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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL EDSON QUEIROZ UNIVERSIDADE DE FORTALEZA CENTRO DE CI~NCIAS DA NATUREZA CURSO DE GEOLOGIA CONTRIBUIÇÃO AO ESTUVO VA GEOLOGIA MARINHA VE PLATAFORMA CON TINENTAL VO ESTAVO VO MARANHÃ0 1 BRASIL. George satander Freire. Dissertação apresentada ao Curso de Geologia da Universidade de Forta- leza, como parte das exigências p~ ra obtenção do título de GeÓlogo. ORIENTADOREp: Prof. Ass. J~der Onofr~ de Morais Prof. Adj. Michel Henri Arthoud. Fortaleza - Cear~ - Brasil Dezembro de 1977

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL EDSON QUEIROZUNIVERSIDADE DE FORTALEZA

CENTRO DE CI~NCIAS DA NATUREZACURSO DE GEOLOGIA

CONTRIBUIÇÃO AO ESTUVO VA GEOLOGIA MARINHA VE PLATAFORMA CONTINENTAL VO ESTAVO VO MARANHÃ01 BRASIL.

George satander ~á Freire.

Dissertação apresentada ao Curso deGeologia da Universidade de Forta-leza, como parte das exigências p~ra obtenção do título de GeÓlogo.

ORIENTADOREp:Prof. Ass. J~der Onofr~ de MoraisProf. Adj. Michel Henri Arthoud.

Fortaleza - Cear~ - BrasilDezembro de 1977

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL EDSON QUEIROZ·UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

CENTRO DE CI~NCIAS DA NATUREZACURSO DE GEOLOGIA

ONTRIBUIÇÃO AO ESTUVO VA GEOLOGIA MARINHA VE PLATAFORMA CONTINENTAL DO ESTAVO 00 MA~ANH~O, BRASIL.

George Satander sã Fr~ire.

\

Dissertação apresentada ao Curso deGeologia da Universidade de Forta-leza, como parte das exigências p~ra obtenção do título de GeÓlogo.

ORIENTADORES:Prof. A~s. J~der Onofre de MoraisProt. Adj. Michel Henri Arthoud.

Fortaleza - Ceàrá --BrasilDezembro de 1977

111 - ASPECTOS CLIMÁTICOS E FISIOGRÁFICOS DA ÁREA ... ~ 17IV - ASPECTOS TEXTURAIS .... ;........................ 21

IV .I, Representação Gr'âfica ..... ;............ 21IV.2 - ~lassificação dos sedimentos............ 22IV,S - ~edidaM ~~tàtisticas ..... ,.............. 22

IV.3.a - Medidas de tend~ncia central .. i 23IV.3.b - Medidas de Dispers~o ..•.•..... 25IV.3.c Medidas de assimetria e curtosis 26

II.B-4 - Descrição visual .11.B .5 - Coleta de amos t r-a no testemunho.I1.B.6 - Acondicionamento ....•..........•lI.B. 7 - Análise i'lecânica..•.•.........•.II.B.8 - Separa~~o dos minerais pesados ..II.B.9 - Carbono é Matéria Orgânica .

:r N D I C E

REStJMOI. INTRODUÇÃO •• 1> ••••••••• 0 •••••• 0.0 ••••••• 0 •••••••

11. MATERIAL e ~TODO .!I-A - Trabalho de. Campo ...............•.......II-B - Trabalho de Laboratório : .

II.B-·1 - Radiografia dos testemunhos .II.B-2 - Serragem e divis~o dos testemu-

nhos em duas metades .11.B- 3 ..Fotografia do t(,)stemunho .

página

01

02020404

0607

070808081015

v - ESTUDOS DOS SEDIMENTOS TESTEMUNHADOS ..,.. ,..... 29

BIBLIOGR!-\FIA , ,........•. ,...... 57

VI - DISCUSSÃOVIr - CONCLUSÃO

•• ~.· •••••••••• OO.O ••••••• OCl ••••••••••

••••••••••••••••• 0 •• 0.0 ••••••••••••••

5255

Heus sinceros agradecimentos ao Prof. Jáder Onofre

de Morais, que apesar de suas atribuições à frente do Labora

tório de Ciências do Mar, pode dedicar o tempo necessário p~

ra me orientar na execução deste trabalho.

Sou grato também ao Prof. Michel Henri Arthoud, ao

Prof. Erasmo da Silva Pitombeira, Diretor da Divisão de Ocea

nografia Abiótica do Laboratório de Ciências do Mar, à Prof.

Margarethe Mascarenhas Alheiros, coordenadora do Curso de GQo

logia da Universidade de Fortaleza e ao Prof. Mois~s Almeida

de Oliveira.

Ao Laboratório de Ciências do Mar da Universidade Fe

deral do Ceará, particularmente a Divisão de Oceanografia A-

biótica com os seus t~cnicos, bolsistas e funcionários que

colaboraram p ara que os obj eti vos deste trabalho fossem rea-

lizados.

E S 'ü O

Durante a missão GEO~~R VIII, testemunhagem Corer.foram realizadas nos dep6sitos de idade quaterniria da pla-taforma e talude continental. Este trabalho mostra os resul-tados obtidos nos ramos da sedimentologia e estratigrafia.

R E S U M E

Durant Ia mission GEOMAR VIII, de carottage Coreront ete efectués dans les depôts d'âge quartenaire do pla-teau et "talus" continental. Ce travais fai t état des résul-··tats obtenus sur les plans sédimentologique et stratigrophi-que.

c NTRIBUIÇAo AO ESTUDO DA GEOLOGIA MARINHA DA PLATAFORMA CON

TINENTAL DO ESTADO DO MARANHAo (BRASIL)

George Satander sá Freire (1)

I. INTRODUÇÃO

O estudo da sedimentação na Plataforma Continental

do Estado do Maranhão (Fig. 1) vêm sendo realizados há 5 a-

nos no LABOMARj visando determinar a distribuição de sedimen

tos na plataforma e talude, evolução geo16gica da plataforma

e caracterização das fácies sedimentares ligadas a problemas

pesqueiros.

Durante a realização da Operação GEOMAR VIII, f'oram

coletados testemunhos da plataforma e talude, com participa-

ção da equipe técnica do LABOHA..R, a bordo do Navio Oceano-

gráfico Almirante C~mara da Marinha do Brasil.

Foram escolhidos sete destes testemunhos, essencial

mente os de plataforma e dois de talude (Fig. 2), para uma

tentativa da visualização das estruturas sedimentares de sub

superfície de deposição e alguns asp~ctos geoquímicos ligados

a sedimentação.

(1) Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient{-fico e Tecnológico (CNPq).

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FIGUR.A 2, Mapa de localização testemunhagens e dos perfis

batímétricos

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02

11. MATERIAL E M~TODOS

II.A. Trabalho de Campo.

Os trabalhos de campo foram realizados a bordo doNavio Oceanopr~fico Almirante C~mara no per!odo de 7/9 a 2

de outubro de 1975.

Durante os tratos 1 e 2~ que se deu o nosso embar-que, foram realizadas estações de dragagem da plataforma etalude, estações de coletas utilizando-se busca fundo tipo"van-veenlj, levantamento acústico com perfis contínuos (Fig.2) de batimetria utilizando-se Eco-sonda tipo oceanogr~ficoEDO 185 de 12 KHz, com escalas de registros variando de Oa 600 e O a 6000 pés e de O a 600 e O a 6000 braças, e Eco-sonda de Navegaç~o RAYTHEON de 30 KHz e escalas de O a 300pés de O a 300 braças.

As profundidades foram digitalizadas a bordo, segu.!2do a rotina do navio., a intervalos de 15 minutos, nos ecogr~mas e nas cadernetas de sondagem C--55.

Nossa participaç~o malS efetiva foi na operaçao detestemunhagem mo-tivo porque foi escolhido este tema para es-te trabalho.

Para a operação de testemunhagem, foram necessáriasalgumas adaptações no convés no NOc. Almirante Câmara. Taismodificações inclu!ram a troca de polias normais por outrasque suportassem grande peso) tensiômetro de molas de locomo-tiva e um maior dimensionamento para o berço do testemunha-dor na armadura de boreste.

03

o testemunhador tipo "PISTON CORE:Ru, é constituídobasicamente por um tubo de aço de diâmetro externo de 8 cm5

tendo em sua extremidade superior um peso lastro de 1.000 Kge aletas verticalizadoras; na sua extremidade inferior, te-mos um cortador acoplado com uma aranha. para evitar a saídade sedimento. O testemunhador (Fig. 3) pode variar de tama-nho de 3 em 3 metros. Internamente o tubo de aço é revestidopor um tubo de PVC rígido denominado "1iner" com diâmetro de2,5 polegadas que funciona como barrilhete armazenador.

No testemunhador, um pistão interno provoca o vacuoproporcionando uma melhor amostragem e impedindo que 2S es-truturas sedimentares sofram muitas perturbaç5es.Um sistemade disparador, faz com que o aparelho entre em qu€da livre auma altura desejada do piso marinho. Esse sistema disparadoré constituído de um peso piloto que pode ser um peso qual-quer ou um outro testemunhador de menor dimensão, e um braçodisparador. A função do peso piloto é evitar que na descidao braço sej a impulsionado para cima e dispare, deixando o te~temunho cair em queda livre. Na GEOMAR VIII foi utilizado como peso piloto um outro testemunhador, tipo "Phleger".

Durante a operaçao de testemunhagem~ é necessárioobservar a quantidade de cabo lançado e distenção do tensiô-metro. A quantidade de cabo a ser lançada é feito com base naprofundidade que é fornecida pela batimetria, e é marcada numa polia contadora levando-se em consideração, o ângulo queo cabo faz com a vertical.

Uma quantidade excessiva de cabo lançado implica emperda de tempo na operação além do perigo em perder o equip~mento5 em virtude da deriva do navio.

04

Os testemunhos, quando retirados do testemunhadortêm suas 'extremidades preenchidas com papel e a seguir fech~das com tampas de pressão. Pirograva-se no "liner" o nome daoperação, número de amostra, a secção do testemunho e indi-ca-se o topo e a base. Os testemunhos são mantidos na hori-zontal e em lugar de p6uca vibração para que as estruturasnão sejam perturbadas.

Os dados pr-e Lí minar-e s sobre os testemunhos coLeta-dos estão expressos na tabela I onde estão assinalados comasterisco os que foram objeto deste trabalho.

II.B. Trabalho de Laboratório.

II.B.I. Radiografia do testemunho.

A radiografia do testemunho é realizada antes da a-bertura do "liner" com o objetivo principal de determinar estruturas, avaliar perturbaç~es mecànicas introduzidas pelotestemunhador, e determinar a quantidade de material recupe-rado, além de visualizar urna sequência sedimentar completado testemunho.

