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80 25 Inventário Patrimonial do Bem Arquitetônico Palácio dos Azulejos 25. Palácio dos Azulejos - Palacete Ferreira Penteado 25.1 A edificação como documento 25.1.1 Bem/Edificação Palácio dos Azulejos 25.1.2 Localização Rua Regente Feijó, 859, Centro, Campinas, SP, CEP 13013- 51 25.1.3 Proteção Tombado pelo IPHAN (então DPHAN) Processo 736/1964, Tombado em 12/1967, Tombado pelo CONDEPHAAT Processo 17270/70, Ex-Officio em 25/03/1981, inscrição nº 147, p. 27, 22/12/1981, Tombado pelo CONDEPACC, Ex-Officio em 1988 25.1.4 Propriedade Palácio dos Azulejos 25.1.5 Proprietário Prefeitura Municipal de Campinas 25.1.6 Usuário Secretaria Municipal de Cultura 25.1.7 Utilização original Residência germinada da família Ferreira Penteado 25.1.8 Utilização atual Museu da Imagem e do Som 25.1.9 Enquadramento/Implantação Localizado entre as ruas Regente Feijó, Ferreira Penteado, José Paulino e Av Dr Moraes Sales 25.1.10 Valor documental O Palácio dos Azulejos, denominação que ganhou popularidade a partir da década de 1930 (TONON), consiste na reunião de duas residências germinadas construídas em fins da década de 1870, pela família de Joaquim Ferreira Penteado e de seu genro, Tenente Cultural Pacheco e Silva. A residência de Joaquim Ferreira Penteado foi comprada em 1908 pela Prefeitura Municipal de Campinas, assim como a residência do Tenente Cultural Pacheco e Silva em 1916, para integrar as instalações do novo Paço Municipal, transformando-se desde então num único imóvel. Seu valor documental apresenta variações. Na condição de residências aristocráticas provinciais, o edifício germinado destacou-se como “um dos maiores símbolos da aristocracia cafeeira na cidade de Campinas” (PARATODOS); já na condição de edificações adaptadas para o exercício público numa fase inicial do regime republicano, as construções sofreram grandes mudanças internas, mas se mantiveram sempre no limiar das adequações (TONON). Como residência de Joaquim Ferreira Penteado e Francisca de Paula Camargo (Comendador, Barão e Baronesa de Itatiba), o imóvel foi inaugurado em 1978 na esquina das ruas do Pórtico (depois, Ferreira Penteado) e Regente Feijó, tendo como vizinhos a residência da filha e genro Tenente Coronel Pacheco e Silva. Nas proximidades residiam também outros filhos, entre eles, Estanislao Ferreira de Camargo Andrade e Joaquim Ferreira de Camargo Andrade, Barão de Ibitinga, todos habitando grandes solares. A família Ferreira Penteado, entre as mais abastadas da região de Campinas, instalaram suas residências nas proximidades da Matriz Nova entre as décadas de 1860 e 1870, promovendo “reformas classicizantes” em edifícios mais antigos ou a construção de novos palacetes com grande influência neoclássica. A aquisição dos imóveis pelos governos Orozimbo Maia (1908) e Heitor Penteado (1916) deu lugar a por “uma série de intervenções arquitetônicas (...) não satisfazendo, desde o início, às necessidades do município, por ser um edifício adaptado" (TONON). 25.1.11 Documentação administrativa IPHAN (então DPHAN) Processo nº 736/1964, Tombado em 12/1967, Tombado pelo CONDEPHAAT Processo 17270/70, Ex-Officio em 25/03/1981, inscrição 147, p. 27, 22/12/1981, Tombado pelo CONDEPACC, Ex-Officio em 1988. 25.1.12 Bibliografia x DUARTE, Raphael. Campinas de outr’ora. São Paulo: Typografia Andrade & Mello, 1905 x TONON, Maria Joana. Palácio dos Azulejos: de residência à Paço Municipal - 1878/1968. Dissertação (mestrado), Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, UNICAMP, 2003 x PUPO, Celso Maria de Mello. Campinas seu berço e juventude. Campinas: Academia Campinense de Letras, 1969. x PUPO, Celso Maria de Mello. Campinas, Município no Império. Campinas: Imprensa oficial do Estado, 1983. x LEMOS, Carlos. Alvenaria burguesa. São Paulo: Nobel, 1989. x RODRIGUES, Ana A. Villanueva. A Catedral Nossa Senhora da Conceição de Campinas e a constituição dos saberes construtivos: a cidade como fachada, a fachada como cidade. Politeia: História e Sociedade Vitória da Conquista v. 9 n. 1 p. 141-171 2009 x Palácio dos Azulejos De solar a museu: um único espaço e muitas histórias para contar. PARATODOS, nº 17, CSPC/CONDEPACC, 2010 x SCHICCHI, Maria Cristina. Patrimônio arquitetônico das cidades paulistas: a preservação como questão de urbanismo. Arquiteturarevista - Vol. 4, n° 1:87-109 (janeiro/junho 2008) 25.2 Valor arquitetônico 25.2.1 Arquiteto/Construtor/Autor Desconhecido, porém, segundo Joana Tonon, os almanaques de Campinas da década de 1870 apontam para a presença, na cidade, dos construtores: João Gonçalves Pimenta, Squire Sampson e Manoel Gonçalvez da Silva Cantarino, que então mantinha escritório na rua do Rosário/Francisco Glicério. No caso de Cantarino, "Habituado a grandes obras neoclássicas, é possível que tenha sido o construtor não só do sobrado de Joaquim Ferreira Penteado como do filho Estanislao Ferreira de Camargo Andrade, pela semelhança existente entre ambos" 25.2.2 Estilo, originalidade Estilo neoclássico. Segundo TONON: “O estilo neoclássico adotado no sobrado da Família Penteado, gosto que a Corte ditava desde o final da década de 1820 (...) [se destacou] da grande maioria dos edifícios provinciais pela sua tipicidade, apesar da utilização, em parte, da técnica construtiva tradicional, compondo uma rica e apurada fatura, determinada pelo poder e escolha de seus proprietários e construtor. Além deste, poucos edifícios ainda existem no Estado de São Paulo, ligados ao ciclo do café, com forte influência neoclássica”. 25.2.3 Aspectos arquitetônicos independentes do estilo (período histórico de construção, evolução e mudanças do edifício) O antigo Solar do Barão de Itatiba, popularmente conhecido como “Palácio dos Azulejos” (a partir da década de 1930) em razão de sua fachada ter sido revestida com azulejos do Porto, é um dos mais importantes testemunhos de residência urbana da cidade no período imperial. Caso singular no século XIX de duas ricas residências geminadas foi edificado em 1878, pelo Barão de Itatiba e seu genro, o Tenente Coronel Pacheco e Silva. Entre os anos de 1908 e 1916, as propriedades foram vendidas à Prefeitura Municipal de Campinas que ali instalou o paço municipal, unificando as duas construções. O palacete achava-se distribuído em dois pavimentos e contido no lote, nos padrões de construção residencial urbana colonial "não se concebendo, na época, a idéia de casas recuadas ou com jardins" (TONON). Sua implantação "foi feita sobre o alinhamento da via pública, mais especificamente, de duas vias muito significativas - antiga rua do Pórtico com Regente Feijó - com paredes laterais sobre o limite do terreno vizinho, obedecendo ao Código de Posturas vigente na época (...) [e] Tendo a possibilidade de ser levantado sobre o alinhamento das ruas Ferreira Penteado e Regente Feijó, os construtores do sobrado (..) elaboraram duas fachadas com generosas dimensões, propiciando, com isso, um desenho de talhado com quatro águas, adaptado para um prédio com formato em 'U', diferenciando-se da maioria dos esquemas comuns de planta e telhado, onde aparecia no casario simples, a cobertura com apenas duas águas" (TONON) 25.2.4 Estado físico de preservação (níveis de conservação, negligência, abandono) A demolição foi cogitada por algumas vezes em razão da implantação do Plano de Melhoramentos Urbanos, a partir de 1938, esbarrando na ação de "alguns preservacionistas que via, em sua manutenção, a possibilidade dele abrigar o Museu Histórico de Campinas". Numa perspectiva paralela, a edificação germinada e já transformada em espaço público foi tombada pelo IPHAN em 1967, pelo CONDEPHAAT em 1981 e pelo CONDEPACC em 1988, mas em meio a tensões que, em diferentes momentos, voltavam a propor seu "destombamento" em nome do progresso, de liberação do solo e investimentos imobiliários. O uso mais apropriado da edificação também gerou debates, valendo observar que no final dos anos 1980 ganhava forma um novo entendimento do centro histórico de Campinas que agora passava a contar com perímetro regulamentado por decreto e inserido na Lei de Uso e Ocupação do Solo (Diário Oficial do Município, 1988). (SCHICCHI). Nesta ocasião, então ocupado pela SANASA, o Palácio recebeu um projeto de restauração e reutilização de seus espaços internos, mas que somente foi encaminhado ao Ministério da Cultura (MINC) em 1996). Quando da eleição de Antonio da Costa Santos, o novo prefeito pretendia que “o Palácio funcionasse como exemplo para a cidade. A sala em que “Toninho” iria despachar era a mesma que Orozimbo Maia utilizara nas primeiras décadas do século passado. Em setembro deste mesmo ano, o prefeito foi assassinado e o Palácio perdia a oportunidade de se tornar novamente um ponto de referência no centro da cidade.” (SCHICCHI) 25.2.5 Transformações, adaptações, restauração Edificado nas últimas décadas do século XIX, o “Palácio dos Azulejos” (assim denominado a partir da década de 1930) recebeu “inúmeras intervenções arquitetônicas, descaracterizando-se de sua construção original sem perder, no entanto, a monumentalidade no cenário urbano”. (TONON) Da condição de ”um dos maiores símbolos da aristocracia cafeeira na cidade de Campinas” (PARATODOS), o imóvel cumpriu funções de paço municipal entre 1909 e 1968, momento em que estas atividades passaram para o “Palácio dos Jequitibás”. projeto 013/14 cliente IAB Núcleo Regional Campinas assunto Inventário Patrimonial do Bem Arquitetônico sítio Palácio dos Azulejos – Palacete F. Penteado local Campinas, SP coordenação Dra. Mirza Pellicciotta data revisão folha 21/10/2015 0 01/04 Copyright © 2015 Conhecimentos Associados Ltda

