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Neeja Darcy Vargas - Arte Ensino Médio III Parte 1 Prof. Aninha Marques III Parte Arte nos Anos 60 e 70 Nesta unidade estudaremos Arte nas décadas de 60 e 70, partindo do contexto histórico da época, destacando especialmente o desenvolvimento da indústria cultural no Brasil e a produção artística relacionada aos ditames Ditadura civil-militar (1964-1985). Na primeira parte, elencamos alguns movimentos socais, culturais e de juventude que causaram uma gama de mudanças nos padrões de comportamento da sociedade ocidental nos séculos XX e XXI. Na segunda parte, a ênfase foi dada às obras de artistas brasileiros na Artes Visuais e Audiovisuais. Contexto Histórico Mundial Ao final da Segunda Guerra Mundial (1945), a vida de milhões de pessoas se polarizou em torno das disputas econômicas, políticas, diplomáticas, ideológicas e militares entre Estados Unidos e União Soviética na chamada de Guerra Fria. Assim, os demais países do globo ficaram na nebulosa situação de atrelamento ao socialismo ou ao capitalismo. Nas décadas de 1960 e 1970 do século XX, os Estados Unidos usufruíam do auge do seu capitalismo e a Europa, embora tivesse se recuperado economicamente pela ajuda norte-americana dada através do Plano Marshall (1947), ainda se ressentia com as lembranças traumáticas deixadas pela Segunda Guerra Mundial. Esta última foi sucedida pela Guerra Fria, que ocorreu de forma acentuada e especialmente tensa no território europeu com a divisão da Alemanha, separada, posteriormente, pelo Muro de Berlim (1961) e pela ocupação das tropas da OTAN e do Pacto de Varsóvia (SCHMIDT, 2001, p. 240- 244). Contudo, foi a partir deste momento tenso que a sociedade ocidental passou por grandes transformações sociais, econômicas e tecnológicas: os primeiros computadores, a chegada do homem à lua, a gradativa utilização de eletrodomésticos, dos meios de comunicação de massa (rádio, TV, jornal, revista) configurando o consumismo, principalmente nos Estados Unidos. No campo sociocultural, a época é conhecida pela designação de Anos Rebeldes, momento de grande criatividade e expressão cultural, onde a sociedade civil colocava em cheque, através da arte, da moda e de inúmeros movimentos de contestação e de reivindicação (políticos, filosóficos, estudantil, militante, feminista ou de juventude) os “valores conservadores” vigentes (SCHMIDT, 2001, p. 251-257). Na expressão e na expansão destes movimentos, originou-se a Contracultura. Kaminski (2008) comenta que o termo Contracultura foi utilizado pela primeira vez em 1972, por Theodore Roszak, no livro Contracultura: reflexões sobre a sociedade tecnocrata e a oposição juvenil e que esta designação pode ser entendida de duas formas: uma histórica, localizada nos anos de 1960 e 1970 do século XX e a outra como um fenômeno atemporal, contrário à cultura estabelecida. França Maio de 1968 Fonte: libcom.org -RockWoodstock Fonte: amply.com.br

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Neeja Darcy Vargas - Arte Ensino Médio – III Parte

1 Prof. Aninha Marques

III Parte

Arte nos Anos 60 e 70

Nesta unidade estudaremos Arte nas décadas de 60 e 70, partindo do contexto histórico da época, destacando especialmente o desenvolvimento da indústria cultural no Brasil e a produção artística relacionada aos ditames Ditadura civil-militar (1964-1985).

Na primeira parte, elencamos alguns movimentos socais, culturais e de juventude que causaram uma gama de mudanças nos padrões de comportamento da sociedade ocidental nos séculos XX e XXI. Na segunda parte, a ênfase foi dada às obras de artistas brasileiros na Artes Visuais e Audiovisuais.

Contexto Histórico Mundial Ao final da Segunda Guerra Mundial (1945), a vida de milhões de pessoas se polarizou em

torno das disputas econômicas, políticas, diplomáticas, ideológicas e militares entre Estados Unidos e União Soviética na chamada de Guerra Fria. Assim, os demais países do globo ficaram na nebulosa

situação de atrelamento ao socialismo ou ao capitalismo. Nas décadas de 1960 e 1970 do século XX, os Estados Unidos

usufruíam do auge do seu capitalismo e a Europa, embora tivesse se recuperado economicamente pela ajuda norte-americana dada através do Plano Marshall (1947), ainda se ressentia com as lembranças traumáticas deixadas pela Segunda Guerra Mundial. Esta última foi sucedida pela Guerra Fria, que ocorreu de forma acentuada e especialmente tensa no território europeu com a divisão da Alemanha, separada, posteriormente, pelo Muro de Berlim (1961) e pela ocupação das tropas da OTAN e do Pacto de Varsóvia (SCHMIDT, 2001, p. 240-244).

Contudo, foi a partir deste momento tenso que a sociedade ocidental passou por grandes transformações sociais, econômicas e tecnológicas: os primeiros computadores, a chegada do homem à lua, a gradativa utilização de eletrodomésticos, dos meios de comunicação de massa (rádio, TV, jornal, revista) configurando o consumismo, principalmente nos Estados Unidos.

No campo sociocultural, a época é conhecida pela designação de Anos Rebeldes, momento de grande criatividade e expressão cultural, onde a sociedade civil colocava em cheque, através da arte, da moda e

de inúmeros movimentos de contestação e de reivindicação (políticos, filosóficos, estudantil,

militante, feminista ou de juventude) os “valores conservadores” vigentes (SCHMIDT, 2001, p. 251-257).

Na expressão e na expansão destes movimentos, originou-se a Contracultura. Kaminski (2008) comenta que o termo Contracultura foi utilizado pela primeira vez em 1972, por Theodore Roszak, no livro Contracultura: reflexões sobre a sociedade tecnocrata e a oposição juvenil e que esta designação pode ser entendida de duas formas: uma histórica, localizada nos anos de 1960 e 1970 do século XX e a outra como um fenômeno atemporal, contrário à cultura estabelecida.

França Maio de 1968 Fonte: libcom.org

-RockWoodstock

Fonte: amply.com.br

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Para Kaminski (2008), houve uma diferença na forma como a Contracultura se manifestou. Nos Estados Unidos, os jovens se debatiam contra a tecnocracia e queriam resolver suas questões através

de ações políticas mais cotidianas, enquanto na Europa, a juventude tinha um posicionamento mais

engajado com a esquerda, contestando a ordem e a opressão burguesas. (KAMINSKI, 2008, p.14). Conforme Schmidt (2001), nos Anos Rebeldes muitos jovens saíram às ruas para protestar,

adotando a postura do enfrentamento como forma de luta pela mudança. Outros movimentos de juventude, como os hippies, nos Estados Unidos, utilizaram a não-violência, se identificando com

figuras históricas como Gandhi e Buda. Eles recusavam a sociedade de consumo e vislumbravam um mundo com menos consumo e guerras (aludindo à Guerra do Vietnã (1959-1975) e mais paz e amor. RAMIRES, Ana Lucia Marques. Contexto Histórico do Movimento New Age. Canoas, 2013. 123f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Bens Culturais) – Unilasalle. 2013.

