conversando com o espiritualista 02
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Assim, quando o corpo mortal se vestir com o que imortal e quando o que morre se vestir com o que no pode
morrer, ento acontecer o que as Escrituras Sagradas dizem: a morte est destruda; a vitria total (Paulo Carta
aos Corntios 1 Captulo 15 versculo 54).
Conversando
com um
espiritualista
(volume 2)
Este livro contm transcrio de palestra espiritual realizada em 15/02/2014 em So
Carlos SP por incorporao pelo amigo espiritual JOAQUIM DE ARUANDA
organizada por FIRMINO JOS LEITE, MRCIA LIZ CONTIERI LEITE
ESPIRITUALISMO ECUMNICO UNIVERSAL
R. Pedro Pompermayer, 13 Rio das Pedras SP
(19) 3493-6604
WWW.meeu.com.br
AGOSTO - 2013
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Temas
1. Ensinamentos EEU .............................................................................................................. 9
2. Ouvindo msica .................................................................................................................. 10
3. O espiritualista e as festas ................................................................................................. 10
4. O espiritualista e o sexo ..................................................................................................... 11
5. Espiritologia em famlia ...................................................................................................... 12
6. Determinismo ..................................................................................................................... 12
7. O pedir e a Causa Primria ................................................................................................ 14
8. O policial e o julgamento .................................................................................................... 15
9. Lembrana das provas ....................................................................................................... 16
10. O espiritualista e a necessidade de informaes ........................................................... 17
11. Autoconhecimento ......................................................................................................... 18
12. Sucesso ......................................................................................................................... 19
13. Orar por espritos perdidos ............................................................................................ 20
14. Conversando com um anjo ............................................................................................ 20
15. Viver com Deus .............................................................................................................. 21
16. Aprender a amar ............................................................................................................ 22
17. Relaes naturais .......................................................................................................... 22
18. Paulo e o homossexualismo .......................................................................................... 22
19. Amar a nica resposta ................................................................................................ 25
20. Vibrao das plantas ..................................................................................................... 28
21. Cura com plantas ........................................................................................................... 29
22. Lei da graa ................................................................................................................... 31
23. Morte do esprito ............................................................................................................ 31
24. Desenvolver mediunidade .............................................................................................. 31
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25. Identificao com o personagem da vida ....................................................................... 32
26. Lembranas de outras vidas .......................................................................................... 32
27. Como receber previses de futuro ................................................................................. 32
28. Espiritologia ................................................................................................................... 33
29. Estar com Deus ............................................................................................................. 35
30. Expulsar os vendedores do templo ................................................................................ 35
31. Depurao do Esprito ................................................................................................... 36
32. O que viemos fazer nessa vida? .................................................................................... 36
33. Entrega a Deus e livre arbtrio ....................................................................................... 37
34. A vitria sobre o outro .................................................................................................... 38
35. Moral e tica .................................................................................................................. 38
36. Culpa pelo que pensado ............................................................................................. 39
37. Mental dos animais ........................................................................................................ 40
38. Momento atual do planeta .............................................................................................. 40
39. Causa Primria e as escolhas do esprito ...................................................................... 41
40. O vazio e a felicidade ..................................................................................................... 42
41. O prazer e o medo do sofrimento .................................................................................. 42
42. Lidando com a inveja ..................................................................................................... 43
43. Quem sonha? ................................................................................................................ 43
44. O esprito e a divindade ................................................................................................. 44
45. O ego e as escolhas racionais ....................................................................................... 45
46. O movimento dos espritos ............................................................................................ 46
47. Punio .......................................................................................................................... 47
48. O que se quer ................................................................................................................ 48
49. O livre arbtrio do homem ............................................................................................... 49
50. Alterar acontecimentos .................................................................................................. 50
51. O que pode ser alterado na vida .................................................................................... 52
52. Assassino ....................................................................................................................... 52
53. Carnaval ......................................................................................................................... 54
54. Manuteno da prova .................................................................................................... 55
55. O sentido que falta ......................................................................................................... 55
56. Crenas negativas e carma ........................................................................................... 56
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57. Profetas e deuses .......................................................................................................... 56
58. Lutar contra o sistema humano ...................................................................................... 56
59. O carma e o sofrimento.................................................................................................. 58
60. A prtica dos ensinamentos dos mestres ...................................................................... 58
61. A verdade e a discrdia ................................................................................................. 59
62. O humano melhorado .................................................................................................... 59
63. Prever data do apocalipse ............................................................................................. 61
64. Seguir humanos ............................................................................................................. 62
65. Agindo por um mundo melhor ........................................................................................ 64
66. Estar com Deus ............................................................................................................. 64
67. Infidelidade ..................................................................................................................... 64
68. Sentir energias espirituais .............................................................................................. 66
69. Apego a animais ............................................................................................................ 66
70. Condies humanas e as provas espirituais .................................................................. 67
71. Viver como Cristo ........................................................................................................... 68
72. Sujeira do esprito .......................................................................................................... 69
73. Mudar a vida .................................................................................................................. 70
74. Paz e harmonia .............................................................................................................. 70
75. A obra do esprito ........................................................................................................... 71
76. Predeterminao ............................................................................................................ 72
77. Predeterminao de sentimentos .................................................................................. 72
78. Celebridades no mundo espiritual .................................................................................. 72
79. Dualismo ........................................................................................................................ 73
80. Chegar a Deus amando o dinheiro ................................................................................ 74
81. Ultrapassar o mundo dos devas .................................................................................... 77
82. Acmulo de informaes ................................................................................................ 78
83. Ditadura e democracia ................................................................................................... 79
84. Cura e f ........................................................................................................................ 79
85. Compaixo ..................................................................................................................... 80
86. Cura e carma ................................................................................................................. 81
87. Carma e livre arbtrio...................................................................................................... 83
88. Aceitar ou defender-se? ................................................................................................. 83
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89. O carma e o mal ............................................................................................................ 84
90. A bblia verdadeira? .................................................................................................... 84
91. O que importa para Deus ............................................................................................... 84
92. O caminho do mal .......................................................................................................... 85
93. Evocao de espritos .................................................................................................... 86
94. Profetas .......................................................................................................................... 86
95. A guerra entre humanos ................................................................................................ 87
96. Medo do desconhecido .................................................................................................. 87
97. Assistir a justia acontecer ............................................................................................. 88
98. Espiritualidade ou pessoas prximas? ........................................................................... 89
99. Instrumento da vicissitude alheia ................................................................................... 89
100. Como aproximar-se de Deus ......................................................................................... 90
101. Livros espirituais ............................................................................................................ 91
102. Sofrimento ...................................................................................................................... 93
103. No conseguir ................................................................................................................ 93
104. O rumo da humanidade ................................................................................................. 94
105. Polticos ......................................................................................................................... 94
106. Maldade a crianas ........................................................................................................ 95
107. Depresso e ansiedade ................................................................................................. 96
108. A verdade que salva ...................................................................................................... 96
109. Portais ............................................................................................................................ 96
110. Ser vegetariano .............................................................................................................. 97
111. Fim da conscincia humana .......................................................................................... 97
112. Lavagem cerebral .......................................................................................................... 98
113. O valor de Cristo ............................................................................................................ 98
114. Corpo humano e personalidade ..................................................................................... 99
115. Entregar na mo de Deus .............................................................................................. 99
116. Preparao dos trabalhos de umbanda ....................................................................... 100
117. Corrupo .................................................................................................................... 100
118. Culpa pelo aborto ......................................................................................................... 103
119. Liberdade racional ....................................................................................................... 104
120. O fim do corpo humano................................................................................................ 104
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121. O trabalho medinico e o corpo ................................................................................... 105
122. A idolatria e o carma .................................................................................................... 106
123. Cristo e a crucificao .................................................................................................. 106
124. Deus e as doenas ...................................................................................................... 106
125. Casamento e carma ..................................................................................................... 107
126. Contradies da mente ................................................................................................ 108
127. Desesperana com relao vida ............................................................................... 108
128. Novo, o qu? ................................................................................................................ 109
129. A luta obsessiva da mente pela vitria ......................................................................... 110
130. Ressurreio ................................................................................................................ 113
131. Carma e pecado .......................................................................................................... 114
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1. Ensinamentos EEU
Participante: os ensinamentos dos mestres podem ser resumidos dessa forma. Todo
pensamento criado pela mente deve no ter crdito. A mente deve ir para o SPC e
Serasa e tudo que ela cria, desde teorias completas, as mnimas proposies ou d
ateno ou contra-ataque com o pensamento. No sei, pode ser, pode no ser. Ou
qualquer pensamento, interpretao ou julgamento surgir, pense: Deus que sabe. E
depois volte a se concentrar no presente que o presente perfeito que Deus lhe deu
para sua felicidade e por isso voc no precisa ench-lo de adjetivos. essa a misso
do espiritualista? Fazendo assim voc ama a Deus acima de tudo e ao prximo como a
si mesmo. Agindo assim, Deus fica feliz, ou precisa de algo mais? Por favor, Pai
Joaquim, comente e faa as correes necessrias.
O resumo que voc fez muito bom. Portanto, no teria nada a corrigir.
Agora, essa a misso do espiritualista? No! Essa a prova de todos os espritos que encarnam
nesse planeta.
Misso aquilo que voc faz para outro. Prova aquilo que vive para voc. Reagir quilo que
algum ou alguma coisa faz a voc, de acordo com o resumo que voc mesmo fez, viver uma provao
para a sua encarnao com o objetivo de aproximar-se de Deus e no uma misso. Seria s esse o reparo
que eu falaria nisso tudo, apesar que tem coisa ai que eu nem sei o que .
