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O Corinthians foi fundado em 1910 por operários do Bom[Retiro. O Palmeiras nasceu em 1914 como Società Sportiva[Palestra Itália. Seis anos depois, a colônia lusitana criou a(Portuguesa. O São Paulo surgiu em 1930, a partir da fusãodo Club Athlénco Paulistano com a Associação Atlética dasPalmeiras. Todos esses times colecionam uniformes puí-dos e fotografias amareladas. Aprenderam ajogar quandoas bolas eram de capotão e o Estádio do Pacaembu, de 1940,ainda nem existia. Têm no currículo uma vasta trajetória deêxitos e derrotas, bordada desde o tempo em que os cronis-tas utilizavam expressões como "arqueiro" e "escrete" (parase referir, respectivamente, ao goleiro e à escalação do time).Nada disso faz parte da história do Grêmio Recreativo Ba-rueri, o jovem clube da região metropolitana de São Pauloque fará sua estreia na primeira divisão do CampeonatoBrasileiro no dia 9 de maio.

O Barueri vem para mostrar que futebol nem sempre étradição. As fotos mais antigas do time foram feitas comcâmeras digitais. Seu hino é desconhecido da maioria dostorcedores e a camisa não tem o peso centenário dos gran-des times do país. Forjado em uma sala da Prefeitura 20anos atrás, paia dar impulso à federação de atletas da ci-dade, o clube ingressou no futebol profissional em 2001,bancado por uma imobiliária. Nos anos seguintes, rece-beu subsídios do Poder Executivo Municipal para galgarsete degraus na hierarquia dos gramados, a fim de chegar àSérie A, tanto na competição estadual quanto na nacional.Agora, sem incorporadora nem subvenção oficial na jogada e com novos patro-cinadores, o time jogará pela primeira vez contra equipes do porte de Flamengo(RJ), Cruzeiro (MG) e Grêmio (RS). O desafio é fazer bonito dentro de campo e, nomínimo, manter-se na elite do Brasileirão.

Com apenas oito anos de história, é compreensível que sua torcida seja formada prin-cipalmente por admiradores - ou "entusiastas", como prefere a equipe de marketing doclube -,que o elegeram como segundo time. É gente que torce pelo Barueri contanto queo adversário não seja seu time do coração. "Aqui, a maioria dos torcedores aceita pagarR$ 100 por uma camisa oficial do Santos ou do São Paulo, mas não por uma do Grê-mio Barueri", diz o camelô Luciano Aparecido Soares, corintiano, que vende ban-

A ESPERA DO BRASILEIRÃO Atletas no centro detreinamento do clube (acima e no detalhe ao lado), emBarueri (SP), na primeira semana de abril. Em 9 de maio,o time estreia na elite do mais importante campeonatonacional, enfrentando o Sport de Recife

deiras e uniformes em frente ao estádio municipal. "Aturma prefere comprar por R$ 30 na nossa mão", afirmao sócio Josenildo Sá Santos, palmeirense.

Em sua curta carreira, o time atraiu um generoso nú-mero de "entusiastas", distribuído em três torcidas or-ganizadas. Nelas, misturam-se fãs de diversos clubes.Fernando Fernandes, presidente da maior das três (aGuerreiros, com 380 integrantes), torce para o Palmei-ras. Tão fervorosamente que jamais deixa de honrar seuscompromissos com a Mancha Verde - a torcida do Pa-lestra. Morador de Barueri, é ele quem coordena as ca-ravanas que partem da cidade (e de municípios vizinhoscomo Jandira) rumo aos jogos do Verdão. ''Quando o

Barueri joga contra o Palmei-ras, não tem jeito: deixo tudoorganizado, mas assisto à par-tida na outra arquibancada",diz. Fernandes se orgulha deterreunido, em 2008, sete torcedo-res numa excursão da Guerrei-ros para Ferra de Santana, ondeo Barueri enfrentou - e venceupor i a o - o Bahia, pela Série Bdo Campeonato Brasileiro.

ÉPOCA SõoPaulo

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Brilhar na elite do Brasileirão este ano é condi-ção para conquistar o primeiro lugar no coração dostorcedores. A tareià será árdua. Comandado por Es-tevam Soares - ex-zagueiro do São Paulo e ex-técni-co do Palmeiras -, o time ficou em oitavo lugar noCampeonato Paulista, atrás de um improvável Mi-rassol (que está na Série B do Brasileiro). Após umaeufórica trajetória de sucesso, o Grêmio Barueri co-meça a sentir os primeiros golpes da desigualdadeeconômica e da escassez de talentos de expressãonacional. "O salário mais alto pago a um de nossosatletas não chega a R$ 30 mil, enquanto outros ti-mes paulistas da Série A pagam R$ 100 mil a váriosjogadores", diz Walter Sanches, presidente do clu-be. "Para sermos competitivos, teremos de contratarpelo menos cinco novos craques, já acostumados aatuar na primeira divisão." Ele diz que, para tanto, énecessário aumentar o teto salarial. "Não é simples:sabemos que os R$ 14 milhões que temos em caixapara todo o campeonato é um valor dez vezes me-nor do que o São Paulo prevê gastar, por exemplo."Um dos nomes citados como possíveis reforços éo de Caiu, ex-lateral direito da seleção e capitão dopenta. Morador de Alphaville, conjunto residencial

