contorno rodoviÁrio de florianÓpolis
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AGOSTO DE 2013
CONTORNO RODOVIÁRIO DE FLORIANÓPOLISESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
VOLUME 4 - TOMO I
(Empreendedor)
Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
VOLUME 4 – TOMO I
(Diagnóstico Ambiental do Meio Socioeconômico ‐ Metodologia Aplicada,
Caracterização Populacional, Caracterização das Condições de Saúde e Doenças
Endêmicas e Estrutura Produtiva e de Serviços)
CONTORNO RODOVIÁRIO DE FLORIANÓPOLIS
(Executor do Estudo)
Agosto de 2013
Relatório Final N RL-13008-ROD-PAV-EIA-004-T1-0
Empreendimento
CONTORNO RODOVIÁRIO DE FLORIANÓPOLIS/SC
Página 1 de 321
Usuário
Autopista Litoral Sul (ALS)
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)
RL-13008-ROD-PAV-EIA-004-T1-0.doc
Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
VOLUME 4 – TOMO I
ÍNDICE DE REVISÕES
Rev. DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS
0
ORIGINAL REV. A REV. B REV. C REV. D REV. E REV. F REV. G REV. H
DATA DA EXEC. 19/08/2013
EXECUÇÃO: MDM
VERIFICAÇÃO JRC
APROVAÇÃO: BSC
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .......................................................................................................... 4
5.3. MEIO SOCIOECONÔMICO .................................................................................... 9
5.3.1 Metodologia Aplicada .......................................................................... 11
5.3.1.1 Águas Mornas ...................................................................................... 15
5.3.1.2 Antônio Carlos ..................................................................................... 17
5.3.1.3 Biguaçu ................................................................................................ 18
5.3.1.4 Florianópolis ......................................................................................... 19
5.3.1.5 Governador Celso Ramos ................................................................... 20
5.3.1.6 Palhoça ................................................................................................ 21
5.3.1.7 Santo Amaro da Imperatriz .................................................................. 23
5.3.1.8 São José .............................................................................................. 24
5.3.1.9 São Pedro de Alcântara ....................................................................... 25
5.3.2 Caracterização Populacional ............................................................... 31
5.3.2.1 Indicadores Sociais .............................................................................. 43
5.3.2.2 Caracterização da Área de Influência Direta ....................................... 55
5.3.2.3 Organização Social ............................................................................ 246
5.3.2.4 Padrões de Migração ......................................................................... 257
5.3.2.5 Expectativas da População Diretamente Afetada .............................. 264
5.3.3 Caracterização das Condições de Saúde e Doenças Endêmicas .. 276
5.3.3.1 Malária ............................................................................................... 279
5.3.3.2 Cólera ................................................................................................ 280
5.3.3.3 Leishmaniose ..................................................................................... 281
5.3.3.4 Doença de Chagas ............................................................................ 282
5.3.3.5 Tracoma ............................................................................................. 283
5.3.3.6 Dengue .............................................................................................. 286
5.3.3.7 Peste .................................................................................................. 288
5.3.3.8 Filariose ............................................................................................. 289
5.3.3.9 Esquistossomose ............................................................................... 290
5.3.3.10 Influenza ........................................................................................... 292
5.3.3.11 Meningite .......................................................................................... 295
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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5.3.4 Estrutura Produtiva e de Serviços .................................................... 297
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 315
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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APRESENTAÇÃO
Este Volume 4 – Diagnóstico do Meio Socioeconômico referente ao EIA/RIMA do
Contorno de Florianópolis é dividido em 3 tomos: o Tomo I – contém a metodologia
aplicada, a caracterização populacional, a caracterização das condições de saúde e
doenças endêmicas e a estrutura produtiva e de serviços; o Tomo II contém os demais
itens do socioeconômico, uso e ocupação do solo; reassentamento e desapropriação;
caracterização de comunidades tradicionais e quilombolas; caracterização de
comunidades indígena e patrimônio histórico, comentários sobre o cultural e
arqueológico; e o Tomo III contém especificamente o Diagnóstico do Patrimônio
Cultural Material (Arqueológico).
Este empreendimento pertence ao Programa de Exploração de Rodovias, Ampliação
da Capacidade, da Concessão das Rodovias Federais definido pela Agência Nacional
de Transportes Terrestres - ANTT, cuja Concessionária é a AUTOPISTA LITORAL SUL
- ALS para a BR 116/PR – BR 376/PR – BR/SC, trecho Curitiba – Florianópolis, que vai
até Palhoça, totalizando 382,3 km de extensão, compreendendo o referido Contorno.
O Contrato de Concessão assinado em 2008, operação iniciada em 15 de agosto, além
das melhorias das condições do pavimento, sinalização, iluminação, dispositivos de
segurança e conforto aos usuários que incluíram a implantação de bases de serviços
operacionais, serviços de atendimento ao usuário (médico, socorro mecânico, combate
à incêndio, inspeções diversas, resgate de animais na pista, etc), implantação de
interseções, inclusive em desnível, passagens inferiores, melhoria de traçado,
marginais e outras obras, previu a construção do Contorno Rodoviário de Florianópolis,
em pista dupla, conforme concepção do projeto funcional, base para este estudo.
A empresa responsável pelo empreendimento e pela condução do processo de
licenciamento ambiental junto ao IBAMA é Autopista Litoral Sul S/A, pertencente à
empresa Arteris S.A..
Este EIA foi desenvolvido pela empresa MPB Saneamento Ltda. (MPB Engenharia)
tendo por base os dados do Projeto de Engenharia e informações correlatas fornecidas
pela ALS. Foram envolvidos na elaboração deste EIA uma ampla gama de
profissionais, distribuídos nas funções de Coordenador Geral, Coordenador Adjunto,
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Coordenadores Técnicos e Assessoria Técnica de diversas áreas de conhecimento,
englobando os Meios Físico, Biótico e Socioeconômico, além de profundo
conhecimento na avaliação dos impactos ambientais, bem como nas medidas voltadas
a evitar, mitigar e compensar os impactos negativos e potencializar os impactos
positivos.
A orientação para elaboração do EIA/RIMA foi dada pelo IBAMA, através de Termo de
Referência (TR) emitido especificamente para o empreendimento Contorno Rodoviário
de Florianópolis/SC. O TR tem como objetivo instrumentalizar os responsáveis pela
coordenação e execução dos estudos, com informações, recomendações e exigências
fundamentadas na legislação, normas, manuais e diretrizes aplicáveis, permitindo que
o EIA/RIMA atinja a qualidade desejada pelo órgão ambiental.
O início de avaliação do EIA/RIMA por parte do IBAMA está condicionada ao
atendimento de todos os itens presentes no TR, ou seja, o EIA/RIMA deve possuir
todas as informações solicitadas pelo órgão ambiental.
Durante a elaboração do EIA/RIMA podem ser observadas situações que remetem em
alteração(ões) do projeto de engenharia, sob pena de o projeto se tornar inviável do
ponto de vista ambiental caso esta(s) alteração(ões) não sejam contempladas. Atento a
este fato, durante a elaboração dos estudos houveram reuniões entre a MPB
Engenharia e ALS, onde a MPB expõe algumas situações do projeto de engenharia
que mereçam atenção, remetendo a necessidade de alteração de projeto e/ou
implantação de medidas que evitem, mitiguem e compensem os impactos ambientais
negativos.
Quanto as tratativas de licenciamento ambiental, o EIA faz parte do processo de
Licenciamento existente no IBAMA, iniciado no ano de 2009 (Processo nº
02001.000869/2009-16). No início do processo de licenciamento foi apresentado pelo
empreendedor o traçado, previsto no Plano de Exploração da Rodovia (PER), que é
diferente do que aquele que é aqui estudado. Para este traçado, foi apresentado pela
ALS, e protocolado no IBAMA, um EIA/RIMA também de autoria da MPB Engenharia,
sendo este apresentado à população através de audiências públicas realizadas nos
municípios de Biguaçu, São José e Palhoça no mês de novembro de 2012.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Nas audiências públicas levantou-se a questão de que o projeto do Contorno
Rodoviário de Florianópolis, previsto no PER, que apesar de ter recebido anuência
formal dos prefeitos da região, não atendia aos interesses relacionados à expansão
dos municípios de Biguaçu e Palhoça. Esta questão foi abordada pelos Prefeitos e por
determinação da ANTT iniciou-se um processo para a alteração no traçado do projeto
nos trechos de Biguaçu e Palhoça.
Para o processo de licenciamento ambiental, conforme acordado entre IBAMA e
Autopista Litoral Sul, oficializado pelo IBAMA em 17 de abril de 2013, esta alteração de
traçado necessita ser estudada do mesmo modo que o traçado anterior, utilizando-se o
Termo de Referência original.
Com esta informação a ALS vem redobrando esforços para apresentar a nova versão
do EIA/RIMA na maior celeridade possível, sem prejuízos a qualidade dos estudos e ao
atendimento às exigências do IBAMA.
Dentre estes esforços aplicados pelo empreendedor, destaca-se a proposição de
alteração metodológica de diagnóstico faunístico necessário para o processo de
licenciamento, onde, em suma, foi possível reduzir o prazo de aceite do IBAMA para o
EIA/RIMA de outubro/2013 para agosto/2013. Esta situação, embora pareça que
haverá a redução e prejuízos aos estudos faunísticos, promoverá a duplicação dos
trabalhos de levantamento dos dados primários (serviço de campo).
Paralelamente ao Estudo Ambiental, necessário ao licenciamento no IBAMA, outros
estudos específicos foram (ou deverão) ser executados a fim de prover de informações
outros órgãos, como FUNAI, Fundação Palmares, IPHAN e Órgãos Responsáveis
pelas Unidades de Conservação (ICMBio no âmbito federal), para que estes possam se
manifestar no processo de licenciamento ambiental, em conformidade com a IN
184/2008 do IBAMA. O EIA/RIMA também contempla informações relacionadas à área
de atuação destes órgãos.
Assim, o presente Estudo de Impacto Ambiental está organizado em 6 Volumes:
Volume 1 – Dados do Empreendimento, Alternativas Tecnológicas e Locacionais e
Áreas de Influência; Volume 2 – Diagnóstico do Meio Físico; Volume 3 – Diagnóstico do
Meio Biótico, divido em Tomo I – Metodologia Aplicada e Flora e Tomo II – Fauna;
Volume 4 – Diagnóstico do Meio Socioeconômico, cujo volume é dividido em 3 tomos:
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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o Tomo I contém a metodologia aplicada, a caracterização populacional, a
caracterização das condições de saúde e doenças endêmicas e a estrutura produtiva e
de serviços; o Tomo II contém informações relacionadas ao uso e ocupação do solo,
reassentamento e desapropriação, caracterização das comunidades tradicionais e/ou
quilombolas, caracterização das comunidades indígenas e patrimônio histórico, cultural
e arqueológico; e o Tomo III contém o diagnóstico prospectivo arqueológico; Volume 5 -
Passivos Ambientais; e Volume 6 – Análise Integrada, Prognóstico Ambiental e
Avaliação dos Impactos Ambientais, Medidas Mitigadoras, Compensatórias e
Programas Ambientais, Compensação Ambiental, Conclusão, Bibliografia e Glossário.
No que tange à Bibliografia, cada Volume e Tomo do EIA terá ao seu final a listagem
de referências consultadas, destacando-se que em atendimento ao TR, o Referencial
Bibliográfico de todo EIA será apresentado, por área de abrangência, no Volume 6,
Capítulo 12 do presente Estudo de Impacto.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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INTRODUÇÃO
Com o objetivo de integrar o Estudo de Impacto Ambiental-EIA e seu respectivo
Relatório de Impacto Ambiental-RIMA acerca da região de influência do chamado
Contorno de Florianópolis/SC, este capítulo apresenta o Diagnóstico do Meio
Socioeconômico, realizado de acordo com o Termo de Referência-TR definitivo
expedido pelo IBAMA.
O projeto em questão trata da implantação do Contorno de Florianópolis. Segundo a
Norma DNIT nº 003/2002/PAD, contorno é o “trecho de rodovia destinado à circulação
de veículos na periferia das áreas urbanas, de modo a evitar ou minimizar o tráfego no
seu interior, sem circundar completamente a localidade”.
Desse modo, esta seção contempla a análise conjunta de informações de natureza
social e econômica necessárias ao delineamento dos padrões de uso e ocupação do
espaço, regional e local, e do perfil sociodemográfico da população da área onde se
insere o empreendimento. Seu conteúdo aborda informações sobre a caracterização
socioeconômica e cultural das áreas de influência do projeto, abordando os processos
históricos de sua ocupação, regionalização, dinâmica populacional e territorial,
aspectos econômicos, pólos regionais, infra-estrutura e organização social.
O trabalho foi realizado sob a perspectiva de se verificar a capacidade antrópica de
suporte das regiões afetadas para o atendimento das necessidades advindas da
implantação do empreendimento, isto é, foram averiguadas quais as características das
populações residentes nestas áreas, em termos de dinâmica populacional, níveis de
instrução, trabalho e renda, acesso a estruturas de saúde, padrões de habitação,
saneamento e desenvolvimento urbano, atividades produtivas, entre outros aspectos,
que serão defrontadas no desenvolvimento do projeto, com vista a poder caracterizar
os diversos impactos – tanto os positivos quanto os negativos – que o empreendimento
possa acarretar às populações.
Acredita-se que o resultado deste diagnóstico socioeconômico forneça uma base
segura para as decisões a respeito do projeto de implantação do Contorno em pauta, a
partir de critérios consubstanciados na realidade. Além disto, este elemento do EIA
constitui-se como fundamental para resguardar os direitos da população e de seu meio
ambiente, tendo em vista que seus resultados são úteis para o planejamento eficiente
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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do empreendimento, considerando-se todos os seus impactos e interfaces para a
qualidade ambiental futura da região.
5.3.1 Metodologia Aplicada
O enfoque metodológico para o Diagnóstico do Meio Socioeconômico realizado foi
dado pela interação dos componentes abordados, seguindo-se rigorosamente as
indicações e a itemização sugerida no Termo de Referência do IBAMA. No entanto,
sempre que julgado pertinente, os itens solicitados no TR foram completados com
informações adicionais, buscando-se sempre as inter-relações entre as diversas
variáveis implicadas na dimensão socioeconômica.
Para atendimento ao órgão licenciador, o presente relatório foi consolidado de modo a
constituir-se num referencial bastante abrangente de como se estruturam e interagem
os diferentes fatores e as diferentes esferas (econômicas, sociais e ambientais)
encontrados na área de abrangência do empreendimento de implantação do Contorno
de Florianópolis.
Neste item é descrita a metodologia geral adotada pela equipe técnica responsável
pelos estudos para o levantamento de dados e informações que subsidiaram o
detalhamento de todos os itens correspondentes ao Meio Socioeconômico. Entretanto,
para melhor entendimento e organização, no caso de terem sido adotadas
metodologias de pesquisa específicas, estas foram descritas no preâmbulo de cada
seção temática.
Em todo caso, foram sempre definidas e adotadas metodologias de pesquisa social
consagradas pelos padrões convencionais e, escolhidas as que melhor se aplicavam,
no entendimento da equipe técnica responsável, ao estudo de cada item solicitado no
TR do IBAMA.
Fundamentalmente, este diagnóstico utilizou-se de dois pressupostos teórico-
metodológicos básicos: a abordagem interdisciplinar e o enfoque de natureza
sistêmica. Estas duas concepções aplicadas ao contexto de caracterização da
realidade específica da região de estudo, permitiu a obtenção de um panorama das
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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inter-relações e interdependências entre os diferentes aspectos que constituem a
realidade observada.
No aspecto prático, a pesquisa para diagnóstico do meio socioeconômico iniciou-se
com o levantamento de dados secundários, particularmente a coleção e avaliação das
estatísticas e indicadores socioeconômicos oficiais, e diversas informações
bibliográficas, retiradas de materiais produzidos anteriormente sobre a região e sobre
os municípios abrangidos.
A pesquisa de dados secundários acessou órgãos e instituições em âmbito federal,
estadual e municipal tais como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE,
secretarias de governo estaduais e municipais e bancos de dados em redes de várias
outras instituições públicas oficiais (ministérios, Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada-IPEA, universidades, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária-
INCRA, Banco de Dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS, entre outros). Todos
os levantamentos tomaram como base os dados mais recentes disponíveis em cada
setor.
Outro aspecto a ser considerado, do ponto de vista metodológico, é o nível de
agregação dos dados secundários. Em geral, o nível de menor agregação desses
dados, referente a grande parte dos temas do meio socioeconômico é o nível do
município. Porém, em algumas situações, parte dos dados secundários é
disponibilizada em outros níveis de agregação, que ultrapassam a delimitação da AII,
Microrregião, Mesorregião ou Região Metropolitana, o que permite a compreensão da
situação municipal no nível regional, podendo ser estabelecidas mais claramente as
articulações entre um ou outro fator, tendo em vista que, por vezes, o entendimento de
determinada questão só é possível com a utilização de agregados maiores,
correspondendo ao nível do estado envolvido, por exemplo.
Já os dados primários necessários ao estudo do meio socioeconômico são derivados
de pesquisa direta em campo, inclusive por uso de questionário e entrevistas livres com
enfoque qualitativo, além da observação da paisagem e situação geral e de contextos
específicos no trecho compreendido pelo projeto do Contorno de Florianópolis. Os
dados de natureza primária serviram para atualização ou complementação de
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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informações e/ou para situações onde o nível de informação e dados disponíveis era
insuficiente, insatisfatório ou inexistente.
Quanto aos procedimentos éticos, na coleta de dados primários do meio antrópico,
foram esclarecidos aos atores sociais envolvidos, antes do início das atividades e em
todas as fases do trabalho de campo, os objetivos do estudo e a importância de sua
participação e contribuição, bem como devidamente denominados os atores
institucionais relacionados ao empreendimento. Além disto, os entrevistadores
passaram por treinamento e discussão dos instrumentos de coleta de dados a fim de
procederem com segurança, imparcialidade e conduta ética seu papel no processo de
pesquisa.
Outro procedimento metodológico imprescindível para a correta execução do
diagnóstico do meio socioeconômico foi a delimitação das áreas de influência do
empreendimento de implantação do Contorno de Florianópolis.
As áreas de influência do empreendimento correspondem aos locais passíveis de
percepção dos efeitos potenciais do projeto em questão, em suas distintas fases de
planejamento, implantação e operação.
O recorte destas áreas ocorre a partir das características e a abrangência do
empreendimento, e com a diversidade e especificidade dos ambientes afetados,
compreendendo os locais e áreas sujeitas aos efeitos diretos e imediatos da fase de
obras e fase de operação, e os locais e áreas cujos efeitos serão sentidos a curto,
médio e longo prazo. Assim sendo, sua divisão em Área de Influência Indireta, Direta
ou Diretamente Afetada, deve seguir critérios lógicos, tecnicamente viáveis e bem
fundamentados.
Dentro desta premissa, o Meio Socioeconômico considerado para o empreendimento
de implantação do Contorno de Florianópolis abrange as seguintes áreas:
Área de Influência Indireta – AII: A AII é tida como a extensão máxima em que os
impactos serão perceptíveis. No caso do empreendimento em questão, ela
compreende o Núcleo Metropolitano da Região Metropolitana de Florianópolis
que é definido pela Lei Complementar nº 495, de 26 de janeiro de 2010. Este
núcleo é integrado por nove municípios, sendo eles: Águas Mornas, Antônio
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Carlos, Biguaçu, Florianópolis, Governador Celso Ramos, Palhoça, Santo Amaro
da Imperatriz, São José e São Pedro de Alcântara.
Por sua vez, este núcleo metropolitano foi determinado a partir dos critérios da
Lei Complementar nº 104, de 04 de janeiro de 1994, que dispõe sobre os
princípios da regionalização do Estado de Santa Catarina e que considera os
critérios de densidade e crescimento populacional, significativa conurbação,
nítida polarização, com funções urbanas e regionais com alto grau de
diversidade e especialização e o grau elevado de integração socioeconômica.
A alça de contorno da região metropolitana de Florianópolis pretende desviar o
tráfego de veículos dos aglomerados urbanos, hoje conurbados, de Palhoça,
São José e Biguaçu, melhorando a mobilidade urbana da Região Metropolitana
de Florianópolis que hoje enfrenta condições de trânsito bastante problemáticas,
com longos congestionamentos. Logo, considerar o núcleo metropolitano como
AII, corresponde a adotar um ponto de vista compreensivo nos estudos, não
fragmentando um território já bastante consolidado, reconhecendo uma
funcionalidade pré-existente. Trata-se de um critério de ordem estrutural e
focado, onde se procurou guardar estreita relação com a dimensão territorial do
processo de espacialização da área.
Área de Influência Direta – AID: considerou-se que a AID do empreendimento é
formada pelos municípios de Governador Celso Ramos, Biguaçu, São José,
Palhoça e Florianópolis. No caso dos quatro primeiros, os mesmos são
interceptados pela rodovia a ser implantada. A capital, Florianópolis, embora não
seja fisicamente atravessada pelo contorno, exerce uma evidente polarização
sobre as demais cidades e possui forte integração socioeconômica com as
mesmas, o que do ponto de vista do meio antrópico, é muito significativo, pois
um contingente populacional significativo utiliza-se da infraestrutura da capital,
num movimento pendular cotidiano entre suas cidades e Florianópolis. Esta
situação exige ação coordenada entre estes quatro municípios considerados na
AID, tendo em vista os interesses em comum e a densificação das relações
sociais, culturais e econômica levadas a efeito entre os mesmos e que
constituem elementos promotores de coesão social entre estas cidades.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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O empreendimento de implantação do Contorno de Florianópolis, embora não
circunde de fato o território da capital, irá, em tese, ter impacto direto nas
condições de vida e trabalho na mesma.
Área Diretamente Afetada – ADA: compreende a mesma área considerada para as
intervenções do meio físico, isto é, considerou-se a faixa de domínio projetada
com 70m de largura, variável em alguns trechos, podendo ter dimensão maior
em função das áreas de corte e aterro; áreas de canteiro de obra e de
instalações industriais de apoio às obras, áreas de bota-fora e de empréstimo de
materiais (jazidas) e os caminhos de serviço.
O Contorno de Florianópolis estabelecido pela ANTT, de acordo com as
informações da versão do Projeto Geométrico, em execução, encaminhado pela
Autopista Litoral Sul (empreendedor), inicia-se no km 177+760 da BR 101,
coordenadas UTM N 6972400 e E 724210, na região do vale do Rio Inferninho,
com término no km 220+000, coordenadas UTM N 6935320 e E 730180, nas
proximidades da margem direita do Rio Imaruí no município de Palhoça,
interceptando, portanto os municípios de Governador Celso Ramos, Biguaçu,
São José e Palhoça.
A seguir, apresenta-se uma descrição sumária das áreas afetadas, de modo a
possibilitar um delineamento prévio do cenário a ser impactado pelo empreendimento
em maior ou menor grau. A intenção desta breve contextualização introdutória é
apenas a de facilitar o entendimento das informações constantes neste diagnóstico do
meio socioeconômico, e que serão destrinchadas nos itens que se seguirão. Ao final,
consta um mapa contendo o delineamento das Áreas de Influência do empreendimento
sob a perspectiva do Meio Socioeconômico.
5.3.1.1 Águas Mornas
Este município começou a ser colonizado em 1847, por colonos alemães que
chegaram à Ilha de Nossa Senhora do Desterro. Eram 164 imigrantes católicos e
evangélicos que se instalaram na Colônia Santa Isabel, em área de solos pouco férteis.
Além disto, surtos de malária dizimaram boa parte da população em tempos remotos.
Apesar das dificuldades, o processo de colonização avançou e a cidade se transformou
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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numa importante instância hidromineral, de fama e padrão internacional. Suas águas,
classificadas como isotermais radioativas, costumam manter a temperatura constante
em torno de 39º durante todo o ano e são indicadas para diversos usos terapêuticos.
Estas águas emergem de terrenos pré-cambrianos e, pelo teor de radioatividade,
termalidade e baixa mineralização apresentam propriedades curativas.
Águas Mornas fica localizada a uma distância de 36 Km da capital Florianópolis, cerca
de 70 metros acima do nível do mar e uma parte considerável de seu território pertence
ao Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, importante Unidade de Conservação do
estado de Santa Catarina. O relevo do município é constituído de superfícies planas,
onduladas e montanhosas.
Além do turismo, em especial, o relativo à saúde, Águas Mornas também assenta sua
economia na produção de hortifrutigranjeiros, com destaque para a produção de couve-
flor.
Figura 1: Casa da Cultura de Águas Mornas. Figura 2: Fontanário Luiz Elias Daux.
Figura 3: Prefeitura Municipal de Águas Mornas. Figura 4: Vista geral de Águas Mornas.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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5.3.1.2 Antônio Carlos
Colonizada inicialmente por imigrantes açorianos, este município passou a receber
também imigrantes belgas, italianos, ingleses, africanos e alemães, prevalecendo
numericamente este último grupo, do qual a cidade guarda o maior número de
características.
Trata-se de uma cidade conhecida também por sua religiosidade na fé católica,
possuindo um roteiro religioso composto por igrejas, como a Igreja Matriz de Antônio
Carlos (Figura 6), uma das maiores de Santa Catarina e a Igreja de Santa Maria com
altares originais entalhados à mão e belas imagens sacras, legado dos imigrantes e
algumas grutas, como as de Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora da Glória e
de Nossa Senhora de Lourdes.
De clima temperado, com temperaturas médias entre 10º C e 30º C, o município de
Antônio Carlos fica a 32 quilômetros de Florianópolis, inserido dentro de dois
compartimentos de relevo: o compartimento da planície da Bacia do Rio Biguaçu e no
compartimento de colinas/morros, pertencentes à unidade Serras do Leste
Catarinense. No cenário econômico do estado, coloca-se como grande produtor de
hortaliças.
A paisagem natural de Antônio Carlos destaca-se pela presença de várias cachoeiras e
saltos e por uma vegetação exuberante.
Figura 5: Vista Geral de Antônio Carlos. Figura 6: Lateral da Igreja Matriz em Antônio Carlos.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Figura 7: Zona Rural em Antônio Carlos. Figura 8: Gruta Nossa Senhora das Graças em Antônio Carlos.
5.3.1.3 Biguaçu
A história de Biguaçu remonta ao ano de 1747 com a vinda dos portugueses açorianos
e a fundação do povoado de São Miguel, antigo sede do município, fundado
oficialmente em 1833. Sendo uma pequena cidade agrícola até a década de 1970, de
lá para cá, Biguaçu transformou-se em importante pólo industrial e comercial da
Grande Florianópolis.
Do ponto de vista de seus aspectos naturais, o município é caracterizado por planícies
e tabuleiros litorâneos, sendo que a sua principal bacia hidrográfica é a do rio Biguaçu.
O clima é sub-tropical úmido.
Biguaçu fica a 18 quilômetros de distância da capital Florianópolis e sua base
econômica assenta-se na agricultura, no turismo, nas atividades náuticas e no
comércio.
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Figura 9: Prefeitura Municipal de Biguaçu. Figura 10: Vista Geral de Biguaçu.
Figura 11: Rio Biguaçu. Figura 12: Aqueduto em Biguaçu.
5.3.1.4 Florianópolis
O município de Florianópolis possui uma superfície total de 451 Km2, dos quais 97%
constituem a parte insular e 3% a parte continental. Segundo dados da Prefeitura
Municipal de Florianópolis, as áreas de expansão urbana perfazem 51% do território
municipal, as áreas de preservação com uso limitado compreendem 7% e as áreas de
preservação permanente, 42% do mesmo.
A cidade se destaca pelo cenário natural de grande beleza cênica, com paisagens
compostas por 42 praias, dunas, restingas e manguezais. Além disto, Florianópolis
apresenta um elevado índice de urbanização, demonstrando crescimento urbano
acelerado e desordenado, intensificado a partir da década de 1970, depois da
implantação de grandes obras viárias, da implantação de sedes de empresas estatais
como a Eletrosul, Celesc e Telesc, bem como de universidades públicas como a
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
20
Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC e a Universidade do Estado de Santa
Catarina-UDESC.
Na década de 1980, o turismo passou a adquirir relevância econômica e contribuir para
o crescimento da cidade, gerando centralidades urbanas nos balneários. Hoje em dia,
Florianópolis tem ocupado lugar de destaque no cenário turístico e econômico nacional,
ainda mantendo índices de qualidade de vida bastante satisfatórios, o que aumenta a
atratividade de população para a mesma. Entretanto, este forte crescimento e a
manutenção dos padrões de qualidade de vida, nem sempre vem ocorrendo de
maneira equitativa para todo o município e sua população, além de que a cidade
enfrenta um inchaço durante as temporadas de verão, quando sua população chega
praticamente a dobrar.
Figura 13: Ponte Hercílio Luz – cartão postal de Florianópolis.
Figura 14: Mercado Público de Florianópolis.
5.3.1.5 Governador Celso Ramos
A colonização do município de Governador Celso Ramos começou há mais de 250
anos, através dos povoadores portugueses provenientes de Madeira e dos Açores,
atraídos para a região pela atividade de caça às baleias. Nesta época foi formada na
região uma das armações baleeiras mais importantes do litoral brasileiro, a “Armação
Grande” ou “Armação de Nossa Senhora da Piedade”. Seu processo de povoamento
iniciou-se a partir do distrito de Ganchos, então pertencente ao município de Biguaçu.
Governador Celso Ramos possui uma geografia recortada, com várias enseadas,
costões, praias e ilhas, que formam um mosaico de grande beleza. O relevo é,
portanto, constituído de superfícies planas, onduladas e montanhosas. O município
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
21
encontra-se inserido no âmbito de algumas unidades de conservação do litoral
catarinense, como a Área de Proteção Ambiental de Anhatomirim, Reserva Biológica
Marinha do Arvoredo e a Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca.
Até hoje a cidade é considerada um importante centro pesqueiro, além de ter uma
grande produção de mariscos cultivados.
Está a 50 quilômetros de Florianópolis, numa altitude média de 40 metros acima do
nível do mar. O clima da região é mesotérmico úmido, com temperatura média anual de
23ºC e predominância do vento nordeste, sendo, porém, o vento sul o de maior
intensidade. As bacias hidrográficas principais são aquelas formadas pelo rio Pequeno,
rio Antônio Mafra, rio Jordão e rio do Camarão.
Figura 15: Vista de enseada em Governador Celso Ramos
Figura 16: Vista Parcial da cidade de Governador Celso Ramos
Disponível em www.univali.br/centrodeestudospesqueiros
5.3.1.6 Palhoça
Localizado na região da Grande Florianópolis, a 15 Km da capital do Estado de Santa
Catarina, o município de Palhoça está localizado a uma altitude média de 3m acima do
nível do mar, possuindo clima úmido com as quatro estações bem definidas. As
temperaturas durante o verão ficam em torno de 30ºC e no inverno em torno de 10ºC.
As chuvas são bem distribuídas por todo o ano e a precipitação média anual é de
1.800mm. Os ventos mais freqüentes são o sul e o nordeste.
O relevo de Palhoça possui preponderância de planícies. São planícies litorâneas com
mangues e restingas utilizadas principalmente para a agricultura e a pecuária. Mais
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
22
para o interior do município, o relevo é constituído de maciços rochosos da Serra do
Mar (Serra do Tabuleiro), sendo que seus pontos mais elevados são o Morro do
Cambirela, com 1.043m e o Morro da Pedra Branca, com 500m.
O município é banhado pelos rios Imaruim, Passa Vinte, Cubatão, Massiambu, Aririú e
da Madre e sua vegetação é uma continuação das encostas do litoral brasileiro,
constituído de árvores como a canela, pinho, cedro, ipê, jacarandá e outras. É
composta também de mangues com vegetações rasteiras, adaptadas aos solos úmidos
invadidos pela maré. Entre os mangues localizados no município tem-se o da Barra do
Aririú, Massiambu, Cubatão e Rio Grande, quase todos de grande importância
ecológica e econômica para a região.
Palhoça faz parte do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro (Figura 18), importante
unidade de conservação da região e tem mais de 70% de seu território considerado
como área de preservação permanente.
Figura 17: Prefeitura Municipal de Palhoça. Figura 18: Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
23
Figura 19: Praça 7 de Setembro, centro de Palhoça.
Figura 20: Antigo prédio da prefeitura (1895).
5.3.1.7 Santo Amaro da Imperatriz
O povoamento deste município está relacionado à descoberta da fonte de águas
termais, por caçadores, em 1813. O Governo Imperial brasileiro destacou, então, um
contingente policial para a guarda do local, uma vez que a região era habitada por
índios hostis. Em 18 de março de 1819, o rei Dom João VI determinou a construção de
um hospital, dando origem à primeira lei relativa à criação de uma estância termal no
Brasil.
Em 1845, a cidade recebeu a visita do casal imperial Dom Pedro II e Dona Teresa
Cristina, que mandou construir mais uma edificação voltada para alívio de males da
saúde de visitantes. Em homenagem à imperatriz, a localidade de Caldas do Cubatão,
nos arredores da cidade, foi rebatizada como Caldas da Imperatriz.
Santo Amaro da Imperatriz está a 34 quilômetros de Florianópolis, possuindo clima
mesotérmico de tipo úmido, sem estações secas. Há ocorrência de geadas nos meses
de inverno.
É conhecida como o “Verde Vale das Termas”, dispondo de uma natureza rica de belas
paisagens da Mata Atlântica, especialmente cachoeiras, como o Salto do Cubatão, a
Cachoeira da Cobrinha de Ouro e o Santo do Rio Matias. Suas águas termais jorram
da terra a uma temperatura de 41,5ºC e suas propriedades terapêuticas atraem muitos
visitantes para tratamentos diversos.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
24
Figura 21: Vista de Santo Amaro da Imperatriz.
5.3.1.8 São José
O município de São José está a 10 quilômetros de Florianópolis e foi a quarta
localidade fundada no Estado de Santa Catarina, colonizada por 180 casais de
açorianos que chegaram no primeiro trimestre de 1750, oriundos das ilhas de São
Miguel e de São Jorge, nos Açores.
Importante centro de comércio, o município teve um desenvolvimento rápido e foi
emancipado em maio de 1833. Hoje a base da economia municipal sustenta-se ainda
no comércio, na indústria e nas atividades de prestação de serviços. Contribui ainda a
pesca artesanal, a maricultura, a produção de cerâmica utilitária e a agropecuária,
como atividades geradoras de trabalho e renda.
Na área de São José predomina o clima subtropical mesotérmico úmido e o relevo é
caracterizado pela presença de espigões e esporões rebaixados, pequenos maciços,
morros isolados ou em grupos, morrotes e colinas de rochas metamórficas. Já a
drenagem hídrica é constituída essencialmente pelo rio Maruim e seus afluentes, sendo
os principais deles o rio Forquilhas, o rio Pagara, o córrego Mariquita e o córrego da
Colônia Santana.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
25
Figura 22: Praça Central em São José. Figura 23: Monumento ao Imigrante em São José e Câmara Municipal.
Figura 24: Panorama de São José. Figura 25: Vista da BR-101 (ao fundo) em São José.
5.3.1.9 São Pedro de Alcântara
O município de São Pedro de Alcântara permaneceu por muitos anos subordinado ao
município de São José, primeiro como freguesia, depois como distrito. Apesar de
reconhecida como cidade apenas em 1994 e efetivamente emancipada somente em
1997, nela ocorreu a primeira colônia alemã de Santa Catarina, fundada em 1829, a
montante do Rio Imaruí por imigrantes provenientes principalmente das regiões de
Hunsrück e Eifel, sudeste da Alemanha.
Distante 31 quilômetros da capital Florianópolis, possui relevo acidentado e clima
mesotérmico úmido com temperaturas médias entre 15ºC e 25ºC, a uma altitude de
300 metros acima do nível do mar.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
26
São Pedro de Alcântara tem apoiado seu desenvolvimento no turismo, especialmente o
de tipo ecológico e rural, na produção de hortigranjeiros e derivados de cana
(principalmente cachaça artesanal de alambique).
Figura 26: Portal de Entrada em São Pedro de Alcântara.
Figura 27: Vista parcial de São Pedro de Alcântara.
Figura 28: Prefeitura Municipal de São Pedro de Alcântara.
Figura 29: Praça João Adalgisio Filipe.
Apresentada a metodologia geral empregada para realização do trabalho e feita esta
breve apresentação dos municípios compreendidos neste Diagnóstico do Meio
Socioeconômico das áreas de influência do Contorno de Florianópolis, passa-se à
apresentação do diagnóstico propriamente dito.
O mesmo é apresentado segundo uma estrutura temática de nove partes, definida a
partir do Termo de Referência elaborado pelo IBAMA, complementada por subitens
criados a partir da percepção construída, ao longo dos estudos sob os aspectos
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
27
antrópicos com maior probabilidade de apresentarem interações significativas com as
transformações ambientais decorrentes do empreendimento.
De modo a compor uma base inicial de sustentação para o estudo do meio
socioeconômico, o item 5.3.2 traz a Caracterização Populacional da AII e da AID,
conforme solicitado no TR, onde é feita uma apreciação das questões demográficas de
caráter mais abrangente, criando-se desta maneira, um pano de fundo para as
apreciações específicas subsequentes. Também são apreciados os indicadores sociais
disponíveis para compreensão da situação social da área de estudo, pois se entende
que a disponibilidade de uma base ampla de indicadores sociais confiáveis, válidos e
relevantes potencializa certamente as possibilidades de se maximizar o sucesso num
processo de formulação e implementação de projetos, programas e/ou políticas
públicas, apoiando diagnósticos sociais mais bem respaldados tecnicamente.
Além dos chamados indicadores sociais, uma ampla gama de indicadores contribui
para explicar o contexto socioeconômico de uma determinada região, evidenciando
múltiplas formas através das quais, as variáveis socioeconômicas que combinam às do
meio natural para constituir a capacidade de suporte antrópico do meio e o processo de
aproveitamento das potencialidades locais e regionais pelo homem.
Assim, ainda no item referente à Caracterização Populacional, tem-se no subitem
5.3.2.2– Caracterização da Área de Influência Direta, uma pormenorização de diversos
aspectos solicitados no TR para a AID do empreendimento, a saber: educação, saúde,
transporte, energia elétrica, comunicação, abastecimento de água, coleta e tratamento
de esgotos, coleta e disposição de resíduos sólidos e segurança pública.
Completando o tópico referente à Caracterização Populacional, o relatório traz uma
caracterização da organização social da área (subitem 5.3.2.3), com indicação dos
grupos e instituições existentes, lideranças, associações e movimentos comunitários,
os padrões de migração existentes e as interferências sobre os municípios
atravessados (subitem 5.3.2.4), além das expectativas da população diretamente
afetada pelo empreendimento (subitem 5.3.2.5).
Na sequência, sempre obedecendo à itemização geral proposta no TR do IBAMA, o
relatório traz um item específico para a Caracterização das Condições de Saúde e
Doenças Endêmicas (5.3.3), onde é feita a análise da ocorrência regional de doenças
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
28
endêmicas associada à verificação, ao longo da Área de Influência Direta-AID, de
áreas com habitats favoráveis ao surgimento e proliferação de vetores destas doenças.
O item subsequente, 5.3.4, trata da Estrutura Produtiva e de Serviços verificada nas
áreas de influência do empreendimento. Neste tópico, são apresentadas as
contribuições de cada setor produtivo clássico (primário, secundário, terciário), níveis
tecnológicos, aspectos da economia informal, destinação da produção local, população
economicamente ativa-PEA, situação de desemprego e níveis de renda. Também são
expressas para a Área de Influência Direta-AID, as atuais atividades econômicas das
comunidades atingidas pelo empreendimento, aspectos da geração de emprego,
situação de renda e potencialidades econômicas existentes. Entre os aspectos
econômicos, foram também identificados no diagnóstico, os vetores de crescimento
regional e suas interferências com o empreendimento proposto.
Outro requisito solicitado no TR é o Uso e Ocupação do Solo (item 5.3.5). Para
atendimento desta questão, entre os subitens 5.3.5.1 e 5.3.5.4 o relatório traz uma
caracterização da paisagem através da análise descritiva da evolução da ocupação
humana na região, a caracterização e o mapeamento do uso e ocupação do solo, os
instrumentos de planejamento urbano nos municípios interceptados e os vetores de
crescimento urbano, os locais de interceptação de estruturas existentes, a estrutura
fundiária na AID do empreendimento, a interceptação de reservas legais na ADA e o
levantamento de projetos de assentamentos rurais (existentes ou previstos) na AID e
ADA.
O tópico 5.3.6 é referente ao processo de Reassentamento e Desapropriação devido
às intervenções necessárias para implantação do empreendimento, incluindo uma
caracterização dos atingidos e já algumas recomendações para o atendimento e
tratamento dos mesmos.
A caracterização das comunidades tradicionais e/ou quilombolas é apresentada no item
5.3.7 e o mesmo é feito em relação às comunidades indígenas, no item 5.3.8.
Por fim, fechando o Relatório de Diagnóstico do Meio Socioeconômico de implantação
do Contorno de Florianópolis, é apresentado, no item 5.3.9, o resultado das
investigações referentes ao patrimônio histórico, cultural e arqueológico,
adiantando,inclusive recomendações para um futuro programa de educação patrimonial
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
29
abrangendo comunidades atingidas e os trabalhadores da obra, caso o
empreendimento seja efetivado.
Apresenta-se o mapa que detalha as regiões que compreendem as Áreas de Influência
Direta (AID) e Indireta (AII) do Contorno Rodoviário de Florianópolis para o Meio
Socioeconômico.
DE-13008-ROD-PAV-EIA-032-0
LEGENDA
PROJETO DESENHO DATA FOLHA N°
ESCALA TOPOGRAFIA
A. E. S. N°
APROVADO
CONFERIDO
DATA
APROVAÇÃO
ASSINATURA
DATA
DESENHO
PROJETO
DATA
DATA
DATA
N° REVISÃO
DATA
Nº DO DESENHO
AUTOPISTA LITORAL SUL
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
CONTORNO RODOVIÁRIO DE FLORIANÓPOLIS/SC
JULHO / 2013
JULHO / 2013
JULHO / 2013EIXO DO PROJETO
ÁREA DE INFLUÊNCIA
JULHO / 2013FRP
MPB
01/01
0 km 5 km
MEIO SOCIOECONÔMICO
G
F
E
D
C
B
REVISÃO - 1A
EMISSÃO ORIGINALREV
FRP
MPB
1:150.000
H
ADA (FAIXA DE DOMÍNIO)
AID SOCIOECONÔMICO (ARQUEOLOGIA 2000m)
AII SOCIOECONÔMICO (Municípios de Florianópolis, Gov. Celso Ramos, Biguaçu, São José, Palhoça, Antônio
Carlos, São Pedro de Alcântara, Santo Amaro da Imperatriz e Águas Mornas)
E 680000
E 700000
E 720000E 740000
N 6
96
00
00
N 6
94
00
00
N 6
92
00
00
E 760000
N 6
96
00
00
N 6
94
00
00
N 6
92
00
00
E 680000
E 700000
E 720000E 740000
E 760000
E 780000
E 780000
N 6
98
00
00
N 6
98
00
00
1AII SOCIOECONÔMICO (ARQUEOLOGIA)
AID SOCIOECONÔMICO (Municípios de Florianópolis, Gov. Celso Ramos, Biguaçu, São José e Palhoça)
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
31
5.3.2 Caracterização Populacional
A Caracterização Populacional das áreas de influência do empreendimento torna
possível cotejar a situação atual da região com a avaliação dos impactos previstos
pelas intervenções propostas, permitindo aos responsáveis e demais interessados no
empreendimento, estabelecer e qualificar, de forma objetiva as estratégias
direcionadas a aperfeiçoar a obtenção de benefícios ambientais, sociais e econômicos.
A relação entre a dinâmica demográfica e a mudança ambiental é, pois, uma dimensão
essencial para se avaliar a pressão das mudanças advindas do empreendimento sobre
os recursos naturais e sociais da área afetada.
O estudo da população compreendida pelo projeto, voltado para a caracterização da
dinâmica populacional foi realizado a partir de dados oriundos do sistema de
informação de diversos órgãos públicos, em especial o IBGE (Censo Demográfico 2010
e outros estudos e estimativas), secretarias de estado e prefeituras municipais, dando-
se preferência aos dados mais recentes. Ele enfoca os seguintes aspectos: população
total, urbana e rural e sua distribuição e mapeamento, grau de urbanização, taxa de
crescimento e densidade demográfica, estrutura da população por idade e sexo.
Iniciando a caracterização populacional, apresenta-se a seguir a Tabela 1, que traz
dados gerais a respeito dos municípios da Área de Influência Direta e Indireta do
empreendimento.
Tabela 1: Área de Influência Direta e Indireta – Dados Gerais.
Município Distância da capital
(Km) Área Municipal
(Km2)
Densidade Demográfica (Hab./Km2)
Águas Mornas 36 326,524 16,99
Antônio Carlos 32 229,119 32,55
Biguaçu 18 374,450 155,44
Florianópolis - 671,578 627,24
Governador Celso Ramos
50 116,668 111,42
Palhoça 15 395,000 347,68
Santo Amaro da Imperatriz
34 344,968 57,46
São José 10 151,137 1388,17
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Município Distância da capital
(Km) Área Municipal
(Km2)
Densidade Demográfica (Hab./Km2)
São Pedro de Alcântara
31 139,636 33,69
Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2010.
A densidade demográfica observada é um indicativo da distribuição espacial média dos
efetivos demográficos nos municípios estudados e está diretamente relacionada com o
grau de desenvolvimento, progresso e bem estar num determinado espaço, pois sabe-
se que em larga medida, estes são condicionados por uma cobertura demográfica
equilibrada, com adequada provisão de infraestruturas básicas tantos físicas quanto
sociais, necessárias ao atendimento eficiente da população de um determinado
território. Em outras palavras, a proporção de pessoas e solo urbano disponível pode
ter impacto significativo na saúde, meio ambiente, produtividade das cidades,
eficiências dos serviços públicos, enfim, no desenvolvimento humano como um todo.
A questão da densidade demográfica, portanto, constitui um dos elementos balizadores
para avaliação das condições de habitabilidade de um local e é uma das formas de
percepção do modo como a maior ou menor concentração de pessoas, construções e
atividades influenciam o tipo e a qualidade de vida que nele se pode desfrutar.
Se por um lado uma maior densidade demográfica pode indicar maior vitalidade
urbana, mais geração de receitas e produtividade urbanas, por outro, áreas
densamente ocupadas podem sobrecarregar e causar saturação das redes de
infraestrutura e serviços urbanos e maior pressão de demanda sobre o solo urbano,
terrenos e espaço habitacional.
No caso dos municípios analisados chama a atenção a alta concentração populacional
nos municípios da Área de Influência Direta, especialmente a capital, Florianópolis,
com 627,24 hab./Km2 e São José que chega a ter 1388,17 hab./Km2, quando a média
do Estado de Santa Catarina é de 65,29 hab./Km2.
A seguir apresentam-se os dados referentes ao incremento populacional verificado nos
municípios em análise, expostos na Tabela 2. O período considerado foi entre os
Censos Demográficos de 2000 e 2010 disponibilizados pelo IBGE e permitem verificar
o acréscimo populacional de 167.709 habitantes na população total, considerando-se
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
33
as Áreas de Influência como um todo, passando de 709.407 habitantes no ano de 2000
para 877.116, em 2010, o que representa uma variação de 23,64% no período de dez
anos. Para efeito de comparação, apresenta-se também o incremento populacional
referente ao Estado de Santa Catarina, que ficou em 16,65% no mesmo período.
Tabela 2:Crescimento Populacional na Área de Influência Direta e Indireta e Estado de Santa Catarina.
Municípios População Total Taxa de
Crescimento
(%) 2000 2010
Águas Mornas 5.390 5.548 2,93
Antônio Carlos 6.434 7.458 15,91
Biguaçu 48.077 58.206 21,06
Florianópolis 342.315 421.240 23,05
Governador Celso Ramos 11.598 12.999 12,07
Palhoça 102.742 137.334 33,66
Santo Amaro da Imperatriz 15.708 19.823 26,19
São José 173.559 209.804 20,88
São Pedro de Alcântara 3.584 4.704 31,25
Santa Catarina 5.356.360 6.248.436 16,65
Fontes: IBGE- Censos Demográficos 2000 e 2010.
Conforme as Estimativas de População Residente nos Municípios Brasileiros com data
de referência em 1º de julho de 2012, apresentadas pelo IBGE, a população nas Áreas
de Influência do empreendimento está apresentada na Tabela 3.
Tabela 3: Estimativas de População 2011 - Área de Influência Direta e Indireta
Município População 2012
Águas Mornas 5.685
Antônio Carlos 7.613
Biguaçu 59.736
Florianópolis 433.158
Governador Celso Ramos 13.211
Palhoça 142.558
Santo Amaro da Imperatriz 20.332
São José 215.278
São Pedro de Alcântara 4.874
Fonte: IBGE, Estimativa Populacional 2012.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
34
Nos últimos 50 anos, o Brasil tem passado por um intenso processo de urbanização,
que tem sido focalizado sob diferentes pontos de vista, umas voltadas ao apontamento
e análise das transformações econômicas que produzem o fenômeno da urbanização,
outras enfatizando as modificações dos padrões de vida da população que o
concretiza. A Tabela 4 traz a divisão da população entre as áreas rural e urbana,
segundo os Censos Demográficos do IBGE de 2000 e 2010.
Tabela 4: População Urbana e Rural na AII e AID.
Municípios
População Urbana
População Rural Taxa de Urbanização
2000 (%)
Taxa de Urbanização
2010 (%) 2000 2010 2000 2010
Águas Mornas 1.715 2.327 3.675 3.221 31,81 41,94
Antônio Carlos 1.760 2.341 4.674 5.117 27,35 31,38
Biguaçu 42.907 52.758 5.170 5.448 89,24 90,64
Florianópolis 332.185 405.286 10.130 15.954 97,04 96,21
Governador Celso Ramos
10.842 12.252 756 747 93,48 94,25
Palhoça 97.914 135.311 4.828 2.023 95,30 98,52
Santo Amaro da Imperatriz
12.536 14.970 3.172 4.853 79,80 75,51
São José 171.230 207.312 2.329 2.492 98,65 98,81
São Pedro de Alcântara
2.096 3.729 1.488 975 58,48 79,27
Fonte: IBGE, Censos Demográficos, 2000 e 2010.
Pela tabela apresentada acima se pode verificar que apenas os municípios de Águas
Mornas e Antônio Carlos se mantêm ainda predominantemente rurais, com taxas de
urbanização de 41,94% e 31,38%, respectivamente. Todos os demais cresceram sua
população urbana, alguns deles significativamente, como é o caso de São Pedro de
Alcântara, que teve um acréscimo de 20,79% na taxa de urbanização. A exceção,
curiosamente, deu-se na capital Florianópolis, que sofreu um pequeno decréscimo em
sua taxa de urbanização, de apenas 0,83%.
Outro dado relevante que foi coletado com o propósito de se traçar a caracterização
populacional da área de estudo foi à estrutura da população por idade e sexo. Esses
dados demonstraram o estreitamento do número de habitantes nas faixas etárias mais
jovens, que aliadas ao crescimento da população total anteriormente observado,
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
35
indicam a configuração da população economicamente ativa, ou melhor, da força de
trabalho, indicando ampliação da base em idade ativa e, consequentemente, da
disponibilidade de mão-de-obra. Este fato se refletirá nas condições econômicas dos
municípios estudados que serão tratadas mais adiante neste diagnóstico. As Tabelas a
seguir (Tabela 5 a Tabela 13) trazem as informações a respeito deste perfil em cada
município da Área de Influência Direta e Indireta do empreendimento de construção do
Contorno de Florianópolis, segundo o Censo Demográfico de 2010, realizado pelo
IBGE.
Tabela 5: População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2010 - Águas Mornas.
Faixa Etária Masculino Feminino Total
Menos de 1 ano 21 29 50
1 a 4 anos 102 115 217
5 a 9 anos 183 185 368
10 a 14 anos 220 243 463
15 a 19 anos 269 260 529
20 a 24 anos 253 246 499
25 a 29 anos 230 190 420
30 a 34 anos 181 188 369
35 a 39 anos 201 208 409
40 a 44 anos 245 215 460
45 a 49 anos 228 193 421
50 a 54 anos 172 149 321
55 a 59 anos 142 131 273
60 a 64 anos 108 110 218
65 a 69 anos 98 91 189
70 a 74 anos 70 63 133
75 a 79 anos 43 64 107
80 a 84 anos 29 40 69
85 a 89 anos 11 15 26
90 a 94 anos 4 2 6
95 a 99 anos - 1 1
100 anos ou mais - - -
Total 2.810 2.738 5.548
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
36
Tabela 6: População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2010 - Antônio Carlos.
Faixa Etária Masculino Feminino Total
Menos de 1 ano 55 51 106
1 a 4 anos 64 177 241
5 a 9 anos 257 258 515
10 a 14 anos 304 310 614
15 a 19 anos 326 354 680
20 a 24 anos 306 285 591
25 a 29 anos 292 315 607
30 a 34 anos 321 299 620
35 a 39 anos 294 306 600
40 a 44 anos 321 272 593
45 a 49 anos 285 255 540
50 a 54 anos 203 176 379
55 a 59 anos 170 166 336
60 a 64 anos 151 147 298
65 a 69 anos 110 111 221
70 a 74 anos 84 86 170
75 a 79 anos 59 65 124
80 a 84 anos 29 42 71
85 a 89 anos 19 16 35
90 a 94 anos 5 5 10
95 a 99 anos 2 5 7
100 anos ou mais - - -
Total 3.757 3.701 7.458
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
Tabela 7: População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2010–Biguaçu.
Faixa Etária Masculino Feminino Total
Menos de 1 ano 382 396 778
1 a 4 anos 1.598 1.536 3.134
5 a 9 anos 2.209 2.164 4.373
10 a 14 anos 2.587 2.695 5.282
15 a 19 anos 2.710 2.721 5.431
20 a 24 anos 2.638 2.682 5.320
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
37
Faixa Etária Masculino Feminino Total
25 a 29 anos 2.750 2.698 5.448
30 a 34 anos 2.458 2.426 4.884
35 a 39 anos 2.274 2.224 4.498
40 a 44 anos 2.077 2.229 4.306
45 a 49 anos 1.850 1.972 3.822
50 a 54 anos 1.590 1.673 3.263
55 a 59 anos 1.259 1.352 2.611
60 a 64 anos 859 912 1.771
65 a 69 anos 529 623 1.681
70 a 74 anos 382 516 898
75 a 79 anos 273 336 609
80 a 84 anos 142 218 360
85 a 89 anos 65 117 182
90 a 94 anos 24 36 60
95 a 99 anos 5 12 17
100 anos ou mais 4 3 7
Total 28.665 29.543. 58.206
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
Tabela 8: População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2010–Florianópolis.
Faixa Etária Masculino Feminino Total
Menos de 1 ano 2.326 2.290 4.616
1 a 4 anos 9.343 8.879 18.222
5 a 9 anos 12.035 11.939 23.974
10 a 14 anos 14.486 14.107 28.593
15 a 19 anos 16.228 16.345 32.573
20 a 24 anos 20.849 20.367 41.216
25 a 29 anos 21.987 21.869 43.856
30 a 34 anos 18.880 19.295 38.175
35 a 39 anos 15.932 16.635 32.567
40 a 44 anos 14.250 15.825 30.075
45 a 49 anos 14.054 16.408 30.462
50 a 54 anos 12.204 14.321 26.525
55 a 59 anos 9.944 12.019 21.963
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
38
Faixa Etária Masculino Feminino Total
60 a 64 anos 7.639 9.019 16.658
65 a 69 anos 4.930 6.124 11.054
70 a 74 anos 3.573 4.627 8.200
75 a 79 anos 3.482 3.492 6.974
80 a 84 anos 1.348 2.473 3.821
85 a 89 anos 573 1.375 1.948
90 a 94 anos 184 568 752
95 a 99 anos 38 177 215
100 anos ou mais 9 39 48
Total 203.047 218.193 421.240
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
Tabela 9: População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2010 - Governador Celso Ramos.
Faixa Etária Masculino Feminino Total
Menos de 1 ano 66 59 125
1 a 4 anos 275 290 565
5 a 9 anos 463 406 869
10 a 14 anos 557 488 1.045
15 a 19 anos 605 552 1.157
20 a 24 anos 556 517 1.073
25 a 29 anos 547 519 1.066
30 a 34 anos 490 482 972
35 a 39 anos 537 568 1.105
40 a 44 anos 540 505 1.045
45 a 49 anos 542 461 1.003
50 a 54 anos 394 409 803
55 a 59 anos 384 335 719
60 a 64 anos 238 220 458
65 a 69 anos 185 189 374
70 a 74 anos 128 123 251
75 a 79 anos 69 114 183
80 a 84 anos 41 73 114
85 a 89 anos 17 32 49
90 a 94 anos 6 10 16
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
39
Faixa Etária Masculino Feminino Total
95 a 99 anos - 5 5
100 anos ou mais 1 1 2
Total 6.641 6.358 12.999
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
Tabela 10: População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2010–Palhoça.
Faixa Etária Masculino Feminino Total
Menos de 1 ano 976 982 1.958
1 a 4 anos 3.890 3.741 7.631
5 a 9 anos 5.173 4.835 10.008
10 a 14 anos 6.221 6.019 12.240
15 a 19 anos 6.265 6.245 12.510
20 a 24 anos 6.340 6.363 12.703
25 a 29 anos 6.627 6.541 13.168
30 a 34 anos 6.341 6.089 12.430
35 a 39 anos 5.714 5.582 11.296
40 a 44 anos 5.134 5.175 10.309
45 a 49 anos 4.413 4.757 9.170
50 a 54 anos 3.621 3.769 7.390
55 a 59 anos 2.865 2.986 5.851
60 a 64 anos 1.903 2.103 4.006
65 a 69 anos 1.193 1.334 2.527
70 a 74 anos 864 983 1.847
75 a 79 anos 466 692 1.158
80 a 84 anos 272 426 698
85 a 89 anos 112 189 301
90 a 94 anos 29 66 95
95 a 99 anos 15 16 31
100 anos ou mais 2 5 7
Total 68.436 68.898 137.334
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
40
Tabela 11: População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2010 - Santo Amaro da Imperatriz.
Faixa Etária Masculino Feminino Total
Menos de 1 ano 103 120 223
1 a 4 anos 495 456 951
5 a 9 anos 656 599 1.255
10 a 14 anos 900 835 1.735
15 a 19 anos 909 880 1.789
20 a 24 anos 922 873 1.795
25 a 29 anos 864 843 1.707
30 a 34 anos 806 772 1.578
35 a 39 anos 796 780 1.576
40 a 44 anos 857 758 1.615
45 a 49 anos 701 775 2.177
50 a 54 anos 560 565 1.125
55 a 59 anos 488 415 903
60 a 64 anos 323 368 691
65 a 69 anos 240 246 486
70 a 74 anos 165 195 360
75 a 79 anos 92 160 252
80 a 84 anos 70 101 171
85 a 89 anos 22 62 84
90 a 94 anos 10 26 36
95 a 99 anos 5 9 14
100 anos ou mais - 1 1
Total 9.984 9.839 19.823
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
Tabela 12: População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2010 - São José.
Faixa Etária Masculino Feminino Total
Menos de 1 ano 1.355 1.322 2.677
1 a 4 anos 5.142 4.901 10.043
5 a 9 anos 6.786 6.450 13.236
10 a 14 anos 8.101 7.887 15.988
15 a 19 anos 8.592 8.556 17.148
20 a 24 anos 9.939 10.082 20.021
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
41
Faixa Etária Masculino Feminino Total
25 a 29 anos 10.604 10.848 21.452
30 a 34 anos 9.497 9.770 19.267
35 a 39 anos 8.296 8.514 16.810
40 a 44 anos 7.532 8.137 15.669
45 a 49 anos 6.749 7.816 14.565
50 a 54 anos 5.869 6.981 12.850
55 a 59 anos 4.658 5.577 10.235
60 a 64 anos 3.316 4.003 7.319
65 a 69 anos 1.998 2.662 4.660
70 a 74 anos 1.353 1.891 3.244
75 a 79 anos 867 1.397 2.264
80 a 84 anos 449 905 1.354
85 a 89 anos 191 457 648
90 a 94 anos 72 189 261
95 a 99 anos 22 59 81
100 anos ou mais 4 8 12
Total 101.392 108.412 209.804
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
Tabela 13: População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2010 - São Pedro de Alcântara.
