais nesta história: A disponibilidade de Jesus para alcançar os proscritos e margina-lizados da sociedade, e a disponibilidade da mulher em tornar-se, imediatamente, numa missionária ao partilhar, com outros, a sua experiência pessoal.Estes dois fios unem-se quando os discípulos regressam e reagem à interação de Jesus com a mulher. (Para mais reflexão sobre isto, leia o capítulo de O Desejado de Todas as Nações para esta lição: “Junto ao Poço de Jacob”.) Os discípulos não viam a Samaritana como um campo válido para evangelismo, porque os seus preconceitos raciais e religiosos estavam demasiado enraizados – eles viam Jesus como o Messias apenas dos Judeus. Se se desse o caso de Ele tentar alcançar alguém dentro da comunidade samaritana, uma mulher proscrita, casada cinco vezes, a viver em pecado, seria a última pessoa que teriam escolhido.A visão de Jesus sobre o testemunho é muito mais alargada do que a nossa! Ela alcança todos – não ape-nas aqueles que são como nós, aqueles com quem nos sentimos mais à vontade – mas também os excluí-dos, os proscritos, os marginalizados. Desafie os alunos a pensar quem isso incluiria na sua comunidade, Igrejaou escola. A ideia de Jesus sobre uma boa testemunha também era mais alargada do que a dos Seus discípulos – Ele tinha (e ainda tem) um lugar na Sua obra para todos os que tenham tido uma experiência genuína com Ele, não interessando a forma como os outros possam ver essa pessoa.Os jovens do seu grupo podem ter sentido o preconceito para com eles – talvez devido à raça ou classe social, ou talvez apenas pelo facto de serem adolescentes, e os adultos não gostam da maneira como se vestem, como falam ou fazem as coisas. Recorde-lhes que Jesus não procura apenas pastores, estudantes de teologia e obreiros bíblicos para partilhar o Seu amor – Ele usa qualquer pessoa que O conheça e O ame para alcançar outros.

III. FECHANDO

AtividadeFeche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.Alguns pregadores e professores têm o “ganhar almas” e o “testemunhar” reduzidos a uma fórmula segun-

Sugestões para um Ensino de ExcelênciaO Resto da HistóriaO conceito de “história” não é novo. Mas, especialmente nas nossas ten-tativas de partilhar as nossas histórias pessoais sobre o nosso relaciona-mento com Cristo e de como esse relacionamento teve um impacto na nossa vida, este conceito pode ser desafiador.Uma forma de ajudar os alunos a partilhar as suas histórias é pedir-lhes que escrevam cinco experiências da sua vida que tenham tido impacto espiritual sobre eles. Peça-lhes que tentem identificar um tema em par-ticular que esteja interligado nessas experiências. Por exemplo: “Todas estas experiências envolveram o caso de eu ter receio de algo ou de alguém, mas Cristo substituiu o meu receio por coragem”, ou “Todas estas experiências fizeram-me sentir muito inadequado, mas Deus fez com que me sentisse útil e com valor”.É desse tema que os alunos podem fazer a sua partilha de como Cristo teve impacto na sua vida.

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do a qual se poderia contar a nossa história pessoal sobre o que Cristo fez por nós em três minutos ou menos. Muitas vezes, as conversas na vida real não são feitas assim. O testemunho funciona melhor quan-do estamos a falar com as pessoas que nos conhecem, pessoas com quem podemos ser sinceros sobre o que realmente aconteceu na nossa vida.Dê a cada aluno um cartão ou postal em branco e peça-lhes que escrevam algumas frases dirigidas a um amigo que não conhece Jesus, contando a essa pessoa algo sobre o que Jesus tem feito por eles. Depois de lhes dar algum tempo para escrever, desafie-os a orar sobre se deveriam partilhar o cartão, ou a men-sagem ali escrita, com essa pessoa esta semana.

ResumoPartilhe os seguintes pensamentos por palavras suas:Nós traçamos tantos limites para excluirmos e dividirmos as pessoas! Jesus passou por cima desses limites. Ele estava interessado em incluir pessoas, não em excluí-las.Um limite que as pessoas por vezes põem na Igrejaé que não se pode trabalhar para o Senhor a não ser que se seja mais velho, que se tenha algum tipo de formação, ou que se tenha tudo em ordem na nossa vida e não se tenha feito nada de errado nos últimos 10 anos.Mas não foi essa a maneira como Jesus recrutou trabalhadores para a Sua causa. Qualquer pessoa que O tivesse, realmente, conhecido – até mesmo a mulher samaritana junto ao poço – estava habilitado a contar aos outros o que Jesus tinha feito por si. O mesmo acontece ainda hoje. Se conheces Jesus, se Ele tocou a tua vida de alguma maneira, então tens todas as habilitações de que precisas para O partilhar com os outros. Não precisas de ser capaz de pregar ou de dar estudos bíblicos – embora esses sejam dons maravilhosos que poderás ter. Tudo o que precisas é de ser capaz de fazer o que a mulher junto ao poço fez: contar aos outros: “Eu conheci este Homem, e isto foi o que Ele fez por mim. Porque não vens e ficas a conhecê-l’O também?”

Ensinando…

Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.

3 Perspetiva!Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.3 HolofoteLeia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.3 Frases-chaveChame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais direta-mente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem o que é mais importante para eles.

Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulo 19, ed. P. SerVir.

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LIÇÃO 2Ver é Crer?História das Escrituras: João 4:43-54 (ARC.)Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 20, ed. P. SerVir.Texto-chave: João 4:48-50 (ARC.)

PREPARANDO-SE PARA ENSINAR

I – SINOPSEEsta lição é sobre o amor de um pai pelo seu filho e sobre o amor de Deus pelos Seus filhos. Centra-se na fé. O nobre que foi ter com Jesus a Caná para suplicar a Sua intervenção junto do seu filho que estava à morte torna-se numa lição de confiança para todos nós. Foi ter com Jesus acreditando que Jesus teria de ir com ele a sua casa para curar o seu filho. Mas, os caminhos de Deus não são os nossos caminhos. Jesus ordenou-lhe que se fosse embora, pois o seu filho estava curado, e o nobre, reagindo positivamente a esse teste, aceitou Jesus como Messias.Não se apercebeu de que o Salvador tinha tido conhecimento da sua aflição antes de ele sair de casa. Ele tinha uma medida de fé suficiente para ir a Caná e pedir a bênção mais maravilhosa: que Jesus restaurasse a saúde do seu filho. Jesus tinha em mente uma dádiva ainda maior que envolvia não apenas a cura do rapaz, mas também salvar o nobre e a sua família, enquanto preparava o terreno para o Seu ministério terreno em Cafarnaum.Falando com o nobre (e com aqueles à sua volta), Jesus disse: “Se não virdes sinais e milagres, não crereis.” O nobre percebeu a importância dessas palavras e deu um passo de fé, tomando consciência de que a palavra do Senhor era suficiente, quando Jesus disse: “Vai, o teu filho vive.” Na verdade, nesse preciso momento, o rapaz foi curado. As Suas palavras e essa lição de fé fazem eco nos nossos corações, hoje.

II. ALVOOs alunos irão:3 Reconhecer que ver não é crer, pois a Palavra de Deus é suficiente, e que a Sua vontade é abençoar-nos para além daquilo que poderemos pensar. (Saber)3 Tomar consciência de que as palavras de Jesus para o nobre e para os habitantes de Caná também são dirigidas a todos os povos ao longo da história Humana e que eles também têm de confiar nas Suas promessas. (Sentir)3 Resolver confiar completamente em Deus, mesmo sem verem sinais e milagres. (Responder)

III. EXPLORAR3 Milagres e o milagroso3 Fé3 PromessasEncontrará material para o ajudar a explorar estes e outros assuntos com os seus alunos em www.cornerstoneconnections.net.

ENSINANDO

I. A COMEÇAR

AtividadeDirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.Mostre um clip de um grupo de pessoas a fazer o jogo “cai, confiando” para iniciar a discussão centrada em exer-cícios para fortalecer a confiança. Convide os seus alunos a debater quaisquer experiências que tenham tido nessas atividades. Faça uma lista em frente da classe dos modos como essas experiências fortalecem a fé.

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A frase “ver é crer” não é necessariamente verdadeira. Jesus procurou mudar essa forma de pensar para um plano mais elevado – confiar que a Sua Palavra era, por si só, suficiente. Mostre aos seus alunos várias ilusões óticas que pode encontrar online ou na sua biblioteca local para pôr fim ao adágio.

IlustraçãoPartilhe esta ilustração por palavras suas:Em 1978, houve uma crise de combustível na América que causou um aumento de preço e longas filas nas bombas. Eu ainda estava na faculdade. A minha noiva, que se tinha formado há pouco tempo e tinha começado a trabalhar num emprego que requeria um carro, teve um acidente numa sexta-feira à tarde. O seu carro foi perda total, embora ela não se tenha magoado. Ela foi ter comigo para um fim de semana na faculdade para um Seminário de Enriquecimento do Casamento e explicou o que se tinha passado. Orámos para que Deus provesse. À medida que as apresentações foram sendo feitas no seminário, tornou-se patente que estávamos perturbados. A minha futura mulher partilhou a sua história traumática do acidente, e como isso a tinha deixado desorientada e sem meios para trabalhar, sem o carro de que necessitava para trabalhar, e sem dinheiro para o substituir. Um casal, bem estabelecido na sua profissão médica, olhou um para o outro e fez um plano.Eles tinham um Mercury Grand Marquis Brougham de 1975 praticamente novo, com um enorme apetite por gasolina. Tinha sido posto à venda, mas, devido ao seu elevado consumo, ninguém o queria. Doaram o carro à nossa Igreja(beneficiando, assim, de dedução nos impostos pela sua contribuição de caridade) e a Igrejatransferiu o título de propriedade do carro para a minha noiva. No final do fim de semana, Deus tinha providenciado um meio! Os doadores disseram que não se importavam de que o carro fosse trocado por um modelo mais económico, se não tivéssemos meios para pagar o combustível. Não tínhamos e foi o que fizemos. Deus viu a nossa necessidade antes de nós próprios a sabermos, e uma resposta à oração estava estacionada no parque, e tocou o coração de duas queridas pessoas para doarem um carro bom.

II. ENSINANDO A HISTÓRIA

Ponte para a HistóriaPartilhe o seguinte por palavras suas:A frase “ver para crer” continua a ter significado hoje, porque a sua mensagem ainda faz sentido para muita gente. Se não pudermos confiar nos nossos olhos, em que confiaremos então? O paradoxo para os Cristãos é que a fé confia nas coisas que não se veem (ver Hebreus 11:1.) Deus deseja abençoar-nos mais do que aquilo que podemos imaginar e anseia que a nossa fé seja forte, para que possamos, com facilida-de, pedir, crer e reclamar as Suas promessas. Os milagres abundam.

A Partir da História para ModeradoresDepois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte por palavras suas, para a desen-volver com eles.3 Uma das dores mais profundas é a angústia sentida por um pai ao ver o seu filho sofrer até à morte. Um grande conforto vem quando, completamente desesperado, se volta para o supremo Ajudador como fez aquele pai. Se tem um filho, ajude os seus alunos a perceberem esse sentimento. Se não tem um filho, peça a um/a pai/mãe que explique aos seus alunos. Ajuda o facto de sabermos que Deus Pai deu o Seu filho para que pudéssemos ter a vida eterna?3 O nobre, pai, mudou de uma atitude de “ver para crer” para “crer pela fé” que Jesus tinha curado o seu filho. Ele tomou consciência de que as palavras de Jesus referentes a sinais e milagres eram uma acusação à sua fé. Ele agiu segundo a sua nova fé, ao regressar a casa com a paz e a alegria de que Jesus ouvira, curara e que tinha começado a ajudar toda a sua família a entrar pelas Suas portas com gratidão.3 Ajude os alunos a compreender o significado de “um profeta não tem honra na sua própria pátria”, tal-vez ao partilhar exemplos de pessoas com quem andou na escola e que se envolveram, nessa altura, em atividades violentas, mas que agora amadureceram e se tornaram cidadãos respeitáveis com trabalhos de responsabilidade.3 Falsos cristos, falsos profetas, sinais de prodígios … o que tem um jovem cristão de fazer para não ser

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enganado? Guie os seus alunos de forma a tomarem consciência de que o tempo para se prepararem é agora. O tempo para comungarem com o Espírito Santo é hoje e todos os dias. Fortalecidos com o conhe-cimento respigado das Escrituras, com o exemplo de Jesus, da pena de Ellen White, e talvez de um futuro profeta dos últimos dias guiado por Deus, podem firmar-se na fé de que Deus está com eles, um Ajudador sempre presente em tempos difíceis.Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje: Hebreus 11:1; Mateus 6:30-34; 8:25-27; 16:5-10.

Partilhando o Contexto e o Pano de FundoUse a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto usando palavras suas.A passagem bíblica que é o foco da lição desta semana é João 4:43, com a frase “E, dois dias depois”, querendo dizer depois do dia em que os acontecimentos relatados nos versículos 5-39 tiveram lugar. A viagem dos versículos 3-5 é agora resumida. No versículo 45 a frase “vistas todas as coisas que fizera em Jerusalém, no dia da festa” é, provavelmente, uma referência ao incidente de João 2:13-23, em que a puri-ficação do Templo levou a relatos de que Jesus declarara ser Ele próprio o Messias.O encontro entre o nobre e Jesus teve lugar em Caná, que fica a aproximadamente 25km de Cafarnaum, onde estava o rapaz doente. O pedido feito pelo pai do rapaz é o primeiro pedido de cura feito a Jesus (Comentário Bíblico ASD, vol. 5, p. 943.)Jesus sabia que o pai tinha, na sua própria mente, posto condições quanto à sua crença em Jesus como Messias. “Se a sua petição não fosse atendida, não O aceitaria como Messias. Enquanto o oficial esperava, com a agonia de quem se acha suspenso, Jesus disse: ‘Se não virdes sinais e milagres, não crereis.’ …“Como um jato de luz, as palavras do Salvador ao nobre abriram o seu próprio coração. Viu que os moti-vos pelos quais procurava Jesus eram egoístas. Via a sua fé vacilante no seu verdadeiro caráter. No meio da aflição, compreendeu que a sua incredulidade poderia custar a vida do filho. Conheceu que estava na presença d’Aquele que lia os pensamentos e a quem tudo era possível. …‘Vai’, disse: ‘o teu filho vive.’ O nobre deixou a presença do Salvador com uma paz e alegria que nunca antes experimentara. Não só crera que o seu filho seria restabelecido, mas com uma confiança firme esperou em Cristo como Redentor” (O Desejado de Todas as Nações, pp. 154 e 155, ed. P. SerVir).A fé do nobre foi incentivada pela sua experiência com Jesus. Não se apressou de regresso a casa, uma via-gem que levaria entre quatro a cinco horas, para ver o que tinha acontecido ao seu filho. A sua confiança em Jesus era tal que os seus servos foram ter com ele na manhã seguinte, a alguma distância de casa, para relatar que o rapaz tinha ficado melhor cerca da sétima hora (13:00 horas), a mesma hora em que Jesus dissera ao pai que o seu filho viveria (Comentário Bíblico ASD, vol. 5. p. 944.)

Sugestões para um Ensino de Excelência

Usando e Explicando AdágiosUm adágio é uma afirmação de uma verdade geralmente aceite que é confirmada pelo seu longo uso e por experiência. “Ver é Crer” é um exemplo. A Bíblia tem muitas frases que também se tornaram adágios, que, em tempos idos, eram comuns na sociedade americana. Agora são menos conhecidos devido à sociedade ter-se tornado secular, e as muitas traduções da Bíblia que agora existem eliminaram a consistên-cia do Inglês da versão King James. Quando usar um adágio, explique o seu contexto original e como ele é usado, ou não, na sociedade atual. A lição desta semana incluiu “Um profeta não tem honra na sua própria pátria” e “A não ser que vejam sinais e prodígios, nunca acreditarão”.

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Ensinando…

Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.

3 Perspetiva!Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.3 HolofoteLeia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.3 Frases-chaveChame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais direta-mente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem o que é mais importante para eles.

III. FECHANDO

AtividadeFeche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.Se não tiver sido usada como atividade de abertura, mostre aos seus alunos várias ilusões de ótica que tenha encontrado online ou na sua biblioteca local. Estas ilusões demonstrarão claramente que não pode-mos, necessariamente, confiar nos nossos olhos. Cite Pôncio Pilatos quando disse “O que é a verdade?” Guie os seus alunos para respostas como a Palavra de Deus, Jesus, etc..

ResumoPartilhe os seguintes pensamentos por palavras suas:As pessoas já raramente lidam com absolutos. As luzes vermelhas costumavam significar “Parar”. Agora ainda significam “Parar”, mas, por vezes, também se pode virar à direita. Uma máquina de fotocópias cos-tumava fazer cópias. Agora são aparelhos de multifunções que copiam, enviam faxes, imprimem, fazem scan, agrafam, furam e têm acesso à Internet. Alguns absolutos (que fazem parte da lição desta semana) mantêm-se. Eles incluem que a Palavra de Deus é segura, que Deus deseja abençoar-nos para além daqui-lo que podemos imaginar, que podemos voltar-nos para Deus, sabendo que é uma ajuda sempre presente em tempos de necessidade, e que a Bíblia contém lições para hoje através das histórias ali relatadas.Parece tão simples pedir, crer e reclamar as promessas de Deus. E é – quando temos uma fé como a das crianças.

Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulo 20, ed. P. SerVir.

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CORNERSTONE CONNECTIONS

LIÇÃO 3Queres Ficar Curado?História das Escrituras: João 5 (ARC.)Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 21, ed. P. SerVir.Texto-chave: João 5:6, 8 (ARC.)

PREPARANDO-SE PARA ENSINAR

I – SINOPSEA história do homem paralítico é um constrangedor lembrete de que Deus tem poder para nos curar de todos os males. No entanto, não se deve assumir que todos os pecadores deficientes querem ser curados. Isto explica a bizarra pergunta que Jesus fez ao paralítico: “Queres ficar são?” (João 5:6.)Não poderia Jesus ter assumido que o homem queria a cura? No fim de contas, ele estava junto ao poço que tinha a reputação de ser um local de cura. Mesmo assim, Jesus perguntou.É uma pergunta oportuna. É a mesma pergunta que devemos fazer a nós próprios, se estamos a pensar seriamente em ultrapassar hábitos que estão a sabotar a nossa alma. Diga-se a verdade, muitas vezes o que envenena a nossa vida espiritual é uma dieta diária de escolhas destruidoras. Uma vez que estas deci-sões são nossas, talvez não queiramos, realmente, ser curados.Muitas pessoas preferem a escravidão à redenção. Como pastor, já vi uma fila de pessoas a marcharem pelo meu gabinete à procura de liberdade do pecado. A confissão tem um som familiar: “Ajude-me!”, vem o apelo. “Eu quero libertar-me de” – e pode preencher o espaço – álcool, ira, abuso de drogas, masturbação, comida, telenovelas, novelas de romance, bisbilhotice, compras, ou qualquer que seja a via de escape que preferir.Ao princípio, pensei que poderia curar os problemas de toda a gente. Isso foi porque não comecei com a pergunta de Jesus. Erradamente assumi que todas as pessoas que procuravam a ajuda do pastor queriam, realmente, ser curadas. Contudo, cada vez mais estou a descobrir a rica perspicácia que Jesus demonstrou na Sua pergunta ao paralítico.O que é curioso sobre nós é que, muitas vezes, os próprios padrões de comportamento que tendem a destruir-nos são aqueles que temos mais relutância em mudar. Dizemos, a nível intelectual ou espiritual: “Sim, o meu orgulho está a arruinar a minha vida. A minha ira está a destruir os meus relacionamentos. A gula está a sabotar a minha autoestima.” Sim, parece que não conseguimos mudar – nem queremos, realmente, fazê-lo.Esta lição proporciona uma oportunidade de desafiar os alunos a enfrentarem, honestamente, a pergunta de se querem, na verdade, ou não, a liberdade das deficiências espirituais. Mas, mais importante ainda, a história oferece a esperança da cura!

