contos do pequeno vampiro - turma 403 -gávea - 2012

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3 Contos do Pequeno Vampiro Turma 403/2012

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Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

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Page 1: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

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Contos do

Pequeno Vampiro

Turma 403/2012

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Caro leitor,

Estes contos são o resultado de um projeto de leitura de histórias da Coleção “O Pequeno Vampiro”. O mistério e a aventura presentes na coleção estimulam o desejo pela leitura.

Vários títulos circularam entre as turmas, e com o

troca-troca de livros os alunos puderam ter contato com todos eles, ampliando o fôlego de leitura.

Como produção textual do último bimestre, foi

proposto a cada aluno que criasse uma nova aventura do Pequeno Vampiro na qual ele também fosse um personagem.

A partir do retorno desse trabalho, uma segunda

versão do texto foi elaborada e compõe o livro de contos da turma.

Como tarefa final do projeto, apresentamos “Os

Contos do Pequeno Vampiro do 4º ano”.

Boa leitura,

Professoras do 4º ano/2012

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TURMA 403TURMA 403TURMA 403TURMA 403

Amadis Terra Loyer – O Parque de Diversões

Antonio Fernandes Alvarenga – O Acampamento

Bruno Amado Falcão – Minha Amizade com um Vampiro

Camila bosísio de aguiar – Uma Grande Aventura

Carolina Doria Gondinho – Uma Visita Inesperada

Carolina Pierotti Erlanger – Uma Noite no Caixão de Ana

Edgar William Allan – Um Inverno Inesquecível

Fabrício Kayat Hess – Aventuras Vampirescas

Helena Markun Martinez Mello – Pequena Menina

Isabel Passos Rodrigues Carreira – O Pequeno Vampiro e o Caçador

João Cottas Teixeira – O Pequeno Vampiro e Eu

João Guilherme Saraiva P. C. de Souza – Uma Aventura no Cemitério

Julia Mizutani Fernandez – Aventuras com o Pequeno Vampiro

Letícia Brazao Frontin de Luca – O Pequeno Vampiro em Londres

Luna Bretas C. M. Vieira – Uma Noite com os Vampiros

Marcos Rissin Fernandes – A Perseguição do Pequeno Vampiro

Maria Antonia Moura Bezerra de Miranda – O Grande Encontro

Maria Rio Branco De Biase – Eu, a Pequena Vampira

Mateus Brena Passos – Eu e os Vampiros

Nina Neves Rodrigues – Em Nova York com os Vampiros

Pedro Brena Sertâ – O Pequeno Vampiro

Pedro Jimenez Frejat – A Corrida

Pedro Luiz Barbosa V. Costa – Minha Aventura Com o Pequeno Vampiro

Rafael Gaspar Guedes – A Perseguição Veloz

Rosa Svartman Lourenço – Diamante

Tom da Silveira Mehedff – O Pequeno Vampiro em Londres

Victoria Stamato Monaco Machado – Aventuras na Cripta

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Numa bela noite, eu estava no parque de diversões com meu

amigo Rüdiger. Ele é um vampiro de dentes afiados, pele pálida e usa

uma capa toda rasgada. Apesar de ser um vampiro, Rüdiger é muito

amigável e companheiro. Ele tem uma irmã chamada Ana que é

engraçada e animada. Nós fomos ao parque de diversões à noite

porque Rüdiger e Ana não podem sair de dia. Lá tinha uma montanha

russa, uma roda gigante, um trem fantasma e muitos outros

brinquedos. Eu e Ana fomos pegar bebidas enquanto nosso amigo

ficou perto da roda gigante. De repente, ouvimos um enorme barulho.

Era a roda gigante que caiu e logo ficamos preocupados com Rüdiger.

Quando chegamos, ele estava tremendo e eu indaguei:

- Está tudo bem?!

Rüdiger respondeu:

- Não, nossa! Eu tomei um susto! Mas não se preocupe Amadis,

está tudo bem.

Então nós fomos ver se alguma criança estava ferida, mas ficamos

aliviados em ver que ninguém havia se machucado. Neste momento,

ouvimos uma voz atrás do brinquedo:

- Droga! Meu plano não deu certo.

- Quem está aí? – perguntei.

O Parque de Diversões

Amadis Terra Loyer

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- Eu, o senhor X, o homem que odeia crianças.

- Por que você odeia crianças? – questionei.

- Porque todas as crianças são umas pestinhas e bagunceiras. –

ele respondeu.

- Foi você que sabotou a roda gigante? – perguntei.

- Sim, foi.

Então Rüdiger deu um empurrão nele e disse:

- Nunca mais volte aqui!

O senhor X ficou com tanto medo do meu amigo, que começou a

correr desesperadamente. Por sorte, a polícia estava no local e eu

gritei:

- Peguem esse homem! Ele é o senhor X que sabotou a roda

gigante.

Os policiais conseguiram prender o vilão.

Page 6: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

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Depois disso, a roda gigante foi interditada, mas os outros

brinquedos continuaram funcionando, o que nos deixou muito felizes.

Depois de um tempo, a roda gigante foi restaurada e tudo voltou ao

normal.

No final da noite, Rüdiger me deu um presente surpresa. Era uma

capa voadora. Eu agradeci muito, vesti a capa e fui voando para casa.

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Um dia os meus pais, meu irmão e eu fomos acampar em uma

floresta que ficava próxima ao nosso sítio. Essa floresta era muito

grande, tinha muitas montanhas, morros, árvores de vários tamanhos e

muito verde. Fomos acampar nessa floresta porque lá tem uma trilha

interessante e nós queríamos fazer uma caminhada nessa trilha à

noite. Quando chegamos à floresta, encontramos outra barraca de

acampamento, onde havia quatro pessoas: o meu amigo Jorge com

seus pais, e o amigo dele, Pedro. Eu perguntei:

- O que vocês estão fazendo aqui?

O pai do Jorge respondeu:

- Viemos fazer a trilha.

- Nós também viemos fazer essa trilha, à noite. Vocês já fizeram

alguma vez? – perguntei.

- Não, nunca fizemos. – respondeu Jorge.

Então eu os convidei para fazermos a trilha todos juntos. Eles

aceitaram e ao anoitecer fomos todos começar a caminhada. Ficamos

com um pouco de medo porque a trilha era muito escura e a gente

tinha poucos lampiões e lanternas. Mas depois nos acostumamos.

Quando estávamos no meio da trilha, ouvimos um barulho que parecia

os passos de uma pessoa e ficamos com medo, mas continuamos

caminhando.

O acampamento Antonio fernandes Alvarenga

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Um pouco depois, vimos uma sombra estranha e voltamos

andando para trás. E de repente, a sombra desapareceu e logo

apareceu na nossa frente uma figura pálida com dentes afiados, cabelo

ruivo, orelhas pontudas. Parecia um vampiro!

Ficamos todos com muito medo e começamos a gritar e correr

desesperadamente. Um tempo depois, vimos que a figura estranha

estava nos seguindo, voando pelas árvores e, na correria, acabamos

nos perdendo na floresta. De repente, a figura estranha desceu das

árvores e começou a se aproximas de nós. Ela disse:

- Oi! Eu sou o Rüdiger – E quem são vocês?

- Nós somos amigos que estamos acampando nessa floresta e

fazendo essa trilha. Você nos assustou e por isso, acabamos saindo da

trilha. Agora, estamos perdidos. Por acaso você é um vampiro? –

perguntei.

- Sim, mas fiquem tranquilos, pois eu já jantei. – e continuou -

Vocês querem ajuda para sair daqui?

Todos responderam que sim.

Rüdiger falou:

- Eu posso sobrevoar a floresta e procurar o acampamento de

vocês.

- Podemos confiar em você?- indaguei.

- Claro que sim! – ele respondeu.

Então Rüdiger começou a voar até encontrar a saída da trilha e o

local do acampamento. Ele morava na floresta e já conhecia todo o

lugar. Depois de voar e encontrar o caminho, ele voltou e disse:

- Sigam-me!

Nós seguimos o Rüdiger até chegar ao acampamento e durante a

volta, ele foi conversando com a gente e contando a sua história.

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Nós deixamos de sentir medo do vampiro e ficamos amigos dele,

pois vimos que ele era muito legal. Ele contou que viveu muito tempo

com os animais da floresta, pois ele também havia se perdido dos pais

quando fez a trilha, há muito tempo atrás.

Quando chegamos ao acampamento, resolvemos convidar o

Rüdiger para passar aquela noite conosco. Ele aceitou e ficamos todos

muito felizes. Nós resolvemos fazer uma fogueira para nos aquecermos

do frio e ficamos em volta contando histórias. O Pedro, amigo do Jorge,

era um garoto muito alegre e divertido e ficou contando muitas piadas e

todos riram muito, inclusive o Rüdiger.

No dia seguinte, quando acordamos, nos despedimos do Pedro,

do Jorge, de sua família e também do Rüdiger. Voltamos para casa e o

Rüdiger continuou morando na floresta e ficou muito feliz por ter feito

novos amigos. Nós também ficamos felizes de ter conhecido o vampiro

e combinamos de no feriado do próximo ano, voltarmos pra lá e

acampar novamente com o nosso novo amigo Rüdiger.

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Era uma noite de sábado. Meus pais tinham saído e eu fiquei

sozinho em casa com a minha irmã. Ela estava no quarto, em seu

computador e eu na sala vendo TV. Estava muito tarde e eu percebi

que a janela estava aberta. Eu achei estranho, pois tinha certeza de

que havia fechado. De qualquer maneira, fui fechá-la novamente, e

quando eu me virei, tinha um vampiro na minha frente. Como podia ser

possível um vampiro em 2012, no Rio de Janeiro? Tudo que eu sei

deles é que vivem na Europa, e só saem à noite. Foi aí que ele falou:

- Olá, meu nome é Rüdiger.

- Olá, meu nome é Bruno-no. - gaguejei.

- Não precisa ter medo, não vou te morder.

- Ah, tá – falei mais aliviado.

Depois ele me contou uma história incrível. Ele tinha um amigo

chamado Anton, e eles passaram por várias aventuras, mas Anton

envelheceu e parou de se encontrar com Rüdiger. A família dele se

mudou da Europa, porque o guarda do cemitério estava velho e

ninguém queria ser o novo guarda. Então tiveram que fechar o

cemitério, e o único lugar sem uma família de vampiros era aqui, no

Rio.

Minha amizade com um vampiro

Bruno Amado Falcão

Page 11: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

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Eu achei o Rüdiger muito legal, por isso, o convidei para ir ao jogo

do Fluminense contra o Flamengo comigo, no dia seguinte, e ele

aceitou.

O jogo estava marcado para as 19:30 horas e ele chegou à minha

casa, meia hora antes.

No caminho para o estádio, minha mãe ficou fazendo várias

perguntas ao Rüdiger, e ele respondia um pouco confuso. Por sorte,

minha mãe não percebeu que ele era um vampiro.

Quando chegamos, o jogo ainda não tinha começado e minha mãe

ficava oferecendo comida a ele, mas é claro que ele não aceitou.

O jogo começou e o Fluminense abriu o placar: 1 a 0 com gol de

Fred. E o jogo terminou 8 a 0 para o Fluminense. Foi uma grande

partida, nós nos divertimos muito, até que Rüdiger falou:

- Agora eu sou Fluminense.

Depois do jogo, o vampiro foi para a sua casa e eu para a minha.

No dia seguinte, minha irmã estava na casa de uma amiga, e eu

fiquei ansioso para que Rüdiger viesse à minha casa, tanto que deixei

a janela do meu quarto aberta. Quando Rüdiger chegou, ele tinha outra

capa e me disse:

- Vista isso.

- Por quê? - eu perguntei.

- Para você poder voar, ué? – ele respondeu.

Achei um pouco estranho isso, mas ele me ensinou a usar a capa.

Depois de um tempo voando, chegamos aonde queríamos, no

cemitério, na cripta onde ele morava.

Page 12: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

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Meu amigo me disse que todos de sua família tinham saído, então

entramos na cripta e eu vi um vampiro, mas Rüdiger disse que era a

irmã dele e não faria mal a mim.

Rüdiger me mostrou uns livros e me deu um deles. Ouvi um

barulho vindo da entrada da cripta, era um vampiro. Então eu me

escondi no caixão de Rüdiger. Um tempo depois, ele me tirou de lá e

voltamos à minha casa. Chegando lá, peguei um livro e falei:

- Esse livro é pra você sempre se lembrar de seu amigo Bruno.

Rüdiger ficou emocionado, me agradeceu e saiu voando pela

noite.

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Em um belo dia, eu estava fazendo o dever, o que é normal para

uma menina de 10 anos. Quando de repente ouvi um barulho. Naquela

hora percebi que uma coisa muito estranha estava na minha janela,

fiquei com muito medo, mas estufei o peito, tomei coragem, e abri a

janela. Lá, sentado no peitoril, tinha um vampiro!

