contexto 2

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De Mãos Dadas Não é fácil ser escola. Nos tempos que correm tudo parece confuso, intenso e sem lógica. Os valores tradicionais, as âncoras de sempre, são cada vez mais difusos deixando atrás de si um rasto de angústia e insegurança. Os agentes educativos, como toda a sociedade, vivem em suspenso, reagindo quase por instinto aos múltiplos problemas do dia a dia. No entanto, é imperioso descobrir constantemente uma forma de avançar. Alunos, professores, pais e funcionários enfrentam fórmulas de rela- cionamento em constante ebulição. Os papéis de cada um parecem diluir-se entre os limites da autoridade de uns e as conquistas dos outros. Todavia, nunca devemos esquecer que aos educadores cabe a tarefa de preparar o futuro dos seus educandos. À escola compete, além de, em sentido restrito, ensinar, promover a aquisição de competências sociais e de relacionamento saudável. Neste contexto, importa não esquecer que neste laborató- rio que é a vida também todos os dias há descoberta, todos os dias nasce a esperança. É preciso deixá-las florescer nas nossas mentes e nos nossos corações. Uma boa Páscoa para todos. Joaquim Diamantino Gonçalves Pereira Presidente do Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de S. Miguel ditorial Contexto - Boletim do Agrupamento de Escolas de S. Miguel Número 2 Março de 2009 Esta publicação é parte integrante do jornal O Interior nº534 de 18/03/10 e não pode ser vendida separadamente Olhos grandes e muito expressivos, rostos entristecidos, corpos magros, pequenas mãos ávidas suplicando uma migalha de pão, lábios ressequidos à espera da gota de água que não existe… e uma réstia de esperança no frágil coraçãozinho de cada um. CRIANÇAS. AS CRIANÇAS! Foram estas as imagens que nos tocaram bem fundo e nos levaram a empenharmo-nos nesta tarefa solidária. Sozinhos pouco conseguirí- amos mas com a ajuda de todos, estamos convictos que algo faremos. VAMOS DAR AS MÃOS E AJUDAR UMA CRIANÇA A SORRIR. VAMOS CONTRIBUIR PARA A CONSTRUÇÃO DE UM ORFANATO NO HAITI! Contamos com a vossa ajuda. Professora Lourdes Fernandes Iguais pelo Desporto 2º Campeonato da Europa Open Futsal INAS-FID decorreu na Guarda. A coreografia da abertura esteve a cargo dos alunos da nossa escola. Feira de Leitura da Guarda ... Nós estivemos lá!

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Jornal do Agrupamento de Escolas de São Miguel N.º 2

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Page 1: Contexto 2

1CONTEXTO | Março | 2010 |

De Mãos Dadas

Não é fácil ser escola.Nos tempos que correm tudo parece confuso, intenso

e sem lógica. Os valores tradicionais, as âncoras de sempre, são cada vez mais difusos deixando atrás de si um rasto de angústia e insegurança. Os agentes educativos, como toda a sociedade, vivem em suspenso, reagindo quase por instinto aos múltiplos problemas do dia a dia. No entanto, é imperioso descobrir constantemente uma forma de avançar. Alunos, professores, pais e funcionários enfrentam fórmulas de rela-cionamento em constante ebulição. Os papéis de cada um parecem diluir-se entre os limites da autoridade de uns e as conquistas dos outros. Todavia, nunca devemos esquecer que aos educadores cabe a tarefa de preparar o futuro dos seus educandos. À escola compete, além de, em sentido restrito, ensinar, promover a aquisição de competências sociais e de relacionamento saudável.

Neste contexto, importa não esquecer que neste laborató-rio que é a vida também todos os dias há descoberta, todos os dias nasce a esperança. É preciso deixá-las florescer nas nossas mentes e nos nossos corações.

Uma boa Páscoa para todos.

Joaquim Diamantino Gonçalves PereiraPresidente do Conselho Geral do Agrupamento de Escolas

de S. Miguel

ditorial

Contexto - Boletim do Agrupamento de Escolas de S. Miguel • Número 2 • Março de 2009 • Esta publicação é parte integrante do jornal O Interior nº534 de 18/03/10 e não pode ser vendida separadamente

Olhos grandes e muito expressivos, rostos entristecidos, corpos magros, pequenas mãos ávidas suplicando uma migalha de pão, lábios ressequidos à espera da gota de água que não existe… e uma réstia de esperança no frágil coraçãozinho de cada um.

CRIANÇAS. AS CRIANÇAS! Foram estas as imagens que nos tocaram bem fundo e nos levaram

a empenharmo-nos nesta tarefa solidária. Sozinhos pouco conseguirí-

amos mas com a ajuda de todos, estamos convictos que algo faremos.VAMOS DAR AS MÃOS E AJUDAR UMA CRIANÇA A

SORRIR. VAMOS CONTRIBUIR PARA A CONSTRUÇÃO DE UM ORFANATO NO HAITI!

Contamos com a vossa ajuda.

Professora Lourdes Fernandes

Iguais pelo Desporto2º Campeonato da Europa Open Futsal INAS-FID decorreu na Guarda.

A coreografia da abertura esteve a cargo dos alunos da nossa escola.

Feira de Leitura da Guarda ... Nós estivemos lá!

Page 2: Contexto 2

2 | CONTEXTO | Março | 2010

PianoIntensidadeMínimaGuitarraBateriaSeminímaColunasPautaViolaMicrofoneCdDuraçãoNotasFigurasTamborimAltura

Sopa de letras Música

S T T E O T V I O L A O K E H J K H W Q

Ç E L W W D G V D C B Z M A T Y F W C D

R F M Q R A F T A E W Q F I P I A N O UE R O I N T E N S I D A D E L O K M L P

Y E Y V N S A X A N S E O C S B G A U J

O W Ç G U I T A R R A T P S D R M Z N C P A D E R U M S K F G S K Y G N O T A S

A B A T E R I A T U N A X O R G F G S T

D W U H K H J I E R B Z M A Y W D O P A

G R R T G M I C R O F O N E O R U I N MB Y P Ç E D P C X L O L U N U H R E F B

H G A P P S X P D W T A R U T L A Q T O

O B U U O P F I G U R A S H R F Ç T U R

I C T T Y U H W Q R Y U N M E I Ã Y E I N U A M I N I M L K J H G D F W O D R M

Piano Intensidade Mínima Guitarra Bateria Seminíma Colunas Pauta Viola Microfone Cd Duração Notas Figuras Tamborim Altura

Sopa de Letras Música

Ver soluções na pág. 7

No dia 12 de Novembro fizemos uma experiência em que usámos uma avelã, uma castanha, um feijão, uma noz, uma amêndoa, uma bolota e mostaijos (frutos de Outono). Pusemo-los num recipiente de plástico transparente com terra e colocámos etiquetas. Deitámos água e deixámos numa mesa, onde lhe dava um pouco de Sol.

Todos os dias, de manhã e depois de almoço, espreitá-vamos para ver se acontecia alguma coisa…

Passados uns dias, apa-receu uma coisa pequenina… era o feijoeiro, que cresceu rapidamente! O Diogo gostava muito de ir medi-lo… Ficou muito alto e “deitou-se”.

Mas um dia, o João e eu, sempre a mexericar, partimos o sítio onde o feijoeiro estava a crescer. Todos ficaram aborre-cidos connosco (eu também!). Nos dias seguintes, parecia que queria secar e as folhas foram ficando amarelas…

Não sei como aconteceu, mas renovou-se e continuou a crescer.

Quando voltámos das férias de Natal, vimos que estava outra coisa a reben-tar no sítio onde pusemos a castanha. Depois nasceu a amendoeira e passados dias a aveleira.

Estão a crescer muito rapidamente.

A professora disse que, se calhar, algumas sementes tinham apodrecido (os mos-taijos e a bolota). Isso foi pena porque todos estamos a gostar tanto desta experiência!

Até hoje, dia 29 de Janei-

ro, nasceram o castanheiro, o feijoeiro, a aveleira e a amen-doeira mas espero que ainda nasçam outras, se não vou ficar numa desilusão…

Micael Costa Fernan-des – 4º ano – EB Bairro do

Pinheiro

A nossa professora trouxe vários objectos e alguns líqui-dos e fizemos experiências para ver quais os objectos que flutuavam e os que afundavam.

Numa das experiências utilizou três recipientes e pôs: num água com sal, noutro água normal (da torneira) e no outro pôs álcool etílico.

(foto1)Começámos por colocar

um prego de ferro em cada recipiente e verificámos que afundou nas três situações. Colocámos uma maçã em cada recipiente e verificámos que flutuou em todos os recipientes. O mesmo aconteceu com uma placa de esferovite. Depois co-locámos uma vela de glicerina e vimos que flutuou nos três líquidos.

(foto2) (foto3)Colocámos uma batata e

verificámos que afundou no álcool e na água da torneira e flutuou na água com sal.

Concluímos que os ob-jectos afundam/flutuam con-forme os líquidos em que são colocados.

Diogo Antunes – 4º ano – EB Bairro do Pinheiro

Um dia a minha professora fez três experiências mas só vos vou contar uma pois as outras ficam para os meus colegas.

Foi assim: nós pusemos a pinha aberta dentro de um recipiente cheio de água e alguns meninos disseram que pensavam que não ia acontecer “nadíssima”. A professora disse que sabia o que ia acontecer mas nós não percebemos e per-guntámos porquê. A senhora

professora respondeu que no próximo dia de aulas, segunda-feira, iríamos perceber.

Na segunda-feira estáva-mos meio esquecidos… mas não houve problema pois a professora lembrou-se bem.

Para espanto de todos, a pinha fechou-se!!!

Depois a professora tirou a pinha da água e deixámo-la um pouco em cima do fogão. Para não arder, pusemo-la no

cimo do armário e todos os dias fomos observando para ver o que aconteceria desta vez.

Nas aulas a seguir vimos que começou a abrir e passa-da uma semana estava como quando a professora a trouxe!!!

Marco Almeida Mo-rais – 4º ano – EB Bairro do

Pinheiro

Existem histórias tristes e muitas delas andam a vaguear pelas ruas de todo o mundo. Já ouvi histórias absurdas sobre abandono de animais, por exemplo: foram entregar um cão ao canil porque simplesmente saltava… Como esta, existem muitas mais. Não imaginam quantas… e é por isso que o Canil/ Gatil Municipal da Guarda existe, é para recolher das ruas esses pobres ani-mais que não têm culpa de saltar nem de ladrar, nem miar nem sequer correr, eles são seres vivos e têm sentimentos como todos nós.

Eu tenho um cão e devo dizer-vos que não é apenas um animal de estimação: para mim é muito mais que isso: é um fiel amigo e sei que poderei contar com ele, porque nunca me irá desapontar como muitas pessoas já o fizeram… Se queres alguém para te alegrar nos piores mo-mentos e que sabes que estará ao pé de ti quando isso acontecer, vai ao Canil/ Gatil Municipal da Guarda porque há lá muitos e, acredita, precisam de um dono que cuide deles e ter um amigo, um amigo como tu!...

Para saber mais, fui ao Canil/Gatil Municipal da Guarda. E questionei:

- Qual é objectivo do Canil/ Gatil Municipal da Guarda?

O Canil/ Gatil Municipal tem como objectivo assegurar a lista da população canina e felina do Concelho da Guarda, garantir o seu controlo, manter acções essenciais no combate ao desenvolvimento do vírus da raiva e outras doenças que passam de animal para animal; promover a captura, remoção, tratamento e detenção de animais, diminuição do abandono e crescimento da adopção.

- E quanto ao alojamento dos animais?- Infelizmente o abandono de animais con-

tinua a ser uma realidade frustrante. A Câmara Municipal tem uma equipa de colaboradores especializados na recolha, alojamento e acompa-nhamento de animais abandonados.

Os animais abandonados são recolhidos e vão para as instalações do canil, onde perma-necem durante 8 dias úteis a aguardar o seu dono actual. Após este período, e depois de uma avaliação veterinária, podem ser seleccionados para a adopção.

Se estás interessado em adoptar um gato ou

um cão visita o site: http://canilguarda.hi5.com ou até podes falar directamente com um tratador ligando para o número: 271 225 357

Galegos6300-653 GuardaHorário de Atendimento ao público:08h30 - 12h30 e das 14h00 às17h00E no que respeita à adopção de animais?- No Canil/ Gatil Municipal podem ser

adoptados gratuitamente, desde que cumpram as condições para adopção (serem vadios, não terem dono conhecido, ou terem sido entregues pelo dono com o propósito de futura adopção).

A todos os cães ou gatos com mais de 3 meses é feita a identificação electrónica (quando aplicável).

Para adoptar um animal, é necessário apresentar o Bilhete de Identidade e Cartão de Contribuinte.

O Canil/Gatil Municipal efectua isolamentos preventivos, durante o período de 15 dias, de ani-mais agressores ou agredidos, quer sejam vadios, quer sejam animais com dono.

Se o animal tiver dono, este deve apresentar ao médico veterinário, o boletim sanitário, registo e licença do animal, emitidos pela respectiva Junta de Freguesia.

É cobrada uma taxa diária de acolhimento do animal.

No caso de animais agressores vacinados contra a raiva, depois de ser observado pelo médico veterinário municipal e sua decisão nesse sentido, o canil pode levar o animal a casa, devendo ser apresentado o atestado passado pelo médico veterinário responsável pela vigilância do animal durante o período de internamento.

Se procuras um cão ou gato, visita o Canil/ Gatil Municipal da Guarda! Serás recebido pelos tratadores e médico veterinário que te vão ajudar na tua decisão. Aos animais adoptados é obriga-tória a colocação de micro-chip que permitirá a identificação do seu novo dono se ele se perder. A adopção implica a assinatura de um termo de responsabilidade, uma pequena conversa com o médico veterinário e o pagamento da vacinação anti-rábica.

Filipa Pimentel, 7º Ano

“Vida de cão”

A sementeira A experiência flutuante

A experiência da pinha

Área de Projecto 5º B

Page 3: Contexto 2

3CONTEXTO | Março | 2010 |

Dia 11 de Fevereiro, tivemos uma Acção de formação na nossa escola.

A formação foi orientada pela P.S.P. e pela G.N.R Os senhores agentes mostraram-nos diapo-sitivos muito interessantes. Foram focados temas como: segurança rodoviária, cuidados a ter com as bombinhas de Carnaval e com os animais.

Por fim, vimos diapositivos com o Panda.Depois da actividade com a P. S. P. assistimos a

um espectáculo da G. N. R. com cães treinados para apanhar ladrões, para libertar agentes da polícia em caso de serem atacados e para detectarem droga. Os cães fizeram várias demonstrações tais como: saltar obstáculos, passar num túnel, atravessar uma roda, passar entre as pernas do agente e procurar droga

ao pé de alguns meninos.Foi uma actividade muito engraçada.

Texto colectivo feito pelos alunos do 2º e 3º anos do Bairro do Pinheiro

Quem leu o livro “ Pode a Educação Especial deixar de ser especial?” de João Lopes e J.Kauffman, não pode ficar in-diferente às questões e evidên-cias aí retratadas da designada Escola Inclusiva.

A educação inclusiva é uma questão pública em todo o mundo e também controversa, como referiu Gordon Porter, na Conferência Internacional de Educação Inclusiva, em Setembro de 2009, no Centro Cultural de Belém. Apesar de muitos países adoptarem a lin-guagem de inclusão, a verdade é que nem sempre a realidade está presente.

Porque é assim?O conceito de inclusão

é simples, existindo em to-dos nós uma consciência de aceitação das diferenças e o reconhecimento dos direitos dos alunos com deficiência receberem uma educação de qualidade, idêntica à dos res-tantes alunos.

No entanto há constran-gimentos e dificuldades à sua integração, uma vez que a es-cola se depara com problemas ao nível da concretização de um ensino diferenciado, da definição dos vários papéis que se encontram relacionados com a Educação Especial, da classificação e categorização dos alunos com NEE, aspecto muito importante numa inter-

venção, da formação inicial/especializada e contínua dos profissionais, da aceitação dos seus pares, do envolvimento familiar, etc, comprometendo o processo e sob pena de reforçar o estigma da deficiência.

Os profissionais reagem com alguma apreensão e an-siedade à presença dos alunos com NEE na sala de aula, porque, na maioria das vezes, ignoram o que eles precisam e não sabem os métodos a adoptar e os meios a utilizar. Assim, esperam dos serviços de educação especial as ferra-mentas, técnicas e estratégias que os ajudem a lidar com os problemas e promovam as competências dos alunos, reduzindo o estigma da defi-ciência.

Outro dos problemas que afecta e com que se debate a educação especial é a falta de clareza na sinalização, uma vez que o número de alunos com dificuldades de aprendizagem aumentou exponencialmente, passando a estar incluídos na educação especial. Com o actual enquadramento legal, as acções de acompanhamento a estes alunos são efectuadas através de medidas do desp. 50/2005, desp. 1/2006 que permitem a diversificação cur-ricular, e que visam promover o sucesso escolar.

Para os alunos com neces-

sidades especiais que preci-sam de recursos especializados de atendimento à sua especi-ficidade, definidas no Dec-lei 3/2008 como “ ... alunos com limitações significativas ao nível de vida, decorrentes de alterações funcionais e estru-turais, de carácter permanente, resultando em dificuldades continuadas ao nível da comu-nicação, da aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação social”, a edu-cação especial deve ter como objectivo responder a essas limitações que decorrem de uma condição de saúde.

A não clarificação do conceito de necessidade edu-cativa especial conduz a que muitos dos recursos sejam transferidos para alunos que necessitam de outro tipo de apoios, prejudicando aqueles que na realidade precisam de respostas diferenciadas e adap-tadas às suas especificidades.

Na minha opinião, há uma questão fundamental que é preciso resolver: encontrar os mecanismos e instrumentos que permitam fazer uma sina-lização correcta e adequada à realidade, para de uma inter-venção eficaz.

Salete BentoProfessora de Educação

Especial

Reflexões sobre a Inclusão

No passado dia 5 de Feve-reiro decorreu, no polivalente da Escola de S. Miguel, uma sessão de entrega de materiais aos alunos dos Cursos de Edu-cação e Formação em Instala-ção e Operação de Sistemas Informáticos. Destas ofertas, destaca-se o vestuário de traba-lho que os alunos irão utilizar nas aulas práticas e na empresa onde vierem a realizar o estágio no final do curso.

No entender da direcção da escola, este gesto serve para incentivar e motivar os alunos a continuar o trabalho que de-senvolvem ao longo dos dois anos de duração do CEF.

Uma aposta ganhaEste ano frequentam os

Cursos de Educação e Formação, mais conhecidos como CEF’s, 20 alunos, 9 no 2º ano e 11 no 1º ano. Em Setembro de 2006, abriu pela primeira vez o CEF Operadores de Informática na Escola S. Miguel e, dado o su-cesso, daí para cá, todos os anos abre um novo curso, contando já com quatro edições.

O facto de no final do curso os alunos realizarem um estágio de 210 horas em contexto de tra-balho, leva a que esta formação seja muito apetecida e encarada

pelos alunos como uma ponte para o futuro.

O ex-aluno, João Matias, que terminou em Julho de 2009, considera que “esta foi uma das melhores oportu-nidades que encontrei para continuar o meu percurso escolar”, e acrescenta: “fiquei muito satisfeito com a formação e acho que saímos muito bem preparados, uma vez que na empresa não senti qualquer dificuldade de adaptação”. João Matias frequenta o curso de nível 3, Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos, numa escola profissional.

O mesmo acontece com muitos alunos que frequentam CEF’s e que, quando terminam o curso, ainda muito novos, sentem vontade de continuar a estudar. Da edição que termi-nou em Julho de 2009, 8 dos 11 alunos continuaram os estudos. Dois deles receberam propostas para continuar a trabalhar na empresa onde estagiaram. Isto é o reflexo do sucesso do curso.

Depois dos quatro anos de formação, pode dizer-se que o Curso de Educação e Formação em Instalação e Operação de Sis-temas Informáticos é uma aposta ganha por parte de Escola de S. Miguel, que espera continuar a

proporcionar alternativas credí-veis e de qualidade.

Plano de FormaçãoNo decorrer dos dois anos

de duração do curso, os alunos recebem formação em quatro componentes: Sociocultural, Científica, Tecnológica e Práti-ca. No total, o curso tem a du-ração de 2141 horas, divididas por estas quatro componentes

Este curso é de nível 2, tipo 2 e permite a obtenção de dupla certificação, já que os alunos obtêm equivalência ao 9º ano e uma certificação profis-sional de nível 2 em Operador de Informática. Para obter esta dupla certificação, os alunos realizam uma Prova de Apti-dão Final (PAF), que engloba todas as áreas da componente tecnológica, e na qual têm que ter aproveitamento.

Podem inscrever-se todos os alunos que completaram o 6º ano ou frequentaram (com ou sem aproveitamento) o 7º ano, ou ainda aqueles que fre-quentaram sem aproveitamento o 8º ano.

Brevemente, a Escola de S. Miguel irá abrir as inscrições para a 5ª edição deste curso.

Prof. Paulo Monteiro

Escola de S. Miguel forma Operadores de Informática

De pequenino se torce o pepino…Acção de formação na nossa escola

A nossa turma escolheu o tema da Violência Es-colar para trabalhar na Área Curricular Disciplinar de Área de Projecto pela sua importância e pertinência, uma vez que estamos continuamente a ouvir através da televisão notícias relacionadas com o assunto. Mas, este não é apenas um problema dos outros uma vez que na nossa escola também acontecem casos de violência escolar, felizmente sem a gravidade dos que passam na televisão. Lembrámo-nos de alguns que ocorreram connosco mas também de outros como foi o caso de um rapaz obeso e de um rapaz surdo de raça negra. Embora menos violentos, não quer dizer que não mereçam toda a nossa atenção… Se pensarmos um bocadinho, ou melhor, se reflectirmos, reconhecemos que todos nós já estivemos envolvidos em actos de violência escolar quer como agressores, testemunhas ou vítimas.

São muitas as situações que cabem no universo da violência escolar, contudo os mais graves e preocu-pantes são os actos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos com o objectivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Um senhor que estudou este fenómeno deu-lhe o nome de BULLYING. Mais

recentemente deparamo-nos com o “cyberbullying” que nos pode aparecer de diversas formas: tornar público um e-mail privado ou mensagem; espalhar rumores e ameaças pela Internet; publicar fotogra-fias humilhantes; criar perfis falsos para denegrir a imagem de alguém em sites como o Facebook ou o MySpace estão cada vez mais em voga devido à capa de anonimato que o “on-line” proporciona.

Da nossa experiência com violência escolar e pelo que pesquisámos concluímos que: alguns problemas podem ser resolvidos com simples conversas; muitos ocorrem longe do alcance de professores e auxiliares, por exemplo, casas de banho; outros começam com sim-ples mal entendidos ou brincadeiras parvas. Devemos sempre denunciar os agressores aos colegas, professores e aos nossos pais; não nos devemos esconder nem ter medo de quem nos fez mal; devemos evitar conflitos e não dar importância a algumas coisas.

O problema é grave, muito complicado e não se resume ao que aqui foi exposto. Contudo, estar informados permite-nos enfrentar melhor os casos que poderão surgir.

Área de Projecto 6ºD

Violência escolar

Efeito de estufaCertamente já entraste

numa estufa e constataste que lá dentro está mais calor do que no exterior. Sabes porquê? Porque o Sol ao atra-vessar o vidro ou o plástico concentra-se no interior que é fechado. Em relação à Terra passa-se uma coisa seme-lhante. Ela está rodeada por uma camada de gases, entre os quais o dióxido de carbono, que funcionam como uma estufa. O Sol brilha, os gases retêm o calor mantendo-o perto do nosso

planeta, o que é muito agradável.Mas … a poluição produz

muitos gases nocivos. Esses ga-ses retêm o calor do Sol.

Assim a temperatura está a subir na Terra e embora isso

ainda se processe muito len-tamente, vai fazer com que zonas que eram muito frias assistam a degelos que au-mentarão o caudal dos rios e farão subir o nível do mar. Por outro lado as regiões que já são quentes podem tornar-se inabitáveis.

O que podes fazer para remediar isto?

Poupar energia – Optar pelas energias alternativas – Utilizar os meios de transporte públicos - Proteger as plantas - Plantar árvores.

Ambiente amigo

1 – Agrupamento de estrelas:a) Compostob) Constelaçãoc) Eclipse

2 – Quem escreveu num poema: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena.”a) António Nobreb) Fernando Pessoac) Florbela Espanca

3 – O coração é um:a) Órgão b) Sistema c) Tecido

Aprende Brincando4 – Tempo do verbo na frase: Haverá uma solução:a) Futurob) Presentec) Passado

5 – O Físico italiano Alessandro Volt inventou:a) Telefone b) Rádio c) Pilha

6 – Instrumento que servia para medir o tempo: a) Ampulhetab) Barómetroc) Cronómetro

Page 4: Contexto 2

4 | CONTEXTO | Março | 2010

No dia 3 de Março, pelas 14 h, saímos da escola EB 2,3 de S. Miguel, nós 6ºD e 6ºA,para uma visita de estudo à Quinta da Maúnça. Quando chegámos fomos divididos por turma, nós, o 6ºD, fomos para uma sala onde estava a engenheira Cláudia. Enquanto o 6ºA foi ver um PowerPoint. Na nossa sala

Pintar o cinza de verde - SOS natureza

Sendo eu uma mulher, embora ainda em ponto pequeno, não posso deixar de fazer referência ao meu dia.

Reza a história que no dia 8 de Março de 1857, as ope-rárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 morreram queimadas. Em 1910, numa conferência interna-cional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como “Dia Internacional da Mulher”.

Com a celebração deste dia, pretende-se chamar a atenção para o papel e a dignidade da mulher e levar a uma tomada de consciência do valor da pessoa, perceber o seu papel na sociedade, contestar e rever preconceitos e limitações que vêm sendo impostos à mulher.

Micaela Nobre Antunes, 6ºB

8 de Março - Dia Internacional da Mulher

em cima da mesa, estava um alvéolo, ao seja uma espécie de vasos compostos por 40 copos, dentro dos quais semeamos bo-lotas, escolhemos aquelas que estavam a germinar. Passados 3 anos já estará lá um carvalho ne-gral pequenino. Depois de toda a turma semear o seu carvalho negral, tivemos de aprender a

diferenciar as árvores (algumas) e aprendemos também o seu nome científico, pois todas as árvores têm um nome científico, para que todos os cientistas do mundo se compreendam. Esses nomes são em latim (o carvalho negral tem o nome cientifico Quercus Pyrenaica).

Logo depois fomos dar um

passeio onde vimos carvalhos, pinheiros… e falámos sobre os incêndios e como a natureza é tão bonita e como as pessoas são tão cruéis com ela.

Depois fomos ver o Power-Point e a outra turma semear carvalhos negrais. Na nossa sala estava a engenheira Susana que nos mostrou o PowerPoint e nos explicou que na natureza não há só plantas. Há também animais que contribuem para o equilíbrio da natureza e o homem, com a sua crueldade, os mata e destrói.

Saímos tristes e alegres ao mesmo tempo, pois divertimo-nos e ajudámos a natureza, mas também vimos que nem tudo estava bem. A natureza sofre frequentemente danos dos quais os maiores são causados pelo homem.

Chegámos à escola pelas 16h com maior conhecimento e saber.

Pela natureza pedimos-te que a protejas pois é ela que te dá a vida.

Beatriz Vaz, Francisco Si-mões, João Pereira, Micaela

Costa, Rafael Jarmelo 6º D

No dia 4 de Março de 2010 participei, com muito gosto, na Sessão de Abertura da Feira de Leitura da Guarda que se reali-zou no Centro Comercial Vivaci.

A abertura da Feira da Lei-tura decorreu na sala 3 do Vi-vacine, seguindo-se a maratona da leitura. Neste evento começou por falar o Director do Vivaci, a Representante do Plano Nacional de Leitura, seguindo-se a Directora da Biblioteca Municipal, represen-tante da Ministra da Educação, e o Vereador da Cultura da Câmara Municipal da Guarda.

Depois iniciou-se a abertura da maratona da leitura, a qual tive o privilégio de iniciar. Li uma história de Manuel António Pina (que estava presente) do livro “Histórias que me contaste tu”, com ilustrações de João Bo-telho. A principal atracção deste livro é o simpático contador de histórias, um escaravelho que aparece quando menos o espe-ramos e que nos faz uma tão boa companhia, ao contar-nos histórias que não imaginávamos possíveis e, no fim, vai-se em-bora muito apressado, não nos dizendo sequer o seu nome. Es-colhi esta história porque achei interessante o tema da mesma. Trata-se da pronúncia de certas palavras como por exemplo:

“Queres que abra a porta?” pode ser convertido em “Queres cabra a porta?”. Achei interessante esta brincadeira com as palavras.

Depois da minha leitura, continuou a maratona com al-guns adultos a lerem mais histó-rias, tais como o próprio escritor, Manuel Pina, e alguns alunos de outras escolas da Guarda, com os seus professores.

A Feira de Leitura conti-nuou nos dias seguintes e cessou no dia 7 de Março.

Esta foi uma actividade in-teressantíssima para todos. Ado-rei ter sido convidada para este grande evento. Foi uma honra para mim. Espero ter contribuído para incutir nos meus colegas e amigos o gosto pela leitura, por-que ler é essencial. É através da leitura, que alargamos os nossos horizontes, viajamos no tempo, conhecemos, sonhamos e imagi-namos o impossível, como disse uma das convidadas de honra na abertura da feira da leitura. No final de cada livro ficamos enriquecidos com novas experi-ências e novas ideias. Ficamos a conhecer melhor o mundo e um pouco melhor de nós próprios. A leitura é a porta aberta para o mundo da fantasia.

Inês Primo, 7ºD

Ler…partilhar um prazer

Fomos à quinta da MaúnçaNuma manhã de FevereiroPara pintarmos o Cinza de VerdeTivemos que semear primeiro.

Dentro dos alvéolos Semeámos muitas bolotasDe lá irão nascer plantasUmas direitas, outras tortas.

Também vimos imagensDe plantas e animais.Aprendemos que a floresta dáOxigénio e outras coisas mais.

Alunos do 3º ano - Bairro da Luz

Page 5: Contexto 2

5CONTEXTO | Março | 2010 |

Foi com muito entusiasmo que a nossa turma (5ºB) recebeu os meninos do Jardim-de-infância da Póvoa do Mileu. Três de nós, em conjunto com a Prof. de História e Geografia de Portugal, foram os orientadores desta magnifica experiência. Com a ajuda de um Power Point e algumas vozes eu, a Sara e o Pedro conseguimos que os “ pequeninos” desfrutassem de uma pequena mas valiosa viagem aos costumes dos Romanos.

Adorei a sensação de poder inte-ragir com crianças mais novas que eu.

No fim desta pequena viagem aos costumes dos Romanos, a nossa “setôra” ofereceu-nos uma coroa feita com folhas de louro.

Antes desta experiência, já nós

tínhamos ido ao Jardim dos “peque-nos romanos”, que é como quem diz ao Jardim de Infância da Póvoa do Mileu. No seu cantinho, mostraram-nos um livrinho construído por eles, com bonitos desenhos e foto-grafias. Foram muito queridos ao fazerem um jogo dedicado a todos nós. Percorrendo as casas do jogo da “Glória” pequenos e grandes responderam às questões sobre os romanos, e uma pequenita ganhou o jogo. Foi giro podermos jogar com crianças mais novas que sabiam tanto ou mais que nós sobre os ro-manos. As crianças ofereceram-nos um bonito marcador com a imagem de um Imperador.

Inês Lopes 5ºB

“Os pequenos Romanos”

No Mileu: Os Romanos nos nossos dias.

Caracterização da EscolaEdifício Escolar: Plano

centenário. O edifício é for-mado por um bloco único que comporta duas salas de aula, dois halls de entrada e uma pe-quena sala destinada a apoios individualizados. A cada sala de aula estão destinadas as respectivas casas de banho e pequenos arrumos. O mobi-liário existente é adequado e suficiente.

A Escola dispõe de um pátio enorme a toda a volta, murado e gradeado. No entan-to, não dispõe de qualquer co-berto interior ou exterior onde os alunos possam desenvolver actividades ou brincadeiras de recreio em dias de mau tempo. São as salas e os pequenos halls de entrada, que abrigam as crianças.

O Jardim-de-infância si-tua-se a cerca de 1,5km de distância. No entanto, as ac-tividades são realizadas em articulação com os dois esta-belecimentos de ensino.

O Jardim de Infância de Panoias foi criado em 1980 e está localizado à beira da Es-trada Nacional nº 233, funcio-nando no edifício da Junta de Freguesia, conjuntamente com a sede da Junta de Freguesia e Associação Cultural e Social da Freguesia de Panoias de Cima, a qual tem as seguintes valências: Centro de dia; ATL e CAF.

Caracterização do MeioA escola e o Jardim-de-

infância situam-se na freguesia de Panóias de Cima, concelho da Guarda. A freguesia de Panóias pertencente à zona do Sudeste, e tem limites com as freguesias da Sé, Vila Garcia, Santana d’Azinha, João Antão, Ramela e Aldeia do Bispo. Esta freguesia, com uma área total de 11,4 Km2, dista 10 Km da sede de concelho. Panóias é constituída por 8 anexas, todas elas concentradas no mesmo espaço físico, nomeadamente Panóias de Cima, Panóias do Meio, Panóias de Baixo, Valco-vo, Barracão, Cerdeiral, Póvoa de S. Domingos e Quinta dos Prados. A rede viária que liga Panóias a outras freguesias e à sede de concelho é considerada razoável. Quanto aos trans-portes públicos, a freguesia é servida por poucos autocarros por dia, que passam apenas na estrada principal; no entanto, a freguesia também era servi-da pelo comboio várias vezes ao dia, encontrando-se neste momento a linha-férrea desac-tivada por motivos de obras.

Barracão

A Lenda do Barroquinho

História do BrasãoEscudo de prata, com

um morangueiro arrancado, verde, florido de ouro e fru-tado de vermelho; globo cru-cífero azul que simboliza o Santíssimo da Igreja Matriz da freguesia e duas ondas azuis que representam o rio Noémi.

A última actividade realizada em articulação Escola do 1º Ciclo / Jardim-de-infância, foi o desfile de Carnaval o qual agradou muito às crianças pela sua participação e à população em geral por poder ver a alegria e a vivacidade das crianças.

Este desfile não obedeceu a nenhum tema em particular, dando desta forma liberdade e apelando à imaginação e criati-vidade das crianças e das suas famílias.

As maiores potencialidades da freguesia são a agricultura, onde se destaca a plantação de morangos, e a indústria, nomeadamente a serralharia, a carpintaria e os alumínios, áreas em que existem diversas pequenas oficinas. Existem ainda explorações com ani-mais, embora em número mais reduzido do que em épocas anteriores.

Das localidades que cons-tituem a freguesia merece es-pecial destaque o Barracão, que ainda nem há um século era por todos considerada uma terra de futuro e hoje está quase uma aldeia fantasma. O Barracão foi durante a 1ª déca-da do século XX, a localidade

desta freguesia, que se destacou em desenvolvimento, trazido pela construção de fábricas de extracção de urânio e rádio, que vinham das minas da Rosmaneira, Alto da Várzea, Bica, Coito da Casa Nova e Ur-gueiriça. Dizem os habitantes que nesses tempos áureos o Barracão era mais desenvolvi-do que a cidade da Guarda. A influência dos donos franceses da fábrica, dos engenheiros e dos operários e mineiros que lá trabalhavam, determinaram um crescimento económico que foi secundado pela implantação de um posto de distribuição de adu-bos da Companhia União Fabril. A estação de caminho de ferro, que inicialmente ficaria como

sendo a da cidade da Guarda, por motivos de força maior, a C.P desistiu dessa ideia e ficou a ser a estação do Sabugal. No entanto ela foi muito importante para o crescimento desta freguesia, permitindo o escoamento do mi-nério, dos adubos e dos produtos agrícolas da região.

Junto da estação foi cons-truído um barracão em madeira, por uma empresa que tinha como função assegurar a distri-buição do correio bem como o transporte das pessoas da estação ao Sabugal e vice – versa através de cavalos e éguas, os quais eram acolhidos nesse mesmo barra-cão. Ao pequeno aglomerado de casas que se situavam junto da estação começou - se a chamar de Barracão.

A freguesia dispõe de Jar-dim-de-Infância, Escola do 1.º Ciclo, A.T.L, C.A.F e Centro de Dia. A Associação Cultural e Desportiva de Panoias, nes-te momento não tem grande actividade desportiva. Vão-se organizando jogos de raiola, campeonatos de sueca, pesca desportiva, etc...

As iguarias típicas da freguesia são diversificadas, evidenciando-se os fumeiros, o javali, e o cozido à portuguesa. Aqui também se destaca a pro-dução de vinho morangueiro.

As principais festividades são a festa S. Cristóvão no Barracão, no mês de Agosto e a festa de Nosso Senhor dos Aflitos em Maio na povoação do Barroquinho, na quinta-feira de Ascensão, mais ou menos 40 dias depois da Páscoa. É uma festa muito concorrida pelas pessoas das aldeias limítrofes e como coincide com a Quinta-feira da Espiga as famílias aproveitam para se juntarem e comer as merendas.

O consumo de fruta regis-tou na Europa um aumento de 50% entre os jovens adultos do sexo masculino, e em Portugal 33,5%.

Por isso pretende-se cha-mar à atenção para a importân-cia da fruticultura na região…

Algumas turmas, desde a primária ao 9º ano, pintaram um fruto dando largas à ima-ginação. Bem bonitos!!! Vejam a foto…

Maçã, pêra, cereja e pêsse-go mas, os principais destaques foram: a cereja e o pêssego, pois 50% da produção nacional de cereja e 25% da de pêssego per-tencem à Beira Interior (Castelo Branco e Guarda).

A exposição dos frutos realizou-se nos dias 4 e 5 de Fevereiro na Escola Superior Agrária de Castelo Branco.

Filipa Pimentel 7º B

“FrutArt” - 2º Simpósio nacional de fruticultura

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6 | CONTEXTO | Março | 2010

Se eu fosse uma fl orSe eu fosse uma fl orGostava de ser uma rosa.A rosa cheira bem E é tão linda como uma borboleta cor-de-rosa.

Se eu fosse uma fl orVivia na terra, não no ar.Pois também não vivia no mar,Mas sim na terra bela como um céu a brilhar. Hoje a rosa vai nascerAo pé de um castanheiro.E é tão lindaComo uma tulipa de cravo vermelho. De cravo vermelho ela éMas mansinha ainda é mais.Se eu fosse uma rosaEra tão linda como um sol a brilhar!

Joana Pereira, 5º D

RET...Olá vamo-nos apresentarNós somos os três pontosOu reticências nos podem chamar.Somos irmãos gémeos E ninguém nos pode separar.

Servimos para indicar Algo que não queremos revelarOu simplesmente para ocultar.

Uma vez fui utilizadoPor uma menina… não me lembroFez um texto muito engraçado,Mas esqueceu-se de um pontoE fi cou tudo tramado.

Mas passado uns dias,A menina reparouQue faltava lá o pontoE lá o colocou.

Os três pontos Voltaram a juntar-seCada um no seu lugar.Agora vamo-nos despedirChegámos ao fi nalAdeus até à próxima.Não se esqueçam de me utilizar!

Joana Inês, 7ºB nº 9

AmigoUm amigo verdadeiroÉ um tesouro único,O melhor de todos.É alguém que quando nos vê Não diz apenas um “olá”, Mas sim nos dá um abraço honesto e confi ante.O amigo é tolerante eFiel em todas as situaçõesUm amigo (pensamos nós)É alguém que é útil, Mas não!...Um amigo é muito Mais que isso: É alguém bondoso,Corajoso, generoso E muito, muito mais…No rosto risonho de um amigo engraçado,Podemos ter esperança num futuro melhor.Com a ternura de alguém especial,Tornamo-nos muito sortudosE os problemas deixam de existir.Com um amigo modesto, divertido e meigoSentimo-nos importantes.A vida torna-se espectacular.

Inês Lopes, Nº 12 5º B

Poemas

No passado dia 19 de Fe-vereiro tivemos como entre-vistado o senhor vereador da Câmara Municipal da Guarda, Gonçalo Amaral, que frequen-tou a Escola Básica de S. Miguel a partir do ano de 1988, pouco tempo depois da sua fundação.

Gonçalo Amaral reconhe-ce ter inúmeras lembranças da escola “(…) lembro-me que esta área estava muito isolada (…) tinhamos de ser muito criativos em todas as nossas brincadeiras”. Diz ainda que o local da escola de que mais gostava era o campo de jogos,

mas que também costumava frequentar a biblioteca onde lia a revista “Super Interessante” que na altura existia apenas na versão espanhola.

No último ano em que frequentou a escola, nono ano, participou numa das actividades de final de pe-ríodo onde representou um pequeno papel na peça teatral. Aí encontrou a sua primeira paixão que viria a resultar numa grande amizade que ainda hoje perdura.

O nosso entrevistado reve-lou-nos que esta escola mudou,

1. Se fosse pó, onde é que se esconderia para não ser limpo?R: Debaixo de uma grande pedra.

2. Se fosse uma fl or seria...R: Um cravo.

3. Se fosse um fi lme...R: Acção / Policial / Investigação.

4. Com quem não iria para uma ilha deserta?R: Com os políticos do nosso País.

5. Quando se zanga pensa em...R: Penso em ultrapassar essa situação.

6. Se fosse um insecto...R: Picava as pessoas!

7. Quando toca o despertador apetece-lhe...R: A essa hora já estou desperto!

8. Qual é o seu ultimo pensamento antes de dormir?R: Ultimamente tem sido a escola.

9. Se trabalhasse no circo o que seria?R: Um palhaço.

10. Em poucas palavras conte-nos uma história gira que tenha vivido.R: Tinha eu 16 ou 17 anos, quando estava no rio Mondego a tomar banho com os meus amigos. Quando saímos da água avistamos dois rapazes pouco mais velhos que nós (20 anos), a afogarem-se. Correndo o risco de também lá ficarmos, (pois na época não havia professores de natação e ainda não dominávamos muito bem a água) eu e os meus amigos saltámos para a água e lá os conseguimos salvar!

Acabámos a entrevista. Fizemos todas as per-guntas. Faça-nos agora uma.R: O que pensam da escola relativamente ao ano anterior e o que gostariam que melhorasse?

Apanhadas de surpresa, responderemos no próximo número...

Matilde Andrade, Inês Primo, 7ºD

10 Perguntas a...

António João Tonico dos Santos, nasceu em Aldeia Viçosa, há 57 anos. É professor de Educação Visual e Tecnológica na Escola EB23 de S. Miguel, desde que esta nas-ceu, apenas com um ligeiro interregno. Ac-tualmente é adjunto do Director do Agru-pamento.

Da Escola Para o Futuro

Gonçalo Filipe Ferreira Amaral, nasceu na Guarda em 10 de Fevereiro de 1978

Escola de S. Miguel, 9º B, Ano Lectivo de 1992/93.

e muito, a sua maneira de ser, “(…) esta escola obrigava-nos a ser muito inventivos(…)”. Revelou-nos também que era bom aluno a todas as discipli-

nas mas que a sua preferida era Matemática e que se lembra, ainda hoje, de muitos dos seus professores.

Disse ainda que continua

a manter contacto com alguns colegas.

Apesar do sonho de seguir desporto acabou por enveredar pela área da engenharia, curso

actualmente em suspenso, dado ter assumido em Outubro último, o cargo de vereador.

Alexandra e Iara, 9º E

... Para Pintar!

Page 7: Contexto 2

7CONTEXTO | Março | 2010 |

No dia 12 de Fevereiro, fizemos o desfile de Carnaval da Escola em conjunto com o Jardim de Infância.

Às 14 horas começámos o desfile em frente à escola, com a companhia de agentes da Escola Segura.

Quando chegámos ao Jardim de Infância, os meninos já estavam à nossa espera.

Todos juntos, passámos pela rua da paste-laria Rossio e seguimos pela rua de Angola em direcção ao Clube da Póvoa do Mileu; passámos junto de um chafariz construído em 1932 e che-gámos, novamente, ao Jardim de Infância.

Durante o desfile houve muita animação. Cantámos canções, atirámos fitas e papelinhos...e as pessoas que passavam na rua brincavam con-nosco. Como estava uma tarde muito fria, havia pessoas às janelas para nos ver passar.

Íamos todos muito bem disfarçados, alguns

meninos estavam irreconhecíveis!Foi uma tarde diferente e muito divertida.

Escola EB da Póvoa do Mileu

Línguajar... ... em Inglês... em Francês

SOLUÇÕES

S V I OLA

E CD

M P I A NO I N T E N S I DADE L

N U

G U I T A RRA N M N O TAS

B A T E R I A S T

D A

M I C ROFONE U M P R B

A ARUT L A O

U F I GURAS Ç R

T Ã I A M I N I M O M

Carnaval

Na 6ª- feira, dia 12 de Feve-reiro, nós, os meninos do Bairro do Pinheiro fizemos um desfile de Carnaval pela rua principal do bairro.

Juntámo-nos aos meninos do Jardim de Infância que iam disfarçados com adereços sobre o Projecto deles: “Juntos partilha-mos os afectos”. Nós usámos dis-farces livres, que nós escolhemos em casa: ninjas, cowboys, morte, vaqueiros, vacas, fantasmas, bruxas, índios, fadas, princesas, …. Todos íamos muito bonitos!

Seguimos pelos Correios, pela rua Cidade Wattrellos, pelo Rossio, pela fonte luminosa, con-tinuámos até à Povoa do Mileu e chegámos à Escola Básica de São Miguel.

Pelo caminho, cantámos canções, entre elas uma que

se chama “Viva os palhaços”. Alguns meninos foram deitando confetis e serpentinas.

Chegámos à Escola Básica de São Miguel, entrámos no salão e lanchámos leite e bolo que nos ofereceram. Por lá passaram muitas, mesmo mui-tas pessoas para ver os nossos fatos … Aí brincámos muito, até chegarem uns meninos a insultarem-nos com vários nomes maldosos, que não digo aqui por serem asneiras. Foi muito feio!

E por isso queríamos dizer que eles podem ser os granda-lhões e serem mais velhos, mas nós também temos direitos. Por isso escrevemos esta parte da notícia para eles aprenderem isto: Diferente por fora, igual por dentro.

Depois viemos embora pelo atalho do Polis e chegámos à nos-sa Escola, onde deitámos muitos papelinhos e brincámos tanto que ficámos cheios de calor!

Fizemos um Concurso para ver quais foram os melhores dis-farces. Eu não ganhei mas achei que foi muito divertido, e isso é que interessa.

Depois do almoço fomos com o professor de Actividade Física ao POPIS (ou POLIS) onde brincámos e nos divertimos muito!

Na opinião de alguns meni-nos, foi o melhor Carnaval que passámos na Escola!

Bem que poderiam ter sido mais dias….

4º ano – EB Bairro do Pinheiro

Bairro do Pinheiro Mileu

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8 | CONTEXTO | Março | 2010

Ficha TécnicaCONTEXTO | Março 2010 | Número 2Edição: Jorinterior, Jornal O Interior, Lda. / Agrupamento de Escolas de S. MiguelDirecção: Luís Baptista-MartinsCoordenação: Lusitana Ricardo e Norberto GonçalvesPaginação: Jorge Coragem / Jornal O INTERIORwww.eb23-s-miguel.rcts.pthttp://jornalismosaomiguel.blogspot.com/ [email protected]

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Com o tempo muito frio e com ameaça de chuva, realizou-se na manhã do passado dia 9 de Fevereiro, no Parque Polis – Guarda, o Campeonato Distrital de Corta-mato escolar. A Escola de S. Miguel esteve representada por com 34 alunos. Salientam-se os resultados obtidos pelos alunos nomeadamente os obtidos pela Margarida Moreira, pela Bruna Pereira, Diogo Cardosa, Alexan-dra Vargas e Ana Pires.

Os resultados globais foram os seguintes:

Infantis fem A – 6º Margarida Moreira; 19º Bruna Pereira; 31º Joana Alves; 58º Mariana Gomes; 77º Andreia Nabais; 78º Ariana Coelho – Participa-ram neste escalão 106 atletas. Por equipa a Escola de S. Miguel ficou no 5º Lugar

Infantis Masculinos A – 13º Diogo Cardosa; 50º Valter Borrego; 61º Tiago Mendes; 73º Bernardo Bombas; 82º Daniel Menoita; 87º Pedro Belisário – Participa-ram neste escalão 114 atletas. Por equipa a Escola de S. Miguel ficou no 12º Lugar

Infantis B Femininos – 18º Alexan-dra Vargas; 22º Sara Belo; 49º Micaela

Costa; 59º Inês Felizardo; 67º Inês Go-mes; 89º Daniela Cameira – Participaram neste escalão 137 alunas. Por equipa a Escola de S. Miguel ficou no 8º Lugar

Infantis B masculinos -49º Gabriel Teixeira; 65º Rodrigo Besteiro; 74º Hugo Vaz; 75 Francisco Simão; 108º Ricardo Grilo; 109º João Tavares - Participaram neste escalão 148 alunos. Por equipa a Escola de S. Miguel ficou no 15º Lugar

Iniciados Femininos –17º Ana Pi-res; 51º Ana Fernandes; 52º Ana Isabel Ribeiro; 87º Maria Duarte - Participaram neste escalão 97 alunas. Por equipa a Escola de S. Miguel ficou no 12º Lugar

Iniciados masculinos – 16º Hugo Patrício – Participaram nesta prova 112 alunos ( os outros alunos apurados não puderam participar uma vez que tinham testes marcados para este dia)

Juvenis Femininos – 48º Ana Gonçalves – Participaram nesta prova 112 alunos.

Juvenis Masculinos – Os três alunos que estiveram presentes a repre-sentar a escola desistiram devido à fraca preparação física.

Realizou-se no dia 13 de Janeiro o 1º Torneio de Escalada Desportiva da época 2009/2010, com a participação de meia cen-tena de escaladores, oriundos das Escolas de S. Miguel, Sé, Afonso de Albuquerque e Sequeira. A re-presentação do Clube de Escalada da Escola de S. Miguel esteve em grande forma e estilo, uma vez que a generalidade dos alunos ficou nos primeiros lugares da competição, nomeadamente nos escalões de Infantis e Iniciados, masculinos e femininos, e Juvenis Masculinos. No escalão de Juvenis femininos venceu a atleta Sara Melancia e em Juniores femininos a atleta Elisabete Santos. Ambas fizeram a sua formação no Clube de Escalada de S. Miguel. Como registo menos positivo fica o

Alunos de S. Miguel em grande no Corta Mato Distrital

Sempre a trepar…

facto de termos verificado que precisamos de mais material de escalada. Como factor muito po-sitivo salienta-se o colorido que as novas t-shirts do Clube deram à competição - são mesmo giras!

Para quem quiser associar-se e colaborar na campanha de aqui-sição de material poderá fazê-lo adquirindo uma t-shirts do clube.

Profs. Carla Ferreira e José CoelhoDecorreu no Pavilhão de S.

Miguel, de 22 a 26 de Fevereiro, o 2º Campeonato da Europa de Futsal INAS-FID, destinado a atletas portadores de defici-ência intelectual. O evento foi organizado pela Câmara Muni-cipal da Guarda e Associação Nacional de Desporto para Deficiência Intelectual e teve a colaboração da nossa Escola e do IPG.

Do respectivo programa ressaltam alguns “pontos al-tos”, que merecem um real-ce especial. O primeiro foi constituído pela Cerimónia de Abertura, abrilhantada por uma exibição coreográfica realizada por mais de cem alunos da EB

2,3 de S. Miguel. Em seguida, actuou a classe de dança da nossa Escola, orientada pela professora Tânia Avelans, que está inserida dentro das acti-vidades do Desporto Escolar. Tratou-se de dois momentos de particular beleza, dado que o movimento, a cor, o ritmo e a alegria dos nossos alunos contagiaram a numerosa as-sistência. Também o jogo final, disputado entre as equipas representativas de Portugal e Hungria veio contribuir para o êxito da iniciativa, dada a vi-tória das nossas cores, por 4-1.

Os atletas participantes demonstraram que o desporto para populações especiais é

uma realidade inquestioná-vel, tendo até surpreendido o elevado nível técnico dos participantes.

Espera-se que iniciativas como esta ajudem a intensificar o gosto pela actividade física e desportiva na nossa Comu-nidade Escolar, pela elevada importância que é reconhecida à prática do desporto como meio de ocupação dos tempos livres e promoção de estilos de vida saudável.

Pedro Serra

2º CAMPEONATO DA EUROPA DE FUTSAL INAS-FID

Participação da Escola na Cerimónia de Abertura