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AGOSTO DE 2013 CONTORNO RODOVIÁRIO DE FLORIANÓPOLIS ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA VOLUME 4 - TOMO I

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AGOSTO DE 2013

CONTORNO RODOVIÁRIO DE FLORIANÓPOLISESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA

VOLUME 4 - TOMO I

 

 (Empreendedor) 

  

 

Estudo de Impacto Ambiental  (EIA) 

 

 

 

VOLUME 4 – TOMO I 

(Diagnóstico Ambiental do Meio Socioeconômico ‐ Metodologia Aplicada, 

Caracterização Populacional, Caracterização das Condições de Saúde e Doenças 

Endêmicas e Estrutura Produtiva e de Serviços) 

 

 

CONTORNO RODOVIÁRIO DE FLORIANÓPOLIS 

 

  

 

 (Executor do Estudo) 

 

 

Agosto de 2013                          

Relatório Final N RL-13008-ROD-PAV-EIA-004-T1-0

Empreendimento

CONTORNO RODOVIÁRIO DE FLORIANÓPOLIS/SC

Página 1 de 321

Usuário

Autopista Litoral Sul (ALS)

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)

RL-13008-ROD-PAV-EIA-004-T1-0.doc

Estudo de Impacto Ambiental (EIA)

VOLUME 4 – TOMO I

ÍNDICE DE REVISÕES

Rev. DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS

0

ORIGINAL REV. A REV. B REV. C REV. D REV. E REV. F REV. G REV. H

DATA DA EXEC. 19/08/2013

EXECUÇÃO: MDM

VERIFICAÇÃO JRC

APROVAÇÃO: BSC

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

2

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .......................................................................................................... 4

5.3. MEIO SOCIOECONÔMICO .................................................................................... 9

5.3.1 Metodologia Aplicada .......................................................................... 11

5.3.1.1 Águas Mornas ...................................................................................... 15

5.3.1.2  Antônio Carlos ..................................................................................... 17 

5.3.1.3  Biguaçu ................................................................................................ 18 

5.3.1.4  Florianópolis ......................................................................................... 19 

5.3.1.5  Governador Celso Ramos ................................................................... 20 

5.3.1.6  Palhoça ................................................................................................ 21 

5.3.1.7  Santo Amaro da Imperatriz .................................................................. 23 

5.3.1.8  São José .............................................................................................. 24 

5.3.1.9  São Pedro de Alcântara ....................................................................... 25 

5.3.2 Caracterização Populacional ............................................................... 31

5.3.2.1  Indicadores Sociais .............................................................................. 43 

5.3.2.2  Caracterização da Área de Influência Direta ....................................... 55 

5.3.2.3  Organização Social ............................................................................ 246 

5.3.2.4  Padrões de Migração ......................................................................... 257 

5.3.2.5  Expectativas da População Diretamente Afetada .............................. 264 

5.3.3 Caracterização das Condições de Saúde e Doenças Endêmicas .. 276 

5.3.3.1  Malária ............................................................................................... 279 

5.3.3.2  Cólera ................................................................................................ 280 

5.3.3.3  Leishmaniose ..................................................................................... 281 

5.3.3.4  Doença de Chagas ............................................................................ 282 

5.3.3.5  Tracoma ............................................................................................. 283 

5.3.3.6  Dengue .............................................................................................. 286 

5.3.3.7  Peste .................................................................................................. 288 

5.3.3.8  Filariose ............................................................................................. 289 

5.3.3.9  Esquistossomose ............................................................................... 290 

5.3.3.10   Influenza ........................................................................................... 292 

5.3.3.11   Meningite .......................................................................................... 295 

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

3

5.3.4 Estrutura Produtiva e de Serviços .................................................... 297

BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 315 

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

4

AAPPRREESSEENNTTAAÇÇÃÃOO

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

5

APRESENTAÇÃO

Este Volume 4 – Diagnóstico do Meio Socioeconômico referente ao EIA/RIMA do

Contorno de Florianópolis é dividido em 3 tomos: o Tomo I – contém a metodologia

aplicada, a caracterização populacional, a caracterização das condições de saúde e

doenças endêmicas e a estrutura produtiva e de serviços; o Tomo II contém os demais

itens do socioeconômico, uso e ocupação do solo; reassentamento e desapropriação;

caracterização de comunidades tradicionais e quilombolas; caracterização de

comunidades indígena e patrimônio histórico, comentários sobre o cultural e

arqueológico; e o Tomo III contém especificamente o Diagnóstico do Patrimônio

Cultural Material (Arqueológico).

Este empreendimento pertence ao Programa de Exploração de Rodovias, Ampliação

da Capacidade, da Concessão das Rodovias Federais definido pela Agência Nacional

de Transportes Terrestres - ANTT, cuja Concessionária é a AUTOPISTA LITORAL SUL

- ALS para a BR 116/PR – BR 376/PR – BR/SC, trecho Curitiba – Florianópolis, que vai

até Palhoça, totalizando 382,3 km de extensão, compreendendo o referido Contorno.

O Contrato de Concessão assinado em 2008, operação iniciada em 15 de agosto, além

das melhorias das condições do pavimento, sinalização, iluminação, dispositivos de

segurança e conforto aos usuários que incluíram a implantação de bases de serviços

operacionais, serviços de atendimento ao usuário (médico, socorro mecânico, combate

à incêndio, inspeções diversas, resgate de animais na pista, etc), implantação de

interseções, inclusive em desnível, passagens inferiores, melhoria de traçado,

marginais e outras obras, previu a construção do Contorno Rodoviário de Florianópolis,

em pista dupla, conforme concepção do projeto funcional, base para este estudo.

A empresa responsável pelo empreendimento e pela condução do processo de

licenciamento ambiental junto ao IBAMA é Autopista Litoral Sul S/A, pertencente à

empresa Arteris S.A..

Este EIA foi desenvolvido pela empresa MPB Saneamento Ltda. (MPB Engenharia)

tendo por base os dados do Projeto de Engenharia e informações correlatas fornecidas

pela ALS. Foram envolvidos na elaboração deste EIA uma ampla gama de

profissionais, distribuídos nas funções de Coordenador Geral, Coordenador Adjunto,

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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Coordenadores Técnicos e Assessoria Técnica de diversas áreas de conhecimento,

englobando os Meios Físico, Biótico e Socioeconômico, além de profundo

conhecimento na avaliação dos impactos ambientais, bem como nas medidas voltadas

a evitar, mitigar e compensar os impactos negativos e potencializar os impactos

positivos.

A orientação para elaboração do EIA/RIMA foi dada pelo IBAMA, através de Termo de

Referência (TR) emitido especificamente para o empreendimento Contorno Rodoviário

de Florianópolis/SC. O TR tem como objetivo instrumentalizar os responsáveis pela

coordenação e execução dos estudos, com informações, recomendações e exigências

fundamentadas na legislação, normas, manuais e diretrizes aplicáveis, permitindo que

o EIA/RIMA atinja a qualidade desejada pelo órgão ambiental.

O início de avaliação do EIA/RIMA por parte do IBAMA está condicionada ao

atendimento de todos os itens presentes no TR, ou seja, o EIA/RIMA deve possuir

todas as informações solicitadas pelo órgão ambiental.

Durante a elaboração do EIA/RIMA podem ser observadas situações que remetem em

alteração(ões) do projeto de engenharia, sob pena de o projeto se tornar inviável do

ponto de vista ambiental caso esta(s) alteração(ões) não sejam contempladas. Atento a

este fato, durante a elaboração dos estudos houveram reuniões entre a MPB

Engenharia e ALS, onde a MPB expõe algumas situações do projeto de engenharia

que mereçam atenção, remetendo a necessidade de alteração de projeto e/ou

implantação de medidas que evitem, mitiguem e compensem os impactos ambientais

negativos.

Quanto as tratativas de licenciamento ambiental, o EIA faz parte do processo de

Licenciamento existente no IBAMA, iniciado no ano de 2009 (Processo nº

02001.000869/2009-16). No início do processo de licenciamento foi apresentado pelo

empreendedor o traçado, previsto no Plano de Exploração da Rodovia (PER), que é

diferente do que aquele que é aqui estudado. Para este traçado, foi apresentado pela

ALS, e protocolado no IBAMA, um EIA/RIMA também de autoria da MPB Engenharia,

sendo este apresentado à população através de audiências públicas realizadas nos

municípios de Biguaçu, São José e Palhoça no mês de novembro de 2012.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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Nas audiências públicas levantou-se a questão de que o projeto do Contorno

Rodoviário de Florianópolis, previsto no PER, que apesar de ter recebido anuência

formal dos prefeitos da região, não atendia aos interesses relacionados à expansão

dos municípios de Biguaçu e Palhoça. Esta questão foi abordada pelos Prefeitos e por

determinação da ANTT iniciou-se um processo para a alteração no traçado do projeto

nos trechos de Biguaçu e Palhoça.

Para o processo de licenciamento ambiental, conforme acordado entre IBAMA e

Autopista Litoral Sul, oficializado pelo IBAMA em 17 de abril de 2013, esta alteração de

traçado necessita ser estudada do mesmo modo que o traçado anterior, utilizando-se o

Termo de Referência original.

Com esta informação a ALS vem redobrando esforços para apresentar a nova versão

do EIA/RIMA na maior celeridade possível, sem prejuízos a qualidade dos estudos e ao

atendimento às exigências do IBAMA.

Dentre estes esforços aplicados pelo empreendedor, destaca-se a proposição de

alteração metodológica de diagnóstico faunístico necessário para o processo de

licenciamento, onde, em suma, foi possível reduzir o prazo de aceite do IBAMA para o

EIA/RIMA de outubro/2013 para agosto/2013. Esta situação, embora pareça que

haverá a redução e prejuízos aos estudos faunísticos, promoverá a duplicação dos

trabalhos de levantamento dos dados primários (serviço de campo).

Paralelamente ao Estudo Ambiental, necessário ao licenciamento no IBAMA, outros

estudos específicos foram (ou deverão) ser executados a fim de prover de informações

outros órgãos, como FUNAI, Fundação Palmares, IPHAN e Órgãos Responsáveis

pelas Unidades de Conservação (ICMBio no âmbito federal), para que estes possam se

manifestar no processo de licenciamento ambiental, em conformidade com a IN

184/2008 do IBAMA. O EIA/RIMA também contempla informações relacionadas à área

de atuação destes órgãos.

Assim, o presente Estudo de Impacto Ambiental está organizado em 6 Volumes:

Volume 1 – Dados do Empreendimento, Alternativas Tecnológicas e Locacionais e

Áreas de Influência; Volume 2 – Diagnóstico do Meio Físico; Volume 3 – Diagnóstico do

Meio Biótico, divido em Tomo I – Metodologia Aplicada e Flora e Tomo II – Fauna;

Volume 4 – Diagnóstico do Meio Socioeconômico, cujo volume é dividido em 3 tomos:

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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o Tomo I contém a metodologia aplicada, a caracterização populacional, a

caracterização das condições de saúde e doenças endêmicas e a estrutura produtiva e

de serviços; o Tomo II contém informações relacionadas ao uso e ocupação do solo,

reassentamento e desapropriação, caracterização das comunidades tradicionais e/ou

quilombolas, caracterização das comunidades indígenas e patrimônio histórico, cultural

e arqueológico; e o Tomo III contém o diagnóstico prospectivo arqueológico; Volume 5 -

Passivos Ambientais; e Volume 6 – Análise Integrada, Prognóstico Ambiental e

Avaliação dos Impactos Ambientais, Medidas Mitigadoras, Compensatórias e

Programas Ambientais, Compensação Ambiental, Conclusão, Bibliografia e Glossário.

No que tange à Bibliografia, cada Volume e Tomo do EIA terá ao seu final a listagem

de referências consultadas, destacando-se que em atendimento ao TR, o Referencial

Bibliográfico de todo EIA será apresentado, por área de abrangência, no Volume 6,

Capítulo 12 do presente Estudo de Impacto.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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55..33.. MMEEIIOO SSOOCCIIOOEECCOONNÔÔMMIICCOO

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

10

INTRODUÇÃO

Com o objetivo de integrar o Estudo de Impacto Ambiental-EIA e seu respectivo

Relatório de Impacto Ambiental-RIMA acerca da região de influência do chamado

Contorno de Florianópolis/SC, este capítulo apresenta o Diagnóstico do Meio

Socioeconômico, realizado de acordo com o Termo de Referência-TR definitivo

expedido pelo IBAMA.

O projeto em questão trata da implantação do Contorno de Florianópolis. Segundo a

Norma DNIT nº 003/2002/PAD, contorno é o “trecho de rodovia destinado à circulação

de veículos na periferia das áreas urbanas, de modo a evitar ou minimizar o tráfego no

seu interior, sem circundar completamente a localidade”.

Desse modo, esta seção contempla a análise conjunta de informações de natureza

social e econômica necessárias ao delineamento dos padrões de uso e ocupação do

espaço, regional e local, e do perfil sociodemográfico da população da área onde se

insere o empreendimento. Seu conteúdo aborda informações sobre a caracterização

socioeconômica e cultural das áreas de influência do projeto, abordando os processos

históricos de sua ocupação, regionalização, dinâmica populacional e territorial,

aspectos econômicos, pólos regionais, infra-estrutura e organização social.

O trabalho foi realizado sob a perspectiva de se verificar a capacidade antrópica de

suporte das regiões afetadas para o atendimento das necessidades advindas da

implantação do empreendimento, isto é, foram averiguadas quais as características das

populações residentes nestas áreas, em termos de dinâmica populacional, níveis de

instrução, trabalho e renda, acesso a estruturas de saúde, padrões de habitação,

saneamento e desenvolvimento urbano, atividades produtivas, entre outros aspectos,

que serão defrontadas no desenvolvimento do projeto, com vista a poder caracterizar

os diversos impactos – tanto os positivos quanto os negativos – que o empreendimento

possa acarretar às populações.

Acredita-se que o resultado deste diagnóstico socioeconômico forneça uma base

segura para as decisões a respeito do projeto de implantação do Contorno em pauta, a

partir de critérios consubstanciados na realidade. Além disto, este elemento do EIA

constitui-se como fundamental para resguardar os direitos da população e de seu meio

ambiente, tendo em vista que seus resultados são úteis para o planejamento eficiente

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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do empreendimento, considerando-se todos os seus impactos e interfaces para a

qualidade ambiental futura da região.

5.3.1 Metodologia Aplicada

O enfoque metodológico para o Diagnóstico do Meio Socioeconômico realizado foi

dado pela interação dos componentes abordados, seguindo-se rigorosamente as

indicações e a itemização sugerida no Termo de Referência do IBAMA. No entanto,

sempre que julgado pertinente, os itens solicitados no TR foram completados com

informações adicionais, buscando-se sempre as inter-relações entre as diversas

variáveis implicadas na dimensão socioeconômica.

Para atendimento ao órgão licenciador, o presente relatório foi consolidado de modo a

constituir-se num referencial bastante abrangente de como se estruturam e interagem

os diferentes fatores e as diferentes esferas (econômicas, sociais e ambientais)

encontrados na área de abrangência do empreendimento de implantação do Contorno

de Florianópolis.

Neste item é descrita a metodologia geral adotada pela equipe técnica responsável

pelos estudos para o levantamento de dados e informações que subsidiaram o

detalhamento de todos os itens correspondentes ao Meio Socioeconômico. Entretanto,

para melhor entendimento e organização, no caso de terem sido adotadas

metodologias de pesquisa específicas, estas foram descritas no preâmbulo de cada

seção temática.

Em todo caso, foram sempre definidas e adotadas metodologias de pesquisa social

consagradas pelos padrões convencionais e, escolhidas as que melhor se aplicavam,

no entendimento da equipe técnica responsável, ao estudo de cada item solicitado no

TR do IBAMA.

Fundamentalmente, este diagnóstico utilizou-se de dois pressupostos teórico-

metodológicos básicos: a abordagem interdisciplinar e o enfoque de natureza

sistêmica. Estas duas concepções aplicadas ao contexto de caracterização da

realidade específica da região de estudo, permitiu a obtenção de um panorama das

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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inter-relações e interdependências entre os diferentes aspectos que constituem a

realidade observada.

No aspecto prático, a pesquisa para diagnóstico do meio socioeconômico iniciou-se

com o levantamento de dados secundários, particularmente a coleção e avaliação das

estatísticas e indicadores socioeconômicos oficiais, e diversas informações

bibliográficas, retiradas de materiais produzidos anteriormente sobre a região e sobre

os municípios abrangidos.

A pesquisa de dados secundários acessou órgãos e instituições em âmbito federal,

estadual e municipal tais como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE,

secretarias de governo estaduais e municipais e bancos de dados em redes de várias

outras instituições públicas oficiais (ministérios, Instituto de Pesquisa Econômica

Aplicada-IPEA, universidades, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária-

INCRA, Banco de Dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS, entre outros). Todos

os levantamentos tomaram como base os dados mais recentes disponíveis em cada

setor.

Outro aspecto a ser considerado, do ponto de vista metodológico, é o nível de

agregação dos dados secundários. Em geral, o nível de menor agregação desses

dados, referente a grande parte dos temas do meio socioeconômico é o nível do

município. Porém, em algumas situações, parte dos dados secundários é

disponibilizada em outros níveis de agregação, que ultrapassam a delimitação da AII,

Microrregião, Mesorregião ou Região Metropolitana, o que permite a compreensão da

situação municipal no nível regional, podendo ser estabelecidas mais claramente as

articulações entre um ou outro fator, tendo em vista que, por vezes, o entendimento de

determinada questão só é possível com a utilização de agregados maiores,

correspondendo ao nível do estado envolvido, por exemplo.

Já os dados primários necessários ao estudo do meio socioeconômico são derivados

de pesquisa direta em campo, inclusive por uso de questionário e entrevistas livres com

enfoque qualitativo, além da observação da paisagem e situação geral e de contextos

específicos no trecho compreendido pelo projeto do Contorno de Florianópolis. Os

dados de natureza primária serviram para atualização ou complementação de

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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informações e/ou para situações onde o nível de informação e dados disponíveis era

insuficiente, insatisfatório ou inexistente.

Quanto aos procedimentos éticos, na coleta de dados primários do meio antrópico,

foram esclarecidos aos atores sociais envolvidos, antes do início das atividades e em

todas as fases do trabalho de campo, os objetivos do estudo e a importância de sua

participação e contribuição, bem como devidamente denominados os atores

institucionais relacionados ao empreendimento. Além disto, os entrevistadores

passaram por treinamento e discussão dos instrumentos de coleta de dados a fim de

procederem com segurança, imparcialidade e conduta ética seu papel no processo de

pesquisa.

Outro procedimento metodológico imprescindível para a correta execução do

diagnóstico do meio socioeconômico foi a delimitação das áreas de influência do

empreendimento de implantação do Contorno de Florianópolis.

As áreas de influência do empreendimento correspondem aos locais passíveis de

percepção dos efeitos potenciais do projeto em questão, em suas distintas fases de

planejamento, implantação e operação.

O recorte destas áreas ocorre a partir das características e a abrangência do

empreendimento, e com a diversidade e especificidade dos ambientes afetados,

compreendendo os locais e áreas sujeitas aos efeitos diretos e imediatos da fase de

obras e fase de operação, e os locais e áreas cujos efeitos serão sentidos a curto,

médio e longo prazo. Assim sendo, sua divisão em Área de Influência Indireta, Direta

ou Diretamente Afetada, deve seguir critérios lógicos, tecnicamente viáveis e bem

fundamentados.

Dentro desta premissa, o Meio Socioeconômico considerado para o empreendimento

de implantação do Contorno de Florianópolis abrange as seguintes áreas:

Área de Influência Indireta – AII: A AII é tida como a extensão máxima em que os

impactos serão perceptíveis. No caso do empreendimento em questão, ela

compreende o Núcleo Metropolitano da Região Metropolitana de Florianópolis

que é definido pela Lei Complementar nº 495, de 26 de janeiro de 2010. Este

núcleo é integrado por nove municípios, sendo eles: Águas Mornas, Antônio

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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Carlos, Biguaçu, Florianópolis, Governador Celso Ramos, Palhoça, Santo Amaro

da Imperatriz, São José e São Pedro de Alcântara.

Por sua vez, este núcleo metropolitano foi determinado a partir dos critérios da

Lei Complementar nº 104, de 04 de janeiro de 1994, que dispõe sobre os

princípios da regionalização do Estado de Santa Catarina e que considera os

critérios de densidade e crescimento populacional, significativa conurbação,

nítida polarização, com funções urbanas e regionais com alto grau de

diversidade e especialização e o grau elevado de integração socioeconômica.

A alça de contorno da região metropolitana de Florianópolis pretende desviar o

tráfego de veículos dos aglomerados urbanos, hoje conurbados, de Palhoça,

São José e Biguaçu, melhorando a mobilidade urbana da Região Metropolitana

de Florianópolis que hoje enfrenta condições de trânsito bastante problemáticas,

com longos congestionamentos. Logo, considerar o núcleo metropolitano como

AII, corresponde a adotar um ponto de vista compreensivo nos estudos, não

fragmentando um território já bastante consolidado, reconhecendo uma

funcionalidade pré-existente. Trata-se de um critério de ordem estrutural e

focado, onde se procurou guardar estreita relação com a dimensão territorial do

processo de espacialização da área.

Área de Influência Direta – AID: considerou-se que a AID do empreendimento é

formada pelos municípios de Governador Celso Ramos, Biguaçu, São José,

Palhoça e Florianópolis. No caso dos quatro primeiros, os mesmos são

interceptados pela rodovia a ser implantada. A capital, Florianópolis, embora não

seja fisicamente atravessada pelo contorno, exerce uma evidente polarização

sobre as demais cidades e possui forte integração socioeconômica com as

mesmas, o que do ponto de vista do meio antrópico, é muito significativo, pois

um contingente populacional significativo utiliza-se da infraestrutura da capital,

num movimento pendular cotidiano entre suas cidades e Florianópolis. Esta

situação exige ação coordenada entre estes quatro municípios considerados na

AID, tendo em vista os interesses em comum e a densificação das relações

sociais, culturais e econômica levadas a efeito entre os mesmos e que

constituem elementos promotores de coesão social entre estas cidades.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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O empreendimento de implantação do Contorno de Florianópolis, embora não

circunde de fato o território da capital, irá, em tese, ter impacto direto nas

condições de vida e trabalho na mesma.

Área Diretamente Afetada – ADA: compreende a mesma área considerada para as

intervenções do meio físico, isto é, considerou-se a faixa de domínio projetada

com 70m de largura, variável em alguns trechos, podendo ter dimensão maior

em função das áreas de corte e aterro; áreas de canteiro de obra e de

instalações industriais de apoio às obras, áreas de bota-fora e de empréstimo de

materiais (jazidas) e os caminhos de serviço.

O Contorno de Florianópolis estabelecido pela ANTT, de acordo com as

informações da versão do Projeto Geométrico, em execução, encaminhado pela

Autopista Litoral Sul (empreendedor), inicia-se no km 177+760 da BR 101,

coordenadas UTM N 6972400 e E 724210, na região do vale do Rio Inferninho,

com término no km 220+000, coordenadas UTM N 6935320 e E 730180, nas

proximidades da margem direita do Rio Imaruí no município de Palhoça,

interceptando, portanto os municípios de Governador Celso Ramos, Biguaçu,

São José e Palhoça.

A seguir, apresenta-se uma descrição sumária das áreas afetadas, de modo a

possibilitar um delineamento prévio do cenário a ser impactado pelo empreendimento

em maior ou menor grau. A intenção desta breve contextualização introdutória é

apenas a de facilitar o entendimento das informações constantes neste diagnóstico do

meio socioeconômico, e que serão destrinchadas nos itens que se seguirão. Ao final,

consta um mapa contendo o delineamento das Áreas de Influência do empreendimento

sob a perspectiva do Meio Socioeconômico.

5.3.1.1 Águas Mornas

Este município começou a ser colonizado em 1847, por colonos alemães que

chegaram à Ilha de Nossa Senhora do Desterro. Eram 164 imigrantes católicos e

evangélicos que se instalaram na Colônia Santa Isabel, em área de solos pouco férteis.

Além disto, surtos de malária dizimaram boa parte da população em tempos remotos.

Apesar das dificuldades, o processo de colonização avançou e a cidade se transformou

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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numa importante instância hidromineral, de fama e padrão internacional. Suas águas,

classificadas como isotermais radioativas, costumam manter a temperatura constante

em torno de 39º durante todo o ano e são indicadas para diversos usos terapêuticos.

Estas águas emergem de terrenos pré-cambrianos e, pelo teor de radioatividade,

termalidade e baixa mineralização apresentam propriedades curativas.

Águas Mornas fica localizada a uma distância de 36 Km da capital Florianópolis, cerca

de 70 metros acima do nível do mar e uma parte considerável de seu território pertence

ao Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, importante Unidade de Conservação do

estado de Santa Catarina. O relevo do município é constituído de superfícies planas,

onduladas e montanhosas.

Além do turismo, em especial, o relativo à saúde, Águas Mornas também assenta sua

economia na produção de hortifrutigranjeiros, com destaque para a produção de couve-

flor.

Figura 1: Casa da Cultura de Águas Mornas. Figura 2: Fontanário Luiz Elias Daux.

Figura 3: Prefeitura Municipal de Águas Mornas. Figura 4: Vista geral de Águas Mornas.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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5.3.1.2 Antônio Carlos

Colonizada inicialmente por imigrantes açorianos, este município passou a receber

também imigrantes belgas, italianos, ingleses, africanos e alemães, prevalecendo

numericamente este último grupo, do qual a cidade guarda o maior número de

características.

Trata-se de uma cidade conhecida também por sua religiosidade na fé católica,

possuindo um roteiro religioso composto por igrejas, como a Igreja Matriz de Antônio

Carlos (Figura 6), uma das maiores de Santa Catarina e a Igreja de Santa Maria com

altares originais entalhados à mão e belas imagens sacras, legado dos imigrantes e

algumas grutas, como as de Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora da Glória e

de Nossa Senhora de Lourdes.

De clima temperado, com temperaturas médias entre 10º C e 30º C, o município de

Antônio Carlos fica a 32 quilômetros de Florianópolis, inserido dentro de dois

compartimentos de relevo: o compartimento da planície da Bacia do Rio Biguaçu e no

compartimento de colinas/morros, pertencentes à unidade Serras do Leste

Catarinense. No cenário econômico do estado, coloca-se como grande produtor de

hortaliças.

A paisagem natural de Antônio Carlos destaca-se pela presença de várias cachoeiras e

saltos e por uma vegetação exuberante.

Figura 5: Vista Geral de Antônio Carlos. Figura 6: Lateral da Igreja Matriz em Antônio Carlos.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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Figura 7: Zona Rural em Antônio Carlos. Figura 8: Gruta Nossa Senhora das Graças em Antônio Carlos.

5.3.1.3 Biguaçu

A história de Biguaçu remonta ao ano de 1747 com a vinda dos portugueses açorianos

e a fundação do povoado de São Miguel, antigo sede do município, fundado

oficialmente em 1833. Sendo uma pequena cidade agrícola até a década de 1970, de

lá para cá, Biguaçu transformou-se em importante pólo industrial e comercial da

Grande Florianópolis.

Do ponto de vista de seus aspectos naturais, o município é caracterizado por planícies

e tabuleiros litorâneos, sendo que a sua principal bacia hidrográfica é a do rio Biguaçu.

O clima é sub-tropical úmido.

Biguaçu fica a 18 quilômetros de distância da capital Florianópolis e sua base

econômica assenta-se na agricultura, no turismo, nas atividades náuticas e no

comércio.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

19

Figura 9: Prefeitura Municipal de Biguaçu. Figura 10: Vista Geral de Biguaçu.

Figura 11: Rio Biguaçu. Figura 12: Aqueduto em Biguaçu.

5.3.1.4 Florianópolis

O município de Florianópolis possui uma superfície total de 451 Km2, dos quais 97%

constituem a parte insular e 3% a parte continental. Segundo dados da Prefeitura

Municipal de Florianópolis, as áreas de expansão urbana perfazem 51% do território

municipal, as áreas de preservação com uso limitado compreendem 7% e as áreas de

preservação permanente, 42% do mesmo.

A cidade se destaca pelo cenário natural de grande beleza cênica, com paisagens

compostas por 42 praias, dunas, restingas e manguezais. Além disto, Florianópolis

apresenta um elevado índice de urbanização, demonstrando crescimento urbano

acelerado e desordenado, intensificado a partir da década de 1970, depois da

implantação de grandes obras viárias, da implantação de sedes de empresas estatais

como a Eletrosul, Celesc e Telesc, bem como de universidades públicas como a

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

20

Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC e a Universidade do Estado de Santa

Catarina-UDESC.

Na década de 1980, o turismo passou a adquirir relevância econômica e contribuir para

o crescimento da cidade, gerando centralidades urbanas nos balneários. Hoje em dia,

Florianópolis tem ocupado lugar de destaque no cenário turístico e econômico nacional,

ainda mantendo índices de qualidade de vida bastante satisfatórios, o que aumenta a

atratividade de população para a mesma. Entretanto, este forte crescimento e a

manutenção dos padrões de qualidade de vida, nem sempre vem ocorrendo de

maneira equitativa para todo o município e sua população, além de que a cidade

enfrenta um inchaço durante as temporadas de verão, quando sua população chega

praticamente a dobrar.

Figura 13: Ponte Hercílio Luz – cartão postal de Florianópolis.

Figura 14: Mercado Público de Florianópolis.

5.3.1.5 Governador Celso Ramos

A colonização do município de Governador Celso Ramos começou há mais de 250

anos, através dos povoadores portugueses provenientes de Madeira e dos Açores,

atraídos para a região pela atividade de caça às baleias. Nesta época foi formada na

região uma das armações baleeiras mais importantes do litoral brasileiro, a “Armação

Grande” ou “Armação de Nossa Senhora da Piedade”. Seu processo de povoamento

iniciou-se a partir do distrito de Ganchos, então pertencente ao município de Biguaçu.

Governador Celso Ramos possui uma geografia recortada, com várias enseadas,

costões, praias e ilhas, que formam um mosaico de grande beleza. O relevo é,

portanto, constituído de superfícies planas, onduladas e montanhosas. O município

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

21

encontra-se inserido no âmbito de algumas unidades de conservação do litoral

catarinense, como a Área de Proteção Ambiental de Anhatomirim, Reserva Biológica

Marinha do Arvoredo e a Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca.

Até hoje a cidade é considerada um importante centro pesqueiro, além de ter uma

grande produção de mariscos cultivados.

Está a 50 quilômetros de Florianópolis, numa altitude média de 40 metros acima do

nível do mar. O clima da região é mesotérmico úmido, com temperatura média anual de

23ºC e predominância do vento nordeste, sendo, porém, o vento sul o de maior

intensidade. As bacias hidrográficas principais são aquelas formadas pelo rio Pequeno,

rio Antônio Mafra, rio Jordão e rio do Camarão.

Figura 15: Vista de enseada em Governador Celso Ramos

Figura 16: Vista Parcial da cidade de Governador Celso Ramos

Disponível em www.univali.br/centrodeestudospesqueiros

5.3.1.6 Palhoça

Localizado na região da Grande Florianópolis, a 15 Km da capital do Estado de Santa

Catarina, o município de Palhoça está localizado a uma altitude média de 3m acima do

nível do mar, possuindo clima úmido com as quatro estações bem definidas. As

temperaturas durante o verão ficam em torno de 30ºC e no inverno em torno de 10ºC.

As chuvas são bem distribuídas por todo o ano e a precipitação média anual é de

1.800mm. Os ventos mais freqüentes são o sul e o nordeste.

O relevo de Palhoça possui preponderância de planícies. São planícies litorâneas com

mangues e restingas utilizadas principalmente para a agricultura e a pecuária. Mais

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

22

para o interior do município, o relevo é constituído de maciços rochosos da Serra do

Mar (Serra do Tabuleiro), sendo que seus pontos mais elevados são o Morro do

Cambirela, com 1.043m e o Morro da Pedra Branca, com 500m.

O município é banhado pelos rios Imaruim, Passa Vinte, Cubatão, Massiambu, Aririú e

da Madre e sua vegetação é uma continuação das encostas do litoral brasileiro,

constituído de árvores como a canela, pinho, cedro, ipê, jacarandá e outras. É

composta também de mangues com vegetações rasteiras, adaptadas aos solos úmidos

invadidos pela maré. Entre os mangues localizados no município tem-se o da Barra do

Aririú, Massiambu, Cubatão e Rio Grande, quase todos de grande importância

ecológica e econômica para a região.

Palhoça faz parte do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro (Figura 18), importante

unidade de conservação da região e tem mais de 70% de seu território considerado

como área de preservação permanente.

Figura 17: Prefeitura Municipal de Palhoça. Figura 18: Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

23

Figura 19: Praça 7 de Setembro, centro de Palhoça.

Figura 20: Antigo prédio da prefeitura (1895).

5.3.1.7 Santo Amaro da Imperatriz

O povoamento deste município está relacionado à descoberta da fonte de águas

termais, por caçadores, em 1813. O Governo Imperial brasileiro destacou, então, um

contingente policial para a guarda do local, uma vez que a região era habitada por

índios hostis. Em 18 de março de 1819, o rei Dom João VI determinou a construção de

um hospital, dando origem à primeira lei relativa à criação de uma estância termal no

Brasil.

Em 1845, a cidade recebeu a visita do casal imperial Dom Pedro II e Dona Teresa

Cristina, que mandou construir mais uma edificação voltada para alívio de males da

saúde de visitantes. Em homenagem à imperatriz, a localidade de Caldas do Cubatão,

nos arredores da cidade, foi rebatizada como Caldas da Imperatriz.

Santo Amaro da Imperatriz está a 34 quilômetros de Florianópolis, possuindo clima

mesotérmico de tipo úmido, sem estações secas. Há ocorrência de geadas nos meses

de inverno.

É conhecida como o “Verde Vale das Termas”, dispondo de uma natureza rica de belas

paisagens da Mata Atlântica, especialmente cachoeiras, como o Salto do Cubatão, a

Cachoeira da Cobrinha de Ouro e o Santo do Rio Matias. Suas águas termais jorram

da terra a uma temperatura de 41,5ºC e suas propriedades terapêuticas atraem muitos

visitantes para tratamentos diversos.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

24

Figura 21: Vista de Santo Amaro da Imperatriz.

5.3.1.8 São José

O município de São José está a 10 quilômetros de Florianópolis e foi a quarta

localidade fundada no Estado de Santa Catarina, colonizada por 180 casais de

açorianos que chegaram no primeiro trimestre de 1750, oriundos das ilhas de São

Miguel e de São Jorge, nos Açores.

Importante centro de comércio, o município teve um desenvolvimento rápido e foi

emancipado em maio de 1833. Hoje a base da economia municipal sustenta-se ainda

no comércio, na indústria e nas atividades de prestação de serviços. Contribui ainda a

pesca artesanal, a maricultura, a produção de cerâmica utilitária e a agropecuária,

como atividades geradoras de trabalho e renda.

Na área de São José predomina o clima subtropical mesotérmico úmido e o relevo é

caracterizado pela presença de espigões e esporões rebaixados, pequenos maciços,

morros isolados ou em grupos, morrotes e colinas de rochas metamórficas. Já a

drenagem hídrica é constituída essencialmente pelo rio Maruim e seus afluentes, sendo

os principais deles o rio Forquilhas, o rio Pagara, o córrego Mariquita e o córrego da

Colônia Santana.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

25

Figura 22: Praça Central em São José. Figura 23: Monumento ao Imigrante em São José e Câmara Municipal.

Figura 24: Panorama de São José. Figura 25: Vista da BR-101 (ao fundo) em São José.

5.3.1.9 São Pedro de Alcântara

O município de São Pedro de Alcântara permaneceu por muitos anos subordinado ao

município de São José, primeiro como freguesia, depois como distrito. Apesar de

reconhecida como cidade apenas em 1994 e efetivamente emancipada somente em

1997, nela ocorreu a primeira colônia alemã de Santa Catarina, fundada em 1829, a

montante do Rio Imaruí por imigrantes provenientes principalmente das regiões de

Hunsrück e Eifel, sudeste da Alemanha.

Distante 31 quilômetros da capital Florianópolis, possui relevo acidentado e clima

mesotérmico úmido com temperaturas médias entre 15ºC e 25ºC, a uma altitude de

300 metros acima do nível do mar.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

26

São Pedro de Alcântara tem apoiado seu desenvolvimento no turismo, especialmente o

de tipo ecológico e rural, na produção de hortigranjeiros e derivados de cana

(principalmente cachaça artesanal de alambique).

Figura 26: Portal de Entrada em São Pedro de Alcântara.

Figura 27: Vista parcial de São Pedro de Alcântara.

Figura 28: Prefeitura Municipal de São Pedro de Alcântara.

Figura 29: Praça João Adalgisio Filipe.

Apresentada a metodologia geral empregada para realização do trabalho e feita esta

breve apresentação dos municípios compreendidos neste Diagnóstico do Meio

Socioeconômico das áreas de influência do Contorno de Florianópolis, passa-se à

apresentação do diagnóstico propriamente dito.

O mesmo é apresentado segundo uma estrutura temática de nove partes, definida a

partir do Termo de Referência elaborado pelo IBAMA, complementada por subitens

criados a partir da percepção construída, ao longo dos estudos sob os aspectos

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

27

antrópicos com maior probabilidade de apresentarem interações significativas com as

transformações ambientais decorrentes do empreendimento.

De modo a compor uma base inicial de sustentação para o estudo do meio

socioeconômico, o item 5.3.2 traz a Caracterização Populacional da AII e da AID,

conforme solicitado no TR, onde é feita uma apreciação das questões demográficas de

caráter mais abrangente, criando-se desta maneira, um pano de fundo para as

apreciações específicas subsequentes. Também são apreciados os indicadores sociais

disponíveis para compreensão da situação social da área de estudo, pois se entende

que a disponibilidade de uma base ampla de indicadores sociais confiáveis, válidos e

relevantes potencializa certamente as possibilidades de se maximizar o sucesso num

processo de formulação e implementação de projetos, programas e/ou políticas

públicas, apoiando diagnósticos sociais mais bem respaldados tecnicamente.

Além dos chamados indicadores sociais, uma ampla gama de indicadores contribui

para explicar o contexto socioeconômico de uma determinada região, evidenciando

múltiplas formas através das quais, as variáveis socioeconômicas que combinam às do

meio natural para constituir a capacidade de suporte antrópico do meio e o processo de

aproveitamento das potencialidades locais e regionais pelo homem.

Assim, ainda no item referente à Caracterização Populacional, tem-se no subitem

5.3.2.2– Caracterização da Área de Influência Direta, uma pormenorização de diversos

aspectos solicitados no TR para a AID do empreendimento, a saber: educação, saúde,

transporte, energia elétrica, comunicação, abastecimento de água, coleta e tratamento

de esgotos, coleta e disposição de resíduos sólidos e segurança pública.

Completando o tópico referente à Caracterização Populacional, o relatório traz uma

caracterização da organização social da área (subitem 5.3.2.3), com indicação dos

grupos e instituições existentes, lideranças, associações e movimentos comunitários,

os padrões de migração existentes e as interferências sobre os municípios

atravessados (subitem 5.3.2.4), além das expectativas da população diretamente

afetada pelo empreendimento (subitem 5.3.2.5).

Na sequência, sempre obedecendo à itemização geral proposta no TR do IBAMA, o

relatório traz um item específico para a Caracterização das Condições de Saúde e

Doenças Endêmicas (5.3.3), onde é feita a análise da ocorrência regional de doenças

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

28

endêmicas associada à verificação, ao longo da Área de Influência Direta-AID, de

áreas com habitats favoráveis ao surgimento e proliferação de vetores destas doenças.

O item subsequente, 5.3.4, trata da Estrutura Produtiva e de Serviços verificada nas

áreas de influência do empreendimento. Neste tópico, são apresentadas as

contribuições de cada setor produtivo clássico (primário, secundário, terciário), níveis

tecnológicos, aspectos da economia informal, destinação da produção local, população

economicamente ativa-PEA, situação de desemprego e níveis de renda. Também são

expressas para a Área de Influência Direta-AID, as atuais atividades econômicas das

comunidades atingidas pelo empreendimento, aspectos da geração de emprego,

situação de renda e potencialidades econômicas existentes. Entre os aspectos

econômicos, foram também identificados no diagnóstico, os vetores de crescimento

regional e suas interferências com o empreendimento proposto.

Outro requisito solicitado no TR é o Uso e Ocupação do Solo (item 5.3.5). Para

atendimento desta questão, entre os subitens 5.3.5.1 e 5.3.5.4 o relatório traz uma

caracterização da paisagem através da análise descritiva da evolução da ocupação

humana na região, a caracterização e o mapeamento do uso e ocupação do solo, os

instrumentos de planejamento urbano nos municípios interceptados e os vetores de

crescimento urbano, os locais de interceptação de estruturas existentes, a estrutura

fundiária na AID do empreendimento, a interceptação de reservas legais na ADA e o

levantamento de projetos de assentamentos rurais (existentes ou previstos) na AID e

ADA.

O tópico 5.3.6 é referente ao processo de Reassentamento e Desapropriação devido

às intervenções necessárias para implantação do empreendimento, incluindo uma

caracterização dos atingidos e já algumas recomendações para o atendimento e

tratamento dos mesmos.

A caracterização das comunidades tradicionais e/ou quilombolas é apresentada no item

5.3.7 e o mesmo é feito em relação às comunidades indígenas, no item 5.3.8.

Por fim, fechando o Relatório de Diagnóstico do Meio Socioeconômico de implantação

do Contorno de Florianópolis, é apresentado, no item 5.3.9, o resultado das

investigações referentes ao patrimônio histórico, cultural e arqueológico,

adiantando,inclusive recomendações para um futuro programa de educação patrimonial

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

29

abrangendo comunidades atingidas e os trabalhadores da obra, caso o

empreendimento seja efetivado.

Apresenta-se o mapa que detalha as regiões que compreendem as Áreas de Influência

Direta (AID) e Indireta (AII) do Contorno Rodoviário de Florianópolis para o Meio

Socioeconômico.

DE-13008-ROD-PAV-EIA-032-0

LEGENDA

PROJETO DESENHO DATA FOLHA N°

ESCALA TOPOGRAFIA

A. E. S. N°

APROVADO

CONFERIDO

DATA

APROVAÇÃO

ASSINATURA

DATA

DESENHO

PROJETO

DATA

DATA

DATA

N° REVISÃO

DATA

Nº DO DESENHO

AUTOPISTA LITORAL SUL

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA

CONTORNO RODOVIÁRIO DE FLORIANÓPOLIS/SC

JULHO / 2013

JULHO / 2013

JULHO / 2013EIXO DO PROJETO

ÁREA DE INFLUÊNCIA

JULHO / 2013FRP

MPB

01/01

0 km 5 km

MEIO SOCIOECONÔMICO

G

F

E

D

C

B

REVISÃO - 1A

EMISSÃO ORIGINALREV

FRP

MPB

1:150.000

H

ADA (FAIXA DE DOMÍNIO)

AID SOCIOECONÔMICO (ARQUEOLOGIA 2000m)

AII SOCIOECONÔMICO (Municípios de Florianópolis, Gov. Celso Ramos, Biguaçu, São José, Palhoça, Antônio

Carlos, São Pedro de Alcântara, Santo Amaro da Imperatriz e Águas Mornas)

E 680000

E 700000

E 720000E 740000

N 6

96

00

00

N 6

94

00

00

N 6

92

00

00

E 760000

N 6

96

00

00

N 6

94

00

00

N 6

92

00

00

E 680000

E 700000

E 720000E 740000

E 760000

E 780000

E 780000

N 6

98

00

00

N 6

98

00

00

1AII SOCIOECONÔMICO (ARQUEOLOGIA)

AID SOCIOECONÔMICO (Municípios de Florianópolis, Gov. Celso Ramos, Biguaçu, São José e Palhoça)

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

31

5.3.2 Caracterização Populacional

A Caracterização Populacional das áreas de influência do empreendimento torna

possível cotejar a situação atual da região com a avaliação dos impactos previstos

pelas intervenções propostas, permitindo aos responsáveis e demais interessados no

empreendimento, estabelecer e qualificar, de forma objetiva as estratégias

direcionadas a aperfeiçoar a obtenção de benefícios ambientais, sociais e econômicos.

A relação entre a dinâmica demográfica e a mudança ambiental é, pois, uma dimensão

essencial para se avaliar a pressão das mudanças advindas do empreendimento sobre

os recursos naturais e sociais da área afetada.

O estudo da população compreendida pelo projeto, voltado para a caracterização da

dinâmica populacional foi realizado a partir de dados oriundos do sistema de

informação de diversos órgãos públicos, em especial o IBGE (Censo Demográfico 2010

e outros estudos e estimativas), secretarias de estado e prefeituras municipais, dando-

se preferência aos dados mais recentes. Ele enfoca os seguintes aspectos: população

total, urbana e rural e sua distribuição e mapeamento, grau de urbanização, taxa de

crescimento e densidade demográfica, estrutura da população por idade e sexo.

Iniciando a caracterização populacional, apresenta-se a seguir a Tabela 1, que traz

dados gerais a respeito dos municípios da Área de Influência Direta e Indireta do

empreendimento.

Tabela 1: Área de Influência Direta e Indireta – Dados Gerais.

Município Distância da capital

(Km) Área Municipal

(Km2)

Densidade Demográfica (Hab./Km2)

Águas Mornas 36 326,524 16,99

Antônio Carlos 32 229,119 32,55

Biguaçu 18 374,450 155,44

Florianópolis - 671,578 627,24

Governador Celso Ramos

50 116,668 111,42

Palhoça 15 395,000 347,68

Santo Amaro da Imperatriz

34 344,968 57,46

São José 10 151,137 1388,17

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

32

Município Distância da capital

(Km) Área Municipal

(Km2)

Densidade Demográfica (Hab./Km2)

São Pedro de Alcântara

31 139,636 33,69

Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2010.

A densidade demográfica observada é um indicativo da distribuição espacial média dos

efetivos demográficos nos municípios estudados e está diretamente relacionada com o

grau de desenvolvimento, progresso e bem estar num determinado espaço, pois sabe-

se que em larga medida, estes são condicionados por uma cobertura demográfica

equilibrada, com adequada provisão de infraestruturas básicas tantos físicas quanto

sociais, necessárias ao atendimento eficiente da população de um determinado

território. Em outras palavras, a proporção de pessoas e solo urbano disponível pode

ter impacto significativo na saúde, meio ambiente, produtividade das cidades,

eficiências dos serviços públicos, enfim, no desenvolvimento humano como um todo.

A questão da densidade demográfica, portanto, constitui um dos elementos balizadores

para avaliação das condições de habitabilidade de um local e é uma das formas de

percepção do modo como a maior ou menor concentração de pessoas, construções e

atividades influenciam o tipo e a qualidade de vida que nele se pode desfrutar.

Se por um lado uma maior densidade demográfica pode indicar maior vitalidade

urbana, mais geração de receitas e produtividade urbanas, por outro, áreas

densamente ocupadas podem sobrecarregar e causar saturação das redes de

infraestrutura e serviços urbanos e maior pressão de demanda sobre o solo urbano,

terrenos e espaço habitacional.

No caso dos municípios analisados chama a atenção a alta concentração populacional

nos municípios da Área de Influência Direta, especialmente a capital, Florianópolis,

com 627,24 hab./Km2 e São José que chega a ter 1388,17 hab./Km2, quando a média

do Estado de Santa Catarina é de 65,29 hab./Km2.

A seguir apresentam-se os dados referentes ao incremento populacional verificado nos

municípios em análise, expostos na Tabela 2. O período considerado foi entre os

Censos Demográficos de 2000 e 2010 disponibilizados pelo IBGE e permitem verificar

o acréscimo populacional de 167.709 habitantes na população total, considerando-se

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

33

as Áreas de Influência como um todo, passando de 709.407 habitantes no ano de 2000

para 877.116, em 2010, o que representa uma variação de 23,64% no período de dez

anos. Para efeito de comparação, apresenta-se também o incremento populacional

referente ao Estado de Santa Catarina, que ficou em 16,65% no mesmo período.

Tabela 2:Crescimento Populacional na Área de Influência Direta e Indireta e Estado de Santa Catarina.

Municípios População Total Taxa de

Crescimento

(%) 2000 2010

Águas Mornas 5.390 5.548 2,93

Antônio Carlos 6.434 7.458 15,91

Biguaçu 48.077 58.206 21,06

Florianópolis 342.315 421.240 23,05

Governador Celso Ramos 11.598 12.999 12,07

Palhoça 102.742 137.334 33,66

Santo Amaro da Imperatriz 15.708 19.823 26,19

São José 173.559 209.804 20,88

São Pedro de Alcântara 3.584 4.704 31,25

Santa Catarina 5.356.360 6.248.436 16,65

Fontes: IBGE- Censos Demográficos 2000 e 2010.

Conforme as Estimativas de População Residente nos Municípios Brasileiros com data

de referência em 1º de julho de 2012, apresentadas pelo IBGE, a população nas Áreas

de Influência do empreendimento está apresentada na Tabela 3.

Tabela 3: Estimativas de População 2011 - Área de Influência Direta e Indireta

Município População 2012

Águas Mornas 5.685

Antônio Carlos 7.613

Biguaçu 59.736

Florianópolis 433.158

Governador Celso Ramos 13.211

Palhoça 142.558

Santo Amaro da Imperatriz 20.332

São José 215.278

São Pedro de Alcântara 4.874

Fonte: IBGE, Estimativa Populacional 2012.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

34

Nos últimos 50 anos, o Brasil tem passado por um intenso processo de urbanização,

que tem sido focalizado sob diferentes pontos de vista, umas voltadas ao apontamento

e análise das transformações econômicas que produzem o fenômeno da urbanização,

outras enfatizando as modificações dos padrões de vida da população que o

concretiza. A Tabela 4 traz a divisão da população entre as áreas rural e urbana,

segundo os Censos Demográficos do IBGE de 2000 e 2010.

Tabela 4: População Urbana e Rural na AII e AID.

Municípios

População Urbana

População Rural Taxa de Urbanização

2000 (%)

Taxa de Urbanização

2010 (%) 2000 2010 2000 2010

Águas Mornas 1.715 2.327 3.675 3.221 31,81 41,94

Antônio Carlos 1.760 2.341 4.674 5.117 27,35 31,38

Biguaçu 42.907 52.758 5.170 5.448 89,24 90,64

Florianópolis 332.185 405.286 10.130 15.954 97,04 96,21

Governador Celso Ramos

10.842 12.252 756 747 93,48 94,25

Palhoça 97.914 135.311 4.828 2.023 95,30 98,52

Santo Amaro da Imperatriz

12.536 14.970 3.172 4.853 79,80 75,51

São José 171.230 207.312 2.329 2.492 98,65 98,81

São Pedro de Alcântara

2.096 3.729 1.488 975 58,48 79,27

Fonte: IBGE, Censos Demográficos, 2000 e 2010.

Pela tabela apresentada acima se pode verificar que apenas os municípios de Águas

Mornas e Antônio Carlos se mantêm ainda predominantemente rurais, com taxas de

urbanização de 41,94% e 31,38%, respectivamente. Todos os demais cresceram sua

população urbana, alguns deles significativamente, como é o caso de São Pedro de

Alcântara, que teve um acréscimo de 20,79% na taxa de urbanização. A exceção,

curiosamente, deu-se na capital Florianópolis, que sofreu um pequeno decréscimo em

sua taxa de urbanização, de apenas 0,83%.

Outro dado relevante que foi coletado com o propósito de se traçar a caracterização

populacional da área de estudo foi à estrutura da população por idade e sexo. Esses

dados demonstraram o estreitamento do número de habitantes nas faixas etárias mais

jovens, que aliadas ao crescimento da população total anteriormente observado,

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

35

indicam a configuração da população economicamente ativa, ou melhor, da força de

trabalho, indicando ampliação da base em idade ativa e, consequentemente, da

disponibilidade de mão-de-obra. Este fato se refletirá nas condições econômicas dos

municípios estudados que serão tratadas mais adiante neste diagnóstico. As Tabelas a

seguir (Tabela 5 a Tabela 13) trazem as informações a respeito deste perfil em cada

município da Área de Influência Direta e Indireta do empreendimento de construção do

Contorno de Florianópolis, segundo o Censo Demográfico de 2010, realizado pelo

IBGE.

Tabela 5: População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2010 - Águas Mornas.

Faixa Etária Masculino Feminino Total

Menos de 1 ano 21 29 50

1 a 4 anos 102 115 217

5 a 9 anos 183 185 368

10 a 14 anos 220 243 463

15 a 19 anos 269 260 529

20 a 24 anos 253 246 499

25 a 29 anos 230 190 420

30 a 34 anos 181 188 369

35 a 39 anos 201 208 409

40 a 44 anos 245 215 460

45 a 49 anos 228 193 421

50 a 54 anos 172 149 321

55 a 59 anos 142 131 273

60 a 64 anos 108 110 218

65 a 69 anos 98 91 189

70 a 74 anos 70 63 133

75 a 79 anos 43 64 107

80 a 84 anos 29 40 69

85 a 89 anos 11 15 26

90 a 94 anos 4 2 6

95 a 99 anos - 1 1

100 anos ou mais - - -

Total 2.810 2.738 5.548

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

36

Tabela 6: População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2010 - Antônio Carlos.

Faixa Etária Masculino Feminino Total

Menos de 1 ano 55 51 106

1 a 4 anos 64 177 241

5 a 9 anos 257 258 515

10 a 14 anos 304 310 614

15 a 19 anos 326 354 680

20 a 24 anos 306 285 591

25 a 29 anos 292 315 607

30 a 34 anos 321 299 620

35 a 39 anos 294 306 600

40 a 44 anos 321 272 593

45 a 49 anos 285 255 540

50 a 54 anos 203 176 379

55 a 59 anos 170 166 336

60 a 64 anos 151 147 298

65 a 69 anos 110 111 221

70 a 74 anos 84 86 170

75 a 79 anos 59 65 124

80 a 84 anos 29 42 71

85 a 89 anos 19 16 35

90 a 94 anos 5 5 10

95 a 99 anos 2 5 7

100 anos ou mais - - -

Total 3.757 3.701 7.458

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

Tabela 7: População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2010–Biguaçu.

Faixa Etária Masculino Feminino Total

Menos de 1 ano 382 396 778

1 a 4 anos 1.598 1.536 3.134

5 a 9 anos 2.209 2.164 4.373

10 a 14 anos 2.587 2.695 5.282

15 a 19 anos 2.710 2.721 5.431

20 a 24 anos 2.638 2.682 5.320

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

37

Faixa Etária Masculino Feminino Total

25 a 29 anos 2.750 2.698 5.448

30 a 34 anos 2.458 2.426 4.884

35 a 39 anos 2.274 2.224 4.498

40 a 44 anos 2.077 2.229 4.306

45 a 49 anos 1.850 1.972 3.822

50 a 54 anos 1.590 1.673 3.263

55 a 59 anos 1.259 1.352 2.611

60 a 64 anos 859 912 1.771

65 a 69 anos 529 623 1.681

70 a 74 anos 382 516 898

75 a 79 anos 273 336 609

80 a 84 anos 142 218 360

85 a 89 anos 65 117 182

90 a 94 anos 24 36 60

95 a 99 anos 5 12 17

100 anos ou mais 4 3 7

Total 28.665 29.543. 58.206

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

Tabela 8: População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2010–Florianópolis.

Faixa Etária Masculino Feminino Total

Menos de 1 ano 2.326 2.290 4.616

1 a 4 anos 9.343 8.879 18.222

5 a 9 anos 12.035 11.939 23.974

10 a 14 anos 14.486 14.107 28.593

15 a 19 anos 16.228 16.345 32.573

20 a 24 anos 20.849 20.367 41.216

25 a 29 anos 21.987 21.869 43.856

30 a 34 anos 18.880 19.295 38.175

35 a 39 anos 15.932 16.635 32.567

40 a 44 anos 14.250 15.825 30.075

45 a 49 anos 14.054 16.408 30.462

50 a 54 anos 12.204 14.321 26.525

55 a 59 anos 9.944 12.019 21.963

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

38

Faixa Etária Masculino Feminino Total

60 a 64 anos 7.639 9.019 16.658

65 a 69 anos 4.930 6.124 11.054

70 a 74 anos 3.573 4.627 8.200

75 a 79 anos 3.482 3.492 6.974

80 a 84 anos 1.348 2.473 3.821

85 a 89 anos 573 1.375 1.948

90 a 94 anos 184 568 752

95 a 99 anos 38 177 215

100 anos ou mais 9 39 48

Total 203.047 218.193 421.240

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

Tabela 9: População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2010 - Governador Celso Ramos.

Faixa Etária Masculino Feminino Total

Menos de 1 ano 66 59 125

1 a 4 anos 275 290 565

5 a 9 anos 463 406 869

10 a 14 anos 557 488 1.045

15 a 19 anos 605 552 1.157

20 a 24 anos 556 517 1.073

25 a 29 anos 547 519 1.066

30 a 34 anos 490 482 972

35 a 39 anos 537 568 1.105

40 a 44 anos 540 505 1.045

45 a 49 anos 542 461 1.003

50 a 54 anos 394 409 803

55 a 59 anos 384 335 719

60 a 64 anos 238 220 458

65 a 69 anos 185 189 374

70 a 74 anos 128 123 251

75 a 79 anos 69 114 183

80 a 84 anos 41 73 114

85 a 89 anos 17 32 49

90 a 94 anos 6 10 16

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

39

Faixa Etária Masculino Feminino Total

95 a 99 anos - 5 5

100 anos ou mais 1 1 2

Total 6.641 6.358 12.999

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

Tabela 10: População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2010–Palhoça.

Faixa Etária Masculino Feminino Total

Menos de 1 ano 976 982 1.958

1 a 4 anos 3.890 3.741 7.631

5 a 9 anos 5.173 4.835 10.008

10 a 14 anos 6.221 6.019 12.240

15 a 19 anos 6.265 6.245 12.510

20 a 24 anos 6.340 6.363 12.703

25 a 29 anos 6.627 6.541 13.168

30 a 34 anos 6.341 6.089 12.430

35 a 39 anos 5.714 5.582 11.296

40 a 44 anos 5.134 5.175 10.309

45 a 49 anos 4.413 4.757 9.170

50 a 54 anos 3.621 3.769 7.390

55 a 59 anos 2.865 2.986 5.851

60 a 64 anos 1.903 2.103 4.006

65 a 69 anos 1.193 1.334 2.527

70 a 74 anos 864 983 1.847

75 a 79 anos 466 692 1.158

80 a 84 anos 272 426 698

85 a 89 anos 112 189 301

90 a 94 anos 29 66 95

95 a 99 anos 15 16 31

100 anos ou mais 2 5 7

Total 68.436 68.898 137.334

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

40

Tabela 11: População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2010 - Santo Amaro da Imperatriz.

Faixa Etária Masculino Feminino Total

Menos de 1 ano 103 120 223

1 a 4 anos 495 456 951

5 a 9 anos 656 599 1.255

10 a 14 anos 900 835 1.735

15 a 19 anos 909 880 1.789

20 a 24 anos 922 873 1.795

25 a 29 anos 864 843 1.707

30 a 34 anos 806 772 1.578

35 a 39 anos 796 780 1.576

40 a 44 anos 857 758 1.615

45 a 49 anos 701 775 2.177

50 a 54 anos 560 565 1.125

55 a 59 anos 488 415 903

60 a 64 anos 323 368 691

65 a 69 anos 240 246 486

70 a 74 anos 165 195 360

75 a 79 anos 92 160 252

80 a 84 anos 70 101 171

85 a 89 anos 22 62 84

90 a 94 anos 10 26 36

95 a 99 anos 5 9 14

100 anos ou mais - 1 1

Total 9.984 9.839 19.823

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

Tabela 12: População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2010 - São José.

Faixa Etária Masculino Feminino Total

Menos de 1 ano 1.355 1.322 2.677

1 a 4 anos 5.142 4.901 10.043

5 a 9 anos 6.786 6.450 13.236

10 a 14 anos 8.101 7.887 15.988

15 a 19 anos 8.592 8.556 17.148

20 a 24 anos 9.939 10.082 20.021

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

41

Faixa Etária Masculino Feminino Total

25 a 29 anos 10.604 10.848 21.452

30 a 34 anos 9.497 9.770 19.267

35 a 39 anos 8.296 8.514 16.810

40 a 44 anos 7.532 8.137 15.669

45 a 49 anos 6.749 7.816 14.565

50 a 54 anos 5.869 6.981 12.850

55 a 59 anos 4.658 5.577 10.235

60 a 64 anos 3.316 4.003 7.319

65 a 69 anos 1.998 2.662 4.660

70 a 74 anos 1.353 1.891 3.244

75 a 79 anos 867 1.397 2.264

80 a 84 anos 449 905 1.354

85 a 89 anos 191 457 648

90 a 94 anos 72 189 261

95 a 99 anos 22 59 81

100 anos ou mais 4 8 12

Total 101.392 108.412 209.804

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

Tabela 13: População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2010 - São Pedro de Alcântara.

