controle biolÓgico de pragas no brasil por meio … · de natureza fúngica correspondem a cerca...

5

Click here to load reader

Upload: nguyenxuyen

Post on 27-Dec-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS NO BRASIL POR MEIO … · de natureza fúngica correspondem a cerca de 15% no mercado mundial de ... produção agrícola com o término da Segunda

37

Biológico , São Paulo, v.71, n.1, p.37-41, jan./jun., 2009

Controle Biológico de pragas no Brasil por meio de Beauveria bassiana (Bals.) Vuill.DIVULGAÇÃO TÉCNICA

CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS NO BRASIL PORMEIO DE BEAUVERIA BASSIANA (BALS.) VUILL

P.R. Dalzoto; K.F. Uhry

Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Departamento de Patologia Básica, LabMicro,Centro Politécnico, CP 19031, CEP 81531-990, Curitiba, PR, Brasil. E-mail: [email protected]

RESUMO

A partir da conscientização acerca dos riscos dos pesticidas químicos aos seres humanos e aoambiente, e com a necessidade de reduzir o uso destes, tem-se procurado obter produtos eficientesno controle de pragas, principalmente por meio de microrganismos. As formulações de inseticidasde natureza fúngica correspondem a cerca de 15% no mercado mundial de bioinseticidas. No Brasilsão produzidos inseticidas e outros produtos a base do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana,os quais podem ser utilizados em programas de controle biológico de pragas em diferentesculturas. Avanços na qualidade e melhoria dos bioinseticidas pelas biofábricas poderiam levara programas de controle biológico mais efetivos, como alternativas ao controle químico nasculturas brasileiras.

PALAVRAS–CHAVE: Controle biológico, Beauveria bassiana, fungos entomopatogênicos.

ABSTRACT

FIELD PESTS BIOLOGICAL CONTROL IN BRAZIL BY BEAUVERIA BASSIANA (BALS.) VUILL.With the increasing knowledge about human and environmental risks of chemical pesticides andthe upcoming necessity for reducing their use, alternatives for field pests control have beensearched, such as microorganisms-based products. Fungal-based formulations correspond to 15%of bioinsecticides world market. In Brazil, B. bassiana - based insecticides are produced, amongothers, which can be employed in biological control programs in several cultures. Advances inquality and bioinsecticides improvement by biofactories could lead to more efficient biologicalcontrol programs, as promising alternatives to chemical control in Brazilian cultures.

KEY WORDS: Biological control; Beauveria bassiana, entomopathogenic fungi.

Os defensivos químicos chegaram aos campos deprodução agrícola com o término da Segunda GrandeGuerra Mundial. Em 1962, a ambientalista Dra. RachelCarson publicou o livro “Primavera Silenciosa” (SilentSpring), alertando sobre as consequencias do usoindiscriminado de tais produtos, como danos aosseres humanos e outros animais e também ao meioambiente (CARVALHO, 2006).

A partir da conscientização acerca dos riscos dospesticidas químicos e com a necessidade de reduzir ouso destes, tem-se procurado obter produtos eficien-tes no controle de pragas, principalmente por meio demicrorganismos (VILAS-BOAS et al., 1992).

Controle biológico é a diminuição de uma popula-ção de pragas pela utilização de predadores, parasi-tas ou patógenos (HAWKINS; CORNELL, 1999). O controlebiológico de insetos não é uma técnica recente. Desdeo séc III a.C., formigas predadoras eram utilizadaspelos chineses para controlar pragas em plantas cítri-cas. Na Arábia Medieval os agricultores transporta-

vam colônias de formigas predadoras para o controlede formigas fitófagas em palmáceas (CARVALHO, 2006).