II. ALVOOs alunos irão:3 Aprender sobre o poder de Deus para curar. (Saber)3 Descobrir o nosso papel na cura espiritual. (Sentir)3 Avaliar o custo do pecado versus cura e liberdade. (Responder)

III. EXPLORAR3 Liberdade/cura do pecado3 Consequências3 Sábado3 Trabalho missionário e serviço3 Pecado/mal/diabo

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Encontrará material para o ajudar a explorar estes e outros assuntos com os seus alunos em www.corners-toneconnections.net.

ENSINANDO

I. A COMEÇAR

ActividadeDirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas res-postas.Depois de ler cada afirmação abaixo, peça aos alunos que se posicionem numa fila na sala à direita (signi-ficando “eu concordo enfaticamente”) ou à esquerda (significando “eu discordo enfaticamente) ou noutra ao meio que reflita a sua opinião.3 A maioria das pessoas não quer mudar os seus maus hábitos.3 As pessoas deveriam sofrer sempre as consequências das suas más escolhas.3 Algumas decisões têm consequências mais sérias do que outras.3 Se as pessoas dependerem de Deus, podem ser sempre curadas das suas escolhas de dependências.3 As dependências são uma doença, não uma escolha.

IlustraçãoPartilhe esta ilustração por palavras suas:Comece com algumas perguntas interessantes:3 Porque é que esterilizam agulhas para as injeções letais?3 O que era a melhor coisa antes do pão fatiado?3 Porque é que a primeira peça de bagagem a sair para a recolha de bagagem nunca pertence a ninguém?3 Há outra palavra para sinónimo?3 Porque existem autoestradas interestaduais no Hawaii?3 Se os polícias prenderem um mimo, dizem-lhe que tem o direito de ficar calado?3 Porque carregamos mais no controlo remoto quando sabemos que as pilhas estão gastas?3 Se uma vaca se rir, o leite sai-lhe pelo nariz?Na lição de hoje, Jesus pergunta ao paralítico: “Queres ficar são?” É uma pergunta estranha, não é? Porque não haveria ele de querer ficar curado? Verdade seja dita, por vezes não queremos ser libertos das nossas enfermidades.Considere a história que Kurt partilhou uma manhã na igreja:“A semana passada, estava eu a conduzir pela Rua Pike, no sentido norte, na baixa de Seattle, quando pas-sei por um sem-abrigo a dormir numa viela. Ele não tinha cobertor e estava uma temperatura abaixo de zero, embora a noite ainda tivesse apenas começado. Não conseguia tirar aquela cena da minha cabeça.”Kurt fez uma pausa para controlar a sua emoção. “Fiquei preocupado pela possibilidade de ele morrer congelado, por isso dei meia-volta em direção à viela. Apresentei-me e fiquei a saber que o seu nome era Ray. Disse-lhe que viesse para minha casa até conseguir voltar a pôr a vida em ordem ou, pelo menos, até que o tempo ficasse mais quente.”Kurt continuoua contar que Ray desfrutou de um banho quente, de uma boa refeição, de uma cama quen-te. Deram-lhe uma chave da casa e convidaram-no a ficar o tempo que quisesse.A parte irónica da história foi que o homem apenas ficou durante dois dias e depois desapareceu. Deixou uma nota escrita num pedaço de papel. Dizia: “Obrigado, mas eu prefiro viver nas ruas.” Como era possí-vel? Tinha saído, a Ray, o jackpot em que todas as suas necessidades tinham sido satisfeitas! Por fim tinha sido redimido das ruas de crime e de ódio.Mas quem disse que ele queria ser redimido? Ray preferiu a vida de um bêbado sem-abrigo.

II. ENSINANDO A HISTÓRIA

Ponte para a HistóriaPartilhe o seguinte por palavras suas:Antes de criticarmos Ray, vamos admitir que muitas pessoas preferem a miséria à liberdade. Em alguns

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cenários da vida, preferimos ser sem-abrigo a aceitar as provisões que Jesus põe ao nosso dispor.Jesus ensinou-nos a viver uma vida ótima, quer dizer, a vida do Reino – “na terra como no céu”. No entanto, quantos de nós não desprezamos os Seus ensinos? Dada esta propensão humana para o pecado, em vez de para a liberdade, Jesus pergunta ao paralítico: “Queres ficar são?” No fim de contas, nem toda a gente quer, verdadeiramente, ser curada.

A Partir da História para ModeradoresDepois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desen-volver com eles.Reveja esta história da perspetiva de pessoas diferentes. Para cada indivíduo da história, considere as per-guntas: “O que estou eu a pensar? A sentir? A acreditar sobre Deus?”3 O paralítico3 Jesus3 O grande número de pessoas deficientes deitadas junto ao poço3 Os Judeus3 Que princípios da guarda do Sábado emergem desta história?3 O que nos ensina a passagem sobre o trabalho missionário e o serviço?3 Como responderia aos críticos que afirmavam que a deficiência do paralítico era o resultado direto do seu pecado? Observe atentamente a maneira como Jesus interage com este homem e pense no que Jesus diria sobre a noção do pecado a causar problemas físicos.Note as duas razões por que os Fariseus estavam tão aborrecidos com Jesus – (1) quebrar a lei do Sábado e (2) afirmar que era o Filho de Deus. Que pecado achas que era mais ofensivo para os Judeus? Porquê?Note pela história a forma como os Fariseus estavam mais preocupados com as suas regras do que com o bem-estar de um homem que estava paralisado há 38 anos. Era claro que os líderes da Igrejavalorizavam mais as regras do que os relacionamentos. Hoje ainda acontecem coisas dessas na Igreja? Se sim, como? O que poderemos fazer para seguir a suprema regra de Deus (amar Deus e amar os outros como a nós mesmos) em vez das insignificantes regras do homem?No Velho Testamento, são mencionados três sinais para identificar o Messias. Em João 5, são cumpridos todos estes sinais. Compare as seguintes passagens com os versículos em João.Sinal 1: Todo o poder e autoridade são-Lhe dados como Filho do homem – compare João 5:27 com Daniel 7:13 e 14.Sinal 2: Os aleijados e doentes encontram cura – compare com João 5:20, 26 com Isaías 35:5 e 6; Deuteronómio 32:39.Sinal 3: Os mortos são ressuscitados – compare João 5:21, 28 com I Samuel 2:6; II Reis 5:8.

Sugestões para um Ensino de Excelência

O Fazer e o Não Fazer do EnsinoEstas 10 sugestões poderão ser autoevidentes, mas é sempre bom recor-darmos a nós próprios o básico:· Fazer – providenciar um local seguro em que todas as opiniões possam ser expressas sem crítica.· Fazer – preparar bem.· Fazer – orar para que o Espírito guie.· Fazer – criar um ambiente cheio de divertimento e riso.· Fazer – envolver todos os sentidos na experiência da aprendizagem.· Não fazer – não falar demasiado.· Não fazer – tentar abafar o ruído com um barulho maior.· Não fazer – queixar-se.· Não fazer – apanhar os alunos desprevenidos ou embaraçá-los.· Não fazer – perguntas em rotação.

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Partilhando o Contexto e o Pano de FundoUse a seguinte informação para esclarecer melhor a história para os seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.1. Leis do Sábado. Os Judeus disseram ao paralítico: “É sábado, não te é lícito levar a cama” (João 5:10.) Não há nenhuma lei no Velho Testamento que proíba alguém de levar a sua cama. Era uma interpretação dos Fariseus à ordem de Deus “lembra-te do dia de sábado para o santificares” (Êxodo 20:8) que aqui é citada. Esta era uma das centenas de leis acrescentadas às leis do Velho Testamento.2. Vida eterna. João 5:24 oferece esta maravilhosa promessa: “Na verdade, na verdade vos digo que, quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condena-ção, mas passou da morte para a vida.” Aceitar Jesus como Salvador dá a certeza de uma nova vida em Cristo (ver II Coríntios 5:17.)3. Referência a Moisés. Em João 5:45 Jesus disse aos Judeus: “Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais.” Os Fariseus conheciam bem os escritos de Moisés e orgulhavam-se de seguir todos os ensi-nos deste grande patriarca. O facto de Jesus sugerir que Moisés os acusava – embora eles seguissem todas as suas leis à letra – era um ataque contra eles, que os enfurecia. Moisés escreveu sobre Jesus (ver Génesis 3:15; Números 21:9; 24:17; Deuteronómio 18:15) e, no entanto, eles não compreenderam a importância do Messias quando Ele veio.4. Milagres ao Sábado. O Comentário ASD (vol. 5, p. 949) chama a atenção para o facto de este ser o primeiro de sete milagres que Jesus fez ao Sábado. “Agora, pela primeira vez, Jesus desafia abertamente as regras rabínicas do Sábado (ver em Marcos 1:22; 2:23-28; 7:6-13.) Que Ele o tivesse feito numa altura em que a cidade estava cheia de visitas para a festa, e que Ele dramatizasse a Sua rejeição dessas tradições ao fazer um milagre e ao fazê-lo notar, fazendo com que o homem levasse a sua cama, demonstrava a impor-tância que Ele dava à questão.”5. Betesda. O nome Betesda parece vir do Aramaico, beth chesda’, ou “casa da misericórdia”.

III. FECHANDO

AtividadeFeche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.Faça uma lista de lutas comuns aos adolescentes das quais eles possam não querer, realmente, ser curados. Divida a classe em grupos e atribua uma luta a cada grupo. Faça o grupo brainstorm um plano de jogo sobre como alguém possa experimentar o poder curador de Deus nessa área. Peça a cada grupo que apre-sente as suas sugestões a toda a classe.

ResumoPartilhe a seguinte história por palavras suas:Candie cresceu como prostituta adolescente em Tacoma, Washington. A sua vida consistia em arranjar esquemas para conseguir a sua próxima dose de droga. Mas, então, conheceu Jesus. Um evangelista fez-lhe o convite de Jesus: “Queres ficar sã?” O pregador disse: “A maravilhosa graça de Deus pode curar qualquer pecado.”Candie nem queria acreditar. Tinha medo de que tivesse pecado para além dos limites da graça de Deus. Mas, fosse como fosse, aceitou a graça de Deus. Da mesma forma que Jesus curou o homem junto ao Poço de Betesda, Ele curou Candie. Agora, 20 anos depois, trabalha como assistente social em Seattle, ajudando prostitutas adolescentes a encontrar a liberdade em Cristo.Só Deus pode mudar uma prostituta em alguém que cumpre promessas. Só Cristo pode reconstruir a composição do coração humano. Só Ele pode debruçar-Se sobre as trevas e salvar um infortúnio espiritual como Candie.Para que não pense que a história de Candie é de alguma forma diferente da sua ou da minha, recordo--lhe que somos todos pecadores. É apenas pelo milagre da misericórdia de Deus que podemos encontrar perdão e liberdade dos nossos pecados. Tudo o que temos a fazer é reconhecer a Sua graça. Aceite a Sua dádiva. E levante-se para andar com Deus.

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Ensinando...

Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.

3 Perspetiva!Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.3 HolofoteLeia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do comentário da história desta semana encontrada no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.3 Frases-chaveChame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhe fale mais direta-mente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem o que é mais importante para eles.

Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulo 21, ed. P. SerVir..

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CORNERSTONE CONNECTIONS

LIÇÃO 4Aparências versus RealidadeHistória das Escrituras: Mateus 11:1-11; 14:1-11; Marcos 6:17-28; Lucas 7:19-28 (ARC.)Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 22, ed. P. SerVir.Texto-chave: Mateus 11:11 (ARC.)

PREPARANDO-SE PARA ENSINAR

I – SINOPSEHá muito que Israel esperava o Messias prometido. Sabiam que antes que Ele viesse, Deus enviaria Elias para preparar o Seu caminho. Mesmo nos dias de hoje, cada Judeu aguarda pelo profeta Elias. Na Seder (refeição da Páscoa), é colocado à mesa um lugar para Elias – para mostrar que estão ansiosamente à espe-ra do Messias (Malaquias 4:5 e 6.) Sabem que Deus enviará o Seu profeta antes do Messias para preparar os seus corações para O receber. Assim, não é para admirar que os sacerdotes e os levitas viajassem da área do Templo para o campo para se encontrarem com João Batista, e lhe perguntassem: “És tu Elias?” e “És tu o Messias?”.João encontrava-se no amanhecer de um novo dia, anunciando o surgimento do Reino dos Céus. Contudo, mesmo na madrugada desse dia, João foi eclipsado pela Luz. Embora João tivesse feito soar o chamado para despertar nesse novo dia – fazendo volver os olhos do seu povo e do mundo para o evento, o Reino, e o Rei – ele próprio nunca testemunhou como seria. Desempenhou bem o papel que Deus lhe deu. Sem dúvida, sentiu-se encorajado pela mensagem que os seus discípulos lhe levaram de Jesus. É bem provável que isso tenha iluminado a sua cela de prisão e confirmado a sua missão, dando-lhe coragem para enfrentar a morte.Concentre os seus alunos no contraste entre o ideal de Deus para uma vida preenchida versus a opinião do mundo sobre preenchimento e sucesso. A morte de João não silenciou a mensagem nem protelou o Reino vindouro. Ele teve o distinto privilégio de anunciar, no início, a sua completa realização.

II. ALVOOs alunos irão:3 Aprender a história do “Mensageiro do Rei”, João Batista. (Saber)3 Examinar o papel que um assistente, ou precursor, pode desempenhar no lançamento do Reino. (Sentir)3 Compreender o sucesso da perspetiva eterna de Deus. (Responder)

III. EXPLORAR3 Viver altruísta3 Sucesso3 Opinião do mundo sobre sucesso

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ENSINANDO

I. A COMEÇAR

AtividadeDirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição, e comece uma discussão de grupo para fazer notar os elementos de sucesso aqui definidos. Incentive-os a reagir ao resto da secção, usando estas perguntas para a discussão de grupo.1. O que te faria sentir bem-sucedido?

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2. Que percentagem de sucesso defines como ter dinheiro, ou as coisas que o dinheiro pode comprar? Acreditas que Deus olha o sucesso dessa forma?3. Há um sucesso que dure mais tempo do que duraria um carro? Quais são alguns dos elementos desse sucesso?4. Dos 11 discípulos originais de Jesus que estavam vivos depois da Ressurreição, todos, com a possível exceção de um, tiveram mortes horríveis como mártires. As suas vidas foram bem-sucedidas? Porquê?5. Qual é o tipo de sucesso que desejas na vida?

IlustraçãoPartilhe esta ilustração com palavras suas:Annie Rebekah Smith só viveu 37 anos; era uma jovem professora, poetisa, e editora que foi muito útil ao ajudar Tiago White a editar o que é hoje conhecido como Adventist Review (Revista Adventista.) A sua contribuição durante os dias pioneiros da Igrejaé considerada de imenso valor.Mas Annie era uma pessoa muito sensível. Quando outro pioneiro Adventista, John Nevins Andrews, lhe fez a corte mas preferiu casar com outra pessoa, o desapontamento partiu-lhe o coração. Ellen White disse que isso “lhe custou a vida”, pois Annie sucumbiu à tuberculose. No fim da sua curta vida, Annie não tinha acumulado muitas das riquezas do mundo ou conseguido uma grande posição pública. No entanto, foi recordada muito comoventemente pelo seu irmão, Uriah, que incluiu uma das frases favoritas de Annie no fecho das suas cartas: “Seu, na bendita esperança.”Embora Annie tivesse morrido com o coração partido, o seu legado continua vivo: Dez dos seus poemas ainda são usados como hinos no Hinário Adventista do Sétimo Dia. A sua história faz parte da história Adventista. E a sua influência duradoura mostra a espécie de sucesso que dinheiro nenhum pode comprar.

II. ENSINANDO A HISTÓRIA

Ponte para a HistóriaPartilhe o seguinte com palavras suas:Todos nós estamos sobre os ombros daqueles que vieram antes de nós. Há cem anos, a IgrejaAdventista do Sétimo Dia era um movimento muito mais pequeno. A única razão pela qual estamos agora muito mais espalhados deve-se ao trabalho de milhares de pessoas, muitas cujos nomes são apenas conhecidos pelos arquivistas.Embora os nomes e as histórias de muitos que ajudaram Jesus no Seu ministério terrestre sejam conhe-cidos pelas Escrituras, muitas pessoas não são nomeadas. Por exemplo, nunca ficámos a saber o nome do rapazinho que partilhou o seu almoço, para que, com ele, Jesus pudesse abençoar e alimentar milhares.

A Partir da História para ModeradoresDepois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desen-volver com eles.3 Descreve resumidamente o que os textos bíblicos dizem sobre João Batista: quem ele era, o que fazia, e como ele se considerava dentro do plano de Deus.3 A história é, maioritariamente, sobre… (escolhe três e explica):1. obedecer ao chamado de Deus.2. o papel de um apoiante.3. apelar ao arrependimento.4. as qualidades do sucesso.5. como testemunhar aos Fariseus.6. o custo de permanecer na verdade.3 A certo nível, João Batista podia ser visto como um colossal fracasso: ele não evitou que Herodes conti-nuasse numa vida de pecado; em vez disso, foi João que pagou o derradeiro preço. Já alguma vez estiveste numa situação em que esperavas um resultado e obtiveste algo completamente oposto?3 E o que dizer da filha de Herodias, identificada noutros sítios como Salomé? O seu comportamento não era aquele que uma jovem devia ter; ela não deveria, certamente, ter pedido a Herodes o assassínio de João! Como é que se pode estar contra a tentação e a influência para fazer algo errado?

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3 Que versículos achas que transportam a lição-chave desta história?Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje: Isaías 40:1-5; Malaquias 4:1-5; João 1:6-28.

Partilhando o Contexto e o Pano de FundoUse a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.

1. “Arrependei-vos e batizai-vos!”O chamado de João à imersão não era novo para os seus ouvintes; estavam habituados ao ritual do banho antes de entrarem no Templo em Jerusalém, e para outros propósitos. Às mulheres, por exemplo, era exi-gido uma banho ritual uma vez por mês.Mas isto era diferente. Porque, se os banhos rituais deviam preparar as pessoas para a adoração, a imersão (ou o batismo) que João pregava destinava-se a simbolizar uma mudança interior – arrepender significa “afastar-se” de um estilo de vida anterior. Era para pressagiar a aproximação dos seguidores de Jesus à medida que o Evangelho se espalhava: aceitar as boas-novas significava mudar o estilo de vida, orientan-do-o para o caminho de Deus.Como é que isto se relaciona com a tua compreensão do arrependimento, da mudança e do batismo? É um mero ritual ou simboliza algo mais profundo, melhor?2. Uma Promessa Falhada, FatalAo mesmo tempo, as ações de Herodes e da sua “família” bradavam do mal e da corrupção que João – e Jesus – rejeitariam. Em vez de governar com sabedoria e de ajudar os seus súbditos, Herodes só queria prazeres e facilidades, condições que levariam a um crime horrível. O assassínio de João foi nada mais do que o cumprimento de uma promessa irrefletida feita sob a influência do álcool – um argumento perfeito a favor da temperança, se já houve algum!Esta espécie de pressão – e os seus trágicos resultados – ainda afeta vidas hoje em dia. Os jovens que “experimentam” numa festa ou em casa de um amigo e depois se magoam, ou, pior ainda, têm um aci-dente de automóvel causado por isso, são os descendentes espirituais de Herodes, vivendo pelo prazer e sem pensar nas consequências. E, ao fazeres uma promessa de “alinhar” com os teus amigos, podes vir a ter resultados que mudarão a tua vida, quem sabe, bem trágicos e sérios.Que critério usas ao escolheres “alinhar” com o grupo? Afastas-te, quando necessário?3. Uma Promessa de RestauraçãoAo leres as passagens bíblicas dadas sobre o ministério de João (Malaquias 4; João 1:6-28), poderás ficar com a ideia de que enquanto a mensagem de Jesus era de cura e acerca do amor de Deus, a pregação de João, era muito dura, crítica. Ele disse coisas que eram bem difíceis de ouvir. Quero dizer, sejamos sinceros, ele estava a dizer às pessoas que “vissem o que estavam a fazer” e que se “pusessem na linha”. Ele sabia que se o Rei estava a chegar, não deveria encontrar um grupo de pessoas que se portavam mal, que tinham o coração endurecido e que eram cínicas – mas uma multidão esperançosa, com corações claramente humildes, arrependidos e prontos a receber o seu Rei e a entrar no Seu Reino.Está claro que, embora João recebesse muita atenção por ser um tanto esquisito, ele não era muito popu-lar – certamente não o era entre os líderes religiosos ou entre os governantes regionais! É verdade que João era duro de roer, mas ele amava tanto Deus e o Seu povo que não queria ver ninguém perder o barco quando o Messias viesse. Ele fez o seu trabalho – preparou o caminho para o Messias.Achas que arriscavas não ser “fixe”, ou ser rotulado como esquisito, para ajudares outros a ouvir a mensagem que os salvaria? Poderias sacrificar os confortos da vida para seres da linha dura?