História do Rock And Roll Atemporal e eterno – Por Maira Cristina ROCK – Treze de julho dia mundial do gênero musical com mais de 50 anos e

que ainda guarda o vigor e a rebeldia de um adolescente. O ritmo, que nasceu com os negros americanos, é filho direto do blues

do Mississipi. Esse som eletrizante, proibido para as mocinhas brancas, era tachado pela conservadora sociedade americana dos anos 50 como coisa do diabo e que devia, a todo custo, ser evitado. Nos primórdios, Fats Domino, já em 1949, vendia mais de 1 milhão de cópias do primeiro single The Fat Man, Chucky Berry alucinava as plateias com seus solos de guitarra e Little Richard era o responsável por sucessos como Tutti Frutti e LongTall Sally.

Mas esse era apenas o começo. Lá pela metade dos anos 50, na onda das vibrações que vinham do gueto negro, aparece um garoto com voz potente, uma dança desconcertante e sexy, que, para espanto geral, era branco: Elvis Presley. Nascia o

primeiro pop star do planeta, o rei do rock. Com Elvis, o rock chegou com todo vigor ao público branco. Já não tinha mais volta. A semente da rebeldia estava ali, e uma música poderosa, capaz de mudar comportamentos e influenciar gerações, também. Os jovens, agora, sabiam como se expressar com Rebeldia.

Nos anos 60, o mundo entrava de vez na sociedade de consumo. A televisão ditava modas, e a guerra fria era a grande paranoia.

Garotos imberbes percebiam que a música era o grande sonho libertário. Eles queriam mudar o mundo, mas, em vez de armas, eles pegavam em guitarras.

Em 61, na Califórnia, os Beach Boys faziam o maior sucesso com um surf music que tinha um pé no doo woop (aquele estilo de grupos vocais, que usavam terninhos, estalavam os dedos e eram muito afinados). Brian Wilson, o gênio por trás do grupo, estava decidido a fazer um disco inteiro conceitual, e não apenas uma colagem de singles, como era costume na época. Então, fizeram Pet Sounds, um dos mais lindos álbuns da história do rock. Também nos Estados Unidos, Bob

Dylan fazia um cruzamento entre o folk e o rock. Nas letras, engajamento político e poesia.

Fonte:http://www.kboing.com.br/fotos/

imagens/4c3b0f3bb3033.jpg

Fonte::http://www.clickgratis.com.br/fotos-imagens/elvis-presley/

Bob Dylan – Prêmio Nobel de Literatura de 2016.

Fonte: http://media4.s- cnews.com/j/newscms/2016_21/1550131/ss-160524-bob-dylan-mn- 3

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Do outro lado do Atlântico, na primeira metade da década, vinha a chamada invasão britânica, que tomou conta das paradas americanas. Grupos que, influenciados pela

música negra americana, agora compunham as próprias canções, com refrão fácil, letras elaboradas e que agradavam em cheio ao público jovem, alvo da indústria fonográfica pós-Elvis. Daí, vieramThe Kinks, Animals, The Who, The Faces, Rolling Stones e Beatles.

Os rapazes de Liverpool [Beatles] chegaram para sacudir o mundo, estabelecer de vez a cultura pop e fazer da música uma verdadeira revolução. Jovens e bonitos, logo caíram no gosto das mocinhas.

Nessa época, outra banda iria estabelecer novos padrões para o rock. Agora, com uma atitude mais rebelde e agressiva e com um som

mais pesado, com raízes noblues: os Rolling Stones. Numa jogada de marketing, a trupe de Mick Jagger era o oposto dos Beatles: nada de terninhos e sorrisos para a

platéia, os Stones eram durões e encarnavam a rebeldia que se espera de

uma banda de rock. Os jovens continuavam procurando novos sons e formas de

expressar seus anseios. Em 65, surge, na Califórnia o The Doors, liderado pelo gênio alucinado de Jim

Morrison. Nessa época, as drogas eram comuns no rock, e Morrison foi um voraz consumidor, que acabou morrendo de overdose, aos 27 anos, em Paris. Outro americano que também foi fundo nas drogas e morreu de overdose, aos 27 anos, foi o gênio da guitarra Jimi Hendrix.

Festival de Woodstock Em meados da década, o movimento hippie estava a todo vapor,

pregando paz, amor e sexo livre. Além de Jimi Hendrix, Janis Joplin era outro ícone desses jovens de cabelos grandes, batas e que usavam as drogas para expandir a mente. O maior evento dessa geração foi o Festival de Woodstock1

em 1969, reuniu milhares de jovens numa fazenda para três dias de música. É em Woodstock que Crosby, Still, Nash and Young toca para mais de 400 mil

pessoas. Era a estreia de Neil Young no grupo, o bardo canadense, que já estava na estrada com o seu folk desde o começo da década. Mas, em Nova Iorque, no final dos anos 60, a história era outra. Um movimento artístico reunia atores, poetas, artistas plásticos e músicos, muitos deles gravitando

em torno de Andy Warhol. E foi na Factory que surgiu uma das bandas que mais influenciaram o rock nos anos seguintes: o Velvet Underground. A banda conseguia juntar a poesia crua de Lou Reed, que

1Woodstock Music & Art Fair (conhecido informalmente como Woodstock ou Festival de Woodstock) foi um

festival de música realizado entre os dias 15 e 18 de agosto de 1969 na fazenda de 600 acres de Max Yasgur na cidade de Bethel, no estado de Nova York, Estados Unidos. Anunciado como "Uma Exposição Aquariana: 3 Dias de Paz & Música", o festival deveria ocorrer originalmente na pequena cidade de Wallkill, mas os moradores locais não aceitaram, o que levou o evento para a pequena Bethel, a uma hora e meia de distância. O festival exemplificou a era comunista e a contracultura do final dos anos 1960 e começo de 70. Trinta e dois dos mais conhecidos músicos da época apresentaram-se durante um fim de semana por vezes chuvoso, para 400 mil espectadores. Apesar de tentativas posteriores de emular o festival, o evento original provou ser único e lendário, reconhecido como um dos maiores momentos na história da música popular. O evento foi capturado em um documentário lançado em 1970, Woodstock, além de uma trilha sonora com os melhores momentos. Fonte:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Festival_de_WoodstockAcesso em 09 de julho de 2015.

Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Festival_de_Woodstock Acesso 10 de julho de 2015

Fonte: http://entretenimento.r7.com/blogs/mister-sam/files/2015/07/the-beatles.jpg

Rolling Stones Fonte: https://www.google.com.br/

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falava de drogas, travestis e prostitutas, com arranjos experimentais e de vanguarda de Jonh Cale. Tudo isso, na voz melancólica da modelo europeia Nico.

ROCK Anos 70 trouxeram Psicodelia2, glamour e punk rock. Os 80, um som gótico, dark, com melancolia no ar. A década de 70 estourou alguns

movimentos que já estavam em prática nos anos 60. Um deles foi o chamado rock progressivo, que tinha composições de até 15 minutos, muitas vezes se aproximando da música erudita. Os músicos eram virtuoses, e o som, viajante. A banda mais famosa dessa época foi a Pink Floyd, que, no começo, tinha como letrista e guitarrista o insano SydBarret, que logo foi afastado por causa das drogas. O Pink Floyd ficoufamoso com álbunscomo The Dark Side of The Moon e The Wall. Numa onda mais progressiva e menos pop, estavam bandas como King Crimson, Gênesis, Emerson Lake and Palmer, Yes e Love.

