contrainteligÊncia e sua abrangÊncia no brasil

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0 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA PAULO TELES GONÇALVES CONTRAINTELIGÊNCIA E SUA ABRANGÊNCIA NO BRASIL Campos Novos 2019

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA PAULO TELES GONÇALVES

CONTRAINTELIGÊNCIA E SUA ABRANGÊNCIA NO BRASIL

Campos Novos

2019

1

PAULO TELES GONÇALVES

CONTRAINTELIGÊNCIA E SUA ABRANGÊNCIA NO BRASIL

Monografia apresentada ao Curso de Pós-

Graduação Lato Sensu em 22/04/2019, da

Universidade do Sul de Santa Catarina, como

requisito à obtenção do título de Especialista em

Inteligência de Segurança.

Orientação: Prof. Dr. José Luiz Gonçalves da Silveira.

Campos Novos 2019

2

PAULO TELES GONÇALVES

CONTRAINTELIGÊNCIA E SUA ABRANGÊNCIA NO BRASIL

Esta Monografia foi julgada adequada à obtenção do

título de Especialista em inteligência de segurança e

aprovado em sua forma final pelo Curso de Pós-

Graduação Lato Sensu em 22/04/2019, da

Universidade do Sul de Santa Catarina.

Campos Novos, 22 de 04 de 2019.

_____________________________________________________

Professor orientador: José Luiz Gonçalves da Silveira, Dr.

Universidade do Sul de Santa Catarina

_____________________________________________________

Prof. Camel André de Godoy Farah, Dr.

Universidade do Sul de Santa Catarina

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Jesus Cristo que é autor e consumador da

minha fé, o qual renova as minhas forças a cada novo dia.

A minha amada esposa Keli verdadeira conselheira, que me apoiou muito

nesse processo.

E o meu amado filho Lucas.

Agradeço a Segurança Pública Policial, principalmente do nosso Estado

de Santa Catarina que trabalha com excelência e inteligência para manter a ordem

pública em paz.

Agradeço a Segurança Privada que complementa a Segurança Pública.

Agradeço também aos professores que com muito zelo repassaram seus

valiosos conhecimentos, Deus os abençoe.

E em especial ao meu orientador, Prof. José Luiz Gonçalves da Silveira.

E toda a equipe da Unisul, o meu muito obrigado.

4

RESUMO

O objetivo do presente trabalho foi apresentar a contribuição e a importância que a

atividade de inteligência de segurança pública e a contra inteligência tem mostrado

na história do Brasil. Identificando a consonância da evolução histórica da atividade

de inteligência e contra inteligência no Brasil, explanar seus fundamentos legais,

seus princípios e conceitos Constitucionais da atividade de inteligência no âmbito do

setor privado. A estratégia metodológica desta pesquisa foi alicerçada na revisão

bibliográfica, coletando e analisando fontes primárias e secundária, documentos e

artigos relativos a atividade de inteligência. Dentro da atividade de inteligência temos

uma ferramenta primária, que é a pessoa do espião, figura esta que aparece desde

tempos muito antigos; mesmo com as evoluções tecnológicas evidenciadas no

presente século, é notável que a espionagem executada pela pessoa do espião

ainda é a mais eficiente fonte de informação. Outro ramo da atividade de inteligência

encontra-se a contrainteligência, este princípio aplica-se para a defesa contra a

inteligência adversa, para que se possa inibir, reprimir as ameaças internas e

externas. Para diminuir a vulnerabilidade das organizações muitas empresas

buscam no mercado especialistas e medidas para neutralizar o roubo de

informações, com foco na prevenção de atos ilícitos contra a espionagem

empresarial.

Palavras-chave: Atividade de Inteligência. Contrainteligência. Espionagem

Empresarial.

5

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Sistema de espionagem Echelon .............................................................14

Figura 2 – Segmentos da Contra Inteligência ...........................................................17

Fluxograma 1 – Processo Cíclico da Inteligência .....................................................26

6

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................7

2 ESPIÕES E A ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA.....................................................10

2.1 REDE ECHELON.................................................................................................13

2.2 A CONTRA INTELIGÊNCIA NO BRASIL.............................................................14

2.3 A CONTRAESPIONAGEM EMPRESARIAL........................................................18

2.4 RECRUTAMENTO DE PESSOAS.......................................................................19

2.5 DESCARTE CORRETO DOS MATERIAIS..........................................................19

2.6 SEGURANÇA DA ORGANIZAÇÃO.....................................................................20

2.7 ESPIONAGEM EMPRESARIAL ELETRÔNICA...................................................21

2.8 CUIDADOS NECESSÁRIOS................................................................................22

3 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS......................................23

3.1 A INTELIGÊNCIA.................................................................................................23

3.2 A REDE DE ESPIONAGEM ECHELON...............................................................24

3.3 AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA.......................................................24

3.4 CONTRAINTELIGÊNCIA NO BRASIL E SUA ABRANGÊNCIA..........................25

3.5 SEGMENTOS DA CONTRAESPIONAGEM........................................................27

3.6 ESPIONAGEM EMPRESARIAL...........................................................................28

3.7 CULTURA ORGANIZACIONAL...........................................................................29

3.8 SIGILO DA INFORMAÇÃO..................................................................................30

4 CONCLUSÃO.........................................................................................................32

REFERÊNCIAS.........................................................................................................33

7

1 INTRODUÇÃO

A segurança é um assunto muito discutido, todos os dias são publicados

artigos em jornais e revistas falando sobre este tema, as manchetes dos jornais

tanto no Brasil como no mundo mostram imagens de violência que chocam a

sociedade de bem. Existe guerras e rumores de guerras, em vários lugares

diferentes, escândalos de espionagens vem à tona, é nação contra nação, é

empresa contra empresa, por uma guerra de informações que a cada dia mais

assusta o ser humano.

Dentro do segmento da segurança pública no Brasil, existem dois

segmentos semelhantes, a inteligência de segurança, responsável por produzir,

analisar e direcionar a atividade de inteligência no Brasil, e a contra inteligência, que

se constitui em métodos voltados para proteger, inibir atos da inteligência adversa e

salvaguardar assuntos sigilosos tanto na esfera pública como na esfera privada.

No princípio do presente trabalho podemos ver um breve relato da

espionagem ainda nos tempos bíblicos, podemos verificar em suas páginas, como

ela era uma importante ferramenta usada por seus espiões, como estratégia de

colher informações sobre seus inimigos. Ainda hoje a espionagem continua sendo

muito utilizada pelas agências de inteligências pelo mundo a fora.

A tecnologia do mundo atual ganhou corpo em diversas áreas e dentro

das agências de inteligências não foi diferente, hoje é possível graças a tecnologia

usar inúmeras formas de se conseguir informações sigilosas, a espionagem é

efetuada por escutas telefônicas, gravações de escutas implantadas em ambientes

estratégicos e também via satélite como o programa de espionagem dos Estados

Unidos conhecido como, Echelon.