Deus fica feliz porque voc faz isso? Eu j disse que Deus no fica feliz; Ele a felicidade. Deus no
quer que voc faa isso porque Ele quer. Deus quer que voc faa isso porque isso o melhor para voc.
Essa uma compreenso que vocs precisam ter.
Deus no um dspota que obriga voc a fazer algo. Tanto isso verdade que Ele deu ao esprito o
livre arbtrio. Deus no gera leis, obrigaes; Ele mostra caminhos. Mostra caminhos que sejam melhores
para voc, no para Ele.
Quando voc me fala do que foi ensinado pelos mestres, me fala num tom de obrigao. Mas, estes
ensinamentos no so obrigaes, mas sim um caminho, que pode ou no ser caminhado de acordo com a
sua vontade. Trata-se de um caminho no que lhe leva a grandiosidade humana, que no lhe leva a ganhar
nesta vida, mas que lhe leva a ter uma existncia eterna em unidade com todos. Um caminho que lhe leva a
sair da iluso que vive hoje no mundo ilusrio que voc cria e entrar na realidade.
Na verdade, Deus gostaria que voc trilhasse esse caminho, mas no o obriga a isso. Gostaria
porque sabe que esse caminho o melhor para voc. Ele quer que voc o trilhe no porque Ele queira, no
porque Ele precise que voc v por este caminho.
Pensando direito, no existe coisa mais arrogante do que dizer que Deus quer que voc ame a Ele
acima de todas as coisas. Esse no o Deus do universo. O Deus do universo simples; aquele que exige o
seu amor prepotente e arrogante.
Deus no lhe direciona a viver desse jeito porque quer a sua bajulao, porque quer a sua
submisso a Ele. Na realidade, Ele lhe mostra essa forma de viver como um caminho para a sua felicidade
eterna.
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Portanto, seu resumo est perfeito como um detalhamento do instrumento para se vencer as provas.
Agora, pratica quem quiser; quem no quiser tem o direito no optar por seguir este caminho. S que como
ensina O Livro do Espritos, s vai colocar em prtica este ensinamento, caminhar neste caminho, aquele que
antev o futuro.
A questo de O Livro dos Espritos que citei diz mais ou menos assim: no seria obvio, j que o
esprito escolhe sua prova, que ele escolhesse as menos doloridas? O Esprito da Verdade diz que no, que
isso ideia de seres que esto submetidos humanidade. Alm desta resposta, Kardec faz um longo
comentrio sobre o assunto e numa das partes afirma o seguinte: o esprito como o descobridor dos mares
que enfrenta a tempestade com a certeza do que vai encontrar quando chegar ao outro lado do mundo.
Esse o problema. Muitos querem fazer a elevao espiritual porque se sentem obrigados, muitos
querem fazer porque querem ganhar a elevao, outros porque querem ganhar a superioridade sobre os que
no fizeram, mas nenhum desses vai conseguir. S vai realmente conseguir aquele que antever o que lhe
espera do final dessa jornada. Se voc encarar essa encarnao como uma jornada, antevendo o que vai
receber se der cabo daquilo que se props a fazer, tenho certeza que para voc morre toda a obrigao.
2. Ouvindo msica
Participante: gosto de ouvir msica em vrios momentos do meu dia, enquanto fao
outras coisas. Como um espiritualista vive essa situao de frente pra Deus?
Ouvindo msica com Deus. A resposta to simples.
Como o espiritualista age se ele gosta de ouvir msica enquanto est fazendo alguma coisa?
Ouvindo msica com Deus. Agora, como se ouve msica com Deus? Estou ouvindo msica? Estou! Que
maravilha. No estou ouvindo msica. No estou, que maravilha!
O espiritualista vive com Deus e ao viver assim vive tudo com Deus, para Deus e em Deus. Como
est vivendo com o Pai, no se contraria com nada que acontece. essa a nica diferena entre um
espiritualista e um ser humanizado.
Espiritualista no proibido de ouvir msica. Ao espiritualista no proibido trabalhar, ter dinheiro,
casa prpria, viajar, ter carro, nada disso. Ele tem todas estas coisas, se tiver. A nica diferena dele para
aquele que no espiritualista que vive com tudo isso, com Deus, ou seja, sabendo que se tem, tem, se no
tem, no tem! Este o nico detalhe.
Portanto, se voc gosta de ouvir msica, quando tiver, oua vontade. Agora, quando no tiver, ame
a Deus acima da ausncia da msica. Assim voc estar com Deus sempre.
3. O espiritualista e as festas
Participante: estou em uma festa lotada. Cheio de gente danando e etc. As pessoas
parecem nem lembrar-se de Deus nesse momento. Como o espiritualista pode vivenciar
essa situao concentrado em Deus sem se sentir um estranho e, desse modo,
confrontar os outros no local?
Estando em Roma, aja como os romanos. Voc est numa festa, nela existe todo um ambiente, toda
uma forma de festejar. Portanto, festeje!
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Esse que o problema. Vocs ainda acham que ser espiritualista negar a materialidade. Ser
espiritualista no negar a materialidade, mas negar a humanidade, o que so coisas diferentes.
O espiritualista vai festa e se diverte, mas se no tiver festa, ele se diverte onde estiver. J o
materialista, aquele que depende das coisas materiais para ser feliz, se gosta de festa e no tem, ele vive a
contrariedade. O espiritualista bebe, mas se no tiver bebida, no sofre por isso. O espiritualista canta, dana,
faz tudo o que todo ser humano faz: a nica coisa que ele no vive condies necessrias, obrigaes e
necessidades.
Portanto, se voc est numa festa, festeje! Festeje ali, brinque, porque aquela festa Deus. Sendo
assim, quando festeja a festa, est com Deus. Agora, se voc quiser estar numa festa dando uma de
moralista, dizendo que aquela pessoa no deveria estar bebendo, mas sim rezando, voc no est com Deus,
pois Deus a pessoa que bebe e a bebida que est sendo bebida. Deus a pessoa que pula e os pulos que
a pessoa d.
J digo isso h muito tempo: a elevao espiritual se consiste na harmonia com a vida que se tem a
cada momento. Se o seu momento festejar, harmonize-se com a festa que tem. No saia julgando os outros
com padres moralistas, que fazer isso nada tem a ver com Deus. Esse que o detalhe: preciso aprender a
viver com o que voc tem.
Eu me lembro de uma pessoa que veio me pedir ajuda para a prima dele. Ele me narrou que o filho
dessa prima tinha morrido e ela agora vai todo dia ao cemitrio e s conversa com pessoas que tenham filhos
que morreram. Me disse que ela no sai pra passear, para se divertir. Eu respondi essa pessoa: qual o
problema disso? Ela est reclamando da vida que tem? No! Ento ela est bem com ela, que o que
importa. Tanto isso verdade que quando vocs vo falar com ela, ouvem a seguinte resposta: no enche
meu saco, eu estou bem assim.
Essa mulher est harmonizada com a vida dela e isso que precisa ser alcanado. Ao invs de
projetar o que seria estar feliz, voc deve aprender a viver a vida que tem para viver.
Ser espiritualista no ter uma vida pr-moldada a partir de conceitos que diz o que certo ou
errado o espiritualista fazer. Ser espiritualista, ou seja, viver prximo a Deus, aprender a viver
harmonicamente com tudo o que a sua vida contem.
Portanto, se voc est na festa, festeja! Ah, e no me esquea de chamar que vou junto.
4. O espiritualista e o sexo
Participante: como o espiritualista vivencia o sexo? As sensaes so muito intensas.
Como estar de frente pra Deus nessa hora?
Da mesma forma daqueles que no so espiritualistas vivenciam o sexo: fazendo! No h diferena.
Repare no que j disse: o processo de elevao espiritual se consiste em aprender a viver a vida
com aquilo que ela lhe oferece. Sendo assim, o espiritualista vive a questo sexual, quando ela se apresenta,
como todo ser humano: fazendo, quando d, ou no fazendo, quando no d! A diferena que o
espiritualista no se regozija por ter o sexo, nem se lamenta por no ter em determinado dia. Isso vale para
toda e qualquer questo humana.
Hoje no tem? No tem... Ou eu me viro sozinho ou vou ficar sem. Essa a forma espiritualista de
se relacionar com o sexo.
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J disse por diversas vezes que a sua vida Deus, porque emanao Dele. Por isso, para se
aproximar Dele, voc precisa viver a vida, ou seja, viver aquilo que est acontecendo. S que precisa viver
aquilo que est acontecendo de frente para aquilo, ou seja, vivendo a realidade que tem sem deixar as
obrigaes e necessidades que a mente cria interferir de alguma forma naquilo que voc tem.
Portanto, como o espiritualista vive o sexo? Do mesmo jeito que todos os outros: fazendo o sexo. S
que ele no sofre quando no tem e nem se regozija, quando tem.
5. Espiritologia em famlia
Participante: por que no conseguimos fazer a espiritologia com nossos familiares mais
prximos?
Porque voc os conhece. Porque tem verdades formadas sobre eles.
Por exemplo, e falo dele porque voc j cansou de dar esse exemplo em pblico seu pai. Voc
sabe que ele gosta de sofrer, mas isso no verdade. Ele no gosta de sofrer: ele sofre e no se incomoda
ao sofrer. As duas coisas so bem diferentes uma da outra.
