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RELATÓRIO E CONTAS • 20182

CONTEÚDOS

QUEM SOMOS01Mensagem do Chairman

Destaques do ano 2018

A rede Capital Bank

A nossa história

O Grupo First Capital Bank

04

05

09

11

12

62

64

67

72

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79

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34

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44

47

50

51

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58

As Nossas Pessoas

Formação e Desenvolvimento

Modelo de Gestão de Risco

Risco de Crédito

Risco Operacional

Risco de Mercado

Risco de Taxa de Juro

Risco de Liquidez

Risco de Compliance

Resultados e Balanço

Indicadores de Gestão Financeiros

Indicadores de Gestão Económicos

Indicadores de Gestão - Qualidade do Activo

Indicadores de Gestão - Performance

Aplicação de Resultados

Responsabilidade Social

Modelo de Negócio

Eventos e Patrocínios

Estratégia para o Futuro

A NOSSAACTIVIDADE02

Economia Nacional

Economia Regional

Economia Mundial

ENQUADRAMENTOMACROECONÓMICO03

Estrutura Accionista

Órgãos Sociais

Comités do Conselho de Administração

Estrutura Orgânica

Parecer do Comité de Auditória

CORPORATEGOVERNANCE04

GESTÃO DE RISCOE COMPLIANCE05 06

ANÁLISE FINANCEIRA& APLICAÇÃODE RESULTADOS

CAPITAL HUMANO 07Relatório do Auditor Independente

Exercício Findo em 31 de Dezembro de 2018

DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS08

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018

QUEMSOMOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 20184

Moçambique teve um crescimento económico moderado em 2018, e o PIB do país cresceu acima dos 3%. A inflação permaneceu de forma persistente abaixo da meta dos 6%, o que contribuiu para uma descida acentuada das taxas de juro de referência.

O metical desvalorizou-se em 2018, tendo o ultimo trimestre do ano apresentado uma acentuada volatilidade, após um comportamento relativamente estável no resto do ano.

Em 2018, foi um ano em que o Banco melhorou a sua performance bem como os resultados, tendo sido operadas alterações

no foco estratégico do Banco, que resultaram num Lucro Líquido de MZN 7.7 milhões.

Esta melhoria de resultados é fruto de um maior e melhor foco comercial no seu nicho de negócio que são as Médias e Grandes Empresas centrado no aumento do número de clientes bem como do seu envolvimento com o Banco.

O maior foco comercial resultou num aumento de 66% nos depósitos de empresas e num aumento da margem financeira de 45.5% comparativamente ao ano anterior. A margem complementar do Banco mais do que duplicou em relação a 2017.

O Banco mantém um Balanço forte, permitindo-lhe estar numa posição confortável para desenvolver o seu negócio, à medida que os indicadores macroeconómicos se tornam mais encorajadores.

Apesar de a carteira de crédito líquida não ter aumentado em 2018, o Banco reconheceu novamente valores significativos de imparidades, em resultado da adopção do IFRS 9, e da manutenção da situação financeira vulnerável das empresas a operar em Moçambique. Não obstante a situação difícil o Banco conseguiu reduzir o seu rácio de crédito em incumprimento, comparativamente a 2017.

O rácio de solvabilidade no final de 2018 permanece em níveis elevados tendo alcançado os 28%. O rácio de eficiência também melhorou de forma significativa comparado com o ano anterior, tendo-se cifrado em 81%.

O Banco, através do aumento da receita, conseguiu melhorar a sua produtividade de forma relevante, num

ano em que o Banco viu o seu número de colaboradores crescer de 63 para 87.De destacar o facto de a maioria dos nossos colaboradores serem do sexo Feminino, sendo esta uma realidade pouco habitual no sector financeiro, mas da qual muito nos orgulhamos.

O Conselho de Administração irá em 2019 reforçar o plano de formação dos colaboradores de forma a promover uma maior capacitação e um maior nível de competências.

Acreditamos que 2019 vai ser um ano fundamental na viragem do Banco, no sentido de iniciar um percurso de rentabilidade sustentável e duradoura, apesar de as perspectivas económicas do país no médio prazo não serem as mais favoráveis, que se reflectem no moderado crescimento do PIB, níveis de divida pública muito elevados e de uma eventual pressão para a depreciação do Metical.

Ainda assim, acreditamos que a estratégia que estamos a seguir, continuará a ser bem executada e que com a abertura da agência em Nampula, com o lançamento de um novo internet banking, com contínua formação e valorização das nossas pessoas, com um reforço no posicionamento da marca do Grupo e um foco inquestionável na prestação de um serviço de qualidade aos nossos clientes, irá permitir que os nossos objectivos sejam alcançados.

Por fim, agradecer em nome do Conselho de Administração, aos nossos colaboradores que têm demonstrado uma atitude notável e um especial agradecimento aos nossos clientes pela confiança e pelo apoio que nos têm dado e nos permite ser cada vez mais relevantes e reconhecidos, contribuindo para o desenvolvimento económico e social de Moçambique.

HITESH ANADKATPresidente do Conselho de Administração

MENSAGEM DO CHAIRMANQUEM SOMOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 5

2.089CARTÕES DE DÉBITOEMITIDOS ACTIVOS

MZN 997 MILHÕESEM TRANSACÇÕES POR POS

AUMENTO DE

36%RELATIVAMENTE

AO VALORTRANSACCIONADO

EM 2017

60.000MAIS DE

TRANSACÇÕES

18.180CLIENTES

AUMENTO DE

2%RELATIVAMENTE AO NÚMERO

DE CLIENTES EM 2017

87COLABORADORES

AUMENTO DE

38%RELATIVAMENTEAO HEADCOUNT

DE 2017

53%DOS QUAIS

SÃO MULHERES

845UTILIZADORES

DE INTERNET BANKING

$

72DISPOSITIVOS DE POS

DE CRESCMENTO NO NÚMERODE DISPOSITIVOS POS FACE A 2017

76%

MENSAGEM DO CHAIRMAN DESTAQUES DO ANO 2018QUEM SOMOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 20186

MZN’ 000 2018 2017 VARIAÇÃO(%)

28pp

DEPÓSITOS À ORDEM

DEPÓSITOS A PRAZO

CRÉDITOS CONCEDIDOS

NPLs

TOTAL DE ACTIVOS

MARGEM FINANCEIRA

MARGEM COMPLEMENTAR

PRODUTO BANCÁRIO

RESULTADO DO EXERCÍCIO

MZN 1.282.299

MZN 997.193

MZN 791.397

MZN 124.596

MZN 3.036.629

MZN 241.263

MZN 131.768

MZN 373.031

MZN 7.777

MZN 583.351

MZN 949.457

MZN 805.766

MZN 151.431

MZN 2.312.805

MZN 165.850

MZN 60.039

MZN 225.889

MZN (135.603)

120%

5%

2%

18%

31%

45%

119%

65%

105.7%

COST-TO-INCOME

81%10.5pp

28.2%RÁCIO DE

SOLVABILIDADE

-17.8pp

RÁCIO DETRANSFORMAÇÃO

34.7%+25pp

28.2%TAXA EFECTIVA

DE IMPOSTO

DESTAQUES DO ANO 2018QUEM SOMOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 7

2018 foi um ano marcante para o Capital Bank S.A.

A nossa estratégia lançou as bases para o crescimento futuro,

enquanto o capital social foi e continuará a ser reforçado.

Estamos preparados para um futuro brilhante, sempre com

o negócio dos nossos clientes em mente.

O SEU Negócio em Primeiro

DESTAQUES DO ANO 2018 DESTAQUES DO ANO 2018QUEM SOMOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 20188

nos depósitos dos seus clientes.

Em 2018 o Capital Bank registou um aumento de

49%clientes.

Em 31 de Dezembro de 2018,o Banco contava com mais de

18.000

em 2018, comparativamente com 2017.

O Capital Bank registou um crescimento do produto bancário de

65%Em 2018 o Capital Bank registou

um Rácio de Cobertura de Liquidez de curto prazo de

76%

EM 2019, O CAPITAL BANK

ALTEROU A SUA DESIGNAÇÃO SOCIAL PARA

FIRST CAPITAL BANK, E DEU

INÍCIO AO PROCESSO DE

REBRANDING DO BANCO.

DESTAQUES DO ANO 2018QUEM SOMOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 9

Ser o banco local que enraíza a sua estratégia regional, sendo capaz de criar um valor adicional para os seus Clientes, Stakeholders e Shareholders.

OS NOSSOS VALORES DEFINEMO NOSSO NEGÓCIO

O Capital Bank pretende reforçar

a sua posição e estar na vanguarda

da inovação do sector bancário

moçambicano, desenvolvendo

simultaneamente uma abordagem

centrada no cliente. Essas ambições

resultarão, subsequentemente,

numa melhoria das relações

com os clientes e na conquista

de fortes indicadores-chave de

desempenho.