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Itat

iba,

popula

rmen

te

conhec

ido c

om

o “

Palá

cio d

os

Azu

lejo

s” (

a par

tir

da

déc

ada

de

1930)

em r

azão

de

sua

fach

ada

ter

sido r

eves

tida

com

az

ule

jos

do P

ort

o,

é um

dos

mai

s im

port

ante

s te

stem

unhos

de

resi

dên

cia

urb

ana

da

cidad

e no p

erío

do

imper

ial. C

aso

singula

r no s

éculo

XIX

de

duas

ric

as r

esid

ênci

as g

emin

adas

fo

i ed

ific

ado e

m 1

878,

pel

o B

arão

de

Itat

iba

e se

u g

enro

, o

Ten

ente

Coro

nel

Pac

hec

o e

Silv

a. E

ntr

e os

anos

de

1908 e

1916,

as

pro

pried

ades

fo

ram

ve

ndid

as

àPr

efei

tura

M

unic

ipal

de

Cam

pin

as q

ue

ali

inst

alou o

paç

o m

unic

ipal

, unific

ando a

s duas

const

ruçõ

es.

O

pal

acet

e ac

hav

a-se

dis

trib

uíd

o

em

doi

s pav

imen

tos

e co

ntido

no

lote

, nos

pad

rões

de

const

ruçã

o

resi

den

cial

urb

ana

colo

nia

l "n

ão s

e co

nce

ben

do,

na

época

, a

idéi

a de

casa

s re

cuad

as o

u c

om

jar

din

s" (

TO

NO

N).

