copa do mundo garantiu “gols” para o setor

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ano 17 • edição 86 • junho 2014 • www.abiea.org.br informações sobre rótulos e etiquetas Associação Brasileira das Indústrias de Etiquetas Adesivas Entrevista desvenda os próximos passos da indústria mundial de liners Internacional: conheça a nova geração de sensores impressos Copa do Mundo garantiu “gols” para o setor Entre lançamentos e promoções, as indústrias se movimentaram para atender ao mercado verde e amarelo

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ano 17 • edição 86 • junho 2014 • www.abiea.org.br

informações sobre rótulos e etiquetas

Associação Brasileira dasIndústrias de Etiquetas Adesivas

Entrevista desvenda os próximos passos da

indústria mundial de liners

Internacional: conheça a nova geração de sensores impressos

Copa do Mundo garantiu “gols” para o setor

Entre lançamentos e promoções, as indústrias se movimentaram para atender ao mercado verde e amarelo

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Sumários

Expediente

CONSELHO DIRETIVO (2012-2014)Presidente - Francisco Sanches N. Neto - Adesão Etiquetas Ltda1º Vice - Sérgio Botteselli - Vision� ex Soluções Grá� cas2º Vice - Sérgio Mesquita - Makton Ind. de Auto Colantes Ltda3º Vice - Marcos Dybas - Delta Etiquetas Ltda4º Vice - Lázaro Gouveia - Impress Soluções1º Secretário - Gelson Tomita - Contiplan Ind. Grá� ca Ltda2º Secretário - Luiz Coube Tiliform Ltda1º Tesoureiro - Vanderlei Scalli - CCD Etiquetas2º Tesoureiro - Denis Piedade - DXD Com de Rótulos e Cosméticos Ltda DIRETORES SUPLENTES Paulo Andrade - Grafcola Etiquetas Adesivas LtdaJosé Carlos Drager - Multilabel do Brasil S/AAntonio Carlos Costa - Tyrex Mercantil e Industrial LtdaLuciano Bezerra - Aaron Ind de Rótulos e Etqs Adesivas S/AAlexandre Lodi - Maxcor Indústria de EtiquetasFernando Martins - Premium Flex Papéis LtdaLaércio Warmeling - Flexoprint Etiquetas LtdaLuiz Mayer - Etima Etiquetas LtdaDionisio Marianelli - Scribo Formulários Ltda CONSELHO FISCALEduardo Chéde - Art Print Color Adesivos LtdaCarlos Signei Souza - Projetik Brasil Ind e Comércio LtdaMarco Cabrini - Saint Paul Ind. e Comércio Ltda SUPLENTES CONSELHO FISCALDerli Krassuski - Master Print Auto ColantesRoberto Jaeger - Automação Rótulos e EtiquetasSandro Santos - Cromia Rótulos e Etiquetas Ltda

EDITORALiliam Benzi (Mtb 19.352) • [email protected]

REPORTAGEMRicardo Torres (Mtb 47.681) • [email protected]

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃOAlessandro Ziegler • [email protected]

COMERCIAL/TRÁFEGO PUBLICITÁRIOViviane Rafacho • [email protected]

IMPRESSÃO/TIRAGEMGrá� ca Vox Editora Ltda. - 5.000 exemplares

A revista O Auto-Adesivo é uma publicação bimestral da ABIEA(Associação Brasileira das Indústrias de Etiquetas Adesivas). A reprodução de qualquer matéria depende da aprovação prévia da entidade.

Rua Maestro Cardim, 377 – 11.° andar – conjuntos 114São Paulo – SP – CEP 01323-000Fone/Fax (11) 3288-0508 / (11) 3284-7247e-mail: [email protected]: www.abiea.org.br

Revista O Auto-Adesivo • Ano 17 Edição 86 • Junho de 2014

06 EntrevistaVisão de empresa global já está ultrapassada, diz consultor

08 Por Dentro da ABIEA

12 JurídicoSaldo de fundo de previdência privada não pode ser penhorado

14 Associado em FocoSun Chemical quer expandir atuação com produtos premium

16 CapaA bola rolou redonda no campo dos rótulos especiais

24 RegionalA trajetória de diversi� cação da Oliver Print

26 CaseA nova imagem dos garrafões de água

28 Internacional

30 Vitrine

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eEditoriale

Francisco Sanches NetoPresidente (biênio 2012/2014)

O positivismo está em alta

R ecentemente li um artigo do consultor e amigo da ABIEA, Thomas Caspary, que fa-lava do positivismo com o qual os empresários brasileiros estão administrando suas grá� cas e os bons resultados que a prática tem trazido. No início me questionei se a

a� rmação estava alinhada à vivência à frente de minha própria empresa e da entidade que reúne um número tão expressivo de convertedores de rótulos autoadesivos.

A resposta é SIM! Apesar de todos os percalços enfrentados em 2013 e neste início de ano que promete engrenar, mas se mostra mais vagaroso que o esperado, acho que nossa indús-tria só continua tendo voz porque estamos tocando nossos negócios com a ética de sempre e com a crença – in� nita – que podemos sempre fazer mais e melhor.

Diariamente vemos os empresários do setor buscando agregar valor ao seu negócio seja a partir de novos conceitos, visões, formas de fazer, de programar, monitorar e controlar resulta-dos, seja participando das diversas atividades que a ABIEA propõe em diversas áreas. O ponto em comum entre todos é que sempre buscam avaliar seu desempenho, pesar os pontos fortes e fracos e encontrar ferramentas que garantam sucesso.

E este sucesso não se aplica apenas aos produtos; cada dia mais vemos empresários preo-cupados em melhorar o nível dos serviços e, por tabela, de seus pro� ssionais, capacitando-os de acordo com as diretrizes da gestão moderna.

Tomo emprestado do artigo de Caspary este trecho: “ O empresário que pensa de for-ma positiva deve ter em mente, de forma clara, a importância de raciocinar sempre em di-reção a um crescimento sustentado e bem estruturado. Nunca deve esquecer também que as pessoas que trabalham com ele devem ter sua capacidade, habilidade e competência bem aproveitadas. É preciso colocar os pro� ssionais em áreas que sejam sua especialidade, aproveitando todo o seu talento e potencial, e promovendo a melhoria da produtividade”. Mas para que tudo isso aconteça, precisamos contar com líderes. Esta pluralidade de talentos também é trabalhada na ABIEA. Buscamos oferecer conteúdos para todos os públicos e, sem dúvida, em nosso evento maior, o Encontro Nacional de Convertedores, reunimos pro� ssio-nais de diversos elos da cadeia produtiva de autoadesivos e diferentes escalões.