Faixa Etária Masculino Feminino Total
Menos de 1 ano 11 14 25
1 a 4 anos 75 74 149
5 a 9 anos 78 93 171
10 a 14 anos 137 126 263
15 a 19 anos 150 134 284
20 a 24 anos 407 127 534
25 a 29 anos 504 117 621
30 a 34 anos 386 119 505
35 a 39 anos 256 116 372
40 a 44 anos 235 140 375
45 a 49 anos 180 118 298
50 a 54 anos 139 99 238
55 a 59 anos 109 88 197
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
42
Faixa Etária Masculino Feminino Total
60 a 64 anos 100 84 184
65 a 69 anos 62 81 143
70 a 74 anos 74 76 150
75 a 79 anos 51 53 104
80 a 84 anos 22 32 65
85 a 89 anos 5 20 25
90 a 94 anos 6 4 10
95 a 99 anos 1 1 2
100 anos ou mais - - -
Total 2.988 1.716 4.704
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
Também observa-se quanto à questão de gênero, a ligeira predominância da
população feminina, maioria nos municípios mais populosos. Considerando-se toda a
área de influência do empreendimento, as mulheres correspondem a 51,24%, enquanto
os homens somam 48,76% do total da população.
Já a Razão de Sexo (razão entre o número de homens e o número de mulheres em
uma população) nos municípios atingidos é a seguinte: para cada mulher tem-se 1,03
homens em Águas Mornas, para cada mulher tem-se 1,01 homens em Antônio Carlos,
para cada homem tem-se 1,03 mulheres em Biguaçu, para cada homem tem-se 1,07
mulheres em Florianópolis, para cada mulher tem-se 1,04 homens em Governador
Celso Ramos, para cada homem tem-se 1,01 mulheresem Palhoça, para cada mulher
tem-se 1,01 homens em Santo Amaro da Imperatriz, para cada homem tem-se 1,07
mulheres em São José e para cada mulher tem-se 1,74 homens em São Pedro de
Alcântara.
Outra característica extraída do Censo Demográfico e considerada relevante para este
diagnóstico, diz respeito ao número de domicílios recenseados e a média de
moradores naqueles de natureza particular. A Tabela 14traz estes dados.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
43
Tabela 14: Número de domicílios recenseados e média de moradores em domicílios particulares ocupados nos municípios da AII e AID.
Município Domicílios Recenseados Média de Moradores
Águas Mornas 2.347 3,28
Antônio Carlos 2.733 3,28
Biguaçu 21.226 3,22
Florianópolis 194.819 2,84
Governador Celso Ramos
7.640 3,15
Palhoça 58.788 3,18
Santo Amaro da Imperatriz
7.398 3,20
São José 78.642 3,00
São Pedro de Alcântara 1.602 3,03
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
A intensidade de ocupação do espaço de moradia é um item associado ao nível de
conforto domiciliar e nas cidades pesquisadas pode-se observar, de forma geral, que
os indicadores encontram-se abaixo da média nacional de moradores por domicílio,
que é de 3,33 m/d.
5.3.2.1 Indicadores Sociais
A contextualização demográfica realizada no tópico precedente permite parâmetros
para avaliação dos indicadores sociais dos municípios estudados, importantes
instrumentos para se delinear a situação de bem-estar social e vulnerabilidade da
população envolvida.
Desse modo, visando proceder à pesquisa sobre as condições de vida dos habitantes
dos municípios das Áreas de Influência Direta e Indireta relativas ao Contorno de
Florianópolis, foram tomados como referência, o Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal – IDH-M (Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, 2000), o Índice de
Desenvolvimento Familiar – IDF, o Índice de Vulnerabilidade – IV (Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS, 2008), o Índice de GINI e a
incidência da pobreza (Mapa da Pobreza no Brasil, IBGE, 2003), o Índice de
Desenvolvimento Infantil – IDI (UNICEF, 2004) e a situação de exclusão social
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
44
mensurada no Mapa da Exclusão Social no Brasil (2007) e no Atlas da Exclusão Social
no Brasil (2003).Ao final, apresenta-se Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal
desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro-FIRJAN.
Assim, para a mensuração da qualidade de vida da população considerou-se este
conjunto de indicadores sociais, que além de metodologias consagradas, diz respeito a
processos de desenvolvimento, pobreza e meio ambiente, o que permite se inferir com
segurança, o estado de bem-estar social da população estudada. Pretende-se aqui,
retratar o estado social desta população e conhecer seu nível de desenvolvimento
social, de modo a medir os impactos sociais do desenvolvimento econômico alcançado
por cada um dos nove municípios afetados pelo empreendimento.
O IDH-M 2000, apesar de carecer de atualização frente ao novo Censo Demográfico
realizado em 2010, ainda é uma das mais conhecidas medidas classificatórias
disponíveis para o nível municipal no que se refere ao desenvolvimento humano.
O IDH é um índice composto, calculado com base em metodologia que pondera o
desempenho de um conjunto de indicadores relativos a diferentes áreas relacionadas
com a qualidade de vida e a condição socioeconômica da população. O índice varia
numa escala de 0 a 1, sendo que quanto mais perto de 1, melhor o desenvolvimento
humano. O cálculo é feito pela média simples de três componentes: longevidade
(medida pela esperança de vida ao nascer), educação (medida pela combinação da
taxa de alfabetização com a taxa bruta de matrículas por nível de ensino e freqüência)
e renda (medida pela renda familiar per capita). A Tabela 15 traz os resultados de IDH-
M alcançados em 2000 nos municípios da AII e AID do empreendimento em questão.
Tabela 15: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal-IDHM, 2000 – AII e AID
Município IDHM 2000
IDHM Renda 2000
IDHM Longevidade2
000
IDHM Educação200
0
Águas Mornas 0,783 0,671 0,834 0,843
Antônio Carlos 0,827 0,720 0,882 0,879
Biguaçu 0,818 0,657 0,725 0,816
Florianópolis 0,875 0,867 0,797 0,960
Governador Celso Ramos
0,790 0,681 0,830 0,860
Palhoça 0,816 0,725 0,830 0,894
Santo Amaro da 0,843 0,718 0,834 0,978
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
45
Município IDHM 2000
IDHM Renda 2000
IDHM Longevidade2
000
IDHM Educação200
0 Imperatriz
São José 0,849 0,784 0,839 0,925
São Pedro de Alcântara 0,795 0,666 0,839 0,880
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil/PNUD, 2000.
Pelos parâmetros estabelecidos pela Organização das Nações Unidas-ONU, índices
inferiores ao patamar de 0,5 representam baixo índice de desenvolvimento humano,
índices entre 0,5 e 0,8 indicam médio desenvolvimento humano e acima de 0,8
apontam para um alto desenvolvimento humano.
No final de 2008, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome-MDS
publicou um novo Mapa da Pobreza no Brasil, cujos principais indicadores são o Índice
de Desenvolvimento Familiar-IDF e o Índice de Vulnerabilidade. O trabalho foi
desenvolvido com base no Cadastro Único do MDS, que reúne um amplo estoque de
informações sobre as famílias assistidas pelo Programa Bolsa Família, do Governo
Federal.
O IDF e o IV consideraram seis itens que representam dimensões de cidadania:
vulnerabilidade familiar, escolaridade, acesso ao trabalho, renda, desenvolvimento
infantil e condições de habitação.
Os indicadores de acesso ao conhecimento consideraram a presença de analfabetos
ou pessoas com menos de quatro anos de estudo na família. Quanto ao acesso ao
trabalho, foram consideradas pessoas ocupadas com rendimentos acima de 1 salário
mínimo. As condições de habitação foram avaliadas em função do número de pessoas
habitando o mesmo domicílio, o atendimento por saneamento básico, água tratada,
esgoto, coleta de lixo e eletricidade. Cada uma das dimensões forma níveis de
agregação que ajudam a compor os índices principais.
O IDF e demais índices que o compõem tem uma variação de 0 a 1, sendo que mais
próximo de zero indica pior situação, enquanto mais próximo de um, indica melhor
situação.
O Índice de Desenvolvimento Familiar e o Índice de Vulnerabilidade, revelam as
dificuldades geradas e/ou potencializadas pela pobreza e a marginalização da
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
46
população no processo de exclusão social, isto é, no processo que impossibilita parte
da população de partilhar de bens e recursos oferecidos pela sociedade, conduzindo à
privação, ao abandono e à expulsão desta população dos espaços sociais.
Na Tabela 16 apresentam-se os índices relativos aos municípios da AII e AID do
Contorno de Florianópolis, no que se refere ao seu grau de risco social.
Tabela 16: Indicadores de Risco Social na AII e AID.
Índices de Risco
Ág
uas
M
orn
as
An
tôn
io
Car
los
Big
uaç
u
Flo
rian
óp
olis
Go
v. C
elso
R
amo
s
Pal
ho
ça
Sto
. Am
aro
d
aIm
per
atri
z
São
Jo
sé
São
Ped
ro
deA
lcân
tara
Acesso ao Trabalho
0,15 0,08 0,06 0,10 0,09 0,05 0,09 0,10 0,06
Disponibilidade de Recursos
0,79 0,78 0,50 0,66 0,74 0,70 0,77 0,76 0,74
Desenvolvimento Infantil
0,69 0,70 0,64 0,67 0,70 0,60 0,67 0,66 0,62
Condições Habitacionais
0,67 0,71 0,77 0,81 0,79 0,78 0,77 0,83 0,64
Acesso ao Conhecimento
0,41 0,46 0,42 0,49 0,41 0,44 0,45 0,47 0,42
Vulnerabilidade 0,75
0,66 0,66 0,65 0,71 0,64 0,69 0,66 0,70
IDF 0,58 0,56 0,51 0,56 0,57 0,54 0,57 0,58 0,53
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome-MDS, 2008.
Já o Índice de Gini é uma medida de concentração ou desigualdade na distribuição de
renda. Ele aponta as diferenças entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais
ricos. Numericamente também varia de 0 a 1, onde o zero teoricamente corresponde à
completa igualdade de renda, ou seja, não há desigualdade, e 1 corresponde
teoricamente à completa desigualdade, isto é, quando apenas um indivíduo detém toda
a renda da sociedade. Na prática, o Índice de Gini costuma comparar os 20% mais
pobres com os 20% mais ricos. A tabela que segue traz os Índices de Gini apurados
para os municípios da AII e da AID, segundo o Mapa da Pobreza no Brasil, de 2003,
elaborado pelo IBGE.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
47
Tabela 17: Índices de Gini – AII e AID.
Município Índices de Gini
Águas Mornas 0,32
Antônio Carlos 0,32
Biguaçu 0,35
Florianópolis 0,40
Governador Celso Ramos
0,36
Palhoça 0,37
Santo Amaro da Imperatriz
0,46
São José 0,38
São Pedro de Alcântara 0,31
Fonte: IBGE, Mapa da Pobreza no Brasil, 2003.
Outro indicador social bastante relevante para se apurar o grau de desenvolvimento
humano e social de uma população é o Índice de Desenvolvimento Infantil-IDI,
desenvolvido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância-UNICEF, cujo último
resultado foi aferido em 2004.
Nas últimas duas décadas, a concepção de desenvolvimento e bem-estar da
população de um país vem sendo alterada, ultrapassando a tradicional visão de que
isto esteja atrelado apenas à questão da renda pessoal e crescimento econômico, para
alcançar uma visão mais holística, onde a razão de ser do desenvolvimento é o ser
humano, o que implica três atributos básicos: o desenvolvimento das pessoas
aumentando suas oportunidades, potencialidades e direitos de escolha, o
desenvolvimento para as pessoas visando apropriação dos resultados de forma
equitativa e o desenvolvimento das pessoas para aumentar o seu poder e o das
comunidades.
Por esta perspectiva, princípios indissociáveis a este conceito de desenvolvimento
humano são a equidade (expressa na construção e distribuição dos benefícios do
desenvolvimento entre os membros das gerações presentes e futuras) e a
sustentabilidade (política, social, cultural, econômica e ambiental).
A partir desta orientação, o IDI incorpora variáveis como oferta de serviços de saúde,
oferta de serviços de educação e cuidado e proteção que a família deve proporcionar à
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
48
criança nos primeiros anos (representados pelo nível de educação do pai e da mãe).
Os conceitos de desenvolvimento infantil e desenvolvimento humano são complexos e
envolvem dimensões nem sempre fáceis de expressar em um índice. Na prática, o IDI
é calculado a partir dos seguintes indicadores: escolaridade da mãe e do pai, matrícula
de crianças de 4 a 6 anos na pré-escola e acesso a serviços de saúde (pré-natal e
vacinação).
Dessa forma, a composição do IDI se dá da seguinte maneira:
Percentual de crianças menores de 6 anos morando com mães e pais com
escolaridade precária;
Percentual de mães com cobertura pré-natal adequada;
Cobertura vacinal em crianças menores de 1 ano de idade;
Taxa de escolarização bruta na pré-escola.
O recorte orientado pelos primeiros seis anos de vida da criança, foi escolhido em
função de ser este o período da vida humana em que se formam grande parte das
capacidades cognitiva, emocional, social e de desenvolvimento físico da pessoa.
O IDI, como é usual, tem uma variação de 0 a 1, onde quanto mais perto do 1 mais
condições a criança tem de sobreviver, crescer e se desenvolver durante a primeira
infância, enquanto mais perto de 0, maior a vulnerabilidade das crianças, associada às
condições socioeconômicas das famílias e às iniciativas do poder público.
Para efeitos de classificação e comparação entre os municípios, emprega-se a mesma
classificação do IDG, ou seja, IDI acima de 0,800 significa desenvolvimento infantil
elevado; entre 0,500 e 0,799 significa desenvolvimento infantil médio e abaixo de
0,500, classifica o desenvolvimento infantil como baixo.
Os municípios da Área de Influência do Contorno de Florianópolis encontram-se
classificados quanto ao IDI, da seguinte forma, expressa na Tabela 18:
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
49
Tabela 18: Índice de Desenvolvimento Infantil - IDI na AII e AID.
Ordenação
Municípios
População Escolaridade dos pais Serviços de Saúde Serviços de educação
IDI
Est
adu
al
Nac
ion
al
Total Até 6 anos
% de crianças cujos pais têm escolaridade precária(menos
de quatro anos de estudo)
% de crianças menores de 1 ano
vacinadas
% de gestantes
com mais de seis
consultas pré-natais
% crianças matriculada
s em pré-escola Pai Mãe DTP
Tetra - valente
IDI 2004 IDI 2004 IDI 2004 IDI 2004 IDI 2004 IDI 2004 IDI 2004 IDI 2004 IDI 2004 IDI 2004 2004
179 1.415 Águas Mornas 5.390 628 15,12 8,44 - 100,00 42,86 42,29 0,725
86 679 Antônio Carlos 6434 793 14,84 18,45 - 100,00 60,47 68,77 0,789
214 1799 Biguaçu 48.077 6.936 13,62 14,91 - 100,00 45,99 33,19 0,694
73 564 Florianópolis 342.313 36.110 10,35 10,05 - 88,65 53,91 69,71 0,801
27 234 Governador
Celso Ramos 11.596 1.429 11,99 10,85 - 100.00 44,69 90,02 0,849
173 1.345 Palhoça 102.742 14.953 12,18 14,09 - 100,00 40,87 48,00 0,730
137 1.046 Santo Amaro da Imperatriz
15.706 1.971 14,91 15,90 - 100 44,12 61,74 0,757
76 607 São José 173.557 20.655 9,94 10,84 - 100,00 56,80 61,08 0,797
32 294 São Pedro de
Alcântara 3.582 359 22,45 16,85 - 100,00 53,85 97,42 0,808
Fonte: UNICEF, 2004.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
50
O IDI está baseado na idéia do cumprimento dos direitos das crianças estabelecidos
pela Convenção sobre os direitos das crianças e pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente. Os dois marcos reconhecem que a criança tem direito á sobrevivência
sadia, ao desenvolvimento pleno e à proteção contra todas as formas de discriminação,
exploração e abuso.
Para efeito de comparação dos índices observados nos municípios componentes deste
diagnóstico, informa-se que o IDI Nacional de 2004 foi de 0,670, o da Região Sul, área
geográfica deste trabalho, foi de 0,730 e o de Santa Catarina foi de 0,760. Isto mostra
que os municípios da AII e AID estão dentro de faixas desejáveis considerando-se o
contexto brasileiro e regional.
Foi verificada também a incidência de pobreza na população, segundo os dados do
Mapa da Pobreza no Brasil, publicado pelo IBGE em 2003. O IBGE considera pobre o
indivíduo que possui renda per capita inferior a R$ 180,00 por mês, seguindo uma
metodologia do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA. Entre os nove
municípios considerados neste estudo a situação de pobreza é a seguinte,
demonstrada na Tabela 19.
Tabela 19: Incidência de Pobreza – AII e AID.
Município % de Pobres na
População
Águas Mornas 15,82
Antônio Carlos 11,88
Biguaçu 31,06
Florianópolis 23,49
Governador Celso Ramos
37,93
Palhoça 31,72
Santo Amaro da Imperatriz
23,60
São José 26,36
São Pedro de Alcântara 18,06
Fonte: IBGE, Mapa da Pobreza no Brasil, 2003.
Pela tabela acima verifica-se que a pior situação social no que diz respeito ao número
de pessoas consideradas pobres na população se dá no município de Governador
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
51
Celso Ramos, seguido de Palhoça e Biguaçu. O município com a menor porcentagem
de população pobre é Antônio Carlos.
Por fim, são apresentados os Índices de Exclusão Social apurados para os municípios
da Área de Influência Direta e Indireta do Contorno de Florianópolis. O primeiro deles é
oriundo do Mapa da Exclusão Social no Brasil, publicado em 2007 pelo Banco do
Nordeste. Este Índice de Exclusão Social – IES é composto por um conjunto de cinco
indicadores e suas interseções observados nos municípios brasileiros. Estes
indicadores aferem o grau de carência, ou mal-estar social da população nos seguintes
quesitos: abastecimento de água potável, saneamento, coleta de lixo, educação e
renda.
O resultado para os nove municípios da AII e AID são apresentados na Tabela 20, a
seguir.
Tabela 20: Porcentagem de População Excluída – AII e AID.
Município IES (%
Excluídos)
Águas Mornas 41,80
Antônio Carlos 29,83
Biguaçu 20,90
Florianópolis 4,27
Governador Celso Ramos
20,83
Palhoça 14,66
Santo Amaro da Imperatriz
18,47
São José 8,58
São Pedro de Alcântara 36,23
Fonte: Mapa da Exclusão Social no Brasil, 2007.
A segunda referência adotada neste estudo para se avaliar o grau de exclusão social
nas cidades pertencentes à AII e à AID do empreendimento de implantação do
Contorno de Florianópolis, foi o Atlas da Exclusão Social no Brasil, lançado em 2003 e
reeditado em 2004, com dados referentes ao ano 2000. Trata-se de uma obra realizada
através de parceria entre o Conselho Regional de Economia e a Universidade Católica,
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
52
ambos de São Paulo e que tem sido tomada para orientação de políticas públicas por
diversos setores governamentais e em diversas instâncias.
O Atlas da Exclusão Social traça um perfil da exclusão no Brasil e aponta um Índice de
Exclusão Social (com variação de 0 a 1, onde mais próximo de 0 indica pior situação)
composto a partir do cruzamento de sete indicadores relacionados ao padrão de vida
da população em cada um dos municípios brasileiros: pobreza, concentração de
jovens, alfabetização, escolaridade, emprego formal, violência e desigualdade.
Para melhor compreensão do Índice de Exclusão Social apresentam-se os temas
analisados pelo índice, os índices construídos a partir dos indicadores e suas
ponderações, de modo a ser possível uma melhor avaliação da situação social dos
municípios em questão a partir deste valioso indicador social.
O Índice de Exclusão Social foi construído a partir de três grandes temas que
configuram, pela metodologia adotada, os componentes da exclusão/inclusão social ou
de risco de exclusão/inclusão social. O primeiro deles foi chamado de “Padrão de Vida
Digno”, no qual a preocupação foi observar as possibilidades de bem-estar material da
população dos municípios. O segundo aspecto tomado como referência foi o esforço
em quantificar a participação da população no legado técnico-cultural da sociedade,
considerado como “Conhecimento”. O terceiro e último aspecto na composição do
índice foi a questão do “Risco Juvenil”, isto é, o risco da população mais jovem
envolver-se em ações criminosas. A Tabela 21, extraída do Atlas da Exclusão Social no
Brasil, mostra os elementos de composição do Índice de Exclusão Social.
Tabela 21: Aspectos da Composição do Índice de Exclusão Social.
ASPECTOS ÍNDICES CRIADOS PESO
Um padrão de vida digno
Medido pela pobreza dos chefes de família no município.
Medido pela taxa de emprego formal sobre a População em Idade Ativa-PIA.
Medido por uma proximidade da desigualdade de renda, calculado pela razão entre a
quantidade de chefes de família que ganham acima de dez salários mínimos sobre o número de chefes de família que ganham abaixo disso.
17%
17%
17%
Conhecimento Medido pela taxa de alfabetização de pessoas 5,7%
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
53
ASPECTOS ÍNDICES CRIADOS PESO
acima de 5 anos.
Medido pelo número médio de anos de estudo do chefe de domicílio
11,3%
Risco Juvenil
Medido pela porcentagem de jovens na população.
Medido pelo número de homicídios por 100 mil habitantes.
17,0%
15,0%
Fonte: Atlas da Exclusão Social no Brasil, 2004.
Feitas estas considerações, que permitem a leitura aprimorada dos dados
apresentados, passa-se à Tabela 22, que traz os índices alcançados pelos municípios
da AII e da AID do empreendimento, no que se refere ao tema da exclusão social.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
54
Tabela 22: Índices de Exclusão Social – AII e AID
MUNICÍPIO
(2000)
Posição no
Ranking a partir da melhor
situação social
Índice de Pobreza
Índice de Juventude
Índice de Alfabetização
Índice
de Escolaridade
Índice de Emprego Formal
Índice de Violência
Índice de Desigualdade
Índice de Exclusão
Social
Águas Mornas
1481º 0,636 0,725 0,874 0,448 0,070 1,000 0,060 0,504
Antônio Carlos
333º 0,816 0,764 0,902 0,479 0,183 1,000 0,158 0,582
Biguaçu 708º 0,787 0,653 0,880 0,593 0,108 0,991 0,109 0,548
Florianópolis 3º 0,870 0,799 0,932 0,961 0,578 0,962 0,748 0,815
Gov. Celso Ramos
1173º 0,703 0,736 0,869 0,499 0,062 0,968 0,078 0,519
Palhoça 661º 0,799 0,642 0,893 0,613 0,113 1,000 0,012 0,349
Sto. Amaro da
Imperatriz 600º 0,738 0,700 0,904 0,575 0,148 1,000 0,120 0,556
São José 58º 0,851 0,737 0,922 0,778 0,227 0,983 0,296 0,647
São Pedro de Alcântara
847º 0,679 0,844 0,882 0,483 0,104 1,000 0,036 0,538
Fonte: Atlas da Exclusão Social no Brasil, 2004.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
55
Aos indicadores sociais já demonstrados, foram acrescentados também aqueles
apurados pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro – FIRJAN, que elabora o
Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal – IFDM. Esta instituição desenvolve e
coordena estudos, pesquisas e projetos para orientar as ações de promoção industrial
e novos investimentos, usando somente dados oficiais e seus resultados são bastante
citados no meio técnico. O IFDM considera três áreas em sua composição: emprego e
renda, educação e saúde.
Sua variação segue uma escala de 0 (pior) a 1 (melhor) para classificar o
desenvolvimento do país, dos estados e dos municípios e, segundo seus critérios de
análise, há quatro categorias de desenvolvimento municipal. A primeira delas é o baixo
desenvolvimento (de 0 a 0,4), seguida pelo desenvolvimento regular (de 0,4001 a 0,6),
moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto desenvolvimento municipal (de 0,8001 a 1).
O IFDM de cada município considerado neste estudo é apresentado na Tabela 23.
Tabela 23: Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal – AII e AID – 2007.
Município IFDM Emprego e Renda
Educação Saúde Posição no Ranking
Nacional Estadual
Águas Mornas 0,6466 0,3543 0,8355 0,7499 2246º 219º
Antônio Carlos 0,7077 0,3984 0,8658 0,8587 1101º 108º
Biguaçu 0,6919 0,5556 0,6959 0,8241 1360º 138º
Florianópolis 0,8323 0,8631 0,7728 0,8612 119º 7º
Governador Celso Ramos
0,6317 0,3794 0,7463 0,7695 2502º 236º
Palhoça 0,7457 0,7183 0,7068 0,8120 578º 42º
Santo Amaro da Imperatriz
0,6559 0,4358 0,7629 0,7690 2060º 205º
São José 0,7983 0,8061 0,7321 0,8567 234º 18º
São Pedro de Alcântara
0,7759 0,5666 0,8335 0,9276 347º 24º
Fonte: Sistema FIRJAN, publicado em 2010 – Ano de Referência 2007.
5.3.2.2 Caracterização da Área de Influência Direta
Esta seção do diagnóstico se destina a conhecer as dinâmicas sociais da população da
Área de Influência Direta – AID do Contorno de Florianópolis, bem como as suas
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
56
carências e aspirações, de forma a organizar e direcionar as estratégias de ação
relativas ao empreendimento, de modo ajustado às necessidades reais dos municípios,
a partir do conhecimento de sua realidade social, de modo que os impactos negativos
sejam evitados, minimizados ou compensados de maneira eficaz e que os impactos
positivos sejam maximizados e intervenham de fato para uma melhoria da qualidade de
vida em toda a região.
Este nível de detalhamento, que se dará sob a forma de uma caracterização da AID a
partir da identificação da infraestrutura existente e as demandas em relação à
educação, saúde, transporte, energia elétrica, comunicação, abastecimento de água,
coleta e tratamento de esgotos, coleta e disposição do lixo e segurança pública, foi
exigido segundo o Termo de Referência – TR emitido pelo IBAMA apenas para os
municípios componentes da AID, isto é, Biguaçu, São José, Palhoça, Governador
Celso Ramos e, no caso da socioeconomia, Florianópolis, embora esta cidade não seja
de fato contornada fisicamente pelo traçado proposto para a futura rodovia.
Afim de melhor organizar as informações, subdividiu-se a Caracterização da AID em
temas (aqueles solicitados pelo IBAMA) de forma a melhor visualizar todo o universo
tratado.
5.3.1.1.1. Educação
É imperativo para um Estudo de Impacto Ambiental, conter o perfilinstrucional e as
condições educacionais da população envolvida. Isto porque a Educação é de suma
importância para o delineamento das diretrizes ambientais que serão tomadas em
relação ao empreendimento proposto, seja em sua gestão, seja para o delineamento
dos programas ambientais a ele inerentes.
Atualmente não há como não pensar no papel estratégico que a Educação exerce no
processo de desenvolvimento sociocultural sustentável.
A própria Constituição Brasileira de 1988, considera que a Educação, que tem como
um de seus vieses mais importantes, a escolarização, é um fator capaz de desenvolver
nos seres humanos suas potencialidades, pois deve permitir o “pleno desenvolvimento
da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho”, como previsto na Carta Magna.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
57
Portanto, quando disseminada de forma universal é um dos mais importantes
mecanismos para a promoção de oportunidades entre os membros de uma sociedade.
O Diagnóstico do Meio Socioeconômico para o empreendimento de implantação do
Contorno de Florianópolis, no que diz respeito à questão da Educação, tomou como
base um conjunto amplo de dados recolhidos junto ao Ministério da Educação, IBGE,
Secretaria de Estado de Educação, entre outras instituições, que possibilitam a
compreensão do perfil da população envolvida no que diz respeito ao tema.
Para todas as cidades da AID do empreendimento, isto é, Biguaçu, Governador Celso
Ramos, São José, Palhoça e Florianópolis, foram observados diversos indicadores tais
como a média de anos de estudo (escolarização) da população e a dimensão do
analfabetismo. Para complementar a análise realizada procurou-se também verificar
como se processa o acesso da população ao sistema educacional e a sua
permanência nele, considerando além da infraestrutura de educação existente em cada
um dos municípios da AID (estabelecimentos, matrículas, docentes), as faixas etárias,
os níveis e as modalidades educacionais oferecidas, de forma que se tenha uma visão
geral do potencial dos sistemas educacionais na AID.
A primeira dimensão analisada na questão da educação na AID é a incidência do
analfabetismo. Há um pressuposto amplamente aceito de que saber ler e escrever são
condições indispensáveis para que um indivíduo possa exercer seus direitos e deveres
como cidadão pleno e para poder inserir-se em condições minimamente aceitáveis no
mercado de trabalho.
Além disso, do ponto de vista social, a taxa de analfabetismo se constitui e’m um
critério essencial para se caracterizar os níveis de desenvolvimento humano e de
inclusão social de uma sociedade que, somados aos indicadores sociais anteriormente
apresentados neste diagnóstico, compõem o quadro social da população envolvida. A
variação das taxas de analfabetismo nos municípios da AID entre os anos 2000 e 2010
foram condensadas na tabela que segue, que disponibiliza também a variação da
posição de cada município no Ranking Estadual.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
58
Tabela 24: Taxas de Analfabetismo na AID – 2000 e 2010.
Município Taxa de Analfabetismo Ranking Estadual
2000 2010 2010
Biguaçu 4,65 7,50 90°
São José 2,70 4,50 16°
Palhoça 3,90 6,50 53°
Florianópolis 2,90 3,60 9°
Governador Celso Ramos - 7,2 205°
Fonte: INEP/Censo Escolar de Santa Catarina, 2010.
Para efeito de análise das taxas verificadas nos municípios da AID, informa-se que a
Taxa de Analfabetismo no Brasil, segundo o Censo Demográfico 2010 é de 9,6% e na
região sul, de 5,1%.
Observa-se, pelas taxas relacionadas na tabela acima, que a proporção de pessoas
analfabetas na população entre os anos 2000 e 2010 aumentou, porém é preciso
considerar o aumento populacional significativo neste mesmo período, que,
infelizmente, não foi acompanhado pelo progresso nos níveis de alfabetização.
Ainda sobre a questão do analfabetismo, a fim de melhor delinear o problema, tomou-
se a taxa de analfabetismo da população por faixa etária extraída do Censo 2010, do
IBGE. A proporção de população alfabetizada por faixa etária em cada município pode
ser vista nas Tabelas abaixo (Tabela 25 a Tabela 29).
Tabela 25: Proporção da População Residente Alfabetizada por Faixa Etária em Biguaçu.
Faixa Etária
Grupos de Idade Alfabetizados
Nº pessoas % da população
total
10 anos ou mais de idade 43.456 74,65
15 anos ou mais de idade 42.564 73,12
5 anos ou mais de idade 51.177 87,92
5 a 9 anos de idade 3.408 5,85
10 a 14 anos de idade 5.205 8,94
15 a 19 anos de idade 5.384 9,24
20 a 29 anos de idade 10.655 18,30
30 a 39 anos de idade 9.191 15,79
40 a 49 anos de idade 7.828 13,44
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
59
Faixa Etária
Grupos de Idade Alfabetizados
Nº pessoas % da população
total
50 a 59 anos de idade 5.474 9,40
60 anos ou mais de idade 4.032 6,92
Fonte: Censo Demográfico, 2010 – IBGE.
Tabela 26: Proporção da População Residente Alfabetizada por Faixa Etária em São José.
Faixa Etária Grupos de Idade Alfabetizados
Nº pessoas % da população total
10 anos ou mais de idade 179.134 85,38
15 anos ou mais de idade 163.332 77,84
5 anos ou mais de idade 189.169 90,16
5 a 9 anos de idade 10.035 4,78
10 a 14 anos de idade 15.802 7,53
15 a 19 anos de idade 17.004 8,10
20 a 29 anos de idade 41.195 19,63
30 a 39 anos de idade 35.610 16,97
40 a 49 anos de idade 29.486 14,05
50 a 59 anos de idade 22.295 10,62
60 anos ou mais de idade 17.742 8,45
Fonte: Censo Demográfico, 2010 – IBGE.
Tabela 27: Proporção da População Residente Alfabetizada por Faixa Etária em Palhoça.
Faixa Etária
Grupos de Idade Alfabetizados
Nº pessoas % da população
total
10 anos ou mais de idade 113.460 82,61
15 anos ou mais de idade 101.383 73,82
5 anos ou mais de idade 120.772 87,94
5 a 9 anos de idade 7.312 5,32
10 a 14 anos de idade 12.077 8,79
15 a 19 anos de idade 12.392 9,02
20 a 29 anos de idade 25.651 18,67
30 a 39 anos de idade 23.308 16,97
40 a 49 anos de idade 18.683 13,60
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
60
Faixa Etária
Grupos de Idade Alfabetizados
Nº pessoas % da população
total
50 a 59 anos de idade 12.404 9,03
60 anos ou mais de idade 8.945 6,51
Fonte: Censo Demográfico, 2010 – IBGE.
Tabela 28: Proporção da População Residente Alfabetizada por Faixa Etária em Florianópolis.
Faixa Etária
Grupos de Idade Alfabetizados
Nº pessoas % da população
total
10 anos ou mais de idade 366.859 87,09
15 anos ou mais de idade 338.597 80,38
5 anos ou mais de idade 384.840 91,35
5 a 9 anos de idade 17.981 4,26
10 a 14 anos de idade 28.262 6,70
15 a 19 anos de idade 32.324 7,67
20 a 29 anos de idade 84.630 20,09
30 a 39 anos de idade 70.030 16,62
40 a 49 anos de idade 59.387 14,09
50 a 59 anos de idade 47.061 11,17
60 anos ou mais de idade 45.165 10,72
Fonte: Censo Demográfico, 2010 – IBGE.
Tabela 29: Proporção da População Residente Alfabetizada por Faixa Etária em Governador Celso Ramos.
Faixa Etária
Grupos de Idade Alfabetizados
Nº pessoas % da população
total
10 anos ou mais de idade 10618 86,26
15 anos ou mais de idade 9589 77,9
5 anos ou mais de idade 11323 91,99
5 a 9 anos de idade 705 5,73
10 a 14 anos de idade 1029 8,36
15 a 19 anos de idade 1138 9,25
20 a 29 anos de idade 2.115 17,18
30 a 39 anos de idade 2.006 16,29
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
61
Faixa Etária
Grupos de Idade Alfabetizados
Nº pessoas % da população
total
40 a 49 anos de idade 1927 15,66
50 a 59 anos de idade 1347 10,94
60 anos ou mais de idade 1056 8,59
Fonte: Censo Demográfico, 2010 – IBGE.
Outro indicador apurado com base no Censo 2010, do IBGE e que ajuda a delinear o
perfil instrucional das populações em estudo é a taxa de escolarização líquida que
indica o percentual da população em determinada faixa etária que se encontra
matriculada no nível de ensino adequado à sua idade.
No município de Biguaçu esta taxa atinge o valor de 92,90% no ensino fundamental (7
a 14 anos) e 40,30% no ensino médio (15 a 17 anos). A cidade de São José registra
taxas de escolarização líquida de 95,10% para o ensino fundamental e 48,90% para o
ensino médio. Em Palhoça os valores são 94,00% no ensino fundamental e 35,40% no
ensino médio, enquanto em Florianópolis esta taxa corresponde a 94,10% no ensino
fundamental e 54,00 no ensino médio. As taxas alcançadas revelam a concentração do
problema de escolarização no nível médio de ensino, quando se pode inferir o grande
número de alunos que abandonam a escola ao atingirem esta etapa de formação.
Uma questão de grande relevância para se avaliar os patamares educacionais
alcançados nos municípios em questão é a do chamado Analfabetismo Funcional,
termo sugerido pela UNESCO na década de 1990 e que se refere a quem, mesmo com
a capacidade de decodificar minimamente letras, frases e até mesmo textos curtos e os
números, não desenvolve a habilidade de interpretá-los e nem de realizar as operações
matemáticas simples. O IBGE considera como analfabeto funcional o indivíduo maior
de 15 anos que tenha freqüentado a escola por um período inferior a 4 anos de estudo,
isto é, o IBGE toma como base o número de séries concluídas.
É importante observar que este é apenas um parâmetro para a análise da questão,
uma vez que, existem analfabetos funcionais com nível superior de escolaridade. Até
mesmo o patamar de 04 séries ou anos de estudo é discutido, uma vez que, deve-se
ponderar também as demandas existentes nos contextos e nas expectativas que a
sociedade coloca quanto às competências mínimas que todos deveriam ter. A
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
62
distribuição da população dos municípios diagnosticados neste trabalho por grupos de
anos de estudo é apresentada na tabela a seguir.
Observa-se que, os dados disponíveis ainda são do Censo 2000, trabalhados pelo
Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil/PNUD, embora tenha sido realizado o
Censo Demográfico de 2010, o IBGE ainda trabalha em sua avaliação e vem
disponibilizando suas informações gradativamente. A porcentagem de analfabetismo
funcional de pessoas de 15 anos ou mais de idade na população 2010 por município
ainda não está disponível pelo IBGE, apenas para o Brasil e por grandes regiões. No
país como um todo, no Censo 2010 esta taxa é de 20,3% da população e na Região
Sul é de 15,5%.
Tabela 30: Distribuição da População por Grupos de Anos de Estudo na AID, 2000.
Grupos de Anos de Estudo
% 10 a 14 anos com menos de 4 anos de estudo
% 15 a 17 anos com menos de
4 anos de estudo
% 18 a 24 anos com menos de 4 anos de estudo
% 15 anos ou mais com
menos de 4 anos de estudo
Biguaçu 35,72 6,45 8,80 19,70
São José 31,71 6,44 5,54 13,77
Palhoça 35,53 8,10 7,90 18,78
Florianópolis 30,61 6,09 5,15 10,58
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2000.
Os dados de número de matrículas nas cidades que compõem a AID também foram
apurados neste diagnóstico. A pesquisa abrangeu a Educação Básica, em suas
diferentes etapas – Educação Infantil, Ensino Fundamental (anos iniciais e finais) e
Ensino Médio, estando incluídos os alunos da Educação de Jovens e Adultos Semi-
Presencial. As informações apuradas foram condensadas nas tabelas que seguem.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
63
Tabela 31: Número de Estudantes por Nível de Ensino e Dependência Administrativa - Município de Governador Celso Ramos.
Dep
end
ênci
a A
dm
inis
trat
iva
Nível de Ensino
Educação
Infantil Ensino
Fundamental Ensino Médio
Estadual 0 1202 389
Municipal 330 661 0
Privada 0 0 0
TOTAL 330 1863 389
FONTE: Educacenso 2010.
Tabela 32: Número de Estudantes por Nível de Ensino e Dependência Administrativa - Município de Biguaçu.
Dep
end
ênci
a A
dm
inis
trat
iva
Nível de Ensino
Educação Infantil
Ensino Fund. Anos Iniciais
Ensino Fundamental Anos Finais
Ensino Médio
Estadual 0 2.957 2957 1703
Municipal 1.620 1042 1042 0
Privada 421 499 499 324
TOTAL 2.041 4.498 4498 2027
FONTE: Educacenso 2010
Tabela 33: Número de Estudantes por Nível de Ensino e Dependência Administrativa - Município de São José.
Dep
end
ênci
aAd
min
istr
ativ
a
Nível de Ensino
Educação Infantil
Ensino Fund. Anos Iniciais
Ensino Fundamental Anos Finais
Ensino Médio
Estadual 0 3576 4789 4604
Federal 0 0 0 520
Municipal 5.000 5925 6097 86
Privada 1267 3238 3089 2027
TOTAL 2.041 12.739 13.975 7.237
FONTE: Educacenso 2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
64
Tabela 34: Número de Estudantes por Nível de Ensino e Dependência Administrativa - Município de Palhoça.
Dep
end
ênci
a A
dm
inis
trat
iva
Nível de Ensino
Educação Infantil
Ensino Fund. Anos Iniciais
Ensino Fundamental Anos Finais
Ensino Médio
Estadual 0 4. 824 7106 408
Municipal 2.776 3.741 2074 0
Privada 2000 1.013 1014 809
TOTAL 4.776 9.578 10.254 1.217
FONTE: Educacenso 2010.
Tabela 35: Número de Estudantes por Nível de Ensino e Dependência Administrativa - Município de Florianópolis.
Dep
end
ênci
a A
dm
inis
trat
iva
Nível de Ensino
Educação Infantil
Ensino Fund. Anos Iniciais
Ensino Fundamental Anos Finais
Ensino Médio
Estadual 148 8.596 10.548 9.813
Municipal 260 352 304 1.097
Privada 10.306 6.830 8.587 0
TOTAL 5.242 7.008 6.839 5.820
FONTE: Educacenso 2010.
Quanto ao quadro de recursos humanos disponível nas escolas dos municípios
afetados, o melhor indicador para se avaliar a situação é o número de docentes
atuantes em cada município na Educação Básica. Em Biguaçu, há ao todo, 588
professores atuantes nas escolas do município, em todos os níveis de ensino da
educação básica, enquanto que em Governador Celso Ramos, o número de docentes
em todos os níveis de ensino é de 180 professores. Na cidade de São José, a equipe
de professores é composta por 2.121 pessoas. A cidade de Palhoça, conta com 1.395
professores, enquanto o município de Florianópolis, a capital, tem o maior número de
professores, sendo 4.158, ao todo. A seguir apresenta-se a Tabela 36com a
distribuição destes profissionais por nível de ensino e tipo de estabelecimento. Os
dados são do IBGE e referem-se ao ano de 2009.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
65
Tabela 36: Distribuição de Docentes por Nivel de Ensino e Tipo de Estabelecimento.
Tipo de Escola
Número de Docentes por Município e Nível Escolar
Biguaçu São José Palhoça Florianópolis Governador
Celso Ramos
EI* EF** EM*** EI EF EM EI EF EM EI EF EM EI EF EM
Pública Estadual 0 235 91 0 366 236 0 443 191 6 872 563 0 58 27
Pública Municipal 73 89 0 227 629 28 0 260 0 394 660 0 42 53 0
Pública Federal 0 0 0 0 0 36 170 0 0 10 59 105 0 0 0
Privada 15 63 22 77 343 179 92 163 76 281 815 393 0 0 0
Total 88 387 113 304 1.338 479 262 866 267 691 2.406 1.061 42 111 27
*Educação Infantil **Ensino Fundamental ***Ensino Médio
Fonte: IBGE, 2009.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
66
A fim de se ter também uma avaliação qualitativa da questão educacional nos
municípios da AID, procurou-se pelos parâmetros estabelecidos no Brasil para se aferir
qualidade de ensino. O Ministério da Educação brasileiro disponibiliza índices que se
propõem a medir os níveis de qualidade da educação básica, secundária e superior.
Para efeito deste Estudo de Impacto Ambiental considerou-se os dois primeiros níveis
de ensino, levando em conta o contexto em que o empreendimento poderá causar
impactos.
O sistema de avaliação da educação nacional está regulamentado na Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/1996). O art. 8º, § 1º afirma que “Caberá
à União a coordenação da política nacional de educação, articulando os diferentes
níveis e sistemas [...]”. A União deverá ainda, segundo o Art. 9º, inciso VI “assegurar
processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e
superior, em colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a definição de
prioridades e a melhoria da qualidade de ensino”. E o art. 87, das Disposições
Transitórias, em seu §3º afirma que “Cada município e, supletivamente, o estado e a
União deverá, conforme Inciso IV, “integrar todos os estabelecimentos de ensino
fundamental do seu território ao sistema nacional de avaliação do rendimento escolar”
(BRASIL, 1996).
Assim, também foi verificado o desempenho dos municípios da AID quanto ao Índice
de Desenvolvimento da Educação Básica-IDEB, de modo a melhor qualificar a
pesquisa. O IDEB é calculado a partir de dois componentes, a taxa de rendimento
escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames padronizados aplicados
pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais-INEP. Os índices de
aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente, e as médias
de desempenho utilizadas são as do Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Básica-SAEB.
O comparativo das médias do IDEB para o ano de 2009 e 2011, para todos os
municípios pertencentes à AID, está apresentado através da Tabela 37. Os resultados
foram obtidos através de consulta ao Portal do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) para as redes de ensino públicas.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
67
Tabela 37: IDEB observado na AID.
Município 2009 2011
Governado Celso Ramos 4,6 5,3
Biguaçu 4,7 5,1
São José 4,8 5,1
Palhoça 4,7 5,3
Florianópolis 4,9 5,6
Fonte: INEP, 2011.
Em todos os níveis avaliados, o resultado foi próximo à média nacional que foi de 5,0
para as séries iniciais do ensino fundamental (1ª a 4ª séries), 4,1 para as séries finais
do ensino fundamental (5ª a 8ª séries) e 3,7 para o ensino médio, numa escala que
varia de 0 a 10. Estes resultados ilustram a má qualidade de ensino, tanto na esfera
nacional como dos municípios analisados, tendo em vista que a nota meta estabelecida
pelo próprio Ministério da Educação é 6,0.
Quanto ao resultado no Exame Nacional do Ensino Médio-ENEM, o último disponível
por município, é também o do ano de 2009. Na AID, do empreendimento, os resultados
foram os seguintes, expressos nas Tabelas que se seguem (Tabela 38a Tabela 42).
Tabela 38: Desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio-ENEM – Governador Celso Ramos.
Nível Média da Prova Objetiva Média Total
(Redação e Prova Objetiva)
Rede Federal - -
Rede Estadual 483,85 509,71
Rede Municipal - -
Rede Privada - -
Fonte: INEP/MEC, 2009.
Tabela 39: Desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio-ENEM – Biguaçu.
Nível Média da Prova Objetiva Média Total
(Redação e Prova Objetiva)
Rede Federal - -
Rede Estadual 487,27 518,37
Rede Municipal - -
Rede Privada 524,48 553,00
Fonte: INEP/MEC, 2009.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
68
Tabela 40: Desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio-ENEM – São José.
Nível Média da Prova Objetiva Média Total
(Redação e Prova Objetiva)
Rede Federal 615,44 620,30
Rede Estadual 497,67 540,94
Rede Municipal 487,32 563,10
Rede Privada 570,89 587,41
Fonte: INEP/MEC, 2009.
Tabela 41: Desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio-ENEM – Palhoça.
Nível Média da Prova Objetiva Média Total
(Redação e Prova Objetiva)
Rede Federal - -
Rede Estadual 503,78 537,81
Rede Municipal - -
Rede Privada 572,53 590,27
Fonte: INEP/MEC, 2009.
Tabela 42: Desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio-ENEM – Florianópolis.
Nível Média da Prova Objetiva Média Total
(Redação e Prova Objetiva)
Rede Federal 589,51 605,45
Rede Estadual 514,95 544,84
Rede Municipal - -
Rede Privada 619,07 625,57
Fonte: INEP/MEC, 2009.
Os resultados alcançados pelas escolas dos municípios da AID, por rede de ensino,
demonstram ainda uma defasagem entre as redes pública e privada, pois, o sistema de
ensino particular vem sistematicamente alcançando resultados mais elevados, situação
que se repete em todo o país. Para efeito de comparação dos resultados, observa-se
que a média nacional no ENEM 2009 foi de 529,63 pontos e a pontuação média no
Estado de Santa Catarina é de 554,71 pontos. O INEP projetou meta de nota média
igual a 600 para o ano de 2028.
Ainda com o intuito de disponibilizar neste diagnóstico, informações a respeito da
qualidade da educação nos municípios da Área de Influência Direta, foram coletados os
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
69
dados referentes às taxas de rendimento dos alunos (aprovação, reprovação e
abandono) na rede pública de ensino. As Tabelas que serão apresentadas na
sequência (Tabela 43a Tabela 47) apresentam as referidas taxas. Observa-se que a
coluna referente às séries está dividida em série/ano, pois a Lei nº 11.274, de 06 de
fevereiro de 2006, altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece
as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de nove anos
para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 06 (seis) anos de
idade o que alterou a nomenclatura das antigas séries (as antigas 1ªs a 4ªs séries,
passaram a ser chamadas de 1º ao 5º ano).
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
70
Tabela 43: Taxas de Rendimento na Rede Pública de Ensino no Município de Governador Celso Ramos, 2010.
,
Rede Estadual Rede Municipal
Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural
1ª / 2º* 100,00 - 0,00 - 0,00 - 88,20 - 9,80 - 2,00 -
2ª / 3º* 88,50 - 10,70 - 0,80 - 90,80 - 8,40 - 0,80 -
3ª / 4º* 99,30 - 0,70 - 0,00 - - - - - - -
4ª / 5º* - - - - - - 93,90 - 6,10 - 0,00 -
5ª / 6º* 97,70 - 0,80 - 1,50 - 48,50 - 48,50 - 3,00 -
6ª / 7º* 84,70 - 14,20 - 1,10 - 67,10 - 28,60 - 4,30 -
7ª / 8º* 86,50 - 10,90 - 2,60 - 72,50 - 17,50 - 10,00 -
8ª / 9º* 75,80 - 20,10 - 4,10 - 90,30 - 9,70 - 0,00 -
1º** 62,30 - 29,90 - 7,80 - - - - - - -
2º** 88,70 - 6,50 - 4,80 - - - - - - -
3º** 92,00 - 2,70 - 5,30 - - - - - -
Legenda: * - Série/ano Ensino Fundamental ** - Ensino Médio
Fonte: INEP/MEC, 2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
71
Tabela 44: Taxas de Rendimento na Rede Pública de Ensino no Município de Biguaçu, 2010.
Séries
Rede Estadual Rede Municipal
Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural
1ª / 2º* 98,50 100,00 1,30 0,00 0,20 0,00 94,40 100,0 2,80 0,00 2,80 0,00
2ª / 3º* 85,40 85,70 14,30 14,30 0,30 0,00 83,50 94,90 15,70 5,10 0,80 0,00
3ª / 4º* 98,70 98,60 0,70 1,40 0,60 0,00 87,00 90,00 12,00 10,00 1,00 0,00
4ª / 5º* - 100,00 - 0,00 - 0,00 85,50 100,00 12,10 0,00 2,40 0,00
5ª / 6º* 94,70 80,00 0,30 20,00 5,00 0,00 75,70 76,60 15,10 23,40 9,20 0,00
6ª / 7º* 81,80 80,00 12,80 15,00 5,40 5,00 79,80 88,30 10,80 8,30 9,40 3,40
7ª / 8º* 82,00 86,70 12,40 13,30 5,60 0,00 81,60 96,60 13,20 3,40 5,20 0,00
8ª / 9º* 85,40 52,60 9,80 21,10 4,80 26,30 97,20 87,20 2,80 5,10 0,00 7,70
1º** 63,70 50,00 19,60 0,00 16,70 50,00 - - - - - -
2º** 79,70 57,10 10,80 0,00 9,50 42,90 - - - - - -
3º** 88,70 - 3,10 - 8,20 - - - - - - -
Legenda:* - Série/ano Ensino Fundamental** - Ensino Médio
Fonte: INEP/MEC, 2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
72
Tabela 45: Taxas de Rendimento na Rede Pública de Ensino no Município de São José, 2010.
Séries
Rede Estadual Rede Municipal
Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural
1ª / 2º* 99,20 - 0,30 - 0,50 - 87,00 90,50 12,90 9,50 0,10 0,00
2ª / 3º* 87,60 - 12,20 - 0,20 - 91,60 83,30 8,20 16,70 0,20 0,00
3ª / 4º* 98,70 - 1,10 - 0,20 - 91,20 92,90 8,40 4,80 0,40 2,30
4ª / 5º* - - - - - - 92,40 93,20 7,20 6,80 0,40 0,00
5ª / 6º* 95,60 - 2,10 - 2,30 - 79,00 88,40 20,20 9,30 0,80 2,30
6ª / 7º* 74,90 - 21,90 - 3,20 - 80,60 83,90 18,40 9,70 1,00 6,40
7ª / 8º* 84,40 - 15,80 - 3,80 - 80,60 81,30 18,30 9,40 1,10 9,30
8ª / 9º* 84,10 - 12,70 - 3,20 - 91,10 93,50 7,60 0,00 1,30 6,50
1º** 72,70 - 18,00 - 9,30 - 79,20 - 20,80 - 0,00 -
2º** 84,10 - 10,00 - 5,90 - 71,40 - 21,40 - 7,20 -
3º** 87,40 - 6,70 - 5,90 - 92,10 - 2,60 - 5,30 -
Legenda: * - Série/ano Ensino Fundamental ** - Ensino Médio
Fonte: INEP/MEC, 2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
73
Tabela 46: Taxas de Rendimento na Rede Pública de Ensino no Município de Palhoça, 2010.
Séries
Rede Estadual Rede Municipal
Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural
1ª / 2º* 98,90 100,00 0,60 0,00 0,50 0,00 75,90 93,00 23,80 7,00 0,30 0,00
2ª / 3º* 84,80 100,00 14,40 0,00 0,80 0,00 67,40 56,30 32,10 43,70 0,50 0,00
3ª / 4º* 96,80 88,90 0,50 0,00 0,70 11,10 85,20 97,10 14,10 2,90 0,70 0,00
4ª / 5º* - - - - - - 90,00 96,20 8,80 1,90 1,20 1,90
5ª / 6º* 97,90 100,00 0,20 0,00 1,90 0,00 72,60 - 24,20 - 3,20 -
6ª / 7º* 75,00 50,00 22,20 0,00 2,80 50,00 79,30 - 18,00 - 2,70 -
7ª / 8º* 79,00 100,00 18,80 0,00 2,20 0,00 80,90 - 16,50 - 2,60 -
8ª / 9º* 82,30 100,00 14,20 0,00 3,50 0,00 87,70 - 8,70 - 3,60 -
1º** 66,70 - 19,00 - 14,30 - - - - - - -
2º** 70,80 - 17,90 - 11,30 - - - - - - -
3º** 81,20 - 12,30 - 6,50 - - - - - - -
Legenda: * - Série/ano Ensino Fundamental ** - Ensino Médio
Fonte: INEP/MEC, 2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
74
Tabela 47: Taxas de Rendimento na Rede Pública de Ensino no Município de Florianópolis, 2010.
Séries
Rede Estadual Rede Municipal
Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural
1ª / 2º* 98,00 - 1,70 - 0,30 - 99,20 100,00 0,70 0,00 0,10 0,00
2ª / 3º* 84,30 - 14,50 - 1,20 - 99,50 100,00 0,20 0,00 0,30 0,00
3ª / 4º* 97,60 - 1,50 - 0,90 - 99,10 100,00 0,60 0,00 0,30 0,00
4ª / 5º* 92,00 - 6,60 - 1,40 - - - - - - -
5ª / 6º* 92,70 - 4,40 - 2,90 - 98,80 100,00 0,10 0,00 1,10 0,00
6ª / 7º* 74,30 - 21,60 - 4,10 - 87,70 96,60 11,00 3,40 1,30 0,00
7ª / 8º* 76,60 - 19,50 - 3,90 - 91,60 82,80 7,60 15,60 0,80 1,60
8ª / 9º* 78,20 - 16,90 - 4,90 - 93,70 88,20 5,00 8,80 1,30 3,00
1º** 60,10 - 24,80 - 15,10 - - - - - - -
2º** 74,10 - 15,80 - 10,10 - - - - - - -
3º** 83,30 - 7,60 - 9,10 - - - - - - -
Legenda: * - Série/ano Ensino Fundamental ** - Ensino Médio
Fonte: INEP/MEC, 2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
75
Estes dados confirmam o problema da escolarização no ensino médio citado
anteriormente, mostrando claramente que é na passagem para este nível de ensino
que se concentram as maiores taxas de abandono escolar.
Foram averiguados também os recursos federais disponíveis para a área de educação
nos municípios da AID, considerando que estes são fundamentais para o fomento do
setor.
Tendo em vista a necessidade de universalizar o acesso à educação e erradicar o
analfabetismo e dentro da ideia de que a municipalização do ensino aproximaria a
educação das realidades e demandas locais, foi implantado em 1997, pelo Governo
Federal, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério – FUNDEF, que vigorou até 2006, sendo substituído, a partir
de 2007 pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, que atende toda a educação
básica, da creche ao ensino médio.
Na AID, o montante de aplicação do FUNDEB em cada município pode ser visualizado
na Tabela 48, a seguir. Esta tabela traz também os valores repassados pela União aos
municípios da AID sob a rubrica da educação e que podem ter destinos diversos, tais
como apoio à alimentação e ao transporte escolar na educação básica, apoio à
aquisição de equipamentos, capacitação de professores e profissionais da educação
etc.
Tabela 48: Transferência de Recursos Federais para Educação Básica na AID – 2013.
Nível FUNDEB(R$) EDUCAÇÃO (outros)(R$)
Governador Celso ramos 351.005,75 101.382,48
Biguaçu 937.557,86 381.479,60
São José 3.799.473,16 1.336.794,12
Palhoça 2.290.694,15 908.179,20
Florianópolis 6.102.505,04 2.728.815,92
Fonte: Portal da Transparência do Governo Federal – Exercício 2013.
O Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, apresentado pelo Ministério da
Educação em 2007, disponibilizou aos estados e municípios brasileiros, instrumentos
de avaliação e implementação de políticas de melhoria da qualidade de educação,
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
76
sobretudo da educação básica pública. No contexto do PDE foi instituído pelo Decreto
6.094, de 24 de abril de 2007, o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação
que, respeitando a autonomia dos entes federados, apóia iniciativas diversas visando a
melhoria dos indicadores educacionais. A partir deste Plano de Metas, os estados e
municípios elaboram seus respectivos Planos de Ações Articuladas – PAR.
Em resumo, o PAR foi implantado com a finalidade de servir como apoio técnico e
financeiro às redes escolares públicas do país, articulado ao Plano de Desenvolvimento
da Educação- PDE. Trata-se de um plano estrutural de longo prazo e pressupõe a
superação da tradicional fragmentação das políticas educacionais e o diálogo entre os
entes federativos, com vistas à melhoria do Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica-IDEB.
Todos os municípios aderiram ao PAR, do Ministério da Educação, por meio de Termos
de Cooperação Técnica firmados entre as prefeituras municipais e o MEC. O município
de Biguaçu aderiu ao programa em 23/09/2009 através do Termo de Cooperação nº
24.068, São José aderiu em 11/12/2009 por meio do Termo de Cooperação nº 24.494,
Palhoça o que mais recentemente aderiu ao programa, o fez por meio do Termo de
Cooperação nº 25.000, de 04/01/2010 e Florianópolis em 19/10/2009, estabeleceu o
Termo de Cooperação nº 24.244.
O PAR possibilitou, em primeiro lugar, o diagnóstico geral dos municípios na questão
da educação, em especial a educação pública. Estas informações disponíveis no PAR
foram consultadas através do SIMEC-Módulo PAR Plano de Metas, acessível por meio
do sistema geral do MEC e constituíram um elemento importante para compor este
trabalho, fornecendo uma série de dados e demandas que se colocam em cada
município que compõe a AID.
Um dos aspectos do PAR, trazidos para este trabalho, foi o resultado quantitativo do
diagnóstico da realidade educacional realizado nos municípios pelo programa. Em
síntese, foram consideradas quatro dimensões:
1. Gestão Educacional;
2. Formação de professores e dos profissionais de serviço e apoio escolar;
3. Práticas pedagógicas e avaliação;
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
77
4. Infraestrutura física e recursos pedagógicos.
Cada dimensão é composta por áreas de atuação e cada área apresenta indicadores
específicos. Esses indicadores são pontuados segundo a descrição de critérios
correspondentes a quatro níveis. A pontuação gerada para cada indicador é fator
determinante para a elaboração do PAR, ou seja, na metodologia adotada, apenas
critérios de pontuação 1 e 2, que representam situações insatisfatórias ou inexistentes
podem gerar ações, isto é, intervenções pontuais no sentido de melhoria da qualidade
da educação oferecida.
A pontuação propriamente dita, referente a cada área de atuação, segue critérios
descritos em quatro níveis assim definidos:
Critérios de pontuação 4 – a descrição aponta para uma situação positiva, ou
seja, para aquele indicador não serão necessárias ações imediatas.
Critério de pontuação 3 – a descrição aponta para uma situação satisfatória,
com mais aspectos positivos que negativos, ou seja, o município desenvolve,
parcialmente, ações que favorecem o desempenho do indicador.
Critério de pontuação 2 – a descrição aponta para uma situação insuficiente,
com mais aspectos negativos do que positivos, indicando que serão necessárias
ações imediatas e estas poderão contar com o apoio técnico e/ou financeiro do
MEC.
Critério de pontuação 1 – a descrição aponta para uma situação crítica, de forma
que não existem aspectos positivos, apenas negativos ou inexistentes. Serão
necessárias ações imediatas e estas poderão contar com o apoio técnico e/ou
financeiro do MEC.
No diagnóstico do PAR realizado nos municípios componentes da AID, a totalização da
pontuação por dimensão ficou distribuída conforme mostrado nas Tabelas abaixo
(Tabela 49 a Tabela 53) que contém a síntese por dimensão, isto é, a tabela com a
totalização da pontuação por dimensão, considerando todas as áreas e seus
respectivos indicadores.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
78
Tabela 49: Síntese das Dimensões do PAR – Diagnóstico de Governador Celso Ramos.