Faixa Etária Masculino Feminino Total

Menos de 1 ano 11 14 25

1 a 4 anos 75 74 149

5 a 9 anos 78 93 171

10 a 14 anos 137 126 263

15 a 19 anos 150 134 284

20 a 24 anos 407 127 534

25 a 29 anos 504 117 621

30 a 34 anos 386 119 505

35 a 39 anos 256 116 372

40 a 44 anos 235 140 375

45 a 49 anos 180 118 298

50 a 54 anos 139 99 238

55 a 59 anos 109 88 197

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

42

Faixa Etária Masculino Feminino Total

60 a 64 anos 100 84 184

65 a 69 anos 62 81 143

70 a 74 anos 74 76 150

75 a 79 anos 51 53 104

80 a 84 anos 22 32 65

85 a 89 anos 5 20 25

90 a 94 anos 6 4 10

95 a 99 anos 1 1 2

100 anos ou mais - - -

Total 2.988 1.716 4.704

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

Também observa-se quanto à questão de gênero, a ligeira predominância da

população feminina, maioria nos municípios mais populosos. Considerando-se toda a

área de influência do empreendimento, as mulheres correspondem a 51,24%, enquanto

os homens somam 48,76% do total da população.

Já a Razão de Sexo (razão entre o número de homens e o número de mulheres em

uma população) nos municípios atingidos é a seguinte: para cada mulher tem-se 1,03

homens em Águas Mornas, para cada mulher tem-se 1,01 homens em Antônio Carlos,

para cada homem tem-se 1,03 mulheres em Biguaçu, para cada homem tem-se 1,07

mulheres em Florianópolis, para cada mulher tem-se 1,04 homens em Governador

Celso Ramos, para cada homem tem-se 1,01 mulheresem Palhoça, para cada mulher

tem-se 1,01 homens em Santo Amaro da Imperatriz, para cada homem tem-se 1,07

mulheres em São José e para cada mulher tem-se 1,74 homens em São Pedro de

Alcântara.

Outra característica extraída do Censo Demográfico e considerada relevante para este

diagnóstico, diz respeito ao número de domicílios recenseados e a média de

moradores naqueles de natureza particular. A Tabela 14traz estes dados.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

43

Tabela 14: Número de domicílios recenseados e média de moradores em domicílios particulares ocupados nos municípios da AII e AID.

Município Domicílios Recenseados Média de Moradores

Águas Mornas 2.347 3,28

Antônio Carlos 2.733 3,28

Biguaçu 21.226 3,22

Florianópolis 194.819 2,84

Governador Celso Ramos

7.640 3,15

Palhoça 58.788 3,18

Santo Amaro da Imperatriz

7.398 3,20

São José 78.642 3,00

São Pedro de Alcântara 1.602 3,03

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

A intensidade de ocupação do espaço de moradia é um item associado ao nível de

conforto domiciliar e nas cidades pesquisadas pode-se observar, de forma geral, que

os indicadores encontram-se abaixo da média nacional de moradores por domicílio,

que é de 3,33 m/d.

5.3.2.1 Indicadores Sociais

A contextualização demográfica realizada no tópico precedente permite parâmetros

para avaliação dos indicadores sociais dos municípios estudados, importantes

instrumentos para se delinear a situação de bem-estar social e vulnerabilidade da

população envolvida.

Desse modo, visando proceder à pesquisa sobre as condições de vida dos habitantes

dos municípios das Áreas de Influência Direta e Indireta relativas ao Contorno de

Florianópolis, foram tomados como referência, o Índice de Desenvolvimento Humano

Municipal – IDH-M (Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, 2000), o Índice de

Desenvolvimento Familiar – IDF, o Índice de Vulnerabilidade – IV (Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS, 2008), o Índice de GINI e a

incidência da pobreza (Mapa da Pobreza no Brasil, IBGE, 2003), o Índice de

Desenvolvimento Infantil – IDI (UNICEF, 2004) e a situação de exclusão social

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

44

mensurada no Mapa da Exclusão Social no Brasil (2007) e no Atlas da Exclusão Social

no Brasil (2003).Ao final, apresenta-se Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal

desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro-FIRJAN.

Assim, para a mensuração da qualidade de vida da população considerou-se este

conjunto de indicadores sociais, que além de metodologias consagradas, diz respeito a

processos de desenvolvimento, pobreza e meio ambiente, o que permite se inferir com

segurança, o estado de bem-estar social da população estudada. Pretende-se aqui,

retratar o estado social desta população e conhecer seu nível de desenvolvimento

social, de modo a medir os impactos sociais do desenvolvimento econômico alcançado

por cada um dos nove municípios afetados pelo empreendimento.

O IDH-M 2000, apesar de carecer de atualização frente ao novo Censo Demográfico

realizado em 2010, ainda é uma das mais conhecidas medidas classificatórias

disponíveis para o nível municipal no que se refere ao desenvolvimento humano.

O IDH é um índice composto, calculado com base em metodologia que pondera o

desempenho de um conjunto de indicadores relativos a diferentes áreas relacionadas

com a qualidade de vida e a condição socioeconômica da população. O índice varia

numa escala de 0 a 1, sendo que quanto mais perto de 1, melhor o desenvolvimento

humano. O cálculo é feito pela média simples de três componentes: longevidade

(medida pela esperança de vida ao nascer), educação (medida pela combinação da

taxa de alfabetização com a taxa bruta de matrículas por nível de ensino e freqüência)

e renda (medida pela renda familiar per capita). A Tabela 15 traz os resultados de IDH-

M alcançados em 2000 nos municípios da AII e AID do empreendimento em questão.

Tabela 15: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal-IDHM, 2000 – AII e AID

Município IDHM 2000

IDHM Renda 2000

IDHM Longevidade2

000

IDHM Educação200

0

Águas Mornas 0,783 0,671 0,834 0,843

Antônio Carlos 0,827 0,720 0,882 0,879

Biguaçu 0,818 0,657 0,725 0,816

Florianópolis 0,875 0,867 0,797 0,960

Governador Celso Ramos

0,790 0,681 0,830 0,860

Palhoça 0,816 0,725 0,830 0,894

Santo Amaro da 0,843 0,718 0,834 0,978

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

45

Município IDHM 2000

IDHM Renda 2000

IDHM Longevidade2

000

IDHM Educação200

0 Imperatriz

São José 0,849 0,784 0,839 0,925

São Pedro de Alcântara 0,795 0,666 0,839 0,880

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil/PNUD, 2000.

Pelos parâmetros estabelecidos pela Organização das Nações Unidas-ONU, índices

inferiores ao patamar de 0,5 representam baixo índice de desenvolvimento humano,

índices entre 0,5 e 0,8 indicam médio desenvolvimento humano e acima de 0,8

apontam para um alto desenvolvimento humano.

No final de 2008, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome-MDS

publicou um novo Mapa da Pobreza no Brasil, cujos principais indicadores são o Índice

de Desenvolvimento Familiar-IDF e o Índice de Vulnerabilidade. O trabalho foi

desenvolvido com base no Cadastro Único do MDS, que reúne um amplo estoque de

informações sobre as famílias assistidas pelo Programa Bolsa Família, do Governo

Federal.

O IDF e o IV consideraram seis itens que representam dimensões de cidadania:

vulnerabilidade familiar, escolaridade, acesso ao trabalho, renda, desenvolvimento

infantil e condições de habitação.

Os indicadores de acesso ao conhecimento consideraram a presença de analfabetos

ou pessoas com menos de quatro anos de estudo na família. Quanto ao acesso ao

trabalho, foram consideradas pessoas ocupadas com rendimentos acima de 1 salário

mínimo. As condições de habitação foram avaliadas em função do número de pessoas

habitando o mesmo domicílio, o atendimento por saneamento básico, água tratada,

esgoto, coleta de lixo e eletricidade. Cada uma das dimensões forma níveis de

agregação que ajudam a compor os índices principais.

O IDF e demais índices que o compõem tem uma variação de 0 a 1, sendo que mais

próximo de zero indica pior situação, enquanto mais próximo de um, indica melhor

situação.

O Índice de Desenvolvimento Familiar e o Índice de Vulnerabilidade, revelam as

dificuldades geradas e/ou potencializadas pela pobreza e a marginalização da

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

46

população no processo de exclusão social, isto é, no processo que impossibilita parte

da população de partilhar de bens e recursos oferecidos pela sociedade, conduzindo à

privação, ao abandono e à expulsão desta população dos espaços sociais.

Na Tabela 16 apresentam-se os índices relativos aos municípios da AII e AID do

Contorno de Florianópolis, no que se refere ao seu grau de risco social.

Tabela 16: Indicadores de Risco Social na AII e AID.

Índices de Risco

Ág

uas

M

orn

as

An

tôn

io

Car

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Jo

São

Ped

ro

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lcân

tara

Acesso ao Trabalho

0,15 0,08 0,06 0,10 0,09 0,05 0,09 0,10 0,06

Disponibilidade de Recursos

0,79 0,78 0,50 0,66 0,74 0,70 0,77 0,76 0,74

Desenvolvimento Infantil

0,69 0,70 0,64 0,67 0,70 0,60 0,67 0,66 0,62

Condições Habitacionais

0,67 0,71 0,77 0,81 0,79 0,78 0,77 0,83 0,64

Acesso ao Conhecimento

0,41 0,46 0,42 0,49 0,41 0,44 0,45 0,47 0,42

Vulnerabilidade 0,75

0,66 0,66 0,65 0,71 0,64 0,69 0,66 0,70

IDF 0,58 0,56 0,51 0,56 0,57 0,54 0,57 0,58 0,53

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome-MDS, 2008.

Já o Índice de Gini é uma medida de concentração ou desigualdade na distribuição de

renda. Ele aponta as diferenças entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais

ricos. Numericamente também varia de 0 a 1, onde o zero teoricamente corresponde à

completa igualdade de renda, ou seja, não há desigualdade, e 1 corresponde

teoricamente à completa desigualdade, isto é, quando apenas um indivíduo detém toda

a renda da sociedade. Na prática, o Índice de Gini costuma comparar os 20% mais

pobres com os 20% mais ricos. A tabela que segue traz os Índices de Gini apurados

para os municípios da AII e da AID, segundo o Mapa da Pobreza no Brasil, de 2003,

elaborado pelo IBGE.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

47

Tabela 17: Índices de Gini – AII e AID.

Município Índices de Gini

Águas Mornas 0,32

Antônio Carlos 0,32

Biguaçu 0,35

Florianópolis 0,40

Governador Celso Ramos

0,36

Palhoça 0,37

Santo Amaro da Imperatriz

0,46

São José 0,38

São Pedro de Alcântara 0,31

Fonte: IBGE, Mapa da Pobreza no Brasil, 2003.

Outro indicador social bastante relevante para se apurar o grau de desenvolvimento

humano e social de uma população é o Índice de Desenvolvimento Infantil-IDI,

desenvolvido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância-UNICEF, cujo último

resultado foi aferido em 2004.

Nas últimas duas décadas, a concepção de desenvolvimento e bem-estar da

população de um país vem sendo alterada, ultrapassando a tradicional visão de que

isto esteja atrelado apenas à questão da renda pessoal e crescimento econômico, para

alcançar uma visão mais holística, onde a razão de ser do desenvolvimento é o ser

humano, o que implica três atributos básicos: o desenvolvimento das pessoas

aumentando suas oportunidades, potencialidades e direitos de escolha, o

desenvolvimento para as pessoas visando apropriação dos resultados de forma

equitativa e o desenvolvimento das pessoas para aumentar o seu poder e o das

comunidades.

Por esta perspectiva, princípios indissociáveis a este conceito de desenvolvimento

humano são a equidade (expressa na construção e distribuição dos benefícios do

desenvolvimento entre os membros das gerações presentes e futuras) e a

sustentabilidade (política, social, cultural, econômica e ambiental).

A partir desta orientação, o IDI incorpora variáveis como oferta de serviços de saúde,

oferta de serviços de educação e cuidado e proteção que a família deve proporcionar à

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

48

criança nos primeiros anos (representados pelo nível de educação do pai e da mãe).

Os conceitos de desenvolvimento infantil e desenvolvimento humano são complexos e

envolvem dimensões nem sempre fáceis de expressar em um índice. Na prática, o IDI

é calculado a partir dos seguintes indicadores: escolaridade da mãe e do pai, matrícula

de crianças de 4 a 6 anos na pré-escola e acesso a serviços de saúde (pré-natal e

vacinação).

Dessa forma, a composição do IDI se dá da seguinte maneira:

Percentual de crianças menores de 6 anos morando com mães e pais com

escolaridade precária;

Percentual de mães com cobertura pré-natal adequada;

Cobertura vacinal em crianças menores de 1 ano de idade;

Taxa de escolarização bruta na pré-escola.

O recorte orientado pelos primeiros seis anos de vida da criança, foi escolhido em

função de ser este o período da vida humana em que se formam grande parte das

capacidades cognitiva, emocional, social e de desenvolvimento físico da pessoa.

O IDI, como é usual, tem uma variação de 0 a 1, onde quanto mais perto do 1 mais

condições a criança tem de sobreviver, crescer e se desenvolver durante a primeira

infância, enquanto mais perto de 0, maior a vulnerabilidade das crianças, associada às

condições socioeconômicas das famílias e às iniciativas do poder público.

Para efeitos de classificação e comparação entre os municípios, emprega-se a mesma

classificação do IDG, ou seja, IDI acima de 0,800 significa desenvolvimento infantil

elevado; entre 0,500 e 0,799 significa desenvolvimento infantil médio e abaixo de

0,500, classifica o desenvolvimento infantil como baixo.

Os municípios da Área de Influência do Contorno de Florianópolis encontram-se

classificados quanto ao IDI, da seguinte forma, expressa na Tabela 18:

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

49

Tabela 18: Índice de Desenvolvimento Infantil - IDI na AII e AID.

Ordenação

Municípios

População Escolaridade dos pais Serviços de Saúde Serviços de educação

IDI

Est

adu

al

Nac

ion

al

Total Até 6 anos

% de crianças cujos pais têm escolaridade precária(menos

de quatro anos de estudo)

% de crianças menores de 1 ano

vacinadas

% de gestantes

com mais de seis

consultas pré-natais

% crianças matriculada

s em pré-escola Pai Mãe DTP

Tetra - valente

IDI 2004 IDI 2004 IDI 2004 IDI 2004 IDI 2004 IDI 2004 IDI 2004 IDI 2004 IDI 2004 IDI 2004 2004

179 1.415 Águas Mornas 5.390 628 15,12 8,44 - 100,00 42,86 42,29 0,725

86 679 Antônio Carlos 6434 793 14,84 18,45 - 100,00 60,47 68,77 0,789

214 1799 Biguaçu 48.077 6.936 13,62 14,91 - 100,00 45,99 33,19 0,694

73 564 Florianópolis 342.313 36.110 10,35 10,05 - 88,65 53,91 69,71 0,801

27 234 Governador

Celso Ramos 11.596 1.429 11,99 10,85 - 100.00 44,69 90,02 0,849

173 1.345 Palhoça 102.742 14.953 12,18 14,09 - 100,00 40,87 48,00 0,730

137 1.046 Santo Amaro da Imperatriz

15.706 1.971 14,91 15,90 - 100 44,12 61,74 0,757

76 607 São José 173.557 20.655 9,94 10,84 - 100,00 56,80 61,08 0,797

32 294 São Pedro de

Alcântara 3.582 359 22,45 16,85 - 100,00 53,85 97,42 0,808

Fonte: UNICEF, 2004.

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50

O IDI está baseado na idéia do cumprimento dos direitos das crianças estabelecidos

pela Convenção sobre os direitos das crianças e pelo Estatuto da Criança e do

Adolescente. Os dois marcos reconhecem que a criança tem direito á sobrevivência

sadia, ao desenvolvimento pleno e à proteção contra todas as formas de discriminação,

exploração e abuso.

Para efeito de comparação dos índices observados nos municípios componentes deste

diagnóstico, informa-se que o IDI Nacional de 2004 foi de 0,670, o da Região Sul, área

geográfica deste trabalho, foi de 0,730 e o de Santa Catarina foi de 0,760. Isto mostra

que os municípios da AII e AID estão dentro de faixas desejáveis considerando-se o

contexto brasileiro e regional.

Foi verificada também a incidência de pobreza na população, segundo os dados do

Mapa da Pobreza no Brasil, publicado pelo IBGE em 2003. O IBGE considera pobre o

indivíduo que possui renda per capita inferior a R$ 180,00 por mês, seguindo uma

metodologia do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA. Entre os nove

municípios considerados neste estudo a situação de pobreza é a seguinte,

demonstrada na Tabela 19.

Tabela 19: Incidência de Pobreza – AII e AID.

Município % de Pobres na

População

Águas Mornas 15,82

Antônio Carlos 11,88

Biguaçu 31,06

Florianópolis 23,49

Governador Celso Ramos

37,93

Palhoça 31,72

Santo Amaro da Imperatriz

23,60

São José 26,36

São Pedro de Alcântara 18,06

Fonte: IBGE, Mapa da Pobreza no Brasil, 2003.

Pela tabela acima verifica-se que a pior situação social no que diz respeito ao número

de pessoas consideradas pobres na população se dá no município de Governador

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

51

Celso Ramos, seguido de Palhoça e Biguaçu. O município com a menor porcentagem

de população pobre é Antônio Carlos.

Por fim, são apresentados os Índices de Exclusão Social apurados para os municípios

da Área de Influência Direta e Indireta do Contorno de Florianópolis. O primeiro deles é

oriundo do Mapa da Exclusão Social no Brasil, publicado em 2007 pelo Banco do

Nordeste. Este Índice de Exclusão Social – IES é composto por um conjunto de cinco

indicadores e suas interseções observados nos municípios brasileiros. Estes

indicadores aferem o grau de carência, ou mal-estar social da população nos seguintes

quesitos: abastecimento de água potável, saneamento, coleta de lixo, educação e

renda.

O resultado para os nove municípios da AII e AID são apresentados na Tabela 20, a

seguir.

Tabela 20: Porcentagem de População Excluída – AII e AID.

Município IES (%

Excluídos)

Águas Mornas 41,80

Antônio Carlos 29,83

Biguaçu 20,90

Florianópolis 4,27

Governador Celso Ramos

20,83

Palhoça 14,66

Santo Amaro da Imperatriz

18,47

São José 8,58

São Pedro de Alcântara 36,23

Fonte: Mapa da Exclusão Social no Brasil, 2007.

A segunda referência adotada neste estudo para se avaliar o grau de exclusão social

nas cidades pertencentes à AII e à AID do empreendimento de implantação do

Contorno de Florianópolis, foi o Atlas da Exclusão Social no Brasil, lançado em 2003 e

reeditado em 2004, com dados referentes ao ano 2000. Trata-se de uma obra realizada

através de parceria entre o Conselho Regional de Economia e a Universidade Católica,

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

52

ambos de São Paulo e que tem sido tomada para orientação de políticas públicas por

diversos setores governamentais e em diversas instâncias.

O Atlas da Exclusão Social traça um perfil da exclusão no Brasil e aponta um Índice de

Exclusão Social (com variação de 0 a 1, onde mais próximo de 0 indica pior situação)

composto a partir do cruzamento de sete indicadores relacionados ao padrão de vida

da população em cada um dos municípios brasileiros: pobreza, concentração de

jovens, alfabetização, escolaridade, emprego formal, violência e desigualdade.

Para melhor compreensão do Índice de Exclusão Social apresentam-se os temas

analisados pelo índice, os índices construídos a partir dos indicadores e suas

ponderações, de modo a ser possível uma melhor avaliação da situação social dos

municípios em questão a partir deste valioso indicador social.

O Índice de Exclusão Social foi construído a partir de três grandes temas que

configuram, pela metodologia adotada, os componentes da exclusão/inclusão social ou

de risco de exclusão/inclusão social. O primeiro deles foi chamado de “Padrão de Vida

Digno”, no qual a preocupação foi observar as possibilidades de bem-estar material da

população dos municípios. O segundo aspecto tomado como referência foi o esforço

em quantificar a participação da população no legado técnico-cultural da sociedade,

considerado como “Conhecimento”. O terceiro e último aspecto na composição do

índice foi a questão do “Risco Juvenil”, isto é, o risco da população mais jovem

envolver-se em ações criminosas. A Tabela 21, extraída do Atlas da Exclusão Social no

Brasil, mostra os elementos de composição do Índice de Exclusão Social.

Tabela 21: Aspectos da Composição do Índice de Exclusão Social.

ASPECTOS ÍNDICES CRIADOS PESO

Um padrão de vida digno

Medido pela pobreza dos chefes de família no município.

Medido pela taxa de emprego formal sobre a População em Idade Ativa-PIA.

Medido por uma proximidade da desigualdade de renda, calculado pela razão entre a

quantidade de chefes de família que ganham acima de dez salários mínimos sobre o número de chefes de família que ganham abaixo disso.

17%

17%

17%

Conhecimento Medido pela taxa de alfabetização de pessoas 5,7%

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

53

ASPECTOS ÍNDICES CRIADOS PESO

acima de 5 anos.

Medido pelo número médio de anos de estudo do chefe de domicílio

11,3%

Risco Juvenil

Medido pela porcentagem de jovens na população.

Medido pelo número de homicídios por 100 mil habitantes.

17,0%

15,0%

Fonte: Atlas da Exclusão Social no Brasil, 2004.

Feitas estas considerações, que permitem a leitura aprimorada dos dados

apresentados, passa-se à Tabela 22, que traz os índices alcançados pelos municípios

da AII e da AID do empreendimento, no que se refere ao tema da exclusão social.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

54

Tabela 22: Índices de Exclusão Social – AII e AID

MUNICÍPIO

(2000)

Posição no

Ranking a partir da melhor

situação social

Índice de Pobreza

Índice de Juventude

Índice de Alfabetização

Índice

de Escolaridade

Índice de Emprego Formal

Índice de Violência

Índice de Desigualdade

Índice de Exclusão

Social

Águas Mornas

1481º 0,636 0,725 0,874 0,448 0,070 1,000 0,060 0,504

Antônio Carlos

333º 0,816 0,764 0,902 0,479 0,183 1,000 0,158 0,582

Biguaçu 708º 0,787 0,653 0,880 0,593 0,108 0,991 0,109 0,548

Florianópolis 3º 0,870 0,799 0,932 0,961 0,578 0,962 0,748 0,815

Gov. Celso Ramos

1173º 0,703 0,736 0,869 0,499 0,062 0,968 0,078 0,519

Palhoça 661º 0,799 0,642 0,893 0,613 0,113 1,000 0,012 0,349

Sto. Amaro da

Imperatriz 600º 0,738 0,700 0,904 0,575 0,148 1,000 0,120 0,556

São José 58º 0,851 0,737 0,922 0,778 0,227 0,983 0,296 0,647

São Pedro de Alcântara

847º 0,679 0,844 0,882 0,483 0,104 1,000 0,036 0,538

Fonte: Atlas da Exclusão Social no Brasil, 2004.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

55

Aos indicadores sociais já demonstrados, foram acrescentados também aqueles

apurados pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro – FIRJAN, que elabora o

Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal – IFDM. Esta instituição desenvolve e

coordena estudos, pesquisas e projetos para orientar as ações de promoção industrial

e novos investimentos, usando somente dados oficiais e seus resultados são bastante

citados no meio técnico. O IFDM considera três áreas em sua composição: emprego e

renda, educação e saúde.

Sua variação segue uma escala de 0 (pior) a 1 (melhor) para classificar o

desenvolvimento do país, dos estados e dos municípios e, segundo seus critérios de

análise, há quatro categorias de desenvolvimento municipal. A primeira delas é o baixo

desenvolvimento (de 0 a 0,4), seguida pelo desenvolvimento regular (de 0,4001 a 0,6),

moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto desenvolvimento municipal (de 0,8001 a 1).

O IFDM de cada município considerado neste estudo é apresentado na Tabela 23.

Tabela 23: Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal – AII e AID – 2007.

Município IFDM Emprego e Renda

Educação Saúde Posição no Ranking

Nacional Estadual

Águas Mornas 0,6466 0,3543 0,8355 0,7499 2246º 219º

Antônio Carlos 0,7077 0,3984 0,8658 0,8587 1101º 108º

Biguaçu 0,6919 0,5556 0,6959 0,8241 1360º 138º

Florianópolis 0,8323 0,8631 0,7728 0,8612 119º 7º

Governador Celso Ramos

0,6317 0,3794 0,7463 0,7695 2502º 236º

Palhoça 0,7457 0,7183 0,7068 0,8120 578º 42º

Santo Amaro da Imperatriz

0,6559 0,4358 0,7629 0,7690 2060º 205º

São José 0,7983 0,8061 0,7321 0,8567 234º 18º

São Pedro de Alcântara

0,7759 0,5666 0,8335 0,9276 347º 24º

Fonte: Sistema FIRJAN, publicado em 2010 – Ano de Referência 2007.

5.3.2.2 Caracterização da Área de Influência Direta

Esta seção do diagnóstico se destina a conhecer as dinâmicas sociais da população da

Área de Influência Direta – AID do Contorno de Florianópolis, bem como as suas

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

56

carências e aspirações, de forma a organizar e direcionar as estratégias de ação

relativas ao empreendimento, de modo ajustado às necessidades reais dos municípios,

a partir do conhecimento de sua realidade social, de modo que os impactos negativos

sejam evitados, minimizados ou compensados de maneira eficaz e que os impactos

positivos sejam maximizados e intervenham de fato para uma melhoria da qualidade de

vida em toda a região.

Este nível de detalhamento, que se dará sob a forma de uma caracterização da AID a

partir da identificação da infraestrutura existente e as demandas em relação à

educação, saúde, transporte, energia elétrica, comunicação, abastecimento de água,

coleta e tratamento de esgotos, coleta e disposição do lixo e segurança pública, foi

exigido segundo o Termo de Referência – TR emitido pelo IBAMA apenas para os

municípios componentes da AID, isto é, Biguaçu, São José, Palhoça, Governador

Celso Ramos e, no caso da socioeconomia, Florianópolis, embora esta cidade não seja

de fato contornada fisicamente pelo traçado proposto para a futura rodovia.

Afim de melhor organizar as informações, subdividiu-se a Caracterização da AID em

temas (aqueles solicitados pelo IBAMA) de forma a melhor visualizar todo o universo

tratado.

5.3.1.1.1. Educação

É imperativo para um Estudo de Impacto Ambiental, conter o perfilinstrucional e as

condições educacionais da população envolvida. Isto porque a Educação é de suma

importância para o delineamento das diretrizes ambientais que serão tomadas em

relação ao empreendimento proposto, seja em sua gestão, seja para o delineamento

dos programas ambientais a ele inerentes.

Atualmente não há como não pensar no papel estratégico que a Educação exerce no

processo de desenvolvimento sociocultural sustentável.

A própria Constituição Brasileira de 1988, considera que a Educação, que tem como

um de seus vieses mais importantes, a escolarização, é um fator capaz de desenvolver

nos seres humanos suas potencialidades, pois deve permitir o “pleno desenvolvimento

da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o

trabalho”, como previsto na Carta Magna.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

57

Portanto, quando disseminada de forma universal é um dos mais importantes

mecanismos para a promoção de oportunidades entre os membros de uma sociedade.

O Diagnóstico do Meio Socioeconômico para o empreendimento de implantação do

Contorno de Florianópolis, no que diz respeito à questão da Educação, tomou como

base um conjunto amplo de dados recolhidos junto ao Ministério da Educação, IBGE,

Secretaria de Estado de Educação, entre outras instituições, que possibilitam a

compreensão do perfil da população envolvida no que diz respeito ao tema.

Para todas as cidades da AID do empreendimento, isto é, Biguaçu, Governador Celso

Ramos, São José, Palhoça e Florianópolis, foram observados diversos indicadores tais

como a média de anos de estudo (escolarização) da população e a dimensão do

analfabetismo. Para complementar a análise realizada procurou-se também verificar

como se processa o acesso da população ao sistema educacional e a sua

permanência nele, considerando além da infraestrutura de educação existente em cada

um dos municípios da AID (estabelecimentos, matrículas, docentes), as faixas etárias,

os níveis e as modalidades educacionais oferecidas, de forma que se tenha uma visão

geral do potencial dos sistemas educacionais na AID.

A primeira dimensão analisada na questão da educação na AID é a incidência do

analfabetismo. Há um pressuposto amplamente aceito de que saber ler e escrever são

condições indispensáveis para que um indivíduo possa exercer seus direitos e deveres

como cidadão pleno e para poder inserir-se em condições minimamente aceitáveis no

mercado de trabalho.

Além disso, do ponto de vista social, a taxa de analfabetismo se constitui e’m um

critério essencial para se caracterizar os níveis de desenvolvimento humano e de

inclusão social de uma sociedade que, somados aos indicadores sociais anteriormente

apresentados neste diagnóstico, compõem o quadro social da população envolvida. A

variação das taxas de analfabetismo nos municípios da AID entre os anos 2000 e 2010

foram condensadas na tabela que segue, que disponibiliza também a variação da

posição de cada município no Ranking Estadual.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

58

Tabela 24: Taxas de Analfabetismo na AID – 2000 e 2010.

Município Taxa de Analfabetismo Ranking Estadual

2000 2010 2010

Biguaçu 4,65 7,50 90°

São José 2,70 4,50 16°

Palhoça 3,90 6,50 53°

Florianópolis 2,90 3,60 9°

Governador Celso Ramos - 7,2 205°

Fonte: INEP/Censo Escolar de Santa Catarina, 2010.

Para efeito de análise das taxas verificadas nos municípios da AID, informa-se que a

Taxa de Analfabetismo no Brasil, segundo o Censo Demográfico 2010 é de 9,6% e na

região sul, de 5,1%.

Observa-se, pelas taxas relacionadas na tabela acima, que a proporção de pessoas

analfabetas na população entre os anos 2000 e 2010 aumentou, porém é preciso

considerar o aumento populacional significativo neste mesmo período, que,

infelizmente, não foi acompanhado pelo progresso nos níveis de alfabetização.

Ainda sobre a questão do analfabetismo, a fim de melhor delinear o problema, tomou-

se a taxa de analfabetismo da população por faixa etária extraída do Censo 2010, do

IBGE. A proporção de população alfabetizada por faixa etária em cada município pode

ser vista nas Tabelas abaixo (Tabela 25 a Tabela 29).

Tabela 25: Proporção da População Residente Alfabetizada por Faixa Etária em Biguaçu.

Faixa Etária

Grupos de Idade Alfabetizados

Nº pessoas % da população

total

10 anos ou mais de idade 43.456 74,65

15 anos ou mais de idade 42.564 73,12

5 anos ou mais de idade 51.177 87,92

5 a 9 anos de idade 3.408 5,85

10 a 14 anos de idade 5.205 8,94

15 a 19 anos de idade 5.384 9,24

20 a 29 anos de idade 10.655 18,30

30 a 39 anos de idade 9.191 15,79

40 a 49 anos de idade 7.828 13,44

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

59

Faixa Etária

Grupos de Idade Alfabetizados

Nº pessoas % da população

total

50 a 59 anos de idade 5.474 9,40

60 anos ou mais de idade 4.032 6,92

Fonte: Censo Demográfico, 2010 – IBGE.

Tabela 26: Proporção da População Residente Alfabetizada por Faixa Etária em São José.

Faixa Etária Grupos de Idade Alfabetizados

Nº pessoas % da população total

10 anos ou mais de idade 179.134 85,38

15 anos ou mais de idade 163.332 77,84

5 anos ou mais de idade 189.169 90,16

5 a 9 anos de idade 10.035 4,78

10 a 14 anos de idade 15.802 7,53

15 a 19 anos de idade 17.004 8,10

20 a 29 anos de idade 41.195 19,63

30 a 39 anos de idade 35.610 16,97

40 a 49 anos de idade 29.486 14,05

50 a 59 anos de idade 22.295 10,62

60 anos ou mais de idade 17.742 8,45

Fonte: Censo Demográfico, 2010 – IBGE.

Tabela 27: Proporção da População Residente Alfabetizada por Faixa Etária em Palhoça.

Faixa Etária

Grupos de Idade Alfabetizados

Nº pessoas % da população

total

10 anos ou mais de idade 113.460 82,61

15 anos ou mais de idade 101.383 73,82

5 anos ou mais de idade 120.772 87,94

5 a 9 anos de idade 7.312 5,32

10 a 14 anos de idade 12.077 8,79

15 a 19 anos de idade 12.392 9,02

20 a 29 anos de idade 25.651 18,67

30 a 39 anos de idade 23.308 16,97

40 a 49 anos de idade 18.683 13,60

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

60

Faixa Etária

Grupos de Idade Alfabetizados

Nº pessoas % da população

total

50 a 59 anos de idade 12.404 9,03

60 anos ou mais de idade 8.945 6,51

Fonte: Censo Demográfico, 2010 – IBGE.

Tabela 28: Proporção da População Residente Alfabetizada por Faixa Etária em Florianópolis.

Faixa Etária

Grupos de Idade Alfabetizados

Nº pessoas % da população

total

10 anos ou mais de idade 366.859 87,09

15 anos ou mais de idade 338.597 80,38

5 anos ou mais de idade 384.840 91,35

5 a 9 anos de idade 17.981 4,26

10 a 14 anos de idade 28.262 6,70

15 a 19 anos de idade 32.324 7,67

20 a 29 anos de idade 84.630 20,09

30 a 39 anos de idade 70.030 16,62

40 a 49 anos de idade 59.387 14,09

50 a 59 anos de idade 47.061 11,17

60 anos ou mais de idade 45.165 10,72

Fonte: Censo Demográfico, 2010 – IBGE.

Tabela 29: Proporção da População Residente Alfabetizada por Faixa Etária em Governador Celso Ramos.

Faixa Etária

Grupos de Idade Alfabetizados

Nº pessoas % da população

total

10 anos ou mais de idade 10618 86,26

15 anos ou mais de idade 9589 77,9

5 anos ou mais de idade 11323 91,99

5 a 9 anos de idade 705 5,73

10 a 14 anos de idade 1029 8,36

15 a 19 anos de idade 1138 9,25

20 a 29 anos de idade 2.115 17,18

30 a 39 anos de idade 2.006 16,29

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

61

Faixa Etária

Grupos de Idade Alfabetizados

Nº pessoas % da população

total

40 a 49 anos de idade 1927 15,66

50 a 59 anos de idade 1347 10,94

60 anos ou mais de idade 1056 8,59

Fonte: Censo Demográfico, 2010 – IBGE.

Outro indicador apurado com base no Censo 2010, do IBGE e que ajuda a delinear o

perfil instrucional das populações em estudo é a taxa de escolarização líquida que

indica o percentual da população em determinada faixa etária que se encontra

matriculada no nível de ensino adequado à sua idade.

No município de Biguaçu esta taxa atinge o valor de 92,90% no ensino fundamental (7

a 14 anos) e 40,30% no ensino médio (15 a 17 anos). A cidade de São José registra

taxas de escolarização líquida de 95,10% para o ensino fundamental e 48,90% para o

ensino médio. Em Palhoça os valores são 94,00% no ensino fundamental e 35,40% no

ensino médio, enquanto em Florianópolis esta taxa corresponde a 94,10% no ensino

fundamental e 54,00 no ensino médio. As taxas alcançadas revelam a concentração do

problema de escolarização no nível médio de ensino, quando se pode inferir o grande

número de alunos que abandonam a escola ao atingirem esta etapa de formação.

Uma questão de grande relevância para se avaliar os patamares educacionais

alcançados nos municípios em questão é a do chamado Analfabetismo Funcional,

termo sugerido pela UNESCO na década de 1990 e que se refere a quem, mesmo com

a capacidade de decodificar minimamente letras, frases e até mesmo textos curtos e os

números, não desenvolve a habilidade de interpretá-los e nem de realizar as operações

matemáticas simples. O IBGE considera como analfabeto funcional o indivíduo maior

de 15 anos que tenha freqüentado a escola por um período inferior a 4 anos de estudo,

isto é, o IBGE toma como base o número de séries concluídas.

É importante observar que este é apenas um parâmetro para a análise da questão,

uma vez que, existem analfabetos funcionais com nível superior de escolaridade. Até

mesmo o patamar de 04 séries ou anos de estudo é discutido, uma vez que, deve-se

ponderar também as demandas existentes nos contextos e nas expectativas que a

sociedade coloca quanto às competências mínimas que todos deveriam ter. A

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

62

distribuição da população dos municípios diagnosticados neste trabalho por grupos de

anos de estudo é apresentada na tabela a seguir.

Observa-se que, os dados disponíveis ainda são do Censo 2000, trabalhados pelo

Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil/PNUD, embora tenha sido realizado o

Censo Demográfico de 2010, o IBGE ainda trabalha em sua avaliação e vem

disponibilizando suas informações gradativamente. A porcentagem de analfabetismo

funcional de pessoas de 15 anos ou mais de idade na população 2010 por município

ainda não está disponível pelo IBGE, apenas para o Brasil e por grandes regiões. No

país como um todo, no Censo 2010 esta taxa é de 20,3% da população e na Região

Sul é de 15,5%.

Tabela 30: Distribuição da População por Grupos de Anos de Estudo na AID, 2000.

Grupos de Anos de Estudo

% 10 a 14 anos com menos de 4 anos de estudo

% 15 a 17 anos com menos de

4 anos de estudo

% 18 a 24 anos com menos de 4 anos de estudo

% 15 anos ou mais com

menos de 4 anos de estudo

Biguaçu 35,72 6,45 8,80 19,70

São José 31,71 6,44 5,54 13,77

Palhoça 35,53 8,10 7,90 18,78

Florianópolis 30,61 6,09 5,15 10,58

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2000.

Os dados de número de matrículas nas cidades que compõem a AID também foram

apurados neste diagnóstico. A pesquisa abrangeu a Educação Básica, em suas

diferentes etapas – Educação Infantil, Ensino Fundamental (anos iniciais e finais) e

Ensino Médio, estando incluídos os alunos da Educação de Jovens e Adultos Semi-

Presencial. As informações apuradas foram condensadas nas tabelas que seguem.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

63

Tabela 31: Número de Estudantes por Nível de Ensino e Dependência Administrativa - Município de Governador Celso Ramos.

Dep

end

ênci

a A

dm

inis

trat

iva

Nível de Ensino

Educação

Infantil Ensino

Fundamental Ensino Médio

Estadual 0 1202 389

Municipal 330 661 0

Privada 0 0 0

TOTAL 330 1863 389

FONTE: Educacenso 2010.

Tabela 32: Número de Estudantes por Nível de Ensino e Dependência Administrativa - Município de Biguaçu.

Dep

end

ênci

a A

dm

inis

trat

iva

Nível de Ensino

Educação Infantil

Ensino Fund. Anos Iniciais

Ensino Fundamental Anos Finais

Ensino Médio

Estadual 0 2.957 2957 1703

Municipal 1.620 1042 1042 0

Privada 421 499 499 324

TOTAL 2.041 4.498 4498 2027

FONTE: Educacenso 2010

Tabela 33: Número de Estudantes por Nível de Ensino e Dependência Administrativa - Município de São José.

Dep

end

ênci

aAd

min

istr

ativ

a

Nível de Ensino

Educação Infantil

Ensino Fund. Anos Iniciais

Ensino Fundamental Anos Finais

Ensino Médio

Estadual 0 3576 4789 4604

Federal 0 0 0 520

Municipal 5.000 5925 6097 86

Privada 1267 3238 3089 2027

TOTAL 2.041 12.739 13.975 7.237

FONTE: Educacenso 2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

64

Tabela 34: Número de Estudantes por Nível de Ensino e Dependência Administrativa - Município de Palhoça.

Dep

end

ênci

a A

dm

inis

trat

iva

Nível de Ensino

Educação Infantil

Ensino Fund. Anos Iniciais

Ensino Fundamental Anos Finais

Ensino Médio

Estadual 0 4. 824 7106 408

Municipal 2.776 3.741 2074 0

Privada 2000 1.013 1014 809

TOTAL 4.776 9.578 10.254 1.217

FONTE: Educacenso 2010.

Tabela 35: Número de Estudantes por Nível de Ensino e Dependência Administrativa - Município de Florianópolis.

Dep

end

ênci

a A

dm

inis

trat

iva

Nível de Ensino

Educação Infantil

Ensino Fund. Anos Iniciais

Ensino Fundamental Anos Finais

Ensino Médio

Estadual 148 8.596 10.548 9.813

Municipal 260 352 304 1.097

Privada 10.306 6.830 8.587 0

TOTAL 5.242 7.008 6.839 5.820

FONTE: Educacenso 2010.

Quanto ao quadro de recursos humanos disponível nas escolas dos municípios

afetados, o melhor indicador para se avaliar a situação é o número de docentes

atuantes em cada município na Educação Básica. Em Biguaçu, há ao todo, 588

professores atuantes nas escolas do município, em todos os níveis de ensino da

educação básica, enquanto que em Governador Celso Ramos, o número de docentes

em todos os níveis de ensino é de 180 professores. Na cidade de São José, a equipe

de professores é composta por 2.121 pessoas. A cidade de Palhoça, conta com 1.395

professores, enquanto o município de Florianópolis, a capital, tem o maior número de

professores, sendo 4.158, ao todo. A seguir apresenta-se a Tabela 36com a

distribuição destes profissionais por nível de ensino e tipo de estabelecimento. Os

dados são do IBGE e referem-se ao ano de 2009.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

65

Tabela 36: Distribuição de Docentes por Nivel de Ensino e Tipo de Estabelecimento.

Tipo de Escola

Número de Docentes por Município e Nível Escolar

Biguaçu São José Palhoça Florianópolis Governador

Celso Ramos

EI* EF** EM*** EI EF EM EI EF EM EI EF EM EI EF EM

Pública Estadual 0 235 91 0 366 236 0 443 191 6 872 563 0 58 27

Pública Municipal 73 89 0 227 629 28 0 260 0 394 660 0 42 53 0

Pública Federal 0 0 0 0 0 36 170 0 0 10 59 105 0 0 0

Privada 15 63 22 77 343 179 92 163 76 281 815 393 0 0 0

Total 88 387 113 304 1.338 479 262 866 267 691 2.406 1.061 42 111 27

*Educação Infantil **Ensino Fundamental ***Ensino Médio

Fonte: IBGE, 2009.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

66

A fim de se ter também uma avaliação qualitativa da questão educacional nos

municípios da AID, procurou-se pelos parâmetros estabelecidos no Brasil para se aferir

qualidade de ensino. O Ministério da Educação brasileiro disponibiliza índices que se

propõem a medir os níveis de qualidade da educação básica, secundária e superior.

Para efeito deste Estudo de Impacto Ambiental considerou-se os dois primeiros níveis

de ensino, levando em conta o contexto em que o empreendimento poderá causar

impactos.

O sistema de avaliação da educação nacional está regulamentado na Lei de Diretrizes

e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/1996). O art. 8º, § 1º afirma que “Caberá

à União a coordenação da política nacional de educação, articulando os diferentes

níveis e sistemas [...]”. A União deverá ainda, segundo o Art. 9º, inciso VI “assegurar

processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e

superior, em colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a definição de

prioridades e a melhoria da qualidade de ensino”. E o art. 87, das Disposições

Transitórias, em seu §3º afirma que “Cada município e, supletivamente, o estado e a

União deverá, conforme Inciso IV, “integrar todos os estabelecimentos de ensino

fundamental do seu território ao sistema nacional de avaliação do rendimento escolar”

(BRASIL, 1996).

Assim, também foi verificado o desempenho dos municípios da AID quanto ao Índice

de Desenvolvimento da Educação Básica-IDEB, de modo a melhor qualificar a

pesquisa. O IDEB é calculado a partir de dois componentes, a taxa de rendimento

escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames padronizados aplicados

pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais-INEP. Os índices de

aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente, e as médias

de desempenho utilizadas são as do Sistema Nacional de Avaliação da Educação

Básica-SAEB.

O comparativo das médias do IDEB para o ano de 2009 e 2011, para todos os

municípios pertencentes à AID, está apresentado através da Tabela 37. Os resultados

foram obtidos através de consulta ao Portal do Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) para as redes de ensino públicas.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

67

Tabela 37: IDEB observado na AID.

Município 2009 2011

Governado Celso Ramos 4,6 5,3

Biguaçu 4,7 5,1

São José 4,8 5,1

Palhoça 4,7 5,3

Florianópolis 4,9 5,6

Fonte: INEP, 2011.

Em todos os níveis avaliados, o resultado foi próximo à média nacional que foi de 5,0

para as séries iniciais do ensino fundamental (1ª a 4ª séries), 4,1 para as séries finais

do ensino fundamental (5ª a 8ª séries) e 3,7 para o ensino médio, numa escala que

varia de 0 a 10. Estes resultados ilustram a má qualidade de ensino, tanto na esfera

nacional como dos municípios analisados, tendo em vista que a nota meta estabelecida

pelo próprio Ministério da Educação é 6,0.

Quanto ao resultado no Exame Nacional do Ensino Médio-ENEM, o último disponível

por município, é também o do ano de 2009. Na AID, do empreendimento, os resultados

foram os seguintes, expressos nas Tabelas que se seguem (Tabela 38a Tabela 42).

Tabela 38: Desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio-ENEM – Governador Celso Ramos.

Nível Média da Prova Objetiva Média Total

(Redação e Prova Objetiva)

Rede Federal - -

Rede Estadual 483,85 509,71

Rede Municipal - -

Rede Privada - -

Fonte: INEP/MEC, 2009.

Tabela 39: Desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio-ENEM – Biguaçu.

Nível Média da Prova Objetiva Média Total

(Redação e Prova Objetiva)

Rede Federal - -

Rede Estadual 487,27 518,37

Rede Municipal - -

Rede Privada 524,48 553,00

Fonte: INEP/MEC, 2009.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

68

Tabela 40: Desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio-ENEM – São José.

Nível Média da Prova Objetiva Média Total

(Redação e Prova Objetiva)

Rede Federal 615,44 620,30

Rede Estadual 497,67 540,94

Rede Municipal 487,32 563,10

Rede Privada 570,89 587,41

Fonte: INEP/MEC, 2009.

Tabela 41: Desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio-ENEM – Palhoça.

Nível Média da Prova Objetiva Média Total

(Redação e Prova Objetiva)

Rede Federal - -

Rede Estadual 503,78 537,81

Rede Municipal - -

Rede Privada 572,53 590,27

Fonte: INEP/MEC, 2009.

Tabela 42: Desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio-ENEM – Florianópolis.

Nível Média da Prova Objetiva Média Total

(Redação e Prova Objetiva)

Rede Federal 589,51 605,45

Rede Estadual 514,95 544,84

Rede Municipal - -

Rede Privada 619,07 625,57

Fonte: INEP/MEC, 2009.

Os resultados alcançados pelas escolas dos municípios da AID, por rede de ensino,

demonstram ainda uma defasagem entre as redes pública e privada, pois, o sistema de

ensino particular vem sistematicamente alcançando resultados mais elevados, situação

que se repete em todo o país. Para efeito de comparação dos resultados, observa-se

que a média nacional no ENEM 2009 foi de 529,63 pontos e a pontuação média no

Estado de Santa Catarina é de 554,71 pontos. O INEP projetou meta de nota média

igual a 600 para o ano de 2028.

Ainda com o intuito de disponibilizar neste diagnóstico, informações a respeito da

qualidade da educação nos municípios da Área de Influência Direta, foram coletados os

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

69

dados referentes às taxas de rendimento dos alunos (aprovação, reprovação e

abandono) na rede pública de ensino. As Tabelas que serão apresentadas na

sequência (Tabela 43a Tabela 47) apresentam as referidas taxas. Observa-se que a

coluna referente às séries está dividida em série/ano, pois a Lei nº 11.274, de 06 de

fevereiro de 2006, altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece

as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de nove anos

para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 06 (seis) anos de

idade o que alterou a nomenclatura das antigas séries (as antigas 1ªs a 4ªs séries,

passaram a ser chamadas de 1º ao 5º ano).

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

70

Tabela 43: Taxas de Rendimento na Rede Pública de Ensino no Município de Governador Celso Ramos, 2010.

,

Rede Estadual Rede Municipal

Taxa de Aprovação

Taxa de Reprovação

Taxa de Abandono

Taxa de Aprovação

Taxa de Reprovação

Taxa de Abandono

Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

1ª / 2º* 100,00 - 0,00 - 0,00 - 88,20 - 9,80 - 2,00 -

2ª / 3º* 88,50 - 10,70 - 0,80 - 90,80 - 8,40 - 0,80 -

3ª / 4º* 99,30 - 0,70 - 0,00 - - - - - - -

4ª / 5º* - - - - - - 93,90 - 6,10 - 0,00 -

5ª / 6º* 97,70 - 0,80 - 1,50 - 48,50 - 48,50 - 3,00 -

6ª / 7º* 84,70 - 14,20 - 1,10 - 67,10 - 28,60 - 4,30 -

7ª / 8º* 86,50 - 10,90 - 2,60 - 72,50 - 17,50 - 10,00 -

8ª / 9º* 75,80 - 20,10 - 4,10 - 90,30 - 9,70 - 0,00 -

1º** 62,30 - 29,90 - 7,80 - - - - - - -

2º** 88,70 - 6,50 - 4,80 - - - - - - -

3º** 92,00 - 2,70 - 5,30 - - - - - -

Legenda: * - Série/ano Ensino Fundamental ** - Ensino Médio

Fonte: INEP/MEC, 2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

71

Tabela 44: Taxas de Rendimento na Rede Pública de Ensino no Município de Biguaçu, 2010.

Séries

Rede Estadual Rede Municipal

Taxa de Aprovação

Taxa de Reprovação

Taxa de Abandono

Taxa de Aprovação

Taxa de Reprovação

Taxa de Abandono

Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

1ª / 2º* 98,50 100,00 1,30 0,00 0,20 0,00 94,40 100,0 2,80 0,00 2,80 0,00

2ª / 3º* 85,40 85,70 14,30 14,30 0,30 0,00 83,50 94,90 15,70 5,10 0,80 0,00

3ª / 4º* 98,70 98,60 0,70 1,40 0,60 0,00 87,00 90,00 12,00 10,00 1,00 0,00

4ª / 5º* - 100,00 - 0,00 - 0,00 85,50 100,00 12,10 0,00 2,40 0,00

5ª / 6º* 94,70 80,00 0,30 20,00 5,00 0,00 75,70 76,60 15,10 23,40 9,20 0,00

6ª / 7º* 81,80 80,00 12,80 15,00 5,40 5,00 79,80 88,30 10,80 8,30 9,40 3,40

7ª / 8º* 82,00 86,70 12,40 13,30 5,60 0,00 81,60 96,60 13,20 3,40 5,20 0,00

8ª / 9º* 85,40 52,60 9,80 21,10 4,80 26,30 97,20 87,20 2,80 5,10 0,00 7,70

1º** 63,70 50,00 19,60 0,00 16,70 50,00 - - - - - -

2º** 79,70 57,10 10,80 0,00 9,50 42,90 - - - - - -

3º** 88,70 - 3,10 - 8,20 - - - - - - -

Legenda:* - Série/ano Ensino Fundamental** - Ensino Médio

Fonte: INEP/MEC, 2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

72

Tabela 45: Taxas de Rendimento na Rede Pública de Ensino no Município de São José, 2010.

Séries

Rede Estadual Rede Municipal

Taxa de Aprovação

Taxa de Reprovação

Taxa de Abandono

Taxa de Aprovação

Taxa de Reprovação

Taxa de Abandono

Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

1ª / 2º* 99,20 - 0,30 - 0,50 - 87,00 90,50 12,90 9,50 0,10 0,00

2ª / 3º* 87,60 - 12,20 - 0,20 - 91,60 83,30 8,20 16,70 0,20 0,00

3ª / 4º* 98,70 - 1,10 - 0,20 - 91,20 92,90 8,40 4,80 0,40 2,30

4ª / 5º* - - - - - - 92,40 93,20 7,20 6,80 0,40 0,00

5ª / 6º* 95,60 - 2,10 - 2,30 - 79,00 88,40 20,20 9,30 0,80 2,30

6ª / 7º* 74,90 - 21,90 - 3,20 - 80,60 83,90 18,40 9,70 1,00 6,40

7ª / 8º* 84,40 - 15,80 - 3,80 - 80,60 81,30 18,30 9,40 1,10 9,30

8ª / 9º* 84,10 - 12,70 - 3,20 - 91,10 93,50 7,60 0,00 1,30 6,50

1º** 72,70 - 18,00 - 9,30 - 79,20 - 20,80 - 0,00 -

2º** 84,10 - 10,00 - 5,90 - 71,40 - 21,40 - 7,20 -

3º** 87,40 - 6,70 - 5,90 - 92,10 - 2,60 - 5,30 -

Legenda: * - Série/ano Ensino Fundamental ** - Ensino Médio

Fonte: INEP/MEC, 2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

73

Tabela 46: Taxas de Rendimento na Rede Pública de Ensino no Município de Palhoça, 2010.

Séries

Rede Estadual Rede Municipal

Taxa de Aprovação

Taxa de Reprovação

Taxa de Abandono

Taxa de Aprovação

Taxa de Reprovação

Taxa de Abandono

Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

1ª / 2º* 98,90 100,00 0,60 0,00 0,50 0,00 75,90 93,00 23,80 7,00 0,30 0,00

2ª / 3º* 84,80 100,00 14,40 0,00 0,80 0,00 67,40 56,30 32,10 43,70 0,50 0,00

3ª / 4º* 96,80 88,90 0,50 0,00 0,70 11,10 85,20 97,10 14,10 2,90 0,70 0,00

4ª / 5º* - - - - - - 90,00 96,20 8,80 1,90 1,20 1,90

5ª / 6º* 97,90 100,00 0,20 0,00 1,90 0,00 72,60 - 24,20 - 3,20 -

6ª / 7º* 75,00 50,00 22,20 0,00 2,80 50,00 79,30 - 18,00 - 2,70 -

7ª / 8º* 79,00 100,00 18,80 0,00 2,20 0,00 80,90 - 16,50 - 2,60 -

8ª / 9º* 82,30 100,00 14,20 0,00 3,50 0,00 87,70 - 8,70 - 3,60 -

1º** 66,70 - 19,00 - 14,30 - - - - - - -

2º** 70,80 - 17,90 - 11,30 - - - - - - -

3º** 81,20 - 12,30 - 6,50 - - - - - - -

Legenda: * - Série/ano Ensino Fundamental ** - Ensino Médio

Fonte: INEP/MEC, 2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

74

Tabela 47: Taxas de Rendimento na Rede Pública de Ensino no Município de Florianópolis, 2010.

Séries

Rede Estadual Rede Municipal

Taxa de Aprovação

Taxa de Reprovação

Taxa de Abandono

Taxa de Aprovação

Taxa de Reprovação

Taxa de Abandono

Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

1ª / 2º* 98,00 - 1,70 - 0,30 - 99,20 100,00 0,70 0,00 0,10 0,00

2ª / 3º* 84,30 - 14,50 - 1,20 - 99,50 100,00 0,20 0,00 0,30 0,00

3ª / 4º* 97,60 - 1,50 - 0,90 - 99,10 100,00 0,60 0,00 0,30 0,00

4ª / 5º* 92,00 - 6,60 - 1,40 - - - - - - -

5ª / 6º* 92,70 - 4,40 - 2,90 - 98,80 100,00 0,10 0,00 1,10 0,00

6ª / 7º* 74,30 - 21,60 - 4,10 - 87,70 96,60 11,00 3,40 1,30 0,00

7ª / 8º* 76,60 - 19,50 - 3,90 - 91,60 82,80 7,60 15,60 0,80 1,60

8ª / 9º* 78,20 - 16,90 - 4,90 - 93,70 88,20 5,00 8,80 1,30 3,00

1º** 60,10 - 24,80 - 15,10 - - - - - - -

2º** 74,10 - 15,80 - 10,10 - - - - - - -

3º** 83,30 - 7,60 - 9,10 - - - - - - -

Legenda: * - Série/ano Ensino Fundamental ** - Ensino Médio

Fonte: INEP/MEC, 2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

75

Estes dados confirmam o problema da escolarização no ensino médio citado

anteriormente, mostrando claramente que é na passagem para este nível de ensino

que se concentram as maiores taxas de abandono escolar.

Foram averiguados também os recursos federais disponíveis para a área de educação

nos municípios da AID, considerando que estes são fundamentais para o fomento do

setor.

Tendo em vista a necessidade de universalizar o acesso à educação e erradicar o

analfabetismo e dentro da ideia de que a municipalização do ensino aproximaria a

educação das realidades e demandas locais, foi implantado em 1997, pelo Governo

Federal, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de

Valorização do Magistério – FUNDEF, que vigorou até 2006, sendo substituído, a partir

de 2007 pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de

Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, que atende toda a educação

básica, da creche ao ensino médio.

Na AID, o montante de aplicação do FUNDEB em cada município pode ser visualizado

na Tabela 48, a seguir. Esta tabela traz também os valores repassados pela União aos

municípios da AID sob a rubrica da educação e que podem ter destinos diversos, tais

como apoio à alimentação e ao transporte escolar na educação básica, apoio à

aquisição de equipamentos, capacitação de professores e profissionais da educação

etc.

Tabela 48: Transferência de Recursos Federais para Educação Básica na AID – 2013.

Nível FUNDEB(R$) EDUCAÇÃO (outros)(R$)

Governador Celso ramos 351.005,75 101.382,48

Biguaçu 937.557,86 381.479,60

São José 3.799.473,16 1.336.794,12

Palhoça 2.290.694,15 908.179,20

Florianópolis 6.102.505,04 2.728.815,92

Fonte: Portal da Transparência do Governo Federal – Exercício 2013.

O Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, apresentado pelo Ministério da

Educação em 2007, disponibilizou aos estados e municípios brasileiros, instrumentos

de avaliação e implementação de políticas de melhoria da qualidade de educação,

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

76

sobretudo da educação básica pública. No contexto do PDE foi instituído pelo Decreto

6.094, de 24 de abril de 2007, o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação

que, respeitando a autonomia dos entes federados, apóia iniciativas diversas visando a

melhoria dos indicadores educacionais. A partir deste Plano de Metas, os estados e

municípios elaboram seus respectivos Planos de Ações Articuladas – PAR.

Em resumo, o PAR foi implantado com a finalidade de servir como apoio técnico e

financeiro às redes escolares públicas do país, articulado ao Plano de Desenvolvimento

da Educação- PDE. Trata-se de um plano estrutural de longo prazo e pressupõe a

superação da tradicional fragmentação das políticas educacionais e o diálogo entre os

entes federativos, com vistas à melhoria do Índice de Desenvolvimento da Educação

Básica-IDEB.

Todos os municípios aderiram ao PAR, do Ministério da Educação, por meio de Termos

de Cooperação Técnica firmados entre as prefeituras municipais e o MEC. O município

de Biguaçu aderiu ao programa em 23/09/2009 através do Termo de Cooperação nº

24.068, São José aderiu em 11/12/2009 por meio do Termo de Cooperação nº 24.494,

Palhoça o que mais recentemente aderiu ao programa, o fez por meio do Termo de

Cooperação nº 25.000, de 04/01/2010 e Florianópolis em 19/10/2009, estabeleceu o

Termo de Cooperação nº 24.244.

O PAR possibilitou, em primeiro lugar, o diagnóstico geral dos municípios na questão

da educação, em especial a educação pública. Estas informações disponíveis no PAR

foram consultadas através do SIMEC-Módulo PAR Plano de Metas, acessível por meio

do sistema geral do MEC e constituíram um elemento importante para compor este

trabalho, fornecendo uma série de dados e demandas que se colocam em cada

município que compõe a AID.

Um dos aspectos do PAR, trazidos para este trabalho, foi o resultado quantitativo do

diagnóstico da realidade educacional realizado nos municípios pelo programa. Em

síntese, foram consideradas quatro dimensões:

1. Gestão Educacional;

2. Formação de professores e dos profissionais de serviço e apoio escolar;

3. Práticas pedagógicas e avaliação;

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

77

4. Infraestrutura física e recursos pedagógicos.

Cada dimensão é composta por áreas de atuação e cada área apresenta indicadores

específicos. Esses indicadores são pontuados segundo a descrição de critérios

correspondentes a quatro níveis. A pontuação gerada para cada indicador é fator

determinante para a elaboração do PAR, ou seja, na metodologia adotada, apenas

critérios de pontuação 1 e 2, que representam situações insatisfatórias ou inexistentes

podem gerar ações, isto é, intervenções pontuais no sentido de melhoria da qualidade

da educação oferecida.

A pontuação propriamente dita, referente a cada área de atuação, segue critérios

descritos em quatro níveis assim definidos:

Critérios de pontuação 4 – a descrição aponta para uma situação positiva, ou

seja, para aquele indicador não serão necessárias ações imediatas.

Critério de pontuação 3 – a descrição aponta para uma situação satisfatória,

com mais aspectos positivos que negativos, ou seja, o município desenvolve,

parcialmente, ações que favorecem o desempenho do indicador.

Critério de pontuação 2 – a descrição aponta para uma situação insuficiente,

com mais aspectos negativos do que positivos, indicando que serão necessárias

ações imediatas e estas poderão contar com o apoio técnico e/ou financeiro do

MEC.

