contratos especiais

90
CONTRATOS ESPECIAIS ALBERTO EMILIANO DE OLIVEIRA NETO Mestre em Direito do Trabalho pela PUC/SP Procurador do Trabalho – PRT 9ª [email protected] @albertoemiliano

Upload: alberto-oliveira

Post on 05-Jul-2015

1.234 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

CONTRATOS ESPECIAIS

ALBERTO EMILIANO DE OLIVEIRA NETOMestre em Direito do Trabalho pela PUC/SPProcurador do Trabalho – PRT 9ª[email protected]@albertoemiliano

CONTRATOS ESPECIAIS

Legislação específicaTutela jurídica

diferenciada

Princípio da proteção

Proteção do trabalhador Contrato com cláusulas

previstas em lei - CLT

Contrato de emprego CLT, Art. 2º - Considera-se empregador

a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

Contrato de emprego CLT, Art. 3º - Considera-se

empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

Contrato de emprego

Pessoa física Pessoalidade Não eventualidade Remuneração/onerosidade Subordinação jurídica

Pessoas jurídicas Pejotização. A realidade concreto

pode evidenciar a utilização simulatória da roupagem da pj para encobrir prestação efetiva de serviços por uma pessoa física (Delgado, 2002:285).

Pessoalidade Infungibilidade no que tange ao

trabalhador. A relação jurídica trabalhista é intuitu personae em relação ao trabalhador. Esse não poderá ser substituído por outro trabalhador (Delgado, 2002:285/286).

Não eventual CLT, art. 2º - serviço não eventual

É necessário que o trabalho prestado tenha caráter de permanência, não se qualificando como trabalho esporádico (Delgado, 2002:288).

Não eventual Diferentemente do trabalhador com vínculo

empregatício, o trabalhador eventual caracteriza-se pela descontinuidade da prestação do trabalho, pela pluralidade de tomadores de serviços, pela curta duração do trabalho prestado e pela natureza do trabalho ser concernente a evento certo e distinto dos fins normais do empreendimento (Delgado, 2002:291).

Não eventual Teoria dos fins do

empreendimento. Eventual será o trabalhador chamado a realizar tarefa não inserida nos fins normais da empresa. Tarefas esporádicas e de estreita duração (Maranhão apud Delgado, 2002:290).

Não eventual Teoria da fixação. O trabalho

eventual tem vários destinatários que variam no tempo. É impossível a fixação jurídica do trabalho em relação a qualquer um deles (Nascimento apud Delgado, 2002:291).

Não eventual

Descontinuidade da prestação do trabalho. Não permanência em uma organização como ânimo definitivo.

Não eventual

Não fixação jurídica a uma única fonte de trabalho, com pluralidade variável de tomadores de serviços.

Não eventual Curta duração do trabalho prestado. Natureza do trabalho concernente a

evento certo, determinado e episódico. Trabalho que não corresponde aos fins

normais da empresa (Delgado, 2002:291).

Oneroso Aspecto objetivo. Pagamento pelo

empregador ao empregado do salário.

Aspecto subjetivo. Intenção econômica conferida pelas partes. Prestação de serviço pactuada pelo trabalhador com o intuito de auferir ganho econômico pelo serviços prestado.

Trabalho Voluntário Art. 1º Considera-se serviço voluntário, para

fins desta Lei, a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade (lei n. 9.608/98).

Trabalho Voluntário – Lei Geral da Copa

Lei n. 12.663/12, Art. 57. O serviço voluntário que vier a ser prestado por pessoa física para auxiliar a FIFA, a Subsidiária FIFA no Brasil ou o COL na organização e realização dos Eventos constituirá atividade não remunerada e atenderá ao disposto neste artigo.

Trabalho Voluntário – Lei Geral da Copa

§ 1o O serviço voluntário referido no caput:

I - não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim para o tomador do serviço voluntário; e

Trabalho Voluntário – Lei Geral da Copa

II - será exercido mediante a celebração de termo de adesão entre a entidade contratante e o voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições de seu exercício.

Trabalho Voluntário – Lei Geral da Copa

§ 2o A concessão de meios para a prestação do serviço voluntário, a exemplo de transporte, alimentação e uniformes, não descaracteriza a gratuidade do serviço voluntário.

Trabalho Voluntário – Lei Geral da Copa

§ 3o O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias, desde que expressamente autorizadas pela entidade a que for prestado o serviço voluntário.