Dimensão Pontuação
4 3 2 1 N/a*
1-Gestão Educacional 2 7 1 0 10
2-Formação de professores e de profissionais de serviços e de apoio escolar
0 4 2 2 2
3-Práticas pedagógicas e avaliação 2 0 2 1 3
4-Infra-estrutura física e recursos pedagógicos 1 0 9 4 0
Total 5 11 14 7 15
*Não se aplica
Fonte: SIMEC/Ministério da Educação, 2009.
Tabela 50: Síntese das Dimensões do PAR – Diagnóstico de Biguaçu.
Dimensão Pontuação
4 3 2 1 N/a*
1-Gestão Educacional 0 9 5 4 2
2-Formação de professores e de profissionais de serviços e de apoio escolar
3 3 1 3 0
3-Práticas pedagógicas e avaliação 1 4 2 1 0
4-Infra-estrutura física e recursos pedagógicos 0 7 5 2 0
Total 4 23 13 10 2
*Não se aplica
Fonte: SIMEC/Ministério da Educação, 2009.
Tabela 51: Síntese das Dimensões do PAR – Diagnóstico de São José.
Dimensão Pontuação
4 3 2 1 N/a*
1-Gestão Educacional 4 5 8 3 0
2-Formação de professores e de profissionais de serviços e de apoio escolar
0 4 3 3 0
3-Práticas pedagógicas e avaliação 0 3 4 1 0
4-Infra-estrutura física e recursos pedagógicos 0 0 14 0 0
Total 4 12 29 7 0
*Não se aplica
Fonte: SIMEC/Ministério da Educação, 2009.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
79
Tabela 52: Síntese das Dimensões do PAR – Diagnóstico de Palhoça.
Dimensão Pontuação
4 3 2 1 N/a*
1-Gestão Educacional 5 10 3 1 1
2-Formação de professores e de profissionais de serviços e de apoio escolar
0 10 0 0 0
3-Práticas pedagógicas e avaliação 2 6 0 0 0
4-Infra-estrutura física e recursos pedagógicos 0 1 10 3 0
Total 7 27 13 4 1
*Não se aplica
Fonte: SIMEC/Ministério da Educação, 2009.
Tabela 53: Síntese das Dimensões do PAR – Diagnóstico de Florianópolis.
Dimensão Pontuação
4 3 2 1 N/a*
1-Gestão Educacional 12 4 2 1 1
2-Formação de professores e de profissionais de serviços e de apoio escolar
7 1 2 0 0
3-Práticas pedagógicas e avaliação 2 5 1 0 0
4-Infra-estrutura física e recursos pedagógicos 4 5 5 0 0
Total 25 15 10 1 1
*Não se aplica
Fonte: SIMEC/Ministério da Educação, 2009.
Há, inegavelmente, uma estreita relação entre educação e cultura nos processos de
formação da cidadania. Isto ressalta o caráter indispensável das ações de integração
das manifestações intelectuais e artísticas nas práticas pedagógicas de ensino formal e
informal, pois, os problemas de acesso à educação e à cultura produzem impactos
mútuos, como por exemplo, lacunas na formação artístico-cultural dos estudantes
brasileiros.
Neste contexto, os desafios prioritários para uma política cultural atrelada à de
educação incluem a capacitação de docentes, a disponibilização de bens culturais a
professores e alunos, a troca de informações e competências entre os dois campos, o
reconhecimento dos saberes tradicionais, o compartilhamento de projetos e recursos, o
aprimoramento do ensino das artes nas escolas e a transformação dessas instituições
em centros de convivência e experiência cultural.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
80
Diante desta perspectiva, o diagnóstico ambiental do meio socioeconômico do
empreendimento de implantação do Contorno de Florianópolis, buscou pesquisar
elementos que contribuíssem para o aprimoramento da relação entre educação e
cultura, isto é, existência de bibliotecas e outros equipamentos culturais na AID, em
especial os da esfera pública, programas e projetos e infraestrutura das escolas da
rede pública. Considera-se que a pesquisa destes itens está relacionada a valores mais
subjetivos – e nem por isto menos importantes – como a democratização do acesso à
informação, aos conhecimentos e à cultura.
Em primeiro lugar, o Tabela 54 traz a relação de bibliotecas públicas disponíveis nos
municípios da AID. Não há dados disponíveis sobre a estrutura destes equipamentos,
perfil do público, adequação do acervo etc. De todo modo, considerando-se que nas
sociedades contemporâneas, a leitura, seja em contexto escolar, profissional ou de
lazer, assume um papel importantíssimo na promoção do desenvolvimento cultural,
científico, político e, consequentemente econômico da população, acredita-se que, a
simples disponibilidade destes equipamentos já seja um ponto positivo em relação à
possibilidade de acesso à informação.
Tabela 54: Bibliotecas Públicas na AID.
Município Biblioteca Endereço Telefone
Governador Celso Ramos
Biblioteca Pública Municipal Profª Alice maria
Av. Ganchos do Meio, 699 – Ganchos do
Meio – CEP 88190-000 (0xx48) 3262-2532
Biguaçu Biblioteca Pública Municipal Coronel Teixeira de Oliveira
R. Hermógenes Prazeres, nº 59 –
Centro (0xx48) 3279-8019
Florianópolis
Biblioteca Pública Municipal Profº Barreiros Filho
R. João Evangelista da Costa, nº 1160 –
Coloninha (0xx48)3271-7914
Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina
R. Tenente Silveira, nº 343 – Centro
(0xx48)3028-8060
São José Biblioteca Pública Municipal Albertina Ramos de Araújo
R. Padre Macário, nº 10 – Centro
(0xx48) 3247-0049
Palhoça Biblioteca Pública Municipal Guilherme Wiethorm Filho
Av. Prefeito Nelson Martins, s/nº - Centro
(0xx48) 3242-4381
Fonte: Fundação Catarinense de Cultura, 2011.
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Tabela 55.
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
82
Município Instituição Administração
Universidade Federal de Santa Catarina
Ecomuseu Ribeirão da Ilha Privado
Apenas a capital Florianópolis e o município de São José contam com teatros
disponíveis para sua população. Em Florianópolis há três equipamentos de grande
porte, o Teatro Ademir Rosa (Centro Integrado de Cultura - CIC), o Teatro Álvaro de
Carvalho (TAC) e o Teatro Pedro Ivo Campos, e quatro salas de teatro, o Teatro da
Igrejinha (UFSC), o Teatro da UBRO, o Teatro Armação e a Sala de Teatro do SESC.
Em São José existe o Teatro Adolpho Mello, pertencente ao município. O levantamento
foi realizado junto ao Banco de Dados do Centro Técnico de Artes Cênicas –CTAC,
setor da FUNART (Ministério da Cultura) voltado para a infraestrutura das artes cênicas
no Brasil.
Observa-se que, no município de Biguaçu, há uma iniciativa interessante no setor
cultural e artístico. Trata-se no “Cinema no Casarão”, espaço de projeção audiovisual
equipado por meio de convênio entre a Prefeitura Municipal de Biguaçu e o Cine Mais
Cultura (MInC). A iniciativa disponibiliza equipamento audiovisual de projeção digital,
obras brasileiras do catálogo da Programadora Brasil e oficina de capacitação
cineclubista, atendendo prioritariamente periferias de grandes centros urbanos e
municípios.
Quanto aos projetos/programas na área de educação desenvolvidos nos municípios
pesquisados, apresenta-se abaixo a relação e descrição sucinta daqueles
considerados mais relevantes por município.
Biguaçu:
Projeto de Avaliação Nutricional – Com o objetivo de diagnosticar problemas
como sobrepeso, desnutrição e baixa estatura ainda na fase escola, a Secretaria
Municipal de Educação desenvolve na rede municipal o projeto de avaliação
nutricional, possibilitando uma recuperação adequada aos alunos que
apresentam algum problema e educando, através de outras iniciativas co-
relacionadas, para a promoção da saúde, a alimentação consciente com o
incentivo da escolha de alimentos saudáveis, e o informações para não se
desperdiçar alimentos.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
83
São José:
Projeto “Conhecer São José” – Trata-se de um projeto pelo qual os alunos do
Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino visitam durante o ano
escolar, instituições ligadas ao poder público e/ou ao patrimônio histórico-cultural
do município, de modo a conhecer e vivenciar na prática cotidiana aspectos
geográficos, culturais, turísticos, entre outros;
Escola do Mar – Esta escola tem como objetivo educar ambientalmente através
da abordagem de temas da zona costeira e marinha como, por exemplo, pesca
artesanal, aqüicultura, recursos naturais locais e regionais (Mata Atlântica,
manguezais, restingas, praias e costões, além da diversidade da fauna
marinha), e diversos outros temas relativos a aspectos históricos e sócio-
culturais.
Palhoça:
Projeto Biblioteca Itinerante/Contação de Histórias – Atende regularmente todos
os centros de educação integrada com a proposta de incentivar a leitura desde a
primeira infância;
Projeto Segundo Tempo – Parceria com o Instituto Contato, iniciativa do
Ministério do Esporte. Oferece atividades esportivas, recreativas e culturais para
crianças e adolescentes dos 06 aos 17 anos. Atende no contra turno escolar, em
nove núcleos, cada um com 120 alunos. Trata-se de um projeto sócio-educativo
que objetiva tirar menores em situação de risco da ociosidade, ações e
situações ilícitas, combater a evasão escolar promovendo melhor e maior
socialização, ampliando os conhecimentos gerais e específicos a partir das
atividades esportivas.
Florianópolis:
Escola do Mar de Florianópolis - Da mesma maneira que no município de São
José, a Escola do Mar iniciou como um projeto pedagógico para a formação de
uma mentalidade marítima que contribuísse para o uso sustentável do mar e da
costa, bem como, para oportunizar aos alunos e profissionais vivências no mar.
Seu objetivo é a realização de atividades que contribuam para a sustentabilidade
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
84
através da sensibilização aos problemas ambientais da educação infantil ao
ensino médio;
Programa Desafio Digital – a Associação Catarinense de Empresas de
Tecnologia – ACATE e a Prefeitura Municipal de Florianópolis promovem o
projeto que visa levar os jovens a explorar o universo tecnológico por meio de
desafios que culminam com a produção de um produto final (um website, por
exemplo);
Projeto “Mais Educação” – Incentivado pelo MEC, oportuniza a educação
integral aos alunos da rede pública de ensino, através de oficinas de letramento,
matemática, música e esportes oferecidas no contra turno das atividades
escolares regulares.
Por último, no que diz respeito à estrutura de educação presente nos municípios da
AID, optou-se por relacionar toda a rede escolar existente, com seus dados de
infraestrutura/recursos pedagógicos. Destaca-se que em São José, encontra-se a
primeira universidade municipal totalmente gratuita do Brasil, o Centro Universitário
Municipal de São José, com diversos cursos. Também em São José está localizado o
maior campus da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI. A capital Florianópolis
conta com uma universidade estadual, a Universidade do Estado de Santa Catarina –
UDESC e uma universidade pública federal, a Universidade Federal de Santa Catarina
– UFSC. O município de Palhoça sedia dois campus da Universidade do Sul de Santa
Catarina (UNISUL), localizados na região da Pedra Branca e da ponte do Imaruim. O
mesmo município também conta com uma Universidade Municipal, a Universidade
Municipal de Palhoça.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
85
Tabela 56: Relação de Escolas de Governador Celso Ramos.
Nome da Escola Localização
Escolas Estaduais
EEB DR ADERBAL RAMOS DA SILVA Urbana
EEB PROF MARIA AMALIA CARDOSO Urbana
Escolas Municipais
CEI MUN GENEROSA COLONDINO GALO Urbana
CEI MUN JULIA SAGAS Urbana
CEI MUN PATROCINIO DOS SANTOS Urbana
CEI PROFª DULCE GODINHO NAZARIO Urbana
CEI PROF EUDES MAFRA Urbana
CEI PROFª LUCIA FRANCISCA SAGAS Urbana
CEI PROF ROBERTO MANOEL CALLADO Urbana
CENTRO ED INFANTIL SRA DOS NAVEGANTES Urbana
CENTRO EDUC PAIC I Urbana
CENTRO EDUC PAIC II Urbana
CENTRO EDUC PAIC III Urbana
CENTRO TEC ED DE ATEND AO PDF MARIA V DA SILVA Urbana
EEB MUN ABEL CAPELLA Urbana
EEB MUN MARIA AMALIA CARDOSO Urbana
EEB MUN PROFª ELVIRA SARDA DA SILVA Urbana
ESC MUN PREF JOAO BALDANCA SOBRINHO Urbana
ESC MUN PREF MIGUEL PEDRO DOS SANTOS Urbana
ESC MUN PROFª ALAIDE DA SILVA MAFRA Urbana
ESC MUN PROFª DALMA LUZ DE AZEVEDO Urbana
ESC MUN PROFª ONDINA DA SILVA ROSA Urbana
ESC MUN PROFª SILVIA PRAZERES DE CARVALHO Urbana
Fonte: Cadastro de Matricula – Educacenso2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
86
Tabela 57: Relação de Escolas de Biguaçu.
Nome da Escola
Lo
caliz
ação
Ace
ssib
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Escolas Estaduais
ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL TEOFILO
TEODORO REGIS Rural Não 0 1 1 3
EEB JOAQUIM JOAO CARDOSO
Urbana Não 0 1 0 2
EEB PROFª EMERITA DUARTE SILVA E SOUZA
Urbana Não 1 1 1 21
EEB PROF MARIA DE LOURDES SCHERER
Urbana Não 1 0 0 13
EEF PROFº HERMINIO HEUSI DA SILVA
Rural Não 0 0 0 1
EEF AREIAS DE CIMA Rural Não 0 0 0 2
EEF SANTO ANTONIO Urbana Sim 0 1 0 2
EEB PROF TANIA MARA FARIA E SILVA LOCKS
Urbana Não 1 1 1 31
EEM PROFESSORA MARIA DA GLORIA VIRISSIMO DE
FARIA Urbana Não 1 1 1 36
EEB CONEGO RODOLFO MACHADO
Urbana Sim 1 1 1 17
EEB PREF AVELINO MULLER
Urbana Não 1 1 1 34
EEB PROFº JOSE BRASILICIO
Urbana Sim 1 1 1 21
EEF SAO TOMAZ D AQUINO
Rural Não 0 0 0 1
EEB PROFº ALEXANDRE SERGIO GODINHO
Urbana Não 1 0 1 14
EEB PROFª ELOISA Mª PRAZERES DE FARIA
Urbana Sim 1 1 1 48
EIEF KAAKUPE Rural Não 0 0 0
EEBI WHERA TUPA POTY DJA
Rural Sim 1 0 1 14
EEF DE SANTA CRUZ Rural Não 0 0 0 1
EIEF TAGUATO Rural Não 0 0 0
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
87
Nome da Escola
Lo
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Escolas Municipais
CEI MUN RECANTO FELIZ Urbana Não 0 0 0 1
GE MUN CELIA LISBOA DOS SANTOS
Urbana Não 0 0 0 1
EBM PROFº DONATO ALIPIO DE CAMPOS
Urbana Não 1 1 1 13
EB MUN PROFº MANOEL ROLDAO DAS NEVES
Rural Sim 1 1 1 8
EB MUN BOM VIVER Urbana Sim 0 0 1 1
EB MUN FERNANDO B VIEGAS DE AMORIM
Urbana Sim 1 1 1 15
CEI MUN DONA DORVALINA
Urbana Não 0 0 0 1
CEI MUN DONA PAULINA Urbana Não 0 0 0 1
CEI MUN DONA VIRGINIA Urbana Não 0 0 0 1
CEI MUN DONA LILI Urbana Não 0 0 0 1
EIM LAUDELINO DEBORTOLI
Rural Não 0 0 0
CEI MUN ALGODAO DOCE Urbana Não 0 0 0 1
CEIM PROF LINDOIA MARIA S DE FARIA
Urbana Não 0 1 0 1
CEIM JARDIM JANAINA Urbana Sim 0 0 0 1
CEI MUN JARDIM CAROLINA
Rural Sim 0 0 0
EBM PROF RUTH FARIA DOS REIS
Urbana Não 1 0 1
Escolas Privadas
COLEGIO EDUCAR Urbana Não 1 1 1 16
COLEGIO INCENTIVO LTDA
Urbana Não 1 1 1 34
SETE SISTEMA DE ENSINO
Urbana Não 1 0 1 18
CEI CONVENIADO PLANETA AZUL
Urbana Não 0 0 0 1
CEI COMUNITARIO ANJINHO DA GUARDA
Urbana Não 0 0 0
Fonte: Cadastro de Matricula – Educacenso2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
88
Tabela 58: Relação de Escolas de São José.
Nome da Escola
Lo
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Escolas Estaduais
EEB FRANCISCO TOLENTINO
Urbana Sim 1 1 1 19
EEB JOSE MATIAS ZIMMERMANN
Urbana Não 1 1 1 29
EEB PROF JOAQUIM SANTIAGO
Urbana Não 1 1 1 24
EEB PROFESSORA MARIA JOSE BARBOSA
VIEIRA Urbana Sim 1 1 1 51
EEF DR HOMERO DE MIRANDA GOMES
Urbana Não 1 1 1 28
EEF PROFª MARCILIA DE OLIVEIRA
Urbana Não 1 1 1 30
EEB NS DA CONCEICAO Urbana Sim 1 1 1 19
EEB PROFª LAURITA DUTRA DE SOUZA
Urbana Não 1 1 1 22
EEB ALDO CAMARA DA SILVA
Urbana Não 1 1 1 15
EEB PROF VALDETE LUCI M PORTO
Urbana Sim 1 1 1 23
EEB WANDERLEY JUNIOR
Urbana Não 1 1 1 14
EEB PRES JUSCELINO KUBITSCHEK
Urbana Não 1 1 1 35
EEB PROFª MARIA DO CARMO LOPES
Urbana Sim 1 1 1 15
EEB PROFº AMERICO VESPUCIO PRATES
Urbana Não 1 1 1 16
EEB PROFº OSWALDO RODRIGUES CABRAL
Urbana Não 1 1 1 20
EEB CECILIA ROSA LOPES
Urbana Sim 1 1 1 15
EEB BELA VISTA Urbana Não 1 1 1 22
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
89
Nome da Escola
Lo
cali
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EEF SAO MIGUEL Urbana Não 1 1 1 33
EEF CRISTO REI Urbana Não 1 1 1 12
EEB PROFº LAERCIO CALDEIRA DE
ANDRADA Urbana Sim 1 1 1 16
EEB FRANCISCO TOLENTINO
Urbana Sim 1 1 1 19
EEB JOSE MATIAS ZIMMERMANN
Urbana Não 1 1 1 29
Escolas Municipais
CEI SANTO ANTONIO Urbana Sim 0 0 0 2
EB VER ALBERTINA KRUMMEL MACIEL
Urbana Sim 1 1 1 18
EB DOCILICIO VIEIRA DA LUZ
Urbana Sim 1 1 1 11
CEI NS DAS GRACAS Urbana Não 0 0 0 2
CEI SANTA INES Urbana Sim 0 0 0 2
EB MUN ALTINO CORSINO DA SILVA
FLORES Urbana Sim 1 1 1 19
CENTRO EDUCACIONAL
MUNICIPAL RENASCER Urbana Sim 1 1 1 12
EEF DE CALIFORNIA Urbana Não 0 0 0 1
EEF DE POTECAS Urbana Não 0 0 1 2
EEB PROFª PALMIRA LIMA MAMBRINI
Urbana Sim 0 1 1 1
CEI SAO JOSE II Urbana Sim 0 0 0 2
COLEGIO MUNICIPAL MARIA LUIZA DE MELO
Urbana Não 1 1 1 44
CEI NOSSA SENHORA DE FATIMA
Urbana Não 0 0 0 1
CEI SAO JUDAS TADEU Urbana Não 0 1 0 2
CEI FLOR DE NAPOLIS Urbana Não 0 0 0 1
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
90
Nome da Escola
Lo
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CEI BOM JESUS DE IGUAPE
Urbana Não 0 0 0 1
CENTRO EDUC MUN VILA FORMOSA
Urbana Sim 1 1 1 14
CENTRO EDUC MUN JOSE NITRO
Urbana Não 1 1 1 13
CENTRO DE ED MUN JARDIM SOLEMAR
Urbana Não 1 1 1 12
CEI JOSE NITRO Urbana Não 0 0 0 1
CEI MANOEL CUNHA Urbana Não 0 0 0 2
CENTRO EDUC MUN LUAR
Urbana Não 1 1 1 22
CEI SAO LUIZ Urbana Não 0 0 0 4
CENTRO EDUC MUN GOV VILSON KLEINUBING
Urbana Sim 1 1 1 30
CEI SAO FRANCISCO DE ASSIS
Urbana Não 0 0 0 6
CEI VILA FORMOSA Urbana Não 0 0 0 1
CEI SAO JOSE Urbana Não 0 0 0 1
CEI LOS ANGELES Urbana Não 0 0 0 2
CENTRO EDUCACIONAL
MUNICIPAL PROFESSORA MARIA
IRACEMA MARTINS DE ANDRADE
Urbana Sim 1 1 1 26
CEI VIDA NOVA Urbana Não 0 0 0
CEI JARDIM PINHEIROS Urbana Não 0 0 0 3
CEI NS APARECIDA Urbana Não 0 0 0 1
CEI APAM Urbana Não 0 0 0 1
CENTRO EDUC MUN CIDADE DA CRIANCA
Urbana Não 1 1 1 11
CENTRO EDUCACIONAL
Urbana Sim 1 1 1 11
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Nome da Escola
Lo
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MUNICIPAL MARIA HORTENCIA PEREIRA
FURTADO
CENTRO EDUCACIONAL
MUNICIPAL INTERATIVO FLORESTA
Urbana Sim 1 1 1 13
CENTRO EDUCACIONAL
MUNICIPAL ANTONIO FRANCISCO MACHADO
Urbana Sim 1 1 1 44
CENTRO EDUC MUN ARAUCARIA
Urbana Não 1 1 1 17
CENTRO EDUC MUN ESCOLA DO MAR
Urbana Sim 1 1 1 13
CEI MORAR BEM Urbana Sim 0 0 0 1
CEI MUN MARIA DE LOURDES BOTT
PHILIPPI Urbana Não 0 0 0 1
CENTRO EDUC MUN SANTA TEREZINHA
Rural Sim 1 1 1 23
CENTRO EDUC MUN MORAR BEM
Urbana Sim 1 1 1 20
CENTRO EDUC MUN SANTA ANA
Urbana Não 1 1 1 21
CEI MUN DISTRITO DE CAMPINAS
Urbana Não 0 0 0 1
CEI MUN COLONIA SANTANA
Urbana Sim 0 0 0 1
CEM CENIRO MARTINS Urbana Sim 0 0 0 1
CEI SANTO ANTONIO Urbana Sim 0 0 0 2
EB VER ALBERTINA KRUMMEL MACIEL
Urbana Sim 1 1 1 18
Escolas Privadas
CENTRO EDUC TIA DOLORES
Urbana Não 1 1 1 15
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Nome da Escola
Lo
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EB ARCEBISPO DOM AFONSO NIEHUES
Urbana Não 1 1 1 20
COLEGIO CENTRO EDUC VISAO
Urbana Não 1 0 1 37
COLEGIO DOM JAIME JR
Urbana Não 1 1 1 16
CENTRO EDUCACIONAL REINO
AZUL Urbana Sim 0 1 1 3
CENTRO SOCIAL U DO BAIRRO BELA VISTA
Urbana Não 0 1 0 3
CVM CRECHE E ORFANATO VINDE A
MIM AS CRIANCINHAS Urbana Não 1 1 1 35
SOCIEDADE EUNICE WEAVER DE
FLORIANOPOLIS Urbana Não 0 0 0 4
PROJ CASULO ACAO SOCIAL DE BARREIROS
Urbana Não 1 0 0 2
CENTRO EDUC BARREIROS
Urbana Não 1 1 1 23
COLEGIO PE AGOSTINHO
Urbana Sim 1 1 1 17
COLEGIO ELISA ANDREOLI
Urbana Sim 1 1 1 46
EDUCANDARIO ROSA VERMELHA
Urbana Sim 1 0 1 7
CENTRO DE ED ESCOLAR KOBRASOL
LTDA Urbana Não 0 0 0 2
COLEGIO DOM JAIME CAMARA
Urbana Não 1 1 1 33
COLEGIO CAMINHO FELIZ
Urbana Sim 1 1 1 11
CENTRO EDUC CENECISTA SANTA
CRUZ Urbana Sim 1 1 1 36
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
93
Nome da Escola
Lo
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COLEGIO ALPHA OBJETIVO
Urbana Não 1 1 1 41
ACAO SOCIAL SALTO DO MAROIM CEI FREI
ANTONIO Urbana Sim 0 0 0 1
COLEGIO MARTINS E SOUZA
Urbana Não 1 1 1 8
CENTRO EDUC COMPANHIA DO SABER
Urbana Sim 1 1 1 14
GARDNER CURSOS E COLEGIO
Urbana Não 1 1 1 36
COLEGIO MARISTA E MUNICIPAL SAO JOSE
Urbana Sim 1 1 1 53
Escola Federal
IF-SC - CAMPUS SAO JOSE
Urbana Não 1 1 1
303
Fonte: Cadastro de Matrícula – Educacenso2010.
Tabela 59: Relação de Escolas de Palhoça
Nome da Escola
Lo
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Escolas Estaduais
EEF PROF MARIA CLEMENTINA DE SOUZA LOPES
Urbana Sm 1 1 1 14
EEF PROF URSULINA DE SENNA CASTRO
Urbana Não 0 1 1 33
EEB PROFº BENONIVIO JOAO MARTINS
Urbana Sim 1 1 1 41
EEB VICENTE SILVEIRA Urbana Não 0 1 1 5
EEB JOAO SILVEIRA Urbana Sim 1 1 1 22
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
94
Nome da Escola
Lo
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EEF DOM JAIME DE BARROS CAMARA
Urbana Não 1 0 1 20
EEB PROFª NICOLINA TANCREDO
Urbana Sim 1 1 1 27
EEB PE VICENTE F CORDEIRO
Urbana Sim 1 1 1 18
EEB PROFª CLAUDETE MARIA H DOMINGOS
Urbana Não 1 1 1 14
EEB HENRIQUE ESTEFANO KOERICH
Urbana Sim 1 1 1 14
EEB PROFª MARIA DO CARMO DE SOUZA
Urbana Sim 1 1 1 10
EEB GOV IVO SILVEIRA Urbana Não 1 1 1 37
EEB IRMA MARIA TERESA
Urbana Não 1 1 1 34
EEB JOSE MARIA CARDOSO DA VEIGA
Urbana Sim 1 1 1 37
EEB SEN RENATO RAMOS DA SILVA
Urbana Não 1 1 1 13
EEF VENCESLAU BUENO
Urbana S 1 1 1 42
EEB GOV PEDRO IVO FIGUEIREDO DE
CAMPOS Urbana Não 1 1 1 33
EIEF ITATY Rural Não 1 0 1 6
EIEF PIRA RUPA Rural Não 0 0 0
Escolas Municipais
EEF PROF MARIA CLEMENTINA DE SOUZA LOPES
Urbana Sim 1 1 1 14
EEF PROF URSULINA DE SENNA CASTRO
Urbana Não 0 1 1 33
EEB PROFº BENONIVIO JOAO MARTINS
Urbana Sim 1 1 1 41
EEB VICENTE SILVEIRA Urbana Não 0 1 1 5
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
95
Nome da Escola
Lo
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EEB JOAO SILVEIRA Urbana Sim 1 1 1 22
EEF DOM JAIME DE BARROS CAMARA
Urbana Não 1 0 1 20
EEB PROFª NICOLINA TANCREDO
Urbana Sim 1 1 1 27
EEB PE VICENTE F CORDEIRO
Urbana Sim 1 1 1 18
EEB PROFª CLAUDETE MARIA H DOMINGOS
Urbana Não 1 1 1 14
EEB HENRIQUE ESTEFANO KOERICH
Urbana Sim 1 1 1 14
EEB PROFª MARIA DO CARMO DE SOUZA
Urbana Sim 1 1 1 10
EEB GOV IVO SILVEIRA Urbana Não 1 1 1 37
EEB IRMA MARIA TERESA
Urbana Não 1 1 1 34
EEB JOSE MARIA CARDOSO DA VEIGA
Urbana Sim 1 1 1 37
EEB SEN RENATO RAMOS DA SILVA
Urbana Não 1 1 1 13
EEF VENCESLAU BUENO
Urbana Sim 1 1 1 42
EEB GOV PEDRO IVO FIGUEIREDO DE
CAMPOS Urbana Não 1 1 1 33
EIEF ITATY Rural Não 1 0 1 6
EIEF PIRA RUPA Rural Não 0 0 0
EEF PROF MARIA CLEMENTINA DE SOUZA LOPES
Urbana Sim 1 1 1 14
EEF PROF URSULINA DE SENNA CASTRO
Urbana Não 0 1 1 33
EEB PROFº BENONIVIO JOAO MARTINS
Urbana Sim 1 1 1 41
EEB VICENTE SILVEIRA Urbana Não 0 1 1 5
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
96
Nome da Escola
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EEB JOAO SILVEIRA Urbana Sim 1 1 1 22
EEF DOM JAIME DE BARROS CAMARA
Urbana Não 1 0 1 20
EEB PROFª NICOLINA TANCREDO
Urbana Sim 1 1 1 27
EEB PE VICENTE F CORDEIRO
Urbana Sim 1 1 1 18
EEB PROFª CLAUDETE MARIA H DOMINGOS
Urbana Não 1 1 1 14
EEB HENRIQUE ESTEFANO KOERICH
Urbana Sim 1 1 1 14
EEB PROFª MARIA DO CARMO DE SOUZA
Urbana Sim 1 1 1 10
EEB GOV IVO SILVEIRA Urbana Não 1 1 1 37
EEB IRMA MARIA TERESA
Urbana Não 1 1 1 34
EEB JOSE MARIA CARDOSO DA VEIGA
Urbana Sim 1 1 1 37
EEB SEN RENATO RAMOS DA SILVA
Urbana Não 1 1 1 13
EEF VENCESLAU BUENO
Urbana Sim 1 1 1 42
EEB GOV PEDRO IVO FIGUEIREDO DE
CAMPOS Urbana Não 1 1 1 33
EIEF ITATY Rural Não 1 0 1 6
EIEF PIRA RUPA Rural Não 0 0 0
EEF PROF MARIA CLEMENTINA DE SOUZA LOPES
Urbana Sim 1 1 1 14
EEF PROF URSULINA DE SENNA CASTRO
Urbana Não 0 1 1 33
EEB PROFº BENONIVIO JOAO MARTINS
Urbana Sim 1 1 1 41
EEB VICENTE SILVEIRA Urbana Não 0 1 1 5
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Nome da Escola
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EEB JOAO SILVEIRA Urbana S 1 1 1 22
EEF DOM JAIME DE BARROS CAMARA
Urbana Não 1 0 1 20
Escolas Privadas
CENTRO EDUC SANTA TEREZINHA MENINO
JESUS Urbana Não 0 0 0 1
CONSELHO COMUNITARIO DO
ALTO ARIRIU Urbana Não 0 0 0 5
ASSOCIACAO JOAO PAULO II
Urbana Não 1 0 1 4
CENTRO DE ED COMUNITARIO PE
ESTRELINHA Urbana Não 1 0 0 12
CENTRO EDUCACIONAL RODA
PIAO LTDA Urbana Sim 1 1 1 30
CEI PEQUENO PRINCIPE
Urbana Não 0 0 0 1
CONSELHO COMUNITARIO DE
ARIRIU DA FORMIGA Urbana Não 0 0 0 2
CEI AMIGUINHOS DA COMUNIDADE
Urbana Não 0 0 0 1
COLEGIO BOM JESUS LTDA
Urbana Sim 1 0 1 15
CEI VOVO ELISA Urbana Não 0 0 0
CURSO E COLEGIO ENERGIA
Urbana Não 1 1 1 32
CENTRO EDUC SAO JUDAS TADEU
Urbana Não 1 1 1 15
CENTRO EDUCACIONAL ZILA
ROSAR Urbana Não 1 0 1 2
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
98
Nome da Escola
Lo
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no
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CENTRO DE ED ELCANA
Urbana Sm 1 1 1 11
CONSELHO COM SAO SEBASTIAO
Urbana Não 0 0 0 1
CASA ASSISTENCIAL ABRIGO CRISTAO
Urbana Não 0 0 1 1
CEI FLORZINHA AZUL Urbana Não 0 0 0 1
ASSOC COM CEI VOVO JULIETA
Urbana Não 0 0 0 1
CONSELHO COMUNITARIO DE
FURADINHO Urbana Não 0 0 0
CEI PARAISO DO AMOR Urbana Não 0 0 0 1
CENTRO EDUCACIONAL
PROMISSOR LTDA Urbana Sim 1 1 1 30
ESCOLA MODELO Urbana 1 0 1 7
COLEGIO FATENP Urbana Sim 1 0 1 120
CENTRO EDUC JOAO PAULO DE SENNA
Urbana Sim 1 1 1 12
CEI HERMON I Urbana Não 0 1 0 2
Fonte: Cadastro de Matricula – Educacenso2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
99
Tabela 60: Relação de Escolas de Florianópolis.
Nome da Escola
Lo
cali
zaçã
o
Ace
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Escolas Estaduais
INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCACAO
Urbana Sim 1 1 1 120
EEB LAURO MULLER Urbana Não 1 1 1 14
EEB PROFº HENRIQUE STODIECK
Urbana Sim 1 1 1 25
EEB LUCIA DO LIVRAMENTO MAYVORNE
Urbana Não 1 1 1 26
EEB LEONOR DE BARROS
Urbana Sim 1 1 1 18
ESCOLA DE E. BASICA PADRE ANCHIETA
Urbana Sim 1 1 1 34
EEB SIMAO JOSE HESS Urbana Não 1 1 1 35
EEB FELICIANO NUNES PIRES
Urbana Sim 0 1 1 22
EEB HILDA TEODORO VIEIRA
Urbana Sim 1 1 1 27
EEB INTENDENTE JOSE FERNANDES
Urbana Não 1 1 1 44
EEF CACHOEIRA DO BOM JESUS
Urbana Não 0 0 0
EEB DE MUQUEM Urbana Não 0 0 0 2
EEB PROFª LAURA LIMA Urbana Não 1 1 1 12
EEB TENENTE ALMACHIO
Urbana Não 1 1 1 27
EEF BALDICERO FILOMENO
Urbana Não 0 0 0 3
EEF SEVERO HONORATO DA COSTA
Urbana Não 0 0 1 2
EEF GEN JOSE VIEIRA DA ROSA
Urbana Sim 1 1 0 3
EEB JANUARIA TEIXEIRA DA ROCHA
Urbana Não 1 0 1 3
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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EEB PORTO DO RIO TAVARES
Urbana Sim 1 1 1 33
EEB ILDEFONSO LINHARES
Urbana Não 1 1 1 14
EEB DOM JAIME DE BARROS CAMARA
Urbana Não 1 1 1 15
EEB GETULIO VARGAS Urbana Sim 1 1 1 49
EEB CELSO RAMOS Urbana Não 1 1 1 27
EEB JUREMA CAVALLAZZI
Urbana Não 1 1 1 14
EEF JULIO DA COSTA NEVES
Urbana Não 1 0 1 14
EEB PROF ANIBAL NUNES PIRES
Urbana Não 1 1 1 29
EEB PRES ROOSEVELT Urbana Não 1 1 1 20
EEB EDITH GAMA RAMOS
Urbana Não 1 1 1 16
EEB PERO VAZ DE CAMINHA
Urbana Sim 1 1 1 30
EEB ROSINHA CAMPOS Urbana Sim 1 1 1 33
EEB DAYSE WERNER SALLES
Urbana Não 1 1 1 18
EEB JORNALISTA JAIRO CALLADO
Urbana Não 1 1 1 16
EEB IRINEU BORNHAUSEN
Urbana Não 1 1 0 16
EEB JOSE BOITEUX Urbana Sim 1 1 1 33
EEB ADERBAL RAMOS DA SILVA
Urbana Não 1 1 1 36
EEB ROSA TORRES DE MIRANDA
Urbana Não 1 1 1 24
EEM HENRIQUE VERAS Urbana Não 0 1 1 3
EEM JACO ANDERLE Urbana Sim 1 1 1 68
EEB AMERICA DUTRA Urbana Sim 1 1 1 60
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Nome da Escola
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MACHADO
EEB PROFº ANISIO TEIXEIRA
Urbana Sim 1 1 1 3
E. E. M JOAO GONCALVES PINHEIRO
Urbana 1 1 1 13
EEM PRES CASTELO BRANCO
Urbana Sim 1 1 1 22
EEB DR PAULO FONTES
Urbana Sim 0 1 1 1
CEI VIDA E MOVIMENTO Urbana Não 0 1 0 5
EEM ANTONIO PASCHOAL APOSTOLO
Urbana Sim 0 1 1 2
EEM PREF ACACIO GARIBALDI SAO
THIAGO Urbana Não 1 1 1 2
ESC SUPLETIVA DA PENITENCIARIA
Urbana Não 1 0 1 12
CEJA DE FLORIANOPOLIS
Urbana Sim 1 0 1 24
CEDUP JORGE LACERDA
Urbana Não 1 0 1 21
INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCACAO
Urbana Sim 1 1 1 120
EEB LAURO MULLER Urbana Não 1 1 1 14
EEB PROFº HENRIQUE STODIECK
Urbana Sim 1 1 1 25
Escolas Municipais
CRECHE CRISTO REDENTOR
Urbana Sim 0 0 0 1
CRECHE NOSSA SENHORA DE LURDES
Urbana Não 0 0 1 2
CRECHE PROF ROSA MARIA PIRES
Urbana Não 0 0 0 2
NEI CANTO DA LAGOA Urbana Não 0 0 0 1
NEI STO ANTONIO DE Urbana Não 0 0 0 1
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Nome da Escola
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PADUA
ESC MUNICIPAL DESDOBRADA RETIRO
DA LAGOA Urbana Não 1 1 1 13
ESC DESDOBRADA MUN JOAO F GARCEZ
Urbana Sim 1 1 1 13
EB HENRIQUE VERAS Urbana Não 1 1 1 23
EB JOAO ALFREDO ROHR
Urbana Não 1 1 1 25
EB PREF ACACIO GARIBALDI SAO
THIAGO Urbana Sim 1 1 1 18
EB BEATRIZ DE SOUZA BRITO
Urbana Sim 1 1 1 24
ESC DESDOBRADA COSTA DA LAGOA
Rural Não 1 0 1 14
CRECHE ORLANDINA CORDEIRO
Urbana Não 0 0 1 2
NEI JUDITE FERNANDES DE LIMA
Urbana Sim 0 0 1 1
NEI RAUL FRANCISCO LISBOA
Urbana Sim 0 0 0 1
N E I MARIA SALOME DOS SANTOS
Urbana Sim 0 0 0 1
NEI SAO JOAO BATISTA Urbana Sim 0 0 1 1
EB ANTONIO PASCHOAL APOSTOLO
Urbana Sim 1 1 1 32
EB PAULO FONTES Urbana Sim 1 1 1 27
EBM JOSE DO VALLE PEREIRA
Urbana Sim 1 1 1 36
EB MANCIO COSTA Rural Não 1 1 1 24
EBM INTENDENTE ARICOMEDES DA SILVA
Urbana Sim 1 1 1 28
ESC DESDOBRADA COSTA DE DENTRO
Urbana Não 1 0 1 13
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Nome da Escola
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EB MARIA TOMAZIA COELHO
Urbana Sim 1 1 1 25
EBM LUIZ CANDIDO DA LUZ
Urbana Sim 1 1 1 19
ESCOLA DESDOBRADA PRAIA DO FORTE
Urbana Não 0 1 1 6
EB ALBERTINA MADALENA DIAS
Urbana Sim 1 1 1 20
ESC DESDOBRADA MARCOLINO JOSE DE
LIMA Urbana Sim 0 1 1 13
ESCOLA DESDOBRADA MUNICIPAL JURERE
Urbana Sim 1 1 1 11
EB MUN GENTIL MATHIAS DA SILVA
Urbana Sim 1 1 1 21
EB OSMAR CUNHA Urbana Não 1 1 1 33
EB OSVALDO MACHADO
Urbana Sim 1 1 1 25
CRECHE MONS FREDERICO HOBOLD
Urbana Sim 0 0 0 2
CRECHE SANTA TEREZINHA DO MENINO JESUS
Urbana Não 0 0 1 1
CRECHE BEM-TE-VI Urbana Não 0 0 0
NEI DRA ZILDA ARNS NEUMANN
Urbana Sim 0 0 1 1
NEI PANTANO DO SUL Urbana Não 0 0 0 1
NEI TAPERA Urbana Sim 0 0 0 2
EB PROFº ANISIO TEIXEIRA
Urbana Não 1 1 1 26
ESC DESDOBRADA LUPERCIO B DA SILVA
Rural Não 1 0 1 13
EB MUN JOSE AMARO CORDEIRO
Urbana Não 1 0 1 21
EB BATISTA PEREIRA Urbana Sim 1 1 1 26
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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EB JOAO GONCALVES PINHEIRO
Urbana Sim 1 1 1 29
EB DILMA LUCIA DOS SANTOS
Urbana Sim 1 1 1 45
EB BRIGADEIRO EDUARDO GOMES
Urbana Sim 1 1 1 12
CRECHE MACHADO DE ASSIS
Urbana Não 0 0 0 1
CRECHE PAULO MICHELS
Urbana Não 0 0 0 2
CRECHE PROFESSORA MARIA BARREIROS
Urbana Não 0 1 0 1
NEI COQUEIROS Urbana Sim 0 0 1 1
NEI PREF NAGIB JABOR Urbana Sim 1 1 1 7
EB ALMIRANTE CARVALHAL
Urbana Sim 1 1 1 28
CRECHE CELSO PAMPLONA
Urbana 0 1 0 1
CRECHE JOAQUINA MARIA PERES
Urbana Sim 0 0 0 2
CRECHE NOSSA SENHORA APARECIDA
Urbana Não 0 1 0 1
CRECHE WALDEMAR DA SILVA FILHO
Urbana Sim 0 0 1 1
EB MUN DONICIA MARIA DA COSTA
Urbana Sim 1 1 1 26
ESC DESDOBRADA JOSE JACINTO
CARDOSO Urbana Sim 1 1 1 19
CRECHE ANJO DA GUARDA
Urbana Não 0 0 0 2
ESC DESDOBRADA OSVALDO GALUPO
Urbana Sim 0 0 1 9
CRECHE CHICO MENDES
Urbana Não 0 0 1 1
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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EB VITOR MIGUEL DE SOUZA
Urbana Sim 1 1 1 33
CRECHE DONA COTA Urbana Não 1 0 0 9
NEI CAMPECHE Urbana Não 0 0 1 2
ESC DESDOBRADA ADOTIVA LIBERATO
VALENTIM Urbana Sim 1 1 1 26
CRECHE MUQUEM Urbana Não 0 0 0 1
NEI JOAO MACHADO DA SILVA
Urbana Não 0 0 0 1
NEI COLONIA Z 11 Urbana Sim 0 0 0 1
NEI ORISVALDINA DA SILVA
Urbana Não 0 0 0 3
CRECHE IDALINA OCHOA
Urbana Sim 0 0 0 2
CRECHE DORALICE TEODORO BASTOS
Urbana Sim 0 0 1 1
CRECHE VICENTINA MARIA DA COSTA
LAURINDO Urbana Sim 0 0 0 2
CRECHE CAETANA MARCELINA DIAS
Urbana Não 0 0 0 2
CRECHE FERMINIO FRANCISCO VIEIRA
Urbana Sim 0 0 0 1
CRECHE FRANCISCA IDALINA LOPES
Urbana Não 0 0 0 1
CRECHE MORRO DA QUEIMADA
Urbana Não 0 0 0 2
CRECHE ALMIRANTE LUCAS ALEXANDRE
BOITEUX Urbana Sim 0 1 1 4
NEI-ARMACAO Urbana Sim 0 0 0 2
CRECHE STELLA MARIS CORREA CARNEIRO
Urbana Não 0 0 0 2
CRECHE ALTINO Urbana Não 0 0 0 1
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Nome da Escola
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DEALTINO CABRAL
CRECHE JOEL ROGERIO DE FREITAS
Urbana Não 0 1 0 1
COORD DE ED DE JOVENS E ADULTOS
Urbana Sim 1 1 1 323
CRECHE ILHA CONTINENTE
Urbana Sim 0 1 0 1
CRECHE ANNA SPYRIOS DIMATTOS
Urbana Sim 0 0 0 1
CRECHE IRMA SCHEILA Urbana Não 0 1 0 1
CRECHE INGLESES Urbana Sim 0 0 0 1
NEI CAIEIRA DA BARRA DO SUL
Rural Não 0 0 1 3
CRECHE IRMAO CELSO Urbana Não 0 0 0 1
NEI INGLESES Urbana Sim 0 0 0 2
CRECHE HERMENEGILDA
CAROLINA JACQUES Rural Sim 0 0 0 1
CRECHE MATEUS DE BARROS
Urbana Sim 0 0 0 1
CRECHE VILA CACHOEIRA
Urbana Sim 0 0 0 1
CRECHE VILA UNIAO Urbana Não 0 0 0 1
CRECHE DIAMANTINA BERTOLINA DA
CONCEICA Urbana Não 0 0 0 2
CRECHE MARCELINO BARCELOS DUTRA
Urbana Não 0 0 0 1
CRECHE JARDIM ATLANTICO
Urbana Não 0 0 0 2
EB MUN MARIA CONCEICAO NUNES
Urbana Sim 1 1 1 28
CRECHE MARIA NAIR DA SILVA
Urbana Não 0 0 0 2
NEI BARREIRA DO Urbana Sim 0 0 0 2
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Nome da Escola
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JANGA
NEI LUIZ PAULO DA SILVA
Urbana Sim 0 1 0 1
NEI PONTA DO MORRO Urbana Não 0 0 0 2
CRECHE APAM MORRO DAS PEDRAS
Urbana Não 0 0 0 2
CRECHE ABRAAO Urbana Não 0 0 0 2
NEI COSTEIRA Urbana Sim 0 0 0 1
CRECHE MORRO DO MOCOTO
Urbana Sim 0 0 0 1
CRECHE PROFESSORA ELISABETE NUNES
ANDERLE Urbana Não 0 0 0 1
CRECHE FRANKLIN CASCAES
Urbana Não 0 0 0 1
NEI PRAIA DOS INGLESES
Urbana Não 0 0 0 1
CRECHE MONTEIRO LOBATO
Urbana Sim 0 0 0 1
CRECHE CRISTO REDENTOR
Urbana Sim 0 0 0 1
CRECHE NOSSA SENHORA DE LURDES
Urbana Não 0 0 1 2
Escolas Privadas
CENTRO EDUC NS MONTE SERRAT
Urbana Não 0 0 1 1
CEI GIRASSOL Urbana Não 0 0 1 4
COLEGIO BOM JESUS CORACAO DE JESUS
Urbana Sim 1 1 1 101
COLEGIO ADVENTISTA DE FLORIANOPOLIS -
CENTRO Urbana Não 1 1 1 35
EDUCANDARIO IMACULADA CONCEICAO
Urbana Não 1 1 1 81
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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CRECHE SAO FRANCISCO DE ASSIS
Urbana Não 0 0 0 4
ESCOLA SARAPIQUA Urbana Não 1 1 1 32
COLEGIO STA CATARINA
Urbana Sim 1 1 1 34
ASAV COLEGIO CATARINENSE
Urbana Sim 1 1 1 200
ESCOLA DINAMICA Urbana Não 1 1 1 22
COLEGIO TRADICAO Urbana Sim 1 1 1 14
CENTRO EDUC MENINO JESUS
Urbana Sim 1 1 1 100
SESC SERVICO SOCIAL DO COMERCIO
Urbana Sim 1 1 1 6
COLEGIO ESTIMOARTE Urbana Sim 1 1 1 35
CEI COQUEIROS Urbana Não 0 0 1 1
CRECHE CONSELHO COMUNITARIO DE
COQUEIROS Urbana Não 0 0 0 1
ESCOLA WALDORF ANABA
Urbana Não 0 1 1 5
LAR FABIANO DE CRISTO
Urbana Não 1 0 0 18
COLEGIO SALVATORIANO NOSSA SENHORA DE FATIMA
Urbana Não 1 1 1 40
ASSOC PEDAGOGICA PRAIA DO RISO
Urbana Sim 1 1 1 9
COLEGIO ANTONIO PEIXOTO
Urbana Não 1 1 1 36
CEI CONVIVENCIA Urbana Não 1 1 0 10
COLEGIO GERACAO Urbana Sim 1 1 1 53
COLEGIO ENERGIA Urbana Sim 1 1 1 210
COLEGIO ADVENTISTA DE FLORIANOPOLIS -
ESTREITO Urbana Sim 1 1 1 35
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Nome da Escola
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COLEGIO CONTINENTE Urbana Não 1 1 1 6
CENTRO EDUC LUCAZ Urbana Sim 1 1 1 8
ESCOLA DA ILHA Urbana Sim 1 1 1 23
ESCOLA AUTONOMIA Urbana Não 1 1 1 42
ASSOC EDUC E TECNOLOGICA
FLORIANOPOLIS - COC FLORIANOPOLIS
Urbana Sim 1 0 1 46
CENTRO EDUCACIONAL
CRIATIVO Urbana Sim 1 1 0 24
ESCOLA ENGENHO LTDA
Urbana Não 1 1 1 17
EDUCANDARIO LAR DE JESUS SERTE
Urbana Não 0 0 1 2
COLEGIO ENERGIA CORREGO GRANDE
Urbana Sim 1 1 1 28
CRECHE NS DA BOA VIAGEM
Urbana Sim 1 1 1 4
ESCOLA BRANCA DE NEVE
Urbana Não 0 1 1 9
CURSO E COLEGIO SOLUCAO
Urbana Não 0 0 0
CEPU CENTRO DE ESTUDO PRE
UNIVERSITARIO Urbana Não 1 0 1 48
COLEGIO SANTA TEREZINHA
Urbana Sim 1 1 1 23
COLEGIO JARDIM ANCHIETA
Urbana Não 0 0 0
INST DE ED ESPECIAL PROFº MANOEL BOAVENTURA
Urbana Sim 1 1 1 47
ESCOLA A NOVA DIMENSAO
Urbana Sim 1 1 1 20
COLEGIO DA LAGOA Urbana Sim 1 1 1 27
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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ESCOLA DA FAZENDA Urbana Não 1 1 1 13
CEI ENSINARTE Urbana Não 1 1 1 13
ASSOCIACAO DE MORADORES LAGOA
DO PERI Urbana Não 0 0 0 1
CRECHE CONS COMUNIT MONTE
VERDE Urbana Não 0 1 0 1
CRECHE COSTEIRA DO PIRAJUBAE
Urbana Não 0 0 0 1
CRECHE CONSELHO COMUNITARIO DA
COLONINHA Urbana Não 0 1 0 1
CEI ARCANGELO LTDA ME
Urbana Não 0 0 0 1
GRUPO ESCOLA IRMAO DELMIRO CRECHE
ESPIRITA CAMINHO DA ESPERANCA ANDRE
LUIZ
Urbana 0 0 0 2
SENAI SC FLORIANOPOLIS
Urbana Sim 1 0 1 370
SESC SERVICO SOCIAL DO COMERCIO
Urbana Não 1 0 1 8
CENTRO EDUC ALFA EXECUTIVE LTDA
Urbana Não 0 0 1 5
COLEGIO MARTE Urbana Não 1 1 1 8
CURSO E COLEGIO DEFINICAO
Urbana Não 0 0 1 4
EPI ESCOLA DA PRAIA DOS INGLESES
Urbana Sim 0 0 1 7
CENTRO EDUCACIONAL
UNIVERSO Urbana Não 0 0 0
COLEGIO TENDENCIA Urbana Sim 0 0 1 30
COLEGIO CRUZ E Urbana Sim 1 1 1 50
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Nome da Escola
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SOUSA
CENTRO DE EDUCACAO NOSSA
SENHORA DA CONCEICAO
Urbana Sim 1 1 1 14
GAPA LAR RECANTO DO CARINHO
Urbana Não 0 1 1 6
SEEDE - SEARA ESPIRITA
ENTREPOSTO DA FE Urbana Não 1 1 1 32
ASSOC CUL E COM DA COLONINHA A CASA DO
POVO Urbana Não 0 0 0 1
CONS COM DO CONJ HABITACIONAL
PANORAMA Urbana Não 0 0 0 1
SUPLETIVO ENERGIA Urbana Não 0 0 1 6
ASSOC FLORIANOPOLITANA
AFLOV Urbana Não 0 1 0 2
CRECHE DO DUDUCO I Urbana Não 0 0 0
CRECHE DO HILDO CEI GUIA
Urbana Não 0 0 0 2
CRECHE DO DUDUCO II Urbana Não 0 0 0 4
COLEGIO ATITUDE Urbana Sim 1 1 1 24
SENAC TECNOLOGIAS DA INFORMACAO
Urbana Sim 1 0 0 150
SENAC DE FLORIANOPOLIS
Urbana Sim 1 0 1 185
CENTRO EDUCACIONAL DE
UNIESC Urbana Sim 1 1 1 9
COLEGIO DE ENSINO MEDIO MANUELLA
BASTOS Urbana Sim 1 1 1 14
SENAC SAUDE E BELEZA
Urbana Sim 0 0 1 23
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Nome da Escola
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COLEGIO ITACORUBI Urbana Não 1 1 1 26
INSTITUTO BRASILEIRO EDUCACAO
PROFISSIONAL Urbana Sim 0 0 1 24
CENTRO EDUC NS MONTE SERRAT
Urbana Não 0 0 1 1
CEI GIRASSOL Urbana Não 0 0 1 4
COLEGIO BOM JESUS CORACAO DE JESUS
Urbana Sim 1 1 1 101
Escolas Federais
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO
TECNOLOGICA DE SANTA CATARINA
Urbana Sim 1 1 1 753
NDI UFSC Urbana Sim 0 0 1 16
COLEGIO DE APLICACAO UFSC
Urbana Sim 1 1 1 97
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO CIENCIA
E TECNOLOGIA
DE SANTA CATARINA CAMPUS
FLORIANOPOLIS CONTINENTE
Urbana Sim 1 0 1 93
Fonte: Cadastro de Matricula – Educacenso2010.
Pela relação de escolas, pode-se observar que quanto à dependência administrativa,
há predominância de escolas da rede municipal de ensino. Considerando-se os cinco
municípios da AID, são 211 escolas municipais, 109 estaduais, 154 privadas e apenas
6 federais.
As figuras abaixo ilustram uma das escolas da rede pública, mais próximas do traçado
da rodovia que está sendo projetada.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
113
Figura 30: Centro Educacional Municipal Califórnia – Município de São José.
Fechando esta avaliação da AID no que diz respeito à Educação, salientam-se
algumas das principais demandas em infraestrutura física e recursos pedagógicos
extraídas dos diagnósticos realizados no PAR, citado anteriormente e que são
organizadas aqui por município.
Biguaçu:
Qualificação profissional;
Material pedagógico para subsídio ao disposto nas Leis 10.639/2003 e
11.645/20081;
Recursos de informática de uso multifuncional;
São José:
Tecnologia educacional;
1As Leis nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003 e 11.645, de 10 de março de 2008, alteram a Lei nº 9394, de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da
Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
114
Acesso à internet em todas as escolas e implantação de laboratórios de
informática;
Acessibilidade a portadores de necessidade especial em todas as escolas
Capacitação de profissionais;
Palhoça:
Capacitação/qualificação profissional;
Materiais pedagógicos para atendimentos às Leis 10.639/2003 e 11.645/2008;
Laboratórios de informática;
Atendimento de todas as escolas de energia elétrica e água potável;
Materiais didáticos diversos;
Florianópolis:
Capacitação profissional;
Material pedagógico para atendimento às Leis 10.639/2003 e 11.645/2008;
Recursos financeiros para projetos de desenvolvimento das escolas;
Recursos diversos para demandas de acessibilidade.
5.3.1.1.2. Saúde
A análise temática subsequente (Saúde) é dedicada às questões relacionadas à saúde
na Área de Influência Direta – AID do Meio Socioeconômico, isto é, os municípios de
Governador Celso Ramos, Biguaçu, São José, Palhoça e Florianópolis.
Trata-se inicialmente, nesta seção, do estado da infraestrutura física (leitos e
ambulatórios) e dos recursos humanos (médicos e profissionais da saúde) disponíveis,
bem como de sua suficiência em relação às necessidades, fazendo-se em seguida
uma consolidação destas informações voltada para a identificação dos pólos de
referência em saúde na AID e das relações entre o padrão espacial do sistema público
de saúde e os prováveis focos de demandas adicionais decorrentes do
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
115
empreendimento de implantação da rodovia ora projetada, isto é, do Contorno de
Florianópolis.
Também são apresentados as informações de mortalidade (total e infantil) e morbidade
(principais doenças) da população, além da situação epidemiológica potencialmente
impactável pelo projeto.
Informa-se que, para atendimento do Termo de Referência do IBAMA, a situação do
saneamento básico, inerentemente correlata à questão da saúde pública, é tratada em
item apresentado mais adiante de forma desagregada, pois o TR solicita informações
específicas sobre abastecimento de água, tratamento de esgotos e coleta e disposição
de lixo. Assim, para efeito de melhor visualização dos dados tratados no diagnóstico de
saneamento básico, considerou-se mais viável tratar cada um destes aspectos no
mesmo conjunto, isto é, na questão do saneamento.
Ressalta-se também que, ainda em atendimento ao TR, a Caracterização das
Condições de Saúde em relação a Doenças Endêmicas foi tratada em seção específica
para cumprimento da itemização exigida pelo IBAMA no referido TR.
A inclusão da dimensão da saúde é fundamental nos procedimentos de avaliação de
impactos ambientais de empreendimentos, uma vez que os mesmos podem influenciar
de alguma forma a complexa rede que determina e condiciona a saúde dos grupos
populacionais envolvidos e estas inter-relações precisam ser antecipadamente
explicitadas para que os diversos atores envolvidos no processo de tomada de decisão
possam avaliar adequadamente o empreendimento e seus impactos.
Os indicadores de saúde que fomentam a análise das questões de saúde neste
diagnóstico são, na sua maioria os que se encontramdisponíveis no Banco de Dados
do Sistema Único de Saúde – SUS, o DATASUS.
Inicia-se as considerações sobre a saúde na Área de Influência Direta do
empreendimento de implantação do Contorno de Florianópolis pelo grau de cobertura
vacinal da população menor de 01 ano uma vez que este grupo populacional é o que
apresenta o maior grau de letalidade quando exposto a doenças imunopreveníveis.
As atividades de imunização situam-se entre as intervenções de melhor custo-
efetividade, sendo componente obrigatório dos programas de saúde pública. Pelas
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
116
Tabela 61 a Tabela 65 pode-se observar que os resultados verificados na AID do
empreendimento são adequados, em alguns casos ultrapassando cem por cento.
Tabela 61: Cobertura Vacinal (%) por Tipo de Imunobiológico Menores de 1 ano –Governador Celso Ramos.
Imunogiológicos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
BCG (BCG) 121,
3 150,
3 87,2 92,3
108,6
96,7 86,5 65,9 25,5 16,2
Contra Febre Amarela (FA)
- - - - - - - - 0,6 0,6
Contra Haemophilusinfluenz
ae tipo b (Hib)
100,5
133,7
30,2 0,6 - 0,7 0,7 1,5 0,6 2,5
Contra Hepatite B (HB)
84,7 109,
5 82,7
103,6
87,5 87,3 93,9 93,2 82,0 70,8
Contra Influenza (Campanha) (INF)
78,5 72,5 101,
5 100,
3 105,
0 100,
2 115,
3 92,9 91,3
101,1
Contra Sarampo 121,
8 177,
5 79,9 - - - - - - -
Dupla Viral (SR) - - - - - - - - - -
Oral Contra Poliomielite (VOP)
96,0 134,
3 89,9
101,2
119,7
96,0 101,
4 100,
0 83,2 71,4
Oral Contra Poliomielite
(Campanha 1ª etapa) (VOP)
140,8
114,0
108,7
114,0
107,5
103,5
100,6
102,6
111,0
97,9
Oral Contra Poliomielite
(Campanha 2ª etapa) (VOP)
100,0
103,3
112,1
106,6
116,4
99,6 103,
8 111,
0 109,
6 93,4
Oral de Rotavírus Humano (RR)
- - - - - - 56,8 79,6 75,2 64,0
Tetravalente (DTP/Hib) (TETRA)
- - 58,7 104,
8 119,
7 96,0
100,7
100,8
83,2 68,9
Tríplice Bacteriana (DTP)
98,0 126,
6 32,4 - - - - - - -
Tríplice Viral (SCR) 71,8 132,
7 -
105,6
122,0
95,4 94,7 86,5 92,4 80,1
Tríplice Viral (campanha) (SCR)
- - - - 13,1 - - - - -
Totais das vacinas contra tuberculose
- - - - - - 86,5 65,9 25,5 16,2
Totais das vacinas - - - - - - 93,9 93,2 82,0 70,8
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
117
Imunogiológicos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
contra hepatite B
Totais das vacinas contra poliomielite
- - - - - - 101,
4 100,
0 83,2 71,4
Totais das vacinas Tetra + Penta + Hexavanlente
- - - - - - 100,
7 100,
8 83,2 68,9
Totais das vacinas contra sarampo e
rubéola - - - - - - 94,7 86,5 92,4 80,1
Totais das vacinas contra difteria e
tétano - - - - - -
100,7
100,8
83,2 68,9
Fonte: SI/PNI. Situação da base de dados nacional em 25/03/2010.
