controle externo - 4ª ediÇÃo - forumdeconcursos.com · 2/2/2005 · professor das disciplinas...

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4 EDIÇÃO REVISTA, AMPLIADA E ATUALIZADA a TEORIA, JURISPRUDÊNCIA E MAIS DE 500 QUESTÕES Luiz Henrique Lima Luiz Henrique Lima SÉRIE PROVAS E CONCURSOS SÉRIE PROVAS E CONCURSOS Controle Externo CONCURSOS

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  • 4 EDIO REVISTA, AMPLIADA E ATUALIZADAaTEORIA, JURISPRUDNCIA E MAIS DE 500 QUESTES

    Luiz Henrique LimaLuiz Henrique Lima

    S R I E P R O V A S E C O N C U R S O SS R I E P R O V A S E C O N C U R S O S

    Controle Externo

    C O N C U R S O S

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  • 4 EDIO REVISTA, AMPLIADA E ATUALIZADAaTEORIA, JURISPRUDNCIA E MAIS DE 500 QUESTES

    Controle Externo

  • CIP-Brasil. Catalogao-na-fonte.Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ

    _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

    L698cLima, Luiz Henrique, 1960- Controle externo [recurso eletrnico]: teoria, jurisprudncia e mais de 500 questes / Luiz Henrique Lima. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. recurso digital (Provas e concursos)

    Formato: PDF Requisitos do sistema: Adobe Acrobat Reader Modo de acesso: World Wide Web ISBN 978-85-352-4811-1 (recurso eletrnico)

    1. Brasil. Tribunal de Contas da Unio - Concursos. 2. Tribunais de contas - Brasil. 3. Servio pblico - Brasil - Concursos. 4. Livros digi-tais. I. Ttulo. II. Srie.

    11-2511. CDU: 342.56:35.073.52

    2011, Elsevier Editora Ltda.

    Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei no 9.610, de 19/02/1998.Nenhuma parte deste livro, sem autorizao prvia por escrito da editora, poder ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrnicos, mecnicos, fotogrficos, gravao ou quaisquer outros.

    Reviso: Irnio Silveira ChavesEditorao Eletrnica: SBNigri Artes e Textos Ltda.

    Coordenador da Srie: Sylvio Motta

    Elsevier Editora Ltda.Conhecimento sem FronteirasRua Sete de Setembro, 111 16o andar20050-006 Centro Rio de Janeiro RJ Brasil

    Rua Quintana, 753 8o andar04569-011 Brooklin So Paulo SP Brasil

    Servio de Atendimento ao [email protected]

    ISBN 978-85-352-4811-1 (recurso eletrnico)

    Nota: Muito zelo e tcnica foram empregados na edio desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitao, impresso ou dvida conceitual. Em qualquer das hipteses, solicitamos a comunicao ao nosso Servio de Atendimento ao Cliente, para que possamos esclarecer ou encaminhar a questo.

    Nem a editora nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas a pessoas ou bens, originados do uso desta publicao.

  • Consideramos todo aquele que no participa da vida do cidado no como algum que se ocu-

    pa apenas dos prprios negcios,

    mas como um indivduo intil.

    Pricles, citado por Tucdides em A Guerra do Peloponeso

    Article 15 La socit a le droit de demander compte tout

    agent public de son administration.

    Dclaration des droits de lhomme et du citoyen, Paris, 1789

    After climbing a great hill, one only finds that

    there are many more hills to climb.

    Nelson Mandela

  • Pgina deixada intencionalmente em branco

  • Dedicatrias

    Dedico este livro aos meus avs Domingos Machado de Lima e Nelly, e

    Cssio Jos de Moraes e Ondina, brasileiros que

    enfrentaram grandes desafios e dificuldades

    com muito trabalho e integridade;

    e tambm aos meus colegas profissionais de

    controle externo que diariamente trabalham

    por um Brasil melhor.

    Para Maria Cndida, Maria Vitria, Vilma e Porthos.

  • Pgina deixada intencionalmente em branco

  • Agradecimentos

    Registro minha especial gratido queles que me estimularam e abriram oportunidades

    para a atividade docente: Fred, do curso Guanabara; Humberto, do curso Gabarito; professo-

    ra Vera, da Bioecol; e Clutilde, da Escola de Contas do TCE-RJ. E reconheo que os co-autores

    dessa obra foram os meus alunos, muitos dos quais so hoje profissionais de destaque em

    suas instituies, porque suas dvidas e questionamentos constituram a matria-prima ori-

    ginal; e suas crticas e avaliaes, a reviso final do trabalho.

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  • O Autor

    Luiz Henrique Lima Conselheiro Substituto do Tribunal de Contas do Estado do Mato

    Grosso, aprovado em concurso pblico. De 1996 a 2009, foi Analista (Auditor Federal) de

    Controle Externo do Tribunal de Contas da Unio, atuando na Secretaria de Controle Ex-

    terno do Rio de Janeiro. Foi aprovado tambm no concurso para Conselheiro-Substituto do

    Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, tendo declinado da posse. Em 2010, tornou-se

    Vice-presidente para a Regio Centro-Oeste da Associao Nacional dos Auditores (Ministros

    e Conselheiros Substitutos) dos Tribunais de Contas Audicon.

    Doutor em Planejamento Ambiental pela Coppe-UFRJ, alm de economista, formado

    na UFRJ, com especializao em Finanas Corporativas pela PUC-RJ e Mestre em Planeja-

    mento Ambiental pela Coppe-UFRJ.

    Foi vereador no Municpio do Rio de Janeiro e deputado estadual no Rio de Janeiro em

    duas legislaturas. Foi Secretrio de Estado de Administrao e Secretrio de Saneamento e

    Recursos Hdricos do Estado do Rio de Janeiro.

    Autor dos livros Controle do Patrimnio Ambiental Brasileiro (Editora da UERJ) e Controle

    Externo 310 questes comentadas (Campus-Elsevier) e de numerosos artigos e trabalhos tc-

    nicos, principalmente nas reas de controle externo e de gesto ambiental.

    Instrutor do Instituto Serzedello Corra do TCU, da Escola de Contas e Gesto do TCE-RJ

    e professor de disciplinas de ps-graduao em cursos da Fundao Getlio Vargas, Univer-

    sidade Gama Filho e PUC-RJ.

    Professor das disciplinas Controle Externo e Tcnicas de Controle em cursos prepara-

    trios para concursos pblicos no Rio de Janeiro, Braslia, So Paulo, Fortaleza e Cuiab.

    Tambm ministra cursos de preparao presenciais e on-line para as provas discursivas de

    concursos para os Tribunais de Contas (Dissertao, Relatrio, Parecer, Pea Tcnica).

  • Pgina deixada intencionalmente em branco

  • Apresentao

    O objetivo deste livro proporcionar uma abordagem extensa do controle externo no

    Brasil. Destina-se a ser uma ferramenta de estudo para os candidatos em concursos pblicos

    para os Tribunais de Contas e rgos de controle interno, bem como instrumento de consul-

    ta para os profissionais dessas instituies, gestores pblicos, advogados, cidados e ONGs

    engajados em movimentos pelo aprimoramento da gesto pblica e demais interessados no

    tema.

    A abordagem inclui todos os itens relativos matria dos editais de concursos para o Tri-

    bunal de Contas da Unio e Tribunais de Contas dos Estados nos ltimos anos.

    A obra contempla desde os aspectos histricos associados origem das instituies de

    controle externo aos dispositivos da Constituio Federal, da Lei Orgnica e do Regimento

    Interno do TCU. So tambm examinados os dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal,

    da legislao de licitaes e contratos e diversas normas infraconstitucionais referentes ao

    controle externo. Sempre que cabvel, so acrescentadas informaes sobre as peculiaridades

    dos Tribunais de Contas dos Estados e dos Municpios.

    Os comentrios sobre a legislao foram enriquecidos com a doutrina dos principais au-

    tores brasileiros especialistas no tema, bem como com manifestaes dos Ministros do TCU

    e do Supremo Tribunal Federal.

    Foi includa extensa pesquisa acerca da jurisprudncia do STF envolvendo Aes Diretas

    de Inconstitucionalidade e Mandados de Segurana em causas acerca da composio, com-

    petncia, jurisdio e outras envolvendo os Tribunais de Contas no pas.

    Ao longo do texto, so destacados pontos importantes, apresentadas e solucionadas d-

    vidas frequentes e discutidas questes polmicas. Ao final de cada captulo, so propostos

    exerccios dissertativos para a fixao do contedo, assim como indicaes de leitura ou refe-

    rncias para pesquisa mais aprofundada acerca dos tpicos abordados. Captulo especfico

    dedicado realizao de provas discursivas.

    Para cada um dos principais tpicos apresentado pelo menos um exemplo de delibe-

    rao recente de algum Tribunal de Contas, no intuito de familiarizar com a dinmica da

  • vida real o leitor que toma contato com a teoria e as normas. A fixao do conhecimento

    por exemplos prticos pode ser de grande utilidade para a realizao de provas discursivas

    ou orais.

    Ressalte-se que todos os exemplos apresentados de deliberaes das Cortes de Contas

    so de domnio pblico, tendo sido publicados na Imprensa Oficial e disponibilizados nas

    pginas que as respectivas instituies mantm na Internet. possvel, todavia, que algumas

    dessas deliberaes ainda possam vir a ser alteradas por via recursal, mas isso em nada afe-

    taria a substncia ou a utilidade pedaggica do exemplo, enquanto caracterizador de uma

    situao concreta.

    Selecionaram-se mais de 500 questes de concursos pblicos realizados na ltima dcada

    para os Tribunais de Contas brasileiros. As questes foram agregadas por temas, de modo a

    permitir a sua resoluo aps a concluso do estudo terico do captulo correspondente. So

    apresentados os gabaritos oficiais das bancas examinadoras.

    O livro tambm inclui um miniglossrio de expresses do controle externo, bastante til

    para os que iniciam seus estudos da disciplina e recomendado para a preparao para provas

    discursivas.