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III. FECHANDO

AtividadeFeche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.Peça aos alunos que se separem por pares e planeiem como se apoiariam mutuamente num esforço público de testemunho. Pode ser de diálogo na rua (“Sabe que Deus o ama e tem um plano maravilhoso para a sua vida?” “Não sabia! Fale-me disso.”) ou um plano para distribuir literatura ou para convidar tran-seuntes para uma reunião.Quem seria o líder? Quem os apoiaria? Iria desligar? Porque é o papel da pessoa apoiante tão importante como o do líder? Que lições se aprende deste exercício?

ResumoPartilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:Se pararmos para pensar no assunto, há muito, muito poucos sucessos na vida que apenas dependem do trabalho de uma única pessoa. Até o indivíduo mais excêntrico, se for verdadeiramente honesto, terá de admitir que alguém, nalgum momento, o ajudou.Embora seja inquestionável que Jesus e só Jesus poderia completar a missão que tinha – ninguém mais poderia ir para a cruz, morrer e ressuscitar de novo –, também é verdade que outras pessoas O ajudaram no Seu ministério terrestre. Dos discípulos que O acompanharam aos outros que providenciaram artigos de que necessitava, a João Batista, que anunciou a Sua missão, muitos contribuíram para a vida e o traba-lho de Jesus.Ao considerares aquilo por que passaste na vida até agora, quem é que te ajudou? Os pais? Os irmãos? Os amigos? Os professores? Um pastor? Estes relacionamentos fazem parte da vida, e parte da ajuda aos outros no nosso caminhar cristão. Estamos aqui, em parte, para nos encorajarmos mutuamente.A história de João Batista e do seu papel em apoiar o ministério de Jesus deveria dar-nos coragem: até aqueles de nós que temos pequenos papéis a desempenhar podemos ser um elemento-chave no sucesso do grande plano de Deus.

Sugestões para um Ensino de Excelência

Tornando-a PessoalTornando a lição pessoal e aplicável para os alunos é a chave para que ela seja significativa para a vida deles.3 Por essa razão, escreva três palavras num bloco grande ou num quadro:RecompensaCompensaçãoFelicitações3 Peça aos alunos que escrevam exemplos de recompensas que receberam ou esperam receber baseadas na sua dedicação e no seu trabalho árduo. 3 Pergunte aos alunos que compensação esperam que as suas realizações lhes tragam.3 Pergunte aos alunos que parte têm as felicitações na sua motivação para o tra-balho e a realização.3 Compare isso com o exemplo das recompensas/felicitações terrenas que João Batista recebeu por aceitar o seu chamado.3 Oriente-os no debate sobre o que significa receber recompensas de valor espi-ritual e eterno.

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Ensinando…

Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição3 Perspetiva!Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.3 HolofoteLeia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.3 Frases-chaveChame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais direta-mente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem o que é mais importante para eles.

Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulo 22, ed. P. SerVir.

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CORNERSTONE CONNECTIONS

LIÇÃO 5Um Regresso a Casa TumultuosoHistória das Escrituras: Lucas 4:16-30 (ARC).Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulos 23 e 24, ed. P. SerVir.Texto-chave: Lucas 4:18-21 (ARC).

PREPARANDO-SE PARA ENSINAR

I – SINOPSEO ministério de três anos e meio de Jesus em adulto incluiu as Suas manifestações repetidas de que o Reino de Deus estava às portas. Um tema subordinado é a atitude dos habitantes de Nazaré que achavam difícil acreditar na Sua ligação divina, uma vez que eles O viram crescer desde a infância. Entrelaçado nisto tudo está a agenda profética que se cumpria em cada ocasião. A lição desta semana ilustra cada um dos três elementos, ao vermos Jesus regressar a Nazaré.As palavras que Ele diz na sinagoga excitam os Seus ouvintes como se estivessem a ouvir o texto pela primeira vez. De certa forma, eles estão, pois Ele di-los com graça, poder e autoridade, dando a verdadeira interpretação, diferente da sua. Rapidamente, a sua excitação torna-se em raiva quando tomam consciên-cia do significado das Suas palavras. Num relâmpago, voltam-se para Ele com intenções assassinas.A lição termina com um milagroso resgate dirigido pelo Seu Pai. Jesus permite que, uma multidão em fre-nesim, O empurre até ao topo do monte, mas é, então, miraculosamente revestido por anjos e desaparece, literalmente, e passa pelo meio da multidão sem ser visto. Imagine a perplexidade deles! Imagine a Sua tristeza pela forma como eles agiram e a Sua decisão em acabar com o Grande Conflito.

II. ALVOOs alunos irão:3 Reconhecer que Jesus é o cumprimento das profecias messiânicas e compreender o que o Messias veio fazer. (Saber)3 Tomar consciência de que Jesus não foi aceite por aqueles que O conheciam há mais tempo. (Sentir)3 Decidir confiar em que “a Sua Filiação do Eterno” é o seu caminho para a eternidade. (Responder)

III. EXPLORAR3 Confissão/arrependimento3 Reino de Deus3 IntegridadeEncontrará material para o ajudar a explorar estes e outros assuntos com os seus alunos em www.corners-toneconnections.net.

ENSINANDO

I. A COMEÇAR

AtividadeDirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.Jesus não atraiu as pessoas a Si centrando-Se no exterior. Foi o poder da Sua mensagem, juntamente com o trabalho do Espírito Santo, que abrandava os corações e enobrecia as mentes. “As Suas palavras são ver-dade, e têm um significado mais profundo do que superficialmente aparentam. Todos os ensinos de Cristo têm um valor superior à sua aparência despretensiosa. Mentes vivificadas pelo Espírito Santo discernirão a preciosidade dessas palavras. Discernirão as preciosas gemas da verdade, embora sejam tesouros enco-bertos” (Parábolas de Jesus, p. 110). Peça aos alunos exemplos pessoais que possam partilhar.

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IlustraçãoPartilhe esta ilustração com palavras suas:Em 1514, o matemático e astrónomo polaco Nicolaus Copernicus (1473-1543) apresentou um modelo matemático em que a Terra rodava à volta do Sol. A sua teoria heliocêntrica (Grego para “com o Sol ao centro”) ia contra o que fora estabelecido pela IgrejaCatólica Romana de que a Terra era o centro do Universo. A publicação da sua visão, em 1543, marcou o início da Revolução Científica. Ele faleceu pouco depois da publicação, evitando, assim, a ira da Igrejapor se ter afastado da sua forma de ver as coisas. Foi a base providenciada para o estudo científico feito, mais tarde, por Johannes Kepler, Galileu e Isaac Newton. O matemático e astrónomo italiano Galileu (1564-1642) melhorou o telescópio e foi o primeiro a voltar o seu poder ótico de objetos da Terra para o céu, fazendo numerosas observações que o levaram a advogar o ponto de vista de Copernicus sobre a Terra e o Sol. Isso pô-lo sob o olhar da Igreja quando um frade Dominicano lhe chamou herege em 1614. Em 1616, a pedido do Papa Paulo V, ele foi formalmente adverti-do contra defender a teoria Copérnica. Depois de anos a focarem-se nos seus ensinos, Galileu foi interroga-do perante a Inquisição em 1633, abrandou alguns dos seus pontos de vista e, por ordem do Papa Urbano VII, foi posto em prisão domiciliária indefinidamente. Ele morreu na sua vila em 1642.Galileu sofreu as consequências da sua opinião sobre o Sol ser o centro.

II. ENSINANDO A HISTÓRIA

Ponte para a HistóriaPartilhe o seguinte com palavras suas:A maioria das vezes, quando alguém lê uma parte das Escrituras em voz alta, os ouvintes normalmente respondem com o silêncio, com assentimentos de cabeça, talvez com alguns ámens, ou, por vezes, até com exultações ressonantes. Um dia, há muito tempo, em Nazaré, quando Jesus leu os textos desse dia na sinagoga, os ouvintes viraram-se contra Ele com vingança, querendo matá-l’O, por terem ouvido o que Ele disse. As Suas palavras poderosas fizeram surgir uma poderosa resposta.Tal como Galileu, Jesus sofreu as consequências de proporcionar uma nova maneira de ver as coisas que era contra a Igreja do Seu tempo (os líderes judeus).Estás disposto a passar por dificuldades por te agarrares à tua visão centrada no Filho?

A Partir da História para ModeradoresDepois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desenvol-ver com eles.Faça perguntas aos seus alunos sobre as dificuldades especiais que Jesus enfrentou ao regressar a casa em Nazaré para interagir com aqueles que O conheciam há mais tempo. Se alguém, na sua classe, se conver-teu ao Adventismo do Sétimo Dia depois de ter deixado o lar onde passou a infância, peça-lhe que partilhe qualquer incidente desagradável ou difícil que tenham tido ao regressarem a casa.A perspetiva que nos dá Ellen White explica que foi o facto de Jesus ler as suas mentes e falar sobre os seus pensamentos não expressos que os fez virarem-se contra Ele. A forma como se viam a eles próprios, como povo escolhido por Deus, estava em perigo.Podem os seus alunos lembrar-se de outra altura qualquer em que Jesus foi salvo do perigo, porque o Seu tempo não tinha chegado? Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje: João 4:21-30; 12:31-33; Mateus 15:30-32.

Partilhando o Contexto e o Pano de FundoUse a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.

No seu Evangelho, Lucas enfatiza o lado humano da natureza de Jesus, apresentando-O como o Amigo da Humanidade. Na história desta semana, a reação que Jesus recebeu foi longe de ser amigável. Foi a Sua primeira visita à Sua terra natal terrena, desde que começara o Seu ministério público. Maria e os Seus irmãos e irmãs ainda viviam ali e é provável que estivessem na sinagoga e tenham visto os seus vizinhos virarem-se contra Ele.

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De pé, Jesus leu Isaías 6:1 e 2 de um rolo – um costume que mostrava reverência pela Palavra escrita. Propositadamente, não leu a última frase do versículo 2, sobre vingança, porque os Judeus acreditavam, erradamente, que a sua salvação era automática por serem Judeus, não por alguma entrega pessoal a Deus. Da mesma maneira, de acordo com o costume, Jesus apresentou o Seu sermão sentado. Aquele lugar especial, localizado numa plataforma elevada perto da estante para leitura, era, por vezes, chamado “a cadeira de Moisés”.Eles clamavam por sinais da Sua divindade, mas foi a sua falta de fé que impediu Jesus de fazer milagres em Nazaré. Não foi porque Ele não foi capaz de o fazer, mas porque eles não estavam preparados para receber as bênçãos que Ele desejava dar-lhes.“Cientes de que as palavras de Jesus os descreviam perfeitamente, não estavam dispostos a ouvir mais. Para O aceitarem tinham de admitir que não eram melhores do que os pagãos, que eles consideravam como cães” (O Comentário Bíblico ASD, vol. 5, p. 731).“Ao abrirem a porta à dúvida, o seu coração endureceu-se tanto quanto se tinha abrandado antes. Satanás decidira que os olhos cegos não se abririam naquele dia, e que os cativos não seriam postos em liberdade. Com intensa energia, fez tudo para os confirmar na incredulidade. Não fizeram caso do sinal já dado, quan-do ficaram comovidos pela convicção de que era o seu Redentor que estivera a dirigir-Se-lhes” (O Desejado de Todas as Nações, pp. 188 e 189, ed. P. SerVir).As suas consciências culpadas levantaram-se para silenciar as Suas palavras de verdade. Com corações assassinos, embora fosse Sábado, eles levaram-n’O a um monte e estavam preparados para O atirarem dali. É provável que o sítio tradicionalmente aceite, referido como “Monte da Precipitação”, não seja o local deste incidente, porque fica a mais do que a viagem de um sábado de Nazaré. É provável que seja um íngreme penhasco calcário com cerca de 12m no canto sudeste de Nazaré. Os anjos protegeram-n’O e levaram-n’O para um local seguro. A Sua hora ainda não tinha chegado.

III. FECHANDO

AtividadeFeche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.Procure imagens do “Monte da Precipitação,” o local tradicional a que Jesus foi levado pela multidão de Nazaré, e depois foi protegido pelos anjos. Assumindo que o local está correto, pode indicá-lo com certeza, como um local por onde Jesus andou, onde os anjos se juntaram, e onde aconteceu um resgate sobre-

Sugestões para um Ensino de Excelência

Aponte as AnalogiasHá muitas analogias para serem notadas quando se leem as histórias bíblicas, e fazê-las notar aos seus alunos, ou pedir-lhes que as procurem, vai ajudá-los a compreenderem melhor a Bíblia. Na história encontrada em Lucas 4:16-30 há algumas para anotar:A sinagoga como ponto central usado por Jesus quando tinha 12 anos, quando expulsou os cambistas, e quando falou aos habitantes de Nazaré.Jesus a citar as Escrituras para ajudar as pessoas a ver que Ele é o cum-primento daquilo que tinha sido profetizado há muito tempo.As alturas em que Jesus foi miraculosamente resgatado por não ser ainda o Seu tempo para morrer.

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natural. Enquanto os seus alunos olham para as imagens, peça-lhes que pensem nisso e partilhem ideias sobre locais no mundo de hoje onde os anjos andaram.

Ensinando…

Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.

3 Perspetiva!Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição3 HolofoteLeia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.3 Frases-chaveChame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais direta-mente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem o que é mais importante para eles.

ResumoPartilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:Na lição desta semana, quando Jesus falou às pessoas na sinagoga, as Suas palavras foram, ao princípio, recebidas com admiração. No entanto, muitos pensaram: Não é este o filho de José? e alimentaram dúvi-das sobre Ele. Então, Ele fez com que a mensagem chegasse, realmente, a cada um dos Seus ouvintes, e isso não foi fácil de engolir. Era como se se vissem a um espelho e não estivessem a gostar do que viam. Ficaram tão furiosos que o povo da Sua terra natal procurou matá-l’O, atirando-o de um penhasco.Qual é a tua reação ao ouvires as palavras de Jesus dirigidas a ti?

Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulos 23 e 24, ed. P. SerVir.

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CORNERSTONE CONNECTIONS

LIÇÃO 6Sou um SeguidorHistória das Escrituras: Mateus 4:18-22; Marcos 1:16-20; Lucas 5:1-11 (ARC).Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 25, ed. P. SerVir.Texto-chave: Lucas 5:8-11 (ARC).

PREPARANDO-SE PARA ENSINAR

I – SINOPSEPedro e os outros pescadores – o seu irmão, André, e, os seus amigos e sócios, Tiago e João – tinham tra-balhado arduamente, durante toda a noite, sem nada pescarem, quando Jesus lhes pediu que voltassem a lançar as suas redes. Pedro estava cético, mas, confiando em Jesus, estava disposto a tentar. Quando o conselho de Jesus teve como resultado uma enorme pescaria, Pedro ficou convencido de que tinha visto um milagre. Certo de que esse Jesus era mais do que apenas outro grande mestre, Pedro sentiu-se opri-mido pela sensação da sua própria pecaminosidade e caiu de joelhos aos pés de Jesus. Pediu a Jesus que Se afastasse dele, sentindo que era indigno de estar na presença de Alguém que poderia ser o Messias. Mas a resposta de Jesus foi pedir a Pedro e aos outros para O seguirem – e eles fizeram-no imediatamente, deixando tudo para trás.Jesus ainda pede às pessoas – incluindo aos jovens – para deixarem tudo para trás e O seguirem. Mas o que temos de deixar para trás? As nossas famílias, o trabalho, o meio de vida, tal como Jesus pediu aos pescadores que fizessem? O que quer esse chamado dizer para os jovens que ainda estão a viver com os seus pais, a frequentar a escola, a planear uma carreira no futuro? O que significa uma entrega total a Jesus no século XXI? A lição desta semana explora algumas dessas questões.

II. ALVOOs alunos irão:3 Saber que Deus pede às pessoas que deixem as suas vidas do dia-a-dia e O sigam. (Saber)3 Sentir a presença de Deus e o Seu chamado na sua vida. (Sentir)3 Decidir responder ao chamado de Deus e seguir Jesus até ao fim. (Responder)

III. EXPLORAR3 Propósito3 Discipulado3 ObediênciaEncontrará material para o ajudar a explorar estes e outros assuntos com os seus alunos em www.corners-toneconnections.net.

ENSINANDO

I. A COMEÇAR

AtividadeDirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.Escreva as respostas a O que Achas? num quadro negro, num quadro branco ou num bloco grande e peça a cada aluno que partilhe as respostas que escolheu. Registe as respostas no quadro, acrescentando algu-mas que eles próprios possam ter escrito, para ver quais as respostas mais populares.Para cada resposta, pergunte: “Porque pensas que alguém possa dizer isto? O que há na ideia de seguir Jesus que poderá causar esta reação por parte de algumas pessoas?

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Pergunte: “Que coisas existem na nossa vida que possam estar a impedir que sigamos Jesus?” Faça com que os alunos brainstorm ideias e as escrevam no quadro. Depois, ao lado dessa lista, peça-lhes que sugi-ram os benefícios de seguir Jesus – o que eles obtêm por obedecer ao Seu chamado. Seriam os benefícios superiores àquilo de que teriam de abdicar?

IlustraçãoPartilhe esta ilustração com palavras suas:Em jovem, William Wilberforce tinha uma carreira política brilhante à sua frente. Entrou para o Parlamento Inglês com 21 anos, um dos mais jovens que já tinha ali entrado. Era rico, com uma boa formação, discur-sava bem, e parecia que seria um enorme sucesso.Mas, pouco depois de a sua carreira política começar, William Wilberforce converteu-se e decidiu dedicar a sua vida completamente a Deus. Ainda na casa dos 20, ele considerou abandonar a política, talvez entrar para o ministério ou seguir alguma outra carreira em que pudesse dedicar-se a fazer o trabalho de Deus.Foi pedir conselho a várias pessoas em quem confiava, incluindo ao seu velho pastor John Newton, autor do hino “Amazing Grace”. Newton, que tinha sido comandante de um navio negreiro antes de se converter, aconselhou Wilberforce, como já tinha feito com outras pessoas, de que ele podia continuar a servir Deus ao ficar no governo e a trabalhar ali para que a vontade de Deus se fizesse naquele local.Em vez de abdicar da sua carreira política para seguir Deus, Wilberforce dedicou a sua carreira política a Deus. Ele trabalhou incansavelmente durante mais de 20 anos para acabar com a venda de escravos, que ele considerava como um dos piores males do seu tempo. Não obstante vários entraves e uma saúde debilitada, Wilberforce continuou a ser uma voz no Parlamento para aqueles que trabalhavam para acabar com a escravatura. Por fim, viu os seus esforços serem bem-sucedidos – primeiro com a abolição da venda de escravos e depois com a libertação de todos os escravos do Império Britânico (isto foi mais de 30 anos antes de os escravos americanos serem libertados durante a Guerra Civil Americana). Wilberforce foi um exemplo de um jovem adulto que obedeceu ao chamado “Vem e segue-me.” Fê-lo, não ao deixar a carreira que tinha começado, mas ao transformar os seus objetivos e planos para que incluíssem aquilo que ele acreditava que Deus queria que ele fizesse.