Tabela 62: Cobertura Vacinal (%) por Tipo de Imunobiológico Menores de 1 ano – Biguaçu.
Imunogiológicos 2000 2001 2002 2003 2004200
5 200
6 2007 2008
2009
BCG (BCG) 102,
1 101,
8 101,
5 102,
5 96,3 97,7 94,0 53,6 7,8 5,2
Contra Febre Amarela (FA)
- - 0,3 1,1 1,0 0,8 1,5 0,8 0,8 0,5
Contra Haemophilusinfluenza
e tipo b (Hib) 83,4
106,4
25,4 - 0,1 - 0,1 0,1 0,5 -
Contra Hepatite B (HB)
66,5 89,1 115,
8 112,
1 92,3 95,5 97,3
106,3
94,3 94,8
Contra Influenza (Campanha) (INF)
47,5 49,4 74,0 87,1 82,7 81,6 83,4 73,3 81,2 86,4
Contra Sarampo 87,1 100,
2 101,
4 - - - - - - -
Dupla Viral (SR) - - - - - - - - - -
Oral Contra Poliomielite (VOP)
83,8 106,
8 91,6
112,4
93,6 96,4 98,6 103,
8 95,3 98,7
Oral Contra Poliomielite
(Campanha 1ª etapa) (VOP)
96,5 98,7 111,
9 108,
9 105,
0 94,6 97,1 94,6
110,4
97,7
Oral Contra Poliomielite
(Campanha 2ª etapa) (VOP)
107,5
101,5
108,1
107,6
92,1 92,4 96,5 90,8 100,
8 97,9
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
118
Imunogiológicos 2000 2001 2002 2003 2004200
5 200
6 2007 2008
2009
Oral de Rotavírus Humano (RR)
- - - - - - 58,0 93,1 89,2 95,6
Tetravalente (DTP/Hib) (TETRA)
- - 75,4 112,
4 93,5 96,2 98,6
104,2
95,2 99,1
Tríplice Bacteriana (DTP)
83,8 106,
9 25,0 - - - - - - -
Tríplice Viral (SCR) 78,4 97,9 24,1 134,
7 101,
4 93,5 97,4 99,5
109,2
98,1
Tríplice Viral (campanha) (SCR)
- - - - 14,5 - - - - -
Totais das vacinas contra tuberculose
- - - - - - 94,0 53,6 7,8 5,2
Totais das vacinas contra hepatite B
- - - - - - 97,3 106,
3 94,3 94,8
Totais das vacinas contra poliomielite
- - - - - - 98,6 103,
8 95,3 98,7
Totais das vacinas Tetra + Penta + Hexavanlente
- - - - - - 98,6 104,
2 95,2 99,1
Totais das vacinas contra sarampo e
rubéola - - - - - - 97,4 99,5
109,2
98,1
Totais das vacinas contra difteria e
tétano - - - - - - 98,6
104,2
95,2 99,1
Fonte: SI/PNI. Situação da base de dados nacional em 25/03/2010.
Tabela 63: Cobertura Vacinal (%) por Tipo de Imunobiológico Menores de 1 ano – São José
Imunogiológicos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
BCG (BCG) 132,
0 126,
7 108,
2 111,
2 108,
5 107,
7 104,
7 102,
8 131,
6 117,
8
Contra Febre Amarela (FA)
0,3 0,3 0,0 - - 0,0 - 0,1 0,8 0,4
Contra Haemophilusinfluenz
ae tipo b (Hib)
102,1
112,6
35,9 0,8 0,3 0,2 0,2 0,3 0,4 0,3
Contra Hepatite B (HB)
97,5 106,
8 100,
9 100,
6 100,
0 99,9
101,3
100,7
95,2 99,1
Contra Influenza (Campanha) (INF)
66,4 77,4 68,5 81,1 81,9 85,5 84,1 69,5 68,9 76,2
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
119
Imunogiológicos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Contra Sarampo 121,
9 126,
6 98,3 - - - - - - -
Dupla Viral (SR) - - - - - - - - - -
Oral Contra Poliomielite (VOP)
106,8
112,0
99,3 103,
8 104,
2 104,
3 104,
7 104,
2 98,8
101,5
Oral Contra Poliomielite
(Campanha 1ª etapa) (VOP)
93,8 117,
0 96,7
101,6
97,6 88,9 85,3 92,5 96,0 95,9
Oral Contra Poliomielite
(Campanha 2ª etapa) (VOP)
104,7
102,1
95,2 106,
1 94,1
102,3
90,0 90,3 80,3 99,5
Oral de Rotavírus Humano (RR)
- - - - - - 63,2 93,8 90,0 92,2
Tetravalente (DTP/Hib) (TETRA)
- - 63,6 104,
9 104,
6 105,
1 105,
2 104,
2 99,1
101,8
Tríplice Bacteriana (DTP)
107,5
109,2
36,2 - - - - 0,2 - 0,1
Tríplice Viral (SCR) 104,
7 105,
9 94,4
131,1
120,1
97,1 92,5 97,1 93,0 100,
8
Tríplice Viral (campanha) (SCR)
- - - - 19,9 - - - - -
Totais das vacinas contra tuberculose
- - - - - - 104,
7 102,
8 131,
6 117,
8
Totais das vacinas contra hepatite B
- - - - - - 101,
3 100,
7 95,2 99,1
Totais das vacinas contra poliomielite
- - - - - - 104,
7 104,
2 98,8
101,5
Totais das vacinas Tetra + Penta + Hexavanlente
- - - - - - 105,
2 104,
2 99,1
101,8
Totais das vacinas contra sarampo e
rubéola - - - - - - 92,5 97,1 93,0
100,8
Totais das vacinas contra difteria e
tétano - - - - - -
105,2
104,4
99,1 101,
8
Fonte: SI/PNI. Situação da base de dados nacional em5/03/2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
120
Tabela 64: Cobertura Vacinal (%) por Tipo de Imunobiológico Menores de 1 ano – Palhoça.
Imunogiológicos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
BCG (BCG) 103,
9 97,3
100,2
96,0 93,4 98,3 87,2 88,0 18,3 16,9
Contra Febre Amarela (FA)
0,3 0,2 0,3 0,5 - - - - 0,5 -
Contra Haemophilusinfluenz
ae tipo b (Hib)
103,1
109,7
34,5 0,9 - 0,2 0,2 0,1 0,2 0,1
Contra Hepatite B (HB)
88,1 96,6 104,
2 100,
9 86,4 93,2 85,7
100,2
90,4 95,4
Contra Influenza (Campanha) (INF)
54,2 68,6 76,6 89,3 98,5 87,9 95,5 92,3 101,
1 97,4
Contra Sarampo 96,9 101,
1 84,2 - - - - - - -
Dupla Viral (SR) - - - - - - - - - -
Oral Contra Poliomielite (VOP)
96,9 96,3 92,1 100,
4 102,
8 96,0
101,1
108,3
101,6
107,1
Oral Contra Poliomielite
(Campanha 1ª etapa) (VOP)
94,5 102,
5 112,
2 111,
4 102,
5 100,
4 102,
7 107,
2 108,
2 96,5
Oral Contra Poliomielite
(Campanha 2ª etapa) (VOP)
98,8 101,
6 112,
4 110,
7 90,0 99,8
100,0
93,9 108,
8 99,9
Oral de Rotavírus Humano (RR)
- - - - - - 53,5 87,5 82,0 84,8
Tetravalente (DTP/Hib) (TETRA)
- - 67,3 100,
6 102,
8 96,0
101,4
108,3
101,5
107,8
Tríplice Bacteriana (DTP)
104,4
95,5 31,1 - - - 0,1 - 0,1 -
Tríplice Viral (SCR) 79,9 99,2 - 133,
3 127,
6 112,
4 92,3
103,7
107,4
110,3
Tríplice Viral (campanha) (SCR)
- - - - - - - - - -
Totais das vacinas contra tuberculose
- - - - - - 87,2 88,0 18,3 16,9
Totais das vacinas contra hepatite B
- - - - - - 85,7 100,
2 90,4 95,4
Totais das vacinas contra poliomielite
- - - - - - 101,
1 108,
3 101,
6 107,
1
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
121
Imunogiológicos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Totais das vacinas Tetra + Penta + Hexavanlente
- - - - - - 101,
4 108,
3 101,
5 107,
8
Totais das vacinas contra sarampo e
rubéola - - - - - - 92,3
103,7
107,4
110,3
Totais das vacinas contra difteria e
tétano - - - - - -
101,5
108,3
101,5
107,8
Fonte: SI/PNI. Situação da base de dados nacional em 5/03/2010.
Tabela 65: Cobertura Vacinal (%) por Tipo de Imunobiológico Menores de 1 ano – Florianópolis.
Imunogiológicos 2000 2001200
2 2003 2004 2005
2006
2007 2008 2009
BCG (BCG) 98,7 97,7 96,5 88,2 98,6 96,5 96,2 125,
5 147,
5 158,
4
Contra Febre Amarela (FA)
0,4 0,5 0,4 0,2 0,3 0,3 0,3 0,3 1,3 0,3
Contra Haemophilusinfluenz
ae tipo b (Hib) 96,7
105,0
33,5 1,0 0,4 0,2 0,4 0,4 0,8 0,7
Contra Hepatite B (HB)
91,8 97,2 89,8 85,5 84,7 85,3 83,8 87,0 83,2 88,4
Contra Influenza (Campanha) (INF)
57,4 64,1 62,4 71,0 83,6 83,9 75,6 66,0 68,0 73,2
Contra Sarampo 107,
6 104,
0 89,1 - - - - - - -
Dupla Viral (SR) - - - - - - - - 0,0 -
Oral Contra Poliomielite (VOP)
102,1
99,0 85,6 86,2 87,3 89,4 83,2 85,0 80,9 85,9
Oral Contra Poliomielite
(Campanha 1ª etapa) (VOP)
114,1
95,9 75,3 94,2 90,9 85,3 89,6 92,3 97,6 97,9
Oral Contra Poliomielite
(Campanha 2ª etapa) (VOP)
101,4
95,0 81,7 94,7 91,9 85,1 88,4 93,1 91,4 96,2
Oral de Rotavírus Humano (RR)
- - - - - - 54,2 84,3 81,0 91,6
Tetravalente (DTP/Hib) (TETRA)
- - 57,8 88,6 91,1 89,9 85,1 88,5 82,0 88,2
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
122
Imunogiológicos 2000 2001200
2 2003 2004 2005
2006
2007 2008 2009
Tríplice Bacteriana (DTP)
101,2
99,9 34,2 - - - - 0,1 0,0 -
Tríplice Viral (SCR) 89,0 100,
9 3,7
116,7
105,4
101,0
91,9 92,9 96,5 95,1
Tríplice Viral (campanha) (SCR)
- - - - 16,7 - - - - -
Totais das vacinas contra tuberculose
- - - - - - 96,2 125,
5 147,
5 158,
4
Totais das vacinas contra hepatite B
- - - - - - 83,8 87,0 83,2 88,4
Totais das vacinas contra poliomielite
- - - - - - 83,2 85,0 80,9 85,9
Totais das vacinas Tetra + Penta + Hexavanlente
- - - - - - 85,1 88,5 82,0 88,2
Totais das vacinas contra sarampo e
rubéola - - - - - - 91,9 92,9 96,6 95,1
Totais das vacinas contra difteria e
tétano - - - - - - 85,1 88,6 82,0 88,2
Fonte: SI/PNI. Situação da base de dados nacional em 5/03/2010.
A questão da imunização da população remete a um outro coeficiente de suma
importância para se avaliar as condições de saúde de uma determinada população: a
mortalidade infantil, que é considerada um dos indicadores de saúde mais sensíveis
das condições de vida das pessoas.
O índice de mortalidade infantil considerado aceitável pela Organização Mundial de
Saúde – OMS é de 10 mortes para cada mil nascimentos. O conjunto de dados da
tabela que segue torna possível verificar a situação da ADA do empreendimento do
Contorno de Florianópolis no que se refere à questão da mortalidade infantil.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
123
Tabela 66: Mortalidade Infantil na Área de Influência Direta-AID.
Município Nascidos Vivos
Número de Óbitos Infantis
Coeficiente de Mortalidade Infantil
2010 2011 2010 2011 2010 2011
Biguaçu 808 851 10 12 1,24 1,41
Florianópolis 5.298 5.450 48 46 0,91 0,84
Gov. Celso Ramos 148 140 1 1 0,67 0,71
Palhoça 2.011 2.142 17 25 0,84 1,17
São José 2.830 2.932 22 23 0,78 0,78
Fonte: Sistema de Informações Sobre Mortalidade – SIM/DATASUS.
Algumas pesquisas na área de saúde pública no Brasil indicam que nas últimas
décadas, o país tem experimentado declínio dos níveis da mortalidade e
consequentemente, aumento da esperança de vida. Esse processo foi acompanhado
por modificações nas causas básicas de morte, que são resultado do processo de uma
transição demográfica epidemiológica em curso.
A esperança de vida, por exemplo, vem paulatinamente aumentando no Brasil. Embora
não se tenha disponível a esperança de vida da população brasileira por município em
data recente, o Censo 2000 já indicava, em relação ao Censo anterior, de 1991, este
aumento da expectativa de vida. Sabe-se, por dados publicados pelo IBGE em 2010,
referenciados ao ano de 2009, que a expectativa de vida no Brasil é de 73,1 anos,
enquanto para o Estado de Santa Catarina é de 75,8 anos e para a região sul é de 75,2
anos, podendo-se situar, portanto, a população da AID do empreendimento, no mínimo
dentro destes patamares que são, superiores à media nacional.
Tal inferência procede, inclusive, porque as médias de esperança de vida nos
municípios da ADA apuradas no Censo 2000 já eram próximas às auferidas no Censo
de 2010 para o Brasil, o Estado e região. Em Governador Celso Ramos, pelo Censo
2000, a esperança de vida era de 74,8 anos, em Biguaçu, de 75,3 anos, em São José,
de 75,3 anos, em Palhoça a média situava-se em 74,8 anos e em Florianópolis, 72,8
anos.
Dentro deste contexto de transição epidemiológica, os óbitos atribuídos às doenças
infecciosas e parasitárias vêm perdendo a representatividade ao longo dos anos e, ao
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
124
mesmo tempo, pode ser observado uma crescente importância do aumento da
mortalidade por causas crônico-degenerativas e também da mortalidade atribuída às
causas externas (acidentes e violências).
Para se ter uma idéia, as chamadas mortes por causas externas representavam, no
início da década de 1980, no Brasil, 9,4% do total de mortes, percentual esse que
ascende a 12,3% em 1990. Em termos absolutos um crescimento da ordem de 43%. A
taxa de mortalidade por causas externas elevou-se de 59,0 para 70,0 óbitos por 100 mil
habitantes entre 1980 e 1990, passando a representar o segundo maior grupo de
causas de morte, abaixo apenas das mortes atribuídas às doenças do aparelho
circulatório.
Esta situação pode ser verificada também nos municípios que compõem a AID do
empreendimento em questão. A situação é ilustrada pelas Tabelas abaixo(Tabela 67 a
Tabela 71) que mostram o número de óbitos por algumas causas selecionadas. Na
sequência apresentam-se os gráficos referentes a cada uma das tabelas, de modo a
permitir uma melhor visualização da questão.
Tabela 67: Coeficiente de Mortalidade para algumas causas selecionadas (por 100.000 habitantes) no município de Governador Celso Ramos.
Causa do Óbito 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Aids 25,0 16,4 8,1 15,6 7,7 - 7,9
Neoplasia maligna da mama (/100.000
mulheres) - 34,1 33,5 - - 15,5 49,0
Neoplasia maligna do colo do útero (/100.000
mulh) - 17,0 - - 15,9 31,1 16,3
Infarto agudo do miocardio
25,0 24,6 24,2 15,6 7,7 15,1 39,6
Doenças cerebrovasculares
58,3 32,8 56,5 46,8 53,6 30,1 31,7
Diabetes mellitus - 41,0 24,2 7,8 7,7 - 63,4
Acidentes de transporte 50,0 8,2 16,1 46,8 15,3 45,2 7,9
Agressões 8,3 24,6 16,1 - - - 7,9
Fonte:SIM. Situação da base de dados nacional em 14/12/2009.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
125
Tabela 68: Coeficiente de Mortalidade para algumas causas selecionadas (por 100.000 habitantes) no município de Biguaçu.
Causa do Óbito 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Aids 13,7 5,7 3,7 17,6 5,1 8,3 18,0
Neoplasia maligna da mama (/100.000
mulheres) 3,9 7,6 14,9 17,6 6,8 3,3 14,3
Neoplasia maligna do colo do útero (/100.000
mulh) - 3,8 - 3,5 - - 7,1
Infarto agudo do miocardio
23,5 36,3 20,5 24,6 24,0 33,3 30,5
Doenças cerebrovasculares
31,4 40,1 48,4 33,4 47,9 16,7 25,2
Diabetes mellitus 11,8 15,3 16,7 15,8 6,8 8,3 21,6
Acidentes de transporte 33,3 45,8 24,2 36,9 44,5 35,0 26,9
Agressões 9,8 13,4 7,4 21,1 15,4 8,3 12,6
Fonte:SIM. Situação da base de dados nacional em 14/12/2009.
Tabela 69: Coeficiente de Mortalidade para algumas causas selecionadas (por 100.000 habitantes) no município de São José.
Causa do Óbito 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Aids 16,0 21,1 18,0 13,7 12,4 14,6 21,6
Neoplasia maligna da mama (/100.000
mulheres) 17,2 14,8 9,3 8,9 14,6 11,4 13,6
Neoplasia maligna do colo do útero (/100.000
mulh) 4,3 4,2 8,3 9,9 4,9 1,9 3,9
Infarto agudo do miocardio
32,5 49,7 33,4 30,0 32,8 35,6 35,1
Doenças cerebrovasculares
34,7 30,3 35,5 34,0 39,8 34,1 35,6
Diabetes mellitus 20,9 17,8 14,3 13,7 18,4 14,6 25,1
Acidentes de transporte 35,3 28,1 22,8 36,1 27,8 23,4 23,1
Agressões 12,7 20,0 28,6 22,3 21,9 14,6 15,6
Fonte:SIM. Situação da base de dados nacional em 14/12/2009.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
126
Tabela 70: Coeficiente de Mortalidade para algumas causas selecionadas (por 100.000 habitantes) no município de Palhoça.
Causa do Óbito 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Aids 12,7 9,7 7,7 7,2 14,8 13,6 14,8
Neoplasia maligna da mama (/100.000
mulheres) 5,5 8,8 8,6 8,1 4,7 6,0 12,4
Neoplasia maligna do colo do útero (/100.000
mulh) 1,8 5,3 3,4 6,4 4,7 4,5 7,8
Infarto agudo do miocardio
24,6 30,0 28,3 22,5 25,0 33,3 39,7
Doenças cerebrovasculares
30,0 33,5 44,6 33,8 42,2 28,8 34,3
Diabetes mellitus 14,6 15,0 9,4 6,4 7,8 9,9 11,7
Acidentes de transporte 43,7 37,1 30,0 37,0 30,4 32,6 41,3
Agressões 9,1 22,9 15,4 15,3 17,2 18,2 23,4
Fonte:SIM. Situação da base de dados nacional em 14/12/2009.
Tabela 71: Coeficiente de Mortalidade para algumas causas selecionadas (por 100.000 habitantes) no município de Florianópolis.
Causa do Óbito 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Aids 21,4 20,3 18,5 19,9 16,0 15,6 13,9
Neoplasia maligna da mama (/100.000
mulheres) 10,7 13,1 15,9 12,2 17,2 18,2 11,1
Neoplasia maligna do colo do útero (/100.000
mulh) 3,2 7,4 4,1 3,9 4,3 4,7 2,9
Infarto agudo do miocardio
35,2 29,5 32,8 29,7 30,5 28,6 31,3
Doenças cerebrovasculares
39,4 34,4 38,1 32,8 35,4 30,5 30,1
Diabetes mellitus 16,4 12,2 14,6 12,3 14,3 14,2 16,4
Acidentes de transporte 22,2 22,2 24,6 24,2 26,6 19,2 25,8
Agressões 25,0 26,3 28,6 22,7 17,5 17,8 21,6
Fonte:SIM. Situação da base de dados nacional em 14/12/2009.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
127
Os gráficos que se seguem foram extraídos do Sistema DATASUS e ilustram a
proporção óbitos por causa, indicada pelos dados das tabelas precedentes.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
128
Figura 31: Proporção de óbitos por causa nos Municípios de Governador Celso Ramos e Biguaçu.
Fonte: SIM. Situação da base de dados nacional em 14/12/2009.
3,5%
33,3%
29,8%
7,0%
0,0%3,5%
22,8%
Mortalidade Proporcional (todas as idades)
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias
II. Neoplasias (tumores)
IX. Doenças do aparelho circulatório
X. Doenças do aparelho respiratório
XVI. Algumas afec originadas no período perinatal
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade
Demais causas definidas
Biguaçu Governador Celso Ramos
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
129
Figura 32: Proporção de óbitos por causa nos Municípios de São José e Palhoça.
Fonte: SIM. Situação da base de dados nacional em 14/12/2009.
Palhoça São José
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
130
Figura 33: Proporção de óbitos por causa no Município de Florianópolis.
Fonte: SIM. Situação da base de dados nacional em 14/12/2009.
Florianópolis
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
131
Outro aspecto referente à situação de saúde na AID que foi levantado durante a
realização deste diagnóstico para o EIA do Contorno de Florianópolis foi a questão da
morbidade presente na população. Nas Tabelas abaixo (Tabela 72 a Tabela 76)
apresentam-se os tipos de afecções mais comuns entre as populações de cada
município da AID de acordo com o Banco de Dados do SUS, que traz como principais
afecções que acometem a população, as doenças do aparelho circulatório, respiratório
e os problemas relacionados à gravidez e ao puerpério. Observe-se que as causas de
internação hospitalar vem relacionadas por capítulos do Código Internacional de
Doenças – CID.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
132
Tabela 72: Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa Etária –2009 – Governador Celso Ramos.
Capítulo CID Menor
01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64
65 e mais
60 e mais
Total
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias
4,8 5,9 - - 3,4 3,3 1,5 0,9 0,7 2,6
II. Neoplasias (tumores) - 33,3 - 7,7 1,7 6,3 14,9 9,7 11,1 9,0
III. Doenças sangue órgãos hemat e transtimunitár
- - - 2,6 - 0,2 - - - 0,2
IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas
- - - - - 2,1 3,0 0,9 1,3 1,6
V. Transtornos mentais e comportamentais
- - - - - 6,3 2,2 - - 3,4
VI. Doenças do sistema nervoso - - - 5,1 3,4 1,9 2,2 3,5 3,9 2,2
VII. Doenças do olho e anexos - - - - - 0,7 - 2,7 2,0 0,7
VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide
- 2,0 - 2,6 - - - - - 0,2
IX. Doenças do aparelho circulatório
- - - 2,6 - 10,7 39,6 40,7 40,5 16,6
X. Doenças do aparelho respiratório
14,3 43,1 31,4 12,8 3,4 8,4 15,7 23,0 23,5 14,3
XI. Doenças do aparelho digestivo 9,5 2,0 20,0 23,1 5,2 9,5 8,2 5,3 5,2 9,1
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo
- 2,0 5,7 5,1 - 0,9 1,5 - - 1,2
XIII.Doençassist osteomuscular e tec conjuntivo
- - 2,9 - 3,4 2,1 3,0 - - 1,8
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
133
Capítulo CID Menor
01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64
65 e mais
60 e mais
Total
XIV. Doenças do aparelho geniturinário
4,8 3,9 2,9 2,6 3,4 8,4 3,0 6,2 5,9 6,1
XV. Gravidez parto e puerpério - - - - 63,8 29,5 - - - 18,6
XVI. Algumas afec originadas no período perinatal
52,4 - - - - 0,2 - - - 1,4
XVII.Malfcongdeformid e anomalias cromossômicas
14,3 3,9 2,9 7,7 3,4 0,9 - 1,8 1,3 1,9
XVIII.Sint sinais e achadanormexclín e laborat
- - - - - - 1,5 3,5 3,3 0,7
XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas
- 2,0 8,6 15,4 8,6 7,0 3,7 1,8 1,3 5,9
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade
- - - - - - - - - -
XXI. Contatos com serviços de saúde
- 2,0 25,7 12,8 - 1,6 - - - 2,5
CID 10ª Revisão não disponível ou não preenchido
- - - - - - - - - -
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: SIH/SUS. Situação da base de dados nacional em 03/05/2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
134
Tabela 73: Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa Etária –2009 – Biguaçu.
Capítulo CID Menor
01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64
65 e mais
60 e mais
Total
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias
5,9 4,5 3,9 4,1 2,0 3,7 6,8 2,8 5,1 4,0
II. Neoplasias (tumores) 1,3 - 2,9 9,8 4,0 5,1 11,1 8,6 10,2 5,8
III. Doenças sangue órgãos hemat e transtimunitár
1,3 1,3 - - - 0,3 0,4 1,7 1,5 0,5
IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas
2,6 2,6 - 2,5 - 0,8 0,9 3,3 2,8 1,2
V. Transtornos mentais e comportamentais
- - - - 2,7 6,1 2,4 0,3 0,2 4,0
VI. Doenças do sistema nervoso 0,7 0,6 2,9 1,6 1,3 2,1 1,7 1,9 2,3 1,9
VII. Doenças do olho e anexos 0,7 0,6 2,0 1,6 0,3 0,6 1,1 1,1 1,1 0,8
VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide
- 1,3 1,0 - 0,3 0,1 - - - 0,2
IX. Doenças do aparelho circulatório
1,3 0,6 1,0 - 1,3 9,2 29,7 34,2 32,3 12,3
X. Doenças do aparelho respiratório
30,1 46,2 26,5 10,7 3,3 3,9 12,4 22,2 19,8 10,2
XI. Doenças do aparelho digestivo
2,0 9,6 20,6 19,7 4,0 8,1 10,9 6,7 7,0 8,5
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo
2,0 3,8 5,9 2,5 1,3 1,0 1,9 1,7 1,5 1,5
XIII.Doençassist osteomuscular e tec conjuntivo
- 1,9 2,0 3,3 1,0 2,6 2,4 0,8 1,3 2,2
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
135
Capítulo CID Menor
01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64
65 e mais
60 e mais
Total
XIV. Doenças do aparelho geniturinário
0,7 7,1 6,9 13,1 2,0 5,0 7,9 6,4 6,6 5,4
XV. Gravidez parto e puerpério - - - 4,9 65,6 31,9 - - - 23,3
XVI. Algumas afec originadas no período perinatal
41,8 - - - 0,3 0,2 0,2 - - 1,8
XVII.Malfcongdeformid e anomalias cromossômicas
3,9 5,8 2,9 5,7 2,3 0,8 0,2 1,4 1,1 1,4
XVIII.Sint sinais e achadanormexclín e laborat
- 1,3 - - 0,7 0,9 0,6 0,8 0,9 0,8
XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas
0,7 3,2 11,8 13,9 6,4 10,4 7,7 6,1 6,2 8,8
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade
- - - - - - - - - -
XXI. Contatos com serviços de saúde
5,2 9,6 9,8 6,6 1,0 7,1 1,7 - 0,2 5,4
CID 10ª Revisão não disponível ou não preenchido
- - - - - - - - - -
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: SIH/SUS. Situação da base de dados nacional em 03/05/2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
136
Tabela 74: Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa Etária –2009 – São José.
Capítulo CID Menor
01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64
65 e mais
60 e mais
Total
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias
4,8 8,0 4,3 6,0 1,1 4,0 4,4 4,9 4,4 4,2
II. Neoplasias (tumores) - 5,2 3,4 3,3 1,4 5,6 12,2 8,5 10,3 6,2
III. Doenças sangue órgãos hemat e transtimunitár
0,9 0,2 0,9 0,9 0,4 0,4 0,5 1,1 0,8 0,5
IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas
0,9 2,0 0,9 2,7 1,4 0,8 2,4 2,9 2,7 1,4
V. Transtornos mentais e comportamentais
- - - - 2,7 8,7 4,5 0,8 1,1 5,8
VI. Doenças do sistema nervoso 0,9 1,7 2,3 1,2 1,3 1,9 3,7 4,5 4,5 2,3
VII. Doenças do olho e anexos - 2,5 1,7 0,6 0,1 0,6 1,1 2,4 2,2 0,9
VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide
- 1,0 1,7 2,1 - 0,1 0,1 - 0,1 0,2
IX. Doenças do aparelho circulatório
0,2 0,7 1,4 2,1 1,0 7,1 30,1 27,3 28,8 11,2
X. Doenças do aparelho respiratório
32,0 35,3 21,0 9,7 5,0 5,1 8,9 18,3 16,2 9,6
XI. Doenças do aparelho digestivo 3,7 12,2 21,6 20,8 5,5 7,1 11,2 9,7 9,2 8,7
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo
2,1 7,5 4,8 6,3 0,5 1,5 1,6 1,0 1,1 1,8
XIII.Doençassist osteomuscular e tec conjuntivo
- 1,5 1,4 2,4 1,8 2,7 3,1 2,1 2,3 2,5
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
137
Capítulo CID Menor
01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64
65 e mais
60 e mais
Total
XIV. Doenças do aparelho geniturinário
2,1 2,0 6,5 5,4 4,0 5,9 5,6 6,7 6,4 5,6
XV. Gravidez parto e puerpério - - - 5,4 57,7 34,9 0,1 0,1 0,1 23,7
XVI. Algumas afec originadas no período perinatal
41,6 - - - 0,3 0,2 0,1 0,1 0,1 1,7
XVII.Malfcongdeformid e anomalias cromossômicas
7,6 5,7 4,0 3,3 1,0 0,6 0,5 0,5 0,8 1,2
XVIII.Sint sinais e achadanormexclín e laborat
- - 0,3 - 1,3 0,8 2,5 1,5 1,6 1,0
XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas
1,4 5,5 11,1 14,2 12,3 10,7 7,1 7,3 7,0 9,6
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade
- - - - - 0,0 0,1 0,1 0,1 0,0
XXI. Contatos com serviços de saúde
1,8 9,0 12,8 13,3 1,3 1,2 0,2 0,3 0,2 1,9
CID 10ª Revisão não disponível ou não preenchido
- - - - - - - - - -
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: SIH/SUS. Situação da base de dados nacional em 03/05/2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
138
Tabela 75: Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa Etária –2009 – Palhoça.
Capítulo CID Menor
01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64
65 e mais
60 e mais
Total
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias
6,6 7,1 3,1 2,7 2,4 3,5 2,6 3,3 3,2 3,5
II. Neoplasias (tumores) 0,9 1,7 5,4 5,1 1,6 4,9 11,8 7,7 9,9 5,5
III. Doenças sangue órgãos hemat e transtimunitár
1,7 1,4 0,4 0,3 0,6 0,2 0,6 1,2 1,0 0,5
IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas
2,3 3,0 0,8 1,4 0,3 1,2 3,1 3,5 3,5 1,7
V. Transtornos mentais e comportamentais
- - - - 2,2 7,4 4,1 0,5 0,8 4,9
VI. Doenças do sistema nervoso 0,3 2,4 1,2 4,1 0,4 1,8 3,3 4,3 4,3 2,1
VII. Doenças do olho e anexos 1,4 0,7 1,2 1,0 0,4 0,5 1,7 0,7 1,2 0,8
VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide
- 2,4 0,4 4,1 0,3 0,2 0,4 - - 0,4
IX. Doenças do aparelho circulatório
- 0,3 - - 1,9 6,5 29,5 32,4 31,9 10,5
X. Doenças do aparelho respiratório
29,5 43,2 30,7 17,3 3,0 5,3 12,0 20,2 18,9 10,8
XI. Doenças do aparelho digestivo 3,7 10,8 16,3 18,0 4,5 8,9 9,7 10,5 9,3 9,2
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo
1,4 4,1 2,7 3,4 0,6 1,0 1,4 0,6 0,6 1,3
XIII.Doençassist osteomuscular e tec conjuntivo
0,6 1,7 4,3 4,1 1,3 2,3 3,2 1,7 2,0 2,3
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
139
Capítulo CID Menor
01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64
65 e mais
60 e mais
Total
XIV. Doenças do aparelho geniturinário
1,7 2,0 5,8 4,1 3,7 6,9 5,9 4,8 4,7 5,8
XV. Gravidez parto e puerpério - - - 4,8 59,5 33,9 0,1 - - 24,1
XVI. Algumas afec originadas no período perinatal
42,7 - - - - 0,3 0,1 0,2 0,3 1,9
XVII.Malfcongdeformid e anomalias cromossômicas
4,0 5,4 5,1 4,8 1,3 0,7 0,4 0,9 0,6 1,3
XVIII.Sint sinais e achadanormexclín e laborat
0,3 - 0,8 0,3 1,0 1,2 2,5 0,9 1,8 1,2
XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas
1,7 7,8 11,3 11,6 13,4 12,2 7,5 6,6 6,0 10,6
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade
- - - - - - - - - -
XXI. Contatos com serviços de saúde
1,1 6,1 10,5 12,9 1,3 1,2 0,2 - 0,1 1,8
CID 10ª Revisão não disponível ou não preenchido
- - - - - - - - - -
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: SIH/SUS. Situação da base de dados nacional em 03/05/2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
140
Tabela 76: Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa Etária –2009 – Florianópolis.
Capítulo CID Menor
01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64
65 e mais
60 e mais
Total
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias
3,5 6,7 4,8 6,0 1,9 5,7 4,0 5,6 4,9 5,1
II. Neoplasias (tumores) 1,0 5,7 4,2 7,6 2,3 5,9 13,2 11,7 12,2 7,0
III. Doenças sangue órgãos hemat e transtimunitár
0,8 0,8 0,8 0,3 0,2 0,5 0,8 1,3 1,2 0,6
IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas
1,3 0,9 1,1 0,9 1,2 0,9 1,7 1,9 1,7 1,2
V. Transtornos mentais e comportamentais
- - - 0,1 1,9 6,3 1,8 0,3 0,5 3,8
VI. Doenças do sistema nervoso 1,3 1,3 0,9 2,4 1,1 1,9 3,1 2,4 2,8 2,0
VII. Doenças do olho e anexos 0,3 1,1 1,4 0,9 0,2 0,4 0,9 1,0 0,8 0,6
VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide
0,8 2,8 2,1 2,0 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,4
IX. Doenças do aparelho circulatório
0,1 0,7 0,5 1,6 2,1 6,5 30,7 29,2 29,7 10,9
X. Doenças do aparelho respiratório
28,1 37,4 18,6 12,6 3,5 4,0 9,0 15,9 14,4 9,0
XI. Doenças do aparelho digestivo 3,8 10,3 16,7 17,3 4,5 7,8 12,4 8,0 8,8 8,8
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo
2,7 6,1 6,0 4,7 1,6 1,4 1,2 1,2 1,3 1,9
XIII.Doençassist osteomuscular e tec conjuntivo
0,5 2,2 1,7 3,9 1,6 2,3 3,3 2,5 2,5 2,4
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
141
Capítulo CID Menor
01 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64
65 e mais
60 e mais
Total
XIV. Doenças do aparelho geniturinário
4,3 4,7 5,4 7,4 2,4 5,1 6,4 8,0 8,1 5,4
XV. Gravidez parto e puerpério - - - 5,8 61,8 35,5 - - - 23,8
XVI. Algumas afec originadas no período perinatal
41,8 - - - 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 1,8
XVII.Malfcongdeformid e anomalias cromossômicas
5,6 7,9 5,0 4,3 1,7 0,9 0,7 0,4 0,4 1,6
XVIII.Sint sinais e achadanormexclín e laborat
0,3 0,4 0,5 0,1 0,6 1,1 1,3 1,9 2,0 1,1
XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas
1,2 5,8 12,2 9,4 9,9 10,8 8,1 7,9 7,7 9,5
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade
- - - - - 0,0 0,1 0,1 0,1 0,0
XXI. Contatos com serviços de saúde
2,7 5,4 18,3 12,8 1,3 2,8 1,4 0,2 0,5 3,2
CID 10ª Revisão não disponível ou não preenchido
- - - - - - - - - -
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: SIH/SUS. Situação da base de dados nacional em 03/05/2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
142
Pelo Sistema Único de Saúde – SUS, instituído pela Constituição da República de
1988, existem atualmente duas estratégias do governo federal para implementação da
atenção básica, prevenção de doenças e reabilitação da população: O Programa de
Agentes Comunitários de Saúde – PACS e o Programa de Saúde da Família – PSF.
Ambos tem como perspectiva a ampliação do acesso e a extensão da cobertura por
serviços de saúde, dentro dos princípios de racionalidade técnica e econômica, de
integralidade e humanização do atendimento, de participação popular em saúde e de
co-responsabilidade entre os profissionais de saúde e a população.
As Tabelas seguintes (Tabela 77 a Tabela 81) trazem informações sobre o grau de
atendimento em atenção básica, alcançado por ambos os programas em cada um dos
municípios da AID do empreendimento.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
143
Tabela 77: Indicadores de Atenção Básica em Governador Celso Ramos.
Indicadores da Atenção Básica
Ano Modelo
de Atenção
População coberta
(1)
% população
coberta pelo programa
Média mensal de visitas por
família (2)
% de crianças c/ esq.vacinal
básico em dia (2)
% de crianças c/aleit.
materno exclusivo (2)
% de cobertura de consultas de
pré-natal (2)
Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)
Prevalência de
desnutrição
(4)
Taxa hospitalização por pneumonia
(5)
Taxa hospitalização
por desidratação (5)
2004
PACS - - - - - - - - - -
PSF 12.301 99,2 0,07 98,8 60,9 96,3 - 2,7 1,4 -
Outros - - - - - - - - - -
Total 12.301 99,2 0,07 98,8 60,9 96,3 - 2,7 1,4 -
2005
PACS - - - - - - - - - -
PSF 12.315 96,0 0,08 99,2 70,9 94,2 - 0,7 1,5 1,5
Outros - - - - - - - - - -
Total 12.315 96,0 0,08 99,2 70,9 94,2 - 0,7 1,5 1,5
2006
PACS - - - - - - - - - -
PSF 12.716 97,4 0,08 98,5 71,0 94,2 - 2,6 2,6 2,6
Outros - - - - - - - - - -
Total 12.716 97,4 0,08 98,5 71,0 94,2 - 2,6 2,6 2,6
2007
PACS - - - - - - - - - -
PSF 12.978 97,8 0,08 99,3 76,3 93,3 - 1,0 - 1,4
Outros - - - - - - - - - -
Total 12.978 97,8 0,08 99,3 76,3 93,3 - 1,0 - 1,4
2008 PACS - - - - - - - - - -
PSF 12.921 102,5 0,08 99,8 74,9 94,4 - 0,7 1,5 -
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
144
Indicadores da Atenção Básica
Ano Modelo
de Atenção
População coberta
(1)
% população
coberta pelo programa
Média mensal de visitas por
família (2)
% de crianças c/ esq.vacinal
básico em dia (2)
% de crianças c/aleit.
materno exclusivo (2)
% de cobertura de consultas de
pré-natal (2)
Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)
Prevalência de
desnutrição
(4)
Taxa hospitalização por pneumonia
(5)
Taxa hospitalização
por desidratação (5)
Outros - - - - - - - - - -
Total 12.921 102,5 0,08 99,8 74,9 94,4 - 0,7 1,5 -
2009
PACS - - - - - - - - - -
PSF 13.396 105,5 0,07 99,5 73,5 96,1 - 0,3 1,5 -
Outros - - - - - - - - - -
Total 13.396 105,5 0,07 99,5 73,5 96,1 - 0,3 1,5 -
Tabela 78: Indicadores de Atenção Básica em Biguaçu.
Indicadores da Atenção Básica
Ano Modelo
de Atenção
População coberta
(1)
% população
coberta pelo programa
Média mensal de visitas por
família (2)
% de crianças c/ esq.vacinal
básico em dia (2)
% de crianças c/aleit.
materno exclusivo (2)
% de cobertura de consultas de
pré-natal (2)
Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)
Prevalência de
desnutrição
(4)
Taxa hospitalização por pneumonia
(5)
Taxa hospitalização
por desidratação (5)
2004
PACS 9.705 18,1 - - - - - - - -
PSF 43.264 80,5 0,09 97,7 72,3 96,8 2,2 0,8 7,7 1,1
Outros - - - - - - - - - -
Total 52.969 98,5 0,09 97,7 72,3 96,8 2,2 0,8 7,1 1,0
2005
PACS 7.638 13,4 - - - - - - - -
PSF 45.443 79,9 0,09 97,8 78,1 96,6 7,9 0,7 5,3 2,3
Outros - - - - - - - - - -
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
145
Indicadores da Atenção Básica
Ano Modelo
de Atenção
População coberta
(1)
% população
coberta pelo programa
Média mensal de visitas por
família (2)
% de crianças c/ esq.vacinal
básico em dia (2)
% de crianças c/aleit.
materno exclusivo (2)
% de cobertura de consultas de
pré-natal (2)
Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)
Prevalência de
desnutrição
(4)
Taxa hospitalização por pneumonia
(5)
Taxa hospitalização
por desidratação (5)
Total 53.081 93,4 0,09 97,8 78,1 96,6 7,9 0,7 5,1 2,3
2006
PACS 5.745 9,8 - - - - - - - -
PSF 47.808 81,8 0,08 95,4 80,0 95,9 11,7 0,6 5,0 5,0
Outros - - - - - - - - - -
Total 53.553 91,6 0,08 95,4 80,0 95,9 11,7 0,6 5,0 5,0
2007
PACS - - - - - - - - - -
PSF 54.536 90,9 0,06 93,1 80,2 95,8 6,3 0,4 6,1 0,6
Outros - - - - - - - - - -
Total 54.536 90,9 0,06 93,1 80,2 95,8 6,3 0,4 6,1 0,6
2008
PACS - - - - - - - - - -
PSF 56.887 102,2 0,07 91,7 80,4 94,6 - 0,3 9,7 5,5
Outros - - - - - - - - - -
Total 56.887 102,2 0,07 91,7 80,4 94,6 - 0,3 9,7 5,5
2009
PACS - - - - - - - - - -
PSF 58.268 103,3 0,07 95,4 81,1 94,6 - 0,4 4,4 0,6
Outros - - - - - - - - - -
Total 58.268 103,3 0,07 95,4 81,1 94,6 - 0,4 4,4 0,6
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
146
Tabela 79:Indicadores de Atenção Básica em São José.
Indicadores da Atenção Básica
Ano Modelo
de Atenção
População coberta
(1)
% população
coberta pelo programa
Média mensal de visitas por
família (2)
% de crianças c/ esq.vacinal
básico em dia (2)
% de crianças c/aleit.
materno exclusivo (2)
% de cobertura de consultas de
pré-natal (2)
Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)
Prevalência de
desnutrição
(4)
Taxa hospitalização por pneumonia
(5)
Taxa hospitalização
por desidratação (5)
2004
PACS - - - - - - - - - -
PSF 137.106 72,7 0,08 93,0 78,5 93,0 0,6 5,1 10,6 1,7
Outros - - - - - - - - - -
Total 137.106 72,7 0,08 93,0 78,5 93,0 0,6 5,1 10,6 1,7
2005
PACS - - - - - - - - - -
PSF 144.766 73,5 0,07 93,8 78,6 91,8 0,7 3,6 24,1 14,0
Outros - - - - - - - - - -
Total 144.766 73,5 0,07 93,8 78,6 91,8 0,7 3,6 24,1 14,0
2006
PACS - - - - - - - - - -
PSF 151.043 75,1 0,06 92,9 74,9 90,9 - 3,1 15,0 6,1
Outros - - - - - - - - - -
Total 151.043 75,1 0,06 92,9 74,9 90,9 - 3,1 15,0 6,1
2007
PACS - - - - - - - - - -
PSF 156.850 76,4 0,06 91,8 76,3 91,1 - 2,0 10,6 3,0
Outros - - - - - - - - - -
Total 156.850 76,4 0,06 91,8 76,3 91,1 - 2,0 10,6 3,0
2008 PACS - - - - - - - - - -
PSF 164.573 82,6 0,05 92,1 76,2 89,6 0,6 0,5 13,6 1,2
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
147
Indicadores da Atenção Básica
Ano Modelo
de Atenção
População coberta
(1)
% população
coberta pelo programa
Média mensal de visitas por
família (2)
% de crianças c/ esq.vacinal
básico em dia (2)
% de crianças c/aleit.
materno exclusivo (2)
% de cobertura de consultas de
pré-natal (2)
Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)
Prevalência de
desnutrição
(4)
Taxa hospitalização por pneumonia
(5)
Taxa hospitalização
por desidratação (5)
Outros - - - - - - - - - -
Total 164.573 82,6 0,05 92,1 76,2 89,6 0,6 0,5 13,6 1,2
2009
PACS - - - - - - - - - -
PSF 168.657 83,6 0,06 91,4 75,9 92,5 - 0,3 12,7 0,3
Outros - - - - - - - - - -
Total 168.657 83,6 0,06 91,4 75,9 92,5 - 0,3 12,7 0,3
Tabela 80:Indicadores de Atenção Básica em Palhoça. Indicadores da Atenção Básica
Ano Modelo
de Atenção
População coberta
(1)
% população
coberta pelo programa
Média mensal de visitas por
família (2)
% de crianças c/ esq.vacinal
básico em dia (2)
% de crianças c/aleit.
materno exclusivo (2)
% de cobertura de consultas de
pré-natal (2)
Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)
Prevalência de
desnutrição
(4)
Taxa hospitalização por pneumonia
(5)
Taxa hospitalização
por desidratação (5)
2004
PACS 43.305 37,1 0,07 96,8 83,1 87,6 10,0 1,5 12,2 9,7
PSF 56.602 48,5 0,07 93,0 80,9 83,4 5,6 1,0 11,6 2,8
Outros - - - - - - - - - -
Total 99.907 85,6 0,07 94,3 81,6 84,7 7,2 1,2 11,9 5,7
2005
PACS 40.040 32,2 0,07 98,0 85,7 89,0 9,1 1,2 5,6 2,2
PSF 67.383 54,2 0,07 94,1 85,4 86,1 9,5 0,8 10,3 2,9
Outros - - - - - - - - - -
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
148
Indicadores da Atenção Básica
Ano Modelo
de Atenção
População coberta
(1)
% população
coberta pelo programa
Média mensal de visitas por
família (2)
% de crianças c/ esq.vacinal
básico em dia (2)
% de crianças c/aleit.
materno exclusivo (2)
% de cobertura de consultas de
pré-natal (2)
Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)
Prevalência de
desnutrição
(4)
Taxa hospitalização por pneumonia
(5)
Taxa hospitalização
por desidratação (5)
Total 107.423 86,5 0,07 95,4 85,5 86,8 9,4 0,9 8,8 2,7
2006
PACS 37.418 29,2 0,08 98,8 80,3 84,2 - 1,7 12,1 5,1
PSF 77.465 60,5 0,07 94,4 77,3 87,9 4,1 0,7 20,1 5,7
Outros - - - - - - - - - -
Total 114.883 89,7 0,07 95,4 77,9 87,3 3,4 0,9 18,4 5,5
2007
PACS 35.862 27,2 0,07 93,9 67,0 84,9 - 1,1 33,1 28,6
PSF 82.200 62,3 0,07 95,7 74,1 90,6 3,3 1,2 7,5 2,3
Outros - - - - - - - - - -
Total 118.062 89,5 0,07 95,3 73,1 89,8 2,9 1,2 12,1 7,0
2008
PACS 38.703 30,2 0,06 84,1 65,9 90,9 - 0,1 7,9 -
PSF 89.215 69,5 0,07 94,9 80,4 90,2 5,2 1,4 13,5 5,6
Outros - - - - - - - - - -
Total 127.918 99,7 0,06 93,6 78,6 90,3 4,5 1,3 12,3 4,5
2009
PACS 38.778 29,6 0,06 89,7 66,7 96,2 - 0,8 3,7 -
PSF 90.816 69,4 0,07 95,7 77,7 88,2 - 1,8 7,8 2,1
Outros - - - - - - - - - -
Total 129.594 99,0 0,07 95,2 76,9 88,8 - 1,7 7,1 1,7
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
149
Tabela 81:Indicadores de Atenção Básica em Florianópolis.
Indicadores da Atenção Básica
Ano Modelo
de Atenção
População
coberta (1)
% população
coberta pelo programa
Média mensal de visitas por família (2)
% de crianças c/ esq.vacinal
básico em dia (2)
% de crianças c/aleit. materno
exclusivo (2)
% de cobertura de consultas de
pré-natal (2)
Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)
Prevalência de
desnutrição
(4)
Taxa hospitalização por pneumonia
(5)
Taxa hospitalização
por desidratação (5)
2004
PACS 36.392 9,6 0,06 97,6 78,8 95,4 - 1,4 4,1 1,7
PSF 75.984 20,1 0,06 97,8 80,0 94,9 1,2 2,8 17,3 6,5
Outros - - - - - - - - - -
Total 112.37
6 29,8 0,06 97,8 79,7 95,0 0,9 2,5 14,2 5,4
2005
PACS 26.004 6,6 0,06 98,9 82,8 95,1 - 0,9 8,3 7,1
PSF 116.23
2 29,3 0,06 97,9 80,5 94,0 2,8 2,6 19,8 5,7
Outros - - - - - - - - - -
Total 142.23
6 35,8 0,06 98,1 80,8 94,2 2,3 2,2 18,3 5,9
2006
PACS 25.958 6,4 0,06 99,4 82,0 95,7 - 1,6 11,7 2,2
PSF 135.63
9 33,4 0,06 98,1 80,8 93,2 2,9 2,1 17,1 2,8
Outros - - - - - - - - - -
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
150
Indicadores da Atenção Básica
Ano Modelo
de Atenção
População
coberta (1)
% população
coberta pelo programa
Média mensal de visitas por família (2)
% de crianças c/ esq.vacinal
básico em dia (2)
% de crianças c/aleit. materno
exclusivo (2)
% de cobertura de consultas de
pré-natal (2)
Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)
Prevalência de
desnutrição
(4)
Taxa hospitalização por pneumonia
(5)
Taxa hospitalização
por desidratação (5)
Total 161.59
7 39,7 0,06 98,2 80,9 93,4 2,5 2,1 16,4 2,8
2007
PACS 34.504 8,3 0,05 99,3 83,2 96,6 - 1,2 2,5 0,8
PSF 270.02
2 64,9 0,06 97,5 78,6 92,3 1,6 1,8 10,9 2,1
Outros - - - - - - - - - -
Total 304.52
6 73,2 0,06 97,6 78,9 92,5 1,5 1,7 10,2 2,0
2008
PACS 38.862 9,7 0,03 99,8 82,4 97,8 - 0,2 - -
PSF 291.69
8 72,5 0,06 97,9 79,5 92,8 2,4 1,3 10,6 2,1
Outros - - - - - - - - - -
Total 330.56
0 82,2 0,06 98,0 79,6 92,9 2,2 1,2 9,7 2,0
2009 PACS 44.450 10,9 0,03 96,8 86,5 98,3 - 0,4 - -
PSF 288.68 70,7 0,06 98,2 79,9 93,8 0,9 0,9 9,9 1,1
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
151
Indicadores da Atenção Básica
Ano Modelo
de Atenção
População
coberta (1)
% população
coberta pelo programa
Média mensal de visitas por família (2)
% de crianças c/ esq.vacinal
básico em dia (2)
% de crianças c/aleit. materno
exclusivo (2)
% de cobertura de consultas de
pré-natal (2)
Taxa mortalidade infantil por diarréia (3)
Prevalência de
desnutrição
(4)
Taxa hospitalização por pneumonia
(5)
Taxa hospitalização
por desidratação (5)
7
Outros - - - - - - - - - -
Total 333.13
7 81,6 0,05 98,1 80,2 94,0 0,9 0,9 9,0 1,0
Fonte das Tabelas 63 a 66: SIAB. Situação da base de dados nacionNotas: (1): Situação no final do ano (2): Como numeradores e denominadores, foi utilizada a média mensal dos mesmos.(3): por 1.000 nascidos vivos (4): em menores de 2 anos, por 100
(5): em menores de 5 anos, por 1000; menores de 5 anos na situação do final do ano
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
152
Também foram averiguados os investimentos públicos financeiros na área de saúde
em todos os municípios da Área de Influência Direta – AID do empreendimento, o que
pode ser constatado nas tabelas que se seguem. Observa-se que o total de recursos
financeiros vem evoluindo, embora de maneira geral a população se queixe da
qualidade e da suficiência do atendimento, como ocorre em diversas regiões
brasileiras.
Os dados disponíveis no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em
Saúde – SIOPS são referentes ao período de 2006 a 2009 e se encontram listados
nas Tabelas abaixo (Tabela 82aTabela 86).
Tabela 82:Orçamento Público em Saúde no Município de Governador Celso Ramos.
Dados e Indicadores 2006 2007 2008 2009
Despesa total com saúde por habitante (R$)
175,28 243,78 310,60 346,53
Despesa com recursos próprios por habitante
94,23 181,13 239,23 177,94
Transferências SUS por habitante 62,29 67,07 83,24 87,72
% despesa com pessoal/despesa total
65,9 61,1 62,4 67,6
% despesa com investimentos/despesa total
7,0 1,5 8,9 2,2
% transferências SUS/despesa total com saúde
35,5 27,5 26,8 25,3
% de recursos próprios aplicados em saúde (EC 29)
15,7 23,8 23,4 17,7
% despesa com serv. terceiros - pessoa jurídica /despesa total
9,2 7,7 10,5 5,5
Despesa total com saúde 2.287.971,77 2.967.988,61 3.916.917,92 4.402.293,58
Despesa com recursos próprios 1.229.983,84 2.205.278,38 3.016.946,30 2.260.553,56
Receita de impostos e transferências constitucionais legais
7.858.871,51 9.275.983,78 12.871.780,98 12.795.060,18
Transferências SUS 813.075,42 816.593,14 1.049.712,27 1.114.427,19
Despesa com pessoal 1.507.751,62 1.813.500,40 2.445.880,64 2.975.999,60
Fonte: SIOPS.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
153
Tabela 83:Orçamento Público em Saúde no Município de Biguaçu.
Dados e Indicadores 2006 2007 2008 2009
Despesa total com saúde por habitante (R$) 143,27 223,57 278,71 327,13
Despesa com recursos próprios por habitante 97,65 161,96 214,99 205,72
Transferências SUS por habitante 51,28 61,59 63,81 88,23
% despesa com pessoal/despesa total 72,8 68,4 70,5 63,1
% despesa com investimentos/despesa total 6,0 9,3 8,3 15,1
% transferências SUS/despesa total com saúde 35,8 27,6 22,9 27,0
% de recursos próprios aplicados em saúde (EC 29) 15,0 19,3 22,7 22,3
% despesa com serv. terceiros - pessoa jurídica /despesa total 8,2 8,8 8,0 7,8
Despesa total com saúde 8.372.128,2611.948.714,4
1 15.514.408,8
4 18.448.293,1
8
Despesa com recursos próprios 5.706.163,44 8.655.901,0911.967.642,8
8 11.601.508,5
7
Receita de impostos e transferências constitucionais legais
37.964.248,44
44.772.602,20
52.715.404,78
52.134.365,14
Transferências SUS 2.996.521,48 3.291.686,93 3.551.765,96 4.975.934,70
Despesa com pessoal 6.094.750,51 8.168.610,8010.929.147,5
4 11.643.905,2
4
Fonte: SIOPS.
Tabela 84:Orçamento Público em Saúde no Município de São José.
Dados e Indicadores 2006 2007 2008 2009
Despesa total com saúde por habitante (R$)
131,56 153,91 166,98 177,60
Despesa com recursos próprios por habitante
85,05 101,92 110,99 125,47
Transferências SUS por habitante 43,96 49,00 48,60 59,34
% despesa com pessoal/despesa total
67,0 49,4 68,8 68,7
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
154
Dados e Indicadores 2006 2007 2008 2009
% despesa com investimentos/despesa total
4,9 9,4 3,7 1,7
% transferências SUS/despesa total com saúde
33,4 31,8 29,1 33,4
% de recursos próprios aplicados em saúde (EC 29)
16,3 16,5 15,1 16,1
% despesa com serv. terceiros - pessoa jurídica /despesa total
11,4 11,7 9,2 9,8
Despesa total com saúde 26.456.696,27 30.303.490,18 33.276.445,46 35.831.059,57
Despesa com recursos próprios 17.104.214,92 20.067.593,05 22.118.813,27 25.313.948,89
Receita de impostos e transferências constitucionais legais
104.898.359,81 121.427.535,57 146.802.668,04 157.191.631,56
Transferências SUS 8.841.096,80 9.648.421,38 9.684.085,71 11.970.882,07
Despesa com pessoal 17.730.341,40 14.959.794,08 22.881.570,80 24.627.099,02
Fonte: SIOPS.
Tabela 85:Orçamento Público em Saúde no Município de Palhoça.
Dados e Indicadores 2006 2007 2008 2009
Despesa total com saúde por habitante (R$)
106,35 118,35 132,31 153,30
Despesa com recursos próprios por habitante
60,31 60,60 75,61 90,52
Transferências SUS por habitante 48,76 49,03 54,85 69,95
% despesa com pessoal/despesa total
70,8 73,2 69,8 67,5
% despesa com investimentos/despesa total
6,4 3,7 3,7 6,6
% transferências SUS/despesa total com saúde
45,9 41,4 41,5 45,6
% de recursos próprios aplicados em saúde (EC 29)
18,9 15,2 16,0 18,2
% despesa com serv. terceiros - pessoa jurídica /despesa total
9,4 8,7 9,6 9,9
Despesa total com saúde 13.624.011,96 14.494.177,5016.982.779,7
2 20.063.254,0
1
Despesa com recursos próprios 7.726.361,88 7.421.340,52 9.705.003,68 11.846.987,1
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
155
Dados e Indicadores 2006 2007 2008 2009
7
Receita de impostos e transferências constitucionais legais
40.838.498,12 48.845.667,7060.733.195,4
9 65.236.874,5
6
Transferências SUS 6.246.092,85 6.005.036,32 7.040.948,80 9.154.485,25
Despesa com pessoal 9.639.515,15 10.607.761,2811.858.009,2
4 13.546.292,4
7
Fonte: SIOPS.
Tabela 86:Orçamento Público em Saúde no Município de Florianópolis.
Dados e Indicadores 2006 2007 2008 2009
Despesa total com saúde por habitante (R$)
181,85 216,28 298,97 365,05
Despesa com recursos próprios por habitante
128,50 164,70 204,26 231,74
Transferências SUS por habitante 55,63 53,82 74,01 112,22
% despesa com pessoal/despesa total
58,3 57,7 58,3 66,2
% despesa com investimentos/despesa total
3,1 5,9 8,6 3,2
% transferências SUS/despesa total com saúde
30,6 24,9 24,8 30,7
% de recursos próprios aplicados em saúde (EC 29)
15,5 16,7 17,9 18,6
% despesa com serv. terceiros - pessoa jurídica /despesa total
19,7 23,2 17,7 15,7
Despesa total com saúde 73.934.334,41 85.803.777,82120.287.420,5
6 148.998.776,7
9
Despesa com recursos próprios 52.244.369,38 65.341.555,77 82.182.110,87 94.588.623,97
Receita de impostos e transferências constitucionais
legais
338.214.510,83
391.670.635,48
460.358.534,81
509.006.375,13
Transferências SUS 22.615.599,93 21.353.324,01 29.779.637,15 45.802.977,40
Despesa com pessoal 43.089.051,10 49.492.081,91 70.150.796,99 98.623.247,20
Fonte: SIOPS.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
156
Por fim, apresenta-se a tabela de infraestrutura de saúde, isto é, equipamentos de
saúde, nos cinco municípios que compõem a AID do empreendimento, isto é,
Governador Celso Ramos, Biguaçu, São José, Palhoça e Florianópolis.