Critério de pontuação 1 – a descrição aponta para uma situação crítica, de forma

que não existem aspectos positivos, apenas negativos ou inexistentes. Serão

necessárias ações imediatas e estas poderão contar com o apoio técnico e/ou

financeiro do MEC.

No diagnóstico do PAR realizado nos municípios componentes da AID, a totalização da

pontuação por dimensão ficou distribuída conforme mostrado nas Tabelas abaixo

(Tabela 49 a Tabela 53) que contém a síntese por dimensão, isto é, a tabela com a

totalização da pontuação por dimensão, considerando todas as áreas e seus

respectivos indicadores.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

78

Tabela 49: Síntese das Dimensões do PAR – Diagnóstico de Governador Celso Ramos.

Dimensão Pontuação

4 3 2 1 N/a*

1-Gestão Educacional 2 7 1 0 10

2-Formação de professores e de profissionais de serviços e de apoio escolar

0 4 2 2 2

3-Práticas pedagógicas e avaliação 2 0 2 1 3

4-Infra-estrutura física e recursos pedagógicos 1 0 9 4 0

Total 5 11 14 7 15

*Não se aplica

Fonte: SIMEC/Ministério da Educação, 2009.

Tabela 50: Síntese das Dimensões do PAR – Diagnóstico de Biguaçu.

Dimensão Pontuação

4 3 2 1 N/a*

1-Gestão Educacional 0 9 5 4 2

2-Formação de professores e de profissionais de serviços e de apoio escolar

3 3 1 3 0

3-Práticas pedagógicas e avaliação 1 4 2 1 0

4-Infra-estrutura física e recursos pedagógicos 0 7 5 2 0

Total 4 23 13 10 2

*Não se aplica

Fonte: SIMEC/Ministério da Educação, 2009.

Tabela 51: Síntese das Dimensões do PAR – Diagnóstico de São José.

Dimensão Pontuação

4 3 2 1 N/a*

1-Gestão Educacional 4 5 8 3 0

2-Formação de professores e de profissionais de serviços e de apoio escolar

0 4 3 3 0

3-Práticas pedagógicas e avaliação 0 3 4 1 0

4-Infra-estrutura física e recursos pedagógicos 0 0 14 0 0

Total 4 12 29 7 0

*Não se aplica

Fonte: SIMEC/Ministério da Educação, 2009.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

79

Tabela 52: Síntese das Dimensões do PAR – Diagnóstico de Palhoça.

Dimensão Pontuação

4 3 2 1 N/a*

1-Gestão Educacional 5 10 3 1 1

2-Formação de professores e de profissionais de serviços e de apoio escolar

0 10 0 0 0

3-Práticas pedagógicas e avaliação 2 6 0 0 0

4-Infra-estrutura física e recursos pedagógicos 0 1 10 3 0

Total 7 27 13 4 1

*Não se aplica

Fonte: SIMEC/Ministério da Educação, 2009.

Tabela 53: Síntese das Dimensões do PAR – Diagnóstico de Florianópolis.

Dimensão Pontuação

4 3 2 1 N/a*

1-Gestão Educacional 12 4 2 1 1

2-Formação de professores e de profissionais de serviços e de apoio escolar

7 1 2 0 0

3-Práticas pedagógicas e avaliação 2 5 1 0 0

4-Infra-estrutura física e recursos pedagógicos 4 5 5 0 0

Total 25 15 10 1 1

*Não se aplica

Fonte: SIMEC/Ministério da Educação, 2009.

Há, inegavelmente, uma estreita relação entre educação e cultura nos processos de

formação da cidadania. Isto ressalta o caráter indispensável das ações de integração

das manifestações intelectuais e artísticas nas práticas pedagógicas de ensino formal e

informal, pois, os problemas de acesso à educação e à cultura produzem impactos

mútuos, como por exemplo, lacunas na formação artístico-cultural dos estudantes

brasileiros.

Neste contexto, os desafios prioritários para uma política cultural atrelada à de

educação incluem a capacitação de docentes, a disponibilização de bens culturais a

professores e alunos, a troca de informações e competências entre os dois campos, o

reconhecimento dos saberes tradicionais, o compartilhamento de projetos e recursos, o

aprimoramento do ensino das artes nas escolas e a transformação dessas instituições

em centros de convivência e experiência cultural.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

80

Diante desta perspectiva, o diagnóstico ambiental do meio socioeconômico do

empreendimento de implantação do Contorno de Florianópolis, buscou pesquisar

elementos que contribuíssem para o aprimoramento da relação entre educação e

cultura, isto é, existência de bibliotecas e outros equipamentos culturais na AID, em

especial os da esfera pública, programas e projetos e infraestrutura das escolas da

rede pública. Considera-se que a pesquisa destes itens está relacionada a valores mais

subjetivos – e nem por isto menos importantes – como a democratização do acesso à

informação, aos conhecimentos e à cultura.

Em primeiro lugar, o Tabela 54 traz a relação de bibliotecas públicas disponíveis nos

municípios da AID. Não há dados disponíveis sobre a estrutura destes equipamentos,

perfil do público, adequação do acervo etc. De todo modo, considerando-se que nas

sociedades contemporâneas, a leitura, seja em contexto escolar, profissional ou de

lazer, assume um papel importantíssimo na promoção do desenvolvimento cultural,

científico, político e, consequentemente econômico da população, acredita-se que, a

simples disponibilidade destes equipamentos já seja um ponto positivo em relação à

possibilidade de acesso à informação.

Tabela 54: Bibliotecas Públicas na AID.

Município Biblioteca Endereço Telefone

Governador Celso Ramos

Biblioteca Pública Municipal Profª Alice maria

Av. Ganchos do Meio, 699 – Ganchos do

Meio – CEP 88190-000 (0xx48) 3262-2532

Biguaçu Biblioteca Pública Municipal Coronel Teixeira de Oliveira

R. Hermógenes Prazeres, nº 59 –

Centro (0xx48) 3279-8019

Florianópolis

Biblioteca Pública Municipal Profº Barreiros Filho

R. João Evangelista da Costa, nº 1160 –

Coloninha (0xx48)3271-7914

Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina

R. Tenente Silveira, nº 343 – Centro

(0xx48)3028-8060

São José Biblioteca Pública Municipal Albertina Ramos de Araújo

R. Padre Macário, nº 10 – Centro

(0xx48) 3247-0049

Palhoça Biblioteca Pública Municipal Guilherme Wiethorm Filho

Av. Prefeito Nelson Martins, s/nº - Centro

(0xx48) 3242-4381

Fonte: Fundação Catarinense de Cultura, 2011.

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81

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

82

Município Instituição Administração

Universidade Federal de Santa Catarina

Ecomuseu Ribeirão da Ilha Privado

Apenas a capital Florianópolis e o município de São José contam com teatros

disponíveis para sua população. Em Florianópolis há três equipamentos de grande

porte, o Teatro Ademir Rosa (Centro Integrado de Cultura - CIC), o Teatro Álvaro de

Carvalho (TAC) e o Teatro Pedro Ivo Campos, e quatro salas de teatro, o Teatro da

Igrejinha (UFSC), o Teatro da UBRO, o Teatro Armação e a Sala de Teatro do SESC.

Em São José existe o Teatro Adolpho Mello, pertencente ao município. O levantamento

foi realizado junto ao Banco de Dados do Centro Técnico de Artes Cênicas –CTAC,

setor da FUNART (Ministério da Cultura) voltado para a infraestrutura das artes cênicas

no Brasil.

Observa-se que, no município de Biguaçu, há uma iniciativa interessante no setor

cultural e artístico. Trata-se no “Cinema no Casarão”, espaço de projeção audiovisual

equipado por meio de convênio entre a Prefeitura Municipal de Biguaçu e o Cine Mais

Cultura (MInC). A iniciativa disponibiliza equipamento audiovisual de projeção digital,

obras brasileiras do catálogo da Programadora Brasil e oficina de capacitação

cineclubista, atendendo prioritariamente periferias de grandes centros urbanos e

municípios.

Quanto aos projetos/programas na área de educação desenvolvidos nos municípios

pesquisados, apresenta-se abaixo a relação e descrição sucinta daqueles

considerados mais relevantes por município.

Biguaçu:

Projeto de Avaliação Nutricional – Com o objetivo de diagnosticar problemas

como sobrepeso, desnutrição e baixa estatura ainda na fase escola, a Secretaria

Municipal de Educação desenvolve na rede municipal o projeto de avaliação

nutricional, possibilitando uma recuperação adequada aos alunos que

apresentam algum problema e educando, através de outras iniciativas co-

relacionadas, para a promoção da saúde, a alimentação consciente com o

incentivo da escolha de alimentos saudáveis, e o informações para não se

desperdiçar alimentos.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

83

São José:

Projeto “Conhecer São José” – Trata-se de um projeto pelo qual os alunos do

Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino visitam durante o ano

escolar, instituições ligadas ao poder público e/ou ao patrimônio histórico-cultural

do município, de modo a conhecer e vivenciar na prática cotidiana aspectos

geográficos, culturais, turísticos, entre outros;

Escola do Mar – Esta escola tem como objetivo educar ambientalmente através

da abordagem de temas da zona costeira e marinha como, por exemplo, pesca

artesanal, aqüicultura, recursos naturais locais e regionais (Mata Atlântica,

manguezais, restingas, praias e costões, além da diversidade da fauna

marinha), e diversos outros temas relativos a aspectos históricos e sócio-

culturais.

Palhoça:

Projeto Biblioteca Itinerante/Contação de Histórias – Atende regularmente todos

os centros de educação integrada com a proposta de incentivar a leitura desde a

primeira infância;

Projeto Segundo Tempo – Parceria com o Instituto Contato, iniciativa do

Ministério do Esporte. Oferece atividades esportivas, recreativas e culturais para

crianças e adolescentes dos 06 aos 17 anos. Atende no contra turno escolar, em

nove núcleos, cada um com 120 alunos. Trata-se de um projeto sócio-educativo

que objetiva tirar menores em situação de risco da ociosidade, ações e

situações ilícitas, combater a evasão escolar promovendo melhor e maior

socialização, ampliando os conhecimentos gerais e específicos a partir das

atividades esportivas.

Florianópolis:

Escola do Mar de Florianópolis - Da mesma maneira que no município de São

José, a Escola do Mar iniciou como um projeto pedagógico para a formação de

uma mentalidade marítima que contribuísse para o uso sustentável do mar e da

costa, bem como, para oportunizar aos alunos e profissionais vivências no mar.

Seu objetivo é a realização de atividades que contribuam para a sustentabilidade

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

84

através da sensibilização aos problemas ambientais da educação infantil ao

ensino médio;

Programa Desafio Digital – a Associação Catarinense de Empresas de

Tecnologia – ACATE e a Prefeitura Municipal de Florianópolis promovem o

projeto que visa levar os jovens a explorar o universo tecnológico por meio de

desafios que culminam com a produção de um produto final (um website, por

exemplo);

Projeto “Mais Educação” – Incentivado pelo MEC, oportuniza a educação

integral aos alunos da rede pública de ensino, através de oficinas de letramento,

matemática, música e esportes oferecidas no contra turno das atividades

escolares regulares.

Por último, no que diz respeito à estrutura de educação presente nos municípios da

AID, optou-se por relacionar toda a rede escolar existente, com seus dados de

infraestrutura/recursos pedagógicos. Destaca-se que em São José, encontra-se a

primeira universidade municipal totalmente gratuita do Brasil, o Centro Universitário

Municipal de São José, com diversos cursos. Também em São José está localizado o

maior campus da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI. A capital Florianópolis

conta com uma universidade estadual, a Universidade do Estado de Santa Catarina –

UDESC e uma universidade pública federal, a Universidade Federal de Santa Catarina

– UFSC. O município de Palhoça sedia dois campus da Universidade do Sul de Santa

Catarina (UNISUL), localizados na região da Pedra Branca e da ponte do Imaruim. O

mesmo município também conta com uma Universidade Municipal, a Universidade

Municipal de Palhoça.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

85

Tabela 56: Relação de Escolas de Governador Celso Ramos.

Nome da Escola Localização

Escolas Estaduais

EEB DR ADERBAL RAMOS DA SILVA Urbana

EEB PROF MARIA AMALIA CARDOSO Urbana

Escolas Municipais

CEI MUN GENEROSA COLONDINO GALO Urbana

CEI MUN JULIA SAGAS Urbana

CEI MUN PATROCINIO DOS SANTOS Urbana

CEI PROFª DULCE GODINHO NAZARIO Urbana

CEI PROF EUDES MAFRA Urbana

CEI PROFª LUCIA FRANCISCA SAGAS Urbana

CEI PROF ROBERTO MANOEL CALLADO Urbana

CENTRO ED INFANTIL SRA DOS NAVEGANTES Urbana

CENTRO EDUC PAIC I Urbana

CENTRO EDUC PAIC II Urbana

CENTRO EDUC PAIC III Urbana

CENTRO TEC ED DE ATEND AO PDF MARIA V DA SILVA Urbana

EEB MUN ABEL CAPELLA Urbana

EEB MUN MARIA AMALIA CARDOSO Urbana

EEB MUN PROFª ELVIRA SARDA DA SILVA Urbana

ESC MUN PREF JOAO BALDANCA SOBRINHO Urbana

ESC MUN PREF MIGUEL PEDRO DOS SANTOS Urbana

ESC MUN PROFª ALAIDE DA SILVA MAFRA Urbana

ESC MUN PROFª DALMA LUZ DE AZEVEDO Urbana

ESC MUN PROFª ONDINA DA SILVA ROSA Urbana

ESC MUN PROFª SILVIA PRAZERES DE CARVALHO Urbana

Fonte: Cadastro de Matricula – Educacenso2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

86

Tabela 57: Relação de Escolas de Biguaçu.

Nome da Escola

Lo

caliz

ação

Ace

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ade

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no

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Esp

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es

Bib

liote

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Co

mp

uta

do

r

Escolas Estaduais

ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL TEOFILO

TEODORO REGIS Rural Não 0 1 1 3

EEB JOAQUIM JOAO CARDOSO

Urbana Não 0 1 0 2

EEB PROFª EMERITA DUARTE SILVA E SOUZA

Urbana Não 1 1 1 21

EEB PROF MARIA DE LOURDES SCHERER

Urbana Não 1 0 0 13

EEF PROFº HERMINIO HEUSI DA SILVA

Rural Não 0 0 0 1

EEF AREIAS DE CIMA Rural Não 0 0 0 2

EEF SANTO ANTONIO Urbana Sim 0 1 0 2

EEB PROF TANIA MARA FARIA E SILVA LOCKS

Urbana Não 1 1 1 31

EEM PROFESSORA MARIA DA GLORIA VIRISSIMO DE

FARIA Urbana Não 1 1 1 36

EEB CONEGO RODOLFO MACHADO

Urbana Sim 1 1 1 17

EEB PREF AVELINO MULLER

Urbana Não 1 1 1 34

EEB PROFº JOSE BRASILICIO

Urbana Sim 1 1 1 21

EEF SAO TOMAZ D AQUINO

Rural Não 0 0 0 1

EEB PROFº ALEXANDRE SERGIO GODINHO

Urbana Não 1 0 1 14

EEB PROFª ELOISA Mª PRAZERES DE FARIA

Urbana Sim 1 1 1 48

EIEF KAAKUPE Rural Não 0 0 0

EEBI WHERA TUPA POTY DJA

Rural Sim 1 0 1 14

EEF DE SANTA CRUZ Rural Não 0 0 0 1

EIEF TAGUATO Rural Não 0 0 0

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

87

Nome da Escola

Lo

caliz

ação

Ace

ssib

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no

s co

m

nec

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esp

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Lab

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de

Esp

ort

es

Bib

liote

ca

Co

mp

uta

do

r

Escolas Municipais

CEI MUN RECANTO FELIZ Urbana Não 0 0 0 1

GE MUN CELIA LISBOA DOS SANTOS

Urbana Não 0 0 0 1

EBM PROFº DONATO ALIPIO DE CAMPOS

Urbana Não 1 1 1 13

EB MUN PROFº MANOEL ROLDAO DAS NEVES

Rural Sim 1 1 1 8

EB MUN BOM VIVER Urbana Sim 0 0 1 1

EB MUN FERNANDO B VIEGAS DE AMORIM

Urbana Sim 1 1 1 15

CEI MUN DONA DORVALINA

Urbana Não 0 0 0 1

CEI MUN DONA PAULINA Urbana Não 0 0 0 1

CEI MUN DONA VIRGINIA Urbana Não 0 0 0 1

CEI MUN DONA LILI Urbana Não 0 0 0 1

EIM LAUDELINO DEBORTOLI

Rural Não 0 0 0

CEI MUN ALGODAO DOCE Urbana Não 0 0 0 1

CEIM PROF LINDOIA MARIA S DE FARIA

Urbana Não 0 1 0 1

CEIM JARDIM JANAINA Urbana Sim 0 0 0 1

CEI MUN JARDIM CAROLINA

Rural Sim 0 0 0

EBM PROF RUTH FARIA DOS REIS

Urbana Não 1 0 1

Escolas Privadas

COLEGIO EDUCAR Urbana Não 1 1 1 16

COLEGIO INCENTIVO LTDA

Urbana Não 1 1 1 34

SETE SISTEMA DE ENSINO

Urbana Não 1 0 1 18

CEI CONVENIADO PLANETA AZUL

Urbana Não 0 0 0 1

CEI COMUNITARIO ANJINHO DA GUARDA

Urbana Não 0 0 0

Fonte: Cadastro de Matricula – Educacenso2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

88

Tabela 58: Relação de Escolas de São José.

Nome da Escola

Lo

cali

zaçã

o

Ace

ssib

ilid

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no

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form

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de

Esp

ort

es

Bib

liote

ca

Co

mp

uta

do

r

Escolas Estaduais

EEB FRANCISCO TOLENTINO

Urbana Sim 1 1 1 19

EEB JOSE MATIAS ZIMMERMANN

Urbana Não 1 1 1 29

EEB PROF JOAQUIM SANTIAGO

Urbana Não 1 1 1 24

EEB PROFESSORA MARIA JOSE BARBOSA

VIEIRA Urbana Sim 1 1 1 51

EEF DR HOMERO DE MIRANDA GOMES

Urbana Não 1 1 1 28

EEF PROFª MARCILIA DE OLIVEIRA

Urbana Não 1 1 1 30

EEB NS DA CONCEICAO Urbana Sim 1 1 1 19

EEB PROFª LAURITA DUTRA DE SOUZA

Urbana Não 1 1 1 22

EEB ALDO CAMARA DA SILVA

Urbana Não 1 1 1 15

EEB PROF VALDETE LUCI M PORTO

Urbana Sim 1 1 1 23

EEB WANDERLEY JUNIOR

Urbana Não 1 1 1 14

EEB PRES JUSCELINO KUBITSCHEK

Urbana Não 1 1 1 35

EEB PROFª MARIA DO CARMO LOPES

Urbana Sim 1 1 1 15

EEB PROFº AMERICO VESPUCIO PRATES

Urbana Não 1 1 1 16

EEB PROFº OSWALDO RODRIGUES CABRAL

Urbana Não 1 1 1 20

EEB CECILIA ROSA LOPES

Urbana Sim 1 1 1 15

EEB BELA VISTA Urbana Não 1 1 1 22

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

89

Nome da Escola

Lo

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Co

mp

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do

r

EEF SAO MIGUEL Urbana Não 1 1 1 33

EEF CRISTO REI Urbana Não 1 1 1 12

EEB PROFº LAERCIO CALDEIRA DE

ANDRADA Urbana Sim 1 1 1 16

EEB FRANCISCO TOLENTINO

Urbana Sim 1 1 1 19

EEB JOSE MATIAS ZIMMERMANN

Urbana Não 1 1 1 29

Escolas Municipais

CEI SANTO ANTONIO Urbana Sim 0 0 0 2

EB VER ALBERTINA KRUMMEL MACIEL

Urbana Sim 1 1 1 18

EB DOCILICIO VIEIRA DA LUZ

Urbana Sim 1 1 1 11

CEI NS DAS GRACAS Urbana Não 0 0 0 2

CEI SANTA INES Urbana Sim 0 0 0 2

EB MUN ALTINO CORSINO DA SILVA

FLORES Urbana Sim 1 1 1 19

CENTRO EDUCACIONAL

MUNICIPAL RENASCER Urbana Sim 1 1 1 12

EEF DE CALIFORNIA Urbana Não 0 0 0 1

EEF DE POTECAS Urbana Não 0 0 1 2

EEB PROFª PALMIRA LIMA MAMBRINI

Urbana Sim 0 1 1 1

CEI SAO JOSE II Urbana Sim 0 0 0 2

COLEGIO MUNICIPAL MARIA LUIZA DE MELO

Urbana Não 1 1 1 44

CEI NOSSA SENHORA DE FATIMA

Urbana Não 0 0 0 1

CEI SAO JUDAS TADEU Urbana Não 0 1 0 2

CEI FLOR DE NAPOLIS Urbana Não 0 0 0 1

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

90

Nome da Escola

Lo

cali

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Co

mp

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do

r

CEI BOM JESUS DE IGUAPE

Urbana Não 0 0 0 1

CENTRO EDUC MUN VILA FORMOSA

Urbana Sim 1 1 1 14

CENTRO EDUC MUN JOSE NITRO

Urbana Não 1 1 1 13

CENTRO DE ED MUN JARDIM SOLEMAR

Urbana Não 1 1 1 12

CEI JOSE NITRO Urbana Não 0 0 0 1

CEI MANOEL CUNHA Urbana Não 0 0 0 2

CENTRO EDUC MUN LUAR

Urbana Não 1 1 1 22

CEI SAO LUIZ Urbana Não 0 0 0 4

CENTRO EDUC MUN GOV VILSON KLEINUBING

Urbana Sim 1 1 1 30

CEI SAO FRANCISCO DE ASSIS

Urbana Não 0 0 0 6

CEI VILA FORMOSA Urbana Não 0 0 0 1

CEI SAO JOSE Urbana Não 0 0 0 1

CEI LOS ANGELES Urbana Não 0 0 0 2

CENTRO EDUCACIONAL

MUNICIPAL PROFESSORA MARIA

IRACEMA MARTINS DE ANDRADE

Urbana Sim 1 1 1 26

CEI VIDA NOVA Urbana Não 0 0 0

CEI JARDIM PINHEIROS Urbana Não 0 0 0 3

CEI NS APARECIDA Urbana Não 0 0 0 1

CEI APAM Urbana Não 0 0 0 1

CENTRO EDUC MUN CIDADE DA CRIANCA

Urbana Não 1 1 1 11

CENTRO EDUCACIONAL

Urbana Sim 1 1 1 11

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

91

Nome da Escola

Lo

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o

Ace

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no

s co

m

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Esp

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Bib

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ca

Co

mp

uta

do

r

MUNICIPAL MARIA HORTENCIA PEREIRA

FURTADO

CENTRO EDUCACIONAL

MUNICIPAL INTERATIVO FLORESTA

Urbana Sim 1 1 1 13

CENTRO EDUCACIONAL

MUNICIPAL ANTONIO FRANCISCO MACHADO

Urbana Sim 1 1 1 44

CENTRO EDUC MUN ARAUCARIA

Urbana Não 1 1 1 17

CENTRO EDUC MUN ESCOLA DO MAR

Urbana Sim 1 1 1 13

CEI MORAR BEM Urbana Sim 0 0 0 1

CEI MUN MARIA DE LOURDES BOTT

PHILIPPI Urbana Não 0 0 0 1

CENTRO EDUC MUN SANTA TEREZINHA

Rural Sim 1 1 1 23

CENTRO EDUC MUN MORAR BEM

Urbana Sim 1 1 1 20

CENTRO EDUC MUN SANTA ANA

Urbana Não 1 1 1 21

CEI MUN DISTRITO DE CAMPINAS

Urbana Não 0 0 0 1

CEI MUN COLONIA SANTANA

Urbana Sim 0 0 0 1

CEM CENIRO MARTINS Urbana Sim 0 0 0 1

CEI SANTO ANTONIO Urbana Sim 0 0 0 2

EB VER ALBERTINA KRUMMEL MACIEL

Urbana Sim 1 1 1 18

Escolas Privadas

CENTRO EDUC TIA DOLORES

Urbana Não 1 1 1 15

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

92

Nome da Escola

Lo

cali

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o

Ace

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no

s co

m

nec

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esp

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a

Qu

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de

Esp

ort

es

Bib

liote

ca

Co

mp

uta

do

r

EB ARCEBISPO DOM AFONSO NIEHUES

Urbana Não 1 1 1 20

COLEGIO CENTRO EDUC VISAO

Urbana Não 1 0 1 37

COLEGIO DOM JAIME JR

Urbana Não 1 1 1 16

CENTRO EDUCACIONAL REINO

AZUL Urbana Sim 0 1 1 3

CENTRO SOCIAL U DO BAIRRO BELA VISTA

Urbana Não 0 1 0 3

CVM CRECHE E ORFANATO VINDE A

MIM AS CRIANCINHAS Urbana Não 1 1 1 35

SOCIEDADE EUNICE WEAVER DE

FLORIANOPOLIS Urbana Não 0 0 0 4

PROJ CASULO ACAO SOCIAL DE BARREIROS

Urbana Não 1 0 0 2

CENTRO EDUC BARREIROS

Urbana Não 1 1 1 23

COLEGIO PE AGOSTINHO

Urbana Sim 1 1 1 17

COLEGIO ELISA ANDREOLI

Urbana Sim 1 1 1 46

EDUCANDARIO ROSA VERMELHA

Urbana Sim 1 0 1 7

CENTRO DE ED ESCOLAR KOBRASOL

LTDA Urbana Não 0 0 0 2

COLEGIO DOM JAIME CAMARA

Urbana Não 1 1 1 33

COLEGIO CAMINHO FELIZ

Urbana Sim 1 1 1 11

CENTRO EDUC CENECISTA SANTA

CRUZ Urbana Sim 1 1 1 36

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

93

Nome da Escola

Lo

cali

zaçã

o

Ace

ssib

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ade

aos

alu

no

s co

m

nec

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esp

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e In

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átic

a

Qu

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de

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Bib

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ca

Co

mp

uta

do

r

COLEGIO ALPHA OBJETIVO

Urbana Não 1 1 1 41

ACAO SOCIAL SALTO DO MAROIM CEI FREI

ANTONIO Urbana Sim 0 0 0 1

COLEGIO MARTINS E SOUZA

Urbana Não 1 1 1 8

CENTRO EDUC COMPANHIA DO SABER

Urbana Sim 1 1 1 14

GARDNER CURSOS E COLEGIO

Urbana Não 1 1 1 36

COLEGIO MARISTA E MUNICIPAL SAO JOSE

Urbana Sim 1 1 1 53

Escola Federal

IF-SC - CAMPUS SAO JOSE

Urbana Não 1 1 1

303

Fonte: Cadastro de Matrícula – Educacenso2010.

Tabela 59: Relação de Escolas de Palhoça

Nome da Escola

Lo

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no

s co

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form

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de

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Bib

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mp

uta

do

r

Escolas Estaduais

EEF PROF MARIA CLEMENTINA DE SOUZA LOPES

Urbana Sm 1 1 1 14

EEF PROF URSULINA DE SENNA CASTRO

Urbana Não 0 1 1 33

EEB PROFº BENONIVIO JOAO MARTINS

Urbana Sim 1 1 1 41

EEB VICENTE SILVEIRA Urbana Não 0 1 1 5

EEB JOAO SILVEIRA Urbana Sim 1 1 1 22

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

94

Nome da Escola

Lo

cali

zaçã

o

Ace

ssib

ilid

ade

aos

alu

no

s co

m

nec

essi

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es

esp

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is

Lab

ora

tóri

o d

e In

form

átic

a

Qu

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de

Esp

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Bib

liote

ca

Co

mp

uta

do

r

EEF DOM JAIME DE BARROS CAMARA

Urbana Não 1 0 1 20

EEB PROFª NICOLINA TANCREDO

Urbana Sim 1 1 1 27

EEB PE VICENTE F CORDEIRO

Urbana Sim 1 1 1 18

EEB PROFª CLAUDETE MARIA H DOMINGOS

Urbana Não 1 1 1 14

EEB HENRIQUE ESTEFANO KOERICH

Urbana Sim 1 1 1 14

EEB PROFª MARIA DO CARMO DE SOUZA

Urbana Sim 1 1 1 10

EEB GOV IVO SILVEIRA Urbana Não 1 1 1 37

EEB IRMA MARIA TERESA

Urbana Não 1 1 1 34

EEB JOSE MARIA CARDOSO DA VEIGA

Urbana Sim 1 1 1 37

EEB SEN RENATO RAMOS DA SILVA

Urbana Não 1 1 1 13

EEF VENCESLAU BUENO

Urbana S 1 1 1 42

EEB GOV PEDRO IVO FIGUEIREDO DE

CAMPOS Urbana Não 1 1 1 33

EIEF ITATY Rural Não 1 0 1 6

EIEF PIRA RUPA Rural Não 0 0 0

Escolas Municipais

EEF PROF MARIA CLEMENTINA DE SOUZA LOPES

Urbana Sim 1 1 1 14

EEF PROF URSULINA DE SENNA CASTRO

Urbana Não 0 1 1 33

EEB PROFº BENONIVIO JOAO MARTINS

Urbana Sim 1 1 1 41

EEB VICENTE SILVEIRA Urbana Não 0 1 1 5

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

95

Nome da Escola

Lo

cali

zaçã

o

Ace

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ade

aos

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no

s co

m

nec

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form

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mp

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do

r

EEB JOAO SILVEIRA Urbana Sim 1 1 1 22

EEF DOM JAIME DE BARROS CAMARA

Urbana Não 1 0 1 20

EEB PROFª NICOLINA TANCREDO

Urbana Sim 1 1 1 27

EEB PE VICENTE F CORDEIRO

Urbana Sim 1 1 1 18

EEB PROFª CLAUDETE MARIA H DOMINGOS

Urbana Não 1 1 1 14

EEB HENRIQUE ESTEFANO KOERICH

Urbana Sim 1 1 1 14

EEB PROFª MARIA DO CARMO DE SOUZA

Urbana Sim 1 1 1 10

EEB GOV IVO SILVEIRA Urbana Não 1 1 1 37

EEB IRMA MARIA TERESA

Urbana Não 1 1 1 34

EEB JOSE MARIA CARDOSO DA VEIGA

Urbana Sim 1 1 1 37

EEB SEN RENATO RAMOS DA SILVA

Urbana Não 1 1 1 13

EEF VENCESLAU BUENO

Urbana Sim 1 1 1 42

EEB GOV PEDRO IVO FIGUEIREDO DE

CAMPOS Urbana Não 1 1 1 33

EIEF ITATY Rural Não 1 0 1 6

EIEF PIRA RUPA Rural Não 0 0 0

EEF PROF MARIA CLEMENTINA DE SOUZA LOPES

Urbana Sim 1 1 1 14

EEF PROF URSULINA DE SENNA CASTRO

Urbana Não 0 1 1 33

EEB PROFº BENONIVIO JOAO MARTINS

Urbana Sim 1 1 1 41

EEB VICENTE SILVEIRA Urbana Não 0 1 1 5

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

96

Nome da Escola

Lo

cali

zaçã

o

Ace

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ade

aos

alu

no

s co

m

nec

essi

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ca

Co

mp

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do

r

EEB JOAO SILVEIRA Urbana Sim 1 1 1 22

EEF DOM JAIME DE BARROS CAMARA

Urbana Não 1 0 1 20

EEB PROFª NICOLINA TANCREDO

Urbana Sim 1 1 1 27

EEB PE VICENTE F CORDEIRO

Urbana Sim 1 1 1 18

EEB PROFª CLAUDETE MARIA H DOMINGOS

Urbana Não 1 1 1 14

EEB HENRIQUE ESTEFANO KOERICH

Urbana Sim 1 1 1 14

EEB PROFª MARIA DO CARMO DE SOUZA

Urbana Sim 1 1 1 10

EEB GOV IVO SILVEIRA Urbana Não 1 1 1 37

EEB IRMA MARIA TERESA

Urbana Não 1 1 1 34

EEB JOSE MARIA CARDOSO DA VEIGA

Urbana Sim 1 1 1 37

EEB SEN RENATO RAMOS DA SILVA

Urbana Não 1 1 1 13

EEF VENCESLAU BUENO

Urbana Sim 1 1 1 42

EEB GOV PEDRO IVO FIGUEIREDO DE

CAMPOS Urbana Não 1 1 1 33

EIEF ITATY Rural Não 1 0 1 6

EIEF PIRA RUPA Rural Não 0 0 0

EEF PROF MARIA CLEMENTINA DE SOUZA LOPES

Urbana Sim 1 1 1 14

EEF PROF URSULINA DE SENNA CASTRO

Urbana Não 0 1 1 33

EEB PROFº BENONIVIO JOAO MARTINS

Urbana Sim 1 1 1 41

EEB VICENTE SILVEIRA Urbana Não 0 1 1 5

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

97

Nome da Escola

Lo

cali

zaçã

o

Ace

ssib

ilid

ade

aos

alu

no

s co

m

nec

essi

dad

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mp

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do

r

EEB JOAO SILVEIRA Urbana S 1 1 1 22

EEF DOM JAIME DE BARROS CAMARA

Urbana Não 1 0 1 20

Escolas Privadas

CENTRO EDUC SANTA TEREZINHA MENINO

JESUS Urbana Não 0 0 0 1

CONSELHO COMUNITARIO DO

ALTO ARIRIU Urbana Não 0 0 0 5

ASSOCIACAO JOAO PAULO II

Urbana Não 1 0 1 4

CENTRO DE ED COMUNITARIO PE

ESTRELINHA Urbana Não 1 0 0 12

CENTRO EDUCACIONAL RODA

PIAO LTDA Urbana Sim 1 1 1 30

CEI PEQUENO PRINCIPE

Urbana Não 0 0 0 1

CONSELHO COMUNITARIO DE

ARIRIU DA FORMIGA Urbana Não 0 0 0 2

CEI AMIGUINHOS DA COMUNIDADE

Urbana Não 0 0 0 1

COLEGIO BOM JESUS LTDA

Urbana Sim 1 0 1 15

CEI VOVO ELISA Urbana Não 0 0 0

CURSO E COLEGIO ENERGIA

Urbana Não 1 1 1 32

CENTRO EDUC SAO JUDAS TADEU

Urbana Não 1 1 1 15

CENTRO EDUCACIONAL ZILA

ROSAR Urbana Não 1 0 1 2

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

98

Nome da Escola

Lo

cali

zaçã

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no

s co

m

nec

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Co

mp

uta

do

r

CENTRO DE ED ELCANA

Urbana Sm 1 1 1 11

CONSELHO COM SAO SEBASTIAO

Urbana Não 0 0 0 1

CASA ASSISTENCIAL ABRIGO CRISTAO

Urbana Não 0 0 1 1

CEI FLORZINHA AZUL Urbana Não 0 0 0 1

ASSOC COM CEI VOVO JULIETA

Urbana Não 0 0 0 1

CONSELHO COMUNITARIO DE

FURADINHO Urbana Não 0 0 0

CEI PARAISO DO AMOR Urbana Não 0 0 0 1

CENTRO EDUCACIONAL

PROMISSOR LTDA Urbana Sim 1 1 1 30

ESCOLA MODELO Urbana 1 0 1 7

COLEGIO FATENP Urbana Sim 1 0 1 120

CENTRO EDUC JOAO PAULO DE SENNA

Urbana Sim 1 1 1 12

CEI HERMON I Urbana Não 0 1 0 2

Fonte: Cadastro de Matricula – Educacenso2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

99

Tabela 60: Relação de Escolas de Florianópolis.

Nome da Escola

Lo

cali

zaçã

o

Ace

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ade

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no

s co

m

nec

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mp

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do

r

Escolas Estaduais

INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCACAO

Urbana Sim 1 1 1 120

EEB LAURO MULLER Urbana Não 1 1 1 14

EEB PROFº HENRIQUE STODIECK

Urbana Sim 1 1 1 25

EEB LUCIA DO LIVRAMENTO MAYVORNE

Urbana Não 1 1 1 26

EEB LEONOR DE BARROS

Urbana Sim 1 1 1 18

ESCOLA DE E. BASICA PADRE ANCHIETA

Urbana Sim 1 1 1 34

EEB SIMAO JOSE HESS Urbana Não 1 1 1 35

EEB FELICIANO NUNES PIRES

Urbana Sim 0 1 1 22

EEB HILDA TEODORO VIEIRA

Urbana Sim 1 1 1 27

EEB INTENDENTE JOSE FERNANDES

Urbana Não 1 1 1 44

EEF CACHOEIRA DO BOM JESUS

Urbana Não 0 0 0

EEB DE MUQUEM Urbana Não 0 0 0 2

EEB PROFª LAURA LIMA Urbana Não 1 1 1 12

EEB TENENTE ALMACHIO

Urbana Não 1 1 1 27

EEF BALDICERO FILOMENO

Urbana Não 0 0 0 3

EEF SEVERO HONORATO DA COSTA

Urbana Não 0 0 1 2

EEF GEN JOSE VIEIRA DA ROSA

Urbana Sim 1 1 0 3

EEB JANUARIA TEIXEIRA DA ROCHA

Urbana Não 1 0 1 3

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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Nome da Escola

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EEB PORTO DO RIO TAVARES

Urbana Sim 1 1 1 33

EEB ILDEFONSO LINHARES

Urbana Não 1 1 1 14

EEB DOM JAIME DE BARROS CAMARA

Urbana Não 1 1 1 15

EEB GETULIO VARGAS Urbana Sim 1 1 1 49

EEB CELSO RAMOS Urbana Não 1 1 1 27

EEB JUREMA CAVALLAZZI

Urbana Não 1 1 1 14

EEF JULIO DA COSTA NEVES

Urbana Não 1 0 1 14

EEB PROF ANIBAL NUNES PIRES

Urbana Não 1 1 1 29

EEB PRES ROOSEVELT Urbana Não 1 1 1 20

EEB EDITH GAMA RAMOS

Urbana Não 1 1 1 16

EEB PERO VAZ DE CAMINHA

Urbana Sim 1 1 1 30

EEB ROSINHA CAMPOS Urbana Sim 1 1 1 33

EEB DAYSE WERNER SALLES

Urbana Não 1 1 1 18

EEB JORNALISTA JAIRO CALLADO

Urbana Não 1 1 1 16

EEB IRINEU BORNHAUSEN

Urbana Não 1 1 0 16

EEB JOSE BOITEUX Urbana Sim 1 1 1 33

EEB ADERBAL RAMOS DA SILVA

Urbana Não 1 1 1 36

EEB ROSA TORRES DE MIRANDA

Urbana Não 1 1 1 24

EEM HENRIQUE VERAS Urbana Não 0 1 1 3

EEM JACO ANDERLE Urbana Sim 1 1 1 68

EEB AMERICA DUTRA Urbana Sim 1 1 1 60

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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Nome da Escola

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MACHADO

EEB PROFº ANISIO TEIXEIRA

Urbana Sim 1 1 1 3

E. E. M JOAO GONCALVES PINHEIRO

Urbana 1 1 1 13

EEM PRES CASTELO BRANCO

Urbana Sim 1 1 1 22

EEB DR PAULO FONTES

Urbana Sim 0 1 1 1

CEI VIDA E MOVIMENTO Urbana Não 0 1 0 5

EEM ANTONIO PASCHOAL APOSTOLO

Urbana Sim 0 1 1 2

EEM PREF ACACIO GARIBALDI SAO

THIAGO Urbana Não 1 1 1 2

ESC SUPLETIVA DA PENITENCIARIA

Urbana Não 1 0 1 12

CEJA DE FLORIANOPOLIS

Urbana Sim 1 0 1 24

CEDUP JORGE LACERDA

Urbana Não 1 0 1 21

INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCACAO

Urbana Sim 1 1 1 120

EEB LAURO MULLER Urbana Não 1 1 1 14

EEB PROFº HENRIQUE STODIECK

Urbana Sim 1 1 1 25

Escolas Municipais

CRECHE CRISTO REDENTOR

Urbana Sim 0 0 0 1

CRECHE NOSSA SENHORA DE LURDES

Urbana Não 0 0 1 2

CRECHE PROF ROSA MARIA PIRES

Urbana Não 0 0 0 2

NEI CANTO DA LAGOA Urbana Não 0 0 0 1

NEI STO ANTONIO DE Urbana Não 0 0 0 1

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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Nome da Escola

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PADUA

ESC MUNICIPAL DESDOBRADA RETIRO

DA LAGOA Urbana Não 1 1 1 13

ESC DESDOBRADA MUN JOAO F GARCEZ

Urbana Sim 1 1 1 13

EB HENRIQUE VERAS Urbana Não 1 1 1 23

EB JOAO ALFREDO ROHR

Urbana Não 1 1 1 25

EB PREF ACACIO GARIBALDI SAO

THIAGO Urbana Sim 1 1 1 18

EB BEATRIZ DE SOUZA BRITO

Urbana Sim 1 1 1 24

ESC DESDOBRADA COSTA DA LAGOA

Rural Não 1 0 1 14

CRECHE ORLANDINA CORDEIRO

Urbana Não 0 0 1 2

NEI JUDITE FERNANDES DE LIMA

Urbana Sim 0 0 1 1

NEI RAUL FRANCISCO LISBOA

Urbana Sim 0 0 0 1

N E I MARIA SALOME DOS SANTOS

Urbana Sim 0 0 0 1

NEI SAO JOAO BATISTA Urbana Sim 0 0 1 1

EB ANTONIO PASCHOAL APOSTOLO

Urbana Sim 1 1 1 32

EB PAULO FONTES Urbana Sim 1 1 1 27

EBM JOSE DO VALLE PEREIRA

Urbana Sim 1 1 1 36

EB MANCIO COSTA Rural Não 1 1 1 24

EBM INTENDENTE ARICOMEDES DA SILVA

Urbana Sim 1 1 1 28

ESC DESDOBRADA COSTA DE DENTRO

Urbana Não 1 0 1 13

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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Nome da Escola

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EB MARIA TOMAZIA COELHO

Urbana Sim 1 1 1 25

EBM LUIZ CANDIDO DA LUZ

Urbana Sim 1 1 1 19

ESCOLA DESDOBRADA PRAIA DO FORTE

Urbana Não 0 1 1 6

EB ALBERTINA MADALENA DIAS

Urbana Sim 1 1 1 20

ESC DESDOBRADA MARCOLINO JOSE DE

LIMA Urbana Sim 0 1 1 13

ESCOLA DESDOBRADA MUNICIPAL JURERE

Urbana Sim 1 1 1 11

EB MUN GENTIL MATHIAS DA SILVA

Urbana Sim 1 1 1 21

EB OSMAR CUNHA Urbana Não 1 1 1 33

EB OSVALDO MACHADO

Urbana Sim 1 1 1 25

CRECHE MONS FREDERICO HOBOLD

Urbana Sim 0 0 0 2

CRECHE SANTA TEREZINHA DO MENINO JESUS

Urbana Não 0 0 1 1

CRECHE BEM-TE-VI Urbana Não 0 0 0

NEI DRA ZILDA ARNS NEUMANN

Urbana Sim 0 0 1 1

NEI PANTANO DO SUL Urbana Não 0 0 0 1

NEI TAPERA Urbana Sim 0 0 0 2

EB PROFº ANISIO TEIXEIRA

Urbana Não 1 1 1 26

ESC DESDOBRADA LUPERCIO B DA SILVA

Rural Não 1 0 1 13

EB MUN JOSE AMARO CORDEIRO

Urbana Não 1 0 1 21

EB BATISTA PEREIRA Urbana Sim 1 1 1 26

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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Nome da Escola

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EB JOAO GONCALVES PINHEIRO

Urbana Sim 1 1 1 29

EB DILMA LUCIA DOS SANTOS

Urbana Sim 1 1 1 45

EB BRIGADEIRO EDUARDO GOMES

Urbana Sim 1 1 1 12

CRECHE MACHADO DE ASSIS

Urbana Não 0 0 0 1

CRECHE PAULO MICHELS

Urbana Não 0 0 0 2

CRECHE PROFESSORA MARIA BARREIROS

Urbana Não 0 1 0 1

NEI COQUEIROS Urbana Sim 0 0 1 1

NEI PREF NAGIB JABOR Urbana Sim 1 1 1 7

EB ALMIRANTE CARVALHAL

Urbana Sim 1 1 1 28

CRECHE CELSO PAMPLONA

Urbana 0 1 0 1

CRECHE JOAQUINA MARIA PERES

Urbana Sim 0 0 0 2

CRECHE NOSSA SENHORA APARECIDA

Urbana Não 0 1 0 1

CRECHE WALDEMAR DA SILVA FILHO

Urbana Sim 0 0 1 1

EB MUN DONICIA MARIA DA COSTA

Urbana Sim 1 1 1 26

ESC DESDOBRADA JOSE JACINTO

CARDOSO Urbana Sim 1 1 1 19

CRECHE ANJO DA GUARDA

Urbana Não 0 0 0 2

ESC DESDOBRADA OSVALDO GALUPO

Urbana Sim 0 0 1 9

CRECHE CHICO MENDES

Urbana Não 0 0 1 1

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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Nome da Escola

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EB VITOR MIGUEL DE SOUZA

Urbana Sim 1 1 1 33

CRECHE DONA COTA Urbana Não 1 0 0 9

NEI CAMPECHE Urbana Não 0 0 1 2

ESC DESDOBRADA ADOTIVA LIBERATO

VALENTIM Urbana Sim 1 1 1 26

CRECHE MUQUEM Urbana Não 0 0 0 1

NEI JOAO MACHADO DA SILVA

Urbana Não 0 0 0 1

NEI COLONIA Z 11 Urbana Sim 0 0 0 1

NEI ORISVALDINA DA SILVA

Urbana Não 0 0 0 3

CRECHE IDALINA OCHOA

Urbana Sim 0 0 0 2

CRECHE DORALICE TEODORO BASTOS

Urbana Sim 0 0 1 1

CRECHE VICENTINA MARIA DA COSTA

LAURINDO Urbana Sim 0 0 0 2

CRECHE CAETANA MARCELINA DIAS

Urbana Não 0 0 0 2

CRECHE FERMINIO FRANCISCO VIEIRA

Urbana Sim 0 0 0 1

CRECHE FRANCISCA IDALINA LOPES

Urbana Não 0 0 0 1

CRECHE MORRO DA QUEIMADA

Urbana Não 0 0 0 2

CRECHE ALMIRANTE LUCAS ALEXANDRE

BOITEUX Urbana Sim 0 1 1 4

NEI-ARMACAO Urbana Sim 0 0 0 2

CRECHE STELLA MARIS CORREA CARNEIRO

Urbana Não 0 0 0 2

CRECHE ALTINO Urbana Não 0 0 0 1

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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Nome da Escola

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DEALTINO CABRAL

CRECHE JOEL ROGERIO DE FREITAS

Urbana Não 0 1 0 1

COORD DE ED DE JOVENS E ADULTOS

Urbana Sim 1 1 1 323

CRECHE ILHA CONTINENTE

Urbana Sim 0 1 0 1

CRECHE ANNA SPYRIOS DIMATTOS

Urbana Sim 0 0 0 1

CRECHE IRMA SCHEILA Urbana Não 0 1 0 1

CRECHE INGLESES Urbana Sim 0 0 0 1

NEI CAIEIRA DA BARRA DO SUL

Rural Não 0 0 1 3

CRECHE IRMAO CELSO Urbana Não 0 0 0 1

NEI INGLESES Urbana Sim 0 0 0 2

CRECHE HERMENEGILDA

CAROLINA JACQUES Rural Sim 0 0 0 1

CRECHE MATEUS DE BARROS

Urbana Sim 0 0 0 1

CRECHE VILA CACHOEIRA

Urbana Sim 0 0 0 1

CRECHE VILA UNIAO Urbana Não 0 0 0 1

CRECHE DIAMANTINA BERTOLINA DA

CONCEICA Urbana Não 0 0 0 2

CRECHE MARCELINO BARCELOS DUTRA

Urbana Não 0 0 0 1

CRECHE JARDIM ATLANTICO

Urbana Não 0 0 0 2

EB MUN MARIA CONCEICAO NUNES

Urbana Sim 1 1 1 28

CRECHE MARIA NAIR DA SILVA

Urbana Não 0 0 0 2

NEI BARREIRA DO Urbana Sim 0 0 0 2

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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Nome da Escola

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JANGA

NEI LUIZ PAULO DA SILVA

Urbana Sim 0 1 0 1

NEI PONTA DO MORRO Urbana Não 0 0 0 2

CRECHE APAM MORRO DAS PEDRAS

Urbana Não 0 0 0 2

CRECHE ABRAAO Urbana Não 0 0 0 2

NEI COSTEIRA Urbana Sim 0 0 0 1

CRECHE MORRO DO MOCOTO

Urbana Sim 0 0 0 1

CRECHE PROFESSORA ELISABETE NUNES

ANDERLE Urbana Não 0 0 0 1

CRECHE FRANKLIN CASCAES

Urbana Não 0 0 0 1

NEI PRAIA DOS INGLESES

Urbana Não 0 0 0 1

CRECHE MONTEIRO LOBATO

Urbana Sim 0 0 0 1

CRECHE CRISTO REDENTOR

Urbana Sim 0 0 0 1

CRECHE NOSSA SENHORA DE LURDES

Urbana Não 0 0 1 2

Escolas Privadas

CENTRO EDUC NS MONTE SERRAT

Urbana Não 0 0 1 1

CEI GIRASSOL Urbana Não 0 0 1 4

COLEGIO BOM JESUS CORACAO DE JESUS

Urbana Sim 1 1 1 101

COLEGIO ADVENTISTA DE FLORIANOPOLIS -

CENTRO Urbana Não 1 1 1 35

EDUCANDARIO IMACULADA CONCEICAO

Urbana Não 1 1 1 81

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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CRECHE SAO FRANCISCO DE ASSIS

Urbana Não 0 0 0 4

ESCOLA SARAPIQUA Urbana Não 1 1 1 32

COLEGIO STA CATARINA

Urbana Sim 1 1 1 34

ASAV COLEGIO CATARINENSE

Urbana Sim 1 1 1 200

ESCOLA DINAMICA Urbana Não 1 1 1 22

COLEGIO TRADICAO Urbana Sim 1 1 1 14

CENTRO EDUC MENINO JESUS

Urbana Sim 1 1 1 100

SESC SERVICO SOCIAL DO COMERCIO

Urbana Sim 1 1 1 6

COLEGIO ESTIMOARTE Urbana Sim 1 1 1 35

CEI COQUEIROS Urbana Não 0 0 1 1

CRECHE CONSELHO COMUNITARIO DE

COQUEIROS Urbana Não 0 0 0 1

ESCOLA WALDORF ANABA

Urbana Não 0 1 1 5

LAR FABIANO DE CRISTO

Urbana Não 1 0 0 18

COLEGIO SALVATORIANO NOSSA SENHORA DE FATIMA

Urbana Não 1 1 1 40

ASSOC PEDAGOGICA PRAIA DO RISO

Urbana Sim 1 1 1 9

COLEGIO ANTONIO PEIXOTO

Urbana Não 1 1 1 36

CEI CONVIVENCIA Urbana Não 1 1 0 10

COLEGIO GERACAO Urbana Sim 1 1 1 53

COLEGIO ENERGIA Urbana Sim 1 1 1 210

COLEGIO ADVENTISTA DE FLORIANOPOLIS -

ESTREITO Urbana Sim 1 1 1 35

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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Nome da Escola

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COLEGIO CONTINENTE Urbana Não 1 1 1 6

CENTRO EDUC LUCAZ Urbana Sim 1 1 1 8

ESCOLA DA ILHA Urbana Sim 1 1 1 23

ESCOLA AUTONOMIA Urbana Não 1 1 1 42

ASSOC EDUC E TECNOLOGICA

FLORIANOPOLIS - COC FLORIANOPOLIS

Urbana Sim 1 0 1 46

CENTRO EDUCACIONAL

CRIATIVO Urbana Sim 1 1 0 24

ESCOLA ENGENHO LTDA

Urbana Não 1 1 1 17

EDUCANDARIO LAR DE JESUS SERTE

Urbana Não 0 0 1 2

COLEGIO ENERGIA CORREGO GRANDE

Urbana Sim 1 1 1 28

CRECHE NS DA BOA VIAGEM

Urbana Sim 1 1 1 4

ESCOLA BRANCA DE NEVE

Urbana Não 0 1 1 9

CURSO E COLEGIO SOLUCAO

Urbana Não 0 0 0

CEPU CENTRO DE ESTUDO PRE

UNIVERSITARIO Urbana Não 1 0 1 48

COLEGIO SANTA TEREZINHA

Urbana Sim 1 1 1 23

COLEGIO JARDIM ANCHIETA

Urbana Não 0 0 0

INST DE ED ESPECIAL PROFº MANOEL BOAVENTURA

Urbana Sim 1 1 1 47

ESCOLA A NOVA DIMENSAO

Urbana Sim 1 1 1 20

COLEGIO DA LAGOA Urbana Sim 1 1 1 27

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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ESCOLA DA FAZENDA Urbana Não 1 1 1 13

CEI ENSINARTE Urbana Não 1 1 1 13

ASSOCIACAO DE MORADORES LAGOA

DO PERI Urbana Não 0 0 0 1

CRECHE CONS COMUNIT MONTE

VERDE Urbana Não 0 1 0 1

CRECHE COSTEIRA DO PIRAJUBAE

Urbana Não 0 0 0 1

CRECHE CONSELHO COMUNITARIO DA

COLONINHA Urbana Não 0 1 0 1

CEI ARCANGELO LTDA ME

Urbana Não 0 0 0 1

GRUPO ESCOLA IRMAO DELMIRO CRECHE

ESPIRITA CAMINHO DA ESPERANCA ANDRE

LUIZ

Urbana 0 0 0 2

SENAI SC FLORIANOPOLIS

Urbana Sim 1 0 1 370

SESC SERVICO SOCIAL DO COMERCIO

Urbana Não 1 0 1 8

CENTRO EDUC ALFA EXECUTIVE LTDA

Urbana Não 0 0 1 5

COLEGIO MARTE Urbana Não 1 1 1 8

CURSO E COLEGIO DEFINICAO

Urbana Não 0 0 1 4

EPI ESCOLA DA PRAIA DOS INGLESES

Urbana Sim 0 0 1 7

CENTRO EDUCACIONAL

UNIVERSO Urbana Não 0 0 0

COLEGIO TENDENCIA Urbana Sim 0 0 1 30

COLEGIO CRUZ E Urbana Sim 1 1 1 50

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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Nome da Escola

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SOUSA

CENTRO DE EDUCACAO NOSSA

SENHORA DA CONCEICAO

Urbana Sim 1 1 1 14

GAPA LAR RECANTO DO CARINHO

Urbana Não 0 1 1 6

SEEDE - SEARA ESPIRITA

ENTREPOSTO DA FE Urbana Não 1 1 1 32

ASSOC CUL E COM DA COLONINHA A CASA DO

POVO Urbana Não 0 0 0 1

CONS COM DO CONJ HABITACIONAL

PANORAMA Urbana Não 0 0 0 1

SUPLETIVO ENERGIA Urbana Não 0 0 1 6

ASSOC FLORIANOPOLITANA

AFLOV Urbana Não 0 1 0 2

CRECHE DO DUDUCO I Urbana Não 0 0 0

CRECHE DO HILDO CEI GUIA

Urbana Não 0 0 0 2

CRECHE DO DUDUCO II Urbana Não 0 0 0 4

COLEGIO ATITUDE Urbana Sim 1 1 1 24

SENAC TECNOLOGIAS DA INFORMACAO

Urbana Sim 1 0 0 150

SENAC DE FLORIANOPOLIS

Urbana Sim 1 0 1 185

CENTRO EDUCACIONAL DE

UNIESC Urbana Sim 1 1 1 9

COLEGIO DE ENSINO MEDIO MANUELLA

BASTOS Urbana Sim 1 1 1 14

SENAC SAUDE E BELEZA

Urbana Sim 0 0 1 23

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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Nome da Escola

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COLEGIO ITACORUBI Urbana Não 1 1 1 26

INSTITUTO BRASILEIRO EDUCACAO

PROFISSIONAL Urbana Sim 0 0 1 24

CENTRO EDUC NS MONTE SERRAT

Urbana Não 0 0 1 1

CEI GIRASSOL Urbana Não 0 0 1 4

COLEGIO BOM JESUS CORACAO DE JESUS

Urbana Sim 1 1 1 101

Escolas Federais

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO

TECNOLOGICA DE SANTA CATARINA

Urbana Sim 1 1 1 753

NDI UFSC Urbana Sim 0 0 1 16

COLEGIO DE APLICACAO UFSC

Urbana Sim 1 1 1 97

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO CIENCIA

E TECNOLOGIA

DE SANTA CATARINA CAMPUS

FLORIANOPOLIS CONTINENTE

Urbana Sim 1 0 1 93

Fonte: Cadastro de Matricula – Educacenso2010.

Pela relação de escolas, pode-se observar que quanto à dependência administrativa,

há predominância de escolas da rede municipal de ensino. Considerando-se os cinco

municípios da AID, são 211 escolas municipais, 109 estaduais, 154 privadas e apenas

6 federais.

As figuras abaixo ilustram uma das escolas da rede pública, mais próximas do traçado

da rodovia que está sendo projetada.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

113

Figura 30: Centro Educacional Municipal Califórnia – Município de São José.

Fechando esta avaliação da AID no que diz respeito à Educação, salientam-se

algumas das principais demandas em infraestrutura física e recursos pedagógicos

extraídas dos diagnósticos realizados no PAR, citado anteriormente e que são

organizadas aqui por município.

Biguaçu:

Qualificação profissional;

Material pedagógico para subsídio ao disposto nas Leis 10.639/2003 e

11.645/20081;

Recursos de informática de uso multifuncional;

São José:

Tecnologia educacional;

1As Leis nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003 e 11.645, de 10 de março de 2008, alteram a Lei nº 9394, de 20 de

dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da

Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

114

Acesso à internet em todas as escolas e implantação de laboratórios de

informática;

Acessibilidade a portadores de necessidade especial em todas as escolas

Capacitação de profissionais;

Palhoça:

Capacitação/qualificação profissional;

Materiais pedagógicos para atendimentos às Leis 10.639/2003 e 11.645/2008;

Laboratórios de informática;

Atendimento de todas as escolas de energia elétrica e água potável;

Materiais didáticos diversos;

Florianópolis:

Capacitação profissional;

Material pedagógico para atendimento às Leis 10.639/2003 e 11.645/2008;

Recursos financeiros para projetos de desenvolvimento das escolas;

Recursos diversos para demandas de acessibilidade.

5.3.1.1.2. Saúde

A análise temática subsequente (Saúde) é dedicada às questões relacionadas à saúde

na Área de Influência Direta – AID do Meio Socioeconômico, isto é, os municípios de

Governador Celso Ramos, Biguaçu, São José, Palhoça e Florianópolis.

Trata-se inicialmente, nesta seção, do estado da infraestrutura física (leitos e

ambulatórios) e dos recursos humanos (médicos e profissionais da saúde) disponíveis,

bem como de sua suficiência em relação às necessidades, fazendo-se em seguida

uma consolidação destas informações voltada para a identificação dos pólos de

referência em saúde na AID e das relações entre o padrão espacial do sistema público

de saúde e os prováveis focos de demandas adicionais decorrentes do

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

115

empreendimento de implantação da rodovia ora projetada, isto é, do Contorno de

Florianópolis.

Também são apresentados as informações de mortalidade (total e infantil) e morbidade

(principais doenças) da população, além da situação epidemiológica potencialmente

impactável pelo projeto.

Informa-se que, para atendimento do Termo de Referência do IBAMA, a situação do

saneamento básico, inerentemente correlata à questão da saúde pública, é tratada em

item apresentado mais adiante de forma desagregada, pois o TR solicita informações

específicas sobre abastecimento de água, tratamento de esgotos e coleta e disposição

de lixo. Assim, para efeito de melhor visualização dos dados tratados no diagnóstico de

saneamento básico, considerou-se mais viável tratar cada um destes aspectos no

mesmo conjunto, isto é, na questão do saneamento.

Ressalta-se também que, ainda em atendimento ao TR, a Caracterização das

Condições de Saúde em relação a Doenças Endêmicas foi tratada em seção específica

para cumprimento da itemização exigida pelo IBAMA no referido TR.

A inclusão da dimensão da saúde é fundamental nos procedimentos de avaliação de

impactos ambientais de empreendimentos, uma vez que os mesmos podem influenciar

de alguma forma a complexa rede que determina e condiciona a saúde dos grupos

populacionais envolvidos e estas inter-relações precisam ser antecipadamente

explicitadas para que os diversos atores envolvidos no processo de tomada de decisão

possam avaliar adequadamente o empreendimento e seus impactos.

Os indicadores de saúde que fomentam a análise das questões de saúde neste

diagnóstico são, na sua maioria os que se encontramdisponíveis no Banco de Dados

do Sistema Único de Saúde – SUS, o DATASUS.