As estruturas menores tais como laminações~ tubosde vermes são de difícil percepção com o testemunho aberto,mas nas radiografias estas feições tornam-se mais identificáveis. As radiografias auxiliam também a caracterização dostipos de contatos entre as estruturas maiores, o tipo de li-tologia também pode ser previsto antes da abertura do "li-·

o testemunho ~ colocado na horizontal, com os raios

05

TABELA

II-A - Trabalhos de campo .~ Testemunhos coletados durante aOperação GEOMAR VIII conforme tabela abaixo:

Estação Profun Comp. Pent Recp Pres Tipo de Fundodidade (rn) (rn) em) (m)

G-003 26~0 9,0 3,0 3~0 2,9 Ar. qz. rrÉd/FinaG-007 4.242,0 12,0G-008 4.216,0 12,0 813 7,2 LamaG-009 3.575,,0 12,,0 9,35 8,78 LamaG-OI0 2.877~O 12,0 9,7 9,2 6,53 Lama8-011 309,0 12,0 6,0 5'}72 LamaG-012~', 35,0 9,0 4,0 3,00 Ar. qz , finaG-014~'~ 1.464,0 9~C 9,0 6,2 6,0 LamaG-015 1.998,0 12,0 12 ,O 9,8 8~69 Lama.8-017 51,0 9,0 3,0 1,28 Ar. qz. - Casc.biodG-018 2.600,0 9,0 9~0 8,2 7~78 LamaG-·019 3.400,0 15,0G~020 2.700,0 12,0 6,0 5,5 5,11 LamaG-021 3.100,0 12,0 8,0 7,37 7,21 Lama ar.&-022 36,0 E ,O 3,0 2~83 Ar. qz. medo + biod.G-0231: 374,0 6,0 4~8 4,8 LamaG-0241~ 15,5 6,0 3,0 1,8 1,5 Lama ar.G-037~', 18~0 6,0 3,0 3,0 Ar. qz. fina + biod.G-0381: 23,2 6,0 3,0 3,0 Ar. qz. finaG-039~'; 42,0 6;0 4,2 3,0 Ar. méd.

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Fig. 3· Esq~l!lmade funcionamento do testemunhador a pistão, ti

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II

Fotografias

~--------------------------------------------------,~Fig, 4 . Esq~ma ITlQ.s~ando o método utihzado para a rlldiografia e fotografia dos testemunhos.

incidindo perpendicularmente ao seu eixo. Próximo ao teste-munho é colocado uma régua de chumbo com uma escala numéricaque facilita a identificação do topo e da base e di a posi-çao das radiografias do mesmo (Gamboa et ali. 1973). Estasposições são sempre estabelecidas de modo a se obter sempreuma superposição de 20% de cada chapa, (Fig. 4).

As radiografias foram obtidas com um aparelho comumde uso médico de fabricação Tochiba, com atividade de 25 mA,foco grosso, filme Kodak médico, com urna distância foco-fil-me de 700 rnm e tempo de exposição de 4', no Laboratório deRadiografia pertencente ao Serviço Médico do Manicômio Judi-ciirio do Estado do Ceará.

II.B.2. Serragem e divisão em duas metades.

Após as radiografias, o testemunho é colocado numabancada de serragem (Fig. 5), constituida basicamente de umaserra circular em posição horizontal montada sobre trilhos.Os testemunhos são fixados e nivelados a urna distância daserra que permita só o corte do "T'i.ne r-!",

Depois de terem sido cortados, os testemunhos foramlevados para uma outra bancada onde foi feita a divisão dosedimento por um fio de nylon fino, passando pelas aberturasfei tas no !í Li.ne.r-!". Quando ocorre obs t âcu Los à passagem do fiode nylon, inicia-se pela outra extremidade, e quando houveraderência na separaçao das duas metades utiliza-se uma espi-tula para auxilio.

07

II.B.3. Fotografia do testemunho.

Logo que é separado em duas metades, no sentido lo~gitudinal, uma delas é fotografada, com a fotografia cobrin-do 30 cm e com recobrimento de 20% em cada fotografia. Em algumas partes foram tiradas fotografias de detalhe com indicação sobre as estruturas do testemunho~ além de uma escalanumerada na qual o zero é colocado no topo do sedimento. rimportante que essa operação seja realizada logo após a divisão do "liner" em duas metades para que não haj a perda da UJTIi:

dade. Após esta operação, esta metade do testemunho é acondicionada em saco plástico com etiqueta de identificação.

II.B.4. Descrição visual.

A descrição visual é feita na metade nao fotografa-da. Essa descrição é realizaJa segundo fichas do Deep SeaDrinlling Pr-oj ect , modificada e adaptada pela Divisão de Ooeanografia do LABOMAR, (Fig. 6).

Nessa descrição sao determinadas inicialmente as unldades sedimentares maiores observando-se sua variação de co-res segundo a Rock-Color Chart.

Simultaneamente é feita a comparaçao de estruturasmenores e confirmação da litologia.

Uma pequena quantidade de sedimento é retirada paraa descrição sob lupa binocular e os resultados são registra-dos em fichas adequadas, (Fig. 7).

Figura 5. Bancada de serragem

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Fig. 6 - Ficha de descrlçâo visual

08

II.B.5. Coleta de amostras no testemunho.

A amostragem foi feita em níveis de 30 em 30 em eem níveis específicos para detalhes. Foram retiradas amos-tras para análise mineralógica, determinação de carbono e matéria orgânica e granulometria.

As amostras foram acondicionadas em sacos plásticosetiquetados e levadas a um congelador até que fossem feitasas análises. Os espaços vaZlOS deixados nos testemunhos fo-ram preenchidos com papel para evitar que haja colapso quepossa perturbar as estruturas.

II.B.6. Acondicionamento.

O acondicionamento tem como base preservar o estadodos sedimentos com vista a garantir sua futura utilização.

Os testemunhos depois de analisados e fotografados~sao colocados em sacos plásticos5 lacrados, etiquetadose sãoentão levados as pratileiras horizontais para serem guarda-dos.

II.B.7. Análise Mecânica.

Em laboratório as amostras foram levadas a estufao -para secagem a uma temperatura de 60 C para que nao haja mo-

dificação dos argilas minerais sensíveis a altas temperatu-ras, destruição da matéria orgânica e evitar o endurecimentodo material.

09

Para obter-se da amostra a analisar urna fração bemrepresentativa, efetua-se urna quartagem que é urna técnica rápida quando sao utilizados aparelhos apropriados. O Aparelho(Figura 8), é constituído por urna série de pequenos cenaís deflancos verticais e fundo inclinado. Os fundos são dirigidosa Lternadamente à direi ta e à esquerda do plano de simetrialon-gitudinal do aparelho. A amostra a ser dividida e derramadano aparelho onde é dividida em duas metades que são recolhi-das em dois recipientes retangulares. A operação base é dividir a amostra inicial em múltiplos de dois.

Com a amostra obtida é feito um peneiramento úmidoque consiste da lavageo da amostra sobre urna peneira de ma-lha de 0,062 IillTl. A fração superior a 0,062 mm é então reco-lhida em recipiente de porcelana e levada a estufa à 600 C.A fração inferior a 0,062 mm é recolhida em baldes plásticose posta em repouso para sua decantação após o que a água éretirada por meio de um sifão e o material é recolhido em recipient2 de porcelana e levado a estufa a uma temperatura de600C.

A fração grosseira, maior que 0,062 mm, depois deseca é peneirada mecanicamente numa !lro-tap Sieve Shal<:er",(Fig. g), com um jogo de 12 peneiras cQm malhas variando de1/4 de phi (-10g2 d ".d = diâmetro do grão) de -2,00 a 3,5phi.

A fração retida em cada peneira, é então pesada emurna balança analítica e acondicionada em sacos plásticos comidentificação. Os resultados são anotados em fichas de análise granulométrica, CFti.g . 10), para que fosse possível o traçado das curvas de distribuição de frequência simples e acu-muladas para o cálculo dos parâmetros estatísticos.

~AD:r. :nmf.:!lAt. DO Cl'.A'P..ALABORAT6RIO DE CIt.'ICIAS DO MAR

FICHA DE DESCRIÇÃO DE AMOSTRAS GEOLóGICAS

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PRO.II:l'OOPlmAÇAO

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1. lIIulló raro,

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s. Comum,

2. Raro,

Flg.7 - Ficha dedescrtçâc a lupa blnoculer.

II

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FIGURA 8. Quar'teador

1

10

A fração fina, inferior a 0,062 mm, foi analisada p~10 método de Robinson~ (método da pipeta).

rr.B.8. Separação dos Minerais Pesados.

Os métodos de separação de minerais pesados, sao baseados nas propriedades fIsicas e quImicas dos mineraisj eem particular nas diferenças de densidade e suceptibilidademagnética.

Os primeiros petrógrafos que estudaram os mineraispesados, os extrairam da totalidade da amostra. Outros soutilizaram a fração grossa. Mas como os mineraispesados se si-tuam habitualmentena fraçãofina, (esta regra é absoluta para i-onúmeras espécies, e quase sempre pela abundância ou pela es-pécie mineralógica), p~r exemplo o zircão e o rutilo se en-contram sempre na fração maior que 0,16 JIl~. Para se ter umresultado comparável, é necessário se estudar uma mesma fra-ção granulométrica para todas as amostras. ~ o que tem conduzido a maioria dos petrográfos sedimentares a peneirar as a-reias antes de as separar nos lIquidos densos, (Parfenoff,1970).

A escolha das dimensões do grão é muito importante.A fração mais aconselhável está compreendida entre 0,50 e ...0,05 mm (Parfenoff, 1970). Pois é uma fração facilmente de-terminada no microscópio e engloba sempre, ou quase sempre agranulometria máxima dos sedimentos arenosos, ela é pois aque melhor dá resultado sobre a composição mineralógica daareia. Mas para que a fração pesada seja mais homog~nea emcomposição e em granulometria, o que dá mais precisão e facilita a montagem no bálsamo do Canadá, é melhor escolher um

11

padrão de granulometria e o utilizá-lo para todas astras. Foram escolhidos para este trabalho os padrõesO~25 milímetros e 0,177-0,125 mm.

amos-0,50-

o estudo ao microscópio, necessita de grãos limpos.A limpeza dos grãos é feita por lavagem em ácido clorídricoe ácido nítrico~ Na lavagem com HCl a fração a ser estudada~ - 3.e colocada em uma capsula de 400 em e recobr1mos com HCl a10%. Coloca-se um vidro de relógio sobre a cápsula para evi-tar as perdas e a aquecemos em banho de areia dur-an t e 15 mi·-nutos aproximadamente.

Leva-se em seguida a amostra com água destilada atéque fique neutra e a colocamos na estufa a 1000C.