Portanto, difcil fazer espiritologia em pessoas conhecidas: voc j tem pr-conceito a respeito
dessas pessoas. Para fazer espiritologia, o melhor comear com pessoas que voc no conhea, para que
no aja a influncia de pr-conceitos. H, no entanto, outro detalhe que no lhe deixa ajudar as pessoas
conhecidas atravs da espiritologia.
Por que voc no consegue fazer a espiritologia com as pessoas da sua famlia? Porque a maioria
delas no precisa de espiritologia. Voc est querendo aplicar a espiritologia a pessoas que voc supe que
sofrem, mas que na verdade no esto sofrendo.
Sua me, seu pai, sua filha, seus amigos, seu ex-marido. Voc quer aplicar espiritologia neles porque
acredita que eles esto sofrendo, mas o sofrimento que voc imagina que eles estejam sentido est apenas
em voc mesmo. voc que acha que o que eles vivem sofrimento...
Eles no precisam de espiritologia. Como j conversamos pessoalmente, seu pai est bem com a
forma como ele vive. Sua me est bem com a forma que ela vive. Ento para que fazer espiritologia neles?
Na verdade voc no est querendo fazer espiritologia: est querendo conscientiz-los de que a
forma que eles vivem um sofrimento. Faz isso no para melhorar as coisas para eles, mas sim para que
deixem de viver do jeito que vivem e vivam do jeito que voc quer que eles vivam. Isso no espiritologia:
querer mudar o outro. Isso ser professor da lei. por isso que voc no consegue fazer espiritologia com
eles...
O que voc precisa fazer mudar-se frente ao que eles so, como vivem. Voc que tem que
comear a aprender a conviver com eles do jeito que so, sem esperar que eles se mudem para que voc
tenha uma convivncia mais harmnica com eles.
6. Determinismo
Participante: sou adepta da Seicho No Ie e aprendi que tudo o que acontece reflexo da
minha mente, portanto se mudar a mente, tudo muda, inclusive meu destino e vejo lgica
nisso, pois penso que se aprendi determinada lio, no preciso mais passar pelo
aprendizado novamente, podendo partir para novo aprendizado. Mas ouvi do Pai
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Joaquim, a quem dou muito crdito, que no devemos desejar, devemos aceitar o que
vem, como vem, pois no podemos mudar nosso destino, no podemos mudar nada ao
nosso redor. Foi isso que entendi na sua mensagem, me desculpe se estiver errada.
Esse determinismo vai contra tudo o que aprendi e me parece que gera um comodismo.
Para lhe responder, preciso abordar algumas questes.
Primeiro voc me diz que adepta da Seicho No Ie e que l eu aprendeu que tudo reflexo da sua e
se muda-la, tudo muda. Lhe pergunto: voc acredita nisso? Se sim, tente mudar! Tente mudar sua mente.
Voc consegue? Voc consegue, vamos dizer assim, automatizar uma forma de pensar diferente da forma
que j tem? Eu lhe diria que isso quase impossvel. Mas, se quer, se acha isso certo, tente! Nada contra.
Como j cansei de dizer, cada um tem o seu caminho. Agora, acho que por esse caminho voc no
vai sair.
Segunda questo: voc me fala que se aprender, est tudo resolvido. O problema que vocs
acham que a coisa muito simples, muito fcil, igual aos livros de escola: se ler uma, duas, trs vezes, est
resolvido, o aprendizado est garantido. Se fosse assim to fcil, por quer vocs estariam encarnando e
desencarnando a sete mil anos? Se fosse assim to simples, por que ainda no fizeram? Essa a pergunta
que vocs precisam se fazer.
Precisam se fazer por qu? Para se conscientizar que no to fcil, que no to simples. Para se
conscientizar que preciso um trabalho rduo. Na hora que voc acha que to simples, que to fcil,
acaba empurrando com a barriga para fazer s quando tiver uma sentena de morte. Se algum lhe disser
que est com cncer e vai morrer, a voc comea a fazer.
No, a coisa no to simples. Vou explicar porque as coisas no so to simples, porque no basta
apenas mudar o que a mente fala.
As provas do esprito no esto naquilo que a mente fala. As provas do esprito so gnero de
provaes e no acontecimentos criados pela mente. Os acontecimentos criados pela mente so apenas
teatralizaes de gnero de prova.
Vou dar um exemplo para ficar mais claro. Vamos supor que voc nesta vida tenha pedido para se
libertar do gnero de prova vaidade, do achar-se melhor, mais bonito que o prximo.
Diga-me uma coisa: o que ser bonito? estar na moda, usar algo que voc chama de bonito.
Mas, e se o outro usar uma coisa diferente da que voc chame de bonita, mas que ele tambm chame da
mesma forma, ser que o que ele est usando no a mesma coisa que voc?
Sabe, no importa se voc est com um sapato de salto alto carssimo ou se est com uma sandlia
de dedo, a prova da vaidade pode estar presente em ambos os casos. No digo que ela est num ou noutro
calado, mas que pode estar nos dois. Falo isso porque vaidade achar certo o que voc usa. Se achar certo
usar sapato de salto alto ou se achar certo usar sandlia de dedo, voc est vivendo a mesma prova.
por isso que no simples vencer a prova. O enunciado da questo pode mudar sem que se altere
a essncia da provao. Como a sua mente no se expressa sobre a essncia da provao, mas vive apenas
o enunciado da questo, voc pode achar que se libertando do sapato de salto alto venceu a prova. A a
mente vai lhe fazer usar sandlia de dedo com soberba e vaidade e voc vai cair na mesma prova e nem vai
ver que est caindo. por isso que a coisa no to simples.
Alm disso, a complicao est no fato que quando encarna vem viver diversos gneros de provas e
para cada gnero de provao h diversas expresses ou teatralizaes, daquele gnero e tambm no fato
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de que as vrias formas ou objetos do mundo podem servir a todos os gneros de provaes. Eu mostrei
apenas a teatralizao de um gnero usando apenas um instrumento e mesmo assim j lhe provei que voc
pode cair achando que fez alguma coisa.
Ento, realmente no fcil, no simples. por causa desta complexidade que vocs esto
reencarnando a sete mil anos. Por achar que simplesmente se libertando de um sapato de salto alto e usando
um chinelo de dedo com o critrio de que isso o certo, voc imagina que venceu a vaidade, quando isso no
aconteceu.
Terceiro detalhe respeito da sua pergunta. A forma como escreveu o que eu falo est perfeita,
exatamente isso. Agora, ser que o determinismo leva ao conformismo? S se estiver determinado.
Quando se fala em determinismo, o ser humano tem mania de gerar um determinado futuro, tem o
hbito de imagina o que ainda ocorrer, mas isso incorreto. Voc no pode imaginar nenhuma
consequncia da aplicao do determinismo sobre o que est acontecendo agora, pois s ir acontecer o que
estiver determinado e no o que voc, pela sua lgica humana, supe que possa acontecer.
Lembro, que quando nos falvamos muito mais na questo do determinismo, uma vez estvamos
conversando sobre matar o outro e uma pessoa que no tinha ainda ouvido nossas conversas, disse para
outra que j nos ouvia h algum tempo: voc acredita nisso? A pessoa respondeu que acreditava. Aquela
que ainda no nos tinha ouvido falar lhe disse, ento: cuidado, no saia dizendo por ai que tudo est pr-
determinado, que se uma pessoa matar algum porque tinha que matar. No diga isso porque as pessoas
podem usar isso como desculpa e matar algum e dizer que voc disse que podia.
Ora, se eu estou falando sobre determinismo, no posso aplicar o determinismo s a um momento,
mas tenho que aplicar a todos os momentos da vida. Quando aplico a tudo vejo que o assassinato ou a
desculpa s acontecer se estiver pr-determinado. E, se estiver pr-determinada, o que causou a morte no
foi a pessoa falar que se pode matar algum, mas a predeterminao. Da mesma forma, o que causou o
comentrio do outro no foi o querer jogar a culpa em algum, mas a predeterminao tambm.
Ento esse o problema dessa sua questo e olha, no a primeira pessoa que levanta ela. No vai
haver acomodao ao entrar em contato com a ideia do determinismo, se no houver uma determinao para
isso. Agora se houver, no foi o fato de ter entrado em contato com essa ideia que gerou a acomodao, foi o
que estava determinado.
7. O pedir e a Causa Primria
Participante: acompanhando as palestras do Pai Joaquim percebe-se que afirmado
que tudo emana de Deus, atos, pensamentos, etc. Causa primria. Assim sendo, eu
gostaria de saber, do ponto de vista do Pai Joaquim, a respeito do contedo bblico que
est em Mateus 7: Peam e ser dado. Busquem e encontraro. Batam e a porta ser
aberta. Pois todo que pede, recebe. O que busca encontra e aquele que bate, a porta
ser aberta.
Todos que pedem, recebem. Para todos que batem, a porta ser aberta. Mas, quem vai dar? Quem
vai abrir a porta? Deus. Essa afirmao, portanto, no acaba em nada com a ideia de que tudo emana de
Deus. Ou ser que voc imagina que outra pessoa vai dar ou que outra pessoa vai abrir a porta? Claro que
no. Isso claro, o que nos compete agora entender o que quer dizer bata que eu abrirei e pea que
receber.
