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CYL!l(T9L !JV{~9{SYLL COLÉGIO BRASILEIRO DE GENEALOGIA ANO XV - N° 66 - SET/OUT 2002 Coordenador: Nelson V. Pamplona JESUS VINHA CONCILIAR O TERRÍVEL GÊNERO HUMANO CONSIGO MESMO •.. Carlos Drlllnmond de Andrade Há várias explicações para a presença de um boi e de um burro no ato do nascimento de Jesus. A mais sofisticada é que eles são simbólicos: o boi representa o povo judeu acorrentado pela lei; o burro, o mundo pagão. Outros interpretam as figuras animais como antecipações das figuras humanas que cercaram Jesus nos últimos instantes de sua vida: o bom e o mau ladrão, crucificados juntamente com ele. quem, realisticamente, prefira admitir que São José levara consigo o burro e o boi, para que o primeiro servisse de montaria à Virgem, e o segundo, vendido, fornecesse o dinheiro necessário ao pagamento do imposto, pois sempre, e não apenas naquele tempo, o fisco é inexorável. Ainda mais cotidiana é a versão segundo a qual São José, proprietário dos dois quadrúpedes, procurava subtraí-Ios ao recenseamento determinado por César Augusto, Imperador romano, e que incluía não só as pessoas como os animais, sabe-se lá com que intenção. Nada disso. É muito mais simples e admirável considerar que o boi e o burro estavam ali, e nem podiam deixar de estar, porque Jesus vinha conciliar o terrível gênero humano consigo mesmo e com a criação em todas as suas partículas, inclusive as supostamente desprovidas de razão (como se não houvesse uma razão geral e universal, unindo todos os elementos do grande teatro do mundo ). O boi em sua placidez, o burro, em sua grave simplicidade, não foram ao estábulo para homenagear o Deus que nascia; moravam lá, eles é que receberam a visita do casal e prestaram as humildes honras da casa ao Menino. Eles é que providenciaram a calefação reclamada em ambiente gélido, para que o Menino não morresse de frio. E o fizeram da maneira mais encantadora: exalando sobre o corpinho indefeso o seu bafo de tépida benevolência. O primeiro calor que cercou Jesus foi produção natural deles. E o primeiro ato reverencial, o primeiro signo de adoração, implicando o reconhecimento da divindade infusa no bebê, não foram os anjos nem os pastores nem os Reis Magos que o praticaram; foram dois bichinhos que não tinham informação das Escrituras e se prosternaram: agnovit bos et asinus quod puer era Dominus. Era meia-noite, hora em que até hoje, na tradição popular, eles continuam litúrgicamente a se ajoelhar, no campo ou onde quer que estejam, lembrando o acontecimento de que participaram, menos como privilegiados do que como representantes de toda matéria viva, atenta à chegada de seu Criador sob a forma de matéria viva também, e vulnerável como qualquer outra. A mais antiga iconografia do Natal assim os mostra, assumindo posição de realce na cena: estão em pé de igualdade com a Virgem, na posição junto à cama de palha, como familiares e guardas de absoluta confiança. Mais modernamente, Jerônimo Bosch dá ao boi estrutura e importância monumentais, aos pés de Jesus. É visível o respeito, a compenetrada afeição com que os artistas consignavam o papel desempenhado pelo irmão burro e pelo irmão boi, na excepcionalidade do episódio. Não os viam como testemunhas, mas como agentes de uma situação. Ora, dirão, tudo não passa de invencionices de um falso evangelho de São Mateus, datado do século VI, que também introduzira no episódio nada menos que duas parteiras, uma cética e outra cheia de fé. O Concílio de Trento fulminou tais fábulas. Mas se é exato que a Virgem não dispôs de parteira para dar à luz um Deus, e mesmo o teve suavemente, não é menos certo que ninguém consegue desligar do Natal a companhia do boi e do burro, incorporados para sempre à visão que temos da manjedoura de Belém. E bendito que seja esse pseudo Mateus com sua imageria apócrifa. Nem era preciso citar, em interpretação forçada, Isaías, I, 3: " O boi conhece o seu possuidor, e o burro o presépio do seu dono ". Burro e boi explicam-se por si mesmos, na hora e vez. Jesus não podia ter outros companheiros mais comezinhos, ao encarnar se entre pobreza, humildade e trabalho, Se os russos colocam no lugar desse burro, que eles não conhecem, esbelta silhueta do cavalo, se outros povos substituem o boi pelo búfalo, que lhes é mais familiar, se qualquer bicho da terra pode com dignidade assumir a responsabilidade sacra daqueles dois no quadro bíblico, o pensamento divino se manifesta de igual modo: Jesus veio dar o recado de que a vida é um todo, e que nem indivíduos nem povos nem nações devem tentar dissocia-Io. Em outros termos: vale a pena tentar a experiência do amor. f'ELIZ NAT'AL PRÓSPERO ANO NOVO

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CYL!l(T9L !JV{~9{SYLLCOLÉGIO BRASILEIRO DE GENEALOGIA

ANO XV - N° 66 - SET/OUT 2002

Coordenador: Nelson V. Pamplona

JESUS VINHA CONCILIAR O TERRÍVEL GÊNERO HUMANO CONSIGO MESMO •..

