contributos para um guia turístico do concelho de baião

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Escola E.B 2,3/S de Baião Curso Profissional Técnico de Turismo Ambiental e Rural Prova de Aptidão Profissional Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião Daniela Pinto Sónia Monteiro Tatiana Marques Baião/2010 Escola E.B 2,3/S de Baião

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Prova de aptidão profissional, no âmbito do Curso Profissional Técnico de Turismo Ambiental e Rural (2010), realizada pelos alunos Daniela, Sónia e Tatiana, orientada pelo professor Fernando Matos

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Page 1: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Escola E.B 2,3/S de Baião

Curso Profissional Técnico de Turismo Ambiental e Rural

Prova de Aptidão Profissional

Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Daniela Pinto

Sónia Monteiro

Tatiana Marques

Baião/2010

Escola E.B 2,3/S de Baião

Page 2: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Curso Profissional Técnico de Turismo Ambiental e Rural

Prova de Aptidão Profissional

Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Trabalho realizado para a Prova de Aptidão Profissional, orientado pelo professor Fernando Matos e

professor Rui Mendes, realizado pelas alunas Daniela Pinto, nº5, Sónia Monteiro, nº19 e Tatiana

Marques, nº21 do 12ºPA.

Baião/2010

Page 3: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Apresentação

Este trabalho realizado no âmbito do Curso Profissional Técnico de

Turismo Ambiental e Rural, na área de programação e gestão turística,

propomos à realização dum guia turístico que tem como principal objectivo

aprofundar e desenvolver conhecimentos, valores e atitudes que no âmbito da

sensibilização para a valorização do património ambiental e cultural do

concelho, bem como, o desenvolvimento de conhecimentos técnicos e

tecnológicos no âmbito da programação e de projectos turísticos.

Neste trabalho também queremos expressar os nossos

agradecimentos aos professores Fernando Matos Rodrigues, coordenador da

nossa Prova de Aptidão Profissional, pela coordenação e orientação

metodológica do trabalho, ao professor Rui Mendes, professor Pedro Paiva,

professora Gertrudes Cristina e professora Cristina Carvalho pela sua

disponibilidade e pelo apoio prestado ao longo do trabalho.

Page 4: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Índice

1. Introdução………………………………………………………………………1/2

2. Definição de um Guia turístico………………………………………………….3

3. Caracterização Territorial

3.1. Caracterização Geral………………………………………………..4/7

3.2. Ambiente………………………………………………………………..8

3.3. Enquadramento Geomorfológico…………………………………9/10

3.4. Enquadramento Geológico………………………………………10/11

3.5. Declives……………………………………………………………12/13

3.6. Formas alveolares……………………………………………………13

3.6.1. Vale Alveolar do Ovil……………………………………….14

3.6.2. Alvéolo do Gôve………………………………………...14/15

3.6.3. Alvéolo de Campelo………………………………………..15

3.7. Flora e Vegetação……………………………………………………16

3.8. Flora Autóctone…………………………………………………...17/18

3.8.1. Flora em Perigo…………………………………………18/19

3.9. Aves………………………………………………………………..20/22

3.10.Hidrografia do Concelho de Baião……………………..………23/24

3.10.1. Rio Ovil……………………………………………………..24

3.10.2. Rio Douro…………………………………………………..25

4. Património Arqueológico…………………………………………………...26/27

4.1. Monumentos Megalíticos………………………………………...27/28

4.2. Povoados da Idade do Bronze…………………………………..29/30

4.3. Idade do Ferro à Idade Média…………………………………...30/31

5. Património Arquitectónico

Page 5: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

5.1. Coretos…………………………………………………………….31/32 5.1.1. Elementos estruturais dos Coretos…………………………...32/33

6. Património Cultural

6.1. Tradicional Doce da Teixeira…………………………………….34/35

6.2. Bengalas de Gestaçô…………………………………………….35/36

6.3. Folclore…………………………………………………………….37/38

6.3.1. Rancho Folclórico de Ancede……………………………..38

6.3.2. Rancho Folclórico de Baião……………………………39/40

6.3.3. Rancho Folclórico de Gestaçô………………………...40/41

6.3.4. Rancho Folclórico de Santa Cruz do Douro…………41/42

6.4. Bandas Marciais

6.4.1. Banda Marcial de Ancede…………………………………40

6.4.2. Banda Marcial de Santa Marinha do Zêzere…………….41

7. Pontos de Interesse

7.1.Carvalho………………………………………………………………..45

7.2.Canastro………………………………………………………………..45

7.3.Beiral e Eira……………………………………………………………46

7.4.Moinho………………………………………………………………….46

7.5.Miradouro…………………………………………………………..46/47

7.6.Paisagens………………………………………………………………477.7.Igreja de Tresouras……………………………………………………48

7.8. Igreja de Valadares…………………………………………………..48

7.9. Dólmen Chá da Parada…………………………………………..49/50

7.10. Estações e Apeadeiros

7.10.1. Estação do Marco de Canaveses…………………….51/52

7.10.2. Estação do Juncal………………………………………….53

7.10.3. Estação da Pala………………………………………….53

7.10.4. Estação de Mosteirô………………………………....54/55

7.10.5. Estação de Aregos…………………………………..55/56

7.10.6. Apeadeiro do Mirão……………………………………...56

Page 6: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

7.10.7. Estação da Ermida...................................................57/58

7.10.8. Apeadeiro de Porto de Rei……………………………...58

7.10.9. Apeadeiro de Barqueiros…………………………………59

7.10.10. Estação da Rede……………………………………59/60

7.10.11. Apeadeiro de Caldas de Moledo………………………..60

7.10.12. Estação de Godim……………………………………...61

7.10.13. Estação de Régua………………………………….61/62

7.10.14. Mapa da Linha do Douro……………………………….63

7.11. Fundação Eça de Queiróz……………………………………..64/65

7.12. Mosteiro de Ancede…………………………………………….66/67

7.13. Convento de Ermelo…………………………………………….67/68

7.14. Museus

7.14.1. Museu Municipal Amadeo Souza Cardoso…………69/70

7.14.2. Museu Municipal de Baião…………………………...70/71

7.14.3. Museu do Douro……………………………………….71/72

7.14.4. Museu de Lamego………………………………........72/74

7.14.5. Museu de Resende…………………………………..74/75

7.14.6. Museu Serpa Pinto……………………………………….76

7.15. Pelourinho da Teixeira……………………………………………...77

8. Casas de Turismo de Habitação

8.1. Casa da Cochêca…………………………………………………78/79

8.2. Casa da Lavandeira………………………………………………….80

8.3. Quinta da Ermida……………………………………………………..81

8.4. Quinta do Ervedal…………………………………………………82/83

8.5. Quinta de Guimarães………………………………………………...83

8.6. Quinta das Quintãs…………………………………………….....84/85

9. Casas de Turismo Rural

9.1. Casa das Feitorias……………………………………………………86

9.2. Casa de Fundo de Vila………………………………………………87

Page 7: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

9.3. Casa do Silvério………………………………………………………88

9.4. Casa de Viombra……………………………………………………..89

9.5. Casarão………………………………………………………………..90

9.6. Casa da Torre……………………………………………………..91/92

10. Casa de Campo

10.1. Casa dos Pousadouros…………………………………………………93/94

11. Hotel Douro Palace Resort & SPA……………………………………....95/96

12. Gastronomia………………………………………………………………...…97

121. Restauração…………………………………………………………98

12.2. Mapa 3- Restauração………………………………………………99

13. Vinhos…………………………………………………………………………100

13.1. Principais Produtores Vitivinícolas……………………...............101

13.2. Mapa 4- Principais Produtores Vitivinícolas….…………………102

14. Conclusão……………………………………………………………….103/106

15. Bibliografia………………………………………………………………107/108

16. Netgrafia ……………………………………………………………......109/111

Page 8: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

1. Introdução

A proposta da realização de um guia turístico integra-se na formação

dos alunos do Curso Técnico de Turismo Ambiental e Rural, de forma a

desenvolver e a aprofundar conhecimentos técnicos, tecnológicos e cientifico-

culturais. Desta forma, promove-se uma estreita relação entre o Mundo da

formação, mais fechada e académica e o mundo cultural e profissional mais

dinâmico e interactivo.

Sem dúvida alguma esta actividade pretende desenvolver uma maior

sensibilidade e motivação para actividades e ofertas turísticas na Região do

Douro, dando a conhecer potencialidades, programas e infra-estruturas

turísticas que se conectam com a matriz ambiental, cultural e patrimonial do

Douro e Regiões limítrofes.

Localizado na NUT III do Baixo Tâmega, o concelho de Baião é um

território de enorme potencial turístico em virtude das condições naturais de

que usufrui. Território de transição entre o litoral e o interior de Portugal, Baião

é influenciado por uma mistura de climas que conferem uma identidade única

e uma variedade ao nível da flora e da fauna ímpares.

Neste território são inúmeras as marcas distintivas ao nível do seu

património natural. De facto, o seu principal património, e primeiro a ser

reconhecido pelos sentidos, é o relevo montanhoso. Aqui coexistem diversos

conjuntos montanhosos de formação e estrutura geológica variada, embora

predomine o granito, como sejam a Serra de Valadares, a Serra da

Aboboreira e a Serra do Marão.

Cobertas por uma vegetação pouco densa, características dos climas

de altitude, nas suas encostas podemos encontrar alguns carvalhais

centenários e, nos seus vales e encostas de menor altitude, encontramos

alguns exemplares de vegetação típica do clima mediterrânico, como sejam,

as oliveiras. Tal resulta de um microclima influenciado pelos seus vales de

vertente soalheira e, principalmente, pela acção do seu elemento natural mais

distintivo: o Rio Douro.

Page 9: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

De facto, o Rio Douro condicionou o desenvolvimento humano da

região constituindo elemento essencial no futuro do concelho, em virtude das

inúmeras potencialidades que apresenta quando encarado como recurso

económico.

Se ao nível paisagístico o concelho apresenta grande diversidade e

riqueza, também ao nível do património humano Baião apresenta

potencialidades de grande valor. O seu património pré-histórico e histórico

disso são exemplo. Os inúmeros vestígios arqueológicos patentes pelos seus

castros, menires e mamoas atestam a antiguidade da ocupação humana mais

tarde vincada pelos monumentos como o Mosteiro de Ancede, as ruínas do

Castelo de Matos e várias igrejas e casas senhoriais seculares.

Em função de um output turístico de grande valor económico e

regional, a marca Douro, vai permitir compreender a importância da

programação, organização e gestão turística a partir de valores turisticamente

sustentáveis.

Page 10: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

2.Definição de Guia turístico

Guia turístico é um manual de informações turísticas ou, ainda, a

publicação destinada à promoção e à divulgação do turismo. É, portanto, um

objecto, um livro, um catálogo ou uma publicação. Em compartida, guia de

turismo é o profissional, a pessoa que, além de prestar as informações

necessárias, também acompanhará o turista e irá orientá-la durante a viagem.

Devido à grande diversidade dos produtos turísticos e das diversas

facetas que a actividade apresenta na prática, é necessário que existam

diversos tipos de guia de turismo.

O Guia de turismo especializado em atractivos naturais ou culturais é o

profissional responsável pela recepção de visitantes em locais como usinas,

sítios históricos, museus, parques nacionais, entre outros, que necessite de

bastante conhecimento específico sobre o local visitado.

O Guia de Turismo regional tem como funções “o acompanhamento, o

translado, a prestação de informação e assistência a turistas, em itinerários

ou roteiros locais ou intermunicipais de uma determinada unidade da

federação, para visitas a seus atractivos turísticos”

O Guia de turismo de excursão nacional tem como funcionalidade

acompanhar grupos para fora do seu estado de origem, por todo o território

nacional e pela América do Sul. Por fim, o Guia de Turismo de Excursão

Internacional acompanha os grupos a países dos cinco continentes. Este guia

pode durante as viagens contratar guias locais para transmitir informações

específicas sobre as cidades visitadas 1.

1 CHIMENTI, Silvia e TAVARES, Adriana “ Guia de Turismo” O PROFISSIONAL E A

PROFISSÃO (2007) Editora Senac São Paulo.

Page 11: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

3.Caracterização Territorial

3.1. Caracterização Geral

Baião é um concelho do interior do Distrito

do Porto, com uma área de 175,71 hectares,

compreendendo 20 freguesias: Ancede, Campelo,

Covelas, Frende, Gestaçô, Gôve, Grilo, Loivos do

Monte, Loivos da Ribeira, Mesquinhata, São João

de Ovil, Ribadouro, Santa Cruz do Douro, Santa

Leocádia, Santa Marinha do Zêzere, Teixeira,

Teixeiró, Tresouras, Valadares e Viariz.

Circundado pela Serra do Marão, Aboboreira

e Castelo de Matos, e ainda banhado pelo Rio

Douro, a sua posição que confere a este concelho

um elevado potencial turístico. Está limitado pelos

concelhos de Amarante, Marco de Canaveses,

Cinfães, Resende, Mesão Frio, Régua e Santa

Marta de Penaguião, entroncando, desta forma,

com os distritos de Vila Real e Viseu.

O rio Douro, que nasce em Espanha,

apresenta um potencial turístico de grande valor,

banha a vertente sul do concelho de Baião. Aqui,

destaca-se Ribadouro, onde podemos desfrutar de

inúmeras sugestões de passeios e desportos

náuticos, como por exemplo, remo ou canoagem,

windsurf, vela, jet-ski ou motonáutica. Os passeios

fluviais podem ser realizados nos antigos barcos

rebelos ou em barcos-hotel. Quanto aos passeios

Fig.1- Vista da Vila de Baião

Fig.2- Vista da Freguesia de Valadares

Fig.3- Vista da Freguesia de

Tresouras

Fig.4- Vista da Freguesia de Santa

Leocádia para Ribadouro

Page 12: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

pedestres podemos visitar o Castro de Porto

Manso, que se situa ao longo da Calçada Romana.

Este rio condiciona a vida e economia da

região. Um dos elementos de atracção turística é a

linha de caminho-de-ferro, a Linha do Douro, que

liga Porto e Pocinho (Concelho de Vila Nova de

Foz Côa, Distrito da Guarda). Grande parte do seu

percurso acompanha as margens do rio Douro,

contendo, a maior extensão de via-férrea ladeada

de água de Portugal.

A Serra da Aboboreira, um dos elementos

mais importantes e influentes no modo de vida do

concelho, tem alguns pontos característicos

assinaláveis como a aldeia de Almofrela, uma

aldeia tradicional, envelhecida e paisagisticamente

enquadrada pelo rio e vale do Ovil; encontramos

ainda importantes vestígios pré-históricos,

testemunho da antiguidade de ocupação da região,

de onde se destaca o dólmen de Chã de Parada.

Noutro conjunto montanhoso, encontramos Castelo

de Matos, que se localiza na Aldeia de Matos, um

pequeno lugar de montanha em forma de anfiteatro

e constituído por casas tradicionais construídas em

granito local onde outrora terá existido um castelo

em madeira que ardeu num forte incêndio.

É no museu municipal de Baião que se

encontram grande parte dos vestígios

arqueológicos, pontas de seta em cobre, vasos

decorados e espora em ferro do Castelo de Matos.

Em termos ambientais a paisagem

caracteriza-se pela diversidade e pela riqueza não

só das condições naturais dadas pela geologia

visíveis nos citados conjuntos montanhosas, fauna

(javalis, raposas, lobos, doninhas, bois, ovelhas,

Fig.5- Vista da Freguesia de Ribadouro

Fig.6- Vista sobre a Freguesia de

Ancede

Fig.7- Freguesia de Ribadouro

Fig.9- Vista da Freguesia de Ancede

sobre o Douro e o Concelho de

Cinfães

Fig.8- Vista da Freguesia de Teixeira

Page 13: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

burros, cavalo…) e flora (sobreiros, carvalhos,

castanheiro, pinheiro manso…) numa imensa área

florestal enquadrada pelos granitos e xistos das

serras, mas também pela intervenção do homem

sendo marcadamente visíveis as transformações

provocadas na paisagem pela prática da agricultura

(socalcos) e da pecuária, constituindo um conjunto

de recursos que permite a sua exploração turística

e económica.

O clima local, apresenta algumas

características próprias que condicionam a

vegetação existente. A relativa proximidade ao

Atlântico confere um clima de cariz oceânico, com

temperaturas amenas, amplitudes térmicas e

precipitações abundantes (temperatura

caracterizada por elevadas amplitudes térmicas

anuais com verões quentes e secos e invernos frios

e chuvosos). No entanto, uma série de outros

microclimas são identificáveis: o mediterrânico,

com verões relativamente secos, junto aos vales do

Douro, e o de altitude, com invernos chuvosos, por

vezes de neve e temperaturas frias.

A formação de Baião está ligada ao

denominado Castelo de Matos, antigo castelo de

Penalva do séc. XI, e que foi reduzido a cinzas por

um incêndio que o destruiu. Baião é a origem da

família nobre dos Baiões descendentes de D.

Arnaldo (trisavô de Egas Moniz, aio de D. Afonso

Henriques) um guerreiro que veio combater os

Mouros na Península Ibérica, em 985.

As terras de Baião foram concedidas como

premio pela sua bravura pelo Rei de Castela.

Fig.10- Serra da Aboboreira

Fig.11- Freguesia de Santa Cruz do

Douro

Fig.12- Freguesia de Gôve

Fig.14- Freguesia de S. Tomé de

Covelas

Fig.13-Vista da aldeia de Mafómedes

Page 14: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Os historiadores pensavam, que D. Arnaldo seria

um guerreiro alemão que perdeu o seu ducado

numa guerra, outros pensavam que seria um

cavaleiro de Bayonne, filho de um rei de Itália e

neto de um rei de França dai a origem do nome de

Baião.

D. João I deu as terras de Baião a um

parente do Condestável, D. Nuno Álvares Pereira.

No tempo de D. João II, Baião recebeu um foral de

D. Manuel I, em 1513. No séc. XX, a serra da

Aboboreira, foi lugar de várias aparições marianas

(a um pastor local), facto que originou a construção

da Capela de Nossa Senhora da Guia, onde

ocorrem muitos peregrinos atraídos pela beleza e

pela paz, que aqui encontravam.

Fig. 15- Mapa 1 Localização do

concelho de Baião no território

português.

Fonte: FERREIRA Marlene, (2007) “

Rancho Folclórico de Baião Diálogo

entre etnogrfia, memória e história, in

Prova de Aptidão tecnológica.

Page 15: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

3.2. Ambiente

Os vales encaixados onde correm os Rios

Douro e Tâmega, constituem um factor de barreira

e simultaneamente de agregação entre o conjunto

de municípios envolvidos:

- O limite Oeste deste conjunto, define-se pelo

complexo montanhoso Alvão e Marão;

- O limite Norte é constituído pelas Serras da

Cabreira e do Barroso;

- O limite Sul é formado pelas Serras de

Montemuro e Bigorne.