~ - .Para 08 sedimentos muito ferruginosos e necessarlOse repetir várias vezes o ataque com Hel, cada um desses ataques sendo precedido por uma lavagem em 2gua destilada.

A amostra é igualmente atacada com ácido nítrico a10% que decompõe os sulfetos e matéria orgânica.

Após esse processo é realizada a separaçao dos minerais pesados.

o líquido usualmente empregado para essa separaçaoé o bromofôrmio (CHBr3), que tem densidade 2~89 à 290C,transparente, incolor a amarelo pálido, solúvel em álcool etíli-co, éterj etc ... :t: tóxico} volátil e deve ser empregado comum sistema de ventilação.

A separaçao se faz com um disposi tivo de três níveis(Fig. 11), que pode ser utilizado com todos os líquidos den-sos~

FIGURA 9. Ro-tap Sieve Shak.er

FIGURA 11. Bateria de funis para a sepa--

ração densimétrica

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Fig. 10 - Fichadaanálise granulomátl'ica.

12

- um nível superior onde se processa a separaçao eque corresponde a um funil terminado por um latex pinçado.

- um nível intermediário onde são recuperadas as fra-çoes de minerais em um papel-filtro colocado em um outro fu-

nil.

- um terceiro nível onde se recolhe o bromofórmio.

A técnica de separaçao é a seguinte:

Completa-se aproximadamente 4/5 do funil superiorcom bromofórmio e derrama-se então a amostra a separar (a e~pessura da L!arnadade grãos que boiam pode ser empiricamentefixada em 5 vezes a granulometria média dos minerais, (Parf~noff, 1970). Imprime-se ao líquido um movimento rotacionalque tem por fim fazer com que os minerais pesados calam nofundo do funil, repetindo várias vezes esse movimento até que

-a separaçao seja completa e o deixamos repousar alguns minu-tos.

Logo que a sedimentação dos pesados é terminada~ seprocede a evacuação desta fração por empuxe do líquido den-so, liberado pela retirada da pinça, e recolhe-se a fraçãopesada em um pape l-filtro. Coloca-se então um outro papel-fil-tro para que recolha os minerais leves.

Quando o bromofórmio é totalmente filtrado, coloca-se os filtros em erlemmeyer e o lavamos com álcool etílico ,os filtros são colocados sobre um papel-filtro e recobrimoscom um funil, ou vidro de relógio, para que seque ao ar li-vre e não caia poeira neles. O bromofórmio filtrado é recol~cado no funil superior pronto para uma outra separação. A se

13

cagem dos minerais pesados ao ar, demora mais ou menos unstrinta minutos, principalmente a fração leve que é a mais volumosa.

Os minerais pesados são colocados em pequenos tubosde aproximadamente 50 mm de tamanho por 5mm de diâmetro fe-chados com borracha e pesado (Pl). Pesa-se em seguida o tu-bo com a amostra (P2)' A direfença entre P2-Pl dá o peso dosminerais pesados, (MP).

Com essa separação tem-se o peso total dos mineraispesados. Em seguida é feita a separaçao eletromagnética.

Atualmente, essa separação é feita com a ajuda deum separador tipo Frantz Isodinâmico (Fig. 12), que coloca emjogo várias variáveis inçependentes.

O princípio do aparelho, consiste em passagem contínua dos minerais no campo magnético operado sobre uma reguavibrante inclinada à partir do funil de alimentação que sesitua onde o circuito de indução nao age.

Esta régua é dividida, aproximadamente na metade,em dois corredores terminais. Os grãos paramagnéticos, atra_~dos pelo campo se deslocam para o corredor mais exterior emrelação ao corpo do aparelho. Os grãos nao influenciados(f: IIlUlto fraca) ou repelidos (diamagnéticos) passam no outro cor-redor, e as duas fraç~es resultantes da separação são reco-lhidas na extremidade da regua.

Quanto maior for a inclinação longitudinal necessa-rla para o avanço dos minerais,maior é a inclinação lateralda régua a fim de aumentar as diferenças existentes entre as

14-

características dos graos e melhorar o rendimento da o~era-çao.

As características do aparelho permitem intervir durante a separação por intermédio de 3 parâmetros:

- diminuição ou aumento progressivo da intensidadeda corren-te, produzindo campos magnéticos de força uniforme-mente variável;

- modificação longitudinal (00 a 900) que age so-bre a velocidade da passagem dos grãos;

~ modificação da intensidade de vibração.

o numero de frações eletromagnéticas possíveis é então teoricamente infinito e depende somente da amperagem de--sejada.

Dos parâmetros acima referidos ~ a in-tensidade de corrente e a inclinação lateral, são os mais importantes, em virtude de agirem diretamente sobre os grãos.

Considerando o comportamento de um grao no aparelhodurante uma separaçao (Fig. 13). A forma das peças polares éconcebida de tal maneira que a força magnética que age sobreum grao, na zona onde se efetua a separação, seja constantee independa da posição em relação a extremidade da régu~. ~sta força é expressa pela fórmula:

FmdH2

= mf---dx

lIII

FIGURA 12. Eletro-imi Frantz hOdinÂmicollsnard,19511'

AI pOlariZitdorll$.; Slfullil de alimentação; tI vibrador;

Dlcap$ula de recuporação das frações minerais

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fiGURA 13. ESljuema do cClIlpnrtamentc de 1111'Igrão lia re-

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11gua do se a ara de r Fr a nt r.

o é a inclinação l"letal, fy a compollente. do pêso do grãosegundo 0, fM a fo,Çil magllllticii agindo soure li! grão. Sef'g<FM, 11 grão. é a atraidn para o corredur $uperíor ~egul1doFt; se fil >fM, 11 grão lia; lIelo eerr e dar ínteriM segundo F2;se f'g ~ FM il grão, $ltgue um caminbe paralelo 9S bordas daregda seQundo F).

15

onde F é a força considerada, f a susceptibilidade específ!TIlca do grão, m sua massa, H a força do campo e x a distânciado grão a parte não afetada pela força magnética, onde se faza convergência do campo.

Se o ângulo e mede a inclinação lateral e g a aceleraçao da gravidade, a componente F'g do peso do grão5 agindofora de seu caminho na régua, é dada pela fórmula

F'g = mg sin e

Para a separaçao de"minerais paramagnéticos, a a.ri-

clinação lateral deve ser na direção do interior do eletroí-mão Logo que F'g é inferior à F os grãos são atraídos no co~m "redor superior, logo que F'g é superior os grãos reagem a influência do campo e prosseguem seu caminho no corredor infe-rior.

No caso de minerais diamagnéticos, é necessário in-verter o sentido da inclinação lateral, quando F1g é muitomenor que F os grãos são depositados no corredor superior e_nmquanto ficam no inferior no caso contrário.

11 .9 - Carbono e Matéria Orgânica.

Da amostra coletada, uma parte é destinada a deter-minação de Carbono e matéria orgânica. Essas amostras são depois de secas, trituradas até transformação em pó, do qualsão usados somente 5 g para a análise química. Para o testeem branco, é utilizado 0,5 g do sedimento calcinado a umatemperatura de 500°C para a eliminação de toda a matéria or-gânica.

16

o método utilizado foi o de combustão úmida (descrito por Prince, 1963), pelo qual se introduz um excesso de á-cido crômico para decomposição da matéria orgânica. A titulaçao e feita com solução de sulfato ferroso amoniacal, empre-gando o-fenantrolina como indicador.

Os cloretos contidos nos sedimentos marinhos inter-ferem nos métodos de análise, pois reagem com o ácido crômi-co produzindo cloreto de cromilo volátil (Monz, 1976). Essainterferência é então eliminada pela prova em branco com afração que foi calcinada.

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17

111 - ASPECTOS CLINÁTICOS E FISIOGRÁFICOS DA ÁREA:

A área estudada compreende o litoral maranhense en-tre a Barra da Timonha (Pi) e a Foz do Rio Gurupi (Ma).

O litoral é caracterizado por um clima tropical úmido, com elevadas temperaturas e altos índices pluviométri-coso ~ uma região de terras litorâneas baixas e com grandesrios perenes com um importante transporte de material.

Podemos dividir esse litoral em duas feições:

A primeira, compreende a faixa que se localiza en-tre Parnaíba (Pi) e a Baía de são José (Ma), com sedimentosrecentes, chamados "Lençois Maranhenses", constituídos poraluviões, lamas terrígenas ,)depósitos de sedimentos químicose clásticos finos e areia de deposição eólica.

A segunda feição compreende o restante da costa eé formada por áreas baixas ~ est r-e i.t as e constituídas de pequ5:.nos terraços de abrasão marinha em rochas sedimentares Cre-tácicas- Terciárias e afloramento de rochas ígneas do emba-samento cristalino. Tais terraços t~m uma cobertura muito fina de sedimentos recentes resultantes da própria erosão ma-rinha e fluvial e de depósitos marinhos propriamente ditos.

Para a determinação da morfologia submarina, foramanalisadas as cartas GEBCO (General Batymetric Chart of theOceans), folhas n9s 243 e 213 e carta de Navegação n? 40 daDHN (Diretoria de Hidrografia e Navegação da Harinha do Brasil).

Com esse modelo fisiográfico construído, temos uma

18

forma aproximada do verdadeiro piso da plataforma maranhen-se~ e podemos observar que a passagem do pequeno declive pa-ra o declive maior que caracteriza o talude ou encosta continental na região estudada, encontra-se a uma distância deaproximadamente 100 Km defronte a foz do Rio Parnaíba, até200 Km defronte a foz do Rio Gurupi, com uma profundidade media em torno de 75 a 85 metros.

A segunda, é uma ampla depressão conectada ao gol-fão maranhense e apresentando como este, um bem desenvolvi-do conjunto de canais e bancos arenosos alçados na topogra-fia e ligando-se a Baía de são Marcos. Na bo~da da platafor-ma j encontramos um conjunto de vales) ravanas e gargantas quetem uma continuidade talude abaixo.

Esse modelo fisiográfico, delimita três feições naplataforma continental do Estado do Maranhão.

A primeira" 'corresponde a parte leste da área, istoé, entre a foz do Rio Parnaíba e a Baía de São José.Nessa região a plataforma é monótona, com uma declividade média de

o1,36 m/Km (0,08 ).

Nessa região, a declividade da plataforma tem um gr~diente aproxim~damente em torno de 0,62 m/km e, o gradientedo talude continental, calculado a partir de perfis ecobati-métricos é em torno de 166 m/km, (aproximadamente 90),

E~se conjunto de característica sugere que essa de-pressão possa ser o caminho de migração do Golfão Maranhensedurante a transgressão Flandriana, (Palma, 1977).