Sua

impla

nta

ção

"foi

feita

sobre

o

alin

ham

ento

da

via

públic

a,

mai

s es

pec

ific

amen

te,

de

duas

via

s m

uito s

ignific

ativ

as -

antiga

rua

do P

órt

ico c

om

Reg

ente

Fei

jó -

com

par

edes

lat

erai

s so

bre

o lim

ite

do t

erre

no v

izin

ho,

obed

ecen

do a

o C

ódig

o d

e Po

stura

s vi

gen

te n

a ép

oca

(..

.) [

e] T

endo a

poss

ibili

dad

e de

ser

leva

nta

do

sobre

o

alin

ham

ento

das

ru

as

Ferr

eira

Pe

nte

ado

e Reg

ente

Fei

jó,

os

const

ruto

res

do s

obra

do (

..)

elab

ora

ram

duas

fa

chad

as

com

gen

erosa

s dim

ensõ

es,

pro

pic

iando,

com

iss

o,

um

des

enho d

e ta

lhad

o c

om

quat

ro

águas

, ad

apta

do

par

a um

pré

dio

co

m

form

ato

em

'U',

difer

enci

ando-s

e da

mai

ori

a dos

esquem

as

com

uns

de

pla

nta

e

telh

ado,

onde

apar

ecia

no

casa

rio

sim

ple

s,

a co

ber

tura

com

apen

as d

uas

águas

" (T

ON

ON

)

25.2

.4Est

ado

físi

co d

e pre

serv

ação

(nív

eis

de

conse

rvaç

ão,

neg

ligên

cia,

aban

don

o)

A d

emoliç

ão f

oi

cogitad

a por

algum

as v

ezes

em

raz

ão d

a im

pla

nta

ção d

o P

lano d

e M

elhora

men

tos

Urb

anos,

a p

artir

de

1938,

esbar

rando n

a aç

ão d

e "a

lguns

pre

serv

acio

nis

tas

que

via,

em

sua

man

ute

nçã

o,

a poss

ibili

dad

e del

e ab

rigar

o

Muse

u H

istó

rico

de

Cam

pin

as".

Num

a per

spec

tiva

par

alel

a, a

edific

ação

ger

min

ada

e já

tr

ansf

orm

ada

em e

spaç

o p

úblic

o f

oi t

om

bad

a pel

o I

PHAN

em 1

967,

pel

o C

ON

DEPH

AAT e

m 1

981 e

pel

o C

ON

DEPA

CC

em

1988,

mas

em

m

eio

a te

nsõ

es

que,

em

difer

ente

s m

om

ento

s, vo

ltav

am a

pro

por

seu "d

esto

mbam

ento

" em

nom

e do p

rogre

sso,

de

liber

ação

do s

olo

e i

nve

stim

ento

s im

obili

ário

s.

O

uso

m

ais

apro

pri

ado

da

edific

ação

ta

mbém

ger

ou

deb

ates

, va

lendo

obse

rvar

que

no

final

dos

anos

1980

gan

hav

a fo

rma

um

novo

ente

ndim

ento

do c

entr

o h

istó

rico

de

Cam

pin

as q

ue

agora

pas

sava

a c

onta

r co

m p

erím

etro

re

gula

men

tado

por

dec

reto

e

inse

rido

na

Lei

de

Uso

e

Ocu

paç

ão

do

Solo

(D

iário

Ofici

al

do

Munic

ípio

, 1988).

(S

CH

ICC

HI)

.

Nes

ta

oca

sião

, en

tão

ocu

pad

o

pel

a SAN

ASA,

o

Palá

cio

rece

beu

um

pro

jeto

de

rest

aura

ção e

reu

tiliz

ação

de

seus

espaç

os

inte

rnos,

m

as que

som

ente

fo

i en

cam

inhad

o ao

M

inis

tério d

a Cultura

(M

INC)

em 1

996).

Quan

do da

elei

ção de

Anto

nio

da

Cost

a San

tos,

o novo

pre

feito

pre

tendia

que

“o

Palá

cio

funci

onas

se

com

o ex

emplo

par

a a

cidad

e.

A

sala

em

que

“Tonin

ho”

iria

des

pac

har

era

a m

esm

a que

Oro

zim

bo M

aia

utiliz

ara

nas

pri

mei

ras

déc

adas

do

sécu

lo p

assa

do.

Em

set

embro

des

te

mes

mo a

no,

o p

refe

ito f

oi a

ssas

sinad

o e

o P

alác

io p

erdia

a

oport

unid

ade

de

se

torn

ar

nova

men

te

um

ponto

de

refe

rênci

a no c

entr

o d

a ci

dad

e.”

(SC

HIC

CH

I)

25.2

.5Tra

nsf

orm

açõe

s, a

dap

taçõ

es,

rest

aura

ção

Edific

ado n

as ú

ltim

as d

écad

as d

o s

éculo

XIX

, o “

Palá

cio d

os

Azu

lejo

s” (

assi

m d

enom

inad

o a

par

tir

da

déc

ada

de

1930)

rece

beu

“i

núm

eras

in

terv

ençõ

es

arquitet

ônic

as,

des

cara

cter

izan

do-s

e de

sua

const

ruçã

o

ori

gin

al

sem

per

der

, no

enta

nto

, a

monum

enta

lidad

e no

cenár

io

urb

ano”.

(TO

NO

N)

Da

condiç

ão d

e ”u

m d

os

mai

ore

s sí

mbol

os

da

aris

tocr

acia

ca

feei

ra n

a ci

dad

e de

Cam

pin

as”

(PAR

ATO

DO

S),

o i

móve

l cu

mpri

u fu

nçõ

es de

paç

o m

unic

ipal

en

tre

1909 e

1968,

mom

ento

em

que

esta

s at

ivid

ades

pas

sara

m

par

a o

“Pal

ácio

dos

Jequitib

ás”.

