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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS EXATAS CONTRIBUIÇÕES DE UM GRUPO COLABORATIVO PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA DA EDUCAÇÃO BÁSICA Luciana Caroline Kilpp Fernandes Lajeado, maio de 2013.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS EXATAS

CONTRIBUIÇÕES DE UM GRUPO COLABORATIVO PARA A

PRÁTICA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA DA

EDUCAÇÃO BÁSICA

Luciana Caroline Kilpp Fernandes

Lajeado, maio de 2013.

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LUCIANA CAROLINE KILLP FERNANDES

CONTRIBUIÇÕES DE UM GRUPO COLABORATIVO PARA A

PRÁTICA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA DA

EDUCAÇÃO BÁSICA

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós Graduação em Ensino de Ciências

Exatas, do Centro Universitário

UNIVATES, como parte da exigência para

obtenção do grau de Mestre em Ensino de

Ciências Exatas, na linha de pesquisa

Tecnologias, metodologias e recursos

didáticos para o ensino de Ciências e

Matemática.

Orientadora: Profa. Dra. Maria Madalena

Dullius

Lajeado, maio de 2013.

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Luciana Caroline Kilpp Fernandes

CONTRIBUIÇÕES DE UM GRUPO COLABORATIVO PARA A

PRÁTICA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA DA

EDUCAÇÃO BÁSICA

A Banca examinadora abaixo, aprova a Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Ensino de Ciências Exatas, do Centro Universitário UNIVATES,

como parte da exigência para a obtenção do grau de Mestre em Ensino de Ciências

Exatas, na linha de pesquisa Tecnologias, metodologias e recursos didáticos para o

ensino de Ciências e Matemática:

Profa. Dra. Maria Madalena Dullius - orientadora Centro Universitário UNIVATES Profa. Dra. Cláudia Lisete Oliveira Groenwald Universidade Luterana do Brasil – ULBRA Profa. Dra. Ieda Maria Giongo Centro Universitário UNIVATES Profa. Dra. Marlise Heemann Grassi

Lajeado, maio de 2013.

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Dedico este trabalho ao meu marido

Vandro pelo apoio durante essa

caminhada e à minha mãe Ruth e ao meu

pai Mauri (in memorian) por me

incentivarem sempre.

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AGRADECIMENTOS

À minha família por compreender os momentos de ausência e me incentivar

da melhor forma possível.

Às pedagogas, minhas manas Sara e Sandra, pelas discussões sobre ensino

e aprendizagem.

Às colegas do Grupo Colaborativo por tornarem esse trabalho possível.

À minha orientadora, Profa. Dra. Maria Madalena Dullius por me orientar, e ao

professor, Prof. Ms. Marcelo Vettori por contribuir com a redação desse trabalho.

Ao Grupo do Observatório da Educação, em especial à Tiane Diedrich e

Neiva Althaus por participarem ativamente de todas as etapas do trabalho e não

medirem esforços para a realização do mesmo e a Gisele Endler e a Gabriela

Chiesa, pelo suporte durante os encontros.

Às minhas colegas, Daniela Schossler e Virginia Furlanetto que se

transformaram em grandes amigas durante essa caminhada, o meu muito obrigada

por tudo o que passamos juntas.

A todos que desejaram me ver chegar até aqui.

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RESUMO

A intervenção desenvolvida, investigada e relatada nessa dissertação propõe uma alternativa em relação à formação continuada de professores de Matemática no Vale do Taquari, apoiando-se na proposta de constituição de Grupo Colaborativo. Ao longo dos cinco encontros buscamos compreender “Que repercussões o estudo realizado num grupo colaborativo, sobre o uso de diferentes ferramentas de apoio ao ensino e à aprendizagem, teve na prática pedagógica de professores de Matemática da Educação Básica?”. O principal objetivo do trabalho foi “Analisar realidades e possíveis inovações na prática pedagógica de professores de Matemática a partir das reflexões, debates e trocas de experiências, sobre o uso de ferramentas de apoio ao ensino e aprendizagem de Matemática, proporcionadas em um grupo colaborativo”. As docentes que integraram o grupo são vinculadas às escolas que compõem o Observatório da Educação da Univates. O trabalho realizado em torno da constituição do grupo colaborativo caracterizou-se como uma pesquisa qualitativa, utilizando como principal instrumento de coleta de dados os relatos, falados e escritos, dos professores de Matemática dessas escolas. Para cada etapa da pesquisa realizamos a análise de dados a partir de categorias que emergiram dos depoimentos dos professores, apoiando-nos na análise de discurso. Podemos destacar que as categorias emergentes da análise dos encontros do grupo colaborativo foram: troca de experiências, metodologia do grupo colaborativo e atividades desenvolvidas. Durante a realização dos encontros coletamos indícios da maneira como essa proposta interferiu nas aulas das professoras integrantes. Podemos afirmar que elas expuseram a importância desse tipo de formação para a prática docente, relatando que já realizaram algumas das atividades aprendidas. Também expuseram ao grupo que gostaram das atividades que foram desenvolvidas e, que mais importante do que apresentar a sua ideia às demais integrantes, foi ouvir do grupo o que poderia ser feito diferente na sua proposta a fim de melhorar ainda mais a sua prática pedagógica. Palavras-chave: Grupo colaborativo. Prática pedagógica. Formação continuada. Ensino e aprendizagem de Matemática.

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ABSTRACT

The intervention developed, investigated, and related in this paper proposes an alternative in relation to the Continuous Mathematics Teachers Education in Vale do Taquari, it is supported in the proposal constitution of Collaborative Group. During five meetings we searched to understand “Which repercussions the realized study in a collaborative group, about the use of different support resources to teaching and to learning had in the pedagogical practice of Mathematics teachers from Elementary School?”. The main objective of this work was “Analyse realities and possibilities innovations in the pedagogical practice of Mathematics Teachers from reflections, discussions and experiences exchange about the use of supportingtools to teaching and learning Mathematics proposed in the collaborative group.” The teacher staff that integrated the group isconnected to schools which compose Univates Education Observatory. The realized study was focused in the constitution of the collaborative group that was characterized as a qualitative research, using as main instrument of data collection the spoken and written narratives of Mathematics teachers from these schools. For each stage of the research we made an analyse of data from the categories that emerged from teachers version, that supported us in the analyse of speech. We can present the follow emergent analyse categories of the meetings of collaborative group: experiences exchange, methodology of collaborative group and developed activities. During the meetings realization we collected signs of the way as this propose interfered in the classes of members teachers. We got to affirm they presented the importance of this kind of education for the teaching staff practice relating they have already done some learnt activities. It was also presented to the group that they liked the developed activities and more important than to present their idea to the others it was to listen to the group what could be done different in their proposal in order to improve their pedagogical practice.

Keywords: colaborative group, pedagogical practice continuous education, teaching and learning of Mathematics

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Capa do caderno das professoras 2C e 5A ........................................... 60

Figura 2 – Demonstração de uma das atividades do primeiro encontro ................. 61

Figura 3 – Atividades no Laboratório de Informática ............................................... 63

Figura 4 – Professoras realizando atividades de gráficos ....................................... 64

Figura 5 – Demonstração dos painéis produzidos pelos alunos ............................. 65

Figura 6 – Professora compartilhando a atividade realizada com seus alunos ....... 65

Figura 7 – Representação da imagem visualizada no Google Maps ...................... 66

Figura 8 – Compartilhamento do jogo Algeplan ....................................................... 67

Figura 9 – Demonstração da construção dos ciclos trigonométricos ...................... 68

Figura 10 – Construção do Bordado de Diagonais .................................................. 69

Figura 11 – Apresentação dos fractais construídos pelos alunos ........................... 70

Figura 12 – Atividades realizadas no quarto encontro ............................................. 71

Figura 13 – Construção do jogo Matix e exploração do Laboratório de Matemática72

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Cabeçalho da tabela preenchida com os dados das escolas ............... 37

Quadro 2 – Categorias de respostas da primeira questão da entrevista ................. 45

Quadro 3 – Categorias de respostas da segunda questão da entrevista ................ 48

Quadro 4 – Categorias de respostas da terceira questão da entrevista .................. 51

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Quadro 5 – Categoria de respostas da quarta questão da entrevista ..................... 54

Quadro 6 – Cronograma dos encontros do grupo colaborativo ............................... 60

Quadro 7 – Primeira categoria de análise do grupo colaborativo ............................ 73

Quadro 8 – Segunda categoria de análise do grupo colaborativo ........................... 74

Quadro 9 – Terceira categoria de análise do grupo colaborativo ............................ 76

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 11 2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS ............................................................................ 17 2.1 Contribuições da teoria sócio-interacionista de Vygotsky para o trabalho do grupo colaborativo ................................................................................................... 17 2.2 O uso de recursos didáticos nos processos de ensino e de aprendizagem ...... 20 2.3 O trabalho em um grupo colaborativo ............................................................... 24 3 METODOLOGIA ................................................................................................... 28 3.1 Formação e composição do grupo colaborativo ................................................ 29 3.2 Instrumentos utilizados para coleta de dados ................................................... 31 3.3 Análise dos dados ............................................................................................. 33 4 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS INICIAIS ....................................................... 36 4.1 Descrição e análise dos dados do cenário das escolas e da Univates, quanto à disponibilidade de ferramentas de apoio .............................................................. 36 4.2 Realização e análise dos dados da entrevista semi-estruturada ....................... 42 4.2.1 Primeira questão ............................................................................................ 45 4.2.2 Segunda questão ........................................................................................... 48 4.2.3 Terceira questão ............................................................................................. 51 4.2.4 Quarta questão ............................................................................................... 54 5 GRUPO COLABORATIVO ................................................................................... 58 5.1 Constituição do grupo colaborativo e realização dos encontros ........................ 58 5.2 Descrição dos encontros ................................................................................... 59 5.2.1 Primeiro encontro ........................................................................................... 59 5.2.2 Segundo encontro .......................................................................................... 62 5.2.3 Terceiro encontro ............................................................................................ 63 5.2.4 Quarto encontro ............................................................................................. 70 5.2.5 Quinto encontro .............................................................................................. 71 5.3 Análise de dados ............................................................................................... 72

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 80 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 86

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APÊNDICES ............................................................................................................ 89 APÊNDICE A – Tabela de ferramentas de apoio, na Escola 1 ................................ 90 APÊNDICE B – Tabela de ferramentas de apoio, na Escola 2 ................................ 93 APÊNDICE C – Tabela de ferramentas de apoio, na Escola 3 ................................ 97 APÊNDICE D – Tabela de ferramentas de apoio, na Escola 4 ............................... 101 APÊNDICE E – Tabela de ferramentas de apoio, na Escola 5 ............................... 104 APÊNDICE F – Tabela de ferramentas de apoio, na Escola 6 ............................... 107 APÊNDICE G – Tabela de softwares de apoio, na Univates .................................. 110 APÊNDICE H – Tabela de ferramentas de apoio, na Univates .............................. 113 APÊNDICE I – Termo de Livre Consentimento, assinado na entrevista ................. 130 APÊNDICE J – Carta convite para constituição do Grupo Colaborativo ................ 131 APÊNDICE K – Termo de Livre Consentimento, assinado nogrupo colaborativo .. 132 ANEXOS ................................................................................................................ 133 ANEXO 1 – Imagem das capas dos cadernos usados grupo colaborativo ............ 134 ANEXO 2 – Roteiro elaborado pela professora 6B ................................................ 135 ANEXO 3 – Roteiro elaborado pelo projeto Recursos Computacionais no Ensino de Matemática e Física .......................................................................................... 139 ANEXO 4 – Roteiro elaborado pela professora 3A ................................................ 194 ANEXO 5 – Roteiro elaborado pela professora 1A ................................................ 198 ANEXO 6 – Roteiro elaborado pela professora 6D ................................................ 199 ANEXO 7 – Roteiro elaborado pela professora 5A ................................................ 200 ANEXO 8 – Roteiro para construção do jogo Matix ............................................... 201

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho, vinculado ao Mestrado Profissional em Ensino de

Ciências Exatas, do Programa de Pós-graduação do Centro Universitário

UNIVATES, e à linha de pesquisa Tecnologias, metodologias e recursos didáticos

para o ensino de Ciências e Matemática, foi baseado em estudos sobre a

constituição de grupos colaborativos como uma alternativa à formação continuada

de professores, em relação ao uso de ferramentas de apoio ao ensino e à

aprendizagem de Matemática.

A motivação para a constituição do grupo colaborativo emergiu das

necessidades que percebo, como professora1 da Educação Básica, junto aos meus

colegas da escola e do Observatório da Educação, em relação ao uso de

ferramentas de apoio às aulas de Matemática e a forma como se apresentam

nossas formações continuadas, algumas vezes distantes das nossas necessidades,

no município de Lajeado e no Vale do Taquari, contexto dessa pesquisa. Em geral,

podemos dizer que as oportunidades oferecidas pelas secretarias responsáveis

apresentam assuntos amplos em relação às nossas necessidades. De acordo com

Quartieri et al (2012, p.8) em pesquisa realizada com professores da Educação

Básica a respeito da formação continuada em nossa região, “84% dos professores

afirmaram que participam regularmente e que as temáticas contempladas nestes

cursos, geralmente, são relacionadas a discussões amplas sobre a educação”.

1 Esse parágrafo refere-se à escrita individual da autora desse trabalho, como docente da Educação

Básica.

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Outra característica relevante é que nossas formações são, normalmente,

palestras sobre temas como avaliação, índices de reprovações e incentivo à

melhoria da educação. E essa metodologia coloca os professores como meros

ouvintes, o que desfavorece o interesse dos educadores. Nesses encontros

professores de todas as disciplinas são convidados a participarem de uma mesma

proposta de formação continuada, quando na verdade possuem necessidades bem

diferentes.

Por acreditarmos que o processo de capacitação de um professor quanto ao

uso de diferentes recursos certamente inicia-se na formação inicial, mas tem

continuidade nas diferentes oportunidades de formação continuada, uma vez que

esse tema está em constante movimento, optamos por realizar uma formação

baseada no dia a dia dos professores. Para promover a troca de saberes entre pares

de uma mesma ou de instituições diferentes, é necessário poder contar com uma

formação continuada em consonância com a expectativa dos professores, pois quem

ensina é quem mais precisa aprender. Apoiadas no trabalho de Fiorentini a respeito

de grupo colaborativo procuramos desenvolver uma formação voltada à capacitação

das docentes envolvidas, a partir das suas próprias experiências pedagógicas.

Dentre os professores da disciplina de Matemática também é comum

presenciarmos discussões a respeito da troca de ideias sobre como abordar

determinado conteúdo e ainda sobre as ferramentas que estão disponíveis para

auxiliar nos processos de ensino e aprendizagem. Também ressaltamos que a

maioria dos professores possui uma carga excessiva que dificulta, procurarem

formações continuadas, que lhes proporcionem estudos e conhecimento de outras

metodologias. Durante os encontros do grupo colaborativo realizamos trocas de

ideias e tivemos tempo para conversas informais sobre diferentes assuntos do nosso

interesse, mas que interferem diretamente em nossa prática pedagógica. A troca de

saberes pedagógicos a respeito do uso de ferramentas de apoio foi evidenciada

nesses encontros e essa metodologia nos proporcionou sermos mais do que

ouvintes.

Ao encontro dessa ideia, alguns autores como Valente (1997) e Borba (1999)

sugerem o uso de diferentes ferramentas didáticas que auxiliem alunos e

professores nos processos de ensino e de aprendizagem. Essa necessidade

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também é citada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) que apontam a

necessidade de incorporação de novos recursos no ensino. Nesse sentido, entende-

se que as ferramentas de apoio, compreendem a utilização de recursos de

informática, materiais manipulativos e jogos diversificados que possam auxiliar

estudantes e professores nesses processos. Os PCNs também mostram que faz-se

necessário que os professores busquem a formação adequada para poderem utilizar

este recurso de forma coerente com a realidade de seus alunos e da comunidade

onde estão inseridos. De acordo com Valente:

A capacitação hoje não pode mais ser vista como uma simples passagem de informação, adestramento ou treinamento sobre como realizar uma tarefa, mas a preparação do trabalhador para entender conceitos envolvidos no seu trabalho, bem como tomar consciência de suas estratégias de aprendizagem e saber dominar os recursos da tecnologia digital para que possa continuar a aprender. (VALENTE, 2007, p. 49 e 50)

De acordo com as ideias citadas, o tema apresentado nessa pesquisa, aborda

o trabalho realizado em um grupo colaborativo sobre o uso de diferentes ferramentas

de apoio ao ensino e a aprendizagem de Matemática. A escolha dessas escolas não

ocorreu por acaso. Elas são parceiras no projeto intitulado “Relação entre a

formação inicial e continuada de professores de Matemática da Educação Básica e

as competências e habilidades necessárias para um bom desempenho nas provas

de Matemática do SAEB, Prova Brasil, PISA, ENEM e ENADE”, aprovado no âmbito

do Programa Observatório da Educação – Edital 038/2010/CAPES/INEP,

desenvolvido no Centro Universitário UNIVATES de 2011 a 2014 e vinculado ao

Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Exatas e ao curso de

Licenciatura em Ciências Exatas da referida instituição. A dissertação aqui

apresentada, constituiu-se em uma das ações do projeto de forma a atender a

algumas necessidades indicadas por professores de Matemática, em relação ao uso

de ferramentas de apoio ao ensino e a aprendizagem, tendo em vista a melhoria

desses processos e a consequente elevação dos índices do INEP das escolas

parceiras, a longo prazo. A pesquisa foi norteada pela questão:

Que repercussões o estudo realizado num grupo colab orativo, sobre o

uso de diferentes ferramentas de apoio ao ensino e à aprendizagem, teve na

prática pedagógica de professores de Matemática da Educação Básica?

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Orientados por essa questão, traçamos um objetivo para desenvolvermos o

trabalho. Tendo em vista a troca de ideias entre professores de Matemática,

julgamos pertinente compreendermos os contextos escolares nos quais estavam

inseridos. O objetivo geral desse trabalho consistiu-se em:

Analisar realidades e possíveis inovações na prátic a pedagógica de

professores de Matemática a partir das reflexões, d ebates e trocas de

experiências, sobre o uso de ferramentas de apoio a o ensino e aprendizagem

de Matemática, proporcionadas em um grupo colaborat ivo.

Para atingir o objetivo a que nos propomos, organizamos a pesquisa em duas

fases: a primeira de diagnóstico e a segunda de efetivação da proposta, realizando

os encontros. Nessas fases de trabalho destacamos como objetivos específicos:

1) Conhecer as realidades das seis Escolas da Educação Básica, no que se

refere à disponibilidade e uso de ferramentas de apoio ao ensino e à aprendizagem

de Matemática.

2) Promover debates, reflexões e trocas de experiências pedagógicas em

relação ao uso de ferramentas tecnológicas e materiais manipulativos em aulas de

Matemática, durante os encontros do grupo colaborativo.

3) Incentivar a autonomia dos professores no que diz respeito ao uso de

ferramentas de apoio aos processos de ensino e aprendizagem de Matemática.

Buscando atingir os objetivos e tendo a questão de pesquisa como norteadora

do trabalho, realizamos a pesquisa sob a perspectiva da metodologia qualitativa.

Para a coleta de dados, utilizamos como instrumentos a entrevista semiestruturada,

gravações em áudio e vídeo e tabelas de registros. A análise dos dados ao longo

das etapas da proposta foi realizada a partir de categorias emergentes dos relatos

dos professores envolvidos.

Iniciamos a pesquisa realizando o estudo do cenário atual das escolas a partir

de uma visita a cada instituição. Os registros dessa etapa do trabalho foram feitos

com fotos e os dados foram anotados em tabelas.

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Após organizarmos esses dados retornamos às escolas para uma conversa

em grupo com os professores de Matemática, que ocorreu como uma entrevista

semiestruturada. Nesse momento procuramos incentivar os professores a

integrarem o grupo colaborativo, para compartilharem suas experiências a respeito

do uso de ferramentas de apoio ao ensino e à aprendizagem. Os debates foram

gravados em áudio e vídeo para posterior transcrição, com a devida autorização dos

docentes presentes. Esse recurso também foi utilizado durante a realização dos

encontros do grupo colaborativo.

Dando continuidade, cada professora da Educação Básica, que possui

vínculo com o Observatório da Educação, levou um documento aos professores de

Matemática da sua escola, convidando-os a integrarem o grupo colaborativo para

compartilhar suas ideias e experiências. Nesse documento propomos um dia para

ocorrerem os encontros e a data de início dos mesmos.

Em seguida, realizamos os cinco encontros do grupo com a participação de

12 professoras de Matemática da Educação Básica, que tinham disponibilidade no

turno proposto. As datas dos demais encontros e as atividades a serem

desenvolvidas foram determinadas coletivamente.

Optamos pela apresentação dessa pesquisa em seis capítulos. O primeiro

consiste na Introdução, aqui apresentada. Os pressupostos teóricos são expostos no

capítulo dois e apontam as características do trabalho em um grupo colaborativo sob

a perspectiva de Fiorentini (2012), no qual a aprendizagem ocorre na troca entre

sujeitos, o que faz a aprendizagem ser potencializada pela interação, como sugere o

trabalho de Vygotsky (1991). Nesse segundo capítulo também mostramos os

apontamentos de alguns autores a respeito do uso de ferramentas de apoio ao

ensino e à aprendizagem de Matemática.

No capítulo três apresentamos a metodologia utilizada na realização da

intervenção. Definimos nesse capítulo os instrumentos usados na coleta de dados e

também discorremos a respeito da análise textual discursiva, aplicada à análise dos

dados.

No quarto capítulo apresentamos a coleta e análise de dados iniciais, ou seja,

das etapas que precederam a realização dos encontros do grupo colaborativo.

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Detalhamos nesse capítulo o cenário das escolas integrantes da proposta, bem

como as opiniões dos professores de Matemática dessas instituições a respeito do

uso de recursos de apoio em suas aulas.

No capítulo cinco apresentamos a descrição dos encontros do grupo

colaborativo, bem como a análise dos dados coletados ao longo dessa etapa da

intervenção.

Ao final, observando os objetivos propostos e os resultados alcançados,

constituímos o sexto e último capítulo, no qual são apresentadas as considerações

finais. Após compreendermos a intervenção realizada ao longo dos capítulos, esse

último ressalta a colaboração e coletividade como uma proposta alternativa à

formação continuada dos professores.

A seguir apresentamos algumas reflexões sobre os pressupostos teóricos

utilizados para o desenvolvimento da proposta.

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2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

Os pressupostos teóricos, que orientaram o trabalho desenvolvido na

pesquisa apresentada nessa dissertação, estão fundamentados, basicamente, nas

teorias de Vygotsky (1991), Fiorentini (2012) e autores que abordam o tema do uso

de ferramentas didáticas em aulas de Matemática.

Nas seções que seguem é possível perceber a consonância das teorias dos

diferentes autores. Buscamos na teoria de Vygotsky, as contribuições da interação

para a aprendizagem. Valente, Borba, Dullius e outros autores contribuíram para o

nosso trabalho com os estudos referentes ao uso de ferramentas de apoio aos

processos de ensino e de aprendizagem de Matemática. A constituição e trabalho

em grupo colaborativo teve como base os estudos realizados por Fiorentini.

2.1 Contribuições da teoria sócio-interacionsita de Vygotsky para o trabalho do

grupo colaborativo

Lev Semenovich Vygotsky (1826 – 1934) nasceu e viveu na antiga União

Soviética. Pertencia a uma família privilegiada cultural e economicamente. Cresceu

em um ambiente altamente intelectualizado, no qual pais e filhos debatiam sobre

assuntos diversos. Embora tenha se formado em Direito, interessou-se por outras

áreas de conhecimento como Filosofia, Psicologia, Literatura e Medicina. Essa

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diversidade de interesses, estímulos e interações, contribuiu decisivamente para o

desenvolvimento da sua teoria sócio-interacionista, a qual nos ofereceu aporte

teórico para o desenvolvimento do trabalho no grupo colaborativo.

As leituras sobre o trabalho de Vygotsky (1991) nos mostram que o objetivo

de sua pesquisa não era o resultado do processo de desenvolvimento mental, mas

sim o processo em si e para isso analisou a participação do sujeito nas atividades

sociais. Em sua teoria destaca que as estruturas sociais e as relações sociais levam

ao desenvolvimento das funções mentais. As pesquisas de Vygotsky abordam que o

desenvolvimento mental do sujeito é potencializado por ações de orientação, de

troca, de interação e de relação do sujeito com o meio (entende-se aqui meio como

tudo o que é externo ao sujeito). Nessa perspectiva podemos entender que a escola

pode funcionar como um ambiente maximizador dessas ações afim de promover

novas aprendizagens. A interação é também um dos aspectos ressaltados por

Vygostky em seu trabalho e que esteve presente em todos os encontros do grupo

colaborativo.

A teoria sócio-interacionista de Vygostky afirma que a aprendizagem ocorre

quando nos deparamos com situações que não conseguimos resolver sozinhos, ou

seja, situações para as quais precisamos buscar a interação, com outras pessoas ou

outros conhecimentos, para encontrarmos a solução de um determinado problema. A

zona de desenvolvimento proximal algumas vezes é tomada como um dos níveis de

desenvolvimento. No entanto, trata-se do campo intermediário do processo. Sendo o

desenvolvimento potencial desconhecido, já que não foi ainda atingido, Vygotsky

postula sua identificação através do entendimento da zona de desenvolvimento

proximal. Tendo como base que o desenvolvimento real é aquilo que o sujeito

consolidou, o potencial pode ser inferido com base no que o indivíduo consegue

resolver com ajuda. Assim, a zona proximal fornece os indícios do potencial,

permitindo que os processos educativos atuem de forma sistemática e

individualizada. Vygotsky deu a esse nível de desenvolvimento, o nome de zona de

desenvolvimento proximal (ZDP), e afirma que:

A zona de desenvolvimento proximal define aquelas funções que ainda não amadureceram, mas que estão em processo de maturação, funções que amadurecerão, mas que estão presentemente em estado embrionário. (VYGOTSKY, 1991, p. 97)

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Para Vygotsky, “o aprendizado orientado para os níveis de desenvolvimento

que já foram atingidos é ineficaz do ponto de vista do desenvolvimento global”

(VYGOTSKY, 1991, p.100). Dessa forma devemos apresentar desafios que

instiguem a necessidade de trocas, orientações e mediação na busca pela solução

das situações problema que se impõem. Atingimos assim a zona de

desenvolvimento proximal dos aprendizes.

Consideramos nessa pesquisa as professoras de Matemática da Educação

Básica, de seis diferentes escolas e municípios do Vale do Taquari, como

aprendizes. O grupo colaborativo teve como desafio ampliar as possibilidades de

uso de ferramentas de apoio ao ensino e à aprendizagem de Matemática. Para

tanto, várias atividades foram desenvolvidas em diferentes momentos e por

diferentes integrantes do grupo. A partir das dinâmicas utilizadas foi possível

observar a efetivação da mediação, da troca, da interação e do potencial da zona de

desenvolvimento proximal dos aprendizes, pois todo o grupo demonstrou atingir

conceitos diferentes daqueles já conhecidos a respeito das atividades propostas.

Ressaltamos que muitas das atividades propostas já eram conhecidas pelas

docentes, no entanto foi possível lançar um novo olhar sobre o uso do recurso, a

partir da mediação.

Novos olhares para essas ferramentas também possibilitaram a visualização

da importância da interdisciplinaridade para os processos de ensino e de

aprendizagem, visto que as atividades propostas no grupo colaborativo deixavam

espaço para a construção de conceitos em outras disciplinas. Essa ideia de

interdisciplinaridade nos permite reportar à diversidade de áreas do conhecimento

exploradas por Vygotsky ao longo de sua vida profissional.

Para Vygotsky (1991), a aprendizagem gera o desenvolvimento e ocorre na

zona de desenvolvimento proximal: “o processo de desenvolvimento progride de

forma mais lenta e atrás do processo de aprendizado; desta sequenciação resultam,

então, as zonas de desenvolvimento proximal” (VYGOTSKY, 1991, p.102). Essas

etapas despertam vários processos internos de desenvolvimento que podem

acontecer quando estamos interagindo com outras pessoas de forma colaborativa. A

zona de desenvolvimento proximal é potencializada através da interação social e

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nossas habilidades podem ser desenvolvidas com a colaboração entre os colegas,

como ocorreu no grupo colaborativo.

Esse grupo era formado por professoras que buscaram conhecer novos

instrumentos de ensino e aprendizagem, assim como apresentar aqueles que já

conheciam às colegas. De posse desses novos conhecimentos, adquiridos a partir

da troca de ideias, essas docentes poderão introduzir diferentes ferramentas em

suas aulas de Matemática.

Os estudos realizados no grupo colaborativo, sob orientação do trabalho de

Fiorentini, ocorreram seguindo a teoria de Vygotsky sobre a zona de

desenvolvimento proximal, uma vez que as ferramentas didáticas discutidas pelo

grupo, tiveram diferentes graus de complexidade. Os encontros do grupo

colaborativo sobre o uso de ferramentas no ensino e aprendizagem de Matemática,

aconteceram de forma em que as trocas de saberes e experiências foram

sistemáticas e que cada integrante sentiu-se desafiada a buscar o conhecimento

apoiada pelas demais.

