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Página 1 de 26 CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 042/2011 NOME DA INSTITUIÇÃO: ELEKTRO – Eletricidade e Serviços S.A. AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL ATO REGULATÓRIO: Minuta de Resolução referente a Micro e Minigeração Distribuída de Fontes Incentivadas EMENTA: Altera a redação dos arts 2º, 73, 98, 104, 106, 119 e 164 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, insere o art. 3-A na Resolução Normativa nº 77, de 2004, e dá outras providências. 1- Introdução A abertura de uma audiência pública para tratar das questões relativas a micro e mini geração é muito oportuna. A evolução tecnológica recente, notadamente na geração fotovoltaica e eólica, proporcionou uma redução acentuada nos custos destas fontes que, associada ao apelo ambientalista e à necessidade de reduzir a dependência externa de energéticos, motivou inúmeros países a adotarem políticas de incentivos a instalação desse tipo de geração. Como seria de se esperar, já surgem iniciativas de alguns fabricantes e de empreendedores no sentido de instalar equipamentos dessa natureza. No caso da Elektro, já tivemos um caso detectado de um cliente que fez a ligação de painel solar a revelia da concessionária, o que somente foi detectado quando a medição do consumo mensal do cliente foi negativa. Embora ainda incipiente, é razoável esperar que nos próximos anos essa tendência seja acentuada, razão suficiente para que o regulador procure se antecipar e promova os regulamentos necessários. 2- Subsídio a mini e micro geração. O Sistema de Compensação de Energia corresponde a um forte subsídio no que diz respeito ao uso do sistema, mesmo quando o consumo se verifica no mesmo ponto em que é produzida a energia elétrica. Embora isso ocorra em todos os casos, isso é particularmente evidente no caso de painéis fotovoltaicos, pois a produção de energia se dará em momento distinto da ponta de consumo do sistema e, no caso de um cliente residencial, do máximo consumo da própria unidade consumidora. Ressalte-se que, nesses casos, apesar da geração ser distribuída, não proporciona qualquer economia de rede. Entendemos que o parágrafo 1º do Art. 26 da Lei nº 9.427 dá o conforto necessário à ANEEL para estabelecer o citado subsídio. Entretanto, é indispensável que sejam previstas as devidas compensações tarifárias, de forma a preservar o equilíbrio econômico-financeiro das concessionárias de distribuição. A constatação de que, a realidade atual é de uma participação marginal dessas fontes de energia, sem impacto relevante na receita das concessionárias, não é permanente. Esse quadro pode se alterar nos anos vindouros, sendo essencial que o regulamento já contenha as devidas compensações. Adicionalmente, na hipótese da disseminação dessas fontes de energia, há também o risco associado à obrigação da concessionária de contratar 100% das suas necessidades de energia, pois poderá acarretar sobras expressivas, além do limite de 3% passível de repasse tarifário.

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CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 042/2011

NOME DA INSTITUIÇÃO: ELEKTRO – Eletricidade e Serviços S.A.

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL

ATO REGULATÓRIO: Minuta de Resolução referente a Micro e Minigeração Distribuída de Fontes Incentivadas

EMENTA: Altera a redação dos arts 2º, 73, 98, 104, 106, 119 e 164 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, insere o art. 3-A na Resolução Normativa nº 77, de 2004, e dá outras providências.

1- Introdução

A abertura de uma audiência pública para tratar das questões relativas a micro e mini geração é muito oportuna. A evolução tecnológica recente, notadamente na geração fotovoltaica e eólica, proporcionou uma redução acentuada nos custos destas fontes que, associada ao apelo ambientalista e à necessidade de reduzir a dependência externa de energéticos, motivou inúmeros países a adotarem políticas de incentivos a instalação desse tipo de geração. Como seria de se esperar, já surgem iniciativas de alguns fabricantes e de empreendedores no sentido de instalar equipamentos dessa natureza. No caso da Elektro, já tivemos um caso detectado de um cliente que fez a ligação de painel solar a revelia da concessionária, o que somente foi detectado quando a medição do consumo mensal do cliente foi negativa. Embora ainda incipiente, é razoável esperar que nos próximos anos essa tendência seja acentuada, razão suficiente para que o regulador procure se antecipar e promova os regulamentos necessários.

2- Subsídio a mini e micro geração. O Sistema de Compensação de Energia corresponde a um forte subsídio no que diz respeito ao uso do sistema, mesmo quando o consumo se verifica no mesmo ponto em que é produzida a energia elétrica. Embora isso ocorra em todos os casos, isso é particularmente evidente no caso de painéis fotovoltaicos, pois a produção de energia se dará em momento distinto da ponta de consumo do sistema e, no caso de um cliente residencial, do máximo consumo da própria unidade consumidora. Ressalte-se que, nesses casos, apesar da geração ser distribuída, não proporciona qualquer economia de rede. Entendemos que o parágrafo 1º do Art. 26 da Lei nº 9.427 dá o conforto necessário à ANEEL para estabelecer o citado subsídio. Entretanto, é indispensável que sejam previstas as devidas compensações tarifárias, de forma a preservar o equilíbrio econômico-financeiro das concessionárias de distribuição. A constatação de que, a realidade atual é de uma participação marginal dessas fontes de energia, sem impacto relevante na receita das concessionárias, não é permanente. Esse quadro pode se alterar nos anos vindouros, sendo essencial que o regulamento já contenha as devidas compensações. Adicionalmente, na hipótese da disseminação dessas fontes de energia, há também o risco associado à obrigação da concessionária de contratar 100% das suas necessidades de energia, pois poderá acarretar sobras expressivas, além do limite de 3% passível de repasse tarifário.