De acordo com a recomendação da Organização Mundial de Saúde-OMS, o ideal é
que estejam disponíveis pelo menos 08 leitos/1.000 habitantes. Em Biguaçu, segundo
os dados disponíveis no Banco de Dados do SUS (DATASUS), não existem leitos de
internação disponíveis para a população. Em São José são apenas 4,7 leitos por 1.000
habitantes no total, apenas 4,3 são disponibilizados pelo SUS. Em Palhoça, não se tem
leitos de internação pelo SUS, e o total contando outras redes é de apenas 0,3 leitos
por 1.000 habitantes. Até na capital, Florianópolis, a situação de leitos disponíveis para
internação é bastante precária. Pelos dados disponíveis, referentes ao ano de 2010,
são 3,9 leitos por 1.000 habitantes na rede geral de Florianópolis, e apenas 2,9 pelo
SUS.
As Tabelas abaixo (Tabela 87aTabela 91) trazem o número de estabelecimentos de
saúde que atendem à população de cada município da AID, discriminados por tipo de
equipamento.
Tabela 87:Número de estabelecimentos por tipo de prestador segundo tipo de estabelecimento – Governador Celso Ramos (2009).
Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total
Central de Regulação de Serviços de Saude
- - - - -
Centro de Atenção Hemoterápica e ou Hematológica
- - - - -
Centro de Atenção Psicossocial - - - - -
Centro de Apoio a Saúde da Família - - - - -
Centro de Parto Normal - - - - -
Centro de Saude/Unidade Básica de Saúde
4 - - - 4
Clinica Especializada/Ambulatório Especializado
- - - - -
Consultório Isolado - - - - -
Cooperativa - - - - -
Farmácia Medic Excepcional e Prog Farmácia Popular
- - - - -
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
157
Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total
Hospital Dia - - - - -
Hospital Especializado - - - - -
Hospital Geral - - - - -
Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN
- - - - -
Policlínica - - - - -
Posto de Saúde 3 - - - 3
Pronto Socorro Especializado - - - - -
Pronto Socorro Geral - - - - -
Secretaria de Saúde 1 - - - 1
Unid Mista - atend 24h: atenção básica, intern/urg
- - - - -
Unidade de Atenção à Saúde Indígena
- - - - -
Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia
- - 1 - 1
Unidade de Vigilância em Saúde - - - - -
Unidade Móvel Fluvial - - - - -
Unidade Móvel Pré Hospitalar - Urgência/Emergência
- - - - -
Unidade Móvel Terrestre - - - - -
Tipo de estabelecimento não informado
- - - - -
Total 8 - 1 - 9
Fonte: CNES. Situação da Base de Dados Nacional em 10/04/2010.
Nota: Número total de estabelecimentos, prestando ou não serviços ao SUS.
Tabela 88:Número de estabelecimentos por tipo de prestador segundo tipo de estabelecimento – Biguaçu (2009).
Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total
Central de Regulação de Serviços de Saude
- - - - -
Centro de Atenção Hemoterápica e ou Hematológica
- - - - -
Centro de Atenção Psicossocial - - - - -
Centro de Apoio a Saúde da Família - - - - -
Centro de Parto Normal - - - -
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
158
Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total
Centro de Saúde/Unidade Básica de Saúde
10 - - 10
Clinica Especializada/Ambulatório Especializado
2 - 2 - 4
Consultório Isolado - - 6 - 6
Cooperativa - - - - -
Farmácia Medic Excepcional e Prog Farmácia Popular
- - - - -
Hospital Dia - - - - -
Hospital Especializado - - - - -
Hospital Geral - - - - -
Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN
- - - - -
Policlínica - - 1 - 1
Posto de Saúde 5 - - - 5
Pronto Socorro Especializado - - - - -
Pronto Socorro Geral 1 - - - 1
Secretaria de Saúde 1 - - - 1
Unid Mista - atend 24h: atenção básica, intern/urg
- - - - -
Unidade de Atenção à Saúde Indígena
- - - - -
Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia
- - 2 - 2
Unidade de Vigilância em Saúde - - - - -
Unidade Móvel Fluvial - - - - -
Unidade Móvel Pré Hospitalar - Urgência/Emergência
1 - - - 1
Unidade Móvel Terrestre - - - - -
Tipo de estabelecimento não informado
- - - - -
Total 20 - 11 - 31
Fonte: CNES. Situação da Base de Dados Nacional em 10/04/2010
Nota: Número total de estabelecimentos, prestando ou não serviços ao SUS.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
159
Tabela 89:Número de estabelecimentos por tipo de prestador segundo tipo de estabelecimento – São José (2009)
Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total
Central de Regulação de Serviços de Saúde
1 - - - 1
Centro de Atenção Hemoterápica e ou Hematológica
- - - - -
Centro de Atenção Psicossocial - - - - -
Centro de Apoio a Saúde da Família - - - - -
Centro de Parto Normal - - - - -
Centro de Saude/Unidade Básica de Saúde
19 - 1 - 20
Clinica Especializada/Ambulatório Especializado
2 - 23 - 25
Consultório Isolado 2 - 40 - 42
Cooperativa - - - - -
Farmácia Medic Excepcional e Prog Farmácia Popular
- - - - -
Hospital Dia - - - - -
Hospital Especializado 3 - 1 - 4
Hospital Geral 1 - 1 - 2
Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN
- - - - -
Policlínica 1 - 3 - 4
Posto de Saúde 3 - - - 3
Pronto Socorro Especializado - - - - -
Pronto Socorro Geral - - - - -
Secretaria de Saúde - - - - -
Unid Mista - atend 24h: atenção básica, intern/urg
- - - - -
Unidade de Atenção à Saúde Indígena - - - - -
Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia
- 1 16 - 17
Unidade de Vigilância em Saúde 2 - - - 2
Unidade Móvel Fluvial - - - - -
Unidade Móvel Pré Hospitalar - Urgência/Emergência
1 - 1 - 2
Unidade Móvel Terrestre 2 - - - 2
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
160
Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total
Tipo de estabelecimento não informado
- - - - -
Total 37 1 86 - 124
Fonte: CNES. Situação da Base de Dados Nacional em 10/04/2010
Nota: Número total de estabelecimentos, prestando ou não serviços ao SUS.
Tabela 90:Número de estabelecimentos por tipo de prestador segundo tipo de estabelecimento – Palhoça (2009)
Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total
Central de Regulação de Serviços de Saúde
- - - - -
Centro de Atenção Hemoterápica e ou Hematológica
- - - - -
Centro de Atenção Psicossocial 1 - - - 1
Centro de Apoio a Saúde da Família - - - - -
Centro de Parto Normal - - - - -
Centro de Saude/Unidade Básica de Saúde
19 - - - 19
Clinica Especializada/Ambulatório Especializado
2 - 6 - 8
Consultório Isolado - - 8 - 8
Cooperativa - - - - -
Farmácia Medic Excepcional e Prog Farmácia Popular
- - - - -
Hospital Dia - - - - -
Hospital Especializado - - - - -
Hospital Geral - - 2 - 2
Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN
- - - - -
Policlínica - - 1 - 1
Posto de Saúde - - - - -
Pronto Socorro Especializado - - - - -
Pronto Socorro Geral - - - - -
Secretaria de Saúde 1 - - - 1
Unid Mista - atend 24h: atenção básica, intern/urg
- - - - -
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
161
Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total
Unidade de Atenção à Saúde Indígena - - - - -
Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia
1 - 5 - 6
Unidade de Vigilância em Saúde - - - - -
Unidade Móvel Fluvial - - - - -
Unidade Móvel Pré Hospitalar - Urgência/Emergência
1 - - - 1
Unidade Móvel Terrestre - - - - -
Tipo de estabelecimento não informado
- - - - -
Total 25 - 22 - 47
Fonte: CNES. Situação da Base de Dados Nacional em 10/04/2010.
Nota: Número total de estabelecimentos, prestando ou não serviços ao SUS.
Tabela 91:Número de estabelecimentos por tipo de prestador segundo tipo de estabelecimento – Florianópolis (2009).
Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total
Central de Regulação de Serviços de Saude
7 - - - 7
Centro de Atenção Hemoterápica e ou Hematológica
- - - - -
Centro de Atenção Psicossocial 4 - - - 4
Centro de Apoio a Saúde da Família - - - - -
Centro de Parto Normal - - - - -
Centro de Saude/Unidade Básica de Saúde
48 - - - 48
Clinica Especializada/Ambulatório Especializado
3 1 227 - 231
Consultório Isolado - - 388 - 388
Cooperativa - - 1 - 1
Farmácia Medic Excepcional e Prog Farmácia Popular
3 1 - - 4
Hospital Dia - - 10 - 10
Hospital Especializado 1 1 6 - 8
Hospital Geral 5 - 5 - 10
Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN
1 - - - 1
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
162
Tipo de estabelecimento Público Filantropico Privado Sindicato Total
Policlínica 4 - 22 - 26
Posto de Saúde - - - - -
Pronto Socorro Especializado - - 4 - 4
Pronto Socorro Geral 2 - 2 - 4
Secretaria de Saúde 7 - - - 7
Unid Mista - atend 24h: atenção básica, intern/urg
- - - - -
Unidade de Atenção à Saúde Indígena - - - - -
Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia
3 - 79 - 82
Unidade de Vigilância em Saúde 3 - - - 3
Unidade Móvel Fluvial - - - - -
Unidade Móvel Pré Hospitalar - Urgência/Emergência
1 - - - 1
Unidade Móvel Terrestre 1 - - - 1
Tipo de estabelecimento não informado
- - - - -
Total 93 3 744 - 840
Fonte: CNES. Situação da Base de Dados Nacional em 10/04/2010.
Nota: Número total de estabelecimentos, prestando ou não serviços ao SUS.
A Figura 34 e Figura 35 ilustram um dos equipamentos públicos de saúde localizados
na Área de Influência Direta do empreendimento em projeto.
Figura 34: Exemplo de Unidade de Saúde na AID do empreendimento – São José.
Figura 35: Exemplo de Unidade de Saúde na AID do empreendimento – Hospital Regional de Biguaçu, em instalação.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
163
A desproporção observada entre o número de leitos de internação disponíveis à
população na AID não é verificada no que se refere ao número de médicos. A OMS
recomenda pelo menos 01 médico para cada 1.000 habitantes, e este parâmetro é
observado em todos os municípios da AID do empreendimento. Apenas em Palhoça,
deve-se observar que, embora a cidade conte com 2,2 médicos por 1.000 habitantes
no cômputo geral, apenas 05, médicos por 1.000 habitantes estão disponíveis pelo
Sistema Único de Saúde-SUS.
As Tabelas que se seguem, Tabela 92 a Tabela 96, referem-se à discriminação de
profissionais disponíveis na rede de saúde de cada município da AID. Nota-se que se
um profissional tiver vínculo com mais de um estabelecimento, ele será contado tantas
vezes quantos vínculos houver, segundo informado pelo Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde –CNES/DATASUS.
Tabela 92:Recursos Humanos (vínculos) segundo categorias selecionadas (2009) –Governador Celso Ramos.
Categoria Total Atende ao SUS
Não atende ao
SUS
Prof/1.000 hab
Prof SUS/1.000
hab
Médicos 8 8 - 0,6 0,6
.. Anestesista - - - - -
.. Cirurgião Geral - - - - -
.. Clínico Geral - - - - -
.. Gineco Obstetra 1 1 - 0,1 0,1
.. Médico de Família 6 6 - 0,5 0,5
.. Pediatra 1 1 - 0,1 0,1
.. Psiquiatra - - - - -
.. Radiologista - - - - -
Cirurgião dentista 13 13 - 1,0 1,0
Enfermeiro 11 11 - 0,9 0,9
Fisioterapeuta 2 2 - 0,2 0,2
Fonoaudiólogo - - - - -
Nutricionista - - - - -
Farmacêutico 3 2 1 0,2 0,2
Assistente social - - - - -
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
164
Categoria Total Atende Não Prof/1.000 Prof
Psicólogo - - - - -
Auxiliar de Enfermagem 6 6 - 0,5 0,5
Técnico de Enfermagem 7 7 - 0,6 0,6
Fonte: CNES – Situação da Base de Dados em 10/04/2010.
Tabela 93:Recursos Humanos (vínculos) segundo categorias selecionadas (2009) – Biguaçu.
Categoria Total Atende ao SUS
Não atende ao
SUS
Prof/1.000 hab
Prof SUS/1.000
hab
Médicos 95 60 35 1,7 1,1
.. Anestesista - - - - -
.. Cirurgião Geral 5 3 2 0,1 0,1
.. Clínico Geral 27 22 5 0,5 0,4
.. Gineco Obstetra 6 4 2 0,1 0,1
.. Médico de Família 14 14 - 0,2 0,2
.. Pediatra 7 4 3 0,1 0,1
.. Psiquiatra 1 1 - 0,0 0,0
.. Radiologista 4 2 2 0,1 0,0
Cirurgião dentista 55 45 10 1,0 0,8
Enfermeiro 27 27 - 0,5 0,5
Fisioterapeuta 7 6 1 0,1 0,1
Fonoaudiólogo 2 1 1 0,0 0,0
Nutricionista 1 1 - 0,0 0,0
Farmacêutico 8 8 - 0,1 0,1
Assistente social 1 1 - 0,0 0,0
Psicólogo 4 3 1 0,1 0,1
Auxiliar de Enfermagem 8 8 - 0,1 0,1
Técnico de Enfermagem 87 87 - 1,5 1,5
Fonte: CNES – Situação da Base de Dados em 10/04/2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
165
Tabela 94:Recursos Humanos (vínculos)segundo categorias selecionadas (2009) –São José
Categoria Total Atende ao SUS
Não atende ao
SUS
Prof/1.000 hab
Prof SUS/1.000
hab
Médicos 940 684 256 4,7 3,4
.. Anestesista 43 38 5 0,2 0,2
.. Cirurgião Geral 24 22 2 0,1 0,1
.. Clínico Geral 186 164 22 0,9 0,8
.. Gineco Obstetra 82 60 22 0,4 0,3
.. Médico de Família 34 34 - 0,2 0,2
.. Pediatra 84 54 30 0,4 0,3
.. Psiquiatra 81 64 17 0,4 0,3
.. Radiologista 30 14 16 0,1 0,1
Cirurgião dentista 117 57 60 0,6 0,3
Enfermeiro 133 133 - 0,7 0,7
Fisioterapeuta 32 22 10 0,2 0,1
Fonoaudiólogo 26 19 7 0,1 0,1
Nutricionista 12 7 5 0,1 0,0
Farmacêutico 37 32 5 0,2 0,2
Assistente social 26 26 - 0,1 0,1
Psicólogo 31 22 9 0,2 0,1
Auxiliar de Enfermagem 279 279 - 1,4 1,4
Técnico de Enfermagem 316 311 5 1,6 1,5
Fonte: CNES – Situação da Base de Dados em 10/04/2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
166
Tabela 95:Recursos Humanos (vínculos) segundo categorias selecionadas (2009) – Palhoça.
Categoria Total Atende ao SUS
Não atende ao
SUS
Prof/1.000 hab
Prof SUS/1.000
hab
Médicos 284 70 214 2,2 0,5
.. Anestesista 6 1 5 0,0 0,0
.. Cirurgião Geral 8 1 7 0,1 0,0
.. Clínico Geral 48 9 39 0,4 0,1
.. Gineco Obstetra 26 5 21 0,2 0,0
.. Médico de Família 29 28 1 0,2 0,2
.. Pediatra 19 5 14 0,1 0,0
.. Psiquiatra 5 2 3 0,0 0,0
.. Radiologista 18 7 11 0,1 0,1
Cirurgião dentista 49 28 21 0,4 0,2
Enfermeiro 39 39 - 0,3 0,3
Fisioterapeuta 2 1 1 0,0 0,0
Fonoaudiólogo 5 - 5 0,0 -
Nutricionista 5 2 3 0,0 0,0
Farmacêutico 19 11 8 0,1 0,1
Assistente social 5 5 - 0,0 0,0
Psicólogo 22 10 12 0,2 0,1
Auxiliar de Enfermagem 12 12 - 0,1 0,1
Técnico de Enfermagem 79 77 2 0,6 0,6
Fonte: CNES – Situação da Base de Dados em 10/04/2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
167
Tabela 96:Recursos Humanos (vínculos) segundo categorias selecionadas (2009) – Florianópolis
Categoria Total Atende ao SUS
Não atende ao
SUS
Prof/1.000 hab
Prof SUS/1.000
hab
Médicos 5.663 2.557 3.106 13,9 6,3
.. Anestesista 394 104 290 1,0 0,3
.. Cirurgião Geral 300 207 93 0,7 0,5
.. Clínico Geral 749 559 190 1,8 1,4
.. Gineco Obstetra 428 100 328 1,0 0,2
.. Médico de Família 93 93 - 0,2 0,2
.. Pediatra 373 218 155 0,9 0,5
.. Psiquiatra 108 35 73 0,3 0,1
.. Radiologista 268 104 164 0,7 0,3
Cirurgião dentista 697 187 510 1,7 0,5
Enfermeiro 576 529 47 1,4 1,3
Fisioterapeuta 234 71 163 0,6 0,2
Fonoaudiólogo 88 32 56 0,2 0,1
Nutricionista 92 55 37 0,2 0,1
Farmacêutico 304 222 82 0,7 0,5
Assistente social 62 56 6 0,2 0,1
Psicólogo 190 56 134 0,5 0,1
Auxiliar de Enfermagem 590 568 22 1,4 1,4
Técnico de Enfermagem 1.142 959 183 2,8 2,3
Fonte: CNES – Situação da Base de Dados em 10/04/2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
168
5.3.1.1.3. Transporte
Esta seção do Diagnóstico do Meio Socioeconômico do empreendimento de
implantação do Contorno, em atendimento ao TR do IBAMA, pretende elaborar uma
leitura crítica sobre a questão do transporte na AID do projeto.
Quer-se inicialmente ressaltar, que o termo “transporte”, conforme solicitado no TR, é
bastante genérico e dá margens a diversas abordagens analíticas. Entretanto,
considerando o tipo de empreendimento em estudo, considerou-se pertinente e mais
relevante para se avaliar os futuros impactos do contorno, abordar o transporte, tendo o
viés da mobilidade urbana como ênfase.
O próprio termo mobilidade urbana, vem sendo cada vez mais discutido nos meios
técnico e acadêmico, com diversas abordagens teóricas e empíricas. Entretanto, dada
à natureza objetiva de um EIA, optou-se aqui, pela adoção do termo conforme o
sentido dado à expressão pela Associação Nacional de Transportes Públicos – ANTP,
onde a mesma é considerada como o “resultado de um conjunto de políticas de
transporte e circulação que visam proporcionar o acesso amplo e democrático ao
espaço urbano, através da priorização dos modos de transporte coletivo e ativo de
maneira efetiva, socialmente inclusiva e ecologicamente sustentável” (ANTP, 2003). Ou
ainda, de forma bem clara pelo Ministério das Cidades, em seu texto do anteprojeto de
lei da Política Nacional de Mobilidade Urbana, onde a mesma resume-se à “facilidade
de deslocamento de pessoas e bens no espaço urbano”. A mobilidade deve se
apresentar com características de acesso, segurança, praticidade, qualidade e
economia.
Outra ressalva de natureza teórica que se quer apresentar é a necessidade de se
abordar a questão por uma perspectiva regional, pois, problemas de mobilidade
costumam ser regionais, especialmente em regiões metropolitanas, como é o caso do
objeto de estudo.
A discussão sobre mobilidade urbana na região metropolitana de Florianópolis vem
ganhando relevo nos meios acadêmicos e também na mídia nos últimos tempos. Há,
por exemplo, uma certa tendência à mobilização das autoridades locais se unirem em
prol de soluções compartilhadas, que terão efeito sobre todos os municípios envolvidos
na chamada Grande Florianópolis.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
169
Nestes debates vem ganhando destaque a discussão sobre diversos projetos que
poderiam afetar positivamente os problemas de mobilidade na região, como por
exemplo, a conclusão da duplicação BR-101 Sul, o resgate da rodovia PC-3 (Principal
Continental), planejada no final da década de 1960 e que supostamente resolveria
problemas de tráfego entre os municípios de Biguaçu, São José e Florianópolis e o
próprio projeto de implantação do Contorno de Florianópolis (ou Alça do Contorno
como vem sendo denominado pelos veículos de comunicação).
Aliás, destaca-se que, a melhoria da mobilidade urbana na área afetada pelo
empreendimento é uma das justificativas do projeto de implantação do Contorno.
Devido, portanto, ao caráter regional da questão da mobilidade urbana/transporte,
embora tenha-se feito todo o esforço de promover um exaustivo levantamento de
dados específicos sobre a situação em cada município componente da AID, a
abordagem principal é pela via da região metropolitana enquanto conjunto.
Acredita-se que a situação de transportes, leia-se mobilidade urbana, na AID do
empreendimento, remete ao entendimento de que aos deslocarem-se no espaço intra-
metropolitano, os indivíduos acionam territórios com conteúdos e funcionalidades
diferentes, expressando uma hierarquia entre os lugares e também em relação aos
próprios indivíduos. Em síntese, esta situação reproduz um padrão de organização
social e territorial desigual, influenciado por diversos fatores que se pretende abordar
ao longo da explanação.
Conceitualmente, adota-se como região metropolitana, o entendimento que o IBGE tem
destas áreas, isto é, “o conjunto de municípios integrados econômica e socialmente a
uma metrópole, principalmente por dividirem com ela uma estrutura ocupacional e uma
forma de organização do espaço característica e por representarem, no
desenvolvimento do processo, a sua área de expansão próxima ou remota (...)”.
No processo de delimitação dessas áreas, um dos aspectos mais relevantes
considerados é o das relações metropolitanas, ou seja, a integração, representada por
inúmeros fluxos – de bens, de comunicações e, principalmente de pessoas. Uma das
formas de materialização desses fluxos é, justamente, o deslocamento diário de
população entre o seu local de residência e seu local de trabalho.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
170
Para melhor entender a questão do transporte/mobilidade urbana no conjunto da AID
do empreendimento, é preciso considerar o chamado “movimento pendular”, pois, a
informação sobre os deslocamentos domicílio-trabalho/estudo constituem importante
referencial para análise. Na atualidade, verifica-se que esses deslocamentos ocorrem
entre distâncias cada vez maiores entre a origem e o destino, revelando o avanço tanto
na ocupação do espaço das aglomerações urbanas, quanto tecnológico que,
teoricamente, possibilita viagens mais rápidas.
As centralidades dessas áreas tornam-se nítidas e permitem a identificação de
processos seletivos de uso e apropriação do espaço, com segmentação dos locais de
moradia e de trabalho/estudo. No caso, o centro espacial de referência da região é a
capital Florianópolis, responsável por grande atração de população em movimento
desta natureza, isto é, “pendular”. Ressalta-se que, como já foi observado na definição
das Áreas de Influência do empreendimento, tomou-se Florianópolis como integrante
da ADA do projeto mesmo sem interferência física direta, justamente por seu grau de
interação com os demais municípios do conjunto.
Reforça-se aqui este argumento, tomando-se como base o estudo da dinâmica
metropolitana, que tem com um dos principais pilares a identificação de áreas de
influência ou regiões funcionais. Em geral, as pesquisas neste setor consideram que
áreas geográficas são definidas, principalmente, em termos de deslocamento diário,
em geral da casa para o trabalho. Assim, tais áreas seriam, essencialmente, de
mercado de trabalho, econômicas e de serviços.
Nesse sistema de assentamento, os deslocamentos para o trabalho assumem
importância fundamental, integrando o núcleo metropolitano, que é o centro polarizador
da produção, às áreas de entorno residencial e, por vezes, industrial.
A partir dessa conformação espacial, que vem consolidando-se desde os fins do século
XIX e tornou-se recorrente no século XX, houve um extraordinário avanço tecnológico,
difundido rapidamente e que alterou os meios de transporte, sua produção e sua
organização, o mesmo acontecendo com o setor de comunicações.
Estes fatores, associados às mudanças nos padrões demográficos e da vida social,
resultou no desacoplamento dos espaços funcionais e físicos que, por sua vez,
tornaram as áreas agregadas às regiões metropolitanas, um espaço ampliado de vida
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
171
social, caracterizado por uma alta freqüência de movimentos pendulares, que passa a
ser um dos principais indicadores do espaço de atividade das comunidades.
A discussão do movimento pendular é, portanto, indissociável da questão da
mobilidade urbana. É ele que vai dinamizar a vida urbana, tornando-se uma de suas
características principais atualmente e acentuando a importância dos transportes.
O acelerado crescimento das cidades brasileiras implica na formação de novos pólos
de geração e atração de viagens, tanto em áreas centrais quanto em periferias, e
estimula a difusão e expansão de rotas do transporte coletivo.
Cabe aqui uma distinção conceitual importante. O termo “movimento pendular”, já
consagrado na literatura afeta às questões urbanas e correlatas, é por vezes também
chamado de “migração pendular”. Sem pretender expandir discussões teóricas mais
amplas, dada à natureza prática de um Estudo de Impacto Ambiental, registra-se aqui,
apenas o fato de que o conceito de migração pendular ou movimento pendular foi
tomado como referência neste item sobre transportes na ADA e não no de “padrões de
migração” por considerar-se mais apropriado.
Nas Ciências Sociais, o conceito de migração, tomado de forma ampla, varia quanto à
duração e à escala de abrangência do fenômeno. Entretanto, observa-se que há um
certo consenso de que aqueles de caráter cotidiano devem ser compreendidos no
contexto em que se inserem, predominantemente urbano. Desse modo, a natureza dos
deslocamentos pendulares (sazonais, temporários,) com finalidade específica; difere
substancialmente da compreendida pelos movimentos migratórios propriamente ditos
(em que as pessoas estabelecem-se permanentemente no novo local), embora ambos
impliquem fluxos de pessoas no território. Assim optou-se por considerar a questão da
“migração pendular’ ou dos “movimentos pendulares” na análise do tema transporte
urbano, realizando os levantamentos da condição de mobilidade das populações
envolvidas. A questão do impacto da migração, em seu sentido clássico, de incremento
populacional, foi abordada no item 5.3.2.4.
Feitas estas considerações, passa-se aos aspectos levantados a respeito da situação
de transporte e mobilidade urbana na Área de Influência Direta do empreendimento.
Inicialmente, é claro, fiel aos princípios adotados e anteriormente indicados, foram
considerados os movimentos pendulares identificados na região. Infelizmente, embora
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
172
diversos estudos acadêmicos consultados tratem da questão, não há dados formais
recentes a respeito da mesma, tendo sido, portanto, considerados aqueles disponíveis
no Censo Demográfico realizado pelo IBGE no ano 2000. Segundo estes dados,
elaborou-se a Tabela 97, que permite ter-se uma noção bastante clara da grandeza e
do impacto da movimentação pendular na região da chamada Grande Florianópolis.
Tabela 97:Movimento Pendular na Região Metropolitana de Florianópolis, 2000.
RM
de
Flo
rian
óp
olis
Movimento Pendular
Número de Pessoas que Trabalham ou Estudam em
Outro Município
Percentual em Relação ao Total de
Pessoas que Trabalham ou
Estudam em Outro Município
Número de Municípios, segundo percentual de deslocamentos
Pólo Demais Pólo Demais 10 a < 20%
20 a < 30%
30 < 40%
>40%
10.466
79.633 4,26 24,47 4 5 2 0
Fonte: IBGE, Censo 2000.
Para ser possível uma análise comparativa da Tabela 97, tem-se a seguinte
informação: no Brasil, em 2000, 7,4 milhões de pessoas dirigiam-se a outro município
para trabalhar ou estudar, correspondendo a 6,7% da população que estuda ou
trabalha. Quando se consideram as regiões metropolitanas, esse percentual sobe para
10,6%, pois, de modo geral, os fluxos associados a esse tipo de deslocamento se
concentram nas principais aglomerações urbanas do país. Na Região Metropolitana de
Florianópolis, este percentual, segundo os dados informados na tabela precedente, é
de 4,26%.
Também se incorporou ao presente diagnóstico, mapas extraídos do trabalho publicado
em 2009, pelo Observatório das Metrópoles e pelo Instituto de Pesquisa e
Planejamento Urbano e Regional – IPPUR, da Universidade Federal do Rio de Janeiro-
UFRJ, intitulado “Movimento Pendular da População na Região Sul”.
Por estes mapas, pode-se visualizar, no caso da Região Metropolitana de Florianópolis,
a grande atratividade exercida pela capital Florianópolis, especialmente em relação aos
municípios de São José e Palhoça.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
173
Figura 36: Movimento Pendular de Saída – Santa Catarina, 2000.
Figura 37: Movimento Pendular de Entrada – Santa Catarina, 2000.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
174
Em outra perspectiva de análise, é possível comprovar o volume crescente de
população que pratica o movimento pendular nos municípios pertencentes à ADA do
empreendimento através de sua evolução entre a década de 1980 e 2000. A Tabela 98
traz esta informação, baseada nos Censos Demográficos daqueles anos. Observa-se
que em 1980 os municípios de Biguaçu e Palhoça não registravam movimentação de
população no sentido de destino.
Tabela 98:Fluxos Pendulares de Destino e Origem nos Municípios da AID.
Município de Destino
Pessoas Envolvidas
% Sobre o Total Município
de Origem
Pessoas Envolvidas
% Sobre o Total
1980 2000 1980 2000 1980 2000 1980 2000
Biguaçu - 2.294 - 1,01 Biguaçu 2,762 8.756 3,26 3,83
São José 2.403 15.970 2,83 7,04 São José 17.413 37.325 20,53 16,46
Palhoça - 3.430 - 1,51 Palhoça 6.640 20.086 7,83 8,86
Florianópolis 30.762 64.112 36,28 28,27 Florianópolis 1.250 8.007 1,47 3,53
Governador Celso
Ramos - - -
Governador Celso
Ramos - 1.801 - 0,79
Fontes: IBGE - Censos Demográficos de 1980 e 2000.
A pesquisa “Movimento Pendular da População na Região Sul”, da Universidade
Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, citada anteriormente como uma das referências deste
diagnóstico no tema dos movimentos pendulares, avaliou os impactos desses fluxos
sobre o total da população que trabalha em cada município, estabelecendo taxas de
atração e de repulsão para cada município do Estado de Santa Catarina. Para medir o
quanto cada município representa território de atração e repulsão da população
empregada, foi calculada a razão entre as entradas e saídas somente para trabalho
sobre a população residente ocupada.
Normalmente, os municípios que apresentam altas taxas de atração e baixas de
repulsão são aqueles que sofrem pressão sobre as estruturas econômicas e de
serviços, e os que apresentam altas taxas de repulsão e baixas de atração sofrem
pressão na esfera social, sinalizando a conformação daquele município como
“município dormitório”. Este ângulo de análise foi representado pela Tabela 99, que
segue e foi elaborada a partir dos dados extraídos da pesquisa realizada pela UFRJ,
que, po
de 200
A Tabe
pertenc
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F
Em ger
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
176
seguem (Figura 38 a Figura 42) dão uma dimensão do peso de cada tipo de transporte
utilizado pela população residente nos municípios em questão.
Destaca-se a grande proporção de automóveis e motocicletas em relação aos demais
tipos de veículos automotores no trânsito destas cidades. Em números absolutos eles
representam 18.381 automóveis e 7.941 motocicletas em Biguaçu, 79.387 automóveis
e 25.304 motocicletas registradas em São José, 46.366 automóveis e 17.140
motocicletas em Palhoça,198.705 automóveis e 39.661 motocicletas na capital
Florianópolis e 1.321 motocicletas e 3.217 automóveis em Governador Celso Ramos.
Figura 38: Gráfico – Frota de Veículos Automotores – Distribuição por Tipologia Ano 2012 –
Biguaçu/SC(Fonte: IBGE, 2012).
Figura 39:Gráfico – Frota de Veículos Automotores – Distribuição por Tipologia Ano 2012 – São
José/SC (Fonte: IBGE, 2012).
18381; 56%
1061; 3%
149; 1%
1784; 6%
787; 3%
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125; 0%70; 0%
81; 0%automóveis
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caminhonetes
camionetas
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ônibus
tratores de rodas
79387; 63%
3594; 3%
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3653; 3%
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644; 1%automóveis
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caminhonetes
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motocicletas
motonetas
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tratores de rodas
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
177
Figura 40: Gráfico – Frota de Veículos Automotores – Distribuição por Tipologia Ano 2012 – Palhoça/SC(Fonte: IBGE, 2012).
Figura 41: Gráfico – Frota de Veículos Automotores – Distribuição por Tipologia Ano 2012 – Florianópolis/SC (Fonte: IBGE, 2012).
46366; 59%
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4640; 6%
394; 1%62; 0%
337; 0%automóveis
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micro‐ônibus
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tratores de rodas
198705; 70%
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14715; 5%
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motocicletas
motonetas
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tratores de rodas
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
178
Figura 42: Gráfico – Frota de Veículos Automotores – Distribuição por Tipologia Ano 2012 – Governador Celso Ramos/SC (Fonte: IBGE, 2012).
Uma das fontes consultadas para o levantamento de dados e informações a respeito
da situação de transporte na AID, foi o material a respeito da elaboração do novo Plano
Diretor de Florianópolis. Para elaboração deste instrumento de planejamento urbano,
formou-se um Grupo de Trabalho para avaliação da Mobilidade Urbana de
Florianópolis e Região Metropolitana, em que foram enquadrados cinco eixos
temáticos: legislação/fiscalização, infraestrutura, qualidade, humanização e uso do
solo.
Este GT chegou a algumas conclusões que foram consideradas relevantes para este
diagnóstico e que, por isso, foram aqui transcritas.
Segundo a equipe do GT, os problemas destacados na avaliação da mobilidade urbana
de Florianópolis e seu entorno foram os seguintes, considerando os eixos temáticos
antes elencados:
I. Legislação/Fiscalização:
1. Deficiência de comunicação entre o poder público e o cidadão e vice-
versa;
2. Falta de monitoramento/fiscalização e divulgação da legislação e de
programas de educação para o trânsito;
3217; 55%
157; 3%
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358; 6%
142; 2%
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tratores de rodas
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
179
3. Falta de uma visão sistêmica entre os órgãos municipais ligados ao
transporte e ao trânsito;
4. Falta de respeito à lei (falta de uma política municipal mais ostensiva em
relação a legislação de trânsito)/Sinalização de trânsito;
5. Não-cumprimento das leis que regem o sistema cicloviário;
6. Falta de manutenção dos passeios públicos.
II. Infraestrutura:
1. Insuficiência da infra-estrutura com qualidade que atenda os diferentes
meios de transporte e circulação;
2. Não utilização do mar e outros modos/meios de transporte;
3. Acessibilidade: dificuldade de promover espaço acessível de circulação
que atenda a todos os modos/meios;
4. Insuficiência do Sistema de Circulação: auto impacto na circulação
provocado pelos moradores e turistas com veículo individual;
5. Ausência de uma política de circulação e estacionamento para os
transportes turísticos de superfície, marítimo e lacustre;
6. Vias de alta velocidade cortando os bairros;
7. Falta de espaço para passeios nas vias;
8. Falta de integração entre o transporte coletivo e não-motorizado.
III. Qualidade:
1. Não motorizado: baixa qualidade do Sistema de Circulação para
pedestres e ciclistas;
2. Poluição/qualidade ambiental urbana: diminuição da qualidade ambiental
causada por diversos tipos de poluição (sonora, visual, atmosférica);
3. Ausência de política de estudos de alternativas de combustíveis não
poluentes para o transporte, como gás natural veicular, biodiesel, célula
de hidrogênio, elétrico e de VLT (veículos leves sobre trilhos);
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
180
4. Falta de integração entre o transporte coletivo e não-motorizado;
5. Falta de padronização de calçadas, quando ocorre a sua pavimentação.
IV. Humanização:
1. Conforto: desconforto para circulação motorizada nos horários de pico;
2. Conforto: desconforto para a circulação não motorizada pela
inexistência/ou baixa qualidade de infra-estrutura;
3. Conforto: desconforto para a utilização do Transporte Coletivo em função
da tecnologia e freqüência dos veículos e características da estrutura de
equipamentos de apoio;
4. Conforto: criação de horários econômicos, com a redução do valor
tarifário fora dos horários de pico;
5. Baixa oferta de faixas de travessia de pedestres em vias de alto tráfego
de veículos e pedestres (a preferência é dada ao fluxo de automóveis).
V. Uso do Solo:
1. Má distribuição das densidades e uso do solo que possa minimizar
deslocamentos;
2. Polarização de Florianópolis exercida na Região Metropolitana.
Alguns destes problemas podem ser melhor visualizados pela Figura 43 a Figura 45.
São situações cotidianas registradas em locais próximos ao traçado do Contorno de
Florianópolis previsto no projeto de engenharia.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
181
Figura 43: Transporte de tração animal em área rural no município de Biguaçu.
Figura 44: Dificuldade de travessia de pedestre na SC-407 – Biguaçu.
Figura 45: Veículo lento trafegando por rodovia
estadual na AID do empreendimento.
Este diagnóstico procurou também destacar aspectos da operação e problemas
enfrentados pela população nos sistemas de transporte público existentes nos
municípios integrantes da AID do empreendimento e entre eles. Entretanto, há de ser
ressaltada a escassez de dados a respeito do tema, não tendo sido possível
estabelecer-se um padrão para a conformação dos mesmos.
Dessa maneira, frente a esta dificuldade, optou-se por, fazer um apanhado de todos os
dados e informações consideradas relevantes coletadas durante o processo de
pesquisa e individualizá-los por municípios, como forma de racionalizar a análise.
Buscou-se nesta abordagem, elementos que demonstrassem a estrutura de transporte
existente, os principais problemas enfrentados, projetos no setor, a configuração
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
182
operacional básica dos sistemas de transporte de cada município e a organização do
setor.
Na região metropolitana de Florianópolis as principais empresas atuantes no transporte
intermunicipal são:
EMFLOTUR/BIGUAÇU de Transportes Coletivos – possui uma frota de 228
ônibus operando em diversas linhas da região metropolitana, como
Florianópolis, São José, Biguaçu, Antônio Carlos, Governador Celso Ramos e
Palhoça.
PAULOTUR Transporte e Turismo Ltda. – Opera em Garopaba, Paulo Lopes,
Palhoça, São José e Palhoça.
JOTUR – Sua frota é composta por 160 ônibus fazendo os trajetos entre São
José, Palhoça, Florianópolis e Biguaçu.
ESTRELA Transportes Coletivos – Atua em toda a região metropolitana.
No Governo do Estado de Santa Catarina, a instância responsável pela fiscalização do
transporte intermunicipal é o Departamento de Transporte e Terminais-DETER. Entre
as iniciativas do governo do estado na área de mobilidade urbana, destaca-se o
Programa de Apoio ao Sistema Viário Municipal, uma parceria com as prefeituras para
dotar as rodovias urbanas de condições de tráfego e segurança, diminuindo os custos
de transporte, facilitando o escoamento de produtos locais e gerando desenvolvimento
turístico.
A seguir, apresenta-se um resumo das principais iniciativas na área de transporte
apuradas junto a cada município da AID.
BIGUAÇU
Em Biguaçu, uma iniciativa recente na área de transportes foi a instalação da primeira
estação de ônibus no município, na rua Getúlio Vargas, na área central da cidade. A
estação substitui o antigo ponto de passageiros existente no local que era insuficiente
em relação à grande demanda de passageiros, principalmente nos horários de pico. A
obra visa maior conforto aos usuários e tem capacidade para 25 pessoas sentadas.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
183
Além disto, o ambiente é abrigado da chuva e sol, além de bem iluminado, favorecendo
a segurança no local.
A instalação da estação faz parte de um projeto mais amplo da Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Urbano e Transportes que visa ainda a instalação de novos abrigos
para passageiros de ônibus, reparação de abrigos em condições de recuperação,
melhorias nas linhas interbairros, a integração com o transporte intermunicipal e a
tarifa única.
Figura 46: Novos abrigos de passageiros em Biguaçu. Imagens disponíveis no site da Prefeitura Municipal.
A questão dos abrigos de passageiros enfrenta um problema naqueles situados ao
longo da BR-101, pois estes não possuem o recuo regulamentar em suas marginais,
estando, portanto, em situação irregular pois não oferecem os padrões de segurança
do usuário exigidos. A Prefeitura Municipal de Biguaçu deverá proceder a regularização
construindo tais recuos, porém, estas obras exigem desapropriações e demandam
maiores recursos, não havendo definição de prazo para o início dos trabalhos.
SÃO JOSÉ
Em São José a principal iniciativa para melhoria do sistema de transporte é a adesão
do município ao Programa Pró-Transporte, da Caixa Econômica Federal. Este
programa visa o financiamento para implantação de sistemas de infra-estrutura de
transporte coletivo urbano e à mobilidade urbana, atendendo prioritariamente áreas de
baixa renda e contribuindo na promoção do desenvolvimento físico-territorial,
econômico e social, qualidade de vida e do meio ambiente.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
184
O transporte público por ônibus em São José é oferecido por seis empresas: TC
Estrela (23 linhas), Av. Imperatriz (22 linhas), Transportadora Jotur (55 linhas),
Rodoviário Santa Terezinha (16 linhas), Viação Paulo Lopes (11 linhas) e Transportes
Biguaçu (64 linhas). O serviço está organizado fisicamente em uma rede de 191 linhas,
sendo 156 de operação regular e 44 de atendimento especial, dos quais 35 são de
atendimento no período de verão e 9 são de atendimento escolar.
Estudos realizados para elaboração do Plano Diretor da cidade, indicam uma
ponderação quantitativa importante. Segundo esta, apesar de uma cobertura geral
aparentemente adequada, somente 23% da extensão total de logradouros mapeados
em São José são atendidos por alguma das linhas de transporte coletivo, dos quais na
sua maioria concentram de 3 a 15 itinerários com destinos diferentes. É importante
observar a existência de trechos do sistema viário que concentram um número
excessivo de itinerários, chegando até 103 linhas distintas.
Há planos de instalação de terminais de transbordo de passageiros, porém ainda não
há data prevista para tais obras.
A mesma desproporcionalidade observada entre o número de logradouros e o
atendimento por linhas de ônibus se verifica também na distribuição de número de
viagens por dia por trecho de logradouro, nitidamente polarizando a estrutura espacial
dos serviços oferecidos e gerando sérias conseqüências em termos da capacidade de
tráfego nos respectivos trechos e da eficiência no atendimento aos passageiros. Há
também uma forte concentração da demanda e de destino de viagens nos eixos
centrais da cidade.
Estudos conduzidos pela Prefeitura Municipal de São José demonstram que futuros
incrementos e transformações do sistema de transportes na cidade, sem dúvida,
deverão ser acompanhados pela remodelação do sistema viário, cuja capacidade deve
ser reavaliada/reconfigurada em função das necessidades futuras da capacidade de
tráfego.
PALHOÇA
Quanto ao transporte coletivo, a situação de Palhoça é bastante complicada. Como
diversas outras cidades pertencentes a grandes aglomerados urbanos, o município
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
185
enfrenta as mesmas dificuldades no que se refere ao tema: queixas de má qualidade
dos serviços, idade da frota, preço altos das tarifas, linhas e horários reduzidos, entre
outros.
Outro problema que o município enfrenta e que repercute no transporte de passageiros
é a descontinuidade de seu sistema viário em vários pontos, o que dificulta a
acessibilidade de algumas regiões da cidade. Vários bairros carecem de ligação viária
eficiente para facilitar o fluxo de veículos e a criação de corredores de ônibus,
prejudicando o transporte bairro a bairro na cidade e obrigando os passageiros a irem
ao centro para se deslocarem de um bairro a outro. Além disto, a maioria dos ônibus
em operação hoje é intermunicipal, sendo que para a capital Florianópolis, apenas
duas empresas oferecem o serviço.
Figura 47: Trânsito confuso em Palhoça. Imagem disponível no site da Prefeitura Municipal.
De positivo no setor tem-se o projeto (já com recursos assegurados junto ao Banco de
Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES) de implantação de um Sistema
Integrado de Transporte Coletivo, que prevê a construção de dois terminais de ônibus
que irão possibilitar a ligação, via ônibus urbano, de todos os bairros da cidade (são
pelos menos 48 bairros reconhecidos oficialmente) e outras regiões da Grande
Florianópolis. Também está prevista neste projeto a ampliação do número de linhas
oferecidas, das atuais 290 para 950 linhas.
Com a implantação do novo sistema, prevê-se um incremento do comércio e da
prestação de serviço no centro de Palhoça, pois estima-se que mais de 10 mil pessoas
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
186
passarão a circular com mais facilidade pela área. No novo sistema, também é previsto
a implantação de cartão eletrônico e de um modelo de rastreamento de frota via GPS,
aumentando a segurança do transporte público.
Dentro do projeto de implantação do novo sistema, foi dada recentemente, ordem de
serviço para o início das obras do Terminal Central de Transbordo, a ser construído na
Ponte do Imaruím, fazendo a ligação com o ponto de embarque e desembarque do
Sistema de Transporte Marítimo de Palhoça, que também está em fase de
implantação.
Esta obra permitirá a diminuição do número de travessias nas pontes Colombo Salles e
Pedro Ivo Campos, que levam a Florianópolis, das atuais 900 para 400 ao dia.
FLORIANÓPOLIS
O setor de transporte do município de Florianópolis é regulado pela Secretaria
Municipal dos Transportes, Mobilidade e Terminais.
Segundo dados disponíveis no site desta secretaria, o sistema é composto por uma
frota de 466 ônibus convencionais, 57 ônibus executivos, 145 ônibus de transporte
escolar, 415 ônibus de turismo, 258 táxis e 28 embarcações, que fazem o percurso da
Lagoa da Conceição à Costa. Há ainda um total de 1.019 pontos de ônibus, 25 de táxi
e 22 de embarcações.
Informa-se que, a frota de táxi da cidade será aumentada significativamente, tendo sido
já iniciadas licitações públicas para as permissões. Até o momento, mais 120 táxis
foram credenciados, num total de 200 previstos.
Uma particularidade importante deve ser descrita para o caso de Florianópolis e que
diz respeito à sua geografia natural. Em geral, o transporte urbano se desenvolve em
linhas circulares, com possibilidade de serem definidos percursos mais ou menos com
o mesmo tamanho. No caso de Florianópolis, por ser uma ilha estreita e alongada, as
linhas são muito distintas em tamanhos, o que repercute no modelo de organização
dos trajetos e custos, e, consequentemente no modelo tarifário.
O sistema de transporte público de Florianópolis é composto por 158 linhas regulares
de ônibus, divididas pelo seu tipo de operação, ou seja, alimentadoras, principal
expressa, principal paradora, principal semi-expressa, complementar circular,
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
187
complementar periférica e periférica. Em 2006 foi implantado o Sistema Integrado, que
contempla os terminais de integração, distribuídos conforme a Figura 48 que se segue.
Figura 48: Terminais de Integração do Sistema Integrado de Transporte de Florianópolis (Fonte: Prefeitura Municipal de Florianópolis)
Neste sistema, a circulação de passageiros em Florianópolis é, segundo dados da
ANTP, da ordem de 64.374.361 passageiros por ano. Esta entidade disponibiliza dados
para as capitais e os municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
188
Figura 49: Terminal Cidade de Florianópolis.
Recentemente, mais uma iniciativa no sentido de resolver problemas de mobilidade
urbana na cidade de Florianópolis foi tomada. Trata-se do lançamento do “Projeto Via
Rápida – Florianópolis a caminho do BRT”. O BRT (sigla em inglês da expressão Bus
Rapid Transit) ou Trânsito Rápido de Ônibus, é um sistema já utilizado em diversas
cidades do mundo. No Brasil, a pioneira foi Curitiba. O modelo prevê veículos
articulados ou biarticulados que trafegam em vias específicas e os embarques e
desembarques são feitos em pequenas estações, construídas no mesmo nível dos
coletivos. Neste sistema, a cobrança da tarifa é prévia, o que agiliza o tempo de parada
dos veículos. A proposta da implantação do BRT pretende ainda a integração com os
demais modais de transporte e, com isso, atratividade de usuários de veículos
particulares, desafogando o trânsito na cidade. No projeto em pauta, a Prefeitura prevê
a implantação gradual de três vias na cidade: a Via Rápida Centro-Universidade, a Via
Rápida Centro-Continente e a Via Rápida Centro-Aeroporto.
Há ainda propostas em estudo de incremento do transporte público através da
implantação de Veículo Leve Sobre Trilhos – VLT ou metrô de superfície que passaria
pela Ponte Hercílio Luz, fazendo a ligação entre a ilha e o continente.
GOVERNADOR CELSO RAMOS
A cidade de Governador Celso Ramos não possui uma linha de transporte coletivo
intramunicipal (dentro do município), sendo assim dependente de linhas intermunicipais
oferecidas pela empresa Biguaçu, a qual disponibiliza um total de seis linhas para a
região. A inexistência de linhas municipais sucede uma carência na mobilidade urbana,
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
189
resultando no uso exclusivo de linhas que possuem uma alta tarifa de passagem,
encarecendo o transporte utilizado pela população da região.
As linhas oferecidas, juntamente ao valor de sua tarifa estão apresentadas na tabela
abaixo.
Tabela 100. Transporte Coletivo no município de Governador Celso Ramos
Código Linha Origem/Destino Valor da Tarifa
44600 Governador Celso
Ramos
Bairro/Terminal da Cidade de
Florianópolis R$ 5,80
54600 Governador Celso
Ramos Bairro / Biguaçu R$ 3,00
44700 Governador Celso
Ramos
Bairro/Terminal da Cidade de
Florianópolis R$ 5,80
10300 Armação da Piedade Bairro/Terminal da
Cidade de Florianópolis
R$ 5,70
43300 Palmas Bairro/Terminal da
Cidade de Florianópolis
R$ 5,70
43302 Palmas Bairro/Biguaçu R$ 3,00
Fonte: Biguaçu Transportes Coletivos Administração e Participação Ltda. Disponível em:
<http://www.biguacutransportes.com.br/portal/horariosDeOnibus> Acesso em: 17 de junho de 2013.
Ainda, nota-se que mesmo para trechos menores o mesmo passageiro
necessariamente precisa pagar a mesma tarifa. Esta situação é vista como um
problema para a região, pois desfavorece a contratação da mão-de-obra do município
para trabalhar na Grande Florianópolis, visto que as tarifas das passagens de ônibus
chegam até a R$ 5,80. O valor desta passagem é regulado pelo Departamento de
Transportes e Terminais - DETER, subordinado à Secretaria do Estado da
Infraestrutura, visto que não existem linhas municipais.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
190
5.3.1.1.4. Energia Elétrica
A energia elétrica se tornou um dos bens de consumo mais fundamentais para as
sociedades modernas. Usada para gerar iluminação, movimentar máquinas e
equipamentos, controlar a temperatura produzindo calor ou frio, agilizar as
comunicações etc. Assim, da eletricidade dependem a nossa produção, locomoção,
eficiência, segurança, conforto e vários outros fatores associados à qualidade de vida.
O serviço de distribuição de energia elétrica costuma ser o que atende a uma maior
parcela dos domicílios ao ser comparado com outros tipos de serviços públicos
relacionados à infraestrutura.
Diversos estudos apontam para o fato de que sua ausência, isto é, a exclusão elétrica
da população é essencialmente um fenômeno regional e rural, apesar de ocorrer de
forma mais branda em outras áreas. Assim, pode-se concluir que onde há incidência de
exclusão elétrica, este é um problema de natureza muito mais social do que de oferta
do serviço. Em outras palavras, a exclusão elétrica é apenas mais uma dimensão da
pobreza e do subdesenvolvimento.
Esta afirmativa pode ser corroborada por dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios – PNAD, do IBGE, realizada anualmente e que mostra que mais de 60% dos
domicílios brasileiros sem acesso à energia elétrica apresenta renda per capita inferior
a meio salário mínimo.
O Balanço Energético Nacional publicado em 2010 (Ano Base 2009), pelo Ministério
das Minas e Energia – MME, através de sua Empresa de Pesquisa Energética – EPE,
mostra que o consumo de eletricidade no Brasil tem crescido a uma média de 2% ao
ano. A atividade industrial é a que mais consome energia – 46% do total gerado no
país, apresentou uma queda de 5,5% no consumo elétrico no biênio 2008-2009,
explicado pela redução da produção física em algumas atividades energo-intensivas. O
setor residencial apresentou crescimento no consumo de 6,55 devido, principalmente
às políticas de redução de impostos para alguns bens de consumo durante a crise
econômica, além do aumento da renda per capita. Os demais setores – comercial,
agropecuário, público e transportes – quando analisados em bloco apresentaram uma
variação positiva no consumo de 1,8% em relação ao ano anterior.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
191
Entretanto, de modo geral, na última década o consumo disparou em todos os setores.
O comércio, por exemplo, não apenas ganhou novos estabelecimentos com alto
padrão de consumo (shoppings centers, hipermercados) como dinamizou suas
atividades com a ampliação do horário de funcionamento.
Na região metropolitana de Florianópolis foram vários os investimentos comerciais
relativamente recentes e outros em andamento. São vários shoppings centers
instalados na região, lojas de departamentos, redes supermercadistas e diversos
empreendimentos similares.
Como exemplo de empreendimentos desta natureza inseridos na economia de
Biguaçu, São José e Palhoça (municípios interceptados pela rodovia proposta), com
impacto direto no consumo de energia elétrica, pode-se citar a recente inauguração da
rede de supermercados Angeloni (Figura 50), em Biguaçu, ampliação do Shopping
Itaguaçu e inauguração dos Shoppings Ideal (2009) e Continente Park Shopping em
2012 em São José, novas filiais da rede de lojas Havan, Carioca Calçados e Milium
abertura de mais lojas no Shopping Via Catarina e unidade do Centro Comercial
Camelão em Palhoça. Na capital, Florianópolis, tem o Shopping Iguatemi inaugurado
em 2007.
Figura 50. Supermercados Angeloni no centro de Biguaçu.
Assim, diante da importância da questão do acesso à energia elétrica, este diagnóstico
da realidade municipal de cada cidade considerada na Área de Influência Direta do
empreendimento, levantou os dados disponíveis para o setor em cada uma delas.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
192
Com relação à energia elétrica, quase a totalidade da ADA possui acesso ao serviço.
Em Biguaçu, o grau de atendimento por energia elétrica observada nos domicílios
visitados para consulta deste item foi de 99,78% segundo o Censo Demográfico de
2010, realizado pelo IBGE. Em São José o atendimento atinge 99,93% dos domicílios
pesquisados, em Palhoça a cobertura é de 99,83% dos domicílios e em Florianópolis
99,92%.
A Tabela 101 traz as informações a respeito do grau de cobertura do acesso à energia
elétrica nos domicílios, segundo informações do último censo demográfico. Os dados
demonstram haver ainda uma situação de informalidade bastante comum neste tipo de
serviço, indicada pelo número de domicílios que recebem energia elétrica de outra
fonte que não a concessionária do serviço e também pelo número de domicílios que
não possuem medidor do consumo.
Tabela 101:Atendimento por Energia Elétrica - Situação dos Domicílios nos Municípios da ADA.
Situação de Atendimento
Municípios e número de atendimentos
BiguaçuSão José
Palhoça Florianópolis Governador
Celso Ramos
Existência de energia elétrica de Companhia Distribuidora
17.970 69.409 42.846 146.643 4.107
Existência de energia elétrica de outra fonte
29 133 49 680 4
Não tinham 38 41 71 113 5
Existência de medidor de consumo de uso exclusivo do
domicílio 16.214 61.792 36.564 125.986 3.844
Existência de medidor de consumo comum a mais de um
domicílio 1.528 6.587 5.090 15.334 230
Sem medidor de consumo 228 1.030 1.192 5.323 33
Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2010.
Em Biguaçu, o número de unidades consumidoras de energia elétrica apresentou um
aumento de 14,8% no período entre os anos de 2004 e 2008. A evolução do consumo
de energia no mesmo período temporal foi de 17,4%, segundo dados compilados das
Centrais Elétricas de Santa Catarina – CELESC, disponíveis na Coleção Santa
Catarina em Números, do SEBRAE/SC, publicado em 2010. A Tabela 102 informa
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
193
sobre o número de consumidores e consumo de energia elétrica em Biguaçu no
período entre 2004 e 2008 e nos fornecem um parâmetro para comparação com o total
de consumo no ano de 2010, presente na tabela seguinte.
Tabela 102:Consumidores e Consumo de Energia Elétrica em Biguaçu – 2004/2008
Ano Nº de Unidades Consumidoras
Consumo Total (KW/h)
Média de Consumo Anual Per Capita
(KW/h)
2004 16.163 85.164.348 5.269,1
2005 16.739 89.049.734 5.319,9
2006 17.403 90.346.028 6.191,4
2007 18.249 97.489.187 5.342,2
2008 18.551 99.984.474 5.389,7
Evolução no período 2004-2008
14,8% 17,4% 2,3%
Fonte: CELESC/SEBRAE-SC, 2010.
No município de Biguaçu, a classe de consumidores residenciais representa 35,89% do
consumo de energia elétrica, a industrial 37,52% e a comercial 13,81%. Estes dados
são melhor apresentados na Tabela 103.
Tabela 103:Número de Consumidores e Demanda de Energia Elétrica, Segundo Tipologia das Unidades Consumidoras em Biguaçu – 2010
Tipo de Consumidor
Nº de Unidades Consumidoras
Consumo Total (KW/h)
Representatividade no Consumo
Residencial 17.622 41.448.449 35,89%
Industrial 592 43.323.914 37,52%
Comercial 1.262 15.956.494 13,81%
Rural 375 1.318.093 1,14%
Poderes Públicos 139 1.318.537 1,14%
Iluminação Pública 1 3.154.285 2,73%
Serviços Públicos 12 1.142.159 0,98%
Consumo Próprio 1 13.012 0,01%
Revenda 2 7.718.776 6,68
Total 20.006 115.468.719 100%
Fonte: CELESC/Secretaria de Estado da Fazenda, 2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
194
Já em São José, o número de unidades consumidoras de energia elétrica apresentou
um aumento de 14,1% no período de 2004 a 2008. A evolução do consumo de energia
elétrica no mesmo período foi de 25,3%. Os dados podem ser vistos naTabela 104.
Tabela 104:Consumidores e Consumo de Energia Elétrica em São José – 2004/2008
Ano Nº de Unidades Consumidoras
Consumo Total (KW/h)
Média de Consumo Anual Per Capita
(KW/h)
2004 70.068 292.357.621 4.172,5
2005 72.451 313.210.913 4.323,1
2006 74.947 322.884.716 4.308,2
2007 78.598 358.168.671 4.557,0
2008 79.929 366.277.390 4.582,5
Evolução no período 2004-2008
14,1% 25,3% 9,8%
Fonte: CELESC/SEBRAE-SC, 2010.
No município de São José a classe de consumidores residenciais é maioria, com
45,70% do consumo de energia elétrica, seguido da classe comercial com 29,24% e da
industrial, com 16,35%. Os dados sobre tipologia dos consumidores e total de consumo
estão na Tabela 105.
Tabela 105:Número de Consumidores e Demanda de Energia Elétrica, Segundo Tipologia das Unidades Consumidoras em São José – 2010
Tipo de Consumidor
Nº de Unidades Consumidoras
Consumo Total (KW/h)
Representatividade no Consumo
Residencial 74.762 184.939.371 45,70%
Industrial 2.553 66.188.615 16,35%
Comercial 7.756 118.334.600 29,24%
Rural 86 726.095 0,17%
Poderes Públicos 321 16.234.423 4,01%
Iluminação Pública 1 15.340.709 3,79%
Serviços Públicos 33 2.737.851 0,67%
Consumo Próprio 6 130.119 0,03%
Revenda 0 0 0,0%
Total 85.338 404.631.783 100%
Fonte: CELESC/Secretaria de Estado da Fazenda, 2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
195
Quanto ao município de Palhoça, o aumento de unidades consumidoras de energia
elétrica foi de 19,3% no período de 2004 e 2008, tendo sido de 20,6% a evolução do
consumo de energia no período considerado. Os dados seguem na Tabela 106.
Tabela 106: Consumidores e Consumo de Energia Elétrica em Palhoça – 2004/2008.
Ano Nº de Unidades Consumidoras
Consumo Total (KW/h)
Média de Consumo Anual Per Capita
(KW/h)
2004 43.773 139.235.698 3.180,9
2005 45.474 132.253.523 2.908,3
2006 47.739 149.209.246 3.125,5
2007 50.381 162.630.023 3.228,0
2008 52.242 167.858.293 3.213,9
Evolução no período 2004-2008
19,3% 20,6% 1,0%
Fonte: CELESC/SEBRAE-SC, 2010.
Quanto ao consumo por tipologia das classes consumidoras, os consumidores
residenciais no município de Palhoça representam 52,85% do consumo total de energia
elétrica, a industrial consume 12,07% e a comercial 24,09%. A Tabela 107 traz estas
informações.