Trabalho Voluntário – Lei Geral da Copa

Art. 58. O serviço voluntário que vier a ser prestado por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou instituição privada de fins não lucrativos, para os fins de que trata esta Lei, observará o disposto na Lei no 9.608, de 18 de fevereiro de 1998.

Subordinação

A subordinação é o elemento diferenciador do contrato de trabalho em relação ao trabalhador autônomo.

Subordinação Antítese do poder diretivo do

empregador Submissão do trabalhador ao poder

de direção do empregador Limitação contratual da autonomia

da vontade do trabalhador

Subordinação

A subordinação jurídica não se confunde com a subordinação econômica e a subordinação técnica.

Subordinação Subordinação jurídica.

Dever do empregado em cumprir as determinações do empregador.

Direito do empregador de comandar, dar ordens, acompanhada da respectiva obrigação do empregado de se submeter a tais ordens.

Subordinação Subordinação objetiva/estrutural

A subordinação se faz presente quando o objeto do contrato de trabalho, isto é, a função a ser exercida pelo empregado, as tarefas que ele deve executar, se integram e se incorporam na atividade empresarial, compondo a dinâmica geral da empresa, em seu processo produtivo ou de fornecimento de bens e serviços. Assim, a atividade obreira é crucial para a consecução dos objetivos empresariais (Porto, 2009:69).

Subordinação (...) É de se reconhecer a existência de vinculação

empregatícia entre a executiva de vendas e a empresa que tem como objeto social a comercialização de cosméticos (...) a atuação da executiva de vendas insere-se na atividade-fim da empresa, estando subordinada estruturalmente aos seus comandos (...) TRT 24 – RO 367-81-2010-5-24-0001-1, Ac. 2ª T, Rel. Niacano de Araújo Lima - Revista LTr 75-08/1009)

Subordinação Parassuborinação

Origem italiana. Trabalhadores que não se enquadram no conceito clássico de subordinação, mas, por conta da dependência econômica verificada, acabam por receber tutela parcial do Estado.

Autônomos Trabalhador autônomo - o que exerce

habitualmente, e por conta própria, atividade profissional remunerada; o que presta serviços a diversas empresas, agrupado ou não em sindicato, inclusive os estivadores, conferentes e assemelhados;

Trabalhador autônomo o que presta, sem relação de emprego,

serviço de caráter eventual a uma ou mais empresas; o que presta serviço remunerado mediante recibo, em caráter eventual, seja qual for a duração da tarefa (Lei n. 3.807/60, artigo 4º, c – lei orgânica da previdência).

Trabalhador avulso ausência de vínculo empregatício, descontinuidade da prestação de serviços a pluralidade de tomadores curta duração do trabalhado prestado intermediação por determinada entidade igualdade de direitos em relação ao

trabalhador com vínculo empregatício

Trabalhador avulso

CF, Art. 7º, XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso;

Trabalhador avulso A condição do trabalhador avulso é

mais favorável em relação ao trabalhador eventual por conta de sua capacidade historicamente verificada de organização.

Trabalhador avulso Portos.

SINDICATO OGMO. órgão gestor de mão de obra (Lei

n. 8.630/93) MP 595/2012. Dispõe sobre a exploração

direta e indireta, pela União, de portos e instalações portuárias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores portuários, e dá outras providências.

Trabalhador avulso A Lei n. 12.023, de 27 de agosto de 2009,

dispõe sobre as atividades de movimentação de mercadorias executada por trabalhadores em áreas urbanas e rurais sem vínculo empregatício, com exceção dos trabalhadores portuários, cujo regime jurídico está previsto em legislação específica (Lei n. 12.023/09, artigos 1º e 11).

Trabalhador avulso A atividade de movimentação de

mercadorias fora do porto, entretanto, não é exclusividade dos trabalhadores avulsos, pois pode ser exercida por trabalhadores com vínculo empregatício (Lei n. 12.023/09, artigo 3º).

Trabalhador avulso Cabe ao sindicato profissional

elaborar Intermediar a contratação escala de trabalho folhas de pagamento dos trabalhadores

avulsos (Lei n. 12.023/09, artigo 4º, I a III).

Trabalhador avulso Lei n. 12.023/09, Art. 1o As atividades de

movimentação de mercadorias em geral exercidas por trabalhadores avulsos, para os fins desta Lei, são aquelas desenvolvidas em áreas urbanas ou rurais sem vínculo empregatício, mediante intermediação obrigatória do sindicato da categoria, por meio de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho para execução das atividades.

