copy of direito processual civil ii - rodrigo da cunha

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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010O legislador muito se preocupou em mostrar que a execuo no mais se tratava de

    um processo autnomo. H duas provas a esse respeito: o prprio ttulo adotado pelo

    legislados, que passou a ser cumprimento de sentena, mas no deixou o

    procedimento de ser execuo. o que est expresso no art. 475-I do CPC:

    Art. 475-I. O cumprimento da sentena far-se- conforme os arts. 461 e 461-A desta Lei

    ou, tratando-se de obrigao por quantia certa, por execuo, nos termos dos demais

    artigos deste Captulo. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    1o definitiva a execuo da sentena transitada em julgado e provisria quando se

    tratar de sentena impugnada mediante recurso ao qual no foi atribudo efeito

    suspensivo. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    2o Quando na sentena houver uma parte lquida e outra ilquida, ao credor lcito

    promover simultaneamente a execuo daquela e, em autos apartados, a liquidaodesta. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    A expresso execuo mais correta do que cumprimento de sentena, porque nem

    todo ttulo executivo judicial sentena.

    Ainda, para demonstrar que a execuo no mais um processo autnomo, todas as

    normas de execuo de ttulo judicial que estavam no Livro II do CPC, foram revogadas

    e passaram a fazer parte do Livro I, que trata do processo de conhecimento.

    O cumprimento de sentena um procedimento autnomo pelos motivos abaixo

    elencados:

    - prescrio:

    A smula 150 do STF diz o seguinte:

    Prescreve a execuo no mesmo prazo de prescrio da ao.

    Depois da reforma do CPC, essa smula ainda se aplica ao cumprimento de sentena. A

    prova est no art. 475-L, VI do CPC:

    Art. 475-L. A impugnao somente poder versar sobre: (Includo pela Lei n 11.232, de

    2005)

    VI qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigao, como

    pagamento, novao, compensao, transao ou prescrio, desde que

    superveniente sentena.(Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    2

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010Ora, a prescrio superveniente sentena justamente a prescrio da fase do

    cumprimento de sentena. No h sentido o ru ficar 30 anos para ser executado.

    - honorrios advocatcios:

    Na fase de cumprimento de sentena h a condenao em honorrios advocatcios. O

    art. 20, 4. fala dos honorrios na execuo:

    4o Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimvel, naquelas em que no

    houver condenao ou for vencida a Fazenda Pblica, e nas execues,

    embargadas ou no, os honorrios sero fixados consoante apreciao

    eqitativa do juiz, atendidas as normas das alneas a, b e c do pargrafo anterior.

    (Redao dada pela Lei n 8.952, de 1994)

    Este dispositivo deve ser combinado com o art. 475-I, que afirma que o cumprimento

    da sentena far-se- por meio de execuo. Essa a posio atual do STJ. Vide RESP

    978.545/MG, Rel. Min. Nancy Andrighi.

    Os honorrios advocatcios na fase de cumprimento de sentena incidem se no for a

    obrigao cumprida no prazo de cumprimento espontneo, que 15 dias, conforme

    art. 475-J do CPC:

    Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou j fixada em

    liquidao, no o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenao ser

    acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e

    observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se- mandado de penhora

    e avaliao. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    O prazo de 15 dias estabelecido pelo legislador para o cumprimento espontneo no

    gera o incio da execuo, comeando esta to somente quando da expedio do

    mandado de penhora e avaliao.

    - matria de ordem pblica:

    Falta de pressupsoto processual, falta de condio da ao etc., so matrias que

    podem ser conhecidas em qualquer tempo e grau de jurisdio. Matria de ordem

    pblica cognoscvel de ofcio. Art. 267, 3. e 301, 4. do CPC:

    3o O juiz conhecer de ofcio, em qualquer tempo e grau de jurisdio, enquanto no

    proferida a sentena de mrito, da matria constante dos ns. IV, V e Vl; todavia, o ru

    que a no alegar, na primeira oportunidade em que Ihe caiba falar nos autos,

    3

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8952.htm#art20%A74http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8952.htm#art20%A74http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
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    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010responder pelas custas de retardamento.

    4o Com exceo do compromisso arbitral, o juiz conhecer de ofcio da matria

    enumerada neste artigo. (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1973)

    Se surgir uma matria de ordem pblica na fase de conhecimento, o juiz pode conhec-

    la na fase do cumprimento de sentena? Em regra, no. Isso porque j houve o trnsito

    em julgado da sentena. Logo, ter que ser proposta uma ao rescisria para que seja

    reconhecida essa matria de ordem pblica.

    Mas h excees:

    Art. 475-L, I:

    Art. 475-L. A impugnao somente poder versar sobre: (Includo pela Lei n 11.232, de

    2005)I falta ou nulidade da citao, se o processo correu revelia; (Includo pela Lei n

    11.232, de 2005)

    Tal que a doutrina chama de vcio transrescisrio, porque um vcio que sobrevive

    at aps o prazo da ao rescisria.

    Nery chega a dizer que o cumprimento de sentena uma ao de execuo, mesmo

    sem ser um processo autnomo.

    Conceito de sentena:

    A sentena, antes da reforma, era conceituada como ato que extinguia o processo.

    Hoje, a sentena conceituada pelo contedo. o ato que tem como contedo uma

    das hipteses do art. 267 ou 269 do CPC:

    1. Sentena o ato do juiz que implica alguma das situaes previstas nos arts. 267

    e 269 desta Lei. (Redao dada pela Lei n 11.232, de 2005)

    O conceito de sentena foi mudado porque o processo de execuo era um processo

    autnomo. Agora, como isso mudou, como se pode dizer que a sentena extingue o

    processo? no se pode, porque h a continuao do processo por meio da fase de

    cumprimento de sentena.

    H quem entenda que o conceito antigo era equivocado. Ora, se cabia apelao, como

    a sentena extinguia o processo?

    No momento que o legislador alterou o conceito de sentena, aparecem algumas

    questes polmicas que devem ser esclarecidas abaixo:

    4

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L5925.htm#art301http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L5925.htm#art301http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art1
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    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010H cinco litisconsortes. Na fase de saneamento, o juiz exclui um deles por

    ilegitimidade. Esse ato do juiz uma sentena ou uma interlocutria? Cabe apelao ou

    agravo?

    Uma reconveno foi proposta e o juiz indeferiu a inicial da reconveno. Assim, o

    indeferimento da inicial da reconveno sentena ou interlocutria?

    A parte faz trs pedidos e na fase de saneamento o juiz reconhece a prescrio quanto

    a um deles. Esse ato do juiz sentena ou interlocutria?

    Assim quando um ato tem contedo de sentena e no extingue o processo, tem qual

    natureza, sentena ou interlocutria?

    H quatro correntes acerca dessas questes:

    - a primeira corrente entende que esses atos so decises interlocutrias, passveis de

    agravo. Mas essa corrente leva em conta o conceito antigo de sentena.- a segunda entende que o ato uma sentena e que cabe, portanto, apelao. O ato

    se define pelo contedo, ainda mais depois da reforma do CPC.

    - a terceira corrente entende que o ato sentena, mas cabe agravo. Isso porque a

    apelao faz com que os autos do processo subam para o Tribunal e tal paralisaria o

    procedimento.

    - a quarta corrente entende que o ato uma sentena e cabe apelao por

    instrumento. Consiste em agravo de instrumento com o nome de apelao. O TJ/RS tem

    deciso nesse sentido.

    Hoje, no se tem como dizer qual posio prevalece. Mas a ideia que mais se

    assemelha com as decises dos tribunais que o recurso o do agravo de

    instrumento. Aplica-se, entretanto, o princpio da fungibilidade recursal. Isso porque

    incide a dvida objetiva quanto ao recurso, que consiste em uma divergncia na

    doutrina ou jurisprudncia acerca do recurso cabvel.