A paisagem local é marcada pela

diversidade e pela riqueza resultante não só das

condições naturais hidro-geomorfológicas, mas

também pela existência de solos “artificiais” onde,

tradicionalmente, se têm praticado sistemas

agrícolas policulturais, com recurso á mão-de-obra

intensiva e á generalização da pecuária.

As unidades paisagísticas existentes podem

ser sintetizadas em:

- Paisagem de policultura, marcada pela presença

do vinho;

- Paisagem denominada pela presença da floresta;

- Paisagem denominada pela presença de

pastagem e culturas forrageiras, onde a presença

de animais surge ocasionalmente na forma de

rebanhos, manadas, etc. Para além disso, o

património natural inclui outros motivos de Fig.20 - Pastoreio

Fig 16– Serra do Marão

Fig 17– Campos de cultivo

Fig 19– Vinha

Fig 18– Campos destinados ao pastoreio

Page 16: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

interesse como seja existência de vários locais de

caça, pesca e praias fluviais2.

3.3. Enquadramento Geomorfológico

A morfologia da região em que se insere o

concelho de Baião é dominada pela serra do

Marão, pelo vale profundo do rio Douro e pelos

vales de alguns afluentes e subafluentes deste rio,

destacando-se o rio Tâmega.

A serra do Marão destaca-se na paisagem

pela sua extensão e pelas cristas imponentes, que

atingem uma altitude máxima de 1.415 metros. A

rocha predominante no Marão, são os xistos-

quartzíticos. A SE do alto do Marão encontra-se a

fraga da Ermida (1.397 m) e a SW a crista das

Seixinhas (1.277 m), a partir da qual se baixa para

o rio Teixeira, que se localiza entre Teixeira e

Teixeiró.

O rio Douro corre na região meridional, num

vale apertado e de vertentes acentuadas,

percorrendo 26 km de leito.

Na região a ocidente do Marco de

Canaveses, o relevo é essencialmente constituído

por rocha granítica, destacando-se as paredes

arredondadas e os blocos porfiroídes.

2 Cfr. Pacto para o desenvolvimento do entre Douro e Tâmega, RURALIDADE, LAZER E

CULTURA, Agência de Desenvolvimento Regional do Entre Douro e Tâmega, s.l. 2001.

Fig 21- Serra do Marão

Fig.22 - Rochas graníticas

Fig.23 – Rochas graníticas na Serra do

MArão

Fig.24 - Casa em xisto em Mafómedes

Page 17: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Os vales apertados da zona xistenta dão, em

geral, na zona granítica, lugar a vales mais abertos,

embora quase sempre sinuosos.

3.4. Enquadramento Geológico

No concelho de Baião, ao longo das

margens do rio Douro, é comum encontrar

depósitos do fundo de vale e de vertente

arrastados pelo rio no seu percurso ou

provenientes das montanhas que o ladeiam, assim

como por diversas e pequenas manchas de

formação de terraço e por areias e cascalheiras

actuais. Estes vestígios em época de cheia ficam

submersos.

A litologia característica de Baião é

representada pelo granito porfiróide de grão

grosseiro, havendo no entanto excepções, como o

caso de Viariz, Gestaçô e Santa Marinha do

Zêzere, onde se encontra uma faixa de granito

porfiróide de grão médio, que por vezes passa a

grão médio fino, essencialmente biotítico.

Os xistos encontrados junto das minas de

Teixeiró, prolongam em direcção a Mafómedes (S),

e datam do período da era paleozóica, fazendo a

separação entre os períodos Silúrico e Ordovícico.

Nas proximidades de Gestaçô, as rochas

estão metamorfizadas, devido à vizinhança do

granito. As rochas da faixa Ordovícico-Silúrico

sofreram metamorfismo de contacto, e deram

Fig.25 - Casas tradicionais em xisto

Fig.27- Rochas graníticas

Fig.26 - Rochas

Fig.28 – Rochas graníticas

Fig.29 - Xisto

Fig. 30 – Casa em xisto

Page 18: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

origem a rochas corneanas e xistos. Este

fenómeno pode ser observado ao longo da estrada

da Teixeira.

Estruturas geológicas interessantes são as

manchas principais de formação de terraço que se

podem encontrar em Outoreça e Matos, que são

constituídos por uma rocha com grão fino, que se

torna mais grosseiro junto do granito porfiróide

envolvente, constituído por minerais principais,

como quartzo, oliogoclase-andesina, microclina,

biotite e moscovite, e secundários, como caulino,

sericite e clorite.

A riqueza litológica da região levou à sua

exploração económica, existindo uma série de

minas entretanto desactivadas. No Crasto situado a

sul de Amarelhe, encontra-se granito biotítico,

explorado para a construção civil e formado por

minerais essenciais, como quartzo, microlina,

albite, biotite e moscovite, e minerais secundários,

como apatite, zincão e minérios negros de ferro.

Em Viariz, Santa Marinha do Zêzere, Gôve, Grilo e

Mesquinhata foram explorados filões aplito-

pegmatitícos.

Fig.31 – Muro em xisto

Fig.32 - Xisto

Fig.33 - Rocha

Fig.34 – Casa em xisto na aldeia de

Mafómedes

Page 19: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

3.5. Declives

As vertentes com forte declive localizam-se a

SW (Sudoeste), junto ao vale do Rio Douro,

prolongam-se pelos vales dos cursos de água

afluentes.

A vertente SE (Sudeste) é a que apresenta

maior declive, mergulhando abruptamente no vale

do Rio Douro. As vertentes ocidentais e orientais

do topo da Aboboreira também mostram um forte

declive, denunciando desde já a existência de

falhas e escarpas no sentido NE-SW, e que

parecem definir e desfrutar este topo.

A área definida como depressão mais

alongada é o vale alveolar do Gôve. Os alvéolos do

Ovil e Campelo, embora estes sejam dois alvéolos

completamente distintos.

Constata-se desde já que a topografia desta

área de Baião impõe sérias limitações à utilização

do solo, quer em termos de povoamento, devido à

altimetria e irregularidade do relevo, quer em

termos de uso agrícola, já que a orografia favorece

a compartimentação da exploração agrícola e

constituição geológica não favorável.

No vale do Rio Ovil, a agricultura foi

processando espaços onde o processo erosivo e o

uso de socalcos o permitiu.

A invasão do Pinheiro Bravo alterou a

primitiva floresta constituída pelo “Carvalho Roble”

e quase eliminou os vestígios da cobertura vegetal

primitiva e ainda subsiste, em regressão nas zonas

Fig.35 - Declive em Mafómedes

Fig.36 - Declive em Mafómedes

Fig. 37 - Declive em Mafómedes

Fig. 38 - Declive na Serra de

Castelo de Matos

Fig39 - Declive em Santa Leocádia

Page 20: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

de altitude e planálticas onde se praticou desde

sempre o pastoreio na Serra da Aboboreira.

O Carvalho Roble é uma espécie de ampla

distribuição, dominante, sobretudo quando ocorre

vales e ladeiras com terrenos profundos, soltos,

frescos e siliciosos. Por outro lado, o Pinheiro

Bravo é uma espécie proveniente da região

Mediterrânea, que cresce em solos leves e

arenosos marítimos, além disso, o cultivo estende-

se pelas costas Atlânticas de Portugal, onde

constitui a principal espécie florestal.

O relevo e a floresta que envolvem a

agricultura dos vales e das encostas em socalcos,

conferem uma paisagem aprazível. Contudo, tem

conduzido a uma grande dispersão da população

por implicar custos sucessivamente elevados e

pela fragmentação das explorações agrícolas,

limitando práticas de mecanização e de agricultura

extensiva3.

3.6. Formas Alveolares

Os alvéolos são definidos como depressões,

ou seja, correspondem a um abaixamento de nível

nas grandes superfícies graníticas. É também

decretado pela percepção de um aprofundamento

3 Ver por ex. José Alberto (2000/2001) Estudo Geomorfológico da área de Baião. Porto,

Faculdade de letras da Universidade do Porto, [texto poli copiado], 82 págs.

Page 21: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

de um sector aplanado limitado por formas

morfológicas de altitude.

3.6.1. Vale alveolar do Ovil

O alvéolo do Ovil é caracterizado pelas

grandes dimensões e pela sua localização num

provável vale de factura, convencionando designar

o vale alveolar de Ovil.

Este apresenta nitidamente grandes

dimensões que se prolongam longitudinalmente

pelo traçado do rio Ovil.

É possível constatar a existência de falhas

que provavelmente controlam o percurso do rio Ovil

e que poderão estar na origem desta forma

alveolar.

Distinguem-se também duas rechãs muito

nítidas, uma ao nível dos 500 metros e outro pelos

470 metros, testemunhos da fracturação NE-SW.

3.6.2. Alvéolo do Gôve

Este alvéolo apresenta forma irregular e

situa-se entre os lugares de Pedreda e Ingilde. Este

Page 22: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

perfil define-se como uma área aplanada com uma

variação máxima de 50 metros de altitude.

Localiza-se numa área de cruzamento de

fracturas que dão origem a uma depressão e

considera-se um contacto litológico com o granito

porfiróide de grão fino, influenciando, assim, a sua

localização.

A escarpa de falha condiciona a vertente SW

(Sudoeste) do alvéolo, limitando-o e justificando

maior acentuação dos declives nessa secção.

3.6.3. Alvéolo de Campelo

O estrangulamento do vale do rio Ovil em

Ervins que corresponde a um dos limites do vale

alveolar de Ovil, prossegue para SW (Sudoeste)

com a abertura de uma área deprimida que segue

até Várzea. Esta depressão corresponde ao alvéolo

de Campelo, o mais pequeno desta área.

A proximidade deste alvéolo com o de Ovil

pode não ser casual.

Este alvéolo é classificado como sendo do

tipo elementar4.

4 Ver por ex. José Alberto (2000/2001) Estudo Geomorfológico da área de Baião. Porto,

Faculdade de letras da Universidade do Porto, [texto poli copiado], 82 págs.

Page 23: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

3.7. Flora e vegetação

A relativa proximidade ao Atlântico confere

um clima acentuado cariz oceânico, com

temperaturas amenas, amplitudes térmicas e

precipitações abundantes.

Os Verões são relativamente secos, o que

traduz (sub)mediterrânica característica e dos

climas ibéricos.

As áreas cultivadas concentram-se nos solos

profundos e frescos da base dos encantos, na

periferia da serra, constituindo um conjunto de

bosques e matagais, mosaicos de grande valor

económico.

As áreas mais elevadas encontram-se

actualmente colonizadas por grandes extensões de

matos rasteiros e prados com menor interesse

global para efeitos de conservação5.

5 Cfr. NUNES, Manuel “A Terra, o Homem e os Lobos” in Serra da Aboboreira, p.p.71.

Fig.-

Fig 40 – Matos rasteiros na Serra da

Aboboreira

Fig.41 – Vegetação na Serra da

Aboboreira

Fig.42 – Mato rasteiro na Serra da

Aboboreira

Page 24: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

3.8. Flora autóctone

Baião, possui uma flora autóctone rica e

diversificada, associada a uma variedade

paisagística, condicionada pelos microclimas

existentes no concelho.

Na região do vale do Douro, com maior

exposição solar, mais quente e abrigada,

encontramos espécies como sobreiros (Quercus

suber), pinheiro manso (Pinus pinea) e a Esteva

(Cistus ladanifer L.).

Próximo das linhas de água, as zonas de

baixa altitude e temperadas, surge o carvalho

alvarinho (Quercus robur), aumentando de altitude

e coexistindo com este, temos, o carvalho negral

(Quercus pyrenaíca), também medronheiros

(arbustus unedo L.), catapereiro (Pyrus

bourgaeana), pilriteiro (Crataegus monogyna), e

mais raramente, o Azevinho (Ilex aquifolium L.).

Nas encostas mais elevadas, frias e húmidas,

prevalece a autóctone, carvalho negral. Pode-se

considerar as espécies referidas, com excepção do

azevinho, surgem em algumas manchas.

Os cumes das serras, constituem locais

inóspitos pelo frio, vento intenso e solo pouco

profundos, surgem cobertos de flora

essencialmente arbustiva e herbácea, típica de

zonas mais elevadas

Sendo a mais representativa o Tojo (Ulex minor), a

Urze-branca (Erica arbórea), a Urze-roxa (Erica

cinerea), a Giesta-branca (Cytisus multiflorus) e

amarela (Cytisus scopariu), a Abrótea (Asphodelus

Fig.43 - Urze Roxa (Erica cinerea)

Fig.44 - Tojo (Ulex minor)

Fig.46- Carvalho Negral (Quercus

pyrenaica)

Fig.47 - Jacinto-dos-Campos

(Hyacinthoides triandrus)

Fig.45 - Sargaço (Cistus salvifolius)

Page 25: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

ramosus), o Sargaço (Cistus salvifolius), o

Rosmaninho (Rosmarinus officinalis). Podemos

adicionar a esta lista algumas bolbosas como por

exemplo o Jacinto-dos-Campos (Hyacinthoides

triandrus). A Carqueja (tridentatum) domina

especificamente na encosta do Marão, também a

podemos encontrar nas freguesias situadas no vale

do Rio Teixeira. Esta flora, com o aproximar da

primavera e a respectiva floração, cobre todo o

concelho de um delicioso perfume e magníficos

tons coloridos67.

3.8.1. Flora em Perigo

No concelho de Baião podem-se encontrar

várias espécies de flora em perigo.

O Azevinho (Ilex aquifolium L.) é conhecido

pela sua beleza e utilizações ornamentais, sobretudo

na quadra natalícia. Nos ramos, a folha apresenta

margens denteadas e pontiagudas e com frutos de

cor vermelha. O contraste das cores alegra qualquer

ambiente, são estas características que motivam a

procura que o torna rara.

O Carvalho-Negral (Quercus pyrenaica willd)

e o Carvalho Alvarinho (Quercus robur) são espécies

6 Cfr. Poster Flora Autóctone, Curso de Turismo Ambiental e Rural

(2008). V. p. ex. LAWRENCE, Eleanor, FITZSIMONS, Cecilia, “Flores de Montanha”, Pequenos Guias da Natureza, p.p. 111. V. p. ex. FOREY, Pamela, FITZSIMONS, C., “Flores Silvestres”, Pequenos Guias da Natureza, p.p 75, 97, 102 e 120.

Fig.48 - Sobreiro (Quercus suber)

Fig.49 - Azevinho (Ilex aquifolium

L.)

Fig.50 - Carvalho Negral (Quercus

pyrenaica willd)

Page 26: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

classificadas como protegidas, não só por terem um

crescimento lento, mas, essencialmente, por causa

dos incêndios e aproveitamento intensivo.

O Sobreiro (Quercus suber), apesar da

existência de uma lei que o protege e penaliza quem

o corta, está a regredir, pois a pressão urbanística,

os incêndios e também a sua substituição por outras

espécies com maior viabilidade económica, fá-lo

desaparecer.

O trevo-de-quatro-folhas (Marsilea quadrifolia

L.) é uma espécie em perigo devido a aterro de

charcos, a regularização das margens fluviais, a

competição com espécies aquáticas invasoras, a

edificação de barragens e a poluição dos cursos de

água por afluentes domésticos e industriais.

O Teixo (Taxus baccata), finalmente, é uma

das espécies à extinção pelo corte que os pastores

faziam devido à toxidade para os seus animais. E,

actualmente, são as multinacionais farmacêuticas

pela procura do agente antitumoral, utilizado com

sucesso no tratamento do cancro, que se encontra

nas suas folhas8.

8 Cfr. Poster Flora Autóctone, Curso de Turismo Ambiental e Rural (2008).

Fig.52 - Sobreiro (Quercus suber)

Fig.53 - Trevo-de-quatro-folhas

(Marsilea quadrifolia)

Fig.51 - Carvalho Alvarinho (Quercus

robur)

Page 27: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

3.9. Aves

No Concelho de Baião, mais precisamente na

serra da Aboboreira, existem maioritariamente

espécies nidificantes de origem paleártica (ex: águia-

d’asa-redonda Buteo buteo), europeia (ex: cotovia-

dos-bosques Lullua arborea), holárctica (ex: carriça

Troglodytes troglodytes) e euro-turquestana (ex:

verdilhão Carduelis chloris).

Permanecem ainda, espécies consideradas

como vulneráveis (ex: águi-caçadeira Circus

pygargus e rola –brava Streptopelia turtur) ou raras

(ex: narceja Gallinago gallinago).

As espécies mais abundantes são a Águia –

Caçadeira Circus pygargus, a Galinhola Scolopax

rusticola, o Cuco Cuculus canorus, o Mocho-galego

Athene noctua mais frequente nas zonas de

Almofrela e Currais, o Noitibó – cinzento

Caprimulgus europaeus, a Andorinhão – preto Apus

apus, a Poupa Upupa apops, o Peto-real Picus

viridis, o Pica-pau-malhado Dendrocopos major é

possível observá-lo nos locais de Currais e

Aboboreira, a Cotovia – dos – bosques Lullula

arborea, a Andorinha-das-beiras Delichon urbica, a

Petinha-dos-prados Anthus pratensis, a Alvéolo-

cinzenta Motacilla cinerea, o Rabirruivo Phoenicurus

ochruros, o Cartaxo Saxicola torquata mais comum

nas zonas de Serrinha e Senhora da Guia, a Felosa-

poliglota Hippolais polyglota, a Toutinegra-dos-

valados Sylvia melanocephala, o Gaio Garrulus

glandarius, a Pega Pica pica, a Gralha-preta Corvus

corone, o Tentilhão Fringilla coelebs, a Milheirinha

Fig.54 - Andorinha dos beirais

Fig.55 - Andorinhão-preto

Fig.56 - Carriça

Fig.57 - Chapim-azul

Fig.58 - Chapim-real

Page 28: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Serinus serinus, o Verdilhão Carduelis chloris, o

Pintassilgo Carduelis carduelis, o Lugre Carduelis

spinus na proximidade da aldeia de Tolões, Águia-

d´asa-redonda Buteo buteo, o Peneireiro Falco

tinnunculus, a Perdiz Alectoris rufa, o Pombo-torcaz

Columba palumbus, a Rola-brava Streptopelia turtur,

a Carriça Troglodytes troglodytes, a Ferreirinha

Prunella modularis, o Pisco - de – peito – ruivo,

Erithacus rubecula, o Melro Turdus merula, a

Tordoveia Turdus viscivorus, a Toutinegra-de-barrete

Sylvia atricapilla, a Felosinha Phylloscopus collybita,

o Estorninho-preto Sturnus unicolor, o Pardal Passer

domesticus, o Pardal-montês Passer montanus mais

abundante nas zonas de Almofrela e Travanca do

Monte, o Pintarroxo Carduelis cannabina, a Alvéola-

branca Motacilla alba habita as áreas rurais, tais

como, a Aboboreira, Almofrela, Abogalheira

Travanca do Monte e Carvalho de Rei, a

Escrevedeira Emberiza cirlus nas zonas de Carvalho

de Rei e castelo, a Cia Emberiza cia mais frequente

nos locais de de Currais, Almofrela, Aldeia Nova,

Aldeia Velha e Tolões.