Na terceira feição, que está compreendida entre a

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19

Baía de são Marcos e o rio Gurupi 5 é comum a presença de cristas de areias muito notáveis atravessando toda a largura daplataforma. Nessa região temos o vale submarino de Turiaçuque apresenta urna nítida continuação com a Baía de Turiaçu o~de desemboca o rio de mesmo nome. Isto nos leva a pensar queos vales que se apresentam entre cristas5 são também urna continuação dos vales dos numerosos rios que desaguam na região.

~ observado também urna outra feição que é urna exte~sa planície de forma semi-circular limitada internamente pe-las isobatas de 40 m e 60 metros e externamente pela bordada plataforma, que com sua forma 5 sua associação com o abau-lamento da borda da plataforma e situação frontal ao Gurupi,sugere um delta de borda de plataforma, (Palman, 1977).

Ao contrário do vale do Turiaçu e o paleo-golfão m~ranhense, não é observado urna ligação topográfica nítida en-tre a desembocadura do atual rio Gurupi com o seu possívelpaleo-de 1ta.

Na região entre o vale submarino do Turiaçu e o pa-leo-golfão maranhense, ocorrem as principais feições construcionais da area: o campo de bancos de areia do Cururupu e orecife Manoel Luiz.

Os bancos do Cur ur-upu , (F'í g , 14), têm um declive suave a barlavento e íngreme a sotavento, dando-noso sentido dascorrentes nos predominantes na área, que têm urna direção NW.Esses bancos têm urna direção NE, sendo mais numerosos e pró-Xlmos junto a costa e a medida que se afastam tornam-se maisespaçados e com menor amplitude5 até o seu total desapareci-mento.

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Fig. 14 • Ectlgrarrlíl dos Bancos dó cururuou.

20

Com posse desses dados e segundo Zembrusck et ali(1971), podemos dizer que, a costa maranhense se divide em:

a) Costa Construcional Marinha - Estendendo-se dafoz do Rio Parnaíba até a Baía de Tutoia, localizada junto alinha de praia. São depósitos de areia trazidos pelos riose trabalhados pelo mar, barreiras e cordões litorâneos;

b) Costa Construcional Eólica - Estende-se da Baiade Tutoia até a Baía de Turiaçu. ~ constituída de dunas, a-presentando também manchas deposicionais do tipo lisalt~marskes".

c) Costa Mista - Se estende da Baía de Turiaçu atéa foz do Rio Gurupi. São planícies costeiras e pequ€nos ter-raços, platôs e tabuleiros em sedimentos terciários e triá-sico-jurásico e com afloramentos do embasamentó cristalino.

Essa planície costeira é cortada por uma densa dre-nagem com rios de bom poder de carga) onde sao depositadossedimentos terrígeneos finos que sofrem um aleitamento e distribuição pelo mar.

Por fim, a porçao da costa formada por tabuleiros,pequenos platôs e terraços de abrasão marinha, apresentam emsua parte baixa, planícies aluvionais com sedimentos mistos,continentais e marinho. ~ entretanto uma faixa que é refle-xo de um estágio inicial de emergência.

21

IV - ASPECTOS TEXTURAIS.

IV.l - Representaç~o Gr~fica.

Foram utilizados três tipos de gr~ficos: os histogr~mas, curvas de frequência simples e acumulada e diagramas triangulares.

Os histogramas foram traçados a partir de papel mi-limetrado comum utilizando-se para a representação, interva-los inteiros de phi da classificaç~o de Wenterworth Cin Har-tins, 1967). Através dos mesmos pode ser verificada a clas-se modal, isto é5 o intervalo de classe de maior frequênciae apreciar qualitativamente a dispersão ou seleç~o.

Na Fig. 15 apresentamos os histogramas corresponde~tes a cada nível dos testemunhos.

As curvas de frequência simples e acumulada foramtraçadas em papel semi-logaritmico pelas vantagens que oferece em relaç~o aos demais papéis para a construç~o destes ti-pos de curvas, (Fig. 16).

~A partir destas curvas e que foram retirados os va-lores de tamanhos correspondentes aos percentis 5, 16, 25,75,84 e 95 e 50 como elementos básicos para a realizaç~o dosc~lculos estatísticos segundo as fórmulas adotadas por Folke Ward (1957).

Os diagramas triangulares foram utilizados com a finalidade de facilitar a classificação da amostra.

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Fig. 15 " HistQllrama

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G 37 i f.j

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Fig.16. Diagramas de Zonas das análises gnmulométrícas processadas nos testemunhas.

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1j1 -v-

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1 - areia fi na2 ~tirara fi na à muito fh'la3 - areia muito fina à fina4 - areia muno fina5·· areia tina e n"Midia6· areia m!ldia, fina, muito fina7 • areia muito fi na à media8 -areia média à fina9 - areia rnédia ã muito fina

1{} - areia r.,scHa

Fig, 17 - Diegfam.as tríangulare&

1 - sHta2 - lfíltil argiloso:3• argiia slltose4 - argila5 - sHte arenoso6 ,.areia, sHtI.!argiloso1..argi 16 arenosa

a - areia siltica9 . araia a,,;ítosa

iO • areia.

22

IV.2 - Classificaçâo dos Sedimentos.

Nos sedimentos estudados, foi adotado a classifica-çâo de Wentworth, (1926). Utilizou-se diagramas triangularestendo nos vértices areia, silte e argila, para as testemmhasG-014, G-023 e G-024 e para os outros os tri~ngulos t~m novértice areia média, areia fina e areia muito fina (Fig.17).

IV.3 - Medidas Estatísticas.

Os cálculos estatísticos foram realizados segundoas fórmulas de Folk e Ward (1957), que fornece uma visão rraiscompleta para a caracterização das propriedades de uma dis-tribuição. Os par~metros calculados foram:

- Mediana (Md) = phi 50%

- Média Aritmética (Mz) phi 16%+phi 50%+phi 84%3

Desvio padrão inclusivo (Si) =

Si = phi 84% - phi 16% + phi 95% - phi 5%4 6.6

- Assimetria (SKi) -.

SKi = phi16% +phi 84% - 2(phi 50%)2(phi 84% - phi 16%)

+

+ phi 5% +phi 95% - 2(phi 50%)2(phi 95% - phi 5%)

- Curtosis (Kg) = phi 95% - phi 5%2.44Cphi 75%-phi 25%)

23

Na tabela 11 está representado os valores estatísticos encontrados para todas as amostras.

IV.3.a - Medidas de tend~ncia central.

Para a medida do tamanho médio, da distribuição utilizamos o diâmetro médio e 'o diâmetro médio aritmético.

o diâmetro médio (Md) é o valor do diâmetro que cOEresponde ao ponto de 50% da distribuição sobre os gráficosde frequ~ncia acumulada.

Pode ser expresso tanto em unidade de phi como emmilímetro. A mediana define a granulometria que divide a a-mostra em duas metades de pesos iguais, r: uma medida bastan-te usada e de fácil obtenção, mas tem a desvantagem de naolevar em consideração a granulometria em ambos os lados da

, curva. De acordo com muitos autores deve ser utilizado ape-nas em distribuições unimodais não muito assimétricas onde odiâmetro mediano aproxima-se muito do diâmetro médio aritmé-tico e pode ser utilizado como um índice inicial da normali-dade da distribuição.

A média aritmética (Mz) constitui um valor mais ex-pressivo pois fornece o valor do diâmetro do centro de gravidade da curva de distribuição de frequ~ncia e pode ser repr~sentado em phi corno em milrmetros.

A fórmula de Folk e Ward, nos dá um resultado muitopróximo à média obtida pelo método dos momentos, que é umprocesso matemático de determinação dos diversos parâmetrosde tamanho que é considerado padrão.

24

Essa medida fornece uma visão mais real do tamanhomédio do sedimento. pois resulta da verificação dos valoresencontrados em 79% da distribuição e não em um ponto.

Geologicamente, o diâmetro médio reflete a média g_~

ral do tam.anho dos sedimentos j é afetado pe la fonte de supr'imento do material? pelo processo de deposição e pela veloci-dade de corrente. A granulometria média é também ú-til na comparação de amostras coletadas segundo o sentido de transpor-te ao longo de um rio ou praia.

Bigarella e Salamuni (1962, 1956) assinala que emdistribuição muito assimétrica o a média parece não ser' re-presentativa por sua sensibilidade aos valores muito grandese muito pequenos, pode ser superada pelo uso da seguinte fórmula no lugar da anteriormente utilizada,

JInmp-n} Mz nhi 16 + phi 84= -~----------,----

2

Uma outra medida de tend~ncia central que poderiaser utilizada é a moda que representa 6 valor mais frequentena distribuiçãoo Sua determinação é contudo extremamente di-fícil, as publicações sempre fazem referência ~ classe mo-dal~ ou seja, ao intervalo de classe da escala de Wentworth,onde a mesma se situa.

Uma referência deve ser feita) ainda ao número declasses texturais presentes no sedimento" ou seja, o numerode intervalos de classe da escala de Wentworth, presentes numa distribuição granulométrica, com frequência superior a 1%.

Um número elevado de classes texturais revela de pro~

25

to um sedimento textura1mente mal classificado, revelando incompetência do agente seletivo.

IV.3.b - Medidas de Dispersão.

A medida adotada para a verificação do grau de se-leção dos sedimentos estudados foi o desvio padrão indusivo,dado pela fórmula:

SI - phi 84 phi 16 + phi 95-----"'---phi 5

4 6.6

Esta fórmula 6 mais completa com relaç~o aos proce!sos gráficos disponíveis sendo inclusive superior ao desviopadrão de Irman pois este abrange somente 68% da distribui-ção enquanto a fórmula de Folk e Ward cobre cerca de 90% damesma fornecendo uma medida de dispersão muito mais acurada.,

Esta fórmula representa o desvio padrão existentepara a distribuição entre phi 16 e phi 84 e o desvio padrãocomputado de phi 5 e phi 95 desde que o intervalo 5 a 95% envolve 3,30, o desvio padrão é encontrado pelo cálculo

SKi = phi 95 - phi 53 Q

• v

Para que tenhamos a obtenção da m~dia, ambos os de-nominadores devem ser multiplicado por dois.

Areias com SI 0.35 sao muito0,35 a 0,50, bem classificada; 0,50 alecionada, de 1,00 a 2,OO~ pobremente

bem selecionada s, de1,00 moderadamente se-

selecionadas; de 2~OO

26

a 4,00 muito pobremente selecionada, enquanto que valores superiores a 4,00 revelam areias extremamente selecionadas.

IV.3.c - l'1edidasde Assimetria e Curtosis.

o grau de assimetria é indicado pelo afastamento dodiâmetro médio da mediana. Este afastamento tanto pode serpara a direita corno para a esquerda.

~ uma medida que sensibiliza 90% da distribuiç~o incluindo desta maneira as terminais uma vez que são nestas pa!:tes e não na parte central que na maioria das curvas se dãoas diferenças críticas entre as 2.Tnostras.Por outro lado, éigualmente geometricamente independente da classificação daamostra.