Carlos Drlllnmond de Andrade

Há várias explicações para a presença de umboi e de um burro no ato do nascimento de

Jesus. A mais sofisticada é que eles sãosimbólicos: o boi representa o povo judeuacorrentado pela lei; o burro, o mundo pagão.Outros interpretam as figuras animais comoantecipações das figuras humanas que cercaramJesus nos últimos instantes de sua vida: o bom

e o mau ladrão, crucificados juntamente comele. Há quem, realisticamente,

prefira admitir que São José levaraconsigo o burro e o boi, para que oprimeiro servisse de montaria àVirgem, e o segundo, vendido,fornecesse o dinheiro necessário ao

pagamento do imposto, pois sempre,e não apenas naquele tempo, o fiscoé inexorável. Ainda mais cotidiana é

a versão segundo a qual São José,proprietário dos dois quadrúpedes,procurava subtraí-Ios ao

recenseamento determinado porCésar Augusto, Imperador romano,e que incluía não só as pessoas comoos animais, sabe-se lá com queintenção.

Nada disso. É muito mais simplese admirável considerar que o boi e oburro estavam ali, e nem podiamdeixar de estar, porque Jesus vinhaconciliar o terrível gênero humanoconsigo mesmo e com a criação emtodas as suas partículas, inclusive assupostamente desprovidas de razão(como se não houvesse uma razãogeral e universal, unindo todos os

elementos do grande teatro domundo ).

O boi em sua placidez, o burro,em sua grave simplicidade, nãoforam ao estábulo para homenagearo Deus que nascia; moravam lá, eles é quereceberam a visita do casal e prestaram ashumildes honras da casa ao Menino. Eles é queprovidenciaram a calefação reclamada emambiente gélido, para que o Menino nãomorresse de frio. E o fizeram da maneira mais

encantadora: exalando sobre o corpinhoindefeso o seu bafo de tépida benevolência.

O primeiro calor que cercou Jesus foi

produção natural deles. E o primeiro atoreverencial, o primeiro signo de adoração,implicando o reconhecimento da divindade

infusa no bebê, não foram os anjos nem ospastores nem os Reis Magos que o praticaram;foram dois bichinhos que não tinhaminformação das Escrituras e se prosternaram:agnovit bos et asinus quod puer era Dominus.

Era meia-noite, hora em que até hoje, na

tradição popular, eles continuam litúrgicamentea se ajoelhar, no campo ou onde quer queestejam, lembrando o acontecimento de queparticiparam, menos como privilegiados doque como representantes de toda matéria viva,atenta à chegada de seu Criador sob a formade matéria viva também, e vulnerável como

qualquer outra.A mais antiga iconografia do Natal assim

os mostra, assumindo posição de realce nacena: estão em pé de igualdade com a Virgem,na posição junto à cama de palha, comofamiliares e guardas de absoluta confiança.Mais modernamente, Jerônimo Bosch dá ao

boi estrutura e importância monumentais, aospés de Jesus. É visível o respeito, acompenetrada afeição com que os artistasconsignavam o papel desempenhado pelo

irmão burro e pelo irmão boi, naexcepcionalidade do episódio. Não osviam como testemunhas, mas como

agentes de uma situação.Ora, dirão, tudo não passa de

invencionices de um falso evangelhode São Mateus, datado do século VI,

que também introduzira no episódionada menos que duas parteiras, umacética e outra cheia de fé. O Concíliode Trento fulminou tais fábulas. Mas

se é exato que a Virgem não dispôs departeira para dar à luz um Deus, emesmo o teve suavemente, não é menos

certo que ninguém consegue desligardo Natal a companhia do boi e doburro, incorporados para sempre àvisão que temos da manjedoura deBelém. E bendito que seja esse pseudoMateus com sua imageria apócrifa.Nem era preciso citar, em interpretaçãoforçada, Isaías, I, 3: " O boi conhece o

seu possuidor, e o burro o presépio doseu dono ". Burro e boi explicam-sepor si mesmos, na hora e vez.