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3- Aspectos Técnicos A conexão de micro e minigeração às redes de distribuições implicam em alguns problemas técnicos importantes para as distribuidoras que precisam ser enfrentados e que não foram tratados com a devida profundidade pela Nota Técnica disponibilizada nesta Audiência Pública. As principais preocupações das concessionárias de distribuição dizem respeito a segurança dos eletricistas, da seletividade da atuação das proteções no isolamento de defeitos e nos impactos na operação das redes.

i. Segurança Para os trabalhos em “linha morta”, é essencial que todas as possíveis fontes de energia sejam devidamente isoladas para preservar a segurança dos eletricistas envolvidos. A NR10 prevê que exista “isolamento visível” em todas as fontes como uma das medidas de prevenção de acidentes. O regulamento proposto também previu a existência de elemento de desconexão. Isso vai obrigar não só a instalação de uma chave isoladora no ponto de entrega a esses clientes, como também o deslocamento das equipes até esses clientes para efetuar o isolamento e, ao final do serviço, retornar ao cliente para efetuar sua reconexão. Isso vai implicar em aumento do tempo de restabelecimento e degradação dos indicadores de qualidade, bem como aumento dos custos de O&M. Destacamos que a chave isoladora para baixa tensão, para instalação ao tempo, precisará ser desenvolvida, pois, salvo melhor juízo, não há oferta no mercado. No caso de trabalhos em linha viva, é necessário garantir que a proteção do cliente atue para defeitos na rede da concessionária, visando a segurança das equipes. Para atingir tal objetivo, pode ser necessária a instalação de proteções com maior grau de sofisticação, pois a contribuição da geração para o curto pode ser muito pequena. Destacamos que não basta a verificação do funcionamento dos equipamentos de proteção e anti-ilhamento no momento da instalação dos equipamentos, mas assegurar que os mesmos mantenham suas características de projeto durante todo o tempo em que estejam conectados a rede, o que demanda a estipulação de verificações e aferições periódicas.

ii. Seletividade da Proteção Os geradores conectados à rede de distribuição, principalmente os de maior potência (cerca de 1 MW) podem contribuir para faltas com correntes capazes de prejudicar a seletividade da proteção existente da rede da concessionária. Nesses casos pode ser necessária a substituição de religadores por modelos dotados de direcionalidade na proteção e esquema de bloqueio de religamento para o caso de presença de tensão no lado da carga. Além dos custos adicionais, pode haver prejuízo para a continuidade do serviço, em virtude do bloqueio de religamentos.

iii. Operação do sistema Com relação à operação do sistema, destacam-se duas questões: o controle de tensão e o bloqueio de religamento. O impacto provocado pr um gerador no controle de tensão da rede de distribuição vai depender da potência do gerador e da sua localização na rede. A conexão de geradores em alimentadores que alimentam cargas da mesma ordem de grandeza da potência do gerador pode acarretar em aumento muito significativo da excursão da tensão, devido às mudanças de fluxo ao longo do alimentador, em função dos períodos de carga e da produção do gerador. Nesses casos, a distribuidora será obrigada a instalação de equipamentos adicionais de controle de tensão e supervisionar, em tempo real, a produção da usina. Para evitar danos ao gerador no caso de religamento fora de sincronismo, a distribuidora terá que instalar sistemas adicionais para inibir o religamento caso se constate que o gerador não se desconectou no caso de desligamento do disjuntor do seu alimentador Deve ser dada especial atenção à funcionalidade de religamento automático existente no sistema elétrico das concessionárias, tanto das distribuidoras como transmissoras. Tal funcionalidade deve ser preservada de modo que se garanta pelo menos o desempenho atual de continuidade do serviço. Valores de 0,4 a 0,5 segundo são típicos do sistema na área da ELEKTRO. As discussões nos grupos de trabalho para adaptação das Normas IEC para inversores em andamento no âmbito do COBEI definiram que as proteções intrínsecas dos inversores farão com que seja cessada a injeção de corrente pela geração na rede quando o nível de tensão atingir valores iguais ou inferiores a 0,5 pu no tempo de 0,1 segundo.