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Deus Pai e como diz Cristo, no vai dar uma cobra a quem pede um alimento. Ele sempre dar a
cada um o que ele precisa, no momento que precisar. Esse o Pai: aquele que d ao seu filho o que ele
precisa.
Mas, por causa dessa frase vocs acham que basta pedirem o que quiserem que iro receber
exatamente o que quiserem. Isso no verdade. Deus no vai dar uma cobra se voc est precisando de
po, ou seja, Ele no vai lhe dar um brinquedinho material um carro, uma casa, um casamento, uma roupa
se voc, o esprito, o filho Dele, est precisando de provas, que o alimento espiritual, aquilo que sustenta a
busca da elevao espiritual.
Deus d a cada um segundo as suas obras. Sendo assim, posso entender que essa batida na porta
citada no trecho que voc colocou na sua pergunta, o fazer de acordo com suas obras. Cada vez que o ser
universal reage uma provao ele bate porta de Deus e o Pai lhe d de acordo com esta batida. Ele no
d de acordo com o que voc pede ou deseja, mas de acordo com a sua ao espiritual.
Como fala o Esprito da Verdade quando comenta a questo da escolha das provas, o esprito
quando liberto da matria no se impressiona com o sofrimento do mundo material porque ele divisa ao longe
aquilo que realmente quer para si. por isso que Deus no se preocupa com os pedidos gerados pela mente,
aquilo que o ser quer quando encarnado, mas se atenta aos pedidos feitos por este mesmo esprito antes da
encarnao.
Os pedidos feitos pela mente durante a encarnao no so seus. Os pedidos fundamentados no
ganhar coisas materiais, no so seu: da mente. Sendo fruto da mente, posso dizer que Deus lhe dando.
Ou seja, o pedido da mente j o dando de Deus a quem bateu sua porta...
O que Ele est lhe dando neste momento? O po espiritual que alimenta, a prova, a oportunidade de
elevao espiritual, o alimento espiritual. isso que vocs precisam ver e por isso que eu tenho falado
muito com vocs na questo do ver, do ter conscincia.
A mente, enquanto humana, v humanamente. Ela se apega s coisas humanas, mas voc que sabe
que existe em voc algo alm da matria e que quer viver para esse algo, precisa ver a partir desse algo e
no a partir do nvel dos seus olhos, do mundo que voc vive. Quando voc olhar de cima para baixo, vai ver
que essa batida e essa abertura de portas e esse dar a quem pede que est no ensinamento que citou, no
pode estar preso ao anseio material, mas tem que estar preso a vida eterna do esprito. Quando ver isso, no
ter mais dvida.
8. O policial e o julgamento
Participante: vi que tudo causado por Deus. At aquilo que tratado como crime pelas
leis humanas so feitos por Deus e que no devemos julgar como certo e errado. Pois
bem, qual seria a misso e a viso de Deus para uma pessoa que venha a ser um
policial e obrigado a punir, julgar e, em certos casos, tirar a vida de acordo com as leis
criadas pelos humanos? E para que o esprito vem para esse tipo de misso?
Primeiro detalhe. Lembro que quando comeamos a estudar o budismo, uma das primeiras coisas
que vimos foi a questo do no julgar. Ns batemos muito firme com o grupo de ento neste aspecto. Quando
o no julgar j estava mais ou menos entendido, uma pessoa do grupo foi chamada para fazer parte do
tribunal do jri, para julgar pessoas que estavam sendo acusadas de crimes contra a vida.
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Quando isso aconteceu, essa pessoa veio pra cima de mim: mas Joaquim, voc acaba de ensinar
para no julgar e a vocs fazem ser chamada para o tribunal do jri. Para que? Eu respondi: para voc
aprender a exercer o julgamento humano, sem deixar o seu corao se envolver nele...
O julgamento pelas leis humanas, seja por juzes ou por jurados, assim como o trabalho policial ao
qual voc se refere, so acontecimentos e atos da vida. Por isso, eles tero que ocorrer de acordo com aquilo
que cada esprito precisa. Ou seja, o juiz e o jri vo julgar e chegar a um veredito, que o carma pr escrito
daquele esprito. Voc, ou qualquer outro policial, vai caar, prender, acusar ou at matar aqueles que
possuem esses carmas. para isso que determinados espritos cumprem essa misso, ou seja, ocupam
esses papis no mundo humano.
A misso de agir sobre a vida dos outros est na pergunta 132 do Livro dos Espritos: eles tomam um
corpo de acordo com o mundo onde vo morar e ali, sob as ordens de Deus vo contribuir para a obra geral.
Se voc passar no concurso para policial, se assumir o cargo, lembre-se disso: na hora que for policial,
qualquer que seja a sua ao, estar sendo o instrumento do carma do outro. Lembre-se disso, mas tambm
no se esquea que deve amar a Deus sobre todas as coisas e ao prximo como a si mesmo.
Amando a Deus sobre todas as coisas, voc vai prender todos os bandidos que tiver que prender, vai
matar todos os bandidos que tiver que matar no cumprimento da sua funo, mas no vai sofrer nem com o
que ver como resultado do que eles fizeram e nem como resultado do que voc fez. Isso porque estar ligado
em Deus ao vivenciar o ato que est sendo praticado.
Se amar o prximo como a si mesmo, voc vai prender, bater ou matar, mas no vai ter dio do
outro, no vai ter raiva do outro. Estou batendo, estou prendendo, estou matando porque essa minha
funo, porque isso que estou fazendo o meu carma, a minha misso, mas essa pessoa meu irmo e
por isso, internamente, eu no o acuso de nada.
Acho que minha resposta fica bem clara se levarmos em conta o ensinamento de Cristo: a Cesar o
que de Cesar; a Deus o que de Deus. Deixe o seu lado externo, o que de Cesar, agir dentro daquilo que
precisa ser feito para o cumprimento do carma de cada um e mantenha o seu lado interno, aquilo que de
Deus, ligado a Deus. O resto s historinha pra boi dormir.
9. Lembrana das provas
Participante: por que o esprito no se lembra de suas promessas feitas a Deus, antes
de materializar-se nesse plano? No seria mais fcil e lgico? Como posso cumprir uma
promessa se no tenho cincia da mesma?
Grande pergunta.
No seria mais lgico voc se lembrar da promessa a Deus? Sim, seria. Mas, se assim fosse, que
valor teria o que voc faz? Nada! Voc no estaria fazendo por amor, mas sim para cumprir uma obrigao ou
estaria fazendo para ganhar a sua elevao espiritual. esse o problema...
Vocs humanos, como eu j disse, no conseguem ir a essncia da coisa. Vocs ficam s na
superfcie do mar e no mergulham para ver toda a profundidade que h nas coisas.
A elevao espiritual conquistada atravs da retomada da capacidade de amar a Deus acima de
todas as coisas e ao prximo como a si mesmo. Por isso, essa retomada no pode ser fundamentada no
ganhar ou no cumprir uma obrigao. por isso que o esprito quando encarna tem um vu de esquecimento,
ou seja, a mente humana no traz para a conscincia aquilo que ele prometeu antes de encarnar.
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Portanto, voc precisa no se lembrar. S que eu diria que, de qualquer maneira, voc no precisa
se lembrar do que prometeu antes da encarnao. Sabe por que? Porque Cristo lhe disse o que voc veio
fazer...
Cristo lhe disse o que voc se comprometeu com Deus antes de encarnar. Sabe o que foi? Voc se
comprometeu que ia amar a Deus sobre todas as coisas e ao prximo como a si mesmo. Foi isso que voc se
comprometeu em realizar nesta encarnao.
Se fizer isso, eu pergunto: para que se lembrar do que prometeu? Basta amar a Deus sobre todas as
coisas e ao prximo como a si mesmo que ter cumprido todas as promessas que fez antes de encarnar.
Resumindo, ento, voc tem um vu de esquecimento, no se recorda das promessas feitas, mas
tem um amigo, um mestre lhe acompanhando o tempo inteiro e lhe repetindo: ame a Deus sobre todas as
coisas e ao prximo como a si mesmo. s isso. O resto so detalhes. O problema que vocs se apegam a
detalhes e com isso no fazem o bsico.
Ao invs de se preocupar com os detalhes do que est acontecendo agora, viva o bsico: o amor...
Trabalhe e viva de outro modo. No se preocupe com nada do que acontece, no se preocupe em resolver
problemas que aparecem: concentre-se em amar a Deus sobre todas as coisas e ao prximo como a si
mesmo. Vivendo assim, voc ter resolvido tudo o que veio para resolver.
Acho que na sua resposta fui repetitivo. Diversas vezes falei que voc deve amar a Deus sobre todas
as coisas e ao prximo como a si mesmo, mas fiz isso porque amar a Deus sobre todas as coisas e ao
prximo como a si mesmo aquilo a que voc deve se entregar de corpo, alma, esprito e mente. isso que
ensina o Cristo.
10. O espiritualista e a necessidade de informaes
Participante: como um espiritualista deve vivenciar situaes em que levado a
memorizar e evocar informaes para, por exemplo, fazer uma prova de faculdade ou
reter uma nova informao relacionada ao trabalho? A cincia humana diz que para
podermos aprender devemos atribuir aquela informao um carter de importncia, pois
caso contrrio ela se perder. Joaquim, eu gostaria que voc falasse sobre isso do ponto
de vista dos ensinamentos dos mestres.
Como que o espiritualista memoriza ensinamentos? Estudando, lendo e dando a ele importncia.
Falo de estudo dos ensinamentos humanos para o concurso que voc citou na sua pergunta.