Aproveito para convidar TODOS estes pro� ssionais a participarem do 14º Encontro Nacio-nal de Convertedores, agendado para agosto deste ano. O período deste, que é o maior e mais importante evento de nossa indústria, é uma verdadeira imersão nos assuntos do cotidiano das empresas, bem como uma oportunidade ímpar para networking e atualização de conhe-cimentos tecnológicos e mercadológicos. Buscamos interagir e criar uma interface positiva e frutífera com todos os elos da cadeia produtiva, do fornecedor de matéria-prima, equipamen-tos e insumos, ao mercado em geral a partir de nossos palestrantes.

A ABIEA já está trabalhando na organização de mais um mega Encontro e, em breve, to-dos receberão informações atualizadas e os convites para participarem. Como na última edi-ção, esperamos subsidiar a participação dos convertedores, nossos associados, a partir das verbas disponibilizadas pelos patrocinadores. Mas já podemos a� rmar que o evento fará toda a diferença neste ano mais lento, mas como a� rmou com propriedade Caspary em seu artigo, marcado pelo positivismo.

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Por Ricardo Torres

“O global já não é mais global”

Entrevistae

Corey Reardon, da AWA, avalia as transformações na indústria mundial de liner

A frase acima foi uma das que sintetizou com mais precisão o atual momento da indústria de

liner no mundo. Foi dita por Michael Apperson, CEO da fabricante Loparex, durante a AWA Global Release Liner In-dustry Conference and Exhibition, que ocorre todo ano com alternância entre Estados Unidos e Europa. Neste ano, o evento ocorreu em Amsterdã (Holan-da), entre 19 e 21 de março.

Para Corey Reardon, presidente e CEO da consultoria Alexander Watson Associates, que organizou o evento, o executivo se referiu ao fato de que a vi-são do global, que signifi ca ter escritórios

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ção/

AWA

Corey Reardon, presidente da consultoria AWA

Plateia da Conferência Global de Liner: crescimento de custos foi um dos principais temas

A consolidação e integração em to-dos os elos da cadeia produtiva. O que foram antes oito empresas são agora, em um curto período de tempo, ape-nas duas. O investimento em capacida-de continua nos mercados emergentes e, embora o crescimento no maior mer-cado do mundo para liners (região da Ásia-Pacífi co) esteja diminuindo, ainda é um importante impulsionador do crescimento global. Ela está crescen-do anualmente de duas a três vezes a taxa de mercado na América do Norte e Europa. Em todo o mundo o merca-do cresceu 4,7% em 2013 em relação ao ano anterior, com 48% da demanda

comerciais e produção fora da matriz, com tecnologias de mercados estabe-lecidos como Estados Unidos, Europa e Japão, já está ultrapassada. “A defi nição atual é uma combinação complexa des-tes requisitos básicos com um foco mui-to mais regional, no qual os produtos são também desenvolvidos, fabricados e comercializados de maneira a atender às necessidades do cliente local”, conta. Na entrevista abaixo, ele sintetiza outros pontos discutidos no evento.

O que defi ne, na sua visão, o seg-mento de release liner atualmente em todo o mundo?

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por release liner focada em etiquetas autoadesivas, das quais cerca de 80% é siliconizada nas próprias plantas.

Como os custos se comportaram ao longo de 2013?

Os custos cresceram nos últimos 12 meses em todos os aspectos: trans-portes, energia, custo trabalhista e insumos. E não há expectativa de que haja baixa nos custos nos próximos 12 meses. Na pesquisa que realizamos para o evento, notamos que havia uma pressão para deixar os custos fora da oferta de pro-dutos. Quando os pes-quisados foram ins-tados a comentar se eles concordam que a indústria de liner tem muita necessidade de alguma inovação, mais de 60% concor-daram, mas apontaram o que foi de-senvolvido nos últimos anos e onde se pode esperar mais novidades: rótulos e etiquetas linerless, sustentabilidade e programas de reciclagem.

A globalização auxilia no processo de desenvolvimento de inovações?

Durante o evento, o presidente da Ritrama, Tomas Rink, disse que a globalização também significa “espa-lhar o risco”. Mas nós precisamos ser globais em uma base local, porque cada lugar tem sua história. Na Ásia, por exemplo, os fornecedores locais são difíceis de bater. Já na América do Sul é mais complicado se adaptar à le-gislação local. Ele também disse que, atualmente, as inovações se tornam

commodities em semanas, não mais anos como era antes.

Onde exatamente é possível inovar?Quando falamos sobre inovação, a

conversa sempre parece ficar em torno da redução de custos. Mas o que esta-mos fazendo em termos de inovação

que não é focada em diminuir custos? Essa é a pergunta que temos de nos fazer. Executivos da indústria disseram no evento que estão buscando novos mercados de end users, como eletrôni-cos. Outra possibilidade é se envolver com o monitoramento de índices de sustentabilidade feitos pelo cliente e redução de tempo na linha de produ-ção. O liner está crescendo a taxas mais rápidas que o papel e, quando se tor-nar mais barato, vai substituir o papel.

Como os fornecedores de liners po-dem criar aplicações diferenciadas em um mercado tão competitivo?

A convertedora alemã Skanem AS enviou um representante ao evento, o gerente Alan Hazlewood. Ele disse que

70% do negócio da empresa são liga-dos a grandes corporações multimar-cas, que estão atrás de performance. Ele mencionou que as soluções dispo-níveis hoje incluem glassine, PE, e o re-lativamente novo PP. O glassine é mui-to confiável e não se vê muitos motivos para abandoná-lo, mas há dúvidas so-

bre se há disponibi-lidade suficiente de produto para atender às necessidades da indústria. O PE é mui-to suscetível aos pre-ços do petróleo, mas tem uma performan-ce já provada em apli-cações “no label look”. Já o uso de liners em PP proporciona redu-ção de custos, mas o material demonstrou até agora que são sensíveis ao calor, es-ticam em impressoras e sofrem alguns pro-blemas de posiciona-

mento dos rótulos e etiquetas.

Há outros setores para onde a in-dústria deveria olhar?

O setor médico é outro mercado importante para o liner. Mike Yates, da Smith & Nephew Extruded Films, mos-trou como eles colaboram com a base de filme de poliuretano para cuidados médicos profissionais ou pessoais. Liners, sejam plásticos ou de papel, contribuem com a estabilidade dimensional, con-sistência do produto, controle das pro-priedades de descolamento, resistência à temperatura, entre outros fatores. De maneira geral, redução de prazos de entrega e estabilidade em preços e na cadeia de produção são as principais de-mandas para fabricantes de liners.