II. ENSINANDO A HISTÓRIA

Ponte para a HistóriaPartilhe o seguinte com palavras suas:Numa manhã solarenga, perto do Mar da Galileia, Jesus encontrou um grupo de pescadores. Ele já Se tinha encontrado com eles e tinha falado com eles anteriormente; estavam interessados naquilo que Ele tinha para dizer, mas nenhum deles tinha ainda feito um compromisso completo com Ele. Agora, ao ver que eles tinham pescado toda a noite sem terem apanhado nada, Ele desafiou-os a voltarem a tentar. Quando viram que tinham mais peixes do que o que podiam carregar, Jesus mudou de estratégia. Ele convidou-os a fazerem um tipo de pesca diferente – a saírem para o mundo e a salvarem pessoas para o Seu Reino. Mas, para o fazerem, teriam de deixar para trás tudo aquilo que lhes era familiar, incluindo os seus barcos de pesca.

A Partir da História para ModeradoresDepois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desen-volver com eles.Divida a classe em quatro grupos e dê a cada grupo uma das seguintes passagens bíblicas:3 Lucas 5:1-113 Mateus 8:18-223 Mateus 9:93 Mateus 19:16-22Depois de cada grupo ler o seu texto, peça-lhes que preparem uma curta peça em que dramatizem a his-tória da passagem para o resto do grupo. Quando cada uma das quatro cenas tiverem sido apresentadas, pergunte: “O que é que estas histórias têm em comum? O que é que Jesus pede às pessoas que façam antes de O seguirem? Como é que elas respondem?”Depois, arranje alguns voluntários entre o grupo (provavelmente aqueles que ficaram mais entusiasmados

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em fazer a dramatização na última atividade). Peça a este grupo para, nessa altura, improvisar uma cena em que Jesus Se aproxime de um adolescente moderno, pedindo-lhe que deixe algo para trás e O siga. Enquanto se preparam para levar à cena, pergunte-lhes: “Que tipo de coisas Jesus nos pede que deixemos para trás por Ele, hoje? Como respondemos?”Depois de ter sido apresentada a cena, discuta que tipo de coisas Jesus nos pede que deixemos, se O qui-sermos seguir. À primeira vista, parece óbvio que Ele pediria que deixássemos os nossos pecados – mas que pecados? É isso tão fácil como parece?Vai Jesus pedir-nos que deixemos outras coisas para trás, algo que não é pecado, mas que, mesmo assim, talvez estejam a interferir com a nossa entrega? (Veja a secção Partilhando o Contexto e o Pano de Fundo, para mais ideias sobre isto.) Pergunte aos alunos o que pensam que significa, no mundo de hoje “compro-misso total” a Jesus. Poderá um jovem que está completamente comprometido com Jesus ainda assim:3 Namorar?3 Ir à escola?3 Sair com os amigos?3 Fazer planos para a faculdade e uma carreira para o futuro?3 Comprar um carro? 3 Vestir a última moda?3 Ter um emprego em part-time?Como é que um comprometimento total para seguir Jesus afeta as tuas decisões em qualquer destas áreas da tua vida? De que forma está Jesus a pedir-te que deixes as tuas redes e O sigas?Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje. Veja a secção Frases-chave da lição do Aluno.

Partilhando o Contexto e o Pano de FundoUse a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.Quando pensamos em deixar tudo para trás para seguir Jesus, é típico pensarmos em deixar para trás uma vida de pecado. O criminoso deixa a sua vida de crime, o toxicodependente deixa as suas drogas; as pessoas começam uma nova vida quando seguem Jesus.Mas os pescadores da história de hoje, e outras pessoas cujas experiências foram exploradas nas passa-gens de A Partir da História, não estavam a viver vidas particularmente pecadoras. Mesmo Mateus, o cobra-dor de impostos, só estava a fazer o seu trabalho – embora fosse um trabalho que muitos consideravam pecador e infame. Os pescadores estavam a trabalhar para terem meios de sustentar as suas famílias. O discípulo que queria ir enterrar o seu pai estava a cuidar das suas responsabilidades familiares. E o jovem rico era um bom homem que guardava os mandamentos.Ao longo dos últimos 2000 anos, os Cristãos têm lutado com o que significa deixar, realmente, tudo para trás, para seguir Jesus. Para os primeiros discípulos, era muito claro. Muitos deles, como Pedro e os seus amigos, fizeram um corte completo com a sua vida anterior e deixaram as suas casas, as suas famílias e o seu trabalho para poderem viajar pela Galileia com Jesus. Mesmo depois de Jesus voltar para o Céu, eles entregaram-se a tempo inteiro ao trabalho missionário. Uma dedicação total nos primeiros tempos do Cristianismo significava arriscar a vida, uma vez que a perseguição era frequentemente uma realidade (tal como o é em muitas partes do mundo, hoje).A partir da altura em que o Império Romano se “converteu” ao Cristianismo e se tornou seguro e confor-tável ser Cristão, os Pais e as Mães do Deserto começaram a viver vidas de isolamento e de privação no deserto, deixando o conforto dos seus lares, para se concentrarem completamente na oração e na ado-ração de Deus. Do seu movimento saíram os movimentos monásticos dentro do Cristianismo medieval. Embora alguns monges e freiras estivessem verdadeiramente dedicados a uma vida passada a procurar Deus (e Reformadores, tais como: Francisco de Assis, Teresa de Ávila, e outros aparecessem dentro de algu-mas gerações para nos recordarem dos seus objetivos), a preguiça e a corrupção também se infiltraram na vida monástica. Para muitos dos grupos Protestantes pioneiros, seguir Jesus totalmente significava, uma vez mais, arriscarem-se a serem castigados e até a morrerem. Para alguns, também significava abdicar das suas posses, vivendo em comunidade com outros crentes, e ir para os campos missionários do ultramar.Mas, a maioria de nós não faz esse tipo de sacrifícios – especialmente na América do Norte do século XXI. Para a maior parte de nós, seguir Jesus significa o que tem significado para a maioria dos Cristãos ao longo

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da História – viver uma vida “normal” com os mesmos confortos e objetivos que o resto da sociedade; vivendo um falso “compromisso” com Jesus sem deixar que faça uma grande diferença na nossa vida.Ao debater a lição desta semana, desafie os seus alunos com algumas destas perguntas: “Pode um Cristão comprometido viver uma vida “normal”? De que formas nos pede Deus para nos separarmos da socieda-de? O que é que Ele quer que nós deixemos para O podermos seguir?”

III. FECHANDO

AtividadeFeche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.Peça aos alunos que voltem a pensar no papel que desempenharam com Jesus a convidar um adolescente moderno para deixar tudo e O seguir. Permita que reflitam durante alguns momentos, em silêncio, e de olhos fechados, sobre o que Jesus poderia pedir-lhes para fazer, se Ele chegasse e dissesse “Segue-Me”. Enquanto estão sentados a pensar em silêncio, recorde-lhes que Ele está, de facto, a chamar cada um de nós para O seguirmos. A total entrega a Jesus irá significar coisas diferentes para pessoas diferentes; mas, para todos, significa viver uma vida estruturada à volta dos valores de Deus, não do mundo. Enquanto ora, convide cada aluno a refletir sobre o que isso significa para ele.

ResumoPartilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:Pedro, André, Tiago e João testemunharam uma fantástica manifestação do poder de Jesus – e também da Sua capacidade para cuidar deles. Depois de verem uma pesca incrível, eles sabiam que Ele era Alguém para além do normal. Mas também sabiam que Ele tinha capacidade para providenciar para as suas neces-sidades. Podiam confiar n’Ele. Talvez por isso estivessem tão dispostos a deixar tudo para trás e a segui-l’O – deixar, pura e simplesmente, as suas redes e os seus barcos de pesca e começar uma nova vida.Jesus ainda nos pede para fazermos o mesmo. Talvez não peça que saias da tua casa neste momento, mas Ele está a pedir-te que ponhas de lado um compromisso com uma vida planeada à volta dos teus valores e a começar uma vida centrada nos Seus valores – completa dedicação a Deus, ao serviço para Ele e para os outros. Terás de resolver sozinho o que isso quererá dizer na tua vida – nem todos os discípulos foram chamados para fazer a mesma espécie de trabalho ou ter a mesma vida. Mas todos foram chamados para mudarem a sua vida, terem uma vida 100 por cento entregue a Jesus. E é para isso que Ele nos chama.

Sugestões para um Ensino de Excelência

Fazer e Não FazerQuando estiver a ensinar um tópico em particular, embora seja impor-tante dar aos seus alunos um exemplo que ilustre o tema, também poderá ser útil dar um exemplo daquilo que não o ilustra.Verá na sua lição do moderador que a Ilustração é sobre um senhor que pensava que deveria deixar a sua carreira política para “se dedicar a fazer o trabalho de Deus.” Felizmente, ele teve alguns conselheiros sábios à sua volta que o ajudaram a tomar consciência de que fazer o trabalho para Deus pode envolver mais do que o ministério “oficial”; ele podia servir Deus ao fazer a vontade de Deus mediante a sua carreira política.Para revelar o que constitui “fazer o trabalho de Deus”, é muito útil banir o mito e mostrar que o ministério oficial não é a única maneira de servir Deus.

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Ensinando…

Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.

3 Perspetiva!Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.3 HolofoteLeia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.3 Frases-chaveChame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais direta-mente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem o que é mais importante para eles.

Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulo 25, ed. P. SerVir.

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LIÇÃO 7O Dia em que o Diabo Foi à IgrejaHistória das Escrituras: Marcos 1:21-28 (ARC).Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 26, ed. P. SerVir.Texto-chave: Marcos 1:27 (ARC).

PREPARANDO-SE PARA ENSINAR

I – SINOPSEEsta história do endemoninhado está repleta de oportunidades para ensinar. Pode usar esta lição para ensinar uma série de verdades espirituais. Ore para que o Espírito o guie para acentuar a perspetiva espi-ritual que possa ter maior poder transformador na vida dos alunos.Uma opção de ênfase poderia ser explorar o oculto e o culto satânico. (A lição do aluno neste trimestre foi pensada nessa direção.) Hoje, muitos jovens estão expostos ao mundo sobrenatural através de escolhas de entretenimento, tais como filmes (Underworld, O Sexto Sentido, O Exorcismo de Emily Rose), de progra-mas de televisão (Em Contacto, Crepúsculo, etc.), livros (Harry Potter), e jogos de vídeo (Doom, The Darkness).Outro ensino que poderá explorar tem a ver com o papel de Jesus como Mestre. A passagem realça a admiração das pessoas por Jesus ensinar como Alguém com grande autoridade. Um caminho válido que poderá seguir seria desafiar os jovens a aceitar Jesus como Mestre. Falamos muitas vezes em aceitar Jesus como Salvador (ex.: confiar n’Ele para a minha salvação depois de eu morrer); mas o Cristianismo torna-se mesmo prático quando aceitamos Jesus como Mestre (ex.: estar certo de que o que Ele ensinou determina como eu vivo cada dia). Salientar a ideia da autoridade dos ensinos de Jesus como a melhor maneira de viver hoje poderia ser um debate muito útil.Por fim, poderá querer explorar, com os alunos, o tema da tentação e realçar que a cura e a libertação se deram por se estar na presença de Jesus. Demasiadas vezes tentamos ser bons por nossa vontade – ape-nas para cairmos vez após vez no mesmo velho pecado. A chave, como flui naturalmente desta história, é não tentarmos mais esforçadamente para sermos bons; antes, é estarmos na presença de Jesus. Ellen White observa que o homem endemoninhado só tinha poder espiritual suficiente para ir a Jesus – e isso era tudo aquilo de que necessitava; afinal de contas, a inteireza acontece quando vivemos em Cristo.

II. ALVOOs alunos irão: 3 Pensar sobre a batalha cósmica entre o bem e o mal. (Saber)3 Dar-se conta de quão elevados são, realmente, os riscos nesta batalha espiritual. (Sentir)3 Confiar, plenamente, em Jesus como Salvador e Mestre. (Responder)

III. EXPLORAR3 Oculto/astrologia3 Caráter3 Autoridade/respeitoEncontrará material para o ajudar a explorar estes e outros assuntos com os seus alunos em www.corners-toneconnections.net.

ENSINANDO

I. A COMEÇAR

AtividadeDirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.

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Peça aos seus alunos para mencionarem os nomes de filmes, programas de televisão e jogos de vídeo que contenham temas demoníacos. Mantenha a lista num bloco grande. Discuta a tendência para o cres-cimento, na nossa cultura, na direção do satanismo. Perguntas para discussão:3 Como deveriam os Cristãos responder a esta tendência?3 Porque haverá tanto interesse no demoníaco?3 Estas opções dos media serão boas para os Cristãos verem? Porquê ou porque não?3 E os não-Cristãos? Como é que eles retratam esta dimensão espiritual?

IlustraçãoPartilhe esta ilustração com palavras suas:Ela era conhecida como a Rainha do Oculto. Vendia milhões de livros sobre vampiros e feiticeiras. Muitas das suas novelas foram produzidas em filmes, em que entraram artistas importantes como Tom Cruise e Brad Pitt.Mas, agora as coisas são diferentes para Anne Rice. Em 1998, entrou em coma e quase morreu. Foi nessa altura que Anne mudou – ela voltou-se para Cristo.Em 2005, ela chocou o mundo ao declarar: “Juro que, daqui em diante, apenas escreverei para o Senhor.” A sua publicação de novembro de 2005, Cristo, o Senhor: A Saída do Egito (NT: tradução livre) retrata Jesus aos sete anos. Rice esforçou-se muito para evitar contradizer as Escrituras na sua interpretação da vida de Jesus.O livro foi publicado em novembro de 2005 e entrou imediatamente na lista de best-sellers do Times de Nova Iorque. No epílogo de Christ the Lord (Cristo, o Senhor), Rice resume o que encontrou em Jesus, cha-mando-Lhe “o supremo herói sobrenatural” e “o supremo imortal deles todos.”1 Mais recentemente, Rice fez seguir, ao seu primeiro livro sobre Cristo, outra novela histórica intitulada Christ the Lord: The Road to Cana (Cristo, o Senhor: A Estrada para Caná).Numa entrevista com a revista Time, Rice disse: “Depois de 38 anos como ateia, a fé voltou para mim. Eu tinha de deixar de escrever sobre vampiros, porque eles eram uma metáfora para almas perdidas. Em vez disso, resolvi concentrar-me em Jesus Cristo.”2

II. ENSINANDO A HISTÓRIA

Ponte para a HistóriaPartilhe o seguinte com palavras suas:Quantos de vocês já leram alguma coisa escrita por Anne Rice? Quantos já viram um filme baseado nos seus livros (Interview With the Vampire, Exit to Eden, The Feast of All Saints, etc.)? O que pensaram sobre o seu trabalho antes da sua conversão? Como reagem ao seu testemunho? Que comparações encontram entre o testemunho de Anne Rice e a história do endemoninhado em Marcos 1?

A Partir da História para ModeradoresDepois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desen-volver com eles. Depois, peça à classe que leia a história como um drama da tradução Boa-Nova. Incentive cada leitor a pôr emoção no que lê. Por exemplo, quando o narrador diz que o homem estava “aos gritos”, quem fizer essa parte deverá ler as suas linhas de acordo com isso. Nomeie alunos para lerem as seguintes partes:3 O Narrador lê todas as partes que não sejam em discurso direto (aqui mostradas em letra normal).3 Alguém para ler o que o endemoninhado disse (aqui sublinhado).3 Um aluno para ler o que Jesus disse (aqui a bold).3 Uma quarta pessoa para ler o que as restantes pessoas disseram (aqui em itálico).Leitura:(21-23) Jesus e os discípulos foram depois para Cafarnaum. No sábado Jesus entrou na casa de oração dos judeus e começou a ensinar. Os que o ouviam ficaram muito admirados com o modo como ele ensinava, porque falava como quem tem autoridade e não como os doutores da lei. Nisto, apareceu na casa de ora-ção um homem possuído dum espírito mau, o qual, aos gritos, disse a Jesus:(24) “Que é que tu queres de nós, Jesus de Nazaré? Vieste aqui para dar cabo de nós? Eu bem sei que tu és o Santo que Deus mandou!”(25) Jesus repreendeu-o: “Cala-te, e sai desse homem.”

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(26) O espírito mau sacudiu fortemente o homem, deu um grande grito e saiu dele.(27 e 28) Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: “Que é isto?” Outros diziam: “Isto é doutrina nova, mas apresentada com autoridade! Pois ele até dá ordens aos espíritos maus, e eles obedecem--lhe!” E a fama de Jesus espalhou-se rapidamente por toda a Galileia.

Perguntas para discussão3 Há alguma coisa na história que te toque mais, quando a escutas lida como um drama? Se sim, o quê?3 O que tem esta história para nos ensinar sobre Satanás? Jesus? A multidão?3 Que lições podemos aprender com esta passagem?

Partilhando o Contexto e o Pano de FundoUse a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.1. Note o contexto. Marcos, o mais curto dos quatro Evangelhos, começa com o batismo de Jesus, passa à tentação no deserto e, depois, transita rapidamente para o chamado dos discípulos para poder ir para a proclamação pública do Evangelho. “Veio Jesus para a Galileia, pregando o evangelho do reino de Deus, e dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho.” Jesus lança o Seu ministério ao ensinar na sinagoga. Tão logo se acaba de ler a história de Satanás a atacar Jesus no deserto durante 40 dias, e agora está Jesus a ser confrontado novamente pelo diabo (só que, desta vez, é na igreja!) através deste homem endemoninhado.2. Note a cultura. William Barclay explica a prevalência da crença nas figuras satânicas e demoníacas no mundo antigo. Pondere no seu comentário: “O Dr. A. Rendle Short cita um facto que mostra a intensidade com que o mundo antigo acreditava nos demónios. Em muitos cemitérios antigos foram encontrados crânios que tinham sido furados. Quer dizer, tinha sido feito um furo no crânio. Num cemitério, de 120 crânios, seis tinham sido furados. Com as limitadas técnicas cirúrgicas disponíveis, não era uma operação pequena. Além disso, era claro pelo crescimento ósseo, que esses furos tinham sido feitos durante a vida. Também era claro que o furo no crânio era demasiado pequeno para ser de algum valor físico ou cirúrgico; e é sabido que o disco retirado do osso era muitas vezes usado como um amuleto à volta do pescoço. A razão para o furo era para permitir que o demónio escapasse do corpo da pessoa. Se os cirurgiões primiti-vos estavam preparados para fazer essa operação, e se as pessoas estavam preparadas para se sujeitarem a ela, a crença na possessão demoníaca deve ter sido intensamente real.”3

3. Note a cidade. Jesus tinha-Se mudado recentemente de Nazaré para Cafarnaum (ver Mateus 4:12 e 13). Cafarnaum era conhecida como uma cidade de riqueza. A sua reputação de pecado e decadência era bem merecida. Sendo o quartel-general de muitas tropas romanas, eram comuns as influências pagãs vindas de todo o Império Romano. Este era o local ideal para Jesus confrontar tanto os céticos como os crentes no Evangelho (Marcos 1:14 e 15).

Ensinando…

Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.

3 Perspetiva!Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.3 HolofoteLeia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.3 Frases-chaveChame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais direta-mente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem o que é mais importante para eles.

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III. FECHANDO

AtividadeFeche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.Diga aos seus alunos que quer que eles saiam com uma caixa de ferramentas que os ajude a resistir ao diabo. Divida a classe em pequenos grupos e peça-lhes que brainstorm uma lista de ferramentas (tais como, ler a Bíblia, memorizar versículos, fazer amizade com pessoas que amem Deus, comunicar com Deus através da oração, etc.). Compile uma caixa de ferramentas, pedindo aos pequenos grupos que par-tilhem as suas ideias com a classe toda. Termine sublinhando que a melhor maneira de resistir ao diabo é viver na presença de Jesus, porque Satanás e Deus não podem coexistir no mesmo coração.

ResumoPartilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:No seu livro The Heat: Steelworkers’ Lives and Legends, Joe Gutierrez partilha cinco histórias dos seus 42 anos como trabalhador do aço. A sua história intitulada “Snow Dance in August” (Dança da Neve em Agosto) descreve uma cena de flocos de pó prateado que frequentemente flutuavam até ao chão numa área da fábrica em que barras de aço rolavam sobre almofadas numa alta torre de arrefecimento. Durante anos, tanto os trabalhadores como as visitas afluíam ao local, que era especialmente pitoresco durante a noite.O pó era amianto. “Todos o inalavam”, escreveu Gutierrez. Ele sofre, agora, de uma lenta asfixia de asbes-tose, tal como acontece com muitos trabalhadores da fábrica.“Quem sou eu? Sou toda a gente. Agora, não consigo andar muito. Fico muito cansado e, por vezes, dói quando respiro. E pensar que costumávamos lutar por este trabalho.”Quantas coisas no nosso mundo são como os flocos prateados dessa fábrica de aço? Encantadores, mas mortais.5

1. Jennie Yabroff, “Anne Rice Has Gone From Goth to God”, Newsday.com (11-21-05); Cindy Crosby, “Interview With a Penitent”, Christianity Today.2. Conforme citado em www.time.com/time/magazine/article/0,9171,1720092,00.html.3. William Barclay, The Daily Study Bible Series: The Gospel of Mark (Philadelphia: The Westminister Press, 1975), pp 37 e 38.4. Conforme citado em www.understandingprejudice.org/teach/hightips.htm.

Sugestões para um Ensino de Excelência

Quem se Preocupa?De acordo com a página da Web dedicada a sugestões de ensino para instruto-res, a preocupação com os alunos é dada como “o mais importante ingrediente para um ensino eficaz”. Aqui estão as suas sugestões para a forma de mostrar aos alunos que eles têm valor:Leve a sério as suas perguntas e preocupações. Se não souber responder a uma pergunta, prometa tentar informar-se e partilhe a resposta durante a aula seguinte.Organize-se e prepare-se bem para cada aula, usando panfletos, resumos, mate-riais audiovisuais, ou outros materiais de ensino que vão para além das leituras marcadas.Esteja disponível para os alunos depois das aulas e entre sessões, passe tempo a aprender os seus nomes e a tentar conhecê-los pessoalmente. Ao demonstrar que respeita e se preocupa com os seus alunos, aumenta a possibilidade de eles se envolverem nas aulas, e abre a porta a relacionamentos em que vai aprender com os alunos, tal como eles aprendem consigo.4

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5. “Steelworkers Break the Mold”, Chicago Tribune (6-27-01).

Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulo 26, ed. P. SerVir.

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LIÇÃO 8Disponível e CapazHistória das Escrituras: Mateus 8:1-4; Marcos 1:40-45; Lucas 5:12-28 (ARC).Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 27, ed. P. SerVir.Texto-chave: Marcos 1:41 e 42 (ARC).

PREPARANDO-SE PARA ENSINAR

I – SINOPSEA lição da semana concentra-se no atordoante evento do leproso que foi ter com Jesus para ser curado. A terrível doença era comum nos tempos do Novo Testamento, e todos os que contraíam a infeciosa doen-ça de pele eram considerados mortos e eram isolados da comunidade. Se o facto de ser excomungado não imprimisse o desespero na mente da pobre vítima, a terrível doença, por si só, seria uma lembrança constante da morte iminente. E ainda por cima, a lepra era vista como um julgamento de Deus. Nenhuma doença representava o trabalho do pecado como o fazia a lepra num ser humano. Nesta história, o homem moribundo atreve-se a entrar na sociedade, porque ouve dizer que Cristo Se está a aproximar e nunca mandou ninguém embora. O seu apelo e a resposta de Cristo são a mensagem central desta história: Deus está disposto e é capaz de salvar.N’O Desejado de Todas as Nações, Ellen White comenta: “Quando pedimos bênçãos terrestres, a resposta à nossa oração talvez seja retardada, ou talvez Deus nos dê outra coisa diferente da que pedimos; mas não é assim, quando pedimos libertação do pecado. É da Sua vontade limpar-nos dele, tornar-nos Seus filhos e habilitar-nos a viver uma vida santa.” As palavras de Cristo: “Quero, sê limpo” e o toque da Sua mão declaram o que Deus quer mais do que qualquer outra coisa – salvar os Seus filhos. Ao longo desta história há vários ângulos para apelar aos jovens para responderem ao dom da salvação de Deus. Uma das maneiras é a abordagem do ponto de vista do leproso – aquele que procura e pede. Outra abordagem é do ponto de vista de Deus que nunca manda embora alguém que O procure honestamente. E, por fim, poderá considerar afastar-se um pouco e ver o quadro mais abrangente através do ritual do Velho Testamento para a purificação de um leproso, conforme é discutido na secção Contexto e Pano de Fundo.

II. ALVOOs alunos irão:3 Observar elementos-chave do Plano da Salvação. (Saber)3 Sentir o desejo urgente de Deus de perdoar e salvar as pessoas. (Sentir)3 Decidir pedir o inigualável dom da salvação dado por Deus. (Responder)

III. EXPLORAR3 Perdão de Deus3 Experiência da salvação3 PecadoEncontrará material para o ajudar a explorar estes e outros assuntos com os seus alunos em www.corners-toneconnections.net.

ENSINANDO

I. A COMEÇAR

AtividadeDirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas res-postas.

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Convide os alunos a partilhar as suas respostas à atividade de avaliação da secção O Que Achas? É provável que a maior parte dos alunos indique “receber o dom da salvação” como sendo a escolha número um. Mas é possível que outros respondam de modo diferente. De qualquer maneira, é crucial convidar os alunos a explicar porque responderam da forma como fizeram. Alguns poderão escolher “servir os outros com coração humilde” ou “viver em harmonia com os Seus Mandamentos”. A razão por que pensam que isso é importante para Deus providencia uma discussão enriquecedora.

IlustraçãoPartilhe esta ilustração com palavras suas:Em janeiro de 2008, uma história sobre uma fantástica transformação foi notícia de primeira página. Uma jovem de 15 anos, da Austrália, chamada Demi-Lee Brennan tornou-se na primeira pessoa do mundo a mudar de tipo de sangue. Demi-Lee foi uma paciente transplantada, com sangue tipo O negativo, mas isso mudou quando o transplante fez com que ela absorvesse o sistema imunitário do seu dador de órgão, mudando o seu tipo de sangue para O positivo. Inicialmente, os médicos pensaram que tinha havido um erro, porque isso nunca acontecera antes, e uma transformação desse tipo no sistema humano era, simplesmente, impossível. Aparentemente, as células estaminais do sangue no novo fígado desta jovem invadiram a sua medula e, por fim, tomaram posse de todo o seu sistema imunitário. Agora, ela tem um tipo de sangue totalmente diferente. O seu novo sangue levou-lhe vida e cura e ela está restaurada até hoje. Brennan diz: “É uma segunda oportunidade para viver.”É o que acontece connosco, quando convidamos Cristo a salvar-nos do pecado. Há mudanças que vão acontecendo durante a vida: desenvolvemos hábitos bons, saudáveis na nossa viagem. As qualidades de caráter que nos marcam são construídas ao longo do tempo, mas o teu convite ao perdão e um novo caminhar com Cristo estão à distância de um simples e sincero pedido.

II. ENSINANDO A HISTÓRIA

Ponte para a HistóriaPartilhe o seguinte com palavras suas:A espécie de transformação maciça que Demi-Lee Brannan experimentou foi uma mudança interna, que, por seu lado, se manifestou na sua nova vida. Esta semana vamos encontrar-nos com uma mente que foi transformada de dentro para fora. Como alguém a morrer de lepra, sabe-se que as mudanças que estão a ocorrer no nosso corpo começam, não na pele, mas bem dentro dela. À medida que Cristo restaura este homem, presta bem atenção à história e vê se esta mudança começa interna ou externamente.

A Partir da História para ModeradoresDepois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desen-volver com eles.3 Compare as três perspetivas do mesmo evento e veja as diferenças e as semelhanças das histórias.3 Que palavras e frases usam Marcos e Lucas que Mateus não usa?3 Que palavras e frases usa Lucas que Marcos e Mateus não usam?3 Que palavras e frases só Marcos usa?3 Como é que a doença da lepra se parece com o pecado?3 O leproso faz um interessante apelo ao dizer: “Se quiseres, bem podes limpar-me.” Há alguma dúvida, da perspetiva do leproso de Jesus ser capaz de o limpar ou não? Qual é a questão principal? Porque achas que alguém com lepra pudesse pensar assim? (Lê João 9:1-3; 5:13 e 14; Marcos 2:3-5; Isaías 59:1 e 2.)3 Porque achas que esta história está na Bíblia? Qual é a mensagem que Deus tem nela para ti, hoje?3 Explica o conselho de Jesus de que o homem devia ir imediatamente mostrar-se ao sacerdote e oferecer o sacrifício que Moisés determinou. Porque pensas que Jesus pediu ao leproso para o fazer?3 De que outra história na Bíblia é que este evento te recorda?

Perguntas extra para Moderadores:3 Porque pensa que Jesus insistiu para que o homem curado da lepra se fosse mostrar ao sacerdote? Leia

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Levítico 14:1-9 e veja se consegue imaginar para o que o ritual estaria a apontar e a imagem perdurável que seria impressa na mente da pessoa curada.3 Como seria este evento hoje em dia? Alguns poderão comparar este milagre a alguém a ser curado de sida ou cancro. A sida é, provavelmente, a doença mais comparável, pois também não tem cura, e os que a contraem estão, basicamente, a preparar-se para morrer. Inicialmente, as pessoas com vírus do HIV eram tratadas com um isolamento semelhante, com receio de que fosse contagioso. Todos estes elementos internos só com-põem o impacto físico da doença. Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje: Êxodo 4:6 e 7; Números 12:10; II Reis 5:1-10; Lucas 17:11-15.

Partilhando o Contexto e o Pano de FundoUse a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.Nas Escrituras, não há outra doença que retrate o trabalho do pecado como o faz a lepra. Na verdade, o termo “morte em vida” capta a perceção comum da doença. Quando as pessoas eram diagnosticadas com lepra, eram virtualmente excomungadas da sociedade. Em alguns casos, os seus nomes eram retirados dos registos públicos de cidadão com vida, pois era apenas uma questão de tempo. Mas há quem não saiba que a lepra ataca o sistema nervoso central antes de afetar a pele. Jerry Vines resume assim a forma como a lepra destrói uma pessoa:“Por nenhuma razão, ela teria uma sensação de fadiga. Depois, as suas articulações começariam a doer. Um dia notaria pequenas manchas brancas em toda a sua pele. Mais tarde, essas pequenas manchas endu-receriam, formando nódulos. Mudariam de branco para rosa e depois para castanho, e tornavam-se esca-mosas. A aparência do seu rosto mudaria até que se pareceria com um leão. Por todo o corpo, os nódulos ulceravam, produzindo um cheiro desagradável. Eles cobririam as suas cordas vocais, fazendo com que, ao respirar, fizesse um chiado. Ao falar, a sua voz seria rouca. Caíam-lhe as sobrancelhas. O seu cabelo tor-nar-se-ia branco. Centímetro a centímetro, o corpo da pessoa apodreceria. À medida que andava, deixaria manchas pútridas onde o pus escorria dos seus pés. Os dedos das mãos e dos pés começariam a cair” (Jerry Vines, Exploring the Gospels – Mark [Neptune, New Jersey: Loizeaux Brothers, 1990], p. 29).Mas, nesta história, Jesus pede a este homem que tinha sido curado para se ir mostrar ao sacerdote e ofe-recer os sacrifícios que Moisés ordenara. Porquê, e para que serve esta cerimónia?O Ritual da Purificação e a Lei do Leproso: Havia várias razões para visitar o sacerdote logo depois de um indivíduo ser curado. Em primeiro lugar, para ser novamente inserido na sociedade, o sacerdote tinha de o examinar e de o pronunciar limpo. Mas há mais na ordem de Jesus do que tratar da papelada. A cerimónia da purificação do leproso tinha, embebida no ritual, uma profunda e duradoura experiência espiritual. Em Levítico14:2-7, este ritual é descrito. A ave que é sacrificada é claramente Cristo, e a ave viva que é libertada sobre o campo aberto é indubitavelmente qualquer pecador que recebe a misericórdia de Deus.Imagine a cena: Um leproso vai ao sacerdote e este tem de fazer a cerimónia fora da cidade. Onde foi Cristo crucificado? Fora da cidade. Depois, o leproso observa enquanto duas aves vivas são apresentadas e uma é morta sobre água corrente (ou como dizem os Hebreus, água viva). O sangue da ave é misturado com a água viva e posto num vaso de barro. Quem foi curado observa cuidadosamente a ave morta e a taça de sangue e água. No que é que essa pessoa estaria a pensar? Porquê o sangue? Porquê uma ave – uma criatura viva? O que significa isto? O significado torna-se claro quando aquele que foi curado vê a ave viva ser molhada no sangue e na água e libertada em campo aberto. Imagine o homem ali em pé a olhar para o céu enquanto a ave viva bate as asas e o sangue e a água se desprendem e a ave voa livremente. Se a lepra retrata o pecado, então ir e experimentar este ritual torna-se no ritual mais importante de todos, porque simboliza a redenção. Não é ignorado por ninguém que esta cerimónia se refere ao Salvador e ao pecador.Não é para admirar que Jesus quisesse que fossem ao sacerdote, porque Ele sabia que, se tivessem de passar pelo ritual, o significado da sua salvação seria profundamente embebido no seu coração e na sua mente.

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Ensinando…

Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.

3 Perspetiva!Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.3 HolofoteLeia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.3 Frases-chaveChame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais direta-mente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem o que é mais importante para eles.

III. FECHANDO

AtividadeFeche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.Divida a classe em grupos de dois ou três e peça-lhes para responderem às seguintes perguntas:Diga: “Pensa em alguns exemplos de pessoas de hoje que são postas de lado ou mesmo ignoradas por alguma coisa que tenham feito ou algo que lhes aconteceu.” Certifique-se de que faz duas listas: uma para as escolhas que causam impacto negativo, e outra para coisas que acontecem às pessoas fora do seu con-trolo. (Alguém a contrair HIV devido a promiscuidade sexual é um exemplo de uma escolha que traz resul-tados sérios. Contudo, contraí-lo devido a uma transfusão de sangue é um exemplo de algo que acontece.)Partilhe os resultados com a classe e faça esta pergunta como forma de resumir a lição: “Há algum cená-rio em que possamos pensar do qual Cristo não nos possa salvar, se pedirmos?” A resposta é, claramente, “Não!”. Deus está disposto e é capaz.

Sugestões para um Ensino de Excelência

Rituais RedentoresOs símbolos e os rituais são a chave desta lição, mas eles também são um valor essencial no ministério de ensino que Deus estabeleceu há muito tempo. Símbolos tais como a Cruz, o pão e o vinho, um ramo de oliveira, e uma pomba podem ser de grande valor para ensinar ou podem tornar--se figuras vazias sem significado, dependendo da maneira como os inte-gramos na nossa vida. É importante explicar os símbolos na Bíblia com histórias vívidas, prestando atenção ao significado maior. O serviço do santuário está cheio de significado sobre a história da redenção. Muitos podem aprender o que representa o candelabro ou o altar das ofertas queimadas ou a mesa dos pães da proposição sem ouvirem a história. O comentário na lição desta semana capta os detalhes de um ritual através das lentes da história da redenção. Mantenha os símbolos e as histórias perante os jovens e ajude-os a fazer ligações reais da história antiga à sua vida de hoje.

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ResumoPartilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:Por vezes a vida de pessoas, contadas como história, tal como a do leproso pode parecer um conto de fadas, uma coisa tão irreal que é posta na categoria de uma historieta. Mas o evento foi real, e a experiência é real ainda hoje. Aos milhares, as pessoas irão a Cristo e pedirão uma nova vida. Algumas duvidarão e pen-sarão: “É bom de mais para ser verdade”, mas, ainda assim, pedirão, tal como o leproso fez há tanto tempo: “Se quiseres, bem podes limpar-me.” O que quer que esteja a impedir-te de pedir a Deus para te salvar deve ser posto de lado, porque a voz de Deus não dá essa mensagem. A verdade avassaladora, inegável, é que Deus está disposto e é mais do que capaz de te cobrir e de restaurar a tua vida completamente. Está disposto a fazê-lo, sempre que Lhe pedires.

Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulo 27, ed. P. SerVir.

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CORNERSTONE CONNECTIONS

LIÇÃO 9Não Foi Amor à Primeira VistaHistória das Escrituras: Mateus 9:9-17; Marcos 2:14-22; Lucas 5:27-39 (ARC).Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 28, ed. P. SerVir.Texto-chave: Mateus 9:10-13 (ARC).

PREPARANDO-SE PARA ENSINAR

I – SINOPSENesta história vamos aprender sobre como aceitar outros, mesmo que, no princípio, não gostemos daqui-lo que vemos neles. No tempo de Jesus, os cobradores de impostos eram odiados. Eram considerados desonestos e pecadores, porque eram, frequentemente, corruptos. No entanto, Jesus esforçou-Se para estar na sua companhia. Ele preferia estar no meio de pecadores do que numa sala cheia de homens cha-mados “justos e nobres”. Sabia que eram os pecadores que precisavam da Sua ajuda, não os justos. Como Ele disse: “Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos” (Mat. 9:12).Deus quer que aceitemos todas as pessoas. Não quer que olhemos para a sua aparência, a sua reputação ou o seu passado. Deixe que os alunos fiquem a saber que, se Deus – que é o Senhor do Universo e que criou todas as coisas – pode perdoar os nossos pecados, então, certamente nós podemos aceitar outros e procurar ajudá-los a encontrar a salvação.Embora devamos orientar os nossos alunos para que escolham os amigos com sabedoria, também deve-mos partilhar com eles a importância de procurar os “doentes”. Se travamos sempre amizade com aqueles que são obviamente “saudáveis”, como poderemos fazer a diferença no mundo? Jesus veio a este mundo, não como Rei, mas como um Homem sem casa. Ele veio a este mundo como um Homem que comia com cobradores de impostos e encontrava companhia entre os pecadores. O Senhor ensina-nos a aceitar todos os que vêm em necessidade. Jesus disse: “Em verdade vos digo que, quando o fizeste a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizeste” (Mat. 25:40).

II. ALVOOs alunos irão:3 Tomar consciência da importância de aceitar os outros, não obstante a sua aparência ou o seu passado. (Saber)3 Sentir desejo de contactar e dar testemunho àqueles que mais precisam dele. (Sentir)3 Procurar mais oportunidades para mostrar a todas as pessoas o amor de Deus. (Responder)

III. EXPLORAR3 Aceitação (dos outros)3 Autoimagem3 Propósito (saber o seu)Encontrará material para o ajudar a explorar estes e outros assuntos com os seus alunos em www.corners-toneconnections.net.

ENSINANDO

I. A COMEÇAR

AtividadeDirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.Peça à classe que imagine o seguinte cenário. Estás na igreja e os seguintes tipos de pessoas entram. Pergunte à classe como pensam que agiriam, se estas pessoas viessem à igreja:

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1. Um sem-abrigo bêbado, cujo cheiro inunda a sala toda.2. Uma estrela de rock famosa.3. O Presidente da República.4. Bill Gates.5. Alguém vestido com um traje de uma religião não-Cristã, como um Judeu Ortodoxo, um Muçulmano ou um Hindu.Fale sobre as várias respostas e o que elas nos dizem sobre nós próprios e as nossas atitudes para com os outros. Como estamos a refletir o caráter de Jesus?

IlustraçãoPartilhe esta ilustração com palavras suas:Nos Estados Unidos, um grupo de senhoras cristãs tomou como sua a missão de testemunhar às prosti-tutas de Las Vegas, convidá-las para irem à igreja, e ajudá-las a saber mais sobre o amor de Deus. Estas senhoras têm sido mal-tratadas constantemente por pessoas que dizem que “as prostitutas não têm lugar na Igreja”. Têm sido desprezadas por causa do seu ministério. Há pessoas que pensam que o que elas estão a fazer é errado. Uma dessas missionárias, Annie Lobert, diz sobre Las Vegas: “Este é um mundo que tem sido largamente rejeitado pela Igreja, mas o Senhor, nosso Deus, está a pôr um fim a isso de uma forma FANTÁSTICA!” Ela é uma ex-prostituta que conhece, em primeira mão, o que estas raparigas passam. Tem levado muitas delas para longe do horrível modo de vida e a aceitarem Jesus. O seu objetivo é salvar tantas pessoas quantas for possível. Embora tenham sido atacadas de todos os lados por Cristãos que pensam que elas se estão a imergir entre pessoas pecadoras, não pararam. Elas sabem que o Senhor quer que levem a Ele tantas pessoas quantas for possível.