pro

jeto

01

3/

14

clie

nte

IA

B N

úcle

o R

eg

ion

al

Cam

pin

as

ass

unto

Inven

tári

o P

atr

imonia

l do B

em

Arq

uit

etô

nic

osí

tio

Palá

cio

dos A

zu

lejo

s –

Pala

cete

F. P

en

teado

loca

l

Cam

pin

as,

SP

coord

enaçã

o

Dra

. M

irza P

ell

iccio

tta

data

revi

são

folh

a

21

/1

0/

20

15

0

0

1/

04

Copyr

ight

© 2

015 C

onheci

men

tos

Ass

oci

ados

Ltda

81

25

In

ven

tári

o P

atr

imo

nia

l d

o B

em

Arq

uit

etô

nic

o

Palá

cio

do

s A

zu

lejo

s

Ain

da

em 1

908,

“Im

edia

tam

ente

à e

fetiva

ção d

a co

mpra

, o

Pref

eito

Oro

zim

bo M

aia

trat

ou d

e el

abora

r o d

ifíc

il pro

jeto

de

adap

taçã

o d

o n

ovo

Paç

o M

unic

ipal

, ch

amando p

ara

a

resp

onsa

bili

dad

e da

tare

fa

a Rep

artiçã

o

de

Obra

s,

sob

ori

enta

ção

do

engen

hei

ro

Dr

José

Rio

s Reb

ouça

s,

à pri

ncí

pio

e,

post

erio

rmen

te,

do

Dr

Acr

ísio

Pa

es

Cru

z.

Conta

vam

tam

bém

com

a c

ola

bora

ção

do

arquitet

o Bru

no

Sim

ões

M

agro

, des

enhis

ta

de

inúm

eras

pla

nta

s a

par

tir

des

ta d

ata”

. (T

ON

ON

)

Ela

bora

da

a pla

nta

e a

pro

vada

pel

a Câm

ara,

ser

ia a

ber

ta

conco

rrên

cia,

oca

sião

em

que

saiu

ven

cedora

a p

ropost

a de

Ver

gnia

nd Veg

er e

Luiz

D

ame.

As

obra

s per

dura

ram

de

janei

ro a

julh

o d

e 1909,

pas

sando o

edifíc

io a

abrigar

no

pav

imen

to t

érre

o a

Pre

feitura

e n

o p

avim

ento

super

ior

o Tri

bunal

de

Juri (

com

ace

sso p

ela

Rua

Ferr

eira

Pen

tead

o)

e a

Câm

ara

Munic

ipal

(co

m a

cess

o p

ela

Rua

Reg

ente

Fei

jó).

N

o

segundo

pav

imen

to

achav

am-s

e in

stal

adas

as

re

par

tiçõ

es de

Ren

das

, te

soura

ria,

sa

la da

pre

sidên

cia

e sa

la d

o t

ribunal

de

Juri

; as

ante

câm

aras

, sa

la d

e re

cepçã

o e

se

ssões

da

Câm

ara

Munic

ipal

. Em

pré

dio

an

exo ta

mbém

se

ria

inst

alad

o o

quar

tel

do

Corp

o

de

Bom

bei

ros,

co

m

cava

lari

ça e

dep

ósi

to d

e m

ater

ial. D

ata

ainda

da

ges

tão d

e O

rozi

mbo M

aia

a co

nst

ruçã

o d

o p

asse

io a

o r

edor

do e

difíc

io

em m

osa

ico p

ort

uguês

. (T

ON

ON

)

No

pri

mei

ro

gove

rno

de

Hei

tor

Pente

ado,

seguiram

-se

refo

rmas

na

fach

ada

que,

entr

e outr

as a

ções

, re

tira

ram

os

azule

jos

de

toda

a ex

tensã

o

do

pav

imen

to

térr

eo

subst

ituin

do-o

s por

alve

nar

ia

de

tijo

los

(1911)

e pro

move

ram

mel

hora

men

tos

da

rede

elét

rica

(1912).

Por

outr

o l

ado,

com

afa

lta

de

espaç

o p

ara

a in

stal

ação

de

vári

os

serv

iços

(pro

cura

dori

a ju

dic

ial,

insp

eção

das

es

trad

as,

insp

etori

a das

es

cola

s,

port

aria

, ag

ênci

as

arre

cadad

ora

s),

ou

ainda,

de

um

m

aior

espaç

o

par

a o

funci

onam

ento

da

secç

ão

de

afer

ição

, da

repar

tiçã

o

de

obra

s,

da

repar

tiçã

o

fisc

al;

coube

a H

eito

r Pe

nte

ado

adquir

ir e

m h

asta

públic

a o s

obra

do d

a fa

míli

a Pe

nte

ado

contíguo a

o P

aço M

unic

ipal

, en

tão p

erte

nce

nte

ao a

gricu

ltor

e ca

pital

ista

Art

hur

Furt

ado

de

Alb

uquer

que

Cav

alca

nti.

Const

ruçã

o que

a par

tir

de

1917 re

ceber

ia pro

pos

tas

de

adap

taçã

o

do

arquitet

o m

unic

ipal

Bru

no

Sim

ões

M

agro

, co

nst

ando e

ntr

e el

as a

rem

odel

ação

de

toda

a fa

chada.

Com

as

dep

endên

cias

am

plia

das

, o

edifíc

io

rece

beu

a

Ass

istê

nci

a Pú

blic

a no an

dar

rreo

e

o Fó

rum

no

andar

su

per

ior,

mer

ecen

do a

Câm

ara

ações

de

man

ute

nçã

o.

Est

as

ativ

idad

es

sofr

eria

m

mudan

ças

em

1928

com

a

tran

sfer

ênci

a do F

óru

m p

ara

a ru

a D

r Q

uir

ino,

entr

ando e

m

seu lugar

as

Rep

artiçõ

es d

e Água

e Esg

oto

s. N

esta

oca

sião

, o

Tes

ouro

pas

sou a

ocu

par

o p

avim

ento

tér

reo (

loca

l em

que

se a

chav

a o

Tir

o de

Guer

ra 1

76),

suce

den

do-

se u

mper

íodo

em que

o núm

ero de

funci

onár

ios

já to

rnav

a o

pré

dio

do paç

o "p

equen

o dem

ais"

fr

ente

a

dem

anda

da

cidad

e.

A p

artir

de

1933,

um

gra

nde

volu

me

de

pla

nta

s re

gis

tra

o

anse

io p

or

se r

ealiz

ar u

ma

gra

nde

rem

odel

ação

do e

difíc

io.