2.2 O uso de recursos didáticos nos processos de en sino e de aprendizagem

Na região do Vale do Taquari, contexto de investigação dessa pesquisa, é

comum ouvirmos relatos de alunos dos últimos anos do Ensino Fundamental, e

também do Ensino Médio, dizendo: “Detesto Matemática”. De acordo com Bianchini,

Gerhardt e Dullius (2010, p. 1) a matemática “é vista, pela maioria dos estudantes,

como sendo rigorosa, formal e abstrata e, assim, de difícil compreensão. As aulas

são ditas monótonas e pouco atrativas”. Parece que o gosto e o interesse pela

disciplina, decrescem proporcionalmente, conforme o estudante avança em seus

estudos. Talvez a falta de contextualização e problematização no ensino da

disciplina possam contribuir para tal aversão. Durante conversas com professores da

disciplina de Matemática em nossas escolas, os docentes relatam que em geral

percebem essa insatisfação dos alunos em relação às aulas.

Nesse contexto, buscamos compreender quais recursos poderiam

desconstruir essa visão. Um deles, que vem sendo inserido de diferentes maneiras

na sala de aula, é o computador. Entendemos que o uso dessa ferramenta é

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importante, pois proporciona o acesso a uma grande quantidade de informações que

são apresentadas de forma rápida e dinâmica, que é uma das maneiras como

parece que nossos alunos aprendem ou estão habituados a estudar atualmente. As

necessidades dos nossos alunos também indicam outras possibilidades e, nesse

sentido podemos explorar materiais específicos da disciplina, como o Tangran, e

alguns jogos de estratégia, a exemplo do xadrez, que colaboram para o

desenvolvimento de determinados conteúdos de Matemática.

No instante em que um aluno ingressa na vida escolar, traz consigo o que

viveu até o momento. Da mesma forma, estudantes em séries finais do Ensino

Fundamental ou no Ensino Médio apresentam, de forma natural, mais afinidade com

algumas disciplinas. Esse grupo de estudantes também aponta algumas de suas

preferências de aprendizagem. Sobre esse tema, Cavellucci e Valente (2004)

afirmam que:

(…) as pessoas possuem um conjunto de preferências que determinam uma abordagem individual para aprender, o qual denominamos preferências de aprendizagem. Porém não necessariamente as preferências manifestas são as mesmas em todas as situações, independentemente do conteúdo e da experiência do aprendiz. Tampouco o acompanham ao longo de toda a sua vida, como uma marca definitiva(...). Essas preferências de aprendizagem podem ir mudando, na medida em que adquirimos habilidades e desenvolvemos estratégias para lidar com diferentes situações de aprendizagem na escola e na vida. (CAVELLUCCI e VALENTE, 2004, p. 4)

Não é necessário, entretanto, que o professor ou o sistema educacional

testem as preferências de cada aluno, muito pelo contrário, deve-se evitar tais

classificações que os testes venham a fornecer sobre os estudantes, evitando pré-

conceitos. Porém, é possível verificar no dia a dia, quais as preferências de

aprendizagem que um grupo de estudantes apresenta para que se possa propor

ações e atividades associadas a essa forma de aprender. Para contemplar essas

diferentes e variadas formas de aprender, o uso de ferramentas pode servir de apoio

ao ensino e à aprendizagem de Matemática.

Uma das ferramentas didáticas que hoje merece destaque é o computador,

pois a informática tornou-se indispensável em nosso dia a dia e na vida dos nossos

alunos e a sua utilização em sala de aula é inquestionável. De acordo com Rezende

(2002):

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Na virada do século, não se trata mais de nos perguntarmos se devemos ou não introduzir as novas tecnologias da informação e da comunicação no processo educativo. Já na década de 80, educadores preocupados com a questão consideraram inevitável que a informática invadisse a educação e a escola, assim como ela havia atingido toda a sociedade. Atualmente, professores de várias áreas reagem de maneira mais radical, reconhecendo que, se a educação e a escola não abrirem espaço para essas novas linguagens, elas poderão ter seus espaços definitivamente comprometidos. (REZENDE, 2002, p. 1)

O uso da informática, de fato, tornou-se inquestionável, pois está presente no

nosso dia a dia de forma indispensável.Nossos alunos possuem uma relação estreita

com essa ferramenta. O computador tem inúmeros recursos que um professor não

pode proporcionar aos alunos, como por exemplo uma interface repleta de cores,

símbolos e sinais sonoros e luminosos, que são atrativos. No entanto a utilização

dessa ferramenta deve ocorrer de forma inteligente2, já que o recurso, por si só, não

é capaz de trazer contribuições para a área educacional e que será ineficiente se

usado como o ingrediente mais importante do processo educativo.

De acordo com Valente, para que a utilização do computador ocorra de forma

satisfatória é preciso que o professor conheça as potencialidades educacionais da

ferramenta. Se o uso ocorrer dessa forma, as modificações promovidas na sua

prática pedagógica, também serão satisfatórias. Por outro lado, se o computador for

utilizado apenas para transmissão de informações prontas sem que exista a

possibilidade de realizar a análise de dados, ou ainda como um indicador de erros

cometidos pelo aluno, o professor estará apenas informatizando o ensino tradicional.

Nessa perspectiva a mudança que ocorre é que o educador deixa de ser o

fornecedor da informação para ser o organizador dos processos de ensino e de

aprendizagem, podendo ser auxiliado pelo computador, já que este possui uma

grande capacidade de armazenar dados e informações, como propõe Valente

(1997).

Para Borba (1999), os aplicativos informáticos dinamizam os conteúdos

curriculares e potencializam o processo pedagógico no contexto da Educação

Matemática. Ainda de acordo com o autor, o uso de mídias tem suscitado novas

questões, sejam elas em relação ao currículo, à experimentação matemática, às

possibilidades do surgimento de novos conceitos e de novas teorias matemáticas.

2 “(...) o uso inteligente do computador não é um atributo inerente ao mesmo, mas está vinculado à

maneira de como nós concebemos a tarefa na qual ele será utilizado”. (Valente, 1997, s/p)

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Conforme Maltempi, Javaroni e Borba (2011, p. 5) “a inserção de tecnologia no

ambiente de ensino e aprendizagem requer um repensar da prática docente, pois a

tecnologia não é neutra e transforma a relação”. Os autores complementam a ideia

do uso de ferramentas afirmando que “a tecnologia não é boa nem má, mas

depende da relação que estabelecemos com ela, do uso que fazemos dela”.O uso

desse recurso, também contempla a proposta pedagógica dos Parâmetros

Curriculares Nacionais (1998):

O computador, em particular, permite novas formas de trabalho, possibilitando a criação de ambientes de aprendizagem em que os alunos possam pesquisar, fazer antecipações e simulações, confirmar idéias prévias, experimentar, criar soluções e construir novas formas de representação mental. (Brasil, 1998, p.141)

Ao encontro da proposta, Quartieri, Dullius e Giongo (2012) afirmam que:

(...) além da questão de acesso aos equipamentos, o grande desafio que os educadores enfrentam é a utilização das tecnologias de forma criativa e inovadora de maneira que possam auxiliar a potencializar a aprendizagem do estudante. Portanto a simples presença dos recursos tecnológicos nas escolas não é, por si só, garantia de melhora no ensino, pois a aparente modernidade pode “mascarar” um ensino tradicional baseado na memorização. (QUARTIERI, DULLIUS e GIONGO, 2012, p. 27)

Conforme as autoras, professores capacitados e os recursos disponíveis nas

escolas nos permitem fazer um bom uso das tecnologias que estiverem à disposição

no computador. Precisamos aprender a explorar as potencialidades desta

ferramenta. Dentro da proposta realizada no grupo colaborativo, as professoras

tiveram a oportunidade de estudar algumas potencialidades das ferramentas

computacionais que foram apresentadas pelas colegas do grupo. Após terem

conhecido mais alguns recursos computacionais nos estudos do grupo, cada

integrante pode fazer uso desse conhecimento da melhor forma possível dentro do

contexto de suas escolas.

Também destacamos a importância da utilização de jogos durante as aulas da

disciplina de Matemática, recurso este que foi trazido ao grupo colaborativo por

várias integrantes. De acordo com Starepravo (2006), os alunos utilizam estratégias

de cálculos durante os jogos sem necessariamente preocuparem-se com a

formalidade geralmente exigida durante as aulas de Matemática e por meio das

situações problemas criam estratégias próprias:

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Os jogos colocam os alunos constantemente diante de situações de resolução de problemas e, como essas situações se apresentam de uma forma diferenciada dos “problemas” em geral trabalhados na escola (enunciados com formatação padrão (apresentados por escrito), acabam encorajando o aluno a usar procedimentos pessoais, os quais podem ser posteriormente objetos de discussão com toda a classe. (STAREPRAVO, 2006, p. 42)

Na articulação entre o que se conhece e o que se imagina, que é uma

situação característica do jogo, o aluno desenvolve habilidades. Por meio da

curiosidade e dos desafios o aluno é motivado a executar ações que ampliam seu

conhecimento.

De acordo com Groenwald, os jogos

“tem o objetivo de fazer com que os adolescentes gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o interesse do aluno envolvido. A aprendizagem através de jogos, como dominó, palavras cruzadas, memória e outros permite que o aluno faça da aprendizagem um processo interessante e até divertido.” (GROENWALD, texto digital)

Conforme a autora, os jogos podem fazer do ensino e da aprendizagem,

processos interessantes, divertidos, lúdicos, possibilitando o prazer em aprender

Matemática.

2.3 O trabalho em um grupo colaborativo

Tendo como ideal a constituição do grupo colaborativo e a solidificação em

torno das discussões sobre o uso de ferramentas, realizamos estudos sobre o

trabalho de Fiorentini (2012). De acordo com o autor, o termo colaboração pode

assumir diferentes significados. Em alguns contextos, colaboração é entendida

como sinônimo de cooperação. No entanto, cooperação e colaboração possuem

significados diferentes ao relacioná-los com os objetivos individuais dos membros e

o objetivo comum do grupo. Para Fiorentini:

(...) na cooperação, uns ajudam os outros (“co-operam”) em tarefas cujas finalidades geralmente não resultam de negociação conjunta do grupo, podendo haver subserviência de uns em relação a outros e/ou relações desiguais e hierárquicas. (FIORENTINI, 2012, p. 56)

Já na colaboração as relações tendem a ser não-hierarquizadas, com

liderança compartilhada e corresponsabilidade pela condução das ações. Essa

liderança compartilhada ocorre quando, por exemplo, o próprio grupo define quem

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coordena determinada atividade, podendo haver um rodízio entre os membros do

grupo, para que todos participem efetivamente do trabalho. Quando se trata de um

processo essencialmente colaborativo, todos do grupo “assumem a

responsabilidade de cumprir e fazer cumprir os acordos do grupo, tendo em vista

seus objetivos comuns” (FIORENTINI, 2012, p. 62).

A respeito dos aspectos constitutivos de um grupo colaborativo, o autor

destaca:

1) Voluntariedade, identidade e espontaneidade

De acordo com Fiorentini (2012, p. 59) a vontade de integrar um grupo

colaborativo “deve vir do interior de cada um”, Dessa forma todos os integrantes

sentem-se à vontade para fazerem parte do grupo “sem serem coagidas ou

cooptadas por alguém a participar”.Conforme o autor, muitos são os motivos que

levam os professores a desejarem integrar um grupo. Dentre eles destaca: buscar

apoio e parceiros, enfrentar desafios conjuntamente, desenvolver projetos, buscar o

próprio desenvolvimento profissional e desenvolver pesquisa sobre a própria prática.

Na realização das atividades do nosso grupo foi possível perceber que cada

integrante veio aos encontros por vontade própria, pelo prazer de trocar ideias, uma

vez que todas sabiam que não haveria nenhum tipo de certificação ou comprovação

das atividades realizadas. Elas integraram o grupo pelo desejo de contribuir e de

melhorar a sua prática pedagógica.

2) Liderança compartilhada e corresponsabilidade

Para Fiorentini (2012, p. 62), em um trabalho desenvolvido coletivamente, não

há hierarquia entre os membros e todos têm vez e voz. No trabalho realizado, todas

as decisões do grupo foram tomadas conjuntamente e cada integrante participou

ativamente desse processo.

3) Apoio, respeito mútuo e reciprocidade de aprendizagem

Conforme Fiorentini (2012, p. 63), é comum “os professores trazerem suas

expectativas, sucessos, achados, angústias, frustrações e dilemas da prática

profissional para compartilhar com o grupo”, Podemos ressaltar que esse aspecto foi

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trazido pelas integrantes aos encontros do grupo colaborativo e que as professoras

sentiam-se muito bem podendo dividir com as demais aquilo que julgassem

pertinente aquele momento. De acordo com Fiorentini (2012), poder expressar suas

angústias e frustrações e encontrar no grupo o apoio que espera pode contribuir

para a confiança, a autoestima e o respeito mútuo dos professores.

Além dos aspectos citados, Fiorentini (2012, p. 65) destaca o que de fato

concebe o trabalho em um grupo colaborativo e que foi possível perceber no

desenvolvimento do nosso trabalho: participação voluntária, desejo de compartilhar

experiências, momentos dedicados ao bate-papo informal, expressão livre do

pensamento, disposição para ouvir críticas e mudar, inexistência de uma verdade

única, planejamento conjunto, confiança e respeito mútuo, negociação de metas e

objetivos e responsabilidade para atingi-los, sistematização de conhecimentos a

partir de estudos realizados e reciprocidade de aprendizagem. Cabe ressaltar que

Fiorentini (2012, p. 66) destaca a reciprocidade de aprendizagem entre novatos e

veteranos, que também pudemos perceber em nosso grupo.

O trabalho colaborativo envolveu diálogo, troca de experiências, liderança e

tomada de decisões em conjunto e foi muito importante que as professoras se

posicionassem de forma atuante no grupo e que houvesse um objetivo comum sobre

o que se pretendia alcançar com o trabalho, e ainda qual seria a melhor forma de

chegar a esse resultado. Nesse contexto de colaboração, as professoras de

Matemática sentiram-se envolvidas sendo possível perceber a importância da troca

de ideias e experiências. No trabalho em conjunto também surgiram diferentes

aplicabilidades para os mesmos recursos apresentados pelas integrantes, em virtude

dos diferentes contextos em que estão inseridas as docentes.

A realização das atividades do grupo colaborativo sobre o uso de ferramentas

no ensino e aprendizagem de Matemática propiciou às professoras, momentos de

reflexão sobre as suas próprias práticas. Cada integrante pode trazer a sua

experiência para compartilhar com as demais. As atividades serviram como estímulo

às integrantes a incorporarem as novas ideias às suas práticas. Os momentos de

colaboração vividos pelas integrantes no grupo colaborativo, poderão servir de

incentivo à criação de novas metodologias de ensino.

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O aporte teórico aqui apresentado traz três grandes aspectos contemplados

nos encontros do grupo colaborativo. Primeiramente o estudo de Vygotsky aponta a

exploração da zona de desenvolvimento proximal por intermédio da interação e da

mediação como uma forma de promover os processos de ensino e de

aprendizagem. Posterior a isso elencamos as ideias de vários autores que defendem

o uso de ferramentas de apoio ao ensino e a aprendizagem de Matemática. Por

último relatamos os estudos de Fiorentini sobre o trabalho em um grupo

colaborativo. Percebemos que as perspectivas dos autores se fundem ao relatarem

que os processos de ensino e aprendizagem ocorrem de formas variadas para cada

pessoa. Para contemplarmos esse aspecto, precisamos usar diferentes recursos,

interagir constantemente e colaborarmos uns com os outros em busca de uma

aprendizagem concreta.

No próximo capítulo apresentamos a metodologia empregada ao longo do

trabalho, definindo os instrumentos usados para coleta dados e a forma como

realizamos a análise dos mesmos.

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3 METODOLOGIA

Para atingir os objetivos a que nos propomos e responder a pergunta

norteadora dessa pesquisa realizamos o trabalho na perspectiva da pesquisa

qualitativa. Apresentamos a metodologia em três seções, nesse capítulo.

Na primeira, descrevemos a características do grupo, destacando sua

composição e formação. Na segunda, citamos os instrumentos utilizados na coleta

de dados, bem como os objetivos dos mesmos e na terceira, citamos como

realizamos a análise dos dados.

O trabalho desenvolvido foi fundamentado na metodologia de pesquisa

qualitativa, envolvendo as seis escolas parceiras do Observatório da Educação.

Conforme Moreira e Caleffe (2006, p. 73), a pesquisa é assim caracterizada quando

exploramos as características dos cenários e dos indivíduos a partir da descrição

das práticas, coletando dados verbalmente.

Os autores também destacam que a ideia central da investigação qualitativa

está no significado que as pessoas atribuem a fatos e objetos, em suas ações e

interações dentro de um contexto social, e na forma clara de expor esses

significados. De acordo com as ideias dos autores, podemos perceber que o

trabalho em um grupo colaborativo se ajusta à pesquisa qualitativa, por lidar

diretamente com a perspectiva dos diferentes indivíduos, inseridos em seus

contextos que podem ser diversos.

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3.1 Formação e composição do grupo colaborativo

A decisão de formar o grupo colaborativo foi tomada a partir das discussões

que existiam entre as integrantes do Observatório da Educação. A maioria das

bolsistas que compõem esse projeto, atua como professora da Educação Básica e

muitas vezes o assunto em pauta era a formação continuada promovida pelas

escolas ou secretarias responsáveis. Em relação a isso, algumas vezes vimo-nos

afirmando o quanto essas formações têm se apresentado distantes das nossas

necessidades. É comum, em nossa região, que a 3ª Coordenadoria Regional de

Educação proporcione palestras sobre temas como modificações da estrutura

curricular e o processo de avaliação para grandes grupos de professores.

Evidentemente que os assuntos abordados nessas formações são relevantes, mas

ao longo da caminhada tornam-se repetitivos e por serem geralmente apresentados

somente em forma de palestra colocam os professores na posição de meros

ouvintes.

Um outro exemplo a respeito dos temas que são tratados é a evasão escolar,

que se acentua no ensino noturno. De acordo com índices divulgados pelo Instituto

Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), é possível

percebermos alguns avanços no que diz respeito à elevação da qualidade do

ensino, se considerarmos, por exemplo, o aumento do número de aprovações na

Educação Básica na Região Sul do Brasil, nos anos de 2010 e 2011. No entanto,

também verificamos que, nesse mesmo período, os indicativos de abandono

permanecem os mesmos3 ou até aumentaram, dependendo das séries observadas.

Esse fato pode indicar que torna-se importante realizar uma investigação minuciosa

e que leve em consideração as características locais para poder propor ações que

promovam a melhoria da educação como um todo, o que é um processo demorado

e exige muitos estudos. Se levarmos em consideração os motivos pelos quais

alguns de nossos alunos desistem, poderemos nos deparar com a opinião deles de

que o que encontram nas aulas não lhes proporciona prazer, não os cativa, enfim

que as aulas não são interessantes para eles. Algumas vezes também é possível

3 Os dados de 2012 não estavam disponíveis no período em que essa dissertação foi concluída.

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percebermos essa insatisfação nos próprios docentes que relatam acharem suas

aulas repetitivas e não atrativas.

É importante ressaltar que no dia a dia, dentro das escolas, os professores

relatam a necessidade de também serem ouvidos, em contrapartida, às palestras

que participam, nas quais são apenas ouvintes. Cada escola possui uma realidade e

está inserida em uma comunidade com características diferentes. Torna-se difícil que

palestras de temas amplos atendam as necessidades individuais das escolas, e

ainda atinjam as expectativas dos professores. Nesse contexto, tanto em nossas

escolas quanto no grupo de docentes que integra o Observatório da Educação, os

relatos sobre a forma como poderiam se apresentar as nossas formações

continuadas voltam-se para o trabalho em grupos, nos quais o foco seja a troca de

experiências e ideias em torno das disciplinas que lecionamos.

As conversas informais dos integrantes do observatório, associadas às

entrevistas feitas nas escolas parceiras, fizeram-nos perceber a vontade da

constituição do grupo colaborativo. Quando o grupo é constituído dessa forma,

torna-se um processo natural, pois é pensado coletivamente e com participação

voluntária, onde o envolvimento de cada componente é igualmente importante.

Conforme Fiorentini:

A vontade de querer trabalhar junto com outros professores, de desejar fazer parte de um determinado grupo, é algo que deve vir do interior de cada um. Em outras palavras, um grupo autenticamente colaborativo é constituído por pessoas voluntárias, no sentido de que participam do grupo espontaneamente, sem serem coagidas ou cooptadas por alguém a participar. (FIORENTINI, 2012, p. 59)

Diante desse contexto constituiu-se, por 12 professoras da Educação Básica

de escolas estaduais da região do Vale do Taquari, o grupo colaborativo para realizar

estudos sobre o uso de ferramentas de apoio ao ensino e à aprendizagem de

Matemática. Algumas professoras, além de lecionarem Matemática, trabalhavam

com disciplinas como Física, Química, Ciências e Artes. Julgamos relevante

evidenciar essa característica, pois ao apresentarem suas atividades ao grupo, era

possível identificar certa interdisciplinaridade entre as áreas.

Cabe ressaltar que a formação inicial das docentes contemplava licenciatura

plena em Matemática ou licenciatura plena em Ciências Exatas. Também

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evidenciamos que as professoras tinham diferentes idades e tempos de experiência

docente com a disciplina, enriquecendo o trabalho. De acordo com Fiorentini (2012),

ambos os professores, iniciantes e experientes, ao participarem colaborativamente

de trabalhos intelectuais levantam:

(...) problemas, identificam discrepâncias entre teorias e práticas, desafiam rotinas comuns, apóiam-se mutuamente para coconstruir novos conhecimentos e tornar visível, muito do que é considerado dado ou implícito no processo ensino-aprendizagem. (FIORETINI, 2012, p. 67)

Ainda de acordo com o autor, novatos e veteranos aprendem de forma

recíproca, o que também foi possível perceber no desenvolvimento do grupo.

3.2 Instrumentos utilizados da coleta de dados

Durante a realização das atividades referentes ao trabalho desenvolvido,

utilizamos registros em tabelas, fotos e vídeos (filmagens) e realizamos uma

entrevista semiestruturada, que foi feita em grupo. Também usamos como recurso a

transcrição dos vídeos, tanto da entrevista, quanto dos encontros do grupo

colaborativo, gerando material escrito que foi analisado posteriormente.

De acordo com Tozoni-Reis (s/d):

A apresentação dos resultados organizados e categorias na redação final do estudo, vem, na pesquisa qualitativa, em geral, em forma de texto, tabelas e gráficos apresentados nos capítulos do estudo e precede a discussão, a interpretação ou análise. É comum também, na pesquisa qualitativa em educação, a ilustração dos dados com imagens, fotos ou qualquer outro tipo de recurso que dê ao leitor, da melhor forma possível, as informações sobre o fenômeno estudado. (TOZONI-REIS, s/d, p. 6)

Em concordância com a autora utilizamos tabelas e textos para a organização

dos dados coletados durante a pesquisa. Isso possibilitou uma visualização ampla

do cenário de cada instituição, no que diz respeito à disponibilidade de ferramentas

de apoio ao ensino e à aprendizagem de Matemática.

Compreendemos que as transcrições dos vídeos gerados na entrevista e nos

encontros, chamadas pela autora de textos, nos forneceram dados para realizar uma

análise posterior. A partir deles identificamos as opiniões dos docentes entrevistados

e das professoras que integraram o grupo colaborativo, quanto ao tema já citado.

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A primeira etapa da pesquisa constitui-se em diagnosticar a disponibilidade de

ferramentas de apoio ao ensino e a aprendizagem de Matemática, em cada uma das

seis escolas envolvidas e também nos Laboratórios de Matemática e Informática do

Centro Universitário UNIVATES. Para tal construímos uma tabela de cada escola, na

qual organizamos os dados coletados.

Após a realização da fase de diagnóstico, passamos para a segunda etapa.

Essa constituiu-se em realizar uma entrevista semiestruturada com os professores

de Matemática das seis escolas envolvidas. Essa entrevista ocorreu com o objetivo

de verificar de que forma as ferramentas de apoio, eram usadas pelos docentes.

De acordo com Moreira e Caleffe (2006):

A entrevista semi-estruturada representa, como o próprio nome sugere, o meio-termo entre a entrevista estruturada e a entrevista não-estruturada. Geralmente se parte de um protocolo que inclui os temas serem discutidos na entrevista, mas eles não são introduzidos da mesma maneira, na mesma ordem, nem se espera que os entrevistados sejam limitados nas suas respostas e nem que respondam a tudo da mesma maneira. Ao usar a entrevista semi-estruturada, é possível exercer um certo tipo de controle sobre a conversação, embora se permita ao entrevistado alguma liberdade. Ela também oferece uma oportunidade para esclarecer qualquer tipo de resposta quando for necessário (...). (MOREIRA e CALEFFE, 2006, p. 169)

Ao encontro do que afirmam os autores, a entrevista ocorreu nos moldes da

entrevista semiestruturada, uma vez que tínhamos quatro questões norteadoras e os

professores envolvidos emitiam suas opiniões sobre o assunto, à medida que as

perguntas iam sendo postas ao grupo. Também podemos afirmar que as respostas

se entrelaçavam, já indicando a próxima questão.

Conforme citam Moreira e Caleffe (2006), o momento da entrevista

semiestruturada é uma boa oportunidade para esclarecer as respostas dadas. Dessa

forma, tentamos explorar ao máximo o momento que os docentes reservaram para

essa, afim de atingir o objetivo da pesquisa. A entrevista aconteceu de forma

semelhante em cada escola envolvida: reunindo-se os professores de Matemática

para uma conversa em grupo, na qual lançamos uma questão e cada docente expôs

a sua opinião acerca do tema “uso de ferramentas de apoio ao ensino e à

aprendizagem de Matemática”.

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Após a entrevista, os vídeos foram transcritos gerando assim um vasto

material escrito para posterior análise. Da mesma forma como na primeira etapa,

nessa segunda, agrupamos as respostas de cada questão por significado.

A terceira etapa foi a realização dos encontros do grupo colaborativo,

apoiados por Fiorentini (2012). De acordo com o autor, um trabalho colaborativo é

aquele em que o objetivo é comum a todos os integrantes. Nesse tipo de grupo

também há liderança compartilhada e todos contribuem para que o objetivo comum

seja atingido. No nosso grupo, o objetivo era trocar ideias e experiências a respeito

do uso de ferramentas de apoio ao ensino e à aprendizagem de Matemática.

Conforme Weller (2010, p. 56), nos grupos de discussão, o pesquisador busca

intervir o mínimo possível e “fomentar discussões voltadas ao “como”, que levem a

reflexão e narração de determinadas experiências e não somente à descrição de

fatos”.

Assim como a entrevista, os vídeos dos encontros foram transcritos gerando

um material escrito para posterior análise, nos quais agrupamos as opiniões sobre

os encontros em duas grandes categorias: expectativas e opiniões sobre a

intervenção, de cada encontro realizado.

3.3 Análise dos dados

Para analisar os dados coletados durante o desenvolvimento da pesquisa,

utilizaremos a metodologia denominada análise textual discursiva. Segundo Moraes

(2007, p. 143), categorização, descrição e interpretação são etapas que podem

compor essa metodologia.

Na análise textual discursiva, a interpretação tende para a “reconstrução de

significados a partir das perspectivas de uma diversidade de sujeitos envolvidos nas

pesquisas” (MORAES, 2007, p. 145). Percebemos que as possíveis repercussões

que poderão emergir desse trabalho e ser visualizado na prática pedagógica das

integrantes ocorrerão a partir de novos significados construídos com o grupo. Posto

isso a análise textual discursiva, que enaltece as reconstruções de significados

realizadas a partir dos sujeitos envolvidos na pesquisa, demonstra ser a melhor

opção para analisar o trabalho realizado no grupo colaborativo.

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Para Moraes (2007) a análise textual discursiva valoriza tanto a descrição

quanto a interpretação dos fatos. Compreendemos que essa metodologia de análise

comporta-se entre as metodologias de análise discursiva e de conteúdo, podendo

transitar entre esses extremos. Dessa forma podemos utilizar recursos em alguns

aspectos mais próximos da proposta de análise de conteúdo e em outros, mais

próximos da análise de discurso sem necessariamente ter que definir ora uma, ora

outra metodologia.

De acordo com Moraes (2007, p. 144), “para a análise de conteúdo, a

interpretação constitui-se num afastar-se da descrição, num exercício de abstração e

teorização sobre o analisado num determinado “corpus” textual”, enquanto que a

análise de discurso focaliza a interpretação nas condições de produção e “pode ser

organizada de modo a dispensar o momento descritivo, concentrando-se

unicamente no momento interpretativo”.

Conforme Moraes (2007, p. 159), a análise textual discursiva “se aproxima de

forma decisiva das teorias emergentes, movimentos de teorização que se

aproximam nas manifestações discursivas dos sujeitos das pesquisas”. Ainda de

acordo com o autor, “a análise textual discursiva percebe seus objetos de pesquisa

como discursos, não como fenômenos ou conceitos isolados”. A partir disso temos

que os textos gerados das transcrições dos encontros do grupo e também dos

registros feitos pelas professoras nos seus cadernos de anotações, servirão de base

para a análise dos seus discursos, que indicam suas opiniões a respeito do uso das

ferramentas de apoio ao ensino e a aprendizagem de Matemática.