Inicia-se as considerações sobre a saúde na Área de Influência Direta do

empreendimento de implantação do Contorno de Florianópolis pelo grau de cobertura

vacinal da população menor de 01 ano uma vez que este grupo populacional é o que

apresenta o maior grau de letalidade quando exposto a doenças imunopreveníveis.

As atividades de imunização situam-se entre as intervenções de melhor custo-

efetividade, sendo componente obrigatório dos programas de saúde pública. Pelas

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

116

Tabela 61 a Tabela 65 pode-se observar que os resultados verificados na AID do

empreendimento são adequados, em alguns casos ultrapassando cem por cento.

Tabela 61: Cobertura Vacinal (%) por Tipo de Imunobiológico Menores de 1 ano –Governador Celso Ramos.

Imunogiológicos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

BCG (BCG) 121,

3 150,

3 87,2 92,3

108,6

96,7 86,5 65,9 25,5 16,2

Contra Febre Amarela (FA)

- - - - - - - - 0,6 0,6

Contra Haemophilusinfluenz

ae tipo b (Hib)

100,5

133,7

30,2 0,6 - 0,7 0,7 1,5 0,6 2,5

Contra Hepatite B (HB)

84,7 109,

5 82,7

103,6

87,5 87,3 93,9 93,2 82,0 70,8

Contra Influenza (Campanha) (INF)

78,5 72,5 101,

5 100,

3 105,

0 100,

2 115,

3 92,9 91,3

101,1

Contra Sarampo 121,

8 177,

5 79,9 - - - - - - -

Dupla Viral (SR) - - - - - - - - - -

Oral Contra Poliomielite (VOP)

96,0 134,

3 89,9

101,2

119,7

96,0 101,

4 100,

0 83,2 71,4

Oral Contra Poliomielite

(Campanha 1ª etapa) (VOP)

140,8

114,0

108,7

114,0

107,5

103,5

100,6

102,6

111,0

97,9

Oral Contra Poliomielite

(Campanha 2ª etapa) (VOP)

100,0

103,3

112,1

106,6

116,4

99,6 103,

8 111,

0 109,

6 93,4

Oral de Rotavírus Humano (RR)

- - - - - - 56,8 79,6 75,2 64,0

Tetravalente (DTP/Hib) (TETRA)

- - 58,7 104,

8 119,

7 96,0

100,7

100,8

83,2 68,9

Tríplice Bacteriana (DTP)

98,0 126,

6 32,4 - - - - - - -

Tríplice Viral (SCR) 71,8 132,

7 -

105,6

122,0

95,4 94,7 86,5 92,4 80,1

Tríplice Viral (campanha) (SCR)

- - - - 13,1 - - - - -

Totais das vacinas contra tuberculose

- - - - - - 86,5 65,9 25,5 16,2

Totais das vacinas - - - - - - 93,9 93,2 82,0 70,8

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

117

Imunogiológicos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

contra hepatite B

Totais das vacinas contra poliomielite

- - - - - - 101,

4 100,

0 83,2 71,4

Totais das vacinas Tetra + Penta + Hexavanlente

- - - - - - 100,

7 100,

8 83,2 68,9

Totais das vacinas contra sarampo e

rubéola - - - - - - 94,7 86,5 92,4 80,1

Totais das vacinas contra difteria e

tétano - - - - - -

100,7

100,8

83,2 68,9

Fonte: SI/PNI. Situação da base de dados nacional em 25/03/2010.

Tabela 62: Cobertura Vacinal (%) por Tipo de Imunobiológico Menores de 1 ano – Biguaçu.

Imunogiológicos 2000 2001 2002 2003 2004200

5 200

6 2007 2008

2009

BCG (BCG) 102,

1 101,

8 101,

5 102,

5 96,3 97,7 94,0 53,6 7,8 5,2

Contra Febre Amarela (FA)

- - 0,3 1,1 1,0 0,8 1,5 0,8 0,8 0,5

Contra Haemophilusinfluenza

e tipo b (Hib) 83,4

106,4

25,4 - 0,1 - 0,1 0,1 0,5 -

Contra Hepatite B (HB)

66,5 89,1 115,

8 112,

1 92,3 95,5 97,3

106,3

94,3 94,8

Contra Influenza (Campanha) (INF)

47,5 49,4 74,0 87,1 82,7 81,6 83,4 73,3 81,2 86,4

Contra Sarampo 87,1 100,

2 101,

4 - - - - - - -

Dupla Viral (SR) - - - - - - - - - -

Oral Contra Poliomielite (VOP)

83,8 106,

8 91,6

112,4

93,6 96,4 98,6 103,

8 95,3 98,7

Oral Contra Poliomielite

(Campanha 1ª etapa) (VOP)

96,5 98,7 111,

9 108,

9 105,

0 94,6 97,1 94,6

110,4

97,7

Oral Contra Poliomielite

(Campanha 2ª etapa) (VOP)

107,5

101,5

108,1

107,6

92,1 92,4 96,5 90,8 100,

8 97,9

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

118

Imunogiológicos 2000 2001 2002 2003 2004200

5 200

6 2007 2008

2009

Oral de Rotavírus Humano (RR)

- - - - - - 58,0 93,1 89,2 95,6

Tetravalente (DTP/Hib) (TETRA)

- - 75,4 112,

4 93,5 96,2 98,6

104,2

95,2 99,1

Tríplice Bacteriana (DTP)

83,8 106,

9 25,0 - - - - - - -

Tríplice Viral (SCR) 78,4 97,9 24,1 134,

7 101,

4 93,5 97,4 99,5

109,2

98,1

Tríplice Viral (campanha) (SCR)

- - - - 14,5 - - - - -

Totais das vacinas contra tuberculose

- - - - - - 94,0 53,6 7,8 5,2

Totais das vacinas contra hepatite B

- - - - - - 97,3 106,

3 94,3 94,8

Totais das vacinas contra poliomielite

- - - - - - 98,6 103,

8 95,3 98,7

Totais das vacinas Tetra + Penta + Hexavanlente

- - - - - - 98,6 104,

2 95,2 99,1

Totais das vacinas contra sarampo e

rubéola - - - - - - 97,4 99,5

109,2

98,1

Totais das vacinas contra difteria e

tétano - - - - - - 98,6

104,2

95,2 99,1

Fonte: SI/PNI. Situação da base de dados nacional em 25/03/2010.

Tabela 63: Cobertura Vacinal (%) por Tipo de Imunobiológico Menores de 1 ano – São José

Imunogiológicos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

BCG (BCG) 132,

0 126,

7 108,

2 111,

2 108,

5 107,

7 104,

7 102,

8 131,

6 117,

8

Contra Febre Amarela (FA)

0,3 0,3 0,0 - - 0,0 - 0,1 0,8 0,4

Contra Haemophilusinfluenz

ae tipo b (Hib)

102,1

112,6

35,9 0,8 0,3 0,2 0,2 0,3 0,4 0,3

Contra Hepatite B (HB)

97,5 106,

8 100,

9 100,

6 100,

0 99,9

101,3

100,7

95,2 99,1

Contra Influenza (Campanha) (INF)

66,4 77,4 68,5 81,1 81,9 85,5 84,1 69,5 68,9 76,2

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

119

Imunogiológicos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Contra Sarampo 121,

9 126,

6 98,3 - - - - - - -

Dupla Viral (SR) - - - - - - - - - -

Oral Contra Poliomielite (VOP)

106,8

112,0

99,3 103,

8 104,

2 104,

3 104,

7 104,

2 98,8

101,5

Oral Contra Poliomielite

(Campanha 1ª etapa) (VOP)

93,8 117,

0 96,7

101,6

97,6 88,9 85,3 92,5 96,0 95,9

Oral Contra Poliomielite

(Campanha 2ª etapa) (VOP)

104,7

102,1

95,2 106,

1 94,1

102,3

90,0 90,3 80,3 99,5

Oral de Rotavírus Humano (RR)

- - - - - - 63,2 93,8 90,0 92,2

Tetravalente (DTP/Hib) (TETRA)

- - 63,6 104,

9 104,

6 105,

1 105,

2 104,

2 99,1

101,8

Tríplice Bacteriana (DTP)

107,5

109,2

36,2 - - - - 0,2 - 0,1

Tríplice Viral (SCR) 104,

7 105,

9 94,4

131,1

120,1

97,1 92,5 97,1 93,0 100,

8

Tríplice Viral (campanha) (SCR)

- - - - 19,9 - - - - -

Totais das vacinas contra tuberculose

- - - - - - 104,

7 102,

8 131,

6 117,

8

Totais das vacinas contra hepatite B

- - - - - - 101,

3 100,

7 95,2 99,1

Totais das vacinas contra poliomielite

- - - - - - 104,

7 104,

2 98,8

101,5

Totais das vacinas Tetra + Penta + Hexavanlente

- - - - - - 105,

2 104,

2 99,1

101,8

Totais das vacinas contra sarampo e

rubéola - - - - - - 92,5 97,1 93,0

100,8

Totais das vacinas contra difteria e

tétano - - - - - -

105,2

104,4

99,1 101,

8

Fonte: SI/PNI. Situação da base de dados nacional em5/03/2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

120

Tabela 64: Cobertura Vacinal (%) por Tipo de Imunobiológico Menores de 1 ano – Palhoça.

Imunogiológicos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

BCG (BCG) 103,

9 97,3

100,2

96,0 93,4 98,3 87,2 88,0 18,3 16,9

Contra Febre Amarela (FA)

0,3 0,2 0,3 0,5 - - - - 0,5 -

Contra Haemophilusinfluenz

ae tipo b (Hib)

103,1

109,7

34,5 0,9 - 0,2 0,2 0,1 0,2 0,1

Contra Hepatite B (HB)

88,1 96,6 104,

2 100,

9 86,4 93,2 85,7

100,2

90,4 95,4

Contra Influenza (Campanha) (INF)

54,2 68,6 76,6 89,3 98,5 87,9 95,5 92,3 101,

1 97,4

Contra Sarampo 96,9 101,

1 84,2 - - - - - - -

Dupla Viral (SR) - - - - - - - - - -

Oral Contra Poliomielite (VOP)

96,9 96,3 92,1 100,

4 102,

8 96,0

101,1

108,3

101,6

107,1

Oral Contra Poliomielite

(Campanha 1ª etapa) (VOP)

94,5 102,

5 112,

2 111,

4 102,

5 100,

4 102,

7 107,

2 108,

2 96,5

Oral Contra Poliomielite

(Campanha 2ª etapa) (VOP)

98,8 101,

6 112,

4 110,

7 90,0 99,8

100,0

93,9 108,

8 99,9

Oral de Rotavírus Humano (RR)

- - - - - - 53,5 87,5 82,0 84,8

Tetravalente (DTP/Hib) (TETRA)

- - 67,3 100,

6 102,

8 96,0

101,4

108,3

101,5

107,8

Tríplice Bacteriana (DTP)

104,4

95,5 31,1 - - - 0,1 - 0,1 -

Tríplice Viral (SCR) 79,9 99,2 - 133,

3 127,

6 112,

4 92,3

103,7

107,4

110,3

Tríplice Viral (campanha) (SCR)

- - - - - - - - - -

Totais das vacinas contra tuberculose

- - - - - - 87,2 88,0 18,3 16,9

Totais das vacinas contra hepatite B

- - - - - - 85,7 100,

2 90,4 95,4

Totais das vacinas contra poliomielite

- - - - - - 101,

1 108,

3 101,

6 107,

1

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

121

Imunogiológicos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Totais das vacinas Tetra + Penta + Hexavanlente

- - - - - - 101,

4 108,

3 101,

5 107,

8

Totais das vacinas contra sarampo e

rubéola - - - - - - 92,3

103,7

107,4

110,3

Totais das vacinas contra difteria e

tétano - - - - - -

101,5

108,3

101,5

107,8

Fonte: SI/PNI. Situação da base de dados nacional em 5/03/2010.

Tabela 65: Cobertura Vacinal (%) por Tipo de Imunobiológico Menores de 1 ano – Florianópolis.

Imunogiológicos 2000 2001200

2 2003 2004 2005

2006

2007 2008 2009

BCG (BCG) 98,7 97,7 96,5 88,2 98,6 96,5 96,2 125,

5 147,

5 158,

4

Contra Febre Amarela (FA)

0,4 0,5 0,4 0,2 0,3 0,3 0,3 0,3 1,3 0,3

Contra Haemophilusinfluenz

ae tipo b (Hib) 96,7

105,0

33,5 1,0 0,4 0,2 0,4 0,4 0,8 0,7

Contra Hepatite B (HB)

91,8 97,2 89,8 85,5 84,7 85,3 83,8 87,0 83,2 88,4

Contra Influenza (Campanha) (INF)

57,4 64,1 62,4 71,0 83,6 83,9 75,6 66,0 68,0 73,2

Contra Sarampo 107,

6 104,

0 89,1 - - - - - - -

Dupla Viral (SR) - - - - - - - - 0,0 -

Oral Contra Poliomielite (VOP)

102,1

99,0 85,6 86,2 87,3 89,4 83,2 85,0 80,9 85,9

Oral Contra Poliomielite

(Campanha 1ª etapa) (VOP)

114,1

95,9 75,3 94,2 90,9 85,3 89,6 92,3 97,6 97,9

Oral Contra Poliomielite

(Campanha 2ª etapa) (VOP)

101,4

95,0 81,7 94,7 91,9 85,1 88,4 93,1 91,4 96,2

Oral de Rotavírus Humano (RR)

- - - - - - 54,2 84,3 81,0 91,6

Tetravalente (DTP/Hib) (TETRA)

- - 57,8 88,6 91,1 89,9 85,1 88,5 82,0 88,2

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

122

Imunogiológicos 2000 2001200

2 2003 2004 2005

2006

2007 2008 2009

Tríplice Bacteriana (DTP)

101,2

99,9 34,2 - - - - 0,1 0,0 -

Tríplice Viral (SCR) 89,0 100,

9 3,7

116,7

105,4

101,0

91,9 92,9 96,5 95,1

Tríplice Viral (campanha) (SCR)

- - - - 16,7 - - - - -

Totais das vacinas contra tuberculose

- - - - - - 96,2 125,

5 147,

5 158,

4

Totais das vacinas contra hepatite B

- - - - - - 83,8 87,0 83,2 88,4

Totais das vacinas contra poliomielite

- - - - - - 83,2 85,0 80,9 85,9

Totais das vacinas Tetra + Penta + Hexavanlente

- - - - - - 85,1 88,5 82,0 88,2

Totais das vacinas contra sarampo e

rubéola - - - - - - 91,9 92,9 96,6 95,1

Totais das vacinas contra difteria e

tétano - - - - - - 85,1 88,6 82,0 88,2

Fonte: SI/PNI. Situação da base de dados nacional em 5/03/2010.

A questão da imunização da população remete a um outro coeficiente de suma

importância para se avaliar as condições de saúde de uma determinada população: a

mortalidade infantil, que é considerada um dos indicadores de saúde mais sensíveis

das condições de vida das pessoas.

O índice de mortalidade infantil considerado aceitável pela Organização Mundial de

Saúde – OMS é de 10 mortes para cada mil nascimentos. O conjunto de dados da

tabela que segue torna possível verificar a situação da ADA do empreendimento do

Contorno de Florianópolis no que se refere à questão da mortalidade infantil.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

123

Tabela 66: Mortalidade Infantil na Área de Influência Direta-AID.

Município Nascidos Vivos

Número de Óbitos Infantis

Coeficiente de Mortalidade Infantil

2010 2011 2010 2011 2010 2011

Biguaçu 808 851 10 12 1,24 1,41

Florianópolis 5.298 5.450 48 46 0,91 0,84

Gov. Celso Ramos 148 140 1 1 0,67 0,71

Palhoça 2.011 2.142 17 25 0,84 1,17

São José 2.830 2.932 22 23 0,78 0,78

Fonte: Sistema de Informações Sobre Mortalidade – SIM/DATASUS.

Algumas pesquisas na área de saúde pública no Brasil indicam que nas últimas

décadas, o país tem experimentado declínio dos níveis da mortalidade e

consequentemente, aumento da esperança de vida. Esse processo foi acompanhado

por modificações nas causas básicas de morte, que são resultado do processo de uma

transição demográfica epidemiológica em curso.

A esperança de vida, por exemplo, vem paulatinamente aumentando no Brasil. Embora

não se tenha disponível a esperança de vida da população brasileira por município em

data recente, o Censo 2000 já indicava, em relação ao Censo anterior, de 1991, este

aumento da expectativa de vida. Sabe-se, por dados publicados pelo IBGE em 2010,

referenciados ao ano de 2009, que a expectativa de vida no Brasil é de 73,1 anos,

enquanto para o Estado de Santa Catarina é de 75,8 anos e para a região sul é de 75,2

anos, podendo-se situar, portanto, a população da AID do empreendimento, no mínimo

dentro destes patamares que são, superiores à media nacional.

Tal inferência procede, inclusive, porque as médias de esperança de vida nos

municípios da ADA apuradas no Censo 2000 já eram próximas às auferidas no Censo

de 2010 para o Brasil, o Estado e região. Em Governador Celso Ramos, pelo Censo

2000, a esperança de vida era de 74,8 anos, em Biguaçu, de 75,3 anos, em São José,

de 75,3 anos, em Palhoça a média situava-se em 74,8 anos e em Florianópolis, 72,8

anos.

Dentro deste contexto de transição epidemiológica, os óbitos atribuídos às doenças

infecciosas e parasitárias vêm perdendo a representatividade ao longo dos anos e, ao

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

124

mesmo tempo, pode ser observado uma crescente importância do aumento da

mortalidade por causas crônico-degenerativas e também da mortalidade atribuída às

causas externas (acidentes e violências).

Para se ter uma idéia, as chamadas mortes por causas externas representavam, no

início da década de 1980, no Brasil, 9,4% do total de mortes, percentual esse que

ascende a 12,3% em 1990. Em termos absolutos um crescimento da ordem de 43%. A

taxa de mortalidade por causas externas elevou-se de 59,0 para 70,0 óbitos por 100 mil

habitantes entre 1980 e 1990, passando a representar o segundo maior grupo de

causas de morte, abaixo apenas das mortes atribuídas às doenças do aparelho

circulatório.

Esta situação pode ser verificada também nos municípios que compõem a AID do

empreendimento em questão. A situação é ilustrada pelas Tabelas abaixo(Tabela 67 a

Tabela 71) que mostram o número de óbitos por algumas causas selecionadas. Na

sequência apresentam-se os gráficos referentes a cada uma das tabelas, de modo a

permitir uma melhor visualização da questão.

Tabela 67: Coeficiente de Mortalidade para algumas causas selecionadas (por 100.000 habitantes) no município de Governador Celso Ramos.

Causa do Óbito 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Aids 25,0 16,4 8,1 15,6 7,7 - 7,9

Neoplasia maligna da mama (/100.000

mulheres) - 34,1 33,5 - - 15,5 49,0

Neoplasia maligna do colo do útero (/100.000

mulh) - 17,0 - - 15,9 31,1 16,3

Infarto agudo do miocardio

25,0 24,6 24,2 15,6 7,7 15,1 39,6

Doenças cerebrovasculares

58,3 32,8 56,5 46,8 53,6 30,1 31,7

Diabetes mellitus - 41,0 24,2 7,8 7,7 - 63,4

Acidentes de transporte 50,0 8,2 16,1 46,8 15,3 45,2 7,9

Agressões 8,3 24,6 16,1 - - - 7,9

Fonte:SIM. Situação da base de dados nacional em 14/12/2009.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

125

Tabela 68: Coeficiente de Mortalidade para algumas causas selecionadas (por 100.000 habitantes) no município de Biguaçu.

Causa do Óbito 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Aids 13,7 5,7 3,7 17,6 5,1 8,3 18,0

Neoplasia maligna da mama (/100.000

mulheres) 3,9 7,6 14,9 17,6 6,8 3,3 14,3

Neoplasia maligna do colo do útero (/100.000

mulh) - 3,8 - 3,5 - - 7,1

Infarto agudo do miocardio

23,5 36,3 20,5 24,6 24,0 33,3 30,5

Doenças cerebrovasculares

31,4 40,1 48,4 33,4 47,9 16,7 25,2

Diabetes mellitus 11,8 15,3 16,7 15,8 6,8 8,3 21,6

Acidentes de transporte 33,3 45,8 24,2 36,9 44,5 35,0 26,9

Agressões 9,8 13,4 7,4 21,1 15,4 8,3 12,6

Fonte:SIM. Situação da base de dados nacional em 14/12/2009.

Tabela 69: Coeficiente de Mortalidade para algumas causas selecionadas (por 100.000 habitantes) no município de São José.

Causa do Óbito 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Aids 16,0 21,1 18,0 13,7 12,4 14,6 21,6

Neoplasia maligna da mama (/100.000

mulheres) 17,2 14,8 9,3 8,9 14,6 11,4 13,6

Neoplasia maligna do colo do útero (/100.000

mulh) 4,3 4,2 8,3 9,9 4,9 1,9 3,9

Infarto agudo do miocardio

32,5 49,7 33,4 30,0 32,8 35,6 35,1

Doenças cerebrovasculares

34,7 30,3 35,5 34,0 39,8 34,1 35,6

Diabetes mellitus 20,9 17,8 14,3 13,7 18,4 14,6 25,1

Acidentes de transporte 35,3 28,1 22,8 36,1 27,8 23,4 23,1

Agressões 12,7 20,0 28,6 22,3 21,9 14,6 15,6

Fonte:SIM. Situação da base de dados nacional em 14/12/2009.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

126

Tabela 70: Coeficiente de Mortalidade para algumas causas selecionadas (por 100.000 habitantes) no município de Palhoça.

Causa do Óbito 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Aids 12,7 9,7 7,7 7,2 14,8 13,6 14,8

Neoplasia maligna da mama (/100.000

mulheres) 5,5 8,8 8,6 8,1 4,7 6,0 12,4

Neoplasia maligna do colo do útero (/100.000

mulh) 1,8 5,3 3,4 6,4 4,7 4,5 7,8

Infarto agudo do miocardio

24,6 30,0 28,3 22,5 25,0 33,3 39,7

Doenças cerebrovasculares

30,0 33,5 44,6 33,8 42,2 28,8 34,3

Diabetes mellitus 14,6 15,0 9,4 6,4 7,8 9,9 11,7

Acidentes de transporte 43,7 37,1 30,0 37,0 30,4 32,6 41,3

Agressões 9,1 22,9 15,4 15,3 17,2 18,2 23,4

Fonte:SIM. Situação da base de dados nacional em 14/12/2009.

Tabela 71: Coeficiente de Mortalidade para algumas causas selecionadas (por 100.000 habitantes) no município de Florianópolis.

Causa do Óbito 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Aids 21,4 20,3 18,5 19,9 16,0 15,6 13,9

Neoplasia maligna da mama (/100.000

mulheres) 10,7 13,1 15,9 12,2 17,2 18,2 11,1

Neoplasia maligna do colo do útero (/100.000

mulh) 3,2 7,4 4,1 3,9 4,3 4,7 2,9

Infarto agudo do miocardio

35,2 29,5 32,8 29,7 30,5 28,6 31,3

Doenças cerebrovasculares

39,4 34,4 38,1 32,8 35,4 30,5 30,1

Diabetes mellitus 16,4 12,2 14,6 12,3 14,3 14,2 16,4

Acidentes de transporte 22,2 22,2 24,6 24,2 26,6 19,2 25,8

Agressões 25,0 26,3 28,6 22,7 17,5 17,8 21,6

Fonte:SIM. Situação da base de dados nacional em 14/12/2009.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

127

Os gráficos que se seguem foram extraídos do Sistema DATASUS e ilustram a

proporção óbitos por causa, indicada pelos dados das tabelas precedentes.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

128

Figura 31: Proporção de óbitos por causa nos Municípios de Governador Celso Ramos e Biguaçu.

Fonte: SIM. Situação da base de dados nacional em 14/12/2009.

3,5%

33,3%

29,8%

7,0%

0,0%3,5%

22,8%

Mortalidade Proporcional (todas as idades)

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

II. Neoplasias (tumores)

IX. Doenças do aparelho circulatório

X. Doenças do aparelho respiratório

XVI. Algumas afec originadas no período perinatal

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade

Demais causas definidas

Biguaçu Governador Celso Ramos

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

129

Figura 32: Proporção de óbitos por causa nos Municípios de São José e Palhoça.

Fonte: SIM. Situação da base de dados nacional em 14/12/2009.

Palhoça São José

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

130

Figura 33: Proporção de óbitos por causa no Município de Florianópolis.

Fonte: SIM. Situação da base de dados nacional em 14/12/2009.

Florianópolis

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

131

Outro aspecto referente à situação de saúde na AID que foi levantado durante a

realização deste diagnóstico para o EIA do Contorno de Florianópolis foi a questão da

morbidade presente na população. Nas Tabelas abaixo (Tabela 72 a Tabela 76)

apresentam-se os tipos de afecções mais comuns entre as populações de cada

município da AID de acordo com o Banco de Dados do SUS, que traz como principais

afecções que acometem a população, as doenças do aparelho circulatório, respiratório

e os problemas relacionados à gravidez e ao puerpério. Observe-se que as causas de

internação hospitalar vem relacionadas por capítulos do Código Internacional de

Doenças – CID.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

132

Tabela 72: Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa Etária –2009 – Governador Celso Ramos.

Capítulo CID Menor

01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64

65 e mais

60 e mais

Total

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

4,8 5,9 - - 3,4 3,3 1,5 0,9 0,7 2,6

II. Neoplasias (tumores) - 33,3 - 7,7 1,7 6,3 14,9 9,7 11,1 9,0

III. Doenças sangue órgãos hemat e transtimunitár

- - - 2,6 - 0,2 - - - 0,2

IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas

- - - - - 2,1 3,0 0,9 1,3 1,6

V. Transtornos mentais e comportamentais

- - - - - 6,3 2,2 - - 3,4

VI. Doenças do sistema nervoso - - - 5,1 3,4 1,9 2,2 3,5 3,9 2,2

VII. Doenças do olho e anexos - - - - - 0,7 - 2,7 2,0 0,7

VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide

- 2,0 - 2,6 - - - - - 0,2

IX. Doenças do aparelho circulatório

- - - 2,6 - 10,7 39,6 40,7 40,5 16,6

X. Doenças do aparelho respiratório

14,3 43,1 31,4 12,8 3,4 8,4 15,7 23,0 23,5 14,3

XI. Doenças do aparelho digestivo 9,5 2,0 20,0 23,1 5,2 9,5 8,2 5,3 5,2 9,1

XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo

- 2,0 5,7 5,1 - 0,9 1,5 - - 1,2

XIII.Doençassist osteomuscular e tec conjuntivo

- - 2,9 - 3,4 2,1 3,0 - - 1,8

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

133

Capítulo CID Menor

01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64

65 e mais

60 e mais

Total

XIV. Doenças do aparelho geniturinário

4,8 3,9 2,9 2,6 3,4 8,4 3,0 6,2 5,9 6,1

XV. Gravidez parto e puerpério - - - - 63,8 29,5 - - - 18,6

XVI. Algumas afec originadas no período perinatal

52,4 - - - - 0,2 - - - 1,4

XVII.Malfcongdeformid e anomalias cromossômicas

14,3 3,9 2,9 7,7 3,4 0,9 - 1,8 1,3 1,9

XVIII.Sint sinais e achadanormexclín e laborat

- - - - - - 1,5 3,5 3,3 0,7

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas

- 2,0 8,6 15,4 8,6 7,0 3,7 1,8 1,3 5,9

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade

- - - - - - - - - -

XXI. Contatos com serviços de saúde

- 2,0 25,7 12,8 - 1,6 - - - 2,5

CID 10ª Revisão não disponível ou não preenchido

- - - - - - - - - -

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Fonte: SIH/SUS. Situação da base de dados nacional em 03/05/2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

134

Tabela 73: Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa Etária –2009 – Biguaçu.

Capítulo CID Menor

01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64

65 e mais

60 e mais

Total

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

5,9 4,5 3,9 4,1 2,0 3,7 6,8 2,8 5,1 4,0

II. Neoplasias (tumores) 1,3 - 2,9 9,8 4,0 5,1 11,1 8,6 10,2 5,8

III. Doenças sangue órgãos hemat e transtimunitár

1,3 1,3 - - - 0,3 0,4 1,7 1,5 0,5

IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas

2,6 2,6 - 2,5 - 0,8 0,9 3,3 2,8 1,2

V. Transtornos mentais e comportamentais

- - - - 2,7 6,1 2,4 0,3 0,2 4,0

VI. Doenças do sistema nervoso 0,7 0,6 2,9 1,6 1,3 2,1 1,7 1,9 2,3 1,9

VII. Doenças do olho e anexos 0,7 0,6 2,0 1,6 0,3 0,6 1,1 1,1 1,1 0,8

VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide

- 1,3 1,0 - 0,3 0,1 - - - 0,2

IX. Doenças do aparelho circulatório

1,3 0,6 1,0 - 1,3 9,2 29,7 34,2 32,3 12,3

X. Doenças do aparelho respiratório

30,1 46,2 26,5 10,7 3,3 3,9 12,4 22,2 19,8 10,2

XI. Doenças do aparelho digestivo

2,0 9,6 20,6 19,7 4,0 8,1 10,9 6,7 7,0 8,5

XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo

2,0 3,8 5,9 2,5 1,3 1,0 1,9 1,7 1,5 1,5

XIII.Doençassist osteomuscular e tec conjuntivo

- 1,9 2,0 3,3 1,0 2,6 2,4 0,8 1,3 2,2

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

135

Capítulo CID Menor

01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64

65 e mais

60 e mais

Total

XIV. Doenças do aparelho geniturinário

0,7 7,1 6,9 13,1 2,0 5,0 7,9 6,4 6,6 5,4

XV. Gravidez parto e puerpério - - - 4,9 65,6 31,9 - - - 23,3

XVI. Algumas afec originadas no período perinatal

41,8 - - - 0,3 0,2 0,2 - - 1,8

XVII.Malfcongdeformid e anomalias cromossômicas

3,9 5,8 2,9 5,7 2,3 0,8 0,2 1,4 1,1 1,4

XVIII.Sint sinais e achadanormexclín e laborat

- 1,3 - - 0,7 0,9 0,6 0,8 0,9 0,8

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas

0,7 3,2 11,8 13,9 6,4 10,4 7,7 6,1 6,2 8,8

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade

- - - - - - - - - -

XXI. Contatos com serviços de saúde

5,2 9,6 9,8 6,6 1,0 7,1 1,7 - 0,2 5,4

CID 10ª Revisão não disponível ou não preenchido

- - - - - - - - - -

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Fonte: SIH/SUS. Situação da base de dados nacional em 03/05/2010.

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136

Tabela 74: Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa Etária –2009 – São José.

Capítulo CID Menor

01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64

65 e mais

60 e mais

Total

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

4,8 8,0 4,3 6,0 1,1 4,0 4,4 4,9 4,4 4,2

II. Neoplasias (tumores) - 5,2 3,4 3,3 1,4 5,6 12,2 8,5 10,3 6,2

III. Doenças sangue órgãos hemat e transtimunitár

0,9 0,2 0,9 0,9 0,4 0,4 0,5 1,1 0,8 0,5

IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas

0,9 2,0 0,9 2,7 1,4 0,8 2,4 2,9 2,7 1,4

V. Transtornos mentais e comportamentais

- - - - 2,7 8,7 4,5 0,8 1,1 5,8

VI. Doenças do sistema nervoso 0,9 1,7 2,3 1,2 1,3 1,9 3,7 4,5 4,5 2,3

VII. Doenças do olho e anexos - 2,5 1,7 0,6 0,1 0,6 1,1 2,4 2,2 0,9

VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide

- 1,0 1,7 2,1 - 0,1 0,1 - 0,1 0,2

IX. Doenças do aparelho circulatório

0,2 0,7 1,4 2,1 1,0 7,1 30,1 27,3 28,8 11,2

X. Doenças do aparelho respiratório

32,0 35,3 21,0 9,7 5,0 5,1 8,9 18,3 16,2 9,6

XI. Doenças do aparelho digestivo 3,7 12,2 21,6 20,8 5,5 7,1 11,2 9,7 9,2 8,7

XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo

2,1 7,5 4,8 6,3 0,5 1,5 1,6 1,0 1,1 1,8

XIII.Doençassist osteomuscular e tec conjuntivo

- 1,5 1,4 2,4 1,8 2,7 3,1 2,1 2,3 2,5

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

137

Capítulo CID Menor

01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64

65 e mais

60 e mais

Total

XIV. Doenças do aparelho geniturinário

2,1 2,0 6,5 5,4 4,0 5,9 5,6 6,7 6,4 5,6

XV. Gravidez parto e puerpério - - - 5,4 57,7 34,9 0,1 0,1 0,1 23,7

XVI. Algumas afec originadas no período perinatal

41,6 - - - 0,3 0,2 0,1 0,1 0,1 1,7

XVII.Malfcongdeformid e anomalias cromossômicas

7,6 5,7 4,0 3,3 1,0 0,6 0,5 0,5 0,8 1,2

XVIII.Sint sinais e achadanormexclín e laborat

- - 0,3 - 1,3 0,8 2,5 1,5 1,6 1,0

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas

1,4 5,5 11,1 14,2 12,3 10,7 7,1 7,3 7,0 9,6

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade

- - - - - 0,0 0,1 0,1 0,1 0,0

XXI. Contatos com serviços de saúde

1,8 9,0 12,8 13,3 1,3 1,2 0,2 0,3 0,2 1,9

CID 10ª Revisão não disponível ou não preenchido

- - - - - - - - - -

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Fonte: SIH/SUS. Situação da base de dados nacional em 03/05/2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

138

Tabela 75: Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa Etária –2009 – Palhoça.

Capítulo CID Menor

01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64

65 e mais

60 e mais

Total

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

6,6 7,1 3,1 2,7 2,4 3,5 2,6 3,3 3,2 3,5

II. Neoplasias (tumores) 0,9 1,7 5,4 5,1 1,6 4,9 11,8 7,7 9,9 5,5

III. Doenças sangue órgãos hemat e transtimunitár

1,7 1,4 0,4 0,3 0,6 0,2 0,6 1,2 1,0 0,5

IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas

2,3 3,0 0,8 1,4 0,3 1,2 3,1 3,5 3,5 1,7

V. Transtornos mentais e comportamentais

- - - - 2,2 7,4 4,1 0,5 0,8 4,9

VI. Doenças do sistema nervoso 0,3 2,4 1,2 4,1 0,4 1,8 3,3 4,3 4,3 2,1

VII. Doenças do olho e anexos 1,4 0,7 1,2 1,0 0,4 0,5 1,7 0,7 1,2 0,8

VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide

- 2,4 0,4 4,1 0,3 0,2 0,4 - - 0,4

IX. Doenças do aparelho circulatório

- 0,3 - - 1,9 6,5 29,5 32,4 31,9 10,5

X. Doenças do aparelho respiratório

29,5 43,2 30,7 17,3 3,0 5,3 12,0 20,2 18,9 10,8

XI. Doenças do aparelho digestivo 3,7 10,8 16,3 18,0 4,5 8,9 9,7 10,5 9,3 9,2

XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo

1,4 4,1 2,7 3,4 0,6 1,0 1,4 0,6 0,6 1,3

XIII.Doençassist osteomuscular e tec conjuntivo

0,6 1,7 4,3 4,1 1,3 2,3 3,2 1,7 2,0 2,3

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

139

Capítulo CID Menor

01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64

65 e mais

60 e mais

Total

XIV. Doenças do aparelho geniturinário

1,7 2,0 5,8 4,1 3,7 6,9 5,9 4,8 4,7 5,8

XV. Gravidez parto e puerpério - - - 4,8 59,5 33,9 0,1 - - 24,1

XVI. Algumas afec originadas no período perinatal

42,7 - - - - 0,3 0,1 0,2 0,3 1,9

XVII.Malfcongdeformid e anomalias cromossômicas

4,0 5,4 5,1 4,8 1,3 0,7 0,4 0,9 0,6 1,3

XVIII.Sint sinais e achadanormexclín e laborat

0,3 - 0,8 0,3 1,0 1,2 2,5 0,9 1,8 1,2

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas

1,7 7,8 11,3 11,6 13,4 12,2 7,5 6,6 6,0 10,6

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade

- - - - - - - - - -

XXI. Contatos com serviços de saúde

1,1 6,1 10,5 12,9 1,3 1,2 0,2 - 0,1 1,8

CID 10ª Revisão não disponível ou não preenchido

- - - - - - - - - -

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Fonte: SIH/SUS. Situação da base de dados nacional em 03/05/2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

140

Tabela 76: Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa Etária –2009 – Florianópolis.

Capítulo CID Menor

01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64

65 e mais

60 e mais

Total

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

3,5 6,7 4,8 6,0 1,9 5,7 4,0 5,6 4,9 5,1

II. Neoplasias (tumores) 1,0 5,7 4,2 7,6 2,3 5,9 13,2 11,7 12,2 7,0

III. Doenças sangue órgãos hemat e transtimunitár

0,8 0,8 0,8 0,3 0,2 0,5 0,8 1,3 1,2 0,6

IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas

1,3 0,9 1,1 0,9 1,2 0,9 1,7 1,9 1,7 1,2

V. Transtornos mentais e comportamentais

- - - 0,1 1,9 6,3 1,8 0,3 0,5 3,8

VI. Doenças do sistema nervoso 1,3 1,3 0,9 2,4 1,1 1,9 3,1 2,4 2,8 2,0

VII. Doenças do olho e anexos 0,3 1,1 1,4 0,9 0,2 0,4 0,9 1,0 0,8 0,6

VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide

0,8 2,8 2,1 2,0 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,4

IX. Doenças do aparelho circulatório

0,1 0,7 0,5 1,6 2,1 6,5 30,7 29,2 29,7 10,9

X. Doenças do aparelho respiratório

28,1 37,4 18,6 12,6 3,5 4,0 9,0 15,9 14,4 9,0

XI. Doenças do aparelho digestivo 3,8 10,3 16,7 17,3 4,5 7,8 12,4 8,0 8,8 8,8

XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo

2,7 6,1 6,0 4,7 1,6 1,4 1,2 1,2 1,3 1,9

XIII.Doençassist osteomuscular e tec conjuntivo

0,5 2,2 1,7 3,9 1,6 2,3 3,3 2,5 2,5 2,4

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

141

Capítulo CID Menor

01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64

65 e mais

60 e mais

Total

XIV. Doenças do aparelho geniturinário

4,3 4,7 5,4 7,4 2,4 5,1 6,4 8,0 8,1 5,4

XV. Gravidez parto e puerpério - - - 5,8 61,8 35,5 - - - 23,8

XVI. Algumas afec originadas no período perinatal

41,8 - - - 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 1,8

XVII.Malfcongdeformid e anomalias cromossômicas

5,6 7,9 5,0 4,3 1,7 0,9 0,7 0,4 0,4 1,6

XVIII.Sint sinais e achadanormexclín e laborat

0,3 0,4 0,5 0,1 0,6 1,1 1,3 1,9 2,0 1,1

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas

1,2 5,8 12,2 9,4 9,9 10,8 8,1 7,9 7,7 9,5

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade

- - - - - 0,0 0,1 0,1 0,1 0,0

XXI. Contatos com serviços de saúde

2,7 5,4 18,3 12,8 1,3 2,8 1,4 0,2 0,5 3,2

CID 10ª Revisão não disponível ou não preenchido

- - - - - - - - - -

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Fonte: SIH/SUS. Situação da base de dados nacional em 03/05/2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

142

Pelo Sistema Único de Saúde – SUS, instituído pela Constituição da República de

1988, existem atualmente duas estratégias do governo federal para implementação da

atenção básica, prevenção de doenças e reabilitação da população: O Programa de

Agentes Comunitários de Saúde – PACS e o Programa de Saúde da Família – PSF.

Ambos tem como perspectiva a ampliação do acesso e a extensão da cobertura por

serviços de saúde, dentro dos princípios de racionalidade técnica e econômica, de

integralidade e humanização do atendimento, de participação popular em saúde e de

co-responsabilidade entre os profissionais de saúde e a população.

As Tabelas seguintes (Tabela 77 a Tabela 81) trazem informações sobre o grau de

atendimento em atenção básica, alcançado por ambos os programas em cada um dos

municípios da AID do empreendimento.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

143

Tabela 77: Indicadores de Atenção Básica em Governador Celso Ramos.

Indicadores da Atenção Básica

Ano Modelo

de Atenção

População coberta

(1)

% população

coberta pelo programa

Média mensal de visitas por

família (2)

% de crianças c/ esq.vacinal

básico em dia (2)

% de crianças c/aleit.

materno exclusivo (2)

% de cobertura de consultas de

pré-natal (2)

Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)

Prevalência de

desnutrição

(4)

Taxa hospitalização por pneumonia

(5)

Taxa hospitalização

por desidratação (5)

2004

PACS - - - - - - - - - -

PSF 12.301 99,2 0,07 98,8 60,9 96,3 - 2,7 1,4 -

Outros - - - - - - - - - -

Total 12.301 99,2 0,07 98,8 60,9 96,3 - 2,7 1,4 -

2005

PACS - - - - - - - - - -

PSF 12.315 96,0 0,08 99,2 70,9 94,2 - 0,7 1,5 1,5

Outros - - - - - - - - - -

Total 12.315 96,0 0,08 99,2 70,9 94,2 - 0,7 1,5 1,5

2006

PACS - - - - - - - - - -

PSF 12.716 97,4 0,08 98,5 71,0 94,2 - 2,6 2,6 2,6

Outros - - - - - - - - - -

Total 12.716 97,4 0,08 98,5 71,0 94,2 - 2,6 2,6 2,6

2007

PACS - - - - - - - - - -

PSF 12.978 97,8 0,08 99,3 76,3 93,3 - 1,0 - 1,4

Outros - - - - - - - - - -

Total 12.978 97,8 0,08 99,3 76,3 93,3 - 1,0 - 1,4

2008 PACS - - - - - - - - - -

PSF 12.921 102,5 0,08 99,8 74,9 94,4 - 0,7 1,5 -

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

144

Indicadores da Atenção Básica

Ano Modelo

de Atenção

População coberta

(1)

% população

coberta pelo programa

Média mensal de visitas por

família (2)

% de crianças c/ esq.vacinal

básico em dia (2)

% de crianças c/aleit.

materno exclusivo (2)

% de cobertura de consultas de

pré-natal (2)

Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)

Prevalência de

desnutrição

(4)

Taxa hospitalização por pneumonia

(5)

Taxa hospitalização

por desidratação (5)

Outros - - - - - - - - - -

Total 12.921 102,5 0,08 99,8 74,9 94,4 - 0,7 1,5 -

2009

PACS - - - - - - - - - -

PSF 13.396 105,5 0,07 99,5 73,5 96,1 - 0,3 1,5 -

Outros - - - - - - - - - -

Total 13.396 105,5 0,07 99,5 73,5 96,1 - 0,3 1,5 -

Tabela 78: Indicadores de Atenção Básica em Biguaçu.

Indicadores da Atenção Básica

Ano Modelo

de Atenção

População coberta

(1)

% população

coberta pelo programa

Média mensal de visitas por

família (2)

% de crianças c/ esq.vacinal

básico em dia (2)

% de crianças c/aleit.

materno exclusivo (2)

% de cobertura de consultas de

pré-natal (2)

Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)

Prevalência de

desnutrição

(4)

Taxa hospitalização por pneumonia

(5)

Taxa hospitalização

por desidratação (5)

2004

PACS 9.705 18,1 - - - - - - - -

PSF 43.264 80,5 0,09 97,7 72,3 96,8 2,2 0,8 7,7 1,1

Outros - - - - - - - - - -

Total 52.969 98,5 0,09 97,7 72,3 96,8 2,2 0,8 7,1 1,0

2005

PACS 7.638 13,4 - - - - - - - -

PSF 45.443 79,9 0,09 97,8 78,1 96,6 7,9 0,7 5,3 2,3

Outros - - - - - - - - - -

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

145

Indicadores da Atenção Básica

Ano Modelo

de Atenção

População coberta

(1)

% população

coberta pelo programa

Média mensal de visitas por

família (2)

% de crianças c/ esq.vacinal

básico em dia (2)

% de crianças c/aleit.

materno exclusivo (2)

% de cobertura de consultas de

pré-natal (2)

Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)

Prevalência de

desnutrição

(4)

Taxa hospitalização por pneumonia

(5)

Taxa hospitalização

por desidratação (5)

Total 53.081 93,4 0,09 97,8 78,1 96,6 7,9 0,7 5,1 2,3

2006

PACS 5.745 9,8 - - - - - - - -

PSF 47.808 81,8 0,08 95,4 80,0 95,9 11,7 0,6 5,0 5,0

Outros - - - - - - - - - -

Total 53.553 91,6 0,08 95,4 80,0 95,9 11,7 0,6 5,0 5,0

2007

PACS - - - - - - - - - -

PSF 54.536 90,9 0,06 93,1 80,2 95,8 6,3 0,4 6,1 0,6

Outros - - - - - - - - - -

Total 54.536 90,9 0,06 93,1 80,2 95,8 6,3 0,4 6,1 0,6

2008

PACS - - - - - - - - - -

PSF 56.887 102,2 0,07 91,7 80,4 94,6 - 0,3 9,7 5,5

Outros - - - - - - - - - -

Total 56.887 102,2 0,07 91,7 80,4 94,6 - 0,3 9,7 5,5

2009

PACS - - - - - - - - - -

PSF 58.268 103,3 0,07 95,4 81,1 94,6 - 0,4 4,4 0,6

Outros - - - - - - - - - -

Total 58.268 103,3 0,07 95,4 81,1 94,6 - 0,4 4,4 0,6

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

146

Tabela 79:Indicadores de Atenção Básica em São José.

Indicadores da Atenção Básica

Ano Modelo

de Atenção

População coberta

(1)

% população

coberta pelo programa

Média mensal de visitas por

família (2)

% de crianças c/ esq.vacinal

básico em dia (2)

% de crianças c/aleit.

materno exclusivo (2)

% de cobertura de consultas de

pré-natal (2)

Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)

Prevalência de

desnutrição

(4)

Taxa hospitalização por pneumonia

(5)

Taxa hospitalização

por desidratação (5)

2004

PACS - - - - - - - - - -

PSF 137.106 72,7 0,08 93,0 78,5 93,0 0,6 5,1 10,6 1,7

Outros - - - - - - - - - -

Total 137.106 72,7 0,08 93,0 78,5 93,0 0,6 5,1 10,6 1,7

2005

PACS - - - - - - - - - -

PSF 144.766 73,5 0,07 93,8 78,6 91,8 0,7 3,6 24,1 14,0

Outros - - - - - - - - - -

Total 144.766 73,5 0,07 93,8 78,6 91,8 0,7 3,6 24,1 14,0

2006

PACS - - - - - - - - - -

PSF 151.043 75,1 0,06 92,9 74,9 90,9 - 3,1 15,0 6,1

Outros - - - - - - - - - -

Total 151.043 75,1 0,06 92,9 74,9 90,9 - 3,1 15,0 6,1

2007

PACS - - - - - - - - - -

PSF 156.850 76,4 0,06 91,8 76,3 91,1 - 2,0 10,6 3,0

Outros - - - - - - - - - -

Total 156.850 76,4 0,06 91,8 76,3 91,1 - 2,0 10,6 3,0

2008 PACS - - - - - - - - - -

PSF 164.573 82,6 0,05 92,1 76,2 89,6 0,6 0,5 13,6 1,2

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

147

Indicadores da Atenção Básica

Ano Modelo

de Atenção

População coberta

(1)

% população

coberta pelo programa

Média mensal de visitas por

família (2)

% de crianças c/ esq.vacinal

básico em dia (2)

% de crianças c/aleit.

materno exclusivo (2)

% de cobertura de consultas de

pré-natal (2)

Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)

Prevalência de

desnutrição

(4)

Taxa hospitalização por pneumonia

(5)

Taxa hospitalização

por desidratação (5)

Outros - - - - - - - - - -

Total 164.573 82,6 0,05 92,1 76,2 89,6 0,6 0,5 13,6 1,2

2009

PACS - - - - - - - - - -

PSF 168.657 83,6 0,06 91,4 75,9 92,5 - 0,3 12,7 0,3

Outros - - - - - - - - - -

Total 168.657 83,6 0,06 91,4 75,9 92,5 - 0,3 12,7 0,3

Tabela 80:Indicadores de Atenção Básica em Palhoça. Indicadores da Atenção Básica

Ano Modelo

de Atenção

População coberta

(1)

% população

coberta pelo programa

Média mensal de visitas por

família (2)

% de crianças c/ esq.vacinal

básico em dia (2)

% de crianças c/aleit.

materno exclusivo (2)

% de cobertura de consultas de

pré-natal (2)

Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)

Prevalência de

desnutrição

(4)

Taxa hospitalização por pneumonia

(5)

Taxa hospitalização

por desidratação (5)

2004

PACS 43.305 37,1 0,07 96,8 83,1 87,6 10,0 1,5 12,2 9,7

PSF 56.602 48,5 0,07 93,0 80,9 83,4 5,6 1,0 11,6 2,8

Outros - - - - - - - - - -

Total 99.907 85,6 0,07 94,3 81,6 84,7 7,2 1,2 11,9 5,7

2005

PACS 40.040 32,2 0,07 98,0 85,7 89,0 9,1 1,2 5,6 2,2

PSF 67.383 54,2 0,07 94,1 85,4 86,1 9,5 0,8 10,3 2,9

Outros - - - - - - - - - -

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

148

Indicadores da Atenção Básica

Ano Modelo

de Atenção

População coberta

(1)

% população

coberta pelo programa

Média mensal de visitas por

família (2)

% de crianças c/ esq.vacinal

básico em dia (2)

% de crianças c/aleit.

materno exclusivo (2)

% de cobertura de consultas de

pré-natal (2)

Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)

Prevalência de

desnutrição

(4)

Taxa hospitalização por pneumonia

(5)

Taxa hospitalização

por desidratação (5)

Total 107.423 86,5 0,07 95,4 85,5 86,8 9,4 0,9 8,8 2,7

2006

PACS 37.418 29,2 0,08 98,8 80,3 84,2 - 1,7 12,1 5,1

PSF 77.465 60,5 0,07 94,4 77,3 87,9 4,1 0,7 20,1 5,7

Outros - - - - - - - - - -

Total 114.883 89,7 0,07 95,4 77,9 87,3 3,4 0,9 18,4 5,5

2007

PACS 35.862 27,2 0,07 93,9 67,0 84,9 - 1,1 33,1 28,6

PSF 82.200 62,3 0,07 95,7 74,1 90,6 3,3 1,2 7,5 2,3

Outros - - - - - - - - - -

Total 118.062 89,5 0,07 95,3 73,1 89,8 2,9 1,2 12,1 7,0

2008

PACS 38.703 30,2 0,06 84,1 65,9 90,9 - 0,1 7,9 -

PSF 89.215 69,5 0,07 94,9 80,4 90,2 5,2 1,4 13,5 5,6

Outros - - - - - - - - - -

Total 127.918 99,7 0,06 93,6 78,6 90,3 4,5 1,3 12,3 4,5

2009

PACS 38.778 29,6 0,06 89,7 66,7 96,2 - 0,8 3,7 -

PSF 90.816 69,4 0,07 95,7 77,7 88,2 - 1,8 7,8 2,1

Outros - - - - - - - - - -

Total 129.594 99,0 0,07 95,2 76,9 88,8 - 1,7 7,1 1,7

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

149

Tabela 81:Indicadores de Atenção Básica em Florianópolis.

Indicadores da Atenção Básica

Ano Modelo

de Atenção

População

coberta (1)

% população

coberta pelo programa

Média mensal de visitas por família (2)

% de crianças c/ esq.vacinal

básico em dia (2)

% de crianças c/aleit. materno

exclusivo (2)

% de cobertura de consultas de

pré-natal (2)

Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)

Prevalência de

desnutrição

(4)

Taxa hospitalização por pneumonia

(5)

Taxa hospitalização

por desidratação (5)

2004

PACS 36.392 9,6 0,06 97,6 78,8 95,4 - 1,4 4,1 1,7

PSF 75.984 20,1 0,06 97,8 80,0 94,9 1,2 2,8 17,3 6,5

Outros - - - - - - - - - -

Total 112.37

6 29,8 0,06 97,8 79,7 95,0 0,9 2,5 14,2 5,4

2005

PACS 26.004 6,6 0,06 98,9 82,8 95,1 - 0,9 8,3 7,1

PSF 116.23

2 29,3 0,06 97,9 80,5 94,0 2,8 2,6 19,8 5,7

Outros - - - - - - - - - -

Total 142.23

6 35,8 0,06 98,1 80,8 94,2 2,3 2,2 18,3 5,9

2006

PACS 25.958 6,4 0,06 99,4 82,0 95,7 - 1,6 11,7 2,2

PSF 135.63

9 33,4 0,06 98,1 80,8 93,2 2,9 2,1 17,1 2,8

Outros - - - - - - - - - -

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

150

Indicadores da Atenção Básica

Ano Modelo

de Atenção

População

coberta (1)

% população

coberta pelo programa

Média mensal de visitas por família (2)

% de crianças c/ esq.vacinal

básico em dia (2)

% de crianças c/aleit. materno

exclusivo (2)

% de cobertura de consultas de

pré-natal (2)

Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)

Prevalência de

desnutrição

(4)

Taxa hospitalização por pneumonia

(5)

Taxa hospitalização

por desidratação (5)

Total 161.59

7 39,7 0,06 98,2 80,9 93,4 2,5 2,1 16,4 2,8

2007

PACS 34.504 8,3 0,05 99,3 83,2 96,6 - 1,2 2,5 0,8

PSF 270.02

2 64,9 0,06 97,5 78,6 92,3 1,6 1,8 10,9 2,1

Outros - - - - - - - - - -

Total 304.52

6 73,2 0,06 97,6 78,9 92,5 1,5 1,7 10,2 2,0

2008

PACS 38.862 9,7 0,03 99,8 82,4 97,8 - 0,2 - -

PSF 291.69

8 72,5 0,06 97,9 79,5 92,8 2,4 1,3 10,6 2,1

Outros - - - - - - - - - -

Total 330.56

0 82,2 0,06 98,0 79,6 92,9 2,2 1,2 9,7 2,0

2009 PACS 44.450 10,9 0,03 96,8 86,5 98,3 - 0,4 - -

PSF 288.68 70,7 0,06 98,2 79,9 93,8 0,9 0,9 9,9 1,1

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

151

Indicadores da Atenção Básica

Ano Modelo

de Atenção

População

coberta (1)

% população

coberta pelo programa

Média mensal de visitas por família (2)

% de crianças c/ esq.vacinal

básico em dia (2)

% de crianças c/aleit. materno

exclusivo (2)

% de cobertura de consultas de

pré-natal (2)

Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)

Prevalência de

desnutrição

(4)

Taxa hospitalização por pneumonia

(5)

Taxa hospitalização

por desidratação (5)

7

Outros - - - - - - - - - -

Total 333.13

7 81,6 0,05 98,1 80,2 94,0 0,9 0,9 9,0 1,0

Fonte das Tabelas 63 a 66: SIAB. Situação da base de dados nacionNotas: (1): Situação no final do ano (2): Como numeradores e denominadores, foi utilizada a média mensal dos mesmos.(3): por 1.000 nascidos vivos (4): em menores de 2 anos, por 100

(5): em menores de 5 anos, por 1000; menores de 5 anos na situação do final do ano

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

152

Também foram averiguados os investimentos públicos financeiros na área de saúde

em todos os municípios da Área de Influência Direta – AID do empreendimento, o que

pode ser constatado nas tabelas que se seguem. Observa-se que o total de recursos

financeiros vem evoluindo, embora de maneira geral a população se queixe da

qualidade e da suficiência do atendimento, como ocorre em diversas regiões

brasileiras.

Os dados disponíveis no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em

Saúde – SIOPS são referentes ao período de 2006 a 2009 e se encontram listados

nas Tabelas abaixo (Tabela 82aTabela 86).

Tabela 82:Orçamento Público em Saúde no Município de Governador Celso Ramos.

Dados e Indicadores 2006 2007 2008 2009

Despesa total com saúde por habitante (R$)

175,28 243,78 310,60 346,53

Despesa com recursos próprios por habitante

94,23 181,13 239,23 177,94

Transferências SUS por habitante 62,29 67,07 83,24 87,72

% despesa com pessoal/despesa total

65,9 61,1 62,4 67,6

% despesa com investimentos/despesa total

7,0 1,5 8,9 2,2

% transferências SUS/despesa total com saúde

35,5 27,5 26,8 25,3

% de recursos próprios aplicados em saúde (EC 29)

15,7 23,8 23,4 17,7

% despesa com serv. terceiros - pessoa jurídica /despesa total

9,2 7,7 10,5 5,5

Despesa total com saúde 2.287.971,77 2.967.988,61 3.916.917,92 4.402.293,58

Despesa com recursos próprios 1.229.983,84 2.205.278,38 3.016.946,30 2.260.553,56

Receita de impostos e transferências constitucionais legais

7.858.871,51 9.275.983,78 12.871.780,98 12.795.060,18

Transferências SUS 813.075,42 816.593,14 1.049.712,27 1.114.427,19

Despesa com pessoal 1.507.751,62 1.813.500,40 2.445.880,64 2.975.999,60

Fonte: SIOPS.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

153

Tabela 83:Orçamento Público em Saúde no Município de Biguaçu.

Dados e Indicadores 2006 2007 2008 2009

Despesa total com saúde por habitante (R$) 143,27 223,57 278,71 327,13

Despesa com recursos próprios por habitante 97,65 161,96 214,99 205,72

Transferências SUS por habitante 51,28 61,59 63,81 88,23

% despesa com pessoal/despesa total 72,8 68,4 70,5 63,1

% despesa com investimentos/despesa total 6,0 9,3 8,3 15,1

% transferências SUS/despesa total com saúde 35,8 27,6 22,9 27,0

% de recursos próprios aplicados em saúde (EC 29) 15,0 19,3 22,7 22,3

% despesa com serv. terceiros - pessoa jurídica /despesa total 8,2 8,8 8,0 7,8

Despesa total com saúde 8.372.128,2611.948.714,4

1 15.514.408,8

4 18.448.293,1

8

Despesa com recursos próprios 5.706.163,44 8.655.901,0911.967.642,8

8 11.601.508,5

7

Receita de impostos e transferências constitucionais legais

37.964.248,44

44.772.602,20

52.715.404,78

52.134.365,14

Transferências SUS 2.996.521,48 3.291.686,93 3.551.765,96 4.975.934,70

Despesa com pessoal 6.094.750,51 8.168.610,8010.929.147,5

4 11.643.905,2

4

Fonte: SIOPS.

Tabela 84:Orçamento Público em Saúde no Município de São José.

Dados e Indicadores 2006 2007 2008 2009

Despesa total com saúde por habitante (R$)

131,56 153,91 166,98 177,60

Despesa com recursos próprios por habitante

85,05 101,92 110,99 125,47

Transferências SUS por habitante 43,96 49,00 48,60 59,34

% despesa com pessoal/despesa total

67,0 49,4 68,8 68,7

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

154

Dados e Indicadores 2006 2007 2008 2009

% despesa com investimentos/despesa total

4,9 9,4 3,7 1,7

% transferências SUS/despesa total com saúde

33,4 31,8 29,1 33,4

% de recursos próprios aplicados em saúde (EC 29)

16,3 16,5 15,1 16,1

% despesa com serv. terceiros - pessoa jurídica /despesa total

11,4 11,7 9,2 9,8

Despesa total com saúde 26.456.696,27 30.303.490,18 33.276.445,46 35.831.059,57

Despesa com recursos próprios 17.104.214,92 20.067.593,05 22.118.813,27 25.313.948,89

Receita de impostos e transferências constitucionais legais

104.898.359,81 121.427.535,57 146.802.668,04 157.191.631,56

Transferências SUS 8.841.096,80 9.648.421,38 9.684.085,71 11.970.882,07

Despesa com pessoal 17.730.341,40 14.959.794,08 22.881.570,80 24.627.099,02

Fonte: SIOPS.

Tabela 85:Orçamento Público em Saúde no Município de Palhoça.

Dados e Indicadores 2006 2007 2008 2009

Despesa total com saúde por habitante (R$)

106,35 118,35 132,31 153,30

Despesa com recursos próprios por habitante

60,31 60,60 75,61 90,52

Transferências SUS por habitante 48,76 49,03 54,85 69,95

% despesa com pessoal/despesa total

70,8 73,2 69,8 67,5

% despesa com investimentos/despesa total

6,4 3,7 3,7 6,6

% transferências SUS/despesa total com saúde

45,9 41,4 41,5 45,6

% de recursos próprios aplicados em saúde (EC 29)

18,9 15,2 16,0 18,2

% despesa com serv. terceiros - pessoa jurídica /despesa total

9,4 8,7 9,6 9,9

Despesa total com saúde 13.624.011,96 14.494.177,5016.982.779,7

2 20.063.254,0

1

Despesa com recursos próprios 7.726.361,88 7.421.340,52 9.705.003,68 11.846.987,1

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

155

Dados e Indicadores 2006 2007 2008 2009

7

Receita de impostos e transferências constitucionais legais

40.838.498,12 48.845.667,7060.733.195,4

9 65.236.874,5

6

Transferências SUS 6.246.092,85 6.005.036,32 7.040.948,80 9.154.485,25

Despesa com pessoal 9.639.515,15 10.607.761,2811.858.009,2

4 13.546.292,4

7

Fonte: SIOPS.