, Se a distribuiç~o for simétpic<:-i;SKi = 0, a media-na coincide com a média. No caso de um excesso de materialfino (terminal para a esquerda).a assimetria é positiva. No

caso de um excesso de material grosseiro a assimetria é negativa.

Se as curvas de distribuição suo construídas com osdiâmetros em rnm como variáve 1 independente, geralmente apre-sentam tipos extremos de assimetriao que podem ser reduzidosquando usamos os logarítmos dos di~metros como variável in-dependente.

Neste trabalho, para o c~lculo do grau detria, usamos a f6rmula proposta por Folk (1957):

SKi = phi 16 - ph í, 84 -- 2(phi 50) ph~~hi 95 -2<J>hi 50)'~(plÚ 84 - phi16j-·----· + 2(phi 95 - j.hí, 5)

27

que é uma combinação das duas fórmulas de assimetria de Trr-

man denominada de assimetria gráfica inclusiva.

Os limites sugeridos por Folk (1957) para a nomen--clatura sao os seguintes:

SKi entre --1,00 e -0,30 ::: assimetria muito negativa-0930 e --O'J 10 ::: assimetria negativa~O,lO a +0,10 - aproximadamente simétrica+0,10 e +0530 ::: assimetria positiva+0,30 e +1)00 ::: assimetria muito positiva

Os limites matem~ticos da medida sao -1,00 e +1,00,e poucas curvas atingem valores supe r i.or-e s a Sl<i-0~80 e +0,80.

Na. Fig. 18 sao apresentados graficamente os tiposde assimetria que na pr~tica ocorrem com mais frequência, sendo mais raros os valores simétricos.

Examinando o referido gr~fico, notamos que uma assimetria positiva significa, tomando-se por base os valores emphi, apresenta a média maior que a mediana e que a moda,(Mo ~ < Md ~ < Mz < ~).

Quando os três valores coincidem sej a em unidadesphiou em milImetros, temos uma distribuiç~o simétrica normal.

As amostras estudadas, apresentam-se em quase suatotalidade aproximadamente simétrica, ocorrendo somente os-pontos extremos de +0,43 no testen"lUnhoG--039 a uma profundi--dade de 30 em e de -0,24 no testemunho G-038 a uma profundi-dade de 120 em.

Indicando o grau de agudez dos picos das curvas de

2 - 3 I.4 5 I60

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.Fig. 18 - Exemplificação das ffiadidas estatísticas empregadas no presente trabalho.

Fig. 18a. - As curvas 1 e 2 possuem aproximadamente 11 mesma moda (ao redor de 1phí) mas /I 2 possue uma mediana 2,5phi indicando uma grantllometrial"fléÍis fina e apresenta uma mediana e 1,3phi.· .

. Fie. 18b. - A curva 2 indica uma mediana mais grosseira que a 1. O que seria errôneo adotar tal medida como expressão do tamanho médio, pois quando computa mos a distribuição total seu ta.manha médio é mais fino que li curve 1. Isso ocorre porque a mediano 4 uma medida de posição enquanto amIIdia aritmética leva em conta os valores encontrados em cerca de 79% da distribuiçiTo' Os wlores; de fI'lIfqÍll arit~tica são respactivamllnte de1/37 para 1 11 2,40 para 2.

Fig. 1Sc - Este diagrama nos dá !.IITltl idéia do í'ndice de classificação de I.HTII'iiniOstra,!I rr~$tre que 11 curve 1 ~ muito melhor classificada que 11 curva 2 pois ograu dI! !lxtansão da pril'Tl!':llraao redor dos valores médios t1 muito menor que o grau da extllnsãO da segunda. Tal oomportamento pode ser melhorvísualizedo pe!las curvas de frequáncia simpl!ls (18 e 2a) situadas no mesmo diagrama.

Fig. 18 d,EI,f, - Nesse diagrama á esauerratizado a situação das distribuições granu!orrotricas QP.mreJação à simetria. Na figo 18d temos uma asslrretrta nllgati-. va, ou tendente para o lado direito (grâos grosseiros). Nesta situação Il I1l)da li maior qutt: a medíane e maior que 11 rriifdie.

Na. Fig. 180,I§ apresentado urna curva simétriC6 onde os valores de moda, média e mediana roincidem implil:sndo num SKi igual li ONa fig, 18f. ternos li SItuação inVflrSti li da Fig. l8d. isto If. urre assimótria positiva tende para o lado esquerdo, &l1$osmais finos) e por isso temosa !l1Oda menor que a Illldiana e mmor Que a média. . "

Fig. 18 911 h;- Nessas figuras temos curvas lePtocúrtica e pletlcúrtica. A fil)o 18g apresente urra curwlllPtocúrticas porque a razão r/q;§ maior 2,44 enquantoa curva da fia 18h \\Iptaticúrttca porque a razão r/q 11 rrenor que 2,44. NI.IITla curva normal a pro/Xlrçã'o r/q Ir f§ iQ1.I1l1a extensão entre 00 percentts

'"5,9fhl',q·.!91J8:k'1<:lxtt:lnllioentf..,.o:;·per..oent*.·2!i,7'~· ..djl>xe.$e:r·j{l~11J,2'i44 ,Q~ldo l/ilI'\1:JS a'restamento dóste yalor ternos curvas laptl!l(türtil:al> e··..I'Iilt-icCl1t-lcas.

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28

distribuiç~o de frequ~ncia, a curtosis ~ hoje uma medida bastante utilizada e seu significado geológico e seu uso vai aospoucos tornando~'se mais claro embora nâo tenha mostrado, atéagoraj tanta importância como a assimetria.

~ uma medida quantitativa que descreve o afastamen--to da curva de uma curva normal. Hede a proporçao entre o

grau de seleção nas extremidades e na parte central das cur-vas. Para o cálculo da Curtosis usamos aqui a fórmula propo~ta por Folk (1957), denominada curtosis gráfica:

Kg = phi 9~ phi 52.4Lt(phi 75 - phi 25)

,

nesta medida, as curvas normais t~m valor de Kg = 1,00, poisa dispers~o phi 95 - phi 5 é exatamente 2,44 vezes a dispe~s~o phi 75 menos phi 5.0 Kg parece atingir .um máximo em tor-no de 8,00 sob condiç~es naturais, isto ~, no caso de picosextremamente finos e altos, o valor mínimo espalhado e debase ampla, e muito mais chatas do que a curva normal.

Para classificar as curvas segundo os valores decurtosis, usamos os seguintes limites:

Kg < 0,67 = muito platicúrtica0,67 a 0,90 = platicúrtica0,90 a 1,11 - mesocúrtica1,11 a 1,50 = leptocúrtica1,50 a 3,00 = muito leptocúrticaKg > 3,00 = extpemamente Le pt oc iirrt i c a

As a80stras estud~das variaram de platicúrtica à muito leptocúrtica.

29

v - ANÁLISE DOS SEDIMENTOS TESTEMUNHADOS.

Para uma melhor análise, os ~estemunhos foram agru-pados segundo sua localização nas feições geomorfológicas daplataforma.

V.l - TESTEMUNHO G-023

Testemunhagem realizada na latitude 02006.85 e lon-gitude S 1.41020.8 Wa urna profundidade de 374 metros, taludesuperior, com tubo de 6,00 metros de comprimento e com umarecuperaçao e preservação de 4,80 metros.

V.l.l - Análise Sedimentológica.

- Da base ao n!vel 420 ·cm, se encontra um materialsiltico, com material superior a 62 ~ aumentando de 4,10 a13,13%. O material siltico, tem 89,67% na base, 90,88% non!vel 450cm e 85,05% no n!vel 420. O teor de argila varia de6,23% na base 7,26% no n!vel 450 cm e 5,82% no n!vel 420 cm.

- No n!vel 390 cm, ternos um material siltico-areno-so com 16,90% da fração superior a 62 ~, 73,94% de silte e9,14% de argila.

- N! vel 36O cm, ocorre um material siltico, com 14,13%da fração areia, 81,64% de silte e 4,2% de argila.

- N!vel 330 cm, é constitu!do de silte arenoso, com17,37% da fração areia, 73,46% de si1te e 9,08% de argila.

;,

30

- Do nIve1300 ao topo, ~ constituído de silte. comteor da fração areia variando de 1523 a 3,29%, o teor de silte varia de 83,16% a 92~63% e o de argila 4~87 a 10,91%.

V.l.2 - Análise de Carbono e Matéria Orgânica.

o teor de carbono tem uma m~dia de 1,25% de Carbonoe 2,15% de Mat~ria Orgânica. Houve porém uma diminuiç~o nosnfveis 300, 330 e 360 cm com valor de 0,42; 0,63 e 0,56% pa-ra o carbono e 0,72, 1,08 e 0,96% para a matéria orgânica.

V.l.3 - Coloração.

Temos como cor predominanTe a cor "clíve graylt(5y3/2)da base ao nível 60 cm. Do nível 60 ao topo ocorre a cor"gr-ay i.sh olí.ve " Cl O y 4/2).,

V.l.4 - Análise Biodetritica.

A fração superior a 62 ~ ê composta quase que excl~sivamente de gastropodes e foraminiferos, ocorrendo com fre-qu~ncia moluscos, cavolina e ocorrendo pedaços de vegetaisnos níveis 150 e 130 cm, o que nos sugere um transporte flu-vial.

31

TABELA 11TESTEMUNHO G-023

Profundidade I <2,OOrm \<:6211 Matéria Minerais(em) >2 'JOrrnn >62 4 11 <4 11 Carbono OrgâniCê Pesados.- -

° - 3,22 89,53 7,25 1,12 1,93 •..~..

30 - 3,29 89,45 7,26 1,3lf 2,30 -i60 - 2,51 90,18 ! 7,31 1,18 2,03 -

90 - 1,38 88,76 9,86 1,47 2,53 ~

120 .- 1~66 86,54 11~80 1;,37 2,36 -150 - 1,26 85,42 13,32 ~ .- ~

180 - 1,23 85,94 12,83 1,26 2,17 -210 - 1,74 83,94 14,32 - - -240 00 1,69 76,78 21,53 - - -270 - 2,50 92,63 4,87 1,21 2,08 -300 - 5,93 83,16 10,91 0,42 0,72 -330 0,09 17,37 73,46 9,08 0,63 1,08 -360 0,03 14,13 81,61 4,20 0,56 0,96 -390 0,02 16,90 73,94 9,14 1)05 1,81 -420 - 13,13 I 81,05 5,82 _. - -450 I - 8,86 90,88 7,26 - - -480 - 4,10 89,67 6,23 - - -

.1

32

V.2 - TESTEMUNHO 012.