Neste sentindo podemos perguntar, como o Brasil viu a necessidade de

implantar um sistema de inteligência? E quais os métodos de contrainteligência

utilizados para neutralizar ações ilícitas ou antiéticas que tem a intenção de obter

informações valiosas?

A inteligência de segurança no Brasil, surgiu em um momento de muita

turbulência na sociedade brasileira da época, com a criação do primeiro partido

socialista e anarquista do Brasil em 1919 no estado do Rio de Janeiro, depois de

algumas revoltas realizadas por grupos revolucionários socialistas. Foi criada o

conselho de defesa nacional anteriormente conhecido como “Atividade de

8

Informação”, no momento em que não só o Brasil, mais o mundo passava por

grandes conflitos.

A Contra inteligência surgiu em 1927 com a criação do (CDN). Conselho

de Defesa Nacional (CASTRO, RONDON FILHO, 2012).

Ela ganhou forma e desde então, foi se aprimorando com o passar dos

anos, com novos métodos, que hoje vem sendo trabalhado com a segurança pública

e com a Agência Brasileira de Inteligência, a ABIN.

A contrainteligência nos dias atuais, é de primordial necessidade em

todos as esferas organizacionais que prezam pela confidencialidade de suas ações,

e assuntos sigilosos, pois a mesma tem em sua essência a prevenção e a inibição

contra a inteligência adversa, diante dessa importância, a contra inteligência, tem

sido adotada no decorrer da história pela segurança pública no Brasil. E também é

importante relatar que, os métodos usados para a espionagem têm se intensificado

também no setor empresarial.

A atividade de contra inteligência, muito além de ser uma ferramenta

exclusiva de Estado, vem sendo de grande importância pela esfera privada, devido

ao crescimento competitivo do mercado, é onde empresas buscam informações

valiosas do seu concorrente através da espionagem. Com ação de espionagem o

mundo empresarial tem sofrido alguns problemas de ordem econômica, inúmeras

são as formas de espionagem empresarial, escutas telefônicas, rastreamentos por

vídeos ocultos, roubo de computadores e detecção de documentos falsos.

Através do que já foi exposto, percebe-se o quão importante é a utilização

da contrainteligência para proteção de dados sigilosos, visando assim a

sobrevivência das organizações com foco na defesa contra atos ilícitos.

Para a reflexão procurou-se estruturar este trabalho em um tripé,

atividade de inteligência, quando e como ela surgiu, contra inteligência quando ela

surgiu no Brasil e que importância ela vem tendo no cenário nacional de segurança

e espionagem empresarial.

Nas considerações finais, são apresentados de uma forma clara e

objetiva a contrainteligência e a sua abrangência no Brasil, ela não está restrita

somente no meio da segurança pública e sim também pode ser aplicada em

qualquer organização empresarial de ordem econômica, o serviço de inteligência e

contrainteligência estão além das agências de atividade de segurança.

9

Para isso espera-se ter contribuído na demonstração de métodos e

ferramentas que podem ser usadas como instrumentos de ações preventivas contra

ações ilícitas e mostrar a contrainteligência e sua abrangência no Brasil.

10

2 ESPIÕES E A ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA

Para definir a contra inteligência no Brasil, é preciso antes de tudo,

examinar e entender como a contra inteligência viu-se obrigada a se desenvolver

contra a inteligência adversa. Assim, podemos entender o importante papel da

contrainteligência tanto no âmbito da segurança pública como da segurança privada.

Quanto a etimologia da palavra inteligência tem sua origem do latim, intellegentia,

que significa “habilidade de entender” (GRAMATICA NET,2019). Ela está inserida na

percepção intuitiva do senso comum no domínio da cognição da capacidade de

compreender, perceber, conhecer e saber discernir sobre determinadas questões.

Muito antes da era da informação ou da sociedade baseada no conhecimento, a

figura do espião se tornou símbolo da atividade de inteligência.

Nos tempos bíblicos do antigo testamento, consideramos três palavras

hebraicas comumente usadas para descrever a pessoa do espião, a primeira é

Raah, que quer dizer (ver), esta palavra hebraica ocorre por quase mil e trezentas

vezes no texto bíblico com um sentido de espionar. Outra palavra de igual modo é a

palavra hebraica Ragal que quer dizer (percorrer), com sentido de espionar ela está

registrada por vinte e duas vezes no texto bíblico, para contextualizar lemos em

Números 21:32 “Depois mandou Moisés espiar a Jazer, e tomaram as suas aldeias,

e daquela possessão lançaram os amorreus que estavam ali”. No complemento

dessas asserções temos a palavra hebraica Tur que no contexto da espionagem

quer dizer (pesquisar), sendo assim ela é empregada vinte e uma vezes com este

sentido. Não somente em tempos de conflito armado mais em tempos de

planejamentos a espionagem se desenvolveu na nação de Israel no clássico

chamado espião, onde ver, percorrer e pesquisar fez com que Israel descobrisse os

pontos fracos e fortes das nações supostamente pretendidas para conquistar

(CHAMPLIN, 2004).

Como tática de guerra, a espionagem sempre foi uma medida necessária

com a intensão de descobrir os pontos fracos do inimigo. Tão antiga era esta prática

que como vimos nos tempos bíblicos os relatos dessas atividades. José acusou

seus irmãos de serem espiões, conforme Gêneses 42:1-17. Moisés enviou doze

espias a terra de Canaã, com a finalidade de descobrir seus pontos fracos e fortes e

se a terra era produtiva, conforme Números 13 (CHAMPLIN, 2004).

11

Flávio Josefo relata que os hebreus foram muito ágil e com grande

violência perseguiam os amoreus lançando-os em grandes desesperos, seus recém

dominados eram encurralados entre os rios da região, os fugitivos eram torturados

pela sede como pela dor dos ferimentos. Fizeram muitos prisioneiros, despojaram os

mortos e conquistaram todo o acampamento, Josefo ainda relata que os hebreus se

tornaram senhores do país deles. (PEDROSO,2005). Nos dias de hoje Israel possui

uma das mais temidas e eficiente agencia de inteligência do mundo o Mossad que

significa o instituto. Criada em 13 de dezembro de 1949, este instituto de inteligência

é o aperfeiçoamento dos primeiros israelitas descritos nos registros bíblicos.

Hoje com os avanços tecnológicos a espionagem ganhou campos de

atuação e passou a ser um inimigo a ser combatido, embora, o serviço de

inteligência e espionagem tenha sido historicamente utilizada com exclusividade

pelos governos e líderes com a intensão de obter dados sigilosos, ela ganhou corpo

e hoje vem sendo utilizada por agentes da espionagem para colher informações e

segredos empresariais numa guerra pela competitividade empresarial. Segundo nos

ensina (Sun Tzu, 2018) que, não há lugar onde não se possa fazer bom uso de

espiões.