Com um estilo completamente diferente, no qual tocar não era o mais importante e sim a atitude e a energia que se colocavam na música, estavam os Stoogues de Iggy Pop, que já traziam a semente do punk. Iggy Pop era o anti-herói do rock: franzino e mal-encarado. Xingava

a platéia e cortava-se todo no palco, ficando coberto de sangue. As drogas estavam lá, claro. E pesadas. Outra vertente do rock dos anos 70 foi o

chamado heavy metal ou sua quase alma gêmea: o hard rock. Aqui, roupas de couro pretas, cheias de tachinhas, cabelos compridos e guitarristas metidos a semideuses. Muitas bandas exploravam o tema do satanismo, o que arregimentava uma legião de fãs adolescentes. Foi daí que surgiram o Black Sabbath, de Ozzy Osbourne, Judas Priest, Scorpions, Iron Maiden, Kiss,

Alice Cooper, AC/DC e muitos outros. O Led Zeppelin também trafegava nessa praia, com um pouco mais de poesia, o que traria uma das boas parcerias do rock: Robert Plant e Jimmy Page.

De outro lado, surgia um rock glamuroso em que a androginia era parte do visual, que carregava na maquiagem e nas roupas espalhafatosas de plumas e lamês. Era o glam rock ou glitter (purpurina). Aqui, aparece o camaleão do rock: David Bowie, que, em 72, lançava o personagem Ziggy Stardust e virava uma lenda da música pop. Dessa leva glam, também vem o excêntrico Roxy Music, de Brian Ferry e Brian Eno; o T-Rex, de Marc Bolan, e os alucinados rapazes do New York Dolls, que se vestiam de mulher e tocavam como loucos. Fizeram a fama, com outros artistas (Patti Smith, Television, Richard Hell), do santuário do punk de Nova Iorque: O CBGB. Dali, também, saiu a turma dos Ramones, que pode ser considerada a primeira banda punk da história e fazia um som pesado e rápido, na base dos três acordes.

2A música psicadélica(português europeu) ou música psicodélica (português brasileiro) se refere a uma variante do rock surgida em 1966 em São Francisco, Califórnia, tornando-se popular mundialmente no final dos 1960s. No início limitado a festas na Costa oeste dos Estados Unidos, o movimento iria expandir-se para todo o mundo, sendo incorporado por muitas bandas da época. O movimento é associado à cultura hippie. Os temas centrais exploram "subjetividade", "loucura", "obsessão", "imagens", "alucinações". Tem como principal banda no Brasil, Os Mutantes. As principais características do estilo incluem guitarras e efeitos sonoros especiais (tais como vozes repentinas durante movimento de corte do ritmo da música, risos "imotivados" trazendo como referência quadros clínicos de alucinação ou desespero), muitas vezes com harmonias contrastantes e experimentais. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Música_psicadélica. Acesso em 09 de julho de 2015.

Alex Grey é um artista norte-americano especialista em arte espiritual e psicodélica –

e talvez o mais conhecido do movimento. Investiu na carreira por influência dos pais, e em 1957 iniciou estudos no Colégio Columbus de Arte e Design. Disponível em: http://geekness.com.br/artistas-arte-psicodelica/

Fonte:https://www.google.com.br/search?q=beatles+imagens&espv=

2&biw=1124&bih=690&source.

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Na Inglaterra, em 75, Malcom Maclaren, que já tinha sido empresário dos Dolls e era dono de uma loja de roupas que mais parecia um sex shop, forma a banda que seria um dos maiores fenômenos da história do rock: os Sex Pistols. Estava criada a base do movimento punk. Logo, camisetas rasgadas, alfinetes de segurança, cabelos coloridos, arrepiados ou ao estilo índio moicano eram a moda dos rebeldes londrinos. Os shows dos Pistols eram uma loucura, assim como as performances do vocalista Jonnhy Rotten (Joãozinho Podre, por causa dos dentes estragados) e do baixista Sid Vicious, que morreu de overdose, em Nova Iorque, aos 21 anos, acusado de assassinar a namorada Nancy Spungen. Maira Cristina. História do Rock And Roll Disponível em: http://www.paralerepensar.com.br/historia_do_rock.htm. Acesso em 09 de julho de 2015.

O Contexto Histórico Brasileiro No Brasil, os anos de 60 e 70 foram reconhecidos como anos de mudanças, as quais

promoveram transformações na estrutura da produção e da sociedade, nos comportamentos políticos e nas manifestações culturais. Lutava-se contra o regime de ditadura militar implantada em 1964, contra a reforma educacional, o que mais tarde provocou o fechamento do Congresso e na decretação do Ato Institucional nº 5.

Além disso, o país foi palco de grande “expansão da massificação das informações e dos

padrões de comportamento de consumo. Nos meios de comunicação a televisão foi o principal veículo que penetrou de forma incomparável numa década em que as redes de telecomunicações atingiram distantes regiões do país. Ela generalizou-se em todas as camadas sociais. A informação era dominada pelo rádio e pela televisão que influenciou diretamente na transformação dos costumes. Esse papel tornava-se importante pelo fato de transmitir em cores, ao vivo, partindo de São Paulo – Rio de Janeiro “os últimos ditames da moda, as discotecas, o culto ao corpo e a valorização dos padrões de beleza, a exaltação do individualismo e do consumismo.” Brasil anos 60 e 70. Disponível em: https://dialogoshistoricos.wordpress.com/historia/brasil-anos-60-e-70 Acesso 16 de junho. 2015.

A Indústria Cultural no Brasil O desenvolvimento da indústria cultural no Brasil ocorreu paralelamente ao desenvolvimento

econômico e teve como marco a introdução do rádio, na década de 1920, da televisão, na década de

1950, e da internet, nos anos 1990. Outros campos da indústria cultural, como cinema, jornais e livros, não são tão expressivos quanto à televisão e o rádio.

A Televisão Brasileira A televisão chegou ao Brasil no início da década de 1950, quando o

jornalista Assis Chateaubriand inaugurou a primeira emissora brasileira, a TVTupi, de São Paulo. Nos primeiros 20 anos de história, a TV Tupi liderou o mercado de televisão, enfrentando praticamente desde o início a concorrência de outras emissoras. Em 1960, em apenas 4,6% dos domicílios do Brasil havia um aparelho de televisão. Em 2008, a televisão já estava em 95,1% dos lares.

Ao longo dos mais de cinquenta anos de história da televisão no Brasil, o Estado, por intermédio dos sucessivos governos, influiu diretamente nessa indústria. Sempre deteve o poder de conceder e cancelar concessões. A partir de 1964, com o início do regime militar, a interferência aumentou de forma quantitativa e qualitativa. Os militares fizeram investimentos em infraestrutura para ampliar a abrangência da televisão e aumentar seu poder na programação.

Regina Duarte em cena da novela Selva de Pedra, da Rede Globo, levada ao ar entre 1972 e 1973.