A Cordoniz Coturnix coturnix, o Guarda-rio

Alcedo atthis, a Andorinha – das – rochas

Ptynoprogne rupestris são espécies pouco comuns

na serra da Aboboreira.

As espécies mais escassas são o Milhafre-

preto Milnus migranse, o Gavião Accipiter nisus, a

Galinha-d´água Gallinula chloropus, o Papa-amoras

Sylvia communis, a Seixa Columba oenas, a

Andorinha-das-chaminés Hirundo rústica pode ser

vista na zona de Almofrela, a Estrelinha-real

Regulus ignicapillus, a Trepadeira Certhia

Fig.59 - Chapim rabilongo

Fig.60 - Coruja-das-Torres

Fig.61 - Ferreirinha

Fig.62 - Melro-Preto

Fig.63 - Pintassilgo

Page 29: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

brachydactyla, o Açor Accipiter gentilis e o Mocho-

d´orelhas Otus scops.

Presente nas zonas altas estão a Narceja

Gallinago gallinago, a Coruja-do-mato Strix aluco, a

Petinha-dos-campos Anthus campestris, o Chasco-

cinzento Oenanthe oenanthe, o Picanço-real-

nortenho Lanius excubitor, e a Laverca Alauda

arvensis.

Nas áreas de cota inferior aos 800-900 metros

encontra-se o Chapim-de-poupa Parus cristatus, o

Chapim-rabilongo Aegithalos caudatus, o Rouxinol

Luscinia megarhynchos, o Chapim-carvoeiro Parus

ater, o Chapim-azul Parus caeruleus, o Corvo

Corvus corax, o Tordo-pinto Turdus viscivorus, o

Chapim – real Parus major e o Papa-Figos Oriolus

oriolus9.

9 Ver por. ex. PIMENTA, Pedro (2002) “Aves da Serra da Aboboreira”.

Ver por ex. LAMBERT L., PEARSON A. “Aves Guia prático para conhecer as Aves da

Europa”

Fig.65 - Tentilhão

Fig.64 - Pardal

Page 30: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

3.10. Hidrografia do Concelho de Baião

O concelho de Baião exibe uma rede

hidrográfica de superfície relativamente densa,

constituída por numerosos rios e ribeiras que

atravessam todo o concelho.

Os rios Ovil, Zêzere e Teixeira criam as

linhas de água e dão nome as principais bacias

hidrográficas do concelho, e que drenam

directamente para a grande maça de água que

constitui a albufeira da barragem de Carrapatelo no

Rio Douro.

Quanto ao caudal e ao declive dos seus

leitos é de referir que estes rios não são

navegáveis, e têm um regime irregular a

semelhança da maioria dos rios portugueses.

Durante uma parte do ano, as pressões

barométricas trazem chuva abundante, podendo

assistir ao aumento dos caudais dos rios,

transbordando para as suas margens e originando

as cheias.

Isto deve-se ao facto dos rios correram em

solos poucos premiáveis e declive acentuado.

É caso para referir um caso obvio em

relação a pesca e a existem de uma grande

quantidade de moinhos.

Quanto aos moinhos, estes foram e

continuam a ser uma grande referência para a

população, isto porque os moinhos tinham um

complemento e um suporte importante para a

sobrevivência.

Fig.66 - Rio Douro

Fig.67 - Rio Douro

Fig.69 - Rio Ovil

Fig.68 - Rio Ovil

Page 31: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Uma grande parte dos moinhos já está

desactivada. Os escombros de alguns e o

abandono de outros reflectem a desertificação

assim como o aparecimento de novas técnicas e de

outras soluções com melhores condições de vida.

Ainda há um ou outro moinho activado cujo

uso se destina exclusivamente para fins

domésticos.

3.10.1. Rio Ovil

A bacia hidrográfica do rio Ovil tem origem

no ribeiro dos Loureiros, em Loivos do Monte. É

delimitado pelas serras da Aboboreira e Castelo de

Matos de formação granítica. Tem foz no Rio

Douro, mais precisamente no lugar de Porto

manso, na freguesia de Ribadouro.

Ao longo desta bacia localizam-se as

freguesias de Loivos do Monte, Campelo, Grilo,

Govê, Santa Leocádia, Ancede e Ribadouro10.

10

Cfr. Edição da Câmara Municipal de Baião, 2000.

Fig 71- Rio Ovil, Ancede

Fig.72 - Rio Ovil, Campelo

Fig.70- Rio Douro

Page 32: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

3.10.2. Rio Douro

O Douro recebe grande parte das águas que

contribuem para o seu caudal de dois afluentes nos

montes cantábricos. Recebe também na sua

margem direita, o Sabor, Tua, Corgo, Tâmega e

Sousa, enquanto na margem esquerda recebe o

Águia, Côa, Tavôra, Paiva e Arda.

A bacia hidrográfica é constituída por cerca

de 18710 km². Nasce em Espanha, nos Picos da

Serra de Urbión, na Sória, a 280 metros de altitude,

na foz na costa Atlântica no Porto.

O seu curso tem comprimento de 850 km e

desenvolve-se ao longo de 112 km da fronteira

portuguesa e espanhola e de seguida 213 km em

território nacional. Tem altitude média de 700

metros.No inicio, o seu percurso é largo e pouco

caudaloso. De Zamora à sua foz, corre entre

fraguedos em canais profundos.

O forte declive do rio, as curvas apertadas,

as rochas salientes, os caudais violentos, as

múltiplas e irregularidades, os rápidos e os

inúmeros “saltos” ou “pontos” tornavam este rio

indomável. Aproveitando assim, o elevado

desnível, sobretudo na zona do Douro

internacional. Com a construção das barragens,

criaram-se grandes albufeiras de águas tranquilas,

que vieram incentivar a navegação turística e

recreativa, como por exemplo a pesca desportiva11.

11

Edição da Câmara Municipal de Baião, 2000.

Fig.73 - Rio Douro, Ancede

Fig.74 - Rio Douro, Ribadouro

Fig.77 - Rio Douro, Santa Cruz do

Douro

Fig.. 75 - Rio Douro, Ribadouro

Fig.76 - Rio Douro e ponte de Mosteirô

Page 33: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

4. Património arqueológico

O património arqueológico é definido como

um conjunto de vestígios materiais das sociedades

que nos antecedem, sejam elas móveis ou imóveis.

Os primeiros são todos eles constituídos por

objectos, utensílios, armas, ferramentas, adomos

ou peças de arte, destinados a ser manuseados,

exibidos, transportados e que de alguma forma nos

revela estilos de vida, gestos quotidianos ou

sentimentos estéticos do passado.

Os bens arqueológicos imóveis são aqueles

que corresponde a todas as construções ou

intervenções humanas, na paisagem, com carácter

duradouro e fixo. As tipologias dos imóveis são

difíceis de listar exaustivamente abrangendo todas

as construções de carácter habitacional, industrial,

militar ou simbólico, vias e pontes, sepulturas e

monumentos funerários, pedreiras e explorações

mineiras e depósitos estratificados.

O vestígio arqueológico trata-se de um

património essencialmente imprevisível e, ao

mesmo, finito e insubstituível

É uma ocorrência dos restos arqueológicos

são inerentes à sua própria natureza por mais

estudos se faça nunca se conseguira a total

inexistência e vestígios de actividade humana em

qualquer lugar, e assim são frequentes as

descobertas inesperadas que levam a intervenções

de emergência ou salvamento.

O património arqueológico é também

constituído por leis que são essencialmente finitos

Fig.78 - Pontas de seta

Fig.79 - Machados

Fig.80 - Utensílios

Fig.82 - Maquete

Fig.81 - Balança

Page 34: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

e insubstituíveis. O crescimento dos vestígios

resulta do número crescente dos restos materiais

da sociedade, e serão também, a seu tempo,

valorados arqueologicamente.

O património nacional é constituído por bens

provenientes da realização de trabalhos

arqueológicos podendo-se estender-se os bens

móveis, estruturas, ruínas e outros vestígios

descobertos no âmbito das intervenções

arqueológicos12.

4.1. Monumentos Megalíticos

Datadas do neolítico, com mais de cinco

anos, as mamoas, antas e dolméns existem em

grande número nas Serras da Aboboreira e de

Castelo, constituindo os vestígios mais antigos da

ocupação humana desta região.

Os monumentos funerários de

características colectivas estão ligadas á recolha

de mortos, não deixaram de ser um marco

importante e simbólico á memória colectiva, marca

de apropriação de território e catalização de

manifestações e rituais.

Estes monumentos, caracterização por

pedras de grandes dimensões na sua construção,

são compostos geralmente por uma câmara

12

Ver por ex., Campo arqueológico da Serra da Aboboreira, Edição do GEAP- Grupo de

Estudos Arqueológicos do Porto, Execução gráfica: Litografia AC-Braga, Outubro 1993.

Fig.83 - Dólmen Chã de Parada

Fig.84 - Anta

Page 35: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

dolménica delimitada por várias lajes fincadas

verticalmente no solo e coberto por uma tampa.

Este espaço sepulcral apresentava-se

oculto, uma vez que era encoberto por um

montículo artificial de terra, revestido por pequenas

pedras imbricadas, as mamoas.

Outra característica deste fenómeno é o

polimorfismo, em que o interior das mamoas

alberga outros tipos de estruturas arquitectónicas.

O espólio, geralmente, é pobre e escasso,

constituído essencialmente de micrólitos, lâminas e

pequenos fragmentos de cerâmica.

A construção destes monumentos funerários

data dos meados de IV milénio a.c., e graças às

escavações realizadas, sabe-se que esta tradição

tumular terá perdurado por cerca de 1500 anos.

Apesar, que os estudos realizados na Aboboreira

permitiram aprofundar os conhecimentos sobre o

fenómeno megalitismo no Norte de Portugal que,

até então, permanecia desconhecido13.

13

Ver por ex., Campo arqueológico da Serra da Aboboreira, Edição do GEAP- Grupo de

Estudos Arqueológicos do Porto, Execução gráfica: Litografia AC-Braga, Outubro 1993.

Fig.85 – Vestígios arqueológicos

Fig.86 – Vestígios arqueológicos

Fig.87 - Anta

Page 36: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

4.2. Povoados da Idade do Bronze

Na Serra da Aboboreira, durante o Bronze

antigo, persistiu a tradição tumular das mamoas,

apesar das características diferenciadas. Estas são

os monumentos mais baixos e disfarçados ao longo

da paisagem, evidenciando uma maior

individualização do ritual funerário e onde

apareceram as primeiras jóias metálicas, com

espirais em prata.

A partir dos meados do IIº milénio a.c. dá-se

um claro rompimento à tradição tumular das

mamoas e surge as sepulturas nitidamente

individuais, como é o caso da necrópole da Tapada

da caldeira onde foram escavadas três sepulturas,

contendo cada um deles, um vaso.

Nesta época, também aparecem os

primeiros povoados, o que indica uma

intensificação e fixação do habitat.

As estruturas destes povoados são fossas

abertas no saibro, buracos de poste e lareiras,

enquanto a diversificação do habitat é maior,

coexistindo povoados em que as preocupações

defensivas são estabelecidas em zonas com

defesas naturais, como por exemplo, o Castelo de

Matos.

O espólio cerâmico existente nestes

povoados é bastante variado em relação aos

padrões decorativos.

No final da Idade do Bronze, esta região

conheceu uma ocupação mais intensiva das zonas

Page 37: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

dos vales férteis e uma maior estabilidade do

habitat14.

4.3. Idade do Ferro à Idade Média

O famoso “Tesouro de Baião”, atribuído á

idade do ferro antigo é constituído por um conjunto

de jóias em ouro de estilo orientalizante,

consideradas umas das mais belas peças da

joalharia arcaica do território português.

São vários os castros povoados e

fortificados com origem na Idade do Ferro e

desenvolvidos pela sua acessibilidade e pelo facto

intervencional arqueológico.

A ocupação romana fez-se sentir não só nos

castros, mas também nas ocupações de novas

áreas, na qual se destaca a estação de Frende,

que inclui uma fortaleza romana. Neste período

também se detectam as necrópoles, epigrafes,

marcos miliários e moedas.

Da Alta Idade Média destacam-se várias

estruturas paleocristãs em Frende e registam-se

reocupações visigóticas de certos castros. No caso

de Santa Marinha do Zêzere a época da

reconquista chegounaté aos nossos dias com um

14

Ver por ex, Campo arqueológico da Serra da Aboboreira, Edição do GEAP- Grupo de

Estudos Arqueológicos do Porto, Execução gráfica: Litografia AC-Braga, Outubro 1993.

Page 38: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

conjunto significativo de sepulturas abertas na

rocha.

A passagem da Alta para a Baixa Idade

Média é caracterizada pela formação da Terra de

Baião, denominada pelo Castelo de Matos. Este é

um objecto de escavação arqueológica, situada no

topo de um cone granítico da serra, e que domina

toda esta área15.

5. Património arquitectónico

5.1. Coretos

Os coretos definidos como uma tipologia

arquitectónica e elemento estruturante integrado na

paisagem rural, desenvolve-se de um imaginário

próprio e associado ás festas, música e ao convívio

entre a comunidade.

Estes elementos culturais e fundamentais ao

nossopatrimónio local, geralmente, localizam-se em

redor dos pequenos lugares de culto religioso, mais

precisamente nos adros e largos das capelas e

igrejas.

15

Cfr. Ver por ex, Campo arqueológico da Serra da Aboboreira, Edição do GEAP- Grupo de

Estudos Arqueológicos do Porto, Execução gráfica: Litografia AC-Braga, Outubro 1993.

Fig.88 - Coreto de Ancede

Fig.89 - Coreto de Ribadouro

Page 39: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

A sua construção dá-nos a conhecer os

materiais construtivos das épocas, as suas formas

e concepções remete-nos para as representações

estético–formais, etc. Todo um monuncial de

informação que utilizado com rigor e sensibilidade,

nos permite compreender e interpretar os códigos e

os símbolos representativos da nossa cultura local,

folclórica para alguns é considerada hoje de

antropológica. No Concelho de Baião, encontram-

se vários coretos distribuídos por freguesias e

lugares, como é o caso de Ancede, Anquião,

Gestaço, Govê, Ribadouro, Santa Cruz, Santa

Marinha e Valadares.

5.1.1. Elementos estruturais dos coretos

Os elementos que fazem parte da

constituição dos coretos, na maior parte é o

cimento e o betão, mas existem outros materiais

que também foram utilizados, tais como: o ferro, a

madeira, a chapa, a telha, a madeira, a pedra.

Quase que poderiam identificar na

construção dos coretos três elementos essenciais.

O primeiro é a base ou envasamento, quase

sempre em granito ou betão armado.

O segundo elemento, uma espécie de fuste,

que pode ser de colunas cilíndricas em betão

armado, colunas ortogonais em granito, ou também

em prumos de ferro estilizado.

Fig.90 - Coreto do Gôve

Fig.91 - Coreto de Santa Cruz do Douro*

Fig.92 - Coreto de Gestaçô*

Fig.93 - Coreto de Santa Cruz do Douro*

Page 40: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Este fuste em alguns casos pode ter uma

banda ou frizo como motivos decorativos,

geralmente geométricos, em estrutura de ferro.

O terceiro elemento, que poderiam

classificar de capitel, isto é, referenciado com a

cobertura, pode ter formação geométricas

estilizadas, ou ser uma simples cobertura em

chapa, sem qualquer preocupação estilística, como

é o coreto de Anquião.

Existem, também outros coretos que

apresentam grande carga poética, em termos de

forma arquitectónica, como é o coreto da Vila de

Santa Marinha. Estamos na presença de uma

peça escultórica, construída em betão, com dupla

cobertura, uma espécie de falsa platibanda, que

produz um efeito cénico de grande intensidade

estética e profundo sentido de movimento à peça.

Os elementos geométricos puros, neste caso, duas

esferas cilíndricas, sobrepostas e suspensas por

vários prumos de betão. Produzem um efeito de

grande modernidade e vanguarda.

Todos eles tem um elemento comum

associado á sua esplêndida localização quer em

termos de contexto sócio – prático quer também

em termos de contexto eco – topológico16.

16

Ver por ex. QUEIRÓS, Diana, (2007) “Os Coretos de Baião” in Prova de Aptidão Tecnológica.

Fig.94 - Coreto de Santa Marinha do

Zêzere*

Fig.96 - Coreto de Anquião*

Fig.97 - Coreto de Ancede*

*Fonte: QUEIRÒS, Diana (2007)

“Os Coretos de Baião” in Prova de

Aptidão Tecnológica

Fig.95 - Coreto de Valadares

Page 41: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

6. Património Cultural

6.1. Tradicional Doce da Teixeira

O biscoito da Teixeira, emblemático doce

que recebe o nome de uma das freguesias do

concelho de Baião e continua a ser fabricado por

gerações diferentes.

A sua receita tem ingredientes comuns, mas

apresenta algumas variações, ou seja, tanto pode

ser confeccionado com ou sem ovos.

O singelo doce tradicional, que faz parte do

património gastronómico e cultural do concelho de

Baião é da responsabilidade de Sónia Pereira,

natural da freguesia de Teixeira, e com 33 anos de

idade, que instalou na sua casa onde vive uma

pequena fábrica do Biscoito da Teixeira.

Durante várias décadas toda a freguesia de

Teixeira estava de algum modo envolvida no

fabrico ou na venda do Biscoito. Uns dedicavam-se

á recolha de lenha para aquecer o forno onde os

doces eram cozidos, outros ficavam sob a

responsabilidade de peneirar a farinha usada na

massa do biscoito, isto quando a freguesia ainda

não tinha electricidade.

Cada fornada, composta por 100 quilos,

demora cerca de 20 minutos a cozer. Durante a

época baixa, fazem-se biscoitos pelo menos duas

vezes por semana, enquanto no verão se coze

Fig.100 - Doce Teixeira

Fig.101 - Extrair os biscoitos do

forno

Fig.98 - Formas para os biscoitos

Fig.99 - Colocar os biscoitos no forno

Page 42: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

praticamente todos os dias, isto porque a procura

aumenta substancialmente.

No entanto, para produzir o tradicional doce

da Teixeira é necessário passar por várias fases de

fabrico, como por exemplo, pesar devidamente os

ingredientes, farinha, ovos, açúcar, limão, fermento

e sal, depois deve-se amassar e por fim coloca-se

no forno a 300ºC17.