Dentro do pensamento glamoroso popular em obras de ficção livros e

filmes a pessoa do espião é vista como perfeito brilhante e sedutor, assim a pessoa

do espião trabalha em constante aventura se mostra uma pessoa capaz de realizar

coisas muito difíceis para um homem comum.

Longe do glamour o espião trabalha dentro de uma atividade de

inteligência que é pautada no âmbito da lei. No brasil a atividade de inteligência está

regulamentada pela lei n° 9.883, de 7 de dezembro de 1999, que segundo a

Atividade Brasileira de Inteligência (ABIN) define inteligência como sendo “atividade

que objetiva obtenção, análise e disseminação de conhecimentos, dentro e fora do

território nacional, sobre fatos e situações de imediata ou potencial influência sobre o

processo decisório e a ação governamental e sobre a salvaguarda e a segurança da

sociedade e do Estado”. Muito útil para a segurança pública a espionagem trabalha

no sigilo da informação, a obtenção de dados pela espionagem que é o cérebro da

investigação policial, na constante luta contra o crime organizado, pedófilos,

corruptos e traficantes e toda e qualquer atividade ilícita praticada pelo ser humano.

12

A política nacional de inteligência (PNI), foi elaborada com fundamentos

consagrados pela Constituição Federal que segundo decreto n° 8.793, de 29 de

junho de 2016, objetiva a atividade de inteligência em dois fundamentos importantes.

Inteligência, que objetiva a produzir e difundir conhecimento às

autoridades competentes sobre eventos que ocorrem dentro e fora do território

nacional, sejam de imediata ou potencial influência, para que se possa dividir as

ações pela inteligência.

Contrainteligência, tem como proposta de prevenir, detectar, obstruir e

neutralizar toda inteligência adversa e contribuir assim com os conhecimentos das

pessoas, áreas e instalações de interesse da sociedade e do Estado. A (PNI), dentro

do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN) tem como prioridade a espionagem,

sabotagem, interferência externa, ações contrárias à soberania nacional, ataques

cibernéticos, terrorismo, atividades ilegais envolvendo bens de uso dual e tecnologia

sensíveis, armas de destruição em massa, corrupção e ações contrarias ao Estado

democrático de Direito. Nesse contexto a PNI que integra o SISBIN é tão valioso na

produção e difusão de conhecimento. (ABIN PNI, 2019).

A estratégia nacional de Inteligência (ENINT), proporciona o planejamento

da PNI, um marco importante para a atividade de inteligência que dentro da ENINT

foca na identificação, monitoração e tem a responsabilidade de mapear o ambiente

como um todo, com isso a atividade de inteligência pode realizar escolhas corretas e

objetivar melhor suas escolhas. Suas competências são exercidas para a promoção

e defesa do Estado Democrático de Direito. Todas as escolhas feitas e orientadas

pela PNI são de importância da ENINT. A estratégia definirá a direção que deve ser

seguida pela atividade de inteligência, o PNI deverá contar com mecanismos de

acompanhamento de suas ações conferindo maior legitimidade a atuação do

SISBIN. (ABIN ENINT, 2019).

Portanto o processo evolutivo da atividade de inteligência do seu início

até o momento ganhou apenas ferramentas auxiliares na busca de informações pois

o fator operacional humano como espião recrutado e implantado pelas agências de

segurança ainda é visto como processo decisório na coleta de dados eficiente. Para

isso a doutrina de inteligência de segurança pública elucida suas ações estratégicas

baseadas na produção de conhecimentos pelo profissional qualificado seus dados

variam de fotografias, extratos de documentos, gravações e interceptações

telefônicas, resultando assim a produção do conhecimento sobre dados futuros e

13

informações anteriores do crime organizado ou ainda a interceptação presente dos

atos ilícitos que estejam ocorrendo.

A espionagem via satélite tem sua origem por câmeras muito sofisticadas

que podem capitar a placa de automóvel a uma distância de milhares de quilometro,

existe a interceptação de comunicações a distância como rádio, televisões e

celulares. Segundo Dvir a espionagem por satélite foi utilizada por produtores de

laranja da Flórida contra seus concorrentes brasileiros, a empresa contratada para

este serviço de espionagem foi a Digital Globe que por meio do satélite Quick Bird,

filmou as áreas de plantações de laranja no estado de São Paulo, a fim de descobrir

em que época seria a safra e consequentemente, obter os valores futuros dos

contratos. (DVIR,2003).

2.1 Rede Echelon

Criada por uma rede internacional de escuta Echelon é uma rede de

vigilância global e de espionagem, operada pela Agencia de Segurança Nacional

(NSA) dos Estados Unidos, e com a participação da Inglaterra British Government

Communication Headquartters (GCHQ), do Canadá, da Austrália e da Nova

Zelândia. Seu método de coleta e análise de sinais de inteligência (SIGINT).

Fontes de sinais (SIGINT) obtêm dados de sinais eletromagnéticos de

comunicação e não comunicação, pela quebra de sigilo telefônico se obtêm as

informações.

O Echelon, através de estações de interceptação posicionadas por todo o mundo, capta todo o tráfego de comunicações via satélite, micro-ondas, celulares e por fibras óticas. Essa informação captada é processada através dos computadores da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA, que inclui sofisticados programas de reconhecimento de voz e reconhecimento de caráter ótico, através dos quais é efetuada a pesquisa de palavras ou frases em código, pelo sistema conhecido como Dicionário Echelon, que levam os computadores a assinalarem as mensagens a serem gravadas e transcritas para uma futura análise. (O ARQUIVO,2013).

No Brasil o sistema de espionagem echelon atuou no primeiro mandato

do governo de Fernando Henrique Cardoso, o caso de interceptação ocorreu

quando a empresa francesa Thomson estava negociando a compra dos

equipamentos de vigilância da Amazônia, por meio do projeto SIVAM. Esta

14

negociação foi ganhada pela empresa americana Raytheon graças as informações

interceptadas pelo sistema de espionagem Echelon. (O ARQUIVO, 2013).

Figura 1- Echelon a rede espiã Fonte: O Arquivo (2013).

Portanto a espionagem adquiriu grandes avanços no mundo da guerra e

da estratégia por parte das nações, por meio do conhecimento tecnológico os

espiões utilizam escutas clandestinas, transmissão oculta de áudio e vídeo, invasão

em rede de computadores e espionagem via satélite e posicionamento de

localização por GPS.