    O professor entende que esse ato hbrido, sendo passvel de agravo de instrumento,

    aplicando-se o princpio da fungibilidade se interposta uma apelao.

    2. Ttulo Executivo Judicial:

    Conceito:

    a representao documental tpica de um crdito certo, lquido e exigvel.

    tpica porque a lei quem diz quais so os ttulos.

    Antigamente se pensava que certeza, liquidez e exigibilidade eram caractersticas do

    ttulo. Mas hoje entende-se que so caractersticas crdito, da obrigao. o que

    rezam os arts. 580 e 586 do CPC:

    Art. 580. A execuo pode ser instaurada caso o devedor no satisfaa a obrigao

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    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010certa, lquida e exigvel, consubstanciada em ttulo executivo. (Redao dada pela Lei

    n 11.382, de 2006).

    Art. 586. A execuo para cobrana de crdito fundar-se- sempre em ttulo de

    obrigao certa, lquida e exigvel. (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).

    Caractersticas do crdito ou da obrigao:

    a) certeza:

    Significa que no deve haver dvidas quanto existncia do crdito ou da obrigao.

    Ex: nota promissria rasurada. No se sabe se foi uma criao do credor, logo h

    dvidas quanto existncia da obrigao.

    b) liquidez:

    Significa que no deve haver dvidas quanto ao objeto do crdito ou da obrigao.Esse objeto normalmente o valor devido. Mas pode haver um ttulo executivo que

    consista em obrigao de fazer ou de entrega de coisa.

    c) exigibilidade:

    Significa que no deve haver dvidas quanto atualidade do crdito ou da obrigao.

    A atualidade significa que no h termo nem condio a se cumprir e no

    necessariamente que houve o vencimento do ttulo.

    Termo uma clusula acessria que subordina a eficcia do ato a um evento futuro e

    certo.

    Condio uma clusula acessria que subordina a eficcia do ato a um evento futuro

    e incerto.

    Liquidao de sentena:

    Muita vez a obrigao que est na sentena no lquida.

    Na verdade no se trata de liquidao da sentena em si, mas sim do crdito, da

    obrigao. uma impropriedade na terminologia.

    Natureza Jurdica:

    No CPC de 1939, a liquidao era um incidente processual. No CPC/73 a liquidao

    passou a ser um processo autnomo. Com a reforma de 1994, uma das trs espcies

    de liquidao, que era a por liquidao por clculo do contador, voltou a ser um

    incidente. Por fim, com a reforma de 2005, a liquidao de sentena como um todo

    passou a ser um incidente.

    Antigamente, havia necessidade de petio inicial. Hoje, basta um simples

    requerimento para que haja a liquidao.

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11382.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11382.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11382.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11382.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11382.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11382.htm#art2
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    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010Antigamente, havia a necessidade de citao, que se dava na pessoa do advogado.

    Hoje, ocorre apenas intimao.

    Ainda, antes o recurso cabvel contra a deciso da liquidao era apelao. Hoje, o

    recurso cabvel o agravo de instrumento, segundo a lei, embora haja divergncia

    sobre o tema.

    Algumas ressalvas devem ser feitas. Haver citao em trs casos:

    - sentena penal condenatria:

    - sentena arbitral:

    - sentena estrangeira homologada pelo STJ:

    Nesses trs casos no houve fase de conhecimento anterior no juzo cvel. Por essemotivo que ainda persiste a citao nessas trs hipteses.

    Houve uma reforma do CPP que se deu por meio da Lei 11.719/2008. Prev, nos arts.

    63, pargrafo nico e 387, IV do CPP, o seguinte:

    Pargrafo nico. Transitada em julgado a sentena condenatria, a execuo poder

    ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso IV do caput do art. 387 deste

    Cdigo sem prejuzo da liquidao para a apurao do dano efetivamente sofrido.

    (Includo pela Lei n 11.719, de 2008).

    Art. 387. O juiz, ao proferir sentena condenatria: (Vide Lei n 11.719, de 2008)

    IV - fixar valor mnimo para reparao dos danos causados pela infrao,

    considerando os prejuzos sofridos pelo ofendido; (Redao dada pela Lei n 11.719, de

    2008).

    O juzo criminal fixa um valor mnimo, sem prejuzo de liquidao no cvel. Assim se o

    juzo criminal fixa um valor mnimo, este j poder ser executado no cvel sem que haja

    a necessidade de liquidao.

    Mas se a parte considerar esse valor pequeno, a sentena penal dever ser liquidada

    no juzo cvel.

    O CPP diz que o valor fixado pelo juzo criminal mnimo. E se na liquidao de

    sentena no cvel for apurado um valor menor? Prevalece a sentena penal ou o que se

    apurou na liquidao.

    O Prof. entende que no momento em que o credor optou por liquidar, ele se

    responsabilizou por um eventual valor inferior apurado, ou seja, abriu mo daquele

    valor mnimo fixado no juzo penal.

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010O CPP apenas repetiu o que j havia sido estabelecido na lei dos crimes ambientais.

    Espcies de liquidao de sentena:

    No CPC/73, havia trs espcies de liquidao: liquidao por clculo do contador;

    liquidao por arbitramento; liquidao por artigos.

    A liquidao por clculo do contador deixou de existir como espcie autnoma de

    liquidao.

    A liquidao por arbitramento e por artigos continuam a existir como espcies

    autnomas.

    No caso da liquidao por clculo do contador, esta ocorria da seguinte maneira: o

    processo era enviado ao contador, que elabora um clculo, sobre o qual as partes se

    manifestavam em cinco dias; aps o juiz proferia sentena homologando ou no oclculo, da qual cabia apelao.

    Hoje, a liquidao por clculo est prevista no art. 475-B. Quando a determinao do

    valor depender de clculo aritmtico o credor dever requerer o cumprimento da

    sentena apresentando a memria discriminada e atualizada do clculo.

    Se o executado no concordar com esse valor, caber a ele apresentar a impugnao

    ao cumprimento da sentena, discordando do clculo, apresentando a sua memria.

    Isso tambm vigora quando a execuo ocorre por ttulo executivo extrajudicial.

    Art. 475-B. Quando a determinao do valor da condenao depender apenas de

    clculo aritmtico, o credor requerer o cumprimento da sentena, na forma do art.

    475-J desta Lei, instruindo o pedido com a memria discriminada e atualizada do

    clculo. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    Surgiram alguns problemas depois que esse sistema foi criado. Passou-se a se indagar

    se os dados para o clculo estivesse em poder do devedor ou de terceiro. Os 1. e

    2. do art. 475-B tratam do tema:

    1o Quando a elaborao da memria do clculo depender de dados existentes em

    poder do devedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento do credor, poder requisit-los,

    fixando prazo de at trinta dias para o cumprimento da diligncia. (Includo pela Lei n

    11.232, de 2005)

    2o Se os dados no forem, injustificadamente, apresentados pelo devedor, reputar-

    se-o corretos os clculos apresentados pelo credor, e, se no o forem pelo terceiro,

    configurar-se- a situao prevista no art. 362. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3
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    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010Assim, se o devedor no entregar os dados nos 30 dias, os clculos apresentados pelo

    credor sero tidos como verdadeiros. Ora, mas que clculos? Se o credor precisa dos

    dados que esto com o devedor para fazer os clculos, como poder faz-los? Como

    esse clculo no existe, esse dispositivo deve ser complementado com outros, como,

    por exemplo, o art. 461, 4. do CPC, que trata das astreintes:

    4o O juiz poder, na hiptese do pargrafo anterior ou na sentena, impor multa

    diria ao ru, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatvel

    com a obrigao, fixando-lhe prazo razovel para o cumprimento do preceito.