A análise dos dados coletados será realizada por etapas de trabalho, que

serão apresentadas no próximos capítulos. Assim, primeiramente apresentaremos

os dados coletados na visita às escolas, no que diz respeito à disponibilidade de

ferramentas de apoio ao ensino e à aprendizagem de Matemática. Após,

apresentaremos os dados coletados na entrevista que foi realizada com os grupos

de professores de Matemática das seis escolas integrantes da pesquisa, agrupando-

os em categorias emergentes das próprias respostas e, por fim, apontaremos os

dados coletados ao longo da realização dos encontros do grupo colaborativo, dessa

mesma forma.

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No próximo capítulo apresentamos as atividades desenvolvidas e os dados

coletados nas fases de diagnóstico e de entrevista.

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4 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS INICIAIS

Esse capítulo está dividido, assim como os anteriores, em duas seções.

Na primeira, descrevemos o cenário das instituições quanto à disponibilidade

de ferramentas de apoio às aulas de Matemática e a análise desses dados iniciais

da pesquisa.

Na segunda seção apresentamos a entrevista realizada como os professores

de Matemática das escolas envolvidas e a análise dos dados dessa etapa a partir

das categorias observadas nas respostas das questões.

4.1 Descrição e análise dos dados do cenário das es colas e da Univates,

quanto à disponibilidade de ferramentas de apoio

Nessa fase inicial a pesquisa foi exploratória, pois fizemos a identificação dos

recursos disponíveis nas seis escolas de Educação Básica que integram a pesquisa,

todas elas públicas estaduais e localizadas no Vale do Taquari. Realizamos o

levantamento das ferramentas disponíveis nas escolas e das características gerais

das mesmas, no que diz respeito ao número de alunos e turnos de trabalho. De

acordo com Moreira e Caleffe (2006), a pesquisa exploratória é desenvolvida com o

objetivo de proporcionar uma visão geral sobre um determinado aspecto e “Muitas

vezes as pesquisas exploratórias constituem a primeira etapa de uma investigação

mais ampla.”

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Cabe ressaltar aqui que todos os dados referentes aos materiais didáticos,

jogos de Matemática, recursos de informática e jogos de estratégias foram

organizados em tabelas que auxiliam a visualização dos recursos disponíveis. Essa

etapa do trabalho foi realizada pela mestranda e por uma professora da Educação

Básica, ligada à instituição a ser visitada na data prevista.

Em data previamente estabelecida nos deslocamos até cada uma das escolas

e iniciamos os registros dos dados na tabela, cujo cabeçalho consta no Quadro 1,

como modelo.

Nome Unidades O que é/para que serve Características gerais Imagem

Quadro 1: Cabeçalho da tabela preenchida com os dados das escolas.

A professora que acompanhava a atividade determinava os espaços a serem

visitados, mostrando os materiais a serem registrados na tabela. Para cada material

apresentado identificamos nome, quantidade de exemplares disponíveis,

características gerais do material e, com auxílio de uma câmera digital, obtivemos

sua imagem. A partir da realização dessa primeira atividade, que antecedeu a

intervenção pedagógica a que nos propomos, cada escola recebeu um número que

a identifica em todas as etapas do processo.

De forma semelhante ocorreu o registro a respeito do Laboratório de

Informática das escolas. Sobre ele, registramos na mesma tabela, o número de

computadores na sala, o sistema operacional em funcionamento e obtivemos uma

imagem em print screen das telas iniciais dos softwares e aplicativos Matemáticos

disponíveis nas máquinas.

Essa mesma atividade de levantamento de dados sobre os recursos

disponíveis, ocorreu na Univates. Para realizar esse levantamento, os espaços

visitados foram os Laboratórios de Matemática e Informática. No Laboratório de

Matemática observamos os jogos já construídos por série da Educação Básica, bem

como os materiais, que estão sob a forma de sugestão em diversas encadernações

arquivadas nesse espaço. No Laboratório de Informática, assim como nas escolas,

obtivemos uma imagem em print screen das telas iniciais dos softwares e aplicativos

Matemáticos disponíveis nas máquinas. No entanto, não mencionamos o número de

máquinas disponíveis, uma vez que trata-se de uma instituição de ensino superior

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que conta com cerca de 1 ou 2 Laboratórios de Informática por prédio, e a

quantidade, por si só, não determina qualidade. Vale ressaltar que a visita ocorreu

em um dos Laboratórios de Informática que possui a configuração padrão de toda a

instituição.

Descreveremos a seguir as informações das seis instituições no que diz

respeito às características gerais das escolas e à disponibilidade de ferramentas de

apoio ao ensino e à aprendizagem de Matemática. Também averiguamos a

disponibilidade dessas ferramentas nos Laboratórios de Matemática e Informática da

Univates4.

A escola 1 situa-se na zona urbana do município de Fazenda Vilanova, tem

aproximadamente 150 alunos matriculados no Ensino Médio, não oferece as demais

séries da Educação Básica e as aulas ocorrem à tarde e à noite. A instituição possui

laboratório de informática, biblioteca, aparelhos de televisão, dvd e projetor

multimídia, que podem ser levados para a sala de aula, ou utilizados no Laboratório

de Informática. Este último é reservado com antecedência pelos docentes e fica sob

responsabilidade do professor que acompanha a turma naquele instante. O prédio

onde a escola está instalada é parcialmente cedido pela prefeitura. Somente o

Laboratório de Informática e uma sala de aula estão localizados na parte do prédio

que é próprio da escola. No que diz respeito ao Laboratório de Informática, a escola

conta com 17 computadores que utilizam o Linux como sistema operacional, e

possuem os programas KmPlot, KBruch, Kpercentage e Kig, como aplicativos de

Matemática disponíveis. Esses aplicativos compõem a configuração básica fornecida

pelo Estado do Rio Grande do Sul. Quanto aos materiais manipulativos, a escola

possui aproximadamente 64 instrumentos de medida, como réguas, transferidores e

esquadros, 20 sólidos geométricos em acrílico, 26 jogos de Tangran5 e quatro jogos

de estratégia (Dama, Moinho e Ludo) (APÊNDICE A).

A escola 2 localiza-se na zona urbana do município de Encantado e tem

aproximadamente 930 alunos distribuídos em Educação Infantil, Ensino

Fundamental, Ensino Médio, Curso Normal e o Curso Técnico (Pós Médio) em seus

4 Todas as informações que constam nesse capítulo referem-se aos dados de 2012. 5 Tangram é um quebra-cabeça chinês formado por 7 peças (5 triângulos, 1 quadrado e 1

paralelogramo) Com essas peças podemos formar várias figuras, utilizando todas elas sem sobrepô-las.

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três turnos de funcionamento. A escola possui Laboratório de Informática e de

Ciências, auditório, sala de recursos multimídia (equipada com projetor multimídia e

equipamento de som) e biblioteca. O laboratório de informática é utilizado com ou

sem a presença do monitor. Essa instituição tem uma funcionária que exerce a

função de monitora e é responsável pelos materiais guardados em uma sala que

recebe o nome de Sala de Monitoria. Neste ambiente estão guardados vários

materiais específicos de cada disciplina, como jogos, livros didáticos, material de uso

em sala de aula, incluindo réguas e sólidos geométricos para a disciplina de

Matemática e também alguns equipamentos como aparelhos de som, retroprojetores

e a copiadora. A monitora também é responsável por reservar com antecedência os

ambientes coletivos que são usados pelos professores com suas respectivas

turmas. No que diz respeito ao Laboratório de Informática, a escola conta com 21

computadores que utilizam o Linux como sistema operacional, e possuem os

programas KmPlot, KBruch, GeoGebra, Kig, Cantor, Kpercentage e KAlgebra,

como aplicativos de Matemática disponíveis. Quanto aos materiais manipulativos, a

escola possui aproximadamente 19 instrumentos de medida, como réguas,

transferidores, paquímetros e esquadros, 13 sólidos geométricos em acrílico,

aproximadamente 10 jogos de Tangran, quatro caixas de peças de diferentes

formatos, 2 conjuntos de material dourado, 13 jogos de estratégia (Xadrez, Resta 1 e

Dama) e um jogo de sinais (APÊNDICE B).

A escola 3 situa-se na zona urbana do município de Sério, e tem

aproximadamente 240 alunos matriculados do 3º ano do Ensino Fundamental até o

3º ano do Ensino Médio, com funcionamento pela manhã e pela tarde. Possui um

Laboratório de Informática que pode ser utilizado pelos professores, sem

obrigatoriamente a monitora se fazer presente. Também tem um Laboratório de

Ciências. Os ambientes coletivos, como Laboratório de Informática, biblioteca e a

sala de televisão e o dvd, são reservados com antecedência. Os projetores

multimídia são utilizados em sala de aula. No que diz respeito ao Laboratório de

Informática, a escola conta com 11 computadores que utilizam o Windows como

sistema operacional, e possuem o programa Poly, como aplicativo de Matemática

disponível. Quanto aos materiais manipulativos, a escola possui aproximadamente

seis instrumentos de medida, como réguas, transferidores e esquadros, um jogo de

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Tangran e 24 jogos de estratégia (Torre de Hanói, dama, desafios para montar e

desmontar, números mágicos, jogos da velha e moinho) (APÊNDICE C).

A escola 4 localiza-se na zona urbana do município de Santa Clara do Sul e

tem aproximadamente 650 alunos matriculados nas turmas dos Ensinos

Fundamental e Médio, funcionando nos três turnos do dia. Possui Laboratório de

Informática e de Ciências, biblioteca e recursos como televisão, dvd e projetor

multimídia que são levados para as salas de aulas, que este ano também contam

com sinal de internet. No que diz respeito ao Laboratório de Informática, a escola

conta com 33 computadores, que utilizam o Windows XP e Linux como sistemas

operacionais, sendo que um deles possui o programaPowersim como aplicativo de

Matemática disponível. Quanto aos materiais manipulativos, a escola possui um

cubo desmontável, uma pirâmide desmontável, 12 sólidos geométricos, 12 jogos

matemáticos (alguns deles confeccionados pelos alunos como quebra-cabeças,

teorema de Pitágoras e outros) e quatro jogos de estratégia (Torre de Hanói,

Imagem e Ação, Jogo da Vida e Banco Imobiliário) (APÊNDICE D).

A escola 5 situa-se na zona urbana do município de Arroio do Meio e tem

aproximadamente 830 alunos matriculados em séries dos Ensinos Fundamental e

Médio, funcionando nos três turnos. A instituição possui biblioteca, salas com

recursos multimídia e laboratório de informática e de Ciências, sendo a utilização da

sala de informática organizada a partir do agendamento prévio e sob

responsabilidade do professor da turma. No que diz respeito ao Laboratório de

Informática, a escola conta com 22 computadores que utilizam o Linux como sistema

operacional, e possuem os programas KmPlot, KBruch, Kpercentage e Kig, como

aplicativos de Matemática disponíveis. Esses aplicativos compõem a configuração

básica fornecida pelo estado do Rio Grande do Sul. Quanto aos materiais

manipulativos, a escola possui aproximadamente 27 instrumentos de medida, como

réguas, transferidores e esquadros e 16 jogos de estratégia (Dama, Ludo, Resta 1,

Xadrez e dados de quantidade) (APÊNDICE E).

A escola 6 localiza-se na zona rural do município de Cruzeiro do Sul, tem

aproximadamente 270 alunos matriculados em todas as séries dos Ensinos

Fundamental e Médio e funciona nos três turnos. A instituição possui laboratório de

informática, biblioteca e os recursos de televisão, aparelho de dvd e projetor

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multimídia são utilizados em sala de aula. A sala de informática é usada pelos

professores e alunos quando o monitor está presente na escola e com reserva

antecipada do ambiente. No que diz respeito ao Laboratório de Informática, a escola

conta com 20 computadores que utilizam o Linux como sistema operacional, e

possuem os programas KmPlot, KBruch, Kpercentage e Kig, como aplicativos de

Matemática disponíveis. Esses aplicativos compõem a configuração básica fornecida

pelo estado do Rio Grande do Sul. Quanto aos materiais manipulativos, a escola

possui dois instrumentos de medida, como régua e transferidor, três conjuntos de

Material Dourado e Dominó de Contas, 30 peças em forma de trapézio para

construções diversas e nove jogos de estratégia (Xadrez, baralho, Ludo, Moinho e

Torre de Hanói) (APÊNDICE F).

As informações descritas acima apontam alguns fatores comuns às escolas.

Percebemos que todas elas, independentemente de sua localização ou número de

alunos, possuem laboratório de informática. Observando suas características

básicas, os aspectos que as diferem, residem nos dados físicos dessas instituições,

como por exemplo, o número de alunos, a localização e os turnos de funcionamento

das mesmas.

A partir dos dados obtidos, em relação à disponibilidade de ferramentas de

apoio, podemos concluir que as escolas são equipadas com recursos de informática

semelhantes entre si. Após termos visitado cada uma das escolas, percebemos que

todas as instituições possuem laboratório de informática com um bom número de

máquinas, permitindo que as mesmas sejam utilizadas individualmente pelos alunos,

ou em grupos com no máximo três integrantes, conforme relatado por uma das

professoras. As configurações internas também são iguais, apresentando os

mesmos softwares matemáticos e as mesmas condições de acesso a internet. A

escola 3 possui o sistema operacional Windows, já a escola 4 utiliza os dois tipos de

sistemas (Linux e Windows) e as demais usam o Linux em todos os computadores

do laboratório de informática. Quanto às demais ferramentas, cada escola tem uma

potencialidade. Umas possuem mais jogos de estratégia, outras, mais materiais

específicos da disciplina em questão, especialmente ligados a geometria (réguas,

compassos, sólidos geométricos). Observamos ainda que as instituições possuem

alguns materiais que foram confeccionados pelos alunos.

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Essa mesma ação, de verificar quais são as ferramentas disponíveis que

podem contribuir para o ensino e aprendizagem de Matemática, aconteceu na

Univates. A finalidade de elencar os recursos presentes nesta instituição foi de

constituir o cenário da mesma a fim de perceber qual poderá ser a sua contribuição

para o grupo colaborativo. Nesta instituição visitamos o Laboratório de Matemática e

um dos laboratórios de informática para a realização do levantamento de dados.

Optamos por catalogar os softwares de apenas um os laboratórios de informática da

instituição, porque todos apresentam os mesmos dados e configurações, referentes

a softwares matemáticos, conforme a informação recebida pelo responsável do

setor. Essa instituição conta com vários Laboratórios de Informática com cerca de 40

máquinas cada um. Em todos eles, o sistema operacional disponível é o Windows.

Alguns dos softwares e aplicativos encontrados em cada computador foram:

Blender, Lindo, MatLab, Powersim, Poly, Modellus, Mat Maker, Wingeom, Winmat,

Sintesoft Triângulos, Sintesoft Trigonometria, SuperLogo 3.0, Tangran, Cabri-

geometre II, Graphmatica, entre outros (APÊNDICE G). O Laboratório de

Matemática da instituição possui muitos materiais e jogos, dentre os quais

destacamos: nove baralhos matemáticos (Piff e Logaritmonencial), dois Tangrans,

quatro dominós sobre área, 18 trilhas sobre diferentes conteúdos, materiais sobre

fractais e frações, sólidos em papel e acrílico, quatro bingos e dois astrolábios

(APÊNDICE H).

Ao reunirmos todas as informações das instituições, foi possível visualizar

quais são os recursos encontrados nas escolas e na Univates. Dessa forma

constituímos o cenário das ferramentas que podem ser utilizadas nas aulas de

Matemática e que estão disponíveis nessas instituições.

4.2 Realização e análise dos dados da entrevista se miestruturada

Essa etapa também é exploratória, pois identifica a forma como as

ferramentas são usadas durante as aulas da disciplina de Matemática. Essa

atividade ocorreu a partir de uma entrevista semiestruturada que foi realizada em

grupo, com os professores de Matemática das seis escolas integrantes.

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Assim como na realização da primeira etapa, tínhamos uma data

predeterminada para realizar a atividade em cada escola. Antes de iniciarmos a

entrevista em si, expusemos aos professores a nossa intenção com a mesma, que

era obter dos docentes as suas concepções quanto ao uso das ferramentas de apoio

ao ensino e à aprendizagem de Matemática, disponíveis na escola. Ao fazermos isso

entregamos aos professores presentes um documento de Livre Consentimento

(APÊNDICE I), permitindo-nos registrar a conversa em vídeo, para que a mesma

pudesse ser, posteriormente, transcrita para a realização da análise textual dos

discursos dos professores. Ao longo das transcrições cada docente foi identificado

com um código, constituído pelo número da sua escola e uma letra. Como exemplo

podemos citar duas professoras da escola 1, para as quais os códigos são 1A e 1B.

Precisamos acrescentar que duas integrantes receberam os códigos 7A e 7B, pelo

vínculo com o Observatório da Educação.

Iniciamos fazendo uma breve apresentação da mestranda e também de cada

docente presente. As integrantes contaram sobre a sua trajetória desde a formação

inicial. Em seguida, lançamos a primeira questão da entrevista e o docente que se

sentia à vontade para respondê-la iniciava a fala e os outros seguiam conforme

interesse de se manifestarem. Dessa mesma forma todas as questões foram

respondidas, sendo possível elencar os interesses dos grupos em relação ao uso de

ferramentas no ensino e na aprendizagem de Matemática.

A entrevista era norteada por quatro questões, conforme segue:

1) Observando os recursos disponíveis na sua escola, você poderia apontar

quais são aqueles que você usa, quando e para que faz uso deles?

2) Conte-nos alguma experiência com o uso de ferramentas em uma aula de

Matemática.

3) Qual a importância que o professor percebe em usar esse recurso?

4) Quais são as necessidades em relação ao uso?

Percebemos que enquanto os professores respondiam a primeira questão,

por exemplo, o tópico a ser discutido na segunda questão já era introduzido

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indiretamente. Dessa forma, fomos desenvolvendo a entrevista em cada uma das

escolas.

Ao concluirmos a entrevista, procuramos instigar os professores a integrarem

o grupo colaborativo para estudar e trocar ideias e experiências sobre o uso de

ferramentas no ensino de Matemática. Informamos da previsão de que os encontros

do grupo colaborativo ocorram nas sextas-feiras à tarde.

A seguir descrevemos as características gerais dos contextos das entrevistas,

ocorridas em grupo e mostramos a forma como identificamos os professores

entrevistados, a fim de que sua identidade seja preservada.

A entrevista na escola 1 foi realizada no Laboratório de Informática e contou

com a participação de duas professoras denominadas aqui pelos códigos 1A e 1B.

Na escola 2 a entrevista contou com a participação de cinco professoras,

denominadas por 2A, 2B, 2C 2D e 2E. A discussão ocorreu na sala de estudos dos

professores.

A entrevista, na escola 3, foi realizada com três professoras, no Laboratório de

Ciências da escola, denominadas ao longo do texto por 3A, 3B e 3C. Na escola 4 a

discussão foi realizada com quatro professores, em uma das salas de aula da

escola, denominados nesse texto pelos códigos 4A, 4B, 4C e 4D.

A entrevista, na escola 5, contou com a participação de seis professores,

denominados aqui pelos códigos 5A, 5B, 5C, 5D, 5E e 5F, e foi realizada em uma

das salas de aula da instituição. Na escola 6 contamos com a participação de quatro

professoras, que são aqui denominadas por 6A, 6B, 6C e 6D, e ocorreu no galpão

de eventos da instituição.

Em todas as instituições, a entrevista foi desenvolvida em um clima informal,

favorecendo uma discussão em grupo sobre o uso de ferramentas do ensino e

aprendizagem de Matemática.

Na sequência apresentaremos os resultados da entrevista, organizados por

questão, identificando os aspectos que mais aparecem. Dessa forma organizamos

categorias que emergiram das próprias respostas dadas pelos professores.

Transcrevemos as falas de alguns docentes para mostrar a opinião dos mesmos

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sobre o uso de ferramentas no ensino e aprendizagem de Matemática, a partir das

questões colocadas na entrevista. Ressaltamos que essas categorias foram

percebidas de acordo com a nossa análise. No entanto temos consciência de que

outros pesquisadores poderão identificar ou julgar pertinentes outras categorias que

aqui não foram explicitadas.

4.2.1 Primeira questão

A primeira questão da entrevista era “Observando os recursos disponíveis na

sua escola, você poderia apontar quais são aqueles que você usa, quando e para

que faz uso deles?”

Percebemos que os professores utilizam os materiais disponíveis nas escolas

de diferentes formas e em diferentes momentos. As respostas dos professores nos

permitiram perceber as categorias emergentes, conforme o Quadro 2.

Quadro 2: Categorias de respostas da primeira questão da entrevista. CATEGORIA FALA TRANSCRITA

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS CONTEÚDOS

... a parte da trigonometria começo trabalhando semelhança, usando mais a parte prática, como medir a altura da parede da sala, não só utiliza os recursos, material específico, mas tu usas o ambiente, ...continuando, … a construção do astrolábio para medir outras superfícies, outros lugares da escola... (1B) ... eu começo o conteúdo com um jogo... (2D) ... todos os meus conteúdos eu dou um jeito de levar eles (referindo-se ao Laboratório de Informática), às vezes introduzindo um conteúdo... (3A) ... gosto de trabalhar com eles no início de um conteúdo com jogos, gosto muito do site do só matemática, que tem vários jogos... (4B) ... às vezes pra introduzir gráficos de funções, pra que eles verifiquem e analisem, os interceptos (referindo-se ao uso do Laboratório de Informática)...(5A) ... trabalhei com material dourado..., para começar os números decimais, só que se a gente pensar no cubo inteiro, e nessa tirinha, que parte é em relação a esse? em relação ao pequeno? em relação ao grande?... (6A)

...uso na parte da geometria com o 3º ano os sólidos geométricos que são de acrílico... (1B) ... na parte de geometria espacial. Temos todos aqueles sólidos, de fácil utilização..., antes a gente mostra uma caixinha, uma embalagem, ou outro tipo. Mas aquele material facilita na visualização do cálculo quando a gente faz. Então é

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ESTUDO DE GEOMETRIA

um dos materiais que eu mais utilizo para os terceiros anos... (2B) ... este ano que eu fiquei com os terceiros, também com geometria espacial, fiz a pirâmide com os canudinhos, para visualizar, os elementos da pirâmide, que ajudam no desenvolvimento do cálculo em geral... (2E) ... montaram uma casa e fizeram a planta da casa, trabalhamos na 5ª série, ... mediram, fomos para o papel, ... construíram um metro, ... mediram as pecinhas cortavam com o serrote, ... pregavam, cada um montou a sua planta e a sua casa, trabalhamos ângulos, porque tinha que construir o telhado... (6C)

ESTUDO DE GRÁFICOS, FUNÇÕES E TABELAS

... o Wimplot na parte de funções, Wxmaxima, para construir matrizes, ... no Windows é o Excel (referindo-se à planilha de cálculo disponível no Linux), onde a gente constrói as tabelas..., faz a planilha, a construção de gráficos e analisa... (1B) ... fazer um trabalho dentro da estatística, agora no final do primeiro semestre com os primeiros anos. Um trabalho de coleta de dados e depois construção de gráficos, com diferentes tipos de gráficos. Só que a gente se deparou com um problema que aqui no laboratório tem Linux e eles tem Windows. Então nós não podemos construir aqui, porque o trabalho está acontecendo extraclasse, ... estão em grupos coletando e depois vão elaborar os gráficos, construir os gráficos com o auxílio da informática e estão fazendo isto em casa, no ano passado eu utilizei o Winplot,....eles faziam em casa... e eu consegui trabalhar no Linux para a construção dos gráficos das funções. Esse ano nós ainda não trabalhamos porque estamos começando as funções, mas acho que vai dar tudo certo, porque é legal mostrar... (2A) ... atividades de gráficos. Eles têm que construir cartazes com pesquisas feitas dentro da escola, utilizando compasso, transferidor, ver as dificuldades que eles têm, eles gostam de fazer, sai do rotineiro... (5A) ... eu comecei na física, estou fazendo experiências para introduzir a parte da aceleração, da velocidade, experiências simples, a questão de queima vela, a questão da bola rolando, eles construíram gráficos, tabelas e agora, a 1B trabalha a função, e constrói gráficos (referindo-se ao uso do Laboratório de Informática)... (1A)

COMO REFORÇO, REVISÃO DE CONTEÚDO

... sempre voltado para o conteúdo já trabalhado, os temas do reforço (referindo-se ao uso de jogos), sempre tendo a informação do que já trabalharam com as outras professoras.... (2E) ... geralmente vamos (referindo-se ao Laboratório de Informática) como reforço, de repente antes fazer um trabalho, ou antes de fazer uma prova, para fazer uma revisão” (6D) ... às vezes melhorando o conhecimento deles com um jogo no meio do conteúdo, por exemplo com os números inteiros, vou

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levar eles (referindo ao uso do Laboratório de Informática)... (3A)

MOMENTOS DE DESCONTRAÇÃO

... eu uso aquele (referindo-se aos jogos de madeira da escola), eu explico o conteúdo e às vezes para descontrair um pouquinho, e os alunos adoram... (3C) ... eu comecei a atuar há pouco, trabalhei uma vez só com o 1º ano, dois jogos, foi no computador, ... bem superficial, nada conteudista, mas foi para distrair um pouquinho, porque às vezes estamos num conteúdo e vemos que a aula não flui... (3B)

OUTROS ... às vezes para atividades avaliativas também (referindo ao uso do Laboratório de Informática, dentro do conteúdo de funções)... (5A) ... não sei o material que tem para matemática, a não ser aquelas réguas e outros que eu uso de vez em quando para desenhar ângulos... (4C)

Fonte: Da autora

Considerando os aspectos citados pelos professores, podemos perceber que

o uso de ferramentas está presente nas etapas que compõem o ensinar e o

aprender. Alguns afirmam que utilizam as ferramentas para introduzir um

determinado conteúdo, outros como forma de promover atividades de revisão e

outros como propostas de fechamento, ou avaliação, da unidade estudada. De

acordo com Groenwald (texto digital) “como educadores matemáticos, devemos

procurar alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem”.

Conforme pode ser percebido pela fala de alguns professores, em todas as

escolas, pelo menos um deles adota um recurso para introduzir os conteúdos. No

desenvolvimento ou conclusão dos conteúdos, assim como nas avaliações, são

usados aplicativos disponíveis nos Laboratórios de Informática, bem como a

construção de jogos e o uso dos materiais disponíveis nas escolas, como pode ser

percebido nas falas dos professores, dentro das categorias.

Também registramos opiniões a respeito de momentos de descontração

durante as aulas, para os quais as ferramentas são usadas. Ressaltamos que os

jogos usados nesse momento estão ligados ao desenvolvimento do raciocínio

lógico-matemático, como por exemplo o jogo de xadrez e desafios de “encaixe e

desencaixe” de peças. De acordo com Groenwald (texto digital), cabe ao professor

de Matemática desenvolver atividades que promovam “a organização, concentração,

atenção, raciocínio lógico-dedutivo e o senso cooperativo”.

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Foi possível perceber que os principais conteúdos abordados com auxílio das

ferramentas de apoio estão ligados principalmente aos estudos de geometria,

gráficos e tabelas. Esse fato é convergente ao que percebemos na etapa 1 da

pesquisa, que apontou as ferramentas de apoio às aulas de Matemática, mostrando

a disponibilidade de vários materiais ligados a esses conteúdos.

Registramos aqui que uma das professoras desconhecia o material disponível

na escola. Levando em consideração o contexto da instituição 4, percebemos que

ter um ambiente, no qual se pudesse guardar todos as ferramentas voltadas ao

ensino e à aprendizagem das disciplinas poderia amenizar essa situação, visto que

essa escola não o possui.

4.2.2 Segunda questão

A segunda questão que foi proposta aos grupos de professores quando da

realização da entrevista é “Conte-nos alguma experiência com o uso de ferramentas

em uma aula de Matemática.”

Para essa questão as respostas foram muito variadas e ricas em detalhes. As

respostas dos professores propiciaram a formação de categorias expressas no

Quadro 3.

Quadro 3: Categorias de respostas da segunda questão da entrevista. CATEGORIA FALA TRANSCRITA

INTERDISCIPLINARIDADE

... eu trabalho com a construção de circuitos,

...construção de uma casa, com a questão de consumo de energia elétrica, venho puxando desde o início então envolve muito a parte da matemática, eles tem que calcular a parte da potência, trabalho até a questão da área na hora em que eles (alunos) tem que projetar a casinha, ...eu trabalho a questão da proporção a escala, ... (1A) ... nós podemos contar o nosso projeto do Tangran, que faz parte de um projeto maior da área da matemática. Este foi um projeto que nós trabalhos desde sexta série até o terceiro ano do ensino médio, nos três turnos da escola. ... propomos para eles um pequeno vídeo, onde tinha uma história bem simples, ilustrada e os personagens eram formados pelo Tangran. Em grupos, eles foram estimulados para fazerem uma releitura deste vídeo que passamos.