2.2 A Contrainteligência no Brasil

Preocupado com a inteligência adversa, iniciou-se em 1927 no Brasil a

atividade de inteligência, com a criação do (CDN) Conselho de Defesa Nacional,

15

com a finalidade de estudar, analisar e coordenar todas as informações com teor

financeiro, econômico e bélico (CASTRO; RONDON FILHO, 2012). Esta atividade de

inteligência de segurança normatizou e classificou a proteção de dados importantes

de segurança para o estado brasileiro.

Com a Constituição Federal de 1937 concernente à segurança nacional

nasceu a (CSN) Conselho de Segurança Nacional.

Em 6 de setembro de 1946, o Decreto-Lei nº 9.775 criou a Secretaria Geral do CSN, diretamente subordinada ao presidente da República e dirigida pelo chefe do Gabinete Militar da Presidência. Entre os objetivos da secretaria incluía-se o estudo das questões ligadas à segurança nacional, para posterior exame do conselho. O mesmo decreto dispôs sobre as atribuições dos três tipos de órgãos complementares ao CSN — a Comissão de Estudos, as seções de Segurança Nacional dos ministérios civis e a Comissão Especial da Faixa de Fronteiras. Criou ainda o Serviço Federal de Informações e Contrainformações (SFICI), subordinado ao conselho. (KORNIS, 2018).

Sobre a proteção e classificação de informações foi instituído no ano de

1947, através do Decreto 27.583 o primeiro instrumento legal onde obrigava o

agente ter zelo das informações de grande importância para o Estado.

Em 1958 a contrainteligência ganhou mais uma incumbência de manter

em dia o levantamento das pessoas físicas e jurídicas das pessoas que

supostamente pudessem colocar em risco a soberania nacional.

Em 1964 nascia o Serviço Nacional de Inteligência o SNI, sua função

primordial era de coordenar as atividades de informação e contrainformação.

O Brasil viveu, no início dos anos 1960, conjuntura política interna profundamente instável e influenciada pelo jogo geopolítico e estratégico que marcava a atuação das duas grandes potências mundiais à época da Guerra Fria – Estados Unidos e União Soviética. No mesmo período, era possível identificar conjunturas semelhantes de acirramento de conflito ideológico e de classes em diversos países da América Latina, com resultados diferentes: ora com o surgimento de movimentos autoritários e instalação de regimes de exceção, ora com o aparecimento de movimentos insurrecionais e revolucionários. No último cenário, estão incluídas, entre outras, independências de países africanos e a Revolução Cubana (1959). No primeiro cenário, insere-se a intervenção militar no processo político nacional em 1964. O SNI foi criado no mesmo ano. (ABIN SNI,2019).

Como parte da atividade de “coleta, avaliação e integração das

informações em proveito das decisões do Presidente da República. Foi ainda criada

a Escola Nacional de Informações (ESNI), pelo Decreto 68.448 de 31/3/1971. Na

área tecnológica do SNI foi marcada pelo escopo das informações de inteligência

brasileira. Até 1970 o Brasil possuía equipamentos de criptografia estrangeira

16

trazendo assim riscos das informações confidenciais brasileiras, e 1977 foi

desenvolvida o projeto prólogo criptografia para o primeiro terminal de saque do

país.

Em 11 de março de 1967, sobre a segurança nacional foi regulamentado

o Decreto 60.417, regulamento este para salvaguardar assunto sigilosos.

Em 6 de janeiro de 1977, com o Decreto 79.099 foi novamente

regulamentado assuntos sigilosos.

Em 1990 com a extinção do SNI, foi criada o SAE Secretária de Assuntos

Estratégicos que tinha como a responsabilidade de identificar, avaliar e neutralizar a

inteligência adversa.

Em 7 de dezembro de 1999, sobre a Lei 9.883 foi instituído o sistema

brasileiro de inteligência que cria a Agencia Brasileira de Inteligência. Art. 1º Fica

instituído o Sistema Brasileiro de Inteligência, que integra as ações de planejamento

e execução das atividades de inteligência do País, com a finalidade de fornecer

subsídios ao Presidente da República nos assuntos de interesse nacional. O Art. 4

descreve ações como planejar e executar ações, inclusive sigilosas, relativas à

obtenção e análise de dados para a produção de conhecimentos destinados a

assessorar o Presidente da República, planejar e executar a proteção de

conhecimentos sensíveis, relativos aos interesses e à segurança do Estado e da

sociedade e avaliar as ameaças, internas e externas, à ordem constitucional.

Promover o desenvolvimento de recursos humanos e da doutrina de inteligência, e

realizar estudos e pesquisas para o exercício e aprimoramento da atividade de

inteligência.

Podemos constatar como a contrainteligência está ligada à inteligência

pela existência de ameaças reais ou potenciais, a negligencia e a incredulidade de

algumas organizações torna se um campo fértil para a espionagem, o roubo de dado

sigilosos ou até mesmo membros das organizações que facilitam direta ou

indiretamente o acesso a essas informações reforçam a importância do contra

inteligência na segurança pública como na segurança privada empresarial. Dentre

elas poderíamos citar: Espionagem Sabotagem e terrorismo.

A contrainteligência, tem o propósito de prevenir, detectar, e neutralizar a

inteligência adversa, além de outras atribuições como produzir conhecimentos e

17

ações voltadas para proteção de dados. Segundo (BRANCO CASTELLO, 2015), a

contrainteligência atua por meio de três seguimentos.

Figura 2 – Segmentos da contrainteligência Fonte: Elaboração do autor (2019).

Conhecida como segurança orgânica o (SEGOR), atua como um conjunto

de medidas integradas com planejamento destinado a proteger as pessoas, a

documentação, as instalações e as operações de inteligência de segurança pública,

ela visa neutralizar as investidas externas de facções criminosas de qualquer

natureza. É interessante que tem em sua natureza a sensibilidade de detectar

indícios de infiltrações e trabalha para evitar o vazamento e o armazenamento de

documentos sigilosos, tanto o arquivamento quanto a destruição de documentos

confidenciais é de responsabilidade de agentes éticos sabendo que seu estado

físico no local é registrado e fiscalizado periodicamente por seus superiores.

A segurança ativa (SEGAT), nada mais é do que um conjunto de

procedimentos destinado a detectar, identificar, avaliar, analisar e neutralizar ações

criminosas contra o estado ou a sociedade. Dentre essas ações conhecidas

podemos citar: a contrapropaganda que é um agrupamento de métodos destinados

a propaganda adversa, ela utiliza a desinformação da própria propaganda. A

contraespionagem que busca a identificar e detectar ações invasoras buscando

assim a proteger seus dados. A contra sabotagem destina a neutralizar atos de

sabotagem por pessoas, documentos adulterados bem como equipamentos e

18

instalações. Por fim o contraterrorismo que adota medidas que visam a detectar,

identificar, avaliar e neutralizar atos terroristas.