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O projeto de integração nacional pretendido pelo regime militar, alicerçado numa política cultural específica, alcançou êxito graças à televisão. Durante o regime militar, as redes de televisão – que eram privadas – obedeciam fielmente às determinações do Estado. Os programas passavam a impressão de que o governo militar era legítimo e vivíamos em uma democracia.

A maior beneficiária desse modelo foi a Rede Globo. Fundada em 1965, cresceu apoiada nas relações amistosas com o regime militar. O programa de maior audiência foi a telenovela, que se tornou um “produto cultural brasileiro”.

O modelo de televisão estabelecido pela ditadura sobreviveu ao regime militar e ganhou ainda mais poder. A televisão converteu-se, enfim, em fonte de poder político. A televisão é, no Brasil, o principal veículo de difusão cultural e de informação Cultura e indústria cultural no Brasil. Disponível em: http://pt.slideshare.net/tiagoeurlac/captulo-20-18207895 Acesso 26 maio 2015.

A Música Brasileira

A Bossa Nova Para a maioria dos críticos, a Bossa Nova se iniciou oficialmente em 1958, com um compacto

simples do violonista baiano João Gilberto. Um ano depois, o músico lançou seu primeiro LP, “Chega de saudade”, que marcou definitivamente a presença do estilo musical no cenário brasileiro. Grande parte das músicas do LP era proveniente da parceria entre Tom Jobim e Vinícius de Moraes. A dupla compôs “Garota de Ipanema”, que é, sem dúvida, uma das mais importantes canções da história da música brasileira. Para se ter uma ideia, a mesma foi considerada em 2005, pela Biblioteca do Congresso norte-americano, como uma das 50 grandes obras musicais da humanidade.

A Bossa Nova foi consagrada internacionalmente no ano de 1962, em um histórico concerto no Carnegie Hall de Nova Iorque, no qual participaram Tom Jobim, João Gilberto, Oscar Castro Neves, Agostinho dos Santos, Luiz Bonfá, Carlos Lyra, entre outros artistas. A Bossa Nova tem como características principais o desenvolvimento do canto-falado, ao invés da valorização da “grande voz”, e a marcante

influência do jazz norte-americano. Com as mudanças políticas causadas pelo Golpe

Militar de 1964, as canções começaram a trazer temas sociais. Desta forma, a música se transformou em um claro instrumento de contestação política da classe média carioca, um símbolo de resistência à repressão instaurada pela ditadura. Era o início da MPB, a moderna música popular brasileira. De fato, o movimento que originou a Bossa Nova se findou em 1966, entretanto, seu fim cronológico não significou a extinção estética do estilo musical, o qual serviu de referência para inúmeras gerações de artistas. Bossa Nova. <Disponível em: http://www.brasilescola.com/artes/bossa-nova.htm Acesso em 29 maio. de 2015.>

A Tropicália A tropicália surgiu no Brasil no final da década de 60 e foi um dos movimentos artísticos mais

importantes dessa época, tendo sido interpretada como uma contestação radical às oposições de esquerda, que neste período exerciam forte influência sobre a produção cultural. O marco inicial foi o

Festival de Música Popular realizado em 1967 pela TV Record. O tropicalismo teve uma grande influência da cultura pop brasileira e internacional e de correntes de vanguarda como, por exemplo,

Garota de Ipanema\

Vinicius de Moraes e Tom Jobim (1962)

Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça É ela menina que vem e que passa Num doce balanço, caminho do mar Moça do corpo dourado, do sol de Ipanema O seu balançado é mais que um poema É a coisa mais linda que eu já vi passar Ah, por que estou tão sozinho? Ah, por que tudo é tão triste? Ah, a beleza que existe A beleza que não é só minha Que também passa sozinha Ah, se ela soubesse que quando ela passa O mundo inteirinho se enche de graça E fica mais lindo por causa do amor <Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Garota_de_Ipanema

Acesso em 29 mai. de 2015.>

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o concretismo. O tropicalismo, foi inovador ao mesclar aspectos tradicionais da cultura nacional com inovações estéticas como, por exemplo, a pop art e em possibilitar um sincretismo entre vários estilos musicais como, rock, bossa nova, baião, samba, bolero, entre outros.As letras das músicas possuíam um tom poético, elaborando críticas sociais e abordando temas do cotidiano de uma forma inovadora e criativa.

O movimento tropicalista não possui como objetivo principal utilizar a música como “arma” de combate político à ditadura militar que vigorava no Brasil. Por este motivo, foi muito criticado por aqueles que defendiam as

músicas de protesto. Os tropicalistas acreditavam que a inovação estética musical já era uma forma revolucionária.

Uma outra crítica que os tropicalistas receberam foi o uso de guitarras elétricas em suas músicas. Muitos músicos tradicionais e nacionalistas, acreditavam que esta era uma forte influência da cultura pop-rock americana e que prejudicava a música brasileira, denotando uma influência estrangeira não positiva.

Os principais representantes do tropicalismo foram: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Os Mutantes, Torquato Neto, Tom Zé, Jorge Bem, Gal Gosta, Maria Bethânia.As Músicas tropicalistas que

fizeram sucesso: Tropicália (Caetano Veloso, 1968), Alegria, Alegria (Caetano Veloso, 1968), – Panis et circencis (Gilberto Gil e Caetano Veloso, 1968), Atrás do trio elétrico, (Caetano Veloso, 1969), Cadê Teresa (Jorge Bem, 1969),– Aquele abraço (Gilberto Gil, 1969). Tropicália. Disponível em: https://dialogoshistoricos.wordpress.com/historia/brasil-anos-60-e-70/ Acesso em 30 de maio. de 2015>

A Música de Protesto A música com referência ideológica existe há muito tempo, mas foi a partir da década de 1960

que a música, como forma de protesto, ganhou popularidade, em especial com as bandas britânicas Beatles e Rolling Stones, com a expressividade do rock. Levantando diversas questões como, por exemplo, discussões em favor da liberdade de expressão, pelo fim das guerras e do desarmamento nuclear, idealizando um mundo de “paz e amor”, com músicas como; “Revolution” (Beatles) e “We

Love You” (Rolling Stones). Durante a Guerra do Vietnã, outras bandas entraram na onda de protestos. Em 1964, no Brasil, a repressão e a censura instauradas pelo regime militar deram origem a movimentos musicais que viam na música uma forma de criticar o governo e de chamar a população

para lutar contra a ditadura. Os grandes nomes desse período foram Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Geraldo

Vandré, entre outros. Usando na letra de suas músicas metáforas e ambiguidades, títulos como: “É Proibido Proibir”, “Que as Crianças Cantem Livres” e “Para Não Dizer que Não Falei das Flores” fizeram sucesso na época e até hoje ainda fazem. PERCÍLIA, Eliene. Música de Protesto. Disponível em: http://www.brasilescola.com/artes/musica-protesto.htm Acesso em 30 de maio de 2015>.

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Festivais da Canção Os Festivais da Canção, que tiveram seu auge no fim dos anos 60, foram eventos musicais que

possuíam um apelo similar a uma final de Copa do Mundo dos dias de hoje, tamanha a mobilização da população que literalmente, vestia a camisa de seu cantor e/ou música preferida, comportando-se como um verdadeiro torcedor.