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Que cada grupo colocasse sua história em um painel de 1m por 0,8m. Eles tinham que colocar a história e nela tinha que ter pelo menos sete personagens e nisso surgiram coisas bem legais... (2A) ... eu levo todos os anos os segundos anos para Museu da PUC, ... eles já saem daqui sabendo o que fazer, já saem os grupos prontos. Eles tem que recriar uma atividade de lá, ..., eles não precisam inventar ou quebrar a cabeça, mas assim construir algo que eles viram lá... (4C) ... em ciências, a gente construiu um teto solar, com aquela caixinha de leite longa vida, ... profe de matemática vamos trabalhar juntas, era na 6ª série, construíram a casa, tinha que ter dois por dois, tinham que construir o telhado, com o ângulos e tinham que botar bem direitinho todo telhado com as plaquinhas, ... e depois as telhas.... Envolveu pesquisa como tinha que ser, fomos num lugar onde eles confeccionavam telhas, envolveu matemática e essa questão de ângulos, de medidas, de áreas, e eles adoraram. Ela trabalhou custos, ... e eu trabalhava o ambiente... (6C) ... eu fiz... no 3º ano um trabalho com fractais, gente isso saiu coisas tão lindas, e ai no fim a profe de artes também já tava usando, e até este ano a professora já veio falar comigo: que tal se a gente trabalhar de novo fractais?... (6D)

CONSTRUÇÃO DE JOGOS E MATERIAIS DIDÁTICOS

... eu faço jogos com os alunos, principalmente com os pequenos na matemática, jogos feitos com papel... (3A) ... com a 5ª série eu construo material, ainda mais nas frações pra todo mundo ter o seu material, e lidar com ele... (4C) ... com os segundos anos, a construção do ciclo-trigonométrico, cada um faz o seu... (2E) ... eu tenho a sexta série... construção do metro, do metro linear, o metro quadrado, o cúbico ... eu faço um jogo de sinais, que é a introdução dos números inteiros, é um jogo de dados com fichas, mais ou menos um banco imobiliário, só com fichas de cidades. ... eles constroem as balanças (referindo-se ao conteúdo de equações).... trabalhamos a parte da Álgebra com a geometria, toda aquela parte do quadrado perfeito e toda ela com material geométrico (referindo-se às peças confeccionadas pelos alunos). Na oitava série eu trabalho com eles a parte da localização com a batalha naval... (2D) ... trabalhei frações, trabalhamos vários jogos, que eles construíram, construímos todos os jogos com eles.... (3C)

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RELAÇÃO COM O COTIDIANO

... no final do trabalho de área que eu reviso com o 3º ano, eu pedi pra eles planificarem e desenharem por fim a casa onde eles moram, no papel, sem construção. Eles fizeram e eu me surpreendi por que os trabalhos foram de muita qualidade. Eles mediram, exigi que eles tinham que medir certinho, eles utilizaram a escala e os desenhos foram muito bons, utilizaram até as ferramentas que o computador dispõe, para construir, foi muito, foi muito bem elaborado, em uma parte eles tinham que desenhar a visualização interna, na outra eles tinham apresentar a parte externa, da casa através de foto, tinham também que calcular a área de cada espaço interno da casa... (1B) ... com a geometria espacial, eles tiveram que criar, a partir de todas as figuras sólidas que a gente já tinha estudado, um objeto que fosse útil pro nosso meio, ... tinham que criar o nome do produto, a utilidade e a propaganda, tinham que fazer uma propaganda sobre o produto deles, pra ter uma aceitação no mercado... (1B) ... para finalizar o trabalho com frações fomos para cozinha e fizemos uma receita com o que eles trouxeram, ..., acho que foi uma ferramenta, uma maneira que eles souberam ali dividir em partes iguais na forma, foi muito gratificante, então até hoje eles passam por mim, “ah professora lembra do bolo? Então marcou bastante... (3C) ... 7ª série, eu trabalhei áreas e perímetros, e usei Google Maps, usamos alguns bairros de São Caetano, e fomos pegando triângulos, trapézios, trabalhamos perímetro e área, usando essa ferramenta ... esses alunos hoje me comentam, aquilo também ficou pra eles... (5C) ... trabalho com os 2º anos, ... na parte da trigonometria no triângulo, de sair pra rua e medir os ângulos usando a trigonometria, medir a altura de prédios enfim, também é uma coisa que eles gravam bastante, porque sempre comentam no ano seguinte, é um trabalho que eles gostam de fazer... (5B)

Fonte: Da autora

De acordo com Groenwald (texto digital), ensinar Matemática é, também

desenvolver “a socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras

pessoas”. Percebemos que as falas dos professores relatam experiências nas quais

a interação entre os alunos e entre alunos e professores foi muito importante.

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Os relatos apresentam ideias de interdisciplinaridade e realização de

experiências tentando aproximar o cotidiano dos alunos com o conteúdo da sala de

aula, elaboração de jogos e confecção de ferramentas didáticas para as escolas.

Podemos ressaltar que as atividades comentadas marcaram alunos e professores

de forma positiva. Também é importante destacar que os relatos incluem atividades

de baixo custo, o que torna a sua realização bastante acessível.

4.2.3Terceira questão

A terceira questão proposta ao grupo era “Qual a importância que o professor

percebe em usar o recurso?”. As respostas dos professores nos permitiram perceber

as categorias emergentes, conforme o Quadro 4.

Quadro 4: Categorias de respostas da terceira questão da entrevista. CATEGORIA FALA TRANSCRITA

APROXIMAÇÃO COM A REALIDADE DO ALUNO

... eles vão ver que tem aproximação com a realidade assim, ... é importante para eles assim quando tu consegues aproximar com o que eles usam no dia a dia, com a realidade deles... (1A) ... queremos mostrar uma utilidade, não ficando com uma coisa abstrata, algo longe, sempre que a gente consegue concretizar, aproximar, facilitando o aprendizagem a compreensão, ... A questão da informática ... como eles são mais desse mundo digital, nasceram informatizados, então tudo que nós conseguimos aproveitar nesta área, vem ao nosso favor... (2A) ... aplicação do conteúdo, o que a gente trabalha com eles na prática,... aplicação da matemática no dia a dia... (4B) ... o que é trabalhado no concreto às vezes está muito mais relacionado ao dia a dia do aluno... (4A) ... acho que a associação com o dia a dia, com o cotidiano, a importância que tem o dia a dia e não como uma matéria, um conteúdo maçante como eles costumam ter, mais uma associação com o concreto... (5D) ... para associar com o cotidiano e saber que eles vão fixar melhor... (5B) ... tem quem considera a matemática em sala de aula muito algorítmica, muito em cima de fórmulas, e se vocês disserem que ele vai para a informática, consegue visualizar, ... trazer o dia a dia pra sala de aula, fazer essa integração, do conhecimento do aluno no dia a dia com o conhecimento científico... (5C)

... principalmente no ensino Fundamental penso que eles tem que conseguir enxergar, visualizar e poder concretizar

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RELAÇÃO FAZER E APRENDER

este entendimento, quando você consegue voltar em um problema fazendo referência no que eles conseguiram visualizar, acho que faz muita diferença. Mas no meu entendimento, eu que estou quase me aposentando, acho que tem que se usar só quando está ligado diretamente como conteúdo... (2D) ... além de conseguir ensinar o conteúdo, ele vai entender melhor, ele sempre vai lembrar, ... é uma forma para que o aluno lembre mais fácil usando uma ferramenta, com alguma coisa diferente eles memorizam mais fácil... (3A) ... ele vai sempre ficar se lembrando daquele joguinho, daquela aula diferente que não foi uma mera explicação no quadro ou alguma coisa assim... (3B) ... mesmo fazendo todo trabalho depois de novo, de montar, mas só eles manuseando decoram, ... eu trabalho no prático, e levo eles pro concreto e do concreto eu levo eles já para o abstrato, ... é visualizar, é manusear, é ouvir. O manuseio é muito importante, eles tem que trabalhar em cima da classe com aquele material... (4C) ... uso mais a parte concreta porque o aluno, através da visualização, capta muito mais fácil está provado que a pessoa capta muito mais pela visualização do que pela audição... (4D) ... o concreto sempre fixa melhor... (5B) ... o conhecimento também começa pela ação então, no momento que a criança, que o aluno tem uma atitude que ele interage, ele está aprendendo muito melhor do que ficar ali ouvindo tua fala... (6B) ... o jogo sempre tem que ter os dois lados, o seu fundamento o seu objetivo, não adianta jogar por jogar. Tem que ter conteúdo, algum desenvolvimento por trás... (6D) ... às vezes tu fazendo esse tipo de trabalho que eles vão relacionar... (6B)

MOTIVAÇÃO

... vem (referindo-se ao aluno) mais motivado quando recebe um tema que ele tem que trazer, por exemplo, uma trena, um espelho... (1A) ... acho que esta parte lúdica... para não começar com uma parte tão teórica,... torna-se mais agradável... (2C) ... acho que motiva mais os alunos ... quando a gente traz uma ferramenta para dentro do ensino... (3B) ... acho que o aluno se motiva e isso também traz uma satisfação grande para nós, quando fazemos um trabalho diferenciado... (6B) ... eu acho que estimula mais o aluno, do que só caderno, caderno... (6C) ... no momento que tu manipula alguma coisa tu coloca tua emoção e teu trabalho ali, e pode ter certeza que aquilo que eu faço eu não esqueço tão fácil. Então eu estou pondo minha emoção, meu trabalho com um objetivo, e

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claro que vai ficar mais memorizado, mais guardado na minha lembrança. No momento que vou trazer a emoção e com ela o conhecimento, vem a lembrança daquilo que deixou uma marquinha de emoção, o resto (referindo-se ao conteúdo)... (5E)

INTERESSE E CURIOSIDADE DO ALUNO

... o interesse do aluno é bom, teve um ano que eu pedi pra eles trazerem um material e eles disseram “a gente veio na aula hoje só para ver o que vai ter com isso aqui que a gente trouxe”... (1A) ... desenvolvemos com o aluno a criatividade, a gente desenvolve nele um espírito explorador... (4A)

APOIO E DIVERSIDADE NAS AULAS DE MATEMÁTICA

... é um apoio para aula, é uma atividade para o aluno assimilar melhor ou entender melhor o que tu propôs... (1B) ... vai complementar, vai fazer um fechamento, e pra nós professoras isso é muito legal, às vezes eles dizem que nem imaginam que isso a gente pode resolver no computador, num programa, eles adoram diversificar, não ter só o livro didático, ... às vezes cansamos de um conteúdo e eles também ficam cansados, é momento de quebrar isso, de sair da sala, ir pra sala de informática, ou ir pra cozinha, confeccionar um trabalho, eu acho que isso cativa mais os alunos... (3C)

Fonte: Da autora.

Recebemos muitas respostas associadas ao fato de que fazer uso de

diferentes materiais motiva os alunos durante as aulas de Matemática. Os docentes

também relacionam o uso de ferramentas com a aproximação do conteúdo com o

dia a dia dos alunos. Alguns apontam o fato, que os conteúdos, para os quais foram

usados diferentes recursos didáticos para serem ensinados são melhor aprendidos

pelos estudantes.

Algumas falas também apontam a relação das ferramentas como uma forma

de sentimento com o conteúdo, com a disciplina. Também registramos opiniões que

relatam que o material manipulativo ou softwares cativam os alunos e diversificam as

aulas, atendendo as diferentes formas de aprender. De acordo com Cavellucci e

Valente (2004, p.1) “Não é novidade que os alunos não são iguais, não aprendem da

mesma maneira e não fazem as coisas segundo um mesmo padrão”. Pelos

depoimentos dos professores podemos perceber que o uso de ferramentas durante

aulas de Matemática contempla as diferentes formas de aprender, dependendo das

necessidades dos alunos. Por exemplo, para Starepravo (2006), os jogos colocam

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os alunos em situações desafiadoras que se apresentam de forma diferente de um

exercício que pode ser resolvido no caderno.

4.2.4 Quarta questão

Como última questão da entrevista, pedimos aos docentes que apontassem

algumas dificuldades associadas as ferramentas e o ensino de Matemática, da

seguinte maneira “Quais são as necessidades em relação ao uso?”. As respostas

dadas pelos professores a essa questão, constam no Quadro 5.

Quadro 5: Categorias de respostas da quarta questão da entrevista. CATEGORIA FALA TRANSCRITA

DISPONIBILIDADE DE TEMPO

... precisa tempo, porque tem alguns jogos que precisamos baixar, então o professor tem que ter tempo para vir baixar. Não adianta só preparar tua aula, tem que deixar tudo pronto antes, mesmo quando tu vai fazer uma aula com experimento, tu sempre precisa um período antes para organizar o material... (1A) ... me falta tempo para aprender (referindo a usar um recurso de apoio) e depois conseguir ensinar... (2E) ... eu acho que aquele material é muito bom (referindo ao kit de jogos e desafios disponíveis na escola), só que falta um pouquinho de tempo para sentar e ver exatamente o que cada um deles oferece de bom, para poder utilizar as ferramentas melhor forma possível... (3A) ... falta tempo para gente sentar e avaliar realmente com qual conteúdo eu posso relacionar esses jogos, poderia ter mais tempo de pesquisa da minha parte... (3B) ... às vezes o professor por si tem dificuldade, porque não tem muito tempo para trabalhar de maneira interdisciplinar, falta aquele tempo dos professores de matemática trocarem ideias, trocar informações, isso falta para gente... (4A)

TROCAR IDEIAS

... eu gostaria de trocar ideias sobre jogos ou conhecer outros,..., se eu tenho mais gente para essa discussão, engrandece, porque acho que o crescimento é no dividir é na troca... (2D) ... eu acho que a gente deveria tirar tempo pra fazer isso (referindo-se sobre a troca de ideias a respeito do uso de ferramentas), só que isso também é bem complicado porque todo mundo tem o que fazer o tempo todo, vamos sentar dois ou três dias para discutir? ... (3A) ... poderia haver mais trocas entre os profissionais, poderia haver alguma troca entre os outros professores, mais na faculdade a gente vê muito... (3B) ... isso falta, se reunirem (referindo-se aos professores) para fazer essa troca de material... (4C)

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... as trocas, a gente sentar e contar... (5A)

... falta esse momento de troca de ideias, de conteúdo... (5B)

... uma vez uma professora disse pra mim assim que nós professores temos a péssima mania de fazer muitas coisas e não registrar nada, os outros fazem propaganda daquilo, mas às vezes não usam para nada... (5C) ... seria interessante fazer os planejamentos interdisciplinares, ... então se a gente soubesse o que o colega ia passar para fazer as trocas... (6C)

APRENDER A USAR AS FERRAMENTAS

... acho que mais é a questão de aprender a usar essas ferramentas, porque tem muita coisa que a gente tem, mas não sabe usar, aprender mesmo, aprender diferentes ferramentas, ... , claro que a gente não pode deixar que os outros tragam tudo pronto, a gente também tem que pesquisar, mas eu acho que a verdadeira necessidade é mesmo saber melhor manusear isso, aprender a como jogar ou enfim como usar isso na sala de aula e aprender diferentes ferramentas também... (3B) ... muitas vezes a gente é analfabeto em certos programas, eu em computador domino muito pouco... (3C) ... as vezes é preciso conhecer melhor... (5A) ... eu tenho medo de ir para o Laboratório de Informática, porque eu não vou saber administrar essa ferramenta, então como é que eu vou levar 30 alunos se eles sabem mais que eu. Eu sou bem franca, eu não domino... (5E) ... eu acho que uma coisa que falta pra nós como professores quando vem um curso de formação da 3ª Coordenadoria é: estudar os softwares matemáticos, temos disponível esse pacote, então como se trabalha com esse pacote? Dentro das condições que a escola tem, isso não é feito, tem um pacote de software e se virem, aquilo fica ali, nunca é usado porque daqui a pouco eu não sei... (6A)

FORMAÇÃO CONTINUADA ADEQUADA

... criar jogos é complicado, sei que lá no LEM, a gente tinha uma caixa com jogos e assim a gente deveria ter, em cada escola, até um como modelo pra depois claro tu podes criar e fazer outros, multiplicar, mas é difícil conseguir um modelo, criar por conta até uma e outra coisa, mas eu sinceramente só tenho capacidade de criar um dominó, um jogo de memória, muito mais que isso não ..., sempre quis fazer uma oficina para confeccionar jogos... (1A) ... também a oportunidade da gente estar participando de mais eventos, porque oficinas é muito bom, ..., o professor tem interesse de estar fazendo algumas vezes uma coisa diferente, mas que nem eu disse tu precisa tempo, e às vezes 1 hora, 2 horas atividades por semana não faz “nem cosquinha”, para começar alguma coisa... (4A) ... uma coisa interessante que o governo poderia fazer, ele tem uma página da SEC disponível e não tem nenhum ambiente virtual, por exemplo tu fez uma atividade pedagógica, põe lá o passo a passo e os outros podem ver,...

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agora eles criaram umas normas que a gente tem ficar só ouvindo, então a gente critica também isso... (6A) ... a gente aprender agindo, fazendo que nem os alunos... (6B) ... os cursos feitos em períodos letivos não contém, nós temos essa lei, não podemos sair pra fazer curso, porque daí não vai contar, nós vamos ganhar uma falta justificada, como é que nós vamos estar em dois lugares ao mesmo tempo, ao mesmo tempo que pedem pra gente se especializar, mas também não deixam nós nos especializar... (6D)

Fonte: Da autora.

Nessa questão, assim como nas demais, não houve uma única resposta, mas

sim, respostas que foram se repetindo nas diferentes escolas. Os docentes

destacam a dificuldade de lidar com o sistema operacional Linux e a necessidade de

apoio técnico. Mas mais importante do que essas características, os professores

apontam necessidade de tempo, de troca de experiências, de momentos para

formação, para estudar e para ouvir o que os colegas estão desenvolvendo em suas

aulas. Também citam que precisam de apoio para que os recursos de informática

possam ser melhor explorados.

Percebemos a questão “disponibilidade de tempo” como um dos grandes

obstáculos encontrados pelos professores, conforme algumas citações acima.

Podemos ressaltar que a maioria deles trabalham 40 ou 60 horas, em mais de uma

escola, com níveis e séries diferentes, lecionam mais de uma disciplina e em redes

de ensino variadas. Isso acarreta um número grande de planejamentos, de

participação em reuniões pedagógicas e disponibilidade de horário extraclasse para

os eventos escolares.

A dificuldade quanto ao uso de recursos computacionais também é

perceptível. Os professores demonstram, em suas falas, ter conhecimento da

importância da utilização destes recursos nas aulas, conforme já aponta Rezende

(2002), mas confrontam-se com o próprio “medo”, receio de não saber utilizar,

citados por Quartieri et all (2012) e Valente (1997) que afirmam que não basta que o

recurso tecnológico seja disponibilizado, ele precisa ser explorado da melhor forma

possível.

Os professores também expressam a necessidade da troca de ideias e

experiências, que foram potencializadas pelo trabalho desenvolvido no grupo

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colaborativo, bem como a importância dos cursos de capacitação serem voltados

para essas questões, com mais práticas, com momentos nos quais o professor

aplique o que está sendo ensinado e não apenas se posicione como ouvinte. Dessa

forma o pouco tempo disponível será melhor aproveitado.

A análise da entrevista como um todo nos forneceu indícios de que a

constituição do grupo colaborativo poderia contribuir para uma formação mais

próxima das necessidades citadas pelos professores, visto que apresentam o anseio

de conhecer novas ferramentas de apoio ao ensino e à aprendizagem de

Matemática a partir da troca de ideias e experiências com os seus colegas. De

acordo com Fiorentini, a constituição de um grupo:

...é influenciada pela sua identificação com os integrantes do grupo e pela possibilidade de compartilhar problemas, experiências e objetivos comuns. Tal identificação não significa a presença de sujeitos iguais a ele (com os mesmos conhecimentos ou do mesmo ambiente cultural), mas de pessoas dispostas a compartilhar algo de interesse comum, podendo apresentar olhares e entendimentos diferentes sobre os conceitos matemáticos e os saberes didático-pedagógicos e experiências relativos ao e à aprendizagem de Matemática. (FIORENTINI, 2012, p. 60)

Conforme o autor, integrar um grupo colaborativo pode ser uma decisão

tomada pela busca por novos conhecimentos a partir da troca, do compartilhamento

de experiências entre pessoas que possuem diferentes olhares sobre uma mesma

situação.

No próximo capítulo relatamos a intervenção realizada e apresentamos a

análise dos dados coletados. Da mesma forma como nesse capítulo, a análise será

feita por categorias emergentes dos relatos das professoras integrantes do grupo

colaborativo.

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5 GRUPO COLABORATIVO

Esse capítulo está dividido, assim como os anteriores, em seções.

Na primeira, descrevemos um pouco do processo de constituição do grupo

colaborativo. Em seguida relatamos os cinco encontros ocorridos. A terceira seção

desse capítulo apresenta a análise dos dados obtidos ao longo da intervenção, por

categorias emergentes dos relatos das professoras sobre o trabalho realizado.

5.1 Constituição do grupo colaborativo e realização dos encontros

Essa etapa da pesquisa passa a ser descritiva pois, conforme Gil (1994),

descreveremos as características e as relações dentro do grupo, sendo o nosso, um

grupo colaborativo. Segundo o autor, essa abordagem é amplamente usada em

pesquisas associadas à educação e às ciências comportamentais.

Juntamente com as professoras da Educação Básica que são bolsistas do

projeto Observatório da Educação, elaboramos uma carta convite (APÊNDICE J)

sobre o grupo colaborativo. Especificamos que o primeiro dia de encontro ficou

determinado para 19 de outubro de 2012. Essa carta foi levada pelas professoras da

Educação Básica, vinculadas ao Observatório da Educação, a cada docente de

Matemática da sua instituição.

Todos os encontros do grupo foram fundamentados em pressupostos do

grupo colaborativo de Fiorentini (2012). De acordo com o autor, os trabalhos em um

grupo colaborativo visam promover a troca de experiências dos envolvidos e é

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caracterizado pela não hierarquização, sendo cada um responsável pela realização

do trabalho do grupo.

5.2 Descrição dos encontros

A partir desse ponto descrevemos cada encontro do grupo colaborativo.

Nessa descrição tentamos evidenciar detalhes importantes ao bom andamento das

atividades do grupo.

5.2.1 Primeiro encontro

O primeiro encontro do grupo ocorreu na Univates e contou com a presença

de 12 professoras da Educação Básica, que assinaram outro termo de Livre

Consentimento (APÊNDICE K), permitindo-nos gravar em vídeo todos os encontros.

Nas transcrições, as professoras foram identificadas pelos mesmos códigos

adotados na entrevista realizada na escola. Destacamos que essas 12 professoras

não receberam nenhum tipo de certificação de carga horária dos encontros e que os

mesmos ocorreram nas sextas-feiras à tarde.

Inicialmente, cada integrante apresentou-se, relatando um pouco da sua

trajetória na formação inicial e como docente da disciplina de Matemática. As

professoras também comentaram os seus sentimentos ao se dirigirem à Univates

para participarem desse encontro. Ao longo das apresentações pudemos perceber

que o grupo que se formou é heterogêneo e as docentes possuem diferentes

formações iniciais e experiências variadas em práticas diárias em sala de aula.

Na sequência, realizamos a leitura e discussão de algumas citações dos

autores Valente, Borba, Starepravo e Dullius sobre o uso de ferramentas de apoio ao

ensino e à aprendizagem de Matemática. Essa dinâmica propiciou o primeiro debate

a respeito do tema proposto para o grupo colaborativo. Todas se manifestaram,

expondo a sua opinião.

Após, em grupo, definimos as datas e o planejamento dos próximos

encontros, todos na Univates, conforme cronograma que consta no Quadro 6.

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Quadro 6: Cronograma dos encontros do grupo colaborativo. DATAS DOS ENCONTROS ATIVIDADES PREVISTAS

26/10/12 Atividades no Laboratório de Informática - integração com o projeto da instituição e apresentação da experiência didática de uma das integrantes

09/11/12 Troca de experiências - para essa tarde cada professora responsabilizou-se por trazer uma atividade para compartilhar com as colegas

30/11/12 Oficina - realização de uma oficina interdisciplinar com o professor Adriano Neuenfeldt

07/12/12 Atividades no Laboratório de Matemática – essa tarde foi reservada para que as professoras pudessem conhecer o Laboratório de Matemática e os materiais disponíveis

Fonte: Grupo colaborativo.

Após, disponibilizamos aos professores uma encadernação, que ao longo dos

encontros foi utilizada como um caderno de registros. Utilizando jornais, revistas e

materiais diversos tiveram a tarefa de decorar e identificar seu caderno (ANEXO 1) e

escrever, a partir da segunda página, suas expectativas com relação ao grupo

colaborativo.

Na sequência, cada professora apresentou seu caderno, explicou o

significado das figuras e frases usadas para a decoração dos mesmos e relatou ao

grupo as suas expectativas em relação aos encontros e às atividades que serão

compartilhadas. Foi possível perceber que as imagens e frases que decoravam o

caderno já estavam vinculadas à essas expectativas, conforme exemplificado na

Figura 1.

Figura 1: Capas dos cadernos das professoras 2C e 5A6.

Fonte: Grupo colaborativo.

6 Em relação à professora 5A, esse é o verso da capa do seu caderno.

Professora 2C Professora 5A

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Nesse encontro, ainda foi realizado um jogo de bingo com resolução de

problemas de diferentes níveis de complexidade, extraídos do site

http://www.somatematica.com.br/desafios.php. Esta atividade, feita em duplas, foi

levada ao grupo pela autora dessa dissertação. Após o bingo, levamos dominós de

equações que tinham que ser resolvidas para que o par fosse encontrado. Também

deixamos com cada uma das professoras uma cópia de um dos dominós. Essas

foram as experiências que levamos para compartilhar com as colegas no primeiro

encontro.

De forma sucinta podemos afirmar que as integrantes manifestaram

satisfação e estarem presentes nessa tarde e serem integrantes do grupo

colaborativo. Também foi comentado que os jogos apresentados poderiam ser

levados para uma ou outra turma das escolas, para abordar desafios matemáticos.

Ao final do encontro registramos uma das atividades desenvolvidas, como mostra a

Figura 2.

Figura 2: Demonstração de uma das atividades do primeiro encontro.

Fonte: Grupo Colaborativo.

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5.2.2 Segundo encontro

Esse encontro ocorreu no Laboratório de Informática, com a participação de

uma das bolsistas do projeto denominado Metodologias no Ensino de Ciências

Exatas e com o compartilhamento da atividade desenvolvida por uma das

professoras.

Inicialmente foi explorado o aplicativo que propõe o trabalho com frações

apresentado por uma das integrantes do grupo e utilizado em sua prática docente

(ANEXO 2). É importante destacar que a professora apresentou a sua atividade

tendo o cuidado de demonstrar as potencialidades do aplicativo para que as demais

integrantes pudessem visualizar a utilidade dele em suas aulas. Também tendo em

vista que o recurso está disponível na internet e pode ser usado com sistema

operacional Linux ou Windows, que permite o uso dele em todas as escolas.

Segundo a professora, a utilização do recurso permite: aproximar os alunos ao uso

de recursos computacionais, buscar e explorar softwares de Matemática e diferentes

possibilidades da utilização do computador, abordar o conteúdo de frações,

utilizando a tecnologia para propiciar a construção do conhecimento e instigar os

professores participantes do grupo colaborativo a usar as tecnologias no seu fazer

pedagógico.

Posteriormente, cada professora recebeu uma encadernação com as

atividades que seriam trabalhadas pela bolsista (ANEXO 3). Enquanto ela

apresentava aplicativos e softwares livres, as professoras acompanhavam o

polígrafo e realizavam as atividades sugeridas. A bolsista teve o cuidado de mostrar

vários detalhes, bem como dicas de conteúdos e atividades que podem ser

desenvolvidas em aula com alunos dos Ensinos Fundamental e Médio. Por falta de

tempo, algumas atividades que constam no polígrafo não puderam ser realizadas.

No decorrer do desenvolvimento das atividades, foi possível ouvir as

manifestações das colegas sobre a utilidade dos softwares ou jogos com

determinadas turmas ou alunos. Os comentários mostravam que o que estava sendo

trabalhado seria útil na sala de aula, seja para introduzir ou finalizar a explicação de

conteúdos bem como auxiliar nas dificuldades dos alunos (FIGURA 3).

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Figura 3: Atividades no Laboratório de Informática.

Fonte: Grupo Colaborativo.

5.2.3 Terceiro encontro

O 3º encontro foi dedicado à troca de experiências entre as professoras. Cada

integrante trouxe uma atividade para compartilhar com as demais. Cabe ressaltar

que as atividades relatadas ao longo do encontro são experiências didáticas

realizadas pelas professoras em suas aulas, e que foram aprendidas por elas em

diferentes momentos de sua formação.

A primeira atividade apresentada relacionou-se com a construção de gráficos.

A professora compartilhou com o grupo que a atividade é realizada no início de cada

ano letivo com os alunos do 6º ano. Inicialmente, ela propõe a construção de tabelas

a partir de dados coletados na própria turma como, por exemplo, o número de

gremistas e colorados. Posteriormente ela utiliza essas tabelas para a representação

gráfica desses dados. Os alunos realizam essa atividade manualmente e após no

Laboratório de Informática da escola, utilizando o Excel. Ela narrou que reproduz

essa atividade há três anos e percebe que os seus alunos desenvolvem com maior

facilidade, ao longo do ano, os problemas matemáticos envolvendo tabelas ou

gráficos, conforme consta no material distribuído por ela (ANEXO 4). Aponta também

que os alunos gostam de realizar essa atividade. Outras professoras, imediatamente

comentaram que será possível perceber que, ao chegarem no 1º ano do Ensino

Médio, esses alunos apresentarão mais facilidade com esse conteúdo (FIGURA 4).

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Figura 4: Professoras realizando atividades de gráficos.

