contos populares

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E.B dos 2º e 3º ciclos de D.Duarte Vil de Souto Língua Portuguesa e Área de Projecto Ano lectivo 2010/2011 Ano/turma: 7ºA

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Contos Populares 7.º Ano

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Page 1: Contos Populares

E.B dos 2º e 3º ciclos de D.Duarte – Vil de Souto

Língua Portuguesa e

Área de Projecto

Ano lectivo 2010/2011 Ano/turma: 7ºA

Page 2: Contos Populares

Introdução

Contos populares:

-Uma das muitas aventuras de Vicente e Gilberto

(Sónia Lourenço e Marta Matos)

-A sorte de um pobre homem

(Cláudia Simões e Daniela Matos)

-A grande vitória de António

( Ana Monteiro e Raquel Romão)

-O cão azul

( Francisco Lopes e Armindo Matos)

-O sonho do pastor

(Pedro Baptista e Inês Lopes)

-O pastor

(João Lopes, Rodrigo Esteves e Margarida Augusto)

-O lavrador Joaquim

(Ana Marques e Ricardo Loureiro)

- O cão herói

(Diogo Santos e Filipe Rodrigues)

-O protector de Blackmoor

(Marcelo Pereira e Tiago Santos)

-Oriana e o príncipe

(Joana Pereira e Maria Almeida)

Índice

Page 3: Contos Populares

Introdução

O conto popular ou conto tradicional, é um texto narrativo, geralmente

curto, criado e enriquecido pela imaginação popular. É um texto de tradição oral;

por isso têm muitas marcas de oralidade, nomeadamente do registo popular.

Sendo que o tema escolhido por nós foi “Contos populares”,iremos

mostrar à nossa turma os contos populares que cada grupo fez.

Este trabalho resulta da ilustração de contos populares por parte dos

alunos do 7ºA em Área de Projecto, tendo sido elaborados em Língua Portuguesa.

Page 4: Contos Populares

Numa manhã, em que o sol espreitava

entre as nuvens, da pequena aldeia dos Alpes,

um menino chamado Vicente, preparava-se

para ir ao cimo da montanha buscar uma

planta para a sua prima Mercedes, que estava

muito doente. Eles tinham algum receio,

porque as pessoas diziam que a montanha

estava amaldiçoada.

Vicente é um rapaz do campo, muito

traquinas e bem-disposto, que vive em casa da

sua tia Marília, com o seu irmão Matias.

O seu melhor amigo, Gilberto, com

quem ele faz as suas traquinices, é um rapaz

endiabrado, mas com bom coração, pois está

sempre pronto para ajudar os amigos.

Toc! Toc! Toc! – Bateram à porta, era o

Gilberto que já estava pronto para uma nova

aventura, até ao cimo da montanha.

Lá foram eles de burro…

Uma das muitas aventuras de Vicente e Gilberto

Depois de terem percorrido poucos quilómetros, depararam-se com as vacas dos provérbios, a interromper o

caminho, os dois amigos nem queriam acreditar no que viam.

Eles como estavam sempre a planear a sua próxima traquinice, e não estavam atentos aos provérbios que a

sua avó lhes contava, não sabiam muito de provérbios.

As vacas fizeram uma proposta de que se conseguissem adivinhar o resto do provérbio, elas deixavam-nos

passar e prosseguir o seu caminho. Eles aceitaram. O provérbio era:

Todo o esforço…

- Eu sei, mas não me estou a lembrar. – Disse Vicente pensativo.

Page 5: Contos Populares

- Eu lembro-me, é: “Todo o esforço é recompensado”! – Exclamou Gilberto contente.

E lá continuaram o caminho… mais à frente encontraram uma gruta, e entraram, pois tinham de passar por

lá se queriam prosseguir o seu caminho.

Na gruta havia morcegos, aranhas, escaravelhos,

cobras, centopeias, mas disto já eles estavam à espera,

mas o que não esperavam encontrar, era o abominável

monstro das grutas.

O monstro das grutas era enorme, feio, peludo,

tinha uns olhos gigantes, e uns dentes horríveis.

Quando os dois amigos o viram deram um grito

muito alto e prolongado e fugiram por baixo das

pernas do monstro. Eles esconderam-se atrás de uma

rocha, o monstro procurava, procurava, até que

desistiu. Vicente e Gilberto, quando deram conta que

ele estava distraído, fugiram da gruta.

Prosseguiram o caminho verdejante e florido…

Quase a chegarem ao cimo da montanha,

decidiram levar um presente para a sua prima

Mercedes, mas não sabiam bem o quê.

Foi então que Vicente disse:

- Que tal levarmos um ramo de flores?