Jesus não podia ter outroscompanheiros mais comezinhos, aoencarnar se entre pobreza, humildadee trabalho, Se os russos colocam no

lugar desse burro, que eles nãoconhecem, esbelta silhueta do cavalo,

se outros povos substituem o boi pelobúfalo, que lhes é mais familiar, se qualquerbicho da terra pode com dignidade assumir aresponsabilidade sacra daqueles dois no quadrobíblico, o pensamento divino se manifesta deigual modo: Jesus veio dar o recado de que avida é um todo, e que nem indivíduos nempovos nem nações devem tentar dissocia-Io.

Em outros termos: vale a pena tentar a

experiência do amor.

f'ELIZ NAT'AL

PRÓSPERO ANO NOVO

CBG - Carta Mensa{ 66

OS PRIMEIROS IMIGRANTES ALEMÃES NO BRASIL

PARTE 2 / 3 A/7nindo L. Miieller

Em junho de 1824 D. Pedroescreveu ao majorSchaeffer que sua esposa já havia escrito emseu nome para enviar mais 800 soldados ecomplementa:

"Agora ordeno que envie em vez decolonos casados Trêsmil homens solteÍlvs

Isto parece ter sido idéia do major Schaeffer. _ Os Colonos de Schaeffer para Nova

Idéia surgi da na Rússia por onde Schaffer tinha Friburgo, Rev IHGB vI 310, pág. 29).andado. Além de poder pegar em armas, A mesma opinião é repetida. um pouco maisproduziriam alimentos, etc. para suprir as tropas tarde:

em guerra. Os soldados mercenários, "Eram soldados que se buscaram econtratados pelo imperador, deveriam ser uma não colonos. ESTesvieram para jusTificar

retaguarda para a monarquia e a independência a vinda daqueles" (Soares de Sou:;,a,

há pouco proclamada. A intenção era fortalecer idem, pág. 71).o trono com os soldados estrangeiros, para criar E mais uma vez:

uma nação unida com as províncias todas. Por "Os colonos, rec/1/tados enTão, vieram

outro lado, todas as forças capazes e produtivas graças ao major Schaeffer que os anvlou,

eram importantes para o erguimento da nação. mais para dirimir as despesas de freTes

D. Pedro I tentara criar uma tropa com soldados //Os navios e jusTificar o embarque doslusos, mas encontrou muita aversão ao serviço soldados. do que para cumprir as suas

militar e, assim, ele queria livrá-Ios deste eSTrambóTicas insTruções" (Soares decompromisso. E constatou-se que a monarquia Sousa, idem. pág. 88).era a forma ideal de unir as províncias numa Em junho de 1824 a imperatriz Donasó nação. Leopoldina escreve ao major Schaeffer

O major Schaeffer foi encarregado pelo pedindo que ele mande mais soldados. Emministro José Bonifácio de Andrade e Silva de maio do ano seguinte pede: "mande livros etrazer soldados para o Brasil. Ao mesmo tempo muitos. muitos soldados. pois eles se tornamo agente Caldeira Brant arrebanhava em cada vez mais necessários". Ela via nisto a

Londres veleiros e vapores e contratava oficiais maneira de fortalecer o trono que estava sendoe marujos para a frota. Logo após a solapado pelo ministério.proclamação da independência foi elaborado Em maio de 1826 ela escreve sobre as

um decreto, criando um regimento de dificuldades que o ministério estava criandoestrangeiros. Muitos oficiais, a maioria para angariar soldados e colonos estrangeiros.frances~s, foram contratadºs,-EspJ;:~va:§e_ -Leopo!dina parece ter sido a porta-voz destestambém contar com a colônia suíça, pedidos, pois ela o faz em nome do imperador.estabelecida em Nova Friburgo. Haviana época um batalhão compostoprincipalmente de suíços de falafrancesa, que haviam sido aliciados ouobrigados. Este deveria ser o ceme deuma guarda para a segurança pessoal doimperador.

Um autor da época escreve:" o senhor Schiiffe/; médico, maj01;

agenciado/; eTc. foi enviado à

Alemanha para convencer pessoas avirem ao Brasil como soldados. Ele

enviou ao imperador voll1llTários das

casas de correção e pessoas que

perambulavam pelas ruas. Vieram as

pessoas mais eXTravaganTes,chamadas escravos brancos. Em dois

anos o seulllímero cresceu Tanto quefoi possível formar dois batalhões.

Em cada rua ouvia-se falar alemão.

viam-se homens embriagados econTavam-se as hisTórias mais

impossíveis sobre o comportamellTo

dos oficiais. de fO/7na tal que não eraagradável ser chamãdo de alemão"(F. von Weech, citado cf. "Deutscheund deutscher Handel in Rio de

Janeiro - pág. 28).Assim fica cada vez mais clara a verdadeira

tarefa de Schaeffer:

"O objeTivo principal da missão de

Schaeffer era, na realidade, o de angariar

soldados, ainda que disfarçados decolonos" (José Antônio Soares de Souza••

para serem soldados. O MiniSTro doESTrangeiro deu ordens para não enviá­

los. mas eu quero que os mande. ".Também se dirige a Caldeira Brant com o

mesmo pedido, porque a situação interna dopaís e o perigo de invasões inimigas era muitogrande. Por isto ele agiu contra a constituiçãoque não permitia contratar soldados. Oimperador pediu então que enviassem colonose civis que após o desembarque, muitas vêzes,eram engajados como soldados ou até forçadospara tal.

