controle social

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Prefeitura Municipal de São José do Herval Secretaria Municipal de Saúde - SMS Estratégia da Saúde da Família - ESF Controle social no SUS Enfermeiro Gustavo Gheno

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Apresentação de responsabilidade do Enfermeiro Gustavo Gheno.

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Page 1: Controle social

Prefeitura Municipal de São José do HervalSecretaria Municipal de Saúde - SMSEstratégia da Saúde da Família - ESF

Controle social no SUS

Enfermeiro Gustavo Gheno

Page 2: Controle social

Controle social no SUS

A saúde figura na Constituição Federal

entre os direitos sociais consignados em seu

art. 6°, no Título dos Direitos e Garantias

Fundamentais;

Constitui, portanto, direito básico, que deve

valer de maneira equitativa para todos os

cidadãos, com vistas a uma vida digna,

saudável e de boa qualidade;

Page 3: Controle social

Controle social no SUS

Nos termos da Lei Maior: “ a saúde é

direito de todos e dever do Estado, garantido

mediante políticas sociais e econômicas que

visem à redução do risco de doença e de

outros agravos e ao acesso universal e

igualitário às ações e serviços para sua

promoção, proteção e recuperação” (art. 196).

Page 4: Controle social

Controle social no SUS

Nossa Carta Magna assegura a

participação popular na organização do

Sistema Único de Saúde (art. 198, III),

reconhecendo, assim, a importância do

envolvimento da comunidade na tomada

de decisões no campo da saúde.

Page 5: Controle social

Controle social no SUS

A participação da comunidade na saúde,

deve ser proposta, estimulada e

garantida pelos dirigentes de saúde.

“Todo o poder emana do povo, que

exerce por meio de representantes

eleitos ou diretamente, nos termos

desta constituição”

Page 6: Controle social

Controle social: o que é e qual a sua importância

Todos somos responsáveis pela nossa

saúde individual e socialmente;

Temos responsabilidade pela saúde de

nossa comunidade, como indivíduo,

profissional e como cidadão;

Para ter bons serviços prestados;

Page 7: Controle social

Controle Social Para ter e oferecer atendimento de

qualidade;

Para oferecer e receber ações de

prevenção a doenças;

É PRECISO PARTICIPAR DO

CONTROLE SOCIAL NA ÁREA DE SAÚDE

!!!

Page 8: Controle social

Controle Social

Significa o entendimento, a participação e a

fiscalização da sociedade sobre as ações do

Estado.

É uma forma de realizar a democracia,

sendo esta o sistema de governo na qual as

decisões políticas seguem as necessidades e as

orientações dos cidadãos, por meio de seus

representantes ( vereadores, deputados e

senadores) ou diretamente pelo povo.

Page 9: Controle social

Controle social no SUS

O controle social propicia a vivência dessa

democracia direta, conduzida pelo povo.

Ao praticar o controle social, os cidadãos podem

interferir no planejamento, na realização e na

avaliação das atividades do governo

Diversas áreas do governo têm como um de seus

princípios o controle social. Uma dessas áreas é a

saúde, coordenada pelo Sistema Único de Saúde

(SUS).

Page 10: Controle social

SUS: sistema que coordena as ações

voltadas para o cuidado com a saúde da

população brasileira. A função do SUS é

garantir acesso integral, universal e

igualitário à população brasileira, do

simples atendimento ambulatorial aos

transplantes de órgãos.

Page 11: Controle social

Acesso integral: tratamento adequado para o

problema de cada indivíduo, considerando a saúde

como um estado completo de bem-estar físico,

mental e social dos indivíduos.

Acesso universal: todos os cidadãos tem direito de

serem atendidos Para ter e oferecer atendimento de

qualidade.

Acesso igualitário: todos tem direito a tratamento

igual, sem preferências ou discriminações.

Page 12: Controle social

Controle Social no SUS

Sabemos que a participação popular é

difícil, mas a construção de uma sociedade

melhor, mais justa e democrática se faz

com a participação de todos.

É por isso que o controle social deve ser

incentivado e vivido no dia a dia, como

exemplo de cidadania para a comunidade.