No processo de infecção de um inseto por umfungo, o crescimento da biomassa do microrganismosobre o cadáver do inseto resulta na produção de umnúmero significativo de conídios. Entretanto, a maio-ria destes conídios desintegra-se rapidamente noambiente e apenas uma proporção mínima vai alcan-çar sucesso, infectando outros insetos. Em períodosde colheita é comum o aparecimento de doenças empopulações de insetos no campo, denominadasepizootias. O desenvolvimento de epizootias estárelacionado com a dinâmica da população de insetos,o número de conídios fúngicos e sua viabilidade, aeficiência de infecção e desenvolvimento do micror-ganismo. (MEYLING; EILENBERG, 2007).

O controle biológico apresenta um efeito maislento do que o químico, sendo necessárias, portanto,mudanças na política de manejo de insetos-praga. Ocombate com defensivos químicos normalmente é

Page 2: CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS NO BRASIL POR MEIO … · de natureza fúngica correspondem a cerca de 15% no mercado mundial de ... produção agrícola com o término da Segunda

38

Biológico , São Paulo, v.71, n.1, p.37-41, jan./jun., 2009

P.R. Dalzoto; K.F. Uhry

feito em momentos em que o dano já está consolidadoe é preciso uma resposta rápida. No controle biológicoprocura-se manter os insetos-praga em baixo número,exigindo monitoramento e ações antecipadas. Assim,é possível ter um controle efetivo sem efeitos nocivos(LAZZARINI, 2005).

Os estudos com fungos entomopatogênicos noBrasil começaram em 1923, quando foramidentificadas duas espécies de cigarrinhas infectadaspelo fungo Metarhizium anisopliae. Esse fungo foi uti-lizado para combater a cigarrinha Tomaspis liturata,no primeiro trabalho de pulverização realizado nopaís. (ALVES; FARIA, 2003).

Na década de 40, os fungos entomopatogênicosvoltaram a ser objetos de estudo em Sergipe, na buscapelo controle de cigarrinhas da cana-de-açúcar,Mahanarva fimbriolata .

Atualmente, existem instituições privadas e pú-blicas realizando estudos e produzindo microrganis-mos para atuar no controle de pragas da agricultura.Um exemplo é o convênio entre a empresa ItaforteBioProdutos e a Escola Superior de Agricultura “Luizde Queiroz” (ESALQ-USP).

Os bioinseticidas têm ainda baixa participação nomercado mundial (1% do volume de defensivos agrí-colas), enquanto inseticidas e acaricidas químicoscorrespondem a 30%. Formulações de inseticidas denatureza fúngica correspondem a cerca de 15% nomercado mundial de bioinseticidas (ALMEIDA; BATISTA

FILHO, 2001).Dentre os micoinseticidas existentes, os que apre-

sentam conídios do fungo Beauveria bassiana comoingrediente ativo são muito utilizados e eficientespara o combate de diversas pragas (SENAR/SP eFASESP, 2007). B. bassiana vem sendo encontrado emmuitos insetos-praga no mundo inteiro(KHACHATOURIANS, 1986) e também pode ser isoladodiretamente do solo (TIGANO-MILANI et al.; 1993).Beauveria (Bals.) Vuill. (Ascomycota: Hypocreales) éum gênero de ampla distribuição geográfica.

B. bassiana tem um ciclo biológico que permite suacaracterização como um parasita facultativo. Seusconídios podem penetrar em qualquer parte dacutícula do inseto (LAZZARINI, 2005). A penetração dosconídios é mediada por enzimas líticas (LEFEBVRE ,1934; VEY; FARGUES, 1977; FERRON, 1978; P EKRUL ; GRULA,1979), podendo também ocorrer pelos aparelhos res-piratório (CLARK et al., 1968) e digestório (BROOME et al.,1976). Depois de atravessar a cutícula, formam-setubos germinativos e hifas que atravessam otegumento. Na hemolinfa do inseto o fungo se mul-tiplica e logo há uma massa hifal considerável. Oinseto morre e, assim, com o esgotamento dos nutrien-tes, se houverem condições favoráveis, o fungo emer-ge, exteriorizando suas hifas e forma uma massabranca na superfície do cadáver (LAZZARINI, 2005).