- Qual é o seu nome?- perguntei.

- Rüdiger. E o seu?

- Camila. - respondi aflita.

- Você é um vam- vampiro? – gaguejei.

- Sou, mas relaxa, não vou te morder. Anton, um amigo meu, falou

que você é muito solitária. – ele disse.

- Sou um pouco. – concordei.

- Quer voar comigo? – ele indagou.

- Como assim?

- Você vai ver. – Rüdiger afirmou.

Então Rüdiger me pegou pelo braço e saímos voando. Nessa

hora, vimos outro vampiro, mas aquele vampiro não era como Rüdiger.

Esse estava sugando o sangue de um garoto da minha idade.

- Camila, se esconda. - disse Rüdiger pousando. - O nome desse

vampiro é Lione, o vampiro mais malvado que você possa imaginar.

Venha, vamos segui-lo.

Uma grande aventura Camila bosisio de aguiar

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- Tá. – eu disse.

- Olhe, ele está falando com outro vampiro. - falou Rüdiger.

- Vai ser hoje à noite, o nosso próximo alvo se chama Camila. -

disse Lione, para seu comparsa.

- Sou eu! – gritei desesperada.

- Eu vou te proteger. – disse Rüdiger - Vamos fazer um plano.

Então eu e Rüdiger fomos para uma floresta, onde ninguém

poderia nos ver.

- Já sei. - disse Rüdiger. - A coisa que um vampiro mais teme é o

sol, então só temos que jogar luz nele. Quando Lione vier te atacar, ele

vai entrar pela porta, e quando ele entrar, é só você colocar o abajur na

frente dele.

Mas Rüdiger se lembrou de um detalhe importante.

- Só tem um problema, os vampiros tem uma coisa chamada

vampirostes, isso permite que eles possam ficar no sol, e é o que eu

estou usando agora. Nós vamos ter que ir até a gruta de Lione para

roubar a sua vampiroste.

-Tá. - concordei.

Então fomos até a gruta de Lione. Lá estava cheio de sangue no

chão e baratas pela parede.

- Eca! – reclamei.

- Venha, achei a vampiroste dele. – argumentou Rüdiger.

- Vamos embora. – falei.

Então saímos correndo e fomos para a minha casa. Deixei o

abajur em frente à porta, enquanto Rüdiger escondia a vampiroste.

Meus pais não estavam.

- Está tudo pronto. – falou Rüdiger - Agora é só esperar.

- Estou com medo. – eu disse.

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- Eu também. – ele comentou. - Mas vai dar tudo certo. Já liguei

para a polícia dos vampiros. Caso aconteça alguma coisa, gostaria que

você soubesse que eu te acho uma menina muito legal.

- Eu também! – falei

Neste momento, ouvimos um barulho terrível.

- Que barulho é esse?- perguntei.

- Ele chegou. – Rüdiger respondeu. - Silêncio!

Lione abriu a porta, e nesse instante, eu liguei o abajur e o

coloquei no rosto de Lione, que caiu desmaiado na frente de Rüdiger.

Os policiais estavam lá e levaram Lione para a cadeia, mas antes de

fazerem isso, disseram a mim e a Rüdiger:

- Nunca mais vocês poderão se ver, a menos que ela vire uma

vampira.

Aí pedi a Rüdiger:

- Me morda.

Rüdiger me mordeu e virei uma vampira.

- Estou me sentido esquisita. - eu disse.

- Venha conhecer minha família. – ele falou.

- Que estranho. - reclamei.

- Você se a costuma. – ele alegou.

- Virei vampira?- questionei.

- Sim!

Nesse momento, comecei a chorar.

- Por que você fez isso? - questionei arrependida.

- Porque você pediu! - ele falou.

- Mas eu não tinha certeza do que eu estava fazendo. - reclamei.

- Desculpe. - disse Rüdiger.

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Depois que Ana, a irmã de Rüdiger, me consolou, fomos almoçar.

E foi nessa hora que percebi que eu estava segura, pois ali, junto de

minha nova família, eu tinha amor e amigos, coisas que eu nunca tive

antes.

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Um dia, eu estava sentada na minha cama vendo filmes no

computador, quando bateram na porta. Abri e nada, então voltei para o

computador.

- Tum – bateram novamente - Tum.

- Quem é? - perguntei, apesar de achar que era o Pequeno

Vampiro, porém ele só vinha durante a semana e era sábado.

- Sou eu. - disse uma voz rouca vinda da janela - o Pequeno

Vampiro!

Então fui até a janela e a abri. Ele entrou no quarto, me

cumprimentou e me convidou para ir ao aniversário dele de 1527 anos.

Antes de aceitar o convite, perguntei:

- Quem vai estar lá?

- A tia Dorotéia, Olga, Lumpi, Ana, você e eu. - respondeu ele.

Depois ele me explicou tudo sobre esta festa e me disse que seria

no dia seguinte, à noite, das 22:30 horas até as 02:30 horas da

manhã.

Na manhã seguinte, tomei café e fui para o quarto ler o livro “O

Trono de Fogo” até cerca de 10 horas.

Uma visita inesperada Carolina Doria Gondinho

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- O Trono de Fogo? - escutei minha irmã dizer – eu já li este livro e

achei legal...

Depois de dizer isso, ela saiu do quarto. Eu continuei a ler e

pensar na visita inesperada do Pequeno Vampiro, até que sons

esquisitos me fizeram parar de ler. Saí do quarto e fui seguindo o

barulho.

- O que você está fazendo, Carol? - perguntou minha mãe.

- Que barulho é esse? Você ouviu esse barulho, mãe? Que horas

são agora? – perguntei a ela.

- Sim, esse barulho é da casa ao lado e são 12:46 horas da tarde,

e também é hora de se vestir para sairmos.

Então voltei para o quarto e me vesti. Saímos de casa e fomos

comer.

Na volta do almoço, fiquei o resto do dia no meu quarto. Depois de

um tempo perguntei:

- Que horas são?

- Agora são 20 horas e 30 minutos - respondeu meu pai - hora de

dormir.

Peguei a maquiagem e separei junto com a roupa de vampiro que

havia ganhado no natal do ano passado.

Meus pais vieram me dar boa noite e saíram. Eu fiquei acordada,

até que Rüdiger, o Pequeno Vampiro, bateu na janela. Abri e Rüdiger e

sua irmã, Ana, entraram no quarto. Ana e eu fomos nos maquiar e

vestir a roupa.

Quando saí, Rüdiger disse que amou a minha roupa e que

ninguém iria reparar que eu não era uma vampira. Então, fomos para a

festa de aniversário na cripta.

Page 19: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

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Chegando lá, vi que a tia Dorotéia estava explicando que não iria

poder ficar para a festa, então fiquei mais tranquila.

Lumpi e Rüdiger pegaram de dentro de um caixão um jogo de

tabuleiro.

- Eu tenho este jogo! - falei.

Olga comentou:

- Que legal!

E começamos a jogar. Ficamos jogando por mais ou menos uma

hora, brincamos de pique vampiro e depois de pula baú. De repente, a

tia Dorotéia apareceu e falou para o Rüdiger:

- Já resolvi o meu problema e posso voltar para a festa.

Como não podia contrariá-la, o vampiro concordou com a cabeça.

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Voltamos a jogar pula baú. Rüdiger e Lumpi estavam brigando,

quando Lumpi socou o baú e eu, que estava em cima, caí dentro do

balde de água. Nesse instante a maquiagem borrou e a tia Dorotéia me

descobriu. Todos tentaram distraí-la, mas não conseguiram, ela era

muito rápida. Porém a Ana pegou uma garrafa de sangue que estava

em cima da mesa e deu para a sua tia.

Nesse momento, eu saí correndo, peguei a capa de vampiro e

levantei voo.

- Muito obrigada por tudo, esta foi a melhor festa de aniversário de

vampiro que eu já fui! – gritei do alto do céu.

Voltei para casa e caí na cama. Antes de pegar no sono, fiquei

lembrando da festa inesquecível do meu amigo Rüdiger.

Page 21: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

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Foi surpreendente o que me aconteceu nas férias de 1954. Eu me

interesso muito por vampiros, por isso resolvi viajar para a Transilvânia,

a terra dos vampiros. E lá, aconteceram coisas tão esquisitas que nem

mesmo eu acreditava.

Numa bela noite, eu estava me preparando para dormir. Fui até o

quarto da minha mãe.

- Boa noite, mãe! – falei.

- Boa noite filha, sonhe com os anjinhos e não com vampirinhos. -

minha mãe respondeu.

Fui para o meu quarto para assistir a um seriado na tv sobre

vampiros, que era muito sangrento, do jeito que eu gosto. De repente,

ouvi uma batida na janela: “toc, toc”. Eu pensei: “que barulho estranho

é esse vindo da janela?”. Mas como estava começando a chover, achei

que devia ser a chuva mesmo.

Porém o barulho continuou e ouvi uma voz gritando:

- Sou eu, abra a janela antes que eu me molhe toda e não consiga

mais voar. Assim, terei que esperar a minha capa secar para poder

voar novamente.

- Ana, é você?- perguntei.

- Sou eu mesma, agora abra a janela. - respondeu Ana.

Uma noite no caixão de Uma noite no caixão de Uma noite no caixão de Uma noite no caixão de AnaAnaAnaAna Carolina Pierotti Erlanger

Page 22: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

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- Ok, ok, já estou indo. – falei.

Ana é a minha melhor amiga, apesar de ser uma vampira, cheirar

a mofo e se alimentar de sangue.

- Você está com o Rüdiger aí? – indaguei.

- Sim, estou Carol. Por quê?

- Porque meus pais estão aqui e podem vê-lo. - falei.

- Então nós vamos para o cemitério e nos encontraremos lá. –

disse Ana.

- Ok, então vou inventar uma desculpa para os meus pais.

Só que eu não imaginava que os outros vampiros estariam lá.

- Mãe, posso estudar na casa da Antônia?- perguntei.

- Ela convidou você?

- Sim, ela me convidou. – respondi.

- Ok, então pode ir.

Então lá fui eu para o cemitério para conversar com Ana e

Rüdiger. Chegando lá, encontrei os dois e falei:

- Oi gente, está tudo bem?

- Não, Carol, os outros vampiros estão aqui também. E eles não

podem ver você aqui conosco, senão irão te morder.

- O que? – gritei.

- Desculpe Carol, não pude te avisar porque o Rüdiger não queria

voar tudo de novo e você sabe como ele é, né?

Então corri para a cripta e meus amigos me esconderam dentro do

caixão de Ana. Fiquei lá a noite toda e antes do sol nascer, saí do

caixão e dei o lugar para Ana.

Page 23: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

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Rüdiger me emprestou a capa do tio Teodoro e saí voando para

minha casa. Quando cheguei, tirei os travesseiros cobertos pelo

edredom que estavam sobre a cama, para minha mãe pensar que eu

estava dormindo. Deitei delicadamente na cama e dormi um sono

profundo.

Page 24: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

26

.

Um dia, o meu avô Hélio, no alto de seus 94 anos, me convidou

para ir à Transilvânia, num país chamado Romênia. Eu aceitei, pois

queria há muito tempo visitar o país do Conde Vlad, do século XIV.

No aeroporto, pegamos um avião e, depois, já na Europa,

pegamos um trem e chegamos à Romênia. Este país é muito bonito,

cercado por montanhas e por grama bem verde. Só tem uma coisa que

eu não gostei muito. Os hotéis da Transilvânia estavam lotados e meu

avô teve uma ideia:

- Vamos dormir no castelo do Conde Vlad!

- Ah, não acho uma boa ideia, pode ser perigoso. – falei - além do

mais ninguém se hospeda neste hotel, pois dizem ser assombrado.

- Mas é melhor do que dormir na rua, ainda mais nesse frio. – meu

avô alegou.

Então lá fomos nós para o castelo do temível conde Vlad. Quando

chegamos, tocamos a campainha e um mordomo muito estranho abriu

a porta. Ele perguntou:

- Quem são vocês? O que fazem aqui?

- Nós viemos nos hospedar aqui, pois não há mais vagas nos

outros hotéis da cidade. - respondi.

– Tudo bem, mas tome cuidado garoto, o Conde Vlad ainda não

está morto. – falou o mordomo.

Um inverno inesquecível Edgar William Allan

Page 25: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

27

Antes que eu pudesse responder, o homem desapareceu.

Então, nós entramos no castelo e fomos para os nossos quartos e

quando eu vi no meu relógio, já era meia noite, então eu fui dormir.

Meu avô me deu um beijo e foi para o seu quarto dormir.

Quando eu estava dormindo tranquilamente, ouvi umas palavras

assim:

– Ei garoto, você está me ouvindo?

