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Coordenador: Prof. Pedro Brancalion

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Coordenador: Prof. Pedro Brancalion

Ambiental

Silvicultura

Tecnologia produtos florestais

Organização da disciplina

planejamento ambiental da propriedade de acordo com a legislação vigente e recuperação de áreas degradadas

bases técnicas para o planejamento, implantação, manejo e colheita de plantações florestais

processamento e uso de diferentes produtos florestais na propriedade rural

Objetivo: capacitar os alunos para planejar, recuperar, gerir, explorar e utilizar recursos florestais em propriedades rurais

Ambiental

Silvicultura

Tecnologia produtos florestais

Organização da disciplina

- 1 professor responsável por turma - 4 aulas - 1 prova, 1 exercício e metade do

trabalho final

1 coordenador para todas as turmas e 1 monitor por turma

- 1 professor responsável por turma - 7 aulas - 1 prova (silv. + tec.), 1 exercício e

metade do trabalho final

- 2 professores responsáveis por turma - 2 aulas - 1 prova (silv. + tec.),

Cronograma Semana Aula teórica Aula prática Atividades Responsável

1 Introdução Prof. Pedro

2 Código Florestal: APP e RL Prof.

Silvio/Kageyama/Edson/Ciro

3 Mapeamento de APPs Prof.

Silvio/Kageyama/Edson/Ciro

4 Restauração de APP e RL Visita a plantio de

restauração na ESALQ

entrega do exercício sobre CAR Prof.

Silvio/Kageyama/Edson/Ciro

5 Sistemas agrossilvipastoris (SAFs) Visita a projeto de SAF na

ESALQ

Prof.

Silvio/Kageyama/Edson/Ciro

6 prova parcial e entrega de parte

do trabalho geral (ambiência)

Prof. Pedro

7 Contexto do setor florestal: palestra sobre o

Programa ABC do Banco do Brasil e sobre fomento

florestal

Prof. Fernando/Luciana/Weber

8 Seleção de espécies e procedências para plantio Prof. Fernando/Luciana/Weber

9 Sementes e viveiros de mudas Visita ao viveiro do IPEF –

Ônibus

Prof. Fernando/Luciana/Weber

10 Implantação e reforma de pequenas florestas I

(Eucalipto)

Prof. Fernando/Luciana/Weber

11 Implantação e reforma de pequenas florestas II

(pinus e teca)

Prof. Fernando/Luciana/Weber

12 Inventário de pequenas florestas Atividade prática talhão de

seringueira

Prof. Fernando/Luciana/Weber

13 Maturação econômica da floresta/colheita e

transporte de madeira/combate a incêndios

Prof. Fernando/Luciana/Weber

14 Alternativas de uso de recursos florestais: carvão,

óleo, madeira roliça

Visita usina de tratamento

de moirões – Ônibus

entrega do exercício sobre

inventário

Prof. Geraldo

15 Tratamento preservativo de moirões Prática de tratamento de

moirões no viveiro do LCF

Prof. Ivaldo

16 prova parcial e entrega de parte

do trabalho geral (silvicultura)

Prof. Pedro

Normas da disciplina - participação

Controle da frequência: - O controle de frequência será realizado por meio de chamada, a ser realizada pelo professor ou monitor. Será realizada uma primeira chamada nos primeiros 10 minutos de aula, e os alunos que chegarem depois terão falta, mesmo que permaneçam na aula. Os professores poderão fazer outra chamada na mesma aula, no momento que acharem mais propício. - 5 faltas: reprovado - Não serão aceitos certificados ou atestados para descontar faltas - alunos que assistirem aula em outra turma não receberão presença, independentemente da apresentação de atestado.

Aulas de campo: Os alunos devem utilizar vestimentas e calçados adequados (calça comprida e sapatos fechados), sendo vedada a participação nas aulas de alunos que estiverem trajados inadequadamente.

Normas da disciplina - avaliação

Provas: Serão realizadas duas provas parciais, sendo uma no final do módulo de Ambiência - PROVA 1 (matéria da prova: Ambiência) e outra no final do módulo de Tecnologia PROVA 2 - (matéria da prova: Silvicultura + Tecnologia).

Exercícios: Serão realizados dois exercícios, sendo um no módulo de ambiência, sobre Cadastro Ambiental Rural, e outro no módulo de Silvicultura, sobre inventário florestal.