    (Includo pela Lei n 8.952, de 1994)

    Ainda, pode-se aplicar ao caso a multa do art. 14, inciso V e pargrafo nico do CPC:

    Art. 14. So deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participamdo processo: (Redao dada pela Lei n 10.358, de 2001)

    V - cumprir com exatido os provimentos mandamentais e no criar embaraos

    efetivao de provimentos judiciais, de naturezaantecipatria ou final.(Includo pela Lei

    n 10.358, de 2001)

    Pargrafo nico. Ressalvados os advogados que se sujeitam exclusivamente aos

    estatutos da OAB, a violao do disposto no inciso V deste artigo constitui ato

    atentatrio ao exerccio da jurisdio, podendo o juiz, sem prejuzo das sanes

    criminais, civise processuais cabveis, aplicar ao responsvel multa em montante

    a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e no superior a vinte por

    cento do valor da causa; no sendo paga no prazo estabelecido,contadodo trnsito

    em julgado da deciso final da causa, a multa ser inscrita sempre como dvida ativa

    da Unio ou do Estado. (Includo pela Lei n 10.358, de 2001)

    Assim, alm da multa coercitiva do art. 461, h a possibilidade da multa punitiva do

    art. 14 do CPC. A multa do art. 461 revertida em benefcio credor. J a do art. 14

    revertida para o Estado ou para a Unio, conforme a competncia.

    Tambm se aplica ao caso o disposto no art. 461-A, 2. do CPC:

    2o No cumprida a obrigao no prazo estabelecido, expedir-se- em favor do credor

    mandado de busca e apreenso ou de imisso na posse, conforme se tratar de coisa

    mvel ou imvel. (Includo pela Lei n 10.444, de 2002)

    9

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8952.htm#art461http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10358.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10358.htm#art14vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10358.htm#art14vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10358.htm#art14vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10444.htm#art461ahttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8952.htm#art461http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10358.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10358.htm#art14vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10358.htm#art14vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10358.htm#art14vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10444.htm#art461a
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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010o juiz no tem que se limitar a dizer que reputam-se corretos os clculos do credor, j

    que este no os apresentou porque a confeco depende de documentos que esto

    com o devedor.

    J na hiptese de o terceiro no entregar os clculos, o CPC no afirma que devem ser

    considerados corretos os clculo do credor, porque no poderia punir o devedor por ato

    exclusivo de terceiro. Aplica-se, pois, o disposto no art. 362 do CPC:

    Art. 362. Se o terceiro, sem justo motivo, se recusar a efetuar a exibio, o juiz lhe

    ordenar que proceda ao respectivo depsito em cartrio ou noutro lugar designado,

    no prazo de 5 (cinco) dias, impondo ao requerente que o embolse das despesas que

    tiver; se o terceiro descumprir a ordem, o juiz expedir mandado de

    apreenso, requisitando, se necessrio, fora policial, tudo sem prejuzo daresponsabilidade por crime de desobedincia.

    Na prtica, ocorre a expedio de mandado de busca e apreenso dos documentos que

    esto na posse de terceiros.

    Ainda, para o terceiro pode ser aplicada a multa do artigo 14, inciso V e pargrafo

    nico acima transcritos.

    Quanto ao terceiro, ainda restam dvidas quanto a aplicao das astreintes, tendo em

    vista que no parte no processo.

    Outro problema que surgiu diz respeito ao clculo excessivo ou credor beneficirio de

    assistncia judiciria.

    Os 3. e 4. do art. 475-B trata do tema:

    3o Poder o juiz valer-se do contador do juzo, quando a memria apresentada

    pelo credor aparentemente exceder os limites da deciso exeqenda e, ainda,

    nos casos de assistncia judiciria.(Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    4o Se o credor no concordar com os clculos feitos nos termos do 3o deste artigo,

    far-se- a execuo pelo valor originariamente pretendido, mas a penhora ter por

    base o valor encontrado pelo contador. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    assim, a execuo, caso o credor no concorde com o clculo do contador, prosseguir

    pelo valor pretendido pelo credor, mas ressalte-se que a penhora ocorrer apenas no

    valor encontrado pelo contador.

    Liquidao por arbitramento:

    10

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3
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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010Ocorre quando a determinao do valor depender de conhecimento tcnico especfico

    (percia). Art. 475-C:

    Art. 475-C. Far-se- a liquidao por arbitramento quando: (Includo pela Lei n 11.232,

    de 2005)

    I determinado pela sentena ou convencionado pelas partes; (Includo pela Lei n

    11.232, de 2005)

    II o exigir a natureza do objeto da liquidao. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    Ex: valor de um bem que foi deteriorado.

    O procedimento da liquidao por arbitramento est previsto no art. 475-D.

    Requerida a liquidao, o juiz nomear um perito que apresentar um laudo. Emseguida, as partes tero dez dias para se manifestarem sobre esse laudo. Se houver

    necessidade, o juiz designar uma audincia e ao final decidir.

    Art. 475-D. Requerida a liquidao por arbitramento, o juiz nomear o perito e fixar o

    prazo para a entrega do laudo. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    Pargrafo nico. Apresentado o laudo, sobre o qual podero as partes manifestar-se no

    prazo de dez dias, o juiz proferir deciso ou designar, se necessrio, audincia.

    (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    Deve ser acrescentado que, em razo do princpio do contraditrio, requerida a

    liquidao, o devedor dever ser intimado para se manifestar. Alis, h necessidade de

    intimao do devedor para tanto.

    Alm disso, sero tambm aplicados, subsidiariamente, os arts. 420 ao 439 do CPC,

    que tratam da produo da prova pericial.

    Liquidao por artigos:

    A previso a do art. 475-E do CPC:

    Art. 475-E. Far-se- a liquidao por artigos, quando, para determinar o valor da

    condenao, houver necessidade de alegar e provar fato novo. (Includo pela Lei n

    11.232, de 2005)

    Fato no o fato superveniente. aquele que no foi objeto de cognio na sentena.

    Ex: promove-se uma ao de reintegrao de posse c/c perdas e danos. O juiz julga os

    pedidos procedentes, mas condena a reparar os danos sem estabelecer o valor. Na

    11

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3
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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010liquidao por artigos deve-se dizer qual o valor do que foi destrudo no imvel.

    Tratam-se de fatos que no foram objeto de cognio na sentena.

    O nome liquidao por artigos porque esses fatos novos sero apresentados de forma

    articulada.

    Ex: art. 286, II do CPC:

    Art. 286. O pedido deve ser certo ou determinado. lcito, porm, formular pedido

    genrico: (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1973)

    II - quando no for possvel determinar, de modo definitivo, as conseqncias do ato ou

    do fato ilcito; (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1973)

    Ex: atropelamento. No se pode mensurar, de incio, as consequencias do fato ilcito.

    Isso ser arbitrado quando da liquidao de sentena.

    Ex: sentena penal condenatria.Se houver necessidade de um perito, nesses casos, mesmo assim a liquidao ser por

    artigos, porque continua a necessidade de serem alegados e provados os fatos novos.

    Na liquidao por artigos o procedimento ser o comum ordinrio, no se aplicando o

    procedimento sumrio:

    Art. 475-F. Na liquidao por artigos, observar-se-, no que couber, o procedimento

    comum (art. 272). (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    Art. 475-G. defeso, na liquidao, discutir de novo a lide ou modificar a sentena que

    a julgou. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    Art. 475-H. Da deciso de liquidao caber agravo de instrumento. (Includo pela Lei

    n 11.232, de 2005)

    Deve-se analisar, outrossim, a smula 344 do STJ:

    Smula 344 A liquidao por forma diversa da estabelecida na sentena no ofende a

    coisa julgada.