Para memorizar ensinamentos, o ser humano, seja ele espiritualista ou no, estuda, l e d
importncia a eles. S tem um detalhe: o espiritualista no se prende a resultados. Por isso, ele l, estuda,
memoriza e d importncia aos ensinamentos, mas no vive o agora sei tudo e por isso vou passar na prova.
Ao invs disso ele diz pra si: eu fiz o que tinha que fazer, aconteceu o que tinha que acontecer, agora vou
fazer a prova. Se vou passar, eu no sei.
O espiritualista no vive externamente diferente do materialista. Lembro-me de uma histria, onde
um senhor de terra sabendo que o Buda ia passar pelas suas terras, foi l e ficou olhando o Iluminado o dia
inteiro. noite quando esse senhor voltou para casa, o filho dele perguntou: e a pai, ele mesmo o Buda, o
Iluminado? O pai respondeu: acho que no. Para mim ele um ser humano igualzinho a outro qualquer.
Passei o dia inteiro olhando e ele andou como ns andamos, comeu, arrotou, soltou gases, fez coco, fez xixi...
Fez tudo igual a ns que no somos iluminados. Ele no tem nada diferente de ns.
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exatamente isso: no mundo externo, o espiritualista no tem nada de diferente do materialista. A
diferena entre os dois est no mundo interno. Neste mundo, o espiritualista no vive com as obrigaes e
necessidades que o ser humano comum vive. Ele no vive com saberes e com posses, como o ser humano
comum vive. Essa a nica diferena.
Apesar disso, a mente do espiritualista tambm igual ao do materialista. A mente do espiritualista
vive com obrigaes e necessidades, saberes e posses assim como a do materialista. A nica diferena que
o espiritualista no convive com o que a mente diz como realidade, como verdade. Essa a diferena entre o
espiritualista e o materialista. O espiritualista sabe que existe uma realidade e que essa no aquilo que a
mente fala. Por isso ele abre mo de viver o que a mente fala como se fosse verdade, como se fosse
realidade.
Estas so as diferenas entre espiritualistas e materialistas. No resto, tudo igual: tudo humano.
11. Autoconhecimento
Participante: Existe o autoconhecimento? possvel e importante se autoconhecer?
possvel ser feliz sem se autoconhecer? possvel alcanar a Deus, sem se
autoconhecer? Autoconhecer-se apenas um modo da mente nos ludibriar?
Eu vou responder a cada uma destas questes j, mas primeiro me deixe falar sobre
autoconhecimento.
Para o ser humano, autoconhecer-se saber quem voc . Apegado a ideia de que voc o
humano ao qual est ligado para uma encarnao, os espritas e espiritualistas falam em autoconhecimento
como identificar quem o ser humano.
Agora, pergunto: ser que voc ou qualquer um que faz essa busca nunca se surpreendeu consigo
mesmo em outras oportunidades? Ou seja, ser que nunca ningum conseguiu ver que por mais que se
autoconhea haver sempre momentos onde a sua reao no estar de acordo com o que acha que ?
Claro que sim! Todos j passaram por isso.
Alis, no prprio O Livro dos Espritos dito que voc no tem condio de se conhecer. Quando
Santo Agostinho fala do autoconhecimento ele diz que ao se analisar o ser humanizado sempre sofrer a
ao de conceitos predeterminados sobre si mesmo que atrapalham esse conhecimento.
Portanto, o autoconhecimento, como entendido pelo ser humano (saber quem o humano ao qual o
esprito est ligado, no pode ser feito, no tem como ser feito, no possvel ser feito. Mas, mesmo assim eu
afirmo que voc pode se autoconhecer.
Quem voc? O ser que habita esse corpo, o ser que est ligado a uma conscincia humana. Esse
o autoconhecimento que o espiritualista alcana quando medita sobre si mesmo.
Espiritualista aquele que acredita haver em si algo alm da matria. Por isso, quando medita sobre
si mesmo, ele se reconhece como esse algo mais e no como a mente humana o descreve.
A partir desse autoconhecimento sobre si mesmo, o espiritualista precisa, ento, aplicar a segunda
parte do espiritualismo: viver para esse algo mais. O viver para esse algo mais, j que segundo O Livro dos
Espritos para o ser humanizado o esprito nada, viver para o nada. Como vocs no conseguem viver
para o nada, posso dizer que viver sem se prender ao que a mente diz que voc.
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Esse o autoconhecimento que o espiritualista precisa ter para poder realizar o trabalho da reforma
intima: saber que ele o algo alm da matria; saber que esse algo alm da matria que , lhe totalmente
desconhecido, porque ele s vive como real o que a conscincia humana cria. Se voc alcanar esse
autoconhecimento, como ensina Cristo, no Evangelho de Tom, tudo lhe ser revelado.
Como Cristo diz, quando voc se reconhece como filho de Deus, tudo lhe ser revelado. Mas, essas
revelaes no sero ideias, no estaro no mundo humano.
Acho que agora posso responder suas perguntas. Existe o autoconhecimento? Sim, acabei de
provar.
possvel e importante se autoconhecer? Sim, porque se voc no se autoconhece dentro da forma
que conversamos aqui ainda vai se imaginar como o humano e a no faz nada do que precisa fazer para a
elevao espiritual.
possvel ser feliz sem se autoconhecer? No! Por que? Porque a sua felicidade fica dependente da
mente criar razoes para ser feliz. Como a mente, na maioria das vezes, no cria motivos para voc ser feliz,
no conseguir ser feliz.
possvel alcanar a Deus, sem se autoconhecer? No! Porque a elevao espiritual, ou seja, ela
pertence ao esprito. O humano no se eleva. Por isso voc s se aproxima de Deus, se eleva,
reconhecendo-se como sendo essas coisas que eu disse anteriormente.
Autoconhecer-se apenas um modo da mente nos ludibriar? O autoconhecimento humano apenas
um modo da mente lhe ludibriar. Por qu? Porque ela lhe diz que voc se conhece, mas muitas vezes ela age
contrria ao que ela disse que voc . Neste momento voc vai sofrer, vai se acusar, vai ficar imaginando
porque agiu daquele jeito, vai achar que ainda no se conhece.
Enfim, vai estar sempre preso quilo que voc no : o ser humano.
12. Sucesso
Participante: vi uma frase que um amigo postou no Skype e gostaria que Joaquim
comentasse. Como nos ensina o mdico e palestrante Dr. Las Ribeiro, ser feliz estar
satisfeito com aquilo que voc tem, mas ter sucesso conquistar aquilo que voc quer.
Eu concordo plenamente: ser feliz estar satisfeito com o que voc quer, mas ter sucesso
conquistar aquilo que voc sonha. Concordo com isso!
S tenho uma pergunta a lhe fazer: o que voc quer pra voc? Sucesso, uma vida material prspera
ou quer para voc a elevao espiritual? Se quer o sucesso, se quer uma vida humana prspera, faa
exatamente o que doutro falou. O que ele disse perfeito nesse sentido, por isso voc vai alcanar o sucesso.
S tem um detalhe que quero lhe alertar: o sucesso tem prazo determinado.
No mundo humano muitas vezes o sucesso corresponde a quinze minutos de fama. No mundo
espiritual sabemos que esse sucesso pode demorar vinte, trinta ou quarenta anos, mas ele acaba. Voc pode
durante um tempo nesta vida ser um profissional respeitado, pode ter fama como chefe de famlia ou em
qualquer outro segmento da vida humana, mas isso acaba quando se encerra a vida...
Diante disso lhe pergunto: e com relao eternidade, quando voc vai conquistar o sucesso? Todo
sucesso que se relacione com realizaes humanas pertence ao ser humano e vai acabar no momento em
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que o ser humano acabar. No existe sucesso no mundo humano que ecoe no mundo espiritual. Por isso
Cristo ensina: o primeiro no reina da Terra ser o ltimo no reino do cu.
Se voc preocupa-se apenas com o sucesso nessa vida, lhe pergunto: como vai viver a eternidade?
Lamentando-se porque perdeu a fama?
Sim, tem muitos que esto naquele lugar que vocs chamam de umbral lamentando exatamente
isso. Porque que eu fui morrer, eu perdi minha fama, eu perdi meu sucesso, eu perdi minha posio de
respeito.
Se voc no liga para o seu futuro espiritual, para a sua vida eterna, continue buscando o sucesso
fundamentado nos padres humanos. Agora, se voc liga para o seu futuro eterno, saiba que esse sucesso
no vai lhe levar a lugar algum. Pelo contrrio. De acordo com o ensinamento de Cristo que vimos esse
sucesso vai lhe levar a ocupar o ltimo lugar no reino do cu.
13. Orar por espritos perdidos
Participante: gostaria de perguntar qual seria o efeito e o benefcio para o mundo
espiritual, em relao queles espritos perdidos, se algumas centenas de mdiuns no
Brasil sejam de Umbanda ou Kardecismo, se juntassem em uma roda e realizassem
uma orao em prol dessa causa. Ajudaramos, ou no poderamos interferir no tempo
de cada um?
Se Deus d a cada um, segundo suas obras, preciso que cada um obre por si para poder receber
alguma coisa.
Claro que se voc fizer uma roda e emanar energias, essa pode tocar o esprito que est vivendo a
situao que voc falou e pode, tambm, leva-lo a obrar de uma forma diferente. Mas, no podemos esquecer
que existe a questo do livre arbtrio, ou seja, cada esprito obra do jeito que ele quer. Por isso, o resultado
sempre depender do prprio ser e no de fatores externos.