Fonte: Grupo Colaborativo

A segunda atividade da tarde foi compartilhada por duas professoras. Elas

haviam realizado a mesma anteriormente, em conjunto com todo o grupo de

professores de Matemática da escola em que atuam. A proposta delas estava

relacionada com o jogo Tangran. Inicialmente elas apresentaram uma história, na

qual todos os personagens eram construídos pelas peças do jogo. Em seguida,

mostraram as histórias que os alunos haviam construído em pequenos grupos

apresentadas em forma de cartazes. Segundo as docentes, alguns objetivos desse

projeto foram: integrar os alunos propiciando momentos de prazer; desenvolver

atividades que exigissem atenção, concentração, destreza, raciocínio lógico e

geométrico e estimular a participação do aluno em atividades conjuntas para

desenvolver a capacidade de ouvir e respeitar a criatividade dos colegas,

promovendo o intercâmbio de ideias como fonte de aprendizagem para um mesmo

fim. As professoras ressaltaram que a realização desse projeto foi muito produtivo,

pois ultrapassou a dimensão esperada, além de despertar o envolvimento e a

criatividade dos alunos. O projeto recebeu dos alunos o nome “Tangran, formas que

falam da vida”. Também afirmaram que foi possível explorar o recurso (já conhecido

por todos) de uma maneira diferenciada, proporcionando o envolvimento de várias

disciplinas para a realização da atividade (FIGURA 5).

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Figura 5: Demonstração dos painéis produzidos pelos alunos.

Fonte: Grupo Colaborativo.

A terceira atividade apresentada demonstrou uma possibilidade de introduzir

as funções de 1º grau partindo da realidade dos alunos, favorecendo a

interdisciplinaridade. Segundo a professora, a atividade demonstrada envolve os

alunos. Eles realizam o cálculo de distâncias, transformam unidades de medida,

trabalham com escalas, desenvolvem noção de espaço e forma, medidas de tempo

até chegar à função da velocidade. Esse trabalho é realizado a partir do mapa

traçado pelo Google Maps, do caminho da casa de cada um até a escola. De acordo

com a professora, é possível trabalharmos vários conceitos Matemáticos de forma

lúdica envolvendo a realidade dos alunos (FIGURA 6).

Figura 6: Professora compartilhando a atividade realizada com seus alunos.

Figura 6: Grupo Colaborativo.

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A quarta atividade contemplou o tema geometria e, conforme a professora tem

o objetivo de explorar, a partir da realidade geográfica e residencial do aluno, alguns

conceitos de geometria plana, de forma que com o auxílio do Google Maps os

alunos pudessem estabelecer relações de alguns conceitos geométricos com o lugar

onde moram. A professora relatou que inicia a atividade apresentando aos alunos as

ideias iniciais de geometria, como: ponto, reta, tipos de retas, e ângulos. Em

seguida, no laboratório de informática, apresentou a eles o Google Maps, e solicitou

a eles que localizem a escola. Todos também deviam localizar sua casa e então a

professora determinou a imagem, a qual foi representada em uma folha de desenho.

Após a representação da imagem, a professora trabalhou a identificação das retas,

paralelas, congruentes e concorrentes. O roteiro da sua atividade consta no Anexo 5.

A professora ressaltou que também poderá explorar a medidas dos ângulos

formados pelas ruas, onde os alunos poderão realizar as medidas utilizando o

transferidor, e classificar os mesmos em reto, agudo ou obtuso. Durante o

desenvolvimento da proposta, havia muito debate em relação ao comportamento

que provavelmente os alunos das outras professoras teriam ao realizarem essa

atividade. Por fim, relatamos aqui a surpresa das professoras ao conhecerem o

recurso Google View Street, também utilizado pela docente. O debate em torno da

proposta e dos recursos usados foi muito interesse porque cada professora

percebeu que, em alguns aspectos, precisamos também nos tornar mais atualizadas

(FIGURA 7).

Figura 7: Representação da imagem visualizada no Google Maps.

Fonte: Grupo Colaborativo.

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Em seguida foi desenvolvida a quinta atividade do encontro, o jogo Algeplan.

Ele pode ser utilizado com alunos de 7ª e 8ª séries (8º e 9º anos) do Ensino

Fundamental, com o objetivo principal de relacionar figuras geométricas planas

(quadrados e retângulos) com expressões algébricas de primeiro e segundo graus,

monômios e polinômios, resolução de equações do primeiro grau e fatoração de

trinômios do segundo grau. O jogo é composto por quadrados de lados x, y e 1

unidade, cujas áreas são, respectivamente, x², y² e 1, bem como por retângulos,

com todas as combinações dos lados citados, cujas áreas são xy, x e y. Utilizando

essas peças podem ser propostas diversas operações envolvendo monômios e

polinômios, cabendo ao aluno selecionar as peças de acordo com o enunciado,

realizar a operação indicada levando em consideração as áreas das figuras e

determinar a expressão que a representa. Também é possível realizar, de forma

geométrica, a resolução de equações de primeiro e segundo graus, bem como a

fatoração. A professora considerou relevante compartilhar este jogo porque o

conteúdo envolvido costuma ser abordado de forma bastante abstrata nas escolas,

constituindo-se esse, uma possibilidade de ensino diferenciado. O recurso

compartilhado com as colegas não é de uso óbvio, tampouco simples, e mostrou-se

um jogo muito interessante ao desenvolvimento do raciocínio matemático (FIGURA

8).

Figura 8: Compartilhamento do jogo Algeplan.

Fonte: Grupo Colaborativo.

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A sexta atividade estava associada ao conteúdo de trigonometria, com o

estudo de senos, cossenos e tangentes no círculo trigonométrico, voltada ao 2º ano

do Ensino Médio, conforme Anexo 6. Fazendo a construção dos círculos a

professora relata que os alunos demonstram a sua dificuldade em usar o

transferidor, o compasso e outros instrumentos de medida. Segundo ela, à medida

em que constrói cada um dos três círculos (do seno, do cosseno e da tangente)

consegue perceber o quanto os alunos avançam no uso dos materiais e conseguem

se sentir à vontade com as expressões ligadas ao conteúdo. No debate a respeito da

atividade desenvolvida comentamos a dificuldade de se introduzir esse conteúdo,

mas também do quão interessante ele pode ser quando associado a atividades

práticas (FIGURA 9).

Figura 9: Demonstração da construção dos ciclos trigonométricos.

Fonte: Grupo Colaborativo.

Outra atividade apresentada foi o “Bordado de Diagonais”. Durante a

explanação, as demais componentes do grupo realizaram a confecção do “Bordado

de Diagonais”, seguindo os passos do roteiro (ANEXO 7). A professora destacou

que a atividade prática é realizada com alunos do 8º ano durante os estudos de

geometria. Segundo ela, além de proporcionar ao aluno o contado com materiais

como compasso e transferidor, pode-se, por exemplo, utilizar os recursos citados na

introdução ao estudo de polígonos, no estudo de ângulos, na dedução da fórmula do

número de diagonais de um polígono, entre outros. Acrescenta ainda que é uma

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atividade prazerosa, por ser lúdica e movimentar os alunos, sem esquecer que eles

gostam de ver e mostrar seu trabalho para os demais colegas (FIGURA 10).

Figura 10: Construção do Bordado de Diagonais.

Fonte: Grupo Colaborativo.

A última atividade compartilhada foi a experiência realizada com alunos do 2º

ano do Ensino Médio e abordou a construção de fractais. Segundo a professora o

trabalho foi aplicado com os objetivos de impressionar os discentes para a

Geometria dos Fractais e propor aos alunos atividades que os levassem a conhecer

as maravilhas dessa geometria, aproximando a Matemática escolar da Matemática

do dia a dia do aluno. A Geometria Fractal é usada para explicar diversos fenômenos

que ocorrem na natureza, dentre os quais pode-se destacar os relâmpagos. Nesse

sentido, os alunos foram convidados a conhecer o “Mundo dos Fractais”.

Primeiramente os alunos foram desafiados a construírem Fractais 3D e finalizaram o

trabalho com a confecção de cartões fractais, que foi também realizada com o grupo

colaborativo. A partir dessa atividade as professoras comentaram que o assunto

permite uma proposta interdisciplinar, unindo, por exemplo, Matemática, Artes,

História e Biologia, podendo inclusive ser desenvolvido em forma de oficina nas

escolas. Uma das frases comentadas durante o debate sobre os fractais, e que

resume a proposta é a de que os trabalhos “são legais porque sempre são diferentes

uns dos outros” (FIGURA 11).

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Figura 11: Apresentação dos fractais construídos pelos alunos.

Fonte: Grupo Colaborativo.

Nem todas as integrantes do grupo puderam compartilhar as suas

experiências nessa tarde, em função da falta de tempo. Por esse motivo uma ideia

será compartilhada no último encontro.

5.2.4 Quarto encontro

O 4º encontro contou com o apoio de um professor de Matemática da

Univates, quem compartilhou com o grupo colaborativo um pouco da sua experiência

com a licenciatura em Matemática, depois de contar por quais motivos se tornou

professor. A proposta dele está relacionada a fazer interdisciplinaridade a partir de

histórias.

Ao longo do encontro, o professor desenvolveu uma unidade de ensino com o

intuito de produzirmos, até o final da tarde, um jogo de perguntas e respostas sobre

o tema de nosso interesse. Durante o encontro foi possível perceber a

interdisciplinaridade e ludicidade associadas às atividades.

As integrantes do grupo colaborativo demonstraram-se muito interessadas

pelo trabalho desenvolvido pelo professor e também pelos diferentes jogos e

personagens que estavam expostos na sala que foram confeccionados pelo próprio

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professor. Percebemos o quão fácil pode ser construir um jogo de trilha, um dado,

utilizando materiais reciclados. Uma das professoras finalizou os trabalhos desse

encontro comentando que as atividades lhes proporcionaram inúmeras ideias para a

reestruturação do currículo do 5º ano da escola, para o próximo ano (FIGURA 12).

Figura 12: Atividades realizadas no quarto encontro.

Fonte: Grupo Colaborativo.

5.2.5 Quinto encontro

O 5º encontro ocorreu no Laboratório de Matemática da Univates. Iniciamos

com o compartilhamento e construção do jogo Matix (ANEXO 8). O objetivo do jogo

é proporcionar aos estudantes o raciocínio lógico, a troca de saberes e estimular o

uso das estratégias de jogo, bem como dependendo da série, operacionalizar os

números negativos. No final do jogo a soma dos pontos positivos e negativos

indicará o vencedor, sendo que esse deverá ter o maior número em mãos.

Após, buscamos explorar os materiais do Laboratório de Matemática da

instituição. As professoras tiveram à sua disposição os jogos e ferramentas didáticas

que estão organizados por série bem como as encadernações nas quais constam

inúmeras sugestões de atividades para serem desenvolvidas em aulas de

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Matemática. Mais uma vez as integrantes mostraram-se interessadas pelo material e

pela dinâmica com que as atividades foram conduzidas (FIGURA 13).

Figura 13: Construção do jogo Matix e exploração do Laboratório de Matemática.

Fonte: Grupo Colaborativo.

5.3 Análise de dados

Buscando compreender o que esse grupo colaborativo representou para as

integrantes, analisamos as suas falas e seus registros escritos. A partir disso

percebemos algumas categorias possíveis.

O grupo colaborativo constitui-se por 12 professoras, de diferentes escolas,

idades e principalmente, experiências pedagógicas. Professoras com um, dois, dez,

e até 25 anos atuantes em sala de aula. Retomando o que foi citado por Fiorentini

(2012), professores em fase inicial ou final tendem a trocar experiências e se apoiar

mutuamente em um grupo colaborativo. E este aspecto foi destacado pelas

professoras, mencionando que a troca de ideias e experiências permite aprender e

reaprender sobre o uso de ferramentas de apoio ao ensino e à aprendizagem de

Matemática. Vejamos alguns depoimentos7 a respeito da categoria troca de ideias e

7 Os relatos copiados em letra sem formato itálico referem-se aos registros extraídos do caderno

individual das integrantes. Já os relatos escritos em letra com formato itálico são aqueles extraídos das transcrições dos vídeos dos encontros do grupo colaborativo.

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experiências e aprendizagem sobre o uso de recursos de apoio às aulas de

Matemática:

Quadro 7: Primeira categoria de análise do grupo colaborativo. CATEGORIA FALA OU ESCRITA DO CADERNO TROCA DE IDEIAS

... eu acho que a gente tem que ir em busca, trocar ideias, espero que tenha bastante, porque eu tenho várias na minha cabeça, a gente precisa se unir, precisa trocar ideias, ... (1A) ... a melhor formação continuada é a troca de experiência, positiva ou negativa, percebo que o grupo aqui é bem heterogêneo, e que isso vai enriquecer nosso trabalho, pois são de cidades diferentes, tem gente que trabalha no centro, tem gente do interior, e que eu também tenho coisas pra trocar experiências... (7A) ... o encontro sugere compartilhar, dividir, ensinar, aprender, como seres humanos estamos em constante evolução e sofrendo modificações, nossos alunos também são seres humanos, e para compreendê-los, compartilhamos, ensinamos e aprendemos, estamos aqui... (2C) ... trocar ideias, conversar sobre o que deu certo e o que não deu, aprender coisas novas, rever “coisas esquecidas”, valorizar o trabalho dos colegas... (5A) ... esses momentos de troca, de aprendizado e de muito crescimento só vem enriquecer nossas práticas pedagógicas, fazendo com que o dia-a-dia de nossas salas de aula sejam mais dinâmicos, participativos e lúdicos, ..., conheci muitas coisas novas que pretendo levar aplicar ou desenvolver com minhas turmas ou também repassar para colegas das séries iniciais ou finais do ensino fundamental da minha escola. Foi bem legal! ... (2A) ... acredito que essa troca entre os professores é um dos aspectos mais importantes do grupo colaborativo, onde se aprende com a prática dos outros e engrandece o próprio fazer pedagógico..., acho que se o grupo fosse maior teríamos um leque maior de práticas, o que seria positivo para todos... para isso o tempo deveria ser maior, ..., poder interagir e contribuir com os colegas as minhas experiências... (6B) ... iremos aprender, interagir (com) sobre atividades, jogos que poderão ser utilizados para melhorar, aperfeiçoar minhas práticas pedagógicas em sala de aula. Sendo que atividades de informática são sempre muito solicitadas pelos alunos... (1A) ... aprender coisas novas. Tenho um pouco de receio, pois quando envolve tecnologias, sempre há novidades nesta área. Precisamos estar conectados diariamente para acompanhar as evoluções, ..., buscar maneiras de formas diferentes de ensinar ao meu aluno... (6D)

Fonte: Grupo Colaborativo.

Os relatos apresentados pelo grupo sugerem fortemente a troca de

experiências ressaltando a riqueza dessa, feita em um grupo heterogêneo. Também

percebemos a manifestação da vontade própria em integrar esse grupo. De acordo

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com Fiorentini (2012, p. 65) podemos conceber um grupo colaborativo como aquele

em que “há um forte desejo de compartilhar saberes e experiências”.

Seguindo na análise foi possível perceber que ter um tempo livre para

“simplesmente” conversar sobre as angústias e perceber que outras colegas

também passam pelas mesmas dificuldades representou ser um aspecto muito

importante para as integrantes. Registramos manifestações das professoras a

respeito dessa metodologia do grupo colaborativo que permite que, além do tema

central, outros assuntos possam ser discutidos, permitindo que essa formação

continuada vá ao encontro de algumas necessidades dos docentes. A seguir

constam alguns depoimentos sobre a categoria metodologia do grupo colaborativo e

as necessidades das professoras:

Quadro 8: Segunda categoria de análise do grupo colaborativo. CATEGORIA FALA OU ESCRITA DO CADERNO

METODOLOGIA DO GRUPO COLABORATIVO

... nós professores temos poucos momentos como estes para compartilhar nossas experiências, conhecimentos e expectativas. (...) Deveríamos ter a oportunidade de participar de grupos colaborativos durante todo o ano, pois esses encontros enriquecem a nossa prática docente, ..., importante para compartilhar apreensões e dificuldades... (4A) ... trocamos idéias, angústias... (1A) ... pessoas que se dispõem a vir fora do seu horário, sabendo que não vai ter certificado então eu acho que, enquanto tem pessoas que fazem isso, a gente ainda pode acreditar na educação, ..., quem sabe depois dos encontros continuamos com o grupo, trocar e-mails, ..., foi importante conversar até das angústias que a gente tem em dias de semana que são as mesmas, às vezes a gente se sente meio frustradas com uma atividade que não deu certo, aí vem uma colega comigo que também é assim, aí tu sente, conversar de tudo, qualquer coisa, compartilhar angústias, compartilhar coisas boas, compartilhar tudo,..., nos divertimos, rimos e aprendemos muitas coisas novas, ..., imagine se tivéssemos um momento assim em nossas escolas. Que fosse para conversar, trocar ideias, assim como estamos fazendo. Precisamos disso...nossas reuniões pedagógicas deveriam ser assim, mas como todos sabem... (5A) ... ver por exemplo, porque às vezes tu trabalha uma coisa igual, mas a minha não deu certo, porque não?, então eu acho que é isso que é muito legal, que a gente tem que parar para pensar... (3A) ... Humanas? Sim, aqui o clima é de umas ensinarem as outras, colaborar, compartilhar, ensinar e aprender, ..., como as colegas afirmaram, foi um tempo destinado a nós... (2C) ... ressalto a disposição, entusiasmo das pessoas em participar,

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contribuir com suas experiências e opinar ou sugerir, complementando as dos demais. É bastante motivante ver todo o grupo empolgado com os jogos e práticas. Isso me faz pensar que a utilização dessas atividades com os alunos possa surtir o mesmo efeito (motivação, interesse)..., é importante destacar a dificuldade que temos, muitas vezes, em conseguir participar dessas formações: há dificuldades em obter liberação nas escolas, por exemplo, ..., este encontro serviu para reforçar a ideia de que muitas vezes aprendemos muito mais na troca de experiências entre professores, do que em palestras e estudos apenas teóricos. Nossa atividade é muito prática, cada aluno é diferente, então, precisamos associar a prática à teoria... (7B) ... Fiquei pensando o quanto importante seria termos grupos colaborativos em nossas escolas. Quantas vezes não conhecemos o que os colegas trabalham?... resta a cada educador despertar, “acordar” seu espírito investigador, pesquisador, ..., me mostrou que mais um vez que ser professor é trabalhar com a vida, é envolver-se, é participar, é ter alegria, é gostar... Foi muito bom! ... (2A) ... Esse grupo para mim representa a preocupação que há com a educação e a vontade de formar alunos mais bem preparados para a sociedade. Acredito que a troca de experiências é de grande importância para melhorar a metodologia de ensino e aprendizagem... (6B)

Fonte: Grupo Colaborativo.

Aqui ressaltamos a motivação frente a outro aspecto importante que pode ser

compartilhado no grupo, que são as angústias com as quais convivem os docentes

em suas diferentes realidades. De acordo com Fiorentini (2012, p. 65) as pessoas

que integram um grupo colaborativo, se propõem a isso, reservando “um tempo livre

para participar do grupo”. Conforme o autor, também destacamos que “a participação

é voluntária e todos os envolvidos desejam crescer profissionalmente”.

Nos relatos apresentados podemos verificar que integrar o grupo colaborativo

pode representar destinar um tempo para si, para sua prática pedagógica. Se

considerarmos o pouco tempo que muitos docentes, em nossa região, dispõem para

a sua formação continuada, esse é um aspecto que merece atenção. Isso pode

indicar que, se as formações continuadas tivessem como tema central a troca de

ideias entre os professores a partir de suas práticas, ou ainda se abordassem

assuntos que angustiam os docentes, os encontros seriam vistos pelos profissionais

como algo que vai melhorar a sua prática pedagógica.

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Após verificarmos alguns depoimentos, evidenciamos a necessidade de

realizar a troca de ideias e experiências, bem como compartilhar angústias comuns

em nossas práticas. De acordo com Fiorentini (2012, p. 64) “Sabendo que pode

contar com o apoio do colega, ninguém teme em compartilhar com grupo algum

fracasso ou tentativa mal sucedida na mudança da prática escolar.” Os relatos

apontam que as integrantes sentem-se à vontade para debater assuntos de seu

interesse e ressaltaram que a metodologia de grupo colaborativo lhes proporcionou

estímulo. Também evidenciam o comprometimento e interesse das professoras em

ajudarem-se mutuamente.

Dando continuidade à coleta de dados, evidenciamos os relatos a respeito

das atividades desenvolvidas pelas integrantes ao longo dos encontros:

Quadro 9: Terceira categoria de análise do grupo colaborativo. CATEGORIA FALA OU ESCRITA DO CADERNO

ATIVIDADES DESENVOLVDAS

... Me empolguei bastante jogando, o que me fez pensar que tais atividades podem exercer o mesmo sobre os alunos, ou seja, podem cativá-los e mantê-los atentos. Vale a pena, de vez em quando, mesmo com as dificuldades que temos nas escolas, com relação à informática, proporcionar esse tipo de atividade, ..., ... Com a experimentação de jogos vivenciada, percebi o quanto nos divertimos e estivemos atentas. É possível que estas condutas sejam tomadas pelos alunos também, quando em situações semelhantes, podendo o ensino e a aprendizagem da Matemática tornar-se mais prazeroso... (7B) ... O tempo foi curto, ..., muitas atividades interessantes foram compartilhadas envolvendo diversos conteúdos que podem ser explorados... (2A) ... Algumas atividades foram bastante inovadoras. Despertam a curiosidade e o interesse nossos, imagine de nossos alunos, ..., A exemplo dos alunos me senti uma aluna em formação... (2C) ... vou para casa cheia de ideias novas... (7A) ... Adoro trazer jogos para a sala de aula, os alunos aprendem com mais facilidade e demonstram mais interesse... (6F) ... foi muito bom, veio de acordo com o nosso planejamento para 2013, nas escolas. Estamos montando um projeto para o Ensino Fundamental e pude aproveitar muitas ideias para o nosso planejamento... (6D) ... Muito bom, softwares divertidos e fáceis de manusear. Com certeza, bem atrativos para os alunos (para mim também foi), ..., Uma simples figura pode ser tanta coisa... Que ideia ótima essa da historinha ... Nós podemos adaptar e criar outras relacionada à Matemática. Acredito que os alunos iriam gostar muito.,. (5A) ... Atividades simples que muitas vezes levamos muito tempo para fazer, podem ser feitas em poucos minutos. Percebi

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também a interdisciplinaridade dos jogos propostos que às vezes não nos damos conta na sala de aula. Podemos explorar mais as atividades que abordamos com os alunos... (4A) ... foi muito válido ter acesso aos jogos já construídos e disponíveis no Laboratório de Matemática... (6B) ... a partir da atividade que eu trouxe surgiram sugestões das colegas e depois eu pude aperfeiçoar a minha própria prática ... (1A)

Fonte: Grupo Colaborativo.

Considerando os relatos que manifestam a aprendizagem em relação ao uso

do computador percebemos que as professoras apontam a importância da inserção

desse recurso em suas aulas. Essa característica também havia sido destacada na

entrevista. As docentes encontram as ideias de Rezende (2002) que destaca que

não se questiona mais o uso dessa ferramenta, mas sim como devemos fazê-lo da

melhor forma possível. A importância do uso desse recurso também é contemplado

nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), no qual está afirmado que o

computador possibilita a criação de diferentes ambientes de aprendizagem.

Durante a realização dos encontros, percebemos que houve interação de

forma colaborativa, promovendo a aprendizagem a respeito dos temas estudados.

Cabe ressaltar que as trocas ocorreram em um ambiente informal, característico do

grupo colaborativo. Durante todos os encontros foi possível perceber o envolvimento

das professoras com as atividades que estavam sendo propostas.

De acordo com Vygotsky (1991) o desenvolvimento mental do sujeito é

potencializado pela orientação, troca, interação e relação do sujeito com o meio.

Percebemos que as atividades realizadas estavam na zona de desenvolvimento

proximal, pois os desafios propostos instigaram a troca, a orientação e a mediação

na busca pela solução das situações apresentadas.

As atividades desenvolvidas nos encontro possuíam caráter desafiador uma

vez que as docentes sentiram-se instigadas a realizá-las. Os sites visitados e os

programas estudados apresentaram-se como recursos criativos de apoio ao ensino

e à aprendizagem de Matemática. De acordo com Quartieri et all (2012, p. 27), esse

é um dos grandes desafios enfrentados pelos educadores, usar os recursos de

informática de forma criativa e potencializadora da aprendizagem. Ainda de acordo

com as autoras (2012, p. 28) “O recurso escolhido e as atividades desenvolvidas,

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devem permitir uma interação do discente com os conceitos ou ideias matemáticas,

propiciar a descoberta, inferir resultados, levantar e testar hipóteses.” Pelo interesse

apresentado pelas professoras, em relação às atividades, que inclusive

manifestaram a intenção de levá-las aos alunos, acreditamos que o encontro

contemplou as expectativas.

À medida que as atividades eram compartilhadas ao longo dos encontros, as

integrantes comentavam as adaptações que poderiam ser feitas para que as

mesmas pudessem ser realizadas em suas escolas. Assim, as propostas foram

sendo inseridas aos diferentes contextos, não havendo uma única forma para que as

mesmas fossem realizadas. Isso evidencia o comportamento colaborativo do grupo.

O compartilhamento das atividades ocorreu espontaneamente, sem a necessidade

de uma ordem predeterminada. De acordo com Fiorentini (2012, p. 65) em um grupo

colaborativo “os participantes sentem-se à vontade para expressar livremente o que

pensam e sentem e estão dispostos a ouvir críticas e a mudar” e ainda complementa

afirmando que “não existe uma verdade ou orientação única para as atividades.

Cada participante pode ter diferentes interesses e pontos de vista, aportando

distintas contribuições e diferentes níveis de participação”. Destacamos que as

professoras também apontaram a variedade de atividades compartilhadas com o

grupo como uma característica importante. Segundo Cavellucci e Valente (2004, p.

4) as pessoas possuem diferentes formas de aprender e organizar a sua

aprendizagem e os encontros proporcionaram um leque de atividades práticas para

serem usadas com os alunos, visando contemplar essas possíveis formas de

aprender.

Os relatos das docentes mostram que os desafios propostos pelos jogos e

atividades compartilhadas, lhes mantiveram concentradas e que esse sentimento

também pode ser vivido pelos alunos quando colocados em contato com os

materiais. Esses relatos reforçam os conceitos de Starepravo (2006), citados o longo

do trabalho.

Concluindo a análise dos dados coletados ao longo dos encontros, pelos

relatos das professoras, podemos perceber o quanto foi importante integrar o grupo

colaborativo. Também podemos reforçar que a metodologia de grupo colaborativo

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volta-se principalmente ao apoio mútuo e que as professoras buscaram esse

aspecto nesse grupo. De acordo com Fiorentini:

São múltiplos os motivos que mobilizam os professores a fazer parte de um grupo: buscar apoio e parceiros para compreender e enfrentar os problemas complexos da prática profissional; enfrentar conjuntamente os desafios da inovação curricular na escola; desenvolver projetos de inovação tecnológica, como incorporar as tecnologias de informação e comunicação (computador, internet, vídeos, etc.) na prática escolar; buscar o próprio desenvolvimento profissional; desenvolver pesquisa sobre a própria prática, entre outros. Esse desejo de trabalhar e estudar em parceria com outros profissionais resulta de um sentimento de incompletude enquanto profissional e da percepção de que, sozinho, é difícil dar conta desse empreendimento. (FIORENTINI, 2012, p. 60)

Dentre os fatores citados, as professoras demonstraram comprometimento

com o grupo, pois estavam participando dele espontaneamente e com o objetivo

comum de melhorar a própria prática pedagógica. Em vários momentos as

integrantes destacam a importância de trocar ideias, bem como, o prazer de

compartilhar experiências, angústias e expectativas em um grupo tão heterogêneo,

mas em contrapartida, com o mesmo foco.

Na continuidade, apresentamos as Considerações Finais, que constituem o

último capítulo dessa pesquisa. Nele registramos nossas percepções sobre as

possíveis repercussões causadas na prática pedagógica das professoras que

integraram o grupo colaborativo.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No decorrer dessa pesquisa propomos uma intervenção pedagógica voltada à

formação continuada de professores. Para isso realizamos cinco encontros sob a

perspectiva de Fiorentini a respeito do grupo colaborativo, nos quais evidenciamos a

interação proposta por Vygotsky. Ao longo dos encontros trabalhamos com os

conceitos de vários autores, sobre o uso de ferramentas de apoio em aulas de

Matemática.

Como consta na introdução a realização desse trabalho justificou-se pela

forma como se apresentam as formações continuadas proporcionadas pelas

secretarias responsáveis, no Vale do Taquari. Em geral elas são destinadas a

grandes grupos de professores, que são convocados a se fazerem presentes.

Porém, esses docentes, em geral, desejam participar de outros momentos de

aprendizagem em suas áreas de atuação.

Para elaborar uma intervenção pedagógica que fosse ao encontro das

necessidades dos professores da nossa região, buscamos aportes teóricos que nos

apoiassem. Dessa forma compusemos o Capítulo 2, no qual registramos os estudos

de Vygotsky a respeito da interação e como ela se manifesta dentro de um grupo

colaborativo, cujo trabalho é proposto por Fiorentini. Além disso, também compõem

esse capítulo as pesquisas de vários autores a respeito do uso de ferramentas de

apoio nas aulas de Matemática. Após a realização da pesquisa bibliográfica,

esquematizamos a metodologia a ser desenvolvida, que foi composta por três

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grandes etapas: diagnóstico da disponibilidade de ferramentas didáticas para as

aulas de Matemática, entrevista com os professores de Matemática das escolas

envolvidas e realização dos encontros para troca de ideias e experiências sobre a

própria prática docente.