Tabela 86:Orçamento Público em Saúde no Município de Florianópolis.

Dados e Indicadores 2006 2007 2008 2009

Despesa total com saúde por habitante (R$)

181,85 216,28 298,97 365,05

Despesa com recursos próprios por habitante

128,50 164,70 204,26 231,74

Transferências SUS por habitante 55,63 53,82 74,01 112,22

% despesa com pessoal/despesa total

58,3 57,7 58,3 66,2

% despesa com investimentos/despesa total

3,1 5,9 8,6 3,2

% transferências SUS/despesa total com saúde

30,6 24,9 24,8 30,7

% de recursos próprios aplicados em saúde (EC 29)

15,5 16,7 17,9 18,6

% despesa com serv. terceiros - pessoa jurídica /despesa total

19,7 23,2 17,7 15,7

Despesa total com saúde 73.934.334,41 85.803.777,82120.287.420,5

6 148.998.776,7

9

Despesa com recursos próprios 52.244.369,38 65.341.555,77 82.182.110,87 94.588.623,97

Receita de impostos e transferências constitucionais

legais

338.214.510,83

391.670.635,48

460.358.534,81

509.006.375,13

Transferências SUS 22.615.599,93 21.353.324,01 29.779.637,15 45.802.977,40

Despesa com pessoal 43.089.051,10 49.492.081,91 70.150.796,99 98.623.247,20

Fonte: SIOPS.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

156

Por fim, apresenta-se a tabela de infraestrutura de saúde, isto é, equipamentos de

saúde, nos cinco municípios que compõem a AID do empreendimento, isto é,

Governador Celso Ramos, Biguaçu, São José, Palhoça e Florianópolis.

De acordo com a recomendação da Organização Mundial de Saúde-OMS, o ideal é

que estejam disponíveis pelo menos 08 leitos/1.000 habitantes. Em Biguaçu, segundo

os dados disponíveis no Banco de Dados do SUS (DATASUS), não existem leitos de

internação disponíveis para a população. Em São José são apenas 4,7 leitos por 1.000

habitantes no total, apenas 4,3 são disponibilizados pelo SUS. Em Palhoça, não se tem

leitos de internação pelo SUS, e o total contando outras redes é de apenas 0,3 leitos

por 1.000 habitantes. Até na capital, Florianópolis, a situação de leitos disponíveis para

internação é bastante precária. Pelos dados disponíveis, referentes ao ano de 2010,

são 3,9 leitos por 1.000 habitantes na rede geral de Florianópolis, e apenas 2,9 pelo

SUS.

As Tabelas abaixo (Tabela 87aTabela 91) trazem o número de estabelecimentos de

saúde que atendem à população de cada município da AID, discriminados por tipo de

equipamento.

Tabela 87:Número de estabelecimentos por tipo de prestador segundo tipo de estabelecimento – Governador Celso Ramos (2009).

Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total

Central de Regulação de Serviços de Saude

- - - - -

Centro de Atenção Hemoterápica e ou Hematológica

- - - - -

Centro de Atenção Psicossocial - - - - -

Centro de Apoio a Saúde da Família - - - - -

Centro de Parto Normal - - - - -

Centro de Saude/Unidade Básica de Saúde

4 - - - 4

Clinica Especializada/Ambulatório Especializado

- - - - -

Consultório Isolado - - - - -

Cooperativa - - - - -

Farmácia Medic Excepcional e Prog Farmácia Popular

- - - - -

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

157

Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total

Hospital Dia - - - - -

Hospital Especializado - - - - -

Hospital Geral - - - - -

Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN

- - - - -

Policlínica - - - - -

Posto de Saúde 3 - - - 3

Pronto Socorro Especializado - - - - -

Pronto Socorro Geral - - - - -

Secretaria de Saúde 1 - - - 1

Unid Mista - atend 24h: atenção básica, intern/urg

- - - - -

Unidade de Atenção à Saúde Indígena

- - - - -

Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia

- - 1 - 1

Unidade de Vigilância em Saúde - - - - -

Unidade Móvel Fluvial - - - - -

Unidade Móvel Pré Hospitalar - Urgência/Emergência

- - - - -

Unidade Móvel Terrestre - - - - -

Tipo de estabelecimento não informado

- - - - -

Total 8 - 1 - 9

Fonte: CNES. Situação da Base de Dados Nacional em 10/04/2010.

Nota: Número total de estabelecimentos, prestando ou não serviços ao SUS.

Tabela 88:Número de estabelecimentos por tipo de prestador segundo tipo de estabelecimento – Biguaçu (2009).

Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total

Central de Regulação de Serviços de Saude

- - - - -

Centro de Atenção Hemoterápica e ou Hematológica

- - - - -

Centro de Atenção Psicossocial - - - - -

Centro de Apoio a Saúde da Família - - - - -

Centro de Parto Normal - - - -

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

158

Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total

Centro de Saúde/Unidade Básica de Saúde

10 - - 10

Clinica Especializada/Ambulatório Especializado

2 - 2 - 4

Consultório Isolado - - 6 - 6

Cooperativa - - - - -

Farmácia Medic Excepcional e Prog Farmácia Popular

- - - - -

Hospital Dia - - - - -

Hospital Especializado - - - - -

Hospital Geral - - - - -

Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN

- - - - -

Policlínica - - 1 - 1

Posto de Saúde 5 - - - 5

Pronto Socorro Especializado - - - - -

Pronto Socorro Geral 1 - - - 1

Secretaria de Saúde 1 - - - 1

Unid Mista - atend 24h: atenção básica, intern/urg

- - - - -

Unidade de Atenção à Saúde Indígena

- - - - -

Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia

- - 2 - 2

Unidade de Vigilância em Saúde - - - - -

Unidade Móvel Fluvial - - - - -

Unidade Móvel Pré Hospitalar - Urgência/Emergência

1 - - - 1

Unidade Móvel Terrestre - - - - -

Tipo de estabelecimento não informado

- - - - -

Total 20 - 11 - 31

Fonte: CNES. Situação da Base de Dados Nacional em 10/04/2010

Nota: Número total de estabelecimentos, prestando ou não serviços ao SUS.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

159

Tabela 89:Número de estabelecimentos por tipo de prestador segundo tipo de estabelecimento – São José (2009)

Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total

Central de Regulação de Serviços de Saúde

1 - - - 1

Centro de Atenção Hemoterápica e ou Hematológica

- - - - -

Centro de Atenção Psicossocial - - - - -

Centro de Apoio a Saúde da Família - - - - -

Centro de Parto Normal - - - - -

Centro de Saude/Unidade Básica de Saúde

19 - 1 - 20

Clinica Especializada/Ambulatório Especializado

2 - 23 - 25

Consultório Isolado 2 - 40 - 42

Cooperativa - - - - -

Farmácia Medic Excepcional e Prog Farmácia Popular

- - - - -

Hospital Dia - - - - -

Hospital Especializado 3 - 1 - 4

Hospital Geral 1 - 1 - 2

Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN

- - - - -

Policlínica 1 - 3 - 4

Posto de Saúde 3 - - - 3

Pronto Socorro Especializado - - - - -

Pronto Socorro Geral - - - - -

Secretaria de Saúde - - - - -

Unid Mista - atend 24h: atenção básica, intern/urg

- - - - -

Unidade de Atenção à Saúde Indígena - - - - -

Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia

- 1 16 - 17

Unidade de Vigilância em Saúde 2 - - - 2

Unidade Móvel Fluvial - - - - -

Unidade Móvel Pré Hospitalar - Urgência/Emergência

1 - 1 - 2

Unidade Móvel Terrestre 2 - - - 2

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

160

Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total

Tipo de estabelecimento não informado

- - - - -

Total 37 1 86 - 124

Fonte: CNES. Situação da Base de Dados Nacional em 10/04/2010

Nota: Número total de estabelecimentos, prestando ou não serviços ao SUS.

Tabela 90:Número de estabelecimentos por tipo de prestador segundo tipo de estabelecimento – Palhoça (2009)

Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total

Central de Regulação de Serviços de Saúde

- - - - -

Centro de Atenção Hemoterápica e ou Hematológica

- - - - -

Centro de Atenção Psicossocial 1 - - - 1

Centro de Apoio a Saúde da Família - - - - -

Centro de Parto Normal - - - - -

Centro de Saude/Unidade Básica de Saúde

19 - - - 19

Clinica Especializada/Ambulatório Especializado

2 - 6 - 8

Consultório Isolado - - 8 - 8

Cooperativa - - - - -

Farmácia Medic Excepcional e Prog Farmácia Popular

- - - - -

Hospital Dia - - - - -

Hospital Especializado - - - - -

Hospital Geral - - 2 - 2

Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN

- - - - -

Policlínica - - 1 - 1

Posto de Saúde - - - - -

Pronto Socorro Especializado - - - - -

Pronto Socorro Geral - - - - -

Secretaria de Saúde 1 - - - 1

Unid Mista - atend 24h: atenção básica, intern/urg

- - - - -

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

161

Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total

Unidade de Atenção à Saúde Indígena - - - - -

Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia

1 - 5 - 6

Unidade de Vigilância em Saúde - - - - -

Unidade Móvel Fluvial - - - - -

Unidade Móvel Pré Hospitalar - Urgência/Emergência

1 - - - 1

Unidade Móvel Terrestre - - - - -

Tipo de estabelecimento não informado

- - - - -

Total 25 - 22 - 47

Fonte: CNES. Situação da Base de Dados Nacional em 10/04/2010.

Nota: Número total de estabelecimentos, prestando ou não serviços ao SUS.

Tabela 91:Número de estabelecimentos por tipo de prestador segundo tipo de estabelecimento – Florianópolis (2009).

Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total

Central de Regulação de Serviços de Saude

7 - - - 7

Centro de Atenção Hemoterápica e ou Hematológica

- - - - -

Centro de Atenção Psicossocial 4 - - - 4

Centro de Apoio a Saúde da Família - - - - -

Centro de Parto Normal - - - - -

Centro de Saude/Unidade Básica de Saúde

48 - - - 48

Clinica Especializada/Ambulatório Especializado

3 1 227 - 231

Consultório Isolado - - 388 - 388

Cooperativa - - 1 - 1

Farmácia Medic Excepcional e Prog Farmácia Popular

3 1 - - 4

Hospital Dia - - 10 - 10

Hospital Especializado 1 1 6 - 8

Hospital Geral 5 - 5 - 10

Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN

1 - - - 1

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

162

Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total

Policlínica 4 - 22 - 26

Posto de Saúde - - - - -

Pronto Socorro Especializado - - 4 - 4

Pronto Socorro Geral 2 - 2 - 4

Secretaria de Saúde 7 - - - 7

Unid Mista - atend 24h: atenção básica, intern/urg

- - - - -

Unidade de Atenção à Saúde Indígena - - - - -

Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia

3 - 79 - 82

Unidade de Vigilância em Saúde 3 - - - 3

Unidade Móvel Fluvial - - - - -

Unidade Móvel Pré Hospitalar - Urgência/Emergência

1 - - - 1

Unidade Móvel Terrestre 1 - - - 1

Tipo de estabelecimento não informado

- - - - -

Total 93 3 744 - 840

Fonte: CNES. Situação da Base de Dados Nacional em 10/04/2010.

Nota: Número total de estabelecimentos, prestando ou não serviços ao SUS.

A Figura 34 e Figura 35 ilustram um dos equipamentos públicos de saúde localizados

na Área de Influência Direta do empreendimento em projeto.

Figura 34: Exemplo de Unidade de Saúde na AID do empreendimento – São José.

Figura 35: Exemplo de Unidade de Saúde na AID do empreendimento – Hospital Regional de Biguaçu, em instalação.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

163

A desproporção observada entre o número de leitos de internação disponíveis à

população na AID não é verificada no que se refere ao número de médicos. A OMS

recomenda pelo menos 01 médico para cada 1.000 habitantes, e este parâmetro é

observado em todos os municípios da AID do empreendimento. Apenas em Palhoça,

deve-se observar que, embora a cidade conte com 2,2 médicos por 1.000 habitantes

no cômputo geral, apenas 05, médicos por 1.000 habitantes estão disponíveis pelo

Sistema Único de Saúde-SUS.

As Tabelas que se seguem, Tabela 92 a Tabela 96, referem-se à discriminação de

profissionais disponíveis na rede de saúde de cada município da AID. Nota-se que se

um profissional tiver vínculo com mais de um estabelecimento, ele será contado tantas

vezes quantos vínculos houver, segundo informado pelo Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Saúde –CNES/DATASUS.

Tabela 92:Recursos Humanos (vínculos) segundo categorias selecionadas (2009) –Governador Celso Ramos.

Categoria Total Atende ao SUS

Não atende ao

SUS

Prof/1.000 hab

Prof SUS/1.000

hab

Médicos 8 8 - 0,6 0,6

.. Anestesista - - - - -

.. Cirurgião Geral - - - - -

.. Clínico Geral - - - - -

.. Gineco Obstetra 1 1 - 0,1 0,1

.. Médico de Família 6 6 - 0,5 0,5

.. Pediatra 1 1 - 0,1 0,1

.. Psiquiatra - - - - -

.. Radiologista - - - - -

Cirurgião dentista 13 13 - 1,0 1,0

Enfermeiro 11 11 - 0,9 0,9

Fisioterapeuta 2 2 - 0,2 0,2

Fonoaudiólogo - - - - -

Nutricionista - - - - -

Farmacêutico 3 2 1 0,2 0,2

Assistente social - - - - -

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

164

Categoria Total Atende Não Prof/1.000 Prof

Psicólogo - - - - -

Auxiliar de Enfermagem 6 6 - 0,5 0,5

Técnico de Enfermagem 7 7 - 0,6 0,6

Fonte: CNES – Situação da Base de Dados em 10/04/2010.

Tabela 93:Recursos Humanos (vínculos) segundo categorias selecionadas (2009) – Biguaçu.

Categoria Total Atende ao SUS

Não atende ao

SUS

Prof/1.000 hab

Prof SUS/1.000

hab

Médicos 95 60 35 1,7 1,1

.. Anestesista - - - - -

.. Cirurgião Geral 5 3 2 0,1 0,1

.. Clínico Geral 27 22 5 0,5 0,4

.. Gineco Obstetra 6 4 2 0,1 0,1

.. Médico de Família 14 14 - 0,2 0,2

.. Pediatra 7 4 3 0,1 0,1

.. Psiquiatra 1 1 - 0,0 0,0

.. Radiologista 4 2 2 0,1 0,0

Cirurgião dentista 55 45 10 1,0 0,8

Enfermeiro 27 27 - 0,5 0,5

Fisioterapeuta 7 6 1 0,1 0,1

Fonoaudiólogo 2 1 1 0,0 0,0

Nutricionista 1 1 - 0,0 0,0

Farmacêutico 8 8 - 0,1 0,1

Assistente social 1 1 - 0,0 0,0

Psicólogo 4 3 1 0,1 0,1

Auxiliar de Enfermagem 8 8 - 0,1 0,1

Técnico de Enfermagem 87 87 - 1,5 1,5

Fonte: CNES – Situação da Base de Dados em 10/04/2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

165

Tabela 94:Recursos Humanos (vínculos)segundo categorias selecionadas (2009) –São José

Categoria Total Atende ao SUS

Não atende ao

SUS

Prof/1.000 hab

Prof SUS/1.000

hab

Médicos 940 684 256 4,7 3,4

.. Anestesista 43 38 5 0,2 0,2

.. Cirurgião Geral 24 22 2 0,1 0,1

.. Clínico Geral 186 164 22 0,9 0,8

.. Gineco Obstetra 82 60 22 0,4 0,3

.. Médico de Família 34 34 - 0,2 0,2

.. Pediatra 84 54 30 0,4 0,3

.. Psiquiatra 81 64 17 0,4 0,3

.. Radiologista 30 14 16 0,1 0,1

Cirurgião dentista 117 57 60 0,6 0,3

Enfermeiro 133 133 - 0,7 0,7

Fisioterapeuta 32 22 10 0,2 0,1

Fonoaudiólogo 26 19 7 0,1 0,1

Nutricionista 12 7 5 0,1 0,0

Farmacêutico 37 32 5 0,2 0,2

Assistente social 26 26 - 0,1 0,1

Psicólogo 31 22 9 0,2 0,1

Auxiliar de Enfermagem 279 279 - 1,4 1,4

Técnico de Enfermagem 316 311 5 1,6 1,5

Fonte: CNES – Situação da Base de Dados em 10/04/2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

166

Tabela 95:Recursos Humanos (vínculos) segundo categorias selecionadas (2009) – Palhoça.

Categoria Total Atende ao SUS

Não atende ao

SUS

Prof/1.000 hab

Prof SUS/1.000

hab

Médicos 284 70 214 2,2 0,5

.. Anestesista 6 1 5 0,0 0,0

.. Cirurgião Geral 8 1 7 0,1 0,0

.. Clínico Geral 48 9 39 0,4 0,1

.. Gineco Obstetra 26 5 21 0,2 0,0

.. Médico de Família 29 28 1 0,2 0,2

.. Pediatra 19 5 14 0,1 0,0

.. Psiquiatra 5 2 3 0,0 0,0

.. Radiologista 18 7 11 0,1 0,1

Cirurgião dentista 49 28 21 0,4 0,2

Enfermeiro 39 39 - 0,3 0,3

Fisioterapeuta 2 1 1 0,0 0,0

Fonoaudiólogo 5 - 5 0,0 -

Nutricionista 5 2 3 0,0 0,0

Farmacêutico 19 11 8 0,1 0,1

Assistente social 5 5 - 0,0 0,0

Psicólogo 22 10 12 0,2 0,1

Auxiliar de Enfermagem 12 12 - 0,1 0,1

Técnico de Enfermagem 79 77 2 0,6 0,6

Fonte: CNES – Situação da Base de Dados em 10/04/2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

167

Tabela 96:Recursos Humanos (vínculos) segundo categorias selecionadas (2009) – Florianópolis

Categoria Total Atende ao SUS

Não atende ao

SUS

Prof/1.000 hab

Prof SUS/1.000

hab

Médicos 5.663 2.557 3.106 13,9 6,3

.. Anestesista 394 104 290 1,0 0,3

.. Cirurgião Geral 300 207 93 0,7 0,5

.. Clínico Geral 749 559 190 1,8 1,4

.. Gineco Obstetra 428 100 328 1,0 0,2

.. Médico de Família 93 93 - 0,2 0,2

.. Pediatra 373 218 155 0,9 0,5

.. Psiquiatra 108 35 73 0,3 0,1

.. Radiologista 268 104 164 0,7 0,3

Cirurgião dentista 697 187 510 1,7 0,5

Enfermeiro 576 529 47 1,4 1,3

Fisioterapeuta 234 71 163 0,6 0,2

Fonoaudiólogo 88 32 56 0,2 0,1

Nutricionista 92 55 37 0,2 0,1

Farmacêutico 304 222 82 0,7 0,5

Assistente social 62 56 6 0,2 0,1

Psicólogo 190 56 134 0,5 0,1

Auxiliar de Enfermagem 590 568 22 1,4 1,4

Técnico de Enfermagem 1.142 959 183 2,8 2,3

Fonte: CNES – Situação da Base de Dados em 10/04/2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

168

5.3.1.1.3. Transporte

Esta seção do Diagnóstico do Meio Socioeconômico do empreendimento de

implantação do Contorno, em atendimento ao TR do IBAMA, pretende elaborar uma

leitura crítica sobre a questão do transporte na AID do projeto.

Quer-se inicialmente ressaltar, que o termo “transporte”, conforme solicitado no TR, é

bastante genérico e dá margens a diversas abordagens analíticas. Entretanto,

considerando o tipo de empreendimento em estudo, considerou-se pertinente e mais

relevante para se avaliar os futuros impactos do contorno, abordar o transporte, tendo o

viés da mobilidade urbana como ênfase.

O próprio termo mobilidade urbana, vem sendo cada vez mais discutido nos meios

técnico e acadêmico, com diversas abordagens teóricas e empíricas. Entretanto, dada

à natureza objetiva de um EIA, optou-se aqui, pela adoção do termo conforme o

sentido dado à expressão pela Associação Nacional de Transportes Públicos – ANTP,

onde a mesma é considerada como o “resultado de um conjunto de políticas de

transporte e circulação que visam proporcionar o acesso amplo e democrático ao

espaço urbano, através da priorização dos modos de transporte coletivo e ativo de

maneira efetiva, socialmente inclusiva e ecologicamente sustentável” (ANTP, 2003). Ou

ainda, de forma bem clara pelo Ministério das Cidades, em seu texto do anteprojeto de

lei da Política Nacional de Mobilidade Urbana, onde a mesma resume-se à “facilidade

de deslocamento de pessoas e bens no espaço urbano”. A mobilidade deve se

apresentar com características de acesso, segurança, praticidade, qualidade e

economia.

Outra ressalva de natureza teórica que se quer apresentar é a necessidade de se

abordar a questão por uma perspectiva regional, pois, problemas de mobilidade

costumam ser regionais, especialmente em regiões metropolitanas, como é o caso do

objeto de estudo.

A discussão sobre mobilidade urbana na região metropolitana de Florianópolis vem

ganhando relevo nos meios acadêmicos e também na mídia nos últimos tempos. Há,

por exemplo, uma certa tendência à mobilização das autoridades locais se unirem em

prol de soluções compartilhadas, que terão efeito sobre todos os municípios envolvidos

na chamada Grande Florianópolis.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

169

Nestes debates vem ganhando destaque a discussão sobre diversos projetos que

poderiam afetar positivamente os problemas de mobilidade na região, como por

exemplo, a conclusão da duplicação BR-101 Sul, o resgate da rodovia PC-3 (Principal

Continental), planejada no final da década de 1960 e que supostamente resolveria

problemas de tráfego entre os municípios de Biguaçu, São José e Florianópolis e o

próprio projeto de implantação do Contorno de Florianópolis (ou Alça do Contorno

como vem sendo denominado pelos veículos de comunicação).

Aliás, destaca-se que, a melhoria da mobilidade urbana na área afetada pelo

empreendimento é uma das justificativas do projeto de implantação do Contorno.

Devido, portanto, ao caráter regional da questão da mobilidade urbana/transporte,

embora tenha-se feito todo o esforço de promover um exaustivo levantamento de

dados específicos sobre a situação em cada município componente da AID, a

abordagem principal é pela via da região metropolitana enquanto conjunto.

Acredita-se que a situação de transportes, leia-se mobilidade urbana, na AID do

empreendimento, remete ao entendimento de que aos deslocarem-se no espaço intra-

metropolitano, os indivíduos acionam territórios com conteúdos e funcionalidades

diferentes, expressando uma hierarquia entre os lugares e também em relação aos

próprios indivíduos. Em síntese, esta situação reproduz um padrão de organização

social e territorial desigual, influenciado por diversos fatores que se pretende abordar

ao longo da explanação.

Conceitualmente, adota-se como região metropolitana, o entendimento que o IBGE tem

destas áreas, isto é, “o conjunto de municípios integrados econômica e socialmente a

uma metrópole, principalmente por dividirem com ela uma estrutura ocupacional e uma

forma de organização do espaço característica e por representarem, no

desenvolvimento do processo, a sua área de expansão próxima ou remota (...)”.

No processo de delimitação dessas áreas, um dos aspectos mais relevantes

considerados é o das relações metropolitanas, ou seja, a integração, representada por

inúmeros fluxos – de bens, de comunicações e, principalmente de pessoas. Uma das

formas de materialização desses fluxos é, justamente, o deslocamento diário de

população entre o seu local de residência e seu local de trabalho.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

170

Para melhor entender a questão do transporte/mobilidade urbana no conjunto da AID

do empreendimento, é preciso considerar o chamado “movimento pendular”, pois, a

informação sobre os deslocamentos domicílio-trabalho/estudo constituem importante

referencial para análise. Na atualidade, verifica-se que esses deslocamentos ocorrem

entre distâncias cada vez maiores entre a origem e o destino, revelando o avanço tanto

na ocupação do espaço das aglomerações urbanas, quanto tecnológico que,

teoricamente, possibilita viagens mais rápidas.

As centralidades dessas áreas tornam-se nítidas e permitem a identificação de

processos seletivos de uso e apropriação do espaço, com segmentação dos locais de

moradia e de trabalho/estudo. No caso, o centro espacial de referência da região é a

capital Florianópolis, responsável por grande atração de população em movimento

desta natureza, isto é, “pendular”. Ressalta-se que, como já foi observado na definição

das Áreas de Influência do empreendimento, tomou-se Florianópolis como integrante

da ADA do projeto mesmo sem interferência física direta, justamente por seu grau de

interação com os demais municípios do conjunto.

Reforça-se aqui este argumento, tomando-se como base o estudo da dinâmica

metropolitana, que tem com um dos principais pilares a identificação de áreas de

influência ou regiões funcionais. Em geral, as pesquisas neste setor consideram que

áreas geográficas são definidas, principalmente, em termos de deslocamento diário,

em geral da casa para o trabalho. Assim, tais áreas seriam, essencialmente, de

mercado de trabalho, econômicas e de serviços.

Nesse sistema de assentamento, os deslocamentos para o trabalho assumem

importância fundamental, integrando o núcleo metropolitano, que é o centro polarizador

da produção, às áreas de entorno residencial e, por vezes, industrial.

A partir dessa conformação espacial, que vem consolidando-se desde os fins do século

XIX e tornou-se recorrente no século XX, houve um extraordinário avanço tecnológico,

difundido rapidamente e que alterou os meios de transporte, sua produção e sua

organização, o mesmo acontecendo com o setor de comunicações.

Estes fatores, associados às mudanças nos padrões demográficos e da vida social,

resultou no desacoplamento dos espaços funcionais e físicos que, por sua vez,

tornaram as áreas agregadas às regiões metropolitanas, um espaço ampliado de vida

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

171

social, caracterizado por uma alta freqüência de movimentos pendulares, que passa a

ser um dos principais indicadores do espaço de atividade das comunidades.

A discussão do movimento pendular é, portanto, indissociável da questão da

mobilidade urbana. É ele que vai dinamizar a vida urbana, tornando-se uma de suas

características principais atualmente e acentuando a importância dos transportes.

O acelerado crescimento das cidades brasileiras implica na formação de novos pólos

de geração e atração de viagens, tanto em áreas centrais quanto em periferias, e

estimula a difusão e expansão de rotas do transporte coletivo.

Cabe aqui uma distinção conceitual importante. O termo “movimento pendular”, já

consagrado na literatura afeta às questões urbanas e correlatas, é por vezes também

chamado de “migração pendular”. Sem pretender expandir discussões teóricas mais

amplas, dada à natureza prática de um Estudo de Impacto Ambiental, registra-se aqui,

apenas o fato de que o conceito de migração pendular ou movimento pendular foi

tomado como referência neste item sobre transportes na ADA e não no de “padrões de

migração” por considerar-se mais apropriado.

Nas Ciências Sociais, o conceito de migração, tomado de forma ampla, varia quanto à

duração e à escala de abrangência do fenômeno. Entretanto, observa-se que há um

certo consenso de que aqueles de caráter cotidiano devem ser compreendidos no

contexto em que se inserem, predominantemente urbano. Desse modo, a natureza dos

deslocamentos pendulares (sazonais, temporários,) com finalidade específica; difere

substancialmente da compreendida pelos movimentos migratórios propriamente ditos

(em que as pessoas estabelecem-se permanentemente no novo local), embora ambos

impliquem fluxos de pessoas no território. Assim optou-se por considerar a questão da

“migração pendular’ ou dos “movimentos pendulares” na análise do tema transporte

urbano, realizando os levantamentos da condição de mobilidade das populações

envolvidas. A questão do impacto da migração, em seu sentido clássico, de incremento

populacional, foi abordada no item 5.3.2.4.

Feitas estas considerações, passa-se aos aspectos levantados a respeito da situação

de transporte e mobilidade urbana na Área de Influência Direta do empreendimento.

Inicialmente, é claro, fiel aos princípios adotados e anteriormente indicados, foram

considerados os movimentos pendulares identificados na região. Infelizmente, embora

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

172

diversos estudos acadêmicos consultados tratem da questão, não há dados formais

recentes a respeito da mesma, tendo sido, portanto, considerados aqueles disponíveis

no Censo Demográfico realizado pelo IBGE no ano 2000. Segundo estes dados,

elaborou-se a Tabela 97, que permite ter-se uma noção bastante clara da grandeza e

do impacto da movimentação pendular na região da chamada Grande Florianópolis.

Tabela 97:Movimento Pendular na Região Metropolitana de Florianópolis, 2000.

RM

de

Flo

rian

óp

olis

Movimento Pendular

Número de Pessoas que Trabalham ou Estudam em

Outro Município

Percentual em Relação ao Total de

Pessoas que Trabalham ou

Estudam em Outro Município

Número de Municípios, segundo percentual de deslocamentos

Pólo Demais Pólo Demais 10 a < 20%

20 a < 30%

30 < 40%

>40%

10.466

79.633 4,26 24,47 4 5 2 0

Fonte: IBGE, Censo 2000.

Para ser possível uma análise comparativa da Tabela 97, tem-se a seguinte

informação: no Brasil, em 2000, 7,4 milhões de pessoas dirigiam-se a outro município

para trabalhar ou estudar, correspondendo a 6,7% da população que estuda ou

trabalha. Quando se consideram as regiões metropolitanas, esse percentual sobe para

10,6%, pois, de modo geral, os fluxos associados a esse tipo de deslocamento se

concentram nas principais aglomerações urbanas do país. Na Região Metropolitana de

Florianópolis, este percentual, segundo os dados informados na tabela precedente, é

de 4,26%.

Também se incorporou ao presente diagnóstico, mapas extraídos do trabalho publicado

em 2009, pelo Observatório das Metrópoles e pelo Instituto de Pesquisa e

Planejamento Urbano e Regional – IPPUR, da Universidade Federal do Rio de Janeiro-

UFRJ, intitulado “Movimento Pendular da População na Região Sul”.

Por estes mapas, pode-se visualizar, no caso da Região Metropolitana de Florianópolis,

a grande atratividade exercida pela capital Florianópolis, especialmente em relação aos

municípios de São José e Palhoça.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

173

Figura 36: Movimento Pendular de Saída – Santa Catarina, 2000.

Figura 37: Movimento Pendular de Entrada – Santa Catarina, 2000.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

174

Em outra perspectiva de análise, é possível comprovar o volume crescente de

população que pratica o movimento pendular nos municípios pertencentes à ADA do

empreendimento através de sua evolução entre a década de 1980 e 2000. A Tabela 98

traz esta informação, baseada nos Censos Demográficos daqueles anos. Observa-se

que em 1980 os municípios de Biguaçu e Palhoça não registravam movimentação de

população no sentido de destino.

Tabela 98:Fluxos Pendulares de Destino e Origem nos Municípios da AID.

Município de Destino

Pessoas Envolvidas

% Sobre o Total Município

de Origem

Pessoas Envolvidas

% Sobre o Total

1980 2000 1980 2000 1980 2000 1980 2000

Biguaçu - 2.294 - 1,01 Biguaçu 2,762 8.756 3,26 3,83

São José 2.403 15.970 2,83 7,04 São José 17.413 37.325 20,53 16,46

Palhoça - 3.430 - 1,51 Palhoça 6.640 20.086 7,83 8,86

Florianópolis 30.762 64.112 36,28 28,27 Florianópolis 1.250 8.007 1,47 3,53

Governador Celso

Ramos - - -

Governador Celso

Ramos - 1.801 - 0,79

Fontes: IBGE - Censos Demográficos de 1980 e 2000.

A pesquisa “Movimento Pendular da População na Região Sul”, da Universidade

Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, citada anteriormente como uma das referências deste

diagnóstico no tema dos movimentos pendulares, avaliou os impactos desses fluxos

sobre o total da população que trabalha em cada município, estabelecendo taxas de

atração e de repulsão para cada município do Estado de Santa Catarina. Para medir o

quanto cada município representa território de atração e repulsão da população

empregada, foi calculada a razão entre as entradas e saídas somente para trabalho

sobre a população residente ocupada.

Normalmente, os municípios que apresentam altas taxas de atração e baixas de

repulsão são aqueles que sofrem pressão sobre as estruturas econômicas e de

serviços, e os que apresentam altas taxas de repulsão e baixas de atração sofrem

pressão na esfera social, sinalizando a conformação daquele município como

“município dormitório”. Este ângulo de análise foi representado pela Tabela 99, que

segue e foi elaborada a partir dos dados extraídos da pesquisa realizada pela UFRJ,

que, po

de 200

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

176

seguem (Figura 38 a Figura 42) dão uma dimensão do peso de cada tipo de transporte

utilizado pela população residente nos municípios em questão.

Destaca-se a grande proporção de automóveis e motocicletas em relação aos demais

tipos de veículos automotores no trânsito destas cidades. Em números absolutos eles

representam 18.381 automóveis e 7.941 motocicletas em Biguaçu, 79.387 automóveis

e 25.304 motocicletas registradas em São José, 46.366 automóveis e 17.140

motocicletas em Palhoça,198.705 automóveis e 39.661 motocicletas na capital

Florianópolis e 1.321 motocicletas e 3.217 automóveis em Governador Celso Ramos.

Figura 38: Gráfico – Frota de Veículos Automotores – Distribuição por Tipologia Ano 2012 –

Biguaçu/SC(Fonte: IBGE, 2012).

Figura 39:Gráfico – Frota de Veículos Automotores – Distribuição por Tipologia Ano 2012 – São

José/SC (Fonte: IBGE, 2012).

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

177

Figura 40: Gráfico – Frota de Veículos Automotores – Distribuição por Tipologia Ano 2012 – Palhoça/SC(Fonte: IBGE, 2012).

Figura 41: Gráfico – Frota de Veículos Automotores – Distribuição por Tipologia Ano 2012 – Florianópolis/SC (Fonte: IBGE, 2012).

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

178

Figura 42: Gráfico – Frota de Veículos Automotores – Distribuição por Tipologia Ano 2012 – Governador Celso Ramos/SC (Fonte: IBGE, 2012).

Uma das fontes consultadas para o levantamento de dados e informações a respeito

da situação de transporte na AID, foi o material a respeito da elaboração do novo Plano

Diretor de Florianópolis. Para elaboração deste instrumento de planejamento urbano,

formou-se um Grupo de Trabalho para avaliação da Mobilidade Urbana de

Florianópolis e Região Metropolitana, em que foram enquadrados cinco eixos

temáticos: legislação/fiscalização, infraestrutura, qualidade, humanização e uso do

solo.

Este GT chegou a algumas conclusões que foram consideradas relevantes para este

diagnóstico e que, por isso, foram aqui transcritas.

Segundo a equipe do GT, os problemas destacados na avaliação da mobilidade urbana

de Florianópolis e seu entorno foram os seguintes, considerando os eixos temáticos

antes elencados:

I. Legislação/Fiscalização:

1. Deficiência de comunicação entre o poder público e o cidadão e vice-

versa;

2. Falta de monitoramento/fiscalização e divulgação da legislação e de

programas de educação para o trânsito;

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

179

3. Falta de uma visão sistêmica entre os órgãos municipais ligados ao

transporte e ao trânsito;

4. Falta de respeito à lei (falta de uma política municipal mais ostensiva em

relação a legislação de trânsito)/Sinalização de trânsito;

5. Não-cumprimento das leis que regem o sistema cicloviário;

6. Falta de manutenção dos passeios públicos.

II. Infraestrutura:

1. Insuficiência da infra-estrutura com qualidade que atenda os diferentes

meios de transporte e circulação;

2. Não utilização do mar e outros modos/meios de transporte;

3. Acessibilidade: dificuldade de promover espaço acessível de circulação

que atenda a todos os modos/meios;

4. Insuficiência do Sistema de Circulação: auto impacto na circulação

provocado pelos moradores e turistas com veículo individual;

5. Ausência de uma política de circulação e estacionamento para os

transportes turísticos de superfície, marítimo e lacustre;

6. Vias de alta velocidade cortando os bairros;

7. Falta de espaço para passeios nas vias;

8. Falta de integração entre o transporte coletivo e não-motorizado.

III. Qualidade:

1. Não motorizado: baixa qualidade do Sistema de Circulação para

pedestres e ciclistas;

2. Poluição/qualidade ambiental urbana: diminuição da qualidade ambiental

causada por diversos tipos de poluição (sonora, visual, atmosférica);

3. Ausência de política de estudos de alternativas de combustíveis não

poluentes para o transporte, como gás natural veicular, biodiesel, célula

de hidrogênio, elétrico e de VLT (veículos leves sobre trilhos);

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

180

4. Falta de integração entre o transporte coletivo e não-motorizado;

5. Falta de padronização de calçadas, quando ocorre a sua pavimentação.

IV. Humanização:

1. Conforto: desconforto para circulação motorizada nos horários de pico;

2. Conforto: desconforto para a circulação não motorizada pela

inexistência/ou baixa qualidade de infra-estrutura;

3. Conforto: desconforto para a utilização do Transporte Coletivo em função

da tecnologia e freqüência dos veículos e características da estrutura de

equipamentos de apoio;

4. Conforto: criação de horários econômicos, com a redução do valor

tarifário fora dos horários de pico;

5. Baixa oferta de faixas de travessia de pedestres em vias de alto tráfego

de veículos e pedestres (a preferência é dada ao fluxo de automóveis).

V. Uso do Solo:

1. Má distribuição das densidades e uso do solo que possa minimizar

deslocamentos;

2. Polarização de Florianópolis exercida na Região Metropolitana.

Alguns destes problemas podem ser melhor visualizados pela Figura 43 a Figura 45.

São situações cotidianas registradas em locais próximos ao traçado do Contorno de

Florianópolis previsto no projeto de engenharia.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

181

Figura 43: Transporte de tração animal em área rural no município de Biguaçu.

Figura 44: Dificuldade de travessia de pedestre na SC-407 – Biguaçu.

Figura 45: Veículo lento trafegando por rodovia

estadual na AID do empreendimento.

Este diagnóstico procurou também destacar aspectos da operação e problemas

enfrentados pela população nos sistemas de transporte público existentes nos

municípios integrantes da AID do empreendimento e entre eles. Entretanto, há de ser

ressaltada a escassez de dados a respeito do tema, não tendo sido possível

estabelecer-se um padrão para a conformação dos mesmos.

Dessa maneira, frente a esta dificuldade, optou-se por, fazer um apanhado de todos os

dados e informações consideradas relevantes coletadas durante o processo de

pesquisa e individualizá-los por municípios, como forma de racionalizar a análise.

Buscou-se nesta abordagem, elementos que demonstrassem a estrutura de transporte

existente, os principais problemas enfrentados, projetos no setor, a configuração

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

182

operacional básica dos sistemas de transporte de cada município e a organização do

setor.

Na região metropolitana de Florianópolis as principais empresas atuantes no transporte

intermunicipal são:

EMFLOTUR/BIGUAÇU de Transportes Coletivos – possui uma frota de 228

ônibus operando em diversas linhas da região metropolitana, como

Florianópolis, São José, Biguaçu, Antônio Carlos, Governador Celso Ramos e

Palhoça.

PAULOTUR Transporte e Turismo Ltda. – Opera em Garopaba, Paulo Lopes,

Palhoça, São José e Palhoça.

JOTUR – Sua frota é composta por 160 ônibus fazendo os trajetos entre São

José, Palhoça, Florianópolis e Biguaçu.

ESTRELA Transportes Coletivos – Atua em toda a região metropolitana.

No Governo do Estado de Santa Catarina, a instância responsável pela fiscalização do

transporte intermunicipal é o Departamento de Transporte e Terminais-DETER. Entre

as iniciativas do governo do estado na área de mobilidade urbana, destaca-se o

Programa de Apoio ao Sistema Viário Municipal, uma parceria com as prefeituras para

dotar as rodovias urbanas de condições de tráfego e segurança, diminuindo os custos

de transporte, facilitando o escoamento de produtos locais e gerando desenvolvimento

turístico.

A seguir, apresenta-se um resumo das principais iniciativas na área de transporte

apuradas junto a cada município da AID.

BIGUAÇU

Em Biguaçu, uma iniciativa recente na área de transportes foi a instalação da primeira

estação de ônibus no município, na rua Getúlio Vargas, na área central da cidade. A

estação substitui o antigo ponto de passageiros existente no local que era insuficiente

em relação à grande demanda de passageiros, principalmente nos horários de pico. A

obra visa maior conforto aos usuários e tem capacidade para 25 pessoas sentadas.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

183

Além disto, o ambiente é abrigado da chuva e sol, além de bem iluminado, favorecendo

a segurança no local.

A instalação da estação faz parte de um projeto mais amplo da Secretaria Municipal de

Desenvolvimento Urbano e Transportes que visa ainda a instalação de novos abrigos

para passageiros de ônibus, reparação de abrigos em condições de recuperação,

melhorias nas linhas interbairros, a integração com o transporte intermunicipal e a

tarifa única.

Figura 46: Novos abrigos de passageiros em Biguaçu. Imagens disponíveis no site da Prefeitura Municipal.

A questão dos abrigos de passageiros enfrenta um problema naqueles situados ao

longo da BR-101, pois estes não possuem o recuo regulamentar em suas marginais,

estando, portanto, em situação irregular pois não oferecem os padrões de segurança

do usuário exigidos. A Prefeitura Municipal de Biguaçu deverá proceder a regularização

construindo tais recuos, porém, estas obras exigem desapropriações e demandam

maiores recursos, não havendo definição de prazo para o início dos trabalhos.

SÃO JOSÉ

Em São José a principal iniciativa para melhoria do sistema de transporte é a adesão

do município ao Programa Pró-Transporte, da Caixa Econômica Federal. Este

programa visa o financiamento para implantação de sistemas de infra-estrutura de

transporte coletivo urbano e à mobilidade urbana, atendendo prioritariamente áreas de

baixa renda e contribuindo na promoção do desenvolvimento físico-territorial,

econômico e social, qualidade de vida e do meio ambiente.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

184

O transporte público por ônibus em São José é oferecido por seis empresas: TC

Estrela (23 linhas), Av. Imperatriz (22 linhas), Transportadora Jotur (55 linhas),

Rodoviário Santa Terezinha (16 linhas), Viação Paulo Lopes (11 linhas) e Transportes

Biguaçu (64 linhas). O serviço está organizado fisicamente em uma rede de 191 linhas,

sendo 156 de operação regular e 44 de atendimento especial, dos quais 35 são de

atendimento no período de verão e 9 são de atendimento escolar.

Estudos realizados para elaboração do Plano Diretor da cidade, indicam uma

ponderação quantitativa importante. Segundo esta, apesar de uma cobertura geral

aparentemente adequada, somente 23% da extensão total de logradouros mapeados

em São José são atendidos por alguma das linhas de transporte coletivo, dos quais na

sua maioria concentram de 3 a 15 itinerários com destinos diferentes. É importante

observar a existência de trechos do sistema viário que concentram um número

excessivo de itinerários, chegando até 103 linhas distintas.

Há planos de instalação de terminais de transbordo de passageiros, porém ainda não

há data prevista para tais obras.

A mesma desproporcionalidade observada entre o número de logradouros e o

atendimento por linhas de ônibus se verifica também na distribuição de número de

viagens por dia por trecho de logradouro, nitidamente polarizando a estrutura espacial

dos serviços oferecidos e gerando sérias conseqüências em termos da capacidade de

tráfego nos respectivos trechos e da eficiência no atendimento aos passageiros. Há

também uma forte concentração da demanda e de destino de viagens nos eixos

centrais da cidade.

Estudos conduzidos pela Prefeitura Municipal de São José demonstram que futuros

incrementos e transformações do sistema de transportes na cidade, sem dúvida,

deverão ser acompanhados pela remodelação do sistema viário, cuja capacidade deve

ser reavaliada/reconfigurada em função das necessidades futuras da capacidade de

tráfego.

PALHOÇA

Quanto ao transporte coletivo, a situação de Palhoça é bastante complicada. Como

diversas outras cidades pertencentes a grandes aglomerados urbanos, o município

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

185

enfrenta as mesmas dificuldades no que se refere ao tema: queixas de má qualidade

dos serviços, idade da frota, preço altos das tarifas, linhas e horários reduzidos, entre

outros.

Outro problema que o município enfrenta e que repercute no transporte de passageiros

é a descontinuidade de seu sistema viário em vários pontos, o que dificulta a

acessibilidade de algumas regiões da cidade. Vários bairros carecem de ligação viária

eficiente para facilitar o fluxo de veículos e a criação de corredores de ônibus,

prejudicando o transporte bairro a bairro na cidade e obrigando os passageiros a irem

ao centro para se deslocarem de um bairro a outro. Além disto, a maioria dos ônibus

em operação hoje é intermunicipal, sendo que para a capital Florianópolis, apenas

duas empresas oferecem o serviço.

Figura 47: Trânsito confuso em Palhoça. Imagem disponível no site da Prefeitura Municipal.

De positivo no setor tem-se o projeto (já com recursos assegurados junto ao Banco de

Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES) de implantação de um Sistema

Integrado de Transporte Coletivo, que prevê a construção de dois terminais de ônibus

que irão possibilitar a ligação, via ônibus urbano, de todos os bairros da cidade (são

pelos menos 48 bairros reconhecidos oficialmente) e outras regiões da Grande

Florianópolis. Também está prevista neste projeto a ampliação do número de linhas

oferecidas, das atuais 290 para 950 linhas.

Com a implantação do novo sistema, prevê-se um incremento do comércio e da

prestação de serviço no centro de Palhoça, pois estima-se que mais de 10 mil pessoas

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

186

passarão a circular com mais facilidade pela área. No novo sistema, também é previsto

a implantação de cartão eletrônico e de um modelo de rastreamento de frota via GPS,

aumentando a segurança do transporte público.

Dentro do projeto de implantação do novo sistema, foi dada recentemente, ordem de

serviço para o início das obras do Terminal Central de Transbordo, a ser construído na

Ponte do Imaruím, fazendo a ligação com o ponto de embarque e desembarque do

Sistema de Transporte Marítimo de Palhoça, que também está em fase de

implantação.

Esta obra permitirá a diminuição do número de travessias nas pontes Colombo Salles e

Pedro Ivo Campos, que levam a Florianópolis, das atuais 900 para 400 ao dia.

FLORIANÓPOLIS

O setor de transporte do município de Florianópolis é regulado pela Secretaria

Municipal dos Transportes, Mobilidade e Terminais.

Segundo dados disponíveis no site desta secretaria, o sistema é composto por uma

frota de 466 ônibus convencionais, 57 ônibus executivos, 145 ônibus de transporte

escolar, 415 ônibus de turismo, 258 táxis e 28 embarcações, que fazem o percurso da

Lagoa da Conceição à Costa. Há ainda um total de 1.019 pontos de ônibus, 25 de táxi

e 22 de embarcações.

Informa-se que, a frota de táxi da cidade será aumentada significativamente, tendo sido

já iniciadas licitações públicas para as permissões. Até o momento, mais 120 táxis

foram credenciados, num total de 200 previstos.

Uma particularidade importante deve ser descrita para o caso de Florianópolis e que

diz respeito à sua geografia natural. Em geral, o transporte urbano se desenvolve em

linhas circulares, com possibilidade de serem definidos percursos mais ou menos com

o mesmo tamanho. No caso de Florianópolis, por ser uma ilha estreita e alongada, as

linhas são muito distintas em tamanhos, o que repercute no modelo de organização

dos trajetos e custos, e, consequentemente no modelo tarifário.

O sistema de transporte público de Florianópolis é composto por 158 linhas regulares

de ônibus, divididas pelo seu tipo de operação, ou seja, alimentadoras, principal

expressa, principal paradora, principal semi-expressa, complementar circular,

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

187

complementar periférica e periférica. Em 2006 foi implantado o Sistema Integrado, que

contempla os terminais de integração, distribuídos conforme a Figura 48 que se segue.

Figura 48: Terminais de Integração do Sistema Integrado de Transporte de Florianópolis (Fonte: Prefeitura Municipal de Florianópolis)

Neste sistema, a circulação de passageiros em Florianópolis é, segundo dados da

ANTP, da ordem de 64.374.361 passageiros por ano. Esta entidade disponibiliza dados

para as capitais e os municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

188

Figura 49: Terminal Cidade de Florianópolis.

Recentemente, mais uma iniciativa no sentido de resolver problemas de mobilidade

urbana na cidade de Florianópolis foi tomada. Trata-se do lançamento do “Projeto Via

Rápida – Florianópolis a caminho do BRT”. O BRT (sigla em inglês da expressão Bus

Rapid Transit) ou Trânsito Rápido de Ônibus, é um sistema já utilizado em diversas

cidades do mundo. No Brasil, a pioneira foi Curitiba. O modelo prevê veículos

articulados ou biarticulados que trafegam em vias específicas e os embarques e

desembarques são feitos em pequenas estações, construídas no mesmo nível dos

coletivos. Neste sistema, a cobrança da tarifa é prévia, o que agiliza o tempo de parada

dos veículos. A proposta da implantação do BRT pretende ainda a integração com os

demais modais de transporte e, com isso, atratividade de usuários de veículos

particulares, desafogando o trânsito na cidade. No projeto em pauta, a Prefeitura prevê

a implantação gradual de três vias na cidade: a Via Rápida Centro-Universidade, a Via

Rápida Centro-Continente e a Via Rápida Centro-Aeroporto.

Há ainda propostas em estudo de incremento do transporte público através da

implantação de Veículo Leve Sobre Trilhos – VLT ou metrô de superfície que passaria

pela Ponte Hercílio Luz, fazendo a ligação entre a ilha e o continente.

GOVERNADOR CELSO RAMOS

A cidade de Governador Celso Ramos não possui uma linha de transporte coletivo

intramunicipal (dentro do município), sendo assim dependente de linhas intermunicipais

oferecidas pela empresa Biguaçu, a qual disponibiliza um total de seis linhas para a

região. A inexistência de linhas municipais sucede uma carência na mobilidade urbana,

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

189

resultando no uso exclusivo de linhas que possuem uma alta tarifa de passagem,

encarecendo o transporte utilizado pela população da região.

As linhas oferecidas, juntamente ao valor de sua tarifa estão apresentadas na tabela

abaixo.

Tabela 100. Transporte Coletivo no município de Governador Celso Ramos

Código Linha Origem/Destino Valor da Tarifa

44600 Governador Celso

Ramos

Bairro/Terminal da Cidade de

Florianópolis R$ 5,80

54600 Governador Celso

Ramos Bairro / Biguaçu R$ 3,00

44700 Governador Celso

Ramos

Bairro/Terminal da Cidade de

Florianópolis R$ 5,80

10300 Armação da Piedade Bairro/Terminal da

Cidade de Florianópolis

R$ 5,70

43300 Palmas Bairro/Terminal da

Cidade de Florianópolis

R$ 5,70

43302 Palmas Bairro/Biguaçu R$ 3,00

Fonte: Biguaçu Transportes Coletivos Administração e Participação Ltda. Disponível em:

<http://www.biguacutransportes.com.br/portal/horariosDeOnibus> Acesso em: 17 de junho de 2013.

Ainda, nota-se que mesmo para trechos menores o mesmo passageiro

necessariamente precisa pagar a mesma tarifa. Esta situação é vista como um

problema para a região, pois desfavorece a contratação da mão-de-obra do município

para trabalhar na Grande Florianópolis, visto que as tarifas das passagens de ônibus

chegam até a R$ 5,80. O valor desta passagem é regulado pelo Departamento de

Transportes e Terminais - DETER, subordinado à Secretaria do Estado da

Infraestrutura, visto que não existem linhas municipais.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

190

5.3.1.1.4. Energia Elétrica

A energia elétrica se tornou um dos bens de consumo mais fundamentais para as

sociedades modernas. Usada para gerar iluminação, movimentar máquinas e

equipamentos, controlar a temperatura produzindo calor ou frio, agilizar as

comunicações etc. Assim, da eletricidade dependem a nossa produção, locomoção,

eficiência, segurança, conforto e vários outros fatores associados à qualidade de vida.

O serviço de distribuição de energia elétrica costuma ser o que atende a uma maior

parcela dos domicílios ao ser comparado com outros tipos de serviços públicos

relacionados à infraestrutura.

Diversos estudos apontam para o fato de que sua ausência, isto é, a exclusão elétrica

da população é essencialmente um fenômeno regional e rural, apesar de ocorrer de

forma mais branda em outras áreas. Assim, pode-se concluir que onde há incidência de

exclusão elétrica, este é um problema de natureza muito mais social do que de oferta

do serviço. Em outras palavras, a exclusão elétrica é apenas mais uma dimensão da

pobreza e do subdesenvolvimento.

Esta afirmativa pode ser corroborada por dados da Pesquisa Nacional por Amostra de

Domicílios – PNAD, do IBGE, realizada anualmente e que mostra que mais de 60% dos

domicílios brasileiros sem acesso à energia elétrica apresenta renda per capita inferior

a meio salário mínimo.

O Balanço Energético Nacional publicado em 2010 (Ano Base 2009), pelo Ministério

das Minas e Energia – MME, através de sua Empresa de Pesquisa Energética – EPE,

mostra que o consumo de eletricidade no Brasil tem crescido a uma média de 2% ao

ano. A atividade industrial é a que mais consome energia – 46% do total gerado no

país, apresentou uma queda de 5,5% no consumo elétrico no biênio 2008-2009,

explicado pela redução da produção física em algumas atividades energo-intensivas. O

setor residencial apresentou crescimento no consumo de 6,55 devido, principalmente

às políticas de redução de impostos para alguns bens de consumo durante a crise

econômica, além do aumento da renda per capita. Os demais setores – comercial,

agropecuário, público e transportes – quando analisados em bloco apresentaram uma

variação positiva no consumo de 1,8% em relação ao ano anterior.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

191

Entretanto, de modo geral, na última década o consumo disparou em todos os setores.

O comércio, por exemplo, não apenas ganhou novos estabelecimentos com alto

padrão de consumo (shoppings centers, hipermercados) como dinamizou suas

atividades com a ampliação do horário de funcionamento.

Na região metropolitana de Florianópolis foram vários os investimentos comerciais

relativamente recentes e outros em andamento. São vários shoppings centers

instalados na região, lojas de departamentos, redes supermercadistas e diversos

empreendimentos similares.

Como exemplo de empreendimentos desta natureza inseridos na economia de

Biguaçu, São José e Palhoça (municípios interceptados pela rodovia proposta), com

impacto direto no consumo de energia elétrica, pode-se citar a recente inauguração da

rede de supermercados Angeloni (Figura 50), em Biguaçu, ampliação do Shopping

Itaguaçu e inauguração dos Shoppings Ideal (2009) e Continente Park Shopping em

2012 em São José, novas filiais da rede de lojas Havan, Carioca Calçados e Milium

abertura de mais lojas no Shopping Via Catarina e unidade do Centro Comercial

Camelão em Palhoça. Na capital, Florianópolis, tem o Shopping Iguatemi inaugurado

em 2007.

Figura 50. Supermercados Angeloni no centro de Biguaçu.

Assim, diante da importância da questão do acesso à energia elétrica, este diagnóstico

da realidade municipal de cada cidade considerada na Área de Influência Direta do

empreendimento, levantou os dados disponíveis para o setor em cada uma delas.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

192

Com relação à energia elétrica, quase a totalidade da ADA possui acesso ao serviço.

Em Biguaçu, o grau de atendimento por energia elétrica observada nos domicílios

visitados para consulta deste item foi de 99,78% segundo o Censo Demográfico de

2010, realizado pelo IBGE. Em São José o atendimento atinge 99,93% dos domicílios

pesquisados, em Palhoça a cobertura é de 99,83% dos domicílios e em Florianópolis

99,92%.

A Tabela 101 traz as informações a respeito do grau de cobertura do acesso à energia

elétrica nos domicílios, segundo informações do último censo demográfico. Os dados

demonstram haver ainda uma situação de informalidade bastante comum neste tipo de

serviço, indicada pelo número de domicílios que recebem energia elétrica de outra

fonte que não a concessionária do serviço e também pelo número de domicílios que

não possuem medidor do consumo.

Tabela 101:Atendimento por Energia Elétrica - Situação dos Domicílios nos Municípios da ADA.

Situação de Atendimento

Municípios e número de atendimentos

BiguaçuSão José

Palhoça Florianópolis Governador

Celso Ramos

Existência de energia elétrica de Companhia Distribuidora

17.970 69.409 42.846 146.643 4.107

Existência de energia elétrica de outra fonte

29 133 49 680 4

Não tinham 38 41 71 113 5

Existência de medidor de consumo de uso exclusivo do

domicílio 16.214 61.792 36.564 125.986 3.844

Existência de medidor de consumo comum a mais de um

domicílio 1.528 6.587 5.090 15.334 230

Sem medidor de consumo 228 1.030 1.192 5.323 33

Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2010.

Em Biguaçu, o número de unidades consumidoras de energia elétrica apresentou um

aumento de 14,8% no período entre os anos de 2004 e 2008. A evolução do consumo

de energia no mesmo período temporal foi de 17,4%, segundo dados compilados das

Centrais Elétricas de Santa Catarina – CELESC, disponíveis na Coleção Santa

Catarina em Números, do SEBRAE/SC, publicado em 2010. A Tabela 102 informa

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

193

sobre o número de consumidores e consumo de energia elétrica em Biguaçu no

período entre 2004 e 2008 e nos fornecem um parâmetro para comparação com o total

de consumo no ano de 2010, presente na tabela seguinte.

Tabela 102:Consumidores e Consumo de Energia Elétrica em Biguaçu – 2004/2008

Ano Nº de Unidades Consumidoras

Consumo Total (KW/h)

Média de Consumo Anual Per Capita

(KW/h)

2004 16.163 85.164.348 5.269,1

2005 16.739 89.049.734 5.319,9

2006 17.403 90.346.028 6.191,4

2007 18.249 97.489.187 5.342,2

2008 18.551 99.984.474 5.389,7

Evolução no período 2004-2008

14,8% 17,4% 2,3%

Fonte: CELESC/SEBRAE-SC, 2010.

No município de Biguaçu, a classe de consumidores residenciais representa 35,89% do

consumo de energia elétrica, a industrial 37,52% e a comercial 13,81%. Estes dados

são melhor apresentados na Tabela 103.

Tabela 103:Número de Consumidores e Demanda de Energia Elétrica, Segundo Tipologia das Unidades Consumidoras em Biguaçu – 2010

Tipo de Consumidor

Nº de Unidades Consumidoras

Consumo Total (KW/h)

Representatividade no Consumo

Residencial 17.622 41.448.449 35,89%

Industrial 592 43.323.914 37,52%

Comercial 1.262 15.956.494 13,81%

Rural 375 1.318.093 1,14%

Poderes Públicos 139 1.318.537 1,14%

Iluminação Pública 1 3.154.285 2,73%

Serviços Públicos 12 1.142.159 0,98%

Consumo Próprio 1 13.012 0,01%

Revenda 2 7.718.776 6,68

Total 20.006 115.468.719 100%

Fonte: CELESC/Secretaria de Estado da Fazenda, 2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

194

Já em São José, o número de unidades consumidoras de energia elétrica apresentou

um aumento de 14,1% no período de 2004 a 2008. A evolução do consumo de energia

elétrica no mesmo período foi de 25,3%. Os dados podem ser vistos naTabela 104.

Tabela 104:Consumidores e Consumo de Energia Elétrica em São José – 2004/2008

Ano Nº de Unidades Consumidoras

Consumo Total (KW/h)

Média de Consumo Anual Per Capita

(KW/h)

2004 70.068 292.357.621 4.172,5

2005 72.451 313.210.913 4.323,1

2006 74.947 322.884.716 4.308,2

2007 78.598 358.168.671 4.557,0

2008 79.929 366.277.390 4.582,5

Evolução no período 2004-2008

14,1% 25,3% 9,8%

Fonte: CELESC/SEBRAE-SC, 2010.

No município de São José a classe de consumidores residenciais é maioria, com

45,70% do consumo de energia elétrica, seguido da classe comercial com 29,24% e da

industrial, com 16,35%. Os dados sobre tipologia dos consumidores e total de consumo

estão na Tabela 105.

Tabela 105:Número de Consumidores e Demanda de Energia Elétrica, Segundo Tipologia das Unidades Consumidoras em São José – 2010

Tipo de Consumidor

Nº de Unidades Consumidoras

Consumo Total (KW/h)

Representatividade no Consumo

Residencial 74.762 184.939.371 45,70%

Industrial 2.553 66.188.615 16,35%

Comercial 7.756 118.334.600 29,24%

Rural 86 726.095 0,17%

Poderes Públicos 321 16.234.423 4,01%

Iluminação Pública 1 15.340.709 3,79%

Serviços Públicos 33 2.737.851 0,67%

Consumo Próprio 6 130.119 0,03%

Revenda 0 0 0,0%

Total 85.338 404.631.783 100%

Fonte: CELESC/Secretaria de Estado da Fazenda, 2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

195

Quanto ao município de Palhoça, o aumento de unidades consumidoras de energia

elétrica foi de 19,3% no período de 2004 e 2008, tendo sido de 20,6% a evolução do

consumo de energia no período considerado. Os dados seguem na Tabela 106.

