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CONTROLE DA NATALIDADE Pelo Método BILLINGS Da Ovulação Mercedez Arzú Wilson

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  • do Ritmo antes de aprender o Mtodo da Ovulao e, assim, esta-vam mais familiarizadas com os aspectos mecnicos do Mtodo da Ovulao. As 36 mulheres que voltaram a 3 ou 6 sesses, anterior-mente tomavam plula; constataram muco abundante e assim pre-cisaram de mais aconselhamento.

    Depois de um ano de treinamento, as participantes respondiam vrias questes para corrigir maiores dificuldades no uso do mtodo (vide Tabela). Mulheres que sentiram dificuldade para interpretar seus padres mucosos disseram que ganharam confiana com a ex-perincia de cada ms. Dos casais, 73% demoraram 2 meses, 22% demoraram 3 meses e 5 % 4 a 6 meses antes de ganharem confiana completa no uso do Mtodo da Ovulao.

    TA BELA 1 . Nmero de respostas para determinar as dificuldades com o Mtodo da Ovulao

    RESPOSTAS PERGUNTAS SIM NO SEM RESPOSTA

    Tiveram dificuldade na interpretao dos prprios sintomas

    Os dias de abstinncia um obstculo no casamento (muito grande)

    Sentiu segurana no uso do mtodo da ovulao As sesses de retorno foram teis Recomendaria o mtodo da ovulao a outros

    * No houve sesso

    DISCUSSO E ESTUDO

    244 127

    53 318 279 92 272 7 92 * 308 20 43

    O estudo visou determinar a eficcia do Mtodo da Ovula-o - aproveitando-se as fases pr e ps-ovulatrias do ciclo, como determinava o sintoma do muco cervical - como meio de evitar concepo bem como meio de conseguir gravidez de mulheres que no conseguiam t-la. O estudo visou, tambm, determinar o grau de satisfao com o uso deste mtodo de planejamento familiar. A taxa de gestao no planejada de 9,6 por 100 mulheres-ano nesta pesquisa do Mtodo da Ovulao inferior da primeira pesquisa prospectiva de campo experimental, em Tonga, que revelou 25 ges-taes por 100 mulheres-ano 34, do estudo australiano, publicado por Ball, que deu uma incidncia de gestao de 21 por 100 mulhe-res-ano 35

    Um estudo sobre o Mtodo da Ovulao em combinao com o Mtodo da Temperatura Basal do Corpo, em Londres, publicado por Marshall, tambm revela uma taxa de gestao, mais alta, de 22 por 100 mulheres-ano 36 Marshall publicara anteriormente um

    257

  • outro estudo - que se baseava apenas na temperatura basal do corpo - de um grupo de mulheres que aproveitava a fase ps-ovu latria e de um outro grupo que usava ambas as fases pr e ps-ovu-latrias . Para o grupo que limitou as relaes sexuais fase ps--ovulatria se atribuiu apenas uma taxa de 6,6 gestaes por 100 mulheres-ano, enquanto que para o grupo que usou ambas as fases pr e ps-ovulatrias revelou-se uma taxa de gestao de 19 ,3 por 100 mulheres-ano 37

    Ainda quando a relao sexual no se limita fase ps-ovula-tra, a taxa de gestao global de 9,6 do estudo de St. Vincent

    ' mais baixa do que as destes dados. No se pode fazer comparaes vlidas entre o Mtodo da Ovulao e o Mtodo da temperatura ba-sal do corpo com base na fase ps-ovulatria, porque no h pes-quisas publicadas nessa rea.

    O Mtodo da Ovulao de Planejamento Familiar isento de efeitos colaterais biolgicos indesejveis e no implica o uso de an-ticoncepcionais qumicos ou mecnicos. Embora este estudo do M-todo da Ovulao mostre 9,6 gestaes por 100 mulheres-ano, in-dica um ndice de 3 ,2 gestaes por 100 mulheres-ano em casais altamente motivados para evitar gravidez. Este ndice maior que o do anticoncepcional oral (plula), dado como de 1,0. mais fa-vorvel quando comparado ao ndice anunciado de 3 ,4 para o dis-positivo intra-uterino (DIU), aos 12,0 atribudos ao diafragma, aos 14,0 para o condom, aos 18,0 para o coito interrompido, aos 24,0 para o Mtodo do Ritmo, e aos 31,0 para o Mtodo da Ducha 38 E pesando risco/benefcios, pode-se concluir que o Mtodo da Ovu-lao, com 3,2 gestaes sem risco, mais favorvel que a plula anticoncepcional.

