controles requeima da batata italo

9
CONTROLES DA REQUEIMA DA BATATA BALDO, Kaique. TONETTO, Italo. GRICIO, Bruno. GOULART, Gustavo. GREGÓRIO, Rafael. Discente FAEF-Garça Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal de Garça Sociedade Cultural e Educacional de Garça Curso de Agronomia

Upload: danielgrandi

Post on 27-Sep-2015

216 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

TRABALHO SOBRE A REQUEIMA DA BATATA PHYTOPHORA INFESTANS

TRANSCRIPT

Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal de Gara Sociedade Cultural e Educacional de GaraCurso de Agronomia

CONTROLES DA REQUEIMA DA BATATA

BALDO, Kaique.TONETTO, Italo.GRICIO, Bruno.GOULART, Gustavo.GREGRIO, Rafael.Discente FAEF-Gara

Gara, SPMaro, 2015Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal de Gara Sociedade Cultural e Educacional de GaraCurso de Agronomia

CONTROLES DA REQUEIMA DA BATATA

Prof. Regiane.Docente FAEF - Gara

Gara, SPMaro, 20151. INTRODUODentre os fatores que afetam a produtividade da batateira, as doenas tem se destacado. Dentre as doenas que atacam a batateira a requeima causada por Phytophthora infestans a principal devido a sua alta agressividade, podendo comprometer todo o campo de produo em poucos dias. considerada uma das doenas de plantas mais devastadoras de toda humanidade. A requeima ocorre em praticamente todos os locais onde a batata cultivada, sendo mais severa em perodos frios e midos. favorecida por temperatura moderada (12 20 C) e molhamento foliar superior a 10 horas (FOHNER et al., 1984). Temperaturas acima de 30 C so limitantes para o progresso da doena, mas o patgeno permanece nos restos culturais de 30 a 50 dias e pode provocar danos assim que as condies climticas tornam-se favorveis. A requeima pode incidir no caule, hastes e folhas da batateira (FOHNER et al., 1984).Os primeiros sintomas nas folhas so caracterizados por manchas de tamanho varivel, colorao verde-clara ou escura e aspecto mido. Ao evolurem, essas se tornam pardo-escuras a negras, necrticas e irregulares. Na face inferior das folhas observa-se a formao de um crculo de esporulao ao redor das leses. Esse crculo apresenta aspecto aveludado e colorao branco-acinzentada. medida que as leses coalescem, o tecido foliar exibe um aspecto de queima generalizada. Nos brotos, a requeima causa a morte das gemas apicais e limita drasticamente o crescimento vegetativo das plantas. Nos pecolos e hastes as leses so escuras, alongadas, aneladas e, quando muito severas, causam a morte de tecidos e rgos posteriores ao ponto de infeco. Em tubrculos as leses so profundas, castanho-avermelhadas e pouco definidas. O aspecto do tecido afetado no interior dos tubrculos firme, seco, com textura granular e mesclada (MIZUBUTI, 2001).Para melhor controle das doenas e pragas da batata, o sistema mais adequado, tanto do ponto de vista econmico como ecolgico, o controle integrado, que procura preservar o meio ambiente, reduzindo ao mnimo o uso de agrotxicos (TOFOLI et al., 2012).