Alguns historiadores alegam que vieramestrangeiros para branqueamento da raça, poisa metade da população brasileira da épocadescendia de escravos. Os imigrantes seriamuma espécie de escravos brancos. E que se

queria criar uma classe média com certosrecursos. Leopoldina. porém, escreve que oscolonos que vieram para Friburgo tinhamposses. Mas se as tinham, então eram muitoreduzidas, pois ela mesma teve que socorrermuitos deles, em situações de extrema penúriae necessidade. É interessante, porém, ler oseguinte:

"Os imigranTes não foram subSTiwTOSdos escravos. mas são adversários da

escravidão. A presença deles deveria sero apelo mais forTe para acabar com esTa

práTica" (Hartmut Frõschle - DieDeutschen in Lateinamerika, pág.186:

Presume-se que até 1829 Schaeffertenha trazido cerca de 10 mil soldados,

colonos e operários alemães para oBrasil. Mas os lavradores e operáriosparecem ter sido um disfarce, pois oBrasil queria soldados. Um relatório deum assessor de um general argentino oconfirma:

"As Tropas argenTinas.

perseguindo os brasileiros

denvTados na batalha de 1Tu:;,aingó.

enconTraram grande nlÍmero de

alemães que não mais desejavam

parTicipar da guerra. Eles vieram aonosso encollTro e nos dissseram queforam Trazidos para cá. sem saber

exatamellTe para que finalidade"(Frõschle, idem, pág. 73)

.0primeiro navio foi o "Argus", cujaviagem foi uma verdadeira peripécia.

Levou nada menos do que seis mesespara fazer o percurso até o Rio deJaneiro. Os migrantes partiram em maiode 1823 de Frankfurt rumo a

Amsterdam. Dali saíram a 24 de julho. Ficaram3 semanas no Mar do Norte, tendo o navio

perdido o mastro. Retomaram ao porto deorigem, de onde partiram novamente a 10 desetembro. Levaram 2 meses até Tenerife,

chegando ao Rio a 13 de janeiro de 1824.

CBG - Carta !Mensa{ 66

- Excelcior Grafica, 2002 - doação da autora• Arvore Genealógica-Parentes e Ancestrais­

Freitas, Frederico Leite e Freitas, Angela Lage- IllIéus - BA - Ateneu Artes Gráficas Ltda.

2002 - doação de Adriano Lage de Freitas• Revista do IHGSC-3a Fase - nO20 - Inst.

Histórico e Geográfico de S. Catarina ­Florianópolis - 200 I• A Republica Vista do Meu Canto - Schuttel,

Duarte Paranhos -Florianópolis- IHGSC 2002- 356 pg.

• Entrelaçamento Genealógico da FamíliaGrisard, Oliveira e Silva - Grisard, lza Vieira

Rosa, -Florianópolis - 2001- 39 pg Il.

• MIRANDA,Victorino Chermont de - Como

Pesquisar sua Própria Genealogia 5,00Iconografia e Bibliografia dos Titulares doImpério - III - Títulos de letras C-D 15,00Iconografia e Bibliografia dos Titulares doImpério - IV - Títulos de letras E-HLançamento 40,00

• MOURA,Carlos Eduardo Marcondes de ­

Os Galvão de França no Povoamento deSanto Antônio de Guaratinguetá 2 V. 35,00

• MOYA,Salvador de - GenealogiaResumida da Casa Imperial Brasileira e RealPortuguesa (raro) 20,00Os Gonçalves de Queluz (raro) 20,00• NEVES,Ilka de Guittes-Adélia Câmara

Barcelos 25,00Canguçu,RS: Primeiros Moradores,Primeiros Batismos 25,00

• PASIN,José Lins - Pasin: Cem Anos de

uma Família Italiana no Brasil 15,00

• REVISTAdo Instituto Genealógico daBahia, n 2, 4, e 19, cada 20,00

• RIBEIRO,Armando Vidal Leite-A Família

Vidal Leite Ribeiro (raro) 40,00

• DUTRA,Marco Polo Phence Uma família

Silva na São Paulo Setecentista 20,00

• WOLFF,Egon e Frieda - Os Cristãos

Novos na Obra de C. Rheingantz 5,00Genealogia Carioca II - A Família Hime

3,00

Obra de C. Rheingantz 5,00Sepulturas Israelitas, voI. I, 2, 3 e 4,cada 10,00

Pedidos para o CBG acompanhados de chequecruzado e nominal ao Instituto Histórico e

Geográfico Brasileiro no valor respectivoacrescido da taxa de R$ 3,00 por volume.

o ITIdio,o l'!egro e seus Descendentes na

podem também produzir bons resultadosna maioria dos casos.