Tabela 106: Consumidores e Consumo de Energia Elétrica em Palhoça – 2004/2008.

Ano Nº de Unidades Consumidoras

Consumo Total (KW/h)

Média de Consumo Anual Per Capita

(KW/h)

2004 43.773 139.235.698 3.180,9

2005 45.474 132.253.523 2.908,3

2006 47.739 149.209.246 3.125,5

2007 50.381 162.630.023 3.228,0

2008 52.242 167.858.293 3.213,9

Evolução no período 2004-2008

19,3% 20,6% 1,0%

Fonte: CELESC/SEBRAE-SC, 2010.

Quanto ao consumo por tipologia das classes consumidoras, os consumidores

residenciais no município de Palhoça representam 52,85% do consumo total de energia

elétrica, a industrial consume 12,07% e a comercial 24,09%. A Tabela 107 traz estas

informações.

Tabela 107: Número de Consumidores e Demanda de Energia Elétrica, Segundo Tipologia das Unidades Consumidoras em Palhoça – 2010.

Tipo de Consumidor

Nº de Unidades Consumidoras

Consumo Total (KW/h)

Representatividade no Consumo

Residencial 50.222 106.028.350 52,85%

Industrial 2.512 24.234.552 12,07%

Comercial 3.706 48.340.204 24,09%

Rural 179 2.960.004 1,47%

Poderes Públicos 170 3.094.994 1,54%

Iluminação Pública 1 11.954.252 5,95%

Serviços Públicos 4 2.364.403 1,17%

Consumo Próprio 10 243.937 0,12%

Revenda 1 1.398.600 0,69

Total 56.805 200.619.295 100%

Fonte: CELESC/Secretaria de Estado da Fazenda, 2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

196

No município de Governador Celso Ramos o aumento de unidades consumidoras de

energia elétrica foi de 16,8% no período de 2004 e 2008, tendo sido de 18,4% a

evolução do consumo de energia no período considerado. Os dados são apresentados

na tabela que segue.

Tabela 108: Consumidores e Consumo de Energia Elétrica em Governador Celso Ramos – 2004/2008.

Ano Nº de Unidades Consumidoras

Consumo Total (KW/h)

Média de Consumo Anual Per Capita

(KW/h)

2004 6.246 16.788.890 2.687,9

2005 6.502 17.408.542 2.677,4

2006 6.726 17.991.113 2.674,9

2007 6.915 19.356.444 2.799,2

2008 7.298 19.882.983 2.724,4

Evolução no período 2004-2008

16,8% 18,4% 1,4%

Fonte: CELESC/SEBRAE-SC, 2010.

Quanto ao consumo por tipologia das classes consumidoras, os consumidores

residenciais no município de Governador Celso Ramos representam 58% do consumo

total de energia elétrica, a industrial consume 7,3% e a comercial 18,9%. A tabela que

segue traz estas informações.

Tabela 109: Número de Consumidores e Demanda de Energia Elétrica, Segundo Tipologia das Unidades Consumidoras em Governador Celso Ramos – 2010.

Tipo de Consumidor

Nº de Unidades Consumidoras

Consumo Total (KW/h)

Representatividade no Consumo

Residencial 6.438 11.535.583 58,0%

Industrial 286 1.443.224 7,3%

Comercial 469 3.766.332 18,9%

Rural 30 986.140 5,0%

Poderes Públicos 55 265.664 1,3%

Iluminação Pública 1 1.729.488 8,7%

Serviços Públicos 17 147.716 0,7%

Consumo Próprio 2 8.836 0,0%

Revenda 7.298 19.882.983 100,0%

Total 6.438 11.535.583 58,0%

Fonte: CELESC/Secretaria de Estado da Fazenda, 2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

197

Por fim, os números referentes a Florianópolis. Na capital o número de unidades

consumidoras de energia elétrica no período compreendido entre os anos de 2004 e

2008 apresentou um aumento de 10,9%. A evolução do consumo de energia elétrica

neste mesmo período foi de 17,9%, conforme pode ser visualizado na Tabela 110.

Tabela 110: Consumidores e Consumo de Energia Elétrica em Florianópolis – 2004/2008

Ano Nº de Unidades Consumidoras

Consumo Total (KW/h)

Média de Consumo Anual Per Capita

(KW/h)

2004 177.392 853.766.093 4.812,9

2005 182.749 889.745.625 4.868,7

2006 187.753 917.422.081 4.886,3

2007 194.154 1.001.786.347 5.159,8

2008 196.710 1.006.654.739 5.117,5

Evolução no período 2004-2008 10,9% 17,9% 6,3%

Fonte: CELESC/SEBRAE-SC, 2010.

No município de Florianópolis, a classe de consumidores residenciais também

representa maioria, com 46,55% do consumo total de energia elétrica da cidade. Em

segundo lugar vem o setor comercial, com 35,57% e em terceiro o industrial com 3,5-%

do consumo. Segue-se a tabela com estas especificações.

Tabela 111:Número de Consumidores e Demanda de Energia Elétrica, Segundo Tipologia das Unidades Consumidoras em Florianópolis – 2010.

Tipo de Consumidor

Nº de Unidades Consumidoras

Consumo Total (KW/h)

Representatividade no Consumo

Residencial 180.981 514.387.678 46,55%

Industrial 2.924 38.767.946 3,50%

Comercial 21.062 393.032.113 35,57%

Rural 122 622.029 0,05%

Poderes Públicos 1.104 98.029.828 8,87%

Iluminação Pública 1 30.157.444 2,72%

Serviços Públicos 184 24.550 0,002%

Consumo Próprio 18 5.247.485 0,47%

Revenda 0 0 0,0%

Total 206.396 1.104.795.391 100%

Fonte: CELESC/Secretaria de Estado da Fazenda, 2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

198

Como pode ser observado pelos dados e informações aqui registradas, há significativo

aumento de demanda por energia elétrica na região metropolitana de Florianópolis, que

inclui os municípios da ADA do empreendimento em questão. Este aumento da

demanda deve-se, como já foi citado, pelo incremento da atividade comercial, com

implantação de diversas empresas e empreendimentos, mas também pela implantação

de loteamentos na região, aumentando a demanda de consumo residencial.

Acredita-se que, caso venha a ser implantada, a rodovia ora em estudo, o Contorno de

Florianópolis, possa contribuir para o adensamento em diversos pontos dos municípios

interceptados, o que contribuiria ainda mais para a demanda por energia elétrica nos

mesmos.

Há informações de que, a CELESC vem, ciente da necessidade, investindo em novas

linhas de transmissão e distribuição para assegurar o fornecimento de energia elétrica

na região metropolitana de Florianópolis. Há recursos previstos para construção de três

subestações, o que deve melhorar a oferta consideravelmente. As três subestações

deverão ser construídas duas na Baixada do Maciambú (uma das obras já está em

andamento), em Palhoça e outra na divisa do município de Palhoça com São José.

As fotos abaixo ilustram a proliferação de condomínios fechados na região e que

despontam para a formação de pólos de atração no cenário de expansão urbana da

capital (tema a ser tratado mais adiante neste diagnóstico) e que, consequentemente,

demandará maior consumo de energia elétrica.

As fotos referem-se ao Condomínio Terra Nova Palhoça (Figura 51), ocupação de

2.200 mil m² por mais de 7 mil unidades habitacionais. A Universidade do Estado de

Santa Catarina-UDESC prevê implantação de campus universitário no local.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

199

Figura 51: Fotos - Condomínio Terra Nova Palhoça.

5.3.1.1.5. Comunicação

A linguagem e suas tecnologias sempre foram mediações centrais no processo de

interação humana. Entretanto, seja nas cidades de porte médio, como as que aqui se

analisa, ou nas grandes metrópoles, as situações sociais tornam-se cada dia mais

complexa, tornando a diversificação da comunicação – capaz de influenciar e até

mudar as culturas e as expressões destas, as linguagens, as tecnologias – cada dia

mais necessária.

No contexto atual de meios de comunicação de massa, de novas tecnologias, de novas

formas de relação social mediadas pelas tecnologias de comunicação, que configuram

novas relações sociais e novas formas de ver e perceber o mundo, investigar a

capacidade de comunicação no âmbito das cidades é tarefa bastante válida.

O TR do IBAMA que conduz as abordagens desenvolvidas no âmbito deste diagnóstico

solicita a identificação da infraestrutura existente e das demandas em relação também

ao tema da comunicação.

Cabe ressaltar a pertinência de tal solicitação no contexto de um diagnóstico

socioeconômico para um Estudo de Impacto Ambiental, tendo em vista que no que se

refere à questão ambiental, importantes fenômenos se fortalecem com a presença de

meios de comunicação eficazes: a troca de informações, a divulgação (a um público

incomensurável) de fatos e acontecimentos que poderão desencadear a reflexão, o

debate

ambien

Além d

auxiliar

separa

relação

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situaçã

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

201

e a Rádio AM Jornal A Verdade. Já em Palhoça, existe a Rádio Comunitária mantida

pela Ação Social São Francisco de Assis – ASFA, apenas duas agências de Correios

(centro e Ponte do Imaruim) e cinco jornais locais: Expresso Ponte, Folha Extra, O

Caranguejo, Palavra Palhocense e Primeira Folha. Em Governador Celso Ramos,

existe apenas uma agência dos Correios, no bairro Centro, e o principal jornal é a

Folha Barriga Verde. Por fim, o levantamento da estrutura de comunicação em

Florianópolis apontou os seguintes mecanismos. A cidade conta com vinte e seis

agências dos Correios. Além disto, são dois jornais de grande circulação: Diário

Catarinense e Notícias do Dia. Cinco rádios FM: Sociedade Rádio Guarujá, Rádio

Itapema FM de Florianópolis, Rádio Barriga Verde, Fundação Maranata de

Comunicação Social e Rádio Atlântida FM de Florianópolis. Cinco rádios AM: Diário da

Manhã, Difusora Gomes, Rádio Canoinhas, Rádio Cultura AM e Sociedade Rádio

Guarujá. Uma rádio comunitária, a Associação Rádio Comunitária Campeche.

Ressalta-se que o levantamento destes veículos pode contribuir para a agilidade de um

futuro programa de comunicação social necessário no caso do empreendimento vir a

ser de fato implantado.

Segundo o IBGE, através da PNAD 2011, 95,5% dos domicílios do estado de Santa

Catarina tem acesso a telefone. A distribuição dos domicílios catarinenses no que se

refere aos serviços de telecomunicação pode ser visualizada na Tabela 112. A

pesquisa não traz os dados desagregados por município.

Tabela 112: Distribuição dos Domicílios Catarinenses Quanto ao Acesso a Telecomunicações, 2011.

Tipo de Acesso Participação % no Total de

Domicílios

Com telefone 95,5

Somente celular 48,8

Somente fixo 3,0

Celular e fixo 43,7

Sem Telefone 4,5

Com microcomputador 58,6

Com acesso à internet 48,5

Sem microcomputador 41,4

Fonte: IBGE – PNAD – Síntese dos Indicadores Sociais, 2011.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

202

Para informações mais específicas a respeito do grau de cobertura dos serviços de

telecomunicações nos municípios da AID, consultou-se o banco de dados da Agência

Nacional de Telecomunicações – ANATEL. Esta fonte disponibiliza dados a respeito do

número de acessos à telefonia fixa por município e também o número de acessos a

comunicação multimídia2. Não há informações desagregadas por município para o

número de acessos à telefonia móvel. Estes dados estão contidos nas tabelas que

seguem.

Tabela 113: Número de Acessos à Telefonia Fixa por Município da AID – 2012.

Município Acessos Individuais Acessos Públicos

Biguaçu 9.784 375

São José 40.261 1.088

Palhoça 21.830 650

Florianópolis 106.974 2.537

Governador Celso Ramos 3.012 121

Fonte: ANATEL

*Mês de referência: junho de 2012.

Tabela 114: Número de Acessos à Comunicação Multimídia por Município da AID – 2012.

Município Quantidade de Acessos

Biguaçu 8.730

São José 39.281

Palhoça 22.454

Florianópolis 139.660

Governador Celso Ramos 1.284

Fonte: ANATEL. *Mês de referência: junho de 2012.

2 Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) é um serviço fixo de telecomunicações de interesse

coletivo, prestado em âmbito nacional e internacional, no regime privado, que possibilita a oferta de

capacidade de transmissão, emissão e recepção de informações multimídia (dados, voz e imagem),

utilizando quaisquer meios, a assinantes dentro de uma área de prestação de serviço.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

203

5.3.1.1.6. Saneamento Básico

A ausência de serviço de saneamento básico eficiente representa, na grande maioria

dos casos, situações de omissão, descaso ou inépcia do poder público com respeito

aos serviços urbanos essenciais que devem ser oferecidos à população, alguns deles

de responsabilidade das prefeituras municipais, outros de governos estaduais. É

consenso que a falta de saneamento básico adequado produz situações de

vulnerabilidade socioambiental, sobretudo em áreas ocupadas por segmentos sociais

desfavorecidos e representa, um risco permanente de degradação do meio ambiente,

seja imediato ou futuro, bem como a possibilidade bastante provável de contaminação

da base de recursos com consequências generalizadas sobre a saúde e o bem-estar

da população.

A situação piora muito quando margens de rios e outros cursos d’água são utilizados

como despejo de esgoto doméstico ou como vazadouros clandestinos de lixo. A

contaminação das águas se soma aos gases do lixo, que polui o ar, e à proliferação de

insetos e roedores que servem como vetores de diversas doenças infecto-parasitárias.

Sempre que se discute a situação socioambiental preponderante nas áreas urbanas, o

saneamento básico é um elemento fundamental para a avaliação das condições

satisfatórias da vida humana. No âmbito deste Estudo de Impacto Ambiental não

poderia ser diferente.

Para se avaliar os possíveis impactos do empreendimento na Área Diretamente

Afetada, foram reunidos sistematicamente diversos dados e informações a respeito das

condições de saneamento básico nos municípios envolvidos. De modo a se obter uma

organização mais clara dos levantamentos efetuados, permitindo avaliar a situação

encontrada, o conteúdo foi disposto nos seguintes tópicos temáticos abastecimento de

água, coleta e tratamento de esgotos, coleta e disposição dos resíduos sólidos e

drenagem urbana.

A Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007 estabelece diretrizes nacionais para o

saneamento básico. Seu art. 3º define o seguinte conjunto de elementos:

I - Saneamento básico: conjunto de serviços, infra-estrutura e instalações

operacionais de:

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

204

a) Abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;

b) Esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente;

c) Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;

d) Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.

Considerando estes elementos que compõem o que a lei define como saneamento

básico, o diagnóstico buscou fazer uma apanhado geral da situação em cada município

no que se refere a cada um dos componentes, de modo a subsidiar a análise dos

impactos que o empreendimento pode acarretar diante do cenário atual.

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Embora a cobertura de abastecimento de água no Brasil apresente percentuais mais

favoráveis do que outros serviços de saneamento, como, por exemplo, o de

esgotamento sanitário e manejo de resíduos sólidos, ainda estamos muito distantes da

necessária universalização. Mesmo quando se considera apenas as populações

urbanas, a distribuição regional, por porte de município, ou por renda, mostra grandes

desigualdades no acesso à água potável em quantidade e qualidade necessárias para

proteção da saúde humana. A desigualdade se revela mais contundente quando a

população das zonas rurais é levada em consideração.

Nos municípios de Florianópolis, São José e Biguaçu, os serviços de abastecimento de

água e tratamento de esgotos é realizado pela Companhia Catarinense de Águas e

Saneamento – CASAN. Em Palhoça, estes serviços são de responsabilidade da

Companhia Águas de Palhoça e em Governador Celso Ramos, a responsabilidade é

do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto - SAMAE.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

205

Recentemente foi criada no estado de Santa Catarina a Agência Reguladora de

Serviços de Saneamento Básico do Estado de Santa Catarina – AGESAN, autarquia de

regime especial instituída por meio da Lei Complementar nº 484, de 04/01/2010, como

agência de estado para fiscalizar e orientar a prestação de serviços públicos de

saneamento básico, bem como editar normas técnicas, econômicas e sociais para sua

regulação.

Os municípios de Biguaçu e São José conveniaram-se à AGESAN nos anos de 2010 e

2011, respectivamente.

Com o objetivo de se captar informações mais precisas, em escala municipal, foram

tomados os dados do Censo Demográfico 2010. A proporção de domicílios com

abastecimento de água nos municípios que compõem a AID deste projeto pode ser

verificada na Tabela 115.

Tabela 115:Proporção de Domicílios por Tipo de Abastecimento de Água na AID – 2010.

Tipo de Abastecimento

Número e Percentual de Domicílios Atendidos por Município

Biguaçu São José Palhoça Florianópolis Governador

Celso Ramos

F % F % F % F % F %

Rede Geral de Distribuição

14.756 81,70 67.903 97,60 39.058 90,90 137.983 93,60 3.816 92,71

Poço ou nascente na propriedade

747 4,14 452 0,64 1.745 4,06 4.590 3,11 74 1,80

Outra forma 2.555 14,16 1.228 1,76 2.163 5,03 4.863 3,29 6 0,15

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico realizada pelo IBGE em 2008, traz

informações sobre o volume de água tratada distribuída por dia nos municípios

brasileiros. Os números referentes aos cinco municípios da AID são os expressos na

tabela que segue

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

206

Tabela 116: Volume de Água Tratada Distribuída por Dia nos Municípios da AID–2010.

Município Volume de Água Tratada Distribuída por Dia

(m3)

Biguaçu 7.262

São José 11.294

Palhoça 173.532

Florianópolis 39.753

Governador Celso Ramos 6.226

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico –2010.

Em consulta ao Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento – SNIS, banco

de dados disponibilizado pelo Ministério da Integração Nacional, em 2010 verificou-se

que o número de economias ativas em Biguaçu era de 14.879, 76.251 em São José,

180.548 em Florianópolis, 43.369 em Palhoça e 7.727 em Governador Celso Ramos.

O Sistema Integrado de Abastecimento de Água da Região de Florianópolis (SIF) é

responsável pelo suprimento de 5 (cinco) municípios situados na área conurbada de

Florianópolis: Florianópolis, Biguaçu, São José, Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz.

Destes, os quatro primeiros constituem a AID do empreendimento e Santo Amaro da

Imperatriz é um dos componentes da AII.

A captação das águas para o SIF é feito em dois mananciais importantes. O rio Vargem

do Braço e o rio Cubatão do Sul. O Rio Vargem do Braço, situado na localidade

denominada de Pilões, nasce nas encostas da Serra do Mar, no Município de Santo

Amaro da Imperatriz, e é afluente do Rio Cubatão do Sul. A área de drenagem do Rio

Vargem do Braço é de 138,47 km² e pertence à bacia hidrográfica da Reserva

Florestal Serra do Tabuleiro, uma unidade de conservação ambiental, o que tem

contribuído, em épocas normais (sem chuvas intensas) para a manutenção da boa

qualidade da água bruta captada deste manancial. Já a bacia hidrográfica do Rio

Cubatão do Sul está localizada nos municípios de Águas Mornas (AII) e Santo Amaro

da Imperatriz e possui uma área de drenagem de 738 km².

Ao contrário do Rio Vargem do Braço, as águas do Rio Cubatão do Sul tem uma

qualidade bastante inferior,cujas causas principais foram as queimadas e

desmatamentos em grandes áreas de sua bacia hidrográfica para a atividade de

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

208

COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO

Dentre os serviços urbanos de saneamento básico, o esgotamento sanitário é o que

apresenta os maiores problemas no que se refere à abrangência e à qualidade do

atendimento, deixando de fora parcelas significativas de população.

A expansão do fornecimento de água potável provocou novas preocupações em

relação ao esgoto doméstico, tendo em vista que o esgoto constitui a etapa final do

ciclo de utilização humana das águas. Assim, o lançamento descontrolado de esgotos

nos solos ou em nascentes, rios, lagos e outros corpos d’água passou a ser uma das

principais causas da poluição hídrica, realidade no Brasil e no mundo, constituindo-se

em fontes de degradação do meio ambiente e de proliferação de doenças.

Infelizmente, embora a relação entre o atendimento por saneamento básico, em

especial esgotos e a melhoria da saúde pública seja uma das relações mais

ponderáveis e reconhecidas no meio técnico-científico, ainda persiste a existência de

populações que não têm acesso a ambientes saneados, com disposição adequada dos

excretas e águas servidas.

No Brasil há ainda um grande passivo socioambiental que se acumulou devido ao

descaso pela questão do esgotamento sanitário, condicionado por diversas variantes:

ineficiência das ações de planejamento, a demanda por investimentos massivos e de

longo período de maturação, ou seja, de amortização dos investimentos realizados, a

falta de compromisso político que muitas vezes adiou decisões importantes nesta área,

entre outras, como o crescimento urbano descontrolado. Frente a esta realidade, torna-

se premente a necessidade de prover as cidades de tratamento adequado de seus

esgotos, seja com tecnologias tradicionais seja com tecnologias alternativas, a

depender do contexto de cada área.

Nos municípios integrantes da Área de Influência Direta do empreendimento de

implantação do Contorno de Florianópolis, a proporção de domicílios que dispõem de

serviço de esgotamento sanitário pode ser visualizada na tabela que segue.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

209

Tabela 117:Proporção de Domicílios com Serviço de Esgotamento Sanitário na AID – 2010.

Instalação Sanitária

Número e Percentual de Domicílios Atendidos por Município

Biguaçu São José Palhoça Florianópolis Governador

Celso Ramos

F % F % F % F % F %

Rede Geral de Esgoto ou Pluvial

4.393 24,35 33.426 48,05 8.047 18,72 76.842 52,13 319 7,75

Fossa séptica

10.998 60,99 32.255 46,35 28.094 65,38 53.849 36,53 2.756 67

Outra forma 2.596 14,39 3.836 5,51 6.725 15,65 16.588 11,25 5 0,12

Não tinham 50 0,27 65 0,09 100 0,25 144 0,09 6 0,15

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

Conforme pode ser verificado pelos dados precedentes, a proporção de domicílios que

dispõem de rede oficial de esgotos ainda é muito reduzida, principalmente nos

municípios de Biguaçu e Palhoça. Ainda é muito freqüente a utilização do sistema de

fossas sépticas.

Em termos populacionais, a quantidade de população atendida por esgotamento

sanitário foi colhida junto ao banco de dados do SNIS, que são referentes ao ano de

2010. Neste sistema não há dados numéricos disponíveis sobre o total de população

atendida para os municípios de Biguaçu e Governador Celso Ramos.

Em São José, a população total atendida com rede de esgoto era de 62.424 pessoas

em 2010, sendo que o município dispunha de 6.134 ligações de esgoto ativas naquele

ano, numa extensão de rede de 134,40 Km. Em Florianópolis, eram 227.075 habitantes

atendidos, com 27.619 ligações ativas de esgoto. Em Palhoça, a população atendida

era de 5.589 habitantes, com 1.755 ligações ativas de esgoto. Cabe destacar que a

cidade de Florianópolis, segundo a Pesquisa Trata Brasil (2008), da Fundação Getúlio

Vargas – FVG, ocupava a 39ª posição no ranking entre as 81 cidades observadas no

estudo no que se refere a esgoto tratado.

COLETA E DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Quando dispostos de forma inadequada, os resíduos sólidos urbanos constituem

problemas de ordem estética, ambiental e de saúde pública. A falta de limpeza urbana,

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

210

por exemplo, que compreenda a coleta, o transporte e a disposição final dos resíduos

sólidos urbanos pode causar vários problemas sociais e ambientais, como transmissão

de doenças, proliferação de vetores, poluição do solo, das águas e do ar e estímulo à

catação desordenada dos resíduos, com sérias conseqüências sociais, inclusive

degradação da auto-estima do ser humano.

A problemática dos resíduos sólidos constitui uma das maiores preocupações

ambientais do mundo atual, pois diante das novas necessidades de consumo criadas

pela cultura capitalista contemporânea, um volume crescente de resíduos precisa ser

recolhido, tratado e corretamente disposto, sem contar a necessidade de novas áreas

disponíveis e adequadas para seu recebimento, tendo como fatores limitantes os

impactos ambientais e os custos envolvidos em todas as etapas de seu gerenciamento.

O fato é, pois que os resíduos sólidos são produtos inevitáveis dos processos

econômico-sociais de que dependemos, porém podem ser encarados sob óticas

diversas, umas bem mais racionais e sustentáveis que outras.

O tema da limpeza urbana e dos resíduos sólidos ocupou por muito tempo uma

posição secundária no debate sobre saneamento básico no Brasil quando comparados

às iniciativas no campo da água, por exemplo. Tanto é assim, que somente em 2010 foi

instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos, através da Lei nº 9.605, de 02 de

agosto de 2010, que também altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (a

chamada Lei de Crimes Ambientais).

Apesar disto, mais ou menos em meados da década de 1980, o agravamento dos

problemas de natureza socioambiental, decorrentes da destinação inadequada de

resíduos sólidos estimulou a integração desta temática nos debates a respeito de

saneamento no país, levando ao reconhecimento da importância de diversos atores

sociais como co-responsáveis na gestão dos resíduos sólidos, a valorização da

reciclagem e a promoção de ações educativas para mudanças de valores e hábitos da

sociedade. Porém, estas são prioridades relativamente novas, que foram incorporadas

a partir do início da década de 1990 por alguns governos municipais em iniciativas

pioneiras.

Entre as razões que podem explicar esse desenvolvimento tardio da consciência

ambiental no campo dos resíduos sólidos, estão, por exemplo, o descaso ou

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

211

desconhecimento por parte da sociedade sobre os impactos socioambientais gerados

por estas matérias, a escassez de recursos públicos para o tratamento da questão e

uma cultura privilegiando uma abordagem técnica e não sociocultural e ambiental da

questão.

Feita esta contextualização da importância de se tratar adequadamente a questão dos

resíduos sólidos enquanto componente dos serviços de saneamento básico, passa-se

ao diagnóstico realizado nos municípios da AID do empreendimento quanto a este

item.

O tema dos resíduos sólidos foi analisado, primeiramente, considerando-se o grau de

cobertura do serviço em cada município em questão. Os dados a respeito do número

de domicílios que desfrutam deste serviço público podem ser visualizados na Tabela a

seguir.

Tabela 118:Proporção de Domicílios por Destino dos Resíduos Sólidos na AID – 2010.

Destino dos

Resíduos Sólidos

Número e Percentual de Domicílios Atendidos por Município

Biguaçu São José Palhoça Florianópolis Governador

Celso Ramos

F % F % F % F % F %

Coletado por

serviço de limpeza

17.521 97,13 68.336 98,20 41.410 96,38 137.283 93,11 3.724 90,48

Coletado por

caçamba do serviço de limpeza

350 1,95 1.098 1,59 1.214 2,82 9.895 6,71 353 8,58

Outro destino

166 0,92 149 0,21 342 0,80 258 0,18 7 0,17

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

Há pouca disponibilidade de dados a respeito dos resíduos sólidos gerados nos quatro

municípios da AID. Por este motivo, apresentam-se as informações de forma não

padronizada, porém contendo um apanhado de todos os dados que foram obtidos para

cada uma das cidades.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

212

Florianópolis, por exemplo, aprovou no ano de 2010, o Plano Municipal Integrado de

Saneamento Básico - PMISB. Para elaboração do plano foram feitos diagnósticos

setoriais para cada componente de saneamento básico do município.

Segundo dados constantes neste documento, a capital de Santa Catarina já produzia

em 2002, 10.500 toneladas de lixo por mês, cuja composição é demonstrada na Tabela

119:

Tabela 119:Composição dos Resíduos Sólidos em Florianópolis.

5. Tipo de resíduo 

Participação percentual

Metais 3,90

Sanitários 8,87

Têxteis e couro 3,68

Vidro 4,10

Papelão 3,29

Papel 10,93

Plástico mole 9,94

Plástico duro 4,98

Orgânico 46,35

Outros 3,96

Fonte: COMCAP, 2002.

Entretanto, segundo o Diagnóstico de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos de 2009,

disponível no SNIS, Florianópolis em 2010 coletou 158.396 toneladas de resíduos,

sendo 155.843 toneladas de resíduos domiciliares e 2.553 toneladas de resíduos

públicos. Em Biguaçu, o volume coletado em 2010 foi de 12.969 toneladas.Em

Governador Celso Ramos, o volume coletado em 2010 foi de 4.440 toneladas, sendo

4.440 toneladas de resíduos domiciliares e 0 (zero) de resíduos públicos. Em São José,

o volume coletado em 2010 foi de 54.960 toneladas, sendo 48.960 toneladas de

resíduos domiciliares e 6.000 toneladas de resíduos públicos.

Os serviços de limpeza pública no Município de Florianópolis são realizados

pelaCOMCAP – Companhia de Melhoramentos da Capital, uma empresa de economia

mistacriada em 1976, da qual a Prefeitura Municipal de Florianópolis é a acionista

majoritária.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

213

A coleta de resíduos sólidos no município é executada pelo Departamento de Coleta de

Resíduos, que realiza vários tipos de coleta: (I) convencional (comum), todos os

resíduos sólidos domiciliares não selecionados, (II) seletiva dos resíduos recicláveis

selecionados pelos moradores, (III) em áreas críticas, (IV) com caixas Brooks, (V)

infectantes, dos serviços de saúde municipal e (VI) coleta de lixo pesado.

Todo o lixo coletado no município de Florianópolis é encaminhado ao Centro de

Transferência de Resíduos Sólidos – CTReS, localizado no antigo lixão do Itacorubi

(desativado), onde é pesado e conduzido ao seu destino, que pode ser ou os galpões

de triagem no caso dos resíduos provenientes da coleta seletiva, no aterro sanitário de

Biguaçu ou no aterro de inertes.

O aterro sanitário de Biguaçu é um empreendimento de natureza privada, de

responsabilidade da empresa PROACTIVA e recebe os resíduos de 21 municípios da

região metropolitana de Florianópolis (núcleo central e área de expansão), incluindo, é

claro, os cinco municípios da AID do empreendimento e sua capacidade já se encontra

próxima do esgotamento.

A frequência da coleta de resíduos na cidade de Florianópolis é variável dependendo

basicamente da densidade populacional do bairro, acontecendo de duas a três vezes

por semana, exceto no verão quando é feita diariamente devido ao acréscimo de

população flutuante.

O Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – PMISB de Florianópolis, em seu

diagnóstico a respeito dos resíduos sólidos no município, elencou as seguintes

dificuldades ainda presentes na operação da coleta convencional de resíduos:

Mistura de resíduos perigosos (lâmpadas fluorescentes, pilhas e outros)

juntamente com os resíduos domiciliares;

Locais comerciais e institucionais que ainda não fazem uso das lixeiras

indicadas em lei;

Ruas estreitas, íngremes e sem saída;

Carros estacionados em local indevido;

Mau acondicionamento dos resíduos perfurocortantes (agulhas, vidros

quebrados, facas etc) causando constantes acidentes de trabalho;

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

216

Contribuem para esta situação as ações antrópicas que vem degradando cada vez

mais as matas ciliares, contribuindo para o assoreamento dos cursos d’água, despejo

inadequado de esgotos domésticos, resíduos sólidos (inclusive da construção civil),

pavimentação excessiva e outras condutas incorretas do ponto de vista ambiental.

As regiões mais críticas, considerando-se os aspectos socioambientais do fenômeno

das cheias estão situadas nos vales dos rios em zonas urbanas, em virtude justamente

da ação antrópica.

Fato é que as enchentes afetam periodicamente a Bacia do Rio Biguaçu,

principalmente a zona urbana do município, produzindo efeitos que muitas vezes

tomam dimensões catastróficas.

Algumas intervenções no sentido de minimizar estes problemas já foram levadas a

efeito. Foram feitas obras de retificação dos principais canais fluviais, visando a

regularização do regime hidrológico da Bacia do Rio Biguaçu. No vale do Ribeirão

Vermelho, ao sul do município de Biguaçu, áreas naturais de várzeas, também foram

feitas retificações desta natureza visando atenuar as inundações. Nestas áreas o atual

uso é de pastagens, plantação de hortaliças e cultivo de grama para jardinagem.

Segundo o Diagnóstico do Meio Físico deste EIA, tais obras de retificação de leitos,

realizadas na década de 1960, foram bem sucedidas em relação ao regime de cheias,

porém, por outro lado, resultaram na obstrução da foz do Rio Biguaçu, dificultando o

lançamento das águas na Baía Norte. Além disto, estas obras resultaram no aumento

da velocidade do fluxo da corrente e no aumento da capacidade de transporte de

sedimentos, gerando ainda mais assoreamento.

Estas conseqüências, somadas à ausência de vegetação e à ocupação irregular de

áreas de planície de inundação, elevam o risco de danos às comunidades pelos

extravasamento dos rios. As inundações são comuns nas áreas do médio e baixo vale

do Rio Biguaçu, onde as comunidades rurais e urbanas convivem há muitos anos com

tal fenômeno. Registros mostram que, somente entre os anos de 1980 e 1995 foram 11

enxurradas, 10 enchentes moderadas, 2 enchentes de calamidade pública e 2

deslizamentos.

Há polêmica também quanto às obras de retificação nas bacias hidrográficas do Rio

Maruim e Ribeirão Forquilha, ambas envolvendo a maior parte do território municipal de

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

217

São José. Neste caso, as retificações provocaram um aumento considerável da

velocidade de escoamento, o que tem gerado alagamento de áreas onde antes não

havia o problema.

No caso de Florianópolis, da mesma forma que em outras cidades, a atual

configuração do sistema de drenagem relaciona-se diretamente com o crescimento

urbano desordenado. Além disto, o relevo acidentado do município também contribuiu

na conformação do atual sistema, sendo que muitos leitos naturais acabaram sendo

aproveitados como elementos importantes para a drenagem urbana, sofrendo, porém,

modificações ao longo de seus cursos, tendo sido retificados, revestidos e, em muitos

casos, cobertos.

O crescimento urbano de Florianópolis, sem o devido controle e planejamento, acabou

por resultar no aumento do grau de impermeabilização do solo da cidade, em

desmatamentos para uso urbano, em erosão, em ocupações impróprias de locais sob

influência das águas como manguezais, fundos de vales, leitos secundários de rios e

encostas de morros. Também verifica-se ocupações irregulares em leitos de canais ou

próximas a eles e na utilização incorreta dos mesmos para depósito de resíduos e

efluentes domésticos.

Conforme apontado no Diagnóstico do Setor de Drenagem Urbana e Manejo das

Águas Pluviais Urbanas do PMISB, embora tenha havido ao longo dos anos, algumas

iniciativas para solução dos problemas de drenagem, como por exemplo, o Plano

Global de Drenagem na década de 1970 e a intervenção do Departamento Nacional de

Obras e Saneamento - DNOS, na década de 1980, essas iniciativas não foram

suficientes para equacionar de maneira eficiente a questão, por diferentes motivos já

elencados ao longo do trabalho.

O resultado desta situação é que Florianópolis ainda enfrenta sérios problemas

relativos ao sistema de drenagem urbana, porém é atingida em diferentes níveis ao

longo de seu território, havendo situações distintas com áreas em melhor ou pior

situação. Hoje, as regiões que mais sofrem com os problemas de enchentes e

alagamentos são aquelas a montante dos manguezais. Os eventos desta natureza

normalmente acontecem quando os períodos de chuva e de maré alta são

coincidentes, fazendo com que a situação seja mais crítica nestes locais.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

218

Além disso, destaca-se que o território do município de Florianópolis é ambientalmente

frágil, possuindo 42% de sua superfície firmada por lei como Área de Preservação

Permanente – APP, constituídas de praias, lagos, lagoas, dunas, mangues, encostas,

restingas, córregos, entre outros.

Segundo o diagnóstico do PMISB, citado anteriormente, as principais deficiências do

sistema de drenagem urbana atual em Florianópolis têm relação com a falta de

manutenção dos canais, o lançamento inadequado de resíduos e esgotos domésticos

na rede pluvial, a impermeabilização do solo, a ocupação de Áreas de Preservação

Permanente-APP’s e a existência de deficiências na ordenação institucional do setor de

drenagem urbana dentro da estrutura organizacional da Administração Municipal.

Ressalta-se que não se pode considerar a drenagem urbana isoladamente no âmbito

do cenário de desenvolvimento urbano. Isso porque são diversas as interfaces desse

setor com a questão fundiária urbana, com o atendimento por esgotamento sanitário,

com a gestão dos resíduos sólidos urbanos, com o planejamento do uso do solo da

cidade, com a conservação ambiental, entre outras. Os impactos que ocorrem na

drenagem urbana são, em primeiro lugar, consequência direta das práticas de uso do

solo e da forma pela qual a infraestrutura urbana é planejada, implantada e legislada.

Outra ponto importante que deve ser associado à questão da drenagem urbana diz

respeito ao crescimento populacional. O crescimento da população urbana tem sido

acelerado nas últimas décadas no Brasil, fazendo crescer desordenadamente as

cidades e fazendo surgir metrópoles na maior parte dos estados brasileiros. Os

municípios da AID do empreendimento ora em estudo são exemplos claros deste tipo

de dinâmica. Essas áreas urbanas e metropolitanas normalmente se formaram a partir

de um núcleo principal mais consolidado e sua expansão para áreas circunvizinhas.

Infelizmente, este processo tem sido caracterizado pela expansão irregular das regiões

periféricas, com pouca ou nenhuma obediência à regulamentação urbana, em geral por

populações de baixa renda.

Desse modo, assiste-se atualmente a uma série de eventos desastrosos, alguns de

natureza trágica, a cada período de chuvas e que afetam principalmente vales

inundáveis e encostas erodíveis. Quase sempre estes eventos são tratados

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

219

essencialmente em nível emergencial pelos sistemas de defesa civil, havendo ainda

relativamente poucas políticas públicas para equacionamento prévio dos problemas.

Este aumento dos prejuízos humanos e materiais causados por enchentes em cidades

brasileiras relaciona-se, por outro lado, com a baixa capacitação institucional e técnica

dos municípios para resolução dos problemas no setor, com a formação histórica de

uma concepção inadequada das ações de drenagem urbana, pontuais e

desarticuladas, e, portanto, na baixa sustentabilidade das mesmas, com a insuficiência

da oferta de infraestrutura de drenagem urbana e com a escassez de recursos para

implementação de ações que visem a gestão do escoamento das águas urbanas e, por

último, com a ausência de mecanismos de controle social na prestação deste tipo de

serviço. O resultado é a degradação do ambiente, da saúde pública e da qualidade de

vida nas cidades.

O caso da Comunidade Colônia Santana, localizada na Área Diretamente Afetada-ADA

do empreendimento de implantação deste contorno, é bem ilustrativo da situação

descrita.

Esta comunidade está em parte inserida por onde passará o traçado do Contorno de

Florianópolis. Ela possui 15 residências, além de estabelecimento comercial (um mini-

mercado), havendo a necessidade de desapropriação de todos os imóveis.

Para elaboração do diagnóstico, componente do EIA/RIMA, duas situações que

preocupam a comunidade chamam atenção, as enchentes/inundações e as

indenizações que serão pagas em um futuro processo de desapropriação.

A situação física encontrada e descrita por moradores revela a descaracterização do

curso natural do rio Maruim, onde houve a retificação em parte da sua calha natural

visto as constantes cheias que prejudicavam esta comunidade.

Na ocorrência de chuvas de grande intensidade na Bacia do Rio Maruim, ocorre,

evidentemente, o aumento do nível das águas. Este aumento provoca o retorno das

águas do Rio pelo chamado “braço morto do rio”, atingindo da mesma forma as

residências.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

220

De acordo com os moradores, o retorno das águas pode ocorrer até o encontro com o

curso atual do Rio, fazendo com que as águas do leito atual e antigo do Rio tomem o

mesmo sentido, formando um único escoamento superficial.

As inundações ocasionadas na região atingem a maior parte das residências ali

existentes, em diferentes magnitudes, dependendo do posicionamento topográfico das

propriedades e edificações.

Ainda segundo moradores, as inundações ocorrem anualmente, causando um

transtorno enorme à comunidade.

Na Figura 55 a Figura 61, são apontados os locais onde o nível d’água chega nas

situações mais críticas.

Figura 55: Identificação dos pontos de inundação apontados por moradores – Comunidade Colônia Santana,

São José / SC.

Cota de inundação máxima apontada por morador.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

221

Figura 56: Identificação dos pontos de inundação apontados por moradores – Comunidade Colônia Santana,

São José / SC.

Cota de inundação máxima apontada por morador.

SC 407

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

222

Figura 57: Identificação dos pontos de inundação apontados por moradores – Comunidade Colônia Santana,

São José / SC.

Cota de inundação

decorrente das chuvas

ocorrentes entre os dias 06 e

09/09/2011.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

223

Figura 58: Identificação dos pontos de inundação apontados por moradores – Comunidade Colônia Santana,

São José / SC.

Cota de inundação máxima apontada por morador.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

224

Figura 59: Identificação dos pontos de inundação apontados por moradores – Comunidade Colônia Santana, São José / SC.

Alcance máximo das águas de inundação segundo moradores.

SC 407

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

225

Figura 60: Projeto Contorno de Florianópolis – Comunidade Colônia Santana, São José / SC.

Colônia Santana

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

226

Figura 61: Área de Inundação informada pela comunidade residente – Comunidade Colônia Santana, São José / SC.

5.3.1.1.7. Segurança Pública

“Segurança Pública” é um tema complexo, resultante da conjunção de fatores diversos,

operantes em diferentes escalas de tempo. Por exemplo, quanto maior o peso do

segmento jovem na população, mais numerosos serão os riscos para a segurança

individual, pois as crianças e os adultos maduros tendem a ser mais obedientes aos

cuidados preventivos. Este fato, de natureza universal, é particularmente importante no

caso dos municípios que compõem este estudo, cuja demografia passa, justamente

pela concentração da população na faixa etária correspondente à juventude, relativo à

Caracterização Populacional.

Área de Inundação Informada

(aproximação – não exata)

Curso atual do Rio

Braço Morto do Rio

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

227

A urbanização é outra variável universal, cuja presença é preponderante nos

municípios da AID, objeto da presente análise. É fato de que nas áreas rurais, as redes

sociais personalizadas tendem a exercer efetivo controle sobre o comportamento,

enquanto nas áreas predominantemente urbanas, onde prevalece o anonimato, estas

circunstância passam a ter valor explicativo sobre variações na taxa de violência e

criminalidade.

Além destes aspectos, outras dimensões se somam à questão da segurança pública:

as condições da organização familiar, anos de estudo, desigualdades e exclusões num

ambiente de extrema interatividade, como os das cidades modernas, a cultura,

inclusive a cívica, entre outros itens igualmente importantes. Em suma, a abordagem

do tema deve ser múltipla, ou se corre o risco de se banalizar a questão. Daí decorre a

importância dos indicadores sociais, e de outros itens trabalhados neste diagnóstico,

especialmente os aspectos da educação e saúde; serem relacionados à avaliação da

segurança pública nos municípios em questão neste Estudo de Impacto Ambiental.

O objetivo aqui é gerar um levantamento que considere diferentes temas da área de

segurança pública e não fique restrito apenas a mensurar a incidência de registros de

ocorrências e os recursos das organizações de segurança pública, embora estes sejam

também importantes e tenham sido apurados. Pretende-se uma contribuição mais

ampla ao entendimento da situação de segurança pública nos municípios da AID, o que

exige a abordagem de outros temas, como por exemplo, a questão das armas na

sociedade civil, a relação entre a sociedade e as organizações de segurança pública,

investimentos no setor e aspectos relacionados à prevenção da criminalidade de da

violência.

Inicialmente, cabe ressaltar que a segurança pública, tratada na Constituição Federal

de 1988 no Capítulo III, artigo 144, como “dever do Estado, direito e responsabilidade

de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das

pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos”:

I. Polícia Federal;

II. Polícia Rodoviária Federal;

III. Polícia Ferroviária Federal;

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

228

IV. Polícias Civis;

V. Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares.

Para compreensão do conjunto relativo ao entendimento da segurança pública no

Brasil, alguns conceitos básicos são fundamentais:

Defesa Social – inclui, entre outras atividades, a prestação de serviços de

segurança pública e de defesa civil.

Segurança Pública – é uma atividade pertinente aos órgãos estatais e à

comunidade como um todo, realizada com o fito de proteger a cidadania,

prevenindo e controlando manifestações da criminalidade e da violência, efetivas

ou potenciais, garantindo o exercício pleno da cidadania nos limites da lei.

Defesa Civil – é um conjunto de medidas que visam prevenir e limitar, em

qualquer situação, os riscos e perdas a que estão sujeitos à população, os

recursos da nação e os bens materiais de toda espécie, tanto por agressão

externa quanto em consequência de calamidades e desastres da natureza.

Polícias Militares – são os órgãos do sistema de segurança pública aos quais

competem as atividades de polícia ostensiva e preservação da ordem pública.

Polícias Civis – são os órgãos do sistema de segurança pública aos quais

competem, ressalvada competência específica da União, as atividades de

polícia judiciária e de apuração das infrações penais, exceto as de natureza

militar.

Corpos de Bombeiros Militares são os órgãos do sistema de segurança pública

aos quais compete a execução das atividades de defesa civil, além de outras

atribuições específicas estabelecidas em lei.

A premissa maior da atividade de segurança pública é a sua perspectiva sistêmica,

expressa na interação permanente dos diversos órgãos públicos interessados e entre

eles e a sociedade civil organizada. A prestação de serviços públicos de segurança

engloba atividades repressivas e preventivas, tanto de natureza policial quanto não-

policial, como por exemplo, o provimento de iluminação pública. Além disto, tanto os

serviços de segurança pública de natureza policial quanto os de natureza não-policial

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

229

devem buscar estabelecer, aperfeiçoar e manter, conjunta e permanentemente, um

sentimento coletivo de segurança.

O presente estudo baseia-se na análise de um conjunto de dados quantitativos e

qualitativos relativos aos municípios considerados como Área de Influência Direta. Para

obtenção dos dados, foram utilizados fontes da área de saúde e da segurança pública

propriamente dita.

O Sistema de Informações de Mortalidade – SIM, do Ministério da Saúde, permitiu

identificar a magnitude e a distribuição da mortalidade violenta nos municípios da AID

durante o período 2007-2011. A partir dos dados sobre mortalidade por causas

externas produzidas pela área da saúde, bom base na Classificação Internacional de

Doenças – CID-10, foram selecionadas as variáveis mortes por agressão (homicídios),

acidentes (de trânsito e com arma de fogo), suicídios, mortes por intervenção legal e

eventos cuja intenção é indeterminada também para o período 2007-2011.

Apurou-se junto ao banco de dados do Ministério da Justiça, através de sua publicação

intitulada Mapa da Violência – Os Jovens do Brasil (2011) a série temporal descritiva

para o período de 2006-2008 (último período disponível), com as taxas de mortalidade

proporcional por homicídios e suicídios (por 100 mil habitantes) por ano para a

população total e a população jovem.

Também uma série de estatísticas criminais foi levantada junto à Gerência de

Estatística da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão de

Santa Catarina. São dados diversos, como por exemplo, dados sobre crimes violentos

e não violentos como homicídios, tentativas de homicídio, roubos seguidos de morte,

lesões corporais, crimes sexuais, sequestros, roubos, furtos e tráfico de drogas.

Assim, de posse de todas as informações disponíveis, o diagnóstico da situação de

segurança pública nos municípios da AID, solicitado no TR do IBAMA, inicia-se com a

infraestrutura de polícias (militar e civil) existente na região. A Tabela 121 e Tabela

122, abaixo, trazem os equipamentos de polícia militar e de polícia civil presentes em

cada município da AID.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

230

Tabela 121: Relação de Equipamentos da Polícia Militar na AID.

Município Equipamento de Polícia

Militar Endereço Telefone

Biguaçu 24º Batalhão da Polícia Militar R. Francisco Roberto da Silva, 410 – Rio

Caveiras (48)3243-4209

São José

11ª Região de Polícia Militar R. Sílvia Maria Fabro,

79 B. Kobrasol (48) 3357-4644

7º Batalhão de Polícia Militar R. Antônio Shoreder,

300 B. Barreiros (48) 3271-4018

1ª Companhia do 7º BPM Av. Osvaldo José do Amaral, s/nº - Areias

(48) 3259-1791

2ª CIA do 7º BPM R. Ademar da Silva,

696 – Kobrasol (48) 3259-1791

Guarnição Especial de Polícia Militar Montada

R. Emídio Francisco da Silva, s/nº - Barreiros

(48)3246-0344

Companhia de Polícia Militar de Policiamento com Cães

R. Emídio Francisco da Silva, s/nº - Barreiros

(48)3246-0344

Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE)

R. Matias Kabuchi, 234 – B. Barreiros

(48) 3346-0193

Palhoça

16º Batalhão de Polícia Militar R. Vereador Osvaldo de Oliveira, nº 3971 –

Centro (48) 3242-3323

1ª CIA do 16º BPM R. Vereador Osvaldo de Oliveira, nº 3971 –

Centro (48) 3242-3323

2ª CIA do 16º BPM R. Itaúna, s/nº - Praia

do Sonho (48) 3286-1002

2ª CIA – Polícia Militar Ambiental

Rodovia BR-101 Km 237

(48) 3286-1021

Florianópolis

Comando Geral R. Visconde de Ouro

Preto, 549 (48) 3229-6300

Subcomando Geral R. Visconde de Ouro

Preto, 549 (48) 3229-6304

Chefia do Estado Maior Geral R. Visconde de Ouro

Preto, 549 (48) 3229-6322

Assistência da Chefia do Estado Maior Geral

R. Visconde de Ouro Preto, 549

(48) 3229-6300

1ª Região de Polícia Militar R. Nereu Ramos, 354 –

Centro (48) 3229-6222

Companhia de Policiamento de Guarda – CPGD

Av. Lauro Linhares, 208 – Trindade

(48) 3222-7259

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

231

Município Equipamento de Polícia

Militar Endereço Telefone

4º Batalhão de Polícia Militar R. Nereu Ramos, 354 –

Centro (48) 3229-6452

1ª Companhia do 4º BPM Av. Paulo Fontes, 1101

– Centro 948) 3224-9808

Central Regional de Emergência de Florianópolis – CIEMER 190

Av. Rio Branco, 1064 (48) 3229-6205

21º Batalhão de Polícia Militar Norte da Ilha – Jurerê

Internacional (48) 3282-1158

22º Batalhão de Polícia Militar R. Luiz Carlos Prestes,

364 – Vila São João (48) 3229-6980

Guarnição Especial do Choque R. Madre Benvenuta,

265 – Trindade (48) 3331-1900

Comando de Polícia Militar Especializada

R. Paula Ramos, 1194 – Coqueiros

(48) 3348-0336

Batalhão de Polícia Militar Ambiental

R. Joaquim Nabuco, 1668 – Capoeiras

(48) 3348-0336

1º Grupo do 1º Pelotão/1ª CIA/BPMA

Rod. João Gualberto Soares, s/nº - Parque

Estadual do Rio Vermelho

(48) 3269-7111

Batalhão de Comando e ServiçoR. Nereu Ramos, 354 –

Centro (48) 3229-6241

Batalhão de Aviação da Polícia Militar

Av. Deomício Freitas, 3033, Portão 1 -

Carianos (48) 3236-0458

Academia de Polícia Militar da Trindade

R. Madre Benvenuta, 265 – Trindade

(48) 3331-1900

Centro de Seleção, Ingresso e Estudos de Pessoal

Av. Mauro Ramas, 1264/1º andar – Centro

(48) 3229-6790

Diretoria de Ensino e Instrução R. Madre Benvenuta,

265 – Trindade (48) 3331-1901

Diretoria de Pessoal R. Visconde de Ouro Preto, 549 – Centro

(48) 3229-6340

Diretoria de Saúde e Promoção Social

R. Visconde de Ouro Preto, 549 – Centro

(48) 3229-6140

Diretoria de Apoio Logístico e Financeiro

Av. Rio Branco, 1064 – Centro

(48) 3229-6360

Diretoria de Tecnologias e Sistemas de Informação

Av. Rio Branco, 1064 – Centro

(48) 3229-6750

Coordenação Estadual de Polícia Comunitária

Av. Ivo Silveira, 2320 – Capoeiras

(48) 4009-9857

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

232

Município Equipamento de Polícia

Militar Endereço Telefone

Programa Educacional de Resistência às Drogas e à

Violência

Av. Rio Branco, 1064 – Centro

(48) 3229-6414

Governador Celso Ramos

24° Batalhão da Polícia Militar R. Rosendo Joaquim

Sagaz, s/n (48) 3262-8345

Fonte: Polícia Militar de Santa Catarina, 2011.

Tabela 122: Relação de Equipamentos da Polícia Civil na AID.

Município Equipamento de Polícia Civil Endereço Telefone

Biguaçu Delegacia de Polícia da

Comarca R. Hermógenes

Prazeres, 49 – Centro (48) 3243-3070

São José

1ª Delegacia de Polícia da Comarca

R. Rodolfo Pedro Gomes, s/nº - Forquilhinha

(48) 3357-4295

2ª Delegacia de Polícia da Comarca

R. Fúlvio Vieira da Rosa, s/nº - Barreiros

(48) 3246-1687

3ª Delegacia de Polícia da Comarca

R. Altamiro Di Bernardi, s/nº - Campinas

(48) 3241-1800

1ª Delegacia Regional de Polícia

BR-101 – Km 207 – Kobrasol

(48) 3241-9200

Central de Polícia R. Fúlvio Vieira da

Rosa, s/nº - Barreiros (48) 3246-8017

Delegacia de Proteção da Criança, Adolescente, Mulher e

Idoso

R. Adhemar da Silva, 1135 B. Kobrasol

(48) 3357-5418

Divisão de Investigação Criminal

Av. Prefeito Nelson Martins, s/nº - Centro

(48) 3279-0300

Palhoça

30ª Delegacia Regional de Polícia

Av. Prefeito Nelson Martins, s/nº - Centro

(48) 3279-0300

Delegacia de Polícia da Comarca

Av. Barão do Rio Branco s/nº

(48) 3242-3190

Subdelegacia de Polícia da Comarca de Pinheira

Rodovia SC 433, km 11 - Pinheira

(48) 2383-1312

Delegacia de Proteção da Criança, Adolescente, Mulher e

Idoso Passa Vinte

R. Monza, 484 – Passa Vinte

(48) 3286-5551

Florianópolis Delegacia Geral da Polícia Civil

R. Álvaro de Cravalho, 220 - Centro

(48) 3251-8100

1ª Delegacia de Polícia da Av. Prefeito Osmar (48) 3251-5200

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

233

Município Equipamento de Polícia Civil Endereço Telefone

Capital Cunha, 263 – Centro

2ª Delegacia de Polícia da Capital

R. Profº Adir Faisca, 153 – Saco dos Limões

(48) 3333-5525

3ª Delegacia de Polícia da Capital

R. Santos Saraiva, 2229 - Estreito

(48) 3271-6200

4ª Delegacia de Polícia da Capital

R. Ivo Reis Montenegro, 157 –

Itaguaçu (48) 3244-1555

5ª Delegacia de Polícia da Capital

R. Lauro Linhares, 208 – Trindade

(48) 3333-0985

6ª Delegacia de Polícia da Capital

R. Delminda da Silveira, 811 - Agronômica

(48) 3228-5304

7ª Delegacia de Polícia da Capital

Rod. Tertuliano Brito Xavier, 315

Canasvieiras (48) 3226-1872

8ª Delegacia de Polícia da Capital

Rod. Armando Calil Bulos, 5230

(48) 3244-9663

10ª Delegacia de Polícia da Capital

R. Bento Silveira, s /nº Casarão 2 – Lagoa da

Conceição (48) 3956-5010

Central de Polícia de Florianópolis

Av. Prefeito Osmar Cunha, 263 - Centro

(48) 3251-5200

Central de Triagem da Polícia Civil

R. Vereador Gercino Silva, 67

(48) 3249-1725

Corregedoria Geral da Polícia Civil - CGPC

R. Bento Gonçalves, 193

(48) 3952-6100

Delegacia de Homicídios da Capital

R. Bento Gonçalves, 193

(48) 3952-6100

Delegacia de Proteção ao Turista

Av. Paulo Fontes, 1101 - Centro

(48) 3333-2103

Diretoria Estadual de Investigações Criminais - DEIC

R. Santos Saraiva, 2209 – Capoeiras

(48) 3281-4200

Diretoria de Inteligência da Políca Civil - DIPC

R. Álvaro de Carvalho, 220 - Centro

(48) 3251-8170

Diretoria de Polícia da Grande Florianópolis - DGPF

Av. Prefeito Osmar Cunha, 263 - Centro

(48) 3251-5255

Subdelegacia do Aeroporto de Florianópolis

R. Diomicio Freitas, 3393 – Aeroporto

Internacional (48) 3236-1155

Subdelegacia da 8ª DPC R. Silveira, 66 – B.

Ingleses (48) 3269-2065

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

234

Município Equipamento de Polícia Civil Endereço Telefone

Subdelegacia do Bairro Daniela Rod. Pontal do Jurerê,

3530 – Balneário Daniela

(48)3269-6949

Polinter Av. Mauro Ramos,

1264 – Centro (48) 3228-3886

Governador Celso Ramos

Delegacia de Polícia Municipal de Governador Celso Ramos

Rodovia SC 410, s/n Km 13 – Calheiros

(48) 3662-0148

Fonte: Polícia Civil do Estado de Santa Catarina, 2013 (http://www.sisp.sc.gov.br/sdsp/consultarUnidade.asp?mostrarCodigo=0&tipounidadeIn=4,6,7,8,9,10,11,12,13,2,21).

O Sistema de Segurança Pública, considerando todos os órgãos envolvidos, que

atendem à AID presta uma série de serviços à população, divididos por atribuições e

que estão relacionados a outras questões que não o crime e à contravenção

propriamente ditos. Sendo assim, considerou-se pertinente verificar os mais relevantes

serviços prestados pelo conjunto de segurança pública disponível na AID. A Tabela 123

e Tabela 124 trazem informações sobre o tema. Observa-se que não constam dados

para o município de Biguaçu e Governador Celso Ramos, pertencentes à AID do

empreendimento. Isto ocorre devido ao fato de que os dados disponibilizados pela

Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão de Santa Catarina só

abrangem de forma particularizada, os três principais municípios das seis regiões

consideradas no estado de Santa Catarina. No caso da Grande Florianópolis, objeto

deste estudo, só constam dados referentes à capital Florianópolis, São José e Palhoça.

Os dados mais atuais são referentes ao 2º Trimestre de 2008 e estão relacionados nas

tabelas que se seguem.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

235

Tabela 123: Serviços Prestados pela Polícia Militar, exceto as ocorrências de Crimes e Contravenções na AID*.

Município

Serviços Prestados

Aux

ílio

à P

opul

ação

Apo

io a

out

ros

órgã

os

Apo

ios

Com

unitá

rios

Em

ergê

ncia

s e

Tra

umas

Mei

o A

mbi

ent

e

Ativ

idad

e F

isca

l/Orie

ntaç

ões

Tot

al

São José 1316 54 216 1232 16 656 3490

Palhoça 771 57 245 539 18 287 1917

Florianópolis 3037 163 579 3046 46 1924 8795

Fontes: DIPC – Diretoria de Inteligência da Polícia Civil/Polícia Militar-ACI/SSP-SC - 2º Trimestre 2008.

*Exceto Biguaçu e Governador Celso Ramos.

Tabela 124:Serviços Prestados pelo Bombeiro Militar na AID*.

Município

Serviços Prestados

Aux

ílio

à P

opul

ação

Apo

io a

out

ros

órgã

os

Em

ergê

ncia

s e

Tra

umas

Afo

gam

ento

s e

arra

stam

ento

s

Incê

ndio

s

Mei

o A

mbi

ent

e

Ativ

idad

e F

isca

l/Orie

ntaç

ões

Tot

al

São José 105 12 537 0 85 0 0 739

Palhoça 73 8 406 0 53 0 0 540

Florianópolis 377 89 1208 4 271 0 0 1949

Fontes: DIPC – Comando do Corpo de Bombeiros Militar – BM-2/SSP-SC - 2º Trimestre 2008.

*Exceto Biguaçu e Governador Celso Ramos (não possui base do Corpo de Bombeiros).

Existem alguns fortes indícios de que boa parte dos homicídios praticados no país se

devem a conflitos interpessoais, sem qualquer relação com o tráfico de drogas, crime

organizado ou outras dinâmicas ligadas ao mundo do crime propriamente dito. As

evidências sugerem, apesar das polêmicas que o Estatuto do Desarmamento, criado

pelo Governo Federal, trouxe na sociedade, que a retirada de armas de fogo em

circulação pode evitar o desfecho legal de parte dos conflitos de natureza interpessoal.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

236

Diferentemente das mortes premeditadas, nestes casos o resultado morte teoricamente

não ocorreria caso não houvesse a disponibilidade de uma arma de fogo no momento

máximo do processo de altercação entre vítima e agressor que culmina numa agressão

com arma de fogo.

Considerando esta questão que tantos debates vem suscitando na sociedade

brasileira, buscou-se também neste estudo, dados referentes a quantidade de armas

apreendidas nos municípios da Área de Influência Direta do empreendimento em

estudo. Estes dados são apresentados na Tabela 125, a seguir.