    Como em todos os mtodos naturais de planejamento familiar, o Mtodo da Ovulao requer um perodo de abstinncia. Permi-tindo aos casais usar o dia ou dias da fase pr-ovulatria, bem como da fase infrtil ps-ovulatria, diminui o nmero dos dias de absti-nncia. No h estudos publicados relativos aos problemas com o perodo de abstinncia. Com base no questionrio empregado neste estudo, 318 de 371 (86%) dos participantes no acharam demasiada ou difcil no casamento a abstinncia exigida.

    O Mtodo da Ovulao tambm ajudou mulheres que o segui-ram para engravidar, pois 33 % tiveram sucesso, depois de falhas com o Mtodo da Temperatura Basal do Corpo ou com drogas fer-tilizantes.

    Devido ausncia de efeitos colaterais e a seu alto ndice de sucesso, o Mtodo da Ovulao de planejamento familiar provou

    258

  • ser uma alternativa vivel e eficiente entre os meios tecnolgicos de controle da natalidade.

    REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

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    259

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    34. Weissmann, M. C.; Foliaki, L.; Billings, J. J. e Billings, E. L., "A Triai of the Ovulation Method of Family Planning in Tonga", The Lancet, vol. 2, 1972, pp. 813-816.

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    36. Marshall, J., "Cervical-Mucus and Basal-Body-Temperature Method of Re-gulating Births; Field Triai", The Lancei, vol. 2, 1976, pp. 282-283.

    37. Marshall, J., "A Field Triai of Basal-Body-Temperature Method of Regulating Births", The Lancet, vol. 2, 1968, pp. 8-19.

    38. Kamron, S.; Maghissi, M. D. e Evans, T. N., Regulation of Human Fertility, Wayne State University Press, Detroit, 1976, p. 31.

    260

  • Apndice 11 O mtodo da ovulao

    e a paternidade planejada Marsha McKay

    Em junho de 1977, pedi ao Planned Parenthood of Portland (Ore.) para autorizar-me a ensinar o Mtodo da Ovulao de controle da natalidade em suas prprias clnicas. Na poca, eu era associada de uma faculdade experimental da Universidade do Estado de Ore-gon e de um Naturopathic College Clinic, ensinando o Mtodo da Ovulao, ou de "Billings", fora de minha residncia. Obtinha bom ndice de sucesso com o mtodo, e queria trabalhar com ele numa clnica montada, onde tivesse a oportunidade de treinar outros tam-bm. O Planne Parenthood estava interessado, a CETA (Comprehen-sive Education and Training Act) foi requisitada e auxiliou. . . e um dos primeiros cursos formais de Paternidade Planejada do Mtodo da Ovulao, iniciou-se e prosseguiu.

    Agora, exatamente nove meses depois, recebemos mais de 350 clientes; possumos alguns dados preliminares encorajadores pelo su-cesso contraceptivo; contamos com o apoio e estmulo de outros do corpo clnico; e fomos gratificados com reaes altamente favorveis da comunidade e com grande interesse das pessoas em aprender mais a respeito do mtodo. Neste breve artigo, quero dar aos leitores de PP News informaes a respeito do programa, como funciona e que fatores devem ter em mente quando quiserem ter um programa seme-lhante para suas prprias comunidades.

    COMO FUNCIONA O MTODO

    Primeiro, lembrar o que o Mtodo da Ovulao. Faz parte da famlia dos mtodos de "abstinncia peridica" - isto , dos m-todos de controle da natalidade que funcionam no por meio de dro-

    -* McKay, Marsha, "The Ovulation Method and PP", The Planned Parenthood News,

    1, n. 3 (jun.-set. 1978). Reproduzido com permisso.

    261

  • gas ou dispositivos, mas procurando fazer que o tempo de relaes sexuais ocorra durante o perodo menos frtil do ciclo mensal da mu-lher. Porm, ao contrrio dos outros mtodos mais tradicionais deste tipo; o Mtodo da Ovulao no exige clculos de calendrios nem leituras de temperatura basal. Baseia-se to somente na maneira pela qual o "muco cervical" - que a maioria das mulheres reconhece como seu corrimento vaginal normal - varia nas diferentes etapas do ciclo menstrual. As caractersticas do muco cervical mudam visi-velmente com modificaes nos nveis de estrgeno e progesterona no ciclo, e isto ajuda a mulher a perceber quando ela pode estar frtil e quando pode no estar.