Seg

undo

TO

NO

N:

"O

obje

tivo

er

a que

o

pré

dio

se

tr

ansf

orm

asse

em

um

a re

par

tiçã

o m

oder

na,

à a

ltura

de

sua

import

ânci

a e

de

seu m

ovi

men

to s

empre

cre

scen

te.

Ass

im

sendo t

odas

as

inst

alaç

ões

das

rep

artiçõ

es a

rrec

adad

ora

s,

em c

onta

to d

iret

o c

om

os

contr

ibuin

tes,

fora

m a

dap

tadas

no pav

imen

to té

rreo

", se

guin

do-s

e a

"rem

oçã

o da

quas

e to

talid

ade

das

esp

essa

s par

edes

div

isórias

de

taip

a, d

e um

m

etro

ou m

ais

de

larg

ura

; dem

oliç

ão d

a par

ede

que

div

idia

os

doi

s ed

ifíc

ios,

fo

rman

do

um

ve

stíb

ulo

co

mum

, am

plia

ndo,

sobre

man

eira

, a

port

aria

; ab

ertu

ra d

e m

ais

de

um

a port

a à

Rua

Reg

ente

Fe

ijó,

dan

do ac

esso

ao

novo

ve

stíb

ulo

, co

m

as

mes

mas

ca

ract

erís

tica

s da

ori

gin

al;

const

ruçã

o d

e al

pen

dre

con

torn

ando o

pát

io i

nte

rno;

tro

ca

de

pis

os

com

tac

os

de

mad

eira

dos

Gab

inet

es d

o P

refe

ito,

Dir

etori

a do

Tes

ouro

, D

iret

ori

a do

Exp

edie

nte

, pro

cura

dori

a Ju

dic

ial

e Po

rtar

ia,

e Conta

bili

dad

e da

DAE;

ladri

lham

ento

de

todos

os

corr

edore

s ac

essí

veis

al

ém

de

inst

alaç

ões

sa

nitár

ias

e co

nst

ruçã

o de

anex

o

com

tr

ês

sala

s e

sanitár

ios.

"N

o p

avim

ento

super

ior

as r

eform

as f

ora

m d

em

enor

monta

, co

mpre

enden

do

a dem

oliç

ão

de

algum

as

par

edes

, ab

ertu

ra de

área

s in

tern

as par

a ilu

min

ação

de

alco

vas

e in

stal

ações

san

itár

ias"

. D

ata,

por

fim

, de 1

934,

"a c

onst

ruçã

o d

o c

hanfr

o n

a es

quin

a da

Rua

Reg

ente

Fei

com

Fer

reir

a Pe

nte

ado"

que

exig

iudos

técn

icos

a al

tera

ção

de

"est

rutu

ras

das

par

edes

m

estr

as

do

edifíc

io";

um

a ex

igên

cia

que

se

origin

ou

do

Códig

o

de

Obra

s Art

hur

Sab

oya

da

Pref

eitu

ra

de

São

Pa

ulo

e

que

se

refe

ria

à ci

rcula

ção d

o a

uto

móve

l. (

TO

NO

N)

Seg

undo T

ON

ON

: "A

pes

ar d

a per

da

de

alguns

met

ros

com

a

const

ruçã

o

do

chan

fro,

a ed

ific

ação

gan

hou

um

a m

onum

enta

lidad

e at

é en

tão e

xist

ente

, ap

ós

a dem

oliç

ão d

e um

a par

ede

inte

rna,

na en

trad

a, tr

ansf

orm

ando os

dois

ve

stíb

ulo

s das

an

tigas

re

sidên

cias

em

ap

enas

um

, to

rnan

do-s

e um

a ár

ea m

uito m

ais

espaç

osa

, ilu

min

ada

e ar

ejad

a, f

acili

tada

com

a a

ber

tura

de

um

a te

rcei

ra p

ort

a de

aces

so pel

a ru

a Reg

ente

Fe

ijó.

Pode

ser

des

ta ép

oca

o

nas

cim

ento

de

sua

iden

tidad

e co

mo P

alác

io d

os

Azu

lejo

s"

Concl

uíd

as

as

refo

rmas

em

1936,

seguir

am-s

e nova

s so

licitaç

ões

de

amplia

ção d

e es

paç

o,

situ

ação

que

motivo

u

a des

apro

pri

ação

, en

tre

os

anos

de

1942

e 1943,

dos

pré

dio

s da

rua

Reg

ente

Fei

jó n

º 821 e

823 (

1942/1

943).

Em

1960,

com

as

re

par

tiçõ

es

munic

ipai

s dis

per

sas,

a

Pref

eitu

ra

del

iber

a pel

a co

nst

ruçã

o

de

um

novo

Pa

ço,

cres

cendo os

risc

os

de

dem

oliç

ão do an

tigo Pa

láci

o dos

Azu

lejo

s. D

ata,

entã

o,

de

1964 o

ped

ido

do v

erea

dor

Eder

Le

me

par

a que

a Câm

ara

Munic

ipal

so

licitas

se

seu

tom

bam

ento

à D

iret

ori

a do P

atri

mônio

His

tórico

e A

rtís

tico

N

acio

nal

(D

PHAN

),

ação

que

per

duro

u

por

três

an

os.

(T

ON

ON

)

Com

a

inau

gura

ção do Pa

ço,

o an

tigo ed

ifíc

io re

cebeu

a

Soci

edad

e de

Abas

teci

men

to d

e Água

e San

eam

ento

S/A

(S

anas

a) q

ue

ali

per

man

eceu

até

o a

no d

e 1996,

ocas

ião

em que

“o ed

ifíc

io pas

sou a

abri

gar

div

erso

s órg

ãos

da

Sec

reta

ria

de

Cultura

até

que,

em

2004,

torn

ou-s

e a

sede

do M

use

uda

Imag

em e

do S

om

de

Cam

pin

as (

MIS

). C

om

ta

nto

s difer

ente

s uso

s e

tanta

s re

form

as a

o l

ongo d

e su

a

exis

tênci

a, o Pa

láci

o dos

Azu

lejo

s te

ve su

a co

nse

rvaç

ão

bas

tante

pre

judic

ada.