    O juiz, algumas vezes, na sentena, j diz qual tipo de liquidao ocorrer. Mas tal no

    obrigatrio, de acordo com a smula 344 do STJ.

    Liquidao provisria:

    Art. 475-A, 2. e art. 475-O, 3.:

    Significa que a liquidao pode ser requerida na pendncia de recurso. No h a

    necessidade de se aguardar o trnsito em julgado para ter incio a liquidao.

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L5925.htm#art286http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L5925.htm#art286http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L5925.htm#art286http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L5925.htm#art286http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3
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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010Se os autos estiverem no Tribunal, deve ser extrada uma carta de sentena, que

    atualmente no tem mais esse nome no CPC. So tiradas copias dos autos para que

    possa a instruo provisria ser instruda. Esses documentos esto no art. 475-O, 3..

    Art. 475-A (...)

    2o A liquidao poder ser requerida na pendncia de recurso, processando-se em

    autos apartados, no juzo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com

    cpias das peas processuais pertinentes. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    Art. 475-O(...)

    3o Ao requerer a execuo provisria, o exeqente instruir a petio com cpias

    autenticadas das seguintes peas do processo, podendo o advogado valer-se do

    disposto na parte final do art. 544, 1o: (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)I sentena ou acrdo exeqendo; (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    II certido de interposio do recurso no dotado de efeito suspensivo; (Includo pela

    Lei n 11.232, de 2005)

    III procuraes outorgadas pelas partes; (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    IV deciso de habilitao, se for o caso; (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    V facultativamente, outras peas processuais que o exeqente considere necessrias.

    (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    A liquidao provisria pode ser requerida independentemente dos efeitos do recurso,

    podendo ser requerida tanto nas hipteses de efeito suspensivo ou devolutivo. Mas se

    o efeito apenas devolutivo, aps a liquidao, pode-se requerer a execuo provisria

    do julgado.

    Proibio de sentena ilquida:

    Art. 475-A, 3.:

    3o Nos processos sob procedimento comum sumrio, referidos no art. 275, inciso II,

    alneas d e e desta Lei, defesa a sentena ilquida, cumprindo ao juiz, se for o caso,

    fixar de plano, a seu prudente critrio, o valor devido. (Includo pela Lei n 11.232, de

    2005)

    No CPC, j existia um caso de impossibilidade de sentena ilquida, que nos casos em

    que o autor formula pedido certo e determinado, embora o Cdigo fale apenas em

    pedido certo.

    13

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art3
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    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010Havia outro caso na Lei dos Juizados Especiais, que probe sentena ilquida em

    qualquer caso.

    Com a reforma do CPC, foram acrescentadas duas hipteses: ressarcimento de danos e

    cobrana de seguro decorrente de acidentes de veculo no rito sumrio. Nesses dois

    casos, deve obrigatoriamente a sentena ser lquida.

    Tem-se entendido que a interpretao desse dispositivo deve ser flexvel. Ora, nesse

    caso, o CPC levou em considerao apenas os danos patrimoniais, mas no os

    pessoais.

    Imagine que um juiz, equivocadamente, profira uma sentena ilquida. Se tal ocorre,

    cabe apelao. Nessa apelao, o Tribunal deve anular a sentena e devolver ao juiz amatria, ou pode j fixar o valor?

    Cssio Scarpinella Bueno prope que se aplique ao caso, por analogia, o disposto no

    art. 515, 3. do CPC:

    3o Nos casos de extino do processo sem julgamento do mrito (art. 267), o tribunal

    pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questo exclusivamente de direito e

    estiver em condies de imediato julgamento. (Includo pela Lei n 10.352, de 2001)

    Esse dispositivo o caso de julgamento do mritoper saltum.

    Existe forte doutrina que entende que esse dispositivo deve se aplicar aos casos de

    nulidade da sentena. Ex: sentena que no relatrio, no apresenta o nome das partes.

    O Tribunal j poderia aproveitar o restante da sentena.

    Existe liquidao de ttulo executivo extrajudicial?

    Excepcionalmente, pode ocorrer. Imagine o caso de um ttulo extrajudicial de obrigao

    de fazer, no fazer ou entrega de coisa. Essa obrigao se converte em perdas e

    danos. Ora, se converte em perdas e danos, o valor deve ser apurado. Logo, deve ser

    feita a liquidao.

    Ttulo Executivo Judicial e Reforma do CPC:

    Ttulos Executivos Judiciais:

    Antigamente, estavam previstos no art. 584 do CPC. Atualmente, esto previstos no

    art. 475-N:

    Art. 475-N. So ttulos executivos judiciais: (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    I a sentena proferida no processo civil que reconhea a existncia de obrigao de

    fazer, no fazer, entregar coisa ou pagar quantia; (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10352.htm#art515%A73http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10352.htm#art515%A73http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
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    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010II a sentena penal condenatria transitada em julgado; (Includo pela Lei n 11.232,

    de 2005)

    III a sentena homologatria de conciliao ou de transao, ainda que inclua matria

    no posta em juzo; (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    IV a sentena arbitral; (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    V o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente; (Includo

    pela Lei n 11.232, de 2005)

    VI a sentena estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justia; (Includo

    pela Lei n 11.232, de 2005)

    VII o formal e a certido de partilha, exclusivamente em relao ao inventariante, aos

    herdeiros e aos sucessores a ttulo singular ou universal. (Includo pela Lei n 11.232,

    de 2005)Pargrafo nico. Nos casos dos incisos II, IV e VI, o mandado inicial (art. 475-J) incluir a

    ordem de citao do devedor, no juzo cvel, para liquidao ou execuo, conforme o

    caso. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    O rol desse artigo exemplificativo, embora tenha sido objeto de muitas disputas

    doutrinrias. Isso porque h ttulos judiciais que no esto previstos nesse artigo. Ex:

    ttulo judicial da ao monitria. A tendncia se dizer que o ttulo na ao de

    execuo que ocorre quando o rei na monitria nem paga nem responde, o mandado

    monitrio, mas h doutrina que entende que a deciso do juiz que determinou a

    expedio do mandado monitrio. Essa deciso conhecida como decreto injuntivo.

    Mas esse decreto no est no rol do art. 475-N do CPC. mais um exemplo de que

    esse rol exemplificativo.

    Ainda, h quem fale que a deciso da tutela antecipada seria um ttulo executivo. Teori

    Albino Zavascki defende essa tese. Inclusive, porque a tutela antecipada pode ser

    executada.

    Outro exemplo o da astreinte e o ttulo executivo da monitria, tambm chamado de

    decreto injuntivo.

    Aula 02 19/03/2009

    Art. 475-N. So ttulos executivos judiciais: (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    I a sentena proferida no processo civil que reconhea a existncia de obrigao

    de fazer, no fazer, entregar coisa ou pagar quantia; (Includo pela Lei n

    11.232, de 2005)

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010

    Esse dispositivo estava previsto no inciso I do art. 584 do CPC, que dizia que era ttulo

    executivo a sentena condenatria.

    Agora, no mais fala o dispositivo em condenao, mas sim em sentena que

    reconhea uma obrigao.

    Deve-se fazer uma incurso das tutelas jurisdicionais para se saber o porqu da

    alterao.

    Classicamente, h trs tutelas jurisdicionais:

    - tutela de conhecimento:

    Pode ser classificada em trs ou cinco espcies:

    Em trs espcies, recebe o nome de trinria ou ternria.

    a) tutela declaratria:b) tutela constitutiva:

    c) tutela condenatria:

    Em cinco espcies, recebe o nome de classificao quinria:

    a) tutela declaratria:

    Tem por objetivo declarar a existncia ou a inexistncia de uma relao jurdica ou a

    autenticidade ou falsidade de um documento.