situado em Barueri, o craque é visto freqüentemente com direto-res do clube e, dizem os boatos, estaria interessado em se somar aotime. O presidente desconversa. "Você acha que o Cafu assumiriatal responsabilidade a essa altura da vida? Que diferença fariamR$ 100 mil por mês a um atleta como ele?" Sem dinheiro e semgrandes talentos, Sanches sabe, não se faz futebol no século XXL

Quem vê os primeiros sinais de falta de dinheiro erra ao ima-ginar o Barueri como um time de várzea com hábitos francisca-nos. O clube utiliza um moderno centro de treinamento com doiscampos, tem um centro médico bem equipado e conta com umaadministração eficiente. Hoje, são sete os patrocinadores, algunsnada modestos, como a Embratel e o Ibi (financeira da rede CS(A).Michel Mattar, diretor de marketing do clube, afirma que as cotasde patrocínio chegaram a duplicar desde o acesso ao primeiro es-calão do futebol nacional. "Não posso divulgar cifras, mas váriasempresas têm nos procurado com propostas de parceria. Nossosucesso financeiro depende dos resultados em campo, mas a ex-posição do clube já é bem maior do que antes."

O Barueri foi também um dos poucos times do país a encerraro balanço de 2008 no azul, recebendo, segundo sua assessoria deimprensa, R$ 400 mil daTimemania. A nova loteria esportiva, valelembrar, foi criada pelo Governo Federal para ajudar os clubes aquitar suas dívidas. O desconto dos valores devidos é feito auto-maticamente, de modo que a maioria não chega a ver um único

Campeão do torneio, garante presença na Série 63 do Campeonato Paulista (6" divisão)e termina em 14° lugar, já sem o auxílio financeiro da incorporadora. i»

M A T O DE 2009 ÉPOCASãoPaulo 113

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WALTER SANCHES, 60 anos,fundou o clube quandoera assessor de Esportesda Prefeitura. Hoje, aindapresidente do time, dedica-seao cargo com exclusividade.

PEDRO ALCAZAR, 41 anos, foitreinador de goleiros de futsale hoje é diretor de futebol doBarueri. É ele quem garantea organização dos atletas e aobediênciaao regimento.

Indicado por Rene Abdafla,um dos maiores nomes damedicina esportiva do país,o ortopedista DANILO INCERTI,31 anos, coordena um clinicoe dois fisioterapeutas.

Formado em esportes e psico-logia, GABRIEL PUOPOLO DE AL-MEIDA, 31 anos, tem a tarefade administrar o entusiasmodo elenco sem deixar que ele setransforme em ansiedade.

Aos 52 anos, ESTEVAM SOARESjá treinou quase 20 times,inclusive o Al-lttihad, daArábia Saudita, Foi demitidoda Portuguesa em janeiro,após montar a equipe atual.

Bacharel em esporte e mestre emadministração, MICHEL MATTAR,31 anos, é titular na equipe queo presidente chama de "turmada USP", convocada paramodernizaroclube.

Aos 31 anos, RENÉ já jogou emmais de dez times. Mas foi peloBarueri que ele conquistou,em 2008, o titulo de melhorgoleiro da Série B doCampeonato Brasileiro.

O atacante BASÍLIO, 38 anos,já passou pelo Palmeiras e peloSantos. Em 2008, ajudou o Itutn-biara a ser campeão de GoiáseoBarueriasubirparaaSérieAdoBrasileirão.

THIAGO HUMBERTO, 23 anos, foirevelado pelas categorias de basedo Barueri, no qual estreou em2004 na equipe de juniores. Atuano time profissional desde 2005.

PEDRÃO foi o artilheiro da SérieA3 do Campeonato Paulista em2005 e repetiu o feito em 2006 naSérie A2. Aos 31 anos, mantém-secomo o maior goleador da equipe.

