cópia de 015 manual sd-nos-e_voltas-equip_descida

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Vida Alheia e Riquezas SalvarM2 - 28

2. NÓS E VOLTASÉ de extrema importância o conhecimento de alguns nós, como executá-los e, também,

aonde aplicá-los. Lembre-se que um nó, provavelmente, será desatado após o emprego. Nãoficará nada bem, aplicarmos um nó que não consigamos desatar após sua utilização.

Dos diversos nós existentes, alguns são mais, comumente, usados no serviço deBombeiros.

2.1. Nós na Extremidade de um Cabo

2.1.1. Nó SimplesUsado para evitar que a extremidade de um

cabo se distorça, para formar um botão ou ainda, comoparte de outro nó.

Feitura: Formar um anel perto da extremidadedo cabo e passar o chicote por dentro do anel, puxando-o para apertar o nó.

2.1.2. Nó de FradeUsado para evitar que a extremidade de um

cabo escape de uma amarração ou de um anel. É,comumente, usado em operação com fateixa ou emescada de cordas.

Feitura: Formar um anel com o firme do cabo,passar o chicote em volta e por trás do firme e introduzí-lono anel de cima para baixo. Puxar a extremidade do chicote para apertar o nó.

2.1.3. Nó DireitoÉ empregado para unir cordas do mesmo diâmetro.

2.1.4. Nó TortoAssemelha-se à feitura do nó direito, deferenciado por não ficarem, na última fase, os

chicotes paralelos aos seus firmes.OBS.: Apresentam dificuldades no desatamento, após operação, não devendo ser utilizado.

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2.1.5. Nó de Escota SimplesÉ empregado para unir cordas de diâmetros diferentes.

2.1.6. Nó de Escota DuploO duplo é o de escota simples com mais uma volta do chicote, fornecendo maior segurança.

2.1.7. Nó de AboçoUtil izado para cargas pesadas e para unir amarras grossas ou cabos pesados. Ele

não aperta sob a ação de uma carga pesada.Feitura: Formar um anel num cabo, passar o chicote do outro cabo por baixo do firme

e por cima do chicote do cabo em que se formou o anel. Então, passar o chicote por baixode um lado fora do anel, por dentro do anel, por cima do firme do seu próprio cabo, parabaixo atravessando o anel e por baixo do outro lado do anel.

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2.2. Nós Alceados

2.2.1. Nó de Cabrestante ou "Lais de Guia"

Serve para fazer uma alça, que não apertaquando submetida a esforço e fácil de desatar.Usado, comumente, em salvamento de pessoas,é cognominado na Corporação como "Nó deSalvação".

2.2.2. Nó de Cabrestante DuploServe para formar uma "cadeira" improvisada, para descida ou subida de vítimas e,

ainda, em trabalhos onde o operador ficará suspenso. Para esta última aplicação deve-se usaruma tábua com encaixe à guisa de banco.

Feitura: Para fazer o nó decabrestante duplo, dobrar o chicote sobreo firme do cabo numa extensão de cercade três metros. Usando a alça assimformada com o novo chicote, fazer umnó de cabrestante, tal como ilustrado nafigura. Usa-se a alça do novo chicotepara suportar as costas, e as duas alçasrestantes para suportar as pernas.

2.2.3. Nó de AzelhaEmpregado, normalmente, para dar tensão às cordas, na

segurança, durante a transposição de obstáculos ou onde haja necessidadede uma alça que não corra num cabo.

2.2.4. Nó Balso pelo Seio

Empregado para fazer uma alça em qualquer ponto de um cabo ou, ainda, uma "cadeira"tal como no nó de cabrestanteduplo com exeção da alçapara as costas do usuário.Fácil de desatar e não cede.

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2.2.5. Volta do Fiel ou Nó de Barqueiro

Empregado para fixar uma corda no ponto de amarração.

2.2.6. Nó de CatauÉ empregado para diminuir o comprimento ou para isolar um

trecho coçado de uma corda.

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3. APARELHOS E TÉCNICAS DE DESCIDA EM CORDASSão utilizados diferentes equipamentos, e para cada qual uma técnica específica para

descida no plano vertical.Considerando-se dois aspectos fundamentais: o ponto de ancoragem e o meio de descida,

podemos utilizar uma gama de nós, cada um visando diferentes particularidades, mais tendo omesmo objetivo final. Esta atividade é realizada com uma corda de fibra sintética ( Nylon )trançada de 10 a 12 mm de diâmetro, sendo usado um aparelho de descida ( trava de salvação,aparelho oito, etc).

3.1. Aparelhos e Equipamentos de Descida

3.1.1. Cinto Cadeira

Feito de nylon de elevada resistência, possuindo alçaspara as pernas com fechos de engate e de desarme rápido.

3.1.2. Trava de SalvaçãoPeça construída em latão

ou bronze naval, possui afinalidade de proporcionar uma velocidade, relativamente, baixa econstante; quando da sua utilização em cabos de nylon sêda e poliésterpré-estirado de 10 mm.