Tabela 107: Número de Consumidores e Demanda de Energia Elétrica, Segundo Tipologia das Unidades Consumidoras em Palhoça – 2010.
Tipo de Consumidor
Nº de Unidades Consumidoras
Consumo Total (KW/h)
Representatividade no Consumo
Residencial 50.222 106.028.350 52,85%
Industrial 2.512 24.234.552 12,07%
Comercial 3.706 48.340.204 24,09%
Rural 179 2.960.004 1,47%
Poderes Públicos 170 3.094.994 1,54%
Iluminação Pública 1 11.954.252 5,95%
Serviços Públicos 4 2.364.403 1,17%
Consumo Próprio 10 243.937 0,12%
Revenda 1 1.398.600 0,69
Total 56.805 200.619.295 100%
Fonte: CELESC/Secretaria de Estado da Fazenda, 2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
196
No município de Governador Celso Ramos o aumento de unidades consumidoras de
energia elétrica foi de 16,8% no período de 2004 e 2008, tendo sido de 18,4% a
evolução do consumo de energia no período considerado. Os dados são apresentados
na tabela que segue.
Tabela 108: Consumidores e Consumo de Energia Elétrica em Governador Celso Ramos – 2004/2008.
Ano Nº de Unidades Consumidoras
Consumo Total (KW/h)
Média de Consumo Anual Per Capita
(KW/h)
2004 6.246 16.788.890 2.687,9
2005 6.502 17.408.542 2.677,4
2006 6.726 17.991.113 2.674,9
2007 6.915 19.356.444 2.799,2
2008 7.298 19.882.983 2.724,4
Evolução no período 2004-2008
16,8% 18,4% 1,4%
Fonte: CELESC/SEBRAE-SC, 2010.
Quanto ao consumo por tipologia das classes consumidoras, os consumidores
residenciais no município de Governador Celso Ramos representam 58% do consumo
total de energia elétrica, a industrial consume 7,3% e a comercial 18,9%. A tabela que
segue traz estas informações.
Tabela 109: Número de Consumidores e Demanda de Energia Elétrica, Segundo Tipologia das Unidades Consumidoras em Governador Celso Ramos – 2010.
Tipo de Consumidor
Nº de Unidades Consumidoras
Consumo Total (KW/h)
Representatividade no Consumo
Residencial 6.438 11.535.583 58,0%
Industrial 286 1.443.224 7,3%
Comercial 469 3.766.332 18,9%
Rural 30 986.140 5,0%
Poderes Públicos 55 265.664 1,3%
Iluminação Pública 1 1.729.488 8,7%
Serviços Públicos 17 147.716 0,7%
Consumo Próprio 2 8.836 0,0%
Revenda 7.298 19.882.983 100,0%
Total 6.438 11.535.583 58,0%
Fonte: CELESC/Secretaria de Estado da Fazenda, 2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
197
Por fim, os números referentes a Florianópolis. Na capital o número de unidades
consumidoras de energia elétrica no período compreendido entre os anos de 2004 e
2008 apresentou um aumento de 10,9%. A evolução do consumo de energia elétrica
neste mesmo período foi de 17,9%, conforme pode ser visualizado na Tabela 110.
Tabela 110: Consumidores e Consumo de Energia Elétrica em Florianópolis – 2004/2008
Ano Nº de Unidades Consumidoras
Consumo Total (KW/h)
Média de Consumo Anual Per Capita
(KW/h)
2004 177.392 853.766.093 4.812,9
2005 182.749 889.745.625 4.868,7
2006 187.753 917.422.081 4.886,3
2007 194.154 1.001.786.347 5.159,8
2008 196.710 1.006.654.739 5.117,5
Evolução no período 2004-2008 10,9% 17,9% 6,3%
Fonte: CELESC/SEBRAE-SC, 2010.
No município de Florianópolis, a classe de consumidores residenciais também
representa maioria, com 46,55% do consumo total de energia elétrica da cidade. Em
segundo lugar vem o setor comercial, com 35,57% e em terceiro o industrial com 3,5-%
do consumo. Segue-se a tabela com estas especificações.
Tabela 111:Número de Consumidores e Demanda de Energia Elétrica, Segundo Tipologia das Unidades Consumidoras em Florianópolis – 2010.
Tipo de Consumidor
Nº de Unidades Consumidoras
Consumo Total (KW/h)
Representatividade no Consumo
Residencial 180.981 514.387.678 46,55%
Industrial 2.924 38.767.946 3,50%
Comercial 21.062 393.032.113 35,57%
Rural 122 622.029 0,05%
Poderes Públicos 1.104 98.029.828 8,87%
Iluminação Pública 1 30.157.444 2,72%
Serviços Públicos 184 24.550 0,002%
Consumo Próprio 18 5.247.485 0,47%
Revenda 0 0 0,0%
Total 206.396 1.104.795.391 100%
Fonte: CELESC/Secretaria de Estado da Fazenda, 2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
198
Como pode ser observado pelos dados e informações aqui registradas, há significativo
aumento de demanda por energia elétrica na região metropolitana de Florianópolis, que
inclui os municípios da ADA do empreendimento em questão. Este aumento da
demanda deve-se, como já foi citado, pelo incremento da atividade comercial, com
implantação de diversas empresas e empreendimentos, mas também pela implantação
de loteamentos na região, aumentando a demanda de consumo residencial.
Acredita-se que, caso venha a ser implantada, a rodovia ora em estudo, o Contorno de
Florianópolis, possa contribuir para o adensamento em diversos pontos dos municípios
interceptados, o que contribuiria ainda mais para a demanda por energia elétrica nos
mesmos.
Há informações de que, a CELESC vem, ciente da necessidade, investindo em novas
linhas de transmissão e distribuição para assegurar o fornecimento de energia elétrica
na região metropolitana de Florianópolis. Há recursos previstos para construção de três
subestações, o que deve melhorar a oferta consideravelmente. As três subestações
deverão ser construídas duas na Baixada do Maciambú (uma das obras já está em
andamento), em Palhoça e outra na divisa do município de Palhoça com São José.
As fotos abaixo ilustram a proliferação de condomínios fechados na região e que
despontam para a formação de pólos de atração no cenário de expansão urbana da
capital (tema a ser tratado mais adiante neste diagnóstico) e que, consequentemente,
demandará maior consumo de energia elétrica.
As fotos referem-se ao Condomínio Terra Nova Palhoça (Figura 51), ocupação de
2.200 mil m² por mais de 7 mil unidades habitacionais. A Universidade do Estado de
Santa Catarina-UDESC prevê implantação de campus universitário no local.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
199
Figura 51: Fotos - Condomínio Terra Nova Palhoça.
5.3.1.1.5. Comunicação
A linguagem e suas tecnologias sempre foram mediações centrais no processo de
interação humana. Entretanto, seja nas cidades de porte médio, como as que aqui se
analisa, ou nas grandes metrópoles, as situações sociais tornam-se cada dia mais
complexa, tornando a diversificação da comunicação – capaz de influenciar e até
mudar as culturas e as expressões destas, as linguagens, as tecnologias – cada dia
mais necessária.
No contexto atual de meios de comunicação de massa, de novas tecnologias, de novas
formas de relação social mediadas pelas tecnologias de comunicação, que configuram
novas relações sociais e novas formas de ver e perceber o mundo, investigar a
capacidade de comunicação no âmbito das cidades é tarefa bastante válida.
O TR do IBAMA que conduz as abordagens desenvolvidas no âmbito deste diagnóstico
solicita a identificação da infraestrutura existente e das demandas em relação também
ao tema da comunicação.
Cabe ressaltar a pertinência de tal solicitação no contexto de um diagnóstico
socioeconômico para um Estudo de Impacto Ambiental, tendo em vista que no que se
refere à questão ambiental, importantes fenômenos se fortalecem com a presença de
meios de comunicação eficazes: a troca de informações, a divulgação (a um público
incomensurável) de fatos e acontecimentos que poderão desencadear a reflexão, o
debate
ambien
Além d
auxiliar
separa
relação
amplas
não se
Neste
socioec
situaçã
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
201
e a Rádio AM Jornal A Verdade. Já em Palhoça, existe a Rádio Comunitária mantida
pela Ação Social São Francisco de Assis – ASFA, apenas duas agências de Correios
(centro e Ponte do Imaruim) e cinco jornais locais: Expresso Ponte, Folha Extra, O
Caranguejo, Palavra Palhocense e Primeira Folha. Em Governador Celso Ramos,
existe apenas uma agência dos Correios, no bairro Centro, e o principal jornal é a
Folha Barriga Verde. Por fim, o levantamento da estrutura de comunicação em
Florianópolis apontou os seguintes mecanismos. A cidade conta com vinte e seis
agências dos Correios. Além disto, são dois jornais de grande circulação: Diário
Catarinense e Notícias do Dia. Cinco rádios FM: Sociedade Rádio Guarujá, Rádio
Itapema FM de Florianópolis, Rádio Barriga Verde, Fundação Maranata de
Comunicação Social e Rádio Atlântida FM de Florianópolis. Cinco rádios AM: Diário da
Manhã, Difusora Gomes, Rádio Canoinhas, Rádio Cultura AM e Sociedade Rádio
Guarujá. Uma rádio comunitária, a Associação Rádio Comunitária Campeche.
Ressalta-se que o levantamento destes veículos pode contribuir para a agilidade de um
futuro programa de comunicação social necessário no caso do empreendimento vir a
ser de fato implantado.
Segundo o IBGE, através da PNAD 2011, 95,5% dos domicílios do estado de Santa
Catarina tem acesso a telefone. A distribuição dos domicílios catarinenses no que se
refere aos serviços de telecomunicação pode ser visualizada na Tabela 112. A
pesquisa não traz os dados desagregados por município.
Tabela 112: Distribuição dos Domicílios Catarinenses Quanto ao Acesso a Telecomunicações, 2011.
Tipo de Acesso Participação % no Total de
Domicílios
Com telefone 95,5
Somente celular 48,8
Somente fixo 3,0
Celular e fixo 43,7
Sem Telefone 4,5
Com microcomputador 58,6
Com acesso à internet 48,5
Sem microcomputador 41,4
Fonte: IBGE – PNAD – Síntese dos Indicadores Sociais, 2011.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
202
Para informações mais específicas a respeito do grau de cobertura dos serviços de
telecomunicações nos municípios da AID, consultou-se o banco de dados da Agência
Nacional de Telecomunicações – ANATEL. Esta fonte disponibiliza dados a respeito do
número de acessos à telefonia fixa por município e também o número de acessos a
comunicação multimídia2. Não há informações desagregadas por município para o
número de acessos à telefonia móvel. Estes dados estão contidos nas tabelas que
seguem.
Tabela 113: Número de Acessos à Telefonia Fixa por Município da AID – 2012.
Município Acessos Individuais Acessos Públicos
Biguaçu 9.784 375
São José 40.261 1.088
Palhoça 21.830 650
Florianópolis 106.974 2.537
Governador Celso Ramos 3.012 121
Fonte: ANATEL
*Mês de referência: junho de 2012.
Tabela 114: Número de Acessos à Comunicação Multimídia por Município da AID – 2012.
Município Quantidade de Acessos
Biguaçu 8.730
São José 39.281
Palhoça 22.454
Florianópolis 139.660
Governador Celso Ramos 1.284
Fonte: ANATEL. *Mês de referência: junho de 2012.
2 Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) é um serviço fixo de telecomunicações de interesse
coletivo, prestado em âmbito nacional e internacional, no regime privado, que possibilita a oferta de
capacidade de transmissão, emissão e recepção de informações multimídia (dados, voz e imagem),
utilizando quaisquer meios, a assinantes dentro de uma área de prestação de serviço.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
203
5.3.1.1.6. Saneamento Básico
A ausência de serviço de saneamento básico eficiente representa, na grande maioria
dos casos, situações de omissão, descaso ou inépcia do poder público com respeito
aos serviços urbanos essenciais que devem ser oferecidos à população, alguns deles
de responsabilidade das prefeituras municipais, outros de governos estaduais. É
consenso que a falta de saneamento básico adequado produz situações de
vulnerabilidade socioambiental, sobretudo em áreas ocupadas por segmentos sociais
desfavorecidos e representa, um risco permanente de degradação do meio ambiente,
seja imediato ou futuro, bem como a possibilidade bastante provável de contaminação
da base de recursos com consequências generalizadas sobre a saúde e o bem-estar
da população.
A situação piora muito quando margens de rios e outros cursos d’água são utilizados
como despejo de esgoto doméstico ou como vazadouros clandestinos de lixo. A
contaminação das águas se soma aos gases do lixo, que polui o ar, e à proliferação de
insetos e roedores que servem como vetores de diversas doenças infecto-parasitárias.
Sempre que se discute a situação socioambiental preponderante nas áreas urbanas, o
saneamento básico é um elemento fundamental para a avaliação das condições
satisfatórias da vida humana. No âmbito deste Estudo de Impacto Ambiental não
poderia ser diferente.
Para se avaliar os possíveis impactos do empreendimento na Área Diretamente
Afetada, foram reunidos sistematicamente diversos dados e informações a respeito das
condições de saneamento básico nos municípios envolvidos. De modo a se obter uma
organização mais clara dos levantamentos efetuados, permitindo avaliar a situação
encontrada, o conteúdo foi disposto nos seguintes tópicos temáticos abastecimento de
água, coleta e tratamento de esgotos, coleta e disposição dos resíduos sólidos e
drenagem urbana.
A Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007 estabelece diretrizes nacionais para o
saneamento básico. Seu art. 3º define o seguinte conjunto de elementos:
I - Saneamento básico: conjunto de serviços, infra-estrutura e instalações
operacionais de:
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
204
a) Abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;
b) Esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente;
c) Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;
d) Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.
Considerando estes elementos que compõem o que a lei define como saneamento
básico, o diagnóstico buscou fazer uma apanhado geral da situação em cada município
no que se refere a cada um dos componentes, de modo a subsidiar a análise dos
impactos que o empreendimento pode acarretar diante do cenário atual.
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Embora a cobertura de abastecimento de água no Brasil apresente percentuais mais
favoráveis do que outros serviços de saneamento, como, por exemplo, o de
esgotamento sanitário e manejo de resíduos sólidos, ainda estamos muito distantes da
necessária universalização. Mesmo quando se considera apenas as populações
urbanas, a distribuição regional, por porte de município, ou por renda, mostra grandes
desigualdades no acesso à água potável em quantidade e qualidade necessárias para
proteção da saúde humana. A desigualdade se revela mais contundente quando a
população das zonas rurais é levada em consideração.
Nos municípios de Florianópolis, São José e Biguaçu, os serviços de abastecimento de
água e tratamento de esgotos é realizado pela Companhia Catarinense de Águas e
Saneamento – CASAN. Em Palhoça, estes serviços são de responsabilidade da
Companhia Águas de Palhoça e em Governador Celso Ramos, a responsabilidade é
do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto - SAMAE.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
205
Recentemente foi criada no estado de Santa Catarina a Agência Reguladora de
Serviços de Saneamento Básico do Estado de Santa Catarina – AGESAN, autarquia de
regime especial instituída por meio da Lei Complementar nº 484, de 04/01/2010, como
agência de estado para fiscalizar e orientar a prestação de serviços públicos de
saneamento básico, bem como editar normas técnicas, econômicas e sociais para sua
regulação.
Os municípios de Biguaçu e São José conveniaram-se à AGESAN nos anos de 2010 e
2011, respectivamente.
Com o objetivo de se captar informações mais precisas, em escala municipal, foram
tomados os dados do Censo Demográfico 2010. A proporção de domicílios com
abastecimento de água nos municípios que compõem a AID deste projeto pode ser
verificada na Tabela 115.
Tabela 115:Proporção de Domicílios por Tipo de Abastecimento de Água na AID – 2010.
Tipo de Abastecimento
Número e Percentual de Domicílios Atendidos por Município
Biguaçu São José Palhoça Florianópolis Governador
Celso Ramos
F % F % F % F % F %
Rede Geral de Distribuição
14.756 81,70 67.903 97,60 39.058 90,90 137.983 93,60 3.816 92,71
Poço ou nascente na propriedade
747 4,14 452 0,64 1.745 4,06 4.590 3,11 74 1,80
Outra forma 2.555 14,16 1.228 1,76 2.163 5,03 4.863 3,29 6 0,15
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico realizada pelo IBGE em 2008, traz
informações sobre o volume de água tratada distribuída por dia nos municípios
brasileiros. Os números referentes aos cinco municípios da AID são os expressos na
tabela que segue
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
206
Tabela 116: Volume de Água Tratada Distribuída por Dia nos Municípios da AID–2010.
Município Volume de Água Tratada Distribuída por Dia
(m3)
Biguaçu 7.262
São José 11.294
Palhoça 173.532
Florianópolis 39.753
Governador Celso Ramos 6.226
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico –2010.
Em consulta ao Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento – SNIS, banco
de dados disponibilizado pelo Ministério da Integração Nacional, em 2010 verificou-se
que o número de economias ativas em Biguaçu era de 14.879, 76.251 em São José,
180.548 em Florianópolis, 43.369 em Palhoça e 7.727 em Governador Celso Ramos.
O Sistema Integrado de Abastecimento de Água da Região de Florianópolis (SIF) é
responsável pelo suprimento de 5 (cinco) municípios situados na área conurbada de
Florianópolis: Florianópolis, Biguaçu, São José, Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz.
Destes, os quatro primeiros constituem a AID do empreendimento e Santo Amaro da
Imperatriz é um dos componentes da AII.
A captação das águas para o SIF é feito em dois mananciais importantes. O rio Vargem
do Braço e o rio Cubatão do Sul. O Rio Vargem do Braço, situado na localidade
denominada de Pilões, nasce nas encostas da Serra do Mar, no Município de Santo
Amaro da Imperatriz, e é afluente do Rio Cubatão do Sul. A área de drenagem do Rio
Vargem do Braço é de 138,47 km² e pertence à bacia hidrográfica da Reserva
Florestal Serra do Tabuleiro, uma unidade de conservação ambiental, o que tem
contribuído, em épocas normais (sem chuvas intensas) para a manutenção da boa
qualidade da água bruta captada deste manancial. Já a bacia hidrográfica do Rio
Cubatão do Sul está localizada nos municípios de Águas Mornas (AII) e Santo Amaro
da Imperatriz e possui uma área de drenagem de 738 km².
Ao contrário do Rio Vargem do Braço, as águas do Rio Cubatão do Sul tem uma
qualidade bastante inferior,cujas causas principais foram as queimadas e
desmatamentos em grandes áreas de sua bacia hidrográfica para a atividade de
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
208
COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO
Dentre os serviços urbanos de saneamento básico, o esgotamento sanitário é o que
apresenta os maiores problemas no que se refere à abrangência e à qualidade do
atendimento, deixando de fora parcelas significativas de população.
A expansão do fornecimento de água potável provocou novas preocupações em
relação ao esgoto doméstico, tendo em vista que o esgoto constitui a etapa final do
ciclo de utilização humana das águas. Assim, o lançamento descontrolado de esgotos
nos solos ou em nascentes, rios, lagos e outros corpos d’água passou a ser uma das
principais causas da poluição hídrica, realidade no Brasil e no mundo, constituindo-se
em fontes de degradação do meio ambiente e de proliferação de doenças.
Infelizmente, embora a relação entre o atendimento por saneamento básico, em
especial esgotos e a melhoria da saúde pública seja uma das relações mais
ponderáveis e reconhecidas no meio técnico-científico, ainda persiste a existência de
populações que não têm acesso a ambientes saneados, com disposição adequada dos
excretas e águas servidas.
No Brasil há ainda um grande passivo socioambiental que se acumulou devido ao
descaso pela questão do esgotamento sanitário, condicionado por diversas variantes:
ineficiência das ações de planejamento, a demanda por investimentos massivos e de
longo período de maturação, ou seja, de amortização dos investimentos realizados, a
falta de compromisso político que muitas vezes adiou decisões importantes nesta área,
entre outras, como o crescimento urbano descontrolado. Frente a esta realidade, torna-
se premente a necessidade de prover as cidades de tratamento adequado de seus
esgotos, seja com tecnologias tradicionais seja com tecnologias alternativas, a
depender do contexto de cada área.
Nos municípios integrantes da Área de Influência Direta do empreendimento de
implantação do Contorno de Florianópolis, a proporção de domicílios que dispõem de
serviço de esgotamento sanitário pode ser visualizada na tabela que segue.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
209
Tabela 117:Proporção de Domicílios com Serviço de Esgotamento Sanitário na AID – 2010.
Instalação Sanitária
Número e Percentual de Domicílios Atendidos por Município
Biguaçu São José Palhoça Florianópolis Governador
Celso Ramos
F % F % F % F % F %
Rede Geral de Esgoto ou Pluvial
4.393 24,35 33.426 48,05 8.047 18,72 76.842 52,13 319 7,75
Fossa séptica
10.998 60,99 32.255 46,35 28.094 65,38 53.849 36,53 2.756 67
Outra forma 2.596 14,39 3.836 5,51 6.725 15,65 16.588 11,25 5 0,12
Não tinham 50 0,27 65 0,09 100 0,25 144 0,09 6 0,15
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
Conforme pode ser verificado pelos dados precedentes, a proporção de domicílios que
dispõem de rede oficial de esgotos ainda é muito reduzida, principalmente nos
municípios de Biguaçu e Palhoça. Ainda é muito freqüente a utilização do sistema de
fossas sépticas.
Em termos populacionais, a quantidade de população atendida por esgotamento
sanitário foi colhida junto ao banco de dados do SNIS, que são referentes ao ano de
2010. Neste sistema não há dados numéricos disponíveis sobre o total de população
atendida para os municípios de Biguaçu e Governador Celso Ramos.
Em São José, a população total atendida com rede de esgoto era de 62.424 pessoas
em 2010, sendo que o município dispunha de 6.134 ligações de esgoto ativas naquele
ano, numa extensão de rede de 134,40 Km. Em Florianópolis, eram 227.075 habitantes
atendidos, com 27.619 ligações ativas de esgoto. Em Palhoça, a população atendida
era de 5.589 habitantes, com 1.755 ligações ativas de esgoto. Cabe destacar que a
cidade de Florianópolis, segundo a Pesquisa Trata Brasil (2008), da Fundação Getúlio
Vargas – FVG, ocupava a 39ª posição no ranking entre as 81 cidades observadas no
estudo no que se refere a esgoto tratado.
COLETA E DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Quando dispostos de forma inadequada, os resíduos sólidos urbanos constituem
problemas de ordem estética, ambiental e de saúde pública. A falta de limpeza urbana,
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
210
por exemplo, que compreenda a coleta, o transporte e a disposição final dos resíduos
sólidos urbanos pode causar vários problemas sociais e ambientais, como transmissão
de doenças, proliferação de vetores, poluição do solo, das águas e do ar e estímulo à
catação desordenada dos resíduos, com sérias conseqüências sociais, inclusive
degradação da auto-estima do ser humano.
A problemática dos resíduos sólidos constitui uma das maiores preocupações
ambientais do mundo atual, pois diante das novas necessidades de consumo criadas
pela cultura capitalista contemporânea, um volume crescente de resíduos precisa ser
recolhido, tratado e corretamente disposto, sem contar a necessidade de novas áreas
disponíveis e adequadas para seu recebimento, tendo como fatores limitantes os
impactos ambientais e os custos envolvidos em todas as etapas de seu gerenciamento.
O fato é, pois que os resíduos sólidos são produtos inevitáveis dos processos
econômico-sociais de que dependemos, porém podem ser encarados sob óticas
diversas, umas bem mais racionais e sustentáveis que outras.
O tema da limpeza urbana e dos resíduos sólidos ocupou por muito tempo uma
posição secundária no debate sobre saneamento básico no Brasil quando comparados
às iniciativas no campo da água, por exemplo. Tanto é assim, que somente em 2010 foi
instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos, através da Lei nº 9.605, de 02 de
agosto de 2010, que também altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (a
chamada Lei de Crimes Ambientais).
Apesar disto, mais ou menos em meados da década de 1980, o agravamento dos
problemas de natureza socioambiental, decorrentes da destinação inadequada de
resíduos sólidos estimulou a integração desta temática nos debates a respeito de
saneamento no país, levando ao reconhecimento da importância de diversos atores
sociais como co-responsáveis na gestão dos resíduos sólidos, a valorização da
reciclagem e a promoção de ações educativas para mudanças de valores e hábitos da
sociedade. Porém, estas são prioridades relativamente novas, que foram incorporadas
a partir do início da década de 1990 por alguns governos municipais em iniciativas
pioneiras.
Entre as razões que podem explicar esse desenvolvimento tardio da consciência
ambiental no campo dos resíduos sólidos, estão, por exemplo, o descaso ou
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
211
desconhecimento por parte da sociedade sobre os impactos socioambientais gerados
por estas matérias, a escassez de recursos públicos para o tratamento da questão e
uma cultura privilegiando uma abordagem técnica e não sociocultural e ambiental da
questão.
Feita esta contextualização da importância de se tratar adequadamente a questão dos
resíduos sólidos enquanto componente dos serviços de saneamento básico, passa-se
ao diagnóstico realizado nos municípios da AID do empreendimento quanto a este
item.
O tema dos resíduos sólidos foi analisado, primeiramente, considerando-se o grau de
cobertura do serviço em cada município em questão. Os dados a respeito do número
de domicílios que desfrutam deste serviço público podem ser visualizados na Tabela a
seguir.
Tabela 118:Proporção de Domicílios por Destino dos Resíduos Sólidos na AID – 2010.
Destino dos
Resíduos Sólidos
Número e Percentual de Domicílios Atendidos por Município
Biguaçu São José Palhoça Florianópolis Governador
Celso Ramos
F % F % F % F % F %
Coletado por
serviço de limpeza
17.521 97,13 68.336 98,20 41.410 96,38 137.283 93,11 3.724 90,48
Coletado por
caçamba do serviço de limpeza
350 1,95 1.098 1,59 1.214 2,82 9.895 6,71 353 8,58
Outro destino
166 0,92 149 0,21 342 0,80 258 0,18 7 0,17
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
Há pouca disponibilidade de dados a respeito dos resíduos sólidos gerados nos quatro
municípios da AID. Por este motivo, apresentam-se as informações de forma não
padronizada, porém contendo um apanhado de todos os dados que foram obtidos para
cada uma das cidades.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
212
Florianópolis, por exemplo, aprovou no ano de 2010, o Plano Municipal Integrado de
Saneamento Básico - PMISB. Para elaboração do plano foram feitos diagnósticos
setoriais para cada componente de saneamento básico do município.
Segundo dados constantes neste documento, a capital de Santa Catarina já produzia
em 2002, 10.500 toneladas de lixo por mês, cuja composição é demonstrada na Tabela
119:
Tabela 119:Composição dos Resíduos Sólidos em Florianópolis.
5. Tipo de resíduo
Participação percentual
Metais 3,90
Sanitários 8,87
Têxteis e couro 3,68
Vidro 4,10
Papelão 3,29
Papel 10,93
Plástico mole 9,94
Plástico duro 4,98
Orgânico 46,35
Outros 3,96
Fonte: COMCAP, 2002.
Entretanto, segundo o Diagnóstico de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos de 2009,
disponível no SNIS, Florianópolis em 2010 coletou 158.396 toneladas de resíduos,
sendo 155.843 toneladas de resíduos domiciliares e 2.553 toneladas de resíduos
públicos. Em Biguaçu, o volume coletado em 2010 foi de 12.969 toneladas.Em
Governador Celso Ramos, o volume coletado em 2010 foi de 4.440 toneladas, sendo
4.440 toneladas de resíduos domiciliares e 0 (zero) de resíduos públicos. Em São José,
o volume coletado em 2010 foi de 54.960 toneladas, sendo 48.960 toneladas de
resíduos domiciliares e 6.000 toneladas de resíduos públicos.
Os serviços de limpeza pública no Município de Florianópolis são realizados
pelaCOMCAP – Companhia de Melhoramentos da Capital, uma empresa de economia
mistacriada em 1976, da qual a Prefeitura Municipal de Florianópolis é a acionista
majoritária.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
213
A coleta de resíduos sólidos no município é executada pelo Departamento de Coleta de
Resíduos, que realiza vários tipos de coleta: (I) convencional (comum), todos os
resíduos sólidos domiciliares não selecionados, (II) seletiva dos resíduos recicláveis
selecionados pelos moradores, (III) em áreas críticas, (IV) com caixas Brooks, (V)
infectantes, dos serviços de saúde municipal e (VI) coleta de lixo pesado.
Todo o lixo coletado no município de Florianópolis é encaminhado ao Centro de
Transferência de Resíduos Sólidos – CTReS, localizado no antigo lixão do Itacorubi
(desativado), onde é pesado e conduzido ao seu destino, que pode ser ou os galpões
de triagem no caso dos resíduos provenientes da coleta seletiva, no aterro sanitário de
Biguaçu ou no aterro de inertes.
O aterro sanitário de Biguaçu é um empreendimento de natureza privada, de
responsabilidade da empresa PROACTIVA e recebe os resíduos de 21 municípios da
região metropolitana de Florianópolis (núcleo central e área de expansão), incluindo, é
claro, os cinco municípios da AID do empreendimento e sua capacidade já se encontra
próxima do esgotamento.
A frequência da coleta de resíduos na cidade de Florianópolis é variável dependendo
basicamente da densidade populacional do bairro, acontecendo de duas a três vezes
por semana, exceto no verão quando é feita diariamente devido ao acréscimo de
população flutuante.
O Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – PMISB de Florianópolis, em seu
diagnóstico a respeito dos resíduos sólidos no município, elencou as seguintes
dificuldades ainda presentes na operação da coleta convencional de resíduos:
Mistura de resíduos perigosos (lâmpadas fluorescentes, pilhas e outros)
juntamente com os resíduos domiciliares;
Locais comerciais e institucionais que ainda não fazem uso das lixeiras
indicadas em lei;
Ruas estreitas, íngremes e sem saída;
Carros estacionados em local indevido;
Mau acondicionamento dos resíduos perfurocortantes (agulhas, vidros
quebrados, facas etc) causando constantes acidentes de trabalho;
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DEBOR
do Tra
Coleta
municíp
TipRes
OrgâReci
RejT
Fon
Segund
recicláv
seguint
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Ltda., s
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
216
Contribuem para esta situação as ações antrópicas que vem degradando cada vez
mais as matas ciliares, contribuindo para o assoreamento dos cursos d’água, despejo
inadequado de esgotos domésticos, resíduos sólidos (inclusive da construção civil),
pavimentação excessiva e outras condutas incorretas do ponto de vista ambiental.
As regiões mais críticas, considerando-se os aspectos socioambientais do fenômeno
das cheias estão situadas nos vales dos rios em zonas urbanas, em virtude justamente
da ação antrópica.
Fato é que as enchentes afetam periodicamente a Bacia do Rio Biguaçu,
principalmente a zona urbana do município, produzindo efeitos que muitas vezes
tomam dimensões catastróficas.
Algumas intervenções no sentido de minimizar estes problemas já foram levadas a
efeito. Foram feitas obras de retificação dos principais canais fluviais, visando a
regularização do regime hidrológico da Bacia do Rio Biguaçu. No vale do Ribeirão
Vermelho, ao sul do município de Biguaçu, áreas naturais de várzeas, também foram
feitas retificações desta natureza visando atenuar as inundações. Nestas áreas o atual
uso é de pastagens, plantação de hortaliças e cultivo de grama para jardinagem.
Segundo o Diagnóstico do Meio Físico deste EIA, tais obras de retificação de leitos,
realizadas na década de 1960, foram bem sucedidas em relação ao regime de cheias,
porém, por outro lado, resultaram na obstrução da foz do Rio Biguaçu, dificultando o
lançamento das águas na Baía Norte. Além disto, estas obras resultaram no aumento
da velocidade do fluxo da corrente e no aumento da capacidade de transporte de
sedimentos, gerando ainda mais assoreamento.
Estas conseqüências, somadas à ausência de vegetação e à ocupação irregular de
áreas de planície de inundação, elevam o risco de danos às comunidades pelos
extravasamento dos rios. As inundações são comuns nas áreas do médio e baixo vale
do Rio Biguaçu, onde as comunidades rurais e urbanas convivem há muitos anos com
tal fenômeno. Registros mostram que, somente entre os anos de 1980 e 1995 foram 11
enxurradas, 10 enchentes moderadas, 2 enchentes de calamidade pública e 2
deslizamentos.
Há polêmica também quanto às obras de retificação nas bacias hidrográficas do Rio
Maruim e Ribeirão Forquilha, ambas envolvendo a maior parte do território municipal de
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
217
São José. Neste caso, as retificações provocaram um aumento considerável da
velocidade de escoamento, o que tem gerado alagamento de áreas onde antes não
havia o problema.
No caso de Florianópolis, da mesma forma que em outras cidades, a atual
configuração do sistema de drenagem relaciona-se diretamente com o crescimento
urbano desordenado. Além disto, o relevo acidentado do município também contribuiu
na conformação do atual sistema, sendo que muitos leitos naturais acabaram sendo
aproveitados como elementos importantes para a drenagem urbana, sofrendo, porém,
modificações ao longo de seus cursos, tendo sido retificados, revestidos e, em muitos
casos, cobertos.
O crescimento urbano de Florianópolis, sem o devido controle e planejamento, acabou
por resultar no aumento do grau de impermeabilização do solo da cidade, em
desmatamentos para uso urbano, em erosão, em ocupações impróprias de locais sob
influência das águas como manguezais, fundos de vales, leitos secundários de rios e
encostas de morros. Também verifica-se ocupações irregulares em leitos de canais ou
próximas a eles e na utilização incorreta dos mesmos para depósito de resíduos e
efluentes domésticos.
Conforme apontado no Diagnóstico do Setor de Drenagem Urbana e Manejo das
Águas Pluviais Urbanas do PMISB, embora tenha havido ao longo dos anos, algumas
iniciativas para solução dos problemas de drenagem, como por exemplo, o Plano
Global de Drenagem na década de 1970 e a intervenção do Departamento Nacional de
Obras e Saneamento - DNOS, na década de 1980, essas iniciativas não foram
suficientes para equacionar de maneira eficiente a questão, por diferentes motivos já
elencados ao longo do trabalho.
O resultado desta situação é que Florianópolis ainda enfrenta sérios problemas
relativos ao sistema de drenagem urbana, porém é atingida em diferentes níveis ao
longo de seu território, havendo situações distintas com áreas em melhor ou pior
situação. Hoje, as regiões que mais sofrem com os problemas de enchentes e
alagamentos são aquelas a montante dos manguezais. Os eventos desta natureza
normalmente acontecem quando os períodos de chuva e de maré alta são
coincidentes, fazendo com que a situação seja mais crítica nestes locais.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
218
Além disso, destaca-se que o território do município de Florianópolis é ambientalmente
frágil, possuindo 42% de sua superfície firmada por lei como Área de Preservação
Permanente – APP, constituídas de praias, lagos, lagoas, dunas, mangues, encostas,
restingas, córregos, entre outros.
Segundo o diagnóstico do PMISB, citado anteriormente, as principais deficiências do
sistema de drenagem urbana atual em Florianópolis têm relação com a falta de
manutenção dos canais, o lançamento inadequado de resíduos e esgotos domésticos
na rede pluvial, a impermeabilização do solo, a ocupação de Áreas de Preservação
Permanente-APP’s e a existência de deficiências na ordenação institucional do setor de
drenagem urbana dentro da estrutura organizacional da Administração Municipal.
Ressalta-se que não se pode considerar a drenagem urbana isoladamente no âmbito
do cenário de desenvolvimento urbano. Isso porque são diversas as interfaces desse
setor com a questão fundiária urbana, com o atendimento por esgotamento sanitário,
com a gestão dos resíduos sólidos urbanos, com o planejamento do uso do solo da
cidade, com a conservação ambiental, entre outras. Os impactos que ocorrem na
drenagem urbana são, em primeiro lugar, consequência direta das práticas de uso do
solo e da forma pela qual a infraestrutura urbana é planejada, implantada e legislada.
Outra ponto importante que deve ser associado à questão da drenagem urbana diz
respeito ao crescimento populacional. O crescimento da população urbana tem sido
acelerado nas últimas décadas no Brasil, fazendo crescer desordenadamente as
cidades e fazendo surgir metrópoles na maior parte dos estados brasileiros. Os
municípios da AID do empreendimento ora em estudo são exemplos claros deste tipo
de dinâmica. Essas áreas urbanas e metropolitanas normalmente se formaram a partir
de um núcleo principal mais consolidado e sua expansão para áreas circunvizinhas.
Infelizmente, este processo tem sido caracterizado pela expansão irregular das regiões
periféricas, com pouca ou nenhuma obediência à regulamentação urbana, em geral por
populações de baixa renda.
Desse modo, assiste-se atualmente a uma série de eventos desastrosos, alguns de
natureza trágica, a cada período de chuvas e que afetam principalmente vales
inundáveis e encostas erodíveis. Quase sempre estes eventos são tratados
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
219
essencialmente em nível emergencial pelos sistemas de defesa civil, havendo ainda
relativamente poucas políticas públicas para equacionamento prévio dos problemas.
Este aumento dos prejuízos humanos e materiais causados por enchentes em cidades
brasileiras relaciona-se, por outro lado, com a baixa capacitação institucional e técnica
dos municípios para resolução dos problemas no setor, com a formação histórica de
uma concepção inadequada das ações de drenagem urbana, pontuais e
desarticuladas, e, portanto, na baixa sustentabilidade das mesmas, com a insuficiência
da oferta de infraestrutura de drenagem urbana e com a escassez de recursos para
implementação de ações que visem a gestão do escoamento das águas urbanas e, por
último, com a ausência de mecanismos de controle social na prestação deste tipo de
serviço. O resultado é a degradação do ambiente, da saúde pública e da qualidade de
vida nas cidades.
O caso da Comunidade Colônia Santana, localizada na Área Diretamente Afetada-ADA
do empreendimento de implantação deste contorno, é bem ilustrativo da situação
descrita.
Esta comunidade está em parte inserida por onde passará o traçado do Contorno de
Florianópolis. Ela possui 15 residências, além de estabelecimento comercial (um mini-
mercado), havendo a necessidade de desapropriação de todos os imóveis.
Para elaboração do diagnóstico, componente do EIA/RIMA, duas situações que
preocupam a comunidade chamam atenção, as enchentes/inundações e as
indenizações que serão pagas em um futuro processo de desapropriação.
A situação física encontrada e descrita por moradores revela a descaracterização do
curso natural do rio Maruim, onde houve a retificação em parte da sua calha natural
visto as constantes cheias que prejudicavam esta comunidade.
Na ocorrência de chuvas de grande intensidade na Bacia do Rio Maruim, ocorre,
evidentemente, o aumento do nível das águas. Este aumento provoca o retorno das
águas do Rio pelo chamado “braço morto do rio”, atingindo da mesma forma as
residências.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
220
De acordo com os moradores, o retorno das águas pode ocorrer até o encontro com o
curso atual do Rio, fazendo com que as águas do leito atual e antigo do Rio tomem o
mesmo sentido, formando um único escoamento superficial.
As inundações ocasionadas na região atingem a maior parte das residências ali
existentes, em diferentes magnitudes, dependendo do posicionamento topográfico das
propriedades e edificações.
Ainda segundo moradores, as inundações ocorrem anualmente, causando um
transtorno enorme à comunidade.
Na Figura 55 a Figura 61, são apontados os locais onde o nível d’água chega nas
situações mais críticas.
Figura 55: Identificação dos pontos de inundação apontados por moradores – Comunidade Colônia Santana,
São José / SC.
Cota de inundação máxima apontada por morador.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
221
Figura 56: Identificação dos pontos de inundação apontados por moradores – Comunidade Colônia Santana,
São José / SC.
Cota de inundação máxima apontada por morador.
SC 407
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
222
Figura 57: Identificação dos pontos de inundação apontados por moradores – Comunidade Colônia Santana,
São José / SC.
Cota de inundação
decorrente das chuvas
ocorrentes entre os dias 06 e
09/09/2011.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
223
Figura 58: Identificação dos pontos de inundação apontados por moradores – Comunidade Colônia Santana,
São José / SC.
Cota de inundação máxima apontada por morador.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
224
Figura 59: Identificação dos pontos de inundação apontados por moradores – Comunidade Colônia Santana, São José / SC.
Alcance máximo das águas de inundação segundo moradores.
SC 407
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
225
Figura 60: Projeto Contorno de Florianópolis – Comunidade Colônia Santana, São José / SC.
Colônia Santana
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
226
Figura 61: Área de Inundação informada pela comunidade residente – Comunidade Colônia Santana, São José / SC.
5.3.1.1.7. Segurança Pública
“Segurança Pública” é um tema complexo, resultante da conjunção de fatores diversos,
operantes em diferentes escalas de tempo. Por exemplo, quanto maior o peso do
segmento jovem na população, mais numerosos serão os riscos para a segurança
individual, pois as crianças e os adultos maduros tendem a ser mais obedientes aos
cuidados preventivos. Este fato, de natureza universal, é particularmente importante no
caso dos municípios que compõem este estudo, cuja demografia passa, justamente
pela concentração da população na faixa etária correspondente à juventude, relativo à
Caracterização Populacional.
Área de Inundação Informada
(aproximação – não exata)
Curso atual do Rio
Braço Morto do Rio
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
227
A urbanização é outra variável universal, cuja presença é preponderante nos
municípios da AID, objeto da presente análise. É fato de que nas áreas rurais, as redes
sociais personalizadas tendem a exercer efetivo controle sobre o comportamento,
enquanto nas áreas predominantemente urbanas, onde prevalece o anonimato, estas
circunstância passam a ter valor explicativo sobre variações na taxa de violência e
criminalidade.
Além destes aspectos, outras dimensões se somam à questão da segurança pública:
as condições da organização familiar, anos de estudo, desigualdades e exclusões num
ambiente de extrema interatividade, como os das cidades modernas, a cultura,
inclusive a cívica, entre outros itens igualmente importantes. Em suma, a abordagem
do tema deve ser múltipla, ou se corre o risco de se banalizar a questão. Daí decorre a
importância dos indicadores sociais, e de outros itens trabalhados neste diagnóstico,
especialmente os aspectos da educação e saúde; serem relacionados à avaliação da
segurança pública nos municípios em questão neste Estudo de Impacto Ambiental.
O objetivo aqui é gerar um levantamento que considere diferentes temas da área de
segurança pública e não fique restrito apenas a mensurar a incidência de registros de
ocorrências e os recursos das organizações de segurança pública, embora estes sejam
também importantes e tenham sido apurados. Pretende-se uma contribuição mais
ampla ao entendimento da situação de segurança pública nos municípios da AID, o que
exige a abordagem de outros temas, como por exemplo, a questão das armas na
sociedade civil, a relação entre a sociedade e as organizações de segurança pública,
investimentos no setor e aspectos relacionados à prevenção da criminalidade de da
violência.
Inicialmente, cabe ressaltar que a segurança pública, tratada na Constituição Federal
de 1988 no Capítulo III, artigo 144, como “dever do Estado, direito e responsabilidade
de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos”:
I. Polícia Federal;
II. Polícia Rodoviária Federal;
III. Polícia Ferroviária Federal;
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
228
IV. Polícias Civis;
V. Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares.
Para compreensão do conjunto relativo ao entendimento da segurança pública no
Brasil, alguns conceitos básicos são fundamentais:
Defesa Social – inclui, entre outras atividades, a prestação de serviços de
segurança pública e de defesa civil.
Segurança Pública – é uma atividade pertinente aos órgãos estatais e à
comunidade como um todo, realizada com o fito de proteger a cidadania,
prevenindo e controlando manifestações da criminalidade e da violência, efetivas
ou potenciais, garantindo o exercício pleno da cidadania nos limites da lei.
Defesa Civil – é um conjunto de medidas que visam prevenir e limitar, em
qualquer situação, os riscos e perdas a que estão sujeitos à população, os
recursos da nação e os bens materiais de toda espécie, tanto por agressão
externa quanto em consequência de calamidades e desastres da natureza.
Polícias Militares – são os órgãos do sistema de segurança pública aos quais
competem as atividades de polícia ostensiva e preservação da ordem pública.
Polícias Civis – são os órgãos do sistema de segurança pública aos quais
competem, ressalvada competência específica da União, as atividades de
polícia judiciária e de apuração das infrações penais, exceto as de natureza
militar.
Corpos de Bombeiros Militares são os órgãos do sistema de segurança pública
aos quais compete a execução das atividades de defesa civil, além de outras
atribuições específicas estabelecidas em lei.
A premissa maior da atividade de segurança pública é a sua perspectiva sistêmica,
expressa na interação permanente dos diversos órgãos públicos interessados e entre
eles e a sociedade civil organizada. A prestação de serviços públicos de segurança
engloba atividades repressivas e preventivas, tanto de natureza policial quanto não-
policial, como por exemplo, o provimento de iluminação pública. Além disto, tanto os
serviços de segurança pública de natureza policial quanto os de natureza não-policial
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
229
devem buscar estabelecer, aperfeiçoar e manter, conjunta e permanentemente, um
sentimento coletivo de segurança.
O presente estudo baseia-se na análise de um conjunto de dados quantitativos e
qualitativos relativos aos municípios considerados como Área de Influência Direta. Para
obtenção dos dados, foram utilizados fontes da área de saúde e da segurança pública
propriamente dita.
O Sistema de Informações de Mortalidade – SIM, do Ministério da Saúde, permitiu
identificar a magnitude e a distribuição da mortalidade violenta nos municípios da AID
durante o período 2007-2011. A partir dos dados sobre mortalidade por causas
externas produzidas pela área da saúde, bom base na Classificação Internacional de
Doenças – CID-10, foram selecionadas as variáveis mortes por agressão (homicídios),
acidentes (de trânsito e com arma de fogo), suicídios, mortes por intervenção legal e
eventos cuja intenção é indeterminada também para o período 2007-2011.
Apurou-se junto ao banco de dados do Ministério da Justiça, através de sua publicação
intitulada Mapa da Violência – Os Jovens do Brasil (2011) a série temporal descritiva
para o período de 2006-2008 (último período disponível), com as taxas de mortalidade
proporcional por homicídios e suicídios (por 100 mil habitantes) por ano para a
população total e a população jovem.
Também uma série de estatísticas criminais foi levantada junto à Gerência de
Estatística da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão de
Santa Catarina. São dados diversos, como por exemplo, dados sobre crimes violentos
e não violentos como homicídios, tentativas de homicídio, roubos seguidos de morte,
lesões corporais, crimes sexuais, sequestros, roubos, furtos e tráfico de drogas.
Assim, de posse de todas as informações disponíveis, o diagnóstico da situação de
segurança pública nos municípios da AID, solicitado no TR do IBAMA, inicia-se com a
infraestrutura de polícias (militar e civil) existente na região. A Tabela 121 e Tabela
122, abaixo, trazem os equipamentos de polícia militar e de polícia civil presentes em
cada município da AID.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
230
Tabela 121: Relação de Equipamentos da Polícia Militar na AID.
Município Equipamento de Polícia
Militar Endereço Telefone
Biguaçu 24º Batalhão da Polícia Militar R. Francisco Roberto da Silva, 410 – Rio
Caveiras (48)3243-4209
São José
11ª Região de Polícia Militar R. Sílvia Maria Fabro,
79 B. Kobrasol (48) 3357-4644
7º Batalhão de Polícia Militar R. Antônio Shoreder,
300 B. Barreiros (48) 3271-4018
1ª Companhia do 7º BPM Av. Osvaldo José do Amaral, s/nº - Areias
(48) 3259-1791
2ª CIA do 7º BPM R. Ademar da Silva,
696 – Kobrasol (48) 3259-1791
Guarnição Especial de Polícia Militar Montada
R. Emídio Francisco da Silva, s/nº - Barreiros
(48)3246-0344
Companhia de Polícia Militar de Policiamento com Cães
R. Emídio Francisco da Silva, s/nº - Barreiros
(48)3246-0344
Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE)
R. Matias Kabuchi, 234 – B. Barreiros
(48) 3346-0193
Palhoça
16º Batalhão de Polícia Militar R. Vereador Osvaldo de Oliveira, nº 3971 –
Centro (48) 3242-3323
1ª CIA do 16º BPM R. Vereador Osvaldo de Oliveira, nº 3971 –
Centro (48) 3242-3323
2ª CIA do 16º BPM R. Itaúna, s/nº - Praia
do Sonho (48) 3286-1002
2ª CIA – Polícia Militar Ambiental
Rodovia BR-101 Km 237
(48) 3286-1021
Florianópolis
Comando Geral R. Visconde de Ouro
Preto, 549 (48) 3229-6300
Subcomando Geral R. Visconde de Ouro
Preto, 549 (48) 3229-6304
Chefia do Estado Maior Geral R. Visconde de Ouro
Preto, 549 (48) 3229-6322
Assistência da Chefia do Estado Maior Geral
R. Visconde de Ouro Preto, 549
(48) 3229-6300
1ª Região de Polícia Militar R. Nereu Ramos, 354 –
Centro (48) 3229-6222
Companhia de Policiamento de Guarda – CPGD
Av. Lauro Linhares, 208 – Trindade
(48) 3222-7259
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
231
Município Equipamento de Polícia
Militar Endereço Telefone
4º Batalhão de Polícia Militar R. Nereu Ramos, 354 –
Centro (48) 3229-6452
1ª Companhia do 4º BPM Av. Paulo Fontes, 1101
– Centro 948) 3224-9808
Central Regional de Emergência de Florianópolis – CIEMER 190
Av. Rio Branco, 1064 (48) 3229-6205
21º Batalhão de Polícia Militar Norte da Ilha – Jurerê
Internacional (48) 3282-1158
22º Batalhão de Polícia Militar R. Luiz Carlos Prestes,
364 – Vila São João (48) 3229-6980
Guarnição Especial do Choque R. Madre Benvenuta,
265 – Trindade (48) 3331-1900
Comando de Polícia Militar Especializada
R. Paula Ramos, 1194 – Coqueiros
(48) 3348-0336
Batalhão de Polícia Militar Ambiental
R. Joaquim Nabuco, 1668 – Capoeiras
(48) 3348-0336
1º Grupo do 1º Pelotão/1ª CIA/BPMA
Rod. João Gualberto Soares, s/nº - Parque
Estadual do Rio Vermelho
(48) 3269-7111
Batalhão de Comando e ServiçoR. Nereu Ramos, 354 –
Centro (48) 3229-6241
Batalhão de Aviação da Polícia Militar
Av. Deomício Freitas, 3033, Portão 1 -
Carianos (48) 3236-0458
Academia de Polícia Militar da Trindade
R. Madre Benvenuta, 265 – Trindade
(48) 3331-1900
Centro de Seleção, Ingresso e Estudos de Pessoal
Av. Mauro Ramas, 1264/1º andar – Centro
(48) 3229-6790
Diretoria de Ensino e Instrução R. Madre Benvenuta,
265 – Trindade (48) 3331-1901
Diretoria de Pessoal R. Visconde de Ouro Preto, 549 – Centro
(48) 3229-6340
Diretoria de Saúde e Promoção Social
R. Visconde de Ouro Preto, 549 – Centro
(48) 3229-6140
Diretoria de Apoio Logístico e Financeiro
Av. Rio Branco, 1064 – Centro
(48) 3229-6360
Diretoria de Tecnologias e Sistemas de Informação
Av. Rio Branco, 1064 – Centro
(48) 3229-6750
Coordenação Estadual de Polícia Comunitária
Av. Ivo Silveira, 2320 – Capoeiras
(48) 4009-9857
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
232
Município Equipamento de Polícia
Militar Endereço Telefone
Programa Educacional de Resistência às Drogas e à
Violência
Av. Rio Branco, 1064 – Centro
(48) 3229-6414
Governador Celso Ramos
24° Batalhão da Polícia Militar R. Rosendo Joaquim
Sagaz, s/n (48) 3262-8345
Fonte: Polícia Militar de Santa Catarina, 2011.
Tabela 122: Relação de Equipamentos da Polícia Civil na AID.
Município Equipamento de Polícia Civil Endereço Telefone
Biguaçu Delegacia de Polícia da
Comarca R. Hermógenes
Prazeres, 49 – Centro (48) 3243-3070
São José
1ª Delegacia de Polícia da Comarca
R. Rodolfo Pedro Gomes, s/nº - Forquilhinha
(48) 3357-4295
2ª Delegacia de Polícia da Comarca
R. Fúlvio Vieira da Rosa, s/nº - Barreiros
(48) 3246-1687
3ª Delegacia de Polícia da Comarca
R. Altamiro Di Bernardi, s/nº - Campinas
(48) 3241-1800
1ª Delegacia Regional de Polícia
BR-101 – Km 207 – Kobrasol
(48) 3241-9200
Central de Polícia R. Fúlvio Vieira da
Rosa, s/nº - Barreiros (48) 3246-8017
Delegacia de Proteção da Criança, Adolescente, Mulher e
Idoso
R. Adhemar da Silva, 1135 B. Kobrasol
(48) 3357-5418
Divisão de Investigação Criminal
Av. Prefeito Nelson Martins, s/nº - Centro
(48) 3279-0300
Palhoça
30ª Delegacia Regional de Polícia
Av. Prefeito Nelson Martins, s/nº - Centro
(48) 3279-0300
Delegacia de Polícia da Comarca
Av. Barão do Rio Branco s/nº
(48) 3242-3190
Subdelegacia de Polícia da Comarca de Pinheira
Rodovia SC 433, km 11 - Pinheira
(48) 2383-1312
Delegacia de Proteção da Criança, Adolescente, Mulher e
Idoso Passa Vinte
R. Monza, 484 – Passa Vinte
(48) 3286-5551
Florianópolis Delegacia Geral da Polícia Civil
R. Álvaro de Cravalho, 220 - Centro
(48) 3251-8100
1ª Delegacia de Polícia da Av. Prefeito Osmar (48) 3251-5200
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
233
Município Equipamento de Polícia Civil Endereço Telefone
Capital Cunha, 263 – Centro
2ª Delegacia de Polícia da Capital
R. Profº Adir Faisca, 153 – Saco dos Limões
(48) 3333-5525
3ª Delegacia de Polícia da Capital
R. Santos Saraiva, 2229 - Estreito
(48) 3271-6200
4ª Delegacia de Polícia da Capital
R. Ivo Reis Montenegro, 157 –
Itaguaçu (48) 3244-1555
5ª Delegacia de Polícia da Capital
R. Lauro Linhares, 208 – Trindade
(48) 3333-0985
6ª Delegacia de Polícia da Capital
R. Delminda da Silveira, 811 - Agronômica
(48) 3228-5304
7ª Delegacia de Polícia da Capital
Rod. Tertuliano Brito Xavier, 315
Canasvieiras (48) 3226-1872
8ª Delegacia de Polícia da Capital
Rod. Armando Calil Bulos, 5230
(48) 3244-9663
10ª Delegacia de Polícia da Capital
R. Bento Silveira, s /nº Casarão 2 – Lagoa da
Conceição (48) 3956-5010
Central de Polícia de Florianópolis
Av. Prefeito Osmar Cunha, 263 - Centro
(48) 3251-5200
Central de Triagem da Polícia Civil
R. Vereador Gercino Silva, 67
(48) 3249-1725
Corregedoria Geral da Polícia Civil - CGPC
R. Bento Gonçalves, 193
(48) 3952-6100
Delegacia de Homicídios da Capital
R. Bento Gonçalves, 193
(48) 3952-6100
Delegacia de Proteção ao Turista
Av. Paulo Fontes, 1101 - Centro
(48) 3333-2103
Diretoria Estadual de Investigações Criminais - DEIC
R. Santos Saraiva, 2209 – Capoeiras
(48) 3281-4200
Diretoria de Inteligência da Políca Civil - DIPC
R. Álvaro de Carvalho, 220 - Centro
(48) 3251-8170
Diretoria de Polícia da Grande Florianópolis - DGPF
Av. Prefeito Osmar Cunha, 263 - Centro
(48) 3251-5255
Subdelegacia do Aeroporto de Florianópolis
R. Diomicio Freitas, 3393 – Aeroporto
Internacional (48) 3236-1155
Subdelegacia da 8ª DPC R. Silveira, 66 – B.
Ingleses (48) 3269-2065
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
234
Município Equipamento de Polícia Civil Endereço Telefone
Subdelegacia do Bairro Daniela Rod. Pontal do Jurerê,
3530 – Balneário Daniela
(48)3269-6949
Polinter Av. Mauro Ramos,
1264 – Centro (48) 3228-3886
Governador Celso Ramos
Delegacia de Polícia Municipal de Governador Celso Ramos
Rodovia SC 410, s/n Km 13 – Calheiros
(48) 3662-0148
Fonte: Polícia Civil do Estado de Santa Catarina, 2013 (http://www.sisp.sc.gov.br/sdsp/consultarUnidade.asp?mostrarCodigo=0&tipounidadeIn=4,6,7,8,9,10,11,12,13,2,21).
O Sistema de Segurança Pública, considerando todos os órgãos envolvidos, que
atendem à AID presta uma série de serviços à população, divididos por atribuições e
que estão relacionados a outras questões que não o crime e à contravenção
propriamente ditos. Sendo assim, considerou-se pertinente verificar os mais relevantes
serviços prestados pelo conjunto de segurança pública disponível na AID. A Tabela 123
e Tabela 124 trazem informações sobre o tema. Observa-se que não constam dados
para o município de Biguaçu e Governador Celso Ramos, pertencentes à AID do
empreendimento. Isto ocorre devido ao fato de que os dados disponibilizados pela
Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão de Santa Catarina só
abrangem de forma particularizada, os três principais municípios das seis regiões
consideradas no estado de Santa Catarina. No caso da Grande Florianópolis, objeto
deste estudo, só constam dados referentes à capital Florianópolis, São José e Palhoça.
Os dados mais atuais são referentes ao 2º Trimestre de 2008 e estão relacionados nas
tabelas que se seguem.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
235
Tabela 123: Serviços Prestados pela Polícia Militar, exceto as ocorrências de Crimes e Contravenções na AID*.
Município
Serviços Prestados
Aux
ílio
à P
opul
ação
Apo
io a
out
ros
órgã
os
Apo
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Com
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Tra
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Mei
o A
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e
Ativ
idad
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isca
l/Orie
ntaç
ões
Tot
al
São José 1316 54 216 1232 16 656 3490
Palhoça 771 57 245 539 18 287 1917
Florianópolis 3037 163 579 3046 46 1924 8795
Fontes: DIPC – Diretoria de Inteligência da Polícia Civil/Polícia Militar-ACI/SSP-SC - 2º Trimestre 2008.
*Exceto Biguaçu e Governador Celso Ramos.
Tabela 124:Serviços Prestados pelo Bombeiro Militar na AID*.
Município
Serviços Prestados
Aux
ílio
à P
opul
ação
Apo
io a
out
ros
órgã
os
Em
ergê
ncia
s e
Tra
umas
Afo
gam
ento
s e
arra
stam
ento
s
Incê
ndio
s
Mei
o A
mbi
ent
e
Ativ
idad
e F
isca
l/Orie
ntaç
ões
Tot
al
São José 105 12 537 0 85 0 0 739
Palhoça 73 8 406 0 53 0 0 540
Florianópolis 377 89 1208 4 271 0 0 1949
Fontes: DIPC – Comando do Corpo de Bombeiros Militar – BM-2/SSP-SC - 2º Trimestre 2008.
*Exceto Biguaçu e Governador Celso Ramos (não possui base do Corpo de Bombeiros).
Existem alguns fortes indícios de que boa parte dos homicídios praticados no país se
devem a conflitos interpessoais, sem qualquer relação com o tráfico de drogas, crime
organizado ou outras dinâmicas ligadas ao mundo do crime propriamente dito. As
evidências sugerem, apesar das polêmicas que o Estatuto do Desarmamento, criado
pelo Governo Federal, trouxe na sociedade, que a retirada de armas de fogo em
circulação pode evitar o desfecho legal de parte dos conflitos de natureza interpessoal.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
236
Diferentemente das mortes premeditadas, nestes casos o resultado morte teoricamente
não ocorreria caso não houvesse a disponibilidade de uma arma de fogo no momento
máximo do processo de altercação entre vítima e agressor que culmina numa agressão
com arma de fogo.
Considerando esta questão que tantos debates vem suscitando na sociedade
brasileira, buscou-se também neste estudo, dados referentes a quantidade de armas
apreendidas nos municípios da Área de Influência Direta do empreendimento em
estudo. Estes dados são apresentados na Tabela 125, a seguir.
Tabela 125:Armas Apreendidas na AID*.
Fontes: DIPC – Diretoria de Inteligência da Polícia Civil/SSP-SC - 1º Trimestre 2013
*Exceto Biguaçu e Governador Celso Ramos.
Sabe-se que a sociedade tem passado por diversas transformações de diversas
ordens. São transformações técnico-científicas, éticas, morais entre outras, que visam
proporcionar o desenvolvimento crescente da máquina estatal, da população, de
indústrias, de comércios e outras estruturas da sociedade para o bem estar da mesma.