Page 13: Controle social

Controle Social no SUS

Partindo-se da máxima de que “ quanto mais

perto do fato for tomada a decisão, mais chance ela

terá de sucesso”, o princípio do CONTROLE

SOCIAL baseia-se na premissa de que quanto mais

a sociedade estiver envolvida na construção e

fiscalização do SUS, maior será a probabilidade de

que a implementação das respectivas políticas

públicas obtenha êxito e traga resultados reais e

fidedignos para os usuários.

Page 14: Controle social
Page 15: Controle social

Controle Social no SUS

Para auxiliar a sociedade no exercício

do controle social no SUS, a Lei 8.142/

1990 criou:

As conferências de Saúde – a cada 4

anos;

E os conselhos de saúde.

Page 16: Controle social

Fundamentos do Controle Social no SUS

O desenvolvimento da Cidadania;

A construção de espaços democráticos;

O reconhecimento de interesses diferentes e

contraditórios na sociedade;

A construção de políticas e o desenvolvimento de

programas e ações que beneficiem o conjunto da

população;

A ação permanente;

A Vigilância, pelo cidadão, da ação do Estado

objetivando o Bem Comum e contra a prevalência

dos Interesses Privados.

Page 17: Controle social

Papel das conferências de saúde no controle social

As conferências de saúde são espaços

democráticos de construção da política de saúde.

São os locais onde o povo manifesta, orienta e

decide os rumos da saúde em cada esfera: federal,

estadual e municipal.

É um legítimo exercício da democracia a

participação do povo na formulação e controle da

política pública de saúde.

Page 18: Controle social

Conferências de Saúde

É responsabilidade dos gestores do

SUS garantir que a discussão se dê em

seu município de forma ampla,

transparente e ascendente, e que, dessas

reflexões locais, surjam avaliações e

propostas consistentes que se traduzam

em políticas públicas de saúde.

Page 19: Controle social

Conferências de Saúde

Em cada região devem-se reunir

representantes da sociedade civil. Esses

representantes têm de ser pessoas

interessadas nas questões relativas à saúde

e à qualidade de vida. Essas pessoas

decidirão o que o povo quer recomendar

aos gestores do SUS e às esferas de

governo sobre a política de saúde.

Page 20: Controle social

Conferências de Saúde

Devem fazer parte das reflexões das

conferências uma apreciação das decisões

aprovadas em conferências anteriores,

analisando-se o que foi cumprido e o que

não foi e avaliando se, no atual cenário, as

questões levantadas anteriormente

permanecem ou não pendentes.

Page 21: Controle social

Conferências de Saúde

É de fundamental importância para a

realização da conferência, contar com o apoio

dos usuários, trabalhadores e prestadores de

serviço, buscando mobilizar e envolver

amplamente a sociedade em todos os

momentos.

Page 22: Controle social

História CNSAs conferências de saúde têm longa história.

Instituídas em 1937 no primeiro governo de Getúlio

Vargas

Conferências Nacionais de educação e de saúde,

como mecanismos de articulação do governo federal

para conhecer as ações desenvolvidas pelos estados

(educação e saúde).

Espaços estritamente intergovernamentais –

autoridades do Ministério de educação e saúde e

autoridades setoriais dos estados.

Page 23: Controle social

História CNSPrevistas para cada 2 anos

Apenas em janeiro de 1941 foram

convocadas;

Desde então foram realizadas 13

Conferências Nacionais de Saúde, sendo

que a 14ª vai ocorrer neste ano, de 30 de

novembro a 04 de dezembro.

Page 24: Controle social

Principais CNS

A 8ª CNS foi o grande marco nas histórias

das conferências de saúde no Brasil. Foi a

primeira vez que a população participou

das discussões da conferência. Suas

propostas foram contempladas tanto no

texto da Constituição Federal/1988 como

nas leis orgânicas da saúde, nº. 8.080/90 e

nº. 8.142/90.

Page 25: Controle social

Em 1992, a 9ª CNS indicou o caminho da descentralização,

municipalização e participação social, descentralizando e

democratizando o conhecimento. A partir dessa conferência as

administrações que se seguiram no Ministério da Saúde atuaram na

mesma direção, formulando soluções e adotando providências sobre

gestão municipal, criação de comissões intergestores bipartite, em

nível estadual, e tripartite, em nível federal

 

A 11ª CNS, que ocorreu no ano 2000, destaca o processo de

implementação do SUS com as dificuldades e propostas para sua

efetivação, afirmando que "a efetivação do SUS só é possível com

controle social" (Brasil, 2001), além disso, foi a primeira conferência

que apareceu o tema da humanização na atenção à saúde.