II. ENSINANDO A HISTÓRIA

Ponte para a HistóriaPartilhe o seguinte com palavras suas:Muitas vezes, quando vemos pessoas que têm uma má reputação, tentamos manter a distância. Não queremos manchar a nossa reputação, ao associarmo-nos com elas, ou sentimos como se elas fossem inferiores a nós. Contudo, em vez de olhar para todo o mal, devemos olhar para o seu potencial e tentar ver para além das faltas, ver a pessoa em si e ajudá-la a procurar o seu verdadeiro propósito na vida. Jesus viu Levi e, em vez de o julgar e às suas faltas, Ele viu que aquele homem tinha potencial. Reconheceu que este homem também podia estar no Seu Reino.Jeremias 31:3 (ARC) diz: “Pois com amor eterno te amei, também com amorável benignidade te atraí.”

A Partir da História para ModeradoresDepois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte por palavras suas para a desen-volver com eles.· O que é que achas que, no início, fez com que os Fariseus ficassem tão zangados nesta história?· Dá algumas razões por que pensas que as pessoas odiavam tanto os cobradores de impostos.· Como achas que Levi se sentiu quando Jesus disse: “Segue-Me?” · Nesta história, Jesus disse: “Ninguém tira um pedaço dum vestido novo para o coser em vestido velho, pois que romperá o novo e o remendo não condiz com o velho” (Mat. 9:16). Na tua opinião, o que queria Ele dizer com isso?· O que pensas que Jesus viu quando Se encontrou pela primeira vez com Levi? O que pensas que os Seus discípulos viram?

Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje: I Timóteo 1:15; Efésios 1:3-6; Génesis 4:7; João 15:16; 1:12; Mateus 11:28; Atos 10:35.

Partilhando o Contexto e o Pano de FundoUse a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.Durante o tempo de Jesus, o antigo Israel estava sob o domínio do poderoso Império Romano, que

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cobrava impostos de todas as províncias sob o seu controlo. No antigo Israel, um grupo de cobradores de impostos foi retirado do próprio povo, e contratado por Roma para cobrar os impostos para os Romanos. O seu pagamento era o poderem reter para si uma “fração” ou percentagem dos impostos que cobravam. Claro que isso levou a um potencial para grande abuso, pois quanto mais cobravam, mais podiam obter.Estes cobradores de impostos eram conhecidos como sendo desonestos e burlões. Embora houvesse algumas honradas exceções, a maioria não o era. Isso ajuda a compreender as palavras encontradas em Lucas 3:12-14: “E chegaram, também, uns publicanos para serem batizados, e disseram-lhe: Mestre, que devemos fazer? E ele [Jesus] lhes disse: Não peçais mais do que o que vos está ordenado.” É interessante; Jesus não os estava a atacar por serem cobradores de impostos; Ele estava a adverti-los sobre enganarem o povo de quem era suposto cobrarem os impostos.Estes cobradores de impostos também se tornavam muito ricos. Alguns até faziam um requerimento ao governo romano pelo direito a cobrar impostos e taxas ao seu próprio povo. Depois, tendo pago ao governo por este requerimento, estavam livres de cobrar tanto quanto pudessem, tentando extorquir cada “cêntimo” para si. Roma recebia uma certa quantia; o resto era deles para guardarem para si mesmos.Os cobradores de impostos recebiam vários impostos. O Império Romano taxava os Judeus pela terra, pelo comércio e até pelos serviços do Templo. Havia diferentes espécies de impostos para cada território. Algumas províncias, tais como a Galileia, não tinham um governador romano; assim, os impostos ficavam na província em vez de irem para Roma.Isso ajuda-nos a compreender melhor quão insultados se sentiam alguns líderes e talvez até o povo por Jesus Se associar com aqueles gananciosos cobradores de impostos – que, na verdade, estavam a traba-lhar contra os interesses da sua própria nação. Quão baixo se podia cair! E, no entanto, Jesus amava-os e queria salvá-los. Que mensagem para nós!

III. FECHANDO

AtividadeFaça download de imagens da Internet de toda a espécie de pessoas, das ricas e famosas às mais sensabo-ronas, feias e difíceis de amar. Tente imaginar as suas histórias. Como é que chegaram onde estão?Agora, tente imaginar como Deus, que tudo sabe, as vê. Como é que a visão de Deus é diferente da nossa? O que podemos aprender dessa diferença?

Sugestões para um Ensino de Excelência

RepetiçãoA repetição é um bom método de ensino. É bom que nos repitamos mais do que uma vez para que o assunto seja aprendido. Contudo, não o repita demasiadas vezes, pois pode tornar-se cansativo. Pense em diversas formas como pode exprimir o mesmo ponto. Dessa forma, não parecerá tão monótono. Pode usar analogias ou atividades como modos diferentes de expressar esse ponto.Por exemplo, pode mencionar como uma pessoa cometeu um peca-do notório e, durante toda a sua vida, foi julgado por essa sua falha. Pergunte-lhes se já sentiram preconceito contra si ou um comporta-mento condenatório dos outros por algo que tenham feito no passado. Uma das coisas importantes que deve procurar gravar na mente dos alunos é que eles têm de se abster de usar atributos condenatórios na sua vida diária.

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ResumoPartilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:Todos nós já vimos pessoas que pareciam que não mereciam a nossa aceitação. Houve indivíduos cruéis, sem coração, insensíveis, pecadores e arrogantes que é mais do que provável que tenhamos tentado evitá-los a todo o custo. No entanto, antes de julgarmos alguém, temos de o tentar identificar primeiro. Muitas pessoas que, por fora, parecem inaceitáveis, podem ter sofrido de formas que nós próprios nunca poderíamos compreender. Mas Jesus apela a que aceitemos todos os indivíduos, mesmo que, ao prin-cípio, não gostemos do que vemos. Ele quer que se dê a todas as pessoas a oportunidade de lhes ser mostrado o caminho para a vida eterna. Quer que nós ajudemos as pessoas a saberem que, qualquer que tenha sido o seu passado, ou não importando as coisas horríveis que possam ter feito, ainda têm a opor-tunidade de encontrar o seu verdadeiro propósito; ainda têm a oportunidade de ir à luz de Jesus. Nunca devemos fechar a porta a ninguém, antes devemos demonstrar o amor e a aceitação de Jesus através do nosso amor abnegado por elas.

Ensinando…

Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.

3 Perspetiva!Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.3 HolofoteLeia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.3 Frases-chaveChame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais direta-mente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem o que é mais importante para eles.

Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulo 28, ed. P. SerVir.

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CORNERSTONE CONNECTIONS

LIÇÃO 10À Frente e no CentroHistória das Escrituras: Mateus 12:9-14; Marcos 3:1-6; Lucas 6:6-11 (ARC).Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 29, ed. P. SerVir.Texto-chave: Marcos 3:3-5 (ARC).

PREPARANDO-SE PARA ENSINAR

I – SINOPSEPode saber-se muito sobre uma pessoa ao observarmos no que gasta o seu tempo e sobre o que a faz ficar zangada. Ao misturar-Se Cristo com as pessoas e ao curá-las das suas doenças, Ele foi muitas vezes criticado por “trabalhar” ao Sábado. Jesus não ficou “indignado” pela crítica, mas porque os líderes da fé judaica não percebiam o alcance do Sábado e levavam outros consigo nesse caminho vazio. Esse foi o caso na história do homem com a mão mirrada que foi curado por Jesus à frente e no palco da sinagoga numa manhã de Sábado.Em toda a lição desta semana há uma tensão entre pensar no que não devemos fazer versus estarmos preocupados com as coisas que deveríamos fazer. Por vezes, quando discordamos de alguém, devíamos simplesmente “deixar passar”. Mas, nesta história e sobre este assunto, Jesus não quis deixar passar. Ellen White diz: “Jesus não deixou passar a questão só com uma simples repreensão aos Seus inimigos. Declarou que, na sua cegueira, estavam enganados quanto ao objetivo do Sábado.” É essencial que revejamos, com os jovens, o supremo objetivo do Sábado, não em termos vagos, mas com a mesma paixão com que Jesus defendeu a sua santidade há muito tempo. O Sábado foi feito “por causa do homem” (Marcos 2:27 e 28). É uma lembrança de que não é negociável Quem Deus é, e quem nós somos em relação com Ele (Génesis 2:1-3; Ezequiel 20:12, 20; Êxodo 20:8-11; Deuteronómio 5:12-15). Podemos guardar melhor o Sábado ao termos paixão por “fazer o bem” e “salvar vidas”, conforme se vê na história desta semana. Pense em como manter os alunos focados no principal propósito do Sábado e nas melhores coisas para viver nesse dia.

II. ALVOOs alunos irão:3 Ver as lembranças do propósito de Deus no Sábado. (Saber)3 Sentir a importância da adoração genuína. (Sentir)3 Encher as suas horas do Sábado com bondade. (Responder)

III. EXPLORAR3 Sábado3 Raiva3 ServiçoEncontrará material para o ajudar a explorar estes e outros assuntos com os seus alunos em www.corners-toneconnections.net.

ENSINANDO

I. A COMEÇAR

AtividadeDirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.

Convide os seus alunos a partilharem as suas respostas à atividade de votação na secção O Que Achas?. Muitas vezes, os alunos colocam-se a meio de uma avaliação, mas o ponto é fazê-los mostrar a sua tendên-

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cia. Aos alunos que tendem a remoer a raiva, poderá perguntar: “O que tens a tendência de fazer à medida que a tua frustração vai aumentando? Ela diminui com o tempo? Se falares calmamente com as pessoas, isso ajuda-te?” Aos que explodem, poderá pedir para partilharem o que poderá ser problemático nessas erupções bem como o que há de positivo em “não esconder” o que sentem. Aquilo que nos faz ficar zan-gados e a maneira como respondemos mostram quais são os nossos valores. Na lição desta semana vemos quão valiosa é a verdadeira guarda do Sábado para Jesus.

IlustraçãoPartilhe esta ilustração com palavras suas:Durante um estudo bíblico no Sábado um jovem frustrado desabafou: “Jesus diz-me o que é suposto eu NÃO fazer no Sábado e ficarei bem!” Aparentemente, este jovem estava demasiado confuso por as pessoas estarem a puxá-lo para um lado e para o outro com as suas críticas sobre o comportamento apropriado para o Sábado. Ele estava a perder o objetivo. Porque é que nós nos focamos naquilo que não devemos fazer? Dei-lhe uma garrafa de água e respondi: “Vou dar-te uma lista daquilo que NÃO podes fazer, mas, primeiro, dá-me uma lista do que NÃO está na garrafa de água.” Vendo-o ali sentado, atordoado pelo pedi-do, repeti o desafio: “Vá lá, dá-me só uma lista das coisas que a garrafa de água contém. Lê os ingredientes mencionados atrás e depois vai dizendo as coisas que não estão.” Como ainda estava atordoado, fiz algu-mas sugestões para o ajudar a começar: “Há picante na água? E guacamole? Rabanetes? E batatas fritas, há? Papel de alumínio? Óleo para motor? Fita-cola? Gel de Aloé-Vera? Meias 100% algodão? Sementes de maçã? Polyester? ...” “Está bem, está bem, já percebi!”, interrompeu ele. Começámos, então, a ver todas as coisas que Jesus fez ao Sábado e formulámos a nossa abordagem à guarda do Sábado a partir daquilo que devíamos fazer em vez do que não devíamos fazer.Calvin Miller disse: “O nosso foco precisa de ser ter fome daquilo que Deus quer em vez de meramente tentar deixar o que Ele não quer.”Como é que este princípio é verdade na tua vida, e em que aspetos da vida, para além do Sábado?

II. ENSINANDO A HISTÓRIA

Ponte para a HistóriaPartilhe o seguinte com palavras suas:Este princípio funciona em muitas áreas da vida: procurar um emprego, encontrar um cônjuge, escolher um par de sapatos. Mantém os olhos naquilo que deves fazer em vez de no que não deves fazer. Ao estudares a história desta semana, vais notar três perspetivas da história de três autores diferentes dos Evangelhos. Nota como são diferentes, mas observa a mensagem central da história enquanto as pergun-tas te orientam ao longo da passagem.

A Partir da História para ModeradoresDepois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desen-volver com eles.· Compara as três perspetivas do mesmo evento e vê as diferenças e as semelhanças das histórias.· Que palavras e frases usam Marcos e Lucas que Mateus não usa?· Que palavras e frases usa Lucas que Marcos e Mateus não usam?· Que palavras e frases só Marcos usa?· Quando Jesus convida o homem com a mão mirrada a “levantar-se e ir para o meio”, qual achas que era o Seu estado de ânimo? Porque o fez? · Que critério usa Jesus para a guarda do Sábado? Como é que a pergunta de Jesus: “É lícito nos Sábados fazer bem, ou fazer mal? Salvar a vida, ou matar?” (lê Lucas 6:9) muda a forma como vês o Sábado?· Pondera na pergunta de Jesus: “Qual de entre vós será o homem que, tendo uma ovelha, se num Sábado ela cair numa cova, não lançará mão dela, e a levantará? Pois quanto mais vale um homem do que uma ovelha?” (Mateus 12:11 e 12.) Qual é o ponto central desta troca?· Como descreverias tu a reação dos líderes judeus àquilo que Cristo fez na sinagoga?· De acordo com esta história, qual dirias que é o objetivo principal do Sábado?

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Mais Perguntas para os Moderadores:3 Que outras experiências da fé cristã parecem um pouco vazias porque tendemos a não ver o verdadeiro propósito da sua existência? (Cerimónia da comunhão/lava-pés. Devolver o dízimo e dar ofertas. Memorizar as Escrituras. Ajoelhar para orar.)3 Como vê a maneira de Jesus guardar o Sábado a alcançar pessoas que não conhecem Deus ou não têm contacto com uma comunhão de fé? (Fazer o bem e salvar vidas são, realmente, o derradeiro testemunho ao mundo. Estar certo e ter respostas não vai, necessariamente, impelir as pessoas a seguir Cristo.)Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje: Lucas 4; Génesis 2:1-3; Isaías 66; Lucas 13; Marcos 2; Atos 13; 16; 20.

Partilhando o Contexto e o Pano de FundoUse a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.Para sermos justos para com os líderes religiosos, eram eles que estavam a tentar preservar a fé hebraica durante tempos de falência moral, ética e intelectual. Os Fariseus e os escribas eram pessoas apaixonadas, mas o que aconteceu é que se foram tornando mais devotados à Lei do que ao maior cenário da vontade de Deus. Para preservar a rica beleza da Lei de Deus e da história do povo de Deus, fizeram regras e regula-mentos, tentando abarcar todos os cenários possíveis que fizessem tropeçar um crente na sua caminhada com Deus. Este comportamento, contudo, tornou-se num catálogo deformado de regras incrivelmente monótonas – especialmente no que se refere à guarda do Sábado.William Barclay comenta: “O mandamento diz que não deve haver trabalho ao Sábado. O escriba pergunta imediatamente: ‘O que é trabalho?’ Então, o trabalho é definido sob trinta e nove títulos que são chamados ‘pais do trabalho’. Uma das coisas que é proibido é levar um peso. Imediatamente, o escriba pergunta: ‘O que é um peso?’ Assim, no Mishnah há definição após definição do que constitui um peso – leite suficiente para um trago, mel suficiente para pôr numa ferida, óleo suficiente para ungir o membro mais pequeno (que é depois definido como o dedo mindinho do pé de uma criança de um dia), água suficiente para retirar de um cisco dum olho, cabedal suficiente para fazer um amuleto, tinta suficiente para escrever duas letras do alfabeto, areia suficiente para cobrir uma colher de pedreiro, junco suficiente para fazer uma caneta, um seixo suficientemente grande para atirar a um pássaro, qualquer coisa que pese mais do que dois figos secos” (William Barclay, The Mind of Christ, pp. 152 e 153).Estas regras eram feitas para que as pessoas não tivessem de pensar no assunto. Mas a última coisa que Deus queria era que nós não pensássemos n’Ele. Podia cuspir-se numa rocha, mas não no chão, porque juntar humidade à terra faria parte do processo de tornar a terra mais propícia a deixar algo crescer – agricultura.Quando Jesus cura um homem no Sábado, a única coisa que os líderes veem é uma regra a ser quebrada. William Barclay comenta: “Só podia ser dada atenção médica, se a vida estivesse em perigo. … Não se podia tratar uma fratura. Não se podia deitar água fria sobre uma mão ou um pé torcidos. Um corte num dedo podia ser ligado com uma ligadura simples, mas não com um unguento. Isso quer dizer, quando muito, podia evitar-se que um ferimento ficasse pior; mas não se podia curá-lo” (William Barclay, The Gospel of Mark, p. 67).

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Ensinando…

Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.

3 Perspetiva!Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.3 HolofoteLeia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.3 Frases-chaveChame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais direta-mente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem o que é mais importante para eles.

III. FECHANDO

AtividadeFeche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.Divida a classe em grupos de dois ou três e peça-lhes para responderem às seguintes perguntas:Aos pares, façam uma lista de cinco coisas que pensam que podem ser feitas ao Sábado e que não fariam normalmente. Peça aos alunos que partilhem as suas listas à volta da sala e que ouçam as respostas dos outros. Depois pergunte: “Se tivesses de te concentrar nessas cinco coisas no próximo Sábado, ficarias enfadado? Continuarias a ser tentado por algumas coisas que não fossem as melhores para fazer ao Sábado? As tuas atividades seriam um testemunho positivo para os outros?”

ResumoPartilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:É apenas humano pegar numa bela experiência e repeti-la negligentemente até perder o seu significa-do. Isso acontece em tantas áreas da vida. Se não pensarmos porque nos foi dado o Sábado, e em qual

Sugestões para um Ensino de Excelência

Comparação e ContrasteA maneira como descrevemos a relação entre duas coisas ou ideias é comparando e contrastando e demonstrando a causa e o efeito. Na lição desta semana, pedimos aos alunos que comparassem três perspe-tivas diferentes da história para nos apercebermos de como vemos as coisas de modo diferente. Uma maneira de o demonstrar visualmente é usando um diagrama Venn. Desenhe dois círculos grandes um ao pé do outro, mas cruzando-se no meio, deixando três espaços (à esquerda do primeiro círculo, à direita do segundo círculo, e a meio, onde os dois círculos se cruzam). Convide os alunos a compararem as histórias do Evangelho, anotando os detalhes que são únicos, no lado de fora dos círculos, e o que é comum dentro, onde os círculos se cruzam. O que é que isso faz? Esta atividade fortalece a sua capacidade de ver detalhes, bem como o cenário geral.

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é o maior desejo de Deus para nós, perdemo-nos no meio de todas as regras e nuances, ao ponto de o nosso comportamento se tornar sem significado. Ao vermos os animais num jardim zoológico, notamos que alguns se movem vagarosamente e repetem o seu comportamento na pequena área, apenas porque isso foi o que sempre fizeram. Isso é triste; mas Deus quer que nós vivamos, que nos recordemos de que fomos criados para um propósito mais elevado do que andar por aí. Deus quer que façamos o bem e par-ticipemos na causa de salvar vidas para a eternidade, porque esse é o nosso derradeiro propósito como seres criados – tornarmo-nos como o nosso Criador. Nunca experimentaremos isso, se nos esquecermos de Quem é Deus, e lembrar-nos-emos, se participarmos no Seu trabalho no Sábado. O Seu trabalho? Isso mesmo. O trabalho de Deus é servir, salvar, viver ao máximo e abundantemente para os outros.

Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulo 29, ed. P. SerVir.

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LIÇÃO 11O Chamado de JesusHistória das Escrituras: Marcos 3:13-19; Lucas 6:12-16; Mateus 5-7 (ARC).Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulos 30 e 31, ed. P. SerVir.Texto-chave: Lucas 6:12 e 13 (ARC).