Em abril de 1965 foi realizado o primeiro festival de música popular brasileira transmitido pela TV Excelsior) em São Paulo. Devido ao sucesso retumbante, a emissora promoveu, no ano seguinte, a segunda edição do evento, novamente cercado de pleno êxito. Foi tão grande a repercussão que a TV Record (SP) também decidiu investir no modelo e criou o seu próprio festival, ainda no ano de 1966. Em 1967 foi realizado o III Festival de Música Popular Brasileira, pela TV Excelsior, a versão mais famosa de todas, que revelou vários novos compositores e intérpretes que acabaram escrevendo um pouco da história da música brasileira, como Chico Buarque,

Caetano Veloso, Gilberto Gil e Elis Regina. Paralelamente aos festivais paulistas, a então iniciante TV Globo lançou o Festival Internacional

da Canção (FIC), que tinha o seu maior destaque na eliminatória brasileira, também lançando nomes definitivos na nossa música, como Milton Nascimento, Ivan Lins, Raul Seixas, Beth Carvalho e muitos e muitos outros.

Exemplo emblemático é a música Para não dizer que não falei

das flores ou ”Caminhando” de Geraldo Vandré, que até hoje é cantada nas passeatas e manifestações políticas, principalmente as da classe dos estudantes. Ela concorreu no 3º FIC, em 1968, pouco antes da vigência do

Ato Institucional número 5 (AI-5), instrumento legal que decretou censura absoluta aos meios de comunicação e nas manifestações artísticas, sobretudo a música. De certa forma, o AI-5 decretou, também, o fim dos festivais.

O que se cantava? Ao falar-se em música brasileira da

década de 60 deve-se pensar em quatro gêneros: Jovem Guarda,

Bossa Nova, Tropicália e MPB, que, por sua vez, eram divididos em dois grupos: os “alienados” - Jovem Guarda e Bossa Nova e os

“engajados” - MPB e Tropicália. Sob esse rótulo, a música “alienada” preocupava-se com o ciúme da namorada, com a velocidade do carro, com o barquinho, a praia e o sol. Já a música “engajada” abordava temáticas de cunho social, valorizando aspectos regionais.

As músicas da Jovem Guarda e da Bossa Nova eram consideradas apolíticas, no sentido mais exato da palavra. A Jovem Guarda por ser um subproduto do rock americano e a Bossa Nova por

retratar o universo da classe média da zona sul carioca. No III Festival da Canção (1968) Caetano Veloso defende a música “ É proibido proibir ”.

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores Geraldo Vandré

Caminhando e cantando e seguindo a canção Somos todos iguais braços dados ou não Nas escolas, nas ruas, campos, construções Caminhando e cantando e seguindo a canção Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer Pelos campos há fome em grandes plantações Pelas ruas marchando indecisos cordões Ainda fazem da flor seu mais forte refrão E acreditam nas flores vencendo o canhão Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Vem, vamos embora, que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Disponível em: http://www.vagalume.com.br/geraldo-vandre/pra-nao-dizer-que-nao-falei-das-flores.html#ixzz3bfkHe2hA

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A ação da censura durante o regime militar, como já foi visto, foi a grande responsável pelo declínio e fim dos festivais. Curiosamente, iniciou-se um período muito fértil na música brasileira, já que os compositores, diante da necessidade de “driblar” a censura, criaram inúmeras letras de fundo político traduzidas em metáforas poéticas. Mas logo no início do AI-5, a situação ficou insustentável. Chico Buarque, depois de preso e interrogado auto exilou-se na Itália. Caetano e Gil não tiveram a mesma sorte. Depois de presos um tempo, foram obrigados a abandonar o país, estabelecendo-se em Londres até que pudessem voltar. Festivais da Canção. Disponível em: http://www.musicabrasilis.org.br/pt-br/temas/festivais-da-cancao. Acesso em 7 de junho de 2015.

Arte em Porto Alegre Música - Horizontes Elaine Geissler Há muito tempo que ando Nas ruas de um porto não muito alegre E que no entanto Me traz encantos E um pôr-de-sol lhe traduz em versos De seguir livre muitos caminhos Arando terras, provando vinhos De ter ideias de liberdade De ver amor em todas idades Nasci chorando, moinhos de vento Subir no bonde, descer correndo A boa funda de goiabeira Jogar bulita, pular fogueira Sessenta e quatro, sessenta e seis,

sessenta e oito um mau tempo talvez Anos setenta não deu pra ti E nos oitenta não vou me perder por ai não vou me perder por ai não vou me perder por ai

não vou me perder por ai Disponível em: http://letras.mus.br/elaine-

geissler/564958/. Acesso em 12 de julho de 2015.

Elaine Geissler é uma cantora brasileira nascida no Rio Grande do Sul. Elaine gravou a música Horizontes, de Flávio Bicca Rocha. Tornou-se conhecida depois do êxito desta canção, cujo tema é cidade de Porto Alegre. Horizontes é considerado um hino extraoficial de homenagem à cidade.

Horizontes. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Elaine_Geissler. Acesso em 12 de julho de 2015.

Fonte: http://marcelomartins.org/post/132917343 1

Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/upload/e/Jovem%20Guarda%20-%20BRESCOLA.jpg

Jair Rodrigues, Nara Leão e Chico Buarque Fonte: https://historiandonanet07.wordpress.com/2011/06/11/era-dos-festivais/

O prédio é o centro administrativo e a escultura é o Monumento aos Açorianos, obra de Carlos Thenius (1973), homenagem aos colonizadores portugueses

que fundaram a cidade. Fonte: www.andersonastor.com.br

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Cinema Novo Movimento cinematográfico surgido no Brasil, na segunda metade dos anos 50, o Cinema Novo

inaugura uma perspectiva crítica em relação ao cinema então produzido no Brasil, por estúdios como os da Vera Cruz. Seus diretores, críticos e teóricos procuraram contrapor novas ideias aos valores estéticos de uma cultura cinematográfica dominada por interesses industriais. Seus filmes inauguravam o que se chamava de “aventura da criação”.

No centro do debate dos jovens cineastas do movimento – influenciados pelo Neo-realismo

italiano, pela Nouvelle Vague francesa e contaminados pelo

espírito desenvolvimentista da era JK (Juscelino Kubitschek) – encontrava-se a produção de um cinema brasileiro em que os elementos estéticos encontrassem um equilíbrio entre o “cinema de autor” e a preocupação política em nome da formação de uma

“consciência nacional”. Embora o núcleo do Cinema Novo tenha se estruturado a partir do trabalho do diretor Nelson

Pereira dos Santos e registre a presença de cineastas importantes como Ruy Guerra, Joaquim Pedro de Andrade e Cacá Diegues, o grande nome do movimento é, certamente, o do cineasta baiano Glauber Rocha. Formulador teórico e visionário da estética cinemanovista – “uma ideia na cabeça e uma

câmera na mão” – e diretor de filmes como Deus e o Diabo na terra do sol (1964), Terra em transe (1967) e O dragão da maldade contra o santo guerreiro (1969), suas obras e opiniões lhe garantiram lugar de destaque entre os maiores cineastas contemporâneos.

Crítica radical da realidade política e cultural do país durante os primeiros anos do regime militar, seu filme Terra em transe foi uma referência fundamental para o movimento tropicalista. O impacto desse filme sobre Caetano Veloso determinou um novo impulso criativo em sua carreira e serviu-lhe de inspiração para compor a canção “

OLIVEIRA, Ana. Projeto Tropicália. Disponível em: http://tropicalia.com.br/ruidos-pulsativos/geleia-geral/cinema- novo#sthash.UyZbWtnA.dpuf.

Cinema sobre Porto Alegre na Década de 1970 Deu Pra Ti Anos 70é um filme brasileiro, rodado em Super 8em1981na cidade de Porto Alegre.

Direção de Giba Assis Brasil e Nelson Nadottie distribuição da Casa de Cinema de Porto Alegre. Conta a história dos encontros e desencontros de Marcelo e Ceres através da década de 70, em bares, reuniões dançantes e acampamentos.

Tem a participação especial de artistas que viriam a ser importantes na cena musical gaúcha, como Nei Lisboa, Júlio Reny, Augusto Lickse e Carlos Gerbase. Foi o primeiro filme do renomado ator gaúcho Werner Schünemann. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Deu_pra_Ti_Anos_70 Acesso em 12 de julho de 2015.

Hair é um filme norte-americano de 1979 adaptado do musical do mesmo nome encenado no Broadway e criado por James Rado, Gerome Ragni e Galt Mac Dermot. Dirigido por Milos Forman, com John Savage, Treat Williams e Beverly D'Angelo no elenco, ele conta a história de um jovem do interior dos Estados Unidos convocado para a Guerra do Vietnã, que chega a Nova York para

Fonte: decom.cesnors.ufsm.b

Fonte: petitpoadelivery.blogspot.com

Fonte: editora.cosacnaify.com.br

“o cinema novo é um projeto que

se realiza na política da fome, e

sofre, por isto mesmo, todas as

fraquezas consequentes de sua

insistência.”

Glauber Rocha

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apresentar-se ao exército e encontra e se torna amigo de uma tribo de hippies cabeludos da cidade, adeptos do pacifismo e contra a guerra.

As cenas de dança foram coreografadas por TwylaTharp e realizadas pelos dançarinos da TwylaTharp Dance Foundation. O filme estreou mundialmente no Festival de Cannes daquele ano e foi indicado para o Globo de Ouro de Melhor Filme.

Em 2004, "Aquarius", uma das icônicas canções do musical transportadas para a tela, foi considerada a 33ª melhor canção do cinema americano na lista 100 America's Greatest Music in the Movie do American Film Institute. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hair_(filme). Acesso em 12 de julho de

2015.

A dramaturgia de Nelson Rodrigues O dramaturgo, romancista, contista e cronista Nelson Falcão Rodrigues nasceu no dia 23 de

agosto de 1912, no Recife (PE). Ainda criança, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro (RJ), onde moraria até o final de sua vida. Sua infância foi marcada sobretudo pelo cotidiano da zona norte carioca e pelo futebol.

Ingressou no jornalismo, carreira que nunca abandonou, aos 13 anos de idade como repórter policial do jornal A Manhã, que pertencia a seu pai. De 1945 a 1947 escreveu novelas e folhetins com o pseudônimo Suzana Flag; em 1951, as crônicas publicadas em sua coluna no jornal Última Hora, intitulada A vida como ela é, causaram espanto pela liberdade de linguagem e pelas situações retratadas, consideradas polêmicas e ousadas demais para a época. Por outro lado, revelou-se um cronista esportivo inigualável.

Suas peças teatrais retrataram, sobretudo, personagens da classe média baixa dos subúrbios cariocas. Entre elas, além de Vestido de Noiva (1943), destacaram-se Álbum de Família (1946), Anjo

Negro (1947), Senhora dos Afogados (1947), A Falecida (1953), Os Sete Gatinhos (1958), Beijo no Asfalto (1960), Bonitinha, mas Ordinária (1962) e Toda Nudez será Castigada (1965). Dotados de uma moralidade que dependia das circunstâncias, seus personagens deixavam à mostra os preconceitos da

sociedade burguesa brasileira, iniciativa inédita no teatro de então. Obcecado pelo tema da morte, Nelson Rodrigues pôs em cena situações dramáticas que desnudam conflitos sexuais e familiares, numa crítica demolidora de

estereótipos. Enfocou ainda, de maneira crua, a prostituição, Nelson Rodrigues foi responsável por inaugurar uma dramaturgia que privilegiou o tom coloquial nas falas dos personagens conferindo maior verossimilhança aos dramas que construiu.

No entanto, com frequência fez uso do improvável e do grotesco, criando personagens à são

guiados por desejos inconscientes e por impulsos primitivos. AOKI, Virginia (Org.). EJA Moderna: Arte – Ensino Médio. São Paulo. Moderna, 2013.p. 167.

A Obra de Ariano Suassuna Ariano Vilar Suassuna (1927-2014) foi um dramaturgo, romancista, ensaísta e poeta brasileiro.

Idealizador do Movimento Armorial e autor de obras como Auto da Compadecida e O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe ..

Morre no Recife, aos 87 anos, o escritor Ariano Suassuna

Fonte: www.google.com.br/search?q=nelson+rodrigues+imagens

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Em 1947 Ariano escreve sua 1ª peça, "Uma mulher vestida de sol", que é premiada. Conhece sua futura esposa, Zélia de Andrade. No ano seguinte, a peça "Cantam as harpas de Sião" é montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco

Em 1950 Ariano formou-se em direito e recebe o Prêmio Martins Pena pelo "Auto de João da Cruz". Para tratar uma tuberculose, volta a Taperoá, onde escreve e monta a peça "Torturas de um coração"

Em 1952 Ariano volta ao Recife e, até 1956, dedica-se à advocacia. Continua, no entanto, ligado à atividade teatral. Cria obras ligadas ao humor e integra o grupo Gráfico Amador. Nesse período, escreve um dos seus maiores clássicos, "O auto da compadecida" (1955)

Em 1956 "O auto da compadecida3" é encenado pela 1ª vez no Teatro de Santa Isabel, no Recife. Ariano deixa a advocacia e se torna professor de estética na UFPE. Publica seu 1º romance: "A história de amor de Fernando e Isaura. “

Em 1958 começa a escrever o “Romance d'A pedra do reino'4. Em 1959, ao lado do teatrólogo Hermilo Borba Filho, funda o Teatro Popular do Nordeste. Essa parceria daria início, em 1964, à articulação ao Movimento Armorial

Em 1970 Ariano conclui o "Romance d'A pedra do reino". O concerto "Três séculos de música nordestina – Do Barroco ao Armorial" marca o início do Movimento Armorial, no Recife.

Em 1971 é publicado, “A pedra do reino” vence o Prêmio Nacional de Ficção do Instituto Nacional do Livro. O livro é considerado por muitos intelectuais como a obra-prima do escritor.

3Sinopse do Auto da Compadecida: No vilarejo de Taperoá, sertão da Paraíba, na década de 1930, o

esperto João Grilo (Matheus Nachtergaele) e seu amigo Chicó (Selton Mello), covarde e mentiroso, são dois nordestinos sem eira nem beira que andam pelas ruas anunciando A Paixão de Cristo, "o filme mais arretado do mundo". A sessão é um sucesso, eles conseguem alguns trocados, mas a luta pela sobrevivência continua. João Grilo e Chicó empregam-se na padaria de Eurico (Diogo Vilela), cuja esposa, a fogosa Dora (Denise Fraga) adora um homem bravo, trai o marido e é mais devotada à cadela Bolinha do que ao esposo.

Chicó envolve-se com Dora, mas a chegada da bela Rosinha (Virgínia Cavendish), filha de Antonio Moraes (Paulo Goulart), desperta a paixão de Chicó, e ciúmes do cabo Setenta (Aramis Trindade) e de Vincentão (Bruno Garcia), o valentão da cidade. Os planos da dupla, que envolvem o casamento entre Chicó e Rosinha e a posse de uma porca de barro recheada de dinheiro, dote da bisavó de Rosinha para a moça, são interrompidos pela chegada do cangaceiro Severino (Marco Nanini) e a morte de João Grilo.

João Grilo, Eurico, Dora, Padre João (Rogério Cardoso), o Bispo (Lima Duarte) e Severino reencontram-se no Juízo Final, onde serão julgados no Tribunal das Almas por um Jesus negro (Maurício Gonçalves) e pelo diabo (Luís Melo). O destino de cada um deles será decidido pela aparição de Nossa Senhora, a Compadecida (Fernanda Montenegro) e traz um final surpreendente, principalmente para João Grilo. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Auto_da_Compadecida_(miniss%C3%A9rie)#Sinopse. / Acesso em 7 de junho de 2015.

4Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta - É um romance do escritor brasileiro

Ariano Suassuna, publicado em 1971.É inspirado em um episódio ocorrido no século XIX, no município sertanejo de São José do Belmonte, a 470 quilômetros do Recife, onde uma seita, em 1836, tentou fazer ressurgir o rei Dom Sebastião - transformado em lenda em Portugal depois de desaparecer na África (Batalha de Alcácer-Quibir): sob domínio espanhol, os portugueses sonhavam com a volta do rei que restituiria a nação tomada à força. O sentimento sebastianista ainda hoje é lembrado em Pernambuco, durante a Cavalgada da Pedra do Reino, por manifestação popular que acontece anualmente no local onde inocentes foram sacrificados pela volta do rei. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Romance_d%27A_Pedra_do_Reino_e_o_Pr%C3%ADncipe_do_Sangue_do_Vai-e-Volta. Acesso em 19 de junho. 2015.

Cena de O auto da compadecida – Filme(2000) dirigidoporGuel Arraes

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Em 1990 Ariano toma posse na cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras. Em 1993, “A pedra do reino” vira festa na cidade pernambucana de São José do Belmonte: é uma cavalgada em que os participantes usam trajes como os descritos no romance de Ariano.5.1 TV, cinema e política

Em 1994 A peça "Uma mulher vestida de sol" é sua 1ª obra adaptada para a TV. Em 1999, o "Auto da compadecida" vira minissérie, e, um ano depois, ganha filme. "A pedra do reino" virou minissérie em 2007.

Em 1996 Ariano estreia a série “Grande cantoria”, aula-espetáculo que reúne violeiros e repentistas. Em 2002, é homenageado em enredo no carnaval do Rio.

Em 2007 Assume a Secretaria de Cultura de Pernambuco, no governo Eduardo Campos – o escritor já havia desempenhado a função em 1995, no governo Miguel Arraes. Em 2011, vira chefe da Assessoria Especial do governo. Design e desenvolvimento: Arte/G1 Reportagem: Alexandre Morais e Vitor Tavares. Fotos: NELSON DI RAGO TV GLOBO. Texto na íntegra está disponível em: http://g1.globo.com/pernambuco/ariano-suassuna/platb/ Acesso em 7 de junho de 2015.

Arte Conceitual e Multimeios A arte dos anos 1970 foi marcada por um amplo

repertório de experimentações, que tinham em comum o

predomínio da valorização da ideia sobre o objeto artístico. Se, nas décadas anteriores, os artistas já vinham rompendo com os suportes tradicionais, essa década consagrou como experiências artísticas válidas o corpo em performance e trabalhos produzidos com o auxílio de meios tecnológicos, como o vídeo e o computador. A denominada Arte

Conceitual se preocupava em materializar processos decorrentes de uma ideia, utilizando suportes muitas vezes transitórios e reprodutíveis, como fotografias,

audiovisuais, xerox, off-sets, postais, entre outros. Diante dessa diversidade de meios, o próprio conceito de arte se amplia, abrangendo, a partir de então, novas linguagens.

Arte Conceitual teve como inspiração principalmente os ready-mades de Marcel Duchamp, objetos retirados do cotidiano das pessoas, e reapresentados como elementos do processo criativo. Nesse caso, o artista havia privilegiado a ideia, em detrimento do objeto, já que esse podia ser facilmente encontrado

na sociedade. Nos anos 60, alguns artistas revitalizaram o pensamento

de Duchamp, enfatizando e registrando o processo mental que originava suas próprias obras. Em referência a essa prática,

surgiu no interior das vanguardas o termo “arte conceito”, empregado primeiramente pelo músico Henry Flynt, em 1961, ligado às atividades do Grupo Fluxus de Nova Iorque. Em 1969, na Inglaterra, passou a ser publicada a revista Art Language, tendo como subtítulo “revista de arte conceitual”. Essas expressões eram aplicadas aos trabalhos realizados em meios transitórios, de fácil reprodutibilidade, produzidos muitas vezes em grandes quantidades (como foi o caso da arte postal) e que eram distribuídos por um sistema alternativo aos grandes museus e galerias. No entanto, aos poucos, as próprias instituições começaram a se abrir às novas linguagens que se multiplicavam.

No Brasil, a partir dos anos 70, uma grande variedade de métodos artísticos começou a se espalhar no circuito de exposição, como fotografias (que muitas vezes serviam também para registrar

Oneand ThreeChairs de Joseph Kosuth: exemplo de obra de arte conceitual Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=One+and+Three+Chairs+de+Joseph+Kosuth:+exemplo+de+obra+de+arte+conceitual

Vários elementos da arte

conceitual chegaram ao Brasil

nas décadas de 1970 e 1980.

Neste contexto, podemos observar

estes elementos, principalmente,

nas instalações artísticas e obras

de arte de Lygia Clarck, Cildo

Meireles, Iole de Freias, Amilcar

de Castro e Hélio Oiticica.

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meios transitórios, como as performances5), xerox, off-sets, vídeos, filmes, livros de artistas, atos

performáticos e muitos outros. Os artistas passaram também a exigir uma maior interação e participação do público, que deixava de ser apenas um expectador para interagir com as obras. Mesmo as instituições como os museus e galerias, tradicionalmente mais conservadores, tiveram que

se abrir para as novas linguagens que se multiplicavam. O Museu de Arte Contemporânea da USP, MAC-USP se constituiu, nessa época, como um pólo aberto e incentivador dos artistas conceituais e multimídias, criando um núcleo de produção de vídeos e organizando exposições de arte postal e outros meios. AGUIAR, Carol & PECCININI, Daisy. Arte Conceitual e Multimeios. Disponível em: http://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo5/conceitual/index.htm. Acesso 16 de junho 2015.

Pintor, escultor, artista plástico e performático – Hélio Oiticica (1937-1980) Artista com grande influência da segunda metade do século XX, Hélio Oiticica iniciou sua

carreira como pintor, adquirindo fama e reconhecimento após criar obras interativas e sensoriais. Hélio teve várias criações que marcaram bem sua passagem no contexto artístico. Caracterizado

por defender a riqueza poética e ética de formas de vida marginalizadas, mostrava isso em suas obras, como o Parangolé¹ por exemplo, que foi uma das criações mais diretas do artista à fusão de vida e arte.

Também obteve reconhecimento ao fazer Tropicália, que não só inspirou o nome, mas também ajudou a consolidar uma estética do movimento tropicalista na música brasileira. Entre as obras, também está os Penetráveis, criados para serem vivenciados (ou penetrados) pelo espectador. Eram feitos espaços de convivência que rompem com a relação formal entre arte e observador e pedem presença ativa e distendida no tempo. Realizou exposição em Londres, onde começou sua correira internacional ao lado de obras de Duchamp,

Klee, Kandinsky, Mondrian Léger, entre outros. Em 2009 um incêndio destruiu grande parte de sua obra que estava guardada na casa do seu

irmão, queimando quadros, livros e documentos do artista. Certa vez, escreveu: “A obra nasce de apenas um toque na matéria. Quero que a matéria de que é feita minha obra permaneça tal como é; o que a transforma em expressão é nada mais que um sopro: um sopro interior, de plenitude cósmica. Fora disso não há obra. Basta um toque, nada mais.” Em março de 1980, sofreu um acidente vascular cerebral, vindo a falecer, no Rio de Janeiro. Pintor, escultor, artista plástico e performático – Hélio Oiticica Disponível em: https://bondeonline.wordpress.com/2010/1 1. Acesso 16 de jun. 2015.

Referências

5A Performance Art é um género artístico, desenvolvido desde os anos sessenta, que resulta da fusão de expressões

como o teatro, o cinema, a dança, a poesia, a música e as artes plásticas. Está também muito ligada a outras formas de expressão, como o Happening e a Body Art, realizados por alguns artistas desde final da década de 50 em Nova Iorque, com objetivo de interagir mais diretamente com o público. Este tipo de expressão artística teve origem em algumas manifestações do movimento futurista, nomeadamente nas ações desenvolvidas pelo seu fundador, Filippo Marinetti e foi muito utilizada pelos artistas dadaístas e surrelistas, tal como pelos membros da escola de arte Bauhaus e também pelo Grupo Gutai do Japão. Disponível em: http://www.infopedia.pt/$performance-art.Acesso 16 de jun. 2015.

Tropicália 1967. Hélio Oiticica. Disponível em:

http://www.heliooiticica.org.br/obras/obras.php?idcategoria=4

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AOKI, Virginia (Org.). A Dramaturgia de Nelson Rodrigues. EJA Moderna: Arte – Ensino Médio. São Paulo. Moderna, 2013. Auto da Compadecida. <Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Auto_da_Compadecida_ (miniss%C3%A9rie)#Sinopse Bossa Nova. <Disponível em: http://www.brasilescola.com/artes/bossa-nova.htm Acesso em 29 maio de 2015. Brasil anos 60 e 70. Disponível em: https://dialogoshistoricos.wordpress.com/historia/brasil-anos-60-e-70 Acesso 16 de junho. 2015. Cultura e indústria cultural no Brasil. Disponível em: http://pt.slideshare.net/tiagoeurlac/captulo-20-18207895 Acesso 26 maio 2015Festivais da Canção. Disponível em: http://www.musicabrasilis.org.br/pt-br/temas/festivais-da-cancao. Acesso em 7 de junho de 2015. Garota de Ipanema. <Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Garota_de_Ipanema Acesso em 29 maio de 2015.> KAMINSKI, Leon Frederico. Arte e pluralidade: uma análise da produção acadêmica brasileira sobre a contracultura. In: MATA, Sérgio Ricardo da; MOLLO, Helena Miranda; VARELLA, Flávia Florentin (Orgs). A dinâmica do historicismo: tradições historiográficas modernas. Ouro Preto: EDUFOP, 2008. Maira Cristina. História do Rock and Roll Disponível em: http://www.paralerepensar.com.br/ historia_do_ rock.htm MORAIS, Alexandre & TAVARES, Vitor. Morre no Recife, aos 87 anos, o escritor Ariano Suassuna. Disponível em: http://g1.globo.com/pernambuco/ariano-suassuna/platb/ Acesso em 7 de junho de 2015. OLIVEIRA, Ana. Projeto Tropicália. Disponível em: http://tropicalia.com.br/ruidos-pulsativos/geleia-geral/cinema-novo#sthash.UyZbWtnA.dpuf. Acesso em 07 de jun. de 2015. PERCÍLIA, Eliene. Música de Protesto. Disponível em: < ttp://www.brasilescola.com/artes/musica-protesto.htm Acesso em 30 de maio de 2015> Performance art. Disponível em: http://www.infopedia.pt/$performance-art. Acesso 16 de jun. 2015. Pintor, escultor, artista plástico e performático – Hélio Oiticica. Disponível em: https://bondeonline. wordpress.com/2010/1 1. Acesso 16 de jun. 2015. RAMIRES, Ana Lucia Marques. Contexto Histórico do Movimento New Age. Canoas, 2013. 123f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Bens Culturais) – Unilasalle. 2013. Sete Artistas Mais Representativo da Arte Psicodélica. Disponível em: http://geekness.com.br/artistas-arte-psicodelica/ Acesso 16 de jun. 2015. SCHMIDT, Mario. Nova História Crítica: Moderna e Contemporânea. São Paulo: Nova Geração, 2001. Tropicália. Disponível em: https://dialogoshistoricos.wordpress.com/historia/brasil-anos-60-e-70/ Acesso em 30 de maio de 2015>

Roteiro de Estudo. III Parte Ler, resumir, gravar (celular), escutar e visualizar. 01. Caracterize o contexto histórico mundial, mostrando as principais transformações ocorridas nas Décadas de 60 e 70 do século XX. 02. História do Rock And Roll

Características, contexto histórico, obras

2.1 Principais Ícones

2.2. Festival de Woodstock

2.3. Música Psicodélica

2.4. Alex Grey

03. Situe o contexto histórico brasileiro, salientando o advento da indústria cultural no Brasil e o papel da TV.

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04. Música no Brasil

Características, contexto histórico, obras

4.1 Bossa Nova

4.2 Tropicália

4.3 Música de Protesto

4.4 Festivais da Canção

05. Organize um pequeno texto sobre a obra do dramaturgo Nelson Rodrigues. 06. Porto Alegre nos Anos 70

Características, contexto histórico, obras

6.1. Música

6.2. Cinema

07. Cinema

Características, contexto histórico, obras

7.1 Hair

7.2 Cinema Novo

08. Obra de Ariano Suassuna

Características, contexto histórico, obras

8.1 Auto da Compadecida

8.2 Romance d'A pedra do reino

09. Caracterizar a Arte Conceitual, destacando a obra do artista Hélio Oiticica.