    Finalmente, ao ndice alfabtico-remissivo e s referncias bibliogrficas foram acrescen-

    tadas referncias legislativas e de pesquisa na Internet compreendendo a totalidade dos 26

    Tribunais de Contas Estaduais, dos 6 Tribunais de Contas Municipais e do Tribunal de Contas

    do Distrito Federal.

    Agradeo quaisquer comentrios e/ou sugestes para o aprimoramento deste trabalho.

    Desejo aos leitores, especialmente aos estudantes, que encontrem neste trabalho, alm de

    respostas para suas indagaes, motivao e estmulo para aprofundarem seu conhecimento

    em to relevante matria. E tambm sucesso nas provas e na vida.

    O Autor Dezembro de 2007

  • Nota segunda edio

    O Controle Externo uma disciplina fascinante, cujos limites ainda no se encontram

    definidos com preciso. Possui importantes reas de interseo com o Direito Pblico

    Constitucional, Administrativo e Financeiro sem excluir a comunho de institutos com

    o Direito Processual Civil e o Penal. Encontra-se intimamente relacionado com a Auditoria

    Governamental, as Finanas Pblicas e a Administrao Pblica. Dialoga simultaneamente

    com as Cincias Sociais e os Mtodos Quantitativos. Interessa-se pela temtica ambiental e

    por relaes internacionais. Exige, enfim, de seus estudiosos que sejam cidados conscientes

    dos fenmenos polticos, econmicos e sociais contemporneos.

    A abrangncia dos temas alcanados pela disciplina produz mltiplas compreenses acer-

    ca de sua essncia. Assim, foi interessante acompanhar a dificuldade de livrarias e bibliotecas

    na classificao da primeira edio desta obra. Em algumas, foi catalogada como Admi-

    nistrao Setor Pblico, em outras na seo Direito: s vezes Direito Constitucional,

    s vezes Direito Financeiro e Oramentrio. Cheguei a encontr-la no setor Negcios,

    Contabilidade e Auditoria, Livros Didticos e Jurdicos Diversos. Finalmente, o livro

    foi etiquetado no ramo Exames e Concursos.

    A primeira edio do livro alcanou significativa repercusso, aumentando a responsabi-

    lidade desta nova edio, revista, atualizada e ampliada.

    Na sociedade da informao, a qualidade de uma obra intelectual est permanentemente

    sujeita ao debate e crtica em uma infinidade de fruns de discusso, blogs e mensagens

    que se propagam e multiplicam sem nenhum comando centralizado, formando opinies por

    meio de comentrios, favorveis ou adversos, que lanam luzes sobre as virtudes e as falhas

    existentes. Alm disso, preciosa a indispensvel experincia das salas de aula. Quando os

    alunos dizem que leram determinado trecho e no entenderam direito, quase certamente

    aquele texto precisa ser refeito.

    Recebo, com humildade e satisfao, todas as crticas e sugestes, e nesta segunda edio

    procurei ampliar, atualizar, aprofundar e aprimorar a exposio do contedo.

    Foram feitas todas as atualizaes necessrias relativas a mudanas legais, regimentais e nas

    instrues normativas. Com relao primeira edio, introduzimos informaes e comen-

  • trios acerca das Emendas Constitucionais no 54/2007 e no 55/2007; da Lei Complementar

    no 123/2006; das Leis no 11.494/2007 (Fundeb) e no 11.514/2007 (LDO); dos Decretos no

    6.170/2007 e no 6.204/2007; das Smulas TCU no 249 e no 250; das INs TCU no 52/2007, no

    54/2007, no 55/2007 e 56/2007; da DN TCU no 85/2007; e das recentes alteraes no RITCU.

    Mereceram destaque os comentrios acerca da Smula Vinculante no 3 do STF, que trata

    do contraditrio e da ampla defesa nos processos administrativos perante os Tribunais de

    Contas; bem como a propsito de importante deciso liminar da Suprema Corte que suspen-

    deu dispositivos da LRF relativos apreciao pelas Cortes de Contas das Contas de Gover-

    no. Numerosas outras decises dos Tribunais Superiores de interesse para a nossa disciplina

    tambm foram acrescentadas ao texto.

    A estrutura do livro foi mantida, tendo sido introduzidos novos itens nos Captulos 2, 4,

    5, 6, 8 e 11 e alterada a denominao de outros nos Captulos 5, 8 e 14. O Captulo 8 sofreu

    importantes alteraes resultantes da IN TCU no 54/2007 e da DN TCU no 85/2007. No

    Captulo 14, estabeleci uma distino mais ntida entre as sanes e as medidas cautelares.

    Foram acrescentados mais quadros-resumos e tpicos nas sees importante e dvidas

    frequentes. Tambm introduzi alguns novos exemplos que refletem a evoluo da jurispru-

    dncia do TCU.

    Quanto s questes de concursos, retirei da presente edio as mais antigas e aquelas cujo

    gabarito oficial no mais correto luz da atual normatizao e jurisprudncia. Isso porque

    observei que a sua presena, com a simples indicao do gabarito oficial definitivo e desa-

    companhada de explicaes pormenorizadas era fator gerador de muitas dvidas e de inse-

    gurana dos estudantes. Tais questes sero abordadas em outro livro, cujo formato permitir

    comentrios orientando a resoluo das questes e, eventualmente, divergindo da soluo

    adotada pelas bancas examinadoras. Em contrapartida, foram acrescentadas novas questes,

    de concursos realizados em 2006 e 2007. A ordem de apresentao das questes foi total-

    mente reorganizada, separando-as por instituies organizadoras e colocando-as em ordem

    cronolgica. Tambm foram includas diversas novas propostas de exerccios dissertativos.

    Foram feitas tambm atualizaes, alteraes e acrscimos pontuais nas referncias de

    pesquisa e no miniglossrio. Um maior nmero de Smulas foi selecionado para o Anexo I.

    No Anexo V, foi acrescentado um pequeno adendo, orientando os leitores a realizarem pes-

    quisas de jurisprudncia na pgina do TCU na Internet.

    Finalmente, quero agradecer muito a acolhida desta obra e as manifestaes e contribui-

    es que tenho recebido de meus alunos e de meus colegas professores e profissionais de con-

    trole externo. Eles, sem dvida, so os grandes responsveis pelo sucesso desta obra. Os pri-

    meiros, por instigarem, com seus questionamentos, a permanente busca de uma abordagem

    mais didtica, sem sacrifcio de contedo. Os ltimos, por me inspirarem, com o exemplo

    e a qualidade de seus trabalhos, dedicados construo de um pas com menos corrupo,

    injustias, violncia, impunidade, ganncia e ignorncia.

    Registro, tambm o meu agradecimento equipe editorial, de comunicao e de vendas

    da Campus/Elsevier, cujo profissionalismo, competncia e dedicao so o sonho de qual-

    quer autor.

  • Nota terceira edio

    Nesta terceira edio, buscou-se manter a obra atualizada, tendo em vista a edio de

    novas leis e atos normativos com profundas alteraes no contedo da disciplina, e tambm

    considerando a evoluo da jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal e do prprio TCU.

    As principais mudanas dizem respeito Lei no 11.854/2008, que criou mais uma vaga (a

    quarta) de Auditor Substituto de Ministro do TCU; Instruo Normativa no 57/2008, que

    modificou radicalmente o processo de prestao de contas na administrao pblica federal;

    e s Decises Normativas nos 93/2008 e 94/2008, que detalharam os procedimentos previstos

    na IN no 57/2008. Tambm foram inseridas menes Lei no 11.578/2007; ao veto presiden-

    cial ao art. 60 da Lei no 11.648/2008; jurisprudncia do STF nos REs 464.633 e 547.063,

    nos MS 22.801, 26.210, 24.448, 25.552 e 25.116, e nas ADIs 3.026, 916 e 523; e s Reso-

    lues TCU no 207/2007, que estabelece procedimentos para solicitao de informaes pro-

    tegidas por sigilo fiscal Fazenda Pblica, no 213/2008, que estabelece procedimentos sobre

    o exerccio da ampla defesa nos processos perante o TCU e no 215/2008, que dispe sobre o

    tratamento de solicitaes do Congresso Nacional.

    O Captulo 8 foi inteiramente reformulado e reescrito. Foram includos novos itens nos

    Captulos 2, 5 e 13, e, ao longo de todo o livro, introduzidos novos tpicos destinados a di-

    rimir dvidas frequentes ou a chamar a ateno para aspectos importantes da matria. Foram

    adicionados exemplos mais atualizados de deliberaes do TCU e um novo quadro-resumo

    acerca das diferenas da declarao de inidoneidade na LOTCU e na Lei no 8.666/1993.

    Buscou-se, tambm, elaborar uma explicao melhor acerca da diferena entre contas de governo e contas de gesto, bem como sobre as diversas interpretaes doutrinrias sobre a

    natureza jurdica dos Tribunais de Contas. Foram ampliadas as referncias bibliogrficas com

    a indicao de novas obras doutrinrias, bem como de algumas clssicas no mencionadas

    nas edies anteriores.

    Ao final do livro, foi acrescentado o Captulo 16, com uma bateria de 60 novas questes

    de concursos pblicos realizados no pas em 2006, 2007 e 2008.

  • No intuito de no encarecer os custos de produo, optou-se por suprimir da presente

    edio os anteriores Anexos IV, V e VII, cujo contedo pode ser facilmente pesquisado na

    Internet.

    Mais uma vez, meu dever agradecer aos alunos e aos professores que tm adotado este

    livro como auxiliar no aprendizado do Controle Externo, cujas observaes, crticas, ques-

    tionamentos e sugestes provocaram a maioria dos inmeros acrscimos e correes incor-

    porados presente edio.

    Boa leitura e bons estudos!

  • Nota quarta edio

    Desde a elaborao da terceira edio, no incio de 2009, sobrevieram inmeras e im-

    portantes inovaes normativas e jurisprudenciais com impacto sobre o estudo do controle

    externo, a exigir nova atualizao da obra.