Verificando o objetivo geral que nos propomos a atingir, afirmamos que foi

possível realizar a análise da realidade das seis escolas envolvidas na pesquisa, no

que diz respeito a disponibilidade de ferramentas de apoio ao ensino e à

aprendizagem de Matemática. Também averiguamos de forma e com que objetivos

os professores fazem uso desses materiais em suas aulas.

Constatamos junto aos docentes de Matemática das seis escolas parceiras do

projeto Observatório da Educação, e consequentemente dessa pesquisa, o quanto

foi intenso o discurso dos professores em relação à necessidade de trocar ideias e

experiências ligadas ao uso de ferramentas de apoio ao ensino e a aprendizagem de

Matemática. Enquanto os docentes respondiam as questões da entrevista

percebemos a insatisfação deles com a falta de tempo para, por exemplo,

conhecerem as práticas dos colegas da área.

Nesse mesmo sentido, reforçaram o quanto gostariam que as formações

continuadas, oferecidas pelas secretarias responsáveis, fossem caracterizadas pela

troca de experiências e ideias de práticas pedagógicas interessantes. Ressaltaram

ainda, que seria importante que essas trocas também pudessem ocorrer dentro da

própria escola, em momentos destinados à formação continuada ou nas próprias

reuniões pedagógicas. Portanto, seria possível termos um processo contínuo de

formação, de forma independente, cujo grupo poderia trabalhar colaborativamente.

De acordo com Fiorentini:

...quando diretores ou coordenadores pedagógicos, por acreditarem na importância no trabalho coletivo, obrigam seus professores a fazerem parte de grupos de trabalho e estudo, podem, inconscientemente, estar contribuindo para a formação de grupos coletivos que, talvez, nunca venham a ser de fato colaborativos. (FIORENTINI, 2012, p. 59)

Ao participar de uma formação continuada por obrigação, o comportamento

de um professor será muito diferente do que quando a participação é voluntária.

Sempre que um grupo de docentes se reunir colaborativamente para estudar sobre

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um determinado tema, fará isso em função de um assunto comum a todos os

membros, que possuem um objetivo comum e corresponsabilidade em atingí-lo.

Diante das transformações percebidas no campo educacional ao longo dos

anos, tornou-se necessário repensar as formações continuadas proporcionadas aos

professores. Nesse contexto, o uso de ferramentas de apoio ao ensino e à

aprendizagem de Matemática, bem como a troca de experiências, tornaram-se muito

importantes e significantes para melhorar a prática pedagógica.

Em relação a isso, buscamos uma intervenção diferentemente da forma como

se apresentam as formações continuadas em nossas escolas. Realizamos os

encontros do grupo colaborativo de acordo com o trabalho de Fiorentini, que prevê a

liderança compartilhada e a tomada de decisões conjunta em busca de um objetivo

comum a todos os membros.

De qualquer forma, independentemente das condições da escola, ter reunido

professores sob a perspectiva do grupo colaborativo, representou uma possibilidade

de discutir sobre a própria prática, considerando todos os aspectos envolvidos no

ato de lecionar. As professoras, envolvidas nesse trabalho, relataram a falta de

momentos para trocas de experiências com seus colegas. Assim entendemos que o

grupo colaborativo se constituiu para proporcionar momentos de socialização,

interação e debate, entre as professoras das escolas envolvidas.

Em relação à última etapa que constituiu nossa intervenção pedagógica,

podemos afirmar que conversar sobre as angústias que afligem os professores, mais

em específico as docentes do grupo colaborativo, as dificuldades enfrentadas e as

conquistas alcançadas, ou seja, trocar ideias, experiências (sejam essas bem

sucedidas ou não), ou apenas discutir e conversar fazem com que nossa prática se

torne mais prazerosa. Foi justamente isso que foi propiciado nos encontros, em

outras palavras, esse foi o “forte” do grupo colaborativo.

Conforme Fiorentini, num grupo colaborativo, os professores sentem-se à

vontade para expressar suas opiniões, manifestando respeito aos saberes e

experiências compartilhadas pelos colegas. Ainda de acordo com o autor, “há

momentos, durante os encontros, para bate-papo informal, reciprocidade afetiva,

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confraternização e comentários sobre experiências e episódios da prática escolar

ocorridos durante a semana” (FIORENTINI, 2012, p. 65).

Nos encontros tivemos a oportunidade de aprender novas atividades, ou

lembrar de atividades, que em algum momento já havíamos trabalhado, visto que,

cada professora foi responsável por apresentar às demais colegas uma prática que

“deu certo”. Escutar de alguma colega traz mais significado, motiva mais do que

apenas ler em algum artigo ou notícia. Podemos perceber o entusiasmo, sentirmo-

nos motivadas e ter vontade de realizar a atividade com nossos alunos.

As atividades serviram como estímulo às integrantes a incorporarem ideias

diferenciadas às suas práticas. Os momentos de colaboração vividos pelas

integrantes no grupo colaborativo poderão servir de incentivo a criação de novas

metodologias de ensino.

Ao longo da realização dos encontros do grupo, durante as trocas de

experiências, acreditamos que a aprendizagem de novas estratégias de ensino

tenha ocorrido de forma colaborativa, já que cada integrante teve participação

igualmente importante. Vale ressaltar que, em alguns momentos, as professoras

comentaram que se as formações continuadas promovidas pelos órgãos

responsáveis tivessem um caráter semelhante à forma como estavam organizados

os encontros, elas seriam mais produtivas e gerariam resultados mais eficientes.

Retomando a questão de pesquisa “Que repercussões o estudo realizado

num grupo colaborativo, sobre o uso de diferentes ferramentas de apoio ao ensino e

à aprendizagem, teve na prática pedagógica de professores de Matemática da

Educação Básica?”, percebemos que a proposta do grupo colaborativo teve

repercussões na forma de conceber a sua formação continuada. Também

acreditamos que essa ideia possa ser levada aos momentos destinados ao

planejamento.

Ao destacarem aspectos que julgaram importantes em relação ao grupo

colaborativo, as professoras nos fizeram perceber que a proposta contribuiu para

suas práticas pedagógicas. Elas ressaltaram aspectos ligados ao estímulo ao uso de

ferramentas, a importância da troca de ideais, e o sentimento de satisfação por

colaborarem com o grupo, o que é característico de um grupo colaborativo. Além

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disso, percebemos que as professoras demonstraram interesse em continuar

realizando os encontros do grupo colaborativo, pois segundo elas houveram poucos

encontros, o que evidencia a importância desses momentos numa formação

continuada.

Querer levar essa ideia para as escolas e pensar nossas reuniões

pedagógicas e horas atividades como um grupo colaborativo, pode ser uma das

contribuições desses encontros. Pensar nas atividades que deram certo, aplicar

com nossos alunos e verificar os resultados, ou mesmo as que não deram certo, o

que pode e deve ser modificado, mas sempre em grupo, trocando ideias,

aprendendo e ensinando, discutindo e rediscutindo, buscando uma educação cada

vez melhor.

Portanto, perceber, em primeiro lugar, a importância desses encontros trará

com certeza uma mudança na prática educativa das integrantes desse grupo.

Estamos carentes de tempo que nos proporcionem momentos de reflexão acerca de

nossas próprias aulas e nada melhor do que a conversa com colegas para discutir e

com certeza o grupo colaborativo influenciou.

Destacamos ainda alguns aspectos relevantes a pesquisa e a sua

continuidade. Se o tempo destinado aos encontros do grupo colaborativo tivesse

sido maior poderíamos ter explorado mais detalhadamente cada atividade proposta.

Outro detalhe importante é o de que se tivéssemos organizado e lançado essa

proposta no início do ano, talvez mais professores pudessem ter integrado o grupo.

Também destacamos que o material coletado nessa pesquisa poderá nos fornecer

mais dados para uma próxima análise. Poderemos, a partir da visualização do que

não foi plenamente verificado, analisar as possíveis relações percebidas entre os

relatos apresentados pelos professores nas entrevistas com as falas citadas durante

os encontros. Outra proposta de continuidade é a constituição de grupos

colaborativos dentro das escolas, e das coordenadorias de educação, sobre

assuntos de interesse dos professores, como proposta de formação continuada.

Por fim, concluo8 que, para a minha própria formação, ter integrado o grupo

colaborativo representou ter vivenciado uma formação continuada alternativa ao que

8 Opinião pessoal da autora do trabalho.

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vem sendo ofertado pelas secretarias de educação e ter percebido o quanto isso

pode ser possível. Penso que o tema discutido nos encontros e a forma de trabalho

do grupo foi ao encontro das necessidades das professoras e que, principalmente

por esses motivos, essa formação trouxe realização e prazer a esses momentos.

Isso mostrou a possibilidade de fortalecimento de grupo de professores em torno de

um tema de interesse comum, visando a melhoria da prática pedagógica.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Tabela de ferramentas de apoio, na Escola 1 Dados da escola 1

Nome Unidades O que é e para que serve Características gerais Imagem

Compasso 1 Instrumento usado para desenhar círculos

Instrumento feito de madeira, para ser utilizado pelos professores durante as aulas de Matemática, para desenhar círculos e

trabalhar com medidas relacionandas aos mesmos.

Compasso 10 Instrumento usado para desenhar círculos

Instrumento feito de plástico, para ser utilizado pelos alunos durante as aulas de Matemática, para desenhar círculos e

trabalhar com medidas relacionandas aos mesmos.

Computadores e softwares

17 Softwares matemáticos para auxiliar o ensino-aprendizagem

de matemática

Esses equipamentos estão disponíveis aos alunos no laboratório de informática da escola. Todos eles possuem sistema operacional Linux e 4 softwares matemáticos, que são:

* KmPlot – usado para construção de gráficos

* KBruch – recurso para trabalhar com frações

* Kpercentage – trabalha com diferentes formas de explorar cálculos de porcentagem

* Kig – também utilizado na construção de gráficos

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Esquadro 4 Instrumento usado para medir ângulos de 90°

Instrumento de medida, feito de madeira, para ser utilizado pelos professores durante as aulas de Matemática

Esquadro 21 Instrumento usado para medir ângulos de 90°

Instrumento de medida, feito de plástico, para ser utilizado pelos alunos durante as aulas de Matemática

Kit de jogos 1 Jogos que auxiliam no desenvolvimento do raciocínio lógico, chamados de jogos de

estratégia

Os tabuleiros desses jogos é feito em madeira e as peças e dados são de plástico

Régua de 100cm

1 Instrumento usado para determinar medidas em linha reta, bem como traçar retas

Instrumento de medida, feito de madeira, para ser utilizado pelos professores durante as aulas de Matemática

Régua de 30cm

13 Instrumento usado para determinar medidas em linha reta, bem como traçar retas

Instrumento de medida, feito de plástico, para ser utilizado pelos alunos durante as aulas de Matemática

Sólidos geométricos

13 Sólidos para estudo da geometria, volume e etc, das

figuras apresentadas

Feito em acrílico, pode-se preencher cada sólido com líquido para a determinação do seu volume

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Tangran 12 Jogo para formar figuras a partir de formas não complexas

Jogo feito em EVA, bastante colorido

Tangran 1 Jogo para formar figuras a partir de formas não complexas

Jogo feito em madeira, bastante colorido

Tranferidor 24 Instrumento usado para medir ângulos

Instrumento de medida, feito de plástico, para ser utilizado pelos alunos durante as aulas de Matemática

Transferidor 1 Instrumento usado para medir ângulos

Instrumento de medida, feito de madeira , para ser utilizado pelos professores durante as aulas de Matemática

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APÊNDICE B – Tabela de ferramentas de apoio, na Escola 2 Dados da escola 2

Nome Unidades O que é e para que serve Características gerais Imagem

Barrinhas de Cusinaire

1 Material utilizado para desenvolver atividades voltadas à base 10, fazendo

uso de diferentes cores para fazer essa associação

Barrinhas feitas em madeira, pintadas de diferentes cores e acondicionadas em uma caixa de madeira

Compasso 3 Instrumento usado para desenhar círculos

Instrumento feito de madeira, para ser utilizado pelos professores durante as aulas de Matemática, para

desenhar círculos e trabalhar com medidas relacionandas aos mesmos.

Computadores e softwares

21 Softwares matemáticos para auxiliar o ensino-aprendizagem de matemática

Esses equipamentos estão disponíveis aos alunos no laboratório de informática da escola. Todos eles

possuem sistema operacional Linux e 7 softwares matemáticos, que são:

* KmPlot – usado para trabalhar funções matemáticas em forma de gráficos

* KBruch – recurso para trabalhar com frações

* GeoGebra – recurso utilizado para trabalhar com gráficos e geometria (definido pelo sistema como geometria dinâmica)

* Kig – também utilizado na construção de gráficos

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(indicado no sistema como geometria interativa)

* Cantor – recurso usado para a construção de gráficos (escrito como software matemático)

* Kpercentage – trabalha com diferentes formas de explorar cálculos de porcentagem

* KAlgebra – para construção de gráficos (definido no sistema como calculadora gráfica)

Dama 6 Jogo para auxiliar no desenvolvimento estratégias que podem vir a serem usadas na resolução de problemas

Jogo feito em plástico

Esquadro 7 Instrumento usado para medir ângulos de 90°

Instrumento de medida, feito de madeira, para ser utilizado pelos professores durante as aulas de

Matemática

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Jogo dos sinais 1 Utilizado para a criação de situações nas quais usa-se recursos de soma e

subtração de números positivos e negativos

Feito em papel colorido por alunos da escola

Material dourado

2 Material utilizado para desenvolver a ideia da base 10

Feito em madeira, de uma única cor

Paquímetro 2 Instrumento usado para determinar medidas de comprimento simulando o

uso de um paquímetro

Instrumento de medida, feito de madeira, para ser utilizado durante as aulas de Matemática

Peças para montagem

1 Peças de diferentes formatos e cores para a construção de figuras

Feito em madeira

Resta 1 1 Jogo para auxiliar no desenvolvimento estratégias que podem vir a serem usadas na resolução de problemas

Jogo feito em plástico

Sólidos geométricos

13 Sólidos para estudo da geometria, volume e etc, das figuras

apresentadas

Feito em acrílico, pode-se preencher cada sólido com líquido para a determinação do seu volume

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Tangran 1 Jogo para formar figuras a partir de formas não complexas

Jogo feito em madeira

Transferidor 4 Instrumento usado para medir ângulos Instrumento de medida, feito de madeira , para ser utilizado pelos professores durante as aulas de

Matemática

Trapézios 3 Peças em forma de trapézio para a construção de figuras

Caixa de madeira com peças também de madeira, todas com o formato de trapézio para a construção de figuras

Xadrez 6 Jogo para auxiliar no desenvolvimento estratégias que podem vir a serem usadas na resolução de problemas

Jogo feito em plástico

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APÊNDICE C – Tabela de ferramentas de apoio, na Escola 3 Dados da escola 3

Nome Unidades O que é e para que serve Características gerais Imagem

Compasso 3 Instrumento usado para desenhar círculos

Instrumento feito de madeira, para ser utilizado pelos professores durante as aulas de Matemática, para

desenhar círculos e trabalhar com medidas relacionandas aos mesmos.

Computadores e softwares

11 Softwares matemáticos para auxiliar o ensino-aprendizagem de matemática

Esses equipamentos estão disponíveis aos alunos no laboratório de informática da escola. Todos eles

possuem sistema operacional Windows 7 e 1 software matemático, que é:

* Poly – usado para o estudo de figuras e sólidos geométricos

Dominó de contas

1 Dominó onde as peças são contas ou resultados

Produzido em madeira

Encaixe se for capaz

4 Jogo para auxiliar no desenvolvimento estratégias que podem vir a serem usadas na resolução de problemas

Jogos produzidos em madeira

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Esquadro 1 Instrumento usado para medir ângulos de 90°

Instrumento de medida, feito de madeira, para ser utilizado pelos professores durante as aulas de

Matemática

Jogo da velha 1 Jogo de estratégia que pode auxiliar no desenvolvimento do raciocínio

lógico

Produzido em madeira

Jogo de somar 1 Jogo de somar Feito em madeira e eva

Material dourado

1 Material utilizado para desenvolver a ideia da base 10

Feito em madeira, de uma única cor

Moinho de bolinhas

1 Jogo para auxiliar no desenvolvimento estratégias que podem vir a serem usadas na resolução de problemas

Jogo feito em madeira

Números mágicos

1 Jogo utilizado para o desenvolvimento do cálculo metal

Produzido em madeira

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Pirâmide de bolinhas

1 Hastes com duas outrês bolinhas com as quais precisa-se formar uma

pirâmide triangular

Material produzido em madeira

Quadrados mágicos

2 Quadrados mágicos para realizar a soma 15 ou 34

Produzido em madeira

Régua de 60cm 1 Instrumento usado para determinar medidas em linha reta, bem como

traçar retas

Instrumento de medida, feito de madeira, para ser utilizado pelos professores durante as aulas de

Matemática

Rolo de círculos 1 Estrutura que se molda de diferentes formas, mostrando o que é possível

formar com a união de círculos

Produzido com materil metálico

Tangran 1 Jogo para formar figuras a partir de formas não complexas

Jogo feito em madeira

Tire se for capaz

9 Conjunto de jogos que podem promover o desenvolvimento do

raciocínio lógico

Todos os jogos são confeccionados em madeira e barbantes ou em metal

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Torre de Hanói 1 Jogo de estratégia que resultar no estudo de uma função exponencial

Jogo feito em madeira

Transferidor 1 Instrumento usado para medir ângulos Instrumento de medida, feito de madeira , para ser utilizado pelos professores durante as aulas de

Matemática

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APÊNDICE D – Tabela de ferramentas de apoio, na Escola 4 Dados da escola 4

Nome Unidades O que é e para que serve Características gerais Imagem

Banco imobiliário

1 Jogo de estratégia que pode auxiliar no desenvolvimento do raciocínio

lógico

Vendido comercialmente

Computadores e softwares

33 Computadores para auxiliar o ensino-aprendizagem de matemática

Esses equipamentos estão disponíveis aos alunos no laboratório de informática da escola. Trinta e dois

desses computadores possuem sistema operacional Windows XP sem nenhum software matemático à

disposição. Um dos computadores, que possui o mesmo sistema operacional, tem instalado o software Powersim, usado para o ensino de funções

Cubo de madeira

1 Montar um cubo com peças de diferentes formatos

Produzido em madeira

Gira e gera 1 Formação virtual de sólido sgeométricos a partir do giro de um

ventilador

O equipamento foi construído pelos alunos e tem como base um ventilador e círculos feitos de recortes de

canos de pvc

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Imagem e ação 1 Jogo de estratégia que pode auxiliar no desenvolvimento do raciocínio

lógico

Vendido comercialmente

Jogo da vida 1 Jogo de estratégia que pode auxiliar no desenvolvimento do raciocínio

lógico

Vendido comercialmente

Pirâmide de bolinhas

1 Hastes com duas outrês bolinhas com as quais precisa-se formar uma

pirâmide triangular

Material produzido pelos alunos, com bolinhas de isopor e palitos de madeira

Problemas com tarja de

respostas

5 Problemas matemáticos apresentados de forma diferente

Produzido em papel e isopor, pelos alunos

Quebra cabeça das 4

operações

4 Formar o triângulo do tabuleiro resolvendo as contas das quatro

operações

Produzido pelos alunos, com papel

Sólidos 12 Sólidos geométricos para exploração de algumas formas

Produzidos pelos alunos em papel

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Teorema de Pitágoras

1 Estrutura para encaixar peças e formar o teorema de Pitágoras

Produzido com papel e papelão, pelos alunos

Torre de Hanói 1 Jogo de estratégia que resultar no estudo de uma função exponencial

Jogo feito em madeira

Trilha de P.A. e P.G.

1 Jogo para responder questões sobre progressões aritméticas e geométricas

Produzido em papel, pelos alunos

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APÊNDICE E – Tabela de ferramentas de apoio, na Escola 5 Dados da escola 5

Nome Unidades O que é e para que serve Características gerais Imagem

Blocos lógicos 1 Blocos para a contrução de figuras e realização de atividades de

classificação

Produzidos em madeira

Compasso 3 Instrumento usado para desenhar círculos

Instrumento feito de madeira, para ser utilizado pelos professores durante as aulas de Matemática, para

desenhar círculos e trabalhar com medidas relacionandas aos mesmos.

Computadores e softwares

22 Softwares para auxiliar o ensino-aprendizagem de matemática

Esses equipamentos estão disponíveis aos alunos no laboratório de informática da escola. Todos eles

possuem sistema operacional Linux e 4 softwares matemáticos, que são:

* KBruch – recurso para trabalhar com frações

* Kig – também utilizado na construção de gráficos (indicado no sistema como geometria interativa)

* KmPlot – usado para trabalhar funções matemáticas em forma de gráficos

* Kpercentage – trabalha com diferentes formas de

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explorar cálculos de porcentagem

Dados de quantidade

1 Conjuntos de dados com sinais das quatro operações matemática,

quantidades e números, pode ser usado om diversos obejtivos e idades

Produzido em tecido

Dama 3 Jogo para auxiliar no desenvolvimento estratégias que podem vir a serem usadas na resolução de problemas

Peças em plástico e base de madeira.

Esquadro 9 Instrumento usado para medir ângulos de 90°

Instrumento de medida, feito de madeira, para ser utilizado pelos professores durante as aulas de

Matemática

Ludo 3 Jogo para auxiliar no desenvolvimento estratégias que podem vir a serem usadas na resolução de problemas

Jogo feito em plástico

Régua de 60cm 5 Instrumento usado para determinar medidas em linha reta, bem como

traçar retas

Instrumento de medida, feito de madeira, para ser utilizado pelos professores durante as aulas de

Matemática

Régua de 100cm

8 Instrumento usado para determinar medidas em linha reta, bem como

traçar retas

Instrumento de medida, feito de madeira, para ser utilizado pelos professores durante as aulas de

Matemática

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Resta 1 1 Jogo para auxiliar no desenvolvimento estratégias que podem vir a serem usadas na resolução de problemas

Jogo feito em plástico

Transferidor

5 Instrumento usado para medir ângulos Instrumento de medida, feito de madeira , para ser utilizado pelos professores durante as aulas de

Matemática

Trapézios 1 Peças em forma de trapézio para a construção de figuras

Caixa de madeira com peças também de madeira, todas com o formato de trapézio para a construção de figuras

Xadrez 6 Jogo para auxiliar no desenvolvimento estratégias que podem vir a serem usadas na resolução de problemas

Jogo feito em plástico

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APÊNDICE F – Tabela de ferramentas de apoio, na Escola 6 Dados da escola 6

Nome Unidades O que é e para que serve Características gerais Imagem

Baralho de cartas

3 Pode auxiliar no desenvolvimento de várias estratégias e jogos

Produzido em papel

Compasso 2 Instrumento usado para desenhar círculos

Instrumento feito de madeira, para ser utilizado pelos professores durante as aulas de Matemática, para

desenhar círculos e trabalhar com medidas relacionandas aos mesmos.

Computadores e softwares

20 Softwares para auxiliar o ensino-aprendizagem de matemática

Esses equipamentos estão disponíveis aos alunos no laboratório de informática da escola. Todos eles

possuem sistema operacional Linux e 4 softwares matemáticos, que são:

* KBruch – recurso para trabalhar com frações

* Kig – também utilizado na construção de gráficos (indicado no sistema como geometria interativa)

* KmPlot – usado para trabalhar funções matemáticas em forma de gráficos

* Kpercentage – trabalha com diferentes formas de explorar cálculos de porcentagem

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Dominó de contas

1 Realizar contas e indicar as respostas Feito em madeira

Ludo 1 Auxilia no desenvolvimento do raciocínio lógico quanto ao uso de

diferentes estratégias

Feito em madeira

Material dourado

2 Material utilizado para desenvolver a ideia da base 10

Feito em madeira, de uma única cor

Moinho 1 Auxilia no desenvolvimento do raciocínio lógico quanto ao uso de

diferentes estratégias

Feito em madeira

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Peças para montagem

1 Peças de diferentes formatos e cores para a construção de figuras

Feito em madeira

Régua de 40 e 80cm

2 Instrumento usado para determinar medidas em linha reta, bem como

traçar retas

Instrumento de medida, feito de madeira, para ser utilizado pelos professores durante as aulas de

Matemática

Torre de Hanói 1 Jogo de estratégia que resultar no estudo de uma função exponencial

Jogo feito em madeira

Trapézios 1 Peças em forma de trapézio para a construção de figuras

Caixa de madeira com peças também de madeira, todas com o formato de trapézio para a construção de figuras

Xadrez 2 Jogo para auxiliar no desenvolvimento estratégias que podem vir a serem usadas na resolução de problemas

Jogo feito em madeira com peças de plástico

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APÊNDICE G – Tabela de softwares de apoio, na Univates Dados do Laboratório de Informática da UNIVATES

Nome

Conteúdos matemáticos

Imagem

Análise Combinatória

Analise combinatória

Blender Geometria espacial

Cabri-

geometre II Geometria

Graphmatica Gráficos

Lindo Sistemas lineares e não-

lineares

MatLab Resolução de problemas

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Mat Maker Álgebra, progressões aritméticas e geométricas, matrizes, juros, equações

de segundo grau (incluindo desenho do

gráfico), geometria

Modellus Simulações de modelos

matemáticos

Poly

Estudo de figuras e sólidos geométricos

Powersim Funções derivadas

Prestação

mensal em um Financiamento

Prestação mensal em um Financiamento

Sistemas lineares

Sistemas lineares

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Taxa de Juros em um

Financiamento

Taxa de Juros em um Financiamento

Trigonometria Trigonometria

Wigeom Geometria plana e

espacial

Winmat Matrizes

Winmatrix Matrizes

WinPlot Gráficos

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APÊNDICE H – Tabela de ferramentas de apoio, na Univates Dados do Laboratório de Matemática da UNIVATES

Série e Nome Unidades disponíveis

Regras Conteúdos matemáticos

Características gerais Imagem

5ª série: Baralho Matemático

3 O numero ideal de participantes é de 4. Distribuir todas as cartas do baralho , entre os

participantes, no sentido anti-horário. Inicia o jogo o 1º jogador, a direita daquele que

distribuiu as cartas, que possui o coringa. Se o coringa que der o inicio ao jogo, for fração

irredutiva o jogador seguinte poderá colocar ao lado qualquer fração irredutiva ou abaixo outro coringa,

abrindo assim outra sequência.

Frações Jogo matemático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

5ª série: 1m2 em dm2

1 Não tem regras descritas. Transformação de unidades

Material didático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

5ª série: Tangran 3 É necessário, em cada figura usar sempre as sete

peças; As figuras formadas são planas, não podem estar dispostas afim de formar um castelo, por exemplo;

Não é permitido sobrepor as peças.

Ângulos, figuras, etc.

Material didático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

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5ª série: Dominó de área

4 Cada jogador recebe 7 cartas. O jogador que tiver a peça com duas figuras que tenham a mesma área inicia o jogo, seguindo a partida com o colega da direita, assim sucessivamente até que todos os

jogadores coloquem suas peças na mesa. Vence o jogo aquele que ficar sem peças primeiro.

Área de figuras planas

Jogo matemático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

5ª série: Trilha de

medida 3 O jogo inicia com os peões posicionados na casa 1

(início). Sorteia-se a ordem do início do jogo. O 1º jogador lança o dado, verifica o número de casas

conforme indica a face superior do dado. Caso parar numa casa que contém um ponto de interrogação, o

jogador deve retirar a carta correspondente a casa na qual parou e responder a questão. Se a resposta

estiver certa ou errada ele avança ou volta conforme a indicação da carta.

Ganha o jogo quem chegar ao final da trilha em primeiro lugar.

Diferentes medidas

Jogo matemático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

5ª série: Ovo Mágico

2 Montar diferentes figuras inclusive um ovo com as peças.

Lógica Jogo matemático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

5ª série: Mosaico

de Decimais 3 Encontrar a fração que corresponde com o número

decimal. Números decimais

Jogo matemático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

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6ª série: Trilha dos negativos

4 È preciso um dado e uma moeda para cada jogador neste jogo.

O jogador lança o dado e a moeda. O dado indica o número da quadrados que seu peão

vai andar. A moeda indica a direção do movimento. Se der cara,

o peão anda para frente, na direção dos números positivos; se der coroa, anda na direção dos

negativos. O primeiro jogador que atingir a SAÍDA é o vencedor

Números negativos

Jogo matemático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de Matemática.

6ª série: Jogo do

oposto 5 Material:

1 dado (1 a 6); 1 dado (+) e (-);

Fichas vermelhas (+); Fichas brancas (-);

OBS: uma ficha vermelha anula a branca 1ª jogada: registrar o que resulta dos dados;

2ª jogada: “Eu não quero o que resulta no dado, mas o oposto.” Exemplificar o registro, jogando uma rodada

em conjunto e registrar no quadro.

Números opostos

Jogo matemático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

6ª série: Frações 3 Dividir a turma em grupos de 2 a 4 alunos;

Distribuir para cada grupo uma cartela e um dado e as fichas para preencher as cartelas. Todos os

integrantes do grupo deverão receber cartelas iguais; As fichas e o dado ficam no centro da mesa;

O primeiro jogador joga o dado e retira o número de fichas correspondente à fração sorteada. Assim,

sucessivamente, cada jogador procede até que um preencha a cartela. Este é o vencedor do jogo.