    Est prevista no art. 4. do CPC:

    Art. 4o O interesse do autor pode limitar-se declarao:

    I - da existncia ou da inexistncia de relao jurdica;

    II - da autenticidade ou falsidade de documento.

    Pargrafo nico. admissvel a ao declaratria, ainda que tenha ocorrido a violao

    do direito.

    Declarar tornar claro. Apenas se revela o que j existe.

    Ex: investigao de paternidade. A parte j pai, apenas se vai revelar essa situao.

    Ex: usucapio.

    A tutela declaratria pode ser utilizada mesmo que haja violao ao direito.

    o caso clssico de Clarisse Herzog, onde a esposa de Vladimir Herzog s queria a

    responsabilizao da responsabilidade da Unio.

    b) tutela constitutiva:

    Tem por objetivo constituir, desconstituir, conservar ou modificar uma relao jurdica.

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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010Pontes de Miranda afirmava que em algum momento o mundo jurdico era modificado.

    Significa alterar, criar, extinguir ou conservar uma relao jurdica.

    Ex: separao judicial; renovatria de locao;

    c) tutela condenatria:

    Tem por objetivo determinar o pagamento de uma quantia. Condenar vem de

    condenare, que significa uma resposta ao dano, que era feita em dinheiro.

    A execuo ocorre na forma do artigo 475-J, que recebe o nome de cumprimento de

    sentena. No mais processo autnomo, mas ainda se chama execuo.

    d) tutela mandamental:

    Tem por objetivo a expedio de uma ordem para que algum faa ou deixe de fazeralguma coisa.

    A tutela mandamental uma expedio de ordem para um fazer ou no fazer, recaindo

    em uma dessas duas obrigaes.

    Ex: Mandado de segurana; habeas data; qualquer ao cujo objetivo seja o

    cumprimento de obrigao de fazer ou no fazer.

    A execuo da tutela mandamental ocorre na forma do art. 461 do CPC, que trata das

    tutelas especficas de obrigaes de fazer e no fazer, ou seja, a prpria tutela

    mandamental.

    O art. 461 prev uma execuo, j que traz uma forma de cumprimento da obrigao.

    Existem basicamente dois meios de execuo, que so a coero e a sub-rogao.

    A astreinte, a priso civil so um exemplo de coero

    Na sub-rogao o Estado faz o que o executado deveria fazer.

    Ex: penhora, porque o Estado penhora, depois aliena e entrega o dinheiro ao

    exequente; busca e apreenso.

    Quando a execuo ocorre por meio de coero chamada de execuo indireta.

    Antigamente isso no era achado como execuo.

    J quando a execuo ocorre por sub-rogao a execuo direta.

    O art. 461 do CPC prev os dois meios de execuo, ou seja, tem coero e sub-

    rogao.

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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010

    Traz a previso da multa coercitiva e tambm autoriza o juiz a tomar vrias medidas,

    como remoo de pessoas ou coisas, desfazimento de obras, so casos tpicos de sub-

    rogao.

    Assim, no verdadeiro que a execuo da tutela mandamental s feita mediante

    coero. Era assim, hoje no mais.

    A tutela inibitria uma espcie de tutela mandamental. Tem por objetivo evitar a

    prtica, a repetio ou a continuao de um ilcito. uma tutela voltada para o futuro,

    para evitar que o ilcito ocorra, que ele se repita ou que volte a ocorrer. No tem

    qualquer fim de ressarcimento.

    Ex: MS preventivo; interdito proibitrio.

    Pontes de Miranda dizia que as aes eram remdios; a inibitria uma vacina. Tem

    por objetivo evitar o ilcito e no o dano.

    Ex: Marinoni afirma que se houver venda de medicamento que proibida por lei. Pode

    ser que esse medicamento no cause nenhum dano, mas haver um ilcito.

    Nas tutelas inibitrias no se discute culpa ou dolo, os quais so elementos de

    reparao do dano, pouco importando na anlise da inibitria.

    A tutela inibitria extrada do art. 5., XXXV da CF e art. 461 do CPC:

    XXXV - a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito;

    Art. 461. Na ao que tenha por objeto o cumprimento de obrigao de fazer ou no

    fazer, o juiz conceder a tutela especfica da obrigao ou, se procedente o pedido,

    determinar providncias que assegurem o resultado prtico equivalente ao do

    adimplemento. (Redao dada pela Lei n 8.952, de 1994)

    e) executiva lato sensu:

    Tem por objetivo determinar a entrega de uma coisa. Incide sobre a entrega de coisa.

    Ex: despejo; reintegrao de posse; qualquer ao para a entrega de coisa.

    A tutela executiva lato sensu ocorre basicamente na forma do art. 461-A:

    Art. 461-A. Na ao que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a

    tutela especfica, fixar o prazo para o cumprimento da obrigao. (Includo pela Lei n

    10.444, de 2002)

    Isso porque esse dispositivo trata da tutela especfica da entrega de coisa.

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8952.htm#art461http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10444.htm#art461ahttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10444.htm#art461ahttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8952.htm#art461http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10444.htm#art461ahttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10444.htm#art461a
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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010Esse artigo se utiliza tanto de coero como de sub-rogao. Isso porque permite a

    aplicao de multa peridica, bem como fornece o juiz prazo para a entrega da coisa e

    no sendo esta entregue, expedido mandado de imisso na posse ou de busca e

    apreenso.

    Portanto, na entrega de coisa em tutelas executivas lato sensu, h tanto a execuo

    direta como indireta. Antigamente, s havia execuo direta. E tem o nome de lato

    sensu porque permite as duas formas de execuo, direta e indireta.

    - tutela executiva:

    - tutela cautelar:

    Art. 475-N. So ttulos executivos judiciais: (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)I a sentena proferida no processo civil que reconhea a existncia de obrigao de

    fazer, no fazer, entregar coisa ou pagar quantia; (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    Esse dispositivo incluiu a sentena mandamental (fazer e no fazer) e a sentena

    executiva lato sensu (entrega de coisa).

    Para os autores que adotam a classificao ternria, a tutela condenatria inclui o

    fazer, no fazer, entregar coisa e pagar quantia.

    A classificao quinaria a mais adotada hoje.

    No momento em que se diz que a sentena que reconhea a existncia de obrigao,

    o art. 475-N inclui tambm as sentenas declaratrias e constitutivas.

    Ex: O STJ vem admitindo que a sentena que declara o direito compensao,

    possvel que a parte tenha o direito a receber alguma quantia. o chamado efeito

    anexo da sentena. Nesse caso, no necessrio que se promova uma ao

    condenatria para condenar o ru a pagar a quantia.

    Logo, basta que a sentena declaratria seja executada, na forma do art. 475-J.

    Ex: A ao declaratria dplice, ou seja, se o juiz julga a ao improcedente, tal

    equivale procedncia da ao para o ru. Se se promove uma declaratria de

    existncia de relao jurdica e o juiz julga improcedente, logo, improcedente a

    relao.

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
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    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010Na prtica a parte promove uma declaratria de inexistncia de dbito, que na verdade

    uma declaratria de inexistncia de relao jurdica. Se o juiz julgar improcedente,

    o mesmo que dizer que existe o dbito, ou seja, que o ru tem um crdito. O juiz criou

    um ttulo executivo para que o ru possa executar.

    No caso da consignao de pagamento julgada improcedente, o juiz pode at dizer

    qual o valor devido.

    Cria-se um ttulo executivo para o ru.

    Mas importante ressaltar que nem todos os autores so unnimes.