    Assim, nesta quarta edio introduzi comentrios referentes s Leis Complemen-

    tares no 131/2009 (Lei da Transparncia, que alterou a Lei de Responsabilidade Fiscal) e

    no 135/2010 (Ficha Limpa).

    Ademais, a Lei de Diretrizes Oramentrias para 2011 (Lei no 12.309/2010) introduziu

    alteraes nos procedimentos relacionados fiscalizao de obras pblicas pelo TCU, cons-

    tantes do Captulo 5.

    A Instruo Normativa TCU no 63/2010 alterou significativamente o regramento sobre os

    processos de contas na Administrao Pblica federal, revogando a anterior IN no 57/2008.

    De igual modo, foram editadas as Decises Normativas TCU nos 107/2010, 108/2010 e

    110/2010 que detalharam os procedimentos previstos na IN no 63/2010. Em decorrncia, o

    captulo 8 foi amplamente reformulado.

    Os conceitos constantes das novas Normas de Auditoria do TCU, aprovadas pela Portaria

    no 280/2010, foram consideradas em diversas passagens e no Miniglossrio.

    Outros normativos recentes que trouxeram alteraes pontuais para a presente edio

    foram a Lei no 12.305/2010, o Decreto no 7.153/2010, as INs TCU nos 59/2009, 62/2010 e

    64/2010, as Resolues TCU nos 213/2008, 226/2009, 229/2009 e 341/2011.

    Os recentes julgados do STF e do STJ envolvendo temas de controle externo foram intro-

    duzidos nos tpicos relacionados, com destaque para o MS 25.116, MS 21.307, MS 24.423,

    Rcl 10.456, Rcl 10.616, Rcl 10.551, Rcl 10.493, Rcl 10.499, Rcl 10.548, AgRg no REsp

    700136, REsp. 1.109.433, REsp 1.047.524, AgRg no REsp 777.562.

    A jurisprudncia do TCU citada nos exemplos de deliberaes ao longo do livro foi par-

    cialmente atualizada, substituindo-se as decises mais antigas por outras mais recentes.

    Foram acrescentados novos itens nos Captulos 5 e 11, suprimidos um item no Captulo

    2 e dois no Captulo 8 e alterados ttulos de itens nos Captulos 1, 4, 5, 6 e 8. Foram acres-

  • centados novos quadros-resumo e explicaes nas sees Dvidas Frequentes, Questes

    Polmicas e Importante. Os valores relativos multa prevista no art. 58 da LOTCU foram

    atualizados para 2010 e 2011, conforme portarias do Presidente do TCU. Um dos acrscimos

    trata da fiscalizao dos recursos pblicos aplicados para a realizao da Copa do Mundo de

    Futebol de 2014.

    No Anexo I, acrescentou-se a Smula TCU no 256, aprovada em 2010 e excluiu-se a S-

    mula no 172, revogada. No Anexo III, aduziram-se novos conceitos a partir do Glossrio de

    Termos de Controle Externo (TCU, 2010b).

    Alm disso, em todo o texto foi atualizada a denominao do cargo de Auditor Federal de

    Controle Externo AUFC, conforme a Lei no 11.950/2009.

    No total, esta quarta edio contm mais de 190 alteraes em relao anterior.

    Agradeo novamente aos alunos e aos professores que tm adotado este livro como au-

    xiliar no aprendizado do Controle Externo, cujas observaes, crticas, questionamentos e

    sugestes provocaram boa parte dos acrscimos e correes incorporados presente edio.

    Boa leitura e bons estudos!

  • Prefcio

    Com alegria escrevo o prefcio do livro Controle Externo, de autoria de Luiz Henrique

    Lima, qualificado analista do Tribunal de Contas da Unio, cujo talento pode facilmente ser

    mensurado no manuseio da obra, que aprecia teoria, legislao, jurisprudncia e questes de

    concursos.

    Discorre sobre a matria merc do conhecimento, do estudo e da pesquisa, num proces-

    so constante de atualizao, aliada vivncia prtica do labor dirio, instruindo processos,

    emitindo pareceres, enfim, socializando seu saber em favor de quantos buscam orientaes

    acerca da matria.

    Ao abordar tema de tamanha relevncia e de discusso obrigatria na sociedade con-

    tempornea, trouxe o pensamento de Mileski, que conceitua e esgota o que seja controle,

    ao afirmar: O controle corolrio de Estado Democrtico de Direito, obstando o abuso de

    poder por parte da autoridade administrativa, fazendo com que esta paute sua atuao em

    defesa do interesse coletivo, mediante uma fiscalizao orientadora, corretiva e at punitiva.

    Vai Inglaterra e Frana, procurando as razes do controle nos meados dos sculos XII

    e XV, at chegar organizao do primeiro Tribunal de Contas, como modelo de Tribunal

    Administrativo para os Estados modernos, obra de Napoleo Bonaparte, em 1807.

    Explicita com clareza o surgimento da Corte de Contas no Brasil e a forma como foi tra-

    tada nas diversas Constituies brasileiras.

    Discorre sobre os Tribunais de Contas estaduais e municipais, as entidades de controle

    internacionais e nacionais, o controle social, as diversas formas de fiscalizao, similaridade

    de suas atribuies com a dos tribunais que integram o Poder Judicirio, composio, com-

    petncias enfim, consegue, de forma didtica e precisa, ser analtico e sinttico, em assunto

    da maior complexidade.

    O trabalho de Luiz Henrique obra de consulta obrigatria por quantos militam na pbli-

    ca administrao. motivo de gudio para os que integram o Tribunal de Contas da Unio,

    ao expor a face da qualidade intelectual de seus servidores. Revela a preocupao que norteia

    os membros da Corte de Contas na atuao preventiva e pedaggica. Conduz seus leitores

  • a raciocinar acerca da necessidade de adquirirmos normas constitucionais que assegurem

    maior tempestividade e eficcia dos julgados, o acesso aos sigilos bancrio e fiscal, bem como

    a autoexecutoriedade de nossas decises.

    Esgota com propriedade o processo de julgamento de contas, a fase recursal, o direito de

    defesa, as sanes, a jurisprudncia e a legislao aplicvel.

    Li a obra e, confesso, gostaria de ter sido o autor. Contenta-me, todavia, ser o leitor e t-la

    como fonte de orientao. com esse sentimento que a recomendo aos leitores que, sei, sero

    muitos. Mais no falo, para que o prazer da leitura se manifeste no compulsar das pginas.

    Ubiratan Aguiar

    Ministro do Tribunal de Contas da Unio

  • Lista de Abreviaturas e Siglas Utilizadas

    Ac. Acrdo

    ACE Analista de Controle Externo

    ADI/ADIn Ao Direta de Inconstitucionalidade

    AGU Advocacia Geral da Unio

    ANA Agncia Nacional de guas

    ANOp Auditoria de Natureza Operacional

    ANP Agncia Nacional do Petrleo

    AO Ao Originria

    Ap. Cvel Apelao Cvel

    Art. Artigo

    Atricon Associao dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil

    AUFC Auditor Federal de Controle Externo

    Bacen Banco Central do Brasil

    BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social

    BTN Bnus do Tesouro Nacional

    CC Cdigo Civil

    Cepal Comisso Econmica para a Amrica Latina e o Caribe

    Cesgranrio Fundao Cesgranrio

    Cespe Centro de Seleo e de Promoo de Eventos

    Cetro Cetro Concursos Pblicos, Consultoria e Administrao S/S Ltda.

    CF Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988

    CGU Controladoria Geral da Unio

    Cide Contribuio de Interveno no Domnio Econmico

  • Ciset Controle Interno Setorial

    CLT Consolidao das Leis do Trabalho

    CMO/CMPOF Comisso Mista de Planos, Oramentos Pblicos e Fiscalizao

    CN Congresso Nacional

    CNJ Conselho Nacional de Justia

    COB Comit Olmpico Brasileiro

    Conama Conselho Nacional de Meio Ambiente

    CPB Comit Paraolmpico Brasileiro

    CPC Cdigo de Processo Civil

    CPI Comisso Parlamentar de Inqurito

    CPMI Comisso Parlamentar Mista de Inqurito

    DJU Dirio da Justia da Unio

    DN Deciso Normativa

    DOU Dirio Oficial da Unio

    EC Emenda Constitucional

    EFPP Entidades Fechadas de Previdncia Privada

    EFS Entidade Fiscalizadora Superior

    EIA Estudo de Impacto Ambiental

    Esaf Escola Superior de Administrao Fazendria

    et al. et alii (e outros)

    FCC Fundao Carlos Chagas

    Fepese Fundao de Estudos e Pesquisas Scio-Econmicas

    FGV Fundao Getlio Vargas

    FJG Fundao Joo Goulart

    FMI Fundo Monetrio Internacional

    FNAS Fundo Nacional de Assistncia Social

    FNMA Fundo Nacional de Meio Ambiente.

    FPE Fundo de Participao dos Estados e do Distrito Federal

    FPM Fundo de Participao dos Municpios

    Fundeb Fundo de Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica e de Valorizao

    dos Profissionais da Educao

    Fundef Fundo de Manuteno e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valo-

    rizao do Magistrio

    Ibama Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis

  • IBGE Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

    ICMS Imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes

    de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao

    Ifes Instituio Federal de Ensino Superior

    IN Instruo Normativa

    Inf. STF Informativo do Supremo Tribunal Federal

    INSS Instituto Nacional da Seguridade Social

    Intosai International Organization of Supreme Audit Institutions

    Ipea Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada

    IPI Imposto sobre Produtos Industrializados

    IPVA Imposto sobre a Propriedade de Veculos Automotores

    IR Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza

    ITD Imposto sobre Transmisso causa mortis e Doao de quaisquer bens ou direitos

    ITR Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural

    LC Lei Complementar

    LDB Lei de Diretrizes e Bases da educao nacional

    LDO Lei de Diretrizes Oramentrias

    LO Lei Orgnica

    LOA Lei de Oramento Anual

    LOTCU Lei Orgnica do Tribunal de Contas da Unio (Lei no 8.443/1992)

    LRF Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar no 101/2000)

    Min. Ministro

    MMA Ministrio do Meio Ambiente

    MP Ministrio Pblico

    MPC Ministrio Pblico de Contas

    MPU Ministrio Pblico da Unio

    MPTCU Ministrio Pblico junto ao TCU

    MPV Medida Provisria

    MS Mandado de Segurana

    NCE Ncleo de Computao Eletrnica

    OAB Ordem dos Advogados do Brasil

    OCDE Organizao de Cooperao e Desenvolvimento Econmico

    Olacefs Organization of Latin American and Caribbean Supreme Audit Institutions

    ONG Organizao No Governamental

  • ONU Organizao das Naes Unidas

    Op. cit. Obra citada

    OS Organizao Social

    Oscip Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico

    P. Pgina

    PAC Programa de Acelerao do Crescimento

    PAD Processo Administrativo Disciplinar

    Par. Pargrafo

    PC Prestao de Contas

    PDDE Programa Dinheiro Direto na Escola

    Petrobras Petrleo Brasileiro S.A.