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Por dentro daAssociação Brasileira das Indústrias de Etiquetas Adesivas (ABIEA)Rua Maestro Cardim, 377 - 11.º Andar - Cj. 114CEP 01323-000 – Paraíso – São Paulo (SP)Telefax: (11) 3288-0508/3284-7247

Feiras reforçam divulgação institucional

Neste primeiro semestre a ABIEA apoiou e apoiará as seguintes feiras:

n Minas Print Têxtil 24-26 Abril Expominas Belo Horizonte (MG) www.feirasminasprint.com.br

n Label Summit Latin America 14-15 Maio Hotel Intercontinental Medellin (Colômbia) www.labelsummit.com

n FCE Cosmetique 12-14 Maio Transamérica Expo Center (SP) www.fcecosmetique.com.br

n ExpoPrint Latin America 16-22 Julho Transamérica Expo Center (SP) www.expoprint.com.br

Em seu estande institucional nos eventos, a entidade forneceu informações sobre o mercado Brasileiro de autoadesivos, divulgou suas atividades e promoveu seus associados

Temas jurídicos discutidos no Café ABIEAO evento realizado em Março, no Hotel Mercure, em São Paulo, reuniu cerca de 20 empresários do setor. Ao todo foram quatro palestras jurídicas, que abordaram temas diversos como mudança na escrituração

das obrigações previdenciárias e trabalhistas (Leandro de Paula Souza), recuperação extrajudicial e judicial (Carlos Eduardo Inglesi) e reflexos da nova lei anticorrupção (Valter Ferreira Maia).

O Assessor Jurídico da ABIEA, Marcelo Fonseca Boaventura, focou suas palestras nas grandes perguntas do setor de rótulos e etiquetas como recolhimento de ICMS ou ISS, impostos com menor impacto no

orçamento das empresas, revisão de contratos bancários e direitos trabalhistas para empresas. Acompanhe a programação de eventos da ABIEA pelo site www.abiea.org.br.

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Fortaleza

Juliano (Eticola) e Sr. Eduardo Chede (diretor ABIEA)

Bahia

Road Show ABIEA 2014 na Bahia e CearáComo parte de sua estratégia de expansão regional, a ABIEA realizou em Abril dois Road Shows no Nordeste com a proposta de levar conhecimento para empresas localizadas fora do eixo Sul-Sudeste. O primeiro evento aconteceu no Auditório do Senai Cetind, em Lauro de Freitas, Bahia, e reuniu cerca de 25 participantes do setor. O segundo Road Show foi realizado na sede da Federação das Indústrias do Ceará, situada em Fortaleza, Ceará, e contou com a presença de aproximadamente de 20 participantes. A seguir o programa oferecido nos dois eventos e o registro de alguns momentos de confraternização e aprendizado. A ABIEA espera realizar novos Road Shows no segundo semestre de 2014. Acompanhe a programação pelo site www.abiea.org.br.

Programação do evento

13h00 Credenciamento

13h30 Boas-Vindas

13h50 Sistema de gestão com ênfase em custos e na formação do preço de venda (Zênite Sistemas)

14h40 Propriedades e vantagens das tintas UV (Global Inks)

15h30 Momento networking (Coffee Break)

16h00 Produtividade e qualidade da impressão flexográfica banda estreita (Kromia Label Press)

16h50 O autoadesivo na cadeia produtiva (Braga)

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Associação Brasileira das Indústrias de Etiquetas Adesivas (ABIEA)

Por dentro da

Prepare-se para o Encontro da ABIEA 2014!A ABIEA já está a pleno vapor com a organização do 14º Encontro Nacional de Convertedores. O evento, programado para OUTUBRO, deverá reunir cerca de 300 participantes e será realizado em um dos melhores resorts de São Paulo, o Tauá Hotel & Convention Atibaia. “A ideia é promover a interação entre todos os elos da cadeia produtiva de rótulos autoadesivos em um ambiente descontraído, mas sempre tendo em mente o aprimoramento do setor”, pontua Francisco Sanches Neto, empresário e Presidente da entidade.Realizado a cada dois anos, o Encontro Nacional da ABIEA será palco de outros dois importantes acontecimentos: a Posse do novo Presidente e Conselho para o biênio 2014/2016 e a Cerimônia de entrega do 4º Prêmio de Excelência ABIEA.

ABIEA lança oficialmente o14º Encontro Nacional deConvertedores de Rótulose Etiquetas Adesivas e o 4º Prêmio de Excelência

A ABIEA apresentou oficialmentepara a indústria de rótulos e etiquetasautoadesivas o projeto da 14ª edição do Encontro Nacional de Convertedores agendado para o período de 16 a 19 de Outubro de 2014. A apresentação, realizada em abril no Hotel Mercure, em São Paulo, também marcou o lançamento do 4º Prêmio de Excelência ABIEA. Como explica Francisco SanchesNeto, Presidente da ABIEA, “o objetivodeste Café da Manhã foi mostrar àsindústrias e potenciais patrocinadoreso potencial destes dois eventos paranetworking, valorização de produtose reforço de marca”. “Trata-se dos doismaiores e mais importantes eventosde nossa indústria e que, portanto,garantem uma grande visibilidade para os apoiadores e patrocinadores, além, é claro, de contribuir para a valorização dos rótulos e etiquetas autoadesivas.

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JurídicojPor Marcelo Fonseca Boaventura*

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Justi ça impede penhora de Plano de Previdência Privada para pagamento de dívidas

O saldo de fundo de previdência com-plementar privada de devedor não pode ser penhorado para o paga-

mento de dívidas. Esse foi o entendimento dos Ministros da 2ª Seção do Superior Tribu-nal de Justiça (STJ), órgão responsável por unificar, naquele tribunal, entendimentos divergentes.

O Superior Tribunal de Justiça deteminou o desbloqueio de previdência privada, por entender que os valores depositados não po-dem ser penhorados para o pagamento de dí-vidas, pois equivaleria a valores depositados a título de aposentadoria, elencada no art. 649, do Código de Processo Civil (CPC), como impenhorável.

Exceção apenas às situações em que a na-tureza previdenciária do plano é desvirtuada pelo participante, como exemplo, nos casos em que as provas do processo demonstrarem que o saldo da previdência privada comple-mentar será utilizada como mera aplicação, ou como fim de blindar o patrimônio do de-vedor. Nesses casos a impenhorabilidade se-ria afastada.

No processo julgado, a contribuição foi em PGBL (Plano Gerador de Benefícios Li-vres), quando o participante faz depósitos

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*Marcelo Fonseca Boaventura é mestre em Direito pela PUC/SP, conselheiro julgador do Conselho Municipal de Tributos de São Paulo, professor

universitário, advogado sócio do Boaventura & Takata Advogados e consultor jurídico da ABIEA.

periódicos e pode resgatar futura-mente em única parcela ou por meio de depósitos mensais.

