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CHEGOU A HORA DE CONVERTER OS VALORES MOBILIÁRIOS AO PORTADOR
Em Maio de 2017, foi aprovado a Lei nº 15/2017 que determinou o fim da emissão de valores
mobiliários ao portador e a obrigação de converter os existentes. Estas alterações introduzidas por
este diploma legislativo consubstanciam mais uma medida de combate ao branqueamento de
capitais.
Mais recentemente, foi aprovado o Decreto-lei nº123/2017, de 25 de Setembro, que estabelece as
disposições necessárias à execução da Lei nº15/2017, de 3 de Maio, e ainda altera algumas
disposições do Código das Sociedades Comerciais e do Código dos Valores Mobiliários.
Deste modo, evidenciamos as principais alterações a ter em conta:
• A conversão dos valores mobiliários ao portador opera por:
• Anotação na conta de registo individualizado dos valores mobiliários escriturais ao portador
ou dos valores mobiliários titulados ao portador integrados em sistema centralizado; ou,
• Por substituição dos títulos ou por alteração das menções deles constantes, realizadas pelo
emitente.
• As entidades emitentes de Valores mobiliários ao portador devem promover o processo de
conversão destes em nominativos.
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• Os valores mobiliários ao portador integrados em sistema centralizado que não tenham sido convertidos por iniciativa do emitente, poderão ser convertidos pela entidade gestora do sistema centralizado.
• As entidades emitentes e os detentores de valores mobiliários ao portador têm um prazo de seis meses para efetuar a conversão, contado desde a publicação da Lei 15/2017, ou seja, a conversão deverá ser feita até 4 de novembro de 2017.
• Esgotado o prazo para a conversão, os detentores das ações ao portador mantêm o direito de as converter em títulos nominativos, mas estarão impedidos de receber dividendos ou outros rendimentos até que a conversão seja feita.
• As alterações ao contrato de sociedade e demais documentos relativos as condições de emissão de valores mobiliários, necessárias para efetuar a conversão destes valores podem ser deliberadas pelo Conselho de Administração, sem depender de aprovação prévia da Assembleia Geral.
• Os atos de registo comercial praticados ao abrigo dos procedimentos previstos neste diploma encontram-se isentos do pagamento de emolumentos.
Note ainda que a conversão dos títulos ao portador em títulos nominativos será de publicitação obrigatória nos sites das empresas e no Portal da Justiça.
Ricardo Rodrigues [email protected]
Henrique Sousa [email protected]
O conteúdo desta informação não constitui aconselhamento jurídico e não deve ser invocado nesse sentido.
Aconselhamento especí�co deve ser procurado sobre as circunstâncias concretas do caso. Se tiver alguma
dúvida sobre uma questão de direito Português, não hesite em contactar-nos.
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