Photoshop EIements 2.0 - Adobe

Photo Impact 7.0 - UIead

Paint Shop Pro 7.0 - JASCPicture Publisher ProfessionaI 10 - CoreI•••

Entre outras, nossa Biblioteca recebeu asseguintes obras:• Furtado de Menezes-Servidor do Pobre ­

Menezes DF, Frei Alano Porto de- Ia Ed. do

autor - doação do autor

• Estudo da Nobreza Brasileira - VI - Duques- Cunha, Ruy Vieira da - Rio de Janeiro - Ed.do autor - 2002

• Bom Jesus do Itabapoana - Teixeira, Fran­cisco Camargo - Rio de Janeiro EDUFF eAcademia Bonjesuense de Letras -1985 ­doação de Paulo Roberto Gavião• O Quadro de Saudades - Carmo do Rio Claro

- Ferreira, Celeste Novielo - Tres Corações MG

• ALBUQUERQUE,Pedro Carrano - Encontrocom os Ancestrais R$ 35,00

• BIBLIOGRAFIApreliminar sobreGenealogia no Brasil (Projeto MemóriaGenealógica) 40,00

• BRASILGenealógicoTomo IV n. 2 10,00Tomo I n. I, II n. I a 7, III n. I e 3 ,~~ 3~

• BRASIL,Lael Vital- Os Pereira de

MagallIães Descendentes do CeI. JoséFrancisco Pereira 20,00

Vital Brasil Mineiro de Campanha-umagenealogia brasileira 43,00

• CAVALCANTI,Arthur de SiqueiraReminiscências de uma vida

(com genealogia) 15,00

• COSTA.Alonso - As Orfãs da Rainha ­

unico exemplar 40,00

• Costa, Didio - Noronha - com genealogia- unico exemplar 15,00

• FONSECA,Raymundo da- A Saga dosFonsecas 20,00

• LEITE,Aureliano - O Cabo-Maior dosPaulistas na Guerra com os Emboabas - um

exemplar 20,00

• LEAL,Waldemar Rodrigues de Oliveira­Genealogia: Famílias Nogueira da Gama eGomes Leal 20,00

., LEME,Luiz G. Siiva - GenealogiãPaulistana- (9 vol+índice, raro) 2 000,00

• LIMA,Roberto Guião de Souza Lima et

aI.- Fazenda São Lourenço(com genealogia) 10,00

• MATTOS,Armando-Manual de

genealogia portuguesa (raro) 30,00

Em nosso número anterior, no artigo A

Informática na Recuperação de Imagens

indicamos somente o programa

"Photoshop"

No entanto, os programas abaixo, mais

econômicos e mais fáceis de operar,

CORRESPONDENTE

• JOÃOCARLOSDECAMPOSALMIRO-Lisboa­

Portugal

Nossas boas vindas aos novos SOCIOS

aprovados em Reunião de Diretoria de 18 Mai2002:

COLABORADORES

• ALEXANDRECARNEIRODEMENDONÇA- Riode Janeiro• CARLOSFREIREMACHADO-Riode Janeiro• JosÉ LUlZMACHADORODRIGUES-RiodeJaneiro

• LUlz ALBERTOCOSTAFERNANDES-Rio deJaneiro

A IMPERIALIRMANDADEDEN. S. DAGL6RIADOOUTEIROcom a Ia Mostra de Heráldica do

Império do Brasil, comemorou o 1800

Aniversário da Independência, na primeiraquinzena de setembro.

O MEMORIAL DO IMIGRANTE-antigaHospedaria do Imigrante, no Braz em S.Paulo,

promoveu em Limeira-SP um ciclo de açõeshistórico-culturais, constituido de projeção defilmes, palestras, lançamento de livros,exposições de documental raro, obras de arte

e peças do secoXIX, ligados à imigração alemãe italiana.

O MEMORIALJUDAICODEVASSOURAs-RJ,emcomemoração ao seu loa aniversário, está

promovendo um programa constando deExposição dos Costumes e Cultura Judaica,

com apresentação de danças folclóricas.Excursão em 10 de Novembro, a partir do Riode Janeiro, pode ser agendada com nossaconfreira, idealista do Memorial e Presidente

da Sociedade dos Amigos do mesmo Sra.FriedaWolff (TeI. 2551-1887).