A segurança de assuntos internos é destinada a produção de

conhecimentos que fornece ações de correção, esse tipo de contrainteligência é

usado pelas corregedorias das polícias civil e militar. Para o funcionário público que

realize inserção de dados falsos ou que modifique sem autorização sistemas de

informações responderão pelo Código Penal no art. 313 e art. 325. Esses

procedimentos de operações formalizam medidas e procedimentos para proteger

tanto agencias de segurança como suas operações tanto as instalações como suas

operações.

As fontes de inteligência fornecem não só para a inteligência como para

contrainteligência meios para obtenção de dados, (SIGINT) conhecida como fonte

de sinais por exemplo é muito usado no contrainteligência ela intercepta e decodifica

as comunicações de sinais eletromagnéticos, é importante saber que este tipo de

fonte muito usado pela segurança pública como exemplo na interceptação telefônica

para ser usada como prova posteriormente deve antes de usar desse a recurso

observar condutas legais da legislação brasileira. Assim para contra inteligência

esta fonte se mostra um excelente instrumento de proteção contra hackers em

ataques a redes de computadores institucionais e sistemas de informática onde

documentos sigilosos são alvos de ataques.

2.3 A contraespionagem empresarial

A espionagem empresarial é um terreno fértil e um perigo oculto, que

sonda as empresas na era da informação, e que tem levado a uma acirrada guerra

por informações sigilosas, muitas empresas buscam conquistar liderança no

mercado e até mesmo dizimar a concorrência através dessa insidiosa espionagem.

Sabendo disso muitas empresas preocupadas com a segurança de suas

informações buscam salvaguardar seus dados adotando métodos de segurança,

que visa a prevenir e neutralizar está espionagem.

19

2.4 Recrutamento de pessoas

O recrutamento de pessoas está associado ao preenchimento de uma

vaga de emprego destinada para um candidato interessado, a contrainteligência tem

papel fundamental, é importante saber quem são as pessoas que farão parte da

organização conhecer a vida pregressa dessas pessoas, pois muitas empresas

trabalham com projetos de alto sigilo e a infiltração de funcionários espiões tendem a

trazer prejuízos econômicos para as organizações, é interessante contratar

especialistas de segurança para elaborar um planejamento organizacional voltado a

segurança da informação. E ter acessos restritos dentro da empresa.

Um exemplo de espionagem empresarial encontramos na matéria da revista exame

de 2012 escrita por (CARVALHO, 2012), sobre 10 casos de espionagem industrial

onde um desses casos relata:

O gerente de qualidade da LG Eletronics, em 2007, poderia ser considerado um espião clássico. Ele foi acusado por quatro funcionários da Philips da Amazônia (Zona Franca de Manaus) de usar uma identidade falsa para entrar na unidade e ter acesso a detalhes sobre um novo produto da concorrente, a TV de LCD de 52 polegadas. A espionagem foi descoberta durante uma visita de quatro funcionários da fornecedora coreana LPL (joint venture da LG e Philips, que faz produtos para ambas) à fábrica da Philips em Manaus. Um dos visitantes, cujo nome apresentado era Justin Cho, foi reconhecido como gerente de qualidade da LG Eletronics de Manaus, que, na verdade, se chama Yul Rae Cho. Na tentativa de se defender, ele afirmou que era funcionário novo da LPL e não portava seu cartão naquele momento. A desculpa não colou e a Philips pediu investigação à polícia do Amazonas. (CARVALHO,2012).

2.5 Descarte correto dos materiais

Outra medida de igual importância é ter o cuidado no descarte correto do

lixo produzido pela organização (CARVALHO 2012), menciona que em 2001 a

empresa P&G contratou uma empresa especializada em investigação para ter

informações sobre os negócios da concorrente nos Estados Unidos, A espionagem

foi descoberta depois que um dos detetives contratados foi surpreendido revirando o

lixo da Unilever, em busca de dados secretos da empresa. Posteriormente a

empresa P&G foi atuada pela justiça e pagou multa para Unilever.

Assim com a globalização da economia mundial, o nosso mundo tem se

mostrado cada vez mais competitivo, as empresas buscam melhorar seus produtos

20

e muitas vezes buscam de uma forma não ética a roubar tecnologia ou informações

de outras empresas. A espionagem empresarial é uma das muitas maneiras de se

obter acesso as informações sigilosas de uma organização.

2.6 Segurança da organização

A falha de segurança dentro de uma empresa é acreditar que nunca

seremos alvos da espionagem empresarial, em um mundo no qual a informação tem

um alto preço, vale a pena ser vigilante. (Carleson, 2013).

A segurança dentro da organização, por definição, dificulta a

comunicação e limita o acesso para seus colaboradores, antes, porém é necessário

que a empresa através do setor de contratação busque saber conhecer as pessoas

que farão parte no quadro de novos funcionários, é necessário conhecer a vida

pregressa dessas pessoas, conhecer seus históricos em antigas empresas bem

como suas condutas como ser humano, a organização tem que antes de investir no

capital humano criar uma cultura de segurança para os seus colaboradores. A contra

inteligência organizacional pode variar muito dependendo da indústria, do produto,

da natureza e da vantagem competitiva.

Muitas empresas acreditam que a segurança física e dos TI’S adequados

será o suficiente para proteger seus dados contra a espionagem ou sabotagem

industrial. (Carleson, 2013.Pg61). Muitas das vezes um funcionário desgostado, com

muitas divididas é um alvo fácil de ser aliciado por espiões, pois os planos de

segurança melhores que pareçam ser ao ignorar a fraqueza humana torna a

contrainteligência no mínimo incompleto. Carleson cita três pontos de vista do

contrainteligência básica da qual as empresas independentes do seu porte deve

estar atento a mudanças comportamentais dos seus funcionários.

Onde os seus antigos funcionários estão indo trabalhar

Quais funcionários (por exemplo, de qual departamento, divisão,

filial ou conjunto de habilidades) estão saindo?

De onde estão vindo seus novos contratados?

21

Neste exemplo a existência e um planejamento de segurança para

conhecer e acompanhar atividade de seus funcionários podem minimizar riscos e

eliminar pontos vulneráveis de segurança da organização.

2.7 Espionagem empresarial eletrônica

Nos diversos níveis de espionagem existe ainda questões técnicas que

envolvem a inteligência artificial e tecnológica, o invasor quando busca de forma

ilícita e clandestina o roubo de determinas informações não hesitará o uso de

sistemas de escutas, Dvir elucida alguns pontos do qual o espião procurara por meio

da tecnologia.

Qual é a informação desejada?

Em que forma essa informação se encontra? (Voz, vídeo,

informação digital, documentos etc.?)

Onde se encontra a informação? (O lugar físico onde ocorre a

geração ou o armazenamento da informação necessária).