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tf tostão. Pendências trabalhistas ou com o Fisco não fazem parte da vida do Barueri. Obom tratamento dispensado aos jogadores e a lisura nas relações de trabalho foram, atéagora, aspectos fundamentais da bem-sucedida gestão do clube. Numa enquete comos j ogadores- feita pela reportagem em momento de descontração, ao término de umtreino -, dois elementos se destacaram como atrativos: salários pagos em dia e estrutu-ra irrepreensível. "A gente tem de ir aonde está o dinheiro; e aqui recebemos direitinho,de 15 em 15 dias", diz o atacante Pedrão, artilheiro da equipe. Salário em dia, segundo ogoleiro Renê7 seria uma obrigação que acabou virando diferencial, tão freqüentes sãoos atrasos e os pagamentos pela metade nos outros clubes.

Diretor de futebol, Pedrinho Alcazar compara a administração do time à de uma em-presa que aposta no desenvolvimento contínuo de seu "capital humano". Ele afirmaque isso implica fazer as melhores contratações e oferecer condições para viabilizar omelhor desempenho dos atletas. "Do centro de fisioterapia aos hotéis que escolhemospara concentrar o grupo nas vésperas de jogos, não deixamos nada faltar", diz. "É umprincípio nosso garantir que osjogadores entrem em campo preocupados unicamen-

te com a partida." Para isso, ele afirma, também épreciso exigir como retorno pontualidade e bomcomportamento. Pedrinho não tolera bagunça. Ce-lular não pode tocar na hora do almoço, assim comobonés são proibidos à mesa na presença de dirigen-tes e convidados.

A equipe de apoio merece igual cuidado. O médicoresponsável pelo clube, por exemplo, foi garimpadona equipe de Rene Abdalla, um dos mais conceitu-ados ortopedistas do país. Um psicólogo gradua-do em esporte acompanha o elenco todos os dias.O mesmo acontece com a infraestrutura. Não háemendas, gambiarras ou puxadinhos na vida doBarueri. Uma academia de ginástica e um departa-mento de fisioterapia estão à disposição dos atle-tas no mesmo ginásio de esportes onde está insta-lada a diretoria. Tudo estaria muito correto se osequipamentos utilizados pelo clube - incluindo ummoderníssimo alojamento com 15 dormitórios, aca-demia de ginástica, piscinas e sala de fisioterapia,com inauguração prevista para o fim de maio - nãopertencessem ao município de Barueri. E, principal-mente, se este não destinasse tantos recursos ao apa-relhamento do time. Até a construção de um estádiode futebol de última geração, com capacidade para40 mil torcedores, foi alçada à condição de priorida-de pela atual administração.

O fato despertou suspeitas de promiscuidade entreo clube e a Prefeitura. Segundo o secretário munici-pal de Esportes, José Calil, as obras da Arena Barueriestão orçadas em R$ 170 milhões. Mas há quem digaque o empreendimento possa custar o dobro dessevalor. "A Arena deverá consumir cerca de R$ 350 mi-lhões até sua conclusão", afirma o ex-vice-prefeito Ja-

ques Munhoz, que rompeucom o prefeito Rubens Fur-lan no ano passado para sercandidato a chefe do PoderExecutivo pela oposição. "Acidade é pequena para umestádio desse porte: comRS 350 milhões, daria paraconstruir 12 mil unidadeshabitacionais e solucionaro déficit de moradia." Masessa opinião não é exata-mente uma unanimidade.Se fosse, talvez Furlan nãotivesse sido reeleito, em2008, com 69% dos votos.

ÉPOCA SãoPaulo

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MU DANÇAS À VISTA A atual formação do Barueri (acima)deve sofrer alterações já no início do Campeonato

Brasileiro. O presidente do clube afirma que, para peitar osgrandes times, será necessário contratar pelo menos cinco

novos craques, acostumados a jogar na primeira divisão

Ocorre que o estádio é motivo de orgulho para amaior parte da população e que, em razão da pu-jança econômica de Barueri, é rara a percepçãode que os recursos utilizados na Arena fazem fal-ta em outras áreas, como saúde e moradia. Tam-bém havia déficit habitacional quando São Pauloconstruiu o Estádio do Pacaembu e quando o Riode Janeiro ergueu o Maracanã. Trata-se semprede uma opção. E o município tem situação finan-ceira confortável. Sede de grandes empresas e dosdois condomínios residenciais mais famosos daregião metropolitana (Alphaville e Tamboré), a cidade tem, segundo da-dos do IBGE, o terceiro PIB do estado - atrás apenas da capital e de Gua-rulhos - e o nono do Brasil. Essa bonança, aliada à satisfação de assistir"em casa" a jogos disputados pelos grandes times do país, faz com que amaioria dos baruerienses não se dê conta dos excessos que rondam o tra-tamento dispensado ao clube e nem mesmo do alegado despropósito daconstrução do estádio.