Lanlentamos registrar o falecimento de nossosócio Colaborador Alfredo Mello Soares

CBG - Carta Mensa{ 66

GENEALOGIA MOLECULARNelson V.Pamplona

EM QUE CONSISTEA Genealogia Molecular grupa os

indivíduos em árvores genealógicas combase na identificação privativa e única dasmarcas genéticas. Através das informaçõescontidas ou impressas no DNA de umindivíduo, ou de uma população, pode-sedeterminar o relacionamento dos

indivíduos, das fall1llias, dos grupos tribaisou das populações. A árvore de ancestrais,baseada em marcas genéticas, pode revelarrelacionamentos não detectávyis emgenealogias baseadas em nomes, r'escritos, ou tradições orais. Podemuitas pessoas chamadas João Silva, mas

a identificação genética é úQica~~capazde di stinguir atéientre':indi .Jftluosfamiliarmente mu

possuem o mesmo liseres humanos, que ~.

da terra ou venh~T a vivmesma id~n~it\*~ç&:2geDNA é hêi\

de seus paisser usado PéUiª:qy§<;pbrid_~Il]. indivíduo bem_como_idemembros de uma mesma famíl

mesmo grupo tribal ou umapopulação.

COMO SE FAZ

Para construir genealogias molecularesé necessário correlacionar parentescosbiológicos conhecidos com marcas

genéticas transmitidas ao longo do tempo.A medida que os indivíduos levantam seusrelacionamentos biológicos no passado,linhagens afIoram através dos ancestrais

comuns. Todas as pessoas recebemmaterial genético de seus pais. Esteprincipio fundamental de transmissão

genética significa que é possíveldeterminar a origem de genes baseado emancestrais comuns e conhecidos modos de

hereditariedade. Como este processo serepete a cada geração, todos os indivíduoscarregam em seu DNA um registro dequem são e como estão relacionados comtodas as outras pessoas do universo. Aindamais, diferentes regiões do DNA tem acapacidade de identificar pessoas,relacioná-Ias com grupos familiarespróximos, com fall1l1ias mais afastadas,com tribos, grupos e populações. Por meiode métodos muito simples, o DNAconsiderado neste processo, é retirados dosindivíduos, analisado em laboratório em

função de determinadas marcas genéticas,denominada genotipagem, e armazenadoem bancos de dados digitais. Afim dedefinir o grau de relacionamento entreindivíduos é necessário identificar aquelesgenes ou marcas que são idênticos emfunção da ancestralidade comum. Existemdiversos meios para alcançar este objetivo.Os sistemas genéticos normalmenteusados para testar relacionamentos são os

genes o~/}I marcal~llh;~'Xnominadosautosômicas;Estes êStãõiiicontidos nos

ao genéticamano.

ingulares, poislos ou quasemitido de pai

e segue a linhaobrenomes. O

dos os filhos pelae retransmitidodestes sistemas

temente parade interesse

de genealogia

§lx.S2pstruirdeterminar

rêlacJ0ritmentos entre iIldivíduos atravésda identjficação dec:ombinações demarcas genéticas absolutamente únicas.Uma marca genética representa umalocalização especifica no cromossomaonde as unidades genéticas básicasexistem em números variáveis de copiasrepetidas. Cópias diferentes em umalocalização no cromossoma sãodenominados alelos. Enquanto doisindivíduos podem ter alelos comuns emuma ou outra localização, o exame dealgumas dúzias ou centenas delocalizações, detectará diferenças entrepessoas, mesmo com relacionamento

muito próximo. A combinação de marcas

genéticas múltiplas é chamado degenotipo e serve como identificadorgenético exclusivo de um determinadoindivíduo.

COMO OBTER O DNA

O DNA pode ser obtido de qualquerespécime biológico. Fontes normalmenteusadas são sangue, saliva e cabelo. Osangue, por possuir a maior quantidade e

elhor qualidade de DNA, é maisicado para construção de bancosealógicos.

as ou oraIs.

e paroquiais temistória de famílias e

comunidades. Infeliimente,Clíistória-de

algumas famílias ou comunidades foi

perdida ou destruída ao longo dos tempos.Neste caso os documento escritos ou não

existem ou nada informam, o querepresenta um obstáculo intransponívelpara aqueles que buscam suas raízes.Utilizando o registro genético, que cadaqual retem do seu passado, é possível tirarimportantes conclusões quanto à origeme ao relacionamento de qualquer indivíduocom outras pessoas ou populações.