DECLARAÇÃOESTRATÉGICA

VISÃO VALORES

O Capital Bank pretende combinar o desenvolvimento de produtos e soluções financeiras inovadores, adaptados às necessidades do Mercado, com proximidade ao Cliente, permitindo assim a criação de relações duradoras com estes e consequente criação de valor para os seus Shareholders.

MISSÃO

INTEGRIDADESomos transparentes, honestos e justos na maneira que conduzimos o nosso negócio.

PROXIMIDADENós valorizamos relacionamentos acima de tudo. Vemos toda a interacção como uma oportunidade para estabelecer parcerias significativas de longo prazo.

RECEPTIVIDADEParcerias são relacionamentos mútuos. Nós envolvemo-nos de forma sincera e respondemos a todas as interacções de maneira rápida e consistente.

INOVAÇÃONós olhamos para o futuro com um espírito pioneiro e empreendedor. Procuramos novas oportunidades para criar valor para todos os nossos parceiros e partes interessadas.

ESTABILIDADENós mantemo-nos fiéis às nossas raízes e valores. Somente conhecendo-nos a nós mesmos podemos fazer uma diferença significativa na vida dos outros.

DESTAQUES DO ANO 2018 A REDE CAPITAL BANKQUEM SOMOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 201810

A NOSSA REDE EM 2018 ONDE NOS ENCONTRAR

SEDEMAPUTO

DispositivosPOS

72ATMs6

Agências4

AGÊNCIAS

Maputo

Agência 25 de SetembroAv. 25 de Setembro, 1915Maputo

Tel: (+258) 21 311 111Fax: (+258) 21 314 797Email: [email protected]

Matola

Agência MatolaAv. Da União Africana, 1651Matola

Tel: (+258) 21 724 562Email: [email protected]

Agência 24 de JulhoAv. 24 de Julho, 3549, Edifício INSSMaputo

Tel: (+258) 21 404 080Fax: (+258) 21 400 746Email: [email protected]

Agência XiqueleneAv. Das F.P.L.M., 798Maputo

Tel: (+258) 21 462 415Email: [email protected]

SEDE

Av. 25 de Setembro,Aterro do MaxaqueneEdifício Maryah, 7º andarMaputo

Tel: (+258) 21 320 751/3/4(+258) 21 320 760

Cell: (+258) 82 317 2 760(+258) 84 311 7 680

Fax: (+258) 21 31 47 97

[email protected]

www.capitalbank.co.mz

A REDE CAPITAL BANKQUEM SOMOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 11

O Capital Bank S.A. iniciou as suas operações em Moçambique em Julho de 2013, quando assumiu as operações do International Commercial Bank (ICB), que havia sido fundado em 1998. A partir de 2014, a sociedade passou então a ser denominada como Capital Bank S.A. .

O Banco foi alvo de diversos aumentos de capital e de expansão das suas operações. Durante o período referido o Banco procedeu à abertura da agência da Machava e instalou ATM´s em Maputo. Em 2018, o Grupo inicia o processo de uniformização da marca dos seus bancos do grupo nos diferentes países e, em 2019, a denominação social do Capital Bank foi alterada para First Capital Bank S.A..

regional (Botswana, Moçambique, Zâmbia e Zimbabwe) atende às necessidades bancárias transfronteiras de empresas dos vários sectores de actividade que operam na região da África Subsaariana.

O Capital Bank, assume como principal vantagem competitiva a prestação de serviços caracterizada pela qualidade e personalização, e a permanente orientação para as necessidades dos clientes, particulares e empresas.

Na origem do que o Banco representa actualmente estão factores históricos relevantes, dos quais se destacam:

Actualmente, o Banco conta com MZN 869.415.000 (oitocentos e sessenta e nove milhões, quatrocentos e quinte mil meticais) de capital social, e no decorrer de 2019 e 2020 esperam-se novos aumentos de capital. Paralelamente, a actividade do Banco mostra-se extremamente promissora, através da implementação de acções estratégicas para o seu crescimento contínuo e sustentável, as quais impulsionarão a sua actividade e consequentemente os seus resultados.

O Capital Bank S.A é maioritariamente detido pelo FMB Capital Holdings, plc do Malawi (FMBCH*) e accionistas do Quénia e Maurícias. O Grupo de bancos First Capital Bank consolidou a sua posição como um banco comercial líder no Malawi e o seu contínuo crescimento

* No primeiro trimestre de 2019, a posição maioritária do First Capital Bank plc (Malawi) foi transferida para o FMB Capital Holdings plc, pelo que o Grupo a partir dessa data utiliza essa designação.

2013 2016

Aqu

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Gru

po F

MB

Cap

ital

Hol

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182M

Holdings

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2017 2018A

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MZN

3 b

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Pro

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ban

cário

cres

ce 6

2%

A REDE CAPITAL BANK A NOSSA HISTÓRIAQUEM SOMOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 201812

O GRUPO FMB CAPITAL HOLDINGS, PLC

CARATERÍSTICAS DO GRUPO EM 2018:

CLIENTES

+680.000REGIÕES

+40COLABORADORES

+1.800AGÊNCIAS+100

O Grupo, com sede nas Maurícias, tem realizado nos últimos meses um rebranding das suas filiais nos diferentes países onde se apresenta com uma denominação comum em todos os Bancos Comerciais do Grupo – First Capital Bank. Apenas no Zimbawe e em Moçambique a denominação ainda não foi completamente adoptada.

Através do rebranding, o Grupo visa alcançar a uniformização da marca, alavancando a reputação do grupo na região. O Grupo apresenta agora uma imagem mais moderna e inovadora, que melhor representa os seus princípios.

O GRUPO FIRST CAPITAL BANKQUEM SOMOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 13

A REDE DO GRUPO FIRST CAPITAL BANK EM 2018

Holdings

O Grupo desenvolve a sua actividade na região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), e em 2018 tinha a seguinte constituição:

38.6%BOTSWANA

ZÂMBIA

MALAWI

MOÇAMBIQUE

ZIMBABWE

49%

100%

80%

42.7%

Com um histórico de solidez e

estabilidade financeira, o Grupo

está a consolidar a sua posição

enquanto banco de referência na

região da SADC.

Fundado em 1995, o Grupo

beneficia de parcerias de longa

data com organizações respeitadas,

incluindo o Banco Europeu de

Investimento, a International

Finance Corporation e a USAID,

bem como outras instituições

mundiais líderes no financiamento

ao desenvolvimento.

O GRUPO FIRST CAPITAL BANK O GRUPO FIRST CAPITAL BANKQUEM SOMOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 201814

O Grupo FBM Capital Holdings, está cotado na Bolsa de Valores do Malawi e possui operações bancárias e financeiras em cinco países, nomeadamente no Botswana, Malawi, Moçambique, Zâmbia e Zimbabué. Individualmente, o First Capital Bank do Zimbabwe está igualmente, cotado em Bolsa.

Com um sólido histórico de solidez e estabilidade financeira, o Grupo pretende ser um provedor de referência de serviços financeiros na região através de:

• Oferta de produtos e serviços abrangentes e inovadores;

• Implementação de plataformas avançadas de Tecnologias de Informação;

• Priorização de níveis de atendimento ao cliente de qualidade;

• Apresentação de liderança e gestão fortes.

MARCOS HISTÓRICOS DO GRUPO

1995O Grupo inicia

as suas operações

como o primeiro

banco comercial

privado no Malawi.

2002O Grupo adquire

100% de participação

da FLC Malawi

Limitada.

O Grupo First Capital Bank consolidou a sua posição como um banco comercial regional de referência e a sua crescente pegada na SADC serve necessidades bancárias transfronteiriças das empresas que operam na região subsaariana.

2006O FMB Capital Holdings

é listado na Bolsa

de Valores do Malawi.

2013FMB Capital Holdings

adquire simultaneamente

operações do ICB no Malawi,

Moçambique e Zâmbia.

2018Bancos do Botswana,

Zâmbia e Malawi foram

objecto de rebranding

para First Capital Bank.

2008Estabelece-se

o Capital Bank

no Botswana.

2017FMB Capital Holdings,

conclui com sucesso um

swap de uma por uma

ação com os Acionistas

do FMB e passa a ser

listado na Bolsa de Valores

do Malawi.

FMB Capital Holdings adquire

81% de participação na Afcarme,

empresa mãe do Banco Barclays

do Zimbabwe.

O GRUPO FIRST CAPITAL BANKQUEM SOMOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 15

O Grupo apresenta fortes rácios de liquidez e capital em todas as suas entidades operacionais, mantendo os níveis de liquidez e solvabilidade significativamente acima dos mínimos regulamentares.