PREPARANDO-SE PARA ENSINAR

I – SINOPSEA lição desta semana foca-se no chamado dos 12 discípulos e no Sermão da Montanha que se segue a este chamado. Cinco discípulos estiveram com Jesus desde o início do Seu ministério, mas é bom ensinar que Jesus fez o Seu ministério durante mais de um ano antes de escolher o resto do grupo. Jesus viveu uma vida de discipulado para com o Seu Pai antes de pedir a alguém que O seguisse. Será isso uma lição para nós?Embora Jesus fosse Deus em forma humana, Ele não dependia da Sua divindade para determinar quem deveria escolher para ser Seu discípulo. Em vez disso, Ele passou a noite em oração, após o que escolheu os Doze. Jesus estava prestes a lançar um movimento que iria mudar o mundo, por isso Ele queria certifi-car-Se de que tinha as pessoas certas. Esta é uma das partes importantes da história para ser acentuada. Deus está à espera, ouvindo, e preparado para nos dar orientação – não interessando quão grande ou pequena seja a decisão a tomar.Depois do Seu chamado aos Doze, Jesus passou a explicar os princípios do Reino dos Céus pelos quais deviam viver. A multidão que ouviu a Sua mensagem era formada, maioritariamente, por pessoas opri-midas e esquecidas – pessoas à margem da sociedade. A mensagem de Jesus era para elas. Esta semana, faça questão de dizer que o nosso chamado ao discipulado é sempre seguido de um chamado para que vivamos esse discipulado ao serviço da Humanidade. Como se faz isso? Seguindo os princípios delinea-dos no Sermão da Montanha. Fazemos todos parte integral da família de Deus, mas o nosso estatuto de membros da família de Deus é determinado pelo amor que mostramos uns aos outros.

II. ALVOOs alunos irão:3 Descobrir que Deus chama todos a segui-l’O, e alguns para um ministério especial. (Saber)3 Procurar oportunidades para servir membros perdidos da família de Deus. (Sentir)3 Aceitar viver vidas apaixonadas de discipulado. (Responder)

III. EXPLORAR3 Reino de Deus3 Conhecer Deus3 AbnegaçãoEncontrará material para o ajudar a explorar estes e outros assuntos com os seus alunos em www.corners-toneconnections.net.

ENSINANDO

I. A COMEÇAR

AtividadeDirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas respostas.

O objetivo desta atividade é comparar o lançamento de um novo produto com a forma como Jesus lançou o Seu novo produto: o Reino de Deus e a sua justiça.

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Dê aos alunos uma oportunidade para partilharem os pontos altos das suas campanhas de mercado. Depois peça-lhes que considerem a maneira como Jesus lançou a Sua campanha. Primeiro, Ele “viveu” o produto – na verdade, tão bem que multidões O seguiram por aquilo que Ele tinha. Segundo, escolheu pessoas que tinha treinado pessoalmente, para O ajudarem a “promover o produto e pô-lo no mercado” . Finalmente, Ele passou a explicar os princípios pelos quais Ele queria que o Seu povo vivesse. Se eles iam representar o Seu produto, Ele queria que a vida deles estivesse de acordo com a sua profissão.

IlustraçãoPartilhe esta ilustração com palavras suas:Em determinada altura, o Pastor Jimmy Chapman, de Washington, Georgia, relatou a interessante história por detrás do chamado de um dos gigantes Cristãos da História.“Em Yorkshire, Inglaterra, durante os primeiros anos de 1800, nasceram dois filhos a uma família chamada Taylor. O mais velho fez nome ao entrar no Parlamento e ganhar prestígio público. Mas o mais novo esco-lheu dar a sua vida a Cristo. Mais tarde, recordaria: ‘Lembro-me bem de, em consagração sem reservas, pôr o meu eu, a minha vida, os meus amigos, tudo sobre o altar. Senti que estava na presença de Deus, entrando numa aliança com o Todo-Poderoso.’“Com esse compromisso, Hudson Taylor voltou o seu rosto para a China e o desconhecido. Como resulta-do, é conhecido e honrado em cada Continente como um fiel missionário e fundador da Missão da China Interior (agora conhecida como Overseas Missionary Fellowship). Para o outro filho, no entanto, não há nenhum monumento que perdure. Quando se procura na Enciclopédia, para ver o que o outro filho fez, encontram-se estas palavras: ‘O irmão de Hudson Taylor.’ ‘… aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre’ (I João 2:17).”

II. ENSINANDO A HISTÓRIA

Ponte para a HistóriaPartilhe o seguinte com palavras suas:A partir do momento em que Deus andou pelo Jardim do Éden, na frescura do dia, à procura de Adão e Eva, até ao dia de hoje, Deus tem estado a chamar os seres humanos caídos. O facto de Ele Se preocupar connosco devia fazer-nos pensar.Para dizer a verdade, Deus não precisa de nós para fazer o Seu trabalho. Jesus precisava mesmo das dúvi-das de Tomás e da verbosidade de Pedro? É provável que não, mas eles precisavam d’Ele. O chamado dos 12 discípulos foi outra forma de demonstrar que os seres humanos caídos podiam ser recuperados e podia ser-lhes dado um novo propósito para a causa de Deus. É um privilégio ouvir e aceitar o chamado de Deus para o discipulado.

A Partir da História para ModeradoresDepois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desen-volver com eles.3 A maior parte dos alunos e, provavelmente, dos adultos, nunca leu todo o Sermão da Montanha. Tire uns momentos para ler o Sermão da Montanha completo (Mateus 5-7). Peça aos alunos que partilhem partes do sermão que nunca tinham lido antes, ou com as quais não estavam familiarizados.3 Entre os tópicos focados por Jesus, encontram-se: paz, bondade, calúnia, o povo de Deus como sal do mundo, onde começa o assassínio, onde começa o adultério, casamento e divórcio, fazer juramentos, andar a segunda milha, amar os inimigos, fazer o bem, jejuar, preocuparmo-nos, julgar, procurar Deus, o caminho para o Céu, e como construir uma vida – entre outros. Escolha alguns destes tópicos e peça aos alunos que partilhem o que Jesus disse sobre eles.3 Neste Sermão, na encosta da montanha, Jesus estava a dirigir-Se aos Seus discípulos de forma a que a multidão que O seguia pudesse ouvir. Os Judeus já deviam conhecer os princípios enunciados por Jesus aqui. Porque não conheciam? Tinham os líderes religiosos daquela altura alguma coisa a ver com a situação?3 Muito do que Jesus delineou nos princípios subjacentes ao Reino dos Céus hoje é considerado radical. Por exemplo, a maioria das pessoas não acredita que é possível amar um inimigo. Se alguém lhe bater numa face, oferecia-lhe a outra? Jesus estava a pedir aos Judeus – que estavam irritados sob a ocupação romana – para se tornarem capachos?

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3 Pergunte aos alunos como podem viver os princípios do Sermão da Montanha na sua vida quotidiana. Pergunte: “Pode alguém que não tenha sido chamado por Deus viver para Deus?”Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje: I Samuel 3; Êxodo 20; Mateus 4:1.

Partilhando o Contexto e o Pano de FundoUse a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.1. O Melhor? Os 12 discípulos escolhidos por Jesus não eram o melhor que a Humanidade tinha para ofere-cer, concluiriam muitas pessoas. A maioria era da classe trabalhadora pobre. Isso é demonstrado, até certo ponto, pelo desdém com que os líderes judeus os olhavam. Basicamente, Jesus pegou no pior do lote huma-no e mostrou o que uma pequena exposição ao Sol da Justiça podia fazer por eles.Pense nos resultados: “Três deles tornaram-se hábeis escritores. João era um profundo estudioso” (Comentário Bíblico ASD, vol. 5, p. 594). Pedro tornou-se pregador. Por intermédio destes homens simples, Jesus construiu as fundações para uma nova Igreja que permaneceria até à Sua volta. A pergunta que temos de fazer a nós próprios é esta: Se Jesus podia fazer tanto com tão pouco, o que poderia Ele fazer connosco?2. Algo Melhor. Jesus tinha como objetivo uma barreira cheia do Espírito para os excessos do Seu tempo. Esta era a mensagem de João Batista, que preparou o caminho para Jesus, e no Sermão da Montanha o incentivo da mensagem de Jesus é o mesmo. Aqui está o que Ellen White escreveu sobre a maneira como Jesus proferiu a Sua mensagem:“Cristo desapontou a esperança de grandeza mundana. No Sermão do Monte, procurou desfazer o traba-lho que tinha sido feito pela falsa educação, e dar aos Seus ouvintes o conceito exato do Seu Reino, bem como do Seu próprio caráter. Todavia, não atacou diretamente os erros do povo. Via as misérias do mundo como consequência do pecado, mas não lhes apresentou um quadro vivo da sua desgraça. Ensinou-lhes alguma coisa infinitamente melhor do que aquilo que tinham conhecido” (O Desejado de Todas as Nações, p. 246, ed. P. SerVir).3. Um Reino de Graça – Não de Força. No Sermão da Montanha, Cristo está a falar não só sobre o futuro Reino de glória mas também sobre o Reino da graça que vive no coração dos Seus seguidores. Os Judeus tinham uma conceção popular do Reino construído pela força, capaz de subjugar os odiados Romanos.Em parábolas tais como a dos pesos, a da semente de mostarda, a do fermento e a da rede, Jesus procurou dar-lhes exemplos de como viver o Reino da graça. “O Reino que Cristo veio estabelecer foi um que come-ça no coração dos homens, permeia a sua vida, e transborda para o coração e a vida de outros homens com a dinâmica do poder constrangedor do amor” (Comentário Bíblico ASD, vol. 5, p. 325).

Sugestões para um Ensino de Excelência

Formando Equipas 101Muitas vezes, os professores esforçam-se muito para conseguir que os alunos trabalhem juntos. Dado o tema da lição desta semana, poderá ser interessante examinar o que Jesus fez para con-seguir que os Seus discípulos trabalhassem juntos.Os discípulos eram um grupo diverso. A sua missão sagrada fê-los trabalhar juntos? E o que dizer do próprio Jesus? Juntaram-se todos por estarem na presença da magnificência? A res-posta a ambas estas perguntas é não.Os discípulos aprenderam como ser uma equipa ao observarem como Jesus tratava cada um deles, e viram-se forçados a permanecer juntos quando Ele foi crucificado. Exemplo e sacrifício – estas ainda são as duas melhores maneiras de ensinar os seguidores a trabalharem juntos.

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Ensinando…

Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.

3 Perspetiva!Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.3 HolofoteLeia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.3 Frases-chaveChame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais direta-mente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem o que é mais importante para eles.

III. FECHANDO

AtividadeFeche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.Peça aos alunos que façam, em silêncio, uma oração de apenas uma frase em resposta ao Seu chamado. Peça aos alunos que terminem a seguinte afirmação com a sua oração silenciosa a Deus.“Pai, eu ouço-Te chamar-me. Pela Tua graça eu faço planos para...”O objetivo desta oração é fazer com que os alunos saibam que Deus ainda está à procura de discípulos para O ajudarem a construir o Seu Reino. Termine com uma oração de consagração e dedicação a Deus e ao Seu serviço.

ResumoPartilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:Há mais de 2000 anos, na encosta de um monte, Jesus escolheu doze seres humanos para O ajudarem a construir um Reino. Um Reino de graça, como mais tarde se veio a saber, foi inaugurado nesse dia, e, hoje, nós somos os seus beneficiários.O Sermão da Montanha que se seguiu à escolha dos Doze, delineou em tons claros a constituição do novo Reino de Deus na Terra. O caminho que o mundo seguia foi mudado por Cristo – o Caminho. Este novo Reino seria construído sobre o amor abnegado e a devoção a Deus e aos outros seres humanos. Na altura, os discípulos não sabiam que acabavam de ser escolhidos para a maior missão alguma vez confiada aos humanos, e essa missão transformou a vida deles.Deus chama homens e mulheres para uma vida infinitamente mais significativa do que a que estavam a viver. Ele dá a todos os que respondem ao chamado uma nova maneira de viver, uma nova maneira de ser, no mundo.

Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulos 30 e 31, ed. P. SerVir.

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LIÇÃO 12Um Soldado Fiel e Cheio de FéHistória das Escrituras: Mateus 8:5-13; Lucas 7:1-17 (ARC).Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulos 32 e 33, ed. P. SerVir.Texto-chave: Mateus 8:10 (ARC).

PREPARANDO-SE PARA ENSINAR

I – SINOPSEJesus nunca perdia um momento em que pudesse ensinar. Estava sempre sensível às necessidades daque-les que iam a Si, e nunca perdia uma oportunidade para os ajudar a crescer. Na lição desta semana vemos Jesus a alcançar pessoas necessitadas, e, no processo, a ensinar os Seus seguidores – e os Seus caluniado-res – a como viver.A história do centurião e do seu servo doente encontra-se no centro do estudo desta semana. Os líderes judaicos tinham concluído que este comandante romano era merecedor da ajuda de Jesus, ao contrário das pessoas comuns que Jesus ajudava dia-a-dia, porque ele lhes tinha construído a sinagoga. Jesus atra-sou-Se na Sua viagem para a casa do centurião, mas depressa o centurião veio ao Seu encontro a meio do caminho e expressou uma confiança no poder de Jesus que nenhum Judeu tinha exibido antes. Jesus disse isso mesmo, acrescentando: “Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e sentar--se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacob, no reino dos céus” (Mateus 8:11).Há vários pontos para enfatizar aqui. A começar, a fé do centurião na autoridade de Jesus para falar sim-plesmente e curar o seu servo é o tipo de fé que o povo de Deus devia ter. Em resposta à fé do centurião, Jesus deu uma importante sugestão sobre a composição do Reino dos Céus. Os que são crentes verão que muitos outros do Oriente e do Ocidente virão para seguir Cristo. Ensine os alunos que a família de Deus transcenderá todas as culturas e todos os credos.Na história do endemoninhado levado a Jesus, voltamos a ver a atitude dos Fariseus ao acusarem Jesus de ser um adorador do diabo. Aqui, uma vez mais, Jesus aproveitou a oportunidade para responder aos Seus críticos com uma lógica que eles não podiam refutar. Em cada ato de misericórdia que Jesus fez, Ele procurava oportunidades para tornar os do Seu povo melhores seguidores de Si mesmo.

II. ALVOOs alunos irão:3 Aprender que a verdadeira fé toma Deus à Sua Palavra e acredita que Ele pode fazer qualquer coisa. (Saber)3 Experimentar a bênção de fazer parte da família de Deus. (Sentir)3 Colocar a sua confiança implícita em Deus ao procurarem ser usados por Ele para ajudar a salvar outros. (Responder)

III. EXPLORAR 3 A Igreja como uma família (que cuida)3 Autoridade/respeito3 Unidade no corpo de Cristo*Encontrará material para o ajudar a explorar estes e outros assuntos com os seus alunos em www.corners-toneconnections.net.

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ENSINANDO

I. A COMEÇAR

AtividadeDirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas res-postas.As respostas às afirmações de Verdadeiro ou Falso são como se segue: 1. Falso – o Congresso dos Estados Unidos tem de aprovar as declarações de guerra. 2. Verdadeiro. 3. Falso – mesmo o Presidente ainda está sujeito ao que resta das nossas leis de privacidade. 4. Falso – o Congresso pode anular os vetos presiden-ciais desde que tenham uma maioria de dois terços na Câmara dos Deputados, e um voto de bloqueio de 60% no Senado. 5. Falso – o Presidente tem de cumprir as leis do país tal como qualquer outro cidadão.O objetivo deste exercício é fazer ver que tal como a Constituição dos Estados Unidos dá ao Presidente certos poderes, Deus deu a Jesus o poder e a autoridade sobre todas as coisas na Terra e no Céu. O centu-rião reconheceu que o poder de Jesus não era deste mundo.

IlustraçãoPartilhe esta ilustração com palavras suas:Em abril de 1988, as notícias da noite tinham o relato de um fotógrafo que era paraquedista. Ele saltou de um avião com numerosos outros paraquedistas e filmou o grupo à medida que caíam e abriam os seus paraquedas. No filme mostrado no noticiário, quando o último paraquedista abriu o seu paraquedas, o filme ficou frenético.O repórter anunciou que o camaraman tinha morrido na queda porque tinha saltado do avião sem o seu paraquedas. Só quando tentou puxar o cordão para abrir o paraquedas é que se deu conta de que estava a cair sem o ter. Até àquela altura, o salto pareceu-lhe, provavelmente, excitante e divertido. Mas, tragica-mente, tinha agido com uma pressa descuidada e uma insensatez mortal.Nada o podia salvar pois a sua fé estava num paraquedas que nunca tinha sido posto. Fé seja no que for para além de um Deus todo-suficiente pode ser assim tão espiritualmente trágica. Só com fé em Jesus Cristo podemos dar um passo nas perigosas excitações da vida.

II. ENSINANDO A HISTÓRIA

Ponte para a HistóriaPartilhe o seguinte com palavras suas:A fé em Jesus é a chave para viver a vida cristã. Foi a fé no Seu Pai que permitiu que Jesus andasse a ajudar as pessoas sem parecer preocupado sobre de onde Lhe viria a Sua próxima refeição ou onde encostaria a Sua cabeça à noite.Ocasionalmente, Jesus veria uma fé assim, como viu no centurião, e, onde a visse, ele fazia-a notar. Ao explorarmos a história do centurião e do homem endemoninhado levado a Jesus, vemos a autoridade de Jesus ao ir ao encontro das necessidades humanas, o cuidado com que no corpo de Cristo se deveriam amar uns aos outros, e, infelizmente, algumas das atitudes a que teremos de renunciar se queremos ser discípulos de Cristo.

A Partir da História para ModeradoresDepois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desen-volver com eles.3 Tanto o episódio do centurião como a história do homem endemoninhado dão-nos uma visão do cora-ção dos líderes judaicos. O que podemos aprender sobre os líderes e a forma como foram falar a Jesus sobre o servo do centurião?3 O que devemos perceber das afirmações dos Fariseus sobre Jesus depois de Ele ter expulsado o demó-nio do homem endemoninhado? Faça notar que Jesus não era universalmente amado. Frequentemente, enfrentava fortes caluniadores, alguns dos quais O mataram.3 Em cada episódio, as palavras de Jesus são cheias de poder. Depois de Ele falar, o servo do centurião

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ficou curado na hora. Quando comandou, os demónios deixaram o homem possuído, e não só isso, mas o homem conseguia ver e falar novamente. O que nos diz isto sobre o poder das palavras de Jesus e da Palavra de Deus – a Bíblia?3 Os Fariseus eram crentes, no entanto, pareciam semear a separação entre o povo. O povo de Deus é chamado para ser uma família, embora não concordemos uns com os outros? E se esses desacordos forem teológicos? Ainda assim continuamos a ser uma família?3 Vemos imagens de compaixão humana nestas duas histórias. O centurião preocupava-se com o seu servo. Os amigos do endemoninhado preocupavam-se com ele. Como é que mostramos que nos preocu-pamos com pessoas que sofrem? Como podemos levá-las a Deus?3 Faça notar que Jesus reconhecia as diferenças étnicas e sociais entre os diferentes grupos de pessoas, mas nunca permitia que essas coisas O impedissem de ministrar às pessoas necessitadas.Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje: Mateus 12:1-8; Hebreus 11; Mateus 20:1-16; Salmo 33:8 e 9.