UM PROJETO EM EXECUÇÃOA Brigham Young University de Provo­

Utah-USA, em associação com a SorensonMolecular Genealohy Foundation, atravésdos pesquisadores Ugo A Perego-MS,Natalie Myres-MS, Joel E. Myres-PhD esob a direção do Dr. ScoU R. Woodward­PhD, executam um projeto de coleta deinformações para montagem do primeirobanco genealógico obtido a partir de fontesgenéticas, com os seguintes objetivosprincipais:

a - Determinar a composição genéticada maioria das populações do mundo. Obanco de dados obtido pode ser usado paradeterminar as origens e as afinidades deum indivíduo e/ou fall1l1iacom ancestrais

desconhecidos. Este estudo incluirá pelo

menos 500 populações de todo ouniverso. Indivíduos de cada populaçãoserão identificados, informaçõesgenealógicas de pelos quatro geraçõesserãocompiladas, e ainformação genéticaserá determinada. O mapeamento deconjuntos de marcas de DNA, ouhaplotipos, que são únicos eidentificadores de uma determinada

população, serão usados para definirorigens especificas e afinidades entreindivíduos.

b - Reconstruir genealogias usandoregistros genéticos. Esta informação podesolucionar genealogias interrompidas porfalta de informações ou registros, filhosilegítimos ou adotivos que não puderamser entroncadosem suasfann1ias.Também

CBG - Carta !Mensa{ 66

permite a identificação genética deparentes perdidos.

Relacionamentos genealógicossuspeitos, mas impossíveis de seremconfirmados pelos métodos tradicionais,podem estabelecer novas relações depessoas vivas.

C - Produzir identificações únicas parapessoas que não possuem genealogiastradicionais baseadas em nomes. Permitira reconstruçãode genealogiasbaseadas noDNA e lançar luzes sobre osrelacionamentos no mundo.

No Brasil um projeto pioneiro foiimplantado com a 1a ConferenciaInternacional de Estudos Genealógicos,Memoria Familiiar e GenealogiaMolecular, realizado na Universidade de

Passo Fundo-RS no mês de agostoúltimo,patrocinado pelo INGERS - InstitutoHistórico e Geográfico do Rio Grande doSul, cujo presidente Ari S. Thomaz, nãomediu esforços para coroar de êxitotamanho pioneirismo.

Um total de 1380 voluntários dascidadesde PassoFundo-RS, PortoAlegre­RS, Florianópolis-SC, Santos-SP, SãoPaulo-SP e Rio de Janeiro-RJ submeteramseus dados genealógicos, árvore decostado de 4 gerações, e espécimesgenéticos através da saliva.

Os encontros foram relizados noDepartamento de História da Fanulia daIgreja de Jesus Cristo dos Santos dosÚltimos Dias, conhecida como dosMormons, sob a orientação técnica dacoordenadora de Coleta de Amostras

enson Foundation.

INSTITUTO mSTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO

Attila A. Cruz Machado

Fundado há 164 anos, em 21 de

outubro, em plena Regência e namenoridade de D.Pedro II, o Instituto

Histórico e Geográfico Brasileirotinha como objetivos estatutários,entre outros: coligir, metodizar,publicar ou arquivar documentos,promover cursos e editar aRevista Trimestral de

História e Geografia ouJornal do IHGB.

Atualmente, o Institutodispõe de um Arquivo, umaBilblioteca e uma Mapotecapara consultas, além de umMuseu e uma Pinacoteca.

Todo este acervo oferece

ao genealogista uma imensae preciosa fonte de materialpara as suas pesqUIsas;senão, vejamos:

• Biblioteca - com mais

de 500 mil volumes, contém inúmeras

publicações genealógicas, além decoleções de periódicos do IHGB e deinstitutos congêneres (arquivadas naSala de Consultas e manuseadas sem

formalidades), com muitos trabalhos

genealógicos e biográficos.• Arquivo - um dos melhores do

País, deve ser consultado por fichasdentro das diversas classificações -

autores, assuntos, iconografia eArquivo Ultramarino, o qual contemdocumentos dos séculos XVII a XIX.

O Arquivo também pode ser acessadoatravés de um banco de dados do

Instituto, o qual já possui, na suamemória, a quase totalidade do acervo

da Instituição.• Mapoteca - mais de 12 mil cartas

geográficas, principalmente doterritório brasileiro, compõem estacoleção, permitindo ao pesquisadorlocalizar vilas, cidades, caminhos e

outros dados indispensáveis aoconhecimento do habitat e da

mobilização de seus ancestrais.

• Museu e Pinacoteca - apezar demenor importância para osgenealogistas em geral, não o é parapesquisadores de descendentes defiguras de projeção nacional, os quaispoderão encontrar enriquecedor

material para suas obras.Os materiais do Arquivo, da

Bilblioteca e da Mapoteca sãosolicitados na Sala de

Consultas - ampla, bemiluminada e mobiliada,

dispondo de ar-condicionado;o atendimento é cordial eeficiente.

Para o ingresso, basta aapresentação de umdocumento de identidade na

portaria do Instituto.