O QUE NOS DIFERENCIA

Concentramo-nos nas necessidades dos nossos clientes, garantindo os mais elevados padrões de serviço ao cliente, mantendo canais de entrega

fortes e respondendo à procura do mercado por meio do desenvolvimento e inovação de produtos. Os nossos produtos e serviços são completamente flexíveis de forma a serem personalizados consoantes as necessidades e características de cada cliente. Existe uma análise personalizada de cada situação e a resposta é dada de forma rápida e eficiente. Preocupamo-nos, essencialmente, que as necessidades dos nossos clientes sejam satisfeitas e que estes obtenham uma experiência de excelência com o Capital Bank.

FOCO NO CLIENTE SEGURANÇA FINANCEIRA$

Somos um conjunto de profissionais técnicos e funcionais com diferentes valências capazes de cumprir objectivos estratégicos. O Grupo opera uma estratégia definida de gestão de talentos, retenção e formação para garantir as melhores competências.

PESSOAS E FORMAÇÃO

Com uma presença regional em 5 países da SADC, o First Capital Bank está idealmente posicionado para facilitar o comércio transfronteiriço sem descontinuidades e oferecer aos clientes soluções únicas de financiamento comercial em toda a região.

PEGADA REGIONAL

O Grupo alavanca as suas parcerias e tecnologia para introduzir uma série de produtos e serviços projectados para tornar o sistema bancário mais conveniente, acessível e inclusivo.

INOVAÇÃO

O Banco orienta-se por um rigoroso código de corporate governance administrado por uma estrutura de governação forte e robusta.

GOVERNAÇÃO FORTE

Oferecemos uma gama abrangente de produtos financeiros para os mercados bancários corporativos e pessoais.

PORTFÓLIO DE SERVIÇOS 360º

O Grupo dispõe de vasta experiência em todas as áreas de negócios, que lhe permite cumprir com a sua estratégia de eficaz e eficientemente.

EXPERIÊNCIA E EXPERTISE

O GRUPO FIRST CAPITAL BANK O GRUPO FIRST CAPITAL BANKQUEM SOMOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018

A NOSSAACTIVIDADE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 17

BOLSAS DE ESTUDODO CAPITAL BANK

O Capital Bank compromete-se a apoiar as comunidades e aliou-o à valorização contínua das suas pessoas. Dessa forma, surgiu a iniciativa pioneira de um programa para oferta de Bolsas de Estudo aos colaboradores do Banco.

Os beneficiários da Bolsa de Estudo são seleccionados segundo um processo de averiguação dos objectivos pessoais e profissionais dos indivíduos.

Observadas as suas capacidades e compromisso para com o seu próprio crescimento e progressão na carreira, o Banco potencia essas capacidades nos indivíduos interessados, oferecendo integralmente os estudos ao candidato.

O potencial de progressão é o único critério exigido ao candidato, que se deve mostrar comprometido com esse objectivo.

BOLSAS DE ESTUDO

2017

140.880 MZN

BOLSAS DE ESTUDO

2018

85.900 MZN

A minha experiência no Capital Bank S.A. iniciou em 2015, quando fui seleccionada para um programa de estágio, e posteriormente integrada para o quadro de colaboradores do Banco. Iniciei a minha formação por iniciativa própria em 2016 e completei os três primeiros semestres a custo próprio. Entretanto comecei a enfrentar dificuldades e pedi auxílio ao Banco.

O Capital Banco propôs-me uma bolsa de estudos que cobre todos os custos com a minha formação académica e que me possibilita continuar a estudar.

Um dos meus maiores sonhos sempre foi ter um curso superior, e com a oportunidade que o banco me proporcionou para prosseguir com os meus estudos, a minha motivação e determinação no trabalho aumentou. Sabemos que não é fácil conciliar o trabalho e a faculdade, mas nos semestres passados só me senti a beneficiar ainda mais, pois além do sucesso na faculdade acumulei experiência no trabalho, que me fez valorizar ainda mais o esforço diário.”

SOLANGE TITOCEBeneficiária de Bolsa de Estudos do Capital Bank em 2018

O Banco acredita que valorizar e oferecer oportunidadesde desenvolvimento são as melhores ferramentas para

colaboradores satisfeitos.

A NOSSAACTIVIDADE

RESPONSABILIDADE SOCIALA NOSSA ACTIVIDADE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201818

JUROS E RENDIMENTOS

Concedemos crédito aos nossos clientes de acordo com o apetite de crédito definido, tendo em consideração o ambiente regulamentar e o limite de capital disponível.Desta forma, criamos activos para o Banco que geram juros e rendimentos ao longo do tempo.

RESULTADOSDE NEGOCIAÇÃO

Disponibilizamos o acesso ao mercado cambial e a produtos de cobertura de risco, para apoiar os nossos clientes na gestão dos riscos inerentes às suas actividades, nomeadamente ao risco cambial e de taxa de juro.

RESULTADOS DE PRESTAÇÕESDE SERVIÇOS FINANCEIROS

Oferecemos serviços e produtos de Banca Transaccional e Assessoria Financeira aos nossos Clientes, com base na nossa experiência e conhecimento do Mercado.

JUROS E ENCARGOSSIMILARES

Captamos depósitos de clientes, que são os recursos que aplicamos em forma de Créditos aos clientes. Os depósitos, ao longo do tempo, levam o Banco a incorrer em juros e encargos similares.

CUSTOS DE ESTRUTURA

Investimos nos sistemas e processos que compõem e complementam a nossa actividade, no sentido de aumentarmos a eficiência, diminuirmos o tempo de resposta e oferecermos um serviço de excelência aos nossos clientes.

CUSTOS COM PESSOAL

Invest imos no desenvolvimento e satisfação do nosso capital humano, para consequentemente os mantermos motivados e eficientes, de forma a alcançarmos os object ivos.

Resulta em Fluxos de Caixa positivos e contribui positivamente para o Resultado do Banco

Resulta em Fluxos de Caixa negativos e contribui negativamente para o resultado do Banco

Risco de Estratégiae Reputacional

Risco Operacional

Risco de Taxa de Juro

Risco de Crédito

Risco de Liquidez

MODELO DE NEGÓCIOA NOSSA ACTIVIDADE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 19

O Banco dispõe de uma oferta

diversificada que se dirige aos

Segmentos Corporate e Particulares.

É seu objectivo apoiar o cliente

em todo o tipo de actividades

financeiras, desde as mais

simples às mais sofisticadas e

exigentes. Paralelamente, o

Capital Bank disponibiliza uma

oferta transversal a todos os

sectores de actividade presentes

no mercado Moçambicano,

assim como para todas as

dimensões de clientes, dos

particulares às empresas micro,

médias e grandes.

O Capital Bank posiciona-se como um Banco de excelência, sólido e diferenciador, que disponibiliza produtos e serviços de qualidade adaptados às necessidades dos seus clientes.

O Banco adopta um Modelo de Negócio que traz vantagens para o Cliente, procurando a excelência do serviço e uma consequente experiência positiva do cliente.

O objectivo primordial do Banco é oferecer as soluções que vão ao encontro das necessidades dos seus clientes, de forma a mantê-los satisfeitos, e criar com estes relações duradouras. Nesse sentido, o Banco adopta rigorosos padrões de controlo interno de qualidade do serviço, e tem investido em recursos que permitem obedecer a princípios de eficiência e rapidez.

SEGMENTOCORPORATE

SEGMENTODE PARTICULARES

MODELO DE NEGÓCIOA NOSSA ACTIVIDADE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201820

A NOSSA OFERTA

Emissão de cartões de débito, serviços de Terminais de Pagamento Automático (POSs) para comerciantes e uma rede de caixas automáticas (ATMs) em pontos estratégicos próximos dos nossos clientes.

MEIOS DE PAGAMENTO

Seguros de curto e longo prazo para particulares e empresas, de diferentes seguradoras (Global Alliance, Sanlam e Fidelidade) de variados ramos (vida, saúde, multi-riscos, acidente, etc) e com diferentes coberturas.

SEGUROS

Trade Finance de Comércio Internacional, operações cambiais, pagamentos e soluções de gestão de liquidação, emissão de cartas de crédito e garantias bancárias.

TRADE FINANCEFinanciamentos (habitação, automóvel e consumo), crédito ao investimento, produtos estruturados e soluções diferenciadoras de curto, médio e longo prazo para Empresas. O Banco oferece também limites de descobertos e descontos de facturas.

PRODUTOS DE CRÉDITO

Depósitos a prazo, contas-poupança, contas de investimento para Particulares e Empresas, em moeda nacional e estrangeira. O Banco também intermedeia operações em Bolsa para os seus clientes.

