convite exposição "obrigado, sim"

1
joostderaeymaeker Exposição de fotografia luanda - edifício escom 28/07/2011-04/08/2011 Obrigado, sim Uma viagem com meios reduzidos, por 12 províncias de Angola. Ao encontro do país real, passando os dias em transportes comuns, grandes e pequenas cidades, e as noites em hospedarias simples, longe dos resorts e das estrelas. Uma espreitadela para dentro das vidas que uma grande parte dos angolanos leva. lisboa - cyber sol 09/2011 Convite patrocínios traga este convite Joost De Raeymaeker é um fotojornalista/escritor belga residente em Lisboa. Depois de ter tirado um curso superior como músi- co no Jazz-Studio em Antuérpia e de ter feito a licenciatura em história na UFSIA em Antuérpia, na FLUP no Porto e na RUG em Gent, dedicou-se durante alguns anos à segurança informática como sócio gerente de uma empresa do ramo. Depois destes anos a usar demasiado o seu hemisfério cerebral esquerdo, voltou aos bocados a activar o seu hemisfério direito através de uma paixão dormente, a fotografia. Primeiro dedicou- se à impressão a preto e branco e usou o tempo para aperfeiçoar a técnica fotográfica. Em 2004 dedica-se definitivamente à fotografia, na área do fo- tojornalismo e posteriormente ao desenvolvimento de trabalhos completos com texto e fotografia. Expôs em Portugal, na Irlanda, na Bélgica e publicou em vários títulos internacionais como Time Magazine, Marie Claire, Metro, Télérama, le Monde 2 (França), TV Sorrisi, Pop’s (Itália), Souls, The Express (EUA). Em 2011 foi autor convidado da exposição colectiva “Plaisirs Partagés”, do Institut de la Francophonie de Lisboa, e tem neste momento o seu trabalho exposto pela Unesco no quadro de uma exposição viajante sobre a presença africana em Portugal. O autor A obra Ao saber da forma como as fotografias foram recolhidas, não pude deixar de pensar no grande livro de Jack Kerouac “Pela Es- trada Fora”, a diferença sendo apenas a troca dos vagões dos comboios que atravessavam os EUA pelos candongueiros de An- gola e a troca do jazz vibrante dos anos 50 e 60 pelo Kuduro e a Kizomba. Imagino esta viagem como uma verdadeira descoberta pelo país, do qual estas 30 fotografias aqui expostas são o resultado. En- rique Vila-Matas, novelista espanhol caricaturava no seu romance “Paris nunca se acaba”, a forma como ele, jovem escritor e fã de Ernest Hemingway decidiu ir viver para Paris sem dinheiro para sofrer as agruras que Hemingway teria sofrido pois só assim con- seguiria vir a escrever como ele. Claro que a forma como as coisas são feitas não determina o seu resultado final, mas acredito que este trabalho de Joost realmente desvela pormenores e momen- tos do dia-a-dia angolano que nunca poderiam ser retratados se não tivessem sido, de alguma forma, vividos. A candura de alguns momentos, a força e a singularidade de out- ros só podem ser capturados pela máquina de Joost quando ex- iste uma partilha sentimental, uma vivencia comum e uma história que pede para ser contada. Assim sendo, convido-vos a todos a retirar o mesmo prazer que eu retirei a ver esta colecção de fotografias e ao tentar sentir a aventura que foi o trajecto da sua recolha. Andrew Schnitzer Silva 28/07/2011 - 18:30 piso 2 - edifício escom

Upload: joost-de-raeymaeker

Post on 25-Mar-2016

212 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Uma exposição de fotografias de angolanos comuns, no seu dia a dia, feitas numa viagem ao longo de dois meses pelo país. Abre no dia 28/07/2011 às 18:30 no edifício Escom, em Luanda.

TRANSCRIPT

joostderaeymaeker

Exposição de fotografia

luanda - edifício escom28/07/2011-04/08/2011

Obrigado, sim Uma viagem com meios reduzidos, por 12 províncias de Angola. Ao encontro do país real, passando os dias em transportes comuns, grandes e pequenas cidades, e as noites em hospedarias simples, longe dos resorts e das estrelas.

Uma espreitadela para dentro das vidas que uma grande parte dos angolanos leva.

lisboa - cyber sol09/2011

Convite

patrocínios

traga este convite

Joost De Raeymaeker é um fotojornalista/escritor belga residente em Lisboa. Depois de ter tirado um curso superior como músi-co no Jazz-Studio em Antuérpia e de ter feito a licenciatura em história na UFSIA em Antuérpia, na FLUP no Porto e na RUG em Gent, dedicou-se durante alguns anos à segurança informática como sócio gerente de uma empresa do ramo.

Depois destes anos a usar demasiado o seu hemisfério cerebral esquerdo, voltou aos bocados a activar o seu hemisfério direito através de uma paixão dormente, a fotografia. Primeiro dedicou-se à impressão a preto e branco e usou o tempo para aperfeiçoar a técnica fotográfica.

Em 2004 dedica-se definitivamente à fotografia, na área do fo-tojornalismo e posteriormente ao desenvolvimento de trabalhos completos com texto e fotografia.

Expôs em Portugal, na Irlanda, na Bélgica e publicou em vários títulos internacionais como Time Magazine, Marie Claire, Metro, Télérama, le Monde 2 (França), TV Sorrisi, Pop’s (Itália), Souls, The Express (EUA).

Em 2011 foi autor convidado da exposição colectiva “Plaisirs Partagés”, do Institut de la Francophonie de Lisboa, e tem neste momento o seu trabalho exposto pela Unesco no quadro de uma exposição viajante sobre a presença africana em Portugal.

O autor A obraAo saber da forma como as fotografias foram recolhidas, não pude deixar de pensar no grande livro de Jack Kerouac “Pela Es-trada Fora”, a diferença sendo apenas a troca dos vagões dos comboios que atravessavam os EUA pelos candongueiros de An-gola e a troca do jazz vibrante dos anos 50 e 60 pelo Kuduro e a Kizomba. Imagino esta viagem como uma verdadeira descoberta pelo país, do qual estas 30 fotografias aqui expostas são o resultado. En-rique Vila-Matas, novelista espanhol caricaturava no seu romance “Paris nunca se acaba”, a forma como ele, jovem escritor e fã de Ernest Hemingway decidiu ir viver para Paris sem dinheiro para sofrer as agruras que Hemingway teria sofrido pois só assim con-seguiria vir a escrever como ele. Claro que a forma como as coisas são feitas não determina o seu resultado final, mas acredito que este trabalho de Joost realmente desvela pormenores e momen-tos do dia-a-dia angolano que nunca poderiam ser retratados se não tivessem sido, de alguma forma, vividos. A candura de alguns momentos, a força e a singularidade de out-ros só podem ser capturados pela máquina de Joost quando ex-iste uma partilha sentimental, uma vivencia comum e uma história que pede para ser contada. Assim sendo, convido-vos a todos a retirar o mesmo prazer que eu retirei a ver esta colecção de fotografias e ao tentar sentir a aventura que foi o trajecto da sua recolha.

Andrew Schnitzer Silva

28/07/2011 - 18:30piso 2 - edifício escom