Portanto, vocs poderiam fazer a roda. Ela at poderia levar essa energia aos espritos, mas, dizer
que isso seria fator determinante da salvao desses espritos, isso no seria real. Alis, acreditar nisso, seria
o mesmo que dizer que Cristo falou asneira, que falou uma mentira. Se a obra de algum ser fosse
determinante do que o outro receba, Cristo teria falado errado.
Por isso lhe digo que fazer a roda, emanar energia, girar para ajudar o outro, fazer trabalhos
espirituais como a apometria ou choque energtico ou ainda fazer oraes no resolve a vida de ningum.
Fazer qualquer coisa neste sentido voc pode fazer, se fizer, se for isso que causa primaria disser para fazer,
mas esperar que isso v salvar algum ir contra o que Cristo ensinou.
Fazer pelos outros no resolve a vida de ningum! O que resolve cada um consigo mesmo, usando
do seu livre arbtrio, optar entre amar a Deus sobre todas as coisas e ao prximo como a si mesmo.
Quando o ser fizer essa opo, ele no precisa mais das suas oraes.
14. Conversando com um anjo
Participante: desde o momento em que acordo at a hora de dormir, o tempo todo,
converso com um anjo imaginrio, que tem se provado nem to imaginrio assim. Tomo
todos os cuidados possveis para me certificar de que essa voz, no algo que me
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queira mal, mas que queira o meu adiantamento ou a minha tranquilidade ou o meu
progresso. Assim, os fatos mais comezinhos da vida executo com o esse ser imaginrio.
Ser essa maneira de se dedicar a Deus, tornando-o parte do meu dia a dia? Ou ser
que estou tentando me utilizar de Deus para viver minha vida humana.
A minha pergunta para voc seria a seguinte: quem conversa com essa criatura imaginria? Quem
imaginou essa criatura para ela falar? Foi voc? O que ela fala contem palavras entendveis por voc?
Contem formas, ou seja, ela fala de pessoas, de situaes, de objetos desse mundo? Se sim, quem essa
pessoa com que voc se relaciona e quem se relaciona com ela? obvio que se tem tudo isso, s pode ser
matria, mundo material. Tudo isso s acontece apenas no mundo mental. Quem est conversando, quem
est respondendo, a prpria mente.
Repare que voc fala que essa pessoa vive lhe orientado para voc ter o melhor dessa vida.
Desculpa; nenhum esprito que realmente queira seu avano espiritual vai lhe orientar no sentido de ter o
melhor dessa vida. Ela vai lhe orientar a aprender a viver tudo que viver ligado no amor universal. Essa seria a
minha viso.
Agora, quando tiver um amigo espiritual que voc nem ouve, quando tiver um amigo espiritual que
voc nem perceba que est lhe enviando energia, estar em comunicao com um esprito que est servindo
a Deus. S que nenhum ser humano tem esse amigo espiritual. Isso porque o ser humano, para poder ver a
presena deste esprito, precisa da razo, pois ela que cria a conscincia da existncia de alguma coisa.
15. Viver com Deus
Participante: no estamos vivendo Deus quando estamos vivendo tudo? Nossa vida
pessoal, profissional, religiosa no Deus? Deus est em tudo. Se pararmos de fazer
tudo isso, Deus continuar vivendo em ns e ns Nele. O que o senhor considera como
estar com Deus?
Eu lembro uma vez onde estava dizendo que Deus tudo e tudo Deus e falei a uma pessoa: o seu
cachorro Deus. Esta pessoa, ento, me respondeu: sendo assim, posso viver com o meu cachorro como se
ele fosse Deus. Eu respondi: no; voc tem que viver com Deus como se Ele fosse seu cachorro para poder
conviver com o Pai.
O problema o que voc coloca na frente. Se coloca o cachorro como Deus voc est amando um
cachorro e dizendo que esta amando a Deus. Se coloca Deus na frente, voc est amando Deus e no a um
cachorro. Vou tentar usar este exemplo para falar do que voc perguntou.
Voc disse que o seu trabalho Deus. Minha pergunta : o que voc vai fazer no seu trabalho? Voc
vai trabalhar, vai executar aes humanas, vai atender pessoas, vai cumprir a sua jornada de trabalho para
ganhar o seu salrio? Se a sua resposta for sim, voc no est com Deus. Agora, se vai ao seu trabalho e o
mais importante de ser feito ali amar a Deus sobre todas as coisas e o prximo como a si mesmo, Deus o
seu trabalho.
essa essncia das coisas que realmente lhe diz com quem voc est vivendo os acontecimentos
da vida. Por isso sempre disse que amar a Deus conseguir colocar na prtica os mandamentos ensinados
por Cristo. No se trata de deixar de trabalhar, de se separar da sua mulher, abandonar o mundo humano e ir
para o meio do mato e ficar isolado. No! Amar a Deus ao viver tudo isso, vivenciar o acontecimento com a
inteno primria de cumprir os mandamentos ensinados por Cristo.
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a inteno primaria que determina o que voc est fazendo. Se a sua inteno primria ao sair de
casa ir ao trabalho, ir escola ou passear, voc est indo fazer essas coisas. Se a sua inteno primria ao
sair de casa amar a Deus sobre todo as coisas e o prximo como a si mesmo, no importa o que est
fazendo, voc est indo amar a Deus sobre todo as coisas e o prximo como a si mesmo.
Ficou clara a diferena?
16. Aprender a amar
Participante: como fazer para amar a quem estamos juntos h anos?
Para conseguir a resposta, a primeira coisa que voc precisa saber o que amar. Afirmo isso
porque voc ainda imagina que amar seja essa coisa boba de deslumbramento e paixonite que os humanos
chamam de amor. Amar no isso.
Amar respeitar, ser companheiro, camarada. Amar estar ao lado de uma pessoa respeitando-a
e servindo-a.
Portanto, se voc quer amar algum, no se preocupe em desenvolver a paixonite. Ao invs disso,
concentre-se em respeit-la, em cuidar dela, em servi-la. Seja companheiro dessa pessoa. Com isso, estar
amando-a de verdade.
17. Relaes naturais
Participante: o que so relaes naturais?
O que deveria reger as relaes entre os seres humanizados e entre eles e os demais elementos do
mundo? O amor universal... Tudo na existncia carnal deveria ser vivenciado de uma forma espiritual, para
que o que natural (da natureza do esprito), fosse mantido...
Mas, as mulheres (seres humanizados encarnados em matrias com esta forma) trocam esta relao
pelo amor maternal, filial, marital, amizade, etc. Trocam a relao natural (com amor universal) com seu corpo
pela vaidade (que leva plstica, maquilagem, moda).
18. Paulo e o homossexualismo
Participante: quando Paulo fala que os homens deixam as relaes e se queimam de
paixo uns pelos outros (Carta aos Romanos, 1, 27), ele com certeza fala do
homossexualismo, no?
No... Vamos entender...
Paulo afirma: os homens se queimam de paixes por outros homens... O que se queimar de
paixo? Adorao, amizade, vaidade, orgulho, etc. Qual deveria ser a relao natural entre eles? A prtica do
amor universal.
Um homem que considere outro certo, que se imagine amigo deste, no est se queimando de
paixo por ele? Claro que sim, porque tem verdades a respeito deste outro.
Mas, quem o amigo? Criador ou criatura? Ento, o homem que acha algum outro certo se queima
de paixo numa relao vergonhosa, j que est adorando a criatura ao invs do Criador...
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Participante: mas, cada um pode interpretar este texto de um jeito sem estar, por isso,
errado...
No... Cada um pode dizer o que quiser, mas interpretar este texto de forma diferente no pode.
Paulo fala anteriormente na paixo verdadeira e ela uma s: amor a Deus acima de todas as
coisas... A partir da ele afirma que a paixo que vergonha para os seres humanos relacionar-se com a
criatura como se fosse Criador... Foi isso que estudamos at aqui e agora no poderamos mudar o sentido
dos ensinamentos de Paulo para relaes homossexuais... Por isso o texto no pode ser interpretado de
forma diferente.
Vamos tirar o sexo dos personagens envolvidos no texto... Falemos da paixo vergonhosa de um
homem com uma mulher...
Quando ela acontece? Quando no fundamentada no amor universal (amor entre espritos), mas
sim nos conceitos egostas (eu gosto, eu acho certo, meu) do ser humanizado.
Quem ama universalmente falando no deixa que os conceitos poluam a relao entre os eles e os
demais elementos do Universo. Esta a relao natural, da natureza do esprito, e, por isso, no
vergonhosa. Mas, quem se deixa levar primariamente pelo seu individualismo, se relaciona de uma forma
vergonhosa com os outros.
Esta Realidade independe de sexo. No importa se estamos falando de homem ou mulher
relacionando-se com seu igual: se houver paixo humana (gostar) h uma relao vergonhosa.
O que mais causa a interpretao de que aqui est embutida uma crtica ao homossexualismo, o que
comum entre os seres humanizados, o termo relao... Por causa dele cria-se logo a imaginao de que
est se falando de relao sexual, mas estamos falando de relacionar-se (estar em contato), em qualquer
nvel.
Trocar a sua relao natural deixar de viver como esprito durante os relacionamentos em qualquer
gnero, pois esta a relao natural (que faz parte da natureza do ser universal) entre os espritos,
humanizado ou no.
a partir desta Realidade que temos que entender os ensinamentos do apstolo e no utilizando os
preconceitos que esto na memria do ego humanizado.