6.2. Bengalas de Gestaçô

As bengalas surgiram na freguesia de

Gestaçô, concelho de Baião, nos finais do século

XIX, pelo impulsionador Alexandre Pinto Ribeiro,

que acabou por abrir a sua oficina em 1902.

Estas criativas e artesanais bengalas são

dignas e representativas de uma longa e antiga

linhagem de resistentes acessórios de toilette, que

ao longo do tempo fizeram disto um prol de

esclarecimento, argumentação, acerto de contas e

clarificação de ideias que contribuíram para a bela

pose e elegância da nossa História.

Para a perfeita elaboração destas bengalas,

o impulsionador Pedro Ribeiro, revolucionou todo

um processo de fabrico, composto por várias fases.

A primeira é a de preparar a madeira de

cerejeira, ou seja, desfiar a madeira à medida para

que essa possa ser desfiada e cozida durante cinco

17

Ver por ex, Repórter do Marão (Novembro 2009).

Fig.102 - Exposição do biscoito

Fig.103 - Tira de madeira para o fabrico

Fig.105 - Dobragem da madeira

Fig.104 - Aquecimento da madeira

para dobrar

Fonte: PINTO, Carlos (2007)

“Práticas Artesanais e

Desenvolvimento Local O exemplo

das Bengalas de Gestaçô/Doce da

Teixeira” in Prova de Aptidão

Tecnológica

Page 43: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

minuto nu.m pote com água a ferver. Ultrapassada

esta fase, é necessário dobrar a madeira. Para

uma melhor dobragem esta é feita numas formas

de ferro, que como a madeira também estão

quentes/aquecidas.

Para vergar a bengala utilizam-se uns arcos,

para proteger a bengala para que esta não quebre,

depois de vergada deixa-se arrefecer durante uma

hora ou duas.

Após arrefecida, começa-se a trabalha-la, é

nesta fase que se fazem os feitios, neste processo

também se utilizam algumas ferramentas como:

incho, plaina, grosa ou lima e goivas.

Por último, lixa-se a madeira, pinta-se, dá-se

o acabamento e o verniz.

Mais tarde, com a técnica de dobragem, que

permitiu a obtenção de maior qualidade nas

bengalas, apareceu a criatividade e o surgimento

de vários desenhos e fundamentos para embelezar

as bengalas, como por exemplo, cabeças de

animais, cerejeira polida, incrustações de

madrepérola, prata e ouro18.

18

Ver por ex. PINTO, Carlos (2007) “Práticas artesanais e Desenvolvimento Local, O exemplo das

Bengalas de Gêstaço/Doce da Teixeira” in Prova de Aptidão Tecnológica”.

Fig106- Dar os efeitos à bengala

Fig.107- Envernizar a bengala

Fig.108- Ferramentas do artesão

Fig.109- Fases das bengalas

Fonte: PINTO, Carlos (2007)

“Práticas Artesanais e

Desenvolvimento Local O exemplo

das Bengalas de Gestaçô/Doce da

Teixeira” in Prova de Aptidão

Tecnológica

Page 44: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

6.3. Folclore

O folclore é uma demonstração cultural e

validada de um povo. É também um conjunto de

histórias populares, lendas, costumes, crenças,

conhecimentos, tradições e costumes que são

transmitidos de geração em geração, como cultura

popular, sendo uma eventualidade natural de um

povo.

O folclore como demonstração do povo

faz parte do seu património cultural e, assim sendo

está inserido na riqueza cultural. As histórias, os

costumes, as canções, a medicina popular, as

crendices, as lendas, as brincadeiras, as danças

regionais, o artesanato, são integrantes do folclore.

O folclore, como ciência, na antropologia, é o

conhecimento do Homem e da cultura, e o seu

campo resulta da informação que recebemos pela

fala dos nosso ascendentes, das tradições,

costumes e conceitos herdados dos antepassados.

A cultura popular, assim pensada, está

inteiramente relacionada ao estudo da cultura de

todos os elementos que constituem a nossa

nacionalidade. O folclore é por excelência um meio

de difusão de conhecimentos da cultura do povo. O

folclore deve ser estudado através das suas

consequências sociais, antropológicas,

psicológicas e estéticas, para a noção,

envolvimento e vinculação da cultura popular.

Quando o povo transmite os seus conhecimentos,

usa como fonte muitas vezes o folclore. É

comunicado de boca em boca pelos homens, de

Page 45: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

natureza anónima, e não conhecendo o autor, não

de ninguém, diz respeito ao povo. Apreciando o

folclore podemos compreender o seu povo e a sua

história19.

.

6.3.1. Rancho folclórico de Ancede

O rancho folclórico de Ancede foi fundado

em 2003 numa brincadeira de Carnaval.

Neste momento o grupo é constituído por 27

elementos, 11 músicos e 16 dançadores que

constituem os 8 pares de dança.

Estes elementos estão classificados num

nível etário entre os 15 e 70 anos.

Os instrumentos utilizados por este grupo

são a viola, ferrinhos, bombo, acordeão e

cavaquinho.

Uma vez que este rancho não é federado,

não tem tantas actuações como outros de nível

superior, pois normalmente, só actuam nos bailes

de verão da freguesia e do concelho.

Em alguns casos, poderá também actuar em

concelhos vizinhos, como é o caso de Cinfães e

Pinhão. São referidos estes exemplos porque em

anos anteriores já demonstraram as suas tradições.

Os trajes mais usados são os de lavadeira,

ceifeira, podador, traje de domingo e pescador20.

19

Ver por ex. FERREIRA, Marlene (2007) “Rancho Folclórico de Baião, Diálogo entre

etnogarfia, memória e história”, in Prova de Aptidão Profissional.

20 Cfr. http://baiãovilacriativa.blogs.sapo.pt/9651.html

Page 46: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

6.3.2. Rancho folclórico de Baião

O Rancho Folclórico de Baião é, constituído

por 56 elementos.

Estes 56 elementos são distribuídos pelas

seguintes áreas artísticas: 14 dançadores, 17

dançadeiras, 13 tocadores, 6 cantadores e 6

figurantes.

Esta entidade é constituída por 26 homens,

20 mulheres, 8 adolescentes e 1 criança variando

as idades entre os 5 anos e os 76 anos de idade.

O grupo Folclórico de Baião tem no seu

reportório um extenso e variado conjunto de

danças e cantares, tais como, malhão de cruz,

ladeira do castelo, verdegar, fado batido, vem cá

Maria, contradança, malhão roubado, Zé vai indo,

meu amor e um cravo, chula, cana verde, preirinha,

fado virado, rosa arredonda a saia, pombo

rollhador, malhão rodado, cantareos, cerandinha e

o grilo.

Os trajes mais usados por este grupo de

folclore são os de trabalho no campo, domingueiro,

trabalho (rico), fiadeira, pastor, noivos, lavrador,

jovens ricos, de nobreza do século XIX e viúva do

século XIX.

A parte musical é constituída por diversos

instrumentos, dos quais podemos destacar, a

concertina, cavaquinho, viola, bombos e ferrinhos,

Numa perspectiva de exposição e aparência,

o Rancho folclórico de Baião, possui vários

utensílios, como por exemplo, o ancinho,

dobadeira, cesto, sacho, tocha, cortiço para

espanar o linho, espadana, arado, rasas, roca,

Fig.110 - Traje de trabalho no

campo

Fig.111 - Rancho Folclórico de

Baião

Fig. 112 - Traje domingueiro

Fig.113 - Traje de trabalho (rico)

Fig.114 - Traje de Fiadeira e Pastor

Page 47: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

semeador, foicinha, máquina de sapateiro, lampião,

cabaça, foice, pá de forno, tear, carro de bois, jugo,

máquina de sulfatar e máquina de cozinhar a

petróleo21.

6.3.3. Rancho Folclórico de Gestaçô

O rancho folclórico da Associação Danças e

Cantares de Gestaçô é composto pelos elementos

que iniciaram as actividades ligadas ao folclore em

Gestaçô.

Desta forma foi possível reunir um grupo de

dançadores e cantadeiras para participar no cortejo

da Nossa Senhora da Graça em 1971.

Mais tarde, ocorreu a ligação formal deste

grupo, primeiro conhecido por Rancho de Quintela

á casa do povo e depois, com a casa do Povo.

Esta instituição não prestava todo o apoio

necessário ao grupo e por isso este mostrava-se

inevitável.

Os elementos que iniciaram esta actividade

relacionada com o folclore neste local não se

resignaram e reavivaram toda a freguesia de

Gestaçô, e hoje este grupo é composto por 50

elementos, sendo a tocata composta por

concertinas, bombo, ferrinhos, reque-reque, viola,

pandeireta e violino.

21

Ver por ex, Marlene Ferreira (2007) “Rancho Folclórico de Baião, Diálogo entre etnogarfia,

memória e história”, in Prova de Aptidão Profissional.

Fonte: Marlene Ferreira (2007)

“Rancho Folclórico de Baião” in

Prova de Aptidão Tecnológica

Fig.115 - Traje de saída

Page 48: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Os trajes demonstram a sua Região, situada

entre o Douro e Minho.

O rancho folclórico da Associação de danças

e Cantares de Gestaçô gravou recentemente as

primeiras músicas, que retratam toda a tradição,

riqueza humana e cultura do povo de Gestaçô22.

6.3.4. Rancho Folclórico de Santa Cruz do

Douro

O Rancho folclórico de Santa cruz do Douro

surgiu através de um movimento de 16 cidadãos

que em 1974 se organizaram numa Comissão de

Moradores com o objectivo de promover algumas

iniciativas e actividades que contribuíssem para o

desenvolvimento da freguesia i do concelho.

Ainda, em 1974, constitui-se o rancho

folclórico de Santa Cruz. Nesta época esta

entidade era simplesmente um conjunto de boas

vontades para aqueles que gostavam de dançar,

tocar e cantar.

Em 1982 foi decidida a intervenção da

federação de folclore português, através do senhor

Augusto Gomes dos Santos que fez com que se

procedesse a uma viragem histórica com uma certa

autenticidade.

A pesquisa das danças, cantares de

tradições, usos e costumes desenvolveu-se por

22

Cfr. http://folclore-online.com/grupos/pt/adc_gestaço/index.html

Page 49: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

várias freguesias, nomeadamente, santa Cruz do

Douro, S. Tomé de Covelas, Grilo e Mesquinhata,

que redigem um valor decisivo na formalização do

processo de federação do Rancho Folclórico na

federação do folclore português.

A partir de 1998 o Rancho Folclórico tem

cumprido as suas tarefas em relação ao

aprofundamento do ambiente que os rodeia, assim

como, na construção da sua sede que é um

autêntico espaço de cultura popular, a Casa do

Lavrador.

Os trajes mais simbólicos são os de

Domingueiro, Lavrador pobre e rico, Pastor, Moleiro

e Noivado.

A tocata é constituída por instrumentos de

cordas, concertinas, harmónios, instrumentos

musicais/tradicionais de precursão e gaita-de-

beiços.

As actividades do Rancho Folclórico da

Associação Cultural e Recreativa de Santa Cruz do

Douro têm sido promovidas num âmbito cultural,

destacando-se com a sua federação, escola de

música, construção do rural e etnográfico (Casa do

Lavrador), participação e promoção de feiras de

desenvolvimento rural, participação em diversos

certames de promoção artesanal e gastronómica,

nomeadamente em feiras tradicionais, cantar dos

Reis e Janeiras e comemoração das diversas datas

ao longo do ano23.

23

Cfr.http://www.baixotamega.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=27524&catId=28291,32378&pId=351

70

Page 50: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

6.4. Bandas Marciais

6.4.1. Banda Marcial de Ancede

A banda marcial é uma associação musical,

cultural, recreativa e desportiva localizada no lugar

de Lordelo, freguesia de Ancede no concelho de

Baião.

O seu principal fundamento é a banda de

música que já actuou por várias localidades

portuguesas.

A associação foi fundada em 1845 por D.

Miguel de Sotto Mayor.

A banda é composta por 50 elementos e é

dirigida pelo senhor Hermínio Fonseca.

Na Escola de Música da Banda pode-se

aprender a tocar diversos instrumentos, tais como,

clarinete, saxofone alto, saxofone tenor, saxofone

soprano, flauta e flautim (sopro de madeira),

trompetes, fliscornes, trombones, tubas.

Contrabaixo bombardinos (sopro de metal) bombo,

caixa, pratos, tímpanos, lira, pandeireta e Ferrinhos

(percussão)24.

24

Cfr. http://www.eb1-convento-ancede.rcts.pt/Banda.htm

Page 51: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

6.4.2. Banda Marcial de Santa Marinha do

Zêzere

Em 1937, com a fundação da Casa do Povo

de Santa Marinha do Zêzere, surgiu a Banda

Marcial da Casa do Povo de santa Marinha do

Zêzere, nome que chega á actualidade sem

qualquer interrupção na sua actividade.

Por aqui passaram muitos regentes e

músicos que deram os seus contributos para que

esta banda se afirmasse como uma das mais

importantes da região norte, principalmente na

região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Nos meados do século XX houve uma onda

de rejuvenescimento, que ainda se continua a

verificar num processo de substituição natural.

Em resultado deste processo, o conjunto de

músicos actual apresenta uma média de idades

bastante baixa, apesar que também existe um

elevado número de elementos com mais de 15

anos de experiência.

Na sua composição actual, todos os

executantes são naturais do Concelho de Baião,

sendo que mais de 90% foram formados na escola

de música da própria associação25.

25

Cfr. http://www.bandasfilarmonicas.net/site/bfid29.html

Fig.116 - Banda Marcial de Santa

Marinha do Zêzere

Fig.117 - Banda Marcial de Santa

Marinha do Zêzere

Fig.118 - Banda Marcial de Santa

Marinha do Zêzere

Fig.119 - Banda Marcial de Santa

Marinha do Zêzere

Page 52: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

7. Pontos de Interesse

7.1. Carvalho

Carvalho secular localizado na freguesia do

Gôve.

A sua imponência destaca-se na paisagem e

no resto da vegetação.

Tem como pormenor o facto de ter sido

atingido por um relâmpago tendo ardido

parcialmente.

7.2. Canastro

Um dos inúmeros canastros do nosso

concelho, localiza-se na freguesia do Gôve.

É constituído, normalmente, por uma

estrutura de madeira e pedra e tem como principal

função secar o milho grosso através das suas

aberturas laterais.

Fig.120 - Carvalho

Fig.121 - Canastro

Page 53: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

7.3. Beiral e eira

Beiral é o local onde tradicionalmente se

guarda a palha e o milho (substituindo, por vezes, o

canastro), sendo posteriormente batido ou posto a

secar na eira.

7.4. Moinho

Moinho localizado junto ao rio Ovil, no troço

do Gôve, sendo visível as pás e numa vista do seu

interior a mó, onde tradicionalmente se moía o

milho.

O moinho, pertença de um particular, ainda

se encontra em funcionamento.

Fig.122- Beiral

Fig.123 - Moinho

Page 54: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

7.5. Miradouro

Os miradouros são uma outra zona turística

de onde se obtém bonitas paisagens, e entre os

diversos que se estendem pelo concelho,

destacamos o miradouro de Mosteirô, na freguesia

de Ribadouro. Deste local é possível desfrutar de

uma vista panorâmica sobre o Douro26.

7.6. Paisagens

Entre as várias freguesias de Baião, Santa

Leocádia apresenta uma impressionante vista

panorâmica sobre o Rio Douro e encostas do Vale

do Douro, sendo visível socalcos destinados á

plantação de vinhos, de onde se produz o famoso

vinho verde de Baião.

É ainda visível em segundo plano um

interessante manto vegetal constituído por

carvalhos e eucaliptos.

26

Cfr. http://www.lifecooler.com/portugal/natureza/MiradourodeMosteiro

Fig.124 - Miradouro de Mosteirô

Fig.125 - Vista panorâmica da Quinta

de

Miradouro, Santa Leocádia

Page 55: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

7.7. Igreja de Tresouras

A igreja matriz de Tresouras, apesar de ser

pequena, é uma das igrejas românicas de Baião,

restaurada em meados do século XVII.

Quanto ao seu interior é importante realçar a

emblemática tribuna de talha dourada e o invulgar

tecto de caixotões pintados, em que cada quadro é

diferente do quadro do lado27.

7.8. Igreja de Valadares

Datada do séc. XI, é uma igreja românica e

um dos mais importantes monumentos, de todo o

concelho de Baião. Na posse da família Monteiro,

uma das famílias mais importantes do concelho e

que inclusive teve o quarto Mestre de Avis, a Igreja

de Valadares tem no seu interior elementos que

testemunham a sua idade: além do românico tem

também elementos do Renascimento (pinturas a

fresco, pedras sigladas e a porta principal) e do

Barroco (os altares)28.

27

Cfr. http://www.1000imagens.com/foto.asp?idautor=576&idfoto=142&t=8&g=&p=

28 Cfr. http://www.geira.pt/Mbaiao/Tema1/direita.html

http://www.lifecooler.com/Portugal/patrimonio/IgrejaParoquialdeValadaresBaiao

Fig.126 - Igreja de Valadares

Fig.127 - Igreja de Valadares

Fig.128 - Igreja de Valadares

Page 56: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

7.9.Dólmen Chá da Parada

O Dólmen chá da Parada, classificado como

monumento nacional, localiza-se num vasto terreno

aplanado da Serra da Aboboreira.

Este dólmen possui uma mamoa

parcialmente destruída, com cerca de 24 metros de

diâmetro. A câmara é constituída por 9 esteios de

granito e por uma laje de cobertura. Três dos

esteios apresentam insculturas. O corredor, de

planta rectangular, tem cerca de 4.5 metros de

comprimento e encontra-se virado para a nascente.

Actualmente, possui quatro e 4 esteios, dois de

cada lado.

Antigamente, existiam restos de pintura a

vermelho no esteio da cabeceira mas actualmente

são invisíveis á vista desarmada.

Em três das suas lajes encontram-se insculturas

(motivos artísticos gravados) radiantes ou

estiliformes, algumas das quais só podem ser

vistas claramente por decalque. Na parte central

superior da laje de cabeceira do dólmen,

encontram-se quatro representações de um motivo

em forma de jarra que também ocorre em

monumentos megalíticos. No segundo esteio do

lado direito, há uma figura radiada e no terceiro há

dois círculos, lado a lado, e uma pequena covinha

entre a base dos dois e mais acima, à esquerda,

uma figura que lembra vagamente um 8.

O dólmen estava outrora coberto por uma

colina artificial (a mamoa), que ainda se percebe e

Fig.130 - Dólmen Chã da Parada

Fig.129 - Dólmen Chã da Parada

Fig.131 - Dólmen Chã da Parada

Fig.132 - Vista panorâmica do

Dólmen Chã de Parada

Page 57: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

que teria por função escondê-lo, protegendo-o, e,

por outro lado, poderá ter fornecido um plano

inclinado para o transporte da grande tampa da

câmara até à sua posição definitiva.