Então eu acordei e fui seguindo o som que levava até o banheiro,

e quando eu vi, era um vampiro. Eu gritei bem alto para o meu avô

Hélio me escutar.

Rapidamente ele veio me socorrer.

– O que está acontecendo aqui? - indagou meu avô.

– Tem um vampiro no meu quarto! – respondi aflito.

Page 26: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

28

Meu avô estava chegando perto do vampiro para dar uns

cascudos quando ele falou:

- Meu nome é Rüdiger e sou sobrinho do Conde Vlad. Tenho 450

anos, mas fui mordido quando era criança. Vim para cá passar as

férias na cidade da minha família.

O vampiro era baixo, tinha a pele muito branca, os dentes afiados

e um cheiro de mofo insuportável. Mas pareceu simpático.

- Eu sou o Edgar, tenho dez anos e moro no Rio de Janeiro. Este é

meu avô Helio. – eu disse.

- Muito prazer. Vocês gostariam de conhecer o castelo do meu

tio?- perguntou Rüdiger.

- Claro, vamos conhecer. – respondi.

Então Rüdiger nos levou para dar um passeio pelas salas e

quartos do castelo. Tinha um quarto enorme com um caixão de ouro.

- Este é o quarto do meu tio. Ele está dormindo agora, pois está de

manhã, então nós teremos o dia todo para aproveitar. Quando

anoitecer, vocês terão que ir embora, senão meu tio vai morder vocês.

- Tudo bem. – falou meu avô.

Depois Rüdiger nos levou à cozinha do castelo e mostrou várias

garrafas de suco de sangue. Ele tomou um gole de suco e fomos para

outra sala.

Nesta sala havia várias lápides da família do Conde Vlad, com

corações desenhados. Rüdiger me explicou que eram lápides da

mulher e dos filhos do conde que foram mortos com uma estaca de

madeira no coração.

Quando estava quase anoitecendo, Rüdiger disse:

- Agora vocês precisam ir embora, pois meu tio já vai acordar e se

pegar você aqui, ele vai chupar todo o seu sangue.

Page 27: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

29

Então arrumamos nossa mala e disse:

- Rüdiger, obrigado por você ter mostrado o castelo do conde Vlad.

Nós adoramos conhecer você.

- De nada, voltem sempre. – disse Rüdiger.

Depois disso, eu e meu avô voltamos para o Brasil e recebemos

uma carta de Rüdiger informando que havia convencido seu tio Vlad a

transformar seu castelo num hotel mais legal, que passou a se chamar

“Hotel Transilvânia”. E no final, todos viveram felizes para sempre.

Page 28: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

30

Um dia, eu e minha família viajamos para a Transilvânia porque o

meu bisavô, que era muito rico, tinha morrido e havia deixado sua

herança para nós.

Quando chegamos lá, no dia 13 de dezembro de 2012, fomos para

a mansão do meu bisavô, o Conde Romolo. Ele era chamado por seus

amigos de Ray.

Na mesma hora em que meu pai ia tocar a campainha, a porta se

abriu misteriosamente. Entramos na casa e percebemos que cheirava

a mofo, os móveis eram desgastados, as cortinas arranhadas e teto

com pinturas como o de uma igreja.

- Uau, uma reformazinha não faria mal nenhum! - eu exclamei.

- É, e olha que ele era bem riquinho. - disse meu irmão Eric.

- É verdade, ele tinha muito dinheiro! - concordei.

- Que agora é nosso! - ele exclamou com um tom animado.

- Interesseiro. – eu disse.

- Psst, calado. - ele reclamou.

- Então vamos entrar?- meu pai perguntou.

- Vamos! - exclamou minha mãe.

Quando nós entramos na casa, a porta se fechou rapidamente.

Aventuras vampirescas Fabrício Kayat Hess

Page 29: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

31

Nós olhamos para trás e não havia ninguém, mas quando olhamos

para frente havia uma mulher com roupa preta, alta, com cerca de um

metro e 70 centímetros de altura. Ela disse:

- Olá, bem- vindos à mansão Rolonco. - disse a moça com um

sotaque estranho.

- Ah, olá, você deve ser a senhorita... - disse minha mãe

- Sou a senhorita Melana. Eu era a empregada, cozinheira e

secretária do senhor Romolo.

- Ah, ok. Então, você vai ficar aqui mesmo ou você só estava nos

esperando para depois ir embora? - indagou minha mãe.

- Não, agora eu devo servir vocês. - falou Melana.

- Ok, obrigado, mas acho que vou descansar, a viagem foi muito

longa. - falou meu pai.

- Está bem, mas tenho que falar uma coisa: não saiam à noite,

tranquem as porta e as janelas, fechem as cortinas e se quiserem usar

algum aparelho eletrônico, coloquem o brilho baixo! - a senhora

exclamou.

- Está bem. - eu disse.

Então a senhora Melana nos deu as chaves e fomos dormir.

No meio da noite, meu irmão saiu do seu quarto, foi para o meu e

disse:

- Eu ouvi um barulho muito estranho!

- Ahh, deve ser o vento, agora me deixe dormir. - eu falei com tom

sonolento.

- Não, é sério, eu ouvi uma coisa estranha! - ele exclamou com

mais dureza.

- Se eu for lá ver o que é, você me deixa dormir? - eu perguntei.

Page 30: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

32

- Ah, tá, mas se tiver alguma coisa, você me ajuda a tirar! - ele

falou decidido.

- Ok. – eu concordei.

Então eu desci as escadas com meu irmão, e quando chegamos à

sala, vimos aquela figura feia, mas simpática que chupava o sangue de

um esquilo ou guaxinim. Não dava para ver direito porque o vampiro

estava bem agachadinho e chupando o sangue com muito prazer!

Então eu gritei:

- Aaaahhhhhhh!

- Eu disse que tinha algo paranormal ou assustador aqui. Eu

avisei! - Eric exclamou.

Depois disso, eu saí correndo e ele foi atrás de mim. Quando nós

chegamos ao meu quarto, trancamos a porta, mas a janela estava

aberta. Neste momento, o vampiro entrou e disse:

- Não se preocupem, eu já jantei hoje. Mas eu queria saber o que

dois garotos estão fazendo na mansão do Sr. Romolo.

Eu estava gago de medo, mas meu irmão conseguiu falar:

- É que o Sr. Romolo morreu e nós somos as únicas pessoas para

ficar com a herança dele.

Neste mesmo instante, o vampiro olhou para frente e viu um

esquilo atrás de meu irmão e como o vampiro não ia chupar o nosso

sangue, ele voou por cima do meu irmão. Porém, o Eric se assustou e

fez um movimento que confundiu o vampiro. E por engano, o vampiro

acabou mordendo meu irmão.

Eu gritei:

- Nããããooooo! Olha o que você fez com meu irmão!

- Desculpa, mil desculpas. - disse ele arrependido.

-Tudo bem, mas você vai ter que consertar o que fez! - eu falei

meio triste.

Page 31: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

33

- Está bem, está bem, vou fazer o máximo possível! - ele exclamou

arrependido.

- Qual é o seu nome? – perguntei.

- Rüdiger, meu nome é Rüdiger. – e continuou – Vou embora

agora e voltarei amanhã.

No dia seguinte, quando amanheceu, eu perguntei a Melana se ela

sabia algo sobre vampiros e ela disse:

- Sim, muito, por quê?

- Promete que não conta a meu pai nem a minha mãe?-

questionei.

- Prometo.

- Meu irmão virou vampiro e agora quero que ele volte ao normal.

– falei.

- Bom, o único jeito de um vampiro virar humano é bebendo

sangue de outro vampiro.

- É, sem ofensas, mas este país é bem estranho. Por acaso, vende

sangue de vampiro no mercado?- eu indaguei.

- Sim, claro que sim. - falou ela bem baixinho.

- Então o que estamos esperando? Vamos às compras! - eu gritei.

Neste momento, a Sra. Melana pegou a sacola e nós fomos ao

mercado. Ao chegar lá, compramos o sangue de vampiro e voltamos

para casa. Quando chegamos, meu irmão estava chupando sangue de

bichos mortos, e quando nos viu, ele parou e perguntou:

- Já estão com o sangue de vampiro?

- Já, agora beba! – mandei.

Quando bebeu o sangue de vampiro, ele votou ao normal.

De noite eu estava lendo um livro, quando o pequeno vampiro

entrou pela janela e disse:

Page 32: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

34

- Eu vim dar esta capa de vampiro para você e para seu irmão,

para me redimir.

- Muito obrigado, amanhã eu dou a capa para ele. Ah, e vê se volta

amanhã para mais uma aventura. - eu disse

- Ok, adeus! - ele exclamou.

E o pequeno vampiro saiu voando pela noite adentro.

Page 33: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

35

Uma noite, eu estava em casa e resolvi ligar para os meus pais,

que estavam no trabalho, mas o telefone não funcionou. De repente,

ouvi uma risada vinda da janela. Fui até lá e vi um olho vermelho, que

foi chegando mais perto e uma cara horripilante se formou. Era um

vampiro! Corri pra trás. E então ele disse:

- Oi, não precisa ter medo, e eu não vou te fazer mal.

- Vo-vo-vo-cê é u-u-um vampiro? – gaguejei.

- Sim! - ele respondeu.

- Você não vai fazer nada, né?

- Não, mas se você quiser, eu posso...

- Nãaaao!!! - gritei.

- Qual o seu nome? - perguntou o vampiro.

- Helena.- sussurrei - E qual é o seu?

- Rüdiger.

- Você me parece legal. - falei.

- Você também.

- Quer ser meu amigo? – perguntei.

- Sim. – ele respondeu.

E foi assim que nós viramos amigos. Um belo dia, eu estava na

escola e o pequeno vampiro foi até lá para me encontrar.

Pequena menina Helena Markun Martinez Mello

Page 34: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

36

O Rüdiger é um vampiro diferente dos outros, ele podia sair de

manhã porque tinha óculos especiais e usava uma roupa que não

deixava o sol atingir sua pele. Os meus amigos ficaram perguntando:

- Quem é ele? Por que tem dentes tão grandes e pontudos? Que

cheiro é esse?

Eu morri de vergonha.

Mas teve um dia que foi pior de todos. Eu estava jantando e ele

apareceu na janela. Fiz sinais para que ele saísse, mas não saiu, então

pedi aos meus pais que pegassem mais comida na cozinha. Nesse

momento, eu fui lá fora e o espantei.

Na noite seguinte, Rüdiger bateu na janela novamente e me

convidou para ir à cripta. Eu não recusei. Chegando lá encontrei Ana, a

irmã de Rüdiger, e Lumpi, o irmão dele. Mas como estava escuro, eu

não vi uma pedra e bati com o pé. Senti um molhadinho: era sangue!

Inventei uma desculpa para sair:

- Preciso de ar fresco.

Rüdiger foi junto e viu o sangue. Lambendo os beiços foi chegando

mais perto, eu sabia o que ele queria. No momento em que ia morder o

meu pé, Ana entrou no meio. Ela bebia leite.

Nesse momento, a tia Dorotéia chegou. Ela estava morrendo de

sono e nem viu a gente. Ana me levou ao hospital e lá os médicos

costuraram o meu pé. Fiquei três dias internada. Ao sair do hospital,

peguei uma bolsa de sangue e de leite para dar aos meus amigos

vampiros.

Quando cheguei em casa, deitei na cama e de repente, bateram

na janela. Era Ana e Rüdiger. Eles queriam saber como eu estava. Eu

me lembrei das coisas que peguei no hospital e dei para eles.

- O que é isso? - falou Rüdiger. - Sangue?

Page 35: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

37

- Sim, eu trouxe para você. – aleguei.

Enquanto Rüdiger bebia o sangue loucamente, Ana me agradecia.

E antes de sair voando pela janela, disse:

- Obrigada por tudo e até a próxima aventura!

Page 36: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

38

Um dia eu estava com minha amiga Ana passeando por Londres.

Ana era pálida cheia de olheiras bem profundas e tinha um forte cheiro

de mofo. Ela não falava muito, mas nesse dia ela estava falando até

demais:

- Bla bla bla... eu nunca comi arroz ... bla bla bla... eu já fui para

Paris, bla bla bla.

Só que sem querer, ela falou uma coisa muito estranha:

- Eu sou pálida porque sou uma vampira! Ops!

- Socorro, minha amiga é uma vampira e ela vai me machucar! –

gritei - Alguém me ajude!

- Não, Isabel, eu não vou te machucar, eu prometo. – ela alegou.

- Como posso confiar em você?- perguntei.

- Eu passei esses anos todos do seu lado fazendo tudo com você

e nunca te machuquei. Se você confiar em mim, eu até te mostro

minha cripta. – ela disse.

- Está bem, vou confiar em você. – falei.

Nós entramos no cemitério e Ana me mostrou sua cripta, eu até

conheci Rüdiger, seu irmão!