Tabela 125:Armas Apreendidas na AID*.

Fontes: DIPC – Diretoria de Inteligência da Polícia Civil/SSP-SC - 1º Trimestre 2013

*Exceto Biguaçu e Governador Celso Ramos.

Sabe-se que a sociedade tem passado por diversas transformações de diversas

ordens. São transformações técnico-científicas, éticas, morais entre outras, que visam

proporcionar o desenvolvimento crescente da máquina estatal, da população, de

indústrias, de comércios e outras estruturas da sociedade para o bem estar da mesma.

Paradoxalmente, essa evolução tem trazido à sua margem um aumento excessivo de

violência urbana. Dentro dessa ótica, torna-se necessário mensurar alguns dados desta

violência, a fim de tornar possível a avaliação da gestão da prestação do serviço de

segurança pública para a sociedade.

Nesta intenção, são apresentadas a seguir, as Tabelas que seguem (Tabela 126 a

Tabela 130), contendo o número de óbitos por causas violentas por município da AID

no período 2007-2011.

Município

Armas Apreendidas

Rev

olve

r

Pis

tola

Esp

inga

rda

Gar

ruch

a

Car

abin

a e

Rifl

e

Fuz

il

Sub

met

ralh

ador

a

Gra

nada

e la

nça

rojã

o

Arm

a br

anca

Din

amite

Pro

jétil

Out

ras

arm

as

Tot

al

São José 06 01 03 0 0 0 0 0 05 51 0 0 10

Palhoça 10 04 02 0 0 0 0 0 01 83 01 0 16

Florianópolis 12 17 06 0 01 0 01 0 08 419 0 0 37

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

237

Tabela 126:Número de Óbitos por causas violentas em Biguaçu/SC.

Causa 2007 2008 2009 2010 2011*

Acidentes de Transportes 6 15 20 23 8

Outros acidentes - 3 4 8 3

Acidentes não especificados - 2 1 2 -

Homicídio 5 18 16 5

Suicídio 1 2 2 8 4

Eventos cuja intenção é indeterminada

- 1 3 3 -

Demais causas externas - - - - -

Total 12 30 47 59 20

Fontes: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Saúde, Sistema de Informações de Mortalidade (SIM)

* Situação da Base de Dados em 14/10/2011.

Tabela 127:Número de Óbitos por causas violentas em São José/SC.

Causa 2007 2008 2009 2010 2011*

Acidentes de Transportes 45 46 49 57 29

Outros acidentes 9 9 23 16 23

Acidentes não especificados 3 5 - 6 3

Homicídio 29 31 45 32 28

Suicídio 11 7 12 11 9

Eventos cuja intenção é indeterminada

1 1 6 2 5

Demais causas externas - - - 3 -

Total 98 99 135 127 97

Fontes: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Saúde, Sistema de Informações de Mortalidade (SIM)

* Situação da Base de Dados em 14/10/2011.

Tabela 128:Número de Óbitos por causas violentas em Palhoça/SC.

Causa 2007 2008 2009 2010 2011*

Acidentes de Transportes 11 53 34 27 21

Outros acidentes 4 7 13 8 11

Acidentes não especificados - 1 2 4 2

Homicídio 5 30 18 19 54

Suicídio 6 9 9 3 14

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

238

Causa 2007 2008 2009 2010 2011*

Eventos cuja intenção é indeterminada

- 4 7 3 -

Demais causas externas - - 1 1 -

Total 26 104 84 65 58

Fontes: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Saúde, Sistema de Informações de Mortalidade (SIM)

* Situação da Base de Dados em 14/10/2011.

Tabela 129:Número de Óbitos por causas violentas em Florianópolis/SC.

Causa 2007 2008 2009 2010 2011*

Acidentes de Transportes 103 104 75 89 50

Outros acidentes 47 34 36 54 38

Acidentes não especificados 2 5 - 3 1

Homicídio 79 88 77 92 54

Suicídio 28 21 22 24 14

Eventos cuja intenção é indeterminada

17 24 14 5 -

Demais causas externas 6 3 - 1 -

Total 282 279 224 268 157

Fontes: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Saúde, Sistema de Informações de Mortalidade (SIM)

* Situação da Base de Dados em 14/10/2011.

Tabela 130: Número de Óbitos por causas violentas em Governador Celso Ramos/SC.

Causa 2007 2008 2009 2010 2011*

Acidentes de Transportes 6 1 6 8 4

Outros acidentes 2 - 2 - 2

Acidentes não especificados 1 - - - -

Homicídio - 1 - - -

Suicídio 1 - - 1 1

Eventos cuja intenção é indeterminada

1 1 - 1 -

Demais causas externas 2 - 2 - 2

Total 13 3 10 10 9

Fontes: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Saúde, Sistema de Informações de Mortalidade (SIM)

* Situação da Base de Dados em 14/06/2013.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

239

Quanto aos dados apurados junto à Secretaria de Estado da Segurança Pública e

Defesa do Cidadão de Santa Catarina, os mais recentes disponíveis para consulta

referem-se ao 2º trimestre de 2008. A Gerência de Estatística desta entidade

disponibiliza informações individualizadas apenas para os três principais municípios de

cada região do estado. No caso da Grande Florianópolis, área de abrangência do

empreendimento objeto deste Estudo de Impacto Ambiental, os dados estão

disponíveis apenas para a capital Florianópolis, São José e Palhoça. As Tabelas que

seguem (Tabela 131 a Tabela 135) condensam as informações sobre os três

municípios, no que diz respeito ao número de inquéritos instaurados pela polícia civil,

os dados sobre porte/uso e tráfico de drogas e ocorrências envolvendo a ação policial.

Tabela 131:Número de Inquéritos Instaurados (crimes e contravenções) naPolícia Civil – AID*.

Ocorrências Município

Florianópolis São José Palhoça

Homicídio Inquéritos Instaurados 08 04 04

Latrocínio Inquéritos instaurados 0 01 0

Outras mortes Inquéritos Instaurados 17 08 07

Lesão corporal Inquéritos instaurados 81 104 121

Crimes sexuais Inquéritos Instaurados 20 15 12

Roubo Inquéritos instaurados 63 12 11

Furto (diversos) Inquéritos Instaurados 125 20 17

Fonte: DIPC – Diretoria de Inteligência da Polícia Civil/SSP-SC - 1º Trimestre 2013.

*Exceto Biguaçu e Governador Celso Ramos.

Tabela 132:Dados sobre porte/uso e tráfico de drogas na AID*.

Município Porte/Uso Tráfico

Ocorrências (B.O) Ocorrências (B.O)

Florianópolis 194 359

São José 34 152

Palhoça 18 77

Biguaçu 10 33

Governador Celso Ramos 2 1

Total 258 622

Fonte: DIPC – Diretoria de Inteligência da Polícia Civil/SSP-SC – 1º Quadrimestre 2013.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

240

Tabela 133:Presos por porte/uso e tráfico de drogas na AID*.

Município Presos

Uso Tráfico

BO TC BO IP

Florianópolis 222 96 170 158

São José 29 09 80 65

Palhoça 17 14 39 35

Total 268 119 289 258

Fonte: DIPC – Diretoria de Inteligência da Polícia Civil/SSP-SC – 1º Trimestre 2013.

*Exceto Biguaçu e Governador Celso Ramos.

Tabela 134:Quantidade de Drogas Apreendidas na AID*.

Município

Tipo de Droga

Mac

on

ha

(g)

Co

caín

a (g

)

Cra

ck

(g)

Hax

ixe

(g)

Ecx

tasy

(u

n.)

LS

D (

un

.)

Lan

ça-

Per

fum

e (u

n.)

Pé-

de-

mac

on

ha

(un

.)

OX

Y (

g)

Ou

tras

(g)

Florianópolis 38.324,00 5.830,00 10.900,00 0 8.189 179 04 02 0 5.293,00

São José 43.449,00 3.325,00 3.055,00 1 21 03 0 0 0 95

Palhoça 4.372,00 238,00 1.946,900 100 1.087 0 0 02 0 0

Total 86.145,00 9.393,00 15.901,90 101,00 9.297,00 182,00 4,00 4,00 0,00 5.388,00

Fonte: DIPC – Diretoria de Inteligência da Polícia Civil/SSP-SC – 1º Trimestre 2013.

*Exceto Biguaçu e Governador Celso Ramos.

Tabela 135: Civis mortos e feridos, policiais civis e militares mortos e feridos em serviço, mandados de prisãoe prisões em flagrante na AID*.

Município

Civis Policiais

Feridos em Serviço

Policiais Mortos em

Serviço

Mandados de Prisão

Prisões em Flagrante

Fer

ido

s p

or

po

lici

ais

Mo

rto

s p

or

po

lici

ais

Po

licia

l M

ilita

r

Po

licia

l C

ivil

Po

licia

l M

ilita

r

Po

licia

l C

ivil

Rec

ebid

os

Cu

mp

rid

os

Florianópolis 0 0 0 0 0 0 743 897 543

São José 02 02 0 0 0 0 60 317 195

Palhoça 0 0 0 0 0 0 265 59 124

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

241

Município

Civis Policiais

Feridos em Serviço

Policiais Mortos em

Serviço

Mandados de Prisão

Prisões em Flagrante

Fer

ido

s p

or

po

lici

ais

Mo

rto

s p

or

po

lici

ais

Po

licia

l M

ilita

r

Po

licia

l C

ivil

Po

licia

l M

ilita

r

Po

licia

l C

ivil

Rec

ebid

os

Cu

mp

rid

os

Total 02 02 0 0 0 0 1.068 1.273 862

Fonte: DIPC – Diretoria de Inteligência da Polícia Civil /Polícia Militar/ACI/SSP-SC - 1ºTrimestre 2013.

*Exceto Biguaçu e Governador Celso Ramos.

Considerando que a estatística de homicídios é atualmente um dos principais

indicadores para se avaliar a questão da criminalidade e, portanto, da segurança

pública, este diagnóstico buscou ter acesso a números que refletissem especificamente

este tipo de ocorrência.

Recentemente, o Núcleo de Geoprocessamento e Estatísticas da Diretoria de

Informação e Inteligência da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do

Cidadão de Santa Catarina, divulgou estatística revelando que cerca de 15% dos

homicídios registrados no estado para o período de janeiro a abril de 2013 ocorrem na

região da Grande Florianópolis, área em que se inserem os municípios compreendidos

neste estudo (Figura 62).

Figura 62. N° de homicídios – municípios da AID, Grande Florianópolis e Santa Catarina.

0

50

100

150

200

250

169 6 4

232

35N°de Homicídios

Homicídios

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

242

O mesmo documento a respeito dos homicídios no estado de Santa Catarina, revela os

números de homicídios do 1º Quadrimestre de 2013 (Tabela 136), na qual se pode

verificar que o município que registrou maior número de homicídios o do município de

Florianópolis.

Tabela 136:Número de Homicídios no 1º Quadrimeste 2013 na AID*.

Município Total de Homicídios

Florianópolis 16

São José 9

Palhoça 6

Biguaçu 4

Fonte: Núcleo de Geoprocessamento e Estatísticas da Diretoria de Informação e Inteligência da SSPSC – 1° Quadrimestre de 2013.

*Exceto Governador Celso Ramos.

Segundo informações do Mapa da Violência publicado em 2011 pelo Ministério da

Justiça, o número de assassinatos em Santa Catarina evoluiu da taxa de 7,9 em 2000

para 12,9 em 2010.

Ainda considerando a questão do total de homicídios na população dos municípios da

AID, registra-se aqui neste relatório, os números extraídos do Mapa da Violência, com

dados referenciados no período de 2008 a 2010. Este trabalho permite um comparativo

entre a ocorrência de assassinatos na população geral e em relação à população

jovem, o que permite inferir o grau de vulnerabilidade da juventude no que se refere à

segurança pública. A Tabela 137e Tabela 138 referem-se a mortes por homicídios e a

Tabela 139e Tabela 140 referem-se aos casos de suicídio, ambos os conjuntos trazem

dados da população total e da população juvenil.

Tabela 137: Número e Taxas (em 100 mil) de Homicídios na AID – 2008 a 2010.

Município População

Média

Homicídios Taxa

Posição Nacional

Posição Estadual 2008 2009 2010

Biguaçu 56.936 5 16 8 17,0 1226° 17°

São José 204.542 38 51 43 21,5 922° 10°

Palhoça 132.847 20 12 12 11 1735° 37°

Florianópolis 411.793 91 84 96 21,9 896° 7°

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

243

Município População

Média

Homicídios Taxa

Posição Nacional

Posição Estadual 2008 2009 2010

Governador Celso

Ramos 12.805 0 0 0 0 2889° 113°

Fonte: Mapa da Violência – SINESP/Ministério da Justiça, 2011.

*NI – Não Informado.

Tabela 138: Número e Taxas (em 100 mil) de Homicídio Juvenil na AID – 2006 a 2008.

Município População

2008 (Miles)

Homicídios Taxa

Posição Nacional

Posição Estadual 2006 2007 2008

Biguaçu 14,8 5 2 2 28,4 350º 10º

São José 63,9 24 20 20 55,3 196º 4º

Palhoça 22,0 5 12 7 32,7 308º 9º

Florianópolis 14,1 40 45 49 70,4 155º 2º

Governador Celso

Ramos 4,3 0 0 NI* NI* NI* NI*

Fonte: Mapa da Violência – SINESP/Ministério da Justiça, 2011.

*NI – Não Informado.

Tabela 139: Taxas de Suicídio (em 100 mil) na AID – 2006 a 2008.

Município População

2008 (Miles)

Homicídios Taxa

Posição Nacional

Posição Estadual 2006 2007 2008

Biguaçu 55,7 0 1 1 1,8 2213° 114°

São José 199,3 8 12 8 4,0 1476º 103º

Palhoça 128,4 7 9 9 7,0 695º 63º

Florianópolis 402,3 30 27 25 6,2 884º 75º

Governador Celso

Ramos 12,6 0 1 0 2,6 1964 110°

Fonte: Mapa da Violência – SINESP/Ministério da Justiça, 2011.

*NI – Não Informado.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

244

Tabela 140: Taxas de Suicídio na População Jovem (em 100 mil) na AID – 2006 a 2008.

Município População

2008 (Miles)

Homicídios Taxa

Posição Nacional

Posição Estadual 2006 2007 2008

Biguaçu 10,6 0 0 0 0,0 465º 20º

São José 36,2 3 2 0 0,0 465º 20º

Palhoça 24,5 2 1 1 5,4 237º 15º

Florianópolis 69,6 7 8 6 8,6 122º 5º

Governador Celso Ramos

2,2 0 0 0 NI* NI* NI*

Fonte: Mapa da Violência – SINESP/Ministério da Justiça, 2011.

Os números mostrados nas tabelas anteriores mostram como no caso dos homicídios a

vulnerabilidade da população jovem é uma questão para preocupação. Todos os

municípios tiveram um acréscimo significativo nas taxas de homicídio quando

comparadas as tabelas referentes à população jovem em relação à população total. No

caso dos suicídios, apenas em Florianópolis, as maiores taxas ocorrem entre a

população jovem.

Considerando o tipo de empreendimento rodoviário que está em discussão neste

Estudo de Impacto Ambiental-EIA, considerou-se relevante ainda, levantar os dados

referentes às taxas de óbito em acidentes de transporte nos municípios da AID. Estes

dados também foram extraídos do Mapa da Violência, do Ministério da Justiça cuja

referência é o período entre 2006 e 2008. A Tabela 141 e Tabela 142, trazem os

números referentes à população total e à população jovem.

Tabela 141: Taxas de Óbitos em Acidentes de Transporte na AID – 2006 a 2008.

Município População 2008 (mil)

Homicídios Taxa

Posição Nacional

Posição Estadual 2006 2007 2008

Biguaçu 55,7 20 6 5 9,0 2153° 112°

São José 199,3 58 56 61 30,6 500° 51°

Palhoça 128,4 22 23 29 22,6 910° 76°

Florianópolis 402,3 147 115 129 32,1 444° 46°

Governador Celso Ramos

12,6 1 6 2 23,8 831° 70°

Fonte: Mapa da Violência – SINESP/Ministério da Justiça, 2011.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

245

Tabela 142: Taxas de Óbitos em Acidentes de Transporte na População Jovem na AID – 2006 a 2008.

Município População 2008 (mil)

Homicídios Taxa

Posição Nacional

Posição Estadual 2006 2007 2008

Biguaçu 10,6 7 2 0 28,4 223° 17°

São José 36,2 11 17 16 44,3 96° 13°

Palhoça 24,5 7 6 7 27,2 248° 19°

Florianópolis 69,6 57 34 31 44,5 92° 12°

Governador Celso Ramos

2,2 1 2 0 NI* NI* NI*

Fonte: Mapa da Violência – SINESP/Ministério da Justiça, 2011.

Mais uma vez se pode observar que a população jovem é a mais atingida pelas

ocorrências, o que fica claramente demonstrado pelas taxas observadas em ambas as

tabelas anteriores.

No que se refere a ações preventivas em segurança pública na AID, destaca-se a

presença de vários Conselhos Comunitários de Segurança – CONSEGs em todos os

municípios. Um CONSEG é um grupo de pessoas de uma mesma comunidade que se

reúne para discutir, analisar, planejar e acompanhar a solução de seus problemas de

segurança, assim como estreitar laços de entendimento e cooperação entre as várias

lideranças locais.

Os CONSEGs fazem parte da filosofia da Polícia Comunitária, que visa a participação

social, envolvendo as forças da comunidade na busca de mais segurança e nos

serviços ligados ao bem comum. Ela envolve ações de policiamento ostensivo (Polícia

Militar) e investigativo (Polícia Civil) contando com a parceria da comunidade da busca

de soluções.

Em Biguaçu, um dos municípios da AID, destaca-se o chamado Programa Droga Zero.

Considerando a estreita relação entre o uso de drogas e a questão da violência e

criminalidade, e considerando o aumento do atendimento de ocorrências policiais em

Biguaçu envolvendo drogas, o programa tem natureza preventiva e educativa e investe

na formação da consciência sobre a influência do tráfico nos prejuízos à sociedade, e

nos riscos do uso de drogas.

No âmbito estadual, também foi considerado relevante o Programa de Prevenção e

Gerenciamento do Estresse em Profissionais da Segurança Pública de Santa Catarina,

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

246

desenvolvido pela SSPSC e que, alia a qualidade de vida e saúde do profissional de

segurança pública à qualidade do serviço prestado à população.

No que se refere aos poderes públicos municipais, a única prefeitura que não conta

com setor específico ligado à questão da segurança pública é a de Biguaçu e

Governador Celso Ramos. Florianópolis possui a Secretaria Municipal de Segurança e

Defesa do Cidadão, o município de São José conta com a Secretaria de Segurança,

Defesa Social e Trânsito e Palhoça tem uma Superintendência de Segurança, Trânsito

e Defesa Social.

Além disto, Florianópolis e São José possuem Guardas Municipais, ambas instituídas

no ano de 2004, amparadas pelo artigo 144 da Constituição Federal. Entre as ações

destas entidades, estão, por exemplo, a orientação e educação no trânsito, a proteção

do patrimônio público municipal e o apoio a eventos cívicos e de outras naturezas.

5.3.2.3 Organização Social

Nesta seção, parte-se da identificação da organização social para se analisar os

principais grupos sociais organizados e suas lideranças, entidades e instituições

atuantes na AID do empreendimento, padrões organizacionais e quadro motivacional.

Assim, procurou-se retratar o que se chamou genericamente no âmbito deste trabalho

de rede sócio-assistencial. Redes sócio-assistenciais são formas diversas de

organização da sociedade que se formam, seja para a troca de informações, para a

articulação política ou para a implementação de ações conjuntas em torno de um

objetivo comum.

A sociedade contemporânea tem fragilizado os vínculos sociais devido ao acirramento

das relações capitalistas que promoveram novas formas de relacionamento social,

cultural e político. Isto posto, num universo mais íntimo, individual e pessoal, como as

relações familiares e comunitárias, sofre-se muitas vezes os reflexos destas

imposições de ordem social e econômica do mundo atual, podendo haver

desagregação social, com graves conseqüências para a coletividade.

Considera-se, pois, imprescindível, conhecer-se a rede de sócio-organizativa de uma

determinada área ou região onde se pretende intervir, uma vez que ao se disponibilizar

de forma organizada e objetiva as informações existentes sobre esta estrutura de

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

247

relações sociais, seu grau de mobilização e objetivos, se pode mais facilmente

estabelecer parcerias e arranjos organizacionais que, aplicados às políticas públicas,

maximizem os ganhos para os indivíduos, as comunidades, e desta forma, para a

sociedade em geral.

Para levantamento da organização social, foram utilizados dados da pesquisa direta

realizada em campo, bem como dados obtidos através do acesso ao Sistema Único de

Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social – MDS.

A rede sócio-assistencial encontrada na AID do empreendimento é relativamente

densa, havendo uma diversificação bem acentuada das áreas de atuação.

Florianópolis, evidentemente, por ser a capital e São José, por estar completamente

conurbada com Florianópolis concentram uma quantidade grande de entidades que

representam interesses de nível estadual.

A maior parte dos grupos organizados levantados atuam na assistência social, seja de

forma independente ou complementar a ações, projetos ou programas públicos.

Dentro desta rede sócio-assistencial uma grande parte são entidades tradicionais do

voluntariado religioso (de diferentes orientações religiosas), de caridade ou da

filantropia privada de setores das elites sociais tradicionais, além de ser grande o

número de movimentos sociais próprios da sociedade industrial avançada.

Foram organizadas listagens dos grupos, entidades, movimentos sociais, associações

comunitárias, organizações sociais sindicatos e similares referentes a cada município,

contendo a identificação nominal dos elementos recolhidos durante o processo de

pesquisa e levantamento de dados efetuado para a elaboração deste diagnóstico.

A fim de se objetivar as informações, foram relacionados neste trabalho, apenas os

grupos, instituições, associações e movimentos comunitários mais expressivos e

atuantes nas áreas de assistência social, sindicatos e entidades de classe e

organizações trabalhistas e aqueles relacionados com movimentos populares.

No caso de Florianópolis, por ser a capital do estado, há a concentração de diversas

entidades de representação. Só de sindicatos profissionais, são mais de cem

entidades. Desse modo, optou-se por relacionar aqueles de maior porte, apenas a título

de exemplo.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

248

Feitas estas considerações, seguem-se as listagens elaboradas para cada município

integrante da AID do meio socioeconômico do empreendimento.

GOVERNADOR CELSO RAMOS

Associação dos Pescadores de Ganchos de Fora

Associação de Surfe da Praia de Fora - ASPF

Associação de Surfe da Praia de Palmas

Associação de Surfe da Vila de Palmas

Associação de Preservação do Meio Ambiente de Governador Celso Ramos

Associação de Maricultores de Governador Celso Ramos

Colônia de Pescadores

Associação dos Produtores e Agropecuáristas de Areias de Baixoão

Ação Sócio Ambiental

Associação dos Moradores da Praia do Antenor

Associação de Moradores da Caieira do Norte

Associação dos Moradores da Costeira da Armação

Associação dos Moradores da Armação da Piedade

Associação de Moradores Lot.Jardim das Gaivotas I e II

Associação de Moradores Lot.Imperial

Associação dos Moradores Lot. Palmas do Arvoredo

Associação dos Moradores Balneário Caravelas

Associação dos Moradores da Vila de Palmas

Associação dos Moradores da Fazenda da Armação

Associação dos Moradores do Cantos dos Ganchos

Associação dos Moradores de Areias de Baixo

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

249

BIGUAÇU

Ação Social São Gabriel de Serraria

Ação Social São João Evangelista da Paróquia de Biguaçu

Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais-APAE de Biguaçu

Sociedade Beneficente de Amparo aos Idosos

Sociedade de Assistência Social e Educacional – SASEE

Associação Empresarial e Cultural de Biguaçu

Associação Comercial e Industrial de Biguaçu-ACIBIG

Clube de Diretores Lojistas-CDL de Biguaçu

Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Biguaçu

Sindicato dos Trabalhadores da Prefeitura Municipal de Biguaçu

Sindicato Rural de Biguaçu

SÃO JOSÉ

Ação social de Barreiros

Ação Paroquial de Campinas

Ação Social Paroquial Santa Cruz

Ação Social Paroquial São Judas Tadeu

Ação Social Salto do Maruim

Ação Social São Francisco de Assis

Associação Comunitária Beira Rio

Associação das Irmãs Franciscanas de São José

Associação dos Moradores do Bairro Sertão do Maruim

Associação de Pais e Amigos da Criança e do Adolescente – APAM de Areias

Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE de São José

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

250

Associação dos Moradores da Comunidade Renascer

Associação dos Moradores da Fazenda Santo Antônio

Associação dos Moradores do Centro de São José

Associação dos Moradores do Jardim Amodelar-AMORJA

Associação dos Moradores do Loteamento Dona Vanda

Associação dos Moradores e Amigos do Jardim dos Lordes

Associação dos Portadores da Síndrome de Down

Associação dos Vendedores e Representantes Comerciais da Grande

Florianópolis - AFLOREVE

Associação Lar São José

CEI Renascer Sociedade Espírita

Casa Salesiana Miguel Magone

Centro de Educação e Treinamento Esperança

Centro de Estudos e Informações Técnicas Educacionais e Culturais

Centro Social Urbano Forquilhinhas

Clube de Mães do Bairro Ipiranga

Conselho Comunitário de Forquilhinhas

Conselho Comunitário do Bairro Bela Vista

Conselho Comunitário do Bairro Santos Dumont

Conselho Comunitário Loteamento Campinas

Movimento de Integração Familiar

Sociedade Beneficente Clube de Mães e Creche Nossa Senhora de Azambuja

Sociedade Espírita de Assistência e Promoção Social Tereza de Jesus

Associação Empresarial da Região Metropolitana de Florianópolis

CDL de São José

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

251

Federação dos Condutores de Veículo e Trabalhadores em Transporte

Rodoviário de Cargas e Passageiros do Estado de Santa Catarina-FECTROESC

Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina-

FETAESC

Sindicato das Indústrias de Extração de Pedreiras do Estado de Santa Catarina

– SINDIPEDRAS/SC

Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de

Florianópolis-SINDIMETAL

Sindicato dos Condutores e Trabalhadores em Transportes Urbanos e

Passageiros de Florianópolis

Sindicato dos Trabalhadores dos Trabalhadores das Empresas de Pesca de

Santa Catarina

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação de Florianópolis e

Vale Rio Tijucas

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Fiação e Tecelagem de

Florianópolis

Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Pesca de Santa Catarina

Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário de Cargas de São José e

Região

PALHOÇA

Ação Social do Aririú

Ação social Enseada

Ação Social Paroquial de Palhoça

Ação Social Ponte do Imaruim

Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais –APAE de Palhoça

Associação Beneficente Caridade Cristão – SBCC

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

252

Associação Beneficente de Senhoras da Igreja Evangélica Assembléia de Deus

Madureira

Associação de Moradores da Comunidade de Pachecos

Associação de Moradores da Guarda do Cubatão

Associação de Moradores do Parque Residencial Coqueiros

Associação dos Moradores Loteamento Jacob Weingartner e Márcia

Associação João Paulo II

Casa Assistencial Abrigo Cristão

Centro Comunitário dos Moradores do Parque Residencial Miriam

Conselho Comunitário Alto Aririú

Conselho Comunitário Aririú

Conselho Comunitário Aririú da Formiga

Conselho Comunitário Bela Vista

Conselho Comunitário Brejaruense

Conselho Comunitário do Furadinho

Conselho Comunitário Jardim Eldorado

Conselho Comunitário Padre Réus

Conselho Comunitário Ponte de Imaruim

Conselho Comunitário Santa Clara

Conselho Comunitário São Sebastião

Fraternidade São Francisco das Chagas

Ordem Assistencial das Senhoras Evangélicas

Projeto Esperança

Sociedade Civil e Escola Familiar Rural São José

Associação Empresarial de Palhoça – ACIP

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

253

Clube dos Diretores Lojistas-CDL de Palhoça

Sindicato dos Empregados do Comércio de Palhoça e região

Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Palhoça

Sindicato dos Motoristas

FLORIANÓPOLIS

Ação Social Arquidiocesana de Florianópolis

Ação Social da Trindade

Ação Social Missão

Ação Social Paroquial de Ingleses

Ação Social Paroquial de Saco dos Limões

Ação Social Paroquial Nossa Senhora de Fátima

Ação Social Paroquial São Francisco Xavier

Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais-APAE Florianópolis

Associação de Surdos da Grande Florianópolis

Assistência Social São Luiz

Associação Beneficente Santa Zita

Associação Casa da Mulher Catarina

Associação Catarinense das Fundações Educacionais

Associação Catarinense de Engenheiros

Associação Catarinense de Idosos

Associação Catarinense de Medicina

Associação Catarinense de Professores

Associação Catarinense para Integração do Cego

Associação Coral de Florianópolis

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

254

Associação das Voluntárias de Saúde do Hospital Infantil Joana de Gusmão-

AVOS

Associação de Formação Profissional e Cultural Thempos

Associação de Garantia ao Atleta Profissional do Estado de Santa Catarina

Associação de Moradores da Lagoa do Peri

Associação de Moradores de Santo Antônio de Lisboa

Associação de Moradores do Parque da Figueira

Associação de Pais e Amigos da Criança e do Adolescente – APAM de Areias

do Morro das Pedras

Associação dos Amigos da Casa da Criança e do Adolescente do Morro do

Mocotó

Associação dos Hemofílicos do Estado de Sant a Catarina – AHESC

Associação dos Idosos Esperança

Associação dos Médicos do Hospital Universitário

Associação Evangélica Beneficente de Assistência Social

Associação Filantrópica Gente Inocente-AFIGI

Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos-AFLODEF

Associação Florianopolitana de Voluntárias

Associação Irmão Joaquim

Associação Metodista de Ação Social

Associação Promocional do Menor Trabalhador – PROMENOR

Associação Victor Meirelles

Casa da Criança do Morro da Penitenciária

Casa Santa Teresa de Jesus

Centro Cultural Escrava Anastácia

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

255

Centro de Educação e Evangelização Popular-CEDEP

Movimento Porta Aberta

Círculo de Fé de Obras Sociais – CIFE

Conselho Comunitário da Barra da Lagoa

Conselho Comunitário da Coloninha

Conselho Comunitário da Costeira do Pirajubé

Conselho Comunitário de Coqueiros

Conselho Comunitário de Saco dos Limões

Conselho Comunitário de Saco Grande II

Conselho Comunitário do Conjunto Habitacional Panorama

Conselho Comunitário do Pantanal

Conselho Comunitário do Monte Verde

Conselho Comunitário do Parque São Jorge

Conselho Comunitário do Ribeirão da Ilha

Grupo de Apoio à Prevenção da AIDS de Florianópolis

Grupo Integrado Obras Sociais – GIOS

Instituto Guga Kuerten

Instituto Voluntários em Ação

Legião de Assistência à Família

Movimento Hip Hop do Estado de Santa Catarina

Obras de Assistência Social Dom Orione de Capoeiras

Obras Sociais da Comunidade Paroquial de Coqueiros

Pró-Música de Florianópolis

Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões no Estado de

Santa Catarina – SATED/SC

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

256

Sociedade Assistencial Vicentina – SAVI

Sociedade de Assistência Social e Educacional O Bom Samaritano

Sociedade Divina Providência

Sociedade Espírita de Recuperação, Trabalho e Educação

Associação Beneficente da Assembléia de Deus

Associação Comercial e Industrial de Florianópolis

Clube dos Diretores Lojistas-CDL de Florianópolis

Associação de Micro e Pequenas Empresas – AMPE de Florianópolis

Sindicato das Indústrias de Construção Pesada e afins de Santa Catarina –

SICEPOT

Sindicato dos Engenheiros de Santa Catarina

Sindicato dos Empregados de Estabelecimentos de Serviços de Saúde de

Florianópolis

Sindicato dos Empregados do Comércio de Florianópolis

Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina

Observa-se que, durante o levantamento de dados para esta seção foi-se levantando

também o grau de expectativa da população em relação ao empreendimento sempre

que a situação permitia, ou que fosse pertinente. Entretanto, este tema é tratado em

item próprio mais adiante, com todas as informações recolhidas durante o processo de

pesquisa e o detalhamento da metodologia aplicada.

Somente a título de ilustração, segue a foto da Sede da Associação dos Vendedores e

Representantes Comerciais da Grande Florianópolis (Figura 63), uma das entidades de

representação profissional situadas próximo à área a sofrer intevenção no caso de

implantação do projeto.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

257

Figura 63: Sede da Associação dos Vendedores e Representantes Comerciais da Grande Florianópolis – município de São José em área próxima ao trecho do projeto.

5.3.2.4 Padrões de Migração

Os últimos vinte e cinco anos marcaram uma alteração significativa nos padrões de

crescimento populacional no Brasil. Nas décadas anteriores, os investimentos

industriais, a urbanização e as altas taxas de natalidade fizeram crescer os excedentes

populacionais, o que provocaram fortes movimentos migratórios em direção às

metrópoles e áreas de fronteiras de recursos.

Durante as décadas de 1980 e 1990, no entanto, houve uma mudança substancial nos

movimentos migratórios, marcados, então, por novas territorialidades. Grandes regiões

metropolitanas experimentaram queda em suas taxas de crescimento no que se refere

aos movimentos populacionais, enquanto um grande número de localidades

intermediárias atraíram população e investimentos industriais.

Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina, na região sul do Brasil, está inserida

dentro desta dinâmica. Localizada em uma ilha, estendendo-se pelo continente

fronteiro, em cuja continuidade emenda, ao sul, com o município de São José e, ao

norte, com São José e Biguaçu, que, por sua vez, expandem-se em direção a outros

municípios, como é o caso de Palhoça, a cidade e seus municípios vizinhos são uma

clássica descrição do que se costuma denominar em urbanismo, em diversas

correntes, de área de conurbação.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

258

Na verdade, Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu formam uma conurbação

consolidada, já bastante integrada e com complementaridade funcional bem nítida.

Nas periferias da Grande Florianópolis, como usualmente se chama a região

metropolitana da capital catarinense, se concentram contingentes de população

egressa do campo de várias regiões do estado. Há, pois, uma mistura de origens

étnicas, provindas de zonas diversas de sua colonização.

De acordo com a literatura pesquisada a respeito dos padrões de migração no estado

de Santa Catarina, o ápice deste processo ocorreu na década de 1980, tendendo à

estabilização no período dos anos de 1990. A esse processo, inclusive, os estudiosos

do tema costuma chamar de “litoralização”, que vem causando um esvaziamento do

campo com inchaço das maiores cidades. Isto fez com que os movimentos

populacionais entrassem na pauta das preocupações dos governos do estado,

principalmente ao se pensar na relação com o desenvolvimento rural do estado.

Neste período em que ocorreu com maior força o processo migratório no estado de

Santa Catarina rumo principalmente ao litoral, cidades como Florianópolis, São José,

Palhoça e Biguaçu, foram as que estiveram entre as mais atrativas. No entanto, esse

processo migratório não encontrou estas cidades preparadas para receber esta

população adicional, o que ocasionou situações diversas de ocupação desordenada,

dando origem a diversos problemas de natureza espacial e social, como a favelização

de áreas urbanas, por exemplo.

Além disto, as populações desses municípios conurbados interagem constantemente e

precisam ter bastante mobilidade, uma vez que, tanto os habitantes originais quanto os

migrantes, precisam se movimentar em busca de trabalho, estudo, recursos de saúde,

lazer, serviços entre outros interesses, nos municípios vizinhos.

Como se poderá verificar mais adiante, no item 5.3.4 referente à Estrutura Produtiva e

de Serviços, as atividades industriais não se constituem como um dos setores mais

importantes da economia dos municípios da AID, o que agrava o problema da absorção

da mão-de-obra.

Por outro lado, são bastante desenvolvidos os setores de serviço, no comércio,

finanças, administração pública, além dos empregos que envolvem mão-de-obra sem

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

259

qualificação, como o setor da construção civil, por exemplo, e expressões da economia

informal.

O incremento crescente da atividade turística e a implantação de campus de

universidades privadas que compõem a estrutura de educação superior da região, em

Biguaçu, Palhoça e São José, tem contribuído para fortalecer os movimentos

migratórios para estes municípios e entre eles. Porém, este tipo de migração, chamada

mais comumente de “movimentos pendulares”, já foi objeto de análise em item

precedente neste relatório (5.3.2.2.3 Transporte).

Pode-se afirmar que o rápido crescimento populacional de toda a região da Grande

Florianópolis está intimamente associado com fluxos migratórios. A Tabela 143 revela

os resultados do processo de migração na região, através da comparação entre o

crescimento natural nos municípios da AID e o saldo migratório nos mesmos. O

período de análise situa-se entre os anos 2000 e 2009, conforme dados disponíveis em

Banco de Dados do Ministério Público de Santa Catarina.

Tabela 143: Comparação Entre o Crescimento Natural e o Saldo Migratório por Município da AID – Período: 2000-2009.

Município População

2000 População

2009

% de Crescimento Médio Anual

2000-2009

Saldo Natural (nascidos

vivos – óbitos)

Saldo Migratório

SM

Governador Celso Ramos

11.598 12.999 1,15 a.a 1.076 325

Biguaçu 48.077 56.395 1,93 a.a 5.799 4.330

São José 173.559 201.746 1,91 a.a 20.657 15.588

Palhoça 102.742 130.878 2,94 a.a 14.745 19.847

Florianópolis 342.315 408.161 2,10 a.a 36.257 42.668

Fonte: Ministério Público-MP de Santa Catarina.

Infere-se por estes dados que há uma considerável migração rural-urbana em toda a

região metropolitana de Florianópolis e também a tendência destas populações

migrantes fixarem-se em áreas carentes do município tendo em vista que o rápido

crescimento populacional em geral não vem acompanhado da infraestrutura urbana e

social adequada.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

260

De acordo com dados do IBGE (Censo Demográfico, Estimativas Populacionais e

Estatísticas do Registro Civil) e o Saldo Migratório-SM, que mede a contribuição das

migrações ao crescimento populacional a partir da diferença entre imigrantes e

emigrantes, em 2007 calculado pelo MP de Santa Catarina, chega-se às seguintes

Taxas Líquidas de Migração – TLM (razão entre o SM e a população observada), nos

municípios da AID: 0,48% em Governador Celso Ramos, 3,88% em Biguaçu, 5,49%

em São José, 10,02% em Palhoça e 7,96% em Florianópolis. Os dados foram

condensados na Tabela 144.

Tabela 144: SM E TLM nos Municípios da AID.

Município População 2007 Saldo Migratório -

SM TLM (%)

Governador Celso Ramos

12.175 58 0,48

Biguaçu 53.444 2.075 3,88

São José 196.887 10.803 5,49

Palhoça 122.471 12.269 10,02

Florianópolis 396.723 31.565 7,96

Fontes: IBGE, MP-SC.

A Tabela precedente demonstra que os municípios com maior contribuição de

migrantes na AID do empreendimento é a capital Palhoça que tem 10,02% de sua

população composta por migrantes e Florianópolis, que chega a ter 7,96% da

população representada por migrantes.

A Tabela 145 e Tabela 146 resume as principais origens dos migrantes na Área de

Influência Direta do empreendimento ora avaliado neste estudo. As informações

tiveram como base a pesquisa amostral realizada pelo Instituto de Planejamento e

Economia Agrícola de Santa Catarina – ICEPA em 2004 e publicados sob a forma de

uma Diagnóstico e Agenda de Desenvolvimento para a Área Social no Estado de Santa

Catarina.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

261

Tabela 145: Local de Origem dos Migrantes nos Municípios da AID*

Município

Freqüência por Município de Origem (%) Freqüência de Outros

Estados (%) Do próprio município

Municípios da Região

Oeste

Municípios da Região do Planalto

De Outros Municípios

Biguaçu 58,6 5,4 2,5 17,5 9,9

São José 9,8 12,3 18,5 37,1 18,8

Palhoça 18,1 15,7 20,6 31,5 15,0

Fonte: ICEPA, 2004.

* Exceto Florianópolis e Governador Celso Ramos.

Tabela 146: Local de Origem dos Migrantes nos Municípios da AID*.

Município Freqüência por Município de Origem (%)

Internacionais Outros Estados

Governador Celso Ramos 11 12.952

Biguaçu 64 58.110

Florianópolis 2.916 416.618

São José 486 209.236

Palhoça 193 137.091

Fonte: IBGE.

O que se pode concluir é que a Grande Florianópolis como um todo apresenta um forte

processo de concentração populacional, com características que acentuam o processo

de metropolização da região. A região metropolitana da capital é a segunda região

maior receptora de população do estado de Santa Catarina, mas a que apresenta a

menor extensão territorial, o que confirma um forte adensamento demográfico, mesmo

diante de suas características naturais, bastante limitadoras para a ocupação humana.

Como também se observa na Tabela 145, a alternativa de origem dos migrantes “do

próprio município’ se destaca principalmente em Biguaçu, onde 58,6% dos

pesquisados indicaram como origem o seu próprio território demonstrando com isso a

situação de expulsão da população do campo no município. É justamente em Biguaçu

que se observa a menor taxa de urbanização entre os quatro municípios da AID,

embora esta também seja bastante alta. Em Biguaçu a taxa de urbanização foi

calculada em 90,64%, enquanto ela atinge 96,21% em Florianópolis, 98,81% em São

José e 98,52% em Palhoça.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

262

Entretanto, apesar do intenso movimento migratório ocorrido para a região

metropolitana de Florianópolis nos anos 80, a pesquisa intitulada “Causas da Migração

Rural-Urbana na Região da Grande Florianópolis”, de autoria de Walter A. Casagrande,

a serviço da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina

S.A-EPAGRI, de 2006, que trabalhou o tema das migrações rurais em estudos

realizados nos municípios de Biguaçu, São José, Palhoça e Florianópolis, chegou a

algumas conclusões bastante interessantes sobre o processo migratório neste

municípios.

Como foram consideradas bem fundamentadas, optou-se por transcrever estas

conclusões aqui no âmbito deste diagnóstico pois acredita-se que o quadro migratório

já estabelecido a partir dos anos 2000 não venha a ser alterado pelo empreendimento

de implantação do Contorno de Florianópolis, uma vez que há mão-de-obra disponível

na construção civil na própria região, como mostram os dados apresentados mais

adiante no item a respeito da Estrutura Produtiva e de Serviços (item 5.3.4). Além disto,

o projeto da nova rodovia prevê uma extensão relativamente pequena

(aproximadamente 50 Km), que não deve gerar uma demanda de trabalhadores de

fora, maior do que o administrável.

A pesquisa mencionada, disponível na internet, foi feita com famílias migrantes dos

municípios da região metropolitana (justamente os que compõem a AID do

empreendimento em estudo) e conclui o seguinte:

Apenas 26% das 33.000 famílias cadastradas nas comunidades carentes da

região são originárias do meio rural. As outras famílias são do próprio município

ou são famílias provenientes de outras áreas urbanas.

O fluxo migratório do meio rural para a região da Grande Florianópolis, a partir

da década de noventa, vem apresentando tendência de decréscimo.

As regiões do Planalto de Lages e Oeste Catarinense foram as que mais

contribuíram no processo de migração rural-urbana para a região pesquisada.

Com certa freqüência, os municípios caracterizados como pólos regionais vêm

sendo utilizados pelos migrantes rurais como primeira opção antes de se fixarem

na Grande Florianópolis.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

263

Mais da metade do ex-agricultores pesquisados na região atribui aos aspectos

renda (baixa e instável) e à falta da propriedade da terra, os motivos para a

migração. Entre os fatores de cunho social, os mais citados foram “trabalho

agrícola muito pesado e desvalorizado” e “falta de atendimento à saúde”.

Cerca de 50% dos chefes de família do público-alvo pesquisado possuem idade

entre 21 e 40 anos, indicando haver, nas comunidades carentes da região, um

capital humano relativamente jovem que deve ser levado em consideração ao se

estabelecer políticas públicas em benefício destas populações.

Cerca de 82% das famílias pesquisadas indicaram morar em casa própria e

aproximadamente 85% delas declararam que os filhos freqüentam regularmente

a escola. Estes dados são destacados na pesquisa, uma vez tratar-se de estudo

realizado em comunidades carentes.

O nível de desemprego no âmbito das comunidades pesquisadas (aqueles, sem

opção, inclusive para trabalhos eventuais) apresenta-se relativamente baixo,

atingindo 3,2% na região.

Os dados apontam para um curiosidade. A de que cerca de 42% das famílias

pesquisadas (ex-agricultores) declararam ter pelo menos um membro com

interesse em retornar ao meio rural.

Os resultados da pesquisa da EPAGRI são importantes pois, reforçam o argumento de

que o empreendimento não será motivo suficiente para atração significativa de

população para a região que já se encontra bastante saturada pelos movimentos

anteriores e que não se verificam mais com volume acentuado. Como os possíveis

trabalhadores da obra, no caso do empreendimento vir a ser de fato executado, mais

provavelmente já serão moradores da região, a pressão por equipamentos públicos

sociais, como escolas, postos de saúde, creches e outros, não deverá exceder a

demanda normal, dentro da capacidade da rede de serviços sociais existente.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

264

5.3.2.5 Expectativas da População Diretamente Afetada

O Termo de Referência que orienta este estudo, solicita que sejam apresentadas “as

expectativas da população em relação ao empreendimento, por meio de pesquisas

qualificadas e contatos com a população diretamente afetada”.

Para atender tal solicitação, realizou-se, por meio de questionários, um inquérito junto a

toda a população da ADA do empreendimento, isto é, aqueles moradores,

proprietários, ocupantes etc, que sofrerão impactos diretos em seus imóveis devido às

intervenções físicas necessárias para a implantação do projeto (Figura 64 a Figura 67).

O mesmo questionário, anexo ao final do Volume II deste relatório, serviu para atender

à solicitação de caracterização da população atingida pelo empreendimento,

apresentada no Item 5.3.6. deste documento, referente à questão do Reassentamento

e Desapropriação.

Figura 64: Aplicação de questionários.

Figura 65: Aplicação dos questionários.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

265

Figura 66: Aplicação dos questionários.

Figura 67: Aplicação dos questionários.

Porém, tendo em vista o caráter regional que o empreendimento tem, julgou-se

necessário uma abordagem mais ampla sobre a questão das expectativas da

população. Além disto, considerou-se importante se ouvir opiniões de pessoas que não

tem interesse pessoal na área, isto é, fora da Área Diretamente Afetada, inicialmente

solicitada pelo TR pois com uma amostra apenas na ADA, se poderia levar a

extrapolações muito duvidosas.

Assim sendo, a pesquisa, além dos questionários aplicados que contou com questões

objetivas e semi-estruturadas, teve um aprofundamento do enfoque qualitativo, por

meio de entrevistas livres, objetivando obter depoimentos espontâneos e isentos.

Assim os entrevistados tiveram oportunidade de expor livremente sua opinião a

respeito do empreendimento e de suas possíveis consequências, analisando suas

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

266

práticas cotidianas, demandas locais e regionais e com isso, incorporando dimensões

subjetivas nelas implicadas.

Para o contato com possíveis informantes qualificados, foram feitas diversas incursões

a campo, a fim de identificar possíveis colaboradores dispostos a darem seus relatos,

aprimorando a análise de impacto deste empreendimento.

As falas dos sujeitos entrevistados articularam, em geral, questões referentes às

comunidades, suas necessidades, temores, aspirações, bem como sobre a forma como

imaginam que o empreendimento possa afetá-los e o que esperam obter de melhoria

com sua implantação.

Outra fonte de informação a respeito das expectativas da população em relação ao

empreendimento utilizada neste trabalho foi a coletânea de notícias da imprensa a

respeito do projeto. Optou-se pela elaboração de um clipping a respeito do assunto

como forma de perceber como a sociedade local vem demonstrando publicamente por

meio de seus representantes e lideranças, suas impressões sobre a implantação do

Contorno de Florianópolis.

Registra-se aqui que a equipe técnica responsável pela condução desta pesquisa se

absteve de elaborar qualquer juízo de valor a respeito das opiniões coletadas,

limitando-se apenas a apresentar as considerações feitas pelos entrevistados (tanto

por meio dos questionários, quanto nas entrevistas livres) tal qual foram apresentadas

pelos mesmos, isto é, sob seu ponto de vista.

O número de respondentes à sondagem por meio de questionários foi de 190

indivíduos, todos, como já mencionado, na Área Diretamente Afetada, conforme

orientação do TR. Foi utilizado um questionário composto por três módulos: o módulo 1

refere-se à identificação e dados socioeconômicos e o módulo 2, é referente aos dados

da propriedade/moradia e infraestrutura. Ambos subsidiarama caracterização da

população a ser realocada/desapropriada,apresentada mais adiante neste relatório. O

terceiro módulo trata justamente das expectativas da população em relação ao

empreendimento.

Neste último módulo constam questões de natureza escalonada, ou seja, perguntas de

múltipla-escolha nas quais as opções são destinadas a captar a intensidade das

respostas e permitem classificar os itens por suas dimensões. Em todo caso, o

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

267

instrumento adotado, isto é, o questionário, foi fruto de uma reflexão teórica prévia, a

fim de se obter critérios de rigor, adequação ao real, coerência interna, possibilidade de

sistematização eficaz, visando a prática de uma investigação exigente e séria.

Em resumo, o módulo a respeito das expectativas da população inicia pelo

questionamento sobre o conhecimento do respondente a respeito do projeto, passa

pelas principais vantagens e desvantagens que o mesmo possa trazer (incluindo

algumas possibilidades mais comuns neste tipo de empreendimento e espaço livre

para interpretações do próprio sujeito), pelas expectativas quanto ao futuro do ponto de

vista pessoal a partir da interferência da possível obra em seu cotidiano, por sua

opinião favorável ou contra à implantação do empreendimento e por fim deixa espaço

para sugestões aos empreendedores.

Em primeiro lugar, quanto ao conhecimento do projeto, praticamente todos os

indivíduos já tinham conhecimento do mesmo, alegando terem ouvido falar pelos meios

de comunicação ou ainda, tinham visto estacas sendo fixadas em trechos próximos aos

seus locais de moradia/trabalho.

Do ponto de vista das possíveis vantagens que o empreendimento poderia trazer para

a região, o itens escolhidos majoritariamente foram a facilitação do acesso entre os

municípios da região metropolitana de Florianópolis e a redução do tempo de viagem

entre os mesmos, seguidos pela melhoria da infra-estrutura, do progresso para a região

e da atração de novos investimentos. Entre as possíveis vantagens mencionadas

espontaneamente estão:

Geração de empregos;

Valorização das terras;

Instalação de mecanismos de controle das cheias, com fim das inundações na

região;

Redução de caminhões na BR-101;

Diminuição de veículos na BR101 com melhoria no fluxo do tráfego;

Diminuição dos custos com combustíveis devido às melhorias no tráfego;

Diminuição do número de acidentes;

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

268

Melhoria da infra-estrutura rodoviária;

Possibilidade de crescimento urbano e econômico da região;

Melhoria na qualidade de vida dos motoristas e usuários da rodovia BR-101.

Quanto aos problemas que o empreendimento supostamente poderia causar, entre as

opções mencionadas no questionários, as mais citadas por ordem de importância

foram: aumento na circulação de veículos e acidentes de trânsito, descaracterização da

paisagem e impacto visual negativo, impactos ambientais negativos, incômodos na

fase de obras e operação e especulação imobiliária.

Cabe ressaltar que, embora a maioria dos respondentes da Área Diretamente Afetada,

isto é, 63,15% dos entrevistados, tenha se manifestado favoravelmente à implantação

do projeto, contra 30% de pessoas contrárias à realização da obra, houve um número

maior de pessoas a se manifestarem a respeito de problemas advindos da implantação

do empreendimento. O percentual de entrevistados que declararam não ter uma

opinião formada foi de 4,74% e 1,57% não quis responder a esta questão, eximindo-se

de manifestar sua posição a favor ou contra o projeto.

Entre os principais problemas decorrentes do empreendimento de implantação do

Contorno de Florianópolis, apontados livremente pelos entrevistados de forma geral,

isto é, incluindo, tanto o favoráveis quanto os contrários ao empreendimento estão:

Prejuízos para os proprietários de estabelecimentos comerciais e/ou produtivos;

Redução das áreas de produção;

Aumento do movimento de pessoas, carros e circulação geral, pondo fim à

tranqüilidade na região. As manifestações neste sentido vieram principalmente

dos moradores das zonas rurais e peri-urbanas.

Desapropriações em massa;

Mudança da rotina dos moradores, tumulto no cotidiano;

Perdas ambientais, com prejuízos para a fauna e flora da região;

Perda de qualidade de vida para os moradores;

Aumento da violência;

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

269

Descaracterização do modo de vida local;

Incertezas quanto ao futuro pessoal, familiar e da propriedade;

Incerteza quanto às novas condições de moradia no caso de desapropriação;

Expansão da infra-estrutura em detrimento da qualidade de vida;

Risco de crescimento desordenado;

Falta de valorização do ser humano;

Inutilidade da obra, sem melhorias substanciais que a justifiquem em termos de

custos financeiros, ambientais e sociais;

Risco de realocação de famílias para locais inadequados;

Baixo valor a ser pago no caso das indenizações;

Poluição sonora e outros danos ambientais;

Prejuízos para o comércio local em especial o varejista;

Entre este elenco de problemas potenciais relacionados à implantação do

empreendimento o que foi mais comentado, como é natural no caso de comunidades

diretamente afetadas, está a preocupação e insegurança das pessoas em relação às

desapropriações, nas mudanças significativas que isto provocará em suas vidas e na

incerteza quanto ao futuro das famílias atingidas.

Paradoxalmente, como já foi dito, embora os problemas mencionados superem em

número, as vantagens advindas do empreendimento, a maioria declarou-se

favoravelmente ao mesmo. Este fato explica-se possivelmente, porque muitas das

famílias entrevistadas moram em situações precárias, incluindo riscos de inundações e

vêem na indenização/desapropriação, uma forma de solucionar seus atuais problemas

de moradia. Assim o empreendimento seria, ao menos teoricamente, uma possibilidade

concreta de promoção social e ganho na qualidade de vida.

Deve-se mencionar aqui que a maioria dos entrevistados por meio de questionários,

tem interesse em permanecer no local (70,53%) ou em área próxima (7,89%). Também

houve uma pequena porcentagem de 5,26% que não quis opinar sobre suas

expectativas quanto ao futuro.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

270

Entre as sugestões advindas do questionamento junto à população pesquisada no

período de 2011, quanto ao projeto referente à Alternativa 1 (Tomo I – item 3.1) muitas

estão relacionadas à mudança do traçado original (DNIT) para o traçado proposto à

época (Alternativa 1). A maioria das pessoas sugere que o projeto proposto se adeque

ao projeto proposto pelo antigo Departamento Nacional de Estradas e Rodagem-

DNER, hoje Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes-DNIT.

Segundo esta alternativa (DNIT), o trajeto seria mais longo e iniciaria em local próximo

ao rio Inferninho, na região de Tijucas. De acordo com os defensores desta proposta

pioneira, ela seria mais eficiente, significativa e de fato contribuiria para solucionar o

problema de tráfego no acesso aos municípios interceptados, coisa que o projeto atual,

segundo a opinião destas pessoas, seria insuficiente para fazer.

Nesse sentido, cabe esclarecer que os aspectos levantados nos parágrafos anteriores

fazem menção ao antigo projeto do Contorno Rodoviário de Florianópolis, que

representa hoje a Alternativa 1. O traçado em estudo atualmente e objeto deste Estudo

de Impacto Ambiental se assemelha ao projeto proposto pelo DNIT (km 175+500 da

BR-101 ao Km 219+000 próximo ao Rio Cubatão), com algumas variações, iniciando

no Km 177+760 da BR-101 e terminando no Km 220+000, a aproximadamente 1 km da

atual praça de pedágio. Desta forma, conclui-se que as sugestões apresentadas pela

população no período de 2011 estão sendo contempladas pela nova configuração do

traçado.

Outra sugestão muito presente nos questionários respondidos foi a necessidade de se

agilizar a obra, no caso de que ela venha mesmo a ser implantada, diminuindo assim,

os incômodos à população e as incertezas quanto ao futuro.

As sugestões apresentadas são as listadas a seguir, lembrando que as mesmas foram

transcritas tal como foram apresentadas, sem avaliação de sua viabilidade ou

pertinência.

Agilidade na execução das obras;

Cuidados com as nascentes existentes na área;

Conservação máxima possível da natureza local;

Sugestão de não implantação de pedágio na nova rodovia;

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

271

Instalação de mecanismos de segurança reforçados, especialmente para o

controle de velocidade;

Eficiência e qualidade na execução dos serviços;

Instalação de passarelas para pedestres;

Reforço nos cuidados ambientais necessários para preservação e conservação

da área;

Reforço nos cuidados ambientais relativos às populações humanas, tais como

controle da poluição sonora, do ar e da água;

Informações detalhadas sobre o projeto e seu andamento;

Austeridade no gasto do dinheiro público;

Cuidados especiais no planejamento e controle urbano para se evitar que a nova

rodovia traga um crescimento urbano desordenado prejudicando a qualidade de

vida da população.

Quanto às entrevistas livres realizadas com representantes de algumas entidades

locais e regionais de diferentes ramos de atuação, o principal resultado é uma

concordância com o projeto de implantação do Contorno de Florianópolis, tendo em

vista que ele traria um potencial benefício para o muito tumultuado trânsito local e

regional. Há quase que uma unanimidade de que o projeto é sim desejável, tendo em

vista os sério problemas de mobilidade na região, devido ao tráfego intenso. Todos

concordam também que o investimento em infraestrutura é indispensável para o

crescimento econômico e social dos municípios envolvidos e desejam, já há alguns

anos que o projeto seja de fato implantado, sendo esta uma demanda antiga das

comunidades envolvidas.

Ressalta-se que, a fim de se evitar repetição desnecessária de informações,

selecionou-se algumas das entrevistas mais representativas das opiniões gerais

ouvidas pela equipe técnica do estudo.

O Presidente da Associação Catarinense de Engenheiros-ACE, por exemplo, Engº

Eletricista Celso Ternes Leal, mencionou que proposta apresentada no ano de 2011

estaria aquém do que é esperado pela população, não trazendo benefício real.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

272

Segundo ele “este o projeto proposto pela Autopista Litoral Sul é inviável, pois, o novo

traçado não atenderá a necessidade do desvio do tráfego previsto no projeto original.”

Como verificado nas demais sugestões da população, o descontentamento estaria

relacionado à alternativa de traçado apresentada em 2011, que hoje configura a

alternativa 1 deste Estudo, uma vez que ela não contemplava a região do Rio

Inferninho, Três Riachos e Saudade, no município de Biguaçu, e a região do Rio Aririú,

no município de Palhoça. Com a reconfiguração do traçado, esta situação não mais se

aplica.

A ACE, fundada em 24 de maio de 1934 é uma entidade que tem como missão

institucional congregar, representar e defender os interesses dos engenheiros,

estimular o desenvolvimento técnico e científico dos seus associados, integrar através

de atividades culturais, sociais, esportivas e filantrópicas, a categoria profissional,

promover a valorização da engenharia catarinense e, sobretudo, o desenvolvimento do

Estado de Santa Catarina.

A posição de seu presidente representa um grande número de associados, inclusive,

pessoas com atuação no ramo rodoviário. É preciso frisar que a implantação do

contorno é considerada obra de fundamental importância para desafogar o trânsito

pesado. Além disto, o Presidente da ACE (Figura 68) coloca a necessidade de que o

projeto seja mais divulgado, ampliando a participação da sociedade em seu

planejamento.

Figura 68: Entrevista com Presidente da ACE

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

273

Também foi ouvida a opinião do Sr. LeonídioZiberman, Presidente do Sindicato dos

Trabalhadores Rurais de Biguaçu (Figura 69). A entidade que representa, fundada em

1972, busca orientar e defender os direitos dos agricultores do município de Biguaçu e

atende cerca de 700 associados.

Segundo o Sr. Leonídio, o assunto vem sendo objeto de discussão na mídia, levada a

efeito pelos municípios da Grande Florianópolis, em especial aqueles que terão seus

municípios interceptados. Ele afirmou que acredita, pelas conversas que mantém com

os associados de sua entidade, que a obra é sim, prioritária e que a maioria será a

favor da realização da mesma. Em suas palavras “com certeza essa obra é para o

desenvolvimento e para o progresso facilitando o tráfego dos meios de transportes.”

O entrevistado comentou também a respeito dos benefícios que a implantação de um

Contorno de Florianópolis traria, ressaltando o escoamento mais rápido da produção e

os ganhos daí advindos, além da diminuição do número de acidentes. Manifestou ainda

a necessidade de que seja minimizado ao mínimo possível o número de

desapropriações, havendo a necessidade de que o processo seja bem conduzido e

fiscalizado de modo a não prejudicar os atingidos além do necessário. Defende que as

indenizações “sejam feitas do modo justo e correto”.

O Sr. Leonídio resume ao fim da entrevista, muitos dos anseios demonstrados também

pelos entrevistados da Área Diretamente Afetada quando diz: “Sabe o que eu queria?