    PIB Produto Interno Bruto

    PL Projeto de Lei

    PNAE Programa Nacional de Alimentao Escolar

    PNB Produto Nacional Bruto

    PNMA Poltica Nacional de Meio Ambiente

    PNUD Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento

    PPA Plano Plurianual

    PPP Parceria Pblico-Privada

    PR Presidente da Repblica

    PT Programa de Trabalho

    RDA Revista de Direito Administrativo

    RE Recurso Extraordinrio

    Rcl Reclamao

    Rel. Relator

    Resp Recurso Especial

    RHC Recurso Ordinrio em Habeas Corpus

    Rima Relatrio de Impacto Ambiental

    RITCU Regimento Interno do Tribunal de Contas da Unio

    RJSTJ Revista de Jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia

    RJU Regime Jurdico nico

    RMS Recurso Ordinrio em Mandado de Segurana

    RT Revista dos Tribunais

    RTJ Revista Trimestral de Jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal

  • Siafi Sistema Integrado de Administrao Financeira

    Siasg Sistema Integrado de Administrao de Servios Gerais

    Sisnama Sistema Nacional de Meio Ambiente

    STF Supremo Tribunal Federal

    STJ Superior Tribunal de Justia

    STN Secretaria do Tesouro Nacional

    SUS Sistema nico de Sade

    SV Smula Vinculante

    TC Tomada de Contas

    TCDF Tribunal de Contas do Distrito Federal

    TCE Tomada de Contas Especial

    TCE-yy Tribunal de Contas do Estado de yy

    TCM-yy Tribunal de Contas do Municpio de yy

    TCU Tribunal de Contas da Unio

    TJ Tribunal de Justia

    TRF Tribunal Regional Federal

    TSE Tribunal Superior Eleitoral

    Ufir Unidade Fiscal de Referncia

    UFMT Universidade Federal de Mato Grosso

    Unicef Fundo das Naes Unidas para a Infncia

    UO Unidade Oramentria

    Vol. Volume

  • Pgina deixada intencionalmente em branco

  • Lista de Quadros-Resumos

    Quadro-resumo do papel das instituies de controle .........................................................7

    Quadro-resumo de diferenas entre as Controladorias e as Cortes de Contas .....................12

    Quadro-resumo das competncias constitucionais do TCU ...............................................43

    Quadro-resumo dos procedimentos para sustao de atos e contratos ...............................58

    Quadro-resumo dos procedimentos do art. 72 da Constituio .........................................59

    Quadro-resumo das indicaes de Ministro do TCU ..........................................................62

    Quadro-resumo da responsabilidade pelo controle externo ...............................................67

    Quadro-resumo da repartio constitucional de funes de controle externo ....................73

    Quadro-resumo das funes das Cortes de Contas ..........................................................115

    Quadro-resumo das competncias atribudas pela LRF s Cortes de Contas ....................158

    Quadro-resumo das competncias do TCU em relao a recursos

    repassados a Estados, DF e Municpios ............................................................................170

    Quadro-resumo das principais competncias do Plenrio e das Cmaras .........................203

    Quadro-resumo de diferenas entre as TCEs e as TCs/PCs ...............................................272

    Quadro-resumo de diferenas entre as TCEs e os PADs ...................................................273

    Quadro-resumo de julgamento das contas .......................................................................308

    Quadro-resumo dos instrumentos de fiscalizao ............................................................322

    Quadro-resumo da fiscalizao em entidades paraestatais e no terceiro setor ...................342

    Quadro-resumo do direito de defesa anterior ao julgamento ...........................................395

    Quadro-resumo dos recursos ...........................................................................................402

    Quadro-resumo da gradao da multa do art. 58 da LOTCU (art. 268 do RITCU) ..........422

    Quadro-resumo da inidoneidade na LOTCU e na Lei no 8.666/1993 ...............................426

    Quadro-resumo das sanes e cautelares .........................................................................436

  • Pgina deixada intencionalmente em branco

  • Sumrio

    Captulo 1 CONTROLE EXTERNO ORIGENS, CONCEITOS,

    SISTEMAS........................................................................................ 1

    1.1. Antecedentes ............................................................................1

    1.2. Conceitos de controle ...............................................................2

    1.2.1. Controle na cincia da Administrao .......................3

    1.2.2. Controle quanto ao objeto ........................................3

    1.2.3. Controle quanto ao momento de sua realizao ........4

    1.2.4. Controle quanto ao posicionamento do rgo

    controlador ...............................................................6

    1.2.5. Outras classificaes .................................................8

    1.2.6. Conceito de Controle Externo ...................................8

    1.3. Sistemas de Controle Externo .................................................10

    1.3.1. O sistema de Auditoria ou Controladoria-Geral ......11

    1.3.2. O sistema de Tribunal de Contas .............................11

    1.4. Tribunais de Contas no Brasil .................................................12

    1.5. O TCU nas diversas Constituies brasileiras ..........................14

    1.6. Os Tribunais de Contas estaduais e municipais .......................16

    1.7. A Intosai e a Declarao de Lima.............................................17

    1.8. A Olacefs ................................................................................17

    1.9. A Atricon e a Audicon.............................................................17

    1.10. Novos desafios do Controle Externo .......................................18

    1.11. O controle social .....................................................................19

  • 1.12. Modelo de denncia de irregularidade ao Tribunal de

    Contas ....................................................................................21

    1.13. Para saber mais .......................................................................22

    1.14. Propostas de exerccios dissertativos .......................................22

    1.15. Questes de concursos pblicos .............................................23

    Captulo 2 NORMAS CONSTITUCIONAIS SOBRE O CONTROLE

    EXTERNO ...................................................................................... 27

    2.1. A topografia do controle externo na Constituio Federal .......28

    2.2. Abrangncia do controle externo (CF: art. 70, caput) ..............29

    2.2.1. Fiscalizao contbil, financeira, oramentria

    e patrimonial ..........................................................30

    2.2.2. Fiscalizao operacional ..........................................30

    2.2.3. Legalidade e legitimidade ........................................31

    2.2.4. Economicidade .......................................................33

    2.2.5. Aplicao das subvenes e renncia das receitas....34

    2.3. Quem deve prestar contas (CF: art. 70, pargrafo nico) ........36

    2.4. Competncias constitucionais do TCU (CF: art. 71, caput

    e incisos I a XI) .......................................................................42

    2.4.1. Apreciar as contas anuais do Presidente

    da Repblica (CF: art. 71, I) ...................................43

    2.4.2. Julgar as contas dos administradores e demais

    responsveis por dinheiro, bens e valores

    pblicos (CF: art. 71, II) .........................................47

    2.4.3. Apreciar a legalidade dos atos de admisso

    de pessoal e de concesso de aposentadorias,

    reformas e penses civis e militares

    (CF: art. 71, III) ......................................................50

    2.4.4. Realizar inspees e auditorias por iniciativa

    prpria ou por solicitao do Congresso

    Nacional (CF: art. 71, IV) .......................................52

    2.4.5. Fiscalizar as contas nacionais das empresas

    supranacionais (CF: art. 71, V) ...............................52

    2.4.6. Fiscalizar a aplicao de recursos da Unio

    repassados a Estados, ao Distrito Federal ou

    a Municpios (CF: art. 71, VI) .................................53

  • 2.4.7. Prestar informaes ao Congresso Nacional sobre

    fiscalizaes realizadas (CF: art. 71, VII) .................54

    2.4.8. Aplicar sanes e determinar a correo de

    ilegalidades e irregularidades em atos e contratos

    (CF: art. 71, VIII, IX e XI) .......................................56

    2.4.9. Sustar, se no atendida, a execuo do ato

    impugnado, comunicando a deciso Cmara dos

    Deputados e ao Senado Federal (CF: art. 71, X) ......56

    2.5. Sustao de atos e contratos (CF: art. 71, 1o e 2o) ...............57

    2.6. Eficcia das decises do TCU (CF: art. 71, 3o) .....................58

    2.7. Relatrios ao Congresso Nacional (CF: art. 71, 4o) ...............58

    2.8. Atuao da Comisso Mista (CF: art. 72) ................................59

    2.9. Composio do TCU (CF: art. 73) ..........................................60

    2.9.1. Requisitos para a nomeao de Ministro

    (CF: art. 73, 1o) ....................................................61

    2.9.2. Processo de escolha de Ministros do TCU

    (CF: art. 73, 2o) ....................................................61

    2.9.3. Prerrogativas dos Ministros (CF: art. 73, 3o) .........63

    2.9.4. Papel dos Auditores (CF: art. 73, 4o) ....................63

    2.10. Controle interno (CF: art. 74) .................................................64

    2.11. Apurao de denncias apresentadas por qualquer

    cidado, partido poltico, associao ou sindicato sobre

    irregularidades ou ilegalidades (CF: art. 74, 2o) ...................64

    2.12. Organizao dos Tribunais de Contas dos Estados, Distrito

    Federal e Municpios (CF: art. 75) ..........................................65

    2.13. Fiscalizao nos municpios (CF: art. 31)................................67

    2.14. Parecer prvio sobre as contas de Governo de Territrio

    (CF: art. 33, 2o) ...................................................................69