Quando saímos, Ana olhou para os lados, preocupada:

- O que foi Ana? - perguntei.

O pequeno vampiro e o caçador Isabel Passos Rodrigues Carreira

Page 37: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

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- É que frequentemente um caçador de vampiros vem visitar o

cemitério e ele já viu Rüdiger.

Nesse exato momento, Rüdiger saiu da cripta e veio em nossa

direção:

- Gente, agora que eu lembrei que a tia Dorotéia está vindo pra

cá!

- Então vamos fugir! - disse Ana.

- Fugir pra onde, Ana? Vocês são vampiros. – falei.

- Já sei! - exclamou Rüdiger - Para Disney! Lá vão achar que a

nossa roupa é fantasia.

- Boa! - concordamos.

Rüdiger me deu uma capa e nós voamos para Disney. Lá vimos o

castelo da Cinderela cheio de luzes à noite, andamos de montanha -

russa e de roda gigante! Estava o máximo, até a hora de ir embora.

Quando estávamos na fila para pagar o hotel, vimos o caçador de

vampiros atrás de nós. Ele veio em nossa direção.

- Gente, aquele cara que está vindo é o caçador de vampiros! -

falou Rüdiger, já puxando nossa mão e saindo correndo.

- Ei, parem de correr, vocês vão acabar quebrando algo! - falou o

cara da recepção.

Nós não paramos de correr e o caçador de vampiros também não.

O cara da recepção tinha razão, porque quando percebemos,

estávamos a ponto de derrubar o balcão! Por sorte, conseguimos

desviar. Neste momento, o caçador sacou sua estaca e todos na

recepção começaram a gritar. Os seguranças chegaram e prenderam o

caçador.

- Ufa, escapamos por pouco. – disse Rüdiger.

- Eu acho melhor voltarmos para casa. –falei.

Page 38: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

40

- Deixa que nós levaremos você. – se ofereceu Ana

Então voamos para Londres, eles me deixaram em casa e eu

deitei em minha cama. Lá na minha casa, ninguém notou, pois meus

pais estavam vendo televisão. Eu fechei meus olhos e dormi pensando

na aventura que vivi com meus amigos vampiros.

Page 39: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

41

Um dia eu ouvi falar de um vampiro que era aterrorizante e tentei

procurá-lo. Resolvi começar pelo cemitério, mas apenas encontrei

defuntos fedorentos! Depois fui para a casa abandonada que ficava no

final da rua, porém só encontrei teias de aranha por todo canto. Decidi

arriscar indo num castelo mal assombrado que ficava do outro lado da

cidade, só que a única coisa que encontrei foi um quadro com o retrato

do Conde Drácula. Fiquei arrasado e voltei pra casa.

Quando anoiteceu, deitei na cama emburrado e de repente escutei

um barulho vindo de fora. Levantei e fui ver o que era. Então eu vi um

vampiro no peitoril da janela.

Fiquei com medo, mas aguentei e ele perguntou:

- Qual é seu nome?

- João - respondi - e o seu?

- Rüdiger.

- Olá Rüdiger, meus amigos me disseram que há um vampiro

aterrorizante por aqui. Esse vampiro é você?- perguntei.

- Suponho que sim. Por falar nisso, qual é o tipo do seu sangue?

Quando eu escutei isto fiquei apavorado e saí correndo de lá!

Rüdiger deu uma risadinha e explicou:

O pequeno vampiro e eu João Cottas Teixeira

Page 40: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

42

- Eu estava apenas brincando, não irei te morder. Sangue humano

tem muito colesterol. E eu só bebo “Sangue Diet” e “Sangue Zero".

- Ufa! - respirei aliviado.

Ficamos a noite conversando e percebi que tínhamos virado

grandes amigos.

Em um sábado à noite, quando os meus pais tinham saído, vi uma

sombra na janela:

- Oi Rüdiger, pode entrar. - falei.

- Obrigado. Posso aproveitar que seus pais saíram e te apresentar

a minha família?- ele indagou.

- Se ninguém me morder, tudo certo. – respondi.

- Não te prometo nada... Brincadeirinha! - ele disse.

Então eu e Rüdiger fomos para o cemitério visitá-los. Chegando lá,

Rüdiger foi para um pinheiro mais a frente. Naquele exato momento,

um homem estranho pulou em cima dele e disse orgulhosamente:

- Aleluia! Finalmente te peguei, seu verme! Agora vou mostrar para

todos que eu não sou louco!

- João, me ajude, por favor! Ele irá mmee mmaattaarr!! PPeeççaa aajjuuddaa aa AAnnaa,,

eellaa éé mmiinnhhaa iirrmmãã..

-- EEssttáá bbeemm.. -- ffaalleeii..

FFuuii ccoorrrreennddoo aattéé qquuee eennccoonnttrreeii uummaa vvaammppiirriinnhhaa uumm ttaannttoo bboonniittaa,, ee

iinnddaagguueeii::

-- VVooccêê éé aa AAnnaa??

-- SSiimm.. EE vvooccêê??

-- JJooããoo.. VVooccêê pprreecciissaa mmee aajjuuddaarr,, RRüüddiiggeerr eessttáá eemm ppeerriiggoo!!

-- EEllee ffooii ppeeggoo ppeelloo SSrr CCooeellhhoo!! -- eexxccllaammoouu AAnnaa ccoomm rraaiivvaa..

-- SSrr qquueemm??-- ppeerrgguunntteeii..

Page 41: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

43

-- NNããoo hháá tteemmppoo ppaarraa iissssoo.. DDeeppooiiss eeuu ttee ccoonnttoo,, vvaammooss ssaallvvaarr oo

RRüüddiiggeerr..

QQuuaannddoo cchheeggaammooss nnoo eessccoonnddeerriijjoo ddoo SSrr CCooeellhhoo,, ddeemmooss uumm ssooccoo

nnaa ccaarraa ddeellee ee ppeeggaammooss oo RRüüddiiggeerr..

-- AAttéé qquuee ffooii ffáácciill.. -- ffaalleeii..

NNaa vvoollttaa ppaarraa ccaassaa,, RRüüddiiggeerr mmee aaggrraaddeecceeuu ee eeuu mmee ddeessppeeddii ddeellee ee

ddee AAnnaa,, mmaass aattéé hhoojjee,, mmeeuuss aammiiggooss vvaammppiirrooss ccoonnttiinnuuaamm mmee vviissiittaannddoo..

Page 42: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

44

Um dia, nas férias viajei para a Transilvânia com minha família e

meu amigo Anton, e me hospedei num castelo antigo. A Transilvânia é

a terra dos vampiros e eu me interesso muito por essas criaturas.

Depois de um dia cansativo de passeio, fui dormir. No meio da

noite ouvi barulhos na janela do quarto. Cheguei perto e vi duas

sombras. Eu me aproximei um pouco mais e vi duas crianças pálidas,

com dentes afiados e olhos vermelhos. Além disso, usavam capa preta

e tinham cheiro de mofo. Só podia ser os vampiros Lumpi e Rüdiger!

Anton já tinha me falado desses vampiros, pois eles tinham se tornado

amigos. Então, eu já estava prevenido e não senti medo. Eu perguntei:

- Vocês são os amigos do Anton?

- Sim, somos. Eu sou o Rüdiger.

- E eu sou o Lumpi.

- Eu sou João Guilherme, muito prazer. – falei.

Anton estava dormindo no quarto ao lado e ouviu o barulho que

vinha da janela do meu quarto. Ele foi até o meu quarto e viu os amigos

dele. Lumpi e Rüdiger queriam que nós fôssemos ao cemitério com

eles e nós aceitamos, pois queríamos viver uma aventura.

Uma aventura no cemitérioUma aventura no cemitérioUma aventura no cemitérioUma aventura no cemitério João Guilherme Saraiva Porto Carreiro de Souza

Page 43: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

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Chegando ao cemitério, o Sr. Coelho, que era o coveiro e

guardião do local, não gostou da nossa visita e dos meus amigos

vampiros e tentou nos matar com uma estaca. Nós saímos correndo

sem olhar para trás. Então o dono do cemitério chegou e perguntou

para o Sr Coelho:

- O que está acontecendo?

Muito assustado, o homem contou que tinha visto dois

vampiros rondando o cemitério. O dono do cemitério, Sr. Morcego,

não acreditava em vampiros, por isso não acreditou na história do Sr.

Coelho e decidiu mandá-lo embora. Então o Sr. Morcego resolveu

recontratar o antigo coveiro, que também não acreditava em

vampiros.

Page 44: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

46

O senhor Coelho ficou muito chateado, pois ninguém acreditou

nele e foi procurar emprego em outro cemitério. Ele jurou que ia se

vingar de todos que duvidaram dele.

Eu e meus amigos voltamos para o castelo. Quando entrei,

meus pais estavam na sala e minha mãe perguntou:

- Onde você estava?

- Eu fui conhecer a cidade com Anton. – respondi.

Meus pais ficaram um pouco desconfiados, mas não

comentaram mais nada.

Subi para o meu quarto e quando entrei, tive uma surpresa. O

Lumpi e Rüdiger estavam na janela do meu quarto. Rüdiger falou:

- Eu adorei conhecer você. Foi bem legal a nossa aventura no

cemitério

- Eu também adorei. Eu quero viver outras aventuras com

vocês. – falei.

Eles se despediram e saíram voando pela Transilvânia.

Page 45: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

47

Eu moro no Rio de Janeiro, meu pai se chama João, minha mãe

se chama Joana, e eles são muito legais. Vivo em uma casa grande e

à noite, vários morcegos vêm nos visitar. Eles comem frutas do quintal

e ficam voando dentro de casa. Por falar em morcegos, vou falar como

conheci o Pequeno Vampiro.

Um dia, eu fui para a escola e quando voltei, fiz meu dever de

casa, jantei, conversei com os meus pais e fui deitar na cama. Fui ler

um livro que se chamava “Como conhecer um vampiro”. Uma parte do

livro me chamou a atenção. Ela dizia assim: para conhecer um vampiro

você só precisa comprar ou achar uma carne de boi ou de algum

animal, prender na sua janela e esperar escondido. O livro dizia

também que era preciso mostrar para o vampiro que você é amigo dele

e não um inimigo.

Lendo isso, no dia seguinte, com o dinheiro do meu lanche da

escola, comprei uma carne de boi com bastante sangue, guardei na

mochila e voltei para casa. Em casa fiz as mesmas coisas do dia

anterior: fiz o dever de casa, jantei e me deitei.

Nessa hora, peguei a carne de boi, prendi na janela e me escondi.

Meia hora depois, um vampiro apareceu e ficou tomando o sangue da

carne de boi na minha janela. Aos poucos, fui me aproximando dele e

falei:

Aventuras com o pequeno vampiro

Julia Mizutani Fernandez

Page 46: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

48

- Sou sua amiga, não vou te machucar. Não vou fazer mal a você.

E ele disse:

- Não quero confusão, só pensei que o sangue da carne fosse

para mim.

- Também não quero confusão. Só quero ser sua amiga. -

respondi.

- Então vamos ser amigos. Meu nome é Rüdiger. Qual é o seu?

- O meu é Julia. – eu disse.

- Me encontre amanhã à noite no parque da cidade para nos

conhecermos melhor. – respondeu o vampiro.

- Tá bem. Tchau! - gritei.

- Tchau. - falou ele.

Na noite seguinte, eu fui para o parque da cidade como

combinamos e lá estava ele escondido em uma árvore. Então, eu

chamei, ele desceu e ficamos conversando. De repente, Rüdiger gritou

assustado:

- Julia, está vendo aquele homem de casaco preto? – ele

perguntou.

- Sim, o que tem ele? – indaguei.

- Esse homem é um caçador de vampiros, o nome dele é

Guilherme. Precisamos nos esconder! - ele exclamou.

Nós nos escondemos em um arbusto e quando o Guilherme

estava se aproximando da gente, Rüdiger me pegou no colo e me

levou voando para cima. Mas eu estava com medo então eu gritei alto

e o caçador nos viu e veio atrás de nós. Aí ele pegou o Pequeno

Vampiro e o levou embora. Porém, Rüdiger havia me avisado que se o

caçador o pegasse, era para eu ir à cripta dele, no cemitério, pedir

ajuda para a irmã dele, Ana.

Page 47: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

49

Então, fui correndo para o cemitério. Chegando lá, ela estava do

lado de fora da cripta. Então eu disse a ela:

- Eu sou amiga do Rüdiger e vim te pedir ajuda para salvar ele

porque Guilherme o sequestrou.

Ela respondeu:

- Sério? Tudo bem, vou te ajudar, venha comigo.

Então a Ana me pegou no colo e me levou voando até o

esconderijo do Guilherme. Chegando lá, nós bolamos um plano para

salvar Rüdiger.