A Ministra relatora do recurso ar-gumentou que nesses casos o parti-cipante adere ao plano para garantir o próprio padrão de vida ou de seus beneficiários para o futuro. Por isso, a permissão para resgate do valor não afasta a natureza previdenciária do fundo.

Essa decisão modificou o enten-dimento do próprio tribunal que descrevia que, pelo fato de nessa modalidade de previdência poder--se resgatar a integralidade dos de-

pósitos realizados, os valores depo-sitados em plano de previdência pri-vada não teria natureza alimentar, adquirindo, em vez disso, o caráter de poupança ou investimento, razão pela qual poderiam ser penhorados.

Específico ao saldo de depósi-to em PGBL, entendia-se que não ostentaria nítido caráter alimentar, constituindo aplicação financeira de longo prazo de natureza de pou-pança previdenciária, suscetível de penhora.

A decisão deve servir de prece-dente principalmente para diretores de empresas que tiveram seus saldos

de previdência privada bloqueados para garantir dívidas de suas em-presas. Também deve servir para im-plementar a contratação dos planos privados de previdência, pois não se-riam passível de apreensão no decor-rer da vida, salvaguardando ao deve-dor pelo menos sua aposentadoria.

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Associado em FocoaPor Ricardo Torres

Sem inibiçõesMesmo com o mercado comoditizado, Sun Chemical segue com persistência na intenção de crescer com soluções para autoadesivo

M uito se fala em comoditiza-ção de setores ou de linhas específi cas de produtos. Isso

ocorre quando determinado item é fabricado por diversas empresas, con-correntes entre si, em padrões de sofi s-ticação normalmente baixos e preços normalmente inferiores ao que há de mais avançado naquele segmento. Se por um lado isso possibilita que a indús-tria tenha à disposição um mix de solu-ções menos complexas e mais baratas, por outro deixa em segundo plano as inovações mais caras e complexas.

Todos os setores têm partes de suas cadeias produtivas dominadas por essa dinâmica e não é diferente com as tintas para impressão em banda es-treita, como as usadas em etiquetas e rótulos autoadesivos. Mas isso não ini-be a Sun Chemical do Brasil de apostar na evolução da preferência de parte do mercado para opções mais inovadoras de modo a fazer crescer seus negócios no Brasil. “Toda nova iniciativa tem seus percalços, sabemos que não é fá-cil entrar em um mercado com um pro-duto diferenciado. Ainda mais em um mercado tão comoditizado como este em que vivemos”, diz Cristina Barros, Key Account Manager da divisão Narrow Web & Metal Deco.

Cristina já nota, no entanto, que a indústria brasileira reconhece e bus-ca agregar valor a seus processos, por

conta da demanda por qualidade e cumprimento das legislações. “[As em-presas buscam oferecer] a seus clientes produtos globais que atendam a todos os requisitos que seus próprios clien-tes, também globais, em sua maioria, esperam”, avalia, complementando que questões como Baixa Migração, Contato Direto com Alimentos, Aten-dimento aos Regulamentos Europeus, FDA, ANVISA, e aos requisitos de brand owners como Nestlé e outros “são cru-ciais na Sun Chemical e fazem parte do portfólio de produtos”.

A multinacional, com matrizes glo-bais nos Estados Unidos e na Holanda, traz da Europa as tintas Flexo UV, Off set UV e Branco Serigráfi co que comerciali-zam no Brasil, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. “Todos os nossos produtos para impressão em banda estreita são fabricados na Europa, portanto, todos os recentes desenvolvimentos tecnológi-cos são transferidos em tempo real para o Brasil, mantendo nosso mercado em linha com a vanguarda da tecnologia em impressão de rótulos”, indica a executiva. O modelo se replica a toda a América La-tina, já que todos os produtos das linhas de impressão para banda estreita são fabricados na Europa e revendidos nas unidades locais. No Brasil, no entanto, a empresa dispõe de uma equipe de aten-dimento comercial, assistência técnica e um laboratório de desenvolvimentos.

O investimento no País está rela-cionado ao potencial que a empresa enxerga na atividade. “O setor de auto-adesivo no Brasil tem crescido e novos equipamentos e tecnologias têm sido a marca desta progressão”, conta Cris-tina. Na avaliação dela, o setor já de-manda produtos de alta complexidade e efi ciência, qualidade superior e exce-lente produtividade. “A Sun Chemical está entrando no mercado para aten-der à demanda e oferecer excelência em produtos e serviços”, defende.

A multinacional não revela núme-ros de faturamento, mas indica que o marketshare no Brasil está em cres-cimento. “Temos visto um crescente avanço neste setor, tanto por meio de novas tecnologias quanto em produ-ção e aumento da fatia de mercado entre os demais mercados de impres-são de que participamos”, diz Cristina. “A Sun Chemical está sempre atenta aos movimentos do mercado e busca, desta forma, abranger os mais diversos mercados, de forma a impulsionar o desenvolvimento tecnológico e cres-cimento do segmento na região”, com-plementa a executiva.

Os planos para 2014 envolvem a apresentação da oferta de produ-tos e serviços ao mercado brasileiro para aumentar o reconhecimento e a referência que os convertedores terão sobre as linhas de produtos de

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Para Cristina Barros, indústria brasileira reconhece importância de valor agregado

impressão da Sun Chemical. O foco segue em empresas com end users multinacionais. “A maioria das em-presas que atendemos possui gran-des clientes globais, com alto nível de exigência técnica e de segurança”, relata Cristina.

História de aquisições e fusõesA trajetória de evolução da indústria

de tintas no mundo remonta a 1818, quando uma das primeiras fabricantes (Lorilleux & Cie) surgiu em uma época em que as próprias gráficas preparavam suas tintas. A pioneira deu origem a diversas outras empresas, como a A.B.

Ansbacher e G. Siegle, que se fundiram e se tornaram a Ansbacher Siegle Company, e a Morrill Company, que se uniu a Eagle, Sigmund Ullman, Fuchs & Lang and American para formar a General PrintingInk (GPI) em 1928.

Fui justamente a GPI que adqui-riu a norte-americana Sun Chemi-cal and Colors em 1935, finalmente tornando-se Sun Chemical em 1945. A empresa então começou a expan-dir seu portfólio e seus tentáculos, adquirindo outras empresas nos Es-tados Unidos e Europa. Em 1969 pa-tenteou as tintas UV e no ano seguin-te lançou sua linha de tintas de base

água. Em 1987 a Sun Chemical foi adquirida pelo grupo Dainippon Ink and Chemicals (DIC). Depois de com-prar a divisão de tintas comerciais e de embalagem da Basf, em 1991, adquiriu outras empresas na Europa e América Latina e, em 1997, formou uma joint venture para formar a Ko-dak Polychrome Graphics. Em 2003 adquiriu o negócio de pigmentos or-gânicos da Bayer e nos anos seguin-tes construiu mais plantas no exte-rior e prosseguiu com as aquisições. No Brasil está baseada em Guarulhos (SP), de onde comanda a operação na América Latina.

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Capac

Unidos pelo MundialA Copa do Mundo Fifa também chegou aos rótulos promocionais, que já impactam positivamente os negócios dos convertedores e até aproximam rivais tradicionais

Por Ricardo Torres

Brasil e Argentina, com uma sonora goleada a favor da se-leção canarinho, era a final

desejada por todos os brasileiros que acompanharam a Copa do Mun-do Fifa de Futebol. Uma das maiores rivalidades mundiais do futebol foi criada ao longo dos anos com pas-sagens históricas que vão de sabota-gens de água a finais emocionantes como a da Copa América de 2004, que terminou nos pênaltis a favor do Brasil. A Argentina leva a melhor em títulos na Copa América e nas Olim-píadas, mas o Brasil segue como o maior campeão do mundo.

Como se vê, não é só no campo e nos estádios que os brasileiros, argen-tinos e povos do mundo todo respira-ram a Copa do Mundo. Mas tem um lo-cal onde se torce mesmo é pelo empa-te entre as duas seleções, pelo menos no que diz respeito à venda de cervejas especiais. É na tradicional cervejaria Bierland, de Blumenau (SC), que acaba de inovar com uma iniciativa que até lhes daria o direito de reivindicar um prêmio de fair play. Em parceria com a Cervejaria Antares, da Argentina, a companhia lançou uma cerveja exclu-

siva para a Copa do Mundo e batizou o projeto de “Unidos Pela Cerveja”. A intenção é transmitir a ideia de que a rivalidade entre brasileiros e argenti-nos realmente existe, mas se restringe apenas aos gramados de futebol. Fora do campo, todos podem ser bons ami-gos e tomarem a mesma cerveja.

De acordo com Rubens Dekee, sommelier de cervejas da Bierland, a ideia surgiu há dois anos, quando os sócios começaram a discutir a possibi-lidade de produzir cervejas de edição especial em colaboração com outras cervejarias. A intenção era a troca de experiências e uma forma de demons-trar ao mercado que a Bierland, mesmo após 10 anos de sua fundação, quer transmitir uma imagem jovem, dispos-ta a aprender e também compartilhar conhecimento. “Analisando outras ini-ciativas do gênero, percebemos que nenhuma cervejaria brasileira havia feito algo em colaboração com cerve-jarias sul-americanas e imaginamos que seria algo muito bacana, pois es-taríamos contribuindo para o fortaleci-mento do movimento da cerveja arte-sanal em nosso continente”, conta. Para ele, a partir daí foi inevitável lembrar

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Unidos pelo Mundial

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Rubens Dekee, da Bierland: Brasil e Argentina se unem pela cerveja

da Argentina e da eterna rivalidade nos campos. “Apresentamos nossa ideia aos amigos da Antares e eles adoraram e assim criamos o projeto ‘Unidos pela Cerveja’, que celebra a colaboração, a amizade, e a paixão de argentinos e brasileiros pelo futebol e pela cerveja”.

O rótulo, lançado recentemente e apresentado com exclusividade à revista O AutoAdesivo, é parte funda-mental de valorização da parceria. “O conceito fundamental do rótulo é a colaboração entre as duas cervejarias para criar uma cerveja única e especial, contendo ingredientes que represen-tam a nossa união. Do lado argentino está o lúpulo cultivado na Patagônia e do brasileiro o guaraná da Amazônia”, ressalta o sommelier. A Bierland então procurou juntar elementos que tra-duzem as principais características do projeto, como as cores das bandeiras da Argentina e do Brasil, os ingredien-tes e as marcas das cervejarias, além do selo que identifica o projeto ‘Unidos pela Cerveja’ em destaque. Outro as-pecto importante na concepção deste rótulo foi a decisão de não seguirmos a

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Capac

mesma linha criativa dos demais rótu-los da Bierland, procurando criar algo novo e diferente, reforçando o caráter comemorativo e de edição limitada.

A mesma cerveja foi produzida na Argentina e será distribuída lá pela An-tares. O rótulo não seguirá o mesmo formato, mas utilizará o mesmo con-ceito e os mesmos elementos aplica-dos na versão da Bierland. No país vi-zinho a maior parte da produção será vendida em barril por meio dos bares da Antares espalhados pelo país. “Já no Brasil faremos o contrário: a maior par-te será comercializada em garrafas de 600 ml a partir de nossos parceiros de distribuição em 12 diferentes Estados brasileiros, de modo que esta cerveja tenha condições de alcançar a maior parte do País”, indica Dekee.

Antes e depois da Copa do Mun-do, os rótulos especiais continuarão a fazer parte dos produtos Bierland. “Os rótulos especiais valorizam a marca e servem de oportunidade para explo-rarmos novas experiências junto aos

Com histórico de produtos promocionais, a Budweiser não fi cou de fora do Mundial 2014

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apreciadores de cervejas artesanais”, diz o empresário. Há alguns anos a Bierland já vem investindo em produ-tos especiais em escala comercial que se destacaram em seu Concurso Cerve-jeiro Caseiro Bierland, como a Bierland Bruxa, uma BelgianBlond Ale produ-zida em colaboração com os cervejei-ros Ronaldo Dutra e Rodrigo Tasca, de Florianópolis (SC), que conquistaram a medalha de ouro em 2012. Outra foi a recém lançada Bierland Oceânica, uma Witbier elaborada em parceria com Ra-fael Bertges e Caio Delgaudio, cervejei-ros caseiros de Niterói (RJ), vencedores do mesmo concurso em 2013.

Impactos positivos no Brasil...Em meio à acalorada discussão

sobre estádios atrasados e obras de mobilidade urbana que não saíram do papel, o empresariado antes declara-damente otimista com os impactos econômicos do Mundial hoje prefere discrição nos comentários em jornais e revistas de grande circulação. Mas

aproveita para apresentar novidades. “Em outras Copas sempre lançamos pro-dutos especiais e exclusivos da Mack Co-lor para os clientes e, neste ano, focamos em um novo mercado em que estamos investindo: o In mold label.”

A tecnologia permitiu à Mack Co-lor criar um álbum acrescido de um encarte adesivo com curiosidades dos Estados que sediarão o Mundial e co-pos com imagens que simbolizam es-tes locais. Tais inovações também cha-mam a atenção dos clientes. O fato de o Mundial ser realizado no Brasil nesta edição também traz impactos diferen-ciados. “Muitas empresas estão apro-veitando dessa oportunidade para mudarem a decoração de suas emba-lagens”, diz Fabiana.

O uso das marcas associadas ao evento traz uma preocupação extra: o respeito às normas impostas pela Fifa. “Nos preocupamos em treinar nos-sa equipe de vendas sobre as regras estabelecidas no manual da Copa do Mundo para que possamos orientar

é fato que, além do comércio, alguns setores industriais se beneficiarão das oportunidades criadas pelo evento.

Cervejas – e rótulos – são dois bons exemplos. “Naturalmente que, assim como tantas outras empresas, também procuramos aproveitar a oportunida-de para alavancar nossos negócios, mas principalmente de uma maneira que pudéssemos reforçar a mensagem de irmandade entre os povos, da im-portância da coletividade, e contribuir para o desenvolvimento da cultura da cerveja artesanal em nosso continen-te”, avalia Dekee, da Bierland.

A Mack Color é uma das converte-doras que mais aproveita os produtos sazonais ou promocionais, conforme detalha Fabiana Rossi, do Departamen-to de Marketing. A empresa estima que o período gere um faturamento 20% superior a épocas convencionais. “Para a Mack Color é simples trabalhar com pro-dutos sazonais, uma vez que atendemos esse mercado diariamente”, relata. E é justamente no período que a companhia

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nossos clientes do que se pode ou não se pode utilizar na comunicação de etiquetas e rótulos adesivos”, ressalta Fabiana. O mercado de licenciamento ganha força no Brasil, segundo a es-pecialista, principalmente em virtude de eventos esportivos, mas também em razão de itens ao público infanto--juvenil e campanhas sociais.

O legado da Copa aos conver-tedores será, na avaliação da Mack Color, o entendimento dos profi ssio-nais de criação de que a imaginação é infi nita na criação de materiais que utilizam etiquetas e rótulos adesivos. “Hoje existe uma variedade grande de substratos e acabamentos que podem agregar valor ao produto ou ao servi-ço”, pontua Fabiana.

Já no caso da CCRR, a estimativa de aumento de vendas chega a 30%. A demanda principal é por produtos gráfi cos em folhas, bobinas térmicas

e transtérmicas, produtos para rotula-gem e para movimentação de caixas e embalagens. “É claro que haverá im-pacto para nós. Mas como somos for-necedores de matérias-primas para os segmentos envolvidos na impressão de todo esse material de divulgação, campanhas publicitárias, brindes etc, fi camos na dependência das deman-das dos nossos clientes em especial e do mercado em geral”, conta Lúcia Fico, Coordenadora de Produtos do Grupo CCRR.

Para a Colacril e a RR Etiquetas, que compõem a CCRR Participações, eventos como a Copa não deixam um legado assim tão importante já que a inovação é busca diária e não só em épocas tão demandantes como ago-ra, segundo explica Lúcia. “Mas, mes-mo assim, sempre há algo mais a ser feito, para estarmos sempre atualiza-dos com produtos, processos e tec-

nologias. Um evento desse porte, que exige das gráfi cas produtos que satis-façam às imposições rigorosas da Fifa, provavelmente vá criar um padrão de qualidade que, embora aqui no Bra-sil já seja excelente, talvez se consiga melhorar ainda mais.”

O grupo já enxerga impactos po-sitivos do evento, principalmente nos Estados-sede, de maneira a suprir uma forte demanda por mais bens e servi-ços, principalmente de produtos gráfi -cos. Entre os exemplos, Lúcia cita ma-terial informativo sobre o evento, tu-rismo, publicidade de patrocinadores, cartões postais, brindes, campanhas promocionais e embalagens temáti-cas. “E o autoadesivo é um produto que tem tudo a ver com esse grande even-to. Há uma infi nidade de aplicações que podem utilizá-lo, como fi gurinhas para álbuns, bottons promocionais, bandeiras, entre outros, e isso com certeza irá aquecer o segmento.” Outro ramo que deve se benefi ciar é de eti-quetas para identifi cação, códigos de barra e ribbons para transferência tér-mica por conta do aumento do volume de movimentação de mercadorias.

A executiva da CCRR relembra que esta é a primeira Copa do Mundo no Brasil para muitas empresas. “E será uma experiência nova, que vai provo-car um impacto forte no mercado de consumo interno. Algumas pesquisas indicam um incremento acentuado nas vendas de produtos relacionados com eventos esportivos, como bebi-das e petiscos.” No caso do grupo, a previsão é de um incremento na utili-zação de produtos gráfi cos em folhas, em couché e BOPP, além de bobinas térmicas e transtérmicas para a im-pressão de dados variáveis no seg-mento do varejo. “Além disso, há toda a linha de produtos para rotulagem e

Lúcia Fico, do Grupo CCRR, denota impacto do evento na demanda por soluções autoadesivas

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para movimentação de caixas e em-balagens. Nossa aposta é que haverá um aumento na utilização desses ma-teriais da ordem de 30% durante esse período”, conta.

... e no exteriorOutra empresa que se beneficia do

âmbito da Copa do Mundo é a argenti-na Autopack, recentemente adquirida pela Baumgarten. Ela conta com uma divisão de produtos promocionais (adesivos, tattoo, raspadinhas etc.), que há mais de 15 anos conseguiu se posicionar no mundo das promoções

Versão final do rótulo aprovado pelas cervejarias Antares e Bierland

até fora da Argentina. De acordo com Ronaldo Baumgarten Jr., Diretor Ge-ral, a Copa do Mundo 2014 possui um atrativo especial por causa do volume e das regiões que ela abrange. “A prin-cipal demanda dos consumidores no período dependerá dos produtos de consumo em massa, um meio para os nossos produtos, mas o que realmente causa maior penetração é quando se realiza uma ação com prêmios instan-tâneos, permitindo assim que o nosso produto seja parte de uma ação lúdica e/ou colecionável.”

O licenciamento de produtos é um

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grande canal de vendas, na visão de Baumgarten Jr. “As licenças são um ‘parceiro’ importante para os nossos produtos e, no caso específi co da Copa do Mundo, elas constituem uma ferra-menta de diferenciação para a marca e, em alguns casos, são um método econômico para se obter resultados de vendas imediatos”, relata. Para o execu-tivo, o valor de licenças como o Mundial FIFA, Shrek, Cars, ToyStory e Olimpíadas, acompanhadas por adesivos em ações promocionais, gerou incrementos de vendas para as marcas com números surpreendentes, não só como um dife-

rencial lúdico, mas também como parte fundamental do desenvolvimento de mecânicas e conceitos promocionais.

O mundo on-line, por curioso que possa parecer, incrementou ainda mais o alcance dos produtos promocionais e a conexão dos jovens com estes produ-tos. “Com o surgimento da Internet e dos SMS, os adesivos se tornaram um meio mais interativo ao poderem ser codifi -cados de maneira aleatória, permitindo que o consumidor participe ativamente de uma infi nidade de mecânicas e ao alcance direto de prêmios. De fato, isto permitiu ampliar o alcance de faixas

etárias e não ter que estar voltado unica-mente às crianças”, conta Baumgarten Jr.

Os produtos da Autopack desfi lam pelos frascos e embalagens da Mon-delez, Kellogg, Pepsico, Nestlé, Unile-ver, Arcor, Coca-Cola e outras grandes demandantes de soluções atreladas à Copa do Mundo. “Trata-se de um canal importante e também útil para captar ações de multitarget (múltiplos alvos)”, constata Baumgarten Jr. Como se vê, não é só no campo e nos estádios que os brasileiros, argentinos e povos do mundo todo vão respirar a Copa do Mundo. Prepare-se para a festa.

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Por Liliam Benzi

É preciso antecipar-se às necessidades do mercado

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A partir desta � loso� a, a Oliver Print baliza seus negócios e planeja seus investimentos. O importante é manter-se atualizado e antenado nas principais tendências

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Com a proposta de oferecer mais do que rótu-los autoadesivos de qualidade, a Oliver Print se dedica a treinar profissionais que enten-

dam e atendam as necessidades do mercado. A empresa também busca propagar a história do se-tor. Em seu site, por exemplo, é possível encontrar a Rotulândia, uma mini enciclopédia digital com a história dos rótulos desde sua primeira aplicação, pelos Fenícios, até chegar a primeira etiqueta pro-duzida na Europa no século XVI.

“Esta foi uma forma mais lúdica e educativa que encontramos para alavancar nosso negócio. Entendemos que se ajudarmos a fortalecer a cul-tura do rótulo autoadesivo, naturalmente o negó-cio ganhará força”, explica José Vitorino, Presiden-te da empresa.

Ele lembra que quando foi criada em 1999, a Oli-ver Print produzia apenas etiquetas autoadesivas brancas. Com o tempo foram incorporados equipa-mentos que possibilitaram diversificar a produção até atingir o patamar atual. O portfólio de produtos da empresa conta com rótulos e etiquetas, em fil-mes e papel, com diferentes características e que atendem a diversos segmentos; bebidas, alimentos, higiene e limpeza são hoje os principais mercados.

Todas estas conquistas foram possíveis, segun-do Vitorino, pelo posicionamento pró ativo da em-presa desde o início. “Sempre buscamos antever as necessidades de nossos clientes, facilitando e acelerando todo o processo de trabalho interno. O objetivo primeiro é otimizar o negócio de nos-sos parceiros, garantindo os melhores resultados, A diversifi cação da produção permite atender a diversos mercados.

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ou seja, um produto que realmente impressione e chame a atenção do consumidor final no PDV.”

Os investimentos também são uma constante. Embora não revele números, Vitorino explica que “inves-timos a todo momento em inovação e em novos processos que garantam a melhor tecnologia disponível para nossos clientes”. Os frutos são colhi-dos anualmente. “Crescemos uma média de 27% ao ano. Para 2014 a previsão é manter o mesmo patamar de crescimento e de investimentos”, celebra o empresário.

A Oliver Print também investe na atualização de seus profissionais, participando de feiras no exterior.

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Por Liliam Benzi

Garrafões reuti lizáveis ganham imagem duradoura

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O atributo visual, que con� rma a integridade do produto, é um fator decisivo na iniciativa de compra das embalagens para água mineral

U m dos principais desafios da indústria de água mineral é manter a imagem da marca/

produto intacta nos garrafões/galões reutilizáveis durante todo o ciclo de vida da embalagem. O consumidor quer uma embalagem reutilizável neste segmento, mas também gosta de receber um garrafão cuja integri-dade visual esteja mantida após di-versas viagens. A aparência danifica-

O material permite diversas lavagens da embalagem a altas temperaturas.

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da acaba comprometendo a marca, pois o consumidor percebe o produ-to como igualmente prejudicado.

A água mineral Rim, comercializa-da no Líbano em galões de 22,7 litros, resolveu a questão utilizando o ma-terial MultiCycle, da Avery Dennison. Trata-se do primeiro material autoa-desivo capaz de manter-se íntegro mesmo em ambientes hostis como os das embalagens retornáveis que

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são sujeitas a lavagens a altas tem-peraturas e ao contato direto com agentes de limpeza.

A aparência perfeita do rótulo é garantida pela estrutura multi cama-das do material e pela proteção da impressão por uma sobre laminação. Desta forma, o material combina a durabilidade da impressão silk scre-en com o visual e o desempenho pre-mium dos rótulos autoadesivos.

Segundo Merched Baaklini, ge-rente Geral da Rim, “até então não tínhamos encontrado uma solução em rotulagem totalmente satisfatória para os galões retornáveis”. Ele conta que os rótulos anteriores se deterio-ravam e que uma nova rotulagem da embalagem era difícil, já que exigia a remoção do rótulo anterior.

“A imagem da marca é muito im-portante para nós e este novo ma-terial garante a sua integridade du-rante toda a vida da embalagem. Os rótulos mantêm a impressão, com a mesma qualidade, durante todas as viagens, mesmo após os vários pro-cessos de lavagem, sem perder as margens ou a intensidade das cores.”

Outra vantagem do MultiCycle apontada pelo executivo é que a qualidade de impressão, desde o pri-meiro rótulo, é igualmente superior.

“Este material garantiu uma maior variedade de opções gráficas, com acabamento de alto brilho. Também pudemos explorar um maior núme-ro de cores, sendo que nenhuma das tintas usa metal pesado em sua for-mulação. Outra vantagem é que o ró-tulo pode ser retirado e recolocado, caso seja necessário, no meio do ciclo do produto, o que otimiza muito o processo no caso de embalagens que necessitem de reparos.”

O MultiCycle pode ainda ser com-binado com o RFID (identificação por rádio freqüência) que permite que cada galão seja rastreado, individu-almente. “O controle dos estoques é um ponto crucial neste setor. Precisa-mos garantir que estas embalagens,

que são caras, sejam rastreadas e não sejam mal tratadas ou descartadas”, lembra Baaklini.