Uma obra bem planejada, fiscalizada, sem corrupção, sem desvio de dinheiro e com

bons engenheiros e que não demore muito”.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

274

Figura 69: Entrevista com Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Biguaçu.

Outro entrevistado, o Sr. Álvaro Dias, Presidente do Conselho Comunitário Ribeirão da

Ilha, em Florianópolis (Figura 70), entidade que tem objetivo de agregar a comunidade

local para a participação nos processos políticos e sociais locais, menciona a

importância da obra para os moradores, principalmente tendo em vista o fato de que

vários moradores do bairro estudam na UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí) e

precisam se deslocar para o continente diariamente, perdendo muito tempo no trajeto

por causa dos problemas de mobilidade urbana na região. Esta situação, segundo ele é

muito comum, principalmente para os moradores também de Palhoça e São José que

utilizam o tempo todo a BR-101. Ele acredita também que a obra irá diminuir o número

de acidentes por causa da diminuição do trânsito pesado. Contudo, o Sr. Álvaro Dias

teme que a obra “seja apenas uma promessa” e espera que, caso seja de fato

implantada, seja realizada rapidamente e com todos os cuidados ambientais

necessários.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

275

Figura 70: Entrevista com o Presidente do Conselho

Comunitário Ribeirão da Ilha.

Em São José, o depoimento escolhido para ilustrar as opiniões colhidas, foi o da Sra.

Chirlei Aparecida Jaraceski, Presidente do Centro Social Urbano Forquilhinhas. Sua

entidade, fundada em dezembro de 1980, busca integrar e dinamizar as ações da

comunidade aprimorando-as como agente de seu próprio desenvolvimento e em

estreita colaboração com órgãos do poder público, no sentido de promover a defesa do

meio ambiente, dos consumidores, da organização comunitária e da mobilização em

prol das reivindicações e interesses da população estimulando a participação direta de

seus membros.

Ela declara:

“Eu já ouvi falar da obra sim, ela vai ser ótima, pois vai desafogar o trânsito,

inclusive eu fico muito feliz porque é a primeira vez que alguém vem perguntar

nossa opinião. O problema que tem que fazer muitos estudos para se ter uma

obra como essa e eu não conheço muito sobre isso, mas acredito que esta

obra vai ser ótima para a comunidade poder se deslocar na Grande

Florianópolis”

A Sra. Chirlei diz também não conhecer detalhes do projeto, o que facilitaria uma

opinião mais aprofundada sobre o assunto e diz recear que a obra demore muito pois

acredita pessoalmente que a mesma será benéfica para a população pois irá desafogar

o trânsito na BR-101.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

276

Figura 71: Centro Social Urbano Forquilhinhas em São José e entrevista com sua Presidente.

O Clipping que se segue é uma pequena amostra do que vem sendo veiculado na

imprensa a respeito do projeto de implantação do Contorno de Florianópolis, ou Alça do

Contorno, como também vem sendo chamado o empreendimento. Em geral, muitas

das opiniões colhidas em campo refletem preocupações que vem ganhando destaque

na imprensa.

Julgou-se pertinente destacar algumas notícias para possibilitar uma análise das

expectativas tornadas públicas por autoridades da região e das polêmicas a respeito do

projeto que não podem e não devem ser ignoradas. A colagem simples destas notícias

foi considerada a maneira mais simples, direta e isenta de destacar tais preocupações

da sociedade regional.

5.3.3 Caracterização das Condições de Saúde e Doenças Endêmicas

O Termo de Referência emitido pelo IBAMA para orientar o Estudo de Impacto

Ambiental relativo ao empreendimento de implantação do Contorno de Florianópolis,

pede que seja analisado a ocorrência regional de doenças endêmicas e verificado, ao

longo da Área de Influência Direta a existência de áreas com habitats favoráveis para o

surgimento e proliferação de vetores, além de indicadas medidas de monitoramento e

controle de proliferação dos vetores destas doenças nas áreas de obra.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

277

Frente a esta solicitação, procedeu-se a pesquisa específica a respeito das endemias

típicas na região, com base principalmente nos arquivos disponíveis no Sistema de

Informação de Vigilância Epidemiológica do DATASUS e pesquisas realizadas por

diversas entidades com interesse no tema.

No Brasil, convencionou-se chamar determinadas doenças, a maioria delas parasitárias

ou transmitidas por vetor, como “endemias”. Fato é que, as doenças endêmicas são

enfermidades que mantém suas incidências constantes e coletivas durante um largo

período do ano em determinadas regiões do país.

Estas doenças, segundo conceituação ainda adotada pelo Ministério da Saúde

brasileiro são: a malária, a cólera, a leishmaniose, a Doença de Chagas, o tracoma, a

dengue, a peste, a filariose, a esquistossomose, a influenza e a meningite.

Estas doenças, a maior parte delas predominantemente rurais, constituíram uma

preocupação central do setor de saúde pública no Brasil por quase um século, até que

vários processos ligados ao desenvolvimento socioeconômico do país, notadamente a

urbanização, desfizeram as razões de sua existência como corpo homogêneo de

preocupação.

Até mesmo o quadro epidemiológico do país de forma geral, se transformou. As

doenças do aparelho circulatório, por exemplo, passaram desde a década de 1960 a

ser uma das principais causas de morte no país, enquanto as doenças transmissíveis

passaram a responder pelo quinto grupo de doenças responsáveis por óbito nos

últimos anos. Essa realidade, inclusive pode ser exemplificada pelos dados de

morbidade e mortalidade já apresentados em capítulo anterior deste diagnóstico para a

AID do empreendimento.

Estas mudanças se devem principalmente ao desenvolvimento de novas tecnologias,

como as vacinas e os antibióticos, a ampliação do acesso a serviços públicos de saúde

e as medidas de controle implementadas pelos governos em todos os âmbitos, federal,

estadual e municipal.

Entretanto, apesar da redução significativa da participação desse grupo de doenças, as

doenças endêmicas relacionadas acima, no perfil de mortalidade no Brasil, elas ainda

tem um considerável impacto sobre a saúde da população, em especial em áreas onde

há a associação das mesmas com condições ambientais, sociais e econômicas.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

278

As chamadas doenças endêmicas, na sua grande maioria, fazem parte do grupo de

doenças negligenciadas que ocorrem geralmente entre os grupos sociais mais

vulneráveis, ou seja, os mais pobres e excluídos dos benefícios do progresso. Assim

elas se distribuem de maneira muito diversa pelo território brasileiro, sendo mais

presentes nas regiões brasileiras onde os demais indicadores sociais também apontam

maior fragilidade, como é o caso do norte e do nordeste do Brasil.

A fim de se proceder a análise requerida pelo TR do IBAMA para o presente estudo,

optou-se, como forma de expor melhor o resultado, por reunir as informações sobre o

quadro epidemiológico de endemias na região de estudo, por tipo de doença endêmica,

considerando o conceito estabelecido pelo Ministério da Saúde e as doenças por ele

consideradas.

Para facilitar a abordagem, apresenta-se o conceito de cada uma das doenças

endêmicas consideradas pelo Ministério da Saúde, com base principalmente, mas não

exclusivamente, na descrição extraída do Caderno 6, intitulado Situação da Prevenção

e Controle das Doenças Transmissíveis no Brasil, parte integrante do trabalho

publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, “Saúde

Brasil 2004 – Uma Análise da Situação de Saúde” e no Guia de Vigilância

Epidemiológica do Ministério da Saúde, 7ª edição (2009). Em seguida à conceituação

de cada endemia, tem-se as informações sobre a situação do estado de Santa Catarina

quanto ao controle e prevenção da doença em questão. Quando há informações

agregadas ao nível municipal, as mesmas foram incorporadas ao texto, evidentemente.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

279

5.3.3.1 Malária

A malária é uma doença infecciosa febril potencialmente grave causada por parasitas

(protozoários do gênero Plasmodium) que são transmitidas entre os seres humanos

pela picada da fêmea do mosquito de gênero Anopheles que se infecta ao sugar o

sangue de uma pessoa doente. Se não for convenientemente tratada a malária pode

evoluir rapidamente para formas graves.

A malária acometida cerca de 6 milhões de brasileiros por anos na década de 1940 em

todas as regiões brasileiras. As mudanças sociais ocorridas no país e o intenso

trabalho de controle desenvolvido pela Campanha de Erradicação da Malária

possibilitaram o relativo controle da doença que passou a apresentar uma ocorrência

de menos de 100 mil casos por ano. Hoje, a malária restringe-se espacialmente às

áreas de proximidade da floresta na chamada Amazônia Legal. Quando ocorre em

outras regiões, são quase que totalmente importados desta região amazônica ou de

outros países onde ocorre transmissão.

A região amazônica é, portanto, considerada a área endêmica do país para malária.

Em 2008, aproximadamente 97% dos casos dessa doença no Brasil se concentraram

em seis estados da região amazônica: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e

Roraima. Os outros três estados da região, Maranhão, Mato Grosso e Tocantins foram

responsáveis por menos de 3% dos casos de malária.

A maior parte dos casos ocorre em áreas rurais, porém também há registro da doença

em áreas urbanas, representando 15% dos casos. Observa-se que, mesmo em área

endêmica, o risco de se contrair a malária não é uniforme. Esse risco é mensurado pela

incidência parasitária anual-IPA, que serve para classificar as áreas de transmissão em

alto, médio e baixo risco, de acordo com o números de casos por mil habitantes.

A Figura 72foi extraída do banco de dados do Ministério da Saúde e mostra as regiões

de ocorrência da doença no Brasil, com suas respectivas classificações de risco. Nota-

se que na região de estudo, situada ao sul do Brasil, não há transmissão de malária.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

280

Figura 72: Distribuição da Malária no Brasil. Fonte: SISMAL/SIVEP/SVS/MS – atualizado em 28/12/2009

De acordo com dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica-SIVEP, do Ministério da

Saúde, foram registrados em Santa Catarina no ano de 2009, apenas 14 casos da

doença, o que não é significativo no sentido de se exigir, no caso de implantação do

empreendimento, controle específico para esta patologia.

5.3.3.2 Cólera

A cólera é uma doença considerada como reemergente, pois alcançou o continente

americano e o território brasileiro em 1991, trinta anos após o início dessa que é a

sétima pandemia a acometer a humanidade e a primeira a ser causada pelo

Vibriocholerae El Tor. No Brasil ela estava ausente há quase cem anos.

Também esta patologia é associada a condições de extrema pobreza, insalubridade e

falta de condições sanitárias mínimas adequadas.

Malária noBrasil 2008

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

281

No território brasileiro, o surto de cólera ocorreu entre 1991 e 2001 e atingiu diversas

regiões do país, produzindo um total de 168.598 casos e 2.035 mortes, sendo as

principais epidemias registradas no Norte e Nordeste. Sua proliferação no país esteve

relacionada às condições altamente favoráveis à sua disseminação, principalmente

tendo em vista as péssimas condições de vida de grandes parcelas da população das

regiões mencionadas. No entanto, outras regiões também registraram casos de cólera,

principalmente em bolsões de pobreza existentes nas periferias dos grandes centros

urbanos.

Os esforços do sistema de saúde brasileiro, conseguiram lograr êxito a partir de 2001

quando somente sete casos registrados, sendo quatro casos no Ceará, um em

Pernambuco, um em Alagoas e outro em Sergipe. Nos anos de 2002 e 2003 não foram

detectados casos no Brasil.

Porém, não se pode subestimar o risco da reintrodução da doença em áreas já

atingidas ou ainda indenes, uma vez que as baixas coberturas dos serviços de

saneamento básico ainda persistem. Tanto é assim que, em 2004 foram registrados

três casos no agreste de Pernambuco, tendo sido necessária uma investigação

epidemiológica para se detectar as fontes de infecção afim de se interromper a

transmissão.

Atualmente, a cólera se encontra sob controle no país, embora o Ministério da Saúde

mantenha a vigilância epidemiológica e ambiental com o objetivo de evitar o retorno da

doença. Associado a esta medida está o fortalecimento do sistema de vigilância sobre

o controle da qualidade da água para consumo humano.

5.3.3.3 Leishmaniose

A leishmaniose é uma doença crônica, de manifestação cutânea ou visceral (por isso

pode-se usar o termo no plural – leishmanioses) causada por protozoários do gênero

Leishmania, de transmissão vetorial. O calazar (leishmaniose visceral) e a úlcera de

Bauru (leishmaniose tegumentar americana) são formas da doença que é transmitida

pela picada de mosquitos.

Esta doença apresenta-se em fase de expansão geográfica, havendo mudanças no

comportamento epidemiológico da doença.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

282

Entretanto, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do estado de Santa Catarina não

possui registros de epidemia de leishmaniose visceral no estado, tendo havido um

surto da leishmaniose tegumentar no litoral norte do estado no ano de 2008, hoje já

controlado.

5.3.3.4 Doença de Chagas

A doença de Chagas é uma das conseqüências da infecção humana produzida pelo

protozoário flagelado Trypanosoma cruzi. Na ocorrência da doença de Chagas

observam-se duas fases clínicas, uma aguda, que pode ou não ser identificada,

podendo evoluir para uma fase crônica. No Brasil atualmente predominam os casos

crônicos decorrentes de infecção por via vetorial, com aproximadamente três milhões

de pessoas infectadas.

Também é na região da Amazônia Legal que ocorre a maioria dos casos no Brasil,

embora a doença tenha registro em diversos estados. Segundo informações colhidas

junto ao Ministério da Saúde, evidenciam-se duas áreas geográficas onde os padrões

de transmissão da doença são diferenciados:

- a região originalmente de risco para a transmissão vetorial, que inclui os estados

de Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato

Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do

Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe, São Paulo e Tocantins;

- a região da Amazônia Legal, incluindo os estados do Acre, Amazonas, Amapá,

Rondônia, Roraima, Pará, Tocantins, parte do estado do Maranhão e do Mato

Grosso.

Mais uma vez se observa a não presença do estado de Santa Catarina, que abriga os

municípios objeto deste estudo, entre os locais de risco desse tipo de doença

endêmica.

A doença de Chagas é uma doença transmitida principalmente por tritomíneos (insetos

hamatófagos), conhecidos como barbeiros e apresentava uma alta incidência no Brasil,

estimada em 100 mil casos novos por ano no fim dos anos de 1970. Atualmente, com a

estratégia de monitoramento entomológico desenvolvida pelo Ministério da Saúde, para

identificar a presença do vetor e combatê-lo com o uso de inseticidas específicos,

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

283

associada a melhorias habitacionais realizadas em áreas endêmicas, alcançou-se o

controle da doença.

Este fato pode ser constatado a partir da consolidação dos inquéritos sorológicos para

a doença de Chagas realizados sistematicamente nos estados endêmicos ao longo do

período de 1989 a 1999. No consolidado dos dados, do total de 244.770 amostras

colhidas, apenas 329 foram positivas, resultando numa prevalência média geral de

0,13%.

Houve também uma redução da área onde é encontrado o agente causador, o

Triatomainfestans, inclusive verificada pela Comissão Internacional de Especialistas

constituída pela Organização Pan-Americana de Saúde-OPAS e pelos países do Cone

Sul, com a finalidade de avaliar a situação epidemiológica de cada país. Esta comissão

conferiu o certificado de interrupção da transmissão vetorial pelo T.infestans em dez

estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Mato Grosso, Mato Grosso do

Sul, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Tocantins e Piauí. Os estados do Paraná e Rio

Grande do Sul serão certificados brevemente, uma vez que os estudos estão sendo

concluídos. No estado da Bahia, onde ainda existem municípios com infestação do T.

infestansestão sendo intensificados os esforços para eliminação do vetor. Os estados

da região amazônica não estão incluídos no Plano de Eliminação doT.infestanspor esta

região ser considerada indene. Nos estados do Maranhão, do Ceará, do Rio Grande do

Norte, de Alagoas, de Sergipe, do Espírito Santo e de Santa Catarina, apesar de

pertencerem à área endêmica, não existe a espécieT.infestans.

Segundo dados do Sistema de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, entre

2007 e 2010 houveram apenas 06 casos de doença de Chagas na região sul do Brasil,

nenhum deles no estado de Santa Catarina.

5.3.3.5 Tracoma

O tracoma é uma espécie de conjuntivite crônica provocada pela bactéria

Chlamydiatrachomatis, sorotipos A, B e C. De acordo com a Organização Mundial de

Saúde-OMS, o tracoma é uma importante causa de cegueira nos países emergentes,

apresentando a peculiaridade de ser irreversível e refratária ao transplante de córnea.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

284

Apesar da acentuada diminuição da ocorrência do tracoma nas últimas décadas, o

agravo ainda persiste acometendo especialmente populações carentes de todas as

regiões do país, inclusive nas grandes metrópoles. Esta doença está relacionada com

precárias condições socioeconômicas, de saneamento e de desenvolvimento humano.

Em países desenvolvidos, o controle do tracoma foi alcançado justamente com a

melhoria das condições de vida.

Esta doença é atualmente a principal causa infecciosa de cegueira evitável e,

infelizmente, estimativas globais da OMS em 2009, revelam que existem em torno de

41 milhões de pessoas no mundo com o tracoma ativo e 1,8 milhão de cegos devido à

doença. Nas populações onde o tracoma é endêmico, as principais vítimas são

crianças com até 10 anos de idade.

O agente etiológico do tracoma é a bactéria gram-negativa Chlamydiatrachomatis e

seus principais vetores são insetos como a mosca doméstica e/ou a “lambe-olhos”. O

contágio se dá diretamente, de pessoa a pessoa, ou indiretamente, através de objetos

contaminados.

Quanto aos aspectos epidemiológicos, o tracoma não existia entre as populações

nativas do continente americano. A doença foi trazida pela colonização e imigração

européias. Há estudos históricos sobre a doença que mostram que esta teria sido

introduzida no Brasil a partir do nordeste, com a deportação de ciganos,

estabelecendo-se um foco no Cariri, na segunda metade do século XIX. Os focos de

São Paulo e Rio Grande do Sul teriam se iniciado com a intensificação da imigração

européia.

Com a expansão da fronteira agrícola para oeste, o tracoma acabou por disseminar-se

por todo o país, tornando endêmico em praticamente todas as regiões e chegando a

tornar-se um dos problemas de saúde pública mais relevantes até a primeira metade

do século XX.

Entretanto, apesar da diminuição acentuada na prevalência do tracoma no país, dados

do último inquérito nacional de prevalência, realizado em 26 estados e no Distrito

Federal, mostram que a doença ainda persiste em todos eles, sempre em populações

carentes e desassistidas.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

285

Em Santa Catarina vem sendo realizados inquéritos sistemáticos desde 2004 que

mostram ainda a prevalência da doença no estado. Estes inquéritos vem sendo

realizados em municípios de baixo IDH, uma vez que, com já foi dito, a ocorrência da

doença se dá em ambientes insalubres, com condições ambientais, higiênicas e

sanitárias inadequadas. Este não é o caso dos municípios que compõem a AID do

projeto em questão.

Porém, apenas como informação, os municípios considerados de risco da endemia e

que, portanto o inquérito foi aplicado em 2010 em Santa Catarina, encontram-se

listados na Tabela 147, a seguir:

Tabela 147: Taxa de Detecção de Tracoma por Município de Residência em Santa Catarina-2010.

Município Número de

Examinados Positivos Taxa de Detecção

Arvoredo 106 2 1,9

Bandeirante 249 19 7,6

Belmonte 197 9 4,6

Bocaina do Sul 114 6 5,3

Calmon 386 29 7,5

Capão Alto 87 4 4,6

Caxambu do Sul 293 39 13,3

Cerro Negro 498 31 6,2

Coronel Martins 300 13 4,3

Dionísio Cerqueira 990 101 10,2

Flor do Sertão 191 11 5,8

Frei Rogério 207 21 10,1

Guaraciaba 621 36 5,8

Guatambu 321 17 5,3

Itapiranga 1392 122 8,8

Jardinópolis 123 11 8,9

Jupiá 178 13 7,3

Lages 1022 84 8,2

Leoberto Leal 181 18 9,9

Lebon Regis 346 34 9,8

Matos Costa 227 19 8,4

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

286

Município Número de

Examinados Positivos Taxa de Detecção

Monte Carlo 577 100 17,3

Nova Itaberaba 341 23 6,7

Paraíso 364 23 6,0

Passos Maia 203 10 4,9

Paulo Lopes 223 24 10,8

Ponte Alta 147 9 6,1

Ponte Alta do Norte 67 18 26,9

Praia Grande 351 19 5,4

Princesa 268 43 16,0

Rio Rufino 163 6 3,7

Saltinho 408 18 4,4

Santa Helena 200 25 12,5

Santa Rosa do Sul 235 28 11,9

São Bernardino 229 15 6,6

São João do Sul 137 18 13,1

São José do Cedro 1116 100 9,0

São José do Cerrito 210 9 4,3

São Miguel D’Oeste 2657 114 4,3

Timbó Grande 427 24 5,6

Total 16.372 1.265 7,7

Fonte: SINAN-NET

5.3.3.6 Dengue

A dengue é uma doença endêmica que tem sido objeto de uma das maiores

campanhas de saúde pública já vista no Brasil, exigindo um esforço substancial do

setor de saúde. O mosquito transmissor da doença, da espécie Aedes aegypti, já havia

sido erradicado de vários países do continente americano nas décadas de 1950 e

1960, porém retornou da década de 1970 por falhas justamente na vigilância

epidemiológica e pelas mudanças sociais e ambientais propiciadas pelo processo de

urbanização acelerado nesta época. Soma-se ao problema, a dificuldade de se

erradicar este transmissor, tendo em vista o mesmo se multiplicar nos vários

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

287

recipientes que podem armazenar água, particularmente os encontrados nos lixos

gerados nas cidades e depositados de maneira inadequada.

Esta amplitude do problema da dengue faz com que as atividades de prevenção da

doença perpassem o setor de saúde necessitando ser articuladas com outras esferas

das políticas públicas para ter-se sucesso, como por exemplo, a limpeza urbana e a

educação, de modo a ser alcançar maior conscientização e mobilização social em torno

do combate à dengue.

A dengue é uma doença febril aguda, que pode ter curso benigno ou grave,

dependendo da forma como se apresente. Atualmente é uma das mais importantes

arbovirose que afeta o ser humano, constituindo-se em sério problema de saúde

pública no mundo, principalmente em países tropicais. No Brasil, atinge praticamente

todos os estados, em diferentes proporções.

Em 2011 foi publicado pelo Ministério da Saúde, o novo Mapa de Risco da Dengue no

Brasil. Neste trabalho, o estado de Santa Catarina figura como área de baixo risco da

doença, inclusive o mapa faz a observação de que o estado nunca teve transmissão

autóctone da dengue (Figura 73).

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

288

Figura 73: Risco de Dengue no Brasil.Fonte: Ministério da Saúde, 2011

Segundo a última distribuição de casos notificados em Santa Catarina disponível no

site da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Estado da Saúde,

referente ao ano de 2006, a 18ª Gerência de Saúde (Florianópolis), responsável pelos

municípios ora em estudo, confirmou apenas 10 casos de dengue na capital

Florianópolis, 2 em Biguaçu e nenhum caso em São José e Palhoça.

5.3.3.7 Peste

A peste é uma doença infecciosa aguda, transmitida principalmente por picada de

pulga infectada pela Yersiniapestis, bactéria que se apresenta sob a forma de bacilo

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

289

gram-negativo, com coloração mais acentuada nos pólos (bipolar). Ela se apresenta

sob três formas clínicas principais: bubônica, septicêmica e pneumônica.

A peste, zoonose transmitida por roedores silvestres, segundo informações do

Ministério da Saúde, encontra-se atualmente restrita a algumas áreas serranas ou de

planalto, principalmente da região Nordeste do Brasil, sendo geralmente associada ao

cultivo e armazenagem de grãos. As atividades permanentes de vigilância sobre os

roedores, com captura e exames de laboratório para detecção da infecção, têm

possibilitado a situação de controle, sendo sua ocorrência restrita à forma bubônica..

No entanto, ainda persistem focos naturais da doença no Brasil. Uma, como já foi dito,

no Nordeste, localizado na região semi-árida do Polígono das Secas em vários estados

(Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia) e no

nordeste de Minas Gerais (Vale do Jequitinhonha), além de outra zona pestosa nesse

estado, fora do Polígono das Secas, no Vale do Rio Doce. O outro foco localiza-se no

estado do Rio de Janeiro, no município de Teresópolis, localizado na Serra dos

Órgãos, nos limites com Sumidouro e Nova Friburgo.

De 1983 a 2008, foram notificados 490 casos humanos no país. Estes casos ocorreram

nos focos do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e Minas Gerais. Destaca-se

que, outro aspecto epidemiológico importante desta patologia é o seu potencial letal. A

forma bubônica, quando não tratada, pode chegar a 50% e a pneumônica e

septicêmica, próximas a 100% de letalidade.

5.3.3.8 Filariose

A filariose é uma doença causada por um nematódeo, a Wucheceriabancrofti, sendo

transmitida por mosquitos, principalmente o Culexquinquefasciatus. É uma doença

bastante comum na África e no Brasil já foi muito prevalente. Porém, atualmente, está

localizada apenas em focos endêmicos na região metropolitana do Recife e, em menor

escala em Maceió, cidades onde as condições ambientais e de drenagem urbana

favorecem a permanência de alto índice de população vetorial. Em Belém, onde a

eliminação se encontra próxima, a infecção ocorre de forma residual. Assim, o

Ministério da Saúde brasileiro considera esta doença como candidata à eliminação em

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

290

futuro próximo, já que desde 1950 tem sido observada a redução nas prevalência de

infecção.

5.3.3.9 Esquistossomose

A esquistossomose tem ampla distribuição geográfica no Brasil, com maior intensidade

de transmissão na região Nordeste do país e no norte de Minas Gerais. Ela é uma

doença infecciosa parasitária, de veiculação hídrica, provocada por vermes do gênero

Shistosoma, cuja transmissão ocorre quando o indivíduo suscetível entra em contato

com águas superficiais onde existam caramujos, hospedeiros intermediários, liberando

cercarias. Inicialmente assintomática, a doença pode evoluir para formas clínicas

extremamente graves. Popularmente, também é conhecida como “Barriga D’água”.

No Brasil, a doença ocorre de forma endêmica, isto é, possui registros contínuos em

dezenove estados. Os estados do Pará, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná,

Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal são consideradas áreas de transmissão focal

da doença.

Em Santa Catarina, os focos estão localizados nos municípios de Guaramirim, Jaraguá

do Sul e São Francisco do Sul, ou seja, fora da abrangência do empreendimento objeto

deste EIA.

A Figura 77 e Figura 78 foram extraídas do site da Diretoria de Vigilância

Epidemiológica, da Secretaria de Saúde do estado de Santa Catarina sendo que o

primeiro deles ilustra a distribuição da esquistossomose no Brasil e o segundo, a

distribuição da doença no estado de Santa Catarina.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

291

Figura 74:Distribuição da Esquistossomose no Brasil.

Fonte: DIVE/Gerência de Vigilância de Zoonoses.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

293

Em 2009 foram confirmados 69 casos de contaminação por A(H1N1) em Santa

Catarina, representando 4% dos casos investigados, de acordo com dados constantes

nos registros do Sistema de Informação de Agravos de Notificação-SINAN/MS.

Apresenta-se na sequência a Tabela 148, contendo o grau de atendimento por

cobertura vacinal contra gripe nos municípios da Área de Influência Direta do

empreendimento. A situação nestas cidades está sob controle, pois dados mostram

uma cobertura bastante razoável da vacinação preventiva no total dos grupos

prioritários, todos superiores a noventa por cento.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

294

Tabela 148: Campanha Nacional de Vacinação Contra Gripe – Coberturas Vacinais por Grupos Prioritários nos Municípios da AID*.

Município

Crianças T. Saúde Gestantes Puérperas Indígenas Idosos Total M

eta

Do

ses

Co

b.

Met

a

Do

ses

Co

b.

Met

a

Do

ses

Co

b.

Met

a

Do

ses

Co

b.

Met

a

Do

ses

Co

b.

Met

a

Do

ses

Co

b.

Met

a

Do

ses

Co

b.

Governador Celso

Ramos 210 218 104 144 240 167 105 91 87 17 16 94 0 0 0 1.476 1.425 97 1.952 1.990 102

Biguaçu 1.277 1.191 93 882 820 93 638 502 79 105 103 98 280 252 90 5.189 4.615 89 8.371 7.483 89

São José 4.400 4.411 100 5.198 5.809 112 2.200 1.972 90 362 400 111 0 11 20.360 19.703 97 32.520 32.306 99

Palhoça 3.212 3.557 111 2.094 2.318 111 1.606 1.553 97 264 542 205 150 184 123 11.076 12.704 115 18.402 20.858 113

Florianópolis 8.172 6.872 84 13.985 16.815 120 4.086 3.240 79 672 639 95 0 0 49.793 42.573 86 76.708 70.139 91

* Campanha referente ao período de 15/04/2013 a 31/05/2013.

Fonte: DATASUS.

Observações:

1) CRIANÇAS (soma de doses aplicadas em crianças indígenas e não indígenas entre 6M e <2 anos) 2) INDÍGENAS (doses aplicadas em toda a população indígena, independente da faixa etária) 3) IDOSOS (soma de doses aplicadas na população >= 60 anos de idade entre os trabalhadores de saúde, indígenas e não indígenas).

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

295

5.3.3.11 Meningite

O termo meningite expressa a ocorrência de um processo inflamatório das meninges,

que são membranas que envolvem o cérebro. Ela pode ser causada por diversos

agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos e outros, além de agentes não

infecciosos, como por exemplo, traumatismos.

Do ponto de vista da saúde pública, as meningites de origem infecciosa, principalmente

as causadas por bactérias e vírus são as mais importantes, pela magnitude de sua

ocorrência potencial de produzir surtos.

Quanto aos aspectos epidemiológicos, as meningites tem distribuição mundial e sua

expressão depende de diferentes fatores como o agente infeccioso, a existência de

aglomerados populacionais, características socioeconômicas dos grupos populacionais

e do meio ambiente. De forma geral, a sazonalidade da doença caracteriza-se pelo

predomínio das meningites bacterianas no inverno e das meningites virais no verão. A

N. meningitidis é a principal bactéria causadora da doença e potencial para causar

epidemias. Pode acometer indivíduos de todas as idades, porém apresenta uma maior

incidência em crianças menores de 5 anos, especialmente lactentes entre 3 e 12

meses.

No Brasil, nas décadas de 1970 e 1980 ocorreram epidemias em várias cidades do

país, tendo como epicentro a cidade de São Paulo. A partir da década de 1990 houve

uma diminuição proporcional do sorogrupo B e aumento progressivo do sorogrupo C.

Desde então, surtos isolados deste último grupo tem sido identificados e controlados no

território nacional. Esta situação se deve muito possivelmente ao efeito combinado de

dois fatores: a alta cobertura das vacinas (BCG e Haemophilusinfluenzaetipo b-Hib) e o

esgotamento de suscetíveis.

Segundo a Análise da Situação Epidemiológica das Meningites em Geral no Estado de

Santa Catarina, disponível no site da Diretoriade Vigilância Epidemiológica, da

Secretaria de Saúde do estado de Santa Catarina, a série histórica da doença entre

1995 e 2007 mostram uma diminuição do número de caso, com pequenas oscilações

até o ano de 2000, um pico em 2002 relativo ao surte da doença viral naquele ano

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

296

(principalmente no município de Joinville) e nova diminuição a partir de 2003. Em 2006,

há um novo surto dos casos de meningite viral que manteve-se no ano de 2007.

Estes surtos atingiram os seguintes municípios em 2006: Palma sola, Maravilha, Seara,

Rio do Sul, Ibirama, Presidente Getúlio, Joinville. Em 2007, os municípios que

registraram surtos foram: Frainburgo, Ituporanga, Ibirama, Blunenau, Itajaí,

Navegantes, Orleans e novamente Joinville.

Observa-se que Biguaçu, São José, Palhoça e Florianópolis, que constituem o foco

desta análise, não consta na relação de municípios atingidos por surtos de meningites.

Nestes municípios os casos registrados em 2007, último ano da série histórica

disponível, ficam abaixo de 10 casos por 100.000 habitantes. Ainda assim, o estado de

Santa Catarina, pelo exposto acima, deve continuar se preocupando com o controle da

doença em seu território pelo número de casos nele registrados nas demais regiões.

Além disto, a doença apresenta índices consideráveis de morbi-letalidade.

As informações reunidas neste item 5.3.3 – Caracterização das Condições de Saúde e

Doenças Endêmicas, são suficientes para demonstrar que não há razões para uma

preocupação específica com doenças endêmicas na Área de Influência Direta do

empreendimento. Nenhuma das doenças endêmicas, entre as consideradas pelo

Ministério da Saúde, tem presença especial na área de estudo, não havendo nenhuma

indicação concreta de que o empreendimento possa vir a contribuir para a piora das

condições de controle já usualmente adotadas na região.

Evidentemente, deverão ser adotados os procedimentos ambientais de praxe em

qualquer de empreendimento visando a prevenção de danos ambientais de toda

natureza, incluindo danos à saúde da população envolvida, tanto as comunidades

locais quanto os trabalhadores envolvidos na implantação do projeto, no caso deste vir

a ser de fato implantado.

Entre estas medidas preventivas, está o controle de possíveis vetores, através da

manutenção da limpeza e das condições de higiene e sanitárias adequadas em todas

as áreas de obra, incluindo canteiros de obra, instalações sanitárias, refeitórios,

caminhos de serviço entre outras estruturas de apoio necessárias.

Esta manutenção se expressa através de um efetivo controle na produção de resíduos

sólidos e efluentes líquidos através de programas ambientais específicos, além de

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

297

reforço das normas de segurança e saúde junto aos técnicos e operários contratados

para os diversos serviços por meio de Programas de Educação Ambiental.

Esta Educação Ambiental deverá contemplar a Educação em Saúde como prática que

tem como objetivo promover a formação e/ou mudança de hábitos e atitudes não

desejáveis para o bem estar do indivíduo e da coletividade. Ela tem impactos diretos na

qualidade de vida dos participantes e deverá ser levada a efeito por meio de práticas

pedagógicas participativas, de modo a estimular a responsabilidade comunitária na

aquisição, apreensão e socialização dos conhecimentos.

Ressalta-se que as condições de saúde propriamente ditas, no que diz respeito às

infra-estruturas existentes no setor, recursos humanos, indicadores de saúde etc, já

foram explicitados no item 5.3.2.2.2, referente à Saúde que é parte integrante do item

sobre a Caracterização Populacional, exigida no TR do IBAMA.

5.3.4 Estrutura Produtiva e de Serviços

A dinâmica econômica nas Áreas de Influência Direta e Indireta do empreendimento

inicia-se pela evolução do Produto Interno Bruto-PIB municipal, importante indicador

para o dimensionamento da capacidade de geração de renda nos municípios.

Além do destaque para o PIB municipal, esta seção do Diagnóstico do Meio

Socioeconômico visa apresentar a evolução da estrutura produtiva e de serviços nos

municípios da Área de Abrangência do empreendimento visando caracterizar a

inserção de sua economia na região metropolitana de Florianópolis, enfatizando suas

características particulares no que tange à dinâmica de seus setores e atividades

econômicas, mercado de trabalho, relações de comércio, entre outros aspectos de

interesse para o estudo em pauta, como os vetores de crescimento econômico

observados na região.

Conforme orientação do TR emitido para este EIA, foram considerados nesta

abordagem não só a descrição das atividades econômicas em si, mas seu

detalhamento por setor de atividade, isto é, o peso de cada setor da economia, seu

nível tecnológico, aspectos da economia informal e da geração de trabalho e renda, as

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

298

relações produtivas entre as instâncias local, regional e nacional, incluindo os principais

destinos da produção local.

Cabe destacar que detalhamento dos principais produtos e usos agropecuários, será

apresentado no item seguinte, isto é, 5.3.5 – Uso e Ocupação do Solo, por

determinação da sequência lógica sugerida no TR, que neste item solicita entre outros

elementos, também os usos rurais, com indicação das culturas permanentes,

temporárias, pastagens, efetivos da pecuária etc.

O Produto Interno Bruto-PIB é o resultado, expresso em valores monetários, do

conjunto de bens e serviços produzidos numa determinada região. O PIB per capita se

refere à média indicativa da distribuição do ganho ou perda do crescimento.

A Tabela 149 reúne os dados referentes ao PIB do ano 2010 (último disponível) de

cada município da AII e da AID do empreendimento, trazendo também a contribuição

de cada setor para sua composição.

Tabela 149: Produto Interno Bruto Municipal – 2010.

Município

Composição do Valor Adicionado Bruto PIB Total a Preços

Correntes

(1.000 R$)

PIB per capita

(R$) Agropecuária

(1.000 R$)

Indústria

(1.000 R$)

Serviços

(1.000 R$)

Águas Mornas 15.444 6.873 36.076 64.442 11.619,56

Antônio Carlos 38.474 141.852 80.136 279.568 37.500,77

Biguaçu 37.544 249.489 892.877 1.338.035 22.975,29

Florianópolis 29.158 1.143.227 7.131.334 9.806.534 23.282,20

Governador Celso Ramos

21.377 17.464 94.538 141.400 10.866,87

Palhoça 14.813 396.860 1.364.156 2.018.747 14.714,01

São José 6.415 885.102 3.299.601 4.784.758 22.729,04

Santo Amaro da Imperatriz

15.137 58.511 152.418 243.818 12.295,39

São Pedro de Alcântara

6.797 5.937 25.396 40.791 8.660,45

Fonte: IBGE, PIB 2010.

Os dados e informações recolhidas revelam o quanto o componente urbano atua no

direcionamento das atividades econômicas, tanto no âmbito nacional, quanto no

regional e local. Observa-se que tanto o setor de serviços quanto da indústria

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

299

incrementam a economia da área de estudo considerada em conjunto, sendo

responsáveis pela geração dos maiores valores adicionados ao PIB total.

Na avaliação dos setores produtivos, a agropecuária contribuiu com 23,96% em Águas

Mornas, 13,76% em Antônio Carlos, 2,8% em Biguaçu, apenas 0,29% em

Florianópolis, 15,12% em Governador Celso Ramos, 0,77% em Palhoça, 0,13% em

São José, 6,2% em Santo Amaro da Imperatriz e 16,66% em São Pedro de Alcântara.

Também foram apuradas as faixas de rendimento da população dos municípios

considerados neste estudo. A fonte da pesquisa foi o Censo Demográfico do IBGE

realizado no ano de 2010. A Tabela 150 traz o total de pesquisados por faixa de

rendimentos.

Tabela 150: Total de Domicílios por Faixas de Renda.

Município

Classes de Rendimento Nominal Mensal Domiciliar Per Capita

Até ¼ de SM

Mais de ¼ a ½ SM

Mais de ½ a 1 SM

Mais de 1 a

2

Mais de 2 a

3

Mais de 3 a

5

Mais de 5 SM

Sem Rendimento

Águas Mornas

47 159 594 642 146 56 25 21

Antônio Carlos

29 139 764 912 218 132 57 21

Biguaçu 263 1.697 5.599 6.827 1.928 1.003 368 349

Florianópolis 1.072 7.118 23.980 39.291 20.675 21.707 29.814 3.491

Governador Celso

Ramos 53 505 1.413 1.471 330 167 81 81

Palhoça 532 3.350 11.481 16.847 5.544 3.120 1.313 775

São José 565 3.743 13.971 25.069 11.541 8.533 5.222 903

Santo Amaro da Imperatriz

43 425 1.767 2.508 729 403 213 66

São Pedro de Alcântara

8 75 307 472 152 70 21 13

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

A tabela precedente mostra que a principal faixa de renda encontrada nos domicílios

dos municípios pesquisados situa-se entre mais de um salário mínimo até dois salários

mínimos, que na data deste estudo, corresponde aos valores entre R$ 678,00 e R$

1.356,00.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

300

Em Águas Mornas, a pesquisa sobre renda abrangeu 1.690 domicílios, dos quais

37,98% situavam-se nesta faixa. Em Antônio Carlos, do total de 2.272 domicílios,

40,14% correspondem a este rendimento. Em Biguaçu, foram 18.034 domicílios e

37,85% também recebem rendimentos na faixa de 1 a 2 salários mínimos. No

município de Governador Celso Ramos, o total de domicílios consultados quanto ao

quesito renda foi de 4.116 e 35,73% deles aferem rendimentos entre 1 e 2 salários

mínimos. Em Florianópolis, o percentual nesta faixa é de 26,70% dos 147.148

domicílios consultados. Palhoça apresenta 39,21% entre seus 42.962 domicílios

pesquisados, São José 36,04% entre os 69.547 domicílios, Santo Amaro da Imperatriz

40,74% dos 6.156 domicílios e em São Pedro de Alcântara o percentual de domicílios

entre 1 e 2 salários mínimos atinge 42,21% dos 1.118 domicílios.

Outra análise interessante quanto ao nível de renda na região de abrangência do

projeto é a proporção de domicílios situados abaixo da linha da pobreza. Como já

mencionado nos indicadores sociais relacionados neste diagnóstico, oIBGE considera

pobre o indivíduo que possui renda per capita inferior a R$ 180,00 por mês,

considerando metodologia adotada pelo IPEA.

Tomando-se como base o número de domicílios que recebem até ¼ de salário mínimo

somados ao número de domicílios que declararam não possuir nenhum rendimento,

pode-se dizer que o percentual de domicílios situados abaixo da linha de pobreza em

cada município é seguinte:

Águas Mornas – 4,02%

Antônio Carlos – 2,20%

Biguaçu – 3,39%

Florianópolis – 3,10%

Governador Celso Ramos – 3,25%

Palhoça – 3.04%

São José – 2,11%

Santo Amaro da Imperatriz – 1,77%

São Pedro de Alcântara – 1,87%

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

301

Esta análise possibilita perceber uma diminuição dos níveis de pobreza nos municípios

observados entre a elaboração do Mapa da Pobreza do Brasil, em 2003 (citado na

caracterização populacional) e o ano de 2010, ainda que se trate apenas de uma

inferência, uma vez que o trabalho realizado pelo IBGE, evidentemente, tem uma

metodologia específica e muito mais aprofundada.

Pode-se afirmar que a qualidade de vida da população está diretamente relacionada

com a renda, ainda que se encontre exclusivamente relacionada a esta. Em uma

economia de mercado, como é o caso da brasileira, existem componentes essenciais

para o bem-estar das famílias que dependem de sua capacidade de comprar produtos

e serviços, tais como alimentos, vestuários, transporte, lazer etc. Para o país como um

todo, é importante que a população tenha renda suficiente para adquirir estes bens e

serviços que não são, e nem poderiam ser, oferecidos gratuitamente pelo Estado, de

modo a aquecer a economia e criar um círculo econômico virtuoso. Além disto, essas

operações possibilitam a arrecadação de impostos que, teoricamente, são revertidos

na construção de bens e na prestação dos serviços públicos.

O mais recente indicador de renda per capita aferido para a região metropolitana de

Florianópolis foi realizado através de pesquisa do Censo 2010, onde é possível obter o

valor de rendimento mensal médio de todos os trabalhos das pessoas de 10 anos ou

mais de idade. A partir dos resultados desta pesquisa elaborou-se a Tabela 151 com a

rendaper capita por município da AII e AID do empreendimento.

Tabela 151: Renda Per Capita Mensal nos Municípios da AII e AID.

Município Renda Per Capita Mensal (R$)

Águas Mornas 982,74

Antônio Carlos 1.218,20

Biguaçu 1.193,61

Florianópolis 2.355,52

Governador Celso Ramos 1.091,71

Palhoça 1.256,43

São José 1.588,57

Santo Amaro da Imperatriz 1.249,37

São Pedro de Alcântara 980,62

Fonte: IBGE, 2010.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

302

Ainda segundo a pesquisa do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da

EPAGRI-SC – ICEPA em 2003 para o Diagnóstico e Agenda do Desenvolvimento para

a Área Social do Estado de Santa Catarina, os municípios de Biguaçu e Palhoça são os

que apresentam as maiores taxas de desemprego da região metropolitana, superiores

à média do estado de Santa Catarina. A Tabela 152 traz as taxas de desemprego e de

informalidade apuradas para a região de estudo.

Tabela 152: Taxas de Informalidade e Desemprego da AII e AID.

Município Taxa de Informalidade (%) Taxa de Desemprego (%)

Águas Mornas 67,0 3,6

Antônio Carlos 69,5 2,7

Biguaçu 39,2 14,3

Florianópolis 36,7 12,3

Governador Celso Ramos 41,1 8,4

Palhoça 39,0 14,3

São José 35,0 12,9

Santo Amaro da Imperatriz 47,6 9,7

São Pedro de Alcântara 47,7 5,4

Grande Florianópolis 38,6 12,3

Santa Catarina 46,9 10,3

Fonte: ICEPA/Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável, 2003.

O sucesso no combate às desigualdades depende em grande parte do crescimento

econômico sustentado. Porém, só o crescimento econômico não é suficiente, mas

também a maneira como a riqueza é criada e distribuída. Por isto é importante o foco

sobre a questão do trabalho e da renda como elo articulador entre crescimento e

desenvolvimento humano. Além disto, o desenvolvimento do bem-estar social e da

qualidade de vida de uma cidade pressupõe a necessidade de consolidar

progressivamente um modelo de pleno emprego, baseado num trabalho produtivo e

sem discriminações.

Assim sendo, é importante considerar, além do elemento renda, a parcela das

populações dos municípios em estudo pertencente à População Economicamente

Ativa-PEA. O IBGE considera que a PEA compreende pessoas de 10 anos ou mais

que durante os 12 meses anteriores à data do censo demográfico tenham exercido

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

303

trabalho remunerado, em dinheiro e/ou em produtos e mercadorias, inclusive as

licenciadas com remuneração e as sem remuneração, que trabalham habitualmente

quinze horas ou mais por semana, em uma atividade econômica.

Para a avaliação deste item utilizou-se o Censo Demográfico do IBGE referente ao

Censo 2010. Assim, considerando as informações por ora disponíveis, elaborou-se a

Tabela 153, que traz os dados relativos à PEA entre os municípios da AII e AID do

empreendimento.

Tabela 153: População Economicamente Ativa por Sexo nos Municípios da AII e AID – 2010.

Município Total

2010

Condição de atividade na semana de referência

Economicamente Ativas

Não Economicamente

Ativas

Total Total

Águas Mornas 5.390 3.766 1.161

Antônio Carlos 6.434 4.269 2.205

Biguaçu 48.077 30.758 19.105

Florianópolis 342.315 241.131 132.857

Gov. Celso Ramos 11.598 7.037 4.410

Palhoça 102.742 77.958 39.847

São José 173.559 122.446 61.061

S. Amaro da Imperatriz 15.708 11.500 5.918

S. Pedro de Alcântara 3.584 2.427 1.936

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

A partir das informações sobre a PEA, procurou-se estabelecer também a razão de

dependência entre esta e a população total de cada município no ano de referência

(2010) e o número de pessoas dependentes para cada pessoa ativa. Esta análise é

importante porque mostra o grau de equilíbrio entre a quantidade de população e o

número de pessoas participantes no processo de geração de riquezas. A Tabela 154

condensa estes dados e mostra que as piores situações são observadas em Biguaçu,

Governador Celso Ramos, Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz.

Tabela

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

305

Figura 76: Faixa da Festa da Hortaliça de Antônio Carlos.

No setor industrial, o grande expoente do município é a Fábrica da Vonpar Bebidas,

franqueada da Coca-Cola e distribuidora da FEMSA Cerveja Brasil no Rio Grande do

Sul e Santa Catarina. Em 2010, uma pesquisa entre as 38 fábricas do Sistema Coca-

Cola Brasil elegeu a unidade de Antônio Carlos como a segunda mais eficiente em todo

o país. Esta fábrica é uma importante geradora de empregos diretos e indiretos na

cidade, além de constituir importante fonte de impostos para o município.

Já em Governador Celso Ramos, merece destaque o setor pesqueiro. A história

econômica deste município revela que esta atividade vem, inclusive, superando a

agricultura em importância. Entre 1917 e 1925 a produção agrícola era mais

expressiva. Nesse período havia também muitos engenhos de farinha e açúcar

espalhados na região, que então vendia esta produção para os municípios vizinhos.

Ainda nesta época tinha destaque a produção e o beneficiamento do arroz,

principalmente nas terras de propriedade do Sr. Francisco Wollinger, produtor

considerável naqueles tempos. Além da farinha de mandioca, do açúcar e do arroz,

Governador Celso Ramos também produzia o colorau, café, óleo de nozes e sabão.

No setor pesqueiro, desde 1990, a produção de maior destaque é a de mexilhões, que

atinge cerca de três toneladas por ano. São cerca de 300 pescadores e cerca de 3.000

pessoas que direta ou indiretamente atuam nesse ramo na cidade. As principais

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

306

indústrias de pescado atuantes na cidade são a Pridileta, a La Serena, Ângelo D’Rico,

Três Irmãos, Silva Filho, PeganNapesca e Pescado Rocha.

A pesca e a maricultura hoje são as principais atividades econômicas do município de

Governador Celso Ramos, com grande parte da população envolvida em todos os

processos da atividade, desde a captura, manipulação, industrialização, transporte e

comercialização dos pescados, além da produção de embarcações e artefatos de

pesca. A produção de mariscos em cativeiro é a maior do estado de Santa Catarina.

A maioria dos pescados é produzida ainda de forma artesanal e seu destino principal

tem sido o Mercado Público e vários restaurantes de Florianópolis.

Atualmente, Governador Celso Ramos é também grande produtora de iogurte e outros

derivados de leite, tendo destaque a produção agroindustrial da empresa Papemborg,

situada no bairro conhecido como Areias de Baixo. Outros empreendimentos de

destaque na cidade são as empresas Naflor, Primaflor e Uniflor, que comercializam

plantas ornamentais.

O município litorâneo possui 23 praias e uma das mais belas baías da região, sendo

que algumas das praias constituem balneários com bastante movimento turístico no

verão, inclusive por surfistas devido à qualidade de suas ondas. Também constituem

atrativos a Reserva Marinha do Arvoredo e a Ilha de Anhatomirim, muito procuradas

para passeios de barco e mergulhos.

Por ser uma atividade ainda relativamente recente, Governador Celso Ramos ainda

não tem este setor plenamente estruturado, tendo sido muito recente a instalação de

hotéis e pousadas com maior capacidade na cidade. Entretanto, o incremento do

turismo já vem impactando positivamente o comércio, que vê o número de

estabelecimentos crescendo nos últimos anos.

Ainda assim, por ser uma cidade com poucas alternativas para a geração de renda,

vem se constituindo em cidade dormitório, havendo um deslocamento significativo de

mão-de-obra para as cidades vizinhas de São José e Biguaçu.

São Pedro de Alcântara tem aproveitado sua aparência de pequena cidade com

características rurais para explorar os ramos do turismo rural, ecoturismo e o chamado

turismo histórico-cultural. Sua economia ainda é bastante influenciada pelo setor

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

308

enquanto no Distrito de Campinas prevalece o setor de comércio, com 28,2% das

empresas.

A importância de São José no cenário econômico de Santa Catarina pode ser

comprovada por sua colocação na arrecadação do ICMS, na qual ocupa a 5ª posição,

além de deter o oitavo parque industrial do estado.

Em Biguaçu, o destaque econômico vem com a instalação da Rede de Supermercados

Angeloni na cidade que gerou diretamente 180 empregos e com a construção da Área

Industrial e Comercial de Biguaçu com investimentos oriundos da iniciativa privada.

Também se destacam os seguintes estabelecimentos comercial na sustentação da

base econômica de Biguaçu: Indústria de Fumos Cia. América, a Transportadora

JAMEF, a renovadora de pneus Vipal e a Novitec, que comercializa produtos químicos.

Figura 77: Parque Municipal de Desenvolvimento de Biguaçu.

Em Palhoça novos empregos são oferecidos pela abertura de lojas e centros

comerciais como a Milium, Camelão e a Carioca Calçados. Também foi importante a

abertura do Shopping Via Catarina, que ainda está em expansão.

O destaque comercial de Palhoça apresenta características históricas. A cidade, desde

sua fundação, servia como ponto de passagem de tropas oriundas da região serrana

do estado de Santa Catarina em direção ao “Desterro” (atual Florianópolis),

estabelecendo-se logo como um entreposto comercial entre estas localidades.No

entanto, com a construção da Ponte Hercílio Luz, a produção passou a ser levada

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

309

diretamente à capital, prejudicando a economia de Palhoça que somente nos anos de

1970 passou a recuperar-se, transformando definitivamente o perfil econômico

municipal que passou a privilegiar o setor secundário e terciário em detrimento das

atividades ligadas ao campo que hoje compõem apenas 1,46% do PIB deste município,

conforme já demonstrado anteriormente.

Palhoça é também considerada como uma das cidades que mais crescem no estado

de Santa Catarina. De acordo com o Atlas do Mercado Brasileiro de 2008, publicação

do jornal Gazeta Mercantil, Palhoça seria o município mais dinâmico do país para atrair

novos investimentos. Desde 2005 ele atraiu 2,4 mil novas empresas que investiram R$

10 bilhões e estimam gerar 10 mil novos empregos no município.

O crescimento industrial deve-se em grande parte à sua localização geográfica

privilegiada, próxima de portos e rodovias. Neste setor destacam-se principalmente as

indústrias de móveis, de produtos alimentícios e bebidas, metal, máquinas e

equipamentos, produtos minerais e não metálicos e vestuário.

além disto, Palhoça é também grande produtora de mariscos, ostras e camarões, além

de ser um dos maiores pólos de criação de escargots do Brasil. Segundo dados da

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – EPAGRI, o

município é o maior produtor estadual de mexilhões e os dados de sua produção de

moluscos indicam que a região tem uma importância considerável para a atividade de

malacocultura (cultivo de moluscos) tanto em Santa Catarina como no Brasil.

Há que se considerar ainda, neste estudo, as Estatísticas do Cadastro Central de

Empresas, do IBGE, cujo último ano de referência é 2011. De acordo com os dados

contidos neste cadastro, elaborou-se a Tabela 155, que reúne os números relativos à

quantidade de unidades locais, pessoal ocupado, número de assalariados e salário

médio mensal nos estabelecimentos comerciais de cada município considerado na AII

e AID.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

310

Tabela 155: Estatísticas do Cadastro Central de Empresas na AII e AID – 2011.

Município Nº

Unidades Locais

Total de Pessoal Ocupado

Total de Assalariados

Salário Médio

mensal (SM)

Nº de Empresas Atuantes

Águas Mornas 163 1069 885 2,4 161

Antônio Carlos 367 2.265 1.761 2,4 365

Biguaçu 1.556 13.422 11.643 2,6 1.534

Florianópolis 25.489 291.210 260.841 4,8 24.152

Gov. Celso Ramos 381 2.078 1.632 2 373

Palhoça 4.944 38.369 32.522 2,3 4.827

São José 10.043 102.609 90.706 2,3 9.734

S. Amaro da Imperatriz

831 5.829 4.880 2 818

São Pedro de Alcântara

144 575 386 2 144

Fonte: IBGE – Cadastro Central de Empresas, 2011.

No que se refere ao recorte setorial, o segmento de prestação de serviços é o mais

representativo em número de empresas.

Outro aspecto, que se refere ao destino da produção local além do nível local e

regional, é o dos municípios com capacidade para exportação. Tem-se como maiores

municípios exportadores entre aqueles em questão, os de Florianópolis e Palhoça.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,até

abril/2013, a Balança Comercial de Biguaçu apresentou um saldo positivo de US$

91.518, enquanto a de Águas Mornas apresentou um saldo negativo de US$ 169.244 e

a de Florianópolis também com saldo negativo de US$ 54.243.384, assim como as de

Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz com saldos negativos de US$ 24.295.415 e US$

406.969, respectivamente.

Segundo a mesma fonte de informações, não há informação sobre as Balanças

Comerciais de Antônio Carlos, Governador Celso Ramos e São Pedro de Alcântara.

Aliás, no geral, as Balanças Comerciais nos municípios em estudo no ano considerado

foram negativas, à exceção de Biguaçu.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

311

Para um detalhamento da situação de emprego na Área de Influência Direta,

apresenta-se a Tabela 156 e Tabela 157, que fornecem informações sobre a

quantidade de trabalhadores por atividade econômica em 2010 e Evolução do Emprego

Formal, respectivamente.

Tabela 156: Número de Trabalhadores por Atividade Econômica na AID – 2010.

Município Agropecuária Indústria Construção

Civil Comércio Serviços Total

Biguaçu 1.763 3.891 3.295 5.621 15.073 29.643

São José 846 10.334 9.734 29.079 67.254 117.247

Palhoça 1.958 8.711 9.429 16.045 38.631 74.774

Florianópolis 2.956 10.659 15.143 39.568 160.676 229.002

Governador Celso

Ramos 1.413 952 556 1.003 2.801 6.725

Fonte: IBGE, 2010.

Tabela 157: Evolução do Emprego Formal na AID – trabalhadores com carteira assinada - 2010.

Município Ano 2000 Ano 2010 Evolução (%)

Biguaçu 9174,00 17513,00 91%

São José 39.466 73.061 85%

Palhoça 19.705 44.104 124%

Florianópolis 73.166 121.880 67%

Governador Celso Ramos

2.258 3.569 58%

Fonte: IBGE, 2010.

Conforme se pode depreender das tabelas anteriores, os setores que mais

empregaram foram o de Comércio e Serviços, seguidos pela Construção Civil. Quanto

àevolução no emprego formal, o município que obteve o maior grau foi Palhoça,

seguido de Biguaçu, São José e Florianópolis.

Nas áreas mais próximas ao traçado proposto para a rodovia a ser implantada, ora em

projeto, observou-se um grande número de propriedades na zona rural voltadas ao

plantio de grama e hortaliças. Também há atividades ligadas ao lazer e turismo, como

um parque aquático e diversos estabelecimentos voltados à prestação de serviços

como jazidas comerciais, serviços de terraplenagem, locais de eventos etc.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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Na ADA propriamente dita foram identificados diversos tipos de empreendimentos

comerciais como por exemplo, posto de gasolina,oficina mecânica, borracharia,

marcenaria, salão de beleza, loja de decoração, transportadora, aluguel de

equipamentos, , distribuidora de gás, venda de carros, peças e acessórios, centro

educacional, venda de produtos de limpeza, usos agropecuários com plantação de

hortaliças, pecuária, criação de animais para exposição, venda de barro para plantação

de grama, produção da própria grama, beneficiamento de batata e cebola, entre outros.

As fotos que se seguem ilustram algumas das atividades comerciais identificadas na

área mais próxima ao traçado proposto para o Contorno de Florianópolis.

Figura 78: Empresa Tyson Foods– processadora de carnes – São José.

Figura 79: Parque Aquático Vô Ná – São José.

Figura 80: Serviços voltados à construção civil. Figura 81: Plantio de grama.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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Figura 82: Agricultura. Figura 83: Pedreira comercial.

Ainda para subsidiar a análise sobre a capacidade de suporte econômico dos

municípios da AID do empreendimento, foi levantado também, de forma complementar

ao exigido no TR, os principais repasses financeiros federais que compõem a receita

municipal, bem como suas despesas gerais. Espera-se com isso, de forma ampla,

delinear a situação das finanças públicas em cada município analisado.

Entre os recursos financeiros majoritários estão as verbas do Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da

Educação-FUNDEB, e, por último do Fundo de Participação dos Municípios-FPM, além

da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico-CIDE e do Imposto Sobre

Circulação de Mercadorias e Serviços-ICMS, dos quais não se obteve informações.

Para se ter uma noção do montante arrecadado em cada município e do panorama de

suas finanças públicas, apresenta-se uma tabela com a síntese dos valores

repassados aos municípios por cada algumas destas fontes no período de Junho de

2013.

Tabela 158: Repasses Financeiros Federais aos Municípios da AID –Junho de 2013.

Fonte

Valor Repassado por Município (R$)

Biguaçu São José Palhoça Florianópolis Governador

Celso Ramos

FPM 1.174.755,06 2.818.017,71 1.922.326,46- 5.727.085,05 427.183,66

FUNDEB 6.059.092,82 24.839.066,42 14.844.321,69 40.073.609,90 2.276.562,17

Total 7.233.847,88 27.657.084,13 14.844.321,69 45.800.694,95 2.703.745,83

Fontes: Banco do Brasil – Demonstrativo de Distribuição da Arrecadação.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

314

Quanto às despesas municipais, as únicas informações disponíveis de forma

estruturada são aquelas referentes ao ano de 2009, do IBGE. Segundo este instituto,

em Biguaçu o total de despesas empenhadas naquele ano foi de R$ 65.140.859,49

para uma receita orçamentária total de R$73.966.977,94. Em São José, as despesas

corresponderam ao montante de R$ 215.895.751,16 contra uma receita de R$

249.644.303,69. Em Palhoça, as despesas totais do município corresponderam a R$

128.403.828,30 em 2009, numa receita orçamentária de R$ 144.265.587,07, enquanto

em Florianópolis as despesas alcançaram o valor total de R$ 796.368.433,11 para uma

receita de R$ 782.605.012,07, havendo portanto, naquele ano, um déficit orçamentário.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I

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