- Eu vou tocar a campainha para distrair o Guilherme e enquanto

isso, você vai entrar pela janela e salvar o Rüdiger. – eu disse.

- Combinado! – exclamou Ana.

E então lá fomos nós. A Ana ficou escondida enquanto eu tocava a

campainha. Quando o Guilherme foi abrir a porta, a Ana entrou pela

janela, salvou Rüdiger e passou voando para me pegar. Nós saímos

bem rápido.

- Muito obrigado por me salvarem. Não achei que vocês

conseguiriam. Ana, essa é a minha amiga Julia. – falou Rüdiger.

- Já nos conhecemos. – disse Ana.

- Que bom! – disse Rüdiger.

Depois dessa aventura, Guilherme ficou de olho na gente o resto

do ano. Tanto que uma vez, ele me raptou na escola, pois sabia que

meus amigos vampiros iriam me salvar. Assim, ele capturaria Ana e

Rüdiger.

Guilherme me levou para seu esconderijo, e quando Rüdiger e

Ana ficaram sabendo do sequestro, foram atrás do caçador para me

salvar. Quando chegaram lá, os vampiros tentaram enganar Guilherme

da mesma forma, mas desta vez, ele não caiu.

Page 48: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

50

O caçador prendeu meus amigos em uma gaiola, assim como fez

comigo. Não havia como sair, então Ana disse:

- Vamos virar morcego e sair pela janela!

- Mas eu não sou vampira! Não posso me transformar em

morcego! – eu disse.

- Podemos te transformar em vampira! O que você acha?

- Tudo bem, mas não contem para ninguém.

Então balancei minha gaiola para que o Rüdiger pudesse me

morder. Aí ele me mordeu e nós três saímos voando pela janela.

Hoje em dia eu moro com Ana e Rüdiger no cemitério e sempre

vivemos aventuras incríveis juntos.

Page 49: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

51

Eu sou a Letícia e vou contar a maior aventura da minha vida!

Numa bela noite, eu estava andando num parque, em Londres,

quando vi uma criatura muito sombria!

- Oi, sou o Rüdiger, o Pequeno Vampiro. Qual é o seu nome? –

perguntou ele calmamente.

- Eu... Meu nome é... – falei nervosa – Letícia! Sempre quis

conhecer um vampiro! Mas, você não vai me morder, né?

- Não, eu já jantei. Aliás, só bebo sangue de animal. – afirmou

ele.

- Que bom! Eu adoraria conhecer uma cripta de vampiros. Você

me levaria para conhecer a sua? – indaguei.

- Acho melhor não. É que o senhor Coelho, o guarda do

cemitério, detesta vampiros e ele está sempre nos caçando. Na

verdade, eu te vi queria pedir a sua ajuda. – ele falou nervoso.

- Em que posso ajudar? – perguntei.

- Vamos até sua casa pegar suco de laranja! – ele respondeu.

- Suco de laranja? Por quê? –indaguei confusa. – E pior! Minha

mãe está em casa!

- Ah, não tem problema. É só a gente ir voando, eu te deixo na

janela, você entra e pega o suco na cozinha! – disse ele animado.

- Está bem. – falei.

O pequeno vampiro em Londres Letícia Brazao Frontin de Luca

Page 50: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

52

Rüdiger tirou de sua capa uma outra capa com cheiro de mofo,

que foi de seu tio Teodoro, e me deu. Eu coloquei e fomos voando pra

minha casa.

Assim que chegamos lá, Rüdiger disse:

- Vá lá pegar o suco!

- Estou indo! – respondi.

Quando cheguei ao meu quarto, minha mãe estranhou:

- Onde você estava? – ela questionou.

- Eu? Ahh... Eu estava na casa da Victoria! – improvisei.

- Mas já voltou? – indagou ela confusa.

- Só vim pegar um suco de laranja! – disse.

- Mas para que você quer o suco de laranja? – ela perguntou.

- Para fazer sorvete de laranja na casa da Victoria.

- Ah, tá. – respondeu minha mãe.

Eu peguei o suco na cozinha e fui encontrar o Rüdiger.

- Já pegou? – perguntou o vampiro.

- Peguei! Vamos! – gritei.

- Quando você encontrar o senhor Coelho, você fará com que ele

beba um gole do suco, certo? – perguntou o vampiro.

- Tudo bem. – respondi.

Quando chegamos ao cemitério, eu e Rüdiger pulamos o muro.

- Aqui, Rüdiger, a capa do tio Teodoro – eu disse.

- Obrigado. – respondeu ele.

Estava andando e dei de cara com o senhor Coelho, e falei:

- Olá, senhor Coelho! Olha! Um vampiro!

- Onde? Onde? – questionou ele.

Page 51: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

53

Mas já era tarde demais! Quando o Senhor Coelho virou, eu

enfiei a garrafa de suco de laranja em sua boca e ele tomou um gole.

De repente, ele desmaiou! Eu não entendi nada!

- Rüdiger, como isso aconteceu? – perguntei.

- É que ele é alérgico a suco de laranja e quando ele toma, ele

desmaia! – respondeu ele aliviado.

- Que estranho! – disse confusa. – Bom, preciso ir para casa.

- Obrigado Letícia! Você me ajudou muito! - respondeu ele

agradecido.

Voltei para casa e minha mãe não desconfiou de nada!

Page 52: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

54

Em um sábado, acordei e fui tomar café, e acabei fazendo uma

pergunta que eu nunca tinha feito aos meus pais:

- O que vocês acham de vampiros?

- Vampiros? Simplesmente não existem! - disse minha mãe.

- Olha filha, até que às vezes você pode acreditar em algumas

coisas estranhas, mas vampiros? - reclamou meu pai.

- Sim, vampiros! E se querem que eu mude minha opinião, isso vai

demorar um pouco. - falei irritada.

Houve um silêncio depois daquilo. Eu tinha ficado triste porque eu

sempre gostei de vampiros e não era porque meus pais não

acreditavam, que eu iria mudar minha opinião.

Após o café, fui pro meu quarto sem dar uma palavra, entrei no

computador e comecei a pesquisar “contos sobre vampiros”. Achei

muitos e li cada um deles. Aprendi muita coisa e gostei de tudo aquilo

que eu tinha acabado de ver. Depois de ler tudo, eu já me considerava

uma fã de vampiros.

Meia hora depois, ouvi minha mãe batendo na porta:

- Filha! Está tudo bem? Você está triste ainda?

Uma Noite com os Vampiros Luna Bretas Cassinelli Machado Vieira

Page 53: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

55

- Um pouquinho... entre... - falei desanimada.

Eu e minha mãe conversamos e decidimos que no final das

contas, ela realmente não gostava de vampiros, mas ela ia respeitar a

minha opinião. Para me animar, ela me convidou pra tomar um sorvete.

Eu topei, pois apesar de ter ficado triste com a briga, a mágoa já tinha

diminuído.

Depois do sorvete, nós chegamos em casa e eu fui pro quarto ler

um livro novo. Eu fiquei lendo, saí novamente e fiz outras coisas até

chegar a hora de dormir.

Eu deitei e quando eu estava quase pegando no sono, ouvi um

barulho na janela. Aquilo me despertou completamente, mas eu pensei

que só poderia ser o vento, então eu virei e tentei dormir. Ouvi um

barulho novamente, e parecia o barulho da minha janela abrindo. Eu

lembrei que eu havia fechado antes de deitar, mas quando eu olhei

para a janela, percebi que tinha algo de errado. Eu me levantei e

peguei a lanterna, morta de medo e disse:

- A-a-alguém?

- Sim. - disse uma figura que eu ainda não conseguia identificar.

- Q-q-quem é v-v-você? – gaguejei.

- Rüdiger, Rüdiger Von Schlotterstein, em carne e osso. E você,

quem é? – ele questionou.

- Eu sou a Luna. – respondi.

- Eu acho melhor você se afastar porque eu estou com fome e

seria ótimo fazer uma boquinha agora!

- O que você está querendo dizer com isso?- indaguei.

- Ah, qual é! Essa lanterna não é boa não? Eu sou um vampiro não

está vendo? – ele zombou.

- Vampiro? Mas vocês realmente existem?

Page 54: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

56

- Que ofensa! Como assim, vampiros existem? Agora você

provocou demais! – ele gritou.

- Não, por favor, sr. Pudiger Lon Sbarterstein!

- Rüdiger Von Schlotterstein! – ele corrigiu.

- É, é isso ai que eu queria dizer...Bom, não me mata, por favor! –

implorei.

- Tá, você me convenceu...eu não irei te matar.- ele afirmou.

- Bom, já que você não vai me matar, você quer conversar? -

perguntei.

- Está bem, mas já vou avisando que não sou muito amigável.

Eu e Rüdiger conversamos e ficamos amigos. Eu contei o que eu

sabia sobre vampiros e ele sobre humanos. Quando o relógio marcou

onze horas, ele se despediu e ele falou que ia voltar em alguns dias.

No dia seguinte eu estava louca para receber o Rüdiger, então

comecei a desenhar vampiros, morcegos, e fui botando os desenhos

na parede.

Depois de arrumar tudo, minha mãe entrou no quarto e perguntou

o que era aquilo. Eu disse a verdade sobre ter conhecido um vampiro e

ela exclamou:

- Olha, filha, você já começou a exagerar, vampiros não existem e

eles com certeza nunca apareceram aqui e nem aparecerão.

Depois daquilo eu fiquei triste, mas mesmo assim não tirei os

desenhos do meu quarto. Dias se passaram, e finalmente, numa terça -

feira, um pouco depois do por do sol, eu ouvi batidas na janela.

- Q-q-quem está aí fora? – eu disse com um pouco de medo.

- Abra e você verá. - respondeu uma voz rouca, mas um pouco

conhecida.

Page 55: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

57

Eu abri a janela e era Rüdiger, e ao seu lado estava uma vampira

que eu nunca tinha visto. Rüdiger entrou no quarto sem nem dizer oi,

enquanto aquela vampira foi um pouco mais educada...

-Olá Luna- disse ela.

- Olá. Espere, você me conhece?- perguntei.

- Rüdiger tem me contado bastante sobre você! A propósito, eu

sou Ana.

- Bom, vamos logo ao assunto, queríamos te convidar para uma

festa de vampiros. Mas não precisa se preocupar, pois vamos te

emprestar uma capa e te maquiar - disse Rüdiger.

Eu concordei, eles me maquiaram e apesar de ter me achado

muito feia, fui à festa com meus amigos. Rüdiger teve que me ensinar a

voar, eu fiquei com muito medo, mas depois eu peguei o jeito. Eu

também estava morrendo de medo de me reconhecerem, mas ninguém

notou nada.

Depois da festa eu, Rüdiger e Ana decidimos ir à cripta e então

Rüdiger disse:

- Hahaha, realmente você devia ser a vampira mais feia da festa!

- Cale a boca, Rüdiger! – disse Ana – homens são todos iguais!

Depois do que Rüdiger disse eu comecei a achar ele bem chato,

mas depois que Ana ma defendeu eu me senti melhor.

Ficamos um tempo brincando na cripta e depois os dois me

levaram para casa.

- Tchau Luna. – disse Rüdiger.

- Você não está esquecendo de dizer alguma coisa, Rüdiger? –

perguntou Ana.

- Ah, desculpa. Até que você estava bonitinha de vampira.

- Tudo bem. Até a próxima! – falei.

Page 56: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

58

E os dois foram embora e eu fui dormir pensando na incrível noite

que passei com os vampiros.

Page 57: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

59

Era uma sexta-feira, dia 13 de outubro de 2012 no Rio de Janeiro.

Os meus pais tinham saído para ir ao cinema. Ouvi uma rajada de

vento entrar pela janela e de repente, eu vi uma figura estranha

aparecer. Eu corri para a cama e ala me perseguiu. A figura abriu sua

boca e eu vi seus caninos grandes e afiados. Eu corri até a cozinha

para me esconder, mas não achei nenhum lugar. A figura me achou e

perguntou:

- Você ficou assustado? Eu estava mesmo querendo te assustar

para melhorar minha fama de vampiro.

- Quem é você?- perguntei.

- Eu sou Rüdiger, o Pequeno Vampiro. – a criatura respondeu.

- Se você é um vampiro, você vai querer me morder! – gritei.

- Está tudo bem, eu já jantei. E quem é você? – ele indagou.

- Eu sou Marcos. – respondi.

- Quer conhecer meus dois irmãos?

- Está bem. - falei desconfiado.

Então Rüdiger tirou de sua capa, outra capa dobrada e a deu para

mim.

- Vista esta capa e bata os braços que você vai voar. - explicou

Rüdiger.

A perseguição do pequeno vampiro

Marcos Rissin Fernandes

Page 58: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

60

Eu a vesti acreditando no vampiro e bati os braços.

- Viu? Agora vamos sair pela janela e ir até a minha cripta no

cemitério.