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Esta é a única função intrínseca de proteção dos inversores, identificada até o momento pelas concessionárias que sugere compatibilidade com os tempos de religamento, isto é, capaz de evitar que ocorram danos nos equipamentos do gerador devido à re-energização da rede sem sincronismo. Ainda considerando o trabalho do COBEI, os inversores serão dotados de dispositivos anti ilhamento, que poderiam realizar a função de proteger as instalações contra a re-energização fora de sincronismo, uma vez que ao perder o sinal da rede os inversores identificariam a situação e se desconectariam do sistema da concessionária. Note-se que as Normas em discussão prevêem um tempo de desconexão de até 2 segundos, o que é muito maior que o praticado nos esquemas de religamento atuais de atingem valores de até 0,4 segundos. Isto posto, torna-se imprescindível que as concessionárias incluam nas exigências de suas Normas e Padrões condições adicionais visando a segurança das instalações do acessante (inclusive da microgeração), o que não deve ser confundido com a criação de dificuldades adicionais ao acesso deste tipo de geração ao sistema elétrico. Como por exemplo podemos citar a limitação da quantidade de geração admitida na rede em função da carga ou mesmo a exigência de dispositivos de proteção especiais.

CONTRIBUIÇÕES DA INSTITUIÇÃO

TEXTO/ANEEL TEXTO/INSTITUIÇÃO JUSTIFICATIVA/INSTITUIÇÃO O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE

ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL, no uso de suas

atribuições regimentais, de acordo com deliberação

da Diretoria, tendo em vista o disposto na Lei nº

9.427, de 26 de dezembro de 1996, com base no art.

4º, inciso XX, Anexo I, do Decreto nº 2.335, de 6 de

outubro de 1997, na Lei nº 9478, de 6 de agosto de

1997, na Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, no

Decreto nº 5163, de 30 de julho de 2004 e no que

consta do Processo nº 48500.004924/2010-51 e

considerando que:

as contribuições recebidas na Consulta Pública nº

015/2010, realizada por intercâmbio documental no

período de 10/09/2010 a 9/11/2010;

(continua ... / ...)

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CONTRIBUIÇÕES DA INSTITUIÇÃO (.../... Continuação)

TEXTO/ANEEL TEXTO/INSTITUIÇÃO JUSTIFICATIVA/INSTITUIÇÃO as contribuições recebidas na Audiência Pública nº

xxx/2011, realizadas no período de xx de xx de 2011 a

xx de xx de 20xx, com seção vivo-presencial realizada

no dia xx de xx de 2011, foram objeto de análise desta

Agência e permitiram o aperfeiçoamento deste ato

regulamentar, resolve:

Art. 1º Inserir o inciso LXXI-A no art. 2º da Resolução

Normativa nº 414, de 9 de setembro de 2010, que

passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art.

2º....................................................................................

............................................

LXXI-A – sistema de compensação de energia:

sistema no qual a energia gerada por unidade

consumidora com geração distribuída com potência

instalada menor ou igual a 1 MW, que utilize fonte

incentivada de energia conforme regulamento

específico e compense o consumo medido no ciclo de

faturamento corrente ou em meses subseqüentes.”

(continua ... / ...)

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CONTRIBUIÇÕES DA INSTITUIÇÃO (.../... Continuação)

TEXTO/ANEEL TEXTO/INSTITUIÇÃO JUSTIFICATIVA/INSTITUIÇÃO Art. 2º Alterar a redação do art. 73, §1º, e inserir o § 7º

no mesmo artigo da Resolução Normativa nº 414,

de 2010, que passa a vigorar com a seguinte

redação:

Art. 63. “O contrato de fornecimento deve ser celebrado com consumidor responsável por unidade consumidora do grupo, desde que este não tenha Contrato de Uso do Sistema com vigência concomitante e conter, além das cláusulas essenciais aos contratos, outras relacionadas a:”

“Art.

73..............................................................................

.................................................

§ 1º Os custos referentes à aquisição e substituição do

medidor são de responsabilidade do interessado

quando houver:

I - necessidade de instalação adicional de medição

para o recebimento dos descontos de que trata o

art. 107; ou

II - adesão ao sistema de compensação de energia da

Art. 2º Alterar a redação dos arts. 63, e 73, §1º, e inserir o § 7º

no mesmo artigo da Resolução Normativa nº 414, de 2010,

que passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 63. “O contrato de fornecimento deve ser celebrado com consumidor responsável por unidade consumidora do grupo A e unidade consumidora com geração distribuída com potência instalada menor ou igual a 1 MW, que utilize fonte incentivada de energia conforme regulamento específico, desde que este não tenha Contrato de Uso do Sistema com vigência concomitante e conter, além das cláusulas essenciais aos contratos, outras relacionadas a:”

“Art.

73............................................................................................

...................................

§ 1º O ressarcimento dos custos referentes à aquisição e

substituição do medidor são de responsabilidade do

interessado quando houver:

I - necessidade de instalação adicional de medição para o

recebimento dos descontos de que trata o art. 107; ou

II - adesão ao sistema de compensação de energia da

distribuidora.

Justificativa: Mesmo havendo previsão de se estabelecer “Acordo Operativo” entre as partes, entendemos que pela complexidade e características do atendimento, o risco de se manter/operar o sistema, em condições programadas ou de emergência, é imprescindível que haja um Contrato, mesmo para Unidades Consumidoras atendidas em tensão inferior a 2,3 kV, onde constem obrigações e responsabilidades das partes.

Deixar claro que a aquisição e instalação de

medidores para os casos especificados

deverão ser executados pela concessionária

de distribuição, cabendo ao interessado o

ressarcimento financeiro pelos serviços

executados.