    Ex: ao para anular uma compra e venda. Anulada a compra e venda, no mais h

    necessidade de se interpor uma ao para pleitear a entrega do imvel. A sentena

    constitutiva nesse caso basta ser executada na forma do art. 461-A.Ex: Ao rescisria de sentena que j foi executada. Sendo julgada procedente, no

    mais h necessidade de se interpor uma ao para pleitear a devoluo do dinheiro.

    Assim, o art. 475-N, I permitiu a execuo de sentenas declaratrias e constitutivas.

    Toda vez que tiverem o direito de prestao como efeito anexo, pode-se simplesmente

    execut-las.

    Hoje, essa tese vem sendo defendida pela maioria da doutrina. Defendem essa tese

    Teori Zavascki, Fredie Didier, Jos Miguel Garcia Medina, Marcelo Abelha Rodrigues,

    Ernani Fidlis, Carlos Alberto Carmona e Athos Gusmo Carneiro.

    Contra: Ada Grinover, Araken de Assis, Alexandre Cmara.

    Esse dispositivo tem um vcio de inconstitucionalidade de forma, pois foi alterado pelo

    Senado e no voltou para a Cmara.

    O Professor entende que o dispositivo pode ser aplicado porque h um direito

    fundamental jurisdio efetiva.

    Os arts. 461 e 461-A dizem que o autor basta requerer a tutela especfica, ou seja, a

    tutela n natura. O juiz tenta, em primeiro lugar, a tutela especfica. Se for impossvel a

    tutela especfica, o juiz tenta o resultado prtico equivalente. Pode, inclusive, fazer de

    ofcio.

    Se no for possvel o resultado prtico equivalente, acaba em perdas e danos.

    O juiz pode tomar essas providncias mesmo aps o trnsito em julgado. Assim, o juiz

    no encerra o seu ofcio com a publicao da sentena.

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    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010Para obter a tutela especfica ou o resultado prtico equivalente, o juiz pode aplicar

    diversas medidas, inclusive de ofcio. Essas medidas que so mencionadas no art. 461

    so meramente exemplificativas.

    Ex: multa coercitiva; busca e apreenso; desfazimento de obras etc.

    O STJ inclusive tem admitido o bloqueio de contas pblicas como medidas coercitivas

    nas aes que o Estado deve fornecer medicamentos. H quem chame de seqestro

    humanitrio.

    Isso quer dizer que a ideia de que o juiz s pode agir de ofcio, aqui relativizada, ou

    seja, est relativizado o princpio da congruncia, j que pode determinar diversas

    medidas de ofcio.

    Daniel Mitidiero afirma que o Cdigo Buzaid foi revogado em 1994, quando surgiram osarts. 461 e 461-A, porque protegem outros bens que no s o dinheiro.

    Tambm merece comentrio o art. 475-N, V:

    Art. 475-N. So ttulos executivos judiciais: (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    V o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente; (Includo

    pela Lei n 11.232, de 2005)

    Esse dispositivo permitiu que as partes faam um acordo e o levem para que o juiz

    apenas homologue, sem que haja antes um processo. Esse acordo homologado, se

    descumprido, deve ser executado na forma do art. 475-J.

    J havia essa previso na Lei dos Juizados, mas o valor era limitado a quarenta salrios

    mnimos.

    Na verdade, h aqui um procedimento de jurisdio voluntria, no havendo partes,

    mas sim interessados, devendo ser aplicados os arts. 1.103 a 1.111 do CPC.

    Antes, muitos juzes extinguiam esses feitos por falta de interesse de agir das partes,

    razo pela qual, inclusive, foi criado esse dispositivo.

    Competncia para o cumprimento de sentena:

    Est prevista no art. 475-P do CPC:

    Art. 475-P. O cumprimento da sentena efetuar-se- perante: (Includo pela Lei n

    11.232, de 2005)

    I os tribunais, nas causas de sua competncia originria; (Includo pela Lei n 11.232,

    de 2005)

    II o juzo que processou a causa no primeiro grau de jurisdio; (Includo pela Lei n

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 201011.232, de 2005)

    III o juzo cvel competente, quando se tratar de sentena penal condenatria, de

    sentena arbitral ou de sentena estrangeira. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    Pargrafo nico. No caso do inciso II do caput deste artigo, o exeqente poder optar

    pelo juzo do local onde se encontram bens sujeitos expropriao ou pelo do atual

    domiclio do executado, casos em que a remessa dos autos do processo ser solicitada

    ao juzo de origem. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    Art. 475-P. O cumprimento da sentena efetuar-se- perante: (Includo pela Lei n

    11.232, de 2005)

    I os tribunais, nas causas de sua competncia originria; (Includo pela Lei n 11.232,

    de 2005)

    Antes da reforma do CPC, o inciso I dizia que a competncia era dos Tribunais

    Superiores, o que um equvoco. Ora, se o Tribunal julga um recurso, a competncia

    para a execuo de primeira instncia.

    Na prtica, o Tribunal delega atribuies para a prtica de atos executivos ao juiz da

    comarca. o que reza a CF, no art. 102, I, m.

    Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da

    Constituio, cabendo-lhe:

    I - processar e julgar, originariamente:

    m) a execuo de sentena nas causas de sua competncia originria, facultada a

    delegao de atribuies para a prtica de atos processuais;

    Embora o dispositivo fale do STF, pacfico que todos os Tribunais podem se valer

    desse dispositivo.

    Art. 475-P. O cumprimento da sentena efetuar-se- perante: (Includo pela Lei n

    11.232, de 2005)

    II o juzo que processou a causa no primeiro grau de jurisdio; (Includo pela Lei n

    11.232, de 2005)

    Anteriormente, estava escrito que a competncia era o juzo que sentenciou em

    primeiro grau. Mas a mesma coisa, ou seja, o juzo da causa quem executa.

    Esse inciso II se conecta com o pargrafo nico do art. 475-P, que diz o seguinte:

    Pargrafo nico. No caso do inciso II do caput deste artigo, o exeqente poder

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010optar pelo juzo do local onde se encontram bens sujeitos expropriao ou

    pelo do atual domiclio do executado, casos em que a remessa dos autos do

    processo ser solicitada ao juzo de origem.(Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    Na prtica, o exeqente pode optar pelo juzo da causa, mas tambm pelo foro que

    tenha bens penhorveis ou ainda o foro do atual domiclio do executado. Esse

    dispositivo copia de outro contido no CPC da Itlia.

    Art. 475-P. O cumprimento da sentena efetuar-se- perante: (Includo pela Lei n

    11.232, de 2005)

    III o juzo cvel competente, quando se tratar de sentena penal condenatria, de

    sentena arbitral ou de sentena estrangeira. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    Como no houve uma fase anterior de conhecimento, a competncia ser semelhante

    a de uma ao de conhecimento. Devem ser seguidas as regras dos arts. 94 a 100 do

    CPC.

    No caso da sentena estrangeira, devidamente homologada pelo STJ, a execuo

    ocorrer na JF de primeiro grau. o que reza o art. 109, X da CF:

    Art. 109. Aos juzes federais compete processar e julgar:

    X - os crimes de ingresso ou permanncia irregular de estrangeiro, a execuo de carta

    rogatria, aps o "exequatur", e de sentena estrangeira, aps a homologao, as

    causas referentes nacionalidade, inclusive a respectiva opo, e naturalizao;

    H algumas questes polemicas acerca da competncia prevista no art. 475-P.

    Se a parte requerer a remessa dos autos para o foro em que o executado tenha bens

    penhorveis, no pode o juiz se recusar a remet-los, a no ser que no seja o caso

    especfico, que no aquele previsto no pargrafo nico do art. 475-P do CPC.

    Assim, configurados os casos previstos nos pargrafo nico do CPC, direito do

    exeqente que sejam os autos enviados.