PRODUTOS DE POUPANÇA E INVESTIMENTO

$

$

$

$

MODELO DE NEGÓCIOA NOSSA ACTIVIDADE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 21

MEIOS DE PAGAMENTO PRODUTOS DE CRÉDITO$

POS

Número de POS

25

41

72

2016 2017 2018

Quantidade de transacçõesatravés de POS

2016 2017 2018

28,526

53,69560,428

TRADE FINANCE

GARANTIAS BANCÁRIASEMITIDASCRÉDITO CONCEDIDO

DEPÓSITOS

36,376

83,334

112,918

2016

2017

2018

MZN

’ 00

0

Valor total transaccionado através de POS

ATMs

2016 2017 2018

Número de ATMs

55

6

2016 2017 2018

Número de cartõesde débito activos

3,436

2,6502,413

MZN

’ 00

0

115,556167,331

134,113

742,321638,435

657,284

857,877 805,766 791,397

2016 2017 2018

A Empresas TotalA Particulares

$

$

PRODUTOS DE POUPANÇAE INVESTIMENTO

$M

ZN’ 0

00

Empresas TotalParticulares2016 2017 2018

354,082 370,866 354,514

847,215 1,161,942

1,924,979 1,201,297

1,532,808

2,279,493

2016 2017 2018

Quantidade de garantias bancárias emitidas

513

831

1,342

Em USDEm MZN

2016 2017 2018

Valor médio das garantias emitidas

51,000

1,696,499

192,961

1,931,058

315,543

2,337,296

$

$

MODELO DE NEGÓCIOA NOSSA ACTIVIDADE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201822

Em conformidade com a nossa orientação estratégica centrada no cliente, procuramos activamente personalizar a nossa oferta de produtos e serviços, de acordo com as necessidades dos nossos clientes corporate e particulares.

BANCA CORPORATE

CONTAS• Conta à Ordem• Conta Capital +

OPERAÇÕES DE MOEDAESTRANGEIRA – COMPRA& VENDA• Dólar americano• Euro• Libra estrelina• Rand sul africano• Rupia Indiana• Iene• Renmimbi

GARANTIAS BANCÁRIAS• Para licitação em concursos• De boa execução• Internacionais• Adiantamento

CRÉDITO• Descoberto bancário• Crédito de médio / longo prazo• Descontos de facturas

OPERAÇÕES EM BOLSA• Custódia de títulos• Intermediação de títulos

TRANSFERÊNCIAS• Nacionais - Interbancárias e Intrabancárias• Internacionais

BANCA ELECTRÓNICA• Capital eBank

IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO• Cartas de Crédito• Garantias Bancárias• Ordens de pagamento ao estrangeiro• Ordens de pagamento recebidas

PAGAMENTO E GESTÃODE TESOURARIA• Pagamentos a Fornecedores• Pagamentos de grande volume – bulk-payment• Recolha e Transporte de Valores

PRODUTOS QUE O CAPITAL BANK TEM PARA OFERECER

MODELO DE NEGÓCIOA NOSSA ACTIVIDADE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 23

BANCA DEPARTICULARES

TRANSFERÊNCIAS• Nacionais - Interbancárias e Intrabancárias• Internacionais

CONTAS E CARTÕES• Conta à Ordem• Conta Poupança• Cartão de Débito

INVESTIMENTO• Depósito a prazo

CRÉDITO• Crédito ao Consumo• Crédito Habitação

BANCAELECTRÓNICA• Capital eBank

OPERAÇÕESEM BOLSA• Custódia de títulos• Intermediação de títulos

O nosso preçário é atractivo e adaptado às necessidades do cliente.

O Capital Bank dispõe de um portfólio de produtos abrangente e flexível, que permite adaptar cada produto à medida do cliente, nomeadamente no que toca a remuneração, despesas, termo de contrato ou outras características.

PRODUTOS QUE O CAPITAL BANK TEM PARA OFERECER

MODELO DE NEGÓCIOA NOSSA ACTIVIDADE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201824

O CAPITAL BANK TORNOU-SE OPERADOR DE BOLSA EM 2018.

Desde Março de:

2018 títulostransaccionados

para clientes

6.000.000 milhõesde meticais

transaccionadospara clientes

Mais de

366títulos

transaccionadospara o Banco

3.700.000milhões

de meticais transaccionados

para o Banco

Mais de

366

OPERAÇÕES EM BOLSA

MODELO DE NEGÓCIOA NOSSA ACTIVIDADE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 25

O atendimento de excelência aos clientes é uma das principais prioridades do Capital Bank, que pretende garantir a satisfação máxima destes relativamente à sua experiência com o Banco. O objectivo consiste na satisfação plena das expectativas do cliente. Portanto, investimos um elevado esforço para tornar a experiência de todos os clientes agradável e satisfatória.

No atendimento aos clientes do Banco, pautamos por serem observados princípios gerais de igualdade de tratamento, não-discriminação e transparência nas decisões.

Tendo em consideração a elevada relevância do atendimento aos clientes e a oferta de serviços, formamos e incentivamos os nossos colaboradores no atendimento de acordo com os mais elevados padrões de qualidade.

Os colaboradores do Banco comprometem-se a: • Atender os clientes com profissionalismo, competência e flexibilidade; • Oferecer a todos os clientes um tratamento digno e de respeito; • Fornecer a informação solicitada de forma actualizada e transparente,

permitindo aos clientes tomar a melhor decisão; • Ser receptivo às opiniões dos clientes e analisá-las para a melhoria do

atendimento e dos serviços oferecidos pelo Banco; • Tratar as informações recebidas dos clientes de forma confidencial; • Evitar oferecer tratamento preferencial a quem seja por motivos de

ordem pessoal; • Assumir com franqueza a culpa por eventuais erros cometidos e

procurar soluções que mais convenham aos clientes.

ATENDIMENTO AO CLIENTEDE EXCELÊNCIA

MODELO DE NEGÓCIOA NOSSA ACTIVIDADE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201826

OFERTA A UM PREÇO COMPETITIVO

O Banco disponibiliza produtos flexíveis, completamente personalizáveis consoante a situação do cliente.

Os produtos flexíveis e facilmente adaptados às necessidades dos nossos clientes, aliados a um serviço de excelência, providenciam uma experiência satisfatória ao cliente e solidifica a nossa relação com este.

Empresas e particulares encontram no Capital Bank um banco próximo, que os conhece, e que reconhece o seu valor, as suas capacidades e quais os produtos mais adequados para cada um.

A excelência do serviço que oferecemos está directamente ligada à nossa rapidez na resposta ao cliente. Auxiliados por processos automatizados e sistemas tecnológicos desenvolvidos, tornamo-nos rápidos, além de eficazes, a entregar valor ao cliente.

Apesar do automatismo de processos, somos capazes de adaptar os nossos produtos às necessidades do cliente e oferecer paralelamente um serviço personalizado.

A simplicidade para o cliente é outro aspecto importante e que rege as nossas actividades.

Entendemos que os nossos clientes têm vidas activas, dinâmicas e pouco tempo a perder. Por isso, o banco facilita-lhes a vida. No Capital Bank a burocracia e processos para o cliente são simplificados, reduzidos e limitados ao extremamente necessário.

FLEXIBILIDADE RAPIDEZ SIMPLICIDADE

A NOSSA OFERTA É CARACTERIZADA POR

FLEXIBILIDADE, RAPIDEZ E SIMPLICIDADENA RESPOSTA AOS NOSSOS CLIENTES

MODELO DE NEGÓCIOA NOSSA ACTIVIDADE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 27

BANCASSURANCEO Capital Bank, actualmente, tem acordos com três (3) seguradoras moçambicanas, nomeadamente com a Sanlam, a Global Alliance, e com a Fidelidade.Os acordos com as seguradoras consistem em autorizações para a venda dos seus produtos no Banco, através da nossa rede comercial e nos nossos balcões.Estes acordos trazem consigo vantagens simultâneas para o Banco, para as respectivas seguradoras e para os clientes do Banco. As seguradoras beneficiam da nossa rede comercial para vender e publicitar os seus produtos, conseguindo assim alcançar um maior número de potenciais clientes. O Banco adquire a vantagem de ter consigo uma maior diversidade de produtos de forma a complementar o seu próprio portfólio (por exemplo, vender um seguro habitação juntamente com a concessão de um crédito à habitação), garantindo uma satisfação adicional dos seus clientes que adquirem mais do que um tipo de produto no mesmo local. O Banco garante ainda o seguro dos seus investimentos, nomeadamente quando os seguros são vendidos de forma associada a produtos bancários.Os clientes, além de acederem aos seguros no Banco, o que representa uma mais valia em termos de acessibilidade, conseguem preços mais acessíveis para seguros junto do Banco, além de terem os seus investimentos assegurados na hora em que lhes são concedidos os créditos.