Testemunhagem realizada na latitude 01042.5S e lon-gitude 43°53.1 W a uma profundidade de 42,0 m, plataforma externa, com 6,0 metros de comprimento de tubo, recuperação de4,2 metros e preservaçao de 3,0 metros.

V.2.1 - Anâlise sedimentologica.

- Da base à 210 cm, se encontra um sedimento de te~tura média. Hoderadamente selecionado, aproximadamente sirné-trico~ leptoteutico. O teor de material arenoso médio(1,81~-2,05~) aumenta de 93,24 a 95,39% enquanto diminui o teor deelementos finos « 62 ~) de 4,82 e 3,46, com um teor médiode minerais pesados de 0,04%.

- Do nível 180 cm ao 150 cm, é constituído de umaareia média5 moderadamente selecionada, assimetria negativa,me sociir-t i co . O teor de areia média diminui de 95,91% a 94,62%e a fração fina diminui 3,70 a 2,7%, com um teor de mineraispesados em torno de 0,08%.

- Nível 120 cm, areia média, bem selecionado, assi-metria muito negativa, platicurtica, com 96,73% de areia e2,84% de material fino. O teor de mineral pesado é de 0,04%.

- Nível 90 cm, é constituído de areia média, bem selecionada e aproximadamente simétrico. A concentração de a-reia é de 96,42% e o de material fino é de 2,71% com teor de0,06% de minerais pesados.

- Do nível 60 cm ao 30 cm, arela média moderadamen-

33

te selecionada~ aproximadamente simétrica, leptocurtica. Aconcentraç~o de areia diminui de 96,86 a 95,77% enquanto ade material fino aumenta de 3,59 a 3,92%. A concentração deminerais pesados t~m uma m~dia de 0,06%.

- O topo ~ constituido de areia m~dia, bem selecio-nada e aproximadamente sim~trica. Possui 88,06% de arela e6,96% de material fino. O teor de mineral pesado é de 0,04%.

V.2.2 - Análise de Carbono e Matéria Orgânica.

- Da base até o nivel 150cm~ o teor de carbono e matéria orgânica aumenta respectivamente de O~21 a 0,26% e de0,36 a 0,45%.

- Do nível 120 ao 90, o teor de carbono aumenta de1 0,13 a 0,22% e o de matéria orgânica de 0,22 a 0,38%.

- Do nível 60 ao topo) temos uma diminuída de 0,30a ·0,06% de carbono e de 0,52 a 0,10% de mat~ria orgânica.

V.2.3 - Coloração.

Temos em todo o testemunho uma coloração homogêneade cor IlLight olive grayl! (5y 5/2).

V.2.4 - Análise Biodetrica.

Quanto ao material biodetritico, temos foraminífe-ros com rara concentração. Moluscos são comuns em todo o te~temunho com predominância de lameribrânquios, e em alguns niveis temos fragmentos de crustáceos. Ocorre equinoides nos ~veis 285, 275, 229, 2245 220~ 77 e 25 cm. A presença de brio-. ~zoarlOS e rara.

34

TABELA 11TESTEMUNHO G~012

Profundidade <2,00rrnn 1 Matéria Minerais_(em) >2jOOmm > 62 11 <62 11 1 Carbono Orgânica Pesados.- -

O 4,98 88,06 6,96 0,06 0,10 0,0430 0,31 95,77 3,92 0,15 0,26 0,04-60 0)55 95,86 3,59 0,30 0,52 0,0790 0,87 96,42 2,71 0,22 0,38 0,06

120 0,43 96,73 2,84 0,13 0,22 I O "4,u ,150 2~68 94,62 2~70 0,26 0,45 0,06180 0,39 95,91 3,70 0,22 0,38 0,09210 1~22 95,39 3,46 0,22 0,38 0,07240 0,60 95,09 4,31 0,22 0,38 0,04-270 2,6E> 93,07 4,27 I 0,21 0,36 0,02300 1 ~91+ 93,24 4,82 0,21 0,36 0,04

Profundidade i1ediana Média Seleção Assimetria Curtosis(em) (Md<p) (Mz<p) Si SKi Kg

O 1,87 1,81 ° ,LfO -o ~Ol+ -30 2,00 1,94- 0,53 -0,07 1,2160 1,95 1,88 0,63 0,01 1,2990 2,05 2,05 0,36 -0,05 -

120 1,91+ 1,88 0,49 -O ,21 0,89150 1,85 1,95 0,64 --0,14 1,07180 1,81 1,75 0,63 -0,12 J.,08210 1~93 1,86 0,69 0,02 1,37240 1,90 1,83 I 0,66 -0,01 1,25270 1,90 1,83 I 0,59 -0,09 1,20300 1,95 1,86 0,58 -n ,10 1,15

35

V.3 - TESTEMUNHO G-014.

Situa-se a 01022.7 da lato W e 43006.7 de longitudeS, a uma profundidade de 1.464 metros, talude mêdio~ com ocomprimento do tubo sendo igual a 9,00 metros, recuperação de6~20 m e com uma preservação de 6jOO metros.

V.3.1 - Análise sedimentológica.

Vasa de framíniferos e pterópodes 5 lamosa, calca-oria-plástica.

- Da base ao nível 540 temo um aumento de 0,25 a0,78% de material superior a 62 mlcras. O teor de silte au-menta de 84,54 a 95,75% enquanto o de argila diminui de 15,21a 3,47%.

,- Do nível 510 aO 480 há um a~mento de 0,54 a 0,62%

de material superior a 62 11 e uma diminuição de 86,21 a 76~,17%de silte e um aumento no teor de argila de 12,25 a 23,21%.

- Do nível 450 ao 420 a concentração de material s~perior a 62 11 aumenta de 0,37 a 2,44%. A concentração de silte diminui de 84, 87 a 75,60% enquanto o de argila aumentade 14,75 a 21,80%.

- Do nível 390 cm, temos 13536% de materialrior a 62 11, 77,12% de silte e 9,46% de argila.

supe-

- Do nível 360 cm ao 300, ocorre um aumento dea 14,04% de material superior a 62 11 com uma diminuição86,80 a 60514% de silte enquanto o teor de argila aumenta

0,34dede

36

12,86 a 25,82%.

- Do nível 270 cm ao 210 cm, temos um aumento na concentração de silte de 78~37 a 92,08% enquanto o de argila diminui de 21,43 a 7,72%.

- Nível 180 cm, temos 0,06% de material superior a62 ~, com 66,42% àe silte e 33,52% de argila.

~ .- Do nlvel 150 ao 60 cm, ocorre um aumento de 0,17a 8 ~10% de material superior a 62 u e uma diminuição de 87,85a 82,18% de silte. A fração argila, aumenta de 11,98 a 14,48%até o nível 90 cm, com uma diminuição para 9,64% no nível 60cm.

- Do nível 30 ao topo, temos um aumento na fração s~perior a 62 jl de 0,50 a 0,68% e também um aumento de 85~07 a86,90% de siltei com uma diminuição de 14,43 a 12,42% de ar-gila.

V.3.2 - An~li8e de Carbono e Matéria Org~nica.

- Da base ao nível 450 cm, temos um aumento na con-centração de carbono e matéria org~nica. O carbono aumentoude 0,69 a 1,03% enquanto a da matéria org~nica foi de 1,18 a1,77%.

- De 420 a 330 cm, o teor de carbono diminui de 0,91a 0,46% e o de matéria org~nica diminui de 1,57 a 0,79%.

- Do nível 300 ao 240, o teor de carbono e matériaorgânica aumenta respectivamente de 0,52 a 0,80% e de 0,90 a1~38%.

37

- Do nível 210 ao 180 ternos 0,69% e 1,19% respecti-vamente para o carbono e a matéria orgânica.

- Do nível 150 a 120 ternos um aumento de 0;57 aO,63%para o carbono e de 0,98 a 1,09% de matéria orgânica.

- Do nível 90 ao topo o teor de carbono é 0,74% eo de matéria orgânica é 1,28%

V.3.3 - Coloraç~o.

- Da base ao nível 450 cm, ternos a cor "Olive gray"(5y 4/1) com pontuaç~es de cor N2 (Grayish black).

- Do nível 449 a9 330cm, ocorre a cor "Olive gray(5y 3/2), com pontuaç~es de cor Grayish black (N2) •

.- Do nível 329 ao 210, temos a cor "Dark y eLl.ow i.s hbauwn 11 (10Y R 4/2) .

- Do nível 209 ao topo, ocorre a cor "01ive(5y 3/2) com pontuações de cor "Grayish b Lack" (N2).

gray"

V.3.4 - Anâlise Biodetritica.

~ abundante a presença de foramíferos e pteropoda,com ocorrência de cavalina no nível 150 cm.

4

38

TABELA 11TESTEMUNHO G-014

,

Proft.mdidade <2,00mn <62 11 l"Iatéria t1inerais(em) 2:.2,00mm > 62 > 4 <4 II Carbono Orgânica Pesados.- -

O - 0,68 86,90 12~42 0,74 1,28 -30 - 0,50 85,07 14,43 0,74 1,28 -60 0,08 8,10 82,18 9,64 0,74 1,28 -90 - 0,24 85,28 14,48 0,74 1,28 -

120 - 0520 86,45 13,35 0,63 1,09 -.150 - 0,17 87,85 11,98 0,57 0,98 -180 - 0,06 66,42 33,52 0,69 1,19 -210 - 0,13 92,08 7,72 0~69 1~19 -240 - I 0,64 84,36 15,00 0,80 1,38 -270 .. 0,20 78,37 21,43 0,57 0,98 -300 - 14,04 60,14 25,82 0,52 0~90 -330 - 7,17 76~91 15,92 0,46 0,79 -360 - O~34 86,80 12,86 0,57 0,98 -390 0,06 13,36 77 ,12 9,46 0,69 1,19 -420 0,16 2,44 75,60 21,80 0,91 1,57 -450 0,01 0,37 84,87 14,75 1,03 1,77 -480 - 0,62 76,17 23,21 1,03 1,77 _.

510 - 0,54 87,21 12,25 0,91 1,57 ...

540 .- 0,78 95 :.75 3,47 0,69 1,19 -570 - 0,67 9'2,38 6,95 0,69 1,19 -600 - 0,25 84,54 1.5,21 O~69 1,19 -

39

V.4 - TESTEMUNHO G-039.

Testemunhagem realizada na latitude 01049.5 S e 10ngitude 43014.0 VJ a uma profundidade de 42~0 metros, p Lat afor-

ma externa, com um tubo de 6"O O metros de comprimento, r-e eu-peração de 4~20 m e preservaçao de 3,00 metros.

V.4.1 - Análise Sedimentologica.