Frações Material didático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

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6ª série: Pague e receba

3 Nesse jogo usam-se fichas pretas e brancas, e os cartões do encarte. As fichas pretas são positivas:

cada uma vale mais um ponto. As brancas são negativas: Cada uma vale um ponto. Assim, uma preta

e uma branca juntas não valem nada. São 5 participantes: 1 banqueiro e 4 jogadores. O

banqueiro da 12 fichas pretas para cada jogador e fica com as demais. Embaralha os cartões colocando-os

no meio da mesa com a parte escrita para baixo.

Adição e subtração

Jogo matemático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

6ª série: Subindo e Escorregando

3 Para jogar são necessários dois dados: um verde e outro branco. Este jogo pode ser disputado por duas

ou mais pessoas, cada uma tendo seu piãozinho. Quando chegar sua vez cada jogador lança os dois dados. O dado verde mostra quantas casas ele vai subir e o branco quantas ele vai escorregar, tudo na mesma jogada. Aí é a vez do próximo jogador. Quem

volta até o -10 cai fora da brincadeira.

Números negativos e

positivos

Jogo matemático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

7ª série: Ângulos 4 Sobrepor as peças soltas e identificar os ângulos. Ângulos Material didático

confeccionado em papel pela equipe do Laboratório de

Matemática

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7ª série: Batalha naval

6 É um jogo para 2 ou 4 jogadores onde cada um tenta destruir a frota de navios do outro.

Lógica Jogo matemático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

7ª série:

Quadrado perfeito

3 Completar o quadrado perfeito, utilizando as peças. Álgebra Material didático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

7ª série:

Geometria Fractal

2 Distribuir aos alunos uma folha e solicitar que dobrem-na ao meio.

Fazer dois cortes até o meio, a ¼ de cada margem. Dobrar pelo segmento entre os dois cortes.

Repetir os cortes e as dobras até que o papel permita continuar.

Para obter o cartão fractal, dobre as margens e puxe as figuras em relevo.

Geometria Material didático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

7ª série: Hex da

multiplicação 4 Não tem regras descritas Multiplicação Jogo matemático

confeccionado em papel pela equipe do Laboratório de

Matemática

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7ª série: Cálculo mental

4 Não tem regras descritas Raciocínio lógico

Jogo matemático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

8ª série:

Astrolábio vertical 2 Observar através do canudo um ponto fixo e medir o

ângulo. Ângulos Material didático

confeccionado em papel pela equipe do Laboratório de

Matemática

8ª série:

Pitágoras 2 Não tem regras descritas Geometria Material didático

confeccionado em papel pela equipe do Laboratório de

Matemática

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8ª série: Triângulo Mágico

5 Colocar as peças no triangulo, montando o quebra cabeças, de tal forma que as relações equivalentes se

correspondam.

Lógica Jogo matemático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

EM: Eu tenho,

quem tem? 4 Distribuir as fichas para os jogadores de forma

aleatória, onde um dos alunos inicia e vai se seguindo a ordem.

P.G. Jogo matemático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

EM: Funções 3 Colocar sobre a mesa as 46 cartas separadas em dois

grupos( um de formulas e outro de gráficos) e viradas para baixo. Sorteia-se o primeiro jogador, o qual inicia o jogo virando uma carta de cada grupo e verificando

a formação do par, ou seja, se a carta que contém fórmula corresponde à carta que contém o gráfico.

Caso as cartas não formarem par, o jogador desvira-as, e o próximo age da mesma forma.

Ganha o jogo quem conseguir formar o maior número de pares.

Gráficos e funções

Jogo matemático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

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EM: Piff Geométrico

4 Distribuir nove cartas para cada jogador que deverá ter como objetivo formar três trios sendo que uma das

cartas do trio obrigatoriamente é o desenho. O coringa substitui qualquer carta com exceção dos

desenhos.Cada trio poderá conter somente um coringa.

O jogador pega uma carta do monte e verifica se esta serve para seu jogo. Em caso afirmativo, troca por

uma carta que esta em sua mão, caso contrário joga fora.

O ganhador do jogo é aquele que primeiro forma os três trios.

Geometria Jogo matemático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

EM: Logaritmonencial

4 Distribui-se as peças igualmente entre os jogadores. Sorteia-se o primeiro a jogar, que coloca a peça na mesa e marcar o resultado maior em uma tabela de

pontos. O próximo deve colocar uma peça encostada na que esta sobre a mesa, fazendo corresponder

cálculo e resultado. Quando o jogador coloca a peça, ele ganha os pontos iguais ao resultado do cálculo que completou. Caso o jogador não tenha uma peça para colocar, passa a vez e perde o número de pontos que

o próximo jogador fará.

Logaritmos Jogo matemático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

EM: Bingo

matemático 4 As regras são as mesmas de um bingo tradicional. Atenção Jogo matemático

confeccionado em papel pela equipe do Laboratório de

Matemática

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EM: Trilha matemática

3 O jogo inicia com os peões posicionados na casa 1 (início). Sorteia-se a ordem do início do jogo. O 1º jogador lança o dado, verifica o número de casas

conforme indica a face superior do dado. Caso parar numa casa que contém um ponto de interrogação, o

jogador deve retirar a carta correspondente a casa na qual parou e responder a questão. Se a resposta

estiver certa ou errada ele avança ou volta conforme a indicação da carta.

Ganha o jogo quem chegar ao final da trilha em primeiro lugar.

Cálculo Jogo matemático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

EM: Flor da sorte 4 Duas equipes com botões estipulam o valor do dado para saída e depois jogar o dado para ver quantas

casas vai pular. Quando chegar na interrogação pegar uma ficha com perguntas: se acertar a pergunta avança uma casa, se

errar volta uma casa. Quando chegar na flor pode avançar uma casa.

Atenção Jogo matemático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

EM: Circulo

trigonométrico 6 O Ciclo Trigonométrico é uma maneira de se

representar graficamente as relações de seno, cosseno e tangente. O ciclo está dividido em 360

graus (ou 2π radianos). No círculo trigonométrico, o seno de um ângulo qualquer pode ser visualizado na projeção do

seu raio (por definição igual a 1) sobre o eixo vertical. No círculo trigonométrico, o cosseno de um ângulo

qualquer pode ser visualizado na projeção do seu raio (por definição igual a 1) sobre o eixo horizontal.

No círculo trigonométrico, o valor da tangente de um ângulo qualquer pode ser visualizado na reta vertical

que tangencia este círculo no ponto em que ele corta o eixo horizontal do lado direito.

Trigonometria Material didático confeccionado em papel

pela equipe do Laboratório de

Matemática

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EM: Torre de Hanói

6 A torre de Hanói é um jogo constituído de 5 discos de tamanhos diferentes e um suporte com 3 hastes;

Eles devem ser passados para a terceira haste, de um em um, podendo-se usar a segunda, mas nunca

ficando o disco maior por cima do menor.

Função exponencial

EM: Torre de Hanói

Sólidos Vários Não há regras para o uso desse material. Geometria

espacia Material didático

confeccionado em papel pela equipe do Laboratório de

Matemática

Sólidos

desmontáveis Vários Não há regras para o uso desse material. Geometria

espacia Material didático

confeccionado em papel pela equipe do Laboratório de

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Sólidos de

acrílico

5 Não há regras para o uso desse material. Geometria espacia

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Sólidos de acrílico

desmontáveis

2 Não há regras para o uso desse material. Geometria espacia

Sites sugeridos pela equipe do Laboratório de Matemática, sobre diferentes conteúdos e para diferentes séries:

• http://miriamjuss.meusjogosonline.com/jogar.asp?id=1642996&jogo=jogar+Matem%E1tica+-+Adi%E7%E3o+online • http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=256 • http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=251 • http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=307 • http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=476 • http://www.escolagames.com.br/jogos/aprendendoHoras/ • http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=8004 • http://www.escolagames.com.br/jogos/completandoNumeros/ • http://www.multiplication.com/flashgames/Bakery.htm • http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?Id=2139 • http://escolovar.or g/mat_problemas_quinta.horta.swf • http://www.somatematica.com.br/matkids/dividir.html • http://www.multiplication.com/flashgames/farmfreakout/FarmFreak.htm • http //www.multiplication.com/flashgames/DiaperDerby.htm • http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=77 • http://rachacuca.com.br/jogos/calculadoraquebrada/ • http://www.atividadeseducativas.c om.br/index.php?id=520 • http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=521 • http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=522 • http://escolovar.or g/mat_fraccao_comparar.swf • http://www.atividadeseducativas.c om.br/index.php?id=520

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• http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php? Id=521 • http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=522 • http://escolovar.org/mat_fraccao_melvin_equivalentfraction.swf • http://www.somatematica.com.br/matkids/arqmat.html • http://escolovar.org/mat_fraccao_comparar.swf • http://gfdelara.blogspot.com/2011/05/jogo-com-numeros-negativos.html • http://www.rpedu.pintoricardo.com/jogos/Jogo_multipl_com_ranking_pronto/multiplicacao.html • http://www.somatematica.com.br/softwares.php# • http://nlvm.usu.edu/en/nav/frames_asid_201_g_3_t_2.html?open=instructions&from=topic_t_2.html • http://nlvm.usu.edu/en/nav/frames_asid_324_g_3_t_2.html?open=instructions&from=topic_t_2.html • http://sites.google.com/site/gilmaths/jogos-matem%C3%A1ticos-em-flash • http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/fabrica_virtual/algebra_dos_vitros/index.html • http://nlvm.usu.edu/en/nav/frames_asid_189_g_1_t_2.html?open=activities&from=topic_t_2.html • http://www.inf.ufsc.br/~edla/projeto/geoplano/software.htm • http://www.4shared.com/get/1o1PA12u/wgeompr.html • http://www.softonic.com.br/s/tangram • http://www.peda.com • http://graphmatica.exerciciosde matematica.net/

LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES A RESPEITO DE JOGOS DAS ENCADERNAÇÕES DO LAB DE MATEMÁTICA REALIZADO POR LUCIANA C. K. FERNANDES, EM 15/10/2012 105 encadernações analisadas, 33 encadernações com as informações desejadas

Nº encadernação Título da encadernação Conteúdo Nome e informações gerais do material

1 Laboratório de Ensino de Matemática de 5ª a 8ª série – LEM 2000

1) Radiciação 2) Equações do 2º grau 3) Geometria

1) Exercícios e atividades 2) Exercícios, atividades (Anexo 1= jogo quebra-cabeça de triângulo 3) Exercícios e atividades

2 Laboratório de Ensino de Matemática 1) Estatística 2) Resolução de Problemas 3) Frações 4) Números inteiros

1, 2, 3 e 4) Exercícios, atividades, histórias em quadrinhos e jogos simples

3 Laboratório de Ensino de Matemática 1) Diversos 2) Funções do 1º grau 3) Funções do 2º grau 4) Funções

1) Desafios de diversos conteúdos 2) Exercícios de funções do 1º grau 3) Jogo de trilha sobre a função do 2º grau 4) Exercícios sobre funções

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5) PA e PG 6) Análise combinatória e outros 7) PA e PG 8) Seno, cosseno e tangente 9) Geometria 10) Logaritmos

5) Exercícios sobre PA e PG 6) Exercícios sobre os assuntos 7) Jogo Eu tenho, quem tem? 8) Jogos sobre seno, cosseno e tangente 9) Jogo Piff Geométrico 10) Jogo Logaritmonencial

4 Jogos Matemáticos para o Ensino Médio 1) Geometria 2) Logaritmos 3) PA e PG 4) Seno, cosseno e tangente 5) Funções, probabilidade e trigonometria 6) Funções

1) Jogo Piff Geométrico 2) Jogo Logaritmonencial 3) Jogo Eu tenho, quem tem? Sobre PA e PG 4) Bingo sobre seno, cosseno e tangente 5) Jogo da trilha 6) Jogo de memória de funções

6 Números História dos números, numerações pelo mundo, radiciação, frações, sistemas de medidas

Atividades variadas: caça-números, jogo Eu tenho, quem tem? (radiciação), dobraduras (frações), jogo e quadro de frações, jogo baralho matemático, jogo mosaico de decimais e jogo mosaico de frações

7 Laboratório de Ensino de Ciências III – LECIII de 5ª a 8ª série

1) Geometria 2) Álgebra 3) Potenciação

1) Exercícios, atividades e dobraduras sobre o tema 2) Exercícios e atividades 3) Exercícios, atividades e o jogo Eu tenho, quem tem?

8 Anexo 4

Relatório anual da pesquisa “Ciências Exatas na Escola Básica”

obs.: os itens 2, 3 e 4 são iguais ao

anexo 4 da encadernação 35

1) Medida de tempo 2) Geometria 3) Logaritmos e exponenciais 4) PA e PG 5) Funções

1) Artigo com sugestões sobre como abordar o tema nos anos iniciais da Educação Básica 2) Jogo, Piff Geométrico 3) Jogo, Logaritmonencial 4) Jogo, Eu tenho..., quem tem? 5) Jogo, Memória das funções

9 Encadernação das provas da Olimpíada Matemática da Univates

Diversos Essa encadernação traz uma cópia de cada prova da OMU, desde a 1ª até a 5ª edição, contemplando os mais diversos conteúdos em suas questões.

10 O Ensino de Geometria na Escola Geometria Esta encadernação é um livro com várias sugestões de como

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Fundamental introduzir e trabalhar com geometria.

11 Atividades para o Ensino Médio envolvendo probabilidade, contagem e

estatística

1) Probabilidade e contagem 2) Fatorial 3) Análise combinatória 4) Estatística

1) Problemas 2) Atividades para calculadora 3) Jogo de trilha 4) Atividades e jogo de memória com gráficos

12 Anexo 3

Projeto: Estudo, caracterização e implementação de novas alternativas

para formação de profissionais de ciências naturais e exatas

História dos números O anexo 3 desse material traz diferentes formas de abordagem do tema história dos números.

13 Anexo 1

Relatório técnico do Projeto “Laboratório de Ensino de Matemática”

Diversos Esse material (que já está um pouco amareladinho pela sua idade) traz muitas atividades sobre diferentes assuntos como álgebra e geometria.

15 Anexo I

Laboratório de Ensino de Matemática LEM

Geometria Exercícios e atividades sobre o tema

15 Anexo II

Laboratório de Ensino de Matemática LEM

Diversos Cópia das provas da II OMU de todos os níveis

16 Anexo II

III Olimpíada Regional de Matemática da Univates

Diversos Cópia das provas da II OMU de todos os níveis

18 Anexo 5

IV Olimpíada Regional de Matemática da Univates

Diversos Cópia das provas da IV OMU de todos os níveis

19 Anexo

A investigação da evolução de concepções e práticas de ensino-elaboração e análise de propostas

inovadoras no espaço do LEM

Equações Jogo de equações (quebra-cabeça em forma de triângulo)

21 Página 59

Desenvolvimento do pensamento algébrico numa turma de sétima série do

Ensino Fundamental

Álgebra Nesse material (de autoria de Lizi Sonda Zenere) há a descrição de atividades sobre o tema já especificado. Chamo a atenção para o jogo Eu tenho, quem tem?

23 Anexo III

Obstáculos de Aprendizagem e Evolução Profissional no espaço do

Laboratório de Ensino de Matemática

1) Estatística 2) Resolução de problemas 3) Frações

1, 2, 3, 4 e 5) Exercícios e atividades

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4) Números negativos 5) Logaritmos 6) Provas da 4ª OMU

25 Anexo 11

Relatório final do projeto “Obstáculos de aprendizagem e evolução no Espaço do Laboratório de Ensino de Matemática”

Diversos Nesse anexo consta uma cópia da prova, do gabarito e dos resultados da 5ª OMU em seus diferentes níveis.

25 Anexo 14

Relatório final do projeto “Obstáculos de aprendizagem e evolução no Espaço do Laboratório de Ensino de Matemática”

1) Sequencias 2) Funções do 1º grau 3) Funções do 2º grau 4) Funções 5) Progressões 6) ? 7) Análise combinatória 8) Arranjos e combinações 9) Sistemas lineares 10) Progressão geométrica 11) ? 12) Seno, cosseno e tangente 13) Geometria 14) Logaritmos

1, 2, 4, 5, 7, 8, 9) Atividades, história do assunto, problemas 3) Jogo de trilha 6) Jogo Flor da Sorte 10) Jogo Eu tenho, quem tem? 11) Cruzadinha de Matemática 12) Bingo 13) Jogo Piff Geométrico 14) Quebra-cabeça Logaritmonencial

35 Anexo 2

VER ANEXO 1 DO PROJETO

CONSTRUÇÃO DO

CONHECIMENTO MATEMÁTICO

DE 2003

Relatório final da pesquisa “Construção do conhecimento Matemático”

Vários Atividades desenvolvidas pelos professores nos grupos de sábado, a partir de diferentes materiais do dia a dia

35 Anexo 4

Relatório final da pesquisa “Construção do conhecimento Matemático”

1) Proporção (regra de três) 2) Geometria (tangran em forma de ovo) 3) Equações de 2º grau

Atividades trazidas pelos professores da Educação Básica 1) Alimentação e bem-estar 2) A lagosta 3) Carta enigmática

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4) Equações de 2º grau 4) Compor e decompor áreas (acompanha dados de x, y e áreas)

35 Anexo 9

Relatório final da pesquisa “Construção do conhecimento Matemático”

1) Geometria 2) Logaritmos e exponenciais 3) PA e PG

Jogos para o Ensino Médio, minicurso no VIII ENEM, 2004 1) Jogo, Piff Geométrico 2) Jogo quebra-cabeça, Logaritmonencial 3) Jogo, Eu tenho..., quem tem?

35 Anexo 2, 3, 4 e 5

Relatório da disciplina Prática de Ensino de Matemática III, “Geometria plana,

métrica e espacial”

2, 3, 4 e 5) Geometria 2, 4 e 5) Desafios com planificações de figuras 3) Jogo, Quebra-cabeça

37 Anexo 3

O Ensino e a Aprendizagem em ambientes informatizados

Informática aplicada à Matemática

Guias de auxílio ao uso dos softwares Projeto Gauss, Planilha de Cálculo, Winmatrix e Graphmatica

42 Cadernos da TV Escola Diversos Conteúdos mais voltados às séries iniciais do Ensino Fundamental. Todo o livro traz sugestões de leituras e atividades.

43 Anexo 3

Relatório final da pesquisa “Investigando concepções curriculares no Ensino de

Matemática”

1) Equações 2) Inequações 3) Regra de três 4) Geometria

Análise de livros didáticos a respeito dos assuntos citados.

43 Anexo 4

Relatório final da pesquisa “Investigando concepções curriculares no Ensino de

Matemática”

1) Fractais 2) Sequencias 3) Regra de três 4) Inequações 5) Simetria e homotetia 6) Estatística 7) Geometria plana espacial 8) Jogos (sena, mega-sena)

Nesse material há uma porção de atividades para cada tema especificado, que foi levado ao projeto pelos professores da Educação Básica.

44 Anexo L

Relatório final de pesquisa “O que é, em que consiste e para que serve fazer

Matemática na Escola Básica?)

Diversos O anexo traz uma cópia de cada nível da prova da 11ª OMU.

54 Trabalho sobre Matemática Financeira e Estatística

Probabilidade e estatística

Jogo Kay-xero viajante

54 Trabalho sobre Matemática Financeira e Educação financeira Corrida Financeira

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Anexo 3 Estatística

55 Anexos 1, 2 e 3

Tarefas exploratório-investigativas para o Ensino de Álgebra na 6ª série

Álgebra Nos três anexos estão desafios sobre álgebra com histórias lúdicas

58 Anexo 2

Dissertação “Uma reflexão sobre a importância de inclusão de educação

financeira na escola pública”

Educação financeira Atividade para abordar as tarifas de impostos sobre produtos

58 Anexo 7

Dissertação “Uma reflexão sobre a importância de inclusão de educação

financeira na escola pública”

Educação financeira Charges, pequenas histórias e imagens para trabalhar com educação financeira.

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APÊNDICE I – Termo de Livre Consentimento, assinado na entrevista

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Os integrantes do projeto “Relação entre a formação inicial e continuada de professores de Matemática da Educação Básica e as competências e habilidades necessárias para um bom desempenho nas provas de Matemática do SAEB, Prova Brasil, PISA, ENEM e ENADE”; desenvolvido no Centro Universitário UNIVATES, no âmbito do Programa Observatório da Educação elaboram ações de intervenção pedagógica com o intuito de melhorar a qualidade do processo de ensino e aprendizagem de Matemática.

Uma dessas ações que constituir-se-á em uma dissertação de mestrado, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da referida Instituição, pretende investigar e explorar a prática pedagógica de professores após terem integrado um grupo colaborativo que realizou estudos sobre o uso de ferramentas como auxílio para os processos de ensino e aprendizagem de Matemática.

Para tanto realizar-se-á uma discussão em grupo com os professores de Matemática das seis escolas que integram o Observatório da Educação visando obter informações a respeito da temática citada. As discussões realizadas em cada escola serão gravadas em vídeo, para posterior transcrição e análise de discurso, e registradas com algumas fotos.

O conteúdo das gravações somente será utilizado pelos integrantes da Pesquisa e ficará sob guarda da coordenadora do mesmo, dando-se garantia de manutenção do caráter confidencial e anônimo das informações que, juntamente com os resultados estarão sempre sob sigilo ético, não sendo mencionados os nomes dos participantes em nenhuma apresentação oral ou trabalho escrito que venha a ser publicado. Além disso, a participação não representará nenhum custo para os sujeitos envolvidos.

A concordância em participar desta discussão dá garantia de receber, a qualquer momento, resposta a toda pergunta ou esclarecimento de qualquer dúvida acerca da pesquisa e de seus procedimentos; liberdade de retirar o consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo, sem que isso traga qualquer prejuízo ao participante.

Pelo presente Termo de Consentimento, o participante declara que foi esclarecido, de forma clara e detalhada, livre de qualquer forma de constrangimento ou coerção, dos objetivos, da justificativa e dos procedimentos a que será submetido e autoriza a participação por meio deste questionário.

A pesquisadora responsável é a professora Maria Madalena Dullius, do Centro Universitário UNIVATES de Lajeado, RS, que poderá ser contatada pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 3714-7000 ramal 5413.

Nestas condições, solicita-se a sua colaboração.

Nome:

Assinatura:

Data:

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APÊNDICE J – Carta convite para constituição do Grupo Colaborativo

Para

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Convite para participar dos Encontros de Socialização de Experiências

Com o objetivo de promover estudos e pesquisas buscando melhorar a qualidade da

Educação Básica no Brasil, a CAPES/INEP lançou o Programa Observatório da Educação.

Aprovado neste programa, o projeto “Relação entre a formação inicial e continuada de

professores de Matemática da Educação Básica e as competências e habilidades

necessárias para um bom desempenho nas provas de Matemática do SAEB, Prova Brasil,

PISA, ENEM e ENADE”, está sendo desenvolvido no Centro Universitário UNIVATES em

Lajeado/RS. Ele é vinculado ao Programa de Mestrado em Ensino de Ciências e

Matemática e ao Curso de Licenciatura em Ciências Exatas dessa instituição e tem como

coordenadora a professora Dra. Maria Madalena Dullius.

No âmbito desse Programa, estamos convidando você a participar dos encontros

para trocar experiências. A ideia é que os docentes que puderem integrar esse grupo

contribuam com o relato de atividades que possam ser desenvolvidas em sala de aula,

fazendo uso de alguma ferramenta de apoio, como por exemplo jogos e recursos

computacionais.

Os encontros iniciam-se em outubro, mais precisamente no dia 19. O primeiro

encontro será realizado na sala 100 do prédio 1, da Univates. Assim como a primeira

reunião, as demais ocorrerão sempre às sextas-feiras aproximadamente das 13h 30min às

16h 30min.

No primeiro encontro, 19/10/12, faremos a organização dos demais. Nesse dia

também organizaremos a escala de trabalho para que cada integrante possa ter um

momento reservado para a sua contribuição. As datas previstas para os encontros são:

19/10, 26/10, 09/11, 30/11 e 07/12, sendo possível algumas combinações.

Contamos com a sua presença e contribuição.

Lajeado, 09 de outubro de 2012.

Luciana Fernandes - Mestranda do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Exatas e bolsista do

Projeto Observatório da Educação

Professora XX9 - Professora da Educação Básica, bolsista do Projeto Observatório da Educação

Maria Madalena Dullius - Coordenadora do Projeto Observatório da Educação

9 No documento original no código XX já constava o nome da professora.

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APÊNDICE K – Termo de Livre Consentimento, assinado no grupo colaborativo

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Os integrantes do projeto “Relação entre a formação inicial e continuada de professores de Matemática da Educação Básica e as competências e habilidades necessárias para um bom desempenho nas provas de Matemática do SAEB, Prova Brasil, PISA, ENEM e ENADE”; desenvolvido no Centro Universitário UNIVATES, no âmbito do Programa Observatório da Educação elaboram ações de intervenção pedagógica com o intuito de melhorar a qualidade do processo de ensino e aprendizagem de Matemática.

Uma dessas ações que constituir-se-á em uma dissertação de mestrado, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da referida Instituição, pretende investigar as repercussões percebidas na prática pedagógica de professores de Matemática, após integrarem um grupo colaborativo que realizou estudos sobre o uso de ferramentas como auxílio para os processos de ensino e aprendizagem de Matemática.

Para tanto realizaremos cinco encontros com professores de Matemática vinculados às seis escolas que integram o Observatório da Educação visando obter informações a respeito da temática citada. As discussões realizadas serão gravadas em vídeo, para posterior transcrição e análise de discurso, bem como faremos o registro das atividades com fotos.

O conteúdo das gravações, assim como as imagens, serão utilizados somente pelos integrantes da Pesquisa e ficarão sob guarda da coordenadora da projeto, dando-se garantia de manutenção do caráter confidencial e anônimo das informações que, juntamente com os resultados estarão sempre sob sigilo ético, não sendo mencionados os nomes dos participantes em nenhuma apresentação oral ou trabalho escrito que venha a ser publicado, e sendo os registros da fala e da imagem usados unicamente para comprovar os dados relativos ao trabalho desenvolvido no grupo colaborativo. Além disso, a participação não representará nenhum custo para os sujeitos envolvidos.

A concordância em participar desta discussão dá garantia de receber, a qualquer momento, resposta a toda pergunta ou esclarecimento de qualquer dúvida acerca da pesquisa e de seus procedimentos; liberdade de retirar o consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo, sem que isso traga qualquer prejuízo ao participante.

Pelo presente Termo de Consentimento, o participante autoriza o uso da sua imagem e das suas opiniões na dissertação vinculada a essa pesquisa e declara que foi esclarecido, de forma clara e detalhada, livre de qualquer forma de constrangimento ou coerção, dos objetivos, da justificativa e dos procedimentos a que será submetido e autoriza a participação por meio deste questionário.

A pesquisadora responsável é a professora Maria Madalena Dullius, do Centro Universitário UNIVATES de Lajeado, RS, que poderá ser contatada pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 3714-7000 ramal 5413.

Nestas condições, solicita-se a sua colaboração.

Nome:

Assinatura:

Data:

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ANEXOS

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ANEXO 1 – Imagem das capas dos cadernos usados grupo colaborativo10

10 Os nomes das professoras foram substituídos pelos seus códigos.

Profe 6D Profe 7B

Profe 4A

Profe 7A

Profe 2A

Profe 2C Profe 7B

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ANEXO 2 – Roteiro elaborado pela professora 6B

Grupo Colaborativo

Encontro 2 - Atividade da Profe 6B11

Material sobre frações:

1) Jogo sobre frações – identificação de numerasdor e denominador.

http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=520

Atividade J1: a) A partir do jogo, escreva e represente a fração do número de acertos em

relação ao total de jogadas. ____________________________________

b) Agora escreva e represente a fração do número de erros em relação ao total de jogadas.

__________________________________________________________

2) Jogo sobre identificação dos valores de um fração

http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=521

3) Leitura de frações

http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=522

4) Jogo “Makeia Matcha” - equivalência de frações.

http://escolovar.org/mat_fraccao_melvin_equivalentfraction.swf

Atividade J4:: Em cada fase liste os grupos de frações equivalentes e simplifique as

frações que permitem isto.

1ª fase

Fração e frações equivalentes Fração e simplificação da fração

2ª fase

Fração e frações equivalentes Fração e simplificação da fração

11 Esse código foi inserido para que o material fosse colocado na dissertação, pois a professora

havia colocado o seu nome.

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3ª fase

Fração e frações equivalentes Fração e simplificação da fração

4ª fase

Fração e frações equivalentes Fração e simplificação da fração

5ª fase

Fração e frações equivalentes Fração e simplificação da fração

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Atividade J5: A partir do jogo do Arqueiro, escreva a fração da vez e as frações

equivalentes.

Fração da

vez Frações equivalentes do jogo

Outras duas frações

equivalentes

5) Jogo do Arqueiro – equivalência de frações.

http://www.somatematica.com.br/matkids/arqmat.html

6) Jogo sobre frações.

http://escolovar.org/mat_fraccao_comparar.swf.