    Se a execuo tiver incio perante o juiz que processou a causa e no tiverem sido

    encontrados bens penhorveis. Nesse caso, ainda se pode requerer a remessa dos

    autos para o foro onde se encontrem bens penhorveis?

    Cssio Scarpinella Bueno entende que sim. Isso porque a li no fala qual o momento

    em que se deve requerer a remessa. Assim, mesmo que j se tenha tentado realizar a

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010penhora, no sendo encontrados os bens, possvel a remessa dos autos ao foro onde

    se encontrem bens penhorveis.

    A regra do pargrafo nico do artigo 475-P se aplica execuo de ttulo executivo

    extrajudicial? Pode-se promover essa execuo no local onde haja bens penhorveis?

    Hoje, tem sido cada vez mais freqente os autores falarem que h um dialogo entre as

    fontes (dilogo de recprocas influncias), ou seja, entre as normas da execuo de

    ttulo judicial e extrajudicial. Tudo isso em nome do direito fundamental a uma

    jurisdio efetiva.

    Em razo disso, o pargrafo nico pode ser aplicado no caso da execuo de ttulo

    extrajudicial. Tambm a posio de Cssio Scarpinella Bueno.

    Imagine que haja um litisconsrcio passivo entre a Unio e um particular.

    Evidentemente, a fase de conhecimento se deu na JF. Se o juiz condenar apenas o

    particular, a execuo ocorrer na JF ou na Justia Estadual?

    Tem prevalecido o entendimento de que a execuo ocorre na justia estadual.

    Isso porque prevalece a CF ante o CPC. O art. 109 prev as causas da competncia da

    justia federal e como a Unio no ser parte na execuo, esta ocorrer na justia

    estadual.

    Antigamente, a execuo de ttulo judicial era um novo processo.

    Poder-se-ia levantar a tese de que a execuo hoje no mais um processo autnomo,

    logo a Unio foi parte no processo. Antigamente, a Unio no seria parte, mas hoje sim.

    No poderia, pois, a execuo ser feita na justia estadual. Embora seja louvvel o

    entendimento, prevalece a tese de que a competncia, nesse caso, seja da justia

    estadual.

    Execuo provisria:

    Terminologia:

    H um erro nessa terminologia. Na verdade, no a execuo que provisria, mas

    sim a deciso executada que provisria. Seria, assim, uma execuo de deciso

    provisria.

    Natureza jurdica da execuo provisria:

    Antigamente, se dizia que tinha natureza de tutela cautelar. Agora, tem-se dito que

    tem natureza de tutela antecipada, ou seja, uma antecipao da prpria execuo.

    Arruda Alvim diz que se precipita no tempo a execuo em que normal ocorreria.

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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010Antigamente, se dizia que era cautelar porque parava na penhora, ou seja, garantia o

    direito, sem, no entanto, satisfaz-lo.

    Assim, nem toda tutela antecipada deciso interlocutria.

    Execuo provisria e natureza da tutela jurisdicional:

    S ocorre execuo provisria de sentena condenatria? No, qualquer sentena pode

    se submeter a uma execuo provisria.

    Ex: a sentena que concede a segurana, no MS, mandamental e a apelao s tem

    efeito devolutivo. Portanto, se submete a uma execuo provisria. Logo, so aplicadas

    as normas da execuo provisria, art. 475-O.

    Ex: sentena que decreta a interdio, que considerada constitutiva.Ex: sentena que decreta o despejo, que executiva lato sensu, mas pode ser

    executada provisoriamente, j que a apelao s recebida com efeito devolutivo.

    Assim, pouco importa a natureza da tutela. Sendo o recurso recebido apenas com

    efeito devolutivo, pode a sentena ser executada provisoriamente.

    Sistemtica da execuo provisria:

    Se houver um ttulo executivo extrajudicial ou um pronunciamento jurisdicional com

    trnsito em julgado, a execuo ser definitiva.

    Mas se houver um pronunciamento jurisdicional sujeito a recurso, recebido apenas no

    efeito devolutivo, a execuo ser provisria.

    possvel a execuo provisria de ttulo extrajudicial? Suponha que foi proposta uma

    execuo de ttulo extrajudicial, ou seja, h uma execuo definitiva. Proposta essa

    execuo, o executado apresenta embargos. Estes no mais so dotados de efeitos

    suspensivo ex lege, devendo ser requerido pela parte, podendo o juiz conceder ou no.

    Imagine que o juiz concede o efeito suspensivo. Depois de certo tempo, os embargos

    so julgados improcedentes, cabendo, pois, apelao. Essa apelao da sentena que

    julgou os embargos recebida apenas no efeito devolutivo (art. 520, V do CPC).

    Significa dizer que a sentena dos embargos j produzir efeitos. Logo, a execuo

    voltar a correr, j que estava suspensa. A execuo tem reincio de forma definitiva ou

    provisria.

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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010A smula 317 do STJ trata desse tema.

    Smula 317 definitiva a execuo de ttulo extrajudicial, ainda que pendente

    apelao contra sentena que julgue improcedentes os embargos.

    Se a apelao for julgada procedente, cabe a parte indenizar a outra que interps os

    embargos.

    Porm, essa smula sofreu um revs com a reforma do CPC. O art. 587 do CPC foi

    alterado, dizendo o seguinte:

    Art. 587. definitiva a execuo fundada em ttulo extrajudicial; provisria

    enquanto pendente apelao da sentena de improcedncia dos embargos do

    executado, quando recebidos com efeito suspensivo (art. 739).(Redao dada

    pela Lei n 11.382, de 2006).

    Ao contrrio do que diz a smula 317, o art. 587 prev que a execuo volta a correr

    de forma provisria, se os embargos forem recebidos com efeito suspensivo.

    Essa mudana trazida pelo art. 587 absurda. Quando se tinha um ttulo executivo

    extrajudicial, a execuo era definitiva. No houve qualquer restrio quanto

    execuo. Agora, h um ttulo extrajudicial e uma sentena a favor do exequente, que

    a sentena que rejeitou os embargos. Mesmo assim, pelo CPC, a execuo continua

    provisria. Antes, a parte s tinha um ttulo e a execuo era definitiva. Agora, quando

    o juiz diz que o ttulo certo, a execuo definitiva?

    Nesse caso, no se pode exigir, por exemplo, cauo. Ora, quando da interposio da

    execuo, tal no era exigido, agora, quando se tem o ttulo e a sentena, no justo

    que se requeira a cauo.

    Se assim o , deve-se interpretar o art. 475-O. Isso porque esse dispositivo diz que a

    execuo provisria ser feita, no que couber, do mesmo modo que a definitiva.

    Determinadas coisas do art. 475-O no sero aplicadas. por isso que a cauo no se

    aplica nesse caso.

    Norma da execuo provisria:

    Art. 475-O. A execuo provisria da sentena far-se-, no que couber, do mesmo

    modo que a definitiva, observadas as seguintes normas: (Includo pela Lei n 11.232,

    de 2005)

    I corre por iniciativa, conta e responsabilidade do exeqente, que se obriga, se a

    sentena for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido; (Includo pela

    Lei n 11.232, de 2005)

    II fica sem efeito, sobrevindo acrdo que modifique ou anule a sentena objeto da

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11382.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11382.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11382.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11382.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010execuo, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidados eventuais prejuzos

    nos mesmos autos, por arbitramento; (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    III o levantamento de depsito em dinheiro e a prtica de atos que

    importem alienao de propriedade ou dos quais possa resultar grave dano

    ao executado dependem de cauo suficiente e idnea, arbitrada de plano

    pelo juiz e prestada nos prprios autos. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    1o No caso do inciso II do caput deste artigo, se a sentena provisria for modificada

    ou anulada apenas em parte, somente nesta ficar sem efeito a execuo. (Includo

    pela Lei n 11.232, de 2005)

    2o A cauo a que se refere o inciso III do caput deste artigo poder ser dispensada:

    (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    I quando, nos casos de crdito de natureza alimentar ou decorrente de ato ilcito, ato limite de sessenta vezes o valor do salrio-mnimo, o exeqente demonstrar situao

    de necessidade; (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    II nos casos de execuo provisria em que penda agravo de instrumento

    junto ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justia (art.