B. bassiana é utilizado em escala comercial naprodução de inseticidas biológicos em países comoEstados Unidos e México (FARIA; MAGALHÃES, 2001).No mundo são encontrados diversos produtos co-merciais para controle biológico contendo B. bassianacomo ingrediente ativo (BUTT; WALDEN, 2000).

A produção brasileira de fungosentomopatogênicos foi desenvolvida no início doséculo passado e introduzida na década de 60. Utilizabasicamente arroz cozido ou outros cereais comosubstrato para crescimento do fungo e consequenteprodução de conídios. Inicialmente, ocorre a coloni-zação do arroz pelo microrganismo. Em seguida, amistura de arroz e conídios é triturada ecomercializada na forma de pó-molhável. Essa mistu-ra também pode ser vendida sem trituração, sendonecessária a lavagem do substrato com água pararemoção dos conídios. Os conídios são os ingredien-tes ativos dos micoinseticidas, funcionando comounidades infectivas. Os produtos à base de M.anisopliae e B. bassiana, quando não subsidiados, cus-tam, em média, de R$ 40,00 (quarenta reais) a R$ 50,00(cinquenta reais) por hectare (FARIA; MAGALHÃES, 2001).

Os micoinseticidas brasileiros precisam de umamaior padronização quanto à quantidade de conídiosem sua formulação. Para o controle de determinadapraga, a quantidade de esporos recomendada pordiferentes empresas pode variar de aproximadamen-te 2,0 x 1011 a 5,0 x 1012 conídios/hectare. Portanto,para algumas biofábricas (empresas especializadasna produção massal de algum organismo) recomen-da-se a aplicação de 500 g da mistura de arroz econídios por hectare, enquanto para outras a reco-mendação é de até 10 kg (FARIA; MAGALHÃES, 2001).

A diferença existente entre as recomendações dasbiofábricas poderia ser atribuída à virulência dosingredientes ativos e à falta de testes criteriosos emlaboratório e em campo para a determinação dasdosagens adequadas. Os produtos não apresentamnenhum tipo de tratamento posterior, como adição desubstâncias que permitam melhoria na eficiência decontrole, na praticidade de manuseio ou mesmo nacapacidade de armazenamento, devendo ser utiliza-dos em, no máximo, 30 dias (FARIA; MAGALHÃES, 2001).

A atividade de diferentes linhagens do fungo B.bassiana no controle de importantes pragas na agricul-tura já foi comprovada em vários trabalhos. Linha-gens como ESALQ-PL63 e ESALQ-447 são eficientesem condições de laboratório e campo (EMPRESA ITAFORTE

BIOPRODUTOS, 2007).O bioinseticida BOVERIL (assim denominado por

ter como ingrediente ativo esporos do fungo B. bassiana)é um dos três produtos desenvolvidos na EscolaSuperior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ –USP), em parceria com a empresa Itaforte BioProdutos.As principais culturas agrícolas de atuação do

Page 3: CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS NO BRASIL POR MEIO … · de natureza fúngica correspondem a cerca de 15% no mercado mundial de ... produção agrícola com o término da Segunda

39

Biológico , São Paulo, v.71, n.1, p.37-41, jan./jun., 2009

Controle Biológico de pragas no Brasil por meio de Beauveria bassiana (Bals.) Vuill.

BOVERIL são: morango (Fragaria), cana de açúcar(Saccharum), hortaliças, seringueiras (Heveabrasiliensis) e floricultura. Este inseticida pode serutilizado contra a “broca-do-café” (H. hampei),cochonilha ortézia (Orthezia praelonga), ácaros quedevastam os cítricos e pragas que afetam bananeiras(Musa) (LOPES, 2003; ROMERO, 2003).