Atividade J6: 1. Com o auxílio do jogo, compare as frações apresentadas em cada item,

escrevendo entre elas, os sinais < ou > ou = .

a) ____ b) _____ c) ____

d) ____ e) ____ f) ____

2. Complete os espaços que estão faltando para que as frações fiquem equivalentes.

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a) = = b) = c) = = =

d) = e) = = f) =

3. Resolva os seguintes cálculos com o auxílio do jogo.

a) + = ____________________ b) - = ____________________

c) + - = _______________ d) 3 x = _______________________

e) 2 x + 3 x = _______________ f) 6 x - = __________________

g) + 2 x = _________________ h) 4 x + 1 = ___________________

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ANEXO 3 – Roteiro elaborado pelo projeto Recursos Computacionais no Ensino de Matemática e Física12

Atividades desenvolvidas pela equipe da extensão

Explorando Softwares Matemáticos com Alunos da Educação Básica

Coordenação: Professora Maria Madalena Dullius

Roteiro de Atividades

5º ano (4ª série)

Conteúdo

• Tabuada até o nove;

• As quatro operações;

Jogos de multiplicação e das quatro operações a serem explorados

Inicialmente exploraremos multiplicação, tabuada do 6:

http://www.multiplication.com/flashgames/farmfreakout/FarmFreak.htm

12 Nesse anexo colocamos apenas os materiais destinados ao Ensino Fundamental que foram

trabalhados durante a tarde. Em função da falta de tempo não chegamos até as atividades do Ensino Médio (referentes aos softwares Poly, Wingeometric, Graphmática e Sintesoft). A encadernação também era acompanhada de um cd com todas as atividades dos Ensinos Fundamental e Médio.

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Clique em cima da ovelha que possui o resultado correspondente a multiplicação.

Este jogo possui varias fases, com outros tipos de animais.

Preencha a tabela com os dados do primeiro jogo, usando a tabuada do 6:

Multiplicação errada Resultado Multiplicação errada Resultado

O segundo jogo também aborda multiplicação:

http//www.multiplication.com/flashgames/DiaperDerby.htm

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Clicar em cima do resultado correspondente a multiplicação dada. Cada acerto, o seu bebe

dará um passo a frente e cada erro ele recuará um passo.

Escolher multiplicação 2-9.

Na sequencia: http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=77

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Clicar em cima do resultado correspondente a multiplicação dada, jogar até finalizar o tempo

representado no circulo.

Calculadora -quebrada: http://rachacuca.com.br/jogos/calculadora-quebrada/

Calcular com os números e operações disponíveis na calculadora, até que chegue nos

números descritos ao lado.

Atividades desenvolvidas pela equipe da extensão

Explorando Softwares Matemáticos com Alunos da Educação Básica

Coordenação: Professora Maria Madalena Dullius

Roteiro de Atividades

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6º ano (5ª série)

Conteúdo

• Frações.

Jogos de frações a serem explorados

Para iniciar as atividades: http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=520

Exercitar o conhecimento de numerador e denominador, preenchendo conforme o desenho.

Identificar os valores de uma fração:

http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=521

No primeiro quadro, o aluno deverá adequar a figura a partir da fração dada e no segundo,

adequar a fração a partir do desenho, usando as flechas.

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Escreva por extenso a fração: http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=522

Jogo de número 4: Makeia Matcha:

http://escolovar.org/mat_fraccao_melvin_equivalentfraction.swf

O aluno precisa escolher o frasco com a figura geométrica que é equivalente a fração. Clicar

em cima dos frascos. Você vai passar de fase quando acertar todas as equivalências.

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O quinto jogo a ser explorado é o do Arqueiro:

http://www.somatematica.com.br/matkids/arqmat.html

Com as flechas do teclado, o aluno posiciona o arco do arqueiro para acertar os balões

correspondentes a fração ou a equivalência da fração dada, que está no canto esquerdo na parte

inferior da tela. Para atirar a flecha, utilize a tecla de espaço. Cada balão errado, o aluno perde uma

flecha.

Na parte inferior, ao lado do balão encontra-se a caixa de acertos.

Na parte superior está localizado o número de flechas disponíveis e o número de balões que

o aluno precisa acertar.

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1. A partir do jogo dos balões, escreva a fração da vez e as frações equivalentes.

Fração da vez Frações equivalentes

Por fim, o jogo de comparar as frações: http://escolovar.org/mat_fraccao_comparar.swf

Com o mouse, o aluno pinta os espaços das frações e faz a comparação entre alas. Com a

flecha verde, o aluno poderá arrastar e pintar aleatoriamente.

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No espaço azul do lado direito, o aluno observará o número da fração pintada.

2. Com o auxílio do jogo, compare as frações apresentadas em cada item, escrevendo entre elas, os

sinais < ou > ou = .

a) 15 ____

45 b)

13 _____

39 c)

210 ____

45

d) 27 ____

414 e)

38 ____

616 f)

34 ____

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g) 69 ____

1624 h)

317 ____

69 i)

12 ____

816

3. Complete os espaços que estão faltando para que as frações fiquem equivalentes.

a) 15 = 15 =

2 b)

28 = 16 c)

10=

48 =

1= 4

d) 23 = 15 e)

510 =

1= 6 f) 7 =

614

4. Resolva os seguintes cálculos com o auxílio do jogo.

a) 14 +

12 = ____________________ b)

18 +

116 = _______________________

c) 18 -

116 = ____________________ d) 1 -

14 = ___________________________

e) 12 +

18 -

14 = _______________ f)

116 -

116 + 1 = ____________________

g) 3 x 18 = _______________________ h) 8 x

116 = __________________________

i) 2 x 14 + 3 x

18 = _______________ j) 6 x

18 -

14 = ______________________

k) 12 + 2 x

14 = _________________ l) 4 x

116 + 1 = _______________________

Se sobrar tempo: http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=579

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Atividades desenvolvidas pela equipe da extensão

Explorando Softwares Matemáticos com Alunos da Educação Básica

Coordenação: Professora Maria Madalena Dullius

6º ano (5ª série)

1. A partir do jogo dos balões, escreva a fração da vez e as frações equivalentes.

Fração da vez Frações equivalentes

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2. Com o auxílio do jogo, compare as frações apresentadas em cada item, escrevendo entre elas, os sinais < ou > ou = .

a) 15 ____

45 b)

13 _____

39 c)

210 ____

45

d) 27 ____

414 e)

38 ____

616 f)

34 ____

68

g) 69 ____

1624 h)

317 ____

69 i)

12 ____

816

3. Complete os espaços que estão faltando para que as frações fiquem equivalentes.

a) 15 = 15 =

2 b)

28 = 16 c)

10=

48 =

1= 4

d) 23 = 15 e)

510 =

1= 6 f) 7 =

614

4. Resolva os seguintes cálculos com o auxílio do jogo.

a) 14 +

12 = ____________________ b)

18 +

116 = _______________________

c) 18 -

116 = ____________________ d) 1 -

14 = ___________________________

e) 12 +

18 -

14 = _______________ f)

116 -

116 + 1 = ____________________

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g) 3 x 18 = _______________________ h) 8 x

116 = __________________________

i) 2 x 14 + 3 x

18 = _______________ j) 6 x

18 -

14 = ______________________

k) 12 + 2 x

14 = _________________ l) 4 x

116 + 1 = _______________________

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Atividades desenvolvidas pela equipe da extensão

Explorando Softwares Matemáticos com Alunos da Educação Básica

Coordenação: Professora Maria Madalena Dullius

Roteiro de Atividades

7º ano (6ª série)

Conteúdo

− Números negativos;

− Equações do 1º grau.

Jogos de números negativos a serem explorados

http://gfdelara.blogspot.com/2011/05/jogo-com-numeros-negativos.html

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Os alunos deverão sentar em duplas para realizar a primeira atividade, a partir do nível

Iniciado. A dupla deverá chegar a um consenso de quem jogará primeiro. O que não iniciar jogando

anotará as respostas do colega. Ao final de 8 jogadas, os alunos deverão trocar de função. O que

estava jogando, anotará os valores do colega que antes fazia isto.

1. A partir do jogo dos números negativos e positivos, preencha a tabela abaixo:

Jogadas Resposta Parcela Outras duas possibilidades

1ª jogada

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2ª jogada

3ª jogada

4ª jogada

5ª jogada

6ª jogada

7ª jogada

8ª jogada

Os níveis Médio e Avançado, os alunos poderão jogar individualmente. No segundo jogo de números negativos, o aluno deverá efetuar multiplicações.

http://www.rpedu.pintoricardo.com/jogos/Jogo_multipl_com_ranking_pronto/multiplicacao.ht

ml

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Os alunos deverão sentar em duplas para realizar a próxima atividade, a partir do nível

Iniciado. A dupla deverá chegar a um consenso de quem jogará primeiro. O que não iniciar jogando

anotará as respostas do colega. Ao final de 8 jogadas, os alunos deverão trocar de função. O que

estava jogando, anotará os valores do colega que antes fazia isto.

2. A partir do jogo das multiplicações, preencha a tabela abaixo:

Jogadas Resposta Parcela Outras duas possibilidades

1ª jogada

2ª jogada

3ª jogada

4ª jogada

5ª jogada

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6ª jogada

7ª jogada

8ª jogada

Os níveis Médio e Avançado, os alunos poderão jogar individualmente.

Quanto aos sinais, o que você pode concluir:

(+) . (+) = ________________________

(+) . (-) = ________________________

(-) . (-) = _________________________

Jogos de Equações do 1º grau a serem explorados

Primeiramente o Jogo Os Labirintos da Matemática:

http://www.somatematica.com.br/softwares.php#

Passo-a-passo: Ir para a página 2 e clicar uma vez no jogo Os Labirintos da Matemática. Em

seguida em OK, depois em Labirintos.exe e então em Iniciar Jogo!.

Na primeira fase, os alunos poderão jogar individualmente. Já na segunda, eles

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sentarão em duplas para resolver as expressões matemáticas. No decorrer do jogo, um aluno

deverá anotar as contas e os resultados na tabela abaixo:

3. A partir do Jogo Os Labirintos da Matemática preencha a tabela:

Expressão Matemática Resultado

Quais estratégias foram utilizadas para descobrir os resultados?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

O segundo jogo, sobre Equações do 1º grau, a ser trabalhado, é o das balanças:

http://nlvm.usu.edu/en/nav/frames_asid_201_g_3_t_2.html?open=instructions&from=topic_t_2.ht

ml

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Neste jogo, o aluno terá que encontrar o valor de “x” para equilibrar a balança. De um

lado deverá ficar o valor e do outro o “x”. Para obter a próxima equação, clicar em New

Problem.

Em seguida, os alunos terão que sentar em duplas para criarem equações do tipo: Ax + B = Cx

+ D. Clicar em Create Problem. Deixar bem claro aos alunos, que eles não poderão criar equações

com valores negativos, decimais, nem que resultarão em um “x” negativo. Após digitar os valores,

clicar em begin. O jogador A deverá criar 3 equações para o B e depois o jogador B criará 3 equações

para o A.

4. Crie equações para sua dupla, a partir do jogo das balanças. Preencha a tabela.

Obs.: O valor de “x” não poderá resultar em um valor negativo.

Jogada

Equação proposta por A Solução pensada

por B Solução correta

1ª jogada

Situação

Pontuação

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2ª jogada

Situação

Pontuação

3ª jogada

Situação

Pontuação

Jogada

Equação proposta por B Solução pensada

por A Solução correta

1ª jogada

Situação

Pontuação

2ª jogada

Situação

Pontuação

3ª jogada

Situação

Pontuação

Como você procedeu para que o valor de “x” não resultasse em um valor negativo?

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

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O terceiro jogo também envolve balança, porém esse, traz números negativos.

http://nlvm.usu.edu/en/nav/frames_asid_324_g_3_t_2.html?open=instructions&from=topic_t_2.html

Primeiramente, o aluno terá que jogar para conhecer o programa. Em seguida, eles sentarão

em duplas para fazer a mesma atividade que a anterior, porém poderão criar equações com números

negativos.

5. Crie equações para sua dupla, a partir do jogo das balanças. Preencha a tabela.

Jogada

Equação proposta por A Solução pensada

por B Solução correta

1ª jogada

Situação

Pontuação

2ª jogada

Situação

Pontuação

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3ª jogada

Situação

Pontuação

Jogada

Equação proposta por B Solução pensada

por A Solução correta

1ª jogada

Situação

Pontuação

2ª jogada

Situação

Pontuação

3ª jogada

Situação

Pontuação

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Atividades desenvolvidas pela equipe da extensão

Explorando Softwares Matemáticos com Alunos da Educação Básica

Coordenação: Professora Maria Madalena Dullius

7º ano (6ª série)

1. A partir do jogo dos números negativos e positivos, preencha a tabela abaixo:

Jogadas Resposta Parcela Outras duas possibilidades

1ª jogada

2ª jogada

3ª jogada

4ª jogada

5ª jogada

6ª jogada

7ª jogada

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8ª jogada

2. A partir do jogo das multiplicações, preencha a tabela abaixo:

Jogadas Resposta Parcela Outras duas possibilidades

1ª jogada

2ª jogada

3ª jogada

4ª jogada

5ª jogada

6ª jogada

7ª jogada

8ª jogada

Quanto aos sinais, o que você pode concluir:

(+) . (+) = ________________________

(+) . (-) = ________________________

(-) . (-) = _________________________

3. A partir do Jogo Os Labirintos da Matemática preencha a tabela:

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Expressão Matemática Resultado

Quais estratégias foram utilizadas para descobrir os resultados?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

4. Crie equações para sua dupla, a partir do jogo das balanças. Preencha a tabela.

Obs.: O valor de “x” não poderá resultar em um valor negativo.

Jogada

Equação proposta por A Solução pensada

por B Solução correta

1ª jogada

Situação

Pontuação

2ª jogada Situação

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Pontuação

3ª jogada

Situação

Pontuação

Jogada

Equação proposta por B Solução pensada

por A Solução correta

1ª jogada

Situação

Pontuação

2ª jogada

Situação

Pontuação

3ª jogada

Situação

Pontuação

Como você procedeu para que o valor de “x” não resultasse em um valor negativo?

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

5. Crie equações para sua dupla, a partir do jogo das balanças. Preencha a tabela.

Jogada

Equação proposta por A Solução pensada

por B Solução correta

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1ª jogada

Situação

Pontuação

2ª jogada

Situação

Pontuação

3ª jogada

Situação

Pontuação

Jogada

Equação proposta por B Solução pensada

por A Solução correta

1ª jogada

Situação

Pontuação

2ª jogada

Situação

Pontuação

3ª jogada

Situação

Pontuação

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Atividades desenvolvidas pela equipe da extensão

Explorando Softwares Matemáticos com Alunos da Educação Básica

Coordenação: Professora Maria Madalena Dullius

Roteiro de Atividades

8º ano (7ª série)

Conteúdo

a) Álgebra (monômios e polinômios)

Softwares de álgebra (monômios) a serem explorados

Encaixe os monômios: http://sites.google.com/site/gilmaths/jogos-matem%C3%A1ticos-em-

flash

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Acessar o site e clicar em monômios.

O segundo jogo a ser explorado é o da Álgebra dos Vitrôs:

http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/fabrica_virtual/algebra_dos_vitros/index.html

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Ler as instruções com os alunos.

Em cada etapa eles terão que preencher as tabelas abaixo:

Desenho Nº de peças de

área x²

Nº de peças de

área x

Nº de peças de

área 1

Expressão que representa

a área total

1 4 0 x(x+1)

Desenho

Expressão que representa o

cálculo da área do vitrô na forma

de uma multiplicação

Expressão que representa a área

do vitrô, pela soma dos tipos de

peças

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(x+1) . (x+1) x² + 2x + 1

Desenho

Expressão que representa o

cálculo da área do vitrô na forma

de uma multiplicação

Expressão que representa a área

do vitrô, pela soma dos tipos de

peças

(x+2) . (x+2) x² + 4x + 4

Desenho

Expressão que representa o

cálculo da área do vitrô na forma

de uma multiplicação

Expressão que representa a área

do vitrô, pela soma dos tipos de

peças

(x+3)² x² + 6x + 9

Desenho

Expressão que representa o

cálculo da área do vitrô na forma

de uma multiplicação

Expressão que representa a área

do vitrô, pela soma dos tipos de

peças

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(x+4) . (x+4) x² + 8x + 16

Desenho

Expressão que representa o

cálculo da área do vitrô na forma

de uma multiplicação

Expressão que representa a área

do vitrô, pela soma dos tipos de

peças

x.(x+3) x²+3x

Desenho

Expressão que representa o

cálculo da área do vitrô na forma

de uma multiplicação

Expressão que representa a área

do vitrô, pela soma dos tipos de

peças

x.(x+4) x²+4x

Desenho

Expressão que representa o

cálculo da área do vitrô na forma

de uma multiplicação

Expressão que representa a área

do vitrô, pela soma dos tipos de

peças

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x.(x+1) x²+x

Desenho

Expressão que representa o

cálculo da área do vitrô na forma

de uma multiplicação

Expressão que representa a área

do vitrô, pela soma dos tipos de

peças

x.(2x) 2x²

Desenho

Expressão que representa o

cálculo da área do vitrô na forma

de uma multiplicação

Expressão que representa a área

do vitrô, pela soma dos tipos de

peças

(2x).(x+1) 2x²+2x

E para finalizar, o jogo que envolve a construção de monômios e polinômios:

http://nlvm.usu.edu/en/nav/frames_asid_189_g_1_t_2.html?open=activities&from=topic_t_2.html

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A partir das orientações, represente-as no jogo, faça o desenho correto, dê a expressão na

forma de multiplicação e soma:

Exemplo:

Barra vertical: x

Barra horizontal: y+2

Expressão na forma de soma: xy + 2x Expressão na forma de multiplicação: x.(y + 2)

Exercícios:

a) Barra vertical: x + 3 Barra horizontal: x

b) Barra vertical: y Barra horizontal: x + 5

c) Barra vertical: 2y Barra horizontal: y + x

d) Barra vertical: 2x Barra horizontal: x + 3y

e) Barra vertical: y + 1 Barra horizontal: x + 4

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Represente no jogo as seguintes expressões e faça o desenho de cada uma:

a) x² + 4x

b) x² + 6x

c) x.y + 2x

d) x² + x.y

e) y² + 4y

f) y.(x+3x)

g) x.(x+1)

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Atividades desenvolvidas pela equipe da extensão

Explorando Softwares Matemáticos com Alunos da Educação Básica

Coordenação: Professora Maria Madalena Dullius

8º ano (7ª série)

1. Preencha as tabelas abaixo de acordo com o que você respondeu em cada etapa do jogo das Álgebras dos Vitrôs:

Desenho Nº de peças de

área x²

Nº de peças de

área x

Nº de peças de

área 1

Expressão que representa

a área total

Desenho

Expressão que representa o

cálculo da área do vitrô na forma

de uma multiplicação

Expressão que representa a área

do vitrô, pela soma dos tipos de

peças

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Desenho

Expressão que representa o

cálculo da área do vitrô na forma

de uma multiplicação

Expressão que representa a área

do vitrô, pela soma dos tipos de

peças

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Desenho

Expressão que representa o

cálculo da área do vitrô na forma

de uma multiplicação

Expressão que representa a área

do vitrô, pela soma dos tipos de

peças

2. A partir das orientações, represente-as no jogo, faça o desenho correto, dê a expressão na

forma de multiplicação e soma:

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Orientação Desenho Expressão na forma de

soma

Expressão na forma de

multiplicação

Barra vertical: x + 3

Barra horizontal: x

Barra vertical: y

Barra horizontal: x + 5

Barra vertical: 2y

Barra horizontal: y + x

Barra vertical: 2x

Barra horizontal: x + 3y

Barra vertical: y + 1

Barra horizontal: x + 4

3. Represente no jogo as seguintes expressões e faça o desenho de cada uma:

Expressão Desenho

x² + 4x

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x² + 6x

x.y + 2x

x² + x.y

y² + 4y

y.(x + 3x)

(x).(x + 1)

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Atividades desenvolvidas pela equipe da extensão

Explorando Softwares Matemáticos com Alunos da Educação Básica

Coordenação: Professora Maria Madalena Dullius

Roteiro de Atividades

9º ano (8ª série)

Conteúdo

Geometria Plana;

Softwares de geometria plana a serem explorados

Geoplano: http://www.inf.ufsc.br/~edla/projeto/geoplano/software.htm

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1. Construa, no Geoplano, as seguintes figuras:

Obs.: Tomemos como base o quadrado “u” que tem 1m².

2. Calcule o perímetro e a área de cada uma das superfícies construídas. Faça os cálculos, se precisar.

Figura Perímetro Área

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A

B

C

D

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Pergunta-se:

a) Que superfícies têm o mesmo perímetro?

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

b) Que superfícies têm a mesma área?

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

3. O perímetro de uma dada figura é 10m. Construa duas figuras com este mesmo perímetro,

porém com áreas diferentes.

Escreva a área das figuras.

________________________________________________________________________________

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4. A área de uma figura é 18m². Construa duas figuras com esta mesma área, porém com

perímetros diferentes.

Escreva os respectivos perímetros.

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

5. O perímetro de um retângulo/quadrado é 20m. Construa uma figura que tenha área

máxima.

a) Quais são as dimensões da figura? ____________________________________________

b) Qual é a área máxima? _____________________________________________________

c) E a área mínima? _________________________________________________________

6. Construa um retângulo 2 x 7.

a) Calcule a área e o perímetro deste retângulo.

Área: _______________________________ Perímetro:_______________________________

b) Construa uma figura que tenha menor perímetro e maior área. Se comparado com a

anterior.

________________________________________________________________________________

c) Construa uma figura que tenha menor área e maior perímetro. Comparando com a “a”

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

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7. Construa as figuras geométricas abaixo e estime a área de cada um.

Figura geométrica Área estimada

Triângulo Retângulo

Triângulo

Isósceles

Triângulo

Escaleno

Losango

Paralelogramo

Octágono

Explique como você encontrou a área de cada um deles.

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

8. Construa um polígono, cujos vértices são os pregos do Geoplano, de perímetro 10 metros.

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a) Calcule a área deste polígono.

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b) Encontre cinco polígonos de perímetro 10m. Eles deverão ser diferentes.

c) Calcule a área de cada um deles.

________________________________________________________________________________

9. Construa 5 figuras no Geoplano que tenham exatamente um único prego no seu interior.

Complete a tabela abaixo:

Figuras Área Número de pregos

sobre o contorno

1

2

3

4

5

Responda:

Nestas figuras, que relação existe entre o número de pregos sobre o contorno da figura e sua

área?

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

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O próximo software a ser explorado é o Wingeometric, que pode ser baixado no link:

http://www.4shared.com/get/1o1PA12u/wgeompr.html

Window – 2-dim – Units – Triangle (A = ângulo e S = lado)

1. Construir os seguintes triângulos:

a) lados medindo 8cm, 9cm e 5cm;

b) lados medindo 9cm, 3cm e 7cm;

c) lados medindo 15,4cm, 12,3cm e 9,1cm;

d) quando acontece a possibilidade de construir um triângulo? Quando não é possível?

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

Por fim, o Jogo do Tangram:

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Atividades desenvolvidas pela equipe da extensão

Explorando Softwares Matemáticos com Alunos da Educação Básica

Coordenação: Professora Maria Madalena Dullius

9º ano (8ª série)

1. Construa, no Geoplano, as seguintes figuras:

Obs.: Tomemos como base o quadrado “u” que tem 1m².

2. Calcule o perímetro e a área de cada uma das superfícies construídas. Faça os cálculos, se precisar.

Figura Perímetro Área

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A

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Pergunta-se:

a) Que superfícies têm o mesmo perímetro?

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

b) Que superfícies têm a mesma área?

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

3. O perímetro de uma dada figura é 10m. Construa duas figuras com este mesmo perímetro,

porém com áreas diferentes.

Escreva a área das figuras.

________________________________________________________________________________

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4. A área de uma figura é 18m². Construa duas figuras com esta mesma área, porém com

perímetros diferentes.

Escreva os respectivos perímetros.

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

5. O perímetro de um retângulo/quadrado é 20m. Construa uma figura que tenha área

máxima.

a) Quais são as dimensões da figura? ____________________________________________

b) Qual é a área máxima? _____________________________________________________

c) E a área mínima? _________________________________________________________

6. Construa um retângulo 2 x 7.

a) Calcule a área e o perímetro deste retângulo.

Área: _______________________________ Perímetro:_______________________________

b) Construa uma figura que tenha menor perímetro e maior área. Se comparado com a

anterior.

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

c) Construa uma figura que tenha menor área e maior perímetro. Comparando com a “a”

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

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7. Construa as figuras geométricas abaixo e estime a área de cada um.

Figura geométrica Área estimada

Triângulo Retângulo

Triângulo

Isósceles

Triângulo

Escaleno

Losango

Paralelogramo

Octágono

Explique como você encontrou a área de cada um deles.

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

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8. Construa um polígono, cujos vértices são os pregos do Geoplano, de perímetro 10 metros.

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a) Calcule a área deste polígono.

________________________________________________________________________________

b) Encontre cinco polígonos de perímetro 10m. Eles deverão ser diferentes.

c) Calcule a área de cada um deles.

________________________________________________________________________________

9. Construa 5 figuras no Geoplano que tenham exatamente um único prego no seu interior.

Complete a tabela abaixo:

Figuras Área Número de pregos

sobre o contorno

1

2

3

4

5

Responda:

Nestas figuras, que relação existe entre o número de pregos sobre o contorno da figura e sua

área?

________________________________________________________________________________

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Com o Wingeometric:

10. Construir os seguintes triângulos:

a) lados medindo 8cm, 9cm e 5cm;

b) lados medindo 9cm, 3cm e 7cm;

c) lados medindo 15,4cm, 12,3cm e 9,1cm;

d) quando acontece a possibilidade de construir um triângulo? Quando não é possível?

________________________________________________________________________________

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ANEXO 4 – Roteiro elaborado pela professora 3A

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ANEXO 5 – Roteiro elaborado pela professora 1A13

13 Nesse anexo o nome da professora foi coberto pelo seu código. No material original consta o seu

nome.

1A

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ANEXO 6 – Roteiro elaborado pela professora 6D14

14 No material original consta o nome da escola e da professora, que cobrimos no anexo.

ESCOLA 6

6D

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ANEXO 7 – Roteiro elaborado pela professora 5A

BORDADO DE DIAGONAIS

Materiais necessários:

• Um pedaço de madeira, de forma quadrada, com 20 cm de lado;

• Pregos ou percevejos (cerca de 30 unidades)

• Um rolo de linha colorida para construir as diagonais.

• Um pedaço de linha de outra cor para representar os lados do polígono (cerca de 3 metros)

• Martelo

• Compasso, transferidor e régua.

Procedimento

• O primeiro passo é construir sobre a tábua um polígono de n lados (pode também ser

construído sobre uma folha, para que não apareçam os rabiscos sobre a madeira). É

interessante que apareçam polígonos com diferentes números de lados. Assim pode ser feito

um sorteio e inclusive usar os dois lados da madeira, de forma que, em um lado, seja feito um

polígono com lado ímpar e do outro lado um polígono com lado par.

Para desenhar o polígono o aluno começa desenhando uma circunferência com

aproximadamente 9 cm de raio (é interessante questionar o aluno sobre o raio da

circunferência que pode ser utilizado, visto que a madeira tem apenas 20 cm de lado). A seguir

dividem-a em n partes iguais (lembrando de como se calcula os ângulos internos de um

polígono). Quando o valor não é inteiro, fazemos aproximações.

• Tendo feito o polígono, em cada vértice o aluno fixa os pregos ou percevejos. É importante

que fiquem bem firmes, pois se soltarem durante o bordado, o trabalho deve ser iniciado.

• O passo seguinte é construir, com linha, as diagonais do polígono, com algumas regras:

o é preciso construir todas as diagonais do polígono;

o lado não é diagonal, assim, não é possível passar a linha por dois pregos vizinhos;

o não vale construir a mesma diagonal duas vezes;

o não vale cortar a linha e iniciar em outro prego(aqui, os alunos vão acabar

percebendo que essa regra não é válida para todos os polígonos: com os polígonos de

lados pares isso não é possível, por quê?).

• Por fim, os alunos utilizam a linha de outra cor para representar os lados do polígono.

Feito os polígonos, cabem os questionamentos, de acordo com o objetivo de cada professor.

Baseado no trabalho de Luiz Márcio Imenes, livro EXPLORANDO O ENSINO DA MATEMÁTICA

ATIVIDADES, volume II, 2004, Ministério da Educação

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ANEXO 8 – Roteiro para construção do jogo Matix Jogo Matemático Matix

Material: • Duas folhas de E.V. A • Régua • Tesoura • Caneta • Pote para guardar os quadradinhos dos números recortados.

Procedimentos: 1º passo: Confeccionar uma malha quadriculada 8x8 (5cmx5cm cada quadradinho), conforme a figura.

2º Passo: Confeccionar uma malha quadriculada (4,5cm x 4,5 cm cada quadradinho), para preencher com números conforme a figura.

Você vai precisar de: Quatro números (-10) Três números (-5) Três números (-4) Três números (-3) Três números (-2) Três números (-1) Quatro números (0) Cinco números (1) Cinco números (2) Cinco números (3) Cinco números (4) Cinco números (5) Cinco números (6) Cinco números (7) Três números (8) Três números (10) Um número (15) Depois que a segunda malha quadriculada estiver riscada e os números escritos, recorte os quadrados e sobreponha-os na malha quadriculada feita no primeiro passo. Comece a jogar em dupla ou em quarteto, escolha entre linha ou coluna. A dupla deve somar o menor número não final.

Com carinho Professora 6A15

15 Esse código foi inserido no para identificação da professora na dissertação. Ela havia se

identificado aqui pelo seu nome.