- Que excelente ideia! – Disse surpreendido

Gilberto.

E então apanharam flores e mais flores e

fizeram um grande ramo, colorido e perfumado.

Continuaram o caminho…

Page 6: Contos Populares

Quando chegaram ao cimo

da montanha avistaram logo a

planta, mas havia um problema, a

rodeá-la estava uma cobra gigante.

A cobra quando os viu, começou

logo a lamber a beiça. Eles estavam

cheios de medo, pensaram,

pensaram, até que tiveram a ideia

de executar um plano estratégico.

Decidiram que Vicente ia buscar a

planta, enquanto Gilberto distraia a

cobra.

Puseram o plano em prática.

Este correu muito bem.

Já com a planta na mão,

festejaram.

Foram a correr, muito

contentes para casa da prima

Mercedes.

Quando lá chegaram deram-lhe o ramo, enquanto a tia Polly preparava o chá com a planta, a prima tomou o

chá e foi melhorando pouco a pouco, até que estava como nova.

A prima orgulhosa e agradecida beijou-os.

E viveram felizes para sempre!

Page 7: Contos Populares

Numa aldeia distante, vivia um homem muito pobre, chamado Joaquim e o que ele mais

desejava era ter um emprego, mas como não tivera possibilidade de ir à escola, não sabia ler.

A sorte de um pobre homem

Um dia, o Sr. Joaquim

ia para o mercado, mas

seguiu pelo caminho

contrário e perdeu-se na

floresta. Depois de tanto

andar, encontra uma carroça

de madeira e decide levá-la,

prosseguindo o seu caminho.

De repente, encontra uma

feiticeira que tinha perdido a

memória e ele pergunta-lhe:

- Como te chamas?

- Não sei, perdi a

memória, mas tenho aqui um

livro que diz que, quem for

muito inteligente, pode

resolver esta adivinha para

me ajudar a recuperar a

memória.

Diz assim a seguinte adivinha: “inteligente serás, problemas irás resolver, para o outro lado chegar,

com a minha ajuda vencerás – diz a feiticeira.

- O que isso quererá dizer? – Pergunta o Sr. Joaquim.

- Não sei, mas prometes-me uma coisa, ajudar-me a chegar ao outro lado do monte? – Pergunta a

feiticeira.

-Claro, eu vou ajudar-te. – Diz ele.

Page 8: Contos Populares

Prosseguem os dois o seu caminho, quando de repente se deparam com um problema que têm de

resolver, atravessar o rio para chegar ao outro lado.

- Mas como vamos atravessar o rio? – Pergunta o Sr. Joaquim à feiticeira com um ar muito

preocupado.

Depois de tanto pensar a feiticeira teve uma ideia e comenta com o Sr. Joaquim.

- E se desmontasses a carroça? – Pergunta a feiticeira.

- Para quê? – Pergunta o Sr. Joaquim, confuso.

- Para fazermos um barco! – Diz a feiticeira.

- Mas eu não tenho aqui as minhas ferramentas. – Diz o Sr. Joaquim.

- Não faz mal, fazemos uma jangada. – Responde a feiticeira.

- Óptima ideia, vamos arranjar mais paus e folhas de palmeira – Responde entusiasmadíssimo o Sr.

Joaquim.

- Mãos ao trabalho – Dizem os dois ao mesmo tempo.Passado algum tempo, já

tinham construído a jangada.

Depois seguiram a sua viagem. De

tanto tempo a remar chegaram

finalmente ao outro lado, onde

estava o palácio da feiticeira

Ela foi ter com a rainha para

lhe explicar tudo o que lhe tinha

acontecido.

A rainha disse-lhe:

- Não te posso ajudar, só

quem adivinhar a adivinha é que

te vai poder ajudar.

O Sr. Joaquim, quando foi

apanhar ar depara-se com uma

velha mágica que o rapta e o faz

de escravo. A feiticeira vê tudo,

mas não consegue ajudá-lo.

Page 9: Contos Populares

Minutos depois a feiticeira lembra-se da única

palavra que ele disse: coragem, e quando ela a disse

recuperou logo a memória.

De seguida, ela corre em seu auxílio e quando lá

chega liberta-o.

A feiticeira leva-o para o palácio e aí chegados, a

rainha pergunta-lhe:

- O que mais desejas? – Pergunta a rainha

Filomena.

-Eu adorava ter um emprego, mas como não tenho

estudos, não consigo arranjar nenhum.

-Não te preocupes, eu irei dar-te um emprego –

diz a rainha Filomena.

-Qual? – Pergunta, todo entusiasmado, à rainha.

-Ser o cavaleiro do palácio – diz ela.

E com o passar do tempo o Sr. Joaquim e a

feiticeira Oriana apaixonam-se e casam-se.