O Capital Bank tem um acordo com a seguradora Sanlam desde 2017, a partir do qual tem permissão para a emissão de apólices de seguro:• Seguro de Vida com cobertura para Morte,

Invalidez Total e Permanente, assim como Perda Involuntária de Emprego.

O Capital Bank tem acordo assinado com a Global Aliance (GA) desde 2016. Esse acordo permite a emissão de apólices de:• Seguro Multirrisco Habitação;• Seguro para Imóveis;• Seguro Automóvel;• Máquinas de Casco e outros equipamentos

com cobertura para todos os riscos;• Seguro de Vida com cobertura para Morte,

Invalidez Total e Permanente e, Perda Involuntária de Emprego.

A Fidelidade tem acordo com o Capital Bank desde Janeiro 2019 para emissão de apólices de:• Seguro Multirrisco Habitação;• Seguro para Imóveis; • Seguro Automóvel;• Seguro para Máquinas de Casco e outros

equipamentos, com cobertura para todos os riscos;• Seguro de Vida com cobertura para Morte,

Invalidez Total e Permanente.

A emissão de apólices de seguros varia de acordo com cada seguradora, nomeadamente:

MODELO DE NEGÓCIOA NOSSA ACTIVIDADE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201828

EVENTOS E PATROCÍNIOSA NOSSA ACTIVIDADE

COCKTAIL COMUNIDADE INDIANAApresentação institucional do Banco à Comunidade Empresarial Indiana. O evento contou com a presença de S. Exa. o Alto Comissário da Índia em Moçambique e teve lugar no Salão Nobre do Hotel Polana, em Maputo

O ano 2018 foi marcado pelo 5º aniversário de existência do Capital Bank em Moçambique. O ano foi igualmente sinalizado por um papel crescente do Banco na sociedade, através do apoio, patrocínio e / ou organização de eventos chave e como não podia deixar de ser, as datas foram festejadas com as pessoas do Capital Bank.

O Banco realizou / patrocinou os seguintes eventos em 2018:

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 29

BUSINESS COCKTAIL O Banco organizou um cocktail para os seus clientes, pensado com objectivo de criar proximidade e estabelecer uma relação mais sólida com estes. Apresentando-lhes ainda a oportunidade de expandirem / estabelecerem network entre os outros clientes que compareceram ao evento.O evento teve lugar no Balcão Capital Bank - 25 de Setembro, em Maputo.

EVENTOS E PATROCÍNIOSA NOSSA ACTIVIDADE

EVENTOS E PATROCÍNIOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 201830

WORKSHOP – NOVO REGULAMENTO CAMBIAL Este workshop foi direccionado a clientes do Banco e visou a apresentação do novo regulamento cambial, com sessão de esclarecimentos, em parceria com a Sal & Caldeira e a CMC África Austral.O workshop deu-se no Hotel VIP, em Maputo.

EVENTOS E PATROCÍNIOSA NOSSA ACTIVIDADE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 31

CONCERTO BOLLYWOOD DHAMAKAConcerto comemorativo da passagem de ano da Comunidade Indiana, no qual o Main Sponsor foi o Capital Bank, que instalou um stand corporativo no local do evento.Toda a equipa de Gestão e Corporate teve oportunidade de participar no evento.O Concerto ocorreu no Centro de Convenções Joaquim Chissano, em Maputo.

EVENTOS E PATROCÍNIOSA NOSSA ACTIVIDADE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201832

FACIM 2018 O Capital Bank participou na conhecida Feira FACIM – Feira Internacional de Maputo que consiste numa organização onde várias empresas alugam um espaço para apresentar a sua marca, produtos ou serviços. Pela elevada visibilidade deste evento no país, o Banco teve a oportunidade de estar exposto a actuais e potenciais clientes, especialmente do target group do banco – clientes corporate – e apresentar a sua marca, produtos e serviços. A activação da marca Capital Bank foi realizada com um stand integrado no pavilhão da Índia. Associado a este evento, o Banco efectuou o lançamento do serviço de transferências em Rupias para a Índia.Existiu também uma apresentação de culinária indiana a todos os visitantes, integrada na comemoração do dia da Índia.A Feira decorreu em Maputo, durante uma semana, do dia 27 de Agosto a 2 de Setembro.

EVENTOS E PATROCÍNIOSA NOSSA ACTIVIDADE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 33

Confraternização dos colaboradores do Capital Bank no estabelecimento A3, em Maputo, onde teve lugar um concerto de Dudas Aled e foram atribuídas placas comemorativas aos colaboradores mais antigos.

5º ANIVERSÁRIO DO CAPITAL BANK 15 de Dezembro de 2018

EVENTOS E PATROCÍNIOSA NOSSA ACTIVIDADE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201834

Potenciado pelas alterações estratégicas do Banco, perspectiva-se um crescimento contínuo e sustentável dos resultados do Banco para os próximos anos, motivado por esforços da gestão numa maior captação de clientes, melhor aproveitamento de recursos e investimento em áreas-chave do Banco.

Essa perspectiva tem em consideração comportamentos esperados de variáveis exógenas e endógenas que podem afectar directa e indirectamente a performance do Banco. Atendendo às variáveis endógenas, controláveis pelo Banco, estas são propensas a alterações significativas nos próximos anos. Essas variáveis de índole interna serão geridas à luz dos princípios macro estratégicos definidos para o Banco, que por sua vez orientam a sua gestão e todas as suas actividades quotidianas.

Os princípios que suportam a nossa estratégia actual e futura são, nomeadamente:

Crescimento sustentável suportado

pelo apoio incondicional dos

nossos accionistas.

Abordagem de mercado diferenciada com uma

perspectiva centrada no Cliente, garantindo a

proximidade com este.

Proactividade e dinamismo da força de

vendas.

Aumento dos depósitos de clientes e gestão de

tesouraria eficiente, aproveitando as novas e

eficientes funcionalidades amigáveis do usuário.

Sistema bancário principal a ser

actualizado, garantindo consistência entre as entidades do Grupo.

Foco em empresas, principalmente nas

pertencentes a sectores com alto potencial de

crescimento.

Cultura orientada para a rentabilidade do

Banco e consequente retorno do

investimento dos accionistas.

Notoriedade do Banco através de um papel

mais activo na sociedade e nas comunidades

residentes em Moçambique.

Posicionamento regional e reforço das

sinergias para os nossos clientes da

região.

Cultura enraizada na inovação no que concerne a

criação de valor para os clientes e a optimização das

operações de negócios, sendo apoiada por uma

nova marca associada a uma era moderna e inovadora.

$ %

$

ESTRATÉGIA PARA O FUTUROA NOSSA ACTIVIDADE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 35

POSICIONAMENTODA MARCA

O Capital Bank pretende destacar-se no Mercado como um banco regional, próximo aos seus clientes através de uma abordagem personalizada que vai de encontro às expectativas dos seus clientes em todas as fases das suas vidas. O Banco pretende, igualmente, ter um papel activo na sociedade, através de participação directa e indirecta em acções sociais e eventos.

SERVIÇODE EXCELÊNCIA

O Banco considera que os seus clientes merecem um serviço de qualidade superior, nesse sentido, envida esforços na optimização do seu modelo de serviço ao consumidor. Além de um serviço de qualidade superior, o Capital Bank pretende expandir a sua rede para mais próximo dos seus clientes.A estratégia de vendas também será objecto de revisão em 2019, através de melhorias no modelo operacional, com determinação de objectivos específicos integrados, um sistema de incentivos e maior controlo interno, de forma a garantir o alcance desses.O Banco compromete-se com o desenvolvimento dos actuais canais digitais e a optimização de acessibilidade a produtos e serviços que resultem na simplificação de processos para o cliente.

OFERTA DIVERSIFICADAE ADAPTADA AOS

SEUS CLIENTES

O Banco procura aumentar a venda de produtos que alavancam o crescimento do seu negócio. Nesse sentido, pretende diversificar o portfólio de produtos e serviços core e apostar na adaptação de produtos e serviços de forma personalizada às necessidades dos seus clientes. Além disso, a estratégia de pricing deverá ser ajustada e serão criadas parcerias chave para o negócio.

RÁPIDA RESPOSTAAO CLIENTE

DESENVOLVIMENTODO CAPITAL HUMANO

O Capital Bank espera um aumento significativo da eficiência através da optimização e automatização de processos, que além da redução de custos prometem um aumento do nível de satisfação dos seus clientes através da redução do tempo de resposta, menor burocracia e simplificação de processos para o cliente. Serão realizadas parcerias com fintechs de modo a alcançar a eficiência desejada.