Quando nós chegamos lá, o vampiro tirou uma pedra da terra e fez

um sinal para eu entrar em um buraco estreito. Quando eu cheguei lá

embaixo, vi duas pessoas em pé na minha frente.

- Esses são meus irmãos, Ana, a banguela e Lumpi, o forte.

- Boa noite- eu disse.

- Você é bem gentil. - disse Ana.

- Quer jogar “Bancando o Vampiro”?- convidou Lumpi.

- Não, obrigado. Meus pais já vão chegar, e eu tenho que estar lá

em casa dormindo. Me leve lá, Rüdiger. - pedi.

- Não vai dar, estou cansado. – ele argumentou.

- Leva ele até lá, seu egoísta! - gritou Ana empurrando o irmão.

O Rüdiger caiu em cima de mim e nos arranhamos no chão.

Depois saímos da cripta e fomos para a minha casa. Lumpi viu duas

pocinhas de sangue no chão. Uma mais escura e outra mais clara.

Uma poça era do Rüdiger e outra era com meu sangue. O Lumpi

provou as duas e achou tão gostoso que esqueceu que Rüdiger era

vampiro. Ele saiu da cripta e foi atrás da gente. Nós o vimos e

corremos para qualquer lugar na frente. O Rüdiger se escondeu atrás

de uma árvore e eu em outra árvore depois da dele. O Lumpi viu o

Rüdiger e foi para a árvore. Quando Lumpi estava a dois metros da

árvore, o Rüdiger pegou um galho com espinho e arranhou o braço do

Lumpi. Como ele estava obcecado por sangue, mordeu seu próprio

braço e doeu tanto que parou de perseguir a gente. Depois ele se

desculpou e voltou para a cripta. Eu e Rüdiger fomos para minha casa

e eu fui tirar a capa.

Page 59: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

61

- Rápido! - disse ele.

- Já vai, seu apressado. Meus pais anda não chegaram! –

exclamei.

Rüdiger foi para a janela e disse:

- Até a próxima sexta-feira, Marcos.

Quando ele saiu, eu ouvi a porta abrindo, e rapidamente troquei de

roupa e deitei na cama. Enquanto eu estava ali deitado, eu fiquei

pensando como seria a próxima sexta-feira.

Page 60: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

62

Numa bela noite, eu estava em minha cama lendo o livro do

Pequeno Vampiro, quando escutei um barulhinho em minha janela. Eu

levantei e fui ver o que era. Quando cheguei bem perto, vi uma figura

pálida, de olhos vermelhos, com olheiras profundas e dentes afiados.

- Qual é o seu nome? - perguntei.

- Rüdiger, e o seu?

- Maria Antonia. Você é o Pequeno Vampiro do livro?

- Sim, sou eu. – ele respondeu.

- Legal, adoro sua coleção! – exclamei.

- Que bom! – ele disse.

- Você quer beber ou comer alguma coisa? – indaguei.

- Não obrigado. Minha irmã Ana está aprendendo a voar lá fora e

eu quero assistir.

- Eu a conheço. Ela está no seu livro. Eu sei até o seu nome

completo: Rüdiger Von Schlotterstein. Você mora no cemitério da

cidade?

- Sim, você quer conhecê-lo? – Rüdiger questionou.

- Eu adoraria! – exclamei.

Então Rüdiger e Ana me levaram até o cemitério onde ficava sua

cripta. Chegando lá, vimos o guarda do cemitério e Rüdiger falou:

- Tome cuidado! Esse guarda é perigoso e quer nos pegar.

O grande encontro Maria Antonia Moura Bezerra de Miranda

Page 61: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

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- Ele gosta de caçar vampiros e já matou vários de nós. – disse

Ana.

- Então vamos correndo nos esconder em sua cripta. – falei.

Quando entramos na cripta, Rüdiger e Ana me mostraram seus

caixões e apresentaram seus parentes. A tia de Rüdiger, Doroteia, foi

muito simpática e me ofereceu bolinhos de barata. Eu não aceitei, mas

agradeci.

Depois ficamos brincando de pique esconde dentro da cripta. Nós

nos divertimos tanto que nem vi a hora passar. Quando estava

amanhecendo, Rüdiger falou:

- É melhor você ir para casa, senão seus pais vão ficar

preocupados.

- Mas eu não sei o caminho de casa. – falei.

- Quer que eu te leve? – ele perguntou.

- Como? – questionei.

- Eu posso te emprestar uma capa e nós iremos voando. – Rüdiger

alegou.

Page 62: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

64

- Eu adoraria. – disse animada.

Então saímos voando em direção a minha casa e foi muito

emocionante ver a cidade toda de cima.

Chegando à minha casa, Rüdiger falou:

- Tchau! Amanhã passarei aqui para te levar ao Vale das

Lamentações.

- Legal! – exclamei.

Depois que Rüdiger foi embora, fui para o meu quarto. Deitei na

minha cama e adormeci pensando na aventura do dia seguinte.

Page 63: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

65

A história que vou contar agora aconteceu de verdade, há algum

tempo atrás. Eu me chamo Maria, moro com a minha tia Lumbrigoide,

que tem 67 anos e a minha irmã, Isabel, que é dois anos mais velha do

que eu. Eu tinha 10 anos e Isabel 12 quando isso aconteceu. Nossos

pais nos abandonaram quando eu tinha três anos de idade, e nossa

única parente era a tia Lumbrigoide. Ela é velha, rabugenta, chata,

cega etc.

Numa noite, eu estava no meu quarto e já eram dez horas. Eu ia

receber a visita de meu primo de segundo grau, Anton.

- Maria! – falou a tia Lumbrigoide – Anton chegou! Venha falar com

ele!

Anton tinha algumas maneiras estranhas, ele usava uma capa

velha, furada e com cheiro de mofo, e trazia dois amigos com ele.

- Oi Maria. Oi Isabel. Esses são meus dois amigos: Rüdiger e Ana.

– disse Anton.

- Podem entrar! Vamos para o meu quarto. – Isabel falou.

Ficamos jogando verdade ou consequência, quando Isabel

perguntou:

- Maria, o que você mais quer na sua vida?

- Eu queria que uma pessoa bem legal adotasse a gente. A tia

Lumbrigoide é tão má. – falei.

Eu, a pequena vampiraEu, a pequena vampiraEu, a pequena vampiraEu, a pequena vampira Maria Rio Branco De Biase

Page 64: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

66

- Eu também. – falou Isabel. – ela é tão... tão... rabugenta.

Um tempo depois, Anton disse:

- Bom, eu tenho que ir, já está tarde.

- Nós também precisamos ir. - disse Rüdiger.

Depois que eles saíram, eu estava muito cansada e decidi dormir.

No meio da noite, acordei com uma grande luz no peitoril da minha

janela. E quando olhei, era Rüdiger.

- Você está louco, Rüdiger? Você poderia ter morrido! Devia ter

entrado pela porta!

- Maria, preciso que te contar uma coisa! Eu sou... – e Ana

apareceu atrás da minha cama!

- Ana! – eu berrei assustada.

Page 65: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

67

De repente, ouvi passos no corredor.

- Escondam-se debaixo da cama! Rápido! – gritei assustada.

- Maria! – gritou de repente a tia Lumbrigoide – São duas horas da

manhã, e você vive berrando! Silêncio!

E a porta se fechou.

- Vocês... Apareceram no meu quarto no meio do nada! Que louco!

– eu disse para eles.

- É que nós somos... – falou Rüdiger.

- Vampiros! – Ana completou.

- Ahhh! - berrei.

- Não grite! Assim você vai acordar sua tia! – alertou Rüdiger.

- Desculpa! Fiquei chocada! – argumentei.

- Todos ficam. – falou Ana.

- Vocês vão me morder agora? – indaguei.

- Não! Só bebemos sangue de animais. – falou Ana – Não precisa

se preocupar!

- Ai, que alívio. – eu disse.

- Bom, Maria, já está tarde, nós precisamos voltar ao cemitério. –

falou Ana.

- Tudo bem. Voltem amanhã, ok? – eu disse.

- Está bem. Até amanhã! – disse Rüdiger.

Eles foram embora e eu voltei a dormir. No dia seguinte, quando a

tia Lumbrigoide foi trabalhar, contei tudo para a Isabel. Algumas horas

depois, o telefone tocou. Eu atendi.

- Alô!

- Maria! - berrou tia Lumbrigoide ao telefone.

- O quê? – eu perguntei assustada.

Page 66: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

68

- Já que você não me deixou dormir, eu acabei esquecendo da

minha reunião com o presidente da empresa, às seis da manhã, e fui

demitida! Você está de castigo por tempo indeterminado! – falou a tia.

- Mas... – e o telefone desligou.

Depois disso, fui para o meu quarto e dormi.

À noite, antes do Rüdiger e a Ana chegarem, o telefone tocou. Já

estava estranhando, pois minha Tia não tinha chegado:

- Alô?

- Aqui é o Sargento Bob Lery. É a Maria Bondenbargdy? Sobrinha

de Mariane Lumbrigoide Shistyc Von Bondenbargdy?

-Sim. – respondi.

- Sinto lhe informar que ela faleceu por causa de um acidente de

carro. Câmbio, desligo. – falou o sargento.

Nesse momento, eu percebi que amava ela mais que tudo. E

nessa hora Rüdiger e Ana chegaram.

- Me mordam! Rápido!- implorei,

- Tem certeza? – perguntou Rüdiger.

- Sim! – afirmei.

Quando me morderam, percebi que minha vida estava acabada,

e... desmaiei! E acordei de manhã, na cama! Tinha sido um sonho? Um

pesadelo? Eu já ia descobrir. Fui para a sala e vi a tia Lumbrigoide!

- Tia! – falei. E a abracei – desculpe!

- Por quê? – ela questionou.

- Por tudo! Você é a única pessoa que eu tenho! Obrigada! – eu

disse.

- Não tem o que agradecer, Maria. Eu amava sua mãe, seu pai...

Ai, ai! Eu sofri tanto com a morte deles que fiquei amarga e tratei todo

mundo mal. Desculpe! Eu amo vocês!

Page 67: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

69

E nos abraçamos! Ainda bem que só tinha sonhado que Rüdiger e

Ana eram vampiros... Ou será que não?

Meu nome é Mateus, moro no Rio de Janeiro com meus pais,

tenho 10 anos, gosto de ver novela, filmes e coisas na televisão.

Certo dia, eu estava me preparando pra dormir e ouvi uma voz na

janela:

- Não!

- Quem está aí? – perguntei.

Ninguém respondeu. Então eu abri a janela e vi um menino e uma

menina. Eles eram muito estranhos, pois usavam roupas pretas, eram

pálidos, tinham olheiras profundas e os caninos afiados. Eu perguntei

assustado:

- Oi, quem são vocês?

Novamente não responderam nada. Então fingi que fui embora do

quarto e fiquei escondido atrás da porta. De repente os dois entraram

voando no quarto. Achei meio estranho eles voarem então perguntei:

- Vocês são vampiros?

- Sim. - respondeu a menina.

- Como vocês se chamam?

Eu e os vampirosEu e os vampirosEu e os vampirosEu e os vampiros Mateus Brena Passos

Page 68: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

70

- Eu sou o Rüdiger.

- Eu me chamo Ana. E você? – ela indagou.

- Eu me chamo Mateus. – respondi.

Depois de conversar um pouco com eles, fiquei até feliz de

encontrar amigos diferentes. Eles me contaram que moravam em uma

gruta no cemitério do centro. A família deles é toda de vampiros.

Um dia Rüdiger e Ana me convidaram para ir à casa deles, eu não

podia recusar o convite, então fomos voando para o cemitério. A casa

deles era pequena e apertada.

No dia seguinte, Ana veio para a minha casa com uma caixa e

falou:

- Eu peguei isso no armário de Rüdiger e eu trouxe pra você.

- O que é? - perguntei.

- Abra. – ela disse.

Então abri e achei uma capa preta velha mofada e indaguei:

- Pra que serve isso?

- Para você voar comigo e com o Rüdiger. - respondeu Ana.

- No início parece que você vai cair, mas depois você se sente

seguro. – falou Rüdiger.

- Preparado? – perguntou Ana.

- Claro! – respondi.

Então levantei voo e saímos voando pela cidade. Depois de um

tempo, Rüdiger falou:

- Ali está o cemitério onde moramos. Quer conhecer nossa cripta?

- Eu adoraria. Mas não é perigoso? – perguntei.

- Claro que não! Minha família é legal. – Ana disse.

Então entramos no cemitério e fomos para a cripta da família

Schloterstein. Entrei e conheci Lumpi, o irmão de Ana e Rüdiger.

Page 69: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

71

Também conheci a tia Doroteia e o tio Teodoro. Todos eram muito

feios, mas legais.