3.1.3. Mosquetão (Mola de Segurança)Atuam como sistema de segurança com engate rápido,

servem ainda como freios de descida. Os mais recentes são deliga de duralumínio (de alta resistência a grandes esforços detração), podem vir a possuir resistência de 600 kgf a 2300 kgfno sentido transversal e de 1200 kgf a 5000 kgf no sentidolongitudinal.

3.1.4. Aparelho Oito

Util izado em cabos de diâmetro entre 10 e 16 mm,como o próprio nome sugere, possui o formato de um oito,constituído geralmente, em liga leve, possuindo tamanhosvariados, o que proporciona velocidades variadas.

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3.1.5. Aparelho Davy ou LiberatorConsiste de um tambor metálico, contendo em seu interior duas

sapatas que se expandem em direção à parede deste, por onde passaum cabo de aço (revestido, externamente, por nylon sêda) e unida nasextremidades (fechado), dentro do limite de operação de 150 kgf. Quantomaior o peso, menor será a velocidade.

3.1.6. Cabo para Descida (Corda)Quando utilizada para descida usando-se aparelhos, a corda deve ter as seguintes

características: leveza, boa flexibilidade, boa elasticidade, elevada carga de ruptura (1400 a 2000kgf), resistência ao atrito e diâmetro de 10 a 12 mm.

3.1.7. Luva de VaquetaSão necessárias nas operações de descida, pois evitam queimaduras nas mãos, devido

ao atrito da corda com estas.

3.2. Técnica de Descida com Aparelho "Três"Técnica utilizada, quando deseja-se executar descidas no plano vertical nos diversos

serviços de salvamento. O Aparelho "Três" é composto de: cinto cadeira, trava de salvação emola de segurança.

Depois de fazer a amarração de ancoragem, executar a colocação do cinto cadeira passando-se as alças por trás das coxas e predendo os olhais das mesmas, nos fechos, na parte da frente;colocar a mola de segurança no olhal da frente do cinto. Em seguida colocar a corda na trava desalvação, encaixando o olhal desta à mola de segurança, já presa ao cinto cadeira. Passar parafora da sacada e tomar a posição inicial para o começo da descida, segurando a corda com a mãodireita próximo a coxa. Flexione as pernas e estique-as empurrando o corpo para trás, de forna afazer um pêndulo, e com a mão do freio (direita) vá liberando a corda para ir descendo. Quantomais corda liberar, neste movimento, mais rápido será a descida.

3.3. Técnica de Descida com Aparelho OitoEssa técnica é a mesma utilizada na descida com o Aparelho "Três", porém a trava de

salvação é substituída pelo aparelho oito. Deve-se atentar para forma correta de colocar a cordano aparelho oito.

3.4. Técnica de Descida de RappelQuando for realizar a descida de uma encosta de declive moderado ou pequenas descidas,

o bombeiro poderá empregar a técnica denominada "Rappel", que consiste na utilização de umacorda, previamente, ancorada na parte superior do obstáculo.

3.4.1. Rappel Improvisado ou RápidoCom a frente voltada para o ponto de amarração, passar a corda por baixo das axilas, de

tal forma que o chicote seja empunhado pelo mão de frenagem. A outra mão segura o firme da

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corda e proporciona direção durante a descida.Para a descida, caminhar lateralmente sobre o declive. Quando necessário frear, levar a

mão de frenagem à frente do corpo e, simultaneamente, voltar-se na direção do firme da corda.

3.4.2. Rappel em S ou de Corpo (Clássico ou em Oito)Com a frente voltada para o ponto de amarração, passar a corda entre as pernas,

envolvendo uma das coxas; levá-la ao ombro oposto, passando à frente do peito; empunhar ochicote da corda com a mão de frenagem, que a do mesmo lado da perna envolvida; a outra mãosegura o firme da corda e proporciona direção e equilíbrio durante a descida.

Para a descida, a frente deve estar ligeiramente voltada para um lado, com a mão defrenagem sempre abaixo; os pés devem manter, entre si, um ângulo de 90º; as pernas devem serligeiramente flexionadas e separadas para dar estabilidade lateral, sendo que a envolvida pelacorda deve, sempre, estar abaixo da outra; as costas devem permanecer retas, a fim de reduzira fricção desnecessária.

A descida será executada por saltos ou caminhada.

3.5. Técnica de Descida com Aparelho Davy ou LiberatorEssa técnica é utilizada para descida de vítimas, sendo sua aplicação feita com um ponto

de ancoragem do lado de fora da janela, na extremidade da AEM ou um outro ponto favorável adescida.

Coloca-se o cinto na vítima, o qual encontra-se preso ao cabo de aço próximo ao aparelho,e inicia-se a descida. Pode-se colocar outro cinto no outro extremo do cabo de aço, pois a medidaque a vítima desce o outro cinto sobe. Quando a operação de descida termina, o cinto do ladooposto estará no ponto exato de descida no andar do salvamento, em um sistema contínuo de vai-e-vem.

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