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distribuidora.

........................................................................................

....................................................

§ 7º Os equipamentos de medição instalados nos

termos do § 1º podem ser incorporados ao Ativo

Imobilizado em Serviço como Obrigações

Especiais, de forma não onerosa, a título de

doação.”

......................................................................................................

......................................

§ 7º Os equipamentos de medição instalados nos termos do §

1º devem ser incorporados ao Ativo Imobilizado em Serviço

como Obrigações Especiais, de forma não onerosa, a título

de doação.”

Art. 3º Inserir o § 4º no art. 98 da Resolução Normativa

nº 414, de 2010, com a seguinte redação:

“Art.

98....................................................................................

.........................................

§ 4º A fatura da unidade consumidora que aderir ao

sistema de compensação de energia deve conter, no

mínimo, o valor referente ao custo de disponibilidade.”

Art. 4º Inserir os §§ 4º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º no art. 104 da

Resolução Normativa nº 414, de 2010, com a seguinte

redação:

“Art.

104..................................................................................

............................................

§ 4º Faculta-se ao consumidor aderir ao sistema de

compensação de energia, observadas as resoluções

desta Agência, as normas e padrões da distribuidora.

§ 5º No sistema de compensação de energia, o

consumo a ser faturado é a diferença entre a energia

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consumida e a gerada, por posto horário, quando for o

caso.

6º Caso a energia gerada a que se refere o § 5º, em

um determinado posto horário, seja superior a energia

consumida, a diferença deve ser utilizada para

compensação em outros postos horários dentro do

mesmo ciclo de faturamento, devendo, ainda, ser

observada a relação entre os valores das tarifas de

energia.

§ 7º Após a aplicação do § 6º, caso haja saldo positivo

de energia gerada, a distribuidora deve fazer a

compensação no faturamento dos meses

subseqüentes.

§ 8º Os montantes de energia gerada, que não tenham

sido compensados na própria unidade consumidora,

podem ser utilizados para compensar o consumo de

outras unidades previamente cadastradas para esse

fim, atendidas pela mesma distribuidora, cujo titular

seja o mesmo da unidade com sistema de

compensação de energia.

§ 9º Os créditos de energia gerados por meio do

sistema de compensação de energia expiram 12

(doze) meses após a data do faturamento, e o

consumidor não fará jus a qualquer forma de

compensação após o seu vencimento.”

(continua ... / ...)

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CONTRIBUIÇÕES DA INSTITUIÇÃO (.../... Continuação)

TEXTO/ANEEL TEXTO/INSTITUIÇÃO JUSTIFICATIVA/INSTITUIÇÃO Art. 5º Inserir os §§ 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º no art. 106 da

Resolução Normativa nº 414, de 2010, com a

seguinte redação:

“Art.

106...............................................................................

...............................................

§ 1º Faculta-se ao consumidor aderir ao sistema de

compensação de energia, observadas as resoluções

desta Agência, as normas e padrões da distribuidora.

§ 2º No sistema de compensação de energia, o

consumo a ser faturado é a diferença positiva entre a

energia consumida e a gerada, por posto horário,

quando for o caso.

§ 3º Caso a energia gerada a que se refere o § 2º, em

um determinado posto horário, seja superior a

energia consumida, a diferença deve ser utilizada

para compensação em outros postos horários dentro

do mesmo ciclo de faturamento, devendo, ainda, ser

observada a relação entre os valores das tarifas de

energia.

(continua ... / ...)

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CONTRIBUIÇÕES DA INSTITUIÇÃO (.../... Continuação)

TEXTO/ANEEL TEXTO/INSTITUIÇÃO JUSTIFICATIVA/INSTITUIÇÃO § 4º Após a aplicação do § 3º, a distribuidora deve

utilizar os montantes de energia gerada, que não

tenham sido compensadas no ciclo de faturamento

corrente, para abater o consumo medido em meses

subseqüentes.

§ 5º Os montantes de energia gerada, que não tenham

sido compensados na própria unidade consumidora,

podem ser utilizados para compensar o consumo de

outras unidades previamente cadastradas para esse

fim, atendidas pela mesma distribuidora, cujo titular

seja o mesmo da unidade com sistema de

compensação de energia.

§ 6º Os créditos de energia gerados por meio do

sistema de compensação de energia expiram 12

(doze) meses após o faturamento, e o consumidor não

fará jus a qualquer forma de compensação após o seu

vencimento.”

Art. 6º Inserir a alínea i, no inciso II do art. 119 da

Resolução Normativa nº 414, de 2010, com a seguinte

redação:

“ Art.

119..................................................................................

..........................................

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II......................................................................................

...................................................

i) no sistema de compensação de energia, deve ser

informado o eventual saldo positivo de energia para o

ciclo subseqüente, em quilowatt-hora (kWh), por posto

horário, quando for o caso.”

Art. 7º Alterar a redação do caput e o inciso II do art.