    2.15. Interveno da Unio nos Estados e no Distrito Federal

    (CF: art. 34, VII, d) .................................................................69

    2.16. Interveno em Municpio (CF: art. 35, II) .............................70

    2.17. Competncia exclusiva do Congresso Nacional

    (CF: art. 49, IX e X) ................................................................70

    2.18. Competncia privativa da Cmara dos Deputados

    (CF: art. 51, II) .......................................................................71

  • 2.19. Competncia privativa do Senado Federal

    (CF: art. 52, III, b) ..................................................................72

    2.20. Competncia privativa do Presidente da Repblica

    (CF: art. 84, XV e XXIV) .........................................................72

    2.21. Competncia do Supremo Tribunal Federal

    (CF: art. 102, I, c, d, i e q) .......................................................73

    2.22. Competncia do Superior Tribunal de Justia

    (CF: art. 105, I, a)...................................................................74

    2.23. Competncias do Conselho Nacional de Justia e do

    Conselho Nacional do Ministrio Pblico (CF: arts. 103-B,

    4o, e 130-A) .........................................................................74

    2.24. Ministrio Pblico junto aos Tribunais de Contas

    (CF: art. 130)..........................................................................74

    2.25. Clculo dos Fundos de Participao (CF: art. 161,

    pargrafo nico) .....................................................................76

    2.26. Lei complementar sobre fiscalizao financeira

    (CF: art. 163, V) .....................................................................77

    2.27. Disposies constitucionais gerais (CF: art. 235, III e X) .........78

    2.28. Para saber mais .......................................................................78

    2.29. Propostas de exerccios dissertativos .......................................78

    2.30. Questes de concursos pblicos .............................................80

    Captulo 3 TRIBUNAIS DE CONTAS: FUNES, NATUREZA JURDICA

    E EFICCIA DAS DECISES ...................................................... 111

    3.1. Funes dos Tribunais de Contas ..........................................111

    3.1.1. Funo de fiscalizao ...........................................111

    3.1.2. Funo opinativa ..................................................112

    3.1.3. Funo de julgamento ..........................................112

    3.1.4. Funo sancionadora ............................................113

    3.1.5. Funo corretiva ...................................................113

    3.1.6. Funo consultiva .................................................113

    3.1.7. Funo de informao ..........................................114

    3.1.8. Funo de ouvidor ................................................115

    3.1.9. Funo normativa .................................................115

    3.2. Natureza jurdica das Cortes de Contas .................................115

  • 3.3. Eficcia das decises dos Tribunais de Contas .......................120

    3.4. Coisa julgada administrativa .................................................123

    3.5. Para saber mais .....................................................................126

    3.6. Propostas de exerccios dissertativos .....................................126

    3.7. Questes de concursos pblicos ...........................................126

    Captulo 4 JURISDIO ............................................................................... 131

    4.1. A polmica sobre a jurisdio dos Tribunais de Contas .........131

    4.2. Jurisdio do TCU ................................................................136

    4.2.1. Responsvel (LOTCU: art. 5o, I) ............................136

    4.2.2. Dano ao errio (LOTCU: art. 5o, II) .......................136

    4.2.3. Dirigentes ou liquidantes (LOTCU: art. 5o, III) .....136

    4.2.4. Empresas supranacionais (LOTCU: art. 5o, IV) ......136

    4.2.5. Servios sociais (LOTCU: art. 5o, V) ......................137

    4.2.6. Demais sujeitos fiscalizao (LOTCU:

    art. 5o, VI) .............................................................137

    4.2.7. Recursos repassados (LOTCU: art. 5o, VII) ............137

    4.2.8. Sucessores (LOTCU: art. 5o, VIII)..........................138

    4.2.9. Representantes na assembleia (LOTCU:

    art. 5o, IX) .............................................................138

    4.2.10. Empresas pblicas e sociedades de economia mista

    (RITCU: art. 5o, III) .................................................... 138

    4.2.11. Unidades jurisdicionadas (IN no 63/2010) ............139

    4.3. Jurisdio dos Tribunais de Contas estaduais e municipais ...139

    4.4. Conflitos de jurisdies entre Tribunais de Contas ................140

    4.5. Para saber mais .....................................................................142

    4.6. Propostas de exerccios dissertativos .....................................142

    4.7. Questes de concursos pblicos ...........................................143

    Captulo 5 COMPETNCIAS INFRACONSTITUCIONAIS .......................... 147

    5.1. Introduo ............................................................................147

    5.2. Competncias atribudas pela Lei Orgnica do TCU .............148

    5.2.1. Fiscalizao (LOTCU: art. 1o, II) ...........................148

    5.2.2. Acompanhamento da receita (LOTCU:

    art. 1o, IV) .............................................................148

  • 5.2.3. Representar sobre irregularidades (LOTCU:

    art. 1o, VIII) ..........................................................149

    5.2.4. Atos de administrao interna (LOTCU:

    art. 1o, X a XV) ......................................................150

    5.2.5. Decidir sobre consulta acerca da aplicao de

    dispositivos legais e regulamentares (LOTCU:

    art. 1o, XVII) .........................................................150

    5.2.6. Poder regulamentar (LOTCU: art. 3o)....................152

    5.2.7. Requisitar servios tcnicos especializados

    (LOTCU: art. 101) ................................................153

    5.3. Competncias previstas no Regimento Interno do TCU ........154

    5.3.1. Emitir pronunciamento conclusivo (RITCU:

    art. 1o, IV) .............................................................154

    5.3.2. Auditar projetos e programas (RITCU: art. 1o, V) .... 154

    5.3.3. Fiscalizar a aplicao dos royalties do petrleo

    (RITCU: art. 1o, X) ................................................154

    5.3.4. Fiscalizar a aplicao da LRF (RITCU:

    art. 1o, XIII) ..........................................................155

    5.3.5. Acompanhar, fiscalizar e avaliar os processos

    de desestatizao (RITCU: art. 1o, XV) ..................155

    5.4. Competncias atribudas pela Lei de Responsabilidade

    Fiscal e pela Lei no 10.028/2000 ...........................................156

    5.5. Competncias atribudas pela Lei no 8.666/1993 ..................159

    5.6. Competncia reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal ....160

    5.7. Competncias atribudas por diversos normativos ................162

    5.7.1. Lista dos inelegveis (Lei Complementar

    no 64/1990 e Lei Complementar no 135/2010

    Lei da Ficha Limpa) ..............................................162

    5.7.2. Acompanhamento dos processos de improbidade

    administrativa (Lei no 8.429/1992) .......................164

    5.7.3. Controle das declaraes de bens e rendas

    (Lei no 8.730/1993) ..............................................164

    5.7.4. Fiscalizao dos recursos do SUS (Decreto

    no 1.232/1994) .....................................................165

    5.7.5. Apoio Justia Eleitoral (Lei no 9.096/1995 e

    Lei no 9.504/1997) ................................................165

  • 5.7.6. Fiscalizao da LDB (Lei no 9.394/1996), do

    Fundeb (Lei no 11.404/ 2007) e do Fundef

    (Lei no 9.424/1996) ..............................................166

    5.7.7. Fiscalizao dos regimes prprios de previdncia

    social (Lei no 9.717/1998) ....................................169

    5.7.8. Apoio s Cmaras Municipais

    (Lei no 9.452/1997) ..............................................169

    5.7.9. Criao de pgina na Internet

    (Lei no 9.755/1998) ..............................................169

    5.7.10. Fiscalizao da aplicao dos recursos repassados

    ao Comit Olmpico Brasileiro e ao Comit

    Paraolmpico Brasileiro (Lei no 10.264/2001) ........170

    5.7.11. Fiscalizao dos recursos do Programa Nacional

    de Alimentao Escolar PNAE (Medida Provisria

    no 2.178-36/2001) ..................................................... 170

    5.7.12. Lei das Agncias de guas (Lei no 10.881/2004) ..... 170

    5.7.13. Concesso de Florestas (IN TCU no 50/2006) .......171

    5.7.14. Lei do PAC (Lei no 11.578/2007) ..........................171

    5.8. Competncias relacionadas com o acompanhamento

    da gesto oramentria .........................................................172

    5.9. Medidas cautelares relativas a atos administrativos ...............174

    5.10. O veto ao art. 6o da Lei das centrais sindicais

    (Lei no 11.648/2008) ............................................................177

    5.11. Para saber mais .....................................................................177

    5.12. Propostas de exerccios dissertativos .....................................178

    5.13. Questes de concursos pblicos ...........................................181

    Captulo 6 ORGANIZAO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO ....... 199

    6.1. Plenrio ................................................................................199

    6.1.1. Matrias de maior complexidade e relevncia ........199

    6.1.2. Relacionamento com o Congresso Nacional

    e os Poderes da Repblica .....................................200

    6.1.3. Assuntos de natureza institucional ........................200

    6.1.4. Sanes de maior gravidade ..................................201

    6.1.5. Recursos ...............................................................201

    6.2. Cmaras ................................................................................201

    6.2.1. Presidente de Cmara ...........................................202

    6.2.2. Empate nas votaes de Cmara ...........................203

  • 6.3. Presidncia ...........................................................................204

    6.3.1. Eleio ..................................................................204

    6.3.2. Competncias do Presidente .................................205

    6.4. Vice-Presidncia....................................................................206

    6.5. Corregedoria .........................................................................207

    6.6. Ministros ..............................................................................207

    6.7. Auditores (Ministros Substitutos) ..........................................208

    6.8. Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas ....................211

    6.8.1. Composio ..........................................................211

    6.8.2. Procurador-Geral ..................................................212

    6.8.3. Competncias .......................................................213

    6.9. Elaborao de lista trplice ....................................................215

    6.10. Secretaria do Tribunal ...........................................................215

    6.11. Ouvidoria .............................................................................217

    6.12. Comisses ............................................................................218

    6.13. Para saber mais .....................................................................218

    6.14. Propostas de exerccios dissertativos .....................................218

    6.15. Questes de concursos pblicos ...........................................218

    Captulo 7 DELIBERAES E PROCESSOS ................................................. 225