Page 26: Controle social
Page 27: Controle social

Papel do conselho de saúde no controle social

É de especial relevância a atuação dos

conselhos de saúde. Poderosos instrumentos de

controle social, tais colegiados consistem no elo

entre o cidadão-usuário e os responsáveis pela

elaboração e execução das ações de saúde,

possibilitando que a coletividade participe da

formulação dos planos e das diretrizes dessa

importante área.

Page 28: Controle social

Conselho de Saúde

Por meio dos conselhos de saúde, a comunidade ali

representada:

- Fiscaliza a aplicação do dinheiro público na saúde;

- Verifica se a assistência à saúde prestada no estado

ou município está atendendo às necessidades da

população;

- Verifica se as políticas de saúde orientam o governo

a agir de acordo com o que a população precisa.

Page 29: Controle social

Algumas competências CMS:

Page 30: Controle social

Conselho de Saúde

Além disso, os conselhos têm como

responsabilidade, juntamente com os gestores

da saúde, contribuir para a formação de

conselheiros comprometidos com a saúde,

baseada nos direitos de cidadania de toda a

população.Os conselheiros têm que estar a

favor da vida e da saúde, defendendo o acesso

aos serviços de saúde de qualidade.

Page 31: Controle social

O que é o conselho de saúde

A lei Orgânica da Saúde ( Lei 8.142/

1990, de 28/12/1990) determinou que a União,

os estados e os municípios deveriam criar os

conselhos de saúde. Contudo, a existência do

conselho de saúde é muito mais que o simples

cumprimento de uma exigência da lei. Os

conselhos de saúde são a garantia de melhoria

contínua do nosso sistema de saúde.

Page 32: Controle social

A lei 8.142/1990 estabeleceu que os conselhos devem ter COMPOSIÇÃO PARITÁRIA:

50% USUÁRIOS DE SAÚDE

25% PROFISSIONAIS DE SAÚDE

25 % PRESTADORES DE SERVIÇOS AO SUS E

GESTORES

Page 33: Controle social

Conselho de Saúde- O conselho tem direito de cobrar da administração

municipal a disponibilização de recursos no orçamento,

o qual tem direito de ter dinheiro próprio para custear

despesas de funcionamento;

- O nº de conselheiros esta definido na lei de criação do

conselho:

- O mandato não deve coincidir com o mandato do governo

municipal, estadual ou federal. A resolução 333/2003

sugere a duração de dois anos podendo ser reeleitos.

- As reuniões devem acontecer, no mínimo 1 x/mês.

Page 34: Controle social

Conselho de Saúde

Para fortalecer o controle social no SUS, o

Conselho Nacional de Saúde (CNS), por meio da

resolução 333/2003, aprovou normas para os

conselhos de saúde serem criados, estruturados e

funcionarem.

Os conselhos representam a oportunidade que a

sociedade possui de participar das políticas de saúde,

tanto na etapa de planejamento – começo do processo

– execução e final do processo, com a fiscalização.

Page 35: Controle social

Conselho de Saúde

Não podemos confundir o trabalho

do conselho de saúde com o trabalho da

Secretaria de Saúde. O conselho, em

linhas gerais, propõe o que deve constar

na política de saúde e fiscaliza sua

execução e a utilização de recursos

financeiros. A Secretaria de Saúde

executa a política de saúde.

Page 36: Controle social

Em síntese:

SMS (EXECUTA)

CMS(FISCALIZA)

ORGANIZAÇ

ÃO SOCIA

L E ECONÔMICA

MUNICIPAL

Page 37: Controle social

Controle social como resultado

Fortalecer a participação e o controle

social nas instâncias do SUS, permitindo

um melhor atendimento ao cidadão;

Fortalecer a Conferência e o Conselho de

Saúde Municipal

Page 38: Controle social

ReferênciasBrasil. Tribunal de Contas da União. Orientações para

conselheiros de saúde. Brasília: 2010

MINISTÉRIO DA SAÚDE.Conselho Nacional de Saúde. A

Prática do controle social. Brasília:2006

Organizando conferências de saúde.In: Participação social no

SUS: o olhar da gestão municipal. Brasília:Conasems, 2009.

http://conselho.saude.gov.br/biblioteca/livros/

diretrizes_capacitacao.PDF

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