Posso fazer uma pergunta bem clara? Olhe todas estas pessoas que esto aqui hoje... Existem seres
de ambos os sexos, no? Ns estamos tendo relaes aqui e agora?
Participante: acho que sim...
Claro que estamos... Estamos nos relacionando, ou seja, tendo relaes, e isto no tem nada a ver
com sexo...
Participante: mas, no texto est se queimam de paixes...
Vocs no esto se queimando de paixes agora? No esto gostando ou deixando de gostar por
estar aqui, pelo que esto aprendendo, por mim, pelo amigo ao lado? Isto so paixes...
Ento, vocs todos esto aqui mantendo uma relao comigo, entre si e com a palestra, e, com isso
esto nutrindo paixes. Mas, esto nutrindo neste momento uma paixo vergonhosa porque esto fazendo
tudo isso apenas a partir de seus prprios conceitos e percepes e Deus, para vocs, neste momento est
longe, apesar desta ser uma reunio espiritual....
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Nesta relao que estamos tendo agora esto presentes homens e mulheres. Os homens esto se
relacionando com homens, as mulheres esto se relacionando com suas semelhantes; tudo dentro de uma
relao vergonhosa, e nada est ocorrendo aqui que possa ser chamado de sexual...
As relaes vergonhosas no so as sexuais, mas quando um quer levar vantagem sobre o outro,
quando tem dio, quando critica o prximo, quando quer ser melhor do que o outro. Isso porque esta no
uma relao da natureza espiritual, mas uma relao fundamentada na natureza humana...
Participante: mas, esta a sua verdade... Eu posso chegar aqui e interpretar do meu
prprio jeito...
Claro que pode e muitos o fazem. Todos tm o direito de interpretar qualquer texto do seu prprio
jeito.
Agora, dizer que Paulo est se referindo a relaes sexuais apenas uma interpretao individual,
pois este texto continuao de tudo que vimos antes, onde o apstolo vem falando das relaes
vergonhosas com o que Deus faz e no das relaes sexuais entre os encarnados. No se pode quebrar a
lgica de Paulo, pois todo o texto uma s explicao.
isso que precisamos compreender para poder interpretar o texto. No podemos nos apegar apenas
aos valores sexuais porque em diversos outros momentos, inclusive agora, vocs esto tendo relaes com
outros homens e mulheres...
Ns estamos nos relacionando aqui; voc vai para o seu trabalho e tm relaes l o dia inteiro com
outros homens e mulheres... Estas relaes podem ser naturais (se vivenciadas com amor universal, livre de
conceitos) ou vergonhosas (vivenciadas a partir dos conceitos existentes no ego de cada um).
Mais tarde Paulo falar de relaes sexuais, mas quando isso acontecer, pode ter a certeza, ele ser
bem claro... Mas, neste texto, onde muitos dizem que h uma condenao ao homossexualismo, isso no
real. H sim uma condenao a uma relao vergonhosa entre os seres (onde no haja amor universal).
Deixe-me dizer outra coisa... Para vocs, humanos, o homem arder de paixo por uma mulher uma
relao natural, no mesmo? Mas, esta relao natural para vocs, porque para ns ela vergonhosa,
pois fomentada por uma paixo materialista e no espiritual.
A relao natural aquela que regida pelo amor universal. A paixo materialista, seja entre sexos
diferentes ou iguais, seja de pai para filha ou de filho para me, ou qualquer outra relao que no seja dentro
da felicidade, compaixo e igualdade, imoral. por isso que Cristo afirma que veio para jogar pai contra filha
e filho contra me...
isso que Paulo est nos ensinando: existe uma relao natural entre os espritos e o homem
(esprito humanizado) cria uma relao vergonhosa entre eles, porque so as fundamenta nas paixes que
so artificiais (criadas pelo ego).
Como j dissemos, Cristo disse que no h casamento no cu. Ento, uma paixo entre marido e
mulher no natural, mas artificial e acabar com a morte.
Ns no podemos continuar lendo as coisas do mesmo jeito que fizemos at agora, porque nosso
trabalho desmistificar o conhecimento humano. Desmistific-lo dizer que a relao no natural qualquer
uma mantida na base da humanidade, inclusive a sexual. Ou seja, qualquer relao onde entre paixo. Isto
porque, a partir da paixo, surge a posse, o cime, a desconfiana, o desejo, etc.
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19. Amar a nica resposta
Filhos!
Desde que abrimos a possibilidade de vocs fazerem perguntas diretamente a mim, j respondemos
quase duzentas e cinquenta perguntas. S hoje respondemos mais de trinta questes. Na grande maioria
delas, noventa por cento, a minha resposta para que vocs conseguissem saber o que fazer sempre foi: amar
a Deus sobre todas as coisas e ao prximo como a si mesmo. Mesmo quando no fiz a citao dos
mandamentos de Cristo, no fundo da minha resposta estava a colocao: voc precisa amar a Deus sobre
todas as coisas e ao prximo como a si mesmo.
Hoje estou enviando esta mensagem a vocs falando isso no porque no vamos responder mais
questes. Podem continuar remetendo a pergunta que for que estaremos disposio de vocs para
responde-las. O objetivo desta mensagem no estancar o fluxo das perguntas, mas gerar um auxlio maior a
vocs.
Muitas vezes na hora em que as coisas esto acontecendo na sua vida, vocs no dispem de um
Joaquim do lado para lhes orientar no que devem fazer naquela situao, no importando qual seja ela. por
isso, estou mandando esta mensagem. O que quero com ela que estejam aptos a conseguir a soluo para
os problemas de suas existncias naquele momento ao invs de sofrerem e s depois vir a mim perguntando
o que deveriam ter feito.
Na hora que esto vivendo qualquer acontecimento sabem como devem agir? Amando a Deus sobre
todas as coisas e ao prximo como a si mesmo.
Cristo deixou bem claro que estes so os dois nicos mandamentos que vocs devem cumprir se
quiserem aproximarem-se de Deus. Se no quiserem tambm, no tem problema nenhum. Ajam como quiser,
porque o que fizerem, o que viverem ser fruto do livre arbtrio de vocs e por isso estar sempre certo.
No entanto, para aquele que quer aproximar-se de Deus e assim realizar o objetivo da encarnao,
no importa se algum est com olho gordo sobre voc, se voc est com raiva do outro, se est sendo morto
ou se est matando algum: ame a Deus acima de todas as coisas e ao prximo como a si mesmo. Agindo
assim, voc ter certeza absoluta de ter aproveitado ao mximo aquele momento.
Dito assim, parece at fcil, no ? Parece at simples para vocs colocarem em prtica estes
mandamentos a cada momento, mas no . No porque vocs no sabem o que amar a Deus sobre
todas as coisas e nem amar ao prximo como a si mesmo.
Durante a conversa com candidatos a doutrinadores falamos sobre isso. Sei que em breve o texto
contendo o que foi dito ser divulgado, mas que queria adiantar o que disse l. Fao isso justamente pela
quantidade de perguntas, ou melhor, por causa da quantidade de dvidas que vocs tm. A quantidade de
perguntas no tm importncia, podem perguntar o quanto quiserem, mas fao isso para que possa realmente
lhes ajudar muito mais do que falando sobre um tema ou outro.
Por isso esta mensagem... Vamos a ela...
Vocs sabem o que uma vida humana? Os acontecimentos da vida humana, envolvendo a os atos
fsicos e o mundo mental de cada ser humanizado envolvido naquele acontecimento, so teatralizaes
escolhidas por Deus para dar ao esprito o gnero de provao que ele pediu. No importa se voc est
fazendo suas necessidades no banheiro ou est se casando, se est estudando ou orando: todo momento da
vida humana isso. No importa se voc est trabalhando como mdium, rezando uma missa ou fazendo um
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trabalho de doutrinao, voc est vivendo uma teatralizao criada por Deus de acordo com gnero de
provas que o esprito pediu antes da encarnao.
Sei que vocs no veem assim, mas neste mundo no h momentos sagrados e nem momentos
infames. A nica coisa que acontece Deus teatralizando de determinada forma um gnero de provao.
Compreendido isso, para poder compreender o que fazer a cada momento, voc precisa entender o
que gnero de provao.
Os gneros de provaes so as mltiplas vivncias que no refletem o amor a Deus sobre todas as
coisas e ao prximo como a si mesmo. Por isso, se voc est vivendo o amor humano ou o dio por uma
pessoa, no h diferena na forma como deve buscar agir para conseguir aproveitar a oportunidade da
encarnao. Isso porque qualquer emoo humana significa que voc no est vivendo o amor como
ensinado por Cristo. Est vivendo apenas sensaes humanas.
Com estas duas informaes podemos compreender que a cada momento da sua existncia
acontece uma pergunta, um questionamento: voc vai viver o amor a Deus sobre todas as coisas e ao
prximo como a si mesmo ou viver aquilo que a sua mente est criando para voc viver?
isso que precisam se atentar para poderem conseguir no momento em que esto sozinhos
conseguir viver a situao realizando a aproximao de Deus. No importa o que est acontecendo, voc
precisa amar a deus sobre todas as coisas e ao prximo como a si mesmo.
No importa se voc alvo da ganncia ou do mal olhado do outro ou ainda se voc que est
sendo ganancioso e emitindo mal olhado para a coisa dos outros, o que realmente est acontecendo uma
teatralizao de um gnero de provaes pedida pelo esprito antes da encarnao. Por isso, o que est
acontecendo realmente um questionamento: voc vai viver o que a mente est criando ou o amor a Deus
sobre todas as coisas e ao prximo como a si mesmo.
