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Controle Externo dos Regimes Próprios do Estado de São Paulo Alexandre Manir Figueiredo Sarquis Auditor TCE-SP 1

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Page 1: Controle Externo dos Regimes Próprios do Estado de São Paulo Alexandre Manir Figueiredo Sarquis Auditor TCE-SP 1

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Controle Externo dos Regimes Próprios do Estado de São Paulo

Alexandre Manir Figueiredo SarquisAuditor TCE-SP

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AGRADECIMENTOS

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ROTEIRO

I – AUDITORES DO TCE/SPII – CONSEQUÊNCIAS DO JULGAMENTO

DESFAVORÁVELIII – NOVOS FOCOS DA AUDITORIAIV – NÃO ATINGIMENTO DE METAV – PERDAS PATRIMONIAISVI – ATRASO NO REPASSE

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AUDITORES DO TCE/SP

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Auditores do TCE/SP

• Carreira criada pela Lei Complementar 979/2005:– Artigo 1º - Ficam criados no [...] Tribunal de Contas

[...] 7 (sete) cargos de Auditor do Tribunal de Contas [...].

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Auditores do TCE/SP

• Artigo 2º - Observada a ordem de classificação, os Auditores do Tribunal de Contas serão nomeados pelo Governador do Estado e empossados pelo Presidente do Tribunal de Contas, dentre brasileiros bacharéis em Ciências Jurídicas e Sociais, Ciências Contábeis e Atuariais, Ciências Econômicas ou Ciências da Administração, aprovados em concurso público de provas e títulos organizado pelo Tribunal de Contas, que satisfaçam os seguintes requisitos:

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Auditores do TCE/SPArt. 73. O Tribunal de Contas da União (do Estado) [...], exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96.[...]§ 2º - Os Ministros (Conselheiros) do Tribunal de Contas [...] serão escolhidos:I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e merecimento;II - dois terços pelo Congresso Nacional.[...]§ 4º - O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal.

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Auditores do TCE/SP

I - ter mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;

II - idoneidade moral e reputação ilibada;III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis,

econômicos e financeiros ou de administração pública;

IV - contar mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso III.

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Auditores do TCE/SP

• Resolução nº 3/2012• Art. 1º - Os processos objeto da presente

Resolução serão distribuídos a Auditores conferindo-se-lhes competência e atribuições para resolver conclusivamente autos municipais sujeitos a decisão singular, assim entendidos os seguintes processos: (redação dada pela resolução nº 2/2013)

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Auditores do TCE/SP

I - matérias apartadas dos pareceres prévios sobre contas municipais;

II - contratos, convênios ou atos jurídicos análogos e respectivos aditivos celebrados pela administração municipal e que não se enquadrem nas competências privativas deferidas às Câmaras;

III - contas anuais das entidades com personalidade jurídica de direito privado, de cujo capital o Município ou qualquer entidade da respectiva administração indireta ou fundacional seja detentor da maioria das ações ordinárias (art. 7º da Lei nº 6.223, de 14 de julho de 1975, com a nova redação dada pela Lei nº 6.525, de 11 de abril de 1978);

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Auditores do TCE/SP

IV - contas anuais dos administradores das entidades autárquicas, dos ordenadores de despesa da administração centralizada municipal, dos responsáveis por fundos especiais dos Municípios, bem como as tomadas de contas em geral;

V - contas anuais das fundações mantidas ou instituídas pelo Poder Público municipal;

VI - prestações de contas de auxílios, subvenções e contribuições de origem municipal, concedidos às fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público municipal e às entidades particulares de caráter assistencial ou que exerçam atividades de relevante interesse público;

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Auditores do TCE/SP

VII - para fins de registro, dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações e consórcios instituídos ou mantidos pelo Poder Público, no âmbito dos Municípios, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão;

VIII - para fins de registro, dos atos de concessão de aposentadorias, reformas e/ou transferência para reserva, pensões e complementação de proventos de aposentadoria e complementação do valor de pensões, no âmbito dos Municípios.

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Auditores do TCE/SP

• Dos Despachos dos Auditores cabe “Agravo”, art. 62 e s/s da Lei Orgânica (LC 709/93) , em cinco dias contados da ciência ou da publicação no DOESP.

• Das Decisões cabem “Embargos de Declaração”, art. 66 e s/s da Lei Orgânica, no mesmo prazo.

• Ambos são juízo de retratação, ou seja, sem efeito devolutivo.