O Banco encontra-se numa fase desafiante de mudança na gestão que pretende promover e unificar a cultura organizacional de forma transversal a todo o Banco. Nesse sentido, está em vigor um plano estratégico que incorpora a criação, já em 2019, da “Academia First Capital Bank” cujo ciclo de sessões terá foco no serviço de excelência prestado aos nossos clientes.O Banco pretende implementar uma cultura que atrai e retém talentos, baseada especialmente na melhoria das condições de trabalho, implementação de uma cultura orientada por objectivos focado na experiência para o cliente, investimento em formação para o desenvolvimento de competências, e recrutamento de pessoas para funções-chave da organização.

À luz do que o Capital Bank define como princípios estratégicos abordados numa perspectiva centrada no cliente, surgem cinco (5) pilares estratégicos que estão na base de um crescimento contínuo e sustentado dos resultados. Estes pilares representam as áreas chave em que o Banco espera inv estir, e que orientam a estratégia do Banco em 2019, nomeadamente:

ESTRATÉGIA PARA O FUTUROA NOSSA ACTIVIDADE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201836

Os cinco pilares estratégicos serão implementados em 2019, através de acções específicas que irão permitir a obtenção de resultados positivos, crescentes e sustentáveis. Esses resultados serão alcançados, essencialmente, através do aumento de depósitos de clientes, o que por sua vez será alcançado considerando quatro drivers principais:

• Aumento da notoriedade da marca, que será alcançável através do rebranding para uma marca única do Grupo – First Capital Bank. O Banco visa a realização de acções de Responsabilidade Social, patrocínio de eventos chave e campanhas de marketing durante todo o exercício. Paralelamente, o Banco planeia uma expansão geográfica da sua rede para diferentes províncias de Moçambique, durante 2019 e 2020.

• Aumento da rentabilidade e eficiência do Negócio da Banca corporate e comercial, através da atracção de novos clientes aliada ao aumento da share wallet dos actuais clientes.

• Atracção e retenção de clientes, que será alcançada através da melhoria da qualidade do serviço ao cliente.

• Estabelecer parcerias-chave, visando o alcance de vantagens competitivas associadas ao lançamento de produtos e serviços inovadores.

2019

2020

Rebrandingdo Banco

Aberturade sucursal

corporate emNampula

Lançamentoda funcionalidadehost-to-host (H2H)

Implementaçãode nova plataformade internet bankingpara corporate

Aumento doCapital Social

$

$ $$

PLANO DE EXPANSÃO GEOGRÁFICADAS AGÊNCIAS DO CAPITAL BANK

MAPUTO

TETE

BEIRA

NAMPULA

PRESENTE EM 2020

PRESENTE EM 2019

PRESENTE EM 2018

Somos um Banco que aposta no atendimento personalizado, pois cada cliente, para nós, é único.

Para melhor servirmos os nossos clientes, vamos continuar a apostar na proximidade dos nossos serviços, através da expansão da nossa rede de agências para três novas regiões do país, contribuindo para o desenvolvimento económico-social das mesmas.

Ofertade plataforma

de mobilebanking para

corporate

Lançamentodo POS Visa

ESTRATÉGIA PARA O FUTUROA NOSSA ACTIVIDADE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018

ENQUADRAMENTOMACROECONÓMICO

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RELATÓRIO E CONTAS • 201838

2018 e 2019 f 2020 f 2021 f 2022 f 2023 f3%

4%

5%

6%

7%

Consumo Privado Consumo Público

2018 e 2019 f 2020 f 2021 f 2022 f 2023 f4%

5%

6%

7%

As expectativas económicas para Moçambique para os anos 2018 e 2019 indicam um crescimento de 3.5% do PIB, enquanto que as expectativas para o período 2020-2023 alcançam um crescimento médio anual do PIB de 5.3%. Em suma, o comportamento do PIB espera-se satisfatório para os próximos anos, com uma trajectória crescente e aumentos cada vez maiores de ano para ano, sendo esperado um crescimento de 7.5% até 2023.

O sector agrícola e mineiro são os principais a contribuir para expectativas económicas positivas de Moçambique. Na agricultura espera-se uma performance positiva em 2018-2019, com um crescimento médio anual de 3.9%, mostrando sinais de recuperação da recessão sofrida em 2016-17. Apesar desta evolução favorável, o crescimento adicional do sector encontra-se actualmente limitado pelo difícil acesso ao financiamento por parte dos agricultores. No sector mineiro, espera-se uma expansão moderada do carvão em 2018-2019, além de um aumento da produção de grafite, contribuindo igualmente para o crescimento económico.

Investimentos em gás, nomeadamente dos EUA (ExxonMobil e Anadarko) para instalações de exportação de gás liquefeito (GNL) e da Itália (Eni) para a construção de um o�shore (campo de gás coral), são o principal impulsionador da recuperação económica do país. Acredita-se, no entanto, que os principais investimentos nesses megaprojectos, nomeadamente elevados investimentos em instalações de exportação de gás liquefeito (GNL) e outros associados irão ocorrer apenas em 2020. Entretanto, as expectativas referentes aos megaprojectos estimulam o investimento interno em serviços auxiliares, tal como os serviços financeiros, jurídicos e logísticos, esperando-se elevados investimentos nessas áreas.

O crescimento no sector dos serviços atingirá em média 2.4% entre 2018 e 2019, verificando-se um elevado crescimento médio anual no período 2020-2023, de até 4.3%, contribuindo essencialmente nos últimos meses de 2023 para um aumento das exportações.

Após a inflação ter atingido 15.1% em 2017, existiu uma desaceleração do indicador ao longo de 2018 para uma média anual de 3.9%. Esta diminuição drástica deveu-se, essencialmente, a uma boa colheita agrícola, baixa procura interna e o impacto negativo sobre os salários limitados ao sector agrícola, combinado com maior fraqueza económica e a valorização do metical ao longo do ano. As previsões indicam uma recuperação da inflação em 2019 (6%), orientado pela desvalorização do metical e abrandamento das tendências citadas. Em 2020, como resultado da queda nos preços globais de petróleo e matérias-primas industriais, a inflação deverá cair novamente de forma significativa. Em 2021-2023, impulsionado pelo aumento da procura doméstica, a inflação irá recuperar a sua trajectória ascendente atingindo uma média anual de 6.2%.

O IDE em Moçambique, em 2017 verificou uma diminuição de 26% para USD 2.3 biliões, originado essencialmente pela austeridade e incumprimento da dívida. Espera-se uma inversão dessa tendência derivada pelos megaprojectos.

CRESCIMENTO DO PIB (%)

3%

4% 3.5% 3.4% 3.9%

4.7% 5.0%

7.5%

5%

6%

7%

8%

2018 e 2019 f 2020 f 2021 f 2022 f 2023 f2018 e 2019 f 2020 f 2021 f 2022 f 2023 f

Agricultura Indústria Serviços

0%

3%

6%

9%

12%

15%

18%

EVOLUÇÃO DOS SECTORESECONÓMICOS (%)

INFLAÇÃO MÉDIA NOS PREÇOSAO CONSUMIDOR (%)

EVOLUÇÃO DE CONSUMOPRIVADO VS CONSUMO PÚBLICO (%)

Fonte: Country Report, Mozambique – The Economist Intelligence Unit; World Investment Report 2018; Análise Capital Bank

ECONOMIA NACIONALENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 39

A aceleração esperada do crescimento do PIB de Moçambique para os próximos anos está relacionada, em certa parte, com a confiança gerada perante os acordos de paz estabelecidos. No entanto, ainda estão em causa ataques armados nas regiões no norte de Moçambique, perto dos locais onde os projectos de gás natural serão desenvolvidos.

Os anos de 2018 e 2019 representam um período com bastante foco na política, com as eleições municipais em 2018 e as eleições presidenciais e parlamentares marcadas para finais de 2019.O actual ciclo eleitoral ocorre com um novo conjunto de regras, algumas delas resultantes de acordos relacionados com o processo de paz referido, visando igualmente aumentar a descentralização, com governadores provinciais a serem eleitos em 2019.

O Governo terá como principal preocupação o deficit fiscal, que se espera-se que em 2019 se situe nos 8.1%.

Após 2019, deverão haver ligeiros ajustamentos fiscais, condicionados por restrições ao financiamento, que podem ter como resultados a redução gradual de subsídios e a reestruturação de empresas públicas, levando a um défice fiscal em 2023 de 4.1% do PIB. Esse défice deverá controlar o acumular da dívida pública, de 188% em 2018 para 93% do PIB em 2023.