Paradoxalmente, essa evolução tem trazido à sua margem um aumento excessivo de
violência urbana. Dentro dessa ótica, torna-se necessário mensurar alguns dados desta
violência, a fim de tornar possível a avaliação da gestão da prestação do serviço de
segurança pública para a sociedade.
Nesta intenção, são apresentadas a seguir, as Tabelas que seguem (Tabela 126 a
Tabela 130), contendo o número de óbitos por causas violentas por município da AID
no período 2007-2011.
Município
Armas Apreendidas
Rev
olve
r
Pis
tola
Esp
inga
rda
Gar
ruch
a
Car
abin
a e
Rifl
e
Fuz
il
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ador
a
Gra
nada
e la
nça
rojã
o
Arm
a br
anca
Din
amite
Pro
jétil
Out
ras
arm
as
Tot
al
São José 06 01 03 0 0 0 0 0 05 51 0 0 10
Palhoça 10 04 02 0 0 0 0 0 01 83 01 0 16
Florianópolis 12 17 06 0 01 0 01 0 08 419 0 0 37
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
237
Tabela 126:Número de Óbitos por causas violentas em Biguaçu/SC.
Causa 2007 2008 2009 2010 2011*
Acidentes de Transportes 6 15 20 23 8
Outros acidentes - 3 4 8 3
Acidentes não especificados - 2 1 2 -
Homicídio 5 18 16 5
Suicídio 1 2 2 8 4
Eventos cuja intenção é indeterminada
- 1 3 3 -
Demais causas externas - - - - -
Total 12 30 47 59 20
Fontes: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Saúde, Sistema de Informações de Mortalidade (SIM)
* Situação da Base de Dados em 14/10/2011.
Tabela 127:Número de Óbitos por causas violentas em São José/SC.
Causa 2007 2008 2009 2010 2011*
Acidentes de Transportes 45 46 49 57 29
Outros acidentes 9 9 23 16 23
Acidentes não especificados 3 5 - 6 3
Homicídio 29 31 45 32 28
Suicídio 11 7 12 11 9
Eventos cuja intenção é indeterminada
1 1 6 2 5
Demais causas externas - - - 3 -
Total 98 99 135 127 97
Fontes: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Saúde, Sistema de Informações de Mortalidade (SIM)
* Situação da Base de Dados em 14/10/2011.
Tabela 128:Número de Óbitos por causas violentas em Palhoça/SC.
Causa 2007 2008 2009 2010 2011*
Acidentes de Transportes 11 53 34 27 21
Outros acidentes 4 7 13 8 11
Acidentes não especificados - 1 2 4 2
Homicídio 5 30 18 19 54
Suicídio 6 9 9 3 14
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
238
Causa 2007 2008 2009 2010 2011*
Eventos cuja intenção é indeterminada
- 4 7 3 -
Demais causas externas - - 1 1 -
Total 26 104 84 65 58
Fontes: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Saúde, Sistema de Informações de Mortalidade (SIM)
* Situação da Base de Dados em 14/10/2011.
Tabela 129:Número de Óbitos por causas violentas em Florianópolis/SC.
Causa 2007 2008 2009 2010 2011*
Acidentes de Transportes 103 104 75 89 50
Outros acidentes 47 34 36 54 38
Acidentes não especificados 2 5 - 3 1
Homicídio 79 88 77 92 54
Suicídio 28 21 22 24 14
Eventos cuja intenção é indeterminada
17 24 14 5 -
Demais causas externas 6 3 - 1 -
Total 282 279 224 268 157
Fontes: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Saúde, Sistema de Informações de Mortalidade (SIM)
* Situação da Base de Dados em 14/10/2011.
Tabela 130: Número de Óbitos por causas violentas em Governador Celso Ramos/SC.
Causa 2007 2008 2009 2010 2011*
Acidentes de Transportes 6 1 6 8 4
Outros acidentes 2 - 2 - 2
Acidentes não especificados 1 - - - -
Homicídio - 1 - - -
Suicídio 1 - - 1 1
Eventos cuja intenção é indeterminada
1 1 - 1 -
Demais causas externas 2 - 2 - 2
Total 13 3 10 10 9
Fontes: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Saúde, Sistema de Informações de Mortalidade (SIM)
* Situação da Base de Dados em 14/06/2013.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
239
Quanto aos dados apurados junto à Secretaria de Estado da Segurança Pública e
Defesa do Cidadão de Santa Catarina, os mais recentes disponíveis para consulta
referem-se ao 2º trimestre de 2008. A Gerência de Estatística desta entidade
disponibiliza informações individualizadas apenas para os três principais municípios de
cada região do estado. No caso da Grande Florianópolis, área de abrangência do
empreendimento objeto deste Estudo de Impacto Ambiental, os dados estão
disponíveis apenas para a capital Florianópolis, São José e Palhoça. As Tabelas que
seguem (Tabela 131 a Tabela 135) condensam as informações sobre os três
municípios, no que diz respeito ao número de inquéritos instaurados pela polícia civil,
os dados sobre porte/uso e tráfico de drogas e ocorrências envolvendo a ação policial.
Tabela 131:Número de Inquéritos Instaurados (crimes e contravenções) naPolícia Civil – AID*.
Ocorrências Município
Florianópolis São José Palhoça
Homicídio Inquéritos Instaurados 08 04 04
Latrocínio Inquéritos instaurados 0 01 0
Outras mortes Inquéritos Instaurados 17 08 07
Lesão corporal Inquéritos instaurados 81 104 121
Crimes sexuais Inquéritos Instaurados 20 15 12
Roubo Inquéritos instaurados 63 12 11
Furto (diversos) Inquéritos Instaurados 125 20 17
Fonte: DIPC – Diretoria de Inteligência da Polícia Civil/SSP-SC - 1º Trimestre 2013.
*Exceto Biguaçu e Governador Celso Ramos.
Tabela 132:Dados sobre porte/uso e tráfico de drogas na AID*.
Município Porte/Uso Tráfico
Ocorrências (B.O) Ocorrências (B.O)
Florianópolis 194 359
São José 34 152
Palhoça 18 77
Biguaçu 10 33
Governador Celso Ramos 2 1
Total 258 622
Fonte: DIPC – Diretoria de Inteligência da Polícia Civil/SSP-SC – 1º Quadrimestre 2013.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
240
Tabela 133:Presos por porte/uso e tráfico de drogas na AID*.
Município Presos
Uso Tráfico
BO TC BO IP
Florianópolis 222 96 170 158
São José 29 09 80 65
Palhoça 17 14 39 35
Total 268 119 289 258
Fonte: DIPC – Diretoria de Inteligência da Polícia Civil/SSP-SC – 1º Trimestre 2013.
*Exceto Biguaçu e Governador Celso Ramos.
Tabela 134:Quantidade de Drogas Apreendidas na AID*.
Município
Tipo de Droga
Mac
on
ha
(g)
Co
caín
a (g
)
Cra
ck
(g)
Hax
ixe
(g)
Ecx
tasy
(u
n.)
LS
D (
un
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Lan
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Per
fum
e (u
n.)
Pé-
de-
mac
on
ha
(un
.)
OX
Y (
g)
Ou
tras
(g)
Florianópolis 38.324,00 5.830,00 10.900,00 0 8.189 179 04 02 0 5.293,00
São José 43.449,00 3.325,00 3.055,00 1 21 03 0 0 0 95
Palhoça 4.372,00 238,00 1.946,900 100 1.087 0 0 02 0 0
Total 86.145,00 9.393,00 15.901,90 101,00 9.297,00 182,00 4,00 4,00 0,00 5.388,00
Fonte: DIPC – Diretoria de Inteligência da Polícia Civil/SSP-SC – 1º Trimestre 2013.
*Exceto Biguaçu e Governador Celso Ramos.
Tabela 135: Civis mortos e feridos, policiais civis e militares mortos e feridos em serviço, mandados de prisãoe prisões em flagrante na AID*.
Município
Civis Policiais
Feridos em Serviço
Policiais Mortos em
Serviço
Mandados de Prisão
Prisões em Flagrante
Fer
ido
s p
or
po
lici
ais
Mo
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or
po
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Po
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r
Po
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l C
ivil
Po
licia
l M
ilita
r
Po
licia
l C
ivil
Rec
ebid
os
Cu
mp
rid
os
Florianópolis 0 0 0 0 0 0 743 897 543
São José 02 02 0 0 0 0 60 317 195
Palhoça 0 0 0 0 0 0 265 59 124
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
241
Município
Civis Policiais
Feridos em Serviço
Policiais Mortos em
Serviço
Mandados de Prisão
Prisões em Flagrante
Fer
ido
s p
or
po
lici
ais
Mo
rto
s p
or
po
lici
ais
Po
licia
l M
ilita
r
Po
licia
l C
ivil
Po
licia
l M
ilita
r
Po
licia
l C
ivil
Rec
ebid
os
Cu
mp
rid
os
Total 02 02 0 0 0 0 1.068 1.273 862
Fonte: DIPC – Diretoria de Inteligência da Polícia Civil /Polícia Militar/ACI/SSP-SC - 1ºTrimestre 2013.
*Exceto Biguaçu e Governador Celso Ramos.
Considerando que a estatística de homicídios é atualmente um dos principais
indicadores para se avaliar a questão da criminalidade e, portanto, da segurança
pública, este diagnóstico buscou ter acesso a números que refletissem especificamente
este tipo de ocorrência.
Recentemente, o Núcleo de Geoprocessamento e Estatísticas da Diretoria de
Informação e Inteligência da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do
Cidadão de Santa Catarina, divulgou estatística revelando que cerca de 15% dos
homicídios registrados no estado para o período de janeiro a abril de 2013 ocorrem na
região da Grande Florianópolis, área em que se inserem os municípios compreendidos
neste estudo (Figura 62).
Figura 62. N° de homicídios – municípios da AID, Grande Florianópolis e Santa Catarina.
0
50
100
150
200
250
169 6 4
232
35N°de Homicídios
Homicídios
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
242
O mesmo documento a respeito dos homicídios no estado de Santa Catarina, revela os
números de homicídios do 1º Quadrimestre de 2013 (Tabela 136), na qual se pode
verificar que o município que registrou maior número de homicídios o do município de
Florianópolis.
Tabela 136:Número de Homicídios no 1º Quadrimeste 2013 na AID*.
Município Total de Homicídios
Florianópolis 16
São José 9
Palhoça 6
Biguaçu 4
Fonte: Núcleo de Geoprocessamento e Estatísticas da Diretoria de Informação e Inteligência da SSPSC – 1° Quadrimestre de 2013.
*Exceto Governador Celso Ramos.
Segundo informações do Mapa da Violência publicado em 2011 pelo Ministério da
Justiça, o número de assassinatos em Santa Catarina evoluiu da taxa de 7,9 em 2000
para 12,9 em 2010.
Ainda considerando a questão do total de homicídios na população dos municípios da
AID, registra-se aqui neste relatório, os números extraídos do Mapa da Violência, com
dados referenciados no período de 2008 a 2010. Este trabalho permite um comparativo
entre a ocorrência de assassinatos na população geral e em relação à população
jovem, o que permite inferir o grau de vulnerabilidade da juventude no que se refere à
segurança pública. A Tabela 137e Tabela 138 referem-se a mortes por homicídios e a
Tabela 139e Tabela 140 referem-se aos casos de suicídio, ambos os conjuntos trazem
dados da população total e da população juvenil.
Tabela 137: Número e Taxas (em 100 mil) de Homicídios na AID – 2008 a 2010.
Município População
Média
Homicídios Taxa
Posição Nacional
Posição Estadual 2008 2009 2010
Biguaçu 56.936 5 16 8 17,0 1226° 17°
São José 204.542 38 51 43 21,5 922° 10°
Palhoça 132.847 20 12 12 11 1735° 37°
Florianópolis 411.793 91 84 96 21,9 896° 7°
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
243
Município População
Média
Homicídios Taxa
Posição Nacional
Posição Estadual 2008 2009 2010
Governador Celso
Ramos 12.805 0 0 0 0 2889° 113°
Fonte: Mapa da Violência – SINESP/Ministério da Justiça, 2011.
*NI – Não Informado.
Tabela 138: Número e Taxas (em 100 mil) de Homicídio Juvenil na AID – 2006 a 2008.
Município População
2008 (Miles)
Homicídios Taxa
Posição Nacional
Posição Estadual 2006 2007 2008
Biguaçu 14,8 5 2 2 28,4 350º 10º
São José 63,9 24 20 20 55,3 196º 4º
Palhoça 22,0 5 12 7 32,7 308º 9º
Florianópolis 14,1 40 45 49 70,4 155º 2º
Governador Celso
Ramos 4,3 0 0 NI* NI* NI* NI*
Fonte: Mapa da Violência – SINESP/Ministério da Justiça, 2011.
*NI – Não Informado.
Tabela 139: Taxas de Suicídio (em 100 mil) na AID – 2006 a 2008.
Município População
2008 (Miles)
Homicídios Taxa
Posição Nacional
Posição Estadual 2006 2007 2008
Biguaçu 55,7 0 1 1 1,8 2213° 114°
São José 199,3 8 12 8 4,0 1476º 103º
Palhoça 128,4 7 9 9 7,0 695º 63º
Florianópolis 402,3 30 27 25 6,2 884º 75º
Governador Celso
Ramos 12,6 0 1 0 2,6 1964 110°
Fonte: Mapa da Violência – SINESP/Ministério da Justiça, 2011.
*NI – Não Informado.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Tabela 140: Taxas de Suicídio na População Jovem (em 100 mil) na AID – 2006 a 2008.
Município População
2008 (Miles)
Homicídios Taxa
Posição Nacional
Posição Estadual 2006 2007 2008
Biguaçu 10,6 0 0 0 0,0 465º 20º
São José 36,2 3 2 0 0,0 465º 20º
Palhoça 24,5 2 1 1 5,4 237º 15º
Florianópolis 69,6 7 8 6 8,6 122º 5º
Governador Celso Ramos
2,2 0 0 0 NI* NI* NI*
Fonte: Mapa da Violência – SINESP/Ministério da Justiça, 2011.
Os números mostrados nas tabelas anteriores mostram como no caso dos homicídios a
vulnerabilidade da população jovem é uma questão para preocupação. Todos os
municípios tiveram um acréscimo significativo nas taxas de homicídio quando
comparadas as tabelas referentes à população jovem em relação à população total. No
caso dos suicídios, apenas em Florianópolis, as maiores taxas ocorrem entre a
população jovem.
Considerando o tipo de empreendimento rodoviário que está em discussão neste
Estudo de Impacto Ambiental-EIA, considerou-se relevante ainda, levantar os dados
referentes às taxas de óbito em acidentes de transporte nos municípios da AID. Estes
dados também foram extraídos do Mapa da Violência, do Ministério da Justiça cuja
referência é o período entre 2006 e 2008. A Tabela 141 e Tabela 142, trazem os
números referentes à população total e à população jovem.
Tabela 141: Taxas de Óbitos em Acidentes de Transporte na AID – 2006 a 2008.
Município População 2008 (mil)
Homicídios Taxa
Posição Nacional
Posição Estadual 2006 2007 2008
Biguaçu 55,7 20 6 5 9,0 2153° 112°
São José 199,3 58 56 61 30,6 500° 51°
Palhoça 128,4 22 23 29 22,6 910° 76°
Florianópolis 402,3 147 115 129 32,1 444° 46°
Governador Celso Ramos
12,6 1 6 2 23,8 831° 70°
Fonte: Mapa da Violência – SINESP/Ministério da Justiça, 2011.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Tabela 142: Taxas de Óbitos em Acidentes de Transporte na População Jovem na AID – 2006 a 2008.
Município População 2008 (mil)
Homicídios Taxa
Posição Nacional
Posição Estadual 2006 2007 2008
Biguaçu 10,6 7 2 0 28,4 223° 17°
São José 36,2 11 17 16 44,3 96° 13°
Palhoça 24,5 7 6 7 27,2 248° 19°
Florianópolis 69,6 57 34 31 44,5 92° 12°
Governador Celso Ramos
2,2 1 2 0 NI* NI* NI*
Fonte: Mapa da Violência – SINESP/Ministério da Justiça, 2011.
Mais uma vez se pode observar que a população jovem é a mais atingida pelas
ocorrências, o que fica claramente demonstrado pelas taxas observadas em ambas as
tabelas anteriores.
No que se refere a ações preventivas em segurança pública na AID, destaca-se a
presença de vários Conselhos Comunitários de Segurança – CONSEGs em todos os
municípios. Um CONSEG é um grupo de pessoas de uma mesma comunidade que se
reúne para discutir, analisar, planejar e acompanhar a solução de seus problemas de
segurança, assim como estreitar laços de entendimento e cooperação entre as várias
lideranças locais.
Os CONSEGs fazem parte da filosofia da Polícia Comunitária, que visa a participação
social, envolvendo as forças da comunidade na busca de mais segurança e nos
serviços ligados ao bem comum. Ela envolve ações de policiamento ostensivo (Polícia
Militar) e investigativo (Polícia Civil) contando com a parceria da comunidade da busca
de soluções.
Em Biguaçu, um dos municípios da AID, destaca-se o chamado Programa Droga Zero.
Considerando a estreita relação entre o uso de drogas e a questão da violência e
criminalidade, e considerando o aumento do atendimento de ocorrências policiais em
Biguaçu envolvendo drogas, o programa tem natureza preventiva e educativa e investe
na formação da consciência sobre a influência do tráfico nos prejuízos à sociedade, e
nos riscos do uso de drogas.
No âmbito estadual, também foi considerado relevante o Programa de Prevenção e
Gerenciamento do Estresse em Profissionais da Segurança Pública de Santa Catarina,
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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desenvolvido pela SSPSC e que, alia a qualidade de vida e saúde do profissional de
segurança pública à qualidade do serviço prestado à população.
No que se refere aos poderes públicos municipais, a única prefeitura que não conta
com setor específico ligado à questão da segurança pública é a de Biguaçu e
Governador Celso Ramos. Florianópolis possui a Secretaria Municipal de Segurança e
Defesa do Cidadão, o município de São José conta com a Secretaria de Segurança,
Defesa Social e Trânsito e Palhoça tem uma Superintendência de Segurança, Trânsito
e Defesa Social.
Além disto, Florianópolis e São José possuem Guardas Municipais, ambas instituídas
no ano de 2004, amparadas pelo artigo 144 da Constituição Federal. Entre as ações
destas entidades, estão, por exemplo, a orientação e educação no trânsito, a proteção
do patrimônio público municipal e o apoio a eventos cívicos e de outras naturezas.
5.3.2.3 Organização Social
Nesta seção, parte-se da identificação da organização social para se analisar os
principais grupos sociais organizados e suas lideranças, entidades e instituições
atuantes na AID do empreendimento, padrões organizacionais e quadro motivacional.
Assim, procurou-se retratar o que se chamou genericamente no âmbito deste trabalho
de rede sócio-assistencial. Redes sócio-assistenciais são formas diversas de
organização da sociedade que se formam, seja para a troca de informações, para a
articulação política ou para a implementação de ações conjuntas em torno de um
objetivo comum.
A sociedade contemporânea tem fragilizado os vínculos sociais devido ao acirramento
das relações capitalistas que promoveram novas formas de relacionamento social,
cultural e político. Isto posto, num universo mais íntimo, individual e pessoal, como as
relações familiares e comunitárias, sofre-se muitas vezes os reflexos destas
imposições de ordem social e econômica do mundo atual, podendo haver
desagregação social, com graves conseqüências para a coletividade.
Considera-se, pois, imprescindível, conhecer-se a rede de sócio-organizativa de uma
determinada área ou região onde se pretende intervir, uma vez que ao se disponibilizar
de forma organizada e objetiva as informações existentes sobre esta estrutura de
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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relações sociais, seu grau de mobilização e objetivos, se pode mais facilmente
estabelecer parcerias e arranjos organizacionais que, aplicados às políticas públicas,
maximizem os ganhos para os indivíduos, as comunidades, e desta forma, para a
sociedade em geral.
Para levantamento da organização social, foram utilizados dados da pesquisa direta
realizada em campo, bem como dados obtidos através do acesso ao Sistema Único de
Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social – MDS.
A rede sócio-assistencial encontrada na AID do empreendimento é relativamente
densa, havendo uma diversificação bem acentuada das áreas de atuação.
Florianópolis, evidentemente, por ser a capital e São José, por estar completamente
conurbada com Florianópolis concentram uma quantidade grande de entidades que
representam interesses de nível estadual.
A maior parte dos grupos organizados levantados atuam na assistência social, seja de
forma independente ou complementar a ações, projetos ou programas públicos.
Dentro desta rede sócio-assistencial uma grande parte são entidades tradicionais do
voluntariado religioso (de diferentes orientações religiosas), de caridade ou da
filantropia privada de setores das elites sociais tradicionais, além de ser grande o
número de movimentos sociais próprios da sociedade industrial avançada.
Foram organizadas listagens dos grupos, entidades, movimentos sociais, associações
comunitárias, organizações sociais sindicatos e similares referentes a cada município,
contendo a identificação nominal dos elementos recolhidos durante o processo de
pesquisa e levantamento de dados efetuado para a elaboração deste diagnóstico.
A fim de se objetivar as informações, foram relacionados neste trabalho, apenas os
grupos, instituições, associações e movimentos comunitários mais expressivos e
atuantes nas áreas de assistência social, sindicatos e entidades de classe e
organizações trabalhistas e aqueles relacionados com movimentos populares.
No caso de Florianópolis, por ser a capital do estado, há a concentração de diversas
entidades de representação. Só de sindicatos profissionais, são mais de cem
entidades. Desse modo, optou-se por relacionar aqueles de maior porte, apenas a título
de exemplo.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
248
Feitas estas considerações, seguem-se as listagens elaboradas para cada município
integrante da AID do meio socioeconômico do empreendimento.
GOVERNADOR CELSO RAMOS
Associação dos Pescadores de Ganchos de Fora
Associação de Surfe da Praia de Fora - ASPF
Associação de Surfe da Praia de Palmas
Associação de Surfe da Vila de Palmas
Associação de Preservação do Meio Ambiente de Governador Celso Ramos
Associação de Maricultores de Governador Celso Ramos
Colônia de Pescadores
Associação dos Produtores e Agropecuáristas de Areias de Baixoão
Ação Sócio Ambiental
Associação dos Moradores da Praia do Antenor
Associação de Moradores da Caieira do Norte
Associação dos Moradores da Costeira da Armação
Associação dos Moradores da Armação da Piedade
Associação de Moradores Lot.Jardim das Gaivotas I e II
Associação de Moradores Lot.Imperial
Associação dos Moradores Lot. Palmas do Arvoredo
Associação dos Moradores Balneário Caravelas
Associação dos Moradores da Vila de Palmas
Associação dos Moradores da Fazenda da Armação
Associação dos Moradores do Cantos dos Ganchos
Associação dos Moradores de Areias de Baixo
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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BIGUAÇU
Ação Social São Gabriel de Serraria
Ação Social São João Evangelista da Paróquia de Biguaçu
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais-APAE de Biguaçu
Sociedade Beneficente de Amparo aos Idosos
Sociedade de Assistência Social e Educacional – SASEE
Associação Empresarial e Cultural de Biguaçu
Associação Comercial e Industrial de Biguaçu-ACIBIG
Clube de Diretores Lojistas-CDL de Biguaçu
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Biguaçu
Sindicato dos Trabalhadores da Prefeitura Municipal de Biguaçu
Sindicato Rural de Biguaçu
SÃO JOSÉ
Ação social de Barreiros
Ação Paroquial de Campinas
Ação Social Paroquial Santa Cruz
Ação Social Paroquial São Judas Tadeu
Ação Social Salto do Maruim
Ação Social São Francisco de Assis
Associação Comunitária Beira Rio
Associação das Irmãs Franciscanas de São José
Associação dos Moradores do Bairro Sertão do Maruim
Associação de Pais e Amigos da Criança e do Adolescente – APAM de Areias
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE de São José
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Associação dos Moradores da Comunidade Renascer
Associação dos Moradores da Fazenda Santo Antônio
Associação dos Moradores do Centro de São José
Associação dos Moradores do Jardim Amodelar-AMORJA
Associação dos Moradores do Loteamento Dona Vanda
Associação dos Moradores e Amigos do Jardim dos Lordes
Associação dos Portadores da Síndrome de Down
Associação dos Vendedores e Representantes Comerciais da Grande
Florianópolis - AFLOREVE
Associação Lar São José
CEI Renascer Sociedade Espírita
Casa Salesiana Miguel Magone
Centro de Educação e Treinamento Esperança
Centro de Estudos e Informações Técnicas Educacionais e Culturais
Centro Social Urbano Forquilhinhas
Clube de Mães do Bairro Ipiranga
Conselho Comunitário de Forquilhinhas
Conselho Comunitário do Bairro Bela Vista
Conselho Comunitário do Bairro Santos Dumont
Conselho Comunitário Loteamento Campinas
Movimento de Integração Familiar
Sociedade Beneficente Clube de Mães e Creche Nossa Senhora de Azambuja
Sociedade Espírita de Assistência e Promoção Social Tereza de Jesus
Associação Empresarial da Região Metropolitana de Florianópolis
CDL de São José
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
251
Federação dos Condutores de Veículo e Trabalhadores em Transporte
Rodoviário de Cargas e Passageiros do Estado de Santa Catarina-FECTROESC
Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina-
FETAESC
Sindicato das Indústrias de Extração de Pedreiras do Estado de Santa Catarina
– SINDIPEDRAS/SC
Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de
Florianópolis-SINDIMETAL
Sindicato dos Condutores e Trabalhadores em Transportes Urbanos e
Passageiros de Florianópolis
Sindicato dos Trabalhadores dos Trabalhadores das Empresas de Pesca de
Santa Catarina
Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação de Florianópolis e
Vale Rio Tijucas
Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Fiação e Tecelagem de
Florianópolis
Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Pesca de Santa Catarina
Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário de Cargas de São José e
Região
PALHOÇA
Ação Social do Aririú
Ação social Enseada
Ação Social Paroquial de Palhoça
Ação Social Ponte do Imaruim
Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais –APAE de Palhoça
Associação Beneficente Caridade Cristão – SBCC
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
252
Associação Beneficente de Senhoras da Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Madureira
Associação de Moradores da Comunidade de Pachecos
Associação de Moradores da Guarda do Cubatão
Associação de Moradores do Parque Residencial Coqueiros
Associação dos Moradores Loteamento Jacob Weingartner e Márcia
Associação João Paulo II
Casa Assistencial Abrigo Cristão
Centro Comunitário dos Moradores do Parque Residencial Miriam
Conselho Comunitário Alto Aririú
Conselho Comunitário Aririú
Conselho Comunitário Aririú da Formiga
Conselho Comunitário Bela Vista
Conselho Comunitário Brejaruense
Conselho Comunitário do Furadinho
Conselho Comunitário Jardim Eldorado
Conselho Comunitário Padre Réus
Conselho Comunitário Ponte de Imaruim
Conselho Comunitário Santa Clara
Conselho Comunitário São Sebastião
Fraternidade São Francisco das Chagas
Ordem Assistencial das Senhoras Evangélicas
Projeto Esperança
Sociedade Civil e Escola Familiar Rural São José
Associação Empresarial de Palhoça – ACIP
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Clube dos Diretores Lojistas-CDL de Palhoça
Sindicato dos Empregados do Comércio de Palhoça e região
Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Palhoça
Sindicato dos Motoristas
FLORIANÓPOLIS
Ação Social Arquidiocesana de Florianópolis
Ação Social da Trindade
Ação Social Missão
Ação Social Paroquial de Ingleses
Ação Social Paroquial de Saco dos Limões
Ação Social Paroquial Nossa Senhora de Fátima
Ação Social Paroquial São Francisco Xavier
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais-APAE Florianópolis
Associação de Surdos da Grande Florianópolis
Assistência Social São Luiz
Associação Beneficente Santa Zita
Associação Casa da Mulher Catarina
Associação Catarinense das Fundações Educacionais
Associação Catarinense de Engenheiros
Associação Catarinense de Idosos
Associação Catarinense de Medicina
Associação Catarinense de Professores
Associação Catarinense para Integração do Cego
Associação Coral de Florianópolis
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Associação das Voluntárias de Saúde do Hospital Infantil Joana de Gusmão-
AVOS
Associação de Formação Profissional e Cultural Thempos
Associação de Garantia ao Atleta Profissional do Estado de Santa Catarina
Associação de Moradores da Lagoa do Peri
Associação de Moradores de Santo Antônio de Lisboa
Associação de Moradores do Parque da Figueira
Associação de Pais e Amigos da Criança e do Adolescente – APAM de Areias
do Morro das Pedras
Associação dos Amigos da Casa da Criança e do Adolescente do Morro do
Mocotó
Associação dos Hemofílicos do Estado de Sant a Catarina – AHESC
Associação dos Idosos Esperança
Associação dos Médicos do Hospital Universitário
Associação Evangélica Beneficente de Assistência Social
Associação Filantrópica Gente Inocente-AFIGI
Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos-AFLODEF
Associação Florianopolitana de Voluntárias
Associação Irmão Joaquim
Associação Metodista de Ação Social
Associação Promocional do Menor Trabalhador – PROMENOR
Associação Victor Meirelles
Casa da Criança do Morro da Penitenciária
Casa Santa Teresa de Jesus
Centro Cultural Escrava Anastácia
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
255
Centro de Educação e Evangelização Popular-CEDEP
Movimento Porta Aberta
Círculo de Fé de Obras Sociais – CIFE
Conselho Comunitário da Barra da Lagoa
Conselho Comunitário da Coloninha
Conselho Comunitário da Costeira do Pirajubé
Conselho Comunitário de Coqueiros
Conselho Comunitário de Saco dos Limões
Conselho Comunitário de Saco Grande II
Conselho Comunitário do Conjunto Habitacional Panorama
Conselho Comunitário do Pantanal
Conselho Comunitário do Monte Verde
Conselho Comunitário do Parque São Jorge
Conselho Comunitário do Ribeirão da Ilha
Grupo de Apoio à Prevenção da AIDS de Florianópolis
Grupo Integrado Obras Sociais – GIOS
Instituto Guga Kuerten
Instituto Voluntários em Ação
Legião de Assistência à Família
Movimento Hip Hop do Estado de Santa Catarina
Obras de Assistência Social Dom Orione de Capoeiras
Obras Sociais da Comunidade Paroquial de Coqueiros
Pró-Música de Florianópolis
Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões no Estado de
Santa Catarina – SATED/SC
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
256
Sociedade Assistencial Vicentina – SAVI
Sociedade de Assistência Social e Educacional O Bom Samaritano
Sociedade Divina Providência
Sociedade Espírita de Recuperação, Trabalho e Educação
Associação Beneficente da Assembléia de Deus
Associação Comercial e Industrial de Florianópolis
Clube dos Diretores Lojistas-CDL de Florianópolis
Associação de Micro e Pequenas Empresas – AMPE de Florianópolis
Sindicato das Indústrias de Construção Pesada e afins de Santa Catarina –
SICEPOT
Sindicato dos Engenheiros de Santa Catarina
Sindicato dos Empregados de Estabelecimentos de Serviços de Saúde de
Florianópolis
Sindicato dos Empregados do Comércio de Florianópolis
Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina
Observa-se que, durante o levantamento de dados para esta seção foi-se levantando
também o grau de expectativa da população em relação ao empreendimento sempre
que a situação permitia, ou que fosse pertinente. Entretanto, este tema é tratado em
item próprio mais adiante, com todas as informações recolhidas durante o processo de
pesquisa e o detalhamento da metodologia aplicada.
Somente a título de ilustração, segue a foto da Sede da Associação dos Vendedores e
Representantes Comerciais da Grande Florianópolis (Figura 63), uma das entidades de
representação profissional situadas próximo à área a sofrer intevenção no caso de
implantação do projeto.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
257
Figura 63: Sede da Associação dos Vendedores e Representantes Comerciais da Grande Florianópolis – município de São José em área próxima ao trecho do projeto.
5.3.2.4 Padrões de Migração
Os últimos vinte e cinco anos marcaram uma alteração significativa nos padrões de
crescimento populacional no Brasil. Nas décadas anteriores, os investimentos
industriais, a urbanização e as altas taxas de natalidade fizeram crescer os excedentes
populacionais, o que provocaram fortes movimentos migratórios em direção às
metrópoles e áreas de fronteiras de recursos.
Durante as décadas de 1980 e 1990, no entanto, houve uma mudança substancial nos
movimentos migratórios, marcados, então, por novas territorialidades. Grandes regiões
metropolitanas experimentaram queda em suas taxas de crescimento no que se refere
aos movimentos populacionais, enquanto um grande número de localidades
intermediárias atraíram população e investimentos industriais.
Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina, na região sul do Brasil, está inserida
dentro desta dinâmica. Localizada em uma ilha, estendendo-se pelo continente
fronteiro, em cuja continuidade emenda, ao sul, com o município de São José e, ao
norte, com São José e Biguaçu, que, por sua vez, expandem-se em direção a outros
municípios, como é o caso de Palhoça, a cidade e seus municípios vizinhos são uma
clássica descrição do que se costuma denominar em urbanismo, em diversas
correntes, de área de conurbação.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
258
Na verdade, Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu formam uma conurbação
consolidada, já bastante integrada e com complementaridade funcional bem nítida.
Nas periferias da Grande Florianópolis, como usualmente se chama a região
metropolitana da capital catarinense, se concentram contingentes de população
egressa do campo de várias regiões do estado. Há, pois, uma mistura de origens
étnicas, provindas de zonas diversas de sua colonização.
De acordo com a literatura pesquisada a respeito dos padrões de migração no estado
de Santa Catarina, o ápice deste processo ocorreu na década de 1980, tendendo à
estabilização no período dos anos de 1990. A esse processo, inclusive, os estudiosos
do tema costuma chamar de “litoralização”, que vem causando um esvaziamento do
campo com inchaço das maiores cidades. Isto fez com que os movimentos
populacionais entrassem na pauta das preocupações dos governos do estado,
principalmente ao se pensar na relação com o desenvolvimento rural do estado.
Neste período em que ocorreu com maior força o processo migratório no estado de
Santa Catarina rumo principalmente ao litoral, cidades como Florianópolis, São José,
Palhoça e Biguaçu, foram as que estiveram entre as mais atrativas. No entanto, esse
processo migratório não encontrou estas cidades preparadas para receber esta
população adicional, o que ocasionou situações diversas de ocupação desordenada,
dando origem a diversos problemas de natureza espacial e social, como a favelização
de áreas urbanas, por exemplo.
Além disto, as populações desses municípios conurbados interagem constantemente e
precisam ter bastante mobilidade, uma vez que, tanto os habitantes originais quanto os
migrantes, precisam se movimentar em busca de trabalho, estudo, recursos de saúde,
lazer, serviços entre outros interesses, nos municípios vizinhos.
Como se poderá verificar mais adiante, no item 5.3.4 referente à Estrutura Produtiva e
de Serviços, as atividades industriais não se constituem como um dos setores mais
importantes da economia dos municípios da AID, o que agrava o problema da absorção
da mão-de-obra.
Por outro lado, são bastante desenvolvidos os setores de serviço, no comércio,
finanças, administração pública, além dos empregos que envolvem mão-de-obra sem
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
259
qualificação, como o setor da construção civil, por exemplo, e expressões da economia
informal.
O incremento crescente da atividade turística e a implantação de campus de
universidades privadas que compõem a estrutura de educação superior da região, em
Biguaçu, Palhoça e São José, tem contribuído para fortalecer os movimentos
migratórios para estes municípios e entre eles. Porém, este tipo de migração, chamada
mais comumente de “movimentos pendulares”, já foi objeto de análise em item
precedente neste relatório (5.3.2.2.3 Transporte).
Pode-se afirmar que o rápido crescimento populacional de toda a região da Grande
Florianópolis está intimamente associado com fluxos migratórios. A Tabela 143 revela
os resultados do processo de migração na região, através da comparação entre o
crescimento natural nos municípios da AID e o saldo migratório nos mesmos. O
período de análise situa-se entre os anos 2000 e 2009, conforme dados disponíveis em
Banco de Dados do Ministério Público de Santa Catarina.
Tabela 143: Comparação Entre o Crescimento Natural e o Saldo Migratório por Município da AID – Período: 2000-2009.
Município População
2000 População
2009
% de Crescimento Médio Anual
2000-2009
Saldo Natural (nascidos
vivos – óbitos)
Saldo Migratório
SM
Governador Celso Ramos
11.598 12.999 1,15 a.a 1.076 325
Biguaçu 48.077 56.395 1,93 a.a 5.799 4.330
São José 173.559 201.746 1,91 a.a 20.657 15.588
Palhoça 102.742 130.878 2,94 a.a 14.745 19.847
Florianópolis 342.315 408.161 2,10 a.a 36.257 42.668
Fonte: Ministério Público-MP de Santa Catarina.
Infere-se por estes dados que há uma considerável migração rural-urbana em toda a
região metropolitana de Florianópolis e também a tendência destas populações
migrantes fixarem-se em áreas carentes do município tendo em vista que o rápido
crescimento populacional em geral não vem acompanhado da infraestrutura urbana e
social adequada.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
260
De acordo com dados do IBGE (Censo Demográfico, Estimativas Populacionais e
Estatísticas do Registro Civil) e o Saldo Migratório-SM, que mede a contribuição das
migrações ao crescimento populacional a partir da diferença entre imigrantes e
emigrantes, em 2007 calculado pelo MP de Santa Catarina, chega-se às seguintes
Taxas Líquidas de Migração – TLM (razão entre o SM e a população observada), nos
municípios da AID: 0,48% em Governador Celso Ramos, 3,88% em Biguaçu, 5,49%
em São José, 10,02% em Palhoça e 7,96% em Florianópolis. Os dados foram
condensados na Tabela 144.
Tabela 144: SM E TLM nos Municípios da AID.
Município População 2007 Saldo Migratório -
SM TLM (%)
Governador Celso Ramos
12.175 58 0,48
Biguaçu 53.444 2.075 3,88
São José 196.887 10.803 5,49
Palhoça 122.471 12.269 10,02
Florianópolis 396.723 31.565 7,96
Fontes: IBGE, MP-SC.
A Tabela precedente demonstra que os municípios com maior contribuição de
migrantes na AID do empreendimento é a capital Palhoça que tem 10,02% de sua
população composta por migrantes e Florianópolis, que chega a ter 7,96% da
população representada por migrantes.
A Tabela 145 e Tabela 146 resume as principais origens dos migrantes na Área de
Influência Direta do empreendimento ora avaliado neste estudo. As informações
tiveram como base a pesquisa amostral realizada pelo Instituto de Planejamento e
Economia Agrícola de Santa Catarina – ICEPA em 2004 e publicados sob a forma de
uma Diagnóstico e Agenda de Desenvolvimento para a Área Social no Estado de Santa
Catarina.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
261
Tabela 145: Local de Origem dos Migrantes nos Municípios da AID*
Município
Freqüência por Município de Origem (%) Freqüência de Outros
Estados (%) Do próprio município
Municípios da Região
Oeste
Municípios da Região do Planalto
De Outros Municípios
Biguaçu 58,6 5,4 2,5 17,5 9,9
São José 9,8 12,3 18,5 37,1 18,8
Palhoça 18,1 15,7 20,6 31,5 15,0
Fonte: ICEPA, 2004.
* Exceto Florianópolis e Governador Celso Ramos.
Tabela 146: Local de Origem dos Migrantes nos Municípios da AID*.
Município Freqüência por Município de Origem (%)
Internacionais Outros Estados
Governador Celso Ramos 11 12.952
Biguaçu 64 58.110
Florianópolis 2.916 416.618
São José 486 209.236
Palhoça 193 137.091
Fonte: IBGE.
O que se pode concluir é que a Grande Florianópolis como um todo apresenta um forte
processo de concentração populacional, com características que acentuam o processo
de metropolização da região. A região metropolitana da capital é a segunda região
maior receptora de população do estado de Santa Catarina, mas a que apresenta a
menor extensão territorial, o que confirma um forte adensamento demográfico, mesmo
diante de suas características naturais, bastante limitadoras para a ocupação humana.
Como também se observa na Tabela 145, a alternativa de origem dos migrantes “do
próprio município’ se destaca principalmente em Biguaçu, onde 58,6% dos
pesquisados indicaram como origem o seu próprio território demonstrando com isso a
situação de expulsão da população do campo no município. É justamente em Biguaçu
que se observa a menor taxa de urbanização entre os quatro municípios da AID,
embora esta também seja bastante alta. Em Biguaçu a taxa de urbanização foi
calculada em 90,64%, enquanto ela atinge 96,21% em Florianópolis, 98,81% em São
José e 98,52% em Palhoça.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
262
Entretanto, apesar do intenso movimento migratório ocorrido para a região
metropolitana de Florianópolis nos anos 80, a pesquisa intitulada “Causas da Migração
Rural-Urbana na Região da Grande Florianópolis”, de autoria de Walter A. Casagrande,
a serviço da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina
S.A-EPAGRI, de 2006, que trabalhou o tema das migrações rurais em estudos
realizados nos municípios de Biguaçu, São José, Palhoça e Florianópolis, chegou a
algumas conclusões bastante interessantes sobre o processo migratório neste
municípios.
Como foram consideradas bem fundamentadas, optou-se por transcrever estas
conclusões aqui no âmbito deste diagnóstico pois acredita-se que o quadro migratório
já estabelecido a partir dos anos 2000 não venha a ser alterado pelo empreendimento
de implantação do Contorno de Florianópolis, uma vez que há mão-de-obra disponível
na construção civil na própria região, como mostram os dados apresentados mais
adiante no item a respeito da Estrutura Produtiva e de Serviços (item 5.3.4). Além disto,
o projeto da nova rodovia prevê uma extensão relativamente pequena
(aproximadamente 50 Km), que não deve gerar uma demanda de trabalhadores de
fora, maior do que o administrável.
A pesquisa mencionada, disponível na internet, foi feita com famílias migrantes dos
municípios da região metropolitana (justamente os que compõem a AID do
empreendimento em estudo) e conclui o seguinte:
Apenas 26% das 33.000 famílias cadastradas nas comunidades carentes da
região são originárias do meio rural. As outras famílias são do próprio município
ou são famílias provenientes de outras áreas urbanas.
O fluxo migratório do meio rural para a região da Grande Florianópolis, a partir
da década de noventa, vem apresentando tendência de decréscimo.
As regiões do Planalto de Lages e Oeste Catarinense foram as que mais
contribuíram no processo de migração rural-urbana para a região pesquisada.
Com certa freqüência, os municípios caracterizados como pólos regionais vêm
sendo utilizados pelos migrantes rurais como primeira opção antes de se fixarem
na Grande Florianópolis.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
263
Mais da metade do ex-agricultores pesquisados na região atribui aos aspectos
renda (baixa e instável) e à falta da propriedade da terra, os motivos para a
migração. Entre os fatores de cunho social, os mais citados foram “trabalho
agrícola muito pesado e desvalorizado” e “falta de atendimento à saúde”.
Cerca de 50% dos chefes de família do público-alvo pesquisado possuem idade
entre 21 e 40 anos, indicando haver, nas comunidades carentes da região, um
capital humano relativamente jovem que deve ser levado em consideração ao se
estabelecer políticas públicas em benefício destas populações.
Cerca de 82% das famílias pesquisadas indicaram morar em casa própria e
aproximadamente 85% delas declararam que os filhos freqüentam regularmente
a escola. Estes dados são destacados na pesquisa, uma vez tratar-se de estudo
realizado em comunidades carentes.
O nível de desemprego no âmbito das comunidades pesquisadas (aqueles, sem
opção, inclusive para trabalhos eventuais) apresenta-se relativamente baixo,
atingindo 3,2% na região.
Os dados apontam para um curiosidade. A de que cerca de 42% das famílias
pesquisadas (ex-agricultores) declararam ter pelo menos um membro com
interesse em retornar ao meio rural.
Os resultados da pesquisa da EPAGRI são importantes pois, reforçam o argumento de
que o empreendimento não será motivo suficiente para atração significativa de
população para a região que já se encontra bastante saturada pelos movimentos
anteriores e que não se verificam mais com volume acentuado. Como os possíveis
trabalhadores da obra, no caso do empreendimento vir a ser de fato executado, mais
provavelmente já serão moradores da região, a pressão por equipamentos públicos
sociais, como escolas, postos de saúde, creches e outros, não deverá exceder a
demanda normal, dentro da capacidade da rede de serviços sociais existente.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
264
5.3.2.5 Expectativas da População Diretamente Afetada
O Termo de Referência que orienta este estudo, solicita que sejam apresentadas “as
expectativas da população em relação ao empreendimento, por meio de pesquisas
qualificadas e contatos com a população diretamente afetada”.
Para atender tal solicitação, realizou-se, por meio de questionários, um inquérito junto a
toda a população da ADA do empreendimento, isto é, aqueles moradores,
proprietários, ocupantes etc, que sofrerão impactos diretos em seus imóveis devido às
intervenções físicas necessárias para a implantação do projeto (Figura 64 a Figura 67).
O mesmo questionário, anexo ao final do Volume II deste relatório, serviu para atender
à solicitação de caracterização da população atingida pelo empreendimento,
apresentada no Item 5.3.6. deste documento, referente à questão do Reassentamento
e Desapropriação.
Figura 64: Aplicação de questionários.
Figura 65: Aplicação dos questionários.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
265
Figura 66: Aplicação dos questionários.
Figura 67: Aplicação dos questionários.
Porém, tendo em vista o caráter regional que o empreendimento tem, julgou-se
necessário uma abordagem mais ampla sobre a questão das expectativas da
população. Além disto, considerou-se importante se ouvir opiniões de pessoas que não
tem interesse pessoal na área, isto é, fora da Área Diretamente Afetada, inicialmente
solicitada pelo TR pois com uma amostra apenas na ADA, se poderia levar a
extrapolações muito duvidosas.
Assim sendo, a pesquisa, além dos questionários aplicados que contou com questões
objetivas e semi-estruturadas, teve um aprofundamento do enfoque qualitativo, por
meio de entrevistas livres, objetivando obter depoimentos espontâneos e isentos.
Assim os entrevistados tiveram oportunidade de expor livremente sua opinião a
respeito do empreendimento e de suas possíveis consequências, analisando suas
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
266
práticas cotidianas, demandas locais e regionais e com isso, incorporando dimensões
subjetivas nelas implicadas.
Para o contato com possíveis informantes qualificados, foram feitas diversas incursões
a campo, a fim de identificar possíveis colaboradores dispostos a darem seus relatos,
aprimorando a análise de impacto deste empreendimento.
As falas dos sujeitos entrevistados articularam, em geral, questões referentes às
comunidades, suas necessidades, temores, aspirações, bem como sobre a forma como
imaginam que o empreendimento possa afetá-los e o que esperam obter de melhoria
com sua implantação.
Outra fonte de informação a respeito das expectativas da população em relação ao
empreendimento utilizada neste trabalho foi a coletânea de notícias da imprensa a
respeito do projeto. Optou-se pela elaboração de um clipping a respeito do assunto
como forma de perceber como a sociedade local vem demonstrando publicamente por
meio de seus representantes e lideranças, suas impressões sobre a implantação do
Contorno de Florianópolis.
Registra-se aqui que a equipe técnica responsável pela condução desta pesquisa se
absteve de elaborar qualquer juízo de valor a respeito das opiniões coletadas,
limitando-se apenas a apresentar as considerações feitas pelos entrevistados (tanto
por meio dos questionários, quanto nas entrevistas livres) tal qual foram apresentadas
pelos mesmos, isto é, sob seu ponto de vista.
O número de respondentes à sondagem por meio de questionários foi de 190
indivíduos, todos, como já mencionado, na Área Diretamente Afetada, conforme
orientação do TR. Foi utilizado um questionário composto por três módulos: o módulo 1
refere-se à identificação e dados socioeconômicos e o módulo 2, é referente aos dados
da propriedade/moradia e infraestrutura. Ambos subsidiarama caracterização da
população a ser realocada/desapropriada,apresentada mais adiante neste relatório. O
terceiro módulo trata justamente das expectativas da população em relação ao
empreendimento.
Neste último módulo constam questões de natureza escalonada, ou seja, perguntas de
múltipla-escolha nas quais as opções são destinadas a captar a intensidade das
respostas e permitem classificar os itens por suas dimensões. Em todo caso, o
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
267
instrumento adotado, isto é, o questionário, foi fruto de uma reflexão teórica prévia, a
fim de se obter critérios de rigor, adequação ao real, coerência interna, possibilidade de
sistematização eficaz, visando a prática de uma investigação exigente e séria.
Em resumo, o módulo a respeito das expectativas da população inicia pelo
questionamento sobre o conhecimento do respondente a respeito do projeto, passa
pelas principais vantagens e desvantagens que o mesmo possa trazer (incluindo
algumas possibilidades mais comuns neste tipo de empreendimento e espaço livre
para interpretações do próprio sujeito), pelas expectativas quanto ao futuro do ponto de
vista pessoal a partir da interferência da possível obra em seu cotidiano, por sua
opinião favorável ou contra à implantação do empreendimento e por fim deixa espaço
para sugestões aos empreendedores.
Em primeiro lugar, quanto ao conhecimento do projeto, praticamente todos os
indivíduos já tinham conhecimento do mesmo, alegando terem ouvido falar pelos meios
de comunicação ou ainda, tinham visto estacas sendo fixadas em trechos próximos aos
seus locais de moradia/trabalho.
Do ponto de vista das possíveis vantagens que o empreendimento poderia trazer para
a região, o itens escolhidos majoritariamente foram a facilitação do acesso entre os
municípios da região metropolitana de Florianópolis e a redução do tempo de viagem
entre os mesmos, seguidos pela melhoria da infra-estrutura, do progresso para a região
e da atração de novos investimentos. Entre as possíveis vantagens mencionadas
espontaneamente estão:
Geração de empregos;
Valorização das terras;
Instalação de mecanismos de controle das cheias, com fim das inundações na
região;
Redução de caminhões na BR-101;
Diminuição de veículos na BR101 com melhoria no fluxo do tráfego;
Diminuição dos custos com combustíveis devido às melhorias no tráfego;
Diminuição do número de acidentes;
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
268
Melhoria da infra-estrutura rodoviária;
Possibilidade de crescimento urbano e econômico da região;
Melhoria na qualidade de vida dos motoristas e usuários da rodovia BR-101.
Quanto aos problemas que o empreendimento supostamente poderia causar, entre as
opções mencionadas no questionários, as mais citadas por ordem de importância
foram: aumento na circulação de veículos e acidentes de trânsito, descaracterização da
paisagem e impacto visual negativo, impactos ambientais negativos, incômodos na
fase de obras e operação e especulação imobiliária.
Cabe ressaltar que, embora a maioria dos respondentes da Área Diretamente Afetada,
isto é, 63,15% dos entrevistados, tenha se manifestado favoravelmente à implantação
do projeto, contra 30% de pessoas contrárias à realização da obra, houve um número
maior de pessoas a se manifestarem a respeito de problemas advindos da implantação
do empreendimento. O percentual de entrevistados que declararam não ter uma
opinião formada foi de 4,74% e 1,57% não quis responder a esta questão, eximindo-se
de manifestar sua posição a favor ou contra o projeto.
Entre os principais problemas decorrentes do empreendimento de implantação do
Contorno de Florianópolis, apontados livremente pelos entrevistados de forma geral,
isto é, incluindo, tanto o favoráveis quanto os contrários ao empreendimento estão:
Prejuízos para os proprietários de estabelecimentos comerciais e/ou produtivos;
Redução das áreas de produção;
Aumento do movimento de pessoas, carros e circulação geral, pondo fim à
tranqüilidade na região. As manifestações neste sentido vieram principalmente
dos moradores das zonas rurais e peri-urbanas.
Desapropriações em massa;
Mudança da rotina dos moradores, tumulto no cotidiano;
Perdas ambientais, com prejuízos para a fauna e flora da região;
Perda de qualidade de vida para os moradores;
Aumento da violência;
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
269
Descaracterização do modo de vida local;
Incertezas quanto ao futuro pessoal, familiar e da propriedade;
Incerteza quanto às novas condições de moradia no caso de desapropriação;
Expansão da infra-estrutura em detrimento da qualidade de vida;
Risco de crescimento desordenado;
Falta de valorização do ser humano;
Inutilidade da obra, sem melhorias substanciais que a justifiquem em termos de
custos financeiros, ambientais e sociais;
Risco de realocação de famílias para locais inadequados;
Baixo valor a ser pago no caso das indenizações;
Poluição sonora e outros danos ambientais;
Prejuízos para o comércio local em especial o varejista;
Entre este elenco de problemas potenciais relacionados à implantação do
empreendimento o que foi mais comentado, como é natural no caso de comunidades
diretamente afetadas, está a preocupação e insegurança das pessoas em relação às
desapropriações, nas mudanças significativas que isto provocará em suas vidas e na
incerteza quanto ao futuro das famílias atingidas.
Paradoxalmente, como já foi dito, embora os problemas mencionados superem em
número, as vantagens advindas do empreendimento, a maioria declarou-se
favoravelmente ao mesmo. Este fato explica-se possivelmente, porque muitas das
famílias entrevistadas moram em situações precárias, incluindo riscos de inundações e
vêem na indenização/desapropriação, uma forma de solucionar seus atuais problemas
de moradia. Assim o empreendimento seria, ao menos teoricamente, uma possibilidade
concreta de promoção social e ganho na qualidade de vida.
Deve-se mencionar aqui que a maioria dos entrevistados por meio de questionários,
tem interesse em permanecer no local (70,53%) ou em área próxima (7,89%). Também
houve uma pequena porcentagem de 5,26% que não quis opinar sobre suas
expectativas quanto ao futuro.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
270
Entre as sugestões advindas do questionamento junto à população pesquisada no
período de 2011, quanto ao projeto referente à Alternativa 1 (Tomo I – item 3.1) muitas
estão relacionadas à mudança do traçado original (DNIT) para o traçado proposto à
época (Alternativa 1). A maioria das pessoas sugere que o projeto proposto se adeque
ao projeto proposto pelo antigo Departamento Nacional de Estradas e Rodagem-
DNER, hoje Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes-DNIT.
Segundo esta alternativa (DNIT), o trajeto seria mais longo e iniciaria em local próximo
ao rio Inferninho, na região de Tijucas. De acordo com os defensores desta proposta
pioneira, ela seria mais eficiente, significativa e de fato contribuiria para solucionar o
problema de tráfego no acesso aos municípios interceptados, coisa que o projeto atual,
segundo a opinião destas pessoas, seria insuficiente para fazer.
Nesse sentido, cabe esclarecer que os aspectos levantados nos parágrafos anteriores
fazem menção ao antigo projeto do Contorno Rodoviário de Florianópolis, que
representa hoje a Alternativa 1. O traçado em estudo atualmente e objeto deste Estudo
de Impacto Ambiental se assemelha ao projeto proposto pelo DNIT (km 175+500 da
BR-101 ao Km 219+000 próximo ao Rio Cubatão), com algumas variações, iniciando
no Km 177+760 da BR-101 e terminando no Km 220+000, a aproximadamente 1 km da
atual praça de pedágio. Desta forma, conclui-se que as sugestões apresentadas pela
população no período de 2011 estão sendo contempladas pela nova configuração do
traçado.
Outra sugestão muito presente nos questionários respondidos foi a necessidade de se
agilizar a obra, no caso de que ela venha mesmo a ser implantada, diminuindo assim,
os incômodos à população e as incertezas quanto ao futuro.
As sugestões apresentadas são as listadas a seguir, lembrando que as mesmas foram
transcritas tal como foram apresentadas, sem avaliação de sua viabilidade ou
pertinência.
Agilidade na execução das obras;
Cuidados com as nascentes existentes na área;
Conservação máxima possível da natureza local;
Sugestão de não implantação de pedágio na nova rodovia;
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
271
Instalação de mecanismos de segurança reforçados, especialmente para o
controle de velocidade;
Eficiência e qualidade na execução dos serviços;
Instalação de passarelas para pedestres;
Reforço nos cuidados ambientais necessários para preservação e conservação
da área;
Reforço nos cuidados ambientais relativos às populações humanas, tais como
controle da poluição sonora, do ar e da água;
Informações detalhadas sobre o projeto e seu andamento;
Austeridade no gasto do dinheiro público;
Cuidados especiais no planejamento e controle urbano para se evitar que a nova
rodovia traga um crescimento urbano desordenado prejudicando a qualidade de
vida da população.
Quanto às entrevistas livres realizadas com representantes de algumas entidades
locais e regionais de diferentes ramos de atuação, o principal resultado é uma
concordância com o projeto de implantação do Contorno de Florianópolis, tendo em
vista que ele traria um potencial benefício para o muito tumultuado trânsito local e
regional. Há quase que uma unanimidade de que o projeto é sim desejável, tendo em
vista os sério problemas de mobilidade na região, devido ao tráfego intenso. Todos
concordam também que o investimento em infraestrutura é indispensável para o
crescimento econômico e social dos municípios envolvidos e desejam, já há alguns
anos que o projeto seja de fato implantado, sendo esta uma demanda antiga das
comunidades envolvidas.
Ressalta-se que, a fim de se evitar repetição desnecessária de informações,
selecionou-se algumas das entrevistas mais representativas das opiniões gerais
ouvidas pela equipe técnica do estudo.
O Presidente da Associação Catarinense de Engenheiros-ACE, por exemplo, Engº
Eletricista Celso Ternes Leal, mencionou que proposta apresentada no ano de 2011
estaria aquém do que é esperado pela população, não trazendo benefício real.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
272
Segundo ele “este o projeto proposto pela Autopista Litoral Sul é inviável, pois, o novo
traçado não atenderá a necessidade do desvio do tráfego previsto no projeto original.”
Como verificado nas demais sugestões da população, o descontentamento estaria
relacionado à alternativa de traçado apresentada em 2011, que hoje configura a
alternativa 1 deste Estudo, uma vez que ela não contemplava a região do Rio
Inferninho, Três Riachos e Saudade, no município de Biguaçu, e a região do Rio Aririú,
no município de Palhoça. Com a reconfiguração do traçado, esta situação não mais se
aplica.
A ACE, fundada em 24 de maio de 1934 é uma entidade que tem como missão
institucional congregar, representar e defender os interesses dos engenheiros,
estimular o desenvolvimento técnico e científico dos seus associados, integrar através
de atividades culturais, sociais, esportivas e filantrópicas, a categoria profissional,
promover a valorização da engenharia catarinense e, sobretudo, o desenvolvimento do
Estado de Santa Catarina.
A posição de seu presidente representa um grande número de associados, inclusive,
pessoas com atuação no ramo rodoviário. É preciso frisar que a implantação do
contorno é considerada obra de fundamental importância para desafogar o trânsito
pesado. Além disto, o Presidente da ACE (Figura 68) coloca a necessidade de que o
projeto seja mais divulgado, ampliando a participação da sociedade em seu
planejamento.
Figura 68: Entrevista com Presidente da ACE
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
273
Também foi ouvida a opinião do Sr. LeonídioZiberman, Presidente do Sindicato dos
Trabalhadores Rurais de Biguaçu (Figura 69). A entidade que representa, fundada em
1972, busca orientar e defender os direitos dos agricultores do município de Biguaçu e
atende cerca de 700 associados.
Segundo o Sr. Leonídio, o assunto vem sendo objeto de discussão na mídia, levada a
efeito pelos municípios da Grande Florianópolis, em especial aqueles que terão seus
municípios interceptados. Ele afirmou que acredita, pelas conversas que mantém com
os associados de sua entidade, que a obra é sim, prioritária e que a maioria será a
favor da realização da mesma. Em suas palavras “com certeza essa obra é para o
desenvolvimento e para o progresso facilitando o tráfego dos meios de transportes.”
O entrevistado comentou também a respeito dos benefícios que a implantação de um
Contorno de Florianópolis traria, ressaltando o escoamento mais rápido da produção e
os ganhos daí advindos, além da diminuição do número de acidentes. Manifestou ainda
a necessidade de que seja minimizado ao mínimo possível o número de
desapropriações, havendo a necessidade de que o processo seja bem conduzido e
fiscalizado de modo a não prejudicar os atingidos além do necessário. Defende que as
indenizações “sejam feitas do modo justo e correto”.
O Sr. Leonídio resume ao fim da entrevista, muitos dos anseios demonstrados também
pelos entrevistados da Área Diretamente Afetada quando diz: “Sabe o que eu queria?
Uma obra bem planejada, fiscalizada, sem corrupção, sem desvio de dinheiro e com
bons engenheiros e que não demore muito”.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
274
Figura 69: Entrevista com Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Biguaçu.