164 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, com a

seguinte redação:

“Art. 164. Quando o consumidor utilizar em sua

unidade consumidora, à revelia da distribuidora, carga

ou geração susceptível de provocar distúrbios ou

danos ao sistema elétrico de distribuição, ou ainda a

instalações e equipamentos elétricos de outros

consumidores, a distribuidora deve exigir o

cumprimento das seguintes medidas:

........................................................................................

....................................................

II – ressarcimento à distribuidora de indenizações por

danos a equipamentos elétricos acarretados a outros

consumidores, que, comprovadamente, tenham

decorrido do uso da carga ou geração provocadora

dos distúrbios.”

Art. 8º Inserir o art. 3-Aº na Resolução Normativa nº

77, de 2004, que passa a vigorar com a seguinte

redação:

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“Art. 3-Aº Para a fonte solar, fica estipulado o desconto

de 80% (oitenta por cento), aplicável nos 10 (dez)

primeiros anos de operação da usina, nas tarifas de

uso dos sistemas elétricos de transmissão e de

distribuição, incidindo na produção e no consumo da

energia comercializada.

Parágrafo único. O desconto de que trata o caput, será

reduzido para 50% (cinquenta por cento) após o

referido prazo.”

Art. 9º A unidade consumidora que aderir ao Sistema

de Compensação de Energia da distribuidora deverá

ser faturada conforme a Resolução Normativa nº 414,

de 2010.

Art. 10 Aprovar a revisão 3 do Módulo 1, Introdução,

dos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica

no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST.

Art. 11 Aprovar a revisão 4 do Módulo 3, Acesso ao

Sistema de Distribuição, do PRODIST.

(continua ... / ...)

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Art. 12 As distribuidoras deverão elaborar ou revisar

normas técnicas para tratar do acesso de minigeração

e microgeração distribuída incentivada, utilizando

como referência o PRODIST, as normas técnicas

brasileiras e, de forma complementar, as normas

internacionais.

Parágrafo único. O prazo para a publicação das

normas de que trata o caput em sua página na rede

mundial de computadores é de 180 (cento e oitenta)

dias, contados a partir da publicação desta Resolução.

Art. 12 As distribuidoras deverão elaborar ou

revisar normas técnicas para tratar do acesso de

minigeração e microgeração distribuída

incentivada, utilizando como referência o

PRODIST, as normas técnicas brasileiras e, de

forma complementar, as normas internacionais.

Parágrafo 1º. O prazo para a publicação das

normas de que trata o caput em sua página na

rede mundial de computadores é de 1 (um) ano,

contados a partir da publicação desta Resolução.

Parágrafo 2º. O disposto nesta Resolução aplica-se após a vigência das Normas referidas no caput.

O primeiro ponto é que as adequações necessárias não

serão restritas apenas a Normas Técnicas.

Serão necessárias adaptações ou elaboração de Padrões,

Especificações Técnicas, Procedimentos Operativos,

Procedimentos de Manutenção, Sistemas Operacionais

(software) e ainda sistemas de gestão de medição e de

faturamento.

Assim, consideramos que o prazo proposto pela ANEEL de

180 dias é insuficiente.

O prazo proposto de um ano possibilita acesso a alguns

resultados preliminares dos Projetos de P&D em andamento,

bem como a formação de grupos de trabalhos específicos

para avaliação e desenvolvimento do tema.

Salienta-se que na atualidade as concessionárias de

distribuição no Brasil não têm experiência com este tipo de

atendimento, e a experiência internacional sobre o tema

requer no mínimo análise de compatibilidade e aplicabilidade

no país.

Art. 13 Compete à distribuidora a responsabilidade

pela coleta das informações das unidades geradoras

junto aos micro e minigeradores distribuídos

incentivados e envio dos dados constantes dos

Anexos das Resoluções Normativas nos 390/2009 e

391/2009, de 15 de dezembro de 2009, para a

ANEEL.

Incluir artigo na Resolução 414/2010:

Art.”X” - O faturamento da unidade consumidora do Grupo B que aderir ao sistema de

Como o sistema elétrico deverá continuar atendendo a totalidade da carga da unidade consumidora (a redução ocorrerá apenas com relação ao montante da energia consumida) será necessária a aplicação de uma tarifa

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compensação de energia deve ser realizado com aplicação de tarifas binômias.

binômia, de forma a possibilitar o correto ressarcimento dos custos verificados. Caso não seja implementado este procedimento, os demais consumidores serão onerados, já que deverão custear o sistema colocado à disposição do consumidor que aderiu ao sistema de compensação.

Art. 14 Esta Resolução entra em vigor na data de sua

publicação.

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CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 042/2011

NOME DA INSTITUIÇÃO: ELEKTRO – Eletricidade e Serviços S.A.

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL

ATO REGULATÓRIO: Minuta da Seção 3.7 dos Procedimentos de Distribuição - PRODIST

EMENTA: Altera a redação dos arts 2º, 73, 98, 104, 106, 119 e 164 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, insere o art. 3-A na Resolução Normativa nº 77, de 2004, e dá outras providências.