Em se tratando de espionagem empresarial eletrônica a informação

sempre desejada é de cunho financeiro onde uma determinada organização usa de

meios não lícitos a colher dados e movimentações de sua concorrente. As formas

podem variar de grampos telefônicos até mesmo por uso de altas tecnologias via

satélite como o Echelon.

Muito conhecido dentro da tecnologia o KeyLogger é um cabo que é

conectado do teclado a entrada do computador, este dispositivo tem a função de

gravar toda atividade exercida no teclado gravando senhas e tudo que o usuário

digita no teclado. Outro componente usado é o Browser Helper Object é carregado

pelo navegador cada vez que é acionado executando assim várias ações sobre o

que está sendo exibido, ele também cria janelas para expor informações.

Medidas de prevenção contra-ataques espião é de nunca acessar

conteúdo ou abrir e-mails duvidosos no sistema de computação da organização, o

firewall pode fornecer proteção contra-ataques da internet porem ainda existe outros

cuidados que o sistema de segurança de uma empresa precisa observar.

22

2.8 Cuidados necessários

A espionagem entrou no mundo dos negócios e mudou para sempre os

parâmetros da inteligência espiã. Hoje não é nenhum segredo de como as

informações são roubadas de empresas desavisadas, é aquele projeto de automóvel

que foi descoberto, é aquela nova fábrica de produtos alimentícios que será aberto

em determinado lugar estratégico, são tantas histórias vistas e mesmo assim nunca

acaba. Pela falha de segurança muitas organizações deixam elementos para que

esses dados importantes sejam adquiridos pelas concorrências. É o lixo que não é

descartado corretamente, roubo de computadores, criação de site espelhos no site

de uma empresa ou invasões em rede de computadores e etc.

Uma forma legal de segurança que uma organização pode adotar é o uso

jurídico no contrato de trabalho de seus funcionários valendo pela lei a confiabilidade

da informação da empresa sendo crime vender dados sigilosos da empresa. O

empregado fica obrigado a manter o sigilo profissional. O Art. 153 do Código Penal

Brasileiro diz: Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular

ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja

divulgação possa produzir dano a outrem: Pena - detenção, de um a seis meses, ou

multa, de trezentos mil réis a dois contos de réis.

Evitar determinados lugares como centro de negócio como ponto de

acesso ao Wi-Fi públicos.

Os fundamentos de contra inteligência empresarial são ferramentas

valiosas contraespionagem industrial, tanto a espionagem quanto a sabotagem

possibilitam prejuízos de ordem econômica toda via, uma organização adotando

práticas de contrainteligência adequadas podem neutralizar ou minimizar os riscos

de segurança dentro da organização.

23

3 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

3.1 A inteligência

A gênese da inteligência, tem muitas referências antigas que remetem

aos tempos bíblicos, sendo assim, verificamos uma evolução gradual histórica da

inteligência, e podermos situar o setor de inteligência dentro da segurança pública

num contexto histórico social de enorme importância. Nesse tempo a espionagem foi

a ferramenta mais utilizada no planejamento estratégico de uma nação, um espião

infiltrado poderia transmitir muitas informações a seus comandantes repassando a

estratégia inimiga.

Com a proliferação das atividades do crime organizado, contrabando de

armas, drogas e atividades financeiras, a espionagem tem sido objeto de muita

preocupação não só para o Brasil como para toda a atividade de inteligência

mundial.

As agências de inteligências pelo mundo trabalham em melhorias

continuas de suas tecnologias a serviços de suas nações, hoje uma das maiores e

mais temidas agências de inteligência é a Mossad de Israel.

Criado em 13 de dezembro de 1949, a partir de sugestão do primeiro-ministro de Israel, David Ben-Gurion, o Mossad é considerado por muitos analistas o serviço secreto mais eficiente e mais temido do mundo, ultrapassando a CIA, americana, e a antiga KGB, soviética. (FERNANDES,

2019).

Segundo Fernandes, os agentes do Mossad fizeram uma operação no

Brasil e no Uruguai a operação Riga que caçou e executou o Hebert Cukurs,

terrorista responsável pelo massacre de 30 mil judeus no gueto de Riga. O serviço

secreto de inteligência israelense é exemplo de eficiência no mundo. Suas

operações ultrapassaram a história da segunda guerra mundial na caça de seus

inimigos do nazismo, e hoje trabalha fortemente contra os terroristas que querem a

destruição do Estado de Israel.

24

3.2 A rede de espionagem Echelon

O sistema de monitoramento echelon via satélite controlado pela agencia de

segurança nacional NSA, dos Estados Unidos, é sem dúvida um potente e temido

instrumento de espionagem. Muitas pessoas não imaginam que podem estar sendo

monitoradas 24 horas por dia.

A rede de espionagem echelon usa a fonte SIGINT que coleta as informações

através da interceptação de sinais de comunicações entre pessoas ou máquinas.

Quando uma pessoa usa o telefone seja para se comunicar, tirar uma foto, ou ainda

gravar um simples áudio, essa pessoa nem imagina que seus dados podem estar

sendo transmitindo para uma central em tempo real, e ainda é possível monitorar via

satélite todos os passos de qualquer pessoa no mundo, pessoas físicas, empresas

ou bases terroristas.

Segundo a revista IstoÉ, os documentos mostrados pelo ex-analista da CIA

Edward Snowden, menciona a existência de uma região do Atlântico Sul, em uma

pequena ilha de colonização britânica chamada Ascensão, deste local há 2,5 mil Km

de Recife (PE). Foram de onde os agentes de inteligência dos Estados Unidos

monitoraram mais de dois milhões de mensagens de telefone celulares, e-mails e

post em redes sociais, inclusive a ex-presidente Dilma Ruseff que teve dados

interceptados por este sistema de espionagem echelon. A ilha de Ascensão possui

91 km quadrado abriga poderosas estações de espionagens (SIGINT). Este

poderoso sistema de inteligência monitora em tempo real inúmeras mensagens de

todas as comunicações do Brasil, Argentina, Uruguai, Colômbia e Venezuela.

(Jeronimo. Sequeira, 2016).