Outro entrevistado, o Sr. Álvaro Dias, Presidente do Conselho Comunitário Ribeirão da
Ilha, em Florianópolis (Figura 70), entidade que tem objetivo de agregar a comunidade
local para a participação nos processos políticos e sociais locais, menciona a
importância da obra para os moradores, principalmente tendo em vista o fato de que
vários moradores do bairro estudam na UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí) e
precisam se deslocar para o continente diariamente, perdendo muito tempo no trajeto
por causa dos problemas de mobilidade urbana na região. Esta situação, segundo ele é
muito comum, principalmente para os moradores também de Palhoça e São José que
utilizam o tempo todo a BR-101. Ele acredita também que a obra irá diminuir o número
de acidentes por causa da diminuição do trânsito pesado. Contudo, o Sr. Álvaro Dias
teme que a obra “seja apenas uma promessa” e espera que, caso seja de fato
implantada, seja realizada rapidamente e com todos os cuidados ambientais
necessários.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
275
Figura 70: Entrevista com o Presidente do Conselho
Comunitário Ribeirão da Ilha.
Em São José, o depoimento escolhido para ilustrar as opiniões colhidas, foi o da Sra.
Chirlei Aparecida Jaraceski, Presidente do Centro Social Urbano Forquilhinhas. Sua
entidade, fundada em dezembro de 1980, busca integrar e dinamizar as ações da
comunidade aprimorando-as como agente de seu próprio desenvolvimento e em
estreita colaboração com órgãos do poder público, no sentido de promover a defesa do
meio ambiente, dos consumidores, da organização comunitária e da mobilização em
prol das reivindicações e interesses da população estimulando a participação direta de
seus membros.
Ela declara:
“Eu já ouvi falar da obra sim, ela vai ser ótima, pois vai desafogar o trânsito,
inclusive eu fico muito feliz porque é a primeira vez que alguém vem perguntar
nossa opinião. O problema que tem que fazer muitos estudos para se ter uma
obra como essa e eu não conheço muito sobre isso, mas acredito que esta
obra vai ser ótima para a comunidade poder se deslocar na Grande
Florianópolis”
A Sra. Chirlei diz também não conhecer detalhes do projeto, o que facilitaria uma
opinião mais aprofundada sobre o assunto e diz recear que a obra demore muito pois
acredita pessoalmente que a mesma será benéfica para a população pois irá desafogar
o trânsito na BR-101.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
276
Figura 71: Centro Social Urbano Forquilhinhas em São José e entrevista com sua Presidente.
O Clipping que se segue é uma pequena amostra do que vem sendo veiculado na
imprensa a respeito do projeto de implantação do Contorno de Florianópolis, ou Alça do
Contorno, como também vem sendo chamado o empreendimento. Em geral, muitas
das opiniões colhidas em campo refletem preocupações que vem ganhando destaque
na imprensa.
Julgou-se pertinente destacar algumas notícias para possibilitar uma análise das
expectativas tornadas públicas por autoridades da região e das polêmicas a respeito do
projeto que não podem e não devem ser ignoradas. A colagem simples destas notícias
foi considerada a maneira mais simples, direta e isenta de destacar tais preocupações
da sociedade regional.
5.3.3 Caracterização das Condições de Saúde e Doenças Endêmicas
O Termo de Referência emitido pelo IBAMA para orientar o Estudo de Impacto
Ambiental relativo ao empreendimento de implantação do Contorno de Florianópolis,
pede que seja analisado a ocorrência regional de doenças endêmicas e verificado, ao
longo da Área de Influência Direta a existência de áreas com habitats favoráveis para o
surgimento e proliferação de vetores, além de indicadas medidas de monitoramento e
controle de proliferação dos vetores destas doenças nas áreas de obra.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
277
Frente a esta solicitação, procedeu-se a pesquisa específica a respeito das endemias
típicas na região, com base principalmente nos arquivos disponíveis no Sistema de
Informação de Vigilância Epidemiológica do DATASUS e pesquisas realizadas por
diversas entidades com interesse no tema.
No Brasil, convencionou-se chamar determinadas doenças, a maioria delas parasitárias
ou transmitidas por vetor, como “endemias”. Fato é que, as doenças endêmicas são
enfermidades que mantém suas incidências constantes e coletivas durante um largo
período do ano em determinadas regiões do país.
Estas doenças, segundo conceituação ainda adotada pelo Ministério da Saúde
brasileiro são: a malária, a cólera, a leishmaniose, a Doença de Chagas, o tracoma, a
dengue, a peste, a filariose, a esquistossomose, a influenza e a meningite.
Estas doenças, a maior parte delas predominantemente rurais, constituíram uma
preocupação central do setor de saúde pública no Brasil por quase um século, até que
vários processos ligados ao desenvolvimento socioeconômico do país, notadamente a
urbanização, desfizeram as razões de sua existência como corpo homogêneo de
preocupação.
Até mesmo o quadro epidemiológico do país de forma geral, se transformou. As
doenças do aparelho circulatório, por exemplo, passaram desde a década de 1960 a
ser uma das principais causas de morte no país, enquanto as doenças transmissíveis
passaram a responder pelo quinto grupo de doenças responsáveis por óbito nos
últimos anos. Essa realidade, inclusive pode ser exemplificada pelos dados de
morbidade e mortalidade já apresentados em capítulo anterior deste diagnóstico para a
AID do empreendimento.
Estas mudanças se devem principalmente ao desenvolvimento de novas tecnologias,
como as vacinas e os antibióticos, a ampliação do acesso a serviços públicos de saúde
e as medidas de controle implementadas pelos governos em todos os âmbitos, federal,
estadual e municipal.
Entretanto, apesar da redução significativa da participação desse grupo de doenças, as
doenças endêmicas relacionadas acima, no perfil de mortalidade no Brasil, elas ainda
tem um considerável impacto sobre a saúde da população, em especial em áreas onde
há a associação das mesmas com condições ambientais, sociais e econômicas.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
278
As chamadas doenças endêmicas, na sua grande maioria, fazem parte do grupo de
doenças negligenciadas que ocorrem geralmente entre os grupos sociais mais
vulneráveis, ou seja, os mais pobres e excluídos dos benefícios do progresso. Assim
elas se distribuem de maneira muito diversa pelo território brasileiro, sendo mais
presentes nas regiões brasileiras onde os demais indicadores sociais também apontam
maior fragilidade, como é o caso do norte e do nordeste do Brasil.
A fim de se proceder a análise requerida pelo TR do IBAMA para o presente estudo,
optou-se, como forma de expor melhor o resultado, por reunir as informações sobre o
quadro epidemiológico de endemias na região de estudo, por tipo de doença endêmica,
considerando o conceito estabelecido pelo Ministério da Saúde e as doenças por ele
consideradas.
Para facilitar a abordagem, apresenta-se o conceito de cada uma das doenças
endêmicas consideradas pelo Ministério da Saúde, com base principalmente, mas não
exclusivamente, na descrição extraída do Caderno 6, intitulado Situação da Prevenção
e Controle das Doenças Transmissíveis no Brasil, parte integrante do trabalho
publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, “Saúde
Brasil 2004 – Uma Análise da Situação de Saúde” e no Guia de Vigilância
Epidemiológica do Ministério da Saúde, 7ª edição (2009). Em seguida à conceituação
de cada endemia, tem-se as informações sobre a situação do estado de Santa Catarina
quanto ao controle e prevenção da doença em questão. Quando há informações
agregadas ao nível municipal, as mesmas foram incorporadas ao texto, evidentemente.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
279
5.3.3.1 Malária
A malária é uma doença infecciosa febril potencialmente grave causada por parasitas
(protozoários do gênero Plasmodium) que são transmitidas entre os seres humanos
pela picada da fêmea do mosquito de gênero Anopheles que se infecta ao sugar o
sangue de uma pessoa doente. Se não for convenientemente tratada a malária pode
evoluir rapidamente para formas graves.
A malária acometida cerca de 6 milhões de brasileiros por anos na década de 1940 em
todas as regiões brasileiras. As mudanças sociais ocorridas no país e o intenso
trabalho de controle desenvolvido pela Campanha de Erradicação da Malária
possibilitaram o relativo controle da doença que passou a apresentar uma ocorrência
de menos de 100 mil casos por ano. Hoje, a malária restringe-se espacialmente às
áreas de proximidade da floresta na chamada Amazônia Legal. Quando ocorre em
outras regiões, são quase que totalmente importados desta região amazônica ou de
outros países onde ocorre transmissão.
A região amazônica é, portanto, considerada a área endêmica do país para malária.
Em 2008, aproximadamente 97% dos casos dessa doença no Brasil se concentraram
em seis estados da região amazônica: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e
Roraima. Os outros três estados da região, Maranhão, Mato Grosso e Tocantins foram
responsáveis por menos de 3% dos casos de malária.
A maior parte dos casos ocorre em áreas rurais, porém também há registro da doença
em áreas urbanas, representando 15% dos casos. Observa-se que, mesmo em área
endêmica, o risco de se contrair a malária não é uniforme. Esse risco é mensurado pela
incidência parasitária anual-IPA, que serve para classificar as áreas de transmissão em
alto, médio e baixo risco, de acordo com o números de casos por mil habitantes.
A Figura 72foi extraída do banco de dados do Ministério da Saúde e mostra as regiões
de ocorrência da doença no Brasil, com suas respectivas classificações de risco. Nota-
se que na região de estudo, situada ao sul do Brasil, não há transmissão de malária.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
280
Figura 72: Distribuição da Malária no Brasil. Fonte: SISMAL/SIVEP/SVS/MS – atualizado em 28/12/2009
De acordo com dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica-SIVEP, do Ministério da
Saúde, foram registrados em Santa Catarina no ano de 2009, apenas 14 casos da
doença, o que não é significativo no sentido de se exigir, no caso de implantação do
empreendimento, controle específico para esta patologia.
5.3.3.2 Cólera
A cólera é uma doença considerada como reemergente, pois alcançou o continente
americano e o território brasileiro em 1991, trinta anos após o início dessa que é a
sétima pandemia a acometer a humanidade e a primeira a ser causada pelo
Vibriocholerae El Tor. No Brasil ela estava ausente há quase cem anos.
Também esta patologia é associada a condições de extrema pobreza, insalubridade e
falta de condições sanitárias mínimas adequadas.
Malária noBrasil 2008
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
281
No território brasileiro, o surto de cólera ocorreu entre 1991 e 2001 e atingiu diversas
regiões do país, produzindo um total de 168.598 casos e 2.035 mortes, sendo as
principais epidemias registradas no Norte e Nordeste. Sua proliferação no país esteve
relacionada às condições altamente favoráveis à sua disseminação, principalmente
tendo em vista as péssimas condições de vida de grandes parcelas da população das
regiões mencionadas. No entanto, outras regiões também registraram casos de cólera,
principalmente em bolsões de pobreza existentes nas periferias dos grandes centros
urbanos.
Os esforços do sistema de saúde brasileiro, conseguiram lograr êxito a partir de 2001
quando somente sete casos registrados, sendo quatro casos no Ceará, um em
Pernambuco, um em Alagoas e outro em Sergipe. Nos anos de 2002 e 2003 não foram
detectados casos no Brasil.
Porém, não se pode subestimar o risco da reintrodução da doença em áreas já
atingidas ou ainda indenes, uma vez que as baixas coberturas dos serviços de
saneamento básico ainda persistem. Tanto é assim que, em 2004 foram registrados
três casos no agreste de Pernambuco, tendo sido necessária uma investigação
epidemiológica para se detectar as fontes de infecção afim de se interromper a
transmissão.
Atualmente, a cólera se encontra sob controle no país, embora o Ministério da Saúde
mantenha a vigilância epidemiológica e ambiental com o objetivo de evitar o retorno da
doença. Associado a esta medida está o fortalecimento do sistema de vigilância sobre
o controle da qualidade da água para consumo humano.
5.3.3.3 Leishmaniose
A leishmaniose é uma doença crônica, de manifestação cutânea ou visceral (por isso
pode-se usar o termo no plural – leishmanioses) causada por protozoários do gênero
Leishmania, de transmissão vetorial. O calazar (leishmaniose visceral) e a úlcera de
Bauru (leishmaniose tegumentar americana) são formas da doença que é transmitida
pela picada de mosquitos.
Esta doença apresenta-se em fase de expansão geográfica, havendo mudanças no
comportamento epidemiológico da doença.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
282
Entretanto, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do estado de Santa Catarina não
possui registros de epidemia de leishmaniose visceral no estado, tendo havido um
surto da leishmaniose tegumentar no litoral norte do estado no ano de 2008, hoje já
controlado.
5.3.3.4 Doença de Chagas
A doença de Chagas é uma das conseqüências da infecção humana produzida pelo
protozoário flagelado Trypanosoma cruzi. Na ocorrência da doença de Chagas
observam-se duas fases clínicas, uma aguda, que pode ou não ser identificada,
podendo evoluir para uma fase crônica. No Brasil atualmente predominam os casos
crônicos decorrentes de infecção por via vetorial, com aproximadamente três milhões
de pessoas infectadas.
Também é na região da Amazônia Legal que ocorre a maioria dos casos no Brasil,
embora a doença tenha registro em diversos estados. Segundo informações colhidas
junto ao Ministério da Saúde, evidenciam-se duas áreas geográficas onde os padrões
de transmissão da doença são diferenciados:
- a região originalmente de risco para a transmissão vetorial, que inclui os estados
de Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato
Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do
Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe, São Paulo e Tocantins;
- a região da Amazônia Legal, incluindo os estados do Acre, Amazonas, Amapá,
Rondônia, Roraima, Pará, Tocantins, parte do estado do Maranhão e do Mato
Grosso.
Mais uma vez se observa a não presença do estado de Santa Catarina, que abriga os
municípios objeto deste estudo, entre os locais de risco desse tipo de doença
endêmica.
A doença de Chagas é uma doença transmitida principalmente por tritomíneos (insetos
hamatófagos), conhecidos como barbeiros e apresentava uma alta incidência no Brasil,
estimada em 100 mil casos novos por ano no fim dos anos de 1970. Atualmente, com a
estratégia de monitoramento entomológico desenvolvida pelo Ministério da Saúde, para
identificar a presença do vetor e combatê-lo com o uso de inseticidas específicos,
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
283
associada a melhorias habitacionais realizadas em áreas endêmicas, alcançou-se o
controle da doença.
Este fato pode ser constatado a partir da consolidação dos inquéritos sorológicos para
a doença de Chagas realizados sistematicamente nos estados endêmicos ao longo do
período de 1989 a 1999. No consolidado dos dados, do total de 244.770 amostras
colhidas, apenas 329 foram positivas, resultando numa prevalência média geral de
0,13%.
Houve também uma redução da área onde é encontrado o agente causador, o
Triatomainfestans, inclusive verificada pela Comissão Internacional de Especialistas
constituída pela Organização Pan-Americana de Saúde-OPAS e pelos países do Cone
Sul, com a finalidade de avaliar a situação epidemiológica de cada país. Esta comissão
conferiu o certificado de interrupção da transmissão vetorial pelo T.infestans em dez
estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Tocantins e Piauí. Os estados do Paraná e Rio
Grande do Sul serão certificados brevemente, uma vez que os estudos estão sendo
concluídos. No estado da Bahia, onde ainda existem municípios com infestação do T.
infestansestão sendo intensificados os esforços para eliminação do vetor. Os estados
da região amazônica não estão incluídos no Plano de Eliminação doT.infestanspor esta
região ser considerada indene. Nos estados do Maranhão, do Ceará, do Rio Grande do
Norte, de Alagoas, de Sergipe, do Espírito Santo e de Santa Catarina, apesar de
pertencerem à área endêmica, não existe a espécieT.infestans.
Segundo dados do Sistema de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, entre
2007 e 2010 houveram apenas 06 casos de doença de Chagas na região sul do Brasil,
nenhum deles no estado de Santa Catarina.
5.3.3.5 Tracoma
O tracoma é uma espécie de conjuntivite crônica provocada pela bactéria
Chlamydiatrachomatis, sorotipos A, B e C. De acordo com a Organização Mundial de
Saúde-OMS, o tracoma é uma importante causa de cegueira nos países emergentes,
apresentando a peculiaridade de ser irreversível e refratária ao transplante de córnea.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
284
Apesar da acentuada diminuição da ocorrência do tracoma nas últimas décadas, o
agravo ainda persiste acometendo especialmente populações carentes de todas as
regiões do país, inclusive nas grandes metrópoles. Esta doença está relacionada com
precárias condições socioeconômicas, de saneamento e de desenvolvimento humano.
Em países desenvolvidos, o controle do tracoma foi alcançado justamente com a
melhoria das condições de vida.
Esta doença é atualmente a principal causa infecciosa de cegueira evitável e,
infelizmente, estimativas globais da OMS em 2009, revelam que existem em torno de
41 milhões de pessoas no mundo com o tracoma ativo e 1,8 milhão de cegos devido à
doença. Nas populações onde o tracoma é endêmico, as principais vítimas são
crianças com até 10 anos de idade.
O agente etiológico do tracoma é a bactéria gram-negativa Chlamydiatrachomatis e
seus principais vetores são insetos como a mosca doméstica e/ou a “lambe-olhos”. O
contágio se dá diretamente, de pessoa a pessoa, ou indiretamente, através de objetos
contaminados.
Quanto aos aspectos epidemiológicos, o tracoma não existia entre as populações
nativas do continente americano. A doença foi trazida pela colonização e imigração
européias. Há estudos históricos sobre a doença que mostram que esta teria sido
introduzida no Brasil a partir do nordeste, com a deportação de ciganos,
estabelecendo-se um foco no Cariri, na segunda metade do século XIX. Os focos de
São Paulo e Rio Grande do Sul teriam se iniciado com a intensificação da imigração
européia.
Com a expansão da fronteira agrícola para oeste, o tracoma acabou por disseminar-se
por todo o país, tornando endêmico em praticamente todas as regiões e chegando a
tornar-se um dos problemas de saúde pública mais relevantes até a primeira metade
do século XX.
Entretanto, apesar da diminuição acentuada na prevalência do tracoma no país, dados
do último inquérito nacional de prevalência, realizado em 26 estados e no Distrito
Federal, mostram que a doença ainda persiste em todos eles, sempre em populações
carentes e desassistidas.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
285
Em Santa Catarina vem sendo realizados inquéritos sistemáticos desde 2004 que
mostram ainda a prevalência da doença no estado. Estes inquéritos vem sendo
realizados em municípios de baixo IDH, uma vez que, com já foi dito, a ocorrência da
doença se dá em ambientes insalubres, com condições ambientais, higiênicas e
sanitárias inadequadas. Este não é o caso dos municípios que compõem a AID do
projeto em questão.
Porém, apenas como informação, os municípios considerados de risco da endemia e
que, portanto o inquérito foi aplicado em 2010 em Santa Catarina, encontram-se
listados na Tabela 147, a seguir:
Tabela 147: Taxa de Detecção de Tracoma por Município de Residência em Santa Catarina-2010.
Município Número de
Examinados Positivos Taxa de Detecção
Arvoredo 106 2 1,9
Bandeirante 249 19 7,6
Belmonte 197 9 4,6
Bocaina do Sul 114 6 5,3
Calmon 386 29 7,5
Capão Alto 87 4 4,6
Caxambu do Sul 293 39 13,3
Cerro Negro 498 31 6,2
Coronel Martins 300 13 4,3
Dionísio Cerqueira 990 101 10,2
Flor do Sertão 191 11 5,8
Frei Rogério 207 21 10,1
Guaraciaba 621 36 5,8
Guatambu 321 17 5,3
Itapiranga 1392 122 8,8
Jardinópolis 123 11 8,9
Jupiá 178 13 7,3
Lages 1022 84 8,2
Leoberto Leal 181 18 9,9
Lebon Regis 346 34 9,8
Matos Costa 227 19 8,4
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
286
Município Número de
Examinados Positivos Taxa de Detecção
Monte Carlo 577 100 17,3
Nova Itaberaba 341 23 6,7
Paraíso 364 23 6,0
Passos Maia 203 10 4,9
Paulo Lopes 223 24 10,8
Ponte Alta 147 9 6,1
Ponte Alta do Norte 67 18 26,9
Praia Grande 351 19 5,4
Princesa 268 43 16,0
Rio Rufino 163 6 3,7
Saltinho 408 18 4,4
Santa Helena 200 25 12,5
Santa Rosa do Sul 235 28 11,9
São Bernardino 229 15 6,6
São João do Sul 137 18 13,1
São José do Cedro 1116 100 9,0
São José do Cerrito 210 9 4,3
São Miguel D’Oeste 2657 114 4,3
Timbó Grande 427 24 5,6
Total 16.372 1.265 7,7
Fonte: SINAN-NET
5.3.3.6 Dengue
A dengue é uma doença endêmica que tem sido objeto de uma das maiores
campanhas de saúde pública já vista no Brasil, exigindo um esforço substancial do
setor de saúde. O mosquito transmissor da doença, da espécie Aedes aegypti, já havia
sido erradicado de vários países do continente americano nas décadas de 1950 e
1960, porém retornou da década de 1970 por falhas justamente na vigilância
epidemiológica e pelas mudanças sociais e ambientais propiciadas pelo processo de
urbanização acelerado nesta época. Soma-se ao problema, a dificuldade de se
erradicar este transmissor, tendo em vista o mesmo se multiplicar nos vários
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
287
recipientes que podem armazenar água, particularmente os encontrados nos lixos
gerados nas cidades e depositados de maneira inadequada.
Esta amplitude do problema da dengue faz com que as atividades de prevenção da
doença perpassem o setor de saúde necessitando ser articuladas com outras esferas
das políticas públicas para ter-se sucesso, como por exemplo, a limpeza urbana e a
educação, de modo a ser alcançar maior conscientização e mobilização social em torno
do combate à dengue.
A dengue é uma doença febril aguda, que pode ter curso benigno ou grave,
dependendo da forma como se apresente. Atualmente é uma das mais importantes
arbovirose que afeta o ser humano, constituindo-se em sério problema de saúde
pública no mundo, principalmente em países tropicais. No Brasil, atinge praticamente
todos os estados, em diferentes proporções.
Em 2011 foi publicado pelo Ministério da Saúde, o novo Mapa de Risco da Dengue no
Brasil. Neste trabalho, o estado de Santa Catarina figura como área de baixo risco da
doença, inclusive o mapa faz a observação de que o estado nunca teve transmissão
autóctone da dengue (Figura 73).
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
288
Figura 73: Risco de Dengue no Brasil.Fonte: Ministério da Saúde, 2011
Segundo a última distribuição de casos notificados em Santa Catarina disponível no
site da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Estado da Saúde,
referente ao ano de 2006, a 18ª Gerência de Saúde (Florianópolis), responsável pelos
municípios ora em estudo, confirmou apenas 10 casos de dengue na capital
Florianópolis, 2 em Biguaçu e nenhum caso em São José e Palhoça.
5.3.3.7 Peste
A peste é uma doença infecciosa aguda, transmitida principalmente por picada de
pulga infectada pela Yersiniapestis, bactéria que se apresenta sob a forma de bacilo
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
289
gram-negativo, com coloração mais acentuada nos pólos (bipolar). Ela se apresenta
sob três formas clínicas principais: bubônica, septicêmica e pneumônica.
A peste, zoonose transmitida por roedores silvestres, segundo informações do
Ministério da Saúde, encontra-se atualmente restrita a algumas áreas serranas ou de
planalto, principalmente da região Nordeste do Brasil, sendo geralmente associada ao
cultivo e armazenagem de grãos. As atividades permanentes de vigilância sobre os
roedores, com captura e exames de laboratório para detecção da infecção, têm
possibilitado a situação de controle, sendo sua ocorrência restrita à forma bubônica..
No entanto, ainda persistem focos naturais da doença no Brasil. Uma, como já foi dito,
no Nordeste, localizado na região semi-árida do Polígono das Secas em vários estados
(Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia) e no
nordeste de Minas Gerais (Vale do Jequitinhonha), além de outra zona pestosa nesse
estado, fora do Polígono das Secas, no Vale do Rio Doce. O outro foco localiza-se no
estado do Rio de Janeiro, no município de Teresópolis, localizado na Serra dos
Órgãos, nos limites com Sumidouro e Nova Friburgo.
De 1983 a 2008, foram notificados 490 casos humanos no país. Estes casos ocorreram
nos focos do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e Minas Gerais. Destaca-se
que, outro aspecto epidemiológico importante desta patologia é o seu potencial letal. A
forma bubônica, quando não tratada, pode chegar a 50% e a pneumônica e
septicêmica, próximas a 100% de letalidade.
5.3.3.8 Filariose
A filariose é uma doença causada por um nematódeo, a Wucheceriabancrofti, sendo
transmitida por mosquitos, principalmente o Culexquinquefasciatus. É uma doença
bastante comum na África e no Brasil já foi muito prevalente. Porém, atualmente, está
localizada apenas em focos endêmicos na região metropolitana do Recife e, em menor
escala em Maceió, cidades onde as condições ambientais e de drenagem urbana
favorecem a permanência de alto índice de população vetorial. Em Belém, onde a
eliminação se encontra próxima, a infecção ocorre de forma residual. Assim, o
Ministério da Saúde brasileiro considera esta doença como candidata à eliminação em
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
290
futuro próximo, já que desde 1950 tem sido observada a redução nas prevalência de
infecção.
5.3.3.9 Esquistossomose
A esquistossomose tem ampla distribuição geográfica no Brasil, com maior intensidade
de transmissão na região Nordeste do país e no norte de Minas Gerais. Ela é uma
doença infecciosa parasitária, de veiculação hídrica, provocada por vermes do gênero
Shistosoma, cuja transmissão ocorre quando o indivíduo suscetível entra em contato
com águas superficiais onde existam caramujos, hospedeiros intermediários, liberando
cercarias. Inicialmente assintomática, a doença pode evoluir para formas clínicas
extremamente graves. Popularmente, também é conhecida como “Barriga D’água”.
No Brasil, a doença ocorre de forma endêmica, isto é, possui registros contínuos em
dezenove estados. Os estados do Pará, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná,
Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal são consideradas áreas de transmissão focal
da doença.
Em Santa Catarina, os focos estão localizados nos municípios de Guaramirim, Jaraguá
do Sul e São Francisco do Sul, ou seja, fora da abrangência do empreendimento objeto
deste EIA.
A Figura 77 e Figura 78 foram extraídas do site da Diretoria de Vigilância
Epidemiológica, da Secretaria de Saúde do estado de Santa Catarina sendo que o
primeiro deles ilustra a distribuição da esquistossomose no Brasil e o segundo, a
distribuição da doença no estado de Santa Catarina.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
291
Figura 74:Distribuição da Esquistossomose no Brasil.
Fonte: DIVE/Gerência de Vigilância de Zoonoses.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
293
Em 2009 foram confirmados 69 casos de contaminação por A(H1N1) em Santa
Catarina, representando 4% dos casos investigados, de acordo com dados constantes
nos registros do Sistema de Informação de Agravos de Notificação-SINAN/MS.
Apresenta-se na sequência a Tabela 148, contendo o grau de atendimento por
cobertura vacinal contra gripe nos municípios da Área de Influência Direta do
empreendimento. A situação nestas cidades está sob controle, pois dados mostram
uma cobertura bastante razoável da vacinação preventiva no total dos grupos
prioritários, todos superiores a noventa por cento.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
294
Tabela 148: Campanha Nacional de Vacinação Contra Gripe – Coberturas Vacinais por Grupos Prioritários nos Municípios da AID*.
Município
Crianças T. Saúde Gestantes Puérperas Indígenas Idosos Total M
eta
Do
ses
Co
b.
Met
a
Do
ses
Co
b.
Met
a
Do
ses
Co
b.
Met
a
Do
ses
Co
b.
Met
a
Do
ses
Co
b.
Met
a
Do
ses
Co
b.
Met
a
Do
ses
Co
b.
Governador Celso
Ramos 210 218 104 144 240 167 105 91 87 17 16 94 0 0 0 1.476 1.425 97 1.952 1.990 102
Biguaçu 1.277 1.191 93 882 820 93 638 502 79 105 103 98 280 252 90 5.189 4.615 89 8.371 7.483 89
São José 4.400 4.411 100 5.198 5.809 112 2.200 1.972 90 362 400 111 0 11 20.360 19.703 97 32.520 32.306 99
Palhoça 3.212 3.557 111 2.094 2.318 111 1.606 1.553 97 264 542 205 150 184 123 11.076 12.704 115 18.402 20.858 113
Florianópolis 8.172 6.872 84 13.985 16.815 120 4.086 3.240 79 672 639 95 0 0 49.793 42.573 86 76.708 70.139 91
* Campanha referente ao período de 15/04/2013 a 31/05/2013.
Fonte: DATASUS.
Observações:
1) CRIANÇAS (soma de doses aplicadas em crianças indígenas e não indígenas entre 6M e <2 anos) 2) INDÍGENAS (doses aplicadas em toda a população indígena, independente da faixa etária) 3) IDOSOS (soma de doses aplicadas na população >= 60 anos de idade entre os trabalhadores de saúde, indígenas e não indígenas).
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
295
5.3.3.11 Meningite
O termo meningite expressa a ocorrência de um processo inflamatório das meninges,
que são membranas que envolvem o cérebro. Ela pode ser causada por diversos
agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos e outros, além de agentes não
infecciosos, como por exemplo, traumatismos.
Do ponto de vista da saúde pública, as meningites de origem infecciosa, principalmente
as causadas por bactérias e vírus são as mais importantes, pela magnitude de sua
ocorrência potencial de produzir surtos.
Quanto aos aspectos epidemiológicos, as meningites tem distribuição mundial e sua
expressão depende de diferentes fatores como o agente infeccioso, a existência de
aglomerados populacionais, características socioeconômicas dos grupos populacionais
e do meio ambiente. De forma geral, a sazonalidade da doença caracteriza-se pelo
predomínio das meningites bacterianas no inverno e das meningites virais no verão. A
N. meningitidis é a principal bactéria causadora da doença e potencial para causar
epidemias. Pode acometer indivíduos de todas as idades, porém apresenta uma maior
incidência em crianças menores de 5 anos, especialmente lactentes entre 3 e 12
meses.
No Brasil, nas décadas de 1970 e 1980 ocorreram epidemias em várias cidades do
país, tendo como epicentro a cidade de São Paulo. A partir da década de 1990 houve
uma diminuição proporcional do sorogrupo B e aumento progressivo do sorogrupo C.
Desde então, surtos isolados deste último grupo tem sido identificados e controlados no
território nacional. Esta situação se deve muito possivelmente ao efeito combinado de
dois fatores: a alta cobertura das vacinas (BCG e Haemophilusinfluenzaetipo b-Hib) e o
esgotamento de suscetíveis.
Segundo a Análise da Situação Epidemiológica das Meningites em Geral no Estado de
Santa Catarina, disponível no site da Diretoriade Vigilância Epidemiológica, da
Secretaria de Saúde do estado de Santa Catarina, a série histórica da doença entre
1995 e 2007 mostram uma diminuição do número de caso, com pequenas oscilações
até o ano de 2000, um pico em 2002 relativo ao surte da doença viral naquele ano
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
296
(principalmente no município de Joinville) e nova diminuição a partir de 2003. Em 2006,
há um novo surto dos casos de meningite viral que manteve-se no ano de 2007.
Estes surtos atingiram os seguintes municípios em 2006: Palma sola, Maravilha, Seara,
Rio do Sul, Ibirama, Presidente Getúlio, Joinville. Em 2007, os municípios que
registraram surtos foram: Frainburgo, Ituporanga, Ibirama, Blunenau, Itajaí,
Navegantes, Orleans e novamente Joinville.
Observa-se que Biguaçu, São José, Palhoça e Florianópolis, que constituem o foco
desta análise, não consta na relação de municípios atingidos por surtos de meningites.
Nestes municípios os casos registrados em 2007, último ano da série histórica
disponível, ficam abaixo de 10 casos por 100.000 habitantes. Ainda assim, o estado de
Santa Catarina, pelo exposto acima, deve continuar se preocupando com o controle da
doença em seu território pelo número de casos nele registrados nas demais regiões.
Além disto, a doença apresenta índices consideráveis de morbi-letalidade.
As informações reunidas neste item 5.3.3 – Caracterização das Condições de Saúde e
Doenças Endêmicas, são suficientes para demonstrar que não há razões para uma
preocupação específica com doenças endêmicas na Área de Influência Direta do
empreendimento. Nenhuma das doenças endêmicas, entre as consideradas pelo
Ministério da Saúde, tem presença especial na área de estudo, não havendo nenhuma
indicação concreta de que o empreendimento possa vir a contribuir para a piora das
condições de controle já usualmente adotadas na região.
Evidentemente, deverão ser adotados os procedimentos ambientais de praxe em
qualquer de empreendimento visando a prevenção de danos ambientais de toda
natureza, incluindo danos à saúde da população envolvida, tanto as comunidades
locais quanto os trabalhadores envolvidos na implantação do projeto, no caso deste vir
a ser de fato implantado.
Entre estas medidas preventivas, está o controle de possíveis vetores, através da
manutenção da limpeza e das condições de higiene e sanitárias adequadas em todas
as áreas de obra, incluindo canteiros de obra, instalações sanitárias, refeitórios,
caminhos de serviço entre outras estruturas de apoio necessárias.
Esta manutenção se expressa através de um efetivo controle na produção de resíduos
sólidos e efluentes líquidos através de programas ambientais específicos, além de
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
297
reforço das normas de segurança e saúde junto aos técnicos e operários contratados
para os diversos serviços por meio de Programas de Educação Ambiental.
Esta Educação Ambiental deverá contemplar a Educação em Saúde como prática que
tem como objetivo promover a formação e/ou mudança de hábitos e atitudes não
desejáveis para o bem estar do indivíduo e da coletividade. Ela tem impactos diretos na
qualidade de vida dos participantes e deverá ser levada a efeito por meio de práticas
pedagógicas participativas, de modo a estimular a responsabilidade comunitária na
aquisição, apreensão e socialização dos conhecimentos.
Ressalta-se que as condições de saúde propriamente ditas, no que diz respeito às
infra-estruturas existentes no setor, recursos humanos, indicadores de saúde etc, já
foram explicitados no item 5.3.2.2.2, referente à Saúde que é parte integrante do item
sobre a Caracterização Populacional, exigida no TR do IBAMA.
5.3.4 Estrutura Produtiva e de Serviços
A dinâmica econômica nas Áreas de Influência Direta e Indireta do empreendimento
inicia-se pela evolução do Produto Interno Bruto-PIB municipal, importante indicador
para o dimensionamento da capacidade de geração de renda nos municípios.
Além do destaque para o PIB municipal, esta seção do Diagnóstico do Meio
Socioeconômico visa apresentar a evolução da estrutura produtiva e de serviços nos
municípios da Área de Abrangência do empreendimento visando caracterizar a
inserção de sua economia na região metropolitana de Florianópolis, enfatizando suas
características particulares no que tange à dinâmica de seus setores e atividades
econômicas, mercado de trabalho, relações de comércio, entre outros aspectos de
interesse para o estudo em pauta, como os vetores de crescimento econômico
observados na região.
Conforme orientação do TR emitido para este EIA, foram considerados nesta
abordagem não só a descrição das atividades econômicas em si, mas seu
detalhamento por setor de atividade, isto é, o peso de cada setor da economia, seu
nível tecnológico, aspectos da economia informal e da geração de trabalho e renda, as
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
298
relações produtivas entre as instâncias local, regional e nacional, incluindo os principais
destinos da produção local.
Cabe destacar que detalhamento dos principais produtos e usos agropecuários, será
apresentado no item seguinte, isto é, 5.3.5 – Uso e Ocupação do Solo, por
determinação da sequência lógica sugerida no TR, que neste item solicita entre outros
elementos, também os usos rurais, com indicação das culturas permanentes,
temporárias, pastagens, efetivos da pecuária etc.
O Produto Interno Bruto-PIB é o resultado, expresso em valores monetários, do
conjunto de bens e serviços produzidos numa determinada região. O PIB per capita se
refere à média indicativa da distribuição do ganho ou perda do crescimento.
A Tabela 149 reúne os dados referentes ao PIB do ano 2010 (último disponível) de
cada município da AII e da AID do empreendimento, trazendo também a contribuição
de cada setor para sua composição.
Tabela 149: Produto Interno Bruto Municipal – 2010.
Município
Composição do Valor Adicionado Bruto PIB Total a Preços
Correntes
(1.000 R$)
PIB per capita
(R$) Agropecuária
(1.000 R$)
Indústria
(1.000 R$)
Serviços
(1.000 R$)
Águas Mornas 15.444 6.873 36.076 64.442 11.619,56
Antônio Carlos 38.474 141.852 80.136 279.568 37.500,77
Biguaçu 37.544 249.489 892.877 1.338.035 22.975,29
Florianópolis 29.158 1.143.227 7.131.334 9.806.534 23.282,20
Governador Celso Ramos
21.377 17.464 94.538 141.400 10.866,87
Palhoça 14.813 396.860 1.364.156 2.018.747 14.714,01
São José 6.415 885.102 3.299.601 4.784.758 22.729,04
Santo Amaro da Imperatriz
15.137 58.511 152.418 243.818 12.295,39
São Pedro de Alcântara
6.797 5.937 25.396 40.791 8.660,45
Fonte: IBGE, PIB 2010.
Os dados e informações recolhidas revelam o quanto o componente urbano atua no
direcionamento das atividades econômicas, tanto no âmbito nacional, quanto no
regional e local. Observa-se que tanto o setor de serviços quanto da indústria
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
299
incrementam a economia da área de estudo considerada em conjunto, sendo
responsáveis pela geração dos maiores valores adicionados ao PIB total.
Na avaliação dos setores produtivos, a agropecuária contribuiu com 23,96% em Águas
Mornas, 13,76% em Antônio Carlos, 2,8% em Biguaçu, apenas 0,29% em
Florianópolis, 15,12% em Governador Celso Ramos, 0,77% em Palhoça, 0,13% em
São José, 6,2% em Santo Amaro da Imperatriz e 16,66% em São Pedro de Alcântara.
Também foram apuradas as faixas de rendimento da população dos municípios
considerados neste estudo. A fonte da pesquisa foi o Censo Demográfico do IBGE
realizado no ano de 2010. A Tabela 150 traz o total de pesquisados por faixa de
rendimentos.
Tabela 150: Total de Domicílios por Faixas de Renda.
Município
Classes de Rendimento Nominal Mensal Domiciliar Per Capita
Até ¼ de SM
Mais de ¼ a ½ SM
Mais de ½ a 1 SM
Mais de 1 a
2
Mais de 2 a
3
Mais de 3 a
5
Mais de 5 SM
Sem Rendimento
Águas Mornas
47 159 594 642 146 56 25 21
Antônio Carlos
29 139 764 912 218 132 57 21
Biguaçu 263 1.697 5.599 6.827 1.928 1.003 368 349
Florianópolis 1.072 7.118 23.980 39.291 20.675 21.707 29.814 3.491
Governador Celso
Ramos 53 505 1.413 1.471 330 167 81 81
Palhoça 532 3.350 11.481 16.847 5.544 3.120 1.313 775
São José 565 3.743 13.971 25.069 11.541 8.533 5.222 903
Santo Amaro da Imperatriz
43 425 1.767 2.508 729 403 213 66
São Pedro de Alcântara
8 75 307 472 152 70 21 13
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
A tabela precedente mostra que a principal faixa de renda encontrada nos domicílios
dos municípios pesquisados situa-se entre mais de um salário mínimo até dois salários
mínimos, que na data deste estudo, corresponde aos valores entre R$ 678,00 e R$
1.356,00.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
300
Em Águas Mornas, a pesquisa sobre renda abrangeu 1.690 domicílios, dos quais
37,98% situavam-se nesta faixa. Em Antônio Carlos, do total de 2.272 domicílios,
40,14% correspondem a este rendimento. Em Biguaçu, foram 18.034 domicílios e
37,85% também recebem rendimentos na faixa de 1 a 2 salários mínimos. No
município de Governador Celso Ramos, o total de domicílios consultados quanto ao
quesito renda foi de 4.116 e 35,73% deles aferem rendimentos entre 1 e 2 salários
mínimos. Em Florianópolis, o percentual nesta faixa é de 26,70% dos 147.148
domicílios consultados. Palhoça apresenta 39,21% entre seus 42.962 domicílios
pesquisados, São José 36,04% entre os 69.547 domicílios, Santo Amaro da Imperatriz
40,74% dos 6.156 domicílios e em São Pedro de Alcântara o percentual de domicílios
entre 1 e 2 salários mínimos atinge 42,21% dos 1.118 domicílios.
Outra análise interessante quanto ao nível de renda na região de abrangência do
projeto é a proporção de domicílios situados abaixo da linha da pobreza. Como já
mencionado nos indicadores sociais relacionados neste diagnóstico, oIBGE considera
pobre o indivíduo que possui renda per capita inferior a R$ 180,00 por mês,
considerando metodologia adotada pelo IPEA.
Tomando-se como base o número de domicílios que recebem até ¼ de salário mínimo
somados ao número de domicílios que declararam não possuir nenhum rendimento,
pode-se dizer que o percentual de domicílios situados abaixo da linha de pobreza em
cada município é seguinte:
Águas Mornas – 4,02%
Antônio Carlos – 2,20%
Biguaçu – 3,39%
Florianópolis – 3,10%
Governador Celso Ramos – 3,25%
Palhoça – 3.04%
São José – 2,11%
Santo Amaro da Imperatriz – 1,77%
São Pedro de Alcântara – 1,87%
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
301
Esta análise possibilita perceber uma diminuição dos níveis de pobreza nos municípios
observados entre a elaboração do Mapa da Pobreza do Brasil, em 2003 (citado na
caracterização populacional) e o ano de 2010, ainda que se trate apenas de uma
inferência, uma vez que o trabalho realizado pelo IBGE, evidentemente, tem uma
metodologia específica e muito mais aprofundada.
Pode-se afirmar que a qualidade de vida da população está diretamente relacionada
com a renda, ainda que se encontre exclusivamente relacionada a esta. Em uma
economia de mercado, como é o caso da brasileira, existem componentes essenciais
para o bem-estar das famílias que dependem de sua capacidade de comprar produtos
e serviços, tais como alimentos, vestuários, transporte, lazer etc. Para o país como um
todo, é importante que a população tenha renda suficiente para adquirir estes bens e
serviços que não são, e nem poderiam ser, oferecidos gratuitamente pelo Estado, de
modo a aquecer a economia e criar um círculo econômico virtuoso. Além disto, essas
operações possibilitam a arrecadação de impostos que, teoricamente, são revertidos
na construção de bens e na prestação dos serviços públicos.
O mais recente indicador de renda per capita aferido para a região metropolitana de
Florianópolis foi realizado através de pesquisa do Censo 2010, onde é possível obter o
valor de rendimento mensal médio de todos os trabalhos das pessoas de 10 anos ou
mais de idade. A partir dos resultados desta pesquisa elaborou-se a Tabela 151 com a
rendaper capita por município da AII e AID do empreendimento.
Tabela 151: Renda Per Capita Mensal nos Municípios da AII e AID.
Município Renda Per Capita Mensal (R$)
Águas Mornas 982,74
Antônio Carlos 1.218,20
Biguaçu 1.193,61
Florianópolis 2.355,52
Governador Celso Ramos 1.091,71
Palhoça 1.256,43
São José 1.588,57
Santo Amaro da Imperatriz 1.249,37
São Pedro de Alcântara 980,62
Fonte: IBGE, 2010.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
302
Ainda segundo a pesquisa do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da
EPAGRI-SC – ICEPA em 2003 para o Diagnóstico e Agenda do Desenvolvimento para
a Área Social do Estado de Santa Catarina, os municípios de Biguaçu e Palhoça são os
que apresentam as maiores taxas de desemprego da região metropolitana, superiores
à média do estado de Santa Catarina. A Tabela 152 traz as taxas de desemprego e de
informalidade apuradas para a região de estudo.
Tabela 152: Taxas de Informalidade e Desemprego da AII e AID.
Município Taxa de Informalidade (%) Taxa de Desemprego (%)
Águas Mornas 67,0 3,6
Antônio Carlos 69,5 2,7
Biguaçu 39,2 14,3
Florianópolis 36,7 12,3
Governador Celso Ramos 41,1 8,4
Palhoça 39,0 14,3
São José 35,0 12,9
Santo Amaro da Imperatriz 47,6 9,7
São Pedro de Alcântara 47,7 5,4
Grande Florianópolis 38,6 12,3
Santa Catarina 46,9 10,3
Fonte: ICEPA/Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável, 2003.
O sucesso no combate às desigualdades depende em grande parte do crescimento
econômico sustentado. Porém, só o crescimento econômico não é suficiente, mas
também a maneira como a riqueza é criada e distribuída. Por isto é importante o foco
sobre a questão do trabalho e da renda como elo articulador entre crescimento e
desenvolvimento humano. Além disto, o desenvolvimento do bem-estar social e da
qualidade de vida de uma cidade pressupõe a necessidade de consolidar
progressivamente um modelo de pleno emprego, baseado num trabalho produtivo e
sem discriminações.
Assim sendo, é importante considerar, além do elemento renda, a parcela das
populações dos municípios em estudo pertencente à População Economicamente
Ativa-PEA. O IBGE considera que a PEA compreende pessoas de 10 anos ou mais
que durante os 12 meses anteriores à data do censo demográfico tenham exercido
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
303
trabalho remunerado, em dinheiro e/ou em produtos e mercadorias, inclusive as
licenciadas com remuneração e as sem remuneração, que trabalham habitualmente
quinze horas ou mais por semana, em uma atividade econômica.
Para a avaliação deste item utilizou-se o Censo Demográfico do IBGE referente ao
Censo 2010. Assim, considerando as informações por ora disponíveis, elaborou-se a
Tabela 153, que traz os dados relativos à PEA entre os municípios da AII e AID do
empreendimento.
Tabela 153: População Economicamente Ativa por Sexo nos Municípios da AII e AID – 2010.
Município Total
2010
Condição de atividade na semana de referência
Economicamente Ativas
Não Economicamente
Ativas
Total Total
Águas Mornas 5.390 3.766 1.161
Antônio Carlos 6.434 4.269 2.205
Biguaçu 48.077 30.758 19.105
Florianópolis 342.315 241.131 132.857
Gov. Celso Ramos 11.598 7.037 4.410
Palhoça 102.742 77.958 39.847
São José 173.559 122.446 61.061
S. Amaro da Imperatriz 15.708 11.500 5.918
S. Pedro de Alcântara 3.584 2.427 1.936
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
A partir das informações sobre a PEA, procurou-se estabelecer também a razão de
dependência entre esta e a população total de cada município no ano de referência
(2010) e o número de pessoas dependentes para cada pessoa ativa. Esta análise é
importante porque mostra o grau de equilíbrio entre a quantidade de população e o
número de pessoas participantes no processo de geração de riquezas. A Tabela 154
condensa estes dados e mostra que as piores situações são observadas em Biguaçu,
Governador Celso Ramos, Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz.
Tabela
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
305
Figura 76: Faixa da Festa da Hortaliça de Antônio Carlos.
No setor industrial, o grande expoente do município é a Fábrica da Vonpar Bebidas,
franqueada da Coca-Cola e distribuidora da FEMSA Cerveja Brasil no Rio Grande do
Sul e Santa Catarina. Em 2010, uma pesquisa entre as 38 fábricas do Sistema Coca-
Cola Brasil elegeu a unidade de Antônio Carlos como a segunda mais eficiente em todo
o país. Esta fábrica é uma importante geradora de empregos diretos e indiretos na
cidade, além de constituir importante fonte de impostos para o município.
Já em Governador Celso Ramos, merece destaque o setor pesqueiro. A história
econômica deste município revela que esta atividade vem, inclusive, superando a
agricultura em importância. Entre 1917 e 1925 a produção agrícola era mais
expressiva. Nesse período havia também muitos engenhos de farinha e açúcar
espalhados na região, que então vendia esta produção para os municípios vizinhos.
Ainda nesta época tinha destaque a produção e o beneficiamento do arroz,
principalmente nas terras de propriedade do Sr. Francisco Wollinger, produtor
considerável naqueles tempos. Além da farinha de mandioca, do açúcar e do arroz,
Governador Celso Ramos também produzia o colorau, café, óleo de nozes e sabão.
No setor pesqueiro, desde 1990, a produção de maior destaque é a de mexilhões, que
atinge cerca de três toneladas por ano. São cerca de 300 pescadores e cerca de 3.000
pessoas que direta ou indiretamente atuam nesse ramo na cidade. As principais
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
306
indústrias de pescado atuantes na cidade são a Pridileta, a La Serena, Ângelo D’Rico,
Três Irmãos, Silva Filho, PeganNapesca e Pescado Rocha.
A pesca e a maricultura hoje são as principais atividades econômicas do município de
Governador Celso Ramos, com grande parte da população envolvida em todos os
processos da atividade, desde a captura, manipulação, industrialização, transporte e
comercialização dos pescados, além da produção de embarcações e artefatos de
pesca. A produção de mariscos em cativeiro é a maior do estado de Santa Catarina.
A maioria dos pescados é produzida ainda de forma artesanal e seu destino principal
tem sido o Mercado Público e vários restaurantes de Florianópolis.
Atualmente, Governador Celso Ramos é também grande produtora de iogurte e outros
derivados de leite, tendo destaque a produção agroindustrial da empresa Papemborg,
situada no bairro conhecido como Areias de Baixo. Outros empreendimentos de
destaque na cidade são as empresas Naflor, Primaflor e Uniflor, que comercializam
plantas ornamentais.
O município litorâneo possui 23 praias e uma das mais belas baías da região, sendo
que algumas das praias constituem balneários com bastante movimento turístico no
verão, inclusive por surfistas devido à qualidade de suas ondas. Também constituem
atrativos a Reserva Marinha do Arvoredo e a Ilha de Anhatomirim, muito procuradas
para passeios de barco e mergulhos.
Por ser uma atividade ainda relativamente recente, Governador Celso Ramos ainda
não tem este setor plenamente estruturado, tendo sido muito recente a instalação de
hotéis e pousadas com maior capacidade na cidade. Entretanto, o incremento do
turismo já vem impactando positivamente o comércio, que vê o número de
estabelecimentos crescendo nos últimos anos.
Ainda assim, por ser uma cidade com poucas alternativas para a geração de renda,
vem se constituindo em cidade dormitório, havendo um deslocamento significativo de
mão-de-obra para as cidades vizinhas de São José e Biguaçu.
São Pedro de Alcântara tem aproveitado sua aparência de pequena cidade com
características rurais para explorar os ramos do turismo rural, ecoturismo e o chamado
turismo histórico-cultural. Sua economia ainda é bastante influenciada pelo setor
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enquanto no Distrito de Campinas prevalece o setor de comércio, com 28,2% das
empresas.
A importância de São José no cenário econômico de Santa Catarina pode ser
comprovada por sua colocação na arrecadação do ICMS, na qual ocupa a 5ª posição,
além de deter o oitavo parque industrial do estado.
Em Biguaçu, o destaque econômico vem com a instalação da Rede de Supermercados
Angeloni na cidade que gerou diretamente 180 empregos e com a construção da Área
Industrial e Comercial de Biguaçu com investimentos oriundos da iniciativa privada.
Também se destacam os seguintes estabelecimentos comercial na sustentação da
base econômica de Biguaçu: Indústria de Fumos Cia. América, a Transportadora
JAMEF, a renovadora de pneus Vipal e a Novitec, que comercializa produtos químicos.
Figura 77: Parque Municipal de Desenvolvimento de Biguaçu.
Em Palhoça novos empregos são oferecidos pela abertura de lojas e centros
comerciais como a Milium, Camelão e a Carioca Calçados. Também foi importante a
abertura do Shopping Via Catarina, que ainda está em expansão.
O destaque comercial de Palhoça apresenta características históricas. A cidade, desde
sua fundação, servia como ponto de passagem de tropas oriundas da região serrana
do estado de Santa Catarina em direção ao “Desterro” (atual Florianópolis),
estabelecendo-se logo como um entreposto comercial entre estas localidades.No
entanto, com a construção da Ponte Hercílio Luz, a produção passou a ser levada
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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diretamente à capital, prejudicando a economia de Palhoça que somente nos anos de
1970 passou a recuperar-se, transformando definitivamente o perfil econômico
municipal que passou a privilegiar o setor secundário e terciário em detrimento das
atividades ligadas ao campo que hoje compõem apenas 1,46% do PIB deste município,
conforme já demonstrado anteriormente.
Palhoça é também considerada como uma das cidades que mais crescem no estado
de Santa Catarina. De acordo com o Atlas do Mercado Brasileiro de 2008, publicação
do jornal Gazeta Mercantil, Palhoça seria o município mais dinâmico do país para atrair
novos investimentos. Desde 2005 ele atraiu 2,4 mil novas empresas que investiram R$
10 bilhões e estimam gerar 10 mil novos empregos no município.
O crescimento industrial deve-se em grande parte à sua localização geográfica
privilegiada, próxima de portos e rodovias. Neste setor destacam-se principalmente as
indústrias de móveis, de produtos alimentícios e bebidas, metal, máquinas e
equipamentos, produtos minerais e não metálicos e vestuário.
além disto, Palhoça é também grande produtora de mariscos, ostras e camarões, além
de ser um dos maiores pólos de criação de escargots do Brasil. Segundo dados da
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – EPAGRI, o
município é o maior produtor estadual de mexilhões e os dados de sua produção de
moluscos indicam que a região tem uma importância considerável para a atividade de
malacocultura (cultivo de moluscos) tanto em Santa Catarina como no Brasil.
Há que se considerar ainda, neste estudo, as Estatísticas do Cadastro Central de
Empresas, do IBGE, cujo último ano de referência é 2011. De acordo com os dados
contidos neste cadastro, elaborou-se a Tabela 155, que reúne os números relativos à
quantidade de unidades locais, pessoal ocupado, número de assalariados e salário
médio mensal nos estabelecimentos comerciais de cada município considerado na AII
e AID.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Tabela 155: Estatísticas do Cadastro Central de Empresas na AII e AID – 2011.
Município Nº
Unidades Locais
Total de Pessoal Ocupado
Total de Assalariados
Salário Médio
mensal (SM)
Nº de Empresas Atuantes
Águas Mornas 163 1069 885 2,4 161
Antônio Carlos 367 2.265 1.761 2,4 365
Biguaçu 1.556 13.422 11.643 2,6 1.534
Florianópolis 25.489 291.210 260.841 4,8 24.152
Gov. Celso Ramos 381 2.078 1.632 2 373
Palhoça 4.944 38.369 32.522 2,3 4.827
São José 10.043 102.609 90.706 2,3 9.734
S. Amaro da Imperatriz
831 5.829 4.880 2 818
São Pedro de Alcântara
144 575 386 2 144
Fonte: IBGE – Cadastro Central de Empresas, 2011.
No que se refere ao recorte setorial, o segmento de prestação de serviços é o mais
representativo em número de empresas.
Outro aspecto, que se refere ao destino da produção local além do nível local e
regional, é o dos municípios com capacidade para exportação. Tem-se como maiores
municípios exportadores entre aqueles em questão, os de Florianópolis e Palhoça.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,até
abril/2013, a Balança Comercial de Biguaçu apresentou um saldo positivo de US$
91.518, enquanto a de Águas Mornas apresentou um saldo negativo de US$ 169.244 e
a de Florianópolis também com saldo negativo de US$ 54.243.384, assim como as de
Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz com saldos negativos de US$ 24.295.415 e US$
406.969, respectivamente.
Segundo a mesma fonte de informações, não há informação sobre as Balanças
Comerciais de Antônio Carlos, Governador Celso Ramos e São Pedro de Alcântara.
Aliás, no geral, as Balanças Comerciais nos municípios em estudo no ano considerado
foram negativas, à exceção de Biguaçu.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Para um detalhamento da situação de emprego na Área de Influência Direta,
apresenta-se a Tabela 156 e Tabela 157, que fornecem informações sobre a
quantidade de trabalhadores por atividade econômica em 2010 e Evolução do Emprego
Formal, respectivamente.
Tabela 156: Número de Trabalhadores por Atividade Econômica na AID – 2010.
Município Agropecuária Indústria Construção
Civil Comércio Serviços Total
Biguaçu 1.763 3.891 3.295 5.621 15.073 29.643
São José 846 10.334 9.734 29.079 67.254 117.247
Palhoça 1.958 8.711 9.429 16.045 38.631 74.774
Florianópolis 2.956 10.659 15.143 39.568 160.676 229.002
Governador Celso
Ramos 1.413 952 556 1.003 2.801 6.725
Fonte: IBGE, 2010.
Tabela 157: Evolução do Emprego Formal na AID – trabalhadores com carteira assinada - 2010.
Município Ano 2000 Ano 2010 Evolução (%)
Biguaçu 9174,00 17513,00 91%
São José 39.466 73.061 85%
Palhoça 19.705 44.104 124%
Florianópolis 73.166 121.880 67%
Governador Celso Ramos
2.258 3.569 58%
Fonte: IBGE, 2010.
Conforme se pode depreender das tabelas anteriores, os setores que mais
empregaram foram o de Comércio e Serviços, seguidos pela Construção Civil. Quanto
àevolução no emprego formal, o município que obteve o maior grau foi Palhoça,
seguido de Biguaçu, São José e Florianópolis.
Nas áreas mais próximas ao traçado proposto para a rodovia a ser implantada, ora em
projeto, observou-se um grande número de propriedades na zona rural voltadas ao
plantio de grama e hortaliças. Também há atividades ligadas ao lazer e turismo, como
um parque aquático e diversos estabelecimentos voltados à prestação de serviços
como jazidas comerciais, serviços de terraplenagem, locais de eventos etc.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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Na ADA propriamente dita foram identificados diversos tipos de empreendimentos
comerciais como por exemplo, posto de gasolina,oficina mecânica, borracharia,
marcenaria, salão de beleza, loja de decoração, transportadora, aluguel de
equipamentos, , distribuidora de gás, venda de carros, peças e acessórios, centro
educacional, venda de produtos de limpeza, usos agropecuários com plantação de
hortaliças, pecuária, criação de animais para exposição, venda de barro para plantação
de grama, produção da própria grama, beneficiamento de batata e cebola, entre outros.
As fotos que se seguem ilustram algumas das atividades comerciais identificadas na
área mais próxima ao traçado proposto para o Contorno de Florianópolis.
Figura 78: Empresa Tyson Foods– processadora de carnes – São José.
Figura 79: Parque Aquático Vô Ná – São José.
Figura 80: Serviços voltados à construção civil. Figura 81: Plantio de grama.
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Figura 82: Agricultura. Figura 83: Pedreira comercial.
Ainda para subsidiar a análise sobre a capacidade de suporte econômico dos
municípios da AID do empreendimento, foi levantado também, de forma complementar
ao exigido no TR, os principais repasses financeiros federais que compõem a receita
municipal, bem como suas despesas gerais. Espera-se com isso, de forma ampla,
delinear a situação das finanças públicas em cada município analisado.
Entre os recursos financeiros majoritários estão as verbas do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação-FUNDEB, e, por último do Fundo de Participação dos Municípios-FPM, além
da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico-CIDE e do Imposto Sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços-ICMS, dos quais não se obteve informações.
Para se ter uma noção do montante arrecadado em cada município e do panorama de
suas finanças públicas, apresenta-se uma tabela com a síntese dos valores
repassados aos municípios por cada algumas destas fontes no período de Junho de
2013.
Tabela 158: Repasses Financeiros Federais aos Municípios da AID –Junho de 2013.
Fonte
Valor Repassado por Município (R$)
Biguaçu São José Palhoça Florianópolis Governador
Celso Ramos
FPM 1.174.755,06 2.818.017,71 1.922.326,46- 5.727.085,05 427.183,66
FUNDEB 6.059.092,82 24.839.066,42 14.844.321,69 40.073.609,90 2.276.562,17
Total 7.233.847,88 27.657.084,13 14.844.321,69 45.800.694,95 2.703.745,83
Fontes: Banco do Brasil – Demonstrativo de Distribuição da Arrecadação.
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Quanto às despesas municipais, as únicas informações disponíveis de forma
estruturada são aquelas referentes ao ano de 2009, do IBGE. Segundo este instituto,
em Biguaçu o total de despesas empenhadas naquele ano foi de R$ 65.140.859,49
para uma receita orçamentária total de R$73.966.977,94. Em São José, as despesas
corresponderam ao montante de R$ 215.895.751,16 contra uma receita de R$
249.644.303,69. Em Palhoça, as despesas totais do município corresponderam a R$
128.403.828,30 em 2009, numa receita orçamentária de R$ 144.265.587,07, enquanto
em Florianópolis as despesas alcançaram o valor total de R$ 796.368.433,11 para uma
receita de R$ 782.605.012,07, havendo portanto, naquele ano, um déficit orçamentário.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL REFERENTE À IMPLANTAÇÃO DO CONTORNO DE FLORIANÓPOLIS/ SC VOLUME 4 – TOMO I
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