ESTABILIDADE POLÍTICA & POLÍTICA MONETÁRIA

Fonte: Country Report, Mozambique – The Economist Intelligence Unit; World Investment Report 2018; Análise Capital Bank

ECONOMIA NACIONALENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

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RELATÓRIO E CONTAS • 201840

SISTEMA FINANCEIRO EM MOÇAMBIQUE

O Banco de Moçambique, autoridade supervisora do Sistema Financeiro em Moçambique tem vindo a diminuir a sua intervenção no Mercado interbancário, tal como era prática corrente.

Ao longo de 2018 a inflação manteve-se abaixo da meta do governo de 5-6%, o que poderá estar na ordem da relativamente contínua diminuição das taxas de referência, nomeadamente da Prime rate, MIMO, assim como da FPC e FPD.

As expectativas indicam que o aumento da taxa de inflação acima da meta do governo em 2019, irá limitar os cortes na taxa de juro nesse período.

Em 2020, é esperado que a inflação caia abaixo da meta, apresentando a oportunidade para novos cortes nas taxas de juros. À medida que as pressões sobre os preços reaparecem em 2021-23, o Banco Central voltará para uma posição um pouco mais restrictiva.

Dessa forma, e tendo em conta os esforços do Banco de Moçambique, de forma a prosseguir os seus objectivos de estabilidade de preços e apoio simultâneo à procura interna, é esperada uma diminuição acentuada das taxas de juro dos empréstimos até 2020, verificando-se o seu subsequente aumento exponencial a partir de 2020.

19%

20%

21%

22%

23%

2018 e 2019 f 2020 f 2021 f 2022 f 2023 f

TAXA DE JURO ACTIVA MÉDIADO MERCADO INTERBANCÁRIO

Fonte: Banco de Moçambique, Jan. 2019; The World Bank, Jan. 2019; The Economist Intelligence Unit, Out. 2018; Análise Capital Bank

ECONOMIA NACIONALENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 41

Apesar de um abrandamento nos últimos meses de 2018, o metical, em média, desvalorizou durante o ano para um valor estimado de 60.1 USD:MZN, tendo mostrado um desempenho mais estável no início do ano 2018 e nos meses precedentes. Espera-se que a pressão descendente sobre o metical persista em 2019, influenciado por factores externos e internos.

Os factores externos que podem induzir a desvalorização do metical são nomeadamente novos aumentos dos juros nos EUA, combinados com uma deterioração geral da confiança face aos mercados emergentes.

Como factores domésticos determinantes incluem-se o aumento na inflação, a fraca confiança no sistema financeiro moçambicano, um crescimento lento das exportações e um grande déficit da conta corrente.

Espera-se que o valor do metical diminua em 2019, podendo depreciar para os 64 USD:MZN. Em 2020-22, a moeda deve manter uma trajetória descendente à medida que essa dinâmica continua. No entanto, o metical será favorecido em 2023, em linha com o início da produção de gás, terminando o período de previsão a uma média de 67.6 USD:MZN em 2023.

TAXA DE CÂMBIO MZN:USD (MÉDIA)

60

62

64

66

68

70

2018 e 2019 f 2020 f 2021 f 2022 f 2023 f

TAXA DE CÂMBIO$

$

Fonte: Banco de Moçambique, Jan. 2019; The World Bank, Jan. 2019; The Economist Intelligence Unit, Out. 2018; Análise Capital Bank

ECONOMIA NACIONALENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

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RELATÓRIO E CONTAS • 201842

TAXAS DE REFERÊNCIA DO SISTEMAFINANCEIRO AO LONGO DE 2018

A taxa MIMO, assim como a Prime Rate verificaram uma diminuição relativamente constante ao longo do ano 2018. A taxa do mercado monetário interbancário de referência (MIMO) do Banco de Moçambique foi reduzida para 14,25% em Dezembro de 2018, após ter sido mantida em 15% durante três meses, devido a uma inflação relativamente baixa.

Durante 2018, também as taxas de referência de captação e cedência de moeda junto do BdM sofreram uma diminuição relativamente constante, aliada à descida das taxas de referência já citadas.

As reservas mínimas de caixa (RO's) em moeda nacional mantiveram-se constantes ao longo do ano, situando-se em 14,0%. Já as reservas mínimas de caixa em moeda estrangeira, nomeadamente em USD, foram inconstantes, tendo verificado um aumento gradual ao longo do ano. As reservas internacionais líquidas estavam a diminuir e o Banco Central viu a necessidade de captar mais moeda. Iniciando o ano em 14%, em Fevereiro as reservas obrigatórias em USD aumentaram para 22%, valor que se manteve até Julho. Em Agosto, verificaram um novo aumento para os 27% que se manteve até ao final do ano. A captação de USD do mercado foi o instrumento de intervenção do Banco Central usado para controlar a desvalorização do metical.

$$

13%

16%

19%

22%

25%

28%

J18 F18 M18 A18 M18 J18 J18 A18 S18 O18 N18 D18

PRIME RATE & MIMO

Prime rate Taxa MIMO

MIMO

PrimeRate

FPC

FPD

10%

13%

16%

19%

22%

J18 F18 M18 A18 M18 J18 J18 A18 S18 O18 N18 D18

FPC & FPD

FPC FPD

Fonte: Banco de Moçambique, Jan. 2019; The World Bank, Jan. 2019; The Economist Intelligence Unit, Out. 2018; Análise Capital Bank

ECONOMIA NACIONALENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 43

TAXAS DE REFERÊNCIA DO SISTEMAFINANCEIRO AO LONGO DE 2018

$$

Apesar de o BDM já não apoiar o metical através de uma intervenção excessiva no mercado interbancário (como tem sido historicamente o caso), as expectativas dizem-nos que as reservas em divisas estrangeiras irão voltar a diminuir em 2019-20, antes de recuperar em 2021-23. Até essa altura, as reservas internacionais serão mantidas acima do benchmark internacional de três meses de cobertura de importações. R´OS MZN

R´OS USD13%

16%

19%

22%

25%

28%

J18 F18 M18 A18 M18 J18 J18 A18 S18 O18 N18 D18

R`OS MZN & R`OS USD

R`OS - MZN R`OS - USD

Fonte: Banco de Moçambique, Jan. 2019; The World Bank, Jan. 2019; The Economist Intelligence Unit, Out. 2018; Análise Capital Bank

ECONOMIA NACIONALENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

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RELATÓRIO E CONTAS • 201844

ECONOMIA REGIONAL – ÁFRICA SUBSAARIANA& ÁFRICA AUSTRAL

Em 2018, o crescimento da África Subsaariana é estimado que tenha alcançado 2,7%, significativamente mais lento do que o esperado, em parte devido a fraquezas em Angola, Nigéria e África do Sul. Prevê-se que o crescimento aumente para 3,4% em 2019 e 3,7% em 2020-21, influenciado pela recuperação cíclica comum nessas grandes economias relativa à incerteza. No entanto, o crescimento do rendimento per capita permanecerá modesto e o progresso na redução da pobreza será limitado. A economia regional está, no entanto dependente de riscos externos, - tais como um declínio inesperado nos preços das commodities, um aperto abrupto das condições financeiras globais e o aumento das tensões comerciais envolvendo as principais economias – e riscos domésticos, que dizem respeito a derrapagens fiscais, incerteza política, conflitos internos e condições climáticas adversas.

Em 2019, espera-se que o crescimento na África Subsaariana aumente para 3,4%, elevando em 2020-21 para uma média de 3,7%. Na origem desta evolução encontra-se a incerteza política e melhor investimento em grandes economias, juntamente com um crescimento robusto contínuo em países não intensivos em recursos. No entanto, à medida que o crescimento entre os principais parceiros comerciais se modera, as condições financeiras globais estreitam-se e a incerteza da política comercial persiste.

Em termos cambiais, as moedas da região em termos efectivos sofreram uma desvalorização em 2018, provocada por um fortalecimento do dólar americano e a baixa confiança dos investidores relativamente aos mercados emergentes.

CRESCIMENTO REAL DO PIBDA ÁFRICA SUBSAARIANA

(EM PARIDADE DO PODER DE COMPRA)

2016 2017 2018 e 2019 f 2020 f 2021 f

2%

3%

1%

0%

4%

Fonte: World Investment Report 2018; The World Bank, 2019; Análise Capital Bank

ECONOMIA REGIONALENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 45

ECONOMIA REGIONAL – ÁFRICA SUBSAARIANA& ÁFRICA AUSTRAL

O foco renovado dos investidores em vulnerabilidades específicas de cada país contribuiu para uma rápida venda do rand sul-africano e do kwacha zambiano desde meados de 2018. Nalgumas partes da região o ritmo de depreciação cambial foi mais modesto. Na África Austral, em 2017, o IDE caiu 66 por cento, para 3,8 mil milhões de dólares. Em Angola, a sua terceira maior economia, o IDE voltou a ser negativo (-2.3 biliões), e na África do Sul caiu 41% para 1.3 biliões. A origem dos maiores fluxos de IDE em África proveem dos Estados Unidos, Reino Unido, França e Itália. Paralelamente, o continente africano é destino de investimento de economias emergentes, tal é o caso da China e da África do Sul, seguidos por Singapura, Índia, Hong Kong, e outros.