E viveram felizes para sempre.

Page 10: Contos Populares

No seu dia-a-dia, ele fazia trabalhos

domésticos, tratava do seu gado, cuidava dos seus

cultivos, …

Ele sonhava, um dia, poder encontrar a sua

companheira para a vida.

Certo dia, resolveu ir ao mercado para vender

quatro porcos, alguns legumes e algumas ovelhas.

Finalmente, após ter vendido tudo, conseguiu

arranjar dinheiro para um belo cavalo.

Quando chegou a casa, decidiu fazer as

malas para ir à procura da sua companheira para a

vida. Para isso terá que se disfarçar de soldado,

para conseguir atravessar uma ponte, que estava

repleta de soldados que protegiam a Floresta

Encantada de Baião, onde não era permitido entrar.

Depois de conseguir passar a ponte, chegou à

floresta.

A grande vitória de António

Naquele tempo, havia um pastor muito pobre e esfomeado, chamado António.

António era baixo, tinha cabelo preto, era honesto, bondoso, generoso, …

Durante o caminho, encontra uma bela rapariga chamada Jade, que, para seu espanto, o ajuda a ultrapassar

várias dificuldades que ia encontrando.

Certo dia, encontra um jovem soldado, que o desafia para um duelo, pois apaixonara-se por Jade, a mesma

rapariga de quem o António gostava. Quem ganhasse o duelo, ficava com Jade.

Depois de muito sacrifício, António vence o duelo, deixando o jovem soldado prostrado por terra.

Continuou o seu caminho, em busca da jovem, quando chega a um palácio, no fim da floresta Quando

chegou ao palácio, confrontou-se com um grande monstro verde, com sete olhos, quatro braços e seis pernas. Este

monstro tinha uns cinco metros de altura. Seria muito difícil vencê-lo. O António, tentou enfrentá-lo, mas bastou

ao temível monstro dar uma sapatada ao António para ele ficar muito ferido.

Page 11: Contos Populares

António consegue, a muito

custo, esconder-se atrás de uma árvore

para não ficar mais magoado. Mas de

repente aparece Jade que lhe dá um

objecto mágico e a seguir desaparece.

António, sem saber para que servia aquele

misterioso objecto, encostou à sua ferida

e, espantado, vê a sua ferida a sarar.

Levanta-se, de repente, e depois de muito

observar o monstro, descobre o seu ponto

fraco: cócegas.

Depois de muito pensar, consegue

fazer uma grande armadilha que o deixa

estendido no chão, a rir, sem se conseguir

levantar.

Ao ver isto, Jade, já muito apaixonada por António, desce

da torre mais alta do palácio, de onde o observava há já algum

tempo. António correu ao seu encontro e, muito apaixonado por

Jade, beijam-se. Jade conta-lhe, então, que é uma princesa e os

dois conversam.

O rei, pai da Jade, ao ver que António conseguia derrotar

o grande e temível monstro, aquele de que todos tinham medo,

até os soldados mais valentes e corajosos, dá-lhe a mão da sua

filha Jade em casamento. Nesse mesmo dia, quando regressa a

casa é recebido em festa, com o casamento entre António e

Jade, onde encontram as suas famílias: a de António e a da

Jade.

Fazem uma grande festa e são felizes para sempre!

Vitória, vitória acabou-se a história!

Page 12: Contos Populares

Há muitos séculos atrás, na Serra da Estrela, nasce um cachorro azul, com o dom de entender a

linguagem humana e de saltar muito alto.

O cão azul

Ele cresceu, guardando rebanhos de

cabras e a brincar com a sua família,

especialmente com a filha deles, chamada

Vera. Certo dia, a sua aldeia foi atacada

pelos poderosos romanos.

Quando tudo acabou, vera foi

raptada pelos invasores, que de seguida

partem para a sua nação.

Dias depois, o cão sentiu a falta da

menina e parte em direcção ao litoral.

Muito triste, quase a desmaiar com o

calor, ouve a conversa de dois

comerciantes que estavam a partir para

Roma, então, com um poderoso salto, o

cão aterra no navio.

Quando passeava pelo navio,

encontrou um macaco, de quem se tornou

amigo e que o ajudou a orientar-se.

No caminho o cão, o macaco e a tripulação deparam-se com piratas, com quem tiveram que combater.

Depois de terem perdido quase metade da tripulação, vencem os piratas.

Semanas se passaram sem avistar terra quando se ouviu uma tremenda algazarra:

-Terra à vista! Terra à vista!

Mal atracaram, o cão saltou do navio e seguiu um bando de prisioneiros, direitinhos às masmorras.

O cão, todo confiante, seguiu-os.