Contrato por prazo determinado PRAZO DETERMINADO

CLT, 443, § 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.

Contrato por prazo determinado CLT, 443, § 2º - O contrato por prazo

determinado só será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou

transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;

b) de atividades empresariais de caráter transitório;

c) de contrato de experiência.

Contrato por prazo determinado Lei n. 5.889/73, 14, Parágrafo único. Considera-

se contrato de safra o que tenha sua duração dependente de variações estacionais da atividade agrária.

Lei n. 6019/74, Art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de serviços.

Contrato por prazo determinado Lei 9601/98, Art. 1º As convenções e os acordos

coletivos de trabalho poderão instituir contrato de trabalho por prazo determinado, de que trata o art. 443 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, independentemente das condições estabelecidas em seu § 2º, em qualquer atividade desenvolvida pela empresa ou estabelecimento, para admissões que representem acréscimo no número de empregados.

Contrato por prazo determinado CLT, Art. 445 - O contrato de trabalho por prazo

determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451. Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá

exceder de 90 (noventa) dias.

CLT, Art. 451 - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo.

Contrato por prazo determinado CLT, Art. 452 - Considera-se por prazo

indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos.

Trabalhador rural

CF, Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

Trabalhador rural Lei n. 5.889/73, Art. 2º Empregado

rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário.

Trabalhador rural Lei n. 5.889/73, Art. 3º - Considera-se

empregador, rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados.

Trabalhador rural Lei n. 5.889/73, Art. 5º Em qualquer trabalho

contínuo de duração superior a seis horas, será obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação observados os usos e costumes da região, não se computando este intervalo na duração do trabalho. Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de onze horas consecutivas para descanso.

Trabalhador rural Lei n. 5.889/73, Art. 6º Nos serviços,

caracteristicamente intermitentes, não serão computados, como de efeito exercício, os intervalos entre uma e outra parte da execução da tarefa diária, desde que tal hipótese seja expressamente ressalvada na Carteira de Trabalho e Previdência Social.

Trabalhador rural Lei n. 5.889/72, Art. 7º - Para os efeitos desta

Lei, considera-se trabalho noturno o executado entre as vinte e uma horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, na lavoura, e entre as vinte horas de um dia e as quatro horas do dia seguinte, na atividade pecuária. Parágrafo único. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento) sobre a remuneração normal.

Trabalhador rural Lei n. 5.889/73, Art. 9º Salvo as hipóteses de

autorização legal ou decisão judiciária, só poderão ser descontadas do empregado rural as seguintes parcelas, calculadas sobre o salário mínimo: a) até o limite de 20% (vinte por cento) pela ocupação da morada; b)até o limite de 25% (vinte por cento) pelo fornecimento de alimentação sadia e farta, atendidos os preços vigentes na região;

Trabalhador rural Lei n. 5.889/73, artigo 9º, § 5º A cessão pelo

empregador, de moradia e de sua infra estrutura básica, assim, como, bens destinados à produção para sua subsistência e de sua família, não integram o salário do trabalhador rural, desde que caracterizados como tais, em contrato escrito celebrado entre as partes, com testemunhas e notificação obrigatória ao respectivo sindicato de trabalhadores rurais.

Trabalhador rural Lei n. 5.889/73, Art. 14. Expirado

normalmente o contrato, a empresa pagará ao safrista, a título de indenização do tempo de serviço, importância correspondente a 1/12 (um doze avos) do salário mensal, por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze)dias.

Trabalhador rural Lei n. 5.889, 73, Art. 14-A. O produtor rural

pessoa física poderá realizar contratação de trabalhador rural por pequeno prazo para o exercício de atividades de natureza temporária. § 4o A contratação de trabalhador rural por

pequeno prazo só poderá ser realizada por produtor rural pessoa física, proprietário ou não, que explore diretamente atividade agroeconômica. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

Trabalhador doméstico

Aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família no âmbito residencial (Lei n. 5.859/72, artigo 1º).

EC n. 72/13.

Trabalhador doméstico

Continuidade, onerosidade, pessoalidade, subordinação.

Atividade não lucrativaResidência

Cooperativa Cooperativa é uma sociedade

voluntária de pessoas, sem fins lucrativos, de natureza civil, constituída para prestar serviços aos seus associados e à comunidade, melhorando as condições econômicas daqueles.

Cooperativa

Lei n. 5.764/71. Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas, e dá outras providências.