    Uma coisa que, parece-me, foi muito importante para meu su-cesso no ensino deste mtodo o fato de que eu vinha usando o M-todo com sucesso durante os ltimos trs anos. Mais do que a maioria dos mtodos de contracepo, este difcil de ensinar efetivamente se no se aprender atravs de experincia direta.

    PROGRAMA PROJETADO

    Comeamos o programa comigo mesma como instrutora e uma assistente, de tempo integral, com o ttulo de secretria-datilgrafa. Comeamos com dois grupos de tempo integral, porque queramos fazer extensa estatstica de registros e anlises. As aulas foram es-quematizadas uma por semana, nas segundas-feiras, com um limite de 12 mulheres ou casais por aula (depois foi aumentado para 16).

    A instruo de uma mulher desejosa de usar o mtodo para controle da natalidade compe-se de duas partes. Na sesso inicial de 21;2h, ela recebe a informao fundamental bsica e um mapa. Ela vai para casa e registra seu ciclo pelo menos durante um ms, durante o qual recomenda-se-lhe que se abstenha de relaes. Quan-do tiver registrado um ciclo completo no mapa, ela volta e tem uma entrevista de retorno individual. O propsito desta entrevista conscientiz-la de que tem um padro que pode ser entendido, que ela est verificando e registrando seu ciclo corretamente, que no pode "arriscar" relaes durante os dias frteis e que se sente bem com o que est fazendo.

    Desconfiava que haveria um nmero considervel de pedidos de aulas, uma vez que elas foram publicadas e oferecidas atravs de uma agncia respeitvel como a Planned Parenthood. A maio-ria das pessoas nada tinha ouvido a respeito do Mtodo da Ovu-lao, mas uma vez que elas ouviram a respeito, muitas se interes-saram. Agora, vrios meses depois do comeo das aulas, as classes

    262

  • j esto totalmente lotadas com um ms de antecedncia. Ao todo, cerca de 300 mulheres e casais passaram pelo programa.

    Primeiras pubiicaes animadoras

    Cinco meses depois de iniciar o curso, preparamos um perfil das clientes, e surgiram alguns padres interessantes. Em contraste com a maioria da populao sobre as quais h publicaes na . li-

    . teratura do Mtodo da Ovulao (a maioria delas so catlicas e com o tamanho mdio da famlia de quatro ou mais membros) em nossa populao 75% no tinham filhos. Cincoenta e dois por cen-to so solteiras e independentes; 31 % casadas; e 11 % "vivendo com homem", mas no casadas. Quatro em cinco das clientes es-to entre as idades de 21 e 30, com mais do lado de cima. Sessenta por cento tinham estudo secundrio e 25 % eram graduadas.

    Um dos mais interessantes aspectos desta reviso foi o nmero de mulheres e casais que haviam experimentado um ou outro m-todo de controle da natalidade antes de tentar o Mtodo da Ovu-lao. Quase todas as clientes (99%) tinham usado pelo menos um mtodo de controle da natalidade, antes; 31 %, um mtodo; 33% dois mtodos; 21 % trs mtodos; e 14% quatro ou cinco mtodos. Quase trs quartos (71 % ) tinham tomado plula para controle dos nascimentos, e mais do que metade (54%), o diafragma. Eviden-temente, na poca, algumas mulheres seguiram outras opinies de controle da natalidade e no encontrando qualquer compatibilidade com sua prpria sade e necessidade pessoais, elas estavam dis-postas a tentar a abstinncia peridica e a verificar e registrar o muco com regularidade.

    Embora seja muito cedo para tirar concluses firmes a res-peito do sucesso de nosso curso, os primeiros retornos so encora-jadores. Entre janeiro e setembro de 1978, 292 mulheres freqen-taram sesso de educao bsica. Destas, 170 voltaram para a pri-meira sesso de retorno (geralmente, um ms a seis semanas depois da sesso inicial). Destas, 120 voltaram para uma segunda sesso de retorno - de um ms a seis semanas depois do primeiro re-torno. Destas 120, exatamente trs tinham fracassado com o m-todo no segundo retorno, e todas as trs sabiam que estavam fr-teis na ocasio em que tiveram relaes. No houve falhas do m-todo - isto , falhas entre as mulheres que seguiram as regras exa-tamente - entre as mulheres com as quais temos contato at hoje.