CONTRIBUIÇÕES DA INSTITUIÇÃO

TEXTO/ANEEL TEXTO/INSTITUIÇÃO JUSTIFICATIVA/INSTITUIÇÃO SEÇÃO 3.7 – ACESSO DE MICRO E

MINIGERAÇÃO DISTRIBUÍDA

1 OBJETIVO 1.1 Descrever os procedimentos para

acesso de micro e minigeração

distribuída incentivada ao sistema de

distribuição.

2 DEFINIÇÕES 2.1 Microgeração Distribuída Incentivada:

Central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 100 kW e que utilize fonte incentivada de energia, nos termos de regulamentação específica, conectada

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na rede de baixa tensão da distribuidora através de instalações de unidades consumidoras, podendo operar em paralelo ou de forma isolada, não despachada pelo ONS.

2.2 Minigeração Distribuída Incentivada: Central geradora de energia elétrica, com potência instalada superior a 100 kW e menor ou igual a 1 MW e que utilize fonte incentivada de energia, nos termos de regulamentação específica, conectada diretamente na rede da distribuidora, em qualquer tensão, ou através de instalações de unidades consumidoras, podendo operar em paralelo ou de forma isolada, não despachada pelo ONS.

2.3 Sistema de Compensação de Energia: sistema

no qual a energia gerada por unidade

consumidora com geração distribuída com

potência instalada menor ou igual a 1 MW, que

utilize fonte incentivada de energia conforme

regulamento específico e compense o consumo

medido no ciclo de faturamento corrente ou em

meses subseqüentes.

3 ETAPAS PARA VIABILIZAÇÃO DO ACESSO

3.1 Para a central geradora classificada como micro

ou minigeração distribuída incentivada, são

obrigatórias apenas as etapas de solicitação

de acesso e parecer de acesso.

4 CONSULTA DE ACESSO

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4.1 É facultativa, aplicando-se os procedimentos

descritos no item 3 da seção 3.1.

5 INFORMAÇÃO DE ACESSO

5.1 É facultativa, aplicando-se os procedimentos

descritos no item 4 da seção 3.1.

6 SOLICITAÇÃO DE ACESSO

6.1 A solicitação de acesso é o requerimento

formulado pelo acessante que, uma vez

entregue à acessada, implica a prioridade de

atendimento, de acordo com a ordem

cronológica de protocolo.

6.2 Para micro e minigeração distribuída

incentivada, fica dispensada a apresentação

do Certificado de Registro, ou documento

equivalente, na etapa de solicitação de acesso.

6.3 Compete à distribuidora a responsabilidade pela

coleta das informações das unidades geradoras

junto aos micro e minigeradores distribuídos

incentivados e envio dos dados à ANEEL para

fins de Registro, nos termos da regulamentação

específica.

(continua ... / ...)

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TEXTO/ANEEL TEXTO/INSTITUIÇÃO JUSTIFICATIVA/INSTITUIÇÃO 6.4 Previamente à solicitação de acesso, a central

geradora deve requisitar da distribuidora a

relação de documentos e informações a serem

apresentados por ocasião da referida

solicitação, incluindo os dados necessários à

elaboração dos estudos de responsabilidade da

distribuidora.

6.5 A solicitação de acesso deve conter:

a) o projeto das instalações de conexão, incluindo

memorial descritivo, localização, arranjo físico,

diagramas, conforme a seção 3.3 deste módulo; e

b) documentos e informações solicitados previamente

pela distribuidora.

6.6 A solicitação de acesso perde o efeito se o

acessante não regularizar a pendência no

prazo estipulado.

6.7 A distribuidora deve disponibilizar em sua

página na rede mundial de computadores a

relação de todas as informações que o

acessante deve apresentar na solicitação de

acesso.

7 PARECER DE ACESSO 7.1 O parecer de acesso é o documento formal

obrigatório apresentado pela acessada, sem

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ônus para o acessante, onde são informadas as

condições de acesso, compreendendo a

conexão e o uso, e os requisitos técnicos que

permitam a conexão das instalações do

acessante, com os respectivos prazos, devendo

indicar, quando couber:

a) a definição do ponto de conexão de acordo com

o critério de menor custo global, com a

apresentação das alternativas de conexão

que foram avaliadas pela acessada,

acompanhadas das estimativas dos respectivos

custos, conclusões e justificativas;

b) as características do sistema de distribuição

acessado e do ponto de conexão, incluindo

requisitos técnicos, como tensão nominal de

conexão, além dos padrões de desempenho;

c) a relação de obras de responsabilidade do

acessante, incluindo eventuais instalações que

devem ser transferidas à distribuidora acessada;

d) a relação das obras de responsabilidade da

acessada, com correspondente cronograma de

implantação;

e) as informações gerais relacionadas ao ponto de

conexão, como tipo de terreno, faixa de

passagem, características mecânicas das

instalações, sistemas de proteção, controle e

telecomunicações disponíveis;

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f) os modelos dos contratos a serem celebrados,

quando necessário;

g) as tarifas de uso aplicáveis;

h) as responsabilidades do acessante;

i) eventuais informações sobre equipamentos ou

cargas susceptíveis de provocar distúrbios ou

danos no sistema de distribuição acessado ou

nas instalações de outros acessantes;

7.2 Compete à distribuidora a realização de todos

os estudos para a integração de micro e

minigeração distribuída, devendo informar à

central geradora a relação de dados

necessários à elaboração dos referidos estudos

que devem ser apresentados quando da

solicitação de acesso, realizados sem ônus ao

acessante.

7.3 Para central geradora classificada como

microgeração distribuída incentivada, o parecer

de acesso deve ser encaminhado em até 15

(quinze) dias após o recebimento da solicitação

de acesso.

7.3 Para central geradora classificada como micro ou minigeração distribuída incentivada, o parecer de

acesso deve ser encaminhado nos prazos estabelecidos no item 6.2 da Seção 3.1 destes Procedimentos de Distribuição.

Consideramos os prazos insuficientes para as

avaliações requeridas neste tipo de atendimento,

principalmente para os casos que requeiram

alterações no sistema acessado, que demandará

inclusive levantamentos em campo.

Sugerimos manter os prazos vigentes no PRODIST,

quais sejam: 30 dias no caso de não haver

necessidade de obras no sistema acessado e 120

dias no caso contrário, independentemente do porte

da geração.

Destacamos que o prazo de 30 dias parece-nos

adequado também para o cliente.

7.4 Para central geradora classificada como

minigeração distribuída incentivada, o parecer

de acesso deve ser encaminhado em até 30

(trinta) dias após o recebimento da solicitação

de acesso.

Eliminar este Item.

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7.5 Os contratos necessários ao acesso devem ser

assinados entre as partes no prazo máximo de

90 (noventa) dias após a emissão do parecer de

acesso, quando aplicável.

Renumerar o item.

Em função da eliminação do item 7.4. 7.5.1 A inobservância deste prazo, por

responsabilidade do acessante, incorre em

perda da garantia ao ponto e às condições

de conexão estabelecidas no parecer de

acesso, desde que um novo prazo não seja

pactuado entre as partes.

Renumerar o item.

8. CRITÉRIOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS

8.1 Ponto de conexão.

8.1.1 Para central geradora classificada como

minigeração distribuída incentivada, o ponto de

conexão deve situar-se na interseção das

instalações de interesse restrito, de propriedade

do acessante, com o sistema de distribuição

acessado.

8.1.3 Para central geradora classificada como

microgeração distribuída incentivada, o ponto de

conexão às instalações da distribuidora é o

mesmo da unidade consumidora.

8.2 Conexão.

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8.2.1 Aplicam-se os procedimentos descritos no item

5 da seção 3.2, no que couber.

8.2.2 As centrais geradoras classificadas como micro

ou minigeração distribuída incentivada estão

dispensadas de realizar os estudos descritos no

item 5 da seção 3.2 os quais, caso sejam

necessários, deverão ser realizados pela

distribuidora, sem ônus para o acessante.

9. REQUISITOS DE PROJETOS

9. Aplicam-se os procedimentos descritos na

seção 3.3 deste Módulo, no que couber.

9.1 Para fins de definição da tensão de conexão da

central geradora devem ser consideradas as

faixas de potência indicadas na Tabela 1.

TABELA 1 – NÍVEIS DE TENSÃO CONSIDERADOS

PARA CONEXÃO DE MICRO E MINICENTRAIS

GERADORAS (anexo ao final).

9.2 A Tabela 2 indica os requisitos mínimos

necessários para o ponto de conexão da central

geradora.

TABELA 2 – REQUISITOS MÍNIMOS EM FUNÇÃO DA

POTÊNCIA INSTALADA (anexo ao final).

Notas (da Tabela 2):

(1) Chave seccionadora visível e acessível que a

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acessada usa para garantir a desconexão da

central geradora durante manutenção em seu

sistema.

(2) Elemento de desconexão e interrupção automático

acionado por comando e/ou proteção.

(3) Não é necessário relé de proteção específico, mas

um sistema eletro-eletrônico que detecte tais

anomalias e que produza uma saída capaz de

operar na lógica de atuação do elemento de

desconexão.

(4) Nas conexões acima de 300 kW, se o lado da

acessada do transformador de acoplamento

não for aterrado, deve-se usar uma proteção

de sub e de sobretensão nos secundários de

um conjunto de transformador de potência em

delta aberto.

(5) Se a norma da distribuidora indicar a

necessidade de realização estudo de curto-

circuito, caberá à acessada a responsabilidade

pela sua execução.

(6) Os ensaios devem ser os mesmos

recomendados pelo fabricante e deverão ser

realizados pelo acessante.

9.3 Os valores de referência a serem adotados

para os indicadores: tensão em regime

permanente, fator de potência, distorção

harmônica, desequilíbrio de tensão, flutuação de

tensão e variação de freqüência são os

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estabelecidos na Seção 8.1 do Módulo 8 –

Qualidade da Energia.

9.4 A acessada pode propor proteções adicionais,

desde que justificadas tecnicamente, em função de

características específicas do sistema de

distribuição acessado, exceto para central geradora

classificada como microgeração distribuída

incentivada.

9.5 A central geradora classificada como minigeração

distribuída incentivada deve estar conectada ao

sistema de distribuição da acessada através de um

transformador de acoplamento.