Cooperativa Celebram contrato de sociedade

cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro (Lei n. 5.764/71, Art. 3°).

Cooperativa Lei n. 5.764/71, Art. 4º As cooperativas

são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades pelas seguintes características:

Cooperativa

A Cooperativa de Trabalho não pode ser utilizada para intermediação de mão de obra subordinada (Lei n. 12.690/12, artigo 5º).

Cooperativa

I - retiradas não inferiores ao piso da categoria profissional e, na ausência deste, não inferiores ao salário mínimo, calculadas de forma proporcional às horas trabalhadas ou às atividades desenvolvidas;

Cooperativa II - duração do trabalho normal não superior a

8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) horas semanais, exceto quando a atividade, por sua natureza, demandar a prestação de trabalho por meio de plantões ou escalas, facultada a compensação de horários;

Cooperativa

III - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

IV - repouso anual remunerado;

Cooperativa V - retirada para o trabalho noturno superior à

do diurno;

VI - adicional sobre a retirada para as atividades insalubres ou perigosas;

VII - seguro de acidente de trabalho (Lei n. 12.690/12, artigo 7º).

Cooperativa

As Cooperativas de Trabalho devem observar as normas de saúde e segurança do trabalho previstas na legislação em vigor e em atos normativos expedidos pelas autoridades competentes (Lei n. 12.690/12, artigo 8º).

Corretor de imóveisLei n. 6.530/78

Art 3º Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis, podendo, ainda, opinar quanto à comercialização imobiliária. Parágrafo único. As atribuições constantes deste

artigo poderão ser exercidas, também, por pessoa jurídica inscrita nos termos desta lei.

Corretor de imóveisLei n. 6.530/78

Art 4º A inscrição do Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica será objeto de Resolução do Conselho Federal de Corretores de Imóveis.

Corretor de imóveisLei n. 6.530/78

TRT-PR-14-05-2004 CORRETOR DE IMÓVEIS. VÍNCULO DE EMPREGO. O fato de existir lei regulando a profissão de corretor autônomo, ou de ter sido criada um empresa em seu nome, não impede o reconhecimento de vínculo, ante o artigo 9º da CLT. Se o objeto social da empresa é a compra, venda e locação de imóveis, essa

Corretor de imóveisLei n. 6.530/78

atividade não pode ser terceirizada, sob pena de desvirtuamento de objetivo, máxime se comprovada a subordinação jurídica sob o prisma da corrente objetiva. Recurso das réus a que se nega provimento. (TRT-PR-17896-2001-651-09-00-8-ACO-08080-2004 - RELATOR: NEY JOSE DE FREITAS - Publicado no DJPR em 14-05-2004)

Corretor de segurosLei n. 4.594/64

Art . 1º O corretor de seguros, seja pessoa física ou jurídica, é o intermediário legalmente autorizado a angariar e a promover contratos de seguros, admitidos pela legislação vigente, entre as Sociedades de Seguros e as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado.

Corretor de segurosLei n. 4.594/64

Art . 17. É vedado aos corretores e aos prepostos: b) serem sócios, administradores, procuradores, despachantes ou empregados de empresa de seguros.

Corretor de segurosLei n. 4.594/64

TRT-PR-26-02-2013 VÍNCULO DE EMPREGO. CORRETOR DE SEGUROS. POSSIBILIDADE. O artigo 17 da Lei n. 4.594/64 proíbe que corretores sejam empregados de empresas de seguros, mas seu objetivo é evitar que o corretor perca a autonomia de trabalho e, com isso, direcione clientes para esta ou aquela seguradora, mesmo não sendo a melhor opção para eles.

Corretor de segurosLei n. 4.594/64

Referido artigo, contudo, não impede seja reconhecido judicialmente o vínculo empregatício, se as condições de fato o evidenciarem, porque no Direito do Trabalho os fatos se sobrepõem à forma, e porque, se houve o vínculo, imperioso o seu reconhecimento (...) (TRT-PR-03358-2010-025-09-00-1-ACO-05184-2013 - 4A. TURMA - Relator: CÁSSIO COLOMBO FILHO - Publicado no DEJT em 26-02-2013).