Page 13: Contos Populares

No caminho, passa por uma taberna. E

aí fica a admirar a decoração.

Quando deu conta, os prisioneiros já

se tinham afastado, mas como ele é um cão,

seguiu-os, através do seu faro.

Quando finalmente chegou às

masmorras, os portões estavam fechados.

Mas isso não o fez desistir, não, ele

deu outro poderoso salto que atravessou as

muralhas das masmorras. Ele lutou contra os

guardas mas infelizmente não saiu vencedor.

De seguida, os guardas aproximaram-

se para o matar e foi quando os seus amigos

comerciantes entraram nas masmorras e

ajudaram-no a derrotar os guardas .

Entretanto, o cão encontrou Vera e

fugiram para o navio, de volta a casa.

Aí chegados, o cão e a Vera são

recebidos em grande festa pelo pai e pela

mãe.

E viveram felizes para sempre.

Page 14: Contos Populares

Era uma vez um pastor, chamado Vitorino, que morava numa pequena aldeia. Ele era um

pastor humilde, diferentes de todos os outros, apesar de a sua família ser muito rica.

O Sonho do Pastor

Como o sonho da família era que ele fosse

um nobre importante e ele não o queria ser, foi

deserdado.

Então, Vitorino, para se sustentar dedicou-se

à pastorícia. O seu sonho era ir para o Brasil para

poder ter uma quinta grande, onde pudesse criar

muitos animais.

Para concretizar o seu sonho, ele construiu

um pequeno barco à vela e partiu em direcção ao

Brasil.

Passados três meses, num dia de

tempestade, o frágil barco de Vitorino naufragou.

Durante muitas horas lutou contra a força das

águas.

Quando este já se encontrava cansado,

avistou ao longe no horizonte, um navio. Para

tentar alcançá-lo, Vitorino, com as suas últimas

forças, nadou até ele.

O marinheiro do navio ao ver o pobre rapaz, pedindo ajuda, lançou uma corda onde este se poderia agarrar.

Vitorino agarrou a corda, o marinheiro puxou-a e este já dentro do navio, estendeu-se no chão exausto.

Depois de descansar levantou-se e perguntou:

- Ó meu generoso marinheiro, como poderei eu agradecer o seu nobre acto?

- Para me agradecer, ajudai-me na minha viagem, até ao Brasil.

O pastor aceitou a proposta do marinheiro, e ficaram longas horas a conversar e a comemorar.

Page 15: Contos Populares

Numa noite de luar, enquanto

vigiava o cofre, ouviu uns passos. Foi ver

o que era, e encontrou o cozinheiro do

navio a roubar as jóias.

No dia seguinte, foi contar ao

marinheiro e este cumpriu a sua promessa.

Vitorino, saiu do barco, foi

até à sua nova propriedade, mas quando lá

chegou deparou-se com um problema. À

entrada da propriedade, estava o

cozinheiro, com uma espada na mão à

espera de se vingar.

O cozinheiro ao ver o

Vitorino, saltou-lhe para cima e fez-lhe

um corte no braço.

Vitorino, desesperado e já cheio de

dores, gritou muito alto, na esperança de

que o marinheiro o ouvisse.

O marinheiro, por sorte, ouviu o

grito e foi socorrer Vitorino e salvou o seu

amigo. Este concretizou o seu sonho, ter

uma enorme quinta no Brasil.

Passado alguns meses,

Vitorino regressou a casa, para ir buscar a

sua amada esposa Catarina.

E assim viveram felizes para

sempre, no Brasil.

Page 16: Contos Populares

Era uma vez um pastor chamado Chico.

Esse pastor era gordo, cabelo castanho, olhos castanhos-escuros e a cara bem vermelha por

causa do sol e do frio que apanhava a guardar o seu rebanho.

O pastor

O pastor tinha

um casebre onde vivia com o

seu irmão chamado Isaías e

também com o seu rebanho de

ovelhas. O seu irmão era

baixo, gordo, olhos castanhos,

e gostava muito de passear

pelos campos de trigo.

Um dia enquanto

guardava o seu rebanho,

caiu num buraco de onde não

conseguiu sair.

O seu irmão mais

velho não sabia onde ele

estava, e decidiu procurá-lo no

campo onde ele guardava o

rebanho, porém não o

encontrou.

De noite um homem das cavernas encontrou-o e levou-o para a sua caverna e tratou dele.

De manhã, Chico saiu de casa bem cedo com o seu cavalo preto e branco.

Saíram a galopar pelo campo à procura do seu irmão Isaías. Correram campos e campos e não havia sinal dele.