    7.1. Relator ..................................................................................225

    7.1.1. Relao .................................................................225

    7.2. Deliberaes .........................................................................228

    7.2.1. Formas de deliberao ..........................................228

    7.2.2. Elaborao, aprovao e alterao de

    atos normativos ....................................................229

    7.2.3. Jurisprudncia ......................................................229

    7.2.4. Incidente de uniformizao de jurisprudncia.......230

    7.3. Processo de votao ..............................................................230

    7.4. Sesses .................................................................................235

    7.4.1. Pauta das sesses ..................................................236

    7.5. Processos ..............................................................................237

    7.5.1. Tipos de processos ................................................237

    7.5.2. Etapas do processo ................................................238

    7.5.3. Partes e ingresso de interessados ...........................239

  • 7.5.4. Distribuio ..........................................................240

    7.5.5. Arquivamento .......................................................241

    7.5.6. Nulidades .............................................................241

    7.5.7. Processos urgentes ................................................242

    7.6. Execuo das decises ..........................................................243

    7.7. Outros dispositivos ...............................................................245

    7.7.1. Contagem de prazos .............................................245

    7.7.2. Comunicaes processuais ....................................245

    7.7.3. Aplicao do Cdigo de Processo Civil..................247

    7.8. Para saber mais .....................................................................247

    7.9. Propostas de exerccios dissertativos .....................................247

    7.10. Questes de concursos pblicos ...........................................247

    Captulo 8 TOMADAS E PRESTAO DE CONTAS .................................... 251

    8.1. Dever de prestar contas .........................................................251

    8.2. Processos de contas ..............................................................253

    8.2.1. Contas ordinrias ..................................................254

    8.2.2. Contas extraordinrias ..........................................254

    8.3. Tipos de processos de contas ................................................255

    8.3.1. Contas individuais ................................................255

    8.3.2. Contas consolidadas .............................................255

    8.3.3. Contas agregadas ..................................................256

    8.4. Relatrio de gesto ................................................................257

    8.5. Contedo dos processos de contas ........................................258

    8.5.1. Normas previstas na Lei no 4.320/1964 .................258

    8.5.2. Normas previstas na LOTCU e no RITCU .............258

    8.5.3. Normas da LRF sobre escriturao das contas .......259

    8.5.4. Contedo prescrito pela IN TCU no 63/2010 .......260

    8.5.4.1. Rol de responsveis ..........................262

    8.6. Prazos para apresentao ......................................................263

    8.6.1. Dispensa de apresentao das contas ....................265

    8.6.2. Contas informatizadas ...........................................265

    8.7. Decises em processos de contas ..........................................265

    8.7.1. Sobrestamento de contas .......................................265

    8.7.2. Contas diferidas ....................................................266

    8.8. Declaraes de bens e sigilo ..................................................266

  • 8.9. Para saber mais .....................................................................267

    8.10. Propostas de exerccios dissertativos .....................................267

    8.11. Questes de concursos pblicos ...........................................267

    Captulo 9 TOMADAS DE CONTAS ESPECIAIS .......................................... 271

    9.1. Conceito ...............................................................................271

    9.2. Hipteses de instaurao ......................................................273

    9.2.1. Omisso no dever de prestar contas ......................274

    9.2.2. No comprovao da aplicao dos recursos .........276

    9.2.3. Ocorrncia de desfalque ou desvio de dinheiros,

    bens ou valores pblicos .......................................277

    9.2.4. Prtica de ato ilegal, ilegtimo ou antieconmico

    com dano ao errio ...............................................278

    9.2.5. Determinao pelo TCU ........................................279

    9.2.6. Dispensa de instaurao de TCE ...........................281

    9.3. Procedimentos ......................................................................282

    9.3.1. Responsveis pela instaurao da TCE ..................282

    9.3.2. Prazo de instaurao .............................................283

    9.3.3. Etapas de instaurao ............................................283

    9.3.4. Notificao ............................................................284

    9.3.5. Peas bsicas de uma TCE ....................................284

    9.3.6. Valor mnimo e prazo mximo para instaurao

    de TCE ................................................................285

    9.4. Responsabilidade solidria do ente poltico ...........................286

    9.5. Encaminhamento da TCE ao Tribunal de Contas da Unio ..... 287

    9.6. Julgamento das TCEs ............................................................289

    9.7. Excluso do Cadin ................................................................291

    9.8. Regras para a atualizao de dbitos .....................................291

    9.9. Para saber mais .....................................................................291

    9.10. Propostas de exerccios dissertativos .....................................292

    9.11. Questes de concursos pblicos ...........................................292

    Captulo 10 JULGAMENTO DAS CONTAS .................................................... 295

    10.1. Critrios de julgamento ........................................................295

    10.2. Contas regulares ...................................................................297

  • 10.3. Contas regulares com ressalvas .............................................297

    10.4. Contas Irregulares .................................................................298

    10.5. Consequncias de irregularidade ..........................................299

    10.6. Fixao da responsabilidade solidria ...................................300

    10.7. Liquidao tempestiva do dbito ..........................................304

    10.8. Arquivamento sem julgamento de mrito .............................305

    10.9. Contas Iliquidveis ...............................................................307

    10.10. Reabertura de Contas ............................................................308

    10.11. Julgamento pelo TCU e controle jurisdicional .......................308

    10.12. Reviso do julgamento pelo TCU ..........................................309

    10.13. Para saber mais .....................................................................309

    10.14. Propostas de exerccios dissertativos .....................................309

    10.15. Questes de concursos pblicos ...........................................310

    Captulo 11 FISCALIZAO A CARGO DO TRIBUNAL DE CONTAS

    E EXERCCIO DO CONTROLE EXTERNO ................................ 317

    11.1. Evoluo da fiscalizao nos Tribunais de Contas .................317

    11.2. Instrumentos de fiscalizao .................................................318

    11.2.1. Levantamento (RITCU: art. 238) ...........................319

    11.2.2. Auditoria (RITCU: art. 239) ..................................319

    11.2.3. Inspeo (RITCU: art. 240) ...................................320

    11.2.4. Acompanhamento (RITCU: arts. 241 e 242) .........321

    11.2.5. Monitoramento (RITCU: art. 243) ........................322

    11.3. Execuo da fiscalizao .......................................................323

    11.4. Contas do Governo da Repblica ..........................................325

    11.4.1. Normas de apresentao .......................................325

    11.4.2. Exame pelo TCU ...................................................326

    11.4.3. Consequncias da rejeio das contas ...................329

    11.4.4. Divulgao ............................................................330

    11.5. Atos sujeitos a registro ..........................................................330

    11.5.1. Smula Vinculante no 3 do STF ...........................334

    11.6. Fiscalizao de atos e contratos .............................................335

    11.7. Fiscalizao de convnios e instrumentos congneres ...........336

  • 11.8. Fiscalizao de obras ............................................................338

    11.9. Fiscalizao das privatizaes e das agncias reguladoras ......339

    11.10. Fiscalizao das concesses ...................................................340

    11.11. Fiscalizao das organizaes sociais, organizaes da

    sociedade civil de interesse pblico, consrcios pblicos

    e parcerias pblico-privadas .................................................341

    11.11.1. Oscips ...................................................................341

    11.11.2. Organizaes Sociais .............................................341

    11.11.3. Consrcios Pblicos ..............................................342

    11.11.4. Parcerias Pblico-Privadas ....................................343

    11.12. Denncia ..............................................................................343

    11.13. Outras fiscalizaes ...............................................................344

    11.13.1. Benefcios fiscais ...................................................344

    11.13.2. Fundaes de apoio a instituies federais

    de ensino ..............................................................345

    11.13.3. Copa do Mundo de Futebol de 2014 ....................346

    11.14. Limites ao poder de fiscalizao dos Tribunais de Contas ......346

    11.15. Consequncias da fiscalizao exercida pelos Tribunais

    de Contas .............................................................................347

    11.16. Para saber mais .....................................................................347

    11.17. Propostas de exerccios dissertativos .....................................348

    11.18. Questes de concursos pblicos ...........................................351

    Captulo 12 CONTROLE INTERNO ................................................................ 359

    12.1. Conceito ...............................................................................359

    12.2. Princpios do controle interno ..............................................360

    12.3. Evoluo do controle interno ................................................361

    12.4. A LRF e o controle interno ....................................................363

    12.5. Organizao do controle interno no governo federal .............363

    12.5.1. Competncias legais do controle interno ...............365

    12.5.2. Objetivos do controle interno ...............................369

    12.5.3. Prerrogativas do controle interno ..........................370

    12.5.4. Normas relativas a servidores do controle interno ... 370

    12.5.5. Controle interno dos Poderes Legislativo e

    Judicirio e do Ministrio Pblico .........................371

  • 12.6. Tcnicas e objeto de trabalho do controle interno .................371

    12.6.1. Tcnicas ................................................................371

    12.6.2. Instrumental de trabalho .......................................373

    12.6.3. Objeto de exame ...................................................374

    12.7. Atuao do controle interno em processos de contas

    e tomadas de contas especiais ...............................................375

    12.8. Opinio do controle interno .................................................377

    12.9. Obrigatoriedade da estruturao do controle interno

    nos Estados e Municpios ......................................................377

    12.10. Controle interno e auditorias privadas ..................................378

    12.11. Para saber mais .....................................................................378

    12.12. Propostas de exerccios dissertativos .....................................378

    12.13. Questes de concursos pblicos ...........................................379

    Captulo 13 DIREITO DE DEFESA ................................................................. 387