    263

  • O papel do homem em destaque

    Um aspecto do Mtodo da Ovulao que sensibiliza alguns .casais o importante papel do parceiro masculino. Em nosso pro-grama, os homens so estimulados a vir s aulas com suas parcei-ras, e muitos o fazem. Isto lhes oferece a oportunidade de perguntar, questionar num ambiente informal, acolhedor e os envolve a mui-tos deles pela primeira vez, em decises relativas ao controle da natalidade.

    s vezes os homens vm para o retorno, e ento o foco, ge-. ralmente, muda para a integrao do uso do mtodo em seu rela-

    cionamento. Muitos homens esto interessados em fazer parte das decises do controle da natalidade e este Mtodo d-lhes oportuni-dades perfeitas. Algumas vezes, os parceiros chegam a uma soluo mtua, um arranjo em que a mulher encarregada de verificar seu muco e o homem encarregado de registr-lo. Isto no s promove a cooperao, mas evita possveis erros devidos a registro relaxado.

    Um dos aspectos mais gratificantes deste programa, para mim, foi a oportunidade de treinar outras para ensinarem a tcnica. Eu mesma fui treinada como instrutora por uma mulher que tinha grande experincia com o mtodo e que escreveu um livro que uso nas minhas aulas - Ciclos de Fertilidade: O Mtodo da Ovulao (por Gillete e Guren publicado pela Ovulation Method Teacher's Association, 4760 Aldrich Road, Bellingham, Wa 98225).

    APOIO DA COMUNIDADE

    Um outro aspecto gratificante do programa, para mim, foi o apoio que recebi dos outros nas filiais. Nosso diretor mdico tem sido muito til indicando mulheres para aulas e respondendo mi-nhas perguntas relativas ao corpo da mulher e a complicaes. As enfermeiras e os assistentes mdicos me consultam quando uma mulher mostra algum interesse pelo Mtodo da Ovulao. Alguns do pessoal clnico assistiram aula e usam o mtodo. Duas sesses educacionais em casa foram dadas ao corpo clnico para explicar o que o Mtodo e como funciona e a maioria deles agora tem uma idia bsica de como o mtodo funciona - . embora haia alguma controvrsia entre nossos elementos quanto sua eficcia.

    Fizemos algum esforo, dentro dos limites do tempo disponvel, para envolver outras da comunidade no programa. Eu dava apresenta-es introdutrias para o corpo de profissionais de duas clnicas de Planejamento familiar de municpios, que agora mandam mulheres

    264

  • l

    para minhas aulas. Estive duas vezes com o quadro de pessoal do Departamento de Educao em suas visitas de apresentao do con-trole da natalidade a um colgio da comunidade local. Vrias estu-dantes se alistaram para a aula, como resultado daquela apresentao. A maioria das indicaes para as aulas, agora, so de amigos que assistiram s aulas e gostaram delas.

    O Mtodo da Ovulao por certo no pode responder s ne-cessidades de cada mulher para o controle de nascimento. Com cuidado e disciplina, entretanto, oferece uma forma positivamente eficiente de evitar gravidez, no acarretando riscos sade e isento de encargos (depois da aula de instruo), e pode abranger os ho-mens at o momento em que isso for necessrio.

    Parece oportuno, pois, que as clnicas de Planejamento da Pa-ternidade procurem se informar sobre o crescente interesse por esta forma de conhecimento da fertilidade e, ao expandirem seus servi-os, possam incluir a instruo do Mtodo da Ovulao, ou ento que insistam na necessidade dessa instruo atravs de indicaes para outras clnicas.

    NOTA MDICA

    Como parte do consentimento e da deciso responsveis, que compem o processo da escolha de um anticoncepcional, as pes-soas precisam ser informadas a respeito da eficcia de todos os m-todos. Os dados de maior confiana sobre o uso-eficcia (com os ndices de falhas por gravidez no planejada experimentada por usurias boas, ms e indiferentes dentro de um ano de uso) dos mtodos de abstinncia peridica do coito ( APC) mostram uma taxa de gravidez de 19,1% * (Ref.).