Quando voltaram para casa, um cão de raça Pastor Belga, um cão era grande, de cor castanha clara e orelhas

bem levantadas, seguiu-o. O Chico gostou do animal e como viu que ele estava muito magro pensou que era

abandonado, o Chico ficou com ele, levando-o para casa. Quando chegou a casa, Chico alimentou o gado e

deu também de comer ao seu cão, enquanto ele comia Chico pensava:

Page 17: Contos Populares

Como te vou

chamar…já sei!

-Vou chamar-te Benny.

Chico jantou e foi para a

cama, porque no dia seguinte tinha de

ir procurar o seu irmão Isaías.

De manhã Chico

levanta-se e vai procurar o seu irmão

com a ajuda de Benny.

Durante o caminho, Chico encontra

dois ladrões e tentam assaltá-lo, mas

Benny morde um deles e o outro

foge.

Seguindo o caminho,

Chico encontra uma caverna onde viu

um barulho estranho.

Chico entra e vê o seu irmão fechado numa jaula, como o homem das cavernas não estava na

caverna Chico e Benny conseguiram soltar Isaías. Quando o homem das cavernas chegou Benny começou a

ladrar e eles tentaram fugir mas ele não deixou fechando os três numa jaula.

Durante a noite, enquanto o homem das cavernas dormia eles pensavam num plano mas não

pensaram muito, como Benny era magro conseguiu passar pelo meio das grades e foi buscar as chaves. Eles

conseguiram fugir e foram para casa.

Quando chegaram Isaías foi dormir e Chico foi abrir a loja das ovelhas para elas irem pastar e

deu de comer ao cavalo. Benny estava cansado e também se pôs a dormir.

Quando acordaram fizeram o jantar, uma feijoada, jantaram e foram tomar o café à tasca do Zé.

Regressaram a casa ao cantar de galo e tudo ficou feliz por lá!

Page 18: Contos Populares

Era uma vez um pobre

lavrador, chamado Joaquim,

que vivia ao pé de uma

montanha. Passava os seus

dias a trabalhar, e tudo

dependia da sua agricultura.

Certo dia de Verão,

brilhante e esplendoroso, o

lavrador ficou sem água na

sua pobre quinta. Então

decidiu ir à feira pedir ajuda:

-Alguém me pode

ajudar? Por favor!

De repente, aproxima-

se um mercador e pergunta ao

lavrador:

-Em que o posso

ajudar?

O lavrador começou a

contar-lhe a sua história, até

ao momento em que disse:

O lavrador Joaquim

-O que eu mais desejava era água para o meu poço, porque com este calor intenso as minhas hortaliças vão

morrer.

O mercador contou-lhe que ele deveria ir a um vidente que existia numa aldeia, muito longínqua.

O Joaquim, para partir para a sua perigosa e medonha aventura, necessitava de um meio de transporte seguro.

Foi então que decidiu que iria no seu querido burro, disfarçado de príncipe, porque o vidente não aceitava gente pobre,

principalmente da aldeia.

Page 19: Contos Populares

O lavrador seguiu o longo caminho, até que a meio encontrou uma rapariga que estava a chorar, sentada

numa pedra. Quando o Joaquim começou a falar com a rapariga reparou que aquela menina era diferente. Era

simples, humilde e bem-educada.O Joaquim, curioso,

perguntou-lhe:

-O que se passa, menina?

-Os meus pais expulsaram-

me de casa, porque eu namorava

um jovem pobre! Exclama a

rapariga.

Ele, preocupado com a

menina, convenceu-a a viajar com

ele. A rapariga ficou indecisa, mas

no final acabou por aceitar.

Antes de partirem, a

rapariga avisou o Joaquim que

havia poços muito profundos, a

alguns metros dali. Mas esses

poços não estavam à vista de

ninguém, por isso ninguém tinha

conhecimento deles.

O lavrador, quando chega ao final da sua viagem, observa uma gruta escura e medonha no meio de uma floresta

esverdeada. Ele com algum medo avança vagarosamente com a rapariga, até que chegaram à entrada da gruta.

Quando entram, observam uma luz forte e cintilante que está ao fundo daquela gruta escura.

Aí encontram-se com o vidente, que era gordo, alto e muito inteligente.

Começam a contar-lhe a sua história até que o lavrador lhe diz:

-O que eu venho fazer é pedir-lhe ajuda, porque eu fiquei sem água. E pensei que o senhor pudesse pedir aos

deuses para fazer chover. – Declarou o Joaquim, gaguejando.

O vidente, antes de rezar aos deuses, pergunta ao lavrador:

Page 20: Contos Populares

-O que me dá em troca? -

Interroga-o.

O Joaquim, ao fim de pensar,

responde:

-Ofereço - lhe um saco de

moedas de ouro.