A mamoa, que está parcialmente destruída,

tem um formato ovóide (com um eixo maior de

cerca de 24m, no sentido W-E, e um eixo menor de

cerca de 20m, no sentido N-S).

A Anta da Aboboreira esteve durante anos (e

até Julho de 2006) parcialmente coberta por terra

para proteger o monumento. Nessa altura, foram

feitos trabalhos de preservação e restauro do

monumento e limpeza da vegetação e líquenes que

cobriam o monumento e a sua área envolvente,

tendo-se procedido à aplicação de herbicida. Foi

também introduzido um geo-dreno, colocada uma

manta geotextil na base do interior da câmara,

corredor e zona frontal do dólmen e construído um

sistema interno de contrafortagem dos esteios e um

anel de contenção29.

29

Cfr.http://www.baiao-digital.com/turismo/patrimonio/dolmen-de-cha-de-parada/

Page 58: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

7.10. Estações e Apeadeiros30

7.10.1. Estação do Marco de Canaveses

A estação do Marco de Canaveses situa-se

no concelho que lhe dá nome, mais precisamente

no Largo da Estação dos Caminhos de Ferro,

sendo este concelho banhado pelo Rio Tâmega e

dominado pelas serras da Aboboreira e

Montedeiras.

Dos 192 km existentes de linha do Douro,

esta estação localiza-se ao km 51,5.

A Estação tem disponíveis alguns acessos e

ligações, dos quais: a autocarros, serviço de táxis e

parque de estacionamento. Tem também outros

serviços, como, bilheteiras com venda de bilhetes

(Alfa Pendular, Intercidades, Regional e Urbanos) e

ainda serviços complementares, dos quais, WC,

Sala de Espera e Bar.

No raio de 5 km desta estação, existem

vários lugares de interesse, dos quais se destacam,

a Igreja de Santa Maria, a área arqueológica do

Freixo (Tongobriga), a Casa dos Arcos e a Casa

Inacabada de Vila Boa de Quires.

A igreja de Santa Maria foi construída no

século XX, desenhada pelo célebre arquitecto Siza

30

Ver por ex. SILVA, José, RIBEIRO, Manuel, “Os Comboios

em Portugal”, p.p. 56 a 59, Terramar, 2008.

Fig.133 - Estação do Marco

Fig.136 - Bilheteira da estação

Fig.134 - Linha ferroviária em frente à

estação

Fig.135- Estação do Marco

Page 59: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Vieira. Esta igreja apresenta linhas modernas e

direitas de um branco puro.

A área arqueológica do Freixo, designada

por Tongobriga, uma cidade romana de onde

restam o fórum, as termas, a área habitacional, a

necrópole e a basílica paleocristã.

A Casa dos Arcos foi construída no século

XVI. Este solar divide-se em dois pisos, sendo a

sua planta em L. A fachada principal depara-se

rasgada por duas arcadas, separadas por friso. No

friso inferior encontra-se uma sequência de arcos

de volta perfeita e no superior uma arcada

constituída por arcos abatidos.

A Casa Inacabada de Vila boa de Quires foi

construída em 1734. Esta casa apresenta-se em

ruínas, sendo apenas constituída pela fachada

principal com grande abundância de detalhes

decorativos. A pessoa responsável pela obra, um

arquitecto espanhol, morreu precocemente antes

de deixar a obra concluída, daí o seu estado

actual31.

31

Ver por ex.

http://www.cp.pt/cp/displayPage.do?contentId=0739495948306010VgnVCM1000007b01a8c0RCRD&vg

nextoid=c37c23aabd984010VgnVCM1000007b01a8c0RCRD

Fig.137 - Painel com os horários dos

comboios

Page 60: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

7.10.2. Estação do Juncal

A estação do Juncal situa-se na freguesia do

Juncal, no Concelho de Marco de Canaveses,

localizando-se ao km 56,5.

Esta estação esteve em funcionamento,

usufruindo de alguns serviços, como, bilheteiras

com venda de bilhetes (Alfa Pendular, Intercidades

e Regional) e ainda serviços complementares, dos

quais, WC e Sala de Espera.

Actualmente a estação encontra-se em bom

estado, mas está desactivada. Ao km 56,8 localiza-

se o Túnel do Juncal com cerca de 1621 metros.

7.10.3. Estação da Pala

A estação da Pala situa-se na freguesia de

Ribadouro, Concelho de Baião, localizando-se ao

km 61,4. Desta estação é possível observar de

perto o rio Douro e usufruir de belas paisagens.

Alguns metros após esta estação existe uma ponte

ferroviária.

Presentemente, esta estação encontra-se

abandonada.

Fig.138 - Estação do Juncal

Fig.139 - Túnel do Juncal

Fig.140 - Estação da Pala

Page 61: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

7.10.4.Estação de Mosteirô

A Estação de Mosteirô situa-se na margem

direita do Rio Douro, perto da freguesia de

Ribadouro no Concelho de Baião. Localiza-se ao

km 63,9.

Desta estação é possível observar

deslumbrantes panoramas sobre o Douro e sobre

os concelhos da margem esquerda (Cinfães e

Resende). Na freguesia de Ribadouro destaca-se

uma ponte de Caminhos-de-Ferro constituída por

seis arcos.

Esta estação dispõe de vários serviços, dos

quais, bilheteiras com venda de bilhetes (Alfa

Pendular, Intercidades e Regional), WC, Sala de

Espera e Telefones públicos. Para além destes

existe ainda ligação a autocarros, serviço de táxis e

parque de estacionamento.

Próximo desta estação existem pontos de

interesse, como, o Mosteiro de Santo André e a

Igreja de Ancede, na freguesia de Ancede. A Igreja

de Ancede tem traçado rectangular e uma torre

sineira quadrangular e é ainda constituída por três

naves e o Altar-Mor. No interior da igreja existe um

baptistério com dois medalhões pintados, alusivos

à vida de Cristo. Tem um total de 114 sepulturas.

Na sacristia existe um Altar Relicário do séc. XVIII,

que tem a configuração de um Altar-Mor e ainda

um Arco Cruzeiro com imagens de vários santos.

O Mosteiro de Santo André é datado de

1120. Ocupado em 1160 pelos cónegos Regrantes

Fig.141 - Estação de Mosteirô

Fig.144 - Bilheteira da estação

Fig.145 - Interior da estação

Fig.142 .- Vista panorâmica da

estação

Fig.143 – Linha férrea em frente à Estação

Page 62: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

(Stº Agostinho) vindos do Mosteiro de Ermelo. Tem

como orago Stº André.

Nos séculos XVI e XVII sofreu alterações

(arte barroca) e restauros.

Durante vários séculos este mosteiro deteve

um considerável património fundiário ligado à

produção vinícola, que lhe permitiu beneficiar de

grande poder económico32.

7.10.5.Estação de Aregos

A Estação de Aregos situa-se em Santa

Cruz do Douro, na margem direita do Rio Douro.

Localiza-se ao km 69,9.

Esta estação esteve em funcionamento,

usufruindo de alguns serviços, como, bilheteiras

com venda de bilhetes (Alfa Pendular, Intercidades

e Regional) e ainda serviços complementares, dos

quais, WC e Sala de Espera.

Actualmente, todos estes serviços deixaram

de funcionar.

Como pontos de interesse, destaca-se a

Fundação Eça de Queiróz, que tem princípios

culturais, educativos e artísticos que são

32

Ver por ex.

http://www.cp.pt/cp/displayPage.do?vgnextoid=c37c23aabd984010VgnVCM1000007b01a8c0RCRD&co

ntentId=22a671328b6a6010VgnVCM1000007b01a8c0RCRD

Fig. 146 - Linha em frente á Estação

Fig.148 – Estação de Aregos

Fig.147 - Vista lateral da estação

Page 63: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

conhecidos pela perpetuação do escritor José

Maria Eça de Queiroz na divulgação e promoção

da sua obra em Portugal e no estrangeiro. A Casa

e a Quinta de Vila Nova têm vindo a ser objecto de

grandes intervenções arquitectónicas.

Com estas transformações arquitectónicas

criou-se um espaço museológico, uma biblioteca,

um arquivo, um mini auditório e um espaço para

serviços administrativos.

7.10.6.Apeadeiro do Mirão

O Apeadeiro do Mirão (actualmente

desactivado) situa-se na freguesia de S.Tomé de

Covelas, na margem direita do rio Douro. Esta

freguesia produz algum do vinho de Baião. Este é

um local privilegiado para se apreciar as belas e

surpreendentes paisagens do vale onde corre o rio

Douro, enquadrado pelas encostas das montanhas

ricas na flora local ao km 73,2.

Fig.149 - Interior da estação

Fig.150 - Apeadeiro do Mirão

Page 64: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

7.10.7.Estação da Ermida

A Estação da Ermida situa-se no lugar da

Ermida, em Santa Marinha do Zêzere, localizando-

se ao km 75,2.

Esta estação serve a freguesia de Santa

Marinha do Zêzere e possui vários serviços, dos

quais, bilheteiras com venda de bilhetes (Alfa

Pendular, Intercidades e Regional), serviço de

táxis, parque de estacionamento, WC e Sala de

espera.

Para além da paisagem, esta estação

apresenta como principais motivos de interesse a

Igreja Matriz de Santa Marinha do Zêzere, o Solar

das Casas Novas e a Quinta da Ermida.

A Igreja Matriz de Santa Marinha do Zêzere

foi fundada no século XI e reconstruída no século

XVIII. No seu interior destaca-se o órgão de tubos.

O Solar das Casas Novas é datado do

século XVIII. É construído com uma interessante

fachada corrida e um movimento do telhado com

pináculos piramidais. Possui uma capela anexa.

A Quinta da Ermida foi construída no século

XIX, é cercada de jardins, terrenos de cultivo e

jardinagem, o que confere ao espaço um certo

dinamismo de beleza única. Esta casa disponibiliza

dez quartos e um diversificado conjunto de

serviços, dos quais se destacam, a piscina, bar,

Fig.152 - Estação da Ermida

Fig.151 - Vista panorâmica da

estação

Fig.153 - Vista da linha ferroviária

Fig.154 - Interior da estação

Page 65: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

salão de jogos e cais para embarcações dos

clientes33.

7.10.8.Apeadeiro de Porto de Rei

Primeira paragem do concelho de Mesão

Frio, ao km 79.2, (sentido Marco-Régua). Outrora

uma estação, hoje é um moderno apeadeiro. Dos

tempos antigos, provavelmente dos inícios dos

anos (19)20 temos o edifício da antiga estação,

edifício de características diferentes dos restantes

da linha do Douro, antes parecendo um sobrado

destacando-se uma escada de serviço à habitação

na fachada lateral. Actualmente o edifício da antigo

estação encontra-se abandonado e em estado de

acentuada degradação.

Este é um bom ponto de partida para alguns

passeios nas redondezas usufruindo da amena e

rica mancha verde que orla o rio, valorizado ainda

por um antigo e belo ancoradouro.

Para uma estadia mais prolongada é

possível optar por uma das três estruturas de

turismo de habitação nomeadamente da Quinta da

Boa Passagem, junto à linha e ao apeadeiro.

33Cfr.http://www.cp.pt/cp/displayPage.do?vgnextoid=c37c23aabd984010VgnVCM1000007b01

a8c0RCRD&contentId=916671328b6a6010VgnVCM1000007b01a8c0RCRD

Page 66: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

7.10.9.Apeadeiro de Barqueiros

Localizado ao km 83, o apeadeiro de

Barqueiros encontra-se actualmente desactivado e

igualmente votado ao abandono com o edifício

degradado. A perda de importância deste

apeadeiro deve-se ao acentuado fluxo migratório

que levou ao abandono de inúmeros habitantes da

localidade.

7.10.10. Estação da Rede

Localizada ao km 86,2 a estação da Rede é

um exemplar da arquitectura padrão escolhido para

a construção das diversas estações da margem do

rio Douro. Edifício de dois pisos caiado de branco

com o primeiro piso coberto de azulejo de motivos

simples e discretos. O edifício, apesar da estação

se encontrar desactivada e ao contrário de outros

exemplos, encontra-se em bom estado de

conservação e é valorizado pelo enquadramento

paisagístico.

Este é um bom ponto de partida para um

passeio pelas redondezas. Nas proximidades

encontra-se uma bem cuidada praia fluvial que

permite ao viajante refrescar-se nas águas do rio

Douro em dias quentes de Verão. Também nas Fig.156 - Estação da Rede

Fig.155 - Vista panorâmica da estação

Page 67: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

proximidades é possível pernoitar na Pousada da

Rede.

7.10.11.Apeadeiro de Caldas de Moledo

Ao Km 89,6 encontramos a outrora a

estação de Caldas de Moledo, recentemente

convertida em apeadeiro entretanto desactivado. O

seu actual estado de degradação não esconde a

beleza do seu traço num edifício de dimensões

consideráveis onde é visível as funções de serviço

que fornecia.

Na linha dos restantes edifícios do Douro, a

estação tem dois acrescentos laterais,

provavelmente servindo de abrigo aos guarda

linhas e, a poucos metros, um edifício em

acentuado estado de degradação que,

provavelmente, serviria de poiso aos viajantes.

Relatos antigos narram a vida que a estação

teria cheia de passageiros e com pregões dos

vendedores de doces, passageiros esses por certo

buscando pelas outrora afamadas Caldas (Termas)

de Moledo.

Rico em pontos de interesse, o viajante além

das paisagens existentes poderá passear pela vila

protegendo-se do sol pela sombra das inúmeras

cerejeiras que se encontram e daqui partir para

uma visita ao património arqueológico e religioso

existente nas redondezas.

Page 68: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

7.10.12.Estação de Godim

Localizada à entrada da cidade de Peso da

Régua ao Km 93,4. É uma pequena estação de

planta simples, apenas de um piso, caiada de

branco. Actualmente encontra-se desactivada

servindo de cartão-de-visita à cidade. A sua

envolvência tem assumido um crescente carácter

urbano que contrasta com a traça da estação.

Actualmente as necessidades dos habitantes

das redondezas não passam pelo uso do comboio

mas sim do automóvel o que tem levado à criação

de uma série de vias rodoviárias que remeteu a

estação de Godim a um papel crescentemente

secundário que culminou com o seu encerramento,

sendo hoje testemunha silenciosa de um passado

de grande actividade em redor do caminho-de-

ferro, outrora eixo central do desenvolvimento da

região.

7.10.13.Estação da Régua

A Estação da Régua, como todas as outras

estações, situa-se na margem direita do Rio Douro

na cidade da Régua. Localiza-se ao km 94,9.

Esta disponibiliza vários serviços, dos quais,

serviço de táxis, bilheteiras com venda de bilhetes Fig.157 - Estação da Régua

Page 69: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

(Alfa Pendular, Intercidades e Regional), WC, Sala

de espere, Telefones públicos, Bar e Restaurante.

Como locais de interesse destaca-se a Igreja

matriz do Peso da Régua.

Esta igreja é uma obra arquitectónica do

século XVII. A fachada da igreja é precedida pelo

arco de triunfo do campanário, de volta perfeita,

sobre o qual se evidencia uma arquitrave saliente,

repousando nela o remate onde estão rasgadas as

duas ventanas sineiras. O seu interior é constituído

por uma nave, a qual está coberta por

madeiramento abobadado com caixotões pintados.

A capela-mor da igreja expõe um esplendoroso

retábulo de talha dourada, destacando-se desta

composição barroca o seu desenvolvido trono

eucarístico34. Outro local de interesse é o Museu do

Douro, inaugurado em 1997, na cidade da régua, o

qual constitui um património único, pela sua

história, diversidade e qualidade reconhecida dos

seus vinhos e por uma paisagem excepcional. Este

museu visa promover a região vitivinícola de

importância fundamental e classificada como

Património Mundial.

34

Cfr.http://www.cp.pt/cp/displayPage.do?vgnextoid=c37c23aabd984010VgnVCM1000007b01

a8c0RCRD&contentId=643457a4e63f5010VgnVCM1000007b01a8c0RCRD

Fig.158 - Linha férrea da

Estação da Régua

Fig.159 - Linha Férrea

Fig.160 - Estação da Régua

Fig.161 - Comboio histórico na

Estação

Page 70: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Juncal

Pala

Mosteirô

Aregos

Mirão

Ermida

Porto de

Rei

Barqueiros

Rede

Caldas de

Moledo

Godim

Marco

Régua

Inicio/Fim

Estação

Estação desactivada

Apeadeiro desactivado

Povoações

7.10.14. Mapa 2- Linha do Douro

Page 71: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

7.11. Fundação Eça de Queiroz

A fundação Eça de Queiroz é uma instituição

de utilidade pública administrativa, sem fins

lucrativos, que tem como cais de partida a

divulgação e promoção nacional e internacional da

obra do maior romance português.

A fundação é composta por um conselho

Fiscal, um Conselho Cultural e um Conselho

Fundadores.

A Fundação Eça de Queiroz tem princípios

culturais, educativos e artísticos que são

conhecidos pela perpetuação do escritor José

Maria Eça de Queiroz na divulgação e promoção

da sua obra em Portugal e no estrangeiro, pela

máxima organização em ampliar a biblioteca, o

arquivo e o museu queirosiano instalado na sua

sede, pela promoção da realização de

conferências, ciclos de estudo ou quaisquer outras

manifestações adequadas aos termos que assim

podem estabelecer prémios às obras, e contribuir

no desenvolvimento cultural da região.

A Casa e a Quinta de Vila Nova têm vindo a

ser objecto de grandes intervenções

arquitectónicas.

Com estas transformações arquitectónicas

criou-se um espaço museológico, uma biblioteca,

um arquivo, um mini auditório e um espaço para

serviços administrativos.

Também foram executados alguns arranjos

exteriores baseados na recuperação da eira e

beiral, construção do parque de estacionamento,

Fig.162 - Entrada para a Fundação

Fig.163 - Fundação Eça de Queiroz

Fig.164 - Vista traseira da Fundação Eça de

Queiroz

Fig.166 - Eira da Fundação

Fig.165 - Capela da Casa de Tormes

Page 72: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

remodelação do estradão e salientação do

ajardinamento dos espaços e instalações da rede

de rega.

Foram, ainda, feitos investimentos agrícolas

de 4,5 hectares de vinha nova, construída e

equipada na adega.

Esta região exibe uma paisagem

profundamente humanizada. O percurso mais

alastrado do Douro, os vales encaixados, a difusa e

variada vegetação, o traçado tradicional da casa,

os caminhos e as estradas sinuosas contribuem

para uma paisagem bastante agradável.

Os terraços cultivados colaboraram para a

valorização desta paisagem, que lhe proporcionava

bastante cor e frescura ao longo dos tempos.

A Fundação Eça de Queiroz dedica-se,

ainda, à promoção de Percursos Turísticos e de

vinhos verdes (Tormes)35.