3.3 Agência Brasileira de Inteligência

Mesmo vivendo muitas revoltas internas desde a sua descoberta, o Brasil

demorou muito para implantar uma cultura de inteligência que só começaria a dar

mais importância no século XX, mencionado anteriormente é sabido que através da

história a espionagem sempre foi usada como método de colher dados, segredos e

25

informações de outras nações e ao longo dos anos ela se aprimorou de diversas

formas. Sabendo do crescente inimigo para sua nação, o Brasil se viu na

necessidade de se criar uma atividade de inteligência que está regulamentada pela

lei 9.883 de 1999, Atividade Brasileira de Inteligência (ABIN). Muito antes porem o

Brasil criou em 20 de novembro de 1927 o seu primeiro órgão de inteligência

Conselho de Defesa Nacional o (CDN) e 06/09/1946 mudando sua nomenclatura

para Serviço Federal de Informações e Contrainformações, (SFICI). Eleito o

Presidente da República, já em 1995, Fernando Henrique Cardoso autorizou o poder

executivo na criação de uma Agencia de Inteligência Brasileira. Surgia então a

(ABIN). Em 1999 foi sancionada a Lei 9.883/1999, instituindo o Sistema Brasileiro de

Inteligência o SISBIN, (CASTROS, RONDON, 2012). A recém-criada agencia de

inteligência tinha como meta atuar e integrar as ações da atividade de inteligência no

território brasileiro, os dados colhidos e as informações e todo o processo de

decisões no tocante a segurança pública e de assuntos sigilosos de interesse

nacional é de conhecimento do poder executivo. A missão da ABIN “planejar,

executar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de inteligência do país”

(art. 3°), é exercida e desenvolvida nos princípios constitucionais. (CASTROS,

RONDON, 2012). Com a criação e da agencia brasileira de inteligência, a

contrainteligência que ao passar dos anos veio ganhando novas formas

regulamentações e se aprimorando na sua tecnologia no seio da segurança

nacional.

3.4 Contrainteligência no Brasil e sua abrangência

Para a explanação teórica do assunto referente à contrainteligência no

Brasil e sua abrangência, podemos observar diante dos dados bibliográficos

analisados até o momento, que o Brasil se viu na necessidade de buscar e se a

perfeiçoar no ramo da inteligência e contrainteligência, procurando assim defender

suas informações sigilosas e sua soberania nacional.

A contrainteligência no Brasil passou a ocupar um quadro de destaque no

cenário brasileiro, após a inteligência de segurança pública (ISP), atuarem de uma

forma mais organizada e colaborativa entre si, contra organizações ilícitas. Hoje é

26

uma realidade dentro da segurança pública nas polícias, por exemplo, podemos ver

a Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública, conhecida como (DNISP),

a atividade de inteligência que se destina a produzir conhecimentos o modo de

salvaguardar dados e conhecimentos sigilosos e identificar, neutralizar ações

adversas de qualquer natureza.

A contrainteligência está inserida nesses assuntos internos de condutas

relacionado a área de segurança pública. Ela é vista como uma das mais

importantes ferramentas de segurança, ela serve como alerta contra profissionais

mal-intencionados que queiram fornecer dados e informações causando grandes

prejuízos ao Estado e a sociedade.

A atividade de inteligência e contra inteligência estão inseridas em um

processo cíclico de inteligência.

Fluxograma 1 – Processo Cíclico de Inteligência Fonte: Elaboração do autor (2019).

Dentro dos sistemas prisionais, a implantação de bloqueadores de

celulares sistemas este que é de vital importância para a neutralização de atos

criminosos cometidos por detentos sobre os olhos do sistema de segurança

carcerária. Por tanto, é indispensável a aplicabilidade da atividade de inteligência

sem a observância da contrainteligência, pois é ela que irá neutralizar toda e

qualquer forma de inteligência adversa.

Sigilos das

informações e dos

dados colhidos

Formalizar as

informações e

executar

Compilação dos

dados

27

3.5 Segmentos da contrainteligência

O (SEGOR) conhecido como segurança orgânica é o segmento

responsável por proteger as pessoas, a documentação, as instalações e as

operações de inteligência de segurança pública, ela visa neutralizar as investidas

externas de facções criminosas de qualquer natureza. Relativo a segurança ela

também produz conhecimentos, em áreas de maiores ocorrências de incidentes de

segurança, visa também a proteger os ativos institucionais sejam eles tangíveis ou

intangíveis, a proteção da informática as matérias e as operações de inteligência de

segurança pública.

O (SEGAT) é o segmento destinado a detectar, identificar, avaliar,

analisar e neutralizar ações criminosas contra o estado ou a sociedade. Suas ações

têm como elementos neutralizar grupos de qualquer natureza que tendem contra a

segurança pública.

Essas medidas são desenvolvidas por meio da Contrapropaganda, da

Contraespionagem, da Contras sabotagem e do Contraterrorismo.

O (SAI) é o segmento segurança de assuntos internos é destinada a

produção de conhecimentos que fornece ações de correção, esse tipo de contra

inteligência é usado pelas corregedorias das polícias civil e militar.

Para o funcionário público dentro da segurança que realiza a introdução

de dados falsos ou que modifique sem autorização sistemas de informações

sigilosas, responderão pelo Código Penal no art. 313 e art. 325. Portanto assim vem

sendo realizado a contra inteligência dentro da segurança pública até então, as

medidas para proteger os dados colhidos, as informações e materiais sigilosos tem

importância dentro da segurança pública, e promove a segurança do estado e da

sociedade brasileira.

28

3.6 Espionagem empresarial

A globalização da economia mundial trouxe para o campo da

competividade empresarial a guerra entre mercados, o diferencial competitivo é alvo

da espionagem empresarial, as informações nesse segmento vale muito mais que

ouro, é possível notar como a espionagem vem sendo usada de uma forma

antiética, travasse no campo empresarial uma verdadeira guerra pela informação

ainda que não é muito divulgada nos canais de informações como jornais e revistas

ainda assim alguns dados nos mostram como os empresários vem atuando diante

desse tipo se situação. Para esse tipo de problema muitas empresas buscam e

investem milhões em contraespionagem em suas organizações, sem dúvida o fator

humano seja o mais difícil para uma organização. Muitas empresas não reconhece

os perigos da espionagem, e consequentemente não sabe como se proteger. O

conhecimento técnico da contrainteligência e o conhecimento jurídico são fatores

importantes contra a espionagem empresarial.

O artigo 5° Inciso X da Constituição Federal diz: São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. O artigo 5° Inciso XII da Constituição Federal: É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telefônicas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelece para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. (DVIR, 2003.)

Segundo Dvir, sobe a lei de 9.296, de 24/07/1996, que regulamentou o

Inciso XII, parte final do seu Art. 5° da Constituição Federal. O Art. 10 constituiu

crime a realização e interceptação telefônicas, de informática sem a autorização

judicial. (DVIR, 2003).

A espionagem usada por meios eletrônicos com a interceptação de

comunicações telefônicas de qualquer natureza é constituída crime, muitas são as

armas de espionagens usadas contra a indústria, são praticadas espionagens

através de e-mails, telefones grampeados e hackers especializados, em implantar

escutas em computadores corporativos das empresas.