Trabalho geral: - 4 alunos por grupo, no máximo - Duas partes: Ambiência e Silvicultura - Cada grupo receberá um mapa de uma propriedade agrícola para trabalhar - Atentar para as condições de entrega do trabalho

Média final (MF):

𝑀𝐹 =0,5 × 𝐸𝑋 + (2,5 𝑋 𝑃1) + (4,0 𝑋 𝑃2) + 2,0 × 𝑇

9

- EX: média da nota dos exercícios – EX1 (ambiência) e EX2 (silvicultura) - P1 e P2: nota das provas parciais – P1 (ambiência) e P2 (silvicultura e tecnologia) - T: nota do trabalho geral

Normas da disciplina – geral

Plantão de dúvidas: 1 hora por semana, definido pelo monitor com a turma

Disponibilização de materiais da disciplina: site do Laboratório de Silvicultura Tropical - LASTROP (www.esalqlastrop.com.br)

Recuperação: Consistirá de uma prova única para todas as turmas, com conteúdo de toda a disciplina, incluindo questões relacionadas ao trabalho e a viagens de campo

Média final (MF):

𝑀𝐹 =0,5 × 𝐸𝑋1 + 0,5 × 𝐸𝑋2 + (2,0 𝑋 𝑃1) + (3,0 𝑋 𝑃2) + 3,0 × 𝑇

9

- EX1 e EX2: nota dos exercícios – EX1 (ambiência) e EX2 (silvicultura) - P1 e P2: nota das provas parciais – P1 (ambiência) e P2 (silvicultura e tecnologia) - T: nota do trabalho geral

Trabalho geral

Proposta: simular a realização de um trabalho de consultoria, referente à elaboração de um projeto técnico de adequação ambiental e implantação florestal de uma propriedade agrícola

Propriedades rurais: Cada grupo (mín. 3 e máx. 4 alunos) receberá uma propriedade para trabalhar (mapa em ArcGis). As fazendas estão distribuídas em diferentes regiões brasileiras, e o grupo deverá escolher a atividade agrícola (soja, milho, arroz, cana-de-açúcar ou feijão) da fazenda em função da região (mapa IBGE)

Etapas: - parte 1: descrição regional - parte 2: plano de adequação ambiental - parte 3: plano de implantação florestal

PARTE 1: DESCRIÇÃO REGIONAL - bioma e formação vegetal nos quais a propriedade está inserida - geologia e relevo - solos predominantes - clima e balanço hídrico (gráfico) - produtividade regional da cultura cultivada na sua propriedade

Exemplo de mapa

Exemplo de legenda

PARTE 2: Plano de adequação ambiental

- apresentar uma tabela das situações geradoras de APP encontradas na propriedade, a APP gerada e as respectivas áreas.

Situação geradora de APP

Faixa de APP gerada

Área de APP nessas situações

Faixa de recomposição obrigatória

Área de APP a ser recomposta nessas situações

nascente perene 50 m de raio 2,3 ha 15 m de raio 0,4 ha

curso d'água perene com até 10 m de largura

30 m de largura

5,1 ha 8 m de largura

3,4 ha

etc. - - - -

- memorial descritivo da propriedade, considerando a aplicação da lei vigente.

Situações área (ha) observação

Área de Preservação Permanente (APP)

- APP total calcule toda a área de APP, independentemente do uso do solo

- Vegetação nativa em APP considere apenas vegetação nativa estabelecida, e não áreas com regeneração natural

- APP de recomposição obrigatória

calcule toda a faixa de APP na qual a recuperação é obrigatória, independentemente do uso do solo, incluindo vegetação nativa

- APP que deve ser recuperada

calcule apenas a área que deverá ser recuperada, descontando as áreas que já estão cobertas com vegetação nativa

Reserva Legal (RL)

- RL total calcule a área de RL com base no percentual exigido por lei e o tamanho da propriedade

- Vegetação nativa a ser contabilizada como RL

calcule a área de vegetação nativa que poderá ser incluída como RL

- Déficit/excedente de RL calcule, com base na exigência de RL e na disponibilidade de vegetação nativa, o balanço de área

Área agrícola

- Área agrícola fora de APP calcule a área disponível para agricultura, descontando já a área de vegetação nativa e de APP e RL a serem recuperadas

- Área agrícola consolidada em APP

calcule a área que poderá ser mantida como área agrícola em APP

- Área agrícola total soma dos dois tipos anteriores de área agrícola

- mapa da propriedade, apresentando as áreas de vegetação nativa, APP, APP a ser recuperada, área rural consolidada em APP, RL a ser recomposta (se for o caso), e área agrícola fora de APP.

- recomendação de métodos de restauração florestal para as áreas a serem recuperadas em APP e para a recomposição da RL

PARTE 3: Plano de produção florestal

PARTE 3A: Aptidão da área e seleção de espécies

- realizar a escolha adequada da espécie, voltada para produção de biomassa, a partir de florestas de rápido crescimento, de acordo com as aptidões edafoclimáticas da área

Mapa de aptidão edafoclimática para espécies de eucaliptos no RS (Embrapa).