Nesse momento, ou seja, em todos os momentos da vida, aquele que quer aproveitar a encarnao
opta pelo bem, pelo amor a Deus acima de todas as coisas e ao prximo como a si mesmo. por isso que
estou adiantando o que j falei sobre o cumprimento dos mandamentos ensinados por Cristo.
Agora que voc sabe que no importa o que esteja vivendo na realidade o que est lhe acontecendo
uma oportunidade para cumprir os mandamentos ensinados por Cristo ou no, precisa conhecer como se
cumpre estes mandamentos. Vamos, ento, falar sobre o que amar a Deus sobre todas as coisas e ao
prximo como a si mesmo.
Amar a Deus sobre todas as coisas viver o amor por Deus acima de qualquer outra vivncia que a
mente lhe d.
A mente lhe diz que o ambiente no est agradvel? Viva o seu amor a Deus ao invs de viver a
ideia que o ambiente no est agradvel.
A mente lhe diz que voc est sendo caluniado? Viva o seu amor a Deus ao invs da ideia de que
est sendo caluniado.
Essa a prtica do amor a Deus sobre todas as coisas. isso que voc precisa conhecer para poder
a cada momento de sua existncia saber o que fazer: no importa o que a mente diga que est acontecendo,
se est sendo agredido ou agredindo algum, viva o amor a Deus ao invs de viver o que ela cria.
Dito isso, voc pode imaginar que agora sabe como colocar em prtica o mandamento ensinado por
Cristo, mas, para que realmente compreenda o que o mestre ensinou, h um detalhe que precisa ser visto. Na
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realidade em qualquer momento de sua existncia voc no deve apenas viver o seu amor a Deus, mas
precisa viver acima de todas as coisas uma relao amorosa com Deus. Ou seja, preciso viver o amor que
voc tem por Deus e ao mesmo tempo sentir-se amado pelo Pai.
Essa a primeira postura que o espiritualista assume quando, ao saber que existe algo alm da
matria, vive para este algo. Ele suplanta qualquer ideia que a mente cria pelo amor de Deus, ou seja, ao
invs de sentir-se trado, indignado ou com fome, sente-se amado por Deus.
Est a a primeira sada para vocs. Quando no tiverem um Joaquim do lado e viverem a dvida do
que fazer, apenas ame a Deus e entregue-se a Ele sentindo-se amado independente do que est
acontecendo.
Esta a primeira postura que o espiritualista toma e com isso cumpre o primeiro mandamento
deixado por Cristo. S que h mais um ensinamento transmitido pelo mestre. Vamos falar deste segundo
mandamento...
Ele tambm disse que preciso que voc ame ao prximo como ama a si mesmo. Este amor ao
prximo mais fcil de explicar: preciso respeitar o prximo.
Como Cristo falou, o amor ao prximo resume-se em dar a ele o que quer para voc. Voc no quer
ser respeitado? No quer ter o direito de ter sua opinio? No quer ter o direito de achar alguma coisa certa e
outra errada? No quer ter o direito de dizer o que verdade e o que no ? Pois bem: d este mesmo direito
ao outro.
Na prtica, isso quer dizer que na hora que algum lhe contrariar, voc no deve viver a
contrariedade, mas o amor a Deus e o amor de Deus por voc e com isso respeitar o direito do outro lhe
contrariar. Essa a prtica do dois mandamentos trazidos por Cristo, mas h ainda um detalhe que precisa
ser visto.
Cristo ensina que voc deve amar o prximo como a si mesmo, ou seja, ele diz que voc precisa
amar a si mesmo. O que este amor? O mesmo que deve ter pelos outros: respeito...
Para colocar em prtica os mandamentos deixados por Cristo voc precisa se respeitar. O que quer
dizer isso? Quer dizer que deve amar a si mesmo como voc e no esperar alcanar padres
predeterminados e considerados pela humanidade como certo para ento se amar.
Portanto, se durante a vivncia de um acontecimento da vida a mente lhe acusa de ter falado uma
mentira, ame a si mesmo: respeite-se. No aceite a ideia que a mente cria que voc est errado, que no
deveria ter sido daquela forma. Ao invs disso diga a si mesmo: eu menti, e da? Se a mente lhe diz que voc
est errado, que nervoso, depressivo, isso no importa: para colocar em prtica o amor ensinado por Cristo
voc precisa se amar do jeito que .
Eis a, ento, o que cumprir os mandamentos que Cristo ensinou. O amar a Deus sobre todas as
coisas e ao prximo como a si mesmo alcanado quando voc, ao invs de vivenciar a ideia que a mente
cria, amar e sentir-se amado por Deus e respeitar o prximo e a voc mesmo, dando a todos o direito de
serem, estarem e fazerem o que fizerem.
Atentando a estes detalhes, no importa o que acontea, voc conseguir aproveitar a encarnao e
conseguir viver ainda nesta vida a paz e a harmonia com o mundo, que a expresso do amor de Deus por
voc e de voc por Ele.
Portanto, como disse no incio, no estou mandando esta mensagem para que parem de me enviar
perguntas. No, estamos aqui disposio de vocs. O que estou fazendo hoje mandando uma mensagem
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queles que, mais do que curiosos ou em busca de saber, estejam realmente comprometidos com a busca
espiritual. Para esses est a a resposta para qualquer das suas dvidas, no importa qual seja ela.
No importa se uma me que se agarra ao filho ou se uma que se afasta dele: ame a Deus sobre
todas as coisas e ao prximo como a si mesmo que estar fazendo o que deve ser feito. O resto, o
conhecimento tcnico, a sabedoria sabedoria no sentido de acmulo de saber a questo da vibrao da
planta, o porque algum sofre, some quando voc convive com tudo com os mandamentos de Cristo.
Que vocs estejam na paz. Que aproveitem esta mensagem. E como disse diversas vezes nela,
estou disposio hora que precisarem.
Que a me lhes cubra com o seu manto.
Graas a Deus!
20. Vibrao das plantas
Participante: a vibrao das plantas a qual me refiro, o poder de curar os enfermos
agindo sobre os chacras atravs dos fluidos energticos das plantas, que so estudadas
por espritos no centro esprita, onde frequento chamado Lar de Maria. So mais de 2 mil
remdios fitoterpicos que quando feitos so retiradas as vibraes energticas ou fluido
energtico das plantas. A maioria dos remdios fitoterpicos s extrai as propriedades
qumicas das plantas, quando deveriam ser retiradas as vibraes energticas e por isso
no tem efeito. Alm disso, um pensamento, uma vibrao de negao, quando da
terapia o suficiente para bloquear os chacras e o efeito do remdio. O remdio
fitoterpico passado sobre o chacra frontal, assim o mdium que possui uma
mediunidade psicomtrica pode ver o fluido energtico da planta agir sobre o enfermo
diagnosticando cada serventia de cada planta. Eu entendo que muitos no sabero o
que vibrao, mas acho que o senhor generalizou agora e agradeo de corao pela
resposta.
Voc est se referindo a uma pergunta anterior, primeira que fez, onde eu disse que o ser humano
no sabe o que vibrao das plantas. A partir da minha resposta, voc est agora me ensinando o que so
as energias da planta e como elas funcionam e so usadas.
Compreendo o que voc quer dizer, mas que tal darmos uma olhada na pergunta 4 de O Livro dos
Espritos?
4. Onde se pode encontrar a prova da existncia de Deus? Num axioma que
aplicais as vossas cincias. No h efeito sem causa, procurai a causa de tudo
o que no obra do homem e a vossa razo lhe responder.
A prova de que Deus existe a causa de tudo o que acontece. Portanto, no h mais nada que
cause qualquer coisa a no ser Deus. Mas, vejamos outra pergunta de O Livro dos Espritos que mais direta
sobre o assunto que estamos tratando.
7. Poder-se-ia achar, nas propriedades intimas da matria a causa primaria da
formao das coisas? Mas, ento, qual seria a causa dessas propriedades?
indispensvel sempre uma causa primaria. Atribuir a formao primaria das
coisas as propriedades intimas da matria, seria tomar o efeito pela causa,
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porquanto essas propriedades so, tambm elas, um efeito que h de ter uma
causa.
Eis a a sua resposta. A propriedade ntima da matria depende de que Deus a cause para existir. Se
isso verdade, como pode um mdium escolher uma planta e como pode ela mesmo agir independente da
Causa Primria das coisas?
Sua descrio da utilizao das plantas neste centro muito bonita, mas h nela uma falha que
nenhum esprito livre da humanidade comete: a de esquecer de colocar Deus como Causa Primria de todas
as coisas. Quando se faz isso, moo, tudo muda.
Voc me relatou uma srie de aes que acontecem porque os mdiuns ou os espritos fazem, mas,
onde est a Causa Primria no que me disse? Fala como se pudesse haver alguma coisa que acontecesse
que no fosse gerada pela Causa Primria, mas pela livre ao de um ser, encarnado ou no, seguindo
apenas a sua inteno.
por causa da presena desta Causa Primria, que ficou bem clara nas duas questes de O Livro
dos Espritos que lemos, que eu disse, e continuo dizendo, que vocs, humanos, no sabem o que vibrao
das plantas. Vocs ainda acham que a vibrao da planta causada pela planta, quando na verdade, o