Des

de

os

anos

1990,

muitos

pro

jeto

s de

recu

per

ação

fora

m p

lanej

ados

e m

edid

as d

e se

gura

nça

to

mad

as,

com

o a

troca

de

toda

a m

alha

elét

rica

e re

de

hid

ráulic

a, a

lém

da

subst

ituiç

ão d

e te

lhas

, ca

ibro

s e

alguns

pis

os

e fo

rros

que

não

er

am ori

gin

ais.

Em

2001,

com

a

poss

e do a

rquitet

o A

ntô

nio

da

Cost

a San

tos

com

o p

refe

ito

munic

ipal

, a

rest

aura

ção do Pa

láci

o gan

hou novo

lego.

Tonin

ho,

com

o

era

conhec

ido,

não

ch

egou

a ve

r os

resu

ltad

os

de

sua

inic

iativa

, pois

foi

assa

ssin

ado n

aquel

e m

esm

o a

no.

O P

alác

io t

eve

todas

as

suas

pin

tura

s m

ura

is

cata

logad

as

e re

cebeu

um

a sé

rie

de

mel

horias

, que

poss

ibili

tara

m

a in

stal

ação

do

MIS

. Atu

alm

ente

, é

aguar

dad

a a

segunda

fase

des

sas

obra

s,

par

a um

a

com

ple

ta r

esta

ura

ção d

o e

difíc

io”.

(PA

RATO

DO

S)

25.2

.6Em

pre

go d

e m

ater

iais

, pro

gra

ma

arquitet

ônic

o, o

utr

as info

rmaçõ

es

A c

idad

e de

Cam

pin

as r

eceb

eu n

as d

écad

as d

e 1870 e

1880

gra

ndes

edific

açõe

s er

guid

as e

m t

écnic

a m

ista

, utiliz

ando-

se d

e ta

ipa

de

pilã

o n

as p

ared

es p

rinci

pai

s (P

UPO

) e

tijo

los

em s

ubst

ituiç

ão d

as t

aipas

de

mão

nas

par

edes

inte

rnas

ou

ainda,

no “

enca

mis

amen

to”

de

par

te d

as t

aipas

de

pilã

o.

No

caso

dos

sobra

dos

Ferr

eira

Pen

tead

o e

Pac

hec

o e

Silv

a: “

As

par

edes

do an

dar

tér

reo f

ora

m co

nst

ruíd

as em

ta

ipa-

de-

pilã

o “

enca

mis

adas

” co

m t

ijolo

s e

o p

rim

eiro

pav

imen

to f

oi

const

ruíd

o s

om

ente

com

tijolo

s. A

lém

dis

so,

a su

a fu

ndaç

ão

foi

exec

uta

da

em s

iste

ma

tipo r

adie

r em

duas

cam

adas

de

taip

a-de-

pilã

o”.

(RO

DRIG

UES)

Est

a co

nst

ruçã

o

conta

va

com

em

bas

amen

to

de

ped

ra

"poss

ivel

men

te,

em to

das

as

par

edes

m

estr

as,

taip

a de

pilã

o e

m p

arte

da

par

ede

que

par

a a

late

ral do C

orp

o d

e Bom

bei

ros/

Ter

min

al II

e

taip

a de

pilã

o en

cam

isad

a co

m

tijo

los

em o

utr

as p

ared

es d

o p

avim

ento

tér

reo.

Na

caix

a da

esca

dar

ia

pri

nci

pal

fo

i m

antida

a ta

ipa-

de-

mão

e,

no

pri

mei

ro

pav

imen

to,

o

com

pro

mis

so

foi

com

a

técn

ica

const

rutiva

tijo

leir

a,

faci

lmen

te

veri

fica

da

nas

par

edes

in

tern

as o

nde

faltam

reb

oco

e nas

par

edes

ext

ernas

onde

não

exi

stem

azu

lejo

s. N

ão f

ora

m e

nco

ntr

ados

vest

ígio

s de

taip

a nes

tas

par

edes

". (

TO

NO

N)

Seg

undo le

vanta

men

tos

feitos

por

Joan

a Tonon,

as duas

re

sidên

cias

conta

vam

no a

ndar

tér

reo c

om

2 v

estíbulo

s, 8

sa

las,

5

dorm

itóri

os,

sa

la

de

janta

r,

vara

nda

corr

edor,

sa

linha,

2 co

zinhas

, 8 ár

eas

de

serv

iços.

N

o pav

imen

to

super

ior

das

duas

res

idên

cias

const

avam

: 2 s

alas

, 2 s

alas

pri

nci

pai

s, 2 sa

las

de

entr

ada,

8 dorm

itórios,

2 sa

la de

janta

r,

2

vara

ndas

, co

rred

or,

1

salin

ha,

1

cozi

nha,

ve

stíb

ulo

, 6 á

reas

de

serv

iços.

"Os

corp

os

da

entr

ada,

sa

liente

s,

eram

co

mpost

os

por

es

cadar

ias,

co

lunat

as

e fr

ontõ

es

de

ped

ra

apar

ente

, ev

iden

cian

do,

nes

te

conju

nto

de

linhas

se

vera

s,

um

ri

goro

so

aten

dim

ento

às

norm

as

vitr

uvi

anas

(s

olid

ez,

orn

amen

to,

verd

ade)

, re

stan

do ap

enas

al

guns

elem

ento

s co

nst

rutivo

s co

mo c

orn

ijas

e p

latiban

das

, que

subst

ituír

am

os

trad

icio

nai

s bei

rais

, par

a se

rem

exp

lora

dos

com

rec

urs

os

form

ais,

en

cim

ados

por

obje

tos

de

louça

s port

ugues

as,

com

o c

om

pote

iras

, va

sos,

pin

has

ou e

stát

uas

que

poder

iam

re

pre

senta

r as

quat

ro e

staç

ões

do a

no,

continen

te,

virt

udes

et

c".

(TO

NO

N)

Entr

e os

det

alhes

, "e

nco

ntr

am-s

e as

pila

stra

s co

m se

us

fust

es

canel

ados.