Partilhando o Contexto e o Pano de FundoUse a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.1. Não é Merecedor. As sinagogas judaicas eram e são locais sagrados. No tempo de Jesus, um soldado romano a ajudar a construir uma sinagoga judaica era um feito de peso. Primeiro, os Judeus não gostavam dos seus invasores romanos. Ansiavam pelo dia em que os Romanos seriam vencidos, mas nem todos os Romanos eram iguais. Talvez o centurião tenha decidido fazer um pouco de “relações comunitárias” ao ajudar o povo a construir a sinagoga, mas, depois de estar terminada, não podia lá ir para adorar. Talvez pudesse ficar de longe a ver as pessoas a reunirem-se ali, ansiando por ser incluído. Quem sabe?Nos versículos 7-9, vemos algo da forma como este centurião via Jesus. Ele faz notar que não se acha mere-cedor de que Jesus entre em sua casa. A sua fé em Jesus é equiparada e ultrapassada pelo sentimento da sua própria indignidade. Este centurião é uma pessoa intuitiva que sabe quem ele é e Quem Deus é. Por vezes, há pessoas não crentes que têm um senso de humildade que muitos crentes não têm.2. Cego pela Luz? Quando as bênçãos de Deus são tidas como certas, elas perdem-se para quem foi abençoado. Pondere neste comentário de Ellen White sobre o conhecimento confiado aos Judeus durante séculos:“Os Judeus tinham sido instruídos desde a infância, quanto à obra do Messias. Conheciam as inspiradas palavras dos patriarcas e profetas, bem como o ensino simbólico do serviço sacrifical. Mas tinham despre-zado a luz; e agora não viam nada de desejável em Jesus. Mas o centurião, nascido no paganismo, educado na idolatria de Roma imperial, instruído como soldado, aparentemente separado da vida espiritual pela sua educação e ambiente, e ainda mais excluído pelo fanatismo dos Judeus, e pelo desprezo dos seus compatriotas pelo povo de Israel – este homem distinguiu a verdade para a qual os filhos de Abraão eram cegos” (O Desejado de Todas as Nações, p. 261, ed. P. SerVir).3. Escolhendo o Engano. A vida que Jesus levava e as obras que Ele fazia espicaçavam os Fariseus. Frequentemente, isso fazia-os atacá-l’O, mesmo quando os resultados do Seu ministério eram obviamente ordenados por Deus. Isso aconteceu durante o episódio com o endemoninhado.Jesus defendeu-Se das suas calúnias de que teria feito este milagre com a ajuda de Satanás. Ele também disse: “Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfémia se perdoará aos homens; mas, a blasfémia contra o Espírito Santo não será perdoada aos homens” (Mateus 12:31). O Espírito Santo tinha estado a trabalhar com muitos dos Fariseus enquanto viam as ações de Jesus. Deus desejava salvá-los, mas com cada escolha de atacar Jesus, de desdenhar das Suas ofertas de misericórdia, eles endureciam o seu coração.Os líderes judeus sabiam que o poder de Jesus era divino, mas decidiram atribuí-lo a Satanás. Este é um engano do mais elevado calibre, e a sua recusa de mudar condenou-os. Nunca devemos afastar a voz do Espírito Santo quando nos é apresentada a verdade.

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Ensinando…

Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.

3 Perspetiva!Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.3 HolofoteLeia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.3 Frases-chaveChame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais direta-mente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem o que é mais importante para eles.

III. FECHANDO

AtividadeFeche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.Escolha dois cânticos cristãos para tocar para os seus alunos. Um deve centrar-se no poder de Deus e o outro no amor e na compaixão de Deus. Dê aos alunos cartões e material de escrita.Enquanto toca o primeiro cântico, peça aos alunos para escreverem sobre uma altura na sua vida em que exerceram fé em Deus e O viram responder às suas orações. Quando o segundo cântico estiver a tocar, peça-lhes que escrevam sobre uma altura em que ajudaram alguém que não era da sua família e da forma como se sentiram ao ajudar essa pessoa.Se tiver tempo, peça a um ou dois alunos que partilhem as suas experiências. Termine com uma oração de gratidão a Deus por nos amar.

ResumoPartilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:“A oração é a chave na mão da fé para abrir o armazém do Céu, onde estão entesourados os ilimitados recursos da Omnipotência”, escreveu Ellen G. White em O Caminho para a Esperança (p. 97, ed. P. SerVir). Esta preciosa citação tem tido um significado muito profundo para ao longo dos anos, mas a ênfase é posta, muitas vezes, no poder da oração. A oração é, na verdade, a chave, mas a fé é a mão que segura a chave.Sem uma fé semelhante à do centurião não podemos agradar Deus, porque todos os que vão a Ele têm de

Sugestões para um Ensino de Excelência

Apoio dos PaisPor esta altura já sabe que os ensinos espirituais que dá aos seus jovens cada semana são essenciais ao seu crescimento em Cristo. Contudo, a mais poderosa força que modela a caminhada dos adolescentes com Deus é a que vem dos seus pais ou tutores. Uma vez por trimestre, reú-na-se com os pais dos seus alunos. Partilhe com eles os pontos fortes ou as preocupações que possa ter sobre os jovens.Se agendar a reunião para o início do trimestre, dê-lhes uma vista geral das lições do trimestre que começa. Os pais são poderosos aliados na instrução espiritual que espera poder dar cada sábado. Eles devem incentivar os seus adolescentes a completarem a secção de cada dia. Precisamos da sua ajuda e do seu apoio.

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acreditar que Ele existe e que recompensa todos os que O procuram diligentemente (ver Hebreus 11:6). A lição desta semana recorda-nos de que temos um Deus que tem prazer em fazer face às nossas necessi-dades. Jesus passou mais tempo a cuidar dos necessitados do que a pregar as boas-novas da salvação. Ele era uma viva salvação que não requeria de púlpito para salvar vidas. Isso também nos ensina que, como família de Deus, devemos amar todas as pessoas e procurar levá-las a Jesus, o “Local” onde eles podem encontrar a salvação e a cura.Por fim, também obtemos deste estudo uma advertência contra a tendência humana de tomar as bên-çãos de Deus como garantidas. Aos Judeus tinham sido dadas as sagradas verdades, mas como eles não as viveram, perderam-nas.

* Crença Fundamental Nº 14.

Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulos 32 e 33, ed. P. SerVir.

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CORNERSTONE CONNECTIONS

LIÇÃO 13“Costumava Ser e Já Foi”História das Escrituras: Lucas 8:26-39 (ARC).Comentário: O Desejado de Todas as Nações, capítulos 34 e 35, ed. P. SerVir.Texto-chave: Lucas 8:38 e 39 (ARC).

PREPARANDO-SE PARA ENSINAR

I – SINOPSEA lição desta semana centra-se na cura do homem endemoninhado na região dos Gadarenos. É um evento contado como história em que um homem era tão possuído pelo mal que teve de ser acorrentado numa caverna ou num cemitério longe das pessoas. A história revela que milhares de demónios ocupavam a sua mente e torturavam a sua alma ao ponto de ele tentar cortar-se com pedras. Quando conseguiu escapar da caverna e correu em direção a Cristo, a cena deve ter sido aterradora, mas Cristo viu a pequenina parte do seu coração que os demónios não tinham ocupado e encontrou ali uma fé do tamanho de um grão de mostarda, que era suficiente para libertar esse homem do seu sofrimento. Por vezes, Cristo chama-nos a exibir fé no Seu poder, mas há outras alturas em que a nossa melhor e única resposta é como a do homem cujas palavras apenas derramavam ódio e desespero, e Cristo libertou-o. Talvez esta seja a mensagem que os jovens necessitam de ouvir esta semana.Outro ponto central é o que acontece depois da miraculosa restauração do endemoninhado. Ele tor-na-se num “já foi”. Onde o seu já foi se torna na chave do seu testemunho da misericórdia de Cristo. Frequentemente, os jovens perguntam-se porque não experimentam poder e alegria na sua caminhada com Deus. Eles acreditam em todas as coisas certas e convidaram Deus para a sua vida, mas, mesmo assim, continuam a procurar sentir que o seu relacionamento com Deus é real. Cristo diz a este homem: “Vai e diz a todos o que Deus fez por ti e como teve misericórdia de ti.” Desafie os jovens a pensarem sobre a sua caminhada com Deus e a formarem o seu testemunho sobre o que Deus fez por eles. Enquanto o parti-lham, uma nova parte da sua experiência com Deus tomará vida.

II. ALVOOs alunos irão:3 Experimentar pessoalmente o poder e a misericórdia de Cristo. (Saber)3 Ser incentivados a receber e partilhar a sua história. (Sentir)3 Decidir contar a sua história a outra pessoa. (Responder)

III. EXPLORAR3 Testemunhar3 Possessão demoníaca3 Graça Encontrará material para o ajudar a explorar estes e outros assuntos com os seus alunos em www.corners-toneconnections.net.

ENSINANDO

I. A COMEÇAR

AtividadeDirija os alunos para a secção O que Achas? da sua lição. Depois de a terem completado, debata as suas res-postas.

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Convide os alunos a partilharem as suas respostas à atividade da secção O Que Achas?. Tantas vezes os jovens pensam que não têm um “testemunho” porque não tiveram uma conversão dramática como a do homem endemoninhado na lição desta semana. Esta atividade foi composta para os fazer pensar na sua jornada e reconhecer que há aspetos positivos e negativos nos extremos do gráfico.Alguns dos aspetos positivos de ser criado como Cristão poderão ser: Ter uma rica porção de informação pela qual muitos anseiam. A sua aparência é esperançosa e saudável. Não é tão levado por extremos. A sua visão do amor de Deus é real. Alguns aspetos positivos daqueles que se convertem de uma vida de pecado é que tendem a sentir um profundo ódio pela velha vida (pecado). São apaixonados e entusiasma-dos porque a vida cristã é nova e tão diferente. São confiantes e audazes porque experimentaram tanto o inferno como o céu. Na realidade, não importa de onde se venha, mas sabe-se que se pertence a Cristo.

IlustraçãoPartilhe esta ilustração com palavras suas:O chiar dos pneus e o som cavo de metal contra metal ainda assombram os meus sentidos sempre que passo pelo local. O meu plano de Ano Novo consistia numa pizza grande e numa noite solitária a esvaziar caixas e a mover mobílias para a nossa nova casa enquanto a minha mulher e as crianças visitavam fami-liares a várias horas de distância. O acidente ocorreu quando um carro em sentido contrário virou para a minha travessa e esmagou o meu carro económico de frente, atirando-me para uns arbustos de zimbro. Imagine uma criança do infantário a colidir com um lutador de 100kg a correr a toda a velocidade. Esse lutador era uma senhora de 89 anos, tentando fazer uma curva à esquerda na altura em que eu, incon-venientemente, impedia a sua tentativa com a frente do meu carro. A história torna-se ainda mais surreal quando a pequena senhora idosa que tinha acabado de me atirar para fora da estrada com o seu Dodge Dart de 1974 saiu imediatamente da cena, a pé, e se dirigiu ao Banco para fazer um depósito antes do Ano Novo. Incrível! Depois de me esgueirar para fora dos destroços, as luzes dos veículos de emergência apareceram e encontraram-me a mim, ao meu carro desfeito, e um Dodge clássico intocado pelo acidente. O polícia perguntou-me: “Onde está o outro condutor?” Quando lhe disse: “Acho que ela foi ao Banco”, ele quase que me fez o teste de sobriedade. Depois de sair do Banco, ela submeteu-se a um exaustivo exame pelos paramédicos e pela polícia. As suas palavras quase me fizeram descontrolar. “Eu estava só a virar para ir ao Banco e de repente este carro bateu contra mim.” Incrível! O agente voltou a einterrogar-me porque, claramente, as minhas palavras nada significavam contra o terno comportamento de uma doce senhora de 89 anos. Na altura em que comecei a explicar o que realmente tinha acontecido, um jovem veio ter connosco do veículo de emergência e explicou ao polícia: “Eu vi o acidente...” O seu testemunho salvou-me. Ele tinha visto o acidente e decidido voltar atrás e relatar o que sabia sobre o estranho evento.

II. ENSINANDO A HISTÓRIA

Ponte para a HistóriaPartilhe o seguinte com palavras suas:De acordo com a história acima, como é que definiria uma testemunha? É claro que há os que ouvem e acreditam, mas só os que estão dispostos a testemunhar é que são, realmente, testemunhas. Quando é que viu um cenário como o que é mencionado acima?A história fantástica do homem que tinha sido possuído pelo demónio é um poderoso exemplo do poder de Cristo para salvar qualquer pessoa e como a experiência de alguém com Cristo é poderosa. Leia a história, responda às perguntas na lição desta semana, e pense no que o seu testemunho contado poderá parecer.

A Partir da História para ModeradoresDepois de ler a secção Dentro da História com os seus alunos, use o seguinte, por palavras suas, para a desen-volver com eles.· Ao leres esta história sublinha as palavras-chave ou frases que pensas que moldam o significado deste evento.· Lê o contexto deste evento (os eventos que levam à história) e descreve as atitudes e experiências de Cristo e dos discípulos ao enfrentarem outro momento aterrador.· Faz um círculo à volta das palavras e frases-chave que descrevem o endemoninhado antes e depois do

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seu encontro com Cristo. O que dizem estes detalhes sobre a natureza do Reino de Cristo e a natureza do mundo de Satanás?· Baseado naquilo que observas nesta história, como respondem os demónios à presença de Jesus? Como pensas que os discípulos e outras testemunhas de eventos como este se relacionam com o poder de Jesus?· Como explicas a reação dos aldeãos a este evento? Como comparas a sua reação para com Jesus com outras histórias em que as pessoas recebem Jesus com adoração? O que é que isto diz sobre o seu conhe-cimento prévio de Cristo?· Porque pensas que o homem curado dos demónios queria tão desesperadamente ficar com Jesus e entrar com Ele no barco? Como respondeu Jesus, e porque pensas que Jesus o incentivou a partilhar o que tinha experimentado?

Perguntas Extra para Moderadores:3 Pense nos sermões mais motivadores que já ouviu. Qual é, na sua opinião, a parte mais motivadora do sermão? É provável que sejam os testemunhos pessoais que realmente nos prendem o coração – histórias pessoais de como Deus teve impacto na vida dos pregadores. Porque será que quando as pessoas descre-vem de onde vieram e como estão agora, nos inspiram tanto?3 É provável que o endemoninhado quisesse ficar perto de Cristo porque tinha medo de que os demó-nios voltassem. Porque é que ao contar às pessoas o que Deus nos fez nos fortalecemos e defendemos como aconteceu nesta história?3 Quanto é que o “costumava ser endemoninhado” sabia sobre Jesus antes de ir a 10 cidades espalhar as notícias? Quando é que deixou de dar o seu testemunho porque pensava que “não sabia o suficiente”? Como é que esta história muda a forma como pensa sobre o que poderá ter para contribuir?Use os seguintes textos como passagens mais fáceis de ensinar e que se relacionam com a história de hoje: Salmo 126:2 e 3; Daniel 4; Marcos 1:45; Atos 7:58-8:3; Atos 9; Marcos 9:14-29.

Partilhando o Contexto e o Pano de FundoUse a seguinte informação para esclarecer melhor a história aos seus alunos. Partilhe isto por palavras suas.A moldura desta história é crucial porque Jesus está a lidar com questões sobre a Sua autoridade bem como com as conceções erradas sobre a natureza do Seu ministério entre os Seus discípulos. Devido ao trabalho exaustivo que tinham feito e à crescente popularidade de Jesus, atravessaram o lago à procura de um pouco de paz. Mas os discípulos aprendem uma valiosa lição sobre paz em Marcos 4:35-41. Os dis-cípulos e Jesus são apanhados por uma tempestade tão severa que estes pescadores experientes temem pela sua vida. Mas Cristo fala ao vento e às ondas e o mar acalma-se. Uma vez mais, Jesus fala com o Céu e o alimento para milhares aparece. Ele fala com os elementos e eles obedecem. E, nesta história, Ele fala com poder a milhares de demónios e eles correm e escondem-se. O contexto desta história está fixado no meio de várias lições de vida sobre o poder e a autoridade de Cristo.A possessão demoníaca tem um vasto leque de comportamentos, desde pessoas que estão, constante-mente, com a mente perturbada (Marcos 5) até a pessoas que demonstram ocasionalmente um compor-tamento errático (Marcos 9). Uma legião de demónios, conforme é relatado nesta história, é o equivalente a seis mil tropas romanas. Uma legião de soldados podia ter – e tinha – uma ação de terrível destruição indiscriminada sobre cidades naquela região. Combine isso com a ideia dos Judeus de que os demónios estavam por todo o lado e de que, se o olho humano os pudesse ver, o mundo gelaria de medo. Todavia, a forma como Jesus expulsa os demónios revela o poder supremo do Filho de Deus, bem como a Sua compaixão.Uma das razões plausíveis por que o homem tentou entrar no barco com Jesus foi o seu receio de que os demónios regressassem logo que Jesus partisse. Mas Cristo incentiva-o a contar a sua história na sua terra. É dito que o homem que tinha sido possuído contou ao povo de Decápolis o que Cristo tinha feito por si. Decápolis significa Dez Cidades. Estas cidades não eram cidades galileias comuns; eram habitadas essencialmente por Gregos, mas o território era predominantemente sírio. Mas ficavam isoladas pelas estradas, por isso não recebiam proteção romana como as outras cidades ao longo das principais estra-das. Portanto, as dez cidades coligaram-se e formaram a sua própria proteção e mantiveram a sua cultura, religião e influência gregas de uma forma única. É surpreendente como a história deste homem abriu caminho para, mais tarde, o Evangelho se espalhar.

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Ensinando…

Dirija os seus alunos a outras secções da sua lição.

3 Perspetiva!Pergunte-lhes como as citações de Perspetiva! explicam o ponto da história desta lição.3 HolofoteLeia as afirmações de Holofote, chamando a atenção para o facto de que a maior parte do tempo elas são do comentário da história desta semana que se encontra no livro O Desejado de Todas as Nações. Pergunte qual é a relação que veem entre a afirmação e o que acabaram de discutir em A Partir da História.3 Frases-chaveChame a atenção dos seus alunos para a lista de versículos na lição que se relacionam com a história desta semana. Faça com que leiam as passagens e peça a cada um que escolha o versículo que lhes fale mais direta-mente, hoje. Depois, peça-lhes que expliquem porque escolheram esse versículo.Poderá, ainda, atribuir as passagens a pares de alunos para que as leiam alto e as discutam, para escolherem o que é mais importante para eles.

III. FECHANDO

AtividadeFeche com uma atividade e faça perguntas por palavras suas.No Novo Testamento, há muitas pessoas que receberam o poder curador de Jesus. Em grupos de dois ou três, façam uma lista de três pessoas das quais gostariam de ouvir o testemunho. Convide os grupos a partilharem quem escolheram como candidatos a serem entrevistados, porque escolheram essas pessoas, e o que pensam que elas diriam. Peça aos alunos que relatem.Se o seu grupo tiver facilidade em falar livre e honestamente uns com os outros, poderá perguntar se o grupo está disposto a partilhar o seu testemunho durante as próximas semanas.

ResumoPartilhe os seguintes pensamentos, usando palavras suas:O endemoninhado, embora estivesse a gritar e estivesse perturbado pelos demónios, foi a Cristo com uma fé do tamanho de um grão de mostarda. Gosto muito da maneira como O Desejado de Todas as Nações mostra o coração deste homem que anseia por liberdade mas nem consegue dizer as palavras certas para pedir ajuda. Mas Jesus conhecia o seu coração e expulsou dele os espíritos maus, fazendo com que ficasse no seu juízo perfeito. Quando vamos a Jesus, mesmo que a nossa vida não esteja inteiramente

Sugestões para um Ensino de Excelência

Preparando-se para CrescerUm dos traços-chave de bons professores é a preparação – pre-parar o seu coração e a sua mente para ensinar, mas também preparar os alunos para ensinar e aprender. A par desta lição sobre o endemoninhado, o professor poderá chamar ou convidar três ou quatro alunos para examinar as diferentes histórias sobre possessão demoníaca e apresentar um curto resumo dos eventos e salientar as perspetivas que emergem. À medida que os alunos fazem a apresentação e contribuem, confirme as suas perspetivas e peça ao resto da classe que comente. Esta preparação é muito simples e, no entanto, veja como cresce a dinâmica da sua classe!

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bem ou mesmo que estejamos terrivelmente confusos, Cristo vê-nos, ouve o nosso coração, e pode atrair--nos para junto de Si. Aquilo que Cristo faz por nós será real, mas o que o tornará duradouro é a partilha do nosso testemunho com outra pessoa. Da mesma maneira que o endemoninhado semeou as sementes por toda a Decápolis, as nossas histórias, mesmo que sejam simples, podem ajudar a crescer e a dar nova vida de formas que nem sequer imaginamos.

Recorde aos seus alunos o plano de leitura que os levará através do comentário inspirado da Bíblia, a Série O Grande Conflito. A leitura que vai com esta lição é O Desejado de Todas as Nações, capítulos 34 e 35, ed. P. SerVir.