O vidente, acreditando no

lavrador, começa a reza ao deus

dos céus para que chovesse muito.

O lavrador saiu da gruta, e foi até

ao seu burro, buscar umas moedas

falsas. Após algum tempo, o

Joaquim grita ao vidente:

-Venha cá fora, que já cá

tenho o seu presente.

O vidente, desconfiado, saiu

cá fora, e quando viu o saco das

moedas ficou consolado. Mas ele

era a perito a avaliar moedas e

notas. Quando abriu o saco observou que as moedas eram falsas. Rapidamente o vidente pegou no braço da

rapariga e fê-la refém.

O vidente diz ao lavrador que deseja um objecto valioso, se não mata a rapariga. Ao fim de uma

hora, Joaquim volta a chamar o vidente, mas quando ele saiu e viu o burro, ficou furioso. De repente, o

lavrador assobia e o burro dá um coice no vidente; o Joaquim entra na gruta e liberta a rapariga.

Os dois, montados no burro, põem-se a caminho de casa e quando estavam quase a chegar, começou

a chover, torrencialmente. Foi então que Joaquim reparou que as hortaliças estavam de novo viçosas.

Quanto à rapariga, ficou com o lavrador. Apaixonaram-se os dois e casaram. Para festejar fizeram

um grande banquete.

Page 21: Contos Populares

Era uma vez um cão que

era forte, gordo, agressivo, para quem

ele não gostava, mas podia ser de

certeza o melhor amigo do dono.

O cão vivia na rua, à

espera que alguém o ajudasse, mas

toda a gente tinha medo dele, porque

ele era muito grande.

Ele, para ser feliz

desejava uma coisa, que perdera, a

sua antiga família, que era a melhor

coisa do mundo, para além das

pessoas que o podiam aceitar na rua.

Mas nesse momento a antiga família

dele estava de férias em “Bué, Bué

Longe”.

O herói parte para aventura

todo XPTO com óculos, fios de ouro,

um boné de lado e uma t-shirt roxa.

O cão herói

Passou muitas dificuldades, como por exemplo, subir montanhas e encontrar lugar para dormir, o cão

encontra uma preguiça mágica no cimo de uma árvore, já meia adormecida, que o ajuda, dando-lhe um mapa para

“Bué, Bué Longe”.

Ele segue o mapa até que encontra Brutos, o rei dos Bulldogs, e para continuar, ia ter que lutar contra ele e

vencê-lo.

Foi uma luta violenta e sangrenta, mas o nosso amigo acabou por ganhar, ficando assim a ser o novo rei dos

Bulldogs. Nesse mesmo momento apareceram uns mini cães, que lhe queriam oferecer uma festa em nome dele,

para depois no final lhe darem a coroa. Mas o nosso herói não tinha tempo para festas, nem para cerimónias, ele

tinha uma missão, ir ter com a sua antiga família.

Page 22: Contos Populares

Depois de muito caminhar pelo grande e

obscuro bosque, o nosso herói chega por fim a

“Bué, Bué Longe”, onde há um palácio onde

estão os seus antigos donos, que nesse

momento estavam meios contentes e meios

tristes, porque tinham expulsado o seu melhor

amigo, que neste caso era o cão.

Lá dentro encontrava-se com o rei mau,

o dono de Brutos, que desejava a desforra.

Desta vez, o Brutos vinha acompanhado

por um amigo, mas, mesmo assim, o nosso

amigo conseguiu ganhar, ficando gravemente

ferido.

Nesse mesmo momento, aparece a sua

antiga família, que, assim que o viu, foram

logo ter com ele levando-o para casa para ficar

com ele e curarem-lhe as feridas.

Depois das feridas curadas e

completamente restabelecido, fez-se uma festa

em honra do cão, e também foram convidadas

umas cadelas bem giras e a preguiça mágica,

que o tinha ajudado com o mapa.

E quanto a Brutos e ao rei mau, esses

estavam na prisão, guardados por muitos

guardas, para que não fugissem.

Page 23: Contos Populares

Há alguns séculos atrás, em Blackmoor nasceu um rapaz muito corajoso chamado Maximuns Hélios.

A sua mãe morreu quando ele nasceu, e o seu pai quando ele fez um ano. A única herança que eles lhe

deixaram foi um tesouro, o tesouro de Blackmoor.

Passados alguns anos, a França, naquela época, inimiga de Inglaterra, saqueou todas as cidades

inglesas.

O protector de Blackmoor

Passados alguns

anos, a França, naquela

época, inimiga de

Inglaterra, saqueou todas as

cidades inglesas.

Um dos roubos

foi o bem mais precioso de

Blackmoor, o tesouro de

Maximuns Hélios.