BOVERIL WP é um bioinseticida registrado noMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimentosob o nº 4902, que atua no controle do ácaro rajado,Tetranychus urticae. Segundo a empresa ItaforteBioProdutos (2007), o mesmo produto também podeser utilizado contra pragas frequentes em plantasornamentais e hortaliças, tais como a mosca-branca(Bemisia tabaci) e algumas lagartas desfolhadoras. Deacordo com a empresa Itaforte BioProdutos (2007),BOVERIL WP pode ser associado a outros métodos decontrole de pragas. A referida empresa possui umatabela com mais de 200 formulações analisadas quan-to à sua compatibilidade com o produto.

O inseticida, identificado como B. bassiana (Bals.)Vuill, Cepa PL 63O, é também chamado de calcinosebranca, classificado como um inseticida biológico, declassificação toxicológica III (medianamente tóxico),sendo utilizado para aplicação foliar na cultura docrisântemo (ANVISA, 2007). A floricultura é um seg-mento muito importante para a agricultura brasileira.Uma da plantas cultivadas em ambientes protegidosé o crisântemo, Chrysanthemum (Asteraceae). Pelaexpansão dos cultivos nos locais de produção há umfavorecimento do surgimento e multiplicação de pra-gas. Não existem no mercado defensivos químicosregistrados e específicos para o controle de pragas deplantas cultivadas em tais ambientes. Assim, o con-trole biológico é um método de controle com grandepotencial (CAVALCANTI, 2006).

Ao utilizar entomopatógenos no controle biológi-co de pragas é importante lembrar que os agrotóxicos,inseticidas, herbicidas ou mesmo produtos naturais,podem ter efeitos sobre os microrganismos, afetandoseu desempenho. Em centros de pesquisa ou mesmono fornecedor do produto biológico é possível encon-trar informações sobre agrotóxicos compatíveis comos bioinseticidas (GRAVENA, 2007). Existem defensivosquímicos compatíveis com fungos entomopatogênicosque, quando testados em condições de laboratório,demonstraram que a combinação de fungos e defen-sivos químicos pode ser uma alternativa para pragasde difícil controle, como é o caso dos tripes (CAVALCANTI

et al., 2002).Foram avaliados os efeitos dos produtos

fitossanitários imidaclopride, tiametoxam,fenpropatrina e iprodione sobre a germinação, o cres-cimento vegetativo, a esporulação e a patogenicidadedos conídios produzidos por B. bassiana. Os resulta-dos demonstraram que os produtos imidaclopride e

tiametoxam são compatíveis com o fungo em todos osparâmetros avaliados. Fenpropatrina reduziu o cres-cimento vegetativo e a conidiação do fungo. Iprodionefoi considerado incompatível com o patógeno, afetan-do todos os parâmetros avaliados, com exceção dagerminação (CAVALCANTI et al., 2002).

No Brasil, B. bassiana é utilizado para o controle dediversos insetos-praga, como o ácaro rajado(Tetranychus urticae), cochonilhas (Dactylopius coccus),cupins (Coptotermes sp.), moleque-da-bananeira(Cosmopolites sordidus), mosca branca (Bemisia tabaci)(FARIA; MAGALHÃES, 2001), ácaro da falsa ferrugem(Phylocoptruta oleivora) (Itaforte BioProdutos, 2007),broca-do-café (Hipothenemus. hampei) (REHNER et al.,2006), broca-do-rizoma ou moleque-da-bananeira(Cosmopolites sordidus) (EMBRAPA, 2007), broca dacana-de-açúcar (Diatraea saccharalis) (OLIVEIRA, 2006),Boophilus microplus (SILVA; BITTENCOURT , 2006), eAlphitobius diaperinus (Panzer) (ROHDE et al., 2006).

B. bassiana é um fungo que está presente natural-mente no ar e principalmente no solo. Entretanto, asconsequencias da produção, manipulação e da expo-sição a uma certa concentração de esporos pelos sereshumanos requer análises mais aprofundadas. Aslinhagens de fungos selecionadas para controle bio-lógico não são infectantes para mamíferos. Mas exis-tem casos de alguns destes fungos que causaraminfecções em pessoas imunocomprometidas (GÜRCAN etal., 2006). Para cada nova formulação de bioinseticida,com a seleção de uma linhagem eficiente para umadeterminada praga, deveriam ser conduzidos estu-dos para evitar problemas de saúde aos seres huma-nos ou mesmo sérios desequilíbrios nos ecossistemas,evitando que o microrganismo possa afetar insetosbenéficos, outros organismos ou comprometer o meioambiente.