No caso da Rim, o RFID também é usado para monitorar o ciclo de vida da embalagem e garantir que ela está sendo usada corretamente inúmeras vezes, mantendo os atributos de apa-rência e transparência. “Ao afirmar-mos, com confiança, que usamos a mesma embalagem várias vezes, aca-bamos reforçando o marketing de nossos produtos. Os consumidores precisam saber – e perceber - que a integridade do produto está manti-da.” A decisão sobre quando parar de usar uma embalagem depende agora de inspeção e julgamento técnico, o que resulta em redução de custos.

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A próxima geração de sensores eletrônicos impressos flexíveisOs novos dispositivos podem ser uma oportunidade para os convertedores de rótulos agregarem valor ao seu negócio

Estudo recentemente divulga-do pela consultoria internacio-nal IDTechEx (www.idtechex.

com) relata uma nova geração de sensores que pode ser diretamen-te impressa em substratos plásticos flexíveis. O estudo avaliou 68 fabri-cantes destes sensores em todo o mundo e descobriu diversas tecno-logias emergentes que oferecem no-vas propriedades.

De fato a impressão destes sen-sores não é uma novidade. Várias vacinas distribuídas globalmente já possuem rótulos impressos que me-dem sua temperatura e alertam se o produto foi mantido fora da cadeia do frio em algum momento durante o transporte ou armazenagem. Con-tudo, estes rótulos não são dispositi-vos eletrônicos: a tinta usada passa por uma reação química que muda a cor do impresso quando a tempera-tura aumenta.

Os sensores eletrônicos são nor-malmente mais complexos e sua produção é mais desafiadora. Há vá-rias camadas de materiais e os dis-positivos requerem interconexões metálicas. A técnica de produção é

Por Liliam BenziInternacional

Previsão de mercado para novas tecnologias de sensores flexíveis impressos

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Fonte: IDTechEx

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escolhida com base nas proprieda-des do material, custo e resolução.

Por vários anos, a impressão (em particular em silk screen) foi usada para fazer os sensores feitos de ma-teriais cerâmicos. O problema é que estes sensores requerem um proces-so que os torna incompatíveis com componentes plásticos, por derrete-rem e se deformarem.

Assim, os novos sensores ba-seiam-se em tintas que podem ser impressas diretamente em substra-tos plásticos. As principais vanta-gens são flexibilidade, espessura, baixo peso e, em alguns casos, o potencial de serem produzidos em equipamentos bobina/bobina. Isto significa que estes sensores podem ter aplicações inéditas, por exemplo, em superfícies curvas, dispositivos ultra finos ou resistentes a choques.

Enquanto ainda existem muitos sensores flexíveis em fase de pes-quisa e desenvolvimento, já se vê no mercado tecnologias emergentes praticamente prontas para a comer-cialização. Entre elas, o estudo da IDTechEx destaca:

• sensores de gás impressos em plástico

• sensores impressos de temperatura • fotodetectores flexíveis

• sensores flexíveis piezo resistores (que convertem pressão

em sinal elétrico)• sensores digitais flexíveis de Raio X

2014 será o ano em que alguns destes sensores começarão a ser co-mercializados para os end users. A previsão é que até 2020 o mercado destes novos dispositivos atinja um valor próximo a US$ 120 milhões. Em 2013, os sensores flexíveis já fo-

ram responsáveis por negócios da ordem de US$ 6,3 milhões. O princi-pal mercado é o de bio sensores, re-presentado, basicamente, pelos tes-tes de glicose usados por diabéticos. Os estudos apontam que o segundo maior mercado deverá ser o de sen-sores de imagem, com semi condu-tores orgânicos, substituindo os de silicone como material foto sensível em diversas aplicações.

Hoje as duas principais aplicações dos sensores flexíveis residem nas in-dústrias de eletro eletrônicos e saú-de. Espera-se que nos próximos cinco anos, o setor automotivo também se torne um mercado importante, supe-rando, inclusive, o de saúde. O carro chefe neste segmento deverão ser os sensores piezo resistores cuja partici-pação deverá triplicar até 2018, atin-gindo 23% de market share.

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Vitrinev

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AÇÃO

A linha de autoadesivos para rótulos de alimentos da RITRAMA inclui dois filmes de PP (polipropileno), dois de PE (polietileno) e um papel revestido. Todos os materiais, incluindo os filmes com o revestimento especial (TCF) e seus adesivos, estão de acordo com as exigências das principais regulamentações internacionais para a indústria de alimentos: ISEGA, BfR (Recomendação Alemã para Materiais em Contato com Alimentos) e EU para contato direto com alimentos secos ou úmidos, bem como a FDA (Food and Drugs Administration).(www.ritrama.com)

A FLINT GROUP lançou a primeira geração de tintas flexo UV metálicas de componente único, a UV Flexo Silver. Seus níveis de migração são inferiores a 10 ppb quando aplicada corretamente a estruturas de embalagem adequadas. A verificação foi feita baseada no teste de migração padrão usando simulantes de alimentos 95% etanol conforme Diretiva Europeia 97/48/EC. A tinta também oferece ótimo desempenho metálico, cura rápida e ótima adesão a papel e substratos sintéticos. (www.flintgrp.com)

As novas chapas laváveis com água também da Flint Group para vernizes UV, nos modelos convencional de nylon WA-S e Nyloprint WA-S, são ideais para o processamento de chapas in house. Elas foram projetadas para impressões de alta qualidade em acabamento inline e o� ine, bem como revestimento sólido ou spot. A camada macia de liberação permite uma perfeita transferência e excelente densidade sólida da tinta. Seu tempo de processamento também é muito rápido: entre 25 e 30 minutos. (www.� intgrp.com)

Um grupo de empresas internacionais acaba de lançar o primeiro timer � exível multifuncional apresentado em primeira mão na Printed Electronics Euorpe (Abril 01-02 – Berlim – Alemanha). O dispositivo consiste de um circuito eletrônico lógico implementado com transistores de óxido de metal em um � lme � no; a fonte é uma bateria impressa e o conjunto está integrado a um substrato de papel. Ele tem quatro sequências de tempo e foi projetado para multifunções em quatro diferentes aplicações. Os parceiros guiados pela IDTECHEX foram Procter & Gamble, PragmatIC, Blue Spark Technologies, NovaCentrix e Cal Poly. (www.idtechex.com)

Os rótulos para superfície molhada da MACKCOLOR são indicados para as indústrias de bebidas, cosméticos, alimentos etc. São resistentes a água, resfriamento e congelamento; podem ser aplicado em temperaturas inferiores a 0, em frascos plásticos molhados ou em ambientes de estufa. (WWW.MACKCOLOR.COM.BR)

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