    13.1. Fundamentos constitucionais e princpios ............................387

    13.2. Audincia .............................................................................391

    13.3. Citao .................................................................................392

    13.4. Procedimentos legais e regimentais .......................................393

    13.4.1. Pedido de vista ......................................................393

    13.4.2. Juntada de documentos ........................................394

    13.5. Oitiva ...................................................................................394

    13.6. Revelia ..................................................................................395

    13.7. Modalidades recursais ...........................................................396

    13.8. Recurso de reconsiderao ....................................................396

    13.9. Pedido de reexame ................................................................397

    13.10. Embargo de declarao .........................................................398

    13.11. Recurso de reviso ................................................................399

    13.12. Agravo ..................................................................................401

    13.13. Exame de admissibilidade .....................................................403

    13.14. Sustentao oral ....................................................................404

    13.15. Reviso judicial .....................................................................404

    13.16. Prescrio .............................................................................405

  • 13.17. Outros recursos previstos em normas especficas ..................411

    13.18. Para saber mais .....................................................................411

    13.19. Propostas de exerccios dissertativos .....................................412

    13.20. Questes de concursos pblicos ...........................................412

    Captulo 14 SANES .................................................................................... 417

    14.1. Sanes em processos de contas............................................417

    14.1.1. Multa proporcional ao dbito (LOTCU: art. 57) ....418

    14.1.2. Multa (LOTCU: art. 58) ........................................418

    14.1.3. Encaminhamento dos autos ao Ministrio Pblico

    da Unio (LOTCU: art. 16, 3o) ............................. 423

    14.2. Sanes em aes de fiscalizao ...........................................423

    14.2.1. Multa por sonegao de documentos ou

    informaes (LOTCU: art. 42) ..............................423

    14.2.2. Multa por irregularidade constatada

    (LOTCU: art. 43) ..................................................424

    14.2.3. Inabilitao (LOTCU: art. 60 e RITCU: art. 270) .... 424

    14.3. Sanes relativas a licitaes e contratos ...............................426

    14.3.1. Declarao de inidoneidade (LOTCU, art. 46) ......426

    14.4. Sanes relativas a infraes administrativas contra

    as finanas pblicas ..............................................................430

    14.5. Determinaes ......................................................................432

    14.6. Medidas cautelares que afetam diretamente os gestores

    e responsveis .......................................................................432

    14.6.1. Afastamento temporrio do responsvel

    (LOTCU: art. 44) ..................................................432

    14.6.2. Indisponibilidade de bens (LOTCU:

    art. 44, 2o)..........................................................433

    14.6.3. Arresto dos bens (LOTCU: art. 61) .......................435

    14.7. Independncia das instncias ................................................436

    14.8. Responsvel falecido .............................................................437

    14.9. Sigilo bancrio e fiscal...........................................................438

    14.10. Para saber mais .....................................................................443

    14.11. Propostas de exerccios dissertativos .....................................443

    14.12. Questes de concursos pblicos ...........................................443

  • Captulo 15 ELEMENTOS PARA REALIZAR UMA PROVA DISCURSIVA ...... 447

    15.1. A linguagem .........................................................................447

    15.2. A construo do texto ...........................................................448

    15.3. A elaborao do texto ...........................................................448

    15.4. A reviso do texto .................................................................450

    Captulo 16 QUESTES COMPLEMENTARES ............................................... 451

    PALAVRAS FINAIS .................................................................................................... 471

    anexo I SMULAS RELEVANTES (STF, STJ, TCU) ................................. 473

    anexo II GABARITO .................................................................................. 479

    anexo III MINIGLOSSRIO ........................................................................ 487

    anexo IV REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................. 497

  • Pgina deixada intencionalmente em branco

  • Captulo 1Controle Externo

    Origens, Conceitos, Sistemas

    O que Controle Externo? Quais as diferenas entre Controladorias e Tribunais de Contas? Qual a origem do TCU? Quantos Tribunais de Contas existem no Brasil? Existe controle prvio pelos Tribunais de Contas no Brasil? O que controle social? Como denunciar uma irregularidade ao Tribunal de Contas?

    1.1. Antecedentes

    Os historiadores no lograram ainda um consenso quanto identificao das primeiras

    instituies e atividades associadas com o controle das riquezas do Estado.

    certo que com os primeiros embries de organizao humana em cidades-Estado sur-

    giu a necessidade da arrecadao, estocagem e gerenciamento de vveres, materiais e, pos-

    teriormente, numerrio, de modo a assegurar atividades de defesa e de conquista ante as

    comunidades vizinhas. medida que tais montantes tornaram-se expressivos, cresceu tam-

    bm a importncia de sua adequada gesto. Em nenhum regime monarquia absolutista ou

    democracia social os detentores do poder admitem desvios, desperdcio ou subtrao dos

    recursos de que pretendem dispor para atingir suas finalidades.

    H quem veja exemplos de atuao do controle na organizao dos faras do antigo

    Egito, entre os hindus, chineses e os sumrios, ou em instituies presentes na Atenas do

    Sculo de Ouro (V a.C.). De acordo com Paulino,1 na capital grega havia uma Corte de

    Contas, composta de dez oficiais eleitos anualmente pela assembleia geral do povo (Ecl-

    sia, que se reunia na gira), que tomava as contas dos arcontes, estrategas, embaixadores,

    sacerdotes e a todos quantos giravam com dinheiros pblicos. Aristteles, em Poltica,

    sustentou a necessidade de prestao de contas quanto aplicao dos recursos pblicos

    e de punio para responsveis por fraudes ou desvios e defendeu a existncia de um tri-

    bunal dedicado s contas e gastos pblicos, para evitar que os cargos pblicos enriqueam

    aqueles que os ocupem.

    1 Curso de Direito Constitucional, 3a edio, Forense, 1961 apud SANTANNA, Aspectos do Direito Pblico no Tribunal

    de Contas, TCE-RJ, 1992, p. 318-319.

  • Controle Externo Luiz Henrique Lima2S

    rie P

    rova

    s e

    Conc

    urso

    sELSEVIER

    Sabe-se com certeza que a origem da expresso auditoria encontra-se no vocbulo latino

    auditor, aquele que ouve. Os primeiros auditores atuaram, portanto, na Repblica Romana.

    A ideia de uma Corte de Contas pode ser localizada no final da Idade Mdia, em pases

    como a Inglaterra, a Frana e a Espanha. Speck2 aponta como pioneira a criao do Tribunal

    de Cuentas espanhol no sculo XV. A seu turno, Mileski3 destaca a instituio do Exchequer

    ingls no sculo XII.

    Portugal situa a origem de seu Tribunal de Contas, criado em 1849, na Casa dos Contos,

    cujo regimento data de 1389, e que tinha reparties subordinadas no Brasil Colnia no Rio

    de Janeiro, Salvador, So Lus e Ouro Preto.

    Foi, todavia, como em tantas outras reas, a gloriosa Revoluo Francesa que consagrou

    o princpio da separao dos poderes, idealizado por Montesquieu. Somente com a distino

    de atribuies entre Executivo, Legislativo e Judicirio, pode-se, a rigor, falar de um controle

    externo.

    O controle externo porque realizado, de forma independente, por outro poder, distinto

    daquele responsvel pela execuo das atividades administrativas suscetveis de controle.

    Como veremos adiante, o controle externo atribudo ora ao Poder Legislativo, ora ao Poder

    Judicirio, de vez que as principais funes estatais de realizao de polticas pblicas so de

    responsabilidade do Poder Executivo.

    A organizao do primeiro Tribunal de Contas com caractersticas prximas s atuais foi

    obra de Napoleo Bonaparte que, mediante o Decreto Imperial de 28/09/1807, reorganizou

    a Cour des Comptes francesa, como modelo de tribunal administrativo para os Estados mo-

    dernos. A Cour des Comptes presta assistncia ao Parlamento e ao Poder Executivo, atuando

    como autoridade judicial.

    1.2. Conceitos de controle

    A pesquisa de Guerra4 indica que a palavra controle originou-se do termo francs contre-

    rle, assim como do latim medieval contrarotulus, com o significado de contralista:

    [...], isto , segundo exemplar do catlogo de contribuintes, com base no qual se

    verificava a operao do cobrador de tributos, designando um segundo registro, orga-

    nizado para verificar o primeiro. O termo evoluiu, a partir de 1611, para sua acepo

    mais prxima do atual, aproximando-se da acepo de domnio, governo, fiscalizao,

    verificao.

    Segundo o Dicionrio Houaiss, a primeira acepo do vocbulo : monitorao,

    fiscaliza o ou exame minucioso, que obedece a determinadas expectativas, normas, con-

    venes etc.

    2 Inovao e rotina no Tribunal de Contas da Unio. So Paulo: Fundao Konrad Adenauer, 2000, p. 28. 3 O Controle da Gesto Pblica, RT, 2003, p. 176.4 Os Controles Externo e Interno da Administrao Pblica, 2a edio. Belo Horizonte: Editora Frum, 2005, p. 89.

  • Captulo 1 Controle Externo Origens, Conceitos, SistemasCAMPUS 3Srie Provas e Concursos

    Na dico de Rocha,5 o escopo do controle assegurar a correspondncia entre determi-

    nadas atividades e certas normas ou princpios.

    1.2.1. Controle na cincia da AdministraoNa cincia da Administrao, o controle reconhecido como uma das funes adminis-

    trativas essenciais. Na Escola Clssica, de Taylor e Fayol, o ciclo da administrao compreen-

    dia planejar, organizar, dirigir e controlar. Para Chiavenato,6 o controle consiste na funo

    administrativa que monitora e avalia as atividades e os resultados alcanados para assegurar

    que o planejamento, a organizao e a direo sejam bem-sucedidos. Esse autor identifica as

    seguintes fases do controle:

    estabelecimentodemetas;

    observaododesempenho;

    comparaododesempenhocomasmetasestabelecidas;e

    aocorretiva.

    A Declarao de Lima, um dos principais documentos da International Organization of Su-

    preme Audit Institutions Intosai , afirma que o controle no representa um fim em si mesmo,

    mas uma parcela imprescindvel de um mecanismo regular que deve assinalar oportunamen-

    te os desvios normativos e as infraes aos princpios da legalidade, rentabilidade, utilidade

    e racionalidade das operaes financeiras.