A ideia de que, quanto maior o consumo de defen-sivos, maior é a produção agrícola de um país, estámudando. Atualmente, considera-se o custo ecológicoda utilização desses produtos. Uma conscientizaçãoquanto às adversidades causadas pelo uso abusivode agrotóxicos está gerando nos consumidores umabusca por alimentos mais saudáveis, permitindo,assim, que a agricultura orgânica cresça bastante. Épossível que a agricultura alternativa aumente consi-deravelmente nos países em desenvolvimento. Atual-mente, no Brasil, a área cultivada com agriculturaorgânica é de apenas 100 mil hectares, enquanto naEuropa é superior a 2 milhões de hectares (DAROLT,2001).

Mas a agricultura, por si só, é um sistema artificialde cultivo. E, mesmo na agricultura orgânica, ocorreum desequilíbrio do sistema natural, que induz a umagrande ocorrência de insetos-praga. Um dos desafiospara o produtor orgânico é o controle de pragas semo uso de agrotóxicos. Assim, com a utilização de

Page 4: CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS NO BRASIL POR MEIO … · de natureza fúngica correspondem a cerca de 15% no mercado mundial de ... produção agrícola com o término da Segunda

40

Biológico , São Paulo, v.71, n.1, p.37-41, jan./jun., 2009

P.R. Dalzoto; K.F. Uhry

novos métodos de controle de pragas, como os produ-tos microbiológicos, pode ser possível reduzir as per-das. Porém, a utilização de tais produtos deve seguircritérios e estratégias adequadas, para evitar proble-mas e casos de insucessos. O produtor deve consultara empresa fornecedora, buscando orientação para acorreta aplicação (SENAR/SP e FASESP, 2007). Avan-ços e investimentos das biofábricas na qualidade econstante melhoria de seus bioinseticidas poderãopermitir um controle biológico mais efetivo.

Assim, o controle biológico de pragas utilizandocomo agente o fungo B. bassiana é objeto de contínuosestudos no Brasil, constituindo uma alternativa aouso de defensivos químicos, mesmo que estes últimosnão possam ser completamente dispensados.

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA.(Brasil). Relatório do ingrediente ativo. Disponível em:<http://www4.anvisa.gov.br/AGROSIA/asp/frm_dados_ingrediente.asp?iVarAux=1&CodIng=524>. Acesso em: 15 out. 2007.

ALMEIDA, J.E.M. de; BATISTA FILHO, A. Banco demicrorganismos entomopatogênicos. Biotecnologia Ciên-cia & Desenvolvimento, v.4, n.20, p.77-86, 2001.

ALVES, R.T.; FARIA, M.R. de. Situação atual do uso defungos entomopatogênicos no Brasil (Parte I - 10/11/2003). Disponível em: <http://www.clubedofazendeiro.com.br/Cietec/artigos/ArtigosTexto>.Acesso em: 18 ago. 2005.

BROOME, J.R.; SIKOROWSKI, P.P.; NORMENT, B.R. Amechanism of pathogenicity of B. bassiana on thelarvae of the imported fire ant, Solenops richteri. Journalof Invertebrate Pathology, v.28, p.87-91, 1976.

BUTT, T.M.; WALDEN, S. Fungal biological controlagents. Pesticide Outlook, v.11, p.186-191, 2000.

CARVALHO, R. da S. Biocontrole de moscas-das-frutas :histórico, conceitos e estratégias. Cruz das Almas:Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, 2006.(Circular técnica 83).

CAVALCANTI, R.S. Associação Beauveria bassiana (Bals.)Vuill. – nematóides entomopatogênicos (Rhabditida) – Oriusinsidiosus (Say) no controle de tripes (Thysanoptera) em cultivoprotegido. 2006. 132p. Tese (Doutorado em Entomologia) –Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2006.

CAVALCANTI, R.S.; MOINO JUNIOR, A.; SOUZA,G.C.; ARNOSTI, A. Efeito dos produtos fitossanitáriosfenpropatrina, imidaclopride, iprodione e tiametoxamsobre o desenvolvimento do fungo Beauveria bassiana(Bals.) Vuill. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo,v.69, n.3, p.17-22, 2002.

CLARK, T.B.; KELLEN, W.R.; FUKUDA, T.; LINDEGREN,J.E. Field and laboratory studies of the patogenicity of thefungus B. bassiana to three genera of mosquitoes. Journal ofInvertebrate Pathology, v.11, p.1-7, 1968.

DAROLT, M.R. Estado e característica atual da agricul-tura orgânica no mundo. Revista Brasileira deAgropecuária, v.9, p.44-48, 2001.

EMBRAPA MANDIOCA E FRUTICULTURA TROPI-CAL. Controle biológico da broca-do-rizoma nabananeira pelo fungo B. bassiana. Disponível em:<http://www.cnpmf.embrapa.br/index.php?p=perguntas_ e_respostas-banana.php>.Acesso em: 15 out. 2007.

EMBRAPA. RECURSOS GENÉTICOS EBIOTECNOLOGIA. Controle biológico. Disponível em:<http://www. cenargen.embrapa.br/conbio/conbio.html>. Acesso em: 25 nov. 2007.

BIO CONTROLE. Métodos de Controle de Pragas.Cosmopolites sordidus. Disponível em: <http://www.biocontrole.com.br/pragas/praga.php?id=cosmopolites_sordidus>. Acesso em: 9 nov. 2007.

ITAFORTE BIO PRODUTOS. Controle do ácaro rajadoem ornamentais com Beauveria bassiana. Disponívelem: <http://www.itafortebioprodutos.com.br/>.Acesso em: 16 out. 2007.

FARIA, M.R.; MAGALHÃES, B.P. O uso de fungosentomo-patogênicos no Brasil: situação atual e pers-pectivas. Biotecnologia Ciência & Desenvolvimento, v.22,p.18-21, 2001.

FERRON, P. Biological control of insect byentomopathogenic fungi. Annual Review of Entomology,v.23, p.409-442, 1978.

GRAVENA, S. Manejo Ecológico da Broca-do-Café cominseticidas biológicos. In: DIA DO MANEJO DEPRAGAS DO CAFÉ. 1., 2006. Palestras. Disponível em:<http://www. itafortebioprodutos.com.br/pagina_05_01_03.asp>. Acesso em: 16 out. 2007.

GÜRCAN, S.; TUGUL, H.M.; YÖRÛK, Y.; ÖZER, B.;TATMAN-OTKUN, M.; OTKUN, M. First case report ofempyema by Beauveria bassiana. Mycoses, v.49, p.246-248, 2006.

HAWKINS, B.A.; CORNELL, H.V. Theoreticalapproaches to biological control. Cambridge:Cambridge University, 1999. 412p.

LAZZARINI, G. M. J. Efeito da umidade sobre agerminação in vitro de Beauveria bassiana e Metarhiziumanisopliae e atividade contra Triatoma infestans. 2005. 46p.Dissertação (Mestrado em Parasitologia) - Instituto dePatologia Tropical e Saúde Pública, UniversidadeFederal de Goiás, Goiânia, 2005.

Page 5: CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS NO BRASIL POR MEIO … · de natureza fúngica correspondem a cerca de 15% no mercado mundial de ... produção agrícola com o término da Segunda

41

Biológico , São Paulo, v.71, n.1, p.37-41, jan./jun., 2009

Controle Biológico de pragas no Brasil por meio de Beauveria bassiana (Bals.) Vuill.

LEFEBVRE, C.L. Penetration and development of thefungus B. bassiana in the tissues of the corn borer.Annals of Botany, v.48, p.441-452, 1934.

LOPES, R.J. USP transforma fungos em bioinseticida.Folha de S. Paulo. São Paulo, 10 dez. 2003. Disponívelem: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306 u10719.shtml>. Acesso em: 16 out. 2007.

MEYLING, N.V.; EILENBERG, J. Ecology of theentomopathogenic fungi Beauveria bassiana andMetarhizium anisopliae in temperate agroecosystems:potential for conservation biological control. BiologicalControl, v.43, p.145-155, 2007.

OLIVEIRA, M.A.P. de. Efeitos de Beauveria bassiana (Bals.)Vuill. e Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorok. sobreparâmetros biológicos e fisiológicos de Diatraea saccharalisF. (Lepidoptera: Crambidae). fe, 2006. 57 p. Dissertação(Mestrado em Entomologia Agrícola) - Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola, UniversidadeFederal Rural de Pernambuco, Recife, 2006.

PEKRUL, S.; GRULA, E.A. Mode of infection of the cornearworn (Heliothis zea) by B. bassiana as revealed byscanninig electron microscopy. Journal of InvertebratePathology, v.34, p.238-247, 1979.

REHNER, S. A.; BUCKLEY, E. A Beauveria phylogenyinferred from nuclear ITS and EF1-a sequences: evidencefor cryptic diversification and links to Cordycepsteleomorphs. Mycologia, v.97, n.1, p.84-98, 2005.

REHNER, S.A.; POSADA, F.; BUCKLEY, E.P.; INFANTE,F.; CASTILLO, A.; VEGA, F.E. Phylogenetic origins ofAfrican and Neotropical Beauveria bassiana s.l. pathogensof the coffee berry borer, Hypothenemus hampei. Journal ofInvertebrate Pathology, v.93, p.11-21, 2006.

ROHDE, C.; ALVESI, L.F.; NEVES, P. M.; ALVES, S. B.;SILVA, E.R. da; ALMEIDA, J.E de Seleção de isoladosde Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. e Metarhizium

anisopliae (Metsch.) Sorok. contra o cascudinhoAlphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera:Tenebrionidae). Neotropical Entomology, v.35, n.2, p.231-40, 2006.

ROMERO, T. Guerra biológica contra as pragas.Agência FAPESP (24/11/2003). Disponível em: <http://www. fapesp.br/agencia/boletim_dentro.php?data[id_ materia_boletim]=969>Acesso em: 16 out. 2007.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURALNO ESTADO DE SÃO PAULO; FEDERAÇÃO DAAGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃOPAULO. Produtos microbianos na agricultura orgâni-ca. In: SEMINÁRIO REGIONAL DE AGRICULTURAORGÂNICA, 4., 2006. Palestra proferida. Disponível em:<http://www.itafortebioprodutos.com.br/news.asp?id_nws=12>. Acesso em: 16 out. 2007.

SILVA, S.B. da; BITTENCOURT, V.R. Avaliação daresposta celular de fêmeas ingurgitadas de Boophilusmicroplus (Canestrini, 1887) inoculadas comMetarhizium anisopliae, Beauveria bassiana, Penicilliumcorylophilum ou Fusarium oxysporum. Revista Brasileira deParasitologia Veterinária, v.15, n.4, p.151-156, 2006.

VEY, A.; FARGUES, J. Histological anduktraestructural studies of B. bassiana infection inLeptinotarsa decem Lineata larvae during ecdysis. Journalof Invertebrate Pathology, v.30, p.207-215, 1977.

VILAS-BOAS, A.M.; PACCOLA-MEIRELLES, L.D.;LUNA-ALVES-LIMA, E.A. Desenvolvimento e aperfei-çoamento de inseticidas biológicos para o controle depragas. Arquivos de Biologia e Tecnologia, v.35, n. 4, p.749-761, 1992.

Recebido emAceito em