- Da base ao 90, ocorre uma areia média, bem sele-cionada, aproximadamente sim~trica e leptoc~rtica. A concen-tração da fração compreendida entre 2,00 m e 62 ~ varia de94,80% no nível 180 cm a 27,28 no nível 2,70 cm. A fração fina aumenta de 2,33 a 4,04% no nível 180 cm e diminuindo atéo nível 90 cm com 2,54%. Os minerais pesados têm uma médiade 0,19% com o teor máximo de 0,23% no nível 150 cm ~ o mínimo de 0,17% nos níveis 300, 270, 210 e 180 cm.

, - No nível 60 cm temos uma arela média, muito bemselecionada e aproximadamente simétrica. Possui 93,82% de a-reia e 5,68 de fração fina. A concentração de minerais pesa-dos é de 0,26%.

- Do nível 30 ao topo) temos uma areia média~ pas-sando de moderadamente selecionada a bem selecionada e coma assimetria variando de positiva a aproximadamente simétri-ca, quanto a curtos, ela passa de muito leptocurtica a lep-tocurtica. A concentração da fração areia aumenta de 94j95 a97,63% enquanto a da fração fina diminui de 4,98 a 2,26%. Oteor de minerais pesados aumenta de 0,23 a 0,35%.

V.4.2 - Análise de carbono e matéria orgânica.

O teor de carbono e em média 0,09% com teor ~ .mlnlffiO

40

de 0,08% e máximo de 0,14%. O de matéria orgânica tem uma media de 0,16% com o mínimo de 0,14% e o máximo de 0,24%.

V.4.3 - Coloração

Possui uma coloração homogênea de cor 5 y 7/2.

V.4.4 - Análise Biodetritica.

~ comum em todos os níveis a presença de moluscos.

,

41

TABELA II

TESTEMUNHO 8-039

Profundidade >2,00mm <2,00JT1ID <62 ]J Carbono Matéria t1inerais(em) . > 62 ]J Orgânica Pesados.

° 0,11 97,63 2,26 0,08 0,14 0?3530 0~07 94~lS 4,98 0,08 0,14 052360 0)50 93,82 5,68 0,08 0,14 0,2690 0,40 97,06 2~54 0510 0,17 0,)22

120 1,03 96,37 2,60 O ~CH3 0,14 0,18150 0,89 95,82 3,28 °,lLf 0,24 0,23180 1:.16 94,80 4,04 0,08 0,14 0,17210 0~24 95999 3,77 0,08 0,14 ° 17~240 0,88 96,97 2,15 0,08 0,14 . 0,19270 0,37 97~28 2,33 0,14 0,24 O~17300 0,34 96,84 2,82 0,08 0,14 0,17

Proftmdidade ~ediana Média Seleção Assirretria Curi::osis(em) Uld <r) (Mz<l» Si SKi Kg

-

° 2,01 2,00 0,45 0,03 1,1030 1,80 1,87 0,57 0,43 2,0250 1)95 1,95 0,30 -0,06 -90 1,90 1,93 0,41 0,12 1,27

120 1,96 1,93 0,44 --O ,02 1,34150 1,99 L;97 0,Lf7 0,02 1,49180 1,98 1,99 0,47 0,05 1,38210 2 ;,00 2,02 0,45 0,09 1,46240 1,93 1,93 0,42 ~O,05 1,25270 1,95 1,94 0,,42 0,01 1,21300 1 0':1 1,93 0,42 0,02 L,22, ••_"'.1

42

V.5 - TESTEMUNHO G-037

Testemunhagem realizada na latitude 01008.4'S e longitude 1104l.3vW, a uma profundidade de 18,00 metros, plata-forma interna, com tubo de 6,00 metros de comprimento e comuma recuperação e preservação de 3500 metros.

V.5.1 - Análise Sedimentológica.

- Da base ao nível 120 em, t~ composto de uma areiafina, quartsosa, moderadamente selcionada, aproxirradarnentesimétrica e mesocúrtica. A fração que se localiza entre 2,00~~e 62 U tem um aumento de 96,23 a 97,41% e na fração fina te-mos um decréscimo de 2,62 a 2,04%. A concentração de mine-rais pesados é nos níveis 180cm (base) e no nível 120 em ede 0,01% enquanto que no nível 150 em passa a ser 0,07%,

, - No nível 90 em temos uma areia fina, quartsosa,bem selecionada aproximadamente simétrica e leptocúrtica. Aconcentração da fração areia é na ordem de 97,40% e na fra-ção fina (silte + argila) é de 2,16% e uma concentração de0,02% de minerais pesados.

- Do nível 60 ao topo, temos uma areia cada vez maisfina, quartsosa, o se1ecionamento tornar-se melhor apesar d~Ia, de modo geral, ser bem selecionada. Na 2ssimetria vemostambém que ela é aproximadamente simétrica, mas se aproxima}2do de uma curva assimetrica até o nível 30 em de onde até onível O (topo) passa a uma assimetria positiva. Quanto ao p~râmetro Curtosis, temos urna amostra mesocurtica.

A fração areia diminui de 97,83 a 95,52% enquanto a

A

43

fração fina aumenta de 2,13 a 3~56%. A concentração de mine-rais pesados também aumenta de 0,01 a 0,03%.

V.5.2. - Análise de carbono e matéria orgânica.

- De base ao nível 120, temos uma diminuição da co~centração de carbono e matéria orgânica de 0~21 a 0,16% e de0,36 a 0,28% respectivamente.

- Do nível 90 ao topo, ocorre também urna diminuiçãode carbono que passa de 0,17 a 2,05% e de matéria orgânicaque passa de 0,29 a 0,09%.

V.5.3 - Coloração.

A cor dominante é a Yellowish gray (5y 7/2),

V.5.4 - Análise biodetritica.

., .Apresenta em todos os nlvelS moluscos, Scaphopoda eLametibranquios.

44

TABELA 11TESTEMUNHO G-037

Profundidade ':_2,OOrrnn<2,OOrnm <62 11 Carbono I Vatéria MineraisI Orgânica(em) > 62 11 Pesadcs

° 0,92 95~52 3,~)6 0,05 0,09 0,0330 1;06 97,70 2,24 0,10 0,17 (l,0360 O ,Oil· 97,83 2,13 O ~10 0,17 0,0190 0,44 97,40 2,16 0,17 0,29 O}02

120 0,55 97,41 2,04 0,16 0,28 0,01150 1,26 96,71 2,03 0,16 0,28 0,07180 1,15 96,23 2,62 ° ,21 0,36 0,01

----1-

1

-Profundidade Mediana Média Seleção Assimetria Curtosis

(em) (Hd<!J) (Hz<ll) Si I SKi Kg

0,47 I 0,17 1,06° 2~32 2,3930 2525 2,31 0,49 0,01 1,0260 2,22 2,26 0,49 0,03 1,0390 2,22 2,30 0,50 0,01+ ' r, ..)..L, ,)J

120 2,23 2,26 0,54 -0,05 1,04150 L'16 2,18 0,55 -0,05 1,10180 2,22 0,57 0,02 0,912,10 _. ---

45

V.6 - TESTEMUNHO G-038.

Realizado na latitude 01011.61S e longitude 4-4°4-1.1'Wa uma profundidade de 23J20 metros com tubos de 6,00 metrosde comprimento e com uma recuperação e preservação de 3,00metros.

V.6.1 - Análise Sedimentológica.

- De base ao nível 24-0, ocorre areia fina, quartso-sa, muito bem selecionada, aproximadamente simétrica. A fra-çao compreendida errt r-e 2,00 mm e 62 11 varia de 85~07% no ní-vel 270 em e 91]80% no nível 240 cm~ enquanto que a fraçãofina varia de 8,18% no nível 24-0 em e 14,92 no nível 270crn.Aconcentração de minerais pesados, diminui de 0,18 a 0,11%.

, - Do nível 210 ao 180 em, ternos urna arela bem sele-cionada passando a moderadamente selecionada, a assimetriap~sa de negativa a positiva e muito leptocúrtica.

Os valores de arela diminui de 97518 a 96,50% en-quanto o da fração fina aumenta de 2,79 a 3,49%. O teor deminerais pesados diminui de 0,12 a 0,09%.

- Do nível 150 ao 120 ocorre urna areia bem selecio-nada passando a muito bem slecionada, com a assimetria, va-riando de positiva a negativa, e a curtosis apresenta-se va-riando de 1,60 a 1,37.

A concentração de areia aumenta de 97,15 a 97 ,94%e~quanto a da fração fina diminui de 2,80 a 2,06% e a de mine-rais pesados diminui de Oj18 a 0,09%.

46

- Nível 90 em é composto de arela quartsosa fina,muito bem selecionada, assimetria positiva e muito leptocur-

I

tica. A concentração de areia é de 97,02% enquanto a da fra-ção fina é de 2,97%. A ocorrência de minerais pesados é naordem de 0,12%.

- Do nível 60 ao 30 em", arela muito bem seleciona-da, assimetria variando de aproximadamente simétrico a assi-metria negativa e leptocúrtica. A fração areia aumenta de96,33 a 96~95% enquanto a fração fina diminui de 3,66 a3505%.A concentração de minerais pesados é de 0,17%.

- Topo é constituído de areia fina, muito bem sele-cionada, aproximadamente simétrico e muito leptocúrtica. Possui 95,15% da fração areia e 4,85% da fração fina (silte +argila). O teor de minerais pesados é de 0,09%.

, V.6.2 - An~lise de carbono e matéria org~nica.

A concentração de carbono e matéria org~nica varlade 0,06 a 0,14% e de 0,10 a 0,27% respectivamente. Nos ní-veis 300, 270, 210, 60 e 30 ternos 0,14% para carbono e 0,24%para a matéria org~nica. Nos níveis 240, 180 a 90 temos 0,08%de carbono e 0,14% de matéria orgânica. No topo é onde ocor-re as menores concentrações que são 0,06% para o carbono e0,10% para a matéria orgânica.

V.6.3 - Coloração

A cor predominante é a Yellowish gray (Sy 7/2) comum nível de cor (5gy 4/1) a 70 em do topo.

47

V.6.4 - Análise Biodetritica.

N~o ocorre muita variaç~o de biodetritos, sendo co-mum em todos os níveis a presença de bivalvos, scaphopodose e rara a presença de foraminiferos.