PARTE 3: Plano de produção florestal

PARTE 3B: Sistema de produção de biomassa e mercados

- Apresentar as atividades a serem realizadas no sistema de produção florestal, detalhando essas atividades no contexto da propriedade em que o projeto está inserido e nos objetivos da produção

Elementos do Sistemas de Producao de Biomassa

Solo Mudas Plantio Manejo Floresta

Elementos principais do sistema de produção de biomassa que deverão ser contemplados

- uma estimativa do custo de produção desta madeira, considerando o modelo de produção adotado, e qual o destino final desta madeira, indicando quais as margens de receita ou lucros esperados a partir do preço de mercado pago a biomassa produzida na região de inserção da propriedade selecionada. Detalhes adicionais sobre este último elemento serão fornecidos durante as aulas.

Trabalho geral

Estrutura: atentar para a estrutura requerida no roteiro do trabalho

Formatação: Fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento entre linhas de 1,5, página tamanho A4, páginas numeradas, apresentação de índice. Tamanho máximo permitido para o projeto (incluindo mapas e figuras): 15 pág.

Prazos: o trabalho deverá ser entregue impresso, com os mapas coloridos. Não serão aceitos trabalhos enviados por e-mail. - Entrega das partes 1 e 2: no dia da prova parcial, até o final do período de aplicação da prova. Não serão recebidos trabalhos após esse período, e o grupo receberá nota zero. - Entrega da parte 3: no dia da prova final, até o final do período de aplicação da prova. Não serão recebidos trabalhos após esse período, e o grupo receberá nota zero.

Contextualização da disciplina

Degradação histórica dos ecossistemas naturais para a expansão da agricultura

Victor, 1994

Muitas pessoas estão sendo capazes hoje de tirar proveito das riquezas da Amazônia. Com o aplauso e incentivo da SUDAM e do Banco da Amazônia. O Brasil está investindo na Amazônia e oferecendo lucros para quem quiser participar desse empreendimento. A Transamazônia está aí: a mina da pista de ouro. [...] Há um tesouro à sua espera. Aproveite. Fature. Enriqueça.

Estímulos para o uso do solo no Brasil

Problemas ambientais decorrentes da degradação ambiental

R$2,00/1.000 m³ R$500,00/1.000 m³

extinção de espécies

poluição

falta d’água

mudanças do clima

desastres ambientais

perda de potencial produtivo dos solos

Vídeo INPE

Agricultura como maior fonte de degradação

• desmatamento (extinção de espécies, emissão de gases do efeito estufa)

• Uso de 70% da água doce • Degradação do solo

e uso de agrotóxicos

Destaque negativo do Brasil no cenário internacional

Mudança do comportamento da sociedade

• Mudanças nos desafios para a sobrevivência e bem-estar da humanidade

alimento meio ambiente

• Leis mais restritivas e maior cobrança dos órgãos de fiscalização

• Certificação ambiental

Vídeo follow the frog

• Código Florestal: 1) TODOS os imóveis rurais devem estar registrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) 2) só os imóveis com CAR terão acesso a crédito rural a partir de maio de 2017 3) Resolução 4.226 de 2013 do Banco Central: produtores rurais inscritos no CAR terão

acréscimo de 15% no limite do financiamento para custeio. Esse limite é ampliado para 30% em propriedades já regulares ou que aderiram ao PRA

Mudança na postura dos engenheiros agrônomos

Adequação ambiental: Processo de reorganização do uso do solo na

propriedade agrícola e das práticas agronômicas adotadas visando maximizar seu potencial produtivo conjuntamente à proteção ambiental

Demandas de restauração de acordo com o novo CF

8

6 5

2

0

2

4

6

8

10

Amazônia MataAtlântica

Cerrado CaatingaPantanalPampa

Mill

ion

s h

a (M

ha)

Total = 21 Mha

Oportunidades para a silvicultura comercial

Queda de 50% na oferta nos últimos 10 anos (Pereira et al. 2010)

Produção de madeira tropical

Oportunidades para a silvicultura comercial

Produção de espécies de rápido crescimento

secagem de graõs

cerca

estrutura venda no mercado

Vegetação nativa = 537 Mha (63%)

Agricultura + Pastagens = 275 Mha (32%)

Pastagens = 211 Mha

Agricultura = 57 Mha

~75% das áreas já desmatadas têm sido utilizadas como pastagens extensivas, a maioria delas degradadas

Sparovek et al. 2010

Disponibilidade de áreas marginais

Uso do solo no Brasil: oportunidades para a expansão da silvicultura

Leitura texto

www.esalq.usp.br/lastrop

Laboratório de Silvicultura Tropical

[email protected]