"O Barueri é um time artificial, que cresceu em razão de um projeto po-lítico do prefeito", afirma Jucá Kfouri, comentarista de futebol da CBN."Furlan decidiu usar o futebol para se projetar, com a intenção de disputaro Governo do estado, e manteve o clube como uma extensão da Prefeitu-ra, pelo menos até o ano passado." Cético, Kfouri não acredita que o timesobreviverá a um eventual afastamento do prefeito. Ele prevê o retorno doBarueri à Série B na próxima temporada. Mais do que priorizar algo que,segundo alguns, não deveria ser prioridade, o apoio da Prefeitura tem ge-rado polêmica em razão da ilegalidade dos repasses. A legislação estadualimpede que times profissionais recebam recursos públicos, o que semprefoi rotina no Grêmio Barueri. "Isso nunca aconteceu por má-fé", afirmao secretário de Esportes, José Calil. Ele diz que essa confusão é antiga e sedeve ao fato de o time ter surgido a partir do desdobramento natural dotrabalho realizado pelo clube com as equipes de base e na condução de

atividades oferecidas gratuitamen-te a 9.730 crianças e adolescentes domunicípio - essas, sim, aptas a rece-ber subsídios. De todos os recursosutilizados para sustentar essas ativi-dades em. 2008, 42% vieram da Pre-feitura, o equivalente a R$ 7 milhões,ou nada menos do que 22% de toda adotação orçamentária destinada pelomunicípio à área de desporto e la-zer. "O Grêmio Recreativo Barueri éuma organização social de interes-se público, que desempenha ativi-dades socioeducativas perfeitamen-te coerentes com o que se espera deuma Secretaria Municipal de Espor-tes", diz Walter Sanches, presidentedo clube. "Se houve esse desvio, eleaconteceu porque o time continuouusando a estrutura parcialmentebancada pelo Poder Executivo, mes-

116 ÉPOCA SãoPaulo M A I O D E 2 0 0 3 i» na Série A2 do Campeonato Paulista e o 3° na Série C do Campeonato Brasileiro. Pedrãoé o artilheiro mais uma vez. 2OO7 Estreia no primeiro escalão do Paulista e na série B

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mo depois de se profissionalizar." Foi apenas em julho do ano passado que WalterSanches se desligou da administração municipal para se voltar exclusivamente aotime (o mesmo Walter Sanches que era assessor de Esporte da Prefeitura quando oclube foi criado e quando o time de futebol profissional surgiu).

A desvinculação entre clube e Prefeitura foi uma exigência do Ministério Públicoe do Tribunal de Contas do estado, que encontraram irregularidades nos contratose, ainda hoje, investigam o volume exato dos repasses. "Uma auditoria realizada pelaPrefeitura a pedido do Ministério Publico no final de 2007 apontou que pouco maisde R$ i milhão foi desviado para o futebol pro-fissional, mas acredito que o valor seja mui-to maior", afirma o promotor de Justiça Mar-cos Mendes Lyra, responsável pela petição quedeu origem ao inquérito. "Seja qual for o valor,o time terá de devolvê-lo aos cofres públicos."Curiosamente, os credores não parecem preo-cupados em recuperar o dinheiro. Os respon-sáveis pelas pastas de Assuntos Jurídicos e deEsportes do município desconversam quandoindagados sobre o processo. "Tem que pergun-tar ao departamento financeiro do Grêmio", dizo secretário municipal de Comunicação Social,

EM OBRAS O estádio deúltima geração, construído

pela Prefeitura, comporta18 mil torcedores. Até

o final de 2009, suacapacidade será ampliada

para 40 mil lugares. Ocusto do empreendimento,

inicial mente estimadoem RS 170 milhões, podechegar a RS 350 milhões

Tom Moisés (ele também um ex-diretor do time). "Parece que éalgo em torno de R$ 1 milhão, mas o clube irá recorrer e nos pa-gar o que for definido pelo Ministério Público."

Os diretores do Grêmio Recreativo Barueri não dão entrevistasobre o tema, mas admitem que houve desvios. Eles também ga-rantem que tudo será regularizado quando concluído o proces-so. No momento, estão mais preocupados em manter os saláriosem dia e montar um time competitivo - com ou sem Caiu -, quepermaneça por muito tempo na Série A, conduza mais gente aoestádio, arregimente uma torcida fiel (que não tenha de trocar dearquibancada na hora do jogo) e, principalmente, conquiste a tra-dição ostentada pelos grandes times paulistas.',

M A I O DE 2 0 0 9 ÉPOCA SãnPa a Io 117

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VANNUCHI, Camilo. De Barueri para o Brasileirão, Época, São Paulo, p. 110-117, maio. 2009.