Passados uns

dias, ele e mais cinco

homens partiram de

Inglaterra para Bordeaux,

em França, num barco de

pescadores. Enquanto

navegavam, Hélios avistou

uma rapariga que sofrera

um naufrágio. Resgataram-

na e ela disse que se

chamava Irina e era

princesa de França,

agradecendo a ajuda que lhe

tinham prestado.

Page 24: Contos Populares

De seguida, Irina

perguntou para onde eles iam e

Maximuns Hélios contou-lhe a

sua história e a dos seus

companheiros. A rapariga,

decidiu ajudá-los, pois sabia para

onde tinham ido os saques que

tinham conseguido na guerra

contra os ingleses. Eles

agradeceram-lhe e de repente

«Rhuumm», ouviu-se um rugido

que vinha do fundo do mar:

-Devem ser monstros

marinhos, - disse Maximuns

Hélios – no mar de Bretagne há

lendas de um monstro como a

Nessie, um ser marinho terrível!

Irina, aflita, disse aos

seus companheiros:

-Temos de atracar rapidamente no porto de Nantes!

Um outro rugido ouviu-se e uma mão gigante matou logo três homens de Maximuns Hélios.

Segundos depois foram desviados para ocidente e viajaram pelo Atlântico durante seis dias até avistarem terra:

-Senhor, senhor, terra à vista e no seu porto diz “Açores” – dizia um dos marinheiros.

Chegados à ilha, encontraram muitas dificuldades: não tinham alojamento e não falavam a língua dessa terra.

Aí Maximuns Hélios encontrou um velho amigo e ele contou-lhe a sua história.

O seu amigo disse-lhe que havia nessa ilha uma comunidade inglesa e que estariam dispostos a recuperar o seu tesouro.

Semanas depois, partiram novamente, e desta vez para Haute-Normandie, sem encontrarem perigo.

Chegados à terra desejada partiram para Paris e aí encontraram, com a ajuda de Irina, o tesouro de Blackmoor.

Os franceses travaram uma luta com eles; eram um milhar e os homens de Maximuns Hélios eram duas dezenas.

Page 25: Contos Populares

Os homens de

Hélios venceram, mas

de regresso ao barco

para iniciarem a viajem

para Inglaterra

encontraram Merlin,

um mágico muito

poderoso.

Este lançou

um feitiço, que era

nunca mais poderem

sair da França.

Anos depois,

certa noite, Hélios

entrou no palácio de

Paris, saqueou-o e

matou Merlin com uma

espada enfeitiçada. O

feitiço quebrou-se e

nessa mesma noite

partiram para

Inglaterra.

Aí chegados, passados três anos, Hélios levou Irina e casaram-se. Tiveram um filho, chamado Carlimuns

Hélios, que foi rei de França e todos juntos viveram felizes para sempre.

Page 26: Contos Populares

Era uma vez um rei e uma rainha que,

numa noite, dormiam no mesmo quarto que a

filha, na cama ao lado da sua.

Certo dia, uma bruxa entra no palácio,

pela calada da noite, raptando a princesa. A bruxa

de seu nome Felisberta, vivia numa ilha, logo teria

de colocar a menina num barco para atravessar o

mar, uma vez que não a podia transportar na sua

vassoura. Os golfinhos que de momento

passeavam por aquelas redondezas, viram o barco

e decidiram ir ver o que se encontrava nele, com

medo que fosse uma armadilha. Quando vêm uma

criança que aparentava ter meio ano, ali sozinha,

preocupados com ela, transportaram o barco até á

ilha, que não era a da bruxa, mas sim onde viviam

todos os outros animais. Como não sabiam que era

a princesa nem o seu nome, chamaram-na de

Oriana.

Oriana e o Príncipe

No dia seguinte os reis ficaram muito preocupados, porque não sabiam o paradeiro da Princesa Letícia. Os

reis puseram todos os soldados à procura dela, mas nenhum a encontrou.

Anos depois os golfinhos adoecem, e Oriana fica muito apreensiva com eles. A doença tinha cura, era o

xarope de uma planta muito rara que seria difícil encontrá-la, principalmente naquela altura do ano. Oriana de

momento tinha catorze anos, e construiu uma canoa com a ajuda dos outros animais que não estavam doentes, para ir

pelo mar fora ao encontro de uma terra onde encontrar a planta. Demoraram duas semanas a construi-la e de seguida

Oriana seguiu viagem, pelo mar fora, sozinha. Ao fim de muitas horas a ver o mar, encontra o barco real, onde se

encontrava o Príncipe Afonso juntamente com alguns soldados. Ele ao ver a menina ali sozinha decide ajudá-la,

dizendo-lhe para subir para o barco. A menina com muita vergonha lá aceita, e sobe com a ajuda do Príncipe. Depois

de alguma conversa, Oriana pede ajuda ao príncipe:

Page 27: Contos Populares

- Príncipe Afonso, por favor, ajude-me!