    544), salvo quando da dispensa possa manifestamente resultar risco de grave

    dano, de difcil ou incerta reparao. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    3o Ao requerer a execuo provisria, o exeqente instruir a petio com cpias

    autenticadas das seguintes peas do processo, podendo o advogado valer-se do

    disposto na parte final do art. 544, 1o: (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    I sentena ou acrdo exeqendo; (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    II certido de interposio do recurso no dotado de efeito suspensivo; (Includo pela

    Lei n 11.232, de 2005)

    III procuraes outorgadas pelas partes; (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    IV deciso de habilitao, se for o caso; (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    V facultativamente, outras peas processuais que o exeqente considere necessrias.

    (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    O inciso I do art. 475-O trata da chamada responsabilidade objetiva do exequente.

    Significa que ningum obriga o credor a executar provisoriamente, fazendo-o se quiser.

    Se perder posteriormente, h um evidente prejuzo ao executado, razo porque deve

    ser indenizado. Esse ressarcimento ser feito de forma objetiva, independentemente

    de culpa.

    Art. 475-O. A execuo provisria da sentena far-se-, no que couber, do mesmo

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010modo que a definitiva, observadas as seguintes normas: (Includo pela Lei n 11.232,

    de 2005)

    II fica sem efeito, sobrevindo acrdo que modifique ou anule a sentena objeto da

    execuo, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidados eventuais prejuzos

    nos mesmos autos, por arbitramento; (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    Se houver modificao ou anulao da deciso, a execuo ficar sem efeito. As partes

    devem ser restitudas ao estado anterior.

    Antes se dizia que as coisas seriam restitudas ao estado anterior. Agora, as partes

    devem ser restitudas. Isso faz muita diferena.

    Na restituio das coisas, eventual alienao teria que ser desfeita. Mas se as partes

    forem restitudas, basta que haja a indenizao, sem que as coisas tenham que serdesfeitas, como a arrematao ou alienao, por exemplo.

    A liquidao deve ser feita nos mesmos autos e por arbitramento. Mas o legislador no

    precisa ter dito que era por arbitramento, porque pode tambm ser feita por artigos.

    Ex: imagine que o executado deixou de fechar um negcio em razo da execuo. Isso

    se caracteriza como fato novo, logo a execuo poderia ser feito por artigos e no por

    arbitramento.

    Malgrado o CPC diga que a liquidao s possa ser feita por arbitramento, tambm

    pode ser feita por artigos.

    O 1. do art. 475-O diz o seguinte:

    1o No caso do inciso II do caput deste artigo, se a sentena provisria for modificada

    ou anulada apenas em parte, somente nesta ficar sem efeito a execuo. (Includo

    pela Lei n 11.232, de 2005)

    Tal pargrafo totalmente desprezvel, porque bvio.

    Art. 475-O. A execuo provisria da sentena far-se-, no que couber, do mesmo

    modo que a definitiva, observadas as seguintes normas: (Includo pela Lei n 11.232,

    de 2005)

    III o levantamento de depsito em dinheiro e a prtica de atos que importem

    alienao de propriedade ou dos quais possa resultar grave dano ao executado

    dependem de cauo suficiente e idnea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos

    prprios autos. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010

    Antigamente, a execuo provisria parava na penhora, o que no mais

    ocorre. Prova disso esse dispositivo.

    No , pois, necessrio mais se fazer uma cautelar de cauo, podendo ser prestada

    nos prprios autos, sem maiores especificidades.

    Diz o dispositivo que se houver levantamento de depsito em dinheiro ou alienao de

    propriedade ou ainda se houver atos que possam resultar em graves danos ao

    executado, pode o juiz requerer cauo idnea.

    O juiz no tem que exigir a cauo como requisito da execuo provisria, s havendonos casos acima especificados. Inclusive, o STJ entende que o momento de se exigir a

    cauo quando surgem uma dessas situaes.

    O 2. diz os casos que se pode dispensar cauo:

    2o A cauo a que se refere o inciso III do caput deste artigo poder ser dispensada:

    (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    I quando, nos casos de crdito de natureza alimentar ou decorrente de ato

    ilcito,at o limite de sessenta vezes o valor do salrio-mnimo, o exeqente

    demonstrar situao de necessidade; (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    II nos casos de execuo provisria em que penda agravo de instrumento junto ao

    Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justia (art. 544), salvo quando

    da dispensa possa manifestamente resultar risco de grave dano, de difcil ou

    incerta reparao. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    A doutrina diz que esse dispositivo deve ser interpretado de forma flexvel. Se o

    exeqente for beneficirio da justia gratuita, no h necessidade de que sejam

    exigidos todos os requisitos, ou seja, so os requisitos alternativos e no aditivos.

    O inciso II traz a seguinte situao:

    O RESP e o RE so dirigidos aos Presidentes ou Vice do Tribunal a quo. Faz o juzo de

    admissibilidade do recurso. Pode dar ou negar seguimento. Negando seguimento, a

    parte pode interpor agravo de instrumento ao STJ ou STF, previsto no art. 544 do CPC.

    Tecnicamente, no agravo de instrumento. conhecido como agravo de despacho

    denegatrio.

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL IIIntensivo II

    Prof.Rodrigo da Cunha_______________________________________________________________________________________________________ 2010Quando esse agravo do art. 544 interposto, a chance da parte ganhar pequena.

    Nesse caso, pode ser dispensada a cauo na execuo provisria. como se o

    legislador dissesse: pode fazer a execuo como definitiva porque o executado

    sucumbir. Mas tudo isso para desestimular a interposio de RE e RESPs.

    A execuo provisria, para que ocorra, necessrio que seja extrada uma Carta de

    Sentena. So tiradas cpias das peas dos autos para que possa ser feita a execuo

    provisria. o que reza o 3. do art. 475-0:

    3o Ao requerer a execuo provisria, o exeqente instruir a petio com cpias

    autenticadas das seguintes peas do processo, podendo o advogado valer-se do

    disposto na parte final do art. 544, 1o: (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    I sentena ou acrdo exeqendo; (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)II certido de interposio do recurso no dotado de efeito suspensivo; (Includo pela

    Lei n 11.232, de 2005)

    III procuraes outorgadas pelas partes; (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    IV deciso de habilitao, se for o caso; (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    V facultativamente, outras peas processuais que o exeqente considere necessrias.

    (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

    Execuo provisria da tutela antecipada:

    Art. 273, 3.:

    3o A efetivao da tutela antecipada observar, no que couber e conforme sua

    natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, 4o e 5o, e 461-A.(Redao dada

    pela Lei n 10.444, de 2002).

    O art. 588 refere-se atualmente ao art. 475-O.

    Execuo da astreinte:

    Essa execuo provisria ou definitiva?

    Provisria enquanto no transitar em julgado. Na prtica, se depois a deciso for

    revertida, deve ser o executado indenizado.

    Mas h alguns autores que dizem que essa execuo definitiva, porque o exeqente

    est executando uma punio ao executado. Mas para o STJ, majoritariamente, a

    execuo provisria.

    Ora, a multa coercitiva, mas no punitiva, logo deve a execuo ser provisria.

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L1044