10. IMPLANTAÇÃO DE NOVAS CONEXÕES

10.1 Aplicam-se os procedimentos descritos na seção

3.4 deste Módulo, no que couber.

10.2 A acessada deve realizar vistoria com vistas à

conexão das instalações do acessante,

apresentando à central geradora o seu resultado

por meio de relatório formal, incluindo o relatório de

comissionamento, quando couber, no prazo de até

30 (trinta) dias a contar da data de solicitação

formal de vistoria pelo acessante.

10.2.1 Para central geradora classificada como

microgeração distribuída incentivada, o prazo

para realizar a vistoria é de 15 (quinze) dias.

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11. REQUISITOS PARA OPERAÇÃO, MANUTENÇÃO E SEGURANÇA DA CONEXÃO

11.1. Aplicam-se os procedimentos descritos na

seção 3.5 deste Módulo, no que couber.

11.2 Para a elaboração do Acordo Operativo, deve-

se identificar o Contrato de Fornecimento ou o

Contrato de Compra de Energia Regulada para

a central geradora classificada como mini ou

microgeração distribuída incentivada e

participante do sistema de compensação de

energia da distribuidora local, nos termos da

regulamentação específica.

12. SISTEMA DE MEDIÇÃO 12.1 O sistema de medição deve atender às

mesmas especificações exigidas para unidades

consumidoras conectadas no mesmo nível de

tensão da central geradora, acrescido da

funcionalidade de medição em quatro

quadrantes.

12. SISTEMA DE MEDIÇÃO 12.1 O sistema de medição deve atender às mesmas

especificações exigidas para unidades

consumidoras conectadas no mesmo nível de

tensão da central geradora, no mínimo acrescido

da funcionalidade de medição em quatro

quadrantes e do registro dos fenômenos de Qualidade de Energia.

A necessidade de registro dos fenômenos de

Qualidade de Energia se justifica para a

comprovação de responsabilidade nos casos de

ressarcimento de danos a terceiros, bem como para

avaliação do desempenho do sistema conforme

Módulo 8 do PRODIST.

12.2 Os custos referentes à aquisição e substituição

do sistema de medição são de responsabilidade

do acessante.

Novo item.

12.3 As concessionárias de distribuição poderão exigir em Normas, Padrões ou Instruções Técnicas que outras funcionalidades sejam incorporadas aos medidores.

Os trabalhos futuros de desenvolvimento e

implantação de Normas, Instruções e Padrões para

possibilitar a conexão de micro e minigeração

distribuídas podem requerer funções dos medidores

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TABELA 1 – NÍVEIS DE TENSÃO CONSIDERADOS PARA CONEXÃO DE MICRO E MINICENTRAIS GERADORAS

Potência Instalada

Nível de Tensão de Conexão

< 10 kW Baixa Tensão (monofásico) (A)

10 a 100 kW Baixa Tensão (trifásico)

100 a 500 kW Baixa Tensão (trifásico) / Média Tensão

500 kW a 1 MW Média Tensão

(A) Deve-se exigir que o cliente tenha ligação bifásica com a geração conectada entre fases.

atualmente não previstas.

13. CONTRATOS

13.1. Aplicam-se os procedimentos descritos na

seção 3.6 deste Módulo, no que couber.

13.2 Dispensa-se a assinatura dos contratos de

uso e conexão para a central geradora que

participe do sistema de compensação de

energia da distribuidora local, nos termos da

regulamentação específica, sendo suficiente a

celebração do Acordo Operativo, nos termos do

Anexo I da Seção 3.5.

13.3 A unidade consumidora que aderir ao sistema

de compensação de energia da distribuidora

deverá ser faturada conforme disposto nas

Condições Gerais de Fornecimento, não se

aplicando as regras de faturamento de

centrais geradoras, estabelecidas em

regulamentos específicos.

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TABELA 2 – REQUISITOS MÍNIMOS EM FUNÇÃO DA POTÊNCIA INSTALADA

EQUIPAMENTO

Potência Instalada

< 100 kW 100 kW a 500 kW (4)

500 kW a 1 MW (4)

Elemento de desconexão (1)

Sim

Sim

Sim

Elemento de interrupção (2)

Sim

Sim

Sim Transformador de

acoplamento

Não

Sim

Sim Proteção de sub e

sobretensão (3) Sim (3) Sim

Sim Proteção de sub e sobrefreqüência

(3) Sim (3) Sim

Sim Proteção contra

desequilíbrio de corrente

Não

Não

Sim Proteção contra desbalanço

de tensão

Não

Não

Sim

Sobrecorrente direcional

Não

Não

Sim Sobrecorrente com restrição

de tensão

Não

Não

Sim

Relé de sincronismo

Sim

Sim

Sim

Anti-Ilhamento

Sim

Sim

Sim

Estudo de curto-circuito

Não Sim (5) Sim (5)

Medição Medidor 4 Quadrantes

Medidor 4 Quadrantes Medidor 4 Quadrantes

Ensaios Sim (6) Sim (6) Sim (6)

OBS. Além do ensaio para operação inicial, devem ser previstas verificações e aferições periódicas para assegurar a manutenção das características do equipamento durante todo o período em que estiver conectado à rede