Po

ssuem

ca

pitéi

as

com

vo

luta

s que

obed

ecem

a

ord

em

jônic

a,

no

andar

su

per

ior,

se

co

ntr

apondo

à ord

em

dóri

ca

do

pav

imen

to

térr

eo,

dem

onst

rando

a per

feita

aplic

ação

das

antiquís

sim

as r

egra

s 'v

itru

vian

as',

de

ord

ens

sobre

post

as

vert

ical

men

te,

em

fach

adas

. N

a

pla

tiban

da,

no

enta

bla

men

to

e so

bre

as

ja

nel

as

do

pis

o

infe

rior,

ex

iste

m

vári

os

elem

ento

s dec

ora

tivo

s ap

licad

os

e em

re

levo

. Ela

bora

dos

co

m

argam

assa

, ac

entu

am a

silh

uet

a cl

ássi

ca d

o s

obra

do,

em

per

feita

sinto

nia

com

a d

ifusã

o d

o g

ost

o u

rban

o d

o p

erío

do.

Enci

mad

as

na

pla

tiban

da

azule

jada

loca

lizav

a-se

um

conju

nto

com

post

o p

or

sete

esc

ultura

s al

egóri

cas,

exi

stin

do

hoje

som

ente

cin

co,

den

omin

adas

acr

oté

rios,

sim

bol

izan

do

figura

s da

mitol

ogia

, co

mo

flori

stas

e

guer

reir

os

com

ar

mad

ura

s, a

lém

de

um

conju

nto

de

vaso

s. A

pla

tiban

da,

co

m s

eus

div

erso

s orn

amen

tos,

tinha

tam

bém

a f

unçã

o d

e

cam

uflar

o t

elhad

o e

as

calh

as e

xist

ente

s" (

TO

NO

N).

"Os

elem

ento

s es

trutu

rais

dos

telh

ados,

com

a a

lven

aria

de

tijo

los,

tiv

eram

suas

seç

ões

calc

ula

das

de

acord

o co

m a

s su

as q

ual

idad

esde

resi

stên

cia

à flex

ão.

O t

elhad

o m

ante

ve,

poré

m,

o d

esen

ho d

e quat

ro á

guas

, ad

apta

do p

ara

o pré

dio

co

m

form

ato

de

"U".

Sua

cober

tura

é

com

post

a pel

as

trad

icio

nai

s te

lhas

ca

pa-

canal

. As

saca

das

co

rrid

as

ou

bal

cões

do

sobra

do

fora

m

const

ruíd

as

com

ped

ra

de

canta

ria,

inte

rrom

pid

as a

pen

as e

ntr

e as

duas

res

idên

cias

. N

elas

, en

contr

am-s

e as

gra

des

de

ferr

o t

rabal

had

as c

om

el

abora

do des

enho (.

..)

Na

sust

enta

ção des

tas

saca

das

, lo

caliz

am-s

e as

mís

ula

s, c

om

mai

s ou m

enos

um

met

ro d

e dis

tânci

a,

tam

bém

el

abora

das

co

m

ped

ras

de

canta

ria"

. (T

ON

ON

)

"Quan

to à

s ja

nel

as d

o P

alác

io,

enco

ntr

am-s

e nas

fac

had

as

do p

iso infe

rior,

em

núm

ero d

e dez

enove

nos

dois

sob

rados

e per

man

ecem

quas

e in

alte

radas

, des

de

a ép

oca

de

sua

const

ruçã

o,

fato

com

pro

vado a

trav

és d

e fo

tos

mai

s an

tigas

. Suas

guar

niç

ões

o

em

mad

eira

, co

m

verg

asre

tas,

en

cim

adas

por

um

a m

old

ura

com

orn

amen

taçã

o e

rel

evo

form

ando

mea

ndro

s e

um

a ro

sáce

a ce

ntr

al.

São

co

nst

ituíd

as

por

duas

fo

lhas

de

mad

eira

en

vidra

çada,

ex

tern

amen

te,

mai

s duas

ou

três

fo

lhas

de

mad

eira

al

mofa

dad

as,

inte

rnam

ente

. N

o p

avim

ento

super

ior,

as

26

janel

as d

as f

achad

as s

ão d

o t

ipo r

asgad

as o

u p

ort

a-bal

cões

ab

rindo-s

e par

a as

sac

adas

do e

difíc

io.

poss

uem

ban

dei

ras

em a

rco

ple

no,

com

des

enhos

sim

ple

s e

caix

ilhos

fixo

s. D

a m

esm

a m

anei

ra q

ue

as j

anel

as d

o an

dar

tér

reo,

poss

uem

duas

jan

elas

envi

dra

çadas

, ex

tern

amen

te,

e duas

fôlh

as d

e

mad

eira

al

mofa

dad

as,

inte

rnam

ente

(.

) des

te pav

imen

to

par

a o p

átio

inte

rno,

enco

ntr

avam

-se

vinte

e u

ma

janel

as,

além

de

nove

no t

érre

o (

..)

Tam

bém

exi

stia

m m

ais

nove

ja

nel

as n

a la

tera

l do s

obra

do c

ontiguo".

(TO

NO

N)

"Quat

ro p

ort

as q

ue

dav

am a

cess

o a

o in

terior

do e

difíc

io d

a es

quin

a,

loca

lizad

as

na

rua

Ferr

eira

Pe

nte

ado,

além

de

quat

ro loca

lizad

as n

a la

tera

l e

no f

undo d

o e

difíc

io c

ontíguo

(trê

s na

sua

late

ral

e um

a no f

undo),

não

exi

stem

mai

s (.