- Em quê? - perguntou Afonso.

- Eu cresci numa ilha, juntamente com os golfinhos e outros animais, só que o problema é que eles agora

adoeceram, e eles precisam que eu lhes faça um remédio de uma planta muito rara e que vai ser ainda mais difícil

encontrá-la nesta altura do ano.

-Ahhhh! Eu ajudo-te! Portanto tu queres ir á procura de uma planta e nem sequer sabes onde existe?

- Sim, mas eu acho que quem nos podia ajudar era o rei. Ele saberá onde encontrá-la.

O príncipe dirigindo-se para os soldados diz:

- Meus senhores, vamos ajudar esta menina. Para a cidade, imediatamente! Vamos ter com o meu pai que ele

diz-nos aonde se encontra esta planta.

Ao longo da viagem tiveram muita má sorte, porque passaram por grandes dificuldades, que os perseguiu até

ao palácio. O príncipe com medo que acontecesse alguma coisa de mal à menina, estava sempre a protegê-la.

Chegados ao porto da cidade, passaram para uma carruagem que esperava pelo príncipe.

Finalmente chegaram ao palácio, dirigem-se imediatamente ao rei e explicam-lhe a história dos golfinhos:

-Vossa Alteza, rei de Veneza, eu sou Oriana e é com muito gosto e com esperanças de que me possa ajudar,

que lhe vou contar tudo o que se passou. E assim fez.

Mas menina, o que é que eu posso fazer?

- Eu sei onde se encontram algumas plantas raras.

- E por acaso, sabe o nome dessa planta que precisa?

- Sim, sei.

- Sabe onde existe?

- Sei sim.

- O meu filho irá ajudá-la, você ficará no palácio enquanto o meu filho vai à procura da planta.

Afonso pôs-se a caminho, em busca da desejada planta. Enquanto isso, Oriana visitou a cidade, mas

preocupadíssima com os golfinhos.

Afonso, pelo caminho, é outra vez perseguido pela má sorte… até ao momento que encontra um mágico que

lhe diz:

- Bom dia, meu senhor, a passar por estas redondezas? Rodeado de má sorte, que não o deixa ir para onde

quer? Tenho uma solução para si!

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- Bom dia, também para si. Sei que é estranho estar a passar por estas bandas, mas estou a ajudar uma

menina. Sim, estou a ser perseguido pela má sorte, qual a sua solução?

- Basta tomar a poção que lhe vou dar, e acabará logo com a má sorte, e ainda chega mais depressa ao

destino. Tome, beba. Pode confiar.

- Está bem! Eu confio em si.

Quando o príncipe acaba de beber, olha tudo em sua volta e vê que o mágico já se tinha ido embora.

Preocupado e com medo de que poderia ser outra pessoa e a poção lhe poderia fazer mal, continua o caminho.

Repara, então, que a má sorte o largou de vez, e já fica a acreditar no mágico.

Chegado ao palácio, vai dar a planta à menina, que a esmaga bem, com uma pedra, em cima de uma tábua.

De seguida, envia um mensageiro com o medicamento para dar aos seus golfinhos

Os golfinhos já estavam bons, e Oriana estava muito contente, pois faltavam apenas dois dias para se casar

com príncipe Afonso. O vestido encaixava-lhe perfeitamente, o boquê também, até que ela repara que se ela se for

casar com o príncipe, ela irá ser a princesa. E ela apercebendo-se disso tudo, exigiu que fosse o melhor casamento

do mundo.

Chegado o dia do casamento, Oriana e Afonso foram os primeiros a levantarem-se e encontraram-se, pois

seria o último encontro enquanto solteiros. Chegou a hora…. Estava tudo pronto para o casamento e ouve-se a

música, Oriana entra pela igreja adentro com o rei. Chega ao altar ao pé do príncipe e beijam-se.

Acabou a missa vão todos para o jardim e começa a bela festa com muita alegria: dançam, comem e

divertem-se.

Passados uns meses, Oriana é coroada, outra grande festa.

E com tudo isto, eles vivem felizes para sempre. Foram viver para Bué Bué Longe, e foram os melhores dias

da vida deles. Tiveram muitos filhos…

E é assim que acaba a história… com muita alegria, paz e amor, mas, infelizmente, Oriana nunca conheceu

os pais, apenas sabia que eles tinham morrido.

Vitória, vitória e acabou-se a história, vivendo todo o mundo feliz, contente e cheio de paz.