    Na Administrao Pblica, segundo Mileski,7 o controle corolrio do Estado Democr-

    tico de Direito, obstando o abuso de poder por parte da autoridade administrativa, fazendo

    com que esta paute a sua atuao em defesa do interesse coletivo, mediante uma fiscalizao

    orientadora, corretiva e at punitiva.

    Como assinala Guerra:8

    Controle, como entendemos hoje, a fiscalizao, quer dizer, inspeo, exame, acom-

    panhamento, verificao, exercida sobre determinado alvo, de acordo com certos as-

    pectos, visando averiguar o cumprimento do que j foi predeterminado ou evidenciar

    eventuais desvios com fincas de correo, decidindo acerca da regularidade ou irre-

    gularidade do ato praticado. Ento, controlar fiscalizar emitindo um juzo de valor.

    1.2.2. Controle quanto ao objetoQuanto ao seu objeto, o controle pode ser classificado em:

    delegalidade;

    demrito;e

    degesto.

    5 A funo controle na administrao pblica oramentria. O novo Tribunal de Contas: rgo protetor dos direitos

    fundamentais. 2a edio, ampliada. Belo Horizonte: Editora Frum, 2004, p. 124.6 Administrao Geral e Pblica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006, p. 447.7 Op. cit., p. 148.8 Os Controles Externo e Interno da Administrao Pblica, 2a edio. Belo Horizonte: Editora Frum, 2005, p. 90.

  • Controle Externo Luiz Henrique Lima4S

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    Conc

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    sELSEVIER

    O controle de legalidade tem o seu foco na verificao da conformidade dos procedimen-

    tos administrativos com normas e padres preestabelecidos.

    O controle de mrito procede a uma avaliao da convenincia e da oportunidade das

    aes administrativas. Em nosso ordenamento jurdico, esse controle costuma ser reservado

    prpria Administrao.

    O controle de gesto examina os resultados alcanados e os processos e recursos empre-

    gados, contrastando-os com as metas estipuladas luz de critrios como eficincia, eficcia,

    efetividade e economicidade.

    A professora Di Pietro9 tambm distingue o controle de fidelidade funcional dos agentes

    da administrao responsveis por bens e valores pblicos.

    1.2.3. Controle quanto ao momento de sua realizaoNo que concerne ao tempo de sua realizao, o controle pode ser:

    prvioouex-ante ou perspectivo;

    concomitanteoupari-passu ou prospectivo; e

    subsequenteoua posteriori ou retrospectivo.

    O controle prvio tem finalidade preventiva e , essencialmente, realizado pela auditoria

    interna ou pelos sistemas de controle interno da organizao que orientam os gestores e agen-

    tes a corrigir falhas e adotar os procedimentos recomendveis.

    O controle concomitante exercido, via de regra, por provocaes externas organizao:

    denncias, representaes, auditorias, solicitaes dos rgos de controle e do Ministrio

    Pblico.

    O controle subsequente tem o objetivo de proceder a avaliaes peridicas, como

    nas prestaes anuais de contas, e possui contedo corretivo e, eventualmente, san-

    cionador.

    QUESTO POLMICA

    No concurso pblico para AUFC do TCU em 2006, foi proposto como tema da

    prova dissertativa argumentar se o controle exercido pelas Cortes de Contas poderia

    ser caracterizado como prvio, concomitante ou a posteriori. Surgiram, ento, de-

    bates muito intensos quanto possibilidade de os Tribunais de Contas realizarem o

    chamado controle prvio ou preventivo.

    Para muitos doutrinadores, essa possibilidade que envolvia o registro prvio

    de despesas, at a Constituio de 1946 no mais existe. Segundo essa vi-

    so, o controle exercido, por exemplo, nos certames licitatrios de natureza

    concomitante.

    9 Direito Administrativo, 19a edio, Atlas, 2006, p. 709.

  • Captulo 1 Controle Externo Origens, Conceitos, SistemasCAMPUS 5Srie Provas e Concursos

    Assim exprimiu-se Hely Lopes Meirelles:10

    Toda atuao dos Tribunais de Contas deve ser a posteriori, no tendo apoio

    constitucional qualquer controle prvio sobre atos ou contratos da Adminis-

    trao [...], salvo as inspees e auditorias in loco, que podem ser realizadas

    a qualquer tempo.

    Todavia, vozes autorizadas, como o Min. Benjamin Zymler,11 argumentam que

    o controle prvio utilizado em eventos especiais, como no exame prvio de

    editais e procedimentos em casos de grande relevncia econmica e social

    como as Parcerias Pblico-Privadas PPPs e outras hipteses de privati-

    zao e concesso de servios pblicos. Ademais, acentuam que o controle

    efetuado sobre um edital de licitao acarreta o controle prvio do contrato a

    ser firmado.

    J para os que consideram os atos de concesso de aposentadorias como atos com-

    plexos, a etapa de registro pelos Tribunais de Contas constituiria uma modalidade

    de controle prvio. Essa, por exemplo, a posio de Santos.12

    Na jurisprudncia recente do TCU, colhem-se diversos exemplos de exerccio do controle

    prvio.101112

    EXEMPLO DE CONTROLE PRVIO PELO TCU

    Acrdo no 1.379/2006 Plenrio

    Entidade: Companhia das Docas do Estado da Bahia S.A. (Codeba)

    Relator: Ministro Augusto Nardes

    SUMRIO: SOLICITAO DO CONGRESSO NACIONAL PARA REALIZA-

    O DE FISCALIZAO EM CERTAME LICITATRIO. LEGITIMIDADE

    DO AUTOR. ATENDIMENTO. AUSNCIA DE LICENCIAMENTO AMBIEN-

    TAL PRVIO ABERTURA DO CERTAME LICITATRIO. EDITAL DE CON-

    CORRNCIA COM CLUSULAS RESTRITIVAS AO CARTER COMPETITI-

    VO DA LICITAO. INFRINGNCIA A PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS

    E LEGAIS RELATIVOS A LICITAES E CONTRATOS. INOBSERVNCIA

    DAS NORMAS LEGAIS RELATIVAS AO PROCESSO DE OUTORGA DE

    CONCESSO DE SERVIOS PBLICOS. INADEQUABILIDADE DOS ESTU-

    DOS DE VIABILIDADE. PRESENA DOS REQUISITOS QUE JUSTIFICAM A

    ADOO DE MEDIDA CAUTELAR PARA SUSPENSO DA EXECUO DO

    CONTRATO.

    10 Direito Administrativo Brasileiro, 22a edio, atualizada, Malheiros Editores. 1997, p. 609.11 O Controle Externo das Concesses de Servios Pblicos e das Parcerias Pblico-Privadas. Belo Horizonte: Editora

    Frum, 2005, p. 116.12 O controle da Administrao Pblica. Revista do TCU, no 74, out/dez 1997, p. 17-26.

    GiovaniSelecionar

  • Controle Externo Luiz Henrique Lima6S

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    sELSEVIER

    3. Os processos de arrendamento de reas e instalaes porturias cujos valores

    gerem receita mensal superior a R$ 50.000,00 sujeitam-se fiscalizao, prvia

    ou concomitante, do Tribunal de Contas da Unio, nos moldes previstos na IN

    no TCU 27/1998, alterada pela IN TCU no 40/2002, ante o disposto no Decreto

    no 4.391/2002.

    Registre-se que o Tribunal de Contas de Portugal possui competncia explcita para o

    controle prvio, realizado mediante os processos de vistos.

    1.2.4. Controle quanto ao posicionamento do rgo controladorCom respeito ao posicionamento do rgo controlador, o controle classifica- se em:

    interno;ou

    externo.

    Define-se como interno, quando o agente controlador integra a prpria administrao

    objeto do controle. O posicionamento interno pode referir-se tanto ao sistema de controle

    interno propriamente dito, previsto na CF, como aos controles administrativos, que incluem

    os recursos administrativos e o controle hierrquico, entre outros. O controle interno ser

    abordado no Captulo 12 deste livro.

    A situao de exterioridade caracteriza trs hipteses de controle:

    ojurisdicional;

    opoltico;e

    otcnico.

    O controle jurisdicional da Administrao exercido pelos Poderes Judicirios (Federal e

    Estadual) em obedincia ao direito fundamental prescrito no art. 5o, XXXV, da CF: a lei no

    excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito. Os instrumentos para

    o seu exerccio so: a ao popular, a ao civil pblica, o mandado de segurana, o mandado

    de injuno, o habeas corpus e o habeas data. Tais instrumentos encontram-se previstos nos

    incisos LXVIII, LXIX, LXXI, LXXII e LXXIII do art. 5o e no inciso III do art. 129 da Consti-

    tuio da Repblica.

    O controle poltico de competncia do Poder Legislativo e corolrio do regime demo-

    crtico de governo. Entre os seus instrumentos mais conhecidos encontram-se as comisses

    parlamentares de inqurito CPIs , as convocaes de autoridades, os requerimentos de

    informaes e a sustao de atos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar

    ou dos limites de delegao legislativa (CF: art. 49, V).

    Finalmente, o controle tcnico o exercido pelos rgos de controle externo, em auxlio

    aos rgos legislativos, nas trs instncias de governo e pelos rgos do sistema de controle

    interno.

  • Captulo 1 Controle Externo Origens, Conceitos, SistemasCAMPUS 7Srie Provas e Concursos

    Quadro-resumo do papel das instituies de controle13

    Executivo Legislativo Judicirio

    Controle sobre atos da prpria

    administrao

    Controle sobre atos e agentes do

    Executivo

    Controle sobre

    atos ilegais de

    qualquer dos

    Poderes

    Controles internos da

    administrao

    Controle externo da

    administrao

    Controle

    jurisdicional

    Controle

    interno admi-

    nistrativo

    Controle inter-

    no gerencial

    Controle

    poltico

    Controle

    tcnico

    Habeas corpus

    Habeas data

    Mandado de

    injuno

    Mandado de

    segurana

    Ao Popular

    Outros

    Controles sobre

    os atos da enti-

    dade pela pr-

    pria entidade

    Controles sobre

    os a