.) a

s quat

ro q

ue

fica

vam

na

cita

da

rua

eram

guar

nec

idas

co

m p

edra

de

canta

ria.

pro

jeto

01

3/

14

clie

nte

IA

B N

úcle

o R

eg

ion

al

Cam

pin

as

ass

unto

Inven

tári

o P

atr

imonia

l do B

em

Arq

uit

etô

nic

osí

tio

Palá

cio

dos A

zu

lejo

s –

Pala

cete

F. P

en

teado

loca

l

Cam

pin

as,

SP

coord

enaçã

o

Dra

. M

irza P

ell

iccio

tta

data

revi

são

folh

a

21

/1

0/

20

15

0

0

2/

04

Copyr

ight

© 2

015 C

onheci

men

tos

Ass

oci

ados

Ltda

82

25

In

ven

tári

o P

atr

imo

nia

l d

o B

em

Arq

uit

etô

nic

o

Palá

cio

do

s A

zu

lejo

s

As

duas

port

as

que

dão

ac

esso

pel

a ri

a Reg

ente

Fe

ijó

poss

uem

guar

niç

ões

de

ped

ra d

e ca

nta

ria,

duas

folh

as d

e m

adei

ra d

e le

i al

mofa

dad

as c

om

form

atos

difer

ente

s, a

lém

de

ban

dei

ras

de

arco

ple

no"

(TO

NO

N)

O s

obra

do c

onta

va,

tam

bém

, co

m u

ma

séri

e de

alco

vas

eco

m

calç

amen

to

ao

redor

do

sobra

do

obed

ecen

do

aoCódig

o d

e Po

stura

s de

1864.

Entr

e os

elem

ento

s do

neo

clas

sici

smo

pre

sente

s nas

ed

ific

açõe

s des

te p

erío

do,

esta

va a

cla

raboia

; “n

o s

obra

do

hav

iam

duas

cla

raboia

s ilu

min

ando a

s ca

ixas

das

esc

adas

, co

nst

ruíd

as

com

ar

maç

ão

de

mad

eira

, re

vest

imen

to

de

tijo

los,

arg

amas

sa m

ista

e a

pliq

ues

em

ges

so c

om

motivo

s flora

is e

de

ram

agem

(TO

NO

N)

25.2

.7Áre

a t

otal

apro

xim

ada

Ter

reno:

estim

ado e

m 1

.100 m

²Áre

a bru

ta:

2.1

00 m

²(1

.184 m

² so

bra

do d

a es

quin

a e

915m

² so

bra

do c

onju

gad

o).

25

.3E

stu

do

do

en

torn

o

25.3

.1Áre

a e

nvo

ltór

ia

No

curs

o

do

sécu

lo

XIX

, a

Vila

de

São

Car

los

gan

hou

esta

tuto

de

cidad

e (1

842)

e as

sum

iu u

ma n

ova

condiç

ão d

e des

envo

lvim

ento

co

m

a m

ultip

licaç

ão

das

gra

ndes

pro

pried

ades

pro

dutiva

s (a

çúca

r e

café

) e

a in

tensi

fica

ção

de

ativ

idad

es co

mer

ciai

s e

serv

iços

que,

pouco

a

pouco

, “d

espre

nder

am”

Cam

pin

as d

a “E

stra

da

dos

Goia

ses”

par

a tr

ansf

orm

a-la

em

“e

ntr

onca

men

to”

viár

io de

um

a gra

nde

regiã

o do

Est

ado

de

São

Pau

lo.

Dat

a da

segunda

met

ade

do

sécu

lo

XIX

a

inst

alaç

ão

dos

gra

ndes

so

bra

dos

entr

e os

larg

os

do

Rosá

rio

e da

Mat

riz

Nova

, bem

co

mo

a in

tensi

fica

ção d

e at

ivid

ades

eco

nôm

icas

, so

ciai

s, c

ultura

is

nas

im

edia

ções

.

25.3

.2Q

ual

idad

e ar

quitet

ônic

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anís

tica

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ção

com

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nte

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cia

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ônio

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lejo

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ônio

nac

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acio

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Cam

pin

as.

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e des

se ó

rgão

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de

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do

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ação

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rim

ônio

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l bra

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o

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.

25

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s

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pin

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aniz

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pla

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des

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lvim

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e d

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olo

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os

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m des

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lven

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fico

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quis

a e

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dem

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tes,

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s,

cinea

stas

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deo

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ers,

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duto

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cultura

is,

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, pro

fiss

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s de

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ersa

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tam

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sso

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agen

s his

tóri

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regiã

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use

u t

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aliz

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pro

jeto

s de

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s re

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os

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popula

ção

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exposi

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, public

ações

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ídeo

s.

O

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aniz

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os

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seto

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togra

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deo

, ci

nem

a e

músi

ca.

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a bib

liote

ca,

com

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roxi

mad

amen

te 3

mil

public

ações

, en

tre

livro

s, r

evis

tas,

par

titu

ras

e ca

tálo

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de

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as h

istó

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s e

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icos

est

á se

ndo

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aniz

ada

e ta

mbém

poder

á se

r co

nsu

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adore

s e

inte

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ados

em

ger

al.

O

seto

r de

foto

gra

fia

poss

ui

mai

sde

10 m

il im

agen

s que

regis

tram

a

mem

óri

a ic

onográ

fica

da

cidad

e.

O

acer

vo

do

seto

r de

músi

ca poss

ui

apro

xim

adam

ente

20 m

il dis

cos,

fo

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o,

pre

dom

inan

tem

ente

, por

clás

sico

s e

óper

as.

A

mai

s si

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leçã

o é

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com

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il peç

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as r

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tem

ente

pel

a fa

míli

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ole

cion

ador,

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lizad

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da

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aniz

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o d

isco

grá

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do M

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u.

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os

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visa

m o

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e fa

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e ev

ento

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os

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l e

his

tóri

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pin

as.

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de

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amen

te,

des

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gra

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dis

tinto

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idad

e re

aliz

ar,

em c

onju

nto

com

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om

unid

ade,

est

udo

e dis

cuss

ão

crític

a so

bre

a

linguag

em

audio

visu

al.

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ativ

idad

es d

esen

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idas

são

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duçã

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de

vídeo

s co

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Pr

ogra

ma

de

His

tóri

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ral

que

real

iza

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as

utiliz

ando

a m

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gia

da

his

tóri

a ora

l.

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de

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a des

envo

lvid

as

são

Mem

óri

a das

Luta

s Soci

ais

em C

ampin

as e

His

tória

Cultura

l,

Cie

ntífica

e A

rtís

tica

de

Cam

pin

as.

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jeto

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