contestacao a acao de alimentos - josiana aparecida de camargo

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  • 7/28/2019 Contestacao a Acao de Alimentos - Josiana Aparecida de Camargo

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    Escritorio Modelo

    Ncleo de Prtica Jurdica do Centro de Cincias Sociais Aplicadas

    da Universidade Estadual do Norte do Paran UENP

    Campus de Jacarezinho

    Rua Antnio Lemos, 908 Fone: (43) 3525-1962 Jacarezinho PR

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMLIA

    DA COMARCA DE JACAREZINHO-PR.

    Autos: 0402-77.2011.8.16.0098 (PROJUDI)Ao: Ao de Alimentos

    JOSIANA APARECIDA DE CAMARGO, brasileira, diarista,portadora do RG n 9.489.487.5 SSP/PR, inscrita no CPF sob o n 993.874.099-53,residente e domiciliada na Rua Edwirges Nuncini, 234, Vila Leo, nesta cidade eComarca de Jacarezinho/PR, vem, muirespeitosamente ante a presena de Vossa

    Excelncia, por sua procuradora e advogada infra assinada, na qualidade deCoordenadora do Escritrio Modelo de Aplicao e Assistncia Judiciria Gratuita,propor a presente:

    CONTESTAO, da Ao de Alimentos, propostapor GISLAINE CAMARGO DA SILVA, BEATRIZ CAMARGO DA SILVA e LIVIAKELI CAMARGO SILVA, sendo a primeira assistida e as demais representadaspor seu genitorADEMILSON JULIO DA SILVA, na forma e para os fins de direito.

    DOS FATOS

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    De fato, conforme afirmado na inicial, a requeridae o genitor das Requerentes tiveram um longo relacionamento do qual nasceu asRequerentes.

    Contudo, no condiz com a verdade a alegaode que a requerida desde que se separaram no prestou qualquer auxlio s suasfilhas, uma vez que contribui desde que suas filhas passaram a residir com o genitor.

    A requerida, apesar de no morar com as filhas,

    tem contato dirio com elas, alm de oferecer cuidados quando necessrios. Arequerida sempre ajudou as requerentes, provendo roupas, calados e at mesmocolcho em uma ocasio.

    A requerida possui bom relacionamento com asfilhas, no entanto, o mesmo no ocorre com o genitor destas.

    Consta na inicial que a requerida trabalha naempresa SEARA ALIMENTOS S/A, no entanto, conforme documentos em anexo, arequerida teve seu contrato de trabalho rescindido no dia 15 de abril de 2011.Atualmente, labora como diarista duas vezes por semana numa residncia,

    recebendo a quantia de R$70,00 (setenta reais) semanais, ou seja, R$ 35,00 (trintae cinco reais) em cada diria, pois a mesma no tem condies de exercer atividadeque exija maior frequncia e comprometimento, devido a limitaes de carterpsquico, conforme comprova laudo em anexo, e fsico, pois sofre com problemas nacoluna.

    A requerida no possui, portanto, condies dearcar com a prestao alimentcia pretendida.

    DO DIREITO

    Preleciona MARIA HELENA DINIZ, em seu "CdigoCivil Anotado", 4 ed., editora Saraiva, p. 361, que:

    "Imprescindvel ser que hajaproporcionalidade na fixao dos alimentosentre as necessidades do alimentando e osrecursos econmico- financeiros doalimentante, sendo que a equao desses dois

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    fatores dever ser feita, em cada casoconcreto, levando-se em conta que a pensoalimentcia ser concedida sempre 'adnecessitatem'".

    Nesse sentido, j decidiu o Egrgio Tribunal de MinasGerais:

    "AO REVISIONAL DE ALIMENTOS -NECESSIDADE/POSSIBILIDADE - PROVA DAALTERAO NA SITUAO ECONMICADO ALIMENTANTE - REDUO DO""QUANTUM"" DA VERBA ALIMENTCIA -HONORRIOS ADVOCATCIOS - BASE DECLCULO - PROCEDNCIA PARCIAL DOPEDIDO. Os alimentos devem ser fixadoslevando-se em considerao o dueto""capacidade do alimentante - necessidade doalimentado"", inclusive para que a obrigao

    venha a se tornar exeqvel, pela existnciade capacidade econmica do sujeitopassivo de poder prestar os alimentos semlhe faltar mnimo necessrio sua prpriasobrevivncia. Inexiste julgamento ""ultrapetita"" na fixao dos alimentos acima doslimites do pedido inicial, porquanto o Juiz fixara verba segundo seu convencimento, pois ocritrio a necessidade do alimentado e apossibilidade do alimentante. A base de clculodos honorrios advocatcios o somatrio de

    12 (doze) prestaes de alimentos." (A.C.1.0024.02.712618-4/001. Oitava CC do TJ/MG.Rel. Des. Silas Vieira. j. 11/08/2005).

    E mais:

    "AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALIMENTOSPROVISIONAIS - FIXAO - VALORINCOMPATVEL COM A CAPACIDADE DEALIMENTAR - DECOTE. O valor dosalimentos, mesmo considerada aprovisoriedade, deve observar o binmionecessidade/possibilidade, na medida em que,

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    no mesmo instante em que se procura atenders necessidades daquele que os reclama, hque se levar em conta os limites dapossibilidade do responsvel por suaprestao. Comprovada pelo alimentante aimpossibilidade de pagamento do"quantum" fixado provisoriamente pelo juizdo feito, o valor deve ser reduzido apatamar condizente com sua capacidade.(...)" Agravo de Instrumento

    n.1.0040.04.026831-6/001. Primeira CmaraCvel do Tribunal de Justia do Estado deMinas Gerais. Relator Des. Gouva Rios. j. 14de junho de 2005.)

    Pelo entendimento doutrinrio e jurisprudencial,depreende-se que o Poder Judicirio deve apenas tosquiar o rendimento darequerida a fim de satisfazer as necessidades das filhas dentro da necessidade ereal possibilidade jamais esfol-la a ponto de retirar-lhe a dignidade e prejudicaro seu prprio sustento. A assistncia material, cultural e afetiva se possvel deve

    ser prestada conjunta e razoavelmente pelo pai e pela me.

    Est, assim, claro que no resta requerida, aofinal de cada ms, qualquer quantia que possa destinar satisfao de alimentosem favor de outrem da maneira como solicitado pelo Requerente.

    DO PEDIDO

    Ante o exposto, REQUER:

    a) A total improcedncia da presente ao;

    b) Os benefcios da assistncia judiciria gratuita,

    nos termos da Lei 1.060/50, por ser pobre na acepo jurdica do termo.

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    Nestes termos,Pede e aguarda deferimento

    Jacarezinho, 19 de maio de 2011;

    ________________________

    DENISE SFEIROAB/PR 14.875