,

48

TABELA 11

TESTEMUNHO G-·038

Profundidade >2,00rrnn >2,00rrnn <62 ]J Carbono Matéria 11inerais(em) > 62 11 Orgânica Pesados.-

I

° 95,15 ! 0,06 0,10 O~09_.l',85 I30 - 96595 3~O5 O ,1Lj. 0,24 0,17

60 0,01 96,33 3,66 I 0)14 0,24 0,1790 0501 97,02 2,97 I 0,08 0,14 0,12

120 .. 97,94 2,06 0,08 0,14 0,09150 0,05 97,15 2,80 I 0,08 0,14 0,18180 0,01 96,50 3,49 0,08 0,14 0,09210 0,03 97~18 2,79 0,14 0,24 0,12240 0,02 91,80 8,18 0,08 0,14 0,11270 0,01 85,07 14,92 0,14 0,24 0,17300 - 86,10 13,90 0914 0,24 0,18

1

Profundidade M2dial"1a Média Seleção Assinetria Cur-tos í.s( em) (HdQ) (MzcI» Si SKi Kg

O 2,85 2,81 0,34 -0,07 1,9830 2,75 2,67 0,34 -0,23 1,2360 2,6S 2,62 0518 -0,07 1,4190 2)65 2,70 0,30 0:,22 1,74

120 , 2,70 2,68 0,33 -0,24 1,37150 2,71 2,66 0,36 0,11 1,60180 2,58 2,71 0,32 0,17 2,70210 2,55 2,62 O,Ltl -0,15 2,31240 2,80 2,81 0,13 -0,03 -270 7.,80 2,92 0,16 0,01 -300 2,80 2,81 0,1G

10,01 -

49

Do nível 120 ao 90 cm ternos areia siltica, com um

V.7 - TESTEMUNHO G-024.

Situa-se na latitude 00050.4 S e longitude 4So13.8Wa uma profundidade de 15,50 metros~ plataforma interha, comtubo de 6 s O O metros de comprimento 5 penetração de 3 ~00 metrose uma recuperação de 1,80 metros com preservação de 1,50 metros.

V.7.1 - An~lise Sedimento16gica.

- A base ê composta de areia muito fina, com 86,68%de material entre 2,00 mm e 62 U. O.teor de silte ~ de 9,96%e o de argila é de 1,09% e 0,05% de mineraisI>.~sados.

aumento de 62,75 a 74,51% da fração superior a 62 u· O teor,de siltre diminui de 27,33 a 22,40%, e o de argila .<iiminui

de 9,92 a 3,05%; com 0)05% de minerais pesados.

- No nível 60 cm temos siIte arenoso, com 24,36% dafração superior a 62 U e 59,66% de siIte e 15,84% de argila.

~ Do nível 30 ao topo temos areia slltosa, com umadiminuição de 67,60 a 62,82% da fração areia, diminuição tam

- -F -. 3 2 2~o 7bem da ~raçao sllte com 30, 1 a 3, 0~ e um aumento de 2,0

a 13,91% de argila. A concentração de minerais pesados e nu-ma média de 0,045%.

V.7.2 - An~lise de carbono e matéria org~nica.

- Da base ao nível 90 cm temos um aumento de 0,18 a0,57% de carbono e de 0,31 a 0,98% de matéria org~nica.

50

- Do nível 60 at~ o topo ternos uma diminuição deO,5~ 2 0,16% de carbono e de 0,91 a 0528% de mat~ria org~ni-ca<.

F • '7e 3 "--Coloração.

A cor predominante ~ Yellowishocorrência da cor Dusky yellowish green130 em e entre os nIveis 73 e 50 em.

gray C5y 7/2) com( 5gy 3/2) no nível

V,7.4 - Análise biodetritica.

Em todos os nIveis ~ comum a presença de pequenosmoluseos, apresentando tamanho maior no nível 150m com cra -cas agregado.:2 raro a ocorrência de foraminiferos e gastr~podes. Apresentanto também br-iozoâr-io no nível 90 em.,

....•

51

TABELA IITESTENUNHO G~024-

Profundidade I .

I>2 ~OGrrar.1-----r---i---t-

i c, o ,+ 16 2 ~82\ I0)02 67~60

Profundidade l-H-::-'~(-'~~~~l5.I Nédia I sele-~o ir Assirretria I Cur-tos i.s

(em) (Hc:õ) I (112.) ~ Si SKi r:gO .~,1.;:,--\-; ,88 I --O-~-5-1 -I -- O~;;; I .---

i I I

II

3 .sc I !"'-'n I i !"'~: ! - . ~ I" rvt ~2 93 1 n ",. IL~~~ , -,j~ I

-------.'---- ----.. --------1-.

O

30

6090

120150

,30

6090

120

150

I 'T"'<2~OOrrm <62]J> 62]J > 4 <4 fi Carbono

!'1atéria Hínirais

Orgânica Pesados.

23,2:3 13,91 0,,16 0,28 0·,:]3

30,31 2)07 U~40 O~69 0,0656,66 Hi ~CI+ 0353 0,9122,40 ])05 G~57 0,98 (J~O~j

';1 ') '7~ .

7'+~51

62)75

86,68

3,70

0,05 11

~--

52

VI - DISCUSSÃO

o testemunho G-023, obtido a uma profundidade de 374metros, talude superior, próximo a desembocadura do Rio Par-onaIba, evidencia um ciclo de sedimentaç~o pela intercalaç~ode material siltico e síltico arenoso. Essa variaç~o de tex-tura é decorrente das extações climâticas do Nordeste" ondeno período das chuvas) os rios ganh am uma maior- competência,implicando ne aumento elo seu poder de transporte. O materialmais grosseiro, e representado em nIveis especIficos sâo de-positados no perIodo chuvoso enquanto o material siltico queabrange maiores nIveis sâo depositados nos perIodos n~o chu-vosos que são mais prolongados.

Pela an~lise do material biodetritico e principal-mente pelos restos de vegetação encontrados~ mostra uma dep2.siçâo de material terrígeno~ transporte fluvial.,

Essa maior energia no período de deposição do mate-rial siltico-arenoso é confirmado pela diminuição do teor decarbono e matéria orgânica, cuja deposição implica em ambientes de baixas energia.

Na região do golfão maranhense, foram realizadasas testemunhagens G-012, G~·039 e 8--014. As duas primeiras estão localizadas na plataforma externa e o G-014 no talude mêdio.

Os testemunhos da plataforma externa, sao compostosde areia homogêneas, quartsosas, e de textura m~dia, com ograu de selecionamento variando de moderado a bem seleciona--do.

53

Para t er+s e mais um dado do amb i errte de se ô í merrta-çao, foi utilizado o m~todo gr~fico de Sanu (1964)~onde s~ousados os parâmetros estatísticos de FoLk e Hard (1957).

Apesar de ambos estarem a uma mesma profundidade enum mesmo ambiente de deposição, o (;··012possui uma maior varied~de nos parâmetros estatlsticos enquanto que o G-039 a-presenta variaç6es do nível 30 cm at~ o topo~ Essa maior va-riação que ocorre no G-012 ~ devido a sua localizaçio pr6xi-ma a costa e defronte a Baía de Sãa Marcos, onde ocorrem fartes cor~entes de reares) implicando nUDa maior energia no am-biertte de sedimentação enquanto que a 8-039 localiza-se maisafastado da costa e da Baía de são Marcos, recebe influ~n-cia somente das correntes de mar~s, que conseguem dar um re-trabalhamento nos grãos até a profundidade de 30 em.

Essas duas fases de deposição pode ser evidenciadatambém pelos teores de carbono e mat~ria orgânica, que noG-039 são aproximadamente iguais e no G-012 tem uma grande va

. -rlaçao.

Com esses dados podemos dizer que no golfão mara-

nhense, os sedimentos da pLe.t af'or-ma externa t~m uma texturam~dia e apresenta-se mais trabalhado próximo à plataforma mêdia ..

o G-014. talude nédio, penetra sedime rrtos hemipela···gicos de idade provavelmente pléistocénica,> com alguns níveisde material terrígeno e pelaglco .

Na .-reglao dos bancos da Curupuru) foram realizadasas testemunhagens G-037 e G-038.

54

o material coletado é composto de ar-e í.a fina homo-gênea e quartzosa.

No testemunho G-037j profundidade de 18,0 metros,temos uma sedimentação homogênea elotipo f1uvio deltaíca,ocorrendo a partir do nível 30 em uma tendência a deposição dematerial mais fino. No 8--0385 profundidade de 23,2 metrosa concentração de material grosseiro não ultrapassa O,05g.Ocorre uma diminuição progressiva do material fino at~ os210 em onde passa a ser aproximadamente constante, voltandoa aumentar até o topo.

A concentração de carbono e matéria orgânica com UJJB

variação decrescente ~ aproximadamente linear da base ao to·-po no G-037 e no G-038 ela apresenta variaçaes. Com esses dados é observado que o G- 038 recebeu um maior retrabalhamentoe segundo o gráfico de Sanu (1964) trata-se de um ambiente

, marinho raso.

Por ~ltimo, o testemunho G-024, profundidade de ...lS, 5Om 9 próximo ao Rio Gurupi, mostra uma sedimentação pas--sando de areia muito fina a silte arenoso e a areia siltica.

Essa variação de textura é devido, como já foi men-cionado, aos períodos chuvosos e não chuvosos.

Os testemunhos analisados, nos levam a pensar que aplataforma continental está coberta de sedimentos holoceni-cos com uma textura variando de fina a média nas plataformasinternas e externas respectivamente.

No talude, os testemunhos~ perfuraram sedimentos hemipelagicos provavelmente pleistocenicos com uma camada de

55

sedimentos pelagicos e com uma fraca contribuição derial terrígeno variando de 20 a 210 c~ de espessura.

mate-o

,

2. Os testemunhos G-012,G-039 e G-014 est~o situa-dos na ~rea do Golf~o Maranhense, sendo os dois primeiros deplataforma externa e o último de talude. Os dois primeirosapresentam um valor m~dio de granulometria id~nticos, e di-ferentes valores de seleção. Isto pode indicar uma mesma fonte de sedimentação sob condições hidrodinâmicas diferentes.são sedimentos terr!genos marinhos com rica faúna de lameli-brânquios e fragmentos de crustáceo~ nos diversos níveis deprofundidade.

VII. CONCLUSÃO.

1. Testemunho 8-023 revela sedimerrt açjio f Luv io+de I>-taica) pela presença de restos vegetais e pela an~lise dográfico de Sanu.

o testemunho 8-·014 é uma vaza de foraminiferos pLari

tônicos e pteropodes revelando sedimentaç~o oceânica.

3. Os testemunhos G-037 e G-038 estão situados naárea dos bancos do Cururupu. Segundo o gráfico de Sanu~ tra-ta-se de ambiente marinho raso. Entretanto a variação facio-lógica no topo do testemunho mostra influência de sedimenta-ção costeira. Não foi poss!ve1 definir com estes estudos seestes fundos são dunas afogadas pelo avanço do mar, ou sehá um trapeamento dos sedimentos a partir da zona do golfão)conduzindo a esta sedimentação e consequente estruturas t!pi

56

cas de movimento de correntes de mares.

4. O testemunho G--024 mos rr-a pela sua variação fa-cio16gica, uma sedimentaç:o proveniente da região arnaz~nicaem épocas de cheia.

,

57

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