35

Cfr. http://www.feq.pt

Fig.169 - Escritório

Fig.168 - Auditório

Fig.167 – Azenha da Casa

Page 73: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

7.12.Mosteiro de Santo André de Ancede

O Mosteiro de Santo André de Ancede

remontam ao século XII, é respeitante à sua

ligação aos Cónegos Regrantes de Santo

Agostinho. Durante vários séculos este mosteiro

deteve um considerável património fundiário ligado

à produção vinícola, que lhe permitiu beneficiar de

grande poder económico. Todavia, em meados do

século XVI, pouco restava já dessa época áurea e

o mosteiro entrou num período de decadência, com

as dependências degradadas e um número muito

reduzido de religiosos. Em 1560 passou a

depender de São Domingos de Lisboa e, a partir de

então, foram executadas várias campanhas de

obras com o objectivo de recuperar o conjunto

arquitectónico.

A igreja foi reedificada, desenvolvendo-se,

então, em três naves separadas por arcaria de

volta perfeita, com tecto de madeira. Um amplo

arco triunfal, com dois altares colaterais, articula

este espaço com o da capela-mor, onde ganha

especial importância o retábulo-mor, em talha

dourada com tribuna de grandes dimensões.

Contemporâneos deste retábulo, de estilo nacional,

são certamente as sanefas que se encontram

sobre as janelas e o arco triunfal.

A fachada principal, em cantaria, que

corresponde à lateral da nave, apresenta portal de

verga recta encimado por nicho de frontão

triangular. A capela de Nossa Senhora do Bom

Fig.170 - Vista trazeira do Mosteiro

Fig.171 - Vista lateral do Mosteiro

Fig.173 - Vista lateral do Mosteiro

Fig.- Vista lateral do Mosteiro

Fig.174 - Cruzeiro

Fig.172 - Entrada do Mosteiro

Page 74: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Despacho, ao lado, foi erguida em 1731, e exibe,

no portal datado de 1735, o brasão dos

dominicanos. De linguagem rococó, apresenta, no

seu interior, altar-mor e seis laterais, com

representações de cenas da vida de Cristo.

Com a Extinção das Ordens Religiosas o mosteiro

foi vendido em hasta pública, ficando na posse do

Visconde de Vilarinho de São Romão. A capela e a

igreja passaram, em 1932, para a paróquia de

Ancede36.

7.13. Convento de Ermelo

O convento de Ermelo, situa-se na freguesia

de Ancede. O convento continua a existir, apesar

de já so restar a fachada, devido aos incêndios que

consumiram o edifício. A igreja está flanqueada

pelas casas solarengas que se foram construindo

na sua proximidade, igualmente em situação de

abandono. Do templo, permanecem apenas os

muros. Trata-se de um corpo longitudinal de três

naves, separadas por arcos ogivais, com capela-

mor quadrada. A fachada principal é rasgada por

um arco ogival com decoração fitomórfica, de

tipologia românica, encimado por estreita fresta

rectangular. A empena é triangular e muito larga,

abrangendo as três naves. A cobertura era em

telhado de duas águas, com tecto de madeira,

tendo já desaparecido na totalidade. Quanto ao

espaço interior, encontra-se descoberto. Nas

36

Cfr. http://www.baiao-digital.com/turismo/patrimonio/convento-de-ancede/

Fig.175 - Capela da Sr.ª do Bom

Despacho

Fig. 176 – Convento de Ermelo

Fig. 177 – Convento de Ermelo

Fig. 178 – Convento de Ermelo

Page 75: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

fachadas Norte e Sul abrem-se mais dois portais

ogivais, com decoração muito arcaica, estas

fachadas conservam ainda muitos cachorros. .

O interior é iluminado por várias frestas, três

das quais na capela-mor, estas conjugadas com

uma janela ogival. O arco triunfal é um largo vão

ogival, com uma arquivolta denteada. Na parede

fundeira. Destacam-se, ainda os vestígios do

retábulo do altar-mor, em talha, inteiramente

saqueado. Numa coluna da nave pode ver-se o

escudo das quinas, tendo como tenentes dois anjos

alados37.

37

Cfr. http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Ermelo

http://www.baiao-digital.com/turismo/patrimonio/igreja-de-ermelo/

Fig.180 – Convento de Ermelo

Fig.179 – Igreja do Convento de Ermelo

Page 76: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

7.14. Museus

7.14.1. Museu Municipal Amadeo Souza

Cardoso38

O Museu Amadeo de Souza Cardoso,

instalado no Convento Dominicano de S.Gonçalo,

foi fundado em 1947, por Albano Sardoeira,

tendendo reunir materiais respeitantes à história

local.

Este tem como principal objectivo divulgar a

Arte dos séculos XIX e XX, exposições

temporárias, temáticas, ou monográficas, que se

servem de agregado ás colecções oficiais ou

mostram obras de artistas.

O Museu dispõe dos espaços da sala

polivalente/mini-galeria para pequenas exposições

(de desenho, fotografia, vídeo, design…) e da sala

de exposições temporárias.

Colecções

Uma vez que o Museu Amadeo de Sousa

quer manter uma lembrança do núcleo inicial e das

respectivas colecções tem que prosseguir com a

38

Morada: Museu Municipal Amadeo de Souza Cardoso Alamedo 4600 Amarante. Horário: De Terça a

Domingo das 10h às 12h30m e das 14h às 17h30m. Encerra às Segundas-feiras, Dias-Santos e Feriados. Contactos: 255 43 20 06 E-mail: [email protected]

Page 77: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

sua principal vocação, a Arte Portuguesa Moderna

e Contemporânea, nomeadamente a Pintura e a

Escultura, tendo como principais referências

António Carneiro e Amadeo de Souza Cardoso. É

certo que o Museu procura responder ao

encadeamento das gerações de pintores e

escultores portugueses que, numa prática ambígua

ou nas rupturas, assumiram ou tentam assumir

também um projecto de modernidade39.

7.14.2. Museu Municipal de Baião

O Museu Municipal de Baião, localiza-se na

freguesia de Campelo, na Casa da Cultura. É

instituído por dois grupos, grupo de arqueologia e

grupo de etnografia, onde pretende expor de forma

metodológica os trabalhos arqueológicos realizados

nas Serras da Aboboreira e Castelo de Matos, que

abrangem o megalitismo, Sepulcros do Calcolítico

e da Idade do Bronze; Povoados do Neolítico à

Idade do Bronze; Idade do Ferro e Romanização;

Idade Média. Expõem-se, ainda os objectos mais

significantes destes tempos cronológicos, dirigindo-

se a informações gráficas que permitem

contextualizar esses objectos. Cada vitrina é

assistida de um painel onde figura sempre um

mapa e uma barra cronológica, para além de

39

Cfr.http://www.amarante.pt/museu/historia.php

Page 78: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

imagens de sítios e de um pequeno texto

explicativo que criam um fio condutor ao longo da

exposição sobre a evolução da ocupação humana

deste espaço geográfico ao longo dos tempos.

Salienta-se, ainda a inclusão nesta exposição de

uma maqueta didáctica das fases de construção de

um dólmen com 120 figurinhas humanas e de uma

outra maqueta em relevo da carta arqueológica do

Campo, acompanhada por réplicas dos principais

monumentos arqueológicos e históricos do

Concelho de Baião. No Grupo de Etnografia está

visível um conjunto de objectos tradicionais

relacionados com os trabalhos agrícolas, o trabalho

do linho e a confecção do pão40.

7.14.3Museu do Douro41

O museu do Douro está integrado na Região

do Douro que constitui, um património único, pela

sua história, diversidade e qualidade reconhecida

dos seus vinhos, por uma paisagem excepcional,

resultante de uma actividade humana secular na

criação e valorização económica da viticultura de

encosta.

40Cfr. http://www.baiao-digital.com/turismo/patrimonio/

41 Morada: Rua da Alegria 39 2º Peso da Régua 5050-256 Peso da Régua. Contactos: 254324320

Horário: Encerrado às Segundas. Terça a Domingo das 10 às 18 horas. Preços: 5€ (bilhete único, que dá acesso à exposição temporária e à exposição permanente do Museu do Douro); Seniores e estudantes - 50% de desconto; Famílias 4 €; Crianças até aos 12 anos, Amigos do Museu e grupos escolares - Grátis

Fig.181 - Museu do Douro

Page 79: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Este museu foi inaugurado em 1997 na

Régua, centro da região vinhateira.

O Museu do Douro visa promover a região

vitivinícola de importância fundamental e

classificada como Património Mundial. Para além

do edifício sede na Régua, o Museu do Douro inclui

também um Núcleo do Pão e do Vinho (Favaios),

Núcleo da Gastronomia (Lamego), Núcleo do

Caminho de Ferro (Barca de Alva), Núcleo da

Electricidade (Vila Real), Núcleo da Amêndoa (em

Vila Nova de Foz Côa), Núcleo do Arrais e da

Cereja (em Resende), Núcleo do Vinho (em São

João da Pesqueira), Núcleo da Seda (em Freixo de

Espada à Cinta), Núcleo do Somagre

(Muxagata,Vila Nova de Foz Côa), Núcleo de

Barqueiros (Mesão Frio) e Museu do Imaginário

(em Tabuaço)42.

7.14.4. Museu de Lamego43

O museu de Lamego localiza-se no centro

histórico da cidade de Lamego, no antigo Paço

Episcopal. Este edifício foi construído na segunda

metade do século XVIII, por D. Manuel de

Vasconcelos Pereira, Bispo de Lamego. Hoje em

42

Cfr. http://www.lifecooler.com/Portugal/patrimonio/MuseudoDouro

43 Morada: Rua de Camões 5100 Lamego. Contactos: (+351) 254.600.230 Horário: Terça a domingo, 10

às 12.30 e 14 às 17 horas. Entrada: 2 euros.

Fig.182 - Interior do Museu

Fig.183 - Interior do Museu

Fig.184 - Bar no Museu

Fig.185 - Exterior do Museu de

Lamego

Page 80: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

dia, o Museu de Lamego é uma importante

referência para as Artes e o Património no

panorama regional, nacional, e até mesmo

internacional, dado que a qualidade e a

singularidade de algumas das obras de arte de

exposição permanente, merecem especial

referência ás cinco tábuas de Vasco Fernandes

(Grão Vasco), que faziam parte do retábulo de vinte

tábuas da Sé de Lamego.

Colecções e Património

O património do museu é misto, incluindo um

espólio variado que assenta na colecção primitiva

de mobiliário, tapeçaria, escultura e pintura, que já

se encontrava no Paço. Após a constituição do

Museu foi complementado com ourivesaria,

paramentaria, capelas e respectivas esculturas

originárias do

extinto Convento das Chagas de Lamego, de rico

valor artístico e iconográfico. A Câmara Municipal e

diversos particulares acrescentaram-lhe o acervo

arqueológico.

As peças da colecção são na sua maioria do

século XVIII, embora abranjam um largo período

que vai do século I aos nossos dias, com destaque

para o período renascentista, sendo as tapeçarias

flamengas, os panos de armar e a pintura de Vasco

Fernandes os ex-líbris.

Um conjunto de dois panos de armar forma

uma tapeçaria intitulada «A Música», já requisitada

Fig.186 - Interior do Museu

Fig.187- Exterior do Museu

Fig.188 - Pátio exterior do Museu

Page 81: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

para exposições no estrangeiro. Um dos panos

representa a música e outro a dança.

Tapeçarias flamengas

As obras flamengas de tapeçarias são

quatro painéis feitos em lã e seda. Os seus

desenhos são atribuídos ao tecelão Bernard Van

Orley e à sua oficina de Bruxelas, criada entre 1525

e 1535 44.

7.14.5. Museu de Resende45

O Museu Municipal de Resende está

instalado no edifício da antiga cadeia, dos anos 30,

do município e em 2003 foi mandado reconstruir e

ampliar pelo actual executivo camarário.

O edifício do Museu Municipal de Resende,

descreve um estilo arquitectónico contemporâneo,

em contraste com o edifício existente,

evidenciando-se claramente as diferentes épocas

de construção.

44

Cfr.http://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_de_Lamego#Colec.C3.A7.C3.B5es_e_patrim.C3.B3nio

45 Horário: Terça a Sexta-Feira, das 9:00 às 12:30 horas e das 14:00 às 17:30; Sábados e Domingos

das 10:00 às 12:30 horas e das 14:00 às 17:00 horas. Contacto: 254 877 200.

Page 82: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Apesar dos seus traços arquitectónicos e

características funcionais, o edifício ainda mantém

a fachada principal em cantaria e as molduras em

pedra dos vãos das janelas, bem como os

respectivos gradeamentos, conferindo ao conjunto

a “dignidade” do desenho e do seu carácter

público.

Os espaços do Museu Municipal

desenvolvem-se em torno de um pátio funcional

interior com funções de área de estar/lazer,

arejamento e iluminação natural dos espaços que

lhe são contíguos.

O edifício assume ainda um carácter

polivalente e flexível nas diferentes valências:

áreas de exposição permanentes e temporárias,

auditório, áreas administrativas e de apoio,

espaços multiusos e áreas oficinais.

Existe também um espólio etnográfico, que

caracteriza os usos e costumes da nossa região,

assim como, o núcleo arqueológico, composto por

um conjunto de materiais desde a pré-história aos

nossos dias.

Contudo, visite ainda a sala de exposição

permanente de “Edgar Cardoso, Pontes no

Douro”o mais ilustre engenheiro dos laços afectivos

com Resende e o Douro46.

46Cfr. http://www.cm-resende.pt/2975

Page 83: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

7.14.6. Museu Serpa Pinto47

O Museu Municipal Serpa Pinto, situado na

sede do município de Cinfães, foi inaugurado no

dia 20 de Abril de 2000, tendo-lhe sido atribuída

esta designação em homenagem ao ilustre militar,

explorador e governador colonial que foi Serpa

Pinto, natural da Freguesia de Tendais deste

Concelho.

Está em exposição permanente o espólio

arqueológico do museu. Na sala de exposições

temporárias são apresentados trabalhos de artes

plásticas de diversos artistas. O museu tem ainda

disponível um espaço destinado à dinamização e

divulgação turística, promovendo periodicamente

eventos de carácter educativo48.

47

Morada: Rua Dr. Flávio Resende 4690 – Cinfães. Horário: De terça a sexta das 10:00h - 13:30h e das

14:00h - 17:00h, Sábados e feriados das 13:30h - 17:00h Contactos: 255 560 560 Mail: [email protected]

48 Cfr.http://www.amoviseu.com/index.php?/O-que-Visitar/20090828163/museu-serpa-pinto-

cinfaes.html

Fig.189 - Exterior do Museu

Fig.199 - Peças arqueológicas do Museu

Page 84: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

7.15. Pelourinho da Teixeira

O pelourinho da Teixeira, situado na

freguesia de Teixeira, concelho de Baião, está

classificado como um imóvel de interesse público,

pois assinala o antigo concelho da Teixeira, que

teve como foral D. Manuel em 17 de Julho de 1514.

Ergue-se sobre quatro degraus, apresentando uma

base de secção quadrada e fuste cilíndrico, liso,

com anel a meio. Termina num capitel de secção

quadrada e num tabuleiro que suporta o duplo

colunelo de remate49.

49

Cfr. http://pelourinhos.blogs.sapo.pt/59002.html

Fig.200 - Pelourinho da Teixeira

Page 85: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

8. Casas de Turismo de Habitação

8.1. Casa da Cochêca

A casa da Cochêca, situa-se na freguesia de

Mesquinhata do concelho de Baião e distrito do

Porto. Esta localiza-se próximo do Rio Douro e

dista de 12 km da cidade de Marco de Canaveses,

14 km do centro da vila de Baião, 30 km da

Amarante, 40 km da Régua, 50 km de Lamego e

Guimarães, 60 km do Porto e 145 da fronteira de

chaves.

O aeroporto mais perto é o de Francisco Sá

Carneiro no Porto, que fica a 75 km. As

acessibilidades para esta casa são a auto-estrada

quer venha do Norte, do Litoral, do Sul, ou de

Espanha.

Esta casa está implantada num pequeno e

sossegado vale agrícola, onde atravessa a linha de

comboio, que foi centro de uma antiga e vasta

propriedade. Ainda hoje existe cerca de 60

hectares, onde predominam as vinhas e os antigos

laranjais (produtos característicos da região),

envolvidos por matas e florestas.

A casa da Cochêca é de uma construção

muito antiga, aforada pelo convento de Salzedas

em 1567.

A sua feição actual, barroca com influência

de Nazoni, resultou num alçado principal, que

Fig.204 – Vista lateral da Casa da Cochêca

Fig.205 – Um dos Quartos da Casa

Fig. 202 – Vista panorâmica

Fig.203 – Vista frontal

Fig.201 - Localização da Casa

Page 86: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

acaba por incorporar a capela da Nossa Senhora

da Piedade, do século XVII.

Disponibiliza ainda, de aquecimento central,

três quartos duplos com casa de banho completa

privativa, cofre e secador de cabelo, sala reservada

aos hóspedes com televisão por satélite, VHS,

DVD, mini bar e mesa de jogo, sala de jantar “Á

Antiga”, zona reservada á família residente, piscina,

jardim e parque de estacionamento.

Além disso personaliza eventos para 40

pessoas no máximo, dispõe de bicicletas e

matraquilhos para uso dos hospedes, organiza

roteiros com o objectivo de aumentar o

conhecimento de quem os visita e faz reservas

para cruzeiros no Douro e para o comboio histórico

a vapor50 51.

50

Cfr. http://www.hoteis.pt/link:http://www.cocheca.com

51 Contactos: 255551174/932522522 Fax: 255551174 E-mail: [email protected]

Fig.206 - Sala de Jantar

Fig.207 – Sala

Fig.208 – Casa de banho

Page 87: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

8.2.Casa da Lavandeira

A Casa da Lavandeira no lugar de Penalva

(Ancede) está integrada numa quinta com cultura

de vinha e com uma vista sobre o Vale do Rio

Douro,

Trata-se de uma espaçosa vivenda com

feição arquitectónica indefinida, datada do século

XVIII e foi alvo de profunda reformulação em 1878.

A casa foi propriedade de figuras que se

distinguiram na vida política e social do concelho

de Baião, mas hoje é propriedade de Afonso Ilídio

da Mota e Silva Freire Themudo.

Esta dispõe de 3 quartos duplos, 4 quartos

de casal, piscina, adega, parque infantil,

aquecimento, sala de jogos, sala de festas, pesca,

jardim de uma área envolvente, preparada para

desfrutar de passeios a cavalo, privilegiando assim

o contacto com a natureza e com os diversos

animais da quinta, dos quais se destacam, os cães,

patos, faisões, cisnes e gansos.

A Casa da Lavandeira dista de 70 km do

aeroporto de Francisco Sá Carneiro, 2,5 km da

estação de comboios de Mosteirô e 2 km da

estação de autocarros52 53.

