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Controle Financeiro no Setor Público Svilena Simeonova 1

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Controle Financeiro no Setor PúblicoSvilena Simeonova

Page 2: Controle Financeiro no Setor Público Svilena Simeonova 1

1. Visão geral das principais características da função de Controle Financeiro

2. Diferentes pontos de vista e modelos de Controle Financeiro dos Estados-Membros da UE

3. Semelhanças e diferenças entre Controle Financeiro, Auditoria Externa e Auditoria Interna

4. Como manter o Controle Financeiro compatível com o moderno Controle Interno Público - PIC?

5. Desenvolvimento do Controle Financeiro na Bulgária

6. Relação entre Controle Financeiro, Auditoria Externa e Auditoria Interna - boas práticas e desafios

7. Olhando para o futuro

CONTEÚDO

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Instituição centralizada independente: externa à entidade auditada

Normalmente realiza o controle de conformidade pela legalidade

Atividade ex post

Os principais objetivos são detectar, investigar e punir os responsáveis e as instituições

Opera principalmente com base em queixas ou denúncias do público e solicitações de instituições públicas

1. VISÃO GERAL DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA FUNÇÃO DE CONTROLE FINANCEIRO

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Controle Financeiro (CF) existe em cerca de metade dos Estados-Membros.

Na maioria dos 13 Estados-membros mais novos – Bulgária, Croácia, Hungria, Polônia, Romênia, República Eslovaca

CF é distinto da Auditoria Interna. CF é considerado necessário até o controle e auditoria interna descentralizados tornarem-se totalmente incorporados na cultura administrativa. CF geralmente se reporta ao Ministério das Finanças.

Bem como na Bélgica, França, Grécia, Itália, Portugal e Espanha Controle Financeiro é uma parte importante do sistema de controle e emprega muitas pessoas. Onde a Instituição Suprema de Fiscalização é organizada como um Tribunal de Contas, com poderes judiciais, o Controle Financeiro também tem que reportar quaisquer irregularidades detectadas a esse tribunal.

2. DIFERENTES PONTOS DE VISTA E MODELOS DE CONTROLE FINANCEIRO DOS ESTADOS-MEMBROS DA UE

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2. DIFERENTES PONTOS DE VISTA E MODELOS DE AUDITORIA FINANCEIRA DOS ESTADOS-MEMBROS DA UE

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Características específicas Estados-MembrosNenhuma função de Controle Financeiro central Dinamarca, Finlândia,

Suécia, Estônia, Letônia, Lituânia, Áustria, Alemanha e Reino Unido

Controle Financeiro e Auditoria Interna existem – mas AI é claramente separada

A maioria dos 13 membros mais novos da UE

Controle Financeiro e Auditoria Interna estão sob o mesmo teto em uma instituição central ou a unidade central de coordenação da Auditoria Interna é uma parte do organismo de Controle Financeiro

Bélgica, França, Espanha, Portugal

CF não impõe sanções. Isso é um dever do ISF – do tipo Tribunal

França, Itália, Portugal e Espanha

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3. SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE CONTROLE FINANCEIRO E NATIONAL AUDIT OFFICE (1)

SEMELHANÇAS:

De fora (Externa)

Atividades ex post

Cobre todo setor público

Poder sancionatório (onde existe)

Mandato para o combate à fraude e corrupção

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DIFERENÇAS CONTROLE FINANCEIRO NATIONAL AUDIT OFFICE

Posição na estrutura do Estado e subordinação

Subordinado ao Ministério das Finanças. Se reporta ao Ministro das Finanças e ao Executivo

Se reporta ao Legislativo e ao público

Base da atividade

Atua sobre reclamações e solicitações dos cidadãos e de outras instituições

Trabalha de acordo com o plano anual e solicitações do Legislativo

Objetivos e escopo do trabalho

Foco na legalidade Legalidade, mas também a eficiência, eficácia e economia. Também na verificação das demonstrações financeiras das organizações orçamentárias

3. SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE CONTROLE FINANCEIRO E NATIONAL AUDIT OFFICE (2)

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DIFERENÇAS CONTROLE FINANCEIRO NATIONAL AUDIT OFFICE

Abordagem Investigações de casos concretos de irregularidades, violações legais, fraude e corrupção - inspeção

Análise da implementação da política de governo como pretendida

Tipos de checagens

Inspeção: verificação da legalidade Auditorias financeiras, de conformidade e de desempenho

Consequências das atividades

Imposição de sanções, encaminhando casos de fraude para o Ministério Público, dando determinações obrigatórias

Recomendações para melhoria

Geralmente sem sanções (com exceções)

3. SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE CONTROLE FINANCEIRO E NATIONAL AUDIT OFFICE (3)

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3. SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE CONTROLE FINANCEIRO E AUDITORIA INTERNA (4)

SEMELHANÇAS:

Geralmente checagens a posteriori (ex post)

Independência

Pleno acesso à informação

Competência para expedir recomendações como resultado do contrato realizado

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DIFERENÇAS: CONTROLE FINANCEIRO AUDITORIA INTERNA

Posição e subordinação De fora da organização.Se reporta ao Ministro das Finanças e ao Executivo

Dentro da organização.Se reporta ao chefe da organização e ao Comitê de Auditoria

Base para as atividades Reclamações e solicitações dos cidadãos e de outras instituições

Plano anual baseado em riscos

Objetivos Detectar violações e tomar ações corretivas

Avaliar o sistema de Controle Interno e recomendar melhorias Funções de auditoria e consultoria

Escopo Na maior parte, operações financeiras e processos: legalidade

Todas as atividades e os aspectos do Sistema de Controle Interno; legalidade e desempenho

3. SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE CONTROLE FINANCEIRO E AUDITORIA INTERNA (5)

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DIFERENÇAS: CONTROLE FINANCEIRO AUDITORIA INTERNA

Perspectiva Focada em indivíduos, conclusões sobre conformidade legal

Focada no sistema

Direcionamento dos resultados

Para o passado - para apurar os fatos no sentido das matérias financeira e orçamentária

Para o futuro - para ajudar a gestão a melhorar o sistema

Responsabilidades em se dedicar a investigar fraude e corrupção

detecção, investigação, punição Prevenção, detecção de indicadores

Metodologia Não há padrões geralmente aceitos Padrões internacionais do IIA

3. SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE CONTROLE FINANCEIRO E AUDITORIA INTERNA (6)

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4. O CONTROLE FINANCEIRO E O CONCEITO PIC (CONTROLE INTERNO PÚBLICO)

Pilares do modelo de PIC

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• Fortalecimento da prestação de contas de gestão e controle interno descentralizados

• Estabelecimento da Auditoria Interna independente dentro das organizações do setor público – diferentes práticas

• Estabelecimento da Unidade Central de Harmonização para Controle Interno e Auditoria Interna

• Controle Financeiro (como função de investigação de fraude e corrupção) na maioria dos países da UE existe como uma entidade central separada (instituição) ou juntamente sob a mesma chefia com a função de Controle Interno ou de Auditoria Interna

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Cortes na responsabilidade de prestar contas dos gestores titulares do orçamento

“Peso” administrativo na entidade sob fiscalização/auditoria

Possível diferença de conclusões e opiniões sobre o assunto

Custo adicional para o setor público

Possível sobreposição e duplicação de tarefas

Falta de respeito mútuo e a desconfiança com base na falta de compreensão dos papéis e da má comunicação

4. O CONTROLE FINANCEIRO E O CONCEITO PIC (CONTROLE INTERNO PÚBLICO) (2)

Desafios onde existe Controle Financeiro centralizado e descentralizado

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No caso de funções e instituições separadas é importante garantir:

BOA COMUNICAÇÃO E COOPERAÇÃO GARANTIDOS POR:

Um mandato claro para cada função e instituição

Programas de trabalho e achados coordenados

Reuniões periódicas e treinamentos conjuntos

Intercâmbio sistemático de informações

4. O CONTROLE FINANCEIRO E O CONCEITO PIC (CONTROLE INTERNO PÚBLICO) (3)

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Até 2000 – Controle Financeiro do Estado sob o Ministério das Finanças

Principais características:

• 1200 funcionários em nível central e local;

• uma única instituição para controle e fiscalização (o NAO foi instituído em 1995, Auditoria Interna não existia);

• relações estreitas com o Ministério Público;

• tipo de controle – fiscalização ex post;

• competência para investigar e impor sanções administrativas e financeiras;

• amplos poderes sobre a administração central e local e as empresas.

5. DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE FINANCEIRO NA BULGÁRIA

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Após 2000 – reformas em dois estágios:

2000 – 2006 :• Política PIFC (Controle Financeiro Interno Público)

• Nova legislação

• Introdução do conceito PIFC (e elementos COSO) e introdução da função de Auditoria Interna – centralizada

• Mudanças institucionais – Agência de Controle Público Interno (como um modelo semelhante ao sistema francês e espanhol)

• Função de Auditoria Interna é misturada com imposição de sanções (multas) por violação da lei

5. DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE FINANCEIRO NA BULGÁRIA(2)O sistema através do tempo

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2006 – atualmente • Três novas leis em vigor – Lei da Gestão Financeira e Controle no

Setor Público, Lei da Auditoria Interna no Setor Público, Lei do Controle Financeiro Estatal

• Segregação da Auditoria Interna e do Controle Financeiro

• Descentralização da função de Auditoria Interna (Controle Interno e Auditoria Interna se aproximam do modelo anglo-saxão)

• Estabelecimento de Unidades Centrais de Harmonização do Controle Interno e da Auditoria Interna no Ministério das Finanças

• Desenvolvimento de padrões nacionais, com base em normas do IIA

• Sistema de treinamento e certificação para auditores internos

5. DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE FINANCEIRO NA BULGÁRIA (3)The system through the time

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Criação da Agência Estatal de Controle Financeiro Enquadramento jurídico - Lei do Controle Financeiro Estatal, regulamentação da

lei, regulamento para a estruturação da Agência; Status – Agência subordinada ao Ministério das Finanças; Capacidade administrativa – 190 inspetores e pessoal administrativo (para

comparação: National Audit Office - 520 auditores e pessoal administrativo; auditores internos no setor público - 440 nas 173 organizações);

Âmbito de entidades fiscalizadas - organizações de orçamento - ministérios; agências; municípios; empresas estaduais e municipais empresas; outros;

Tipos de atividades – fiscalizações ex post, verificações de conformidade com as leis, foco em ativos, gastos, procedimentos de adjudicação de contratos públicos;

Variedade de atividades de fiscalização: de acordo com o Plano Anual – somente procedimentos de adjudicação de

contratos públicos

5. DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE FINANCEIRO NA BULGÁRIA (4)

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Nas solicitações do Conselho dos Ministros, Ministério das Finanças, Ministério Público e outras instituições públicas

As queixas e denúncias dos cidadãos

Responsabilidades e competências

Instruções escritas obrigatoriamente

Recomendações aos órgãos competentes

Recolher provas para o Ministério Público

Sanções/penalidades administrativas (multas) e civis (pessoas penalizadas tem o direito de recorrer das sanções ao tribunal)

Comunicação ativa com outras instituições

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5. DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE FINANCEIRO NA BULGÁRIA (5)

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5. DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE FINANCEIRO NA BULGÁRIA (6)

437 / 70.6%

86 / 13.9%

72 / 11.6%

21 / 3.4%

3 / 0.5% Solicitações por fiscalizações financeiras2013

Denúncias de cidadãos e ONGs

Informações do NAO e Agência de Contratação Pública

Decretos do Ministério Público

Solicitações do CoM ou do Min-istério das Finanças

Denúncias de AFCOS - Diretoria de Proteção dos Interesses Fi-nanceiros da União Europeia

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5. DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE FINANCEIRO NA BULGÁRIA (7)

138

47

13150

15

115

Distribuição das 478 fiscalizações financeiras de acordo com o tipo das entidades 2013

MunicipalidadesUnidades de gastos es-taduaisUnidades de gastos municipaisEmpresas comerciais es-tatais ou municipais MinistériosOutros

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5. DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE FINANCEIRO NA BULGÁRIA (8)

State

commerci

al co

mpanies

Municipal

commerci

al co

mpanies

Others

Municipali

ties

State

budget s

pending units

Ministrie

s

Other m

unicipal

budget s

pending units

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900800

471 464 434

18294

39

308 287

389

206138

18 30

2.484 contratos de compras públicas fiscalizados e 1.376 constatações identificadas 2013

Inspected public procurement proceduresPublic procurement procedures in which violations are identified

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5. DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE FINANCEIRO NA BULGÁRIA (9)

Distribuição do total de constatações identificadas das matérias de orçamento e finanças de acordo com o

tipo da entidade 2013

MunicipalitiesMunicipal budget spending unitsState budget spending unitsState commercial companies Municipal commercial com-panies Others

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Outros númeors das atividades de Controle Financeiro em 2013

Número total de fiscalizações realizadas - 478

Número de procedimentos realizados, relativos aos contratos públicos – 2484, número de violações encontradas -1376

Número de outras violações de matéria orçamentária

Número de atos envolvendo responsabilidade administrativa – acima de 2000

Número de atos envolvendo responsabilidade civil – 18

Mais de 1800 achados enviados para outras autoridades competentes, um total de 63 notificações escritas

170 relatórios enviados para o Ministério Público

5. DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE FINANCEIRO NA BULGÁRIA (10)

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Bons relacionamentos são necessários para atingir um Sistema de Controle Público econômico como um todo;

As leis preveem a troca de informações; outros tipos de comunicação são estabelecidos em acordos específicos ou são informais;

As normas internacionais para Auditoria Interna e Externa (IIA e INTOSAI) também definem modelos para coordenação e utilização do trabalho dos outros auditores e provedores de auditoria;

Parte importante da comunicação são linguagem e terminologia comuns;

Desafios – desconfiança e até vaidades, imaturidade dos sistemas, falta de metodologia adequada, falta de reformas, uma opinião diferente sobre os mesmos casos, encargos administrativos para as organizações sob controle.

6. RELAÇÃO ENTRE CONTROLE FINANCEIRO, AUDITORIA EXTERNA E AUDITORIA INTERNA - BOAS PRÁTICAS E DESAFIOS

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Page 26: Controle Financeiro no Setor Público Svilena Simeonova 1

Acordo de Cooperação• Participantes do acordo 2011• Objetivos• Conteúdo• Implementação

Atividades Comuns • Análise da execução do Orçamento Estatal 2014

Organização Desempenho Relatórios

6. RELAÇÃO ENTRE CONTROLE FINANCEIRO, AUDITORIA EXTERNA E AUDITORIA INTERNA - BOAS PRÁTICAS E DESAFIOS(2)

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Melhoria contínua dos sistemas de fiscalização e auditoria do Setor Público; melhorar a metodologia

Mandato mais claro para cada função, procedimentos escritos de interação

Posição ativa de todas as partes Transparência e publicidade das atividades comuns e resultados Construção de uma rede de entendimentos e linguagem comuns –

reuniões regulares, treinamentos Possibilidade de confiar no trabalho e nos resultados de outros

Sistema de Auditoria e Fiscalização do Setor Público coordenado, econômico e útil

7.DESAFIOS PARA O FUTURO

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Page 28: Controle Financeiro no Setor Público Svilena Simeonova 1

OBRIGADO!!!

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