Corretor de segurosLei n. 4.594/64

(...) Ainda que os artigos 17, da Lei 4594/64 e 125, do DL 73/66, prescrevam que não se forma vínculo de emprego entre o corretor de seguros, profissional autônomo, e a sociedade seguradora, tais diretrizes não impedem o reconhecimento da condição de empregado (...) Essa, justamente, a hipótese dos autos, em que a subordinação restou bem caracterizada,

Corretor de segurosLei n. 4.594/64

estando o autor sujeito a cumprimento de metas, prestação de contas a superiores, existindo, ainda, exclusividade na venda dos produtos da ré. Vínculo de emprego reconhecido. Sentença mantida. (TRT-PR-04850-2011-662-09-00-4-ACO-02271-2013 - 6A. TURMA - Relator: SUELI GIL EL-RAFIHI - Publicado no DEJT em 25-01-2013).

Representante comercialLei n. 4.886/65

Art . 1º Exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou a pessoa física, sem relação de emprego, que desempenha, em caráter não eventual por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para a realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, para, transmití-los aos representados, praticando ou não atos relacionados com a execução dos negócios.

Representante comercialLei n. 4.886/65

caráter não eventual por conta de uma ou mais pessoas Pessoalidade Onerosidade registro nos Conselhos Regionais (Lei n.

4.886/65, artigo 2º). Subordinação???

Representante comercialLei n. 4.886/65

(...) É sutil a diferença entre a relação de emprego e o contrato de representação comercial regulado pela Lei nº 4.886/65. O contrato de representação comercial, com fortes raízes na locação de serviços e inserido no gênero de contratos de atividade, assemelha-se muito com o contrato de emprego, principalmente quando a Lei nº

Representante comercialLei n. 4.886/65

4.886/65, alterada pela Lei nº 8.420/92, dita elementos harmonizáveis com a relação de emprego, dentre eles a não eventualidade, como requisito substancial, e a exclusividade, como acidental (arts. 1º e 27, letra "i"), sem falar da fixação e das restrições de zonas de atuação, da admissibilidade de pagamentos periódicos (art. 27, letras "d", "e", "f" e "g"), do dever de fidelidade, do dever de

Representante comercialLei n. 4.886/65

produtividade e da estreita colaboração com o representado, bem como a possibilidade de rescisão do contrato, inclusive por justa causa (art. 35), além de outras características, tais como apresentar relatórios. "In casu", a prova produzida não demonstra a presença dos requisitos configuradores da relação de emprego, apontados nos artigos 2º e 3º da CLT, mormente a subordinação jurídica.

Representante comercialLei n. 4.886/65

Os fatos que emergiram dos autos demonstram, repise-se, que não havia subordinação, nem obrigatoriedade de cumprimento de horário, com a assunção dos riscos da atividade econômica pelo Reclamante que, inclusive, arcava com os respectivos custos, evidenciando, assim, sua autonomia na relação estabelecida. Recurso do Autor a que se nega provimento. (TRT-PR-01929-2011-089-09-00-3-ACO-15810-2013 - 7A. TURMA - Relator: UBIRAJARA CARLOS MENDES - Publicado no DEJT em 03-05-2013)

Representante comercialLei n. 4.886/65

(...) Restou comprovado que o réu contrata indistintamente tanto empregados vendedores quanto representantes comerciais para o desenvolvimento de funções idênticas que se inserem na estrutura do seu empreendimento econômico (atividade-fim), uma vez que o seu objeto social consiste exatamente em comercializar produtos, o que resulta na configuração da subordinação objetiva.

Representante comercialLei n. 4.886/65

Acrescente-se, ainda, a ausência de autonomia na prestação dos serviços por parte do autor, que sujeitava-se inteiramente às determinações da empresa representada, com restrição significativa da sua liberdade de atuação. (TRT-PR-29476-2010-002-09-00-6-ACO-23173-2012 - 4A. TURMA - Relator: LUIZ CELSO NAPP - Publicado no DEJT em 29-05-2012)

Outras modalidades Salões de beleza Prestação de serviços (CC, artigos 593/609) Contrato de empreitada (CC, artigos 610/626)

Contrato de empreitada CLT, Art. 455 - Nos contratos de

subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro.

Contrato de empreitada CLT, 455, Parágrafo único - Ao empreiteiro

principal fica ressalvada, nos termos da lei civil, ação regressiva contra o subempreiteiro e a retenção de importâncias a este devidas, para a garantia das obrigações previstas neste artigo.

Contrato de empreitada Dono da obra

SDI 1 – OJ 191. (...) Diante da inexistência de previsão legal específica, o contrato de empreitada de construção civil entre o dono da obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora.