contestação de ação de investigação de paternidade cc alimentos.docx

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  • 8/10/2019 Contestao de Ao de Investigao de Paternidade cc alimentos.docx

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    EXCELENTSSIMASENHORA DOUTORA JUZA DE DIREITO DAYSE MARIA PINHEIROMOTA TITULAR DA3 VARA DACOMARCA DECAJAZEIRAS,ESTADO DAPARABA.PROCESSO N. 0001275-97.2014.815.0131

    JUCIEMACIELALEXANDRE,brasileiro, convivente em unio estvel, agricultor,portador da cdula de identidade de n 1191933 SSP/PB, e cadastrado sob o CPF den515.997.084-34, residente e domiciliado Rua Romualdo Rolim, 300, Centro,Cajazeiras PB; por conduto da DEFENSORIA PBLICA DO ESTADO DA PARABA;Atravs de seu advogado que a esta subscreve, vem, perante Vossa Excelnciaapresentar sua CONTESTAO aos termos da inicial do processo em epgrafe, deacordo com os fatos e fundamentos a seguir alinhavados.

    GRATUIDADE DAJUSTIA

    O contestante pleiteia os benefcios da Justia Gratuita, asseguradopela Constituio Federal1 e Lei Federal n. 1.060/50, haja vista no possuir recursos

    suficientes para custear as despesas processuais e honorrios advocatcios semprejuzo de seu sustento e de sua famlia, para tanto, faz juntar a esta contestaoafirmaes de pobreza.

    O artigo 4 da Lei Federal n. 1.060/50 determina, de forma nadavacilante, que basta a juntada de declarao de hipossuficincia da parte, na prpriapetio inicial para a concesso da gratuidade da justia,in verbis:

    Art. 4 A parte gozar dos benefcios da

    1 CF/88 ARTIGO 5 - LXXIV o Estado prestar assistncia jurdica integral e gratuita aos que comprovareminsuficincia de recursos;

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    assistncia judiciria, mediante simples afirmao,na prpria petio inicial, de que no est emcondies de pagar as custas do processo e oshonorrios de advogado, sem prejuzo prprio ou desua famlia.

    Com amparo nos argumentos LEGAIS E DEDIREITOcolacionados,digne-se Vossa Excelncia acolher o pleito da gratuidade da justia.

    DAS NTESEDASALEGAES DOAUTOR

    Cuida-se de ao de alimentos proposta porMATHEUS ABREU DESOUSA, menor, representado por sua genitora, JANICLEIA ABREU DE SOUZA,brasileira, solteira, do lar, residente no Stio Barra do Catol, neste municpio,

    portadora da cdula de identidade n. 2721222 SSP/PB, na qual pleiteia a declaraode que o contestante pai do autor, bem como que o mesmo passe a se chamarMATHEUS ABREU ALEXANDRE.

    Pleiteia ainda a fixao dos alimentos no valor de R$ 400,00(quatrocentos reais) mensais a serem depositas em conta corrente, a ser aberta pordeterminao do juzo e para esse fim.

    Tudo isso porque alega a representante do proponente que o menor fruto de relacionamento amoroso entre essa e o contestante, que por sua vez senega assumir a paternidade da criana.

    o breve relato, que em discordncia passamos a abordar.

    O ru no acredita ser o pai do menor MATHEUS ABREU DE SOUSA,pois embora tenha mantido relacionamento amoroso com a genitora, afirma tervivido as relaes ntimas com diligente uso de meios contraceptivos, tipocamisinha. E por tal alegao, embasado nos fundamentos elencados no tpicoposterior, descabida a ideia do pagamento de penso de natureza alimentcia.

    DO MRITO

    A Lei Substantiva Civil prescreve acerca da investigao depaternidade, para tanto preceitua o seguinte: Art. 1615. Qualquer pe ssoa, que justointeresse tenha, pode contestar a ao de investigao de paternidade, ou

    maternidade.

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    Pois bem, o fato que a genitora do Autor limita-se a deduzir emlinhas gerais o relacionamento do casal, de forma que no se desincumbe das provastendentes ao reconhecimento da paternidade imputada.

    O requerido pessoa honesta, no possuindo, destarte, qualquerfato que desabone a sua conduta, e se contesta a presente ao, assim o faz por estarcnscio da dvida da paternidade imputada.

    A instruo processual, a mais disso, colocar termo s duvidasporventura existentes, de modo que ao final, o conspcuo julgador haver por bem de julgar improcedente o pedido formulado nesta ao, e, para tanto, o contestanteaceita realizar o exame de DNA, em clnica conveniada com o Estado da Paraba, vistoque no possui condies de custear particularmente, mesmo que de maneira dividida

    com a representante legal do menor.

    No tocante aos alimentos cumulados na vertente ao, urgesalientar que os mesmos improcedem, primeiro porque o requerente tem dvidas se o pai da criana, e nessa esteira, j decidiu o Superior Tribunal de Justia que:

    "a Legislao consagra a sentena declaratriade paternidade como termo a quo para fixaodos alimentos provisrios. O motivo ensejador dessafixao lgico, pois somente a reconhecida a

    relao de parentesco entre as partes e,conseqentemente, a obrigao de prestar alimentos"(REsp 200595/SP, Rel. Ministro ANTNIO DE PDUARIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 08/05/2003, DJ09/06/2003, p. 263).

    Nesse contexto, os precedentes inclusive o supramencionado - eposies doutrinrias no sentido que defendemos, evidenciam a existncia dedvidas acerca da legalidade de deciso que determina, no bojo de ao investigatriade paternidade cumulada com alimentos, o pagamento de alimentos provisionaisantes da prolao de sentena que declare a existncia do vnculo de parentesco.

    Ora Excelncia, e ainda que fosse o ru pai da criana, no teriacondies de arcar com o valor constante na inicial.

    A renda mensal percebida pelo ru de humilde importnciafinanceira, outro completo desacordo com o que a representante do requerenteimputa como verdade. Alm disso, JUCIE MACIEL ALEXANDRE possui outra famlia -pois que convive em unio estvel -, que com ele divide o dia-a-dia e j lhe requerdispndios financeiros.

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    Por tudo isso, passamos a pedir.

    DOS PEDIDOS

    Diante do exposto , por todos os fundamentos retro apontados,mais a documentao comprobatria que se junta, salientando-se fundada dvidaacerca da paternidade alegada, motivo pelo qual no pode ser estabelecida obrigaoalimentar, requer:

    a) Seja regularmente recebida a presentecontestao e deferido o benefcio da assistnciajudiciria gratuita, consoante declarao depobreza inclusa nessa pea;

    b) A realizao do exame de DNA, em clnicaconveniada com o Estado da Paraba, visto que nopossui condies de custear particularmente, mesmoque de maneira dividida com a representante legaldo menor, com base em que se sustentar oindeferimento das alegaes constantes da peainicial, em razo da inveracidade dos fatosembasadores, aliada a falta de capacidade econmicado demandado (possibilidade) para o pedido dealimentos cumulado, devendo-se, salientar que deixao contestante de requerer a condenao da Autora emcustas e honorrios, vez que litiga sob osauspcios da Justia Gratuita.

    Protesta por todos os meios de prova admitidos no direito, emespecial a documental, testemunhal que sero devidamente conduzidas a audincia aser designada por este douto juzo.

    Termos em que,Pede deferimento.

    Cajazeiras, 07 de julho de 2014.

    ADVOGADO

    Jonas rulio de Carvalho Rolim

    OAB/PB n. 16.795