Passei um bom tempo na cripta e quando estava amanhecendo,

eu falei:

- Preciso ir, pois daqui a pouco meus pais vão acordar e ver que

eu não estou em casa.

- Então até a próxima, Mateus! – disse Rüdiger.

- Tchau! Volte logo! – exclamou Ana.

- Pode deixar! Voltarei sempre! – eu disse.

Então, coloquei a capa e voei para casa. Entrei no meu quarto pela

janela, deitei na minha cama e dormi profundamente.

Page 70: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

72

Era uma tarde fria e nublada. Eu viajava com meus pais para Nova

York para passar o Natal. Quando chegamos, perguntei aos meus pais

se eu podia passear no Central Park. Minha mãe disse:

- Tudo bem, mas volte antes das 18 horas.

- Pode deixar. - falei.

Então coloquei meu casaco e luvas e fui para o parque. Eu patinei

no gelo, fiz bonecos de neve, e quando percebi, já estava anoitecendo.

Resolvi voltar para casa, mas acabei me perdendo no parque. De

repente apareceu uma figura estranha. Eu me aproximei e pude ver

que a criatura era pálida, de cabelos ruivos até os ombros e usava uma

capa preta bem gasta. Quando ele abriu a boca para falar, pude ver

seus caninos pontudos.

- Você é um vampiro? – perguntei assustada.

- Sou, mas não se preocupe, eu não vou te machucar. Meu nome

é Rüdiger. E o seu? – indagou ele.

Em Nova York com os vampiros Nina Neves Rodrigues

Page 71: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

73

- Meu nome é Nina, eu moro no Rio de Janeiro e vim passar o

Natal aqui em Nova York. – respondi.

- Você quer dar uma volta comigo para conhecer a cidade? –

questionou Rüdiger.

- Sim, claro. – falei.

Então Rüdiger me emprestou uma capa igual a sua, mas um

pouco mais fedida e disse que era de seu tio Teodoro. Ele disse:

- Abra os braços e voe! – ordenou ele.

Fiz o que Rüdiger mandou e saí voando. Depois de um tempo, ele,

me levou de volta ao meu hotel. Quando entrei no quarto, minha mãe

falou assustada:

- Onde você se meteu? Por acaso sabe que horas são? Já são 21

horas!

Page 72: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

74

- É que eu fiquei passeando e perdi a noção do tempo. Até

encontrei um novo amigo. – aleguei.

- Tudo bem, mas que isso não se repita! – exclamou ela.

Então deitei na minha cama, vi televisão e dormi.

No dia seguinte, fui novamente ao Central Park e Rüdiger estava

lá me esperando. Ele disse:

- Você quer conhecer minha irmã?

- Pode ser. – respondi.

Então saímos voando novamente até o cemitério de Nova York. Lá

entramos em silêncio para não chamar a atenção do guarda do

cemitério. Fomos para a cripta de Rüdiger e ele me apresentou sua

irmã.

- Esta é a Ana. – ele falou.

- Oi Ana. – falei – eu sou a Nina.

- Oi Nina. Muito prazer. – Ana disse.

- Nina, você gostaria de ir ao Museu de História Natural agora? Ele

está fechado, mas nós podemos entrar pela janela. – Rüdiger falou.

- Claro! – respondi.

Então fomos voando e entramos no museu pela janela. Nós vimos

os ossos de dinossauro, os animais empalhados e as esculturas

antigas. Nós nos divertimos muito. Depois fomos ao Central Park e

brincamos de guerra de bola de neve. Depois de um tempo, eu disse:

- Preciso ir, senão minha mãe vai brigar comigo.

- Tudo bem. – disse Ana.

- Será que nós podemos te visitar no Rio de Janeiro? – perguntou

Rüdiger.

- Ótima ideia! – exclamei – Vou te dar meu endereço.

Page 73: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

75

Eu escrevi num papel meu endereço e telefone e entreguei para

eles. Nós nos despedimos e fui para o hotel descansar. Depois do

Natal, voltamos para o Rio e torci para que meus novos amigos fossem

me visitar.

Um dia minha família resolveu viajar para o Havaí. Todos nós

estávamos muito ansiosos, pois meus pais tinham, desde crianças, o

sonho de viajar para lá.

Pegamos um voo às sete horas e trinta minutos da noite, no dia

vinte e seis de dezembro de 2012. O voo foi excelente e chegamos

muito dispostos.

Quando chegamos ao hotel, descobrimos que estava um clima

muito agradável.

- Vamos aproveitar as praias! –propôs meu pai.

- Com certeza! –respondeu minha mãe.

No primeiro dia, eu fui surfar com meu pai. À noite, estava

programado de irmos acampar em uma caverna. Infelizmente, eu

estava com muito medo, então tivemos que voltar para o hotel.

No dia seguinte, nós fomos novamente acampar, porque desta vez

eu não estava com medo. Quando chegamos à caverna, eu não sei

como, mas acabei me perdendo e caí duro no chão, de tanto sono.

O pequeno vampiro Pedro Brena Sertâ

Page 74: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

76

Às três horas da manhã, eu fui acordado por um barulho estranho

e gritei:

- O que foi isso?!

E uma sombra, com uma assustadora aparência, respondeu:

- É o jacaré que mora nesta caverna! Venha, vou lhe mostrar um

caminho para nós sairmos daqui.

- Qual é seu nome? –perguntei.

- Rüdiger, o Pequeno Vampiro. E o seu? – disse ele.

- Pedro. –respondi.

No início, fiquei com medo dessa figura estranha, pois ele era

muito pálido, com olheiras profundas e caninos afiadíssimos. Porém,

logo depois, percebi que apesar de ser um vampiro, ele era muito

simpático. Rüdiger me ajudou a sair da caverna por uma passagem

secreta. Meus pais estavam me esperando na entrada da caverna,

extremamente preocupados, e voltamos para o hotel.

Page 75: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

77

Na noite do dia seguinte, Rüdiger estava no peitoril da janela do

meu quarto.

- Oi Pedro! – disse ele.

- Olá Rüdiger – respondi.

- Vou te levar para minha casa para você conhecer minha família –

disse Rüdiger.

- Está bem – concordei – mas teremos que estar aqui antes das

onze horas.

Fomos até o cemitério onde ele morava. Chegando lá, Rüdiger me

apresentou para a sua família, que era enorme. Eles não gostaram de

mim já que tentaram me atacar, mas Rüdiger não deixou, ajudando-me

a fugir e me levando de volta para o hotel.

No dia seguinte, eu e minha família voltamos para casa. No avião

eu fiquei pensando na amizade que fiz com Rüdiger, desejando que

continuássemos amigos.

Na minha casa ouvi um barulho sair da minha mala.

- Me ajude a sair? – disse a voz.

Cheguei bem perto e reconheci a voz de Rüdiger. Fiquei surpreso,

mas muito feliz em ver meu amigo novamente ao meu lado. Eu o levei

para conhecer a minha cidade e no final do dia, nos despedimos e

combinamos de nos reencontrarmos em breve.

Page 76: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

78

Numa bela noite, eu estava sozinho em casa, pois meus pais

tinham saído. De repente eu vi uma sombra na janela e fui ver o que

era. Quando cheguei perto, vi que tinha um garoto pálido, com os

caninos afiados, uma capa preta e um forte cheiro de mofo. Eu

perguntei:

- Quem é você?

- Eu sou Rüdiger e sou um vampiro.

Quando ele disse isso, saí correndo de medo e me escondi dentro

do armário.

Ele foi atrás de mim e disse:

- Calma, eu não vou fazer nada com você. Eu só chupo sangue de

animais, não gosto de sangue de humanos.

Fiquei mais calmo e disse:

- Vamos passear pela cidade? Posso te mostrar os lugares que eu

gosto.

A corrida Pedro Jimenez Frejat

Page 77: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

79

- Claro! Então vamos voando. – Rüdiger falou.

- Mas como? Eu não sei voar! – argumentei.

- Vou te emprestar uma capa e você voará comigo! – ele

exclamou.

Então fomos sobrevoando a cidade.

Depois de um tempo, avistamos um cartaz enorme em uma

parede, escrito: CORRIDA DE DUPLAS, dia 17/09, ÀS DUAS HORAS

DA TARDE. Prêmio para a dupla vencedora: um computador.

Participem!

Então falei para Rüdiger:

- Você quer participar da corrida comigo?

Page 78: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

80

- Sim, mas terei que me proteger, pois não posso pegar sol. –

ele disse.

- Você pode usar meu casaco preto, óculos escuro e passar filtro

solar! – aleguei.

- Ótima ideia. Agora temos que treinar.

Então eu e Rüdiger começamos a treinar no parque. Todo dia,

nos encontrávamos às 20:00 horas e corríamos por uma hora.

No dia da corrida, emprestei meu casaco para Rüdiger e ele se

protegeu com filtro solar e óculos escuros. Quando chegamos lá, nós

encontramos nossos maiores rivais, Lucas e Alex. Eles eram irmãos e

eram bons em todos os esportes. Ninguém nunca havia ganhado

deles.

Quando começou a corrida, os irmãos saíram na frente, mas logo

Rüdiger, que era muito forte, me jogou para longe e nós ganhamos a

corrida e o prêmio. Lucas e Alex chegaram para a gente e falaram:

- A corrida foi roubada.

- Não foi não. - respondi.

- Então vamos perguntar ao juiz! - gritou Alex.

O juiz falou que a havíamos vencido a corrida e os dois irmãos

ficaram bravos.

Na saída, eu e Rüdiger fomos surpreendidos por Lucas e Alex.

Eles falaram:

- Agora vocês vão ter uma lição por terem roubado a corrida.

Neste momento, Rüdiger tirou o casaco e os óculos e mostrou

seus caninos afiados e os olhos vermelhos.

Os dois meninos saíram correndo e nunca mais implicaram com a

gente.

Page 79: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

81

Rüdiger foi até minha casa comigo e eu me despedi dele. Nós

combinamos que no ano seguinte competiríamos novamente. E desde

esse dia, nos tornamos grandes amigos.

Um dia eu estava caminhando numa estrada, quando vi um

imenso castelo na minha frente. Fiquei curioso e decidi entrar. Quando

os portões se abriram, senti um cheiro de meia suja com ovo podre. De

repente, eu vi alguma coisa sair da escuridão e quando se aproximou,

consegui ver que era um vampiro, ou melhor, um pequeno vampiro.

Mas até que ele parecia ser muito bonzinho. Ele disse:

- Não se preocupe, não vou te machucar.

- Ufa! – suspirei aliviado.

- Qual é o seu nome? - ele perguntou.

- Meu nome é Pedro. E o seu? – perguntei.

- Meu nome é Rüdiger. – ele respondeu.

- Você quer conhecer o castelo? - ele indagou.

- Claro! – respondi.

- Mas tome cuidado, pois aqui há muitos perigos. – ele alegou.

Minha aventura com o pequeno vampiro Pedro Luiz Barbosa Vieira Costa

Page 80: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

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- Tudo bem. – falei.

Eu e Rüdiger fomos andando por um corredor muito escuro até

que demos de cara com um bando de zumbis verdes. Rüdiger e eu

saímos correndo, mas notamos que não iria dar certo, pois eles eram

muito mais velozes do que nós. Então deixamos todos eles no chão

com nossos punhos.

De repente, entramos num salão. Os portões se fecharam e uma

névoa assombrosa passou pelos ares e de repente, apareceu uma

bruxa gorda e horripilante. Fiquei trêmulo, mas segurei o meu medo.

Eu e Rüdiger começamos a lutar contra a bruxa, mas ela continuava a

resistir. A bruxa ficou irritada e começou a utilizar magia com sua

varinha.

Page 81: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

83

Ela estava apontando a varinha para mim, quando Rüdiger voou

em cima dela e a derrubou no chão. Neste momento, peguei a varinha

que tinha caído no chão, apontei para a bruxa e a transformei num

sapo. Eu e Rüdiger começamos a rir e continuamos o passeio pelo

castelo. Ele me levou até a parte onde ficava a sua família. Era uma

caverna que cheirava a mofo. Lá estavam o pai e a mãe de Rüdiger.

Eles pareceram um pouco surpresos ao me verem.

Eu contei como conheci o vampiro e o que encontramos pelo

caminho.

A mãe de Rüdiger foi fazer bolinhos de salamandra e trouxe para o

lanche. Eu comi tudo de uma vez para não fazer desfeita. Ela também

me ofereceu um suco de olhos de aranha. Eu tampei o nariz, fechei os

olhos e tomei tudo de um gole só.

Depois de algumas horas, me despedi da família de Rüdiger e fui

embora.

Eu e Rüdiger continuamos a nos ver por um tempo, até que um

dia, ele desapareceu e até hoje sinto falta do meu velho amigo.