2. DESENVOLVIMENTOOs mtodos devem ser selecionados com base em parmetros tcnicos (eficcia), econmicos, que preservem o ambiente e sade humana e sociolgicos (adaptveis ao usurio). Os principais mtodos usados no controle so: (RAUBER et al. 2007).Prticas culturais Uso de material propagativo sadio, eliminao de plantas vivas doentes, eliminao ou queima de restos de cultura, inundao de campos e pomares, incorporao de matrias orgnica no solo, preparo do solo, uso de fertilizantes, densidade de plantio, pocas de plantio e colheita e irrigao.Controle biolgico Alternativa ao controle qumico, que pode ser feito por antibiose, competio, parasitismo e induo a resistncia. Controle fsico Temperatura (termo terapia, vapor), radiao, ventilao e luz.Controle qumico Agroqumicos e fertilizantes.Controle gentico Utilizao de cultivares com resistncia a doenas.A requeima pode ser eficientemente controlada por uma combinao de medidas sanitrias tais como resistncia gentica do cultivar, fungicidas corretamente aplicados, uso de tubrculos sementes livres do patgeno, destruio dos tubrculos refugo (devem ser queimados logo aps colheita), aplicao eficiente de herbicidas para evitar a brotao de tubrculos no campo e origem de plantas voluntrias e eliminao completa de plantas voluntrias (uma nica planta voluntria pode servir como importante fonte de inoculo) (NAZARENO e JACCOUD, 2003).A Calda Bordalesa, bem como os produtos base de Oxicloreto de Cobre, Maneb, Mancozeb, Chlorothalonil, Captan, Cimoxanil ou Metalaxil so ecientes no controle da doena. Os dois ltimos so sistmicos e apresentam a vantagem de ter efeito curativo quando aplicados at dois dias aps o incio da infeco, mas devem ser utilizados esporadicamente, em pocas altamente favorveis doena. Sempre que possvel deve-se alternar os produtos utilizados. Lembrar que os produtos de contato tm efeitos estritamente preventivos e no tm ecincia alguma depois que o fungo j entrou nos tecidos das plantas. Vale ressaltar dois aspectos quanto ao controle qumico: mesmo usando produtos chamados sistmicos, utilizar volume de calda que permita cobertura mxima das plantas e, nunca empregar subdosagens a pretexto de economia (PEREIRA e DANIELS, 2003).A medida mais empregada , sem dvida, o controle qumico, seja de forma preventiva, seja de forma curativa. Entretanto, tal modo de controle no s diminui a remunerao final do produtor, como tambm traz riscos sua sade, dos trabalhadores e consumidores da batata, pelo fato da contaminao do uso de agrotxicos. Outro impacto negativo a contaminao do meio ambiente pelo uso de produtos qumicos (ABREU, 1998).Para o controle da doena existem algumas tcnicas culturais recomendadas tais como, uso de batata-semente sadia, uso de cultivares com alguma resistncia, destruio da fonte de inoculo potencial e evitar plantio em locais com alta umidade (TOFOLI et al., 2012).O manejo da requeima, utilizando cultivares menos suscetveis a essa doena em combinao com os momentos de aplicao de fungicidas indicados pelos sistemas de previso, pode ser mais eficiente quando comparado ao manejo em que se utiliza a aplicao de fungicidas em intervalos fixos (KIRK et al., 2005).Para desenvolver resistncia a requeima mais durvel, necessrio integrar genes de resistncia horizontal. Cultivares que levam combinao de genes de resistncia horizontal de vrias fontes pode ter um nvel mais alto de resistncia que cultivares que possuem resistncia horizontal de uma nica fonte (DOUCHES et al., 2004). necessrio utilizar-se nos cruzamentos diferentes fontes de resistncia como genitores para produzir uma populao bsica para desenvolver resistncia durvel a requeima. A herdabilidade da resistncia a P. infestans no sentido restrito baixa, no entanto, podem-se selecionar indivduos resistentes em geraes segregantes e obter ganhos genticos satisfatrios (DOUCHES et al., 2004).

3. CONCLUSOA requeima uma das doenas mais significativas na cultura da batata podendo causar prejuzos e at acabando com a plantao inteira, mas com o controle integrado pode-se resolver acabando e minimizando ou at anulando as perdas pela requeima.

4. REFERNCIASABREU JNIOR H. 1998. Prticas alternativas de controle de pragas e doenas na agricultura: coletnea de receitas. Campinas: EMOPI. 112pDOUCHES DS, PETT W, SANTOS F, COOMBS J, GRAFIUS E, LI W, ANIS METRY E, MADKOUR M and T NASR EL-DIN 2004. Field and storage testing Bt-potatoes for resistance to potato tuber moth (Lepidoptera: Gelichiidae). Journal of Economy Entomology 97: 1425-1431.FOHNER, G. R., FRY, W. E., WHITE, G. B. Computer simulation raises question about timing protecting fungicide application frequency according to potato late blight forecast. Phytopathology, v. 74, n. 10, p. 1145 - 1147, 1984.KIRK, W.W. et al. Evaluation of potato late blight management utilizing host plant resistance and reduced rates and frequencies of fungicide applications. Crop Protection, Amsterdam, v.24, n.11, p.961-970, 2005.MIZUBUTI, E.S.G. Requeima ou mela da batata e tomate. In: LUZ, E.D.M.N.; SANTOS, A.F.; MATSUOKA, K.; BEZERRA, J.L. (Ed.) Doenas causadas por Phytophthora no Brasil. Campinas: Livraria e Editora Rural, 2001. p.100-173.NAZARENO, N.R.X.; JACCOUD FILHO, D.S. Doenas fngicas. In: PEREIRA, A.S.; DANIELS, J. (Ed.). O cultivo da batata na Regio Sul do Brasil. Braslia: Embrapa Informao Tecnolgica, 2003. p.239-276.PEREIRA, A. da S.; DANIELS, J. (Ed.). O cultivo da batata na Regio Sul do Brasil. Braslia: Embrapa Informao Tecnolgica, 2003. 567 p.RAUBER LP; BOFF MI; SILVA Z; FERREIRA A; BOFF P. 2007. Manejo de doenas e pragas da batateira pelo uso de preparados homeopticos e variabilidade gentica. Revista Brasileira de Agroecologia 2: 1008-1011.Tfoli, J.G.; Domingues, R.J.; Ferrari, J.T.; Nogueira, E.M.C. Doenas fngicas da cultura da batata: Sintomas, etiologia e manejo. Biolgico, So Paulo, v.74, n.1, p.63-74, 2012. Disponvel em: . Acessado em: Maio 2015.