    Para pr isto em destaque, do mesmo estudo depreende-se que as taxas de gestao com outros mtodos so as seguintes:

    Plula DIU Condom Diafragma Espuma, creme, gelia, supositrios

    2% 4,2%

    10,1% 13,1% 14,9%

    * Vaughn, B.; Trussell, J.; Menken, J. e Jones, E. F., "Contraceptive Failure among Married Women in the United States, 1970-1973", Family Planning Perspectives, vol. 9, n. 6, novembro-dezembro de 1977.

    265

  • Entretanto, quanto mais cuidadosamente uma pessoa usar um mtodo, mais favorvel lhe ser a taxa de eficcia.

    E tambm importante que, a uma mulher que se proponha se-guir um mtodo reconhecido menos eficiente, os conselheiros possam qution-la sobre como eta reagiria ante uma gravidez inesperada, antes mesmo de fazer a escolha de seu anticoncepcional.

    266

    Louise B; Tyrer Vice-presidente para trabalhos mdicos, PPFA

  • r-7

    1 11 13 17 25 28

    54

    67 76 92

    100

    132

    148

    153

    168 183

    190 192 195

    201

    206

    214

    225 231

    241

    244

    252 261

    Agradecimentos Prembulo Prefcio Introduo

    INDICE

    1 . Uma viso global 2. O sistema reprodutivo feminino. O ovulao, a secreo

    do muco cervical 3 . Observaes sobre o muco cervical: relaes entre mu-

    co e fertilidade. Regras para as relaes sexuais 4. 5. 6. 7.

    Registro da informao a respeito do ciclo menstrual Registro de ciclos normal, irregular e no-ovulatrio Uso do mtodo da ovulao para conseguir gravidez Estados emocionais e fsicos que afetam a secreo do muco (tenso, doena, medicao, parturio, amamen-tao, menopausa)

    8. O registro da secreo do muco depois da interrupo da plula e de outros contraceptivos artificiais

    9 . O ensino do mtodo da ovulao para adolescentes e adultas jovens

    1 O . O ensino do mtodo da ovulao nos pases em desen-volvimento

    11. Avaliao estatstica das tcnicas contraceptivas 12. Aspectos psicolgicos do controle da natalidade: liber-

    dade de escolha para a mulher Posfcio Apndice 1 Apndice 2

    Apndice 3

    Apndice 4

    Apndice 5

    Apndice 6 Apndice 7

    Apndice 8

    Apndice 9

    O muco cervical e a identificao da fase frtil do ciclo menstrual Mtodo da ovulao e populao rural de Vitria (Austrla) Os sintomas e as variaes hormonais que acompanham a ovulao Uso-eficcia e anlise dos nveis de satisfao com o mtodo da ovulao Billings: estudo piloto de dois anos O mtodo da ovulao e a menopausa Uma experincia com o mtodo da ovulao de planejamento familiar em Tonga Publicao preliminar do uso-eficcia do m-todo da ovulao na Coria O uso-eficcia do mtodo da ovulao na ndia

    Apndice 10 - Estudo confirma os valores do mtodo Apndice 11 - O mtodo da ovulao e a paternidade

    planejada

  • Impresso na Grfica de Edies Paulinas - 1983

    Via Raposo Tavares, Km 18,5 - 01000 SO PAULO

    -....;,;..

  • Mercedes Arz Wilson dirige o setor americano da Or-ganizao Internacional do Mtodo Billings. Desde muitos anos trabalha em conjunto com o casal Billings. Procura unir o rigor cientfico das ltimas des-cobertas mdicas a um mtodo fcil de ensinar o pla-nejamento familiar.

    Este livro d grande destaque liberdade da mulher e aos aspectos psicolgicos do planejamento. l lustram a obra muitas estatsticas e a aplicao do mtodo aos tipos mais variados de mulheres e situaes.

    Manual muito rico de informaes, elaborado por uma das maiores autoridades na pesquisa e na prtica do planejamento natural da famlia. O rigor cientfico vem acompanhado de inmeros exemplos de casos particu-lares. E as muitas ilustraes tornam o texto bem acessvel.

    O mtodo aplica-se no s para evitar, mas tambm para conseguir a gravidez em casos de_ aparente inferti-lidade.

    Planejamento familiar

    Edies Paulinas