Com a globalização e a livre concorrência de mercados cada dia mais as

empresas buscam inovação tecnológica. A luta da indústria pela conquista clientes

alicia algumas empresas a buscarem a espionagem como forma de roubar

29

informações que possam lhe servir para a produção de um produto ou para

sabotagem de uma concorrente. Uma boa informação pode fazer com que uma

empresa antecipe a sua concorrente um lançamento do produto especifico, fazendo

com isso de uma forma ilícita ganhos e promover liderança de mercado.

Não existe limites para se adquirir informações e muitas são as formas de

espionagens, dentro do ambiente empresarial é visível as inúmeras portas de

entradas para a espionagem empresarial. Além dos hackers, existe o aliciamento de

pessoas, ou seja, um funcionário infiltrado dentro de uma organização com o intuito

de obter informações sobre os passos estratégicos de sua concorrente.

3.7 Cultura organizacional

Após o fim das guerras mundiais, o mundo da espionagem precisou

redirecionar seus objetivos, o segredo comercial emplacou um novo conceito na

economia global. As empresas precisaram criar uma cultura de contra inteligência

dentro do setor de contratação do RH, a investigação pessoal e social é de grande

valia para se precaver contra a infiltração de um espião dentro de sua organização.

A restrição a acessos e informações da organização para seus

colaboradores, são pequenos detalhes que pode livrar grandes prejuízos financeiros,

existe muitas informações onde as empresas não dão devida atenção, salas com

documentos importantes, projetos e planejamentos devem estar nas mãos de

poucas pessoas ou restringir acessos a esses documentos confidenciais para que

um colaborador infiltrado possa roubar esses dados e vende-los aos seus

concorrentes.

O destino adequado a todo lixo produzido que possa conter dados

sigilosos da organização, um simples ato é a destinação correta de lixo industrial, a

destruição desses materiais inibe a informação privilegiada.

O cuidado com os equipamentos de acesso à internet tanto de programas

baixados como pessoas que acessam esse equipamento a contrainteligência regula

o horário e nome da pessoa que usa este computador fora do expediente de

trabalho, assim visa de forma prudente a proteger dados e informações que possam

comprometer a competitividade da empresa e com isso prejuízos financeiros.

30

A contrainteligência é tão importante no mundo empresarial que cada dia

mais empresários vem dando a importância devida dentro das suas organizações.

Segundo Carleson, o FBI estima que a espionagem empresarial está na

casa dos milhões gerando enormes prejuízos. Carleson cita ainda um considerado

número de meio legais e ilegais de obter dados sigilosos de uma organização.

Buscas em registros públicos, mergulho no lixo, engenharia reversa, invasões em

redes de computadores, roubos de computadores, infiltração de funcionários,

entrevistas com funcionários que deixaram a empresa, candidatos falsos a

empregos. (CARLESON, 2013).

As inovações ilícitas são constantes e geram uma luta diária para as

organizações, é preciso geram dentro das empresas uma cultura organizacional de

contrainteligência. As boas práticas de contra inteligência reforça as suas vantagens

competitivas, muitas organizações erram na crença de que um bom programa de TI

é uma suficiente ferramenta de segurança, a vulnerabilidade pode esconder em um

funcionário antiético, desgostoso e cheio de dívidas, muitos gestores de RH,

ignoram a fraqueza humana, sem parecer paranoico é importante considerar dentro

da organização uma existência interna de espionagem e tomar os cuidados de

precaução.

Com a evolução econômica e com o crescente mercado competitivo a

atividade de inteligência ganho campo de atuação. As informações sigilosas têm

gerado no cenário mundial da economia uma verdadeira guerra por mercados, seja

para conquistar ou para dizimar suas concorrentes. Portanto a contra inteligência é

uma boa tática de guerra contra os ataques bélicos da espionagem empresarial.

3.8 Sigilo da informação

A informação é algo de valor muito requisitado no mundo empresarial, é

preciso estar atento contra a espionagem empresarial, uma informação do ambiente

de trabalho dita em casa, festa ou no bar com amigos pode ter consequências

futuras, um novo projeto de negócio dita em um bar com amigos podem ser

repassadas para terceiros mesmo sem a intenção de prejudicar a empresa. As

falhas de segurança podem atingir até mesmo instituições financeiras, informações

31

passadas pelo tesoureiro de uma agencia bancária por exemplo, mesmo dita para

pessoas da família em uma festa de aniversário podem colocar em risco a

segurança pessoal e organizacional.

No ramo da filosofia comportamental é importante ressaltar que o

comprometimento com relação as informações organizacionais é problema de todos

os funcionários e isso inclui o envolvimento, comprometimento, valorização e

principalmente a qualificação do funcionário. Como medida preventiva contra

violações e vazamentos de informações é importante a empresa escolher

criteriosamente as pessoas que estarão no seio do conhecimento sigiloso da

empresa. (Wolaniuk, Hilt,2018).

Acredito que a qualificação resolverá uma boa parte dos problemas, pois

as maiores vulnerabilidades enfrentadas pelas empresas são a não observância de

uma cultura de contrainteligência dentro do segmento empresarial.

32

4 CONCLUSÃO

Para o que foi exposto concernente a natureza da inteligência, a sua

estrutura histórica nos remete a tempos antigos, a sua importância ultrapassa os

limites territoriais da nossa nação, a espionagem passou pelos séculos sofrendo

verdadeiras transformações tecnológicas, a sua forma atual de investigar, avaliar e

confirmar é indispensável no assessoramento pelo órgão do executivo brasileiro, a

sua importância culmina para a soberania nacional.

É vitalício para o setor, a integração das agências de inteligência, as

trocas de informações resultam em maiores eficiências contra a criminalidade, a

união de órgãos como DEPEN e PF é uma estratégia que pode resultar em uma

melhor agilidade na troca de informações contra a inteligência criminosa.

Outro ramo da inteligência é a contra inteligência, ela se aplica a

princípios de defesa, a contra inteligência procura dificultar toda e qualquer

inteligência adversa, para que se possa inibir, reprimir as ameaças internas e

externas do Brasil. A segurança pública no trabalho de inteligência e

contrainteligência no Brasil é fruto de longas regulamentações constitucionais, a

contra inteligência possui em sua formula uma abrangência muito além da

segurança pública, em setores da economia muitas empresas lutam por proteger

suas inovações mercadológicas para uma maior competitividade no setor.

Contra a espionagem empresarial, muitas empresas buscam medidas de

contra inteligência com o objetivo de diminuir a vulnerabilidade de sua organização,

empresas buscam no mercado especialistas e medidas de neutralizar o roubo de

suas informações, é importante também criar uma cultura de contra inteligência em

suas organizações, com foco na prevenção de atos ilícitos a competitividade é uma

ferramenta que transcende a inovação de produtos, ela está também na proteção de

seus dados, como diz o ditado popular. Que o “segredo é a arma do negócio”.

33

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