52

Cfr. http://www.lifecooler.com/Portugal/alojamento/CasadaLavandeira

Cfr. STOCKLER, Carla, SEMEDO, Alice, Roteiro Centro Interpretativo da vinha e do vinho do Mosteiro de Ancede, 2007

53 Contactos: 255551728/918882772 Fax: 255551008 E-mail: [email protected]

Fig.210 - Entrada da Casa

Fig.211 - Vista lateral

Fig.212 – Um dos quartos da Casa

Fig.213 - Cozinha

Fig.209 - Localização da Casa

Page 88: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

8.3. Quinta da Ermida

A Quinta da Ermida em santa Marinha do

Zêzere está situada a dois passos da estação da

linha férrea do Douro, estação da Ermida, que

desta casa tomou o seu nome. Esta também está

salientada pelas deslumbrantes paisagens sobre a

ribeira do Zêzere e do Douro.

Esta casa é uma das mais luxuosas do

concelho de Baião, e foi construída no século XIX

por António Camilo de Almeida Carvalho que tanto

no aspecto exterior como interior ornamentou

nitidamente rubricas e marcas do seu bom gosto.

A quinta da Ermida está cercada de jardins e

terrenos de cultivo e jardinagem, que ainda hoje é

possível encontrar este tipo de variedade

impressionante de arbustos e arvores exóticas que

conferem ao espaço um certo dinamismo de beleza

única.

Esta casa disponibiliza de10 quartos e um

diversificado conjunto de serviços, dos quais se

destacam, a piscina, bar, salão de jogos, percursos

pedestres pela quinta, cais para embarcações dos

clientes e aluguer de embarcações próprias5455.

54

Cfr.http://www.baixotamega.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=27524&catId=27514&cId=27529&pId=29771

Cfr. STOCKLER, Carla, SEMEDO, Alice, Roteiro Centro Interpretativo da vinha e do vinho do Mosteiro de Ancede, 2007

55 Contactos: 254881588 Fax: 254886023 E-mail: [email protected]

Fig.215 - Vista de Frente

Fig.216 - Capela

Fig.217 - Vista exterior

Fig.214 - Localização da Casa

Page 89: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

8.4. Quinta do Ervedal

A Quinta do Ervedal em Santa Marinha do

Zêzere fica implantada numa colina que

proporciona vistas panorâmicas sobre a paisagem

cénica do Douro e atraí os clientes que procuram o

retiro quotidiano.

A Casa do Ervedal, em tempos, foi um local

de apoio aos peregrinos de Santiago. Dele são

testemunhas as vieiras, conchas do peregrino,

talhadas nas pedras do portão da fonte e da

capela.

A Quinta do Ervedal é constituída por 3

edifícios, dos quais podemos destacar, a casa

senhorial, a casa dos caseiros e a biblioteca. Além

disso possuí vasta área de lazer apropriado para

passeios e incursões mais ou menos temerárias ao

Rio Teixeira, afluente do Douro, com açudes e

piscinas naturais.

Dispõe de oito quartos duplos, sala de

refeições, salas de convívio e de jogos, capela,

sala para reuniões dotada de equipamento

multimédia e sala para pequenos banquetes e

festas familiares.

Esta casa oferece a quem os visita uma

serie de serviços, tais como, aquecimento central,

ar condicionado, parque privativo, TV nos quartos,

sala de TV e jogos, oratório, piscina, jardins e

terreiros, aluguer de bicicletas e barcos de recreio

Fig.219 - Vista frontal

Fig.220 - Um dos quartos da Casa

Fig.221 - Sala de jantar da Casa

Fig.222 – Sala de Estar

Fig.223 – Piscina

Fig.218 - Localização da Casa

Page 90: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

com Sky, venda de artesanato, doçaria e vinho de

produção própria5657.

8.5. Quinta de Guimarães

A Casa de Guimarães, em Santa Marinha do

Zêzere, localiza-se na margem direita do Douro, na

qual podemos desfrutar de paisagens inteiramente

surpreendentes.

A Quinta de Guimarães é uma casa

solarenga, de estilo barroco, construída em 1720.

Este edifício está integrado numa quinta murada

com cerca de 40 hectares, dispersa com 6 hectares

de mata e 25 hectares de vinha, pertencente à

região dos vinhos verdes.

Esta casa disponibiliza de 6 quartos, TV nos

quartos, TV satélite, TV Cabo, Sala de TV e vídeo,

piscina, sala de jogos e ténis58.

56

Cfr.http://www.baixotamega.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=27524&catId=27514,32407&cId=27529&pId=29790

57 Contactos: 254882468/917562944 Fax: 254882468 E-mail: [email protected]

58Cfr. http://www.lifecooler.com/portugal/alojamento/QuintadeGuimaraes

Fig. 225 – Vista Frontal

Fig. 226 - Um dos Quartos da Casa

Fig.224 - Localização da Casa

Page 91: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

8.6. Quinta das Quintãs

A casa das Quintãs está implantada na zona

ribeirinha de Baião e dotada de uma riqueza natural

e paisagística por estar junto ao Douro.

Este solar fundado no inicio do século XX

(1904), foi reconstruído com o objectivo de

proporcionar condições de conforto e equipamento

de qualidade para adaptação ao Turismo de

Habitação.

A casa possui 3 quartos duplos twin, com 2

camas individuais e casa de banho privativa, 2

apartamentos T1, com quarto duplo, sofá-cama na

sala, kitchenette e casa de banho.

No interior da casa é possível encontrar

vários elementos de conforto, como por exemplo,

sala de jantar com varanda paisagística, onde são

servidos os pequenos-almoços, sala de estar onde

pode ver televisão, ler, jogar xadrez, dominó,

apreciar um bom vinho e gozar de momentos de

reflexões e oratórios.

No exterior pode ter contacto com os vários

animais da quinta , apanhar banhos de sol,

desfrutar da piscina, efectuar percursos pedestres

ou de bicicleta nos 30 hectares de pomares, vinhas

e mata.

A Quinta das Quintãs disponibiliza, ainda, de

aquecimento central, ar condicionado, parque

privado, pequeno almoço, TV nos quartos, sala de

TV e jogos, oratório, piscina, jardins, terreiros,

aluguer de bicicletas, barcos de recreio com Sky,

Fig. 229 – Interior da Casa

Fig. 230 – Sala da Estar

Fig.232 – Paisagem que se pode

observar a partir da Casa

Fig. 231 – Peças expositivas

Fig.227 - Localização da Casa

Fig. 228 – Entrada Princial

Page 92: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

venda de artesanato, doçaria e vinhos de produção

própria59 60.

59

STOCKLER, Carla, Encontros culturais do Baixo Tâmega.

60 Contactos: 254882269 Fax: 229408164 E-mail: [email protected]

Page 93: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

9. Casas de Turismo Rural

9.1. Casas das Feitorias

A Casa das Feitorias localizada na freguesia

de Tresouras, e datada do século XVIII está

inserida numa extensa propriedade vitícola da

Região Duriense, onde se produz e engarrafa o

vinho da Casta Avesso, comercializado com a

marca “Casa da Cancela”.

Esta casa encontra-se rodeada por um solar,

uma capela, um jardim e pelas magníficas

paisagens de encosta recoberta de vinhedos

banhados pelos rios Douro e Teixeira.

Além disso, existe a possibilidade de realizar

percursos pedestres, pesca, fruição de praias

fluviais, visitas ao património histórico, artesanal, e

gastronómico ancestral da Região.

A casa das Feitorias, ainda, disponibiliza a

quem os visita, 4 quartos, actividades agrícolas,

animais admitidos, adega, aquecimento, sala de TV

e vídeo, bicicletas e zona de caça.

Dista de 6 km da estação de comboios, 7 km

da praia, 90 km do aeroporto Francisco Sá

Carneiro, no Porto, 4 km da estação de autocarros,

12 km do hospital, 4 km do posto de primeiros

socorros e 12 km das Termas6162.

61Cfr. http://www.lifecooler.com/Portugal/alojamento/CasadasFeitorias

Fig.233 - Localização da Casa

Page 94: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

9.2. Casa de Fundo de Vila

Esta propriedade de Turismo Rural,

implantada sobre a freguesia de Gestaçô é

identificada como uma casa senhorial do século

XVIII, na qual se destaca a capela oitocentista com

tectos e altar-mor pintados a óleo, com

confessionário antigo, paramentos e alfaias

litúrgicas.

O interior habitado pela família é decorado

de forma moderna e oferece a quem os visita um

ambiente rural.

A unidade hoteleira dispõe de 3 suites, 5

quartos, acesso para deficientes, animais

admitidos, actividades agrícolas, bar, biblioteca,

garagem, jardim, mini bar, TV nos quartos, sala de

estar privada, sala de jogos, ténis de mesa, cofre

para guardar valores na recepção, parque de

estacionamento, TV satélite/ TV Cabo, refeições,

sala de estar comum, sala de festas e sala de TV e

vídeo.

A pouca distância da casa pode ter acesso à

estação de comboios, estação de autocarros,

hospital/centro de saúde, restaurantes e posto de

primeiros socorros63 64.

62

Contactos: 254882690/918256347 E-mail: [email protected]

63 Cfr.http://www.lifecooler.com/portugal/alojamento/CasadeFundodeVila

64 Contactos: 254882160 Fax: 254321507

Fig.235- Vista frontal

Fig.237 – Cozinha

Fig.238 – Sala de Jantar

Fig.234 - Localização da Casa

Fig. 236 - Um dos Quartos da Casa

Page 95: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

9.3. Casa do Silvério

A casa do Silvério situada em pleno

ambiente rural de Santa Cruz do Douro, pertence á

Fundação Eça de Queirós e permite usufruir do

contacto com o Mundo Rural Queirosiano e da

pacatez envolvente dos vinhos da quinta.

A região, onde se enquadra esta casa antiga

de caseiros, rústica, totalmente remodelada e

equipada é rica em património histórico, cultural,

natural, gastronómico e ecológico, que promovem

extensas e diversas deambulações no espaço e no

tempo.

Esta unidade dispõe de 4 quartos com casa

de banho privativa, sala de estar comum com TV,

lareira, cozinha típica, sala de leitura, sistema

wireless, sala de reuniões/conferências, sala de

festas, kitchenette, artesanato, igreja/capela,

parque de estacionamento, jardim, adega, animais

admitidos e actividades agrícolas65 66.

65

Cfr. http://www.lifecooler.com/Portugal/alojamento/CasadoSilverio

66 Contactos: 254 882 120 - 254 885 231

Fig. 240 – Vista Principal

Fig. 241 – Uma das Vistas Lateral

Fig.242 – Um dos Quartos

Fig.239 - Localização da Casa

Page 96: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

9.4. Casa de Viombra

A casa de Viombra trata-se de uma casa

rústica em pedra, localizada na freguesia de

Ancede, mais precisamente no meio de uma quinta

com cerca de 100 há, isolada de ruídos e com

privacidade total, próxima do estuário da barragem

de Carrapatelo.

É possível realizar passeios culturais num

raio de 30 km, com o objectivo de visitar os

principais monumentos pré-históricos e romanos da

região.

Quem visita esta casa também se pode

deliciar pela excelência da gastronomia local e

inigualáveis vinhos verdes da região.

A casa de Viombra disponibiliza aos

visitantes 3 quartos, acesso para deficientes,

actividades agrícolas, animais admitidos,

artesanato, jardins, parque de estacionamento,

zona de caça, pesca, bicicletas, kitchenette e sala

de TV e vídeo.

Dista de 2 km da estação de autocarros, 6

km da estação de comboios e 60 km do aeroporto

Francisco Sá Carneiro, no Porto67 68.

67

Cfr.http://www.lifecooler.com/edicoes/lifecooler/desenvRegArtigo.asp?reg=378960&funcao=t

opico&tipos=4

68 Contactos: 258742129 Fax: 258742130 E-mail: [email protected]

Fig.244 - Casa de Viombra

Fig.245 – Vista lateral.

Fig.246 - Fonte

Fig.243 - Localização da Casa

Page 97: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

9.5. Casarão

O casarão fica localizado numa zona que era

atravessada por um dos mais antigos “Caminhos

de Santiago”, em Santa Marinha do Zêzere.

Datada do século XIX e a curta distância de

Tormes, o casarão é embelezado pela bela

paisagem descrita no romance “A Cidade e as

Serras”, de Eça de Queirós.

Além os acessos pela A4 (Vila Real) e pela

nacional para Mesão Frio, esta casa diverge de 90

km do aeroporto, 3 km da adega, 5 km da estação

de comboios, 5 km da zona de pesca, 20 km do

casino, 15 metros do posto de primeiros socorros,

20 km do hospital, 500 metros da zona de caça e

18 km de Tormes. O casarão dispõe de 5 quartos

com ar condicionado, TV satélite/TV Cabo,

biblioteca, jardim, piscina, sala de festas, animais

não admitidos, parque de estacionamento, piscina

infantil, sala de leitura, sala de estar comum e sala

de TV e Vídeo69 70.

69

Cfr. http://www.lifecooler.com/portugal/alojamento/OCasarao

70 Contactos: 254882177 Fax: 254888151 E-mail: o-casarã[email protected]

Fig248 – Entrada Principal

Fig 249 – Fonte

Fig250– Piscina

Fig.247 - Localização da Casa

Page 98: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

9.6. Casa da Torre

A casa da Torre, em Porto Manso, é uma

casa agrícola familiar, muito bem servida a nível de

acessos rodoviários, caminho-de-ferro e acessos

fluviais que são essencialmente procurados por

todos os turistas que querem conhecer o vale do

Douro.

A actividade do Turismo Rural iniciou-se em

1992, com a adaptação da “Casa do Laranjal”,

integrada na área dos pomares de citrinos e vinha

envolvente a 30 metros da casa da Torre.

Actualmente, esta casa, possui no 1º piso, 3

quartos com 2 WC, sala com fogão a lenha,

kitchenette e um jardim á volta da casa. No rés-do-

chão tem uma sala de jogos.

Em 1999, foi adaptada uma segunda casa

“Casa da Garagem”, situada a cerca de 150 metros

da casa principal.

A casa da Garagem datada do início do

século XX é de construção granítica e actualmente

passou a ter disponíveis 2 quartos duplos com WC,

cozinha completa, sala com sofá-cama de casal,

TV com satélite e um jardim envolvente.

Mais tarde, em 2001 e 2002, foram

construídas mais duas casas, a “Casa da Calçada”

e a “Casa da Eira”.

A Casa da Calçada localizada junto à

calçada romana que segue até ao castro de Porto

Manso.

Fig 252 – Vista Principal

Fig 253 – Vista Lateral

Fig 254 – Casa da Garagem

Fig 255 – Casa da Eira

Fig 256 – Eira

Fig.251 - Localização da Casa

Page 99: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Ultimamente, a casa tem 1 quarto duplo com

WC no piso inferior, uma sala com kitchenette e um

jardim envolvente no andar de cima.

A casa da Eira implantada entre a casa da

Calçada e a da Torre, da qual dista menos de 100

metros e disponibiliza de 1 quarto com WC

completa, sala comum com kitchenette, lareira e TV

com satélite no piso inferior, outro quarto com WC

e acesso ao espigueiro que passou a ser um

verdadeiro miradouro privilegiado sobre o Rio

Douro no 1ºandar.

Contudo, foi construída uma piscina com

vista panorâmica, do tipo rasante, num campo

abaixo do nível da Casa da Eira.

A casa da Torre, após as adaptações

concretizadas tem disponível para o turismo rural

as quatro casas, com um total de 8 quartos, que

permitem uma ocupação máxima de 20/22

pessoas.

Em todas as casas está disponível um

dossier com as várias informações que os

proprietários julgam ser úteis para quem os

visita7172.

71

Cfr. http://www.lifecooler.com/Portugal/alojamento/CasadoLaranjal

72 Contactos: 255551232/919711353 Fax: 255551232 E-mail: [email protected]

Fig 257 – Casa do Laranjal

Fig 258 – Casa da Calçada

Fig 259 – Calçada Romana

Fig 260 – Piscina

Page 100: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

10. Casa de Campo

10.1. Casa dos Pousadouros

A Casa dos Pousadouros, situada em Santa

Cruz do Douro, no lugar do Laranjal, é uma Casa

de Campo implantada na margem do Rio Douro.

Esta Casa disponibiliza de quatro Casas de

campo, das quais, Casa da Rocha, Casa das

Ruínas, Casa do Piloto e Casa Amarela, e ainda,

uma suite exterior.

A Casa da Rocha é um T2, no qual suporta

duas a quatro pessoas, e possui dois pisos, no qual

o piso 1 possui dois quartos com duas camas e

casa de banho comum. Enquanto que o piso 0

possui uma sala com salamandra, TV com LCD,

rádio e DVD, cozinha totalmente equipada,

máquina de café, toalhas para a piscina e varanda

privativa.

A Casa das Ruínas apresenta-se como um

T1+1 com capacidade para duas a quatro pessoas

e dispõe de uma suite com cama de casal, um

quarto com duas camas, casa de banho comum

situada na suite, sala com salamandra, TV LCD,

rádio e DVD, Kitchenette equipada com máquina

de café e por fim um terraço privativo.

A Casa do Piloto é um T3 com capacidade

para entre duas a seis pessoas, o piso 1 possui

uma suite com casa de banho, dois quartos com

Fig.261 - Entrada para a Casa dos

Pousadouros

Fig.262 - Casa

Fig.263 - Entrada

Page 101: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

duas camas e uma casa de banho comum. O piso

0 dispõe de uma sala com salamandra, TV LCD,

rádio e DVD, cozinha totalmente equipada e um

jardim privativo.

A Casa Amarela também é um T3, na qual

suporta um mínimo de duas pessoas e o máximo

de seis. Possui dois pisos, dos quais, o piso 1

dispõe de dois quartos com cama de casal, um

quarto com duas camas, duas casas de banho e

cozinha totalmente equipada e o piso 0 dispõe de

sala com salamandra, TV LCD, rádio e DVD,

máquina de café e toalhas para a piscina.

Por fim, a suite exterior possui um quarto

com cama de casal, casa de banho, TV LCD, rádio

e DVD, e toalhas para a piscina73.

73

Cfr.http://www.wonderfulland.com/wonder2006/sleep/pousadouro/indexhouse.htm#acommoda

tions

Page 102: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

11. Hotel Douro Palace Resort &

SPA

O Hotel Douro Palace Resort & SPA é um

hotel de 4 estrelas, situado em Santa Cruz do

Douro no lugar de Carrapatelo. Este luxuoso hotel

proporciona uma vista deslumbrante sobre o Rio

Douro. Somente a uma pequena distância de

automóvel da Estação Ferroviária de Aregos,

poderá usufruir do cais e da paisagem magnífica

que este espaço oferece.

Este hotel possui 60 quartos, dos quais 36

twin, 23 duplos e uma suite, sendo um destes com

facilidades para pessoas com mobilidade reduzida.

Todos os quartos são usufruídos por uma

encantadora vista sobre o Douro e dispõem de ar

condicionado, varanda, televisão por satélite, mini-

bar, cofre, secador de cabelo e roupão.

O Douro Palace SPA oferece a possibilidade

de aquisição de diversos programas e tratamentos

de SPA, dos quais, massagens, esfoliações,

envolvimentos faciais, duche vichy, banhos,

bronzeamento, depilações e programas para

momentos especiais. O SPA dispõe ainda de uma

Zona de relaxamento onde possui a piscina com

jactos de correntes, sauna e hamman (banho

turco).

O hotel contém ainda 4 salas polivalentes,

com luz natural, onde se poderá realizar, reuniões,

conferências, exposições, banquetes, casamentos

e outro tipo de eventos.

Fig 265 – Vista Exterior do Hotel

Fig 266 – Suite

Fig 267 – Retaurante “Eça”

Fig 268 – Cadeiras do Spa

Fig.264 - Localização da Casa

Page 103: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Quanto à parte de restauração, o hotel

possui um restaurante, designado de “Restaurante

Eça”, situado no piso 4, com capacidade para 80

pessoas.Este restaurante oferece uma

variadíssima gastronomia regional requintada e

poderá ainda desfrutar de um fabuloso pequeno-

almoço Buffet.

Neste Hotel existem 3 bares, o Bar Tertúlia

no piso 5, o Bar São João, no piso 3 e o Bar da

Eira junto á piscina. O Bar Tertúlia desfruta de

bebidas nacionais e internacionais e ainda um

serviço de snacks. No Bar São João para além de

desfrutar de bebidas, existe também a

oportunidade de conviver com os amigos e família

enquanto joga snooker. Por último, o Bar da Eira

funciona sempre que o clima o permite e usufruirá

também de bebidas e do serviço de snacks.

Por fim, o Hotel Douro Palace Resort & SPA

oferece uma piscina exterior para adultos e

crianças, um centro hípico nas mediações, áreas

de passeios pedonais, dois hectares de vinha e

área de floresta protegida7475.

74

Cfr. http://www.douropalace.com/index.php

75 Contactos: 254 880 000 Fax: 254 880 008 E-mail: [email protected]

Fig 269 – Bar Exterior

Fig270 - Sala de Estar

Fig 272 – Piscinas do Hotel

Fig.271 - Bar

Page 104: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

12. Gastronomia

A Gastronomia do Concelho de Baião é

reconhecida pelas suas variadíssimas

especialidades, das quais se destacam Arroz de

forno com anho assado, Bazulaque ou Verde,

Cozido à Portuguesa, Posta de Vitela Arouquesa e

o Caldo Verde.

Quanto às doçarias, Baião, disponibiliza e

oferece o tradicional doce da Teixeira, as cavacas

de Mesquinhata e o Bolo da Prima.

E para acompanhar toda esta gastronomia

aprazível, existe o vinho Verde Branco da Casta

Avesso, que diversos produtores cultivam como

uma verdadeira arte do concelho.

Além disto, o concelho de Baião, também é

famoso pela qualidade das suas carnes,

nomeadamente, o tradicional fumeiro da região.

Todas estas especiarias são demonstradas

pelos diversos restaurantes do concelho, tal como

mostra o quadro e o mapa a seguir76.

76

Cfr.http://pt.wikipedia.org/wiki/Bai%C3%A3o_(Portugal)

Cfr.http://www.baiao-digital.com/turismo/gastronomia/

Page 105: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Nome

Localização Restaurante Taberna Snack -

Bar Prato Típico Contactos

O Almocreve Portela do Gôve/Gôve

X Peixe: Bacalhau à Almocreve Carne: Anho assado com arroz no forno;

255551226

Borges Campelo X

Peixe: Bacalhau assado no forno à moda com batatas a murro; Carne: Anho assado no forno de lenha sobre arroz de alguidar;

255541322

Barriga Farta Ermida/Santa Marinha do

Zêzere

X

Peixe: Bacalhau assado no forno com puré; Carne: Anho assado no forno de lenha sobre arroz de alguidar;

254888103 254888104

O Camponês Sarnado/Santa

Marinha do Zêzere

X Peixe: Bacalhau assado no forno com puré; Carne: Anho assado no forno;

254881318

Estalagem de Porto Antigo Porto Antigo

X Peixe: Bacalhau á Porto Antigo; Carne: Cabrito no Forno;

255560150

Restaurante Eça Hotel Douro Palace

Resort & SPA Carrapatelo/Santa Cruz do Douro X

Peixe: Bacalhau azeitado com batatas a murro; Carne: Anho (Cabrito) assado no forno a lenha;

254880000 254880008

A Flor de Baião Campelo X Carne: Anho assado; 255542424

Fonte Nova Campelo X Grelhados; 255541257

O Famoso Ancede X Carne: Anho assado; 255552776

O Vasconcelos Eiriz/Ancede

X Peixe: Bacalhau à Lagareiro; Carne: Bife de Vitela e Costeletão na brasa; 919315427

A Tapada Portela do Gôve/Gôve

X Carne: Anho assado com arroz no forno; Peixe: Bacalhau assado com puré;

O Assador da Vila Campelo X

Carne: Anho assado com arroz no forno; Peixe: Bacalhau assado com puré; 255541305

Avô Salvador Tapada/Campelo

X Carne: Anho assado com arroz no forno; Peixe: Bacalhau assado com puré;

O Cruzeiro X Carne: Anho assado; 254882716

Casa do Lavrador Santa Cruz do

Douro / Lugar do Martirio

X

Carne: Arroz de feijão com moira; Anho assado no forno de lenha; Peixe: Bacalhau na brasa com batatas a murro;

254885143 934568097

Princesa do Zêzere Santa Marinha X Pizzas e outros pratos de cozinha Italiana;

Adega da Quinta das Susandas

Tresouras Peixe: Bacalhau à Adega; Carne: Anho assado com arroz a forno de lenha;

O Pinto Baião / Campelo X Carne: Anho assado com arroz no forno;

255542609

Pizzaria Primavera Campelo /

Tapada X Carne: Anho assado; 255542895

12.1. Restauração

Page 106: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

1

2 3

4

5 6

7

9

10 11 12

13

14 15

8

16

17 18

19 22

20 21

23

1. Churrasqueira da Azenha 2. Famoso 3. Vasconcelos 4. Brasão 5. Almocreve 6. Tapada 7. Lavrador 8. Hotel 9. Fonte Nova 10. Borges 11. Assador da Vila 12. Avô Salvador 13. Flor de Baião 14. Pizzaria Primavera 15. O Pinto 16. Retiro das Noveleiras 17. Monte Rebel 18. Novo Sol 19. Cruzeiro 20. Ideal 21. Barriga Farta 22. Princesa do Zêzere 23. Camponês

N

12.2. Mapa 3- Restauração

Page 107: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

13. Vinhos

Os vinhos de Baião, fabricados

particularmente nas encostas voltadas ao Douro, são

conhecidos desde a Idade Média, possibilitando-lhes

assim a entrada nos circuitos comerciais.

A sua qualidade justifica a inclusão na

primeira demarcação da Região do Douro, sendo

estes aconselhados para vinho de mesa.

Os processos de elaboração tradicional

alteram-se, mas os vinhos da região demarcada dos

vinhos verdes mantêm-se tendo sido reconhecidos

em finais do século XX com a criação da sub-região

de Baião. O vinho verde é uma mistura de aromas e

sabores, leve, aromático, medianamente alcoólico e

de óptimas propriedades digestivas. Este destaca-se

pela sua frescura, sendo um vinho muito apetitoso,

especialmente na época quente.

Baião é uma sub-região da região demarcada

dos vinhos verdes, em que se integram com os

concelhos de Cinfães e Resende.

O concelho de Baião faz fronteira com a

região demarcada do Douro, situa-se no interior da

demarcação dos vinhos verdes e é caracterizado por

um clima menos temperado, com invernos mais

frios, menos chuvosos e meses de verão mais secos

e quentes. Estas condições favorecem o

amadurecimento das castas de maturação mais

tardia e com maiores exigências de calor no final do

ciclo.

Fig.274 - Vides

Fig.275 - Videira com uvas

Fig.276 - Vinha no Douro

Fig.273 - Vinha

Page 108: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Produtor Localização Marcas

Tipos de Vinho

Doc. Reserva

Visitas Contactos Vinho Verde

Branco

Vinho Verde Tinto

Maduro Rosé Palhete Transição

Adega Cooperativa

de Baião

Rua de Quintelo Gove

– Baião D. Arnaldo x

x

255551266

Casa da Cancela

Tresouras Casa da Cancela x

Sim 918256347 918813969

Casa das Corujeiras

Sta. Marinha do Zêzere

Vinho das Corujeiras

x Sim

255542092

Vinho do Mestre x

Casa das Hortas

Valadares

Portal das Hortas x

Sim

918641774 932201112

D. Arnaldo x

Cabeça de Gaio x

Foral de Baião x x

Casa de Lage Sta. Leocádia Gilvaz x

Sim 917297960 936320085

Casa da Mó Viariz Navarroz x

Sim 963926325 965678958 Espumante x x

Fundação de Eça de Queiros

Sta. Cruz do Douro

Tormes x

Sim 254882120 254885231

Quinta das Beiredos

Sta. Cruz do Douro

Quinta de Beiredos

x

Sim 918755815 917512251

Quinta do Ferro

Gestaçô

Espumante Quinta do Ferro

Bruto Branco x

Sim

254881975

Espumante D. Ferro Rose Bruto

x

Espumante D.Ferro super suberbo 2005 Bruto Branco

X

D.Ferro Avesso x

D.Ferro Arnito x

Verde Ferro x

D.Ferro Rose x

Quinta da Quebrada

Gestaçô

Vale de Gestaçô x

Sim

254883199

Vale de Pedrinhas x

Contratempo x

Quinta das Quintãs

Covelas Vinha do Rochão

Sim 254882269

Soc. Agrícola Encosta de

Aregos Sta. Marinha do

Zêzere

Entre Margens x

Sim

916626531

Quinta de Porto Ferrado

Sta. Cruz do Douro

Vinho do Porto Ferrado

x

Sim 254885322

Encosta de Aregos

Sta. Cruz do Douro

Encosta de Aregos x

Sim 966388227 Pipos de Madeira x

13.1. Principais Produtores Vitivinícolas

Page 109: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

1. Adega Cooperativa de Baião 2. Casa da Lage 3. Casa da Mó 4. Casa das Hortas 5. Quinta do Ferro 6. Quinta da Quebrada 7. Casa da Cancela 8. Casa das Corujeiras 9. Soc. Agr. Com. Encosta do

Zêzere 10. Quinta das Quintãs 11. Quinta da Covela 12. Encosta d’Aregos 13. Quinta de Porto Ferrado 14. Fundação Eça de Queirós 15. Quinta de Beiredos 16. Centro interpretativo da

vinha e do vinho

2

12

13

14

15

7

6

5

4

3

8

10

9 11

1

13.2. Mapa 4- Principais Produtores Vitivinícolas

16

Page 110: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

14. Conclusão

Julgamos, face ao atrás exposto, que o concelho de Baião apresenta

potencialidades inegáveis do ponto de vista da oferta turística para permitir

que este sector se transforme na alavanca promotora do desenvolvimento

económico do concelho. No entanto, estas potencialidades não se encontram

devidamente desenvolvidas constituindo, do ponto de vista estratégico, um

repositório de intenções a que é necessário dar corpo, como forma de as

concretizar; ou seja, muito está por fazer ao nível da programação e

divulgação turística do concelho face ao exterior.

Assim propomos uma série de linhas de acção que permitam o

aproveitamento das potencialidades existentes no concelho, assentes em

propostas

1. Desenvolvimento do Património

Baião é um território estrategicamente localizado entre o litoral e

interior do país, numa área durante muito tempo de difícil acesso o que

permitiu a manutenção de alguma “pureza” ao nível do seu património

humano e natural constituindo esse património, relativamente intocado, uma

das mais-valias turísticas que o concelho pode obter e, simultaneamente,

oferecer ao turista.

2. O Património Natural

As potencialidades naturais resultam da associação entre relevo, clima

e hidrografia que fazem com que este território seja influenciado por uma

variedade de climas que conferem uma identidade única potenciando a

diversidade ao nível da flora e da fauna características. Daqui resulta uma

originalidade patrimonial. De facto, o seu principal património, e primeiro a ser

reconhecido pelos sentidos, é o relevo montanhoso numa área de dimensão

reduzida onde coexistem diversos conjuntos montanhosos impressionantes

de formação e estrutura geológica variada, embora predomine o granito,

como sejam a Serra de Valadares, a Serra da Aboboreira e a Serra do Marão.

Page 111: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

A sua vegetação pouco densa mas na qual predominam os carvalhais -

alguns centenários – e outro tipo de vegetação rasteira e arbustiva que

enchem as serras de cores e odores tornam o concelho o local ideal para o

turista interessado na aventura e/ou no contacto com o ambiente, factores

ainda valorizados pela presença e traçado do Rio Douro que corre ao longo

do concelho.

Assim, seria importante a marcação/criação de percursos pedestres

assentes na combinação relevo-flora/fauna-Douro e consequente divulgação.

Eventualmente poderia ainda passar pela organização de provas de

orientação, modalidade em crescimento, especialmente junto aos jovens,

através da constituição de protocolos com a Federação portuguesa de

Orientação e, eventualmente com a organização de provas destinadas aos

alunos. Paralelamente poderia ser constituída uma prova de todo o terreno

atraindo o Automóvel Clube de Portugal.

3. O Património Humano

Se ao nível paisagístico o concelho apresenta grande diversidade e

riqueza, também ao nível do património humano Baião apresenta

potencialidades de grande valor especialmente por constituírem um

testemunho de diversas épocas, sendo possível programar e divulgar o

património humano e cultural a partir de três épocas históricas: a pré-história,

a época medieval e a era industrial novecentista.

O seu património pré-histórico e histórico disso é exemplo como o

atestam os inúmeros vestígios arqueológicos detectados na Serra da

Aboboreira onde facilmente se encontram castros, menires e mamoas. Seria

interessante, além da constituição de percursos culturais, a constituição de

um centro de estudos/interpretação aberta a investigadores de fora que

atraíssem ao concelho o turista académico, através da organização de

eventos para aí direccionados.

Do ponto de vista da época medieval temos diversos marcos como o

Mosteiro de Ancede, as ruínas do Castelo de Matos e várias igrejas e as

aldeias de Outoreça e Matos, assim como de um período mais tardio casas

senhoriais seculares.

Page 112: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Finalmente ao nível do período novecentista e de início do séc. XX

temos a linha de comboio do Douro, património de grande valor e muito pouco

explorado sendo interessante a constituição de estações-museu e a criação

de percursos turísticos guiados de visita ao Douro e a alguns dos seus locais

emblemáticos.

4. Infra-estruturas

As infra-estruturas existentes são insuficientes para satisfazer o turista

exigente que busca apoio na programação da sua actividade ou

conhecimento nas visitas efectuadas. Assim, seriam necessários mais Postos

de Turismo (por exemplo em Ancede e Santa Marinha do Zêzere)

apetrechados com pessoal treinado para apoiar o visitante em percursos

pelos monumentos pré-históricos, históricos e naturais. Numa primeira fase as

visitas poderiam ser por marcação, no entanto seria importante vincar que

essas visitas só teriam a ganhar se apoiados em percursos integrados que

possibilitassem um maior conhecimento do património concelhio ao visitante.

5. Hotelaria/restauração

A oferta existente direcciona-se essencialmente para um público-alvo assente

numa classe de maior poder de compra (Hotel Douro Palace Resort e Spa) e

de uma faixa etária situada acima dos trinta anos de idade. Assim, seria

importante atrair o turista mais jovem e com menor poder de compra mas

capaz de transmitir uma imagem dinâmica e jovial do turismo em Baião. Para

tal é necessário reactivar e divulgar a nível regional, nacional e internacional

(na vizinha Espanha e/ou em países de emigração tradicional baionense) o

parque campismo do Fojo, já que a Pousada da Juventude de Chavães será

suspensa para acolher as instalações do Agrupamento de Escolas de vale de

Ovil.

Paralelamente as feiras/semanas gastronómicas poderiam ser divulgadas de

forma mais ampla assim como criar uma feira para promoção da oferta

vitivinícola da região.

6. Rede

Page 113: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

Localizado na NUT III do Baixo Tâmega, o concelho de Baião é um

território de enorme potencial turístico em virtude das condições naturais de

que usufrui. Seria importante uma estratégia comum, concertada entre todos

os concelhos limítrofes que permitissem a divulgação, oferta e programação

turística concelhia, já que muito do património existente é transversal aos

concelhos e não conhece fronteiras.

Desta forma, seria possível desenvolver uma maior sensibilidade e

motivação para actividades e ofertas turísticas sustentadas na Região do

Douro, dando a conhecer potencialidades, programas e infra-estruturas

turísticas que se conectam com a matriz ambiental, cultural e patrimonial do

Douro e Regiões limítrofes.

Em função de um output turístico de grande valor económico e

regional, a marca Douro, vai permitir compreender a importância da

programação, organização e gestão turística a partir de valores turisticamente

sustentáveis.

Page 114: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

15. Bibliografia

Pacto para o desenvolvimento do entre Douro e Tâmega, RURALIDADE,

LAZER E CULTURA, Agência de Desenvolvimento Regional do Entre Douro e

Tâmega, s.l. 2001.

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Faculdade de letras da Universidade do Porto, [texto poli copiado], 82 págs.

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Repórter do Marão (Novembro 2009).

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exemplo das Bengalas de Gêstaço/Doce da Teixeira” in Prova de Aptidão

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FERREIRA, Marlene (2007) “Rancho Folclórico de Baião, Diálogo entre

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STOCKLER, Carla, SEMEDO, Alice, Roteiro Centro Interpretativo da vinha e

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FOREY, Pamela, FITZSIMONS, C., “Flores Silvestres”, Pequenos Guias da

Natureza, p.p 75, 97, 102 e 120.

LAMBERT, L, Pearson, A, “Aves Guia Prático para conhecer as aves da

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PIMENTA, Pedro, “Aves da Serra da Aboboreira” Abril 2002.

SILVA, Isabel (coord) “Dicionário Enciclopédico das Freguesias Braga - Porto

Viana do Castelo” 1º volume.

CHIMENTI, Silvia e TAVARES, Adriana “ Guia de Turismo” O

PROFISSIONAL E A PROFISSÃO (2007) Editora Senac São Paulo.

Page 116: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

16. Netgrafia

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Page 117: Contributos para um Guia Turístico do Concelho de Baião

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