INSTITUTO HISTÓRICO EGEOGRÁFICO BRASILEIRO

Avenida Augusto Severo, 8 / 10°andar

20.021-040 Rio de Janeiro, RJTe!.: 2232-1312

Funcionamento em dias úteis09:30 as 17:00 horas

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CB G - Carta !Mensal 66

UNIVERSIDADE DO MINHO - PORTUGAL

NUCLEO DE ESTUDOS DE POPULAÇÃO E SOCIEDADE - SEÇÃO DE GENEALOGIASJoão Simões Lopes Filho

<http:/sarmento.eng.uminho.pt/-neps/genealogias.htm >

A constituição formal do NEPS-Núcleo de Estudos de População eSociedade remonta ao ano de 1996, tendo sido criado na seqüêncianatural de um processo lançado com o primeiro curso da área dasCiências Sociais do Pólo de Guimarães da Universidade do Minho.

O objetivo consiste na reconstituição das histórias de vida doselementos de uma comunidade, na investigação em demografia histórica,para lançar as bases de uma nova história, superando o amadorismo dohistoriador antiquário que, muitas vezes, transparece dos livros quenarram os anais das povoações. Uma história erguida sobre alicerces

de rigor científico para o conhecimento das raizes históricas e culturais,baseado na reconstituição das paróquias.

1nformatização Normalizada de Arquivos, Reconstituição de

Paróquias e História das Populações e Espaços Urbanos e Rurais:Micro-Análise de Comportamentos Demográficos, de MobilidadesPopulacional e Social e Dinâmicas Culturais foram dois projetos básicosdesenvolvidos sobre os quais estão calcados os estudos subsequentes.

Dentro desta conceituação foram montados os bancos genealógicosreferentes às freguesias:• Viana do Castelo - Freguesias de Romarigães com 3 324 nomes e

Meadela com 4 794 nomes

• Braga - Freguesia de Esporões com 13416 nomes• Ilha do Pico - Açores - Freguesias de Ribeiras, com 16306, São

Mateus/São Caetano com 22 793, São João com 10 163, Lajes com16290, Calheta do Nesquim com 8 396 nomes registrados.

• Famalicão - Freguesias de Ruivães com 11 638, Santo Adrião com- 18575 e Avidos com 13 501 nomes registrados ~• Ovar - Freguesia de Cortegaça com 17 860 nomes• Guimarães - Freguesias de São Paio com 22 659 nomes, Oliveira

com 42656, São Sebastião com 32 493, Fermentões com 18 147,Mesão Frio com 18 159, Ronfe com 14369 e Azurém com 9 159

nomes registrados

7. Celorico de Basto -Freguesias de Basto Santa Tecla com 10 750 eCarvalho com 9169 nomes.)

O site vem sendo regularmente ampliado com a inclusão de novos

nomes e novas freguesias. Todos os nomes aparecem devidamenteentroncados fauúliarmente com todas as datas quando disponíveis ..

COMO PESQUlSARPrimeiramente selecione a Freguesia, e depois que nova página seabrir, clique em Aceder às GenealogiasA pesquisa pode ser feita por:• PESSOA- que inclui as opções :

-nome apelido ou nome público ou alias ou apelido - busca onome inteiro, ou combinações de sobrenome.

-nome - busca apenas o primeiro nome, ou os primeiros nomes.-apelido - busca apenas o último sobrenome

• TITULO:LUGAR

• LUGAR- APELIDO

• LISTADENOMESPRÓPRIOS.

Uma vez selecionado um indivíduo, podem ser obtidos:Antepassados - Descendentes, sob forma de listagem ou de árvore ­Primos - Irmão precedente - Irmão seguinte.

Vale salientar que o banco de dados não usa preposições. Assim, sequisermos pesquisar "José da Rosa Pereira", devemos digitar "Jose RosaPereira". O programa faz uma busca ampliada que permite não apenasignorar acentuação (Jose ou José) como nome semelhantes (Manuel ou

Manoel).

TI;ta-se de um bil!1q5.cÍet!ados-::-;;liOSí~§i.tn9~'pi~iJ~:h-P,esguisa

sucessiva de vári~~,,:g~tàç6es' ~os-regist0.s:paTô'quiais de C!dallogar.Para cada local~ 9á~co ff?,I.)asinclui ás pe~~bãs q~ n?fc~;"c~s~am,ou morreram nestà frduesÜf; sem correlaclOnar com o'mdlvld'í;q liSIado

,~~ '" ~ -em outra freguesi2;.-,,- / ·.u .-:;." ;.;., li (;:1 :~"."'- S.•-tV: .•..-. ,'''' __ -::;',,'C. ;·.~-;,{'t~J',t.~~"ç:\~.~