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Auditores do TCE/SP

• AGRAVO:– I - ilegalidade ou imperfeita aplicação da lei;– II - errônea ou imperfeita apreciação da prova dos autos;– III - contradição com a jurisprudência do Tribunal de

Contas; ou– IV - inoportunidade de providência determinada pela

decisão preliminar ou despacho, quando a questão principal requerer por sua natureza, solução diversa.

• EMBARGOS:– I - contiver obscuridade, dúvida ou contradição; ou– II - omitir ponto sobre o qual deveria pronunciar-se.

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Auditores do TCE/SP

• Artigo 2º - Das decisões proferidas no exercício das atribuições previstas no Artigo 1º desta Resolução, cabe recurso às Câmaras, e revisão ou rescisão pelo Tribunal Pleno.

• O “recurso ordinário” não é juízo de retratação e, portanto, é redistribuido para Conselheiro.

• Pode se rediscutir o mérito livremente.

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Auditores do TCE/SP

SAMY WURMANALEXANDRE MANIR FIGUEIREDO SARQUISANTONIO CARLOS DOS SANTOSJOSUÉ ROMEROSILVIA MONTEIRO

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CONSEQUÊNCIAS DO JULGAMENTO DESFAVORÁVEL

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Consequências do Julgamento Desfavorável

• Constrangimento Público• Determinação de fazer ou deixar de fazer• Multa de até 2.000 UFESPs– R$ 19,37 x 2.000 = R$ 38.740,00

• Devolução ao Erário• Inelegibilidade (8 anos)

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NOVOS FOCOS DA AUDITORIA

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Novos focos da auditoria

• Comitês Fiscal e de Investimentos• Plano de Investimentos• Procedimento de análise e credenciamento

das opções• Rentabilidade e risco dos Investimentos• Consultorias

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Novos focos da auditoria

• Tamanho dos Regimes Próprios Municipais Paulistas (exceto a capital)– R$ 14.596.651.161,72 (disponibilidades em 2011)– De 2010 para 2011 cresceu 30%.– Maior que a receita de 16 estados brasileiros

(incluindo o Distrito Federal)– Maior que o ativo total de 10 Estados brasileiros– Mais disponibilidade que todos os estados

brasileiros, exceto São Paulo.

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NÃO ATINGIMENTO DE META

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Não atingimento da meta

• É fato a ser lançado no relatório de fiscalização.• O impacto atuarial deve ser tratado desde já.• Não é motivo para fazer investimentos

arriscados.• Não é motivo para fazer investimentos fora do

plano de investimentos.• A mesma explicação dada ao Conselho Fiscal

deve servir para o Tribunal de Contas.

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PERDAS PATRIMONIAIS

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Perdas patrimoniais

• É fato a ser lançado no relatório de fiscalização.

• O impacto atuarial deve ser tratado desde já.• Não é motivo para não realizar o

investimento.• A mesma explicação dada ao Comitê de

Investimentos e ao Conselho Fiscal deve servir para o Tribunal de Contas.

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ATRASO NO REPASSE

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Atraso no Repasse

• O reparcelamento está merecendo mais restrições para aprovação do MPS. (Portaria 402/08, alterada recentemente pela portaria 307/13)

• Mesmo com reparcelamento vigente e em dia, o TCE-SP já reprovou as contas do executivo. (por contumaz confissão e reparcelamento – Contas de Aparecida d’Oeste 2009 TC 11/026/2009)

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Atraso no Repasse

• A negativa de CRP pode impedir transferências voluntárias da União, o que pode ensejar o sequestro do FPM, caso exista acordo.

• O Crime de Apropriação Indébita Previdenciária, art. 168-A do CP, introduzido pela Lei 9983/00 (mas já era considerado crime antes de 2000).– A consumação se dá pelo transcurso do prazo legal para

recolhimento, ou com a consciência e inversão da posse? Quando se dá o “início da ação fiscal”? Dificuldade financeira pode excluir a culpabilidade? (STJ Resp 558180/RS, Resp 510.472/RS)

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Atraso no Repasse

• O art. 74 § 2º da CF/88 diz:Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário

manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

[...]§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao

tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União (do Estado), sob pena de responsabilidade solidária.

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Atraso no Repasse

• Conduta esperada do agente:Que o Conselho Fiscal faça representação para o TCE-SP.Que o Gestor do Regime Próprio utilize todos os

meios admissíveis em Direito para cobrar o devido.

Um Regime pode ter 100 boas gestões, mas uma única ruim pode comprometer a integralidade do trabalho.