Page 82: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

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Um dia eu estava em casa quando vi uma coisa se mexendo na

janela. Eu me aproximei e vi que a coisa era feia, muito pálida e tinha

os dentes afiados. Percebi que era um vampiro. Ele falou:

- Olá, meu nome é Rüdiger. Eu sou um vampiro, mas sou do bem.

Eu não mordo pessoas, me alimento de sangue de animais.

- Oi, meu nome é Rafael, tenho nove anos e nunca tinha visto um

vampiro antes. – falei.

- Eu vim aqui para te chamar para ir ao Jardim Botânico amanhã, à

noite para brincarmos de pique esconde. É muito emocionante. – ele

alegou.

- Tudo bem. – eu disse.

Mas como eu ia falar para minha mãe que eu ia ao Jardim

Botânico com um amigo sozinho? E ainda por cima, à noite? Ela ia ficar

desconfiada. Então perguntei ao vampiro:

A perseguição veloz Rafael Gaspar Guedes

Page 83: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

85

- Será que você teria uma capa para me emprestar? Pois minha

mãe não vai me deixar sair à noite com um amigo desconhecido. Se

você me emprestar uma capa, posso sair pela janela voando.

- Eu tenho uma capa sobrando, posso te emprestar. – respondeu

Rüdiger.

- Ótimo, então até amanhã. – eu falei.

No dia seguinte, Rüdiger apareceu na janela do meu quarto e meu

deu a capa. Então, nós pulamos da janela e minha mãe nem

desconfiou de nada. Quando chegamos ao Jardim Botânico, nós

corremos e brincamos de pique esconde e pique pega. Ficamos muito

cansados e morrendo de fome e sede.

Page 84: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

86

Depois de um tempo, resolvemos voltar para casa, quando demos

de cara com tia Dorotéia, que é a tia de Rüdiger. Meu amigo me contou

que a tia Dorotéia é totalmente do mal e adora morder e fazer crianças

de lanchinho. Ela era forte e aterrorizante. Nós saímos correndo e ela

foi atrás de nós.

Eu falei:

- A tia Dorotéia parece bem forte e ela é muito feia! Tão feia que

dá medo! Vamos embora!

O Rüdiger respondeu:

-Tá bom. Vamos embora antes que ela pegue a gente!

Então, como eu era muito rápido, peguei a capa e coloquei o

Rüdiger nas minhas costas, voamos e conseguimos despistar a tia

Dorotéia. Achamos que estávamos livres dela e acabamos nos

distraindo, pois eu sou meio desatento e fiquei no mundo da lua

apreciando as plantas daquele parque. A tia Dorotéia acabou achando

a gente e já ia me dando uma cotovelada, quando Rüdiger me

defendeu do golpe e me puxou. Ele tinha bons reflexos. Começamos a

voar bem rápido e nos livramos dela definitivamente.

Pousamos na minha casa e me despedi do meu amigo. Fui direto

para minha cama. Minha mãe ouviu um barulho e foi até meu quarto e

eu fingi que estava dormindo. Tudo ficou bem, menos a tia Dorotéia

que ficou perdida procurando por nós no parque a noite toda.

Page 85: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

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Meu nome é Rosa, tenho nove anos e minha diversão preferida é

andar pelo cemitério vendo as lápides e as cruzes. Apesar disso, morro

de medo de vampiros.

Um dia eu estava no cemitério e andei por uma parte que eu

nunca andava. No meio do nada, eu vi umas lápides em forma de

coração eu achei estranho, por isso fui para casa correndo para

pesquisar sobre isso.

Chegando lá, peguei meus livros que falam de cemitérios e

procurei sobre as tais lapides de coração, mas não encontrei nenhuma

informação.

diamante Rosa Svartman Lourenço

Page 86: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

88

Depois fiquei no quarto vendo televisão. De repente ouvi um

barulho vindo do meu armário. Cheguei perto e o abri vagarosamente.

Foi aí que eu vi um menino pálido, magro e de caninos afiados.

- Q-quem é v-você?- gaguejei.

- Sou Rüdiger, e você? - perguntou ele, tranquilamente.

- Rosa. Sem querer ofender, mas você é tipo... Um vampiro?-

perguntei com um pouco de medo.

- Sim, por quê? Você tem algum problema com isso?-perguntou

Rüdiger debochando. - Ah, já sei, você está com medo! Calma, eu já

jantei!

- Ufa, que alívio. – falei.

- Eu sei que você não me conhece, porém estou correndo grande

perigo e preciso da sua ajuda. – ele disse.

- Como? – indaguei.

E Rüdiger começou a falar:

- Vou dizer, mas antes vou te contar a história de como isso tudo

começou. Minha bisavó deixou de herança para minha família um

diamante que tem o poder de nos dar força.

- Mas isso não é bom? – interrompi.

- Não, pois se não tivermos esse diamante, nós perderemos toda a

nossa força e morreremos. – Rüdiger explicou. - Acontece que a minha

tia saiu com ele, e no mesmo momento, o guarda do cemitério, o Sr.

Ratazana, o roubou e quase enfiou uma estaca de madeira na tia

Doroteia. A sorte é que ela saiu correndo e escapou dele. A gente

precisa pegar o diamante!

- Vou te ajudar! - eu falei - Agora a gente vai lá e eu o enganarei

tirando - o de casa. Nesse momento, você entrará e procurará o

Page 87: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

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diamante. Depois, para eu saber que você saiu da casa dele, voe em

cima de mim com um lenço vermelho. Entendeu?

- Sim, vamos?- perguntou Rüdiger todo animado.

- Vamos! - exclamei.

Chegando lá, chamei o Sr. Ratazana.

- Eu estava andando lá fora e vi um vampiro. Ele conseguiu fugir,

mas eu vi para onde ele foi. - eu falei.

- Me leve até ele já! - falou o Sr. Ratazana.

E o levei para longe e ficamos procurando.

Enquanto isso, Rüdiger entrou na casa, procurou o diamante e

encontrou. A pedra estava atrás de um dobermann que estava

dormindo. Ele teve o maior cuidado e conseguiu pegar o diamante,

mas na mesma hora o cachorro acordou e correu atrás dele. Rüdiger

correu muito e conseguiu fugir.

O vampiro começou a voar com o lenço vermelho e eu percebi que

ele havia conseguido. Então despistei o Sr. Ratazana dizendo que o

vampiro havia fugido para o outro lado. Ele saiu atrás de Rüdiger e eu

aproveitei para fugir.

Eu fui encontrar Rüdiger na cripta e perguntei:

- Afinal, o que são as lápides de coração?

- Outro dia eu te digo. - falou Rüdiger

Eu me despedi do meu amigo e fui para casa dormir.

Page 88: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

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Um dia acordei com vontade de ir para Búzios e fui perguntar para

os meus pais:

- Pai, mãe, podemos ir a Búzios?

- Vamos pensar no seu caso. – disse meu pai.

Rapidamente meus pais decidiram viajar, e eu liguei para o meu

amigo Rüdiger, o Pequeno Vampiro, para convidá-lo:

- Rüdiger, quer viajar para Búzios amanhã comigo?

- Eu adoraria, porém não posso pegar sol. – ele falou.

O Pequeno Vampiro em Búzios Tom da Silveira Mehedff

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91

- Eu posso te emprestar meu filtro solar fator 100 e óculos escuros.

– aleguei.

- Ótimo. Então, que horas eu preciso chegar à sua casa? – ele

perguntou.

- Chegue ao meio-dia. – falei.

O problema é que meus pais não sabiam que Rüdiger era um

vampiro, então eu teria que disfarçar o rosto dele. Fiquei tão feliz, que

arrumei minhas coisas correndo.

No dia seguinte, na hora marcada, Rüdiger chegou e eu coloquei

uma maquiagem em seu rosto para meus pais não descobrirem sua

verdadeira identidade. Guardamos as malas no carro, ele sentou ao

meu lado e seguimos nossa viagem.

Na estrada tudo estava tranquilo, mas meu amigo que não estava

acostumado com estradas estreitas acabou vomitando.

Finalmente, chegamos à Búzios. Rüdiger já recuperado estava

brincalhão e esperto como sempre. Logo quando descemos do carro,

vimos que alguns garotos implicantes da minha escola estavam por lá.

Eu fiquei ainda mais tímido, porque eles são espertos e poderiam

desconfiar de tudo.

Decidi jogar bola na praia com Rüdiger, e não ligar para os

meninos, mas não deu, porque eles roubaram a minha bola. Então

fomos dar um mergulho no mar e nos esquecemos da maquiagem do

Rüdiger. Por sorte, a maquiagem não saiu e os meninos não

desconfiaram de nada. Eles chegaram perto de nós e ficaram

debochando porque nós estávamos de sunga, e ainda jogaram nossa

toalha no mar.

Continuei feliz, mas queria dar o troco neles. Rüdiger me

perguntou:

- Vamos dar um susto nos meninos à noite?

Page 90: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

92

- Boa ideia! Vamos assustar eles com os seus caninos. - falei.

Logo escureceu e vimos que eles foram dormir, então era a hora

de fazer a pegadinha. Pulamos a janela que dava para o quarto

deles, e vimos que eles estavam vendo “O Drácula”. Rüdiger, que

estava vestido como um verdadeiro vampiro, foi logo abrindo sua

boca e mostrando seus caninos longos e realistas. Eu estava atrás

de uma cama, vigiando tudo e rindo da cara deles com tanto medo

do Pequeno Vampiro.

Saímos de lá morrendo de rir e felizes com a nossa vingança.

No dia seguinte, os meninos estavam quietinhos e tranquilos, até

chamaram a gente para brincar. E nunca mais implicaram conosco.

Page 91: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

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Era uma noite fria em Nova York. Meus pais foram trabalhar e eu

fiquei sozinha em casa e comecei a ouvir barulhos. Fui até a janela

para ver o que estava acontecendo. Vi uma criatura na mureta da

janela do meu quarto. Ela tinha dentes grandes e afiados, a pele muito

pálida e usava uma capa preta. Como eu gosto e vejo muitos filmes de

vampiro, percebi que ele era um deles. Ele bateu na janela e falou:

- Hei, me deixe entrar, eu não sou mau.

Aventuras na cripta Victoria Stamato Monaco Machado

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Eu o deixei entrar e perguntei:

- Qual é o seu nome? Você é um vampiro?

- O meu nome e Rüdiger. E sim, eu sou um vampiro. – ele

respondeu.

- Onde você mora? – indaguei.

- Eu moro em uma cripta que fica no cemitério.

- Que legal! Você me leva lá um dia?

- Sim, mas tem que ser à noite porque os vampiros ficam em casa

de manhã e à noite saem para caçar. – ele falou.

- Você me levaria para conhecer a sua cripta?- perguntei.

- Sim, no próximo sábado eu te levo lá. – ele respondeu.

Durante a semana, esperei ansiosamente o sábado chegar. Não

via a hora de conhecer a cripta do Rüdiger.

Na sexta fui até dormir mais cedo para o tempo passar mais

rápido. E quando chegou o dia, só queria que meus pais saíssem logo

para eu ir para a minha aventura.

Ouvi batidas na janela e fui correndo para lá. Vi o Rüdiger com

mais alguém. Quem seria? Rüdiger entrou e perguntei:

- Quem é esta?

- Ana, a banguela, minha irmã. - respondeu Rüdiger – ela queria te

conhecer.

- Que legal! Agora tenho dois amigos vampiros, também queria ser

uma. Vamos para a cripta? Como chegamos lá?

- Vamos voando, trouxemos uma capa para que você possa voar

também. - disse Ana.

Rüdiger falou:

- Vamos logo, antes que os outros vampiros adultos cheguem na

cripta!

Page 93: Contos do Pequeno Vampiro - Turma 403 -Gávea - 2012

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E eu perguntei:

- Que vampiros?

- O resto da minha família: meu pai, minha mãe e a tia Dorotéia,

que é a mais perigosa de todas. Se ela souber que tem um humano por

perto, vai logo querer beber o seu sangue...

- Então vamos! Coragem não me falta! – eu exclamei.

Chegando à cripta, Rüdiger me mostrou o seu caixão, que era

muito moderno, com uma tv de plasma na tampa.

- Nossa, que moderno, nos livros que leio não é assim!

- Claro que não, estamos no ano 3000, você queria que o meu

caixão fosse igual aos de 1800? – disse Rüdiger ofendido.

Ouvimos passos na escada e a Ana me falou que era a tia

Dorotéia. Ela disse para eu me esconder em seu caixão. tia Dorotéia foi

logo dizendo:

- Que cheiro de humano!

Ela foi abrindo os caixões e me encontrou lá, mas Ana conseguiu

convencê-la a não me morder.

- Tudo bem, você pode escolher quem vai te morder. Eu ou a Ana?

– ela falou.

Escolhi ser mordida por Ana. A partir deste momento, me tornei

uma vampira e passei a viver várias aventuras com meus amigos

vampiros.

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