Em 2016, o IDE proveniente da China em África atingiu USD 40 biliões, um aumento exponencial quando comparado com os USD 16 bilhões em 2011.

As pressões inflacionárias persistem na região subsaariana. Apesar dos fortes declínios, a inflação em Angola e na Nigéria manteve-se em dois dígitos, em parte devido à continuação da depreciação cambial (Angola) e ao aumento da inflação dos preços dos alimentos (Nigéria). Entre os países não intensivos em recursos, a inflação subiu acentuadamente devido a rápida expansão do crédito e da depreciação da moeda, assim como a monetização de deficits fiscais.

CRESCIMENTO DO INVESTIMENTOFIXO NA ÁFRICA SUBSAARIANA

2016 2017 2018 e 2019 f 2020 f 2021 f

2%

3%

1%

4%

5%

6%

7%

8%

Fonte: World Investment Report 2018; The World Bank, 2019; Análise Capital Bank

ECONOMIA REGIONALENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

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RELATÓRIO E CONTAS • 201846

ECONOMIA REGIONAL – ÁFRICA SUBSAARIANA& ÁFRICA AUSTRAL

Espera-se que a inflação recupere em toda a região em 2019, reflectindo as depreciações cambiais em 2018 e as pressões internas de preços entre exportadores de metais e países que não utilizam recursos.Na generalidade, a região Austral continua bastante vulnerável. Estima-se que os rácios da dívida pública em relação ao PIB tenham aumentado em mais de metade dos países em 2018 e foram superiores a 60 por cento num terço dos países. As depreciações da taxa de câmbio (por exemplo, Zâmbia), o crescimento negativo (por exemplo, Guiné Equatorial, República do Congo) e o reporte de dívida anteriormente não divulgada (por exemplo, Moçambique, República do Congo) contribuíram para a deterioração.

Para 2019 e anos subsequentes, espera-se que os saldos fiscais melhorem reflectindo os esforços de consolidação fiscal entre os grandes exportadores de petróleo e o contínuo ajuste na CEMAC (Comunidade Económica e Monetária da África Central). É provável que o aperto da política resulte em deficits fiscais menores nos exportadores de metais, enquanto os deficits fiscais em países que não usam muitos recursos também devem continuar diminuindo, à medida que os gastos com investimentos públicos diminuem para estabilizar a dívida pública.

CRESCIMENTO REAL DO PIB PERCAPITA DA ÁFRICA SUBSAARIANA *

2016 2017 2018 e

* a preços constantes de 2010, em USD

2019 f 2020 f 2021 f

-1%

0%

-2%

1%

Fonte: World Investment Report 2018; The World Bank, 2019; Análise Capital Bank

ECONOMIA REGIONALENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 47

O PIB da zona Euro verificou um crescimento de 1,8% em 2018, no entanto em 2019 este deve regredir para 1,6%, e para 1,7% em 2020. As taxas de crescimento diminuíram em diversas economias devido a diferentes factores, tais como:

• Fraco consumo privado e produção industrial após a introdução de padrões previstos de emissão de veículos automóveis e demanda externa moderada na Alemanha;

• Preocupações quanto aos riscos da dívida soberana e riscos financeiros, que penalizaram a procura interna, decorrendo igualmente da deterioração do sentimento nos mercados financeiros em Itália;

• Impacto negativo dos protestos de rua e da acção industrial, em França;

• Colapso financeiro na Turquia sustentada pela inflação alta, da elevação das taxas de juros e da confiança baixa, reduzindo o consumo e o investimento pesam para o crescimento regional.

De acordo com o FMI, estima-se que o crescimento do PIB mundial tenha atingido 3,7% em 2018. A economia global deverá desacelerar nos próximos dois anos para 3,5% em 2019 e 3.6% em 2020, resultado do agravamento da probabilidade de conflitos comerciais entre as principais economias, aumento da incerteza quanto ao ritmo de ajuste da política monetária nas economias desenvolvidas, níveis elevados e crescentes de dívida e maiores tensões geopolíticas.

ECONOMIAS DESENVOLVIDAS E EMERGENTES$

Fonte: IMF World Economic Outlook, 2019; Global Economic Prospects, 2019

ECONOMIA MUNDIALENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

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RELATÓRIO E CONTAS • 201848

Nos Estados Unidos, o crescimento económico manteve-se nos 2.9% em 2018, 2,5% para 2019 e 1,8% para 2020 sustentando esta desaceleração por fortes tensões comerciais com a China.

O crescimento no Japão atingiu 0,9% em 2018, sustentado por condições climatéricas desfavoráveis e desastres naturais. Espera-se que o crescimento atinja cerca de 1.1% em 2019 neste país. Esta revisão reflecte principalmente o apoio fiscal adicional à economia, incluindo medidas para mitigar os efeitos do aumento previsto da taxa de imposto de consumo em Outubro de 2019. O crescimento deverá ser moderado para 0,5% em 2020, na sequência da implementação das medidas de mitigação.

As incertezas do resultado do Brexit levam o FMI a estimar que existiu uma desaceleração de 1.8% em 2017 para 1.4% em 2018 da economia do Reino Unido. A instituição toma como pressuposto de que o Brexit esteja decidido em 2019 e que o país gradualmente passe por uma transição para o novo regime, o que tornou as projecções para 2019 e 2020 mais positivas, de respectivamente 1.5% e 1.6%.

ECONOMIAS DESENVOLVIDAS E EMERGENTES$

Fonte: IMF World Economic Outlook, 2019; Global Economic Prospects, 2019

ECONOMIA MUNDIALENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018

CORPORATEGOVERNANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201850

Actualmente, o capital social do Banco ascende de MZN 869.415.000,00 (oitocentos e sessenta e nove milhões, quatrocentos e quinze mil meticais) integralmente subscrito e realizado em dinheiro. O Banco totaliza 8.694.150 (oito milhões, seiscentos e noventa e quatro mil, cento e cinquenta) acções repartidas por três accionistas, nomeadamente o FMB Capital Holdings PLC, Premier Capital (Mauritius) LTD e o Prime Bank Limited, com 80%, 15% e 5% de quota, respectivamente.

Tendo em conta a recente legislação vigente, de Abril de 2017, o Banco de Moçambique exige um capital social mínimo de 1.7 mil milhões de meticais aos bancos, até Junho de 2020. Nesse sentido, o Capital Bank visa o aumento de capital social de forma continuada em conformidade com a legislação até, pelo menos, alcançar os valores mínimos exigidos.

O último aumento de capital concluiu-se em Dezembro de 2017, permitindo ao Banco aproximar-se das exigências do Regulador. Este aumento de capital indica um interesse continuado dos accionistas no Banco e em Moçambique e confiança na concretização do potencial de crescimento do país.Nesse sentido, a gestão tem apostado na criação de valor para o accionista através de alterações na gestão e estratégia, tornando o Banco consequentemente, e continuamente, mais atractivo a investidores.

FMB CAPITAL HOLDINGS PLC PREMIER CAPITAL(MAURITIUS) LTD

PRIME BANK LIMITED

80% 15% 5%

ESTRUTURA ACCIONISTA DO BANCO$

ESTRUTURA ACCIONISTACORPORATE GOVERNANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 51

MESA DA ASSEMBLEIAGERAL

Órgão supremo da sociedade. Reúne-se com uma periodicidade mínima anual e detém em si, essencialmente as seguintes competências:

• Deliberar sobre o balanço, o relatório do conselho de administração e do conselho fiscal referentes ao exercício;

• Aprovar as contas do exercício;

• Deliberar sobre a aplicação de resultados;

• Eleger os administradores e os membros do conselho fiscal para as vagas que nesses órgãos se verificarem;

• Deliberar sobre a propositura de acções de responsabilidade contra administradores e sobre a destituição daqueles que a assembleia geral considere responsáveis.

ÓRGÃOSHitesh Anadkat – Presidente da Mesa da Assembleia Geral

CONSELHODE ADMINISTRAÇÃO

Órgão executivo que exerce os mais amplos poderes de gestão do Banco, representa o Banco activa ou passivamente, em juízo ou fora dele, e executa tarefas que visam a realização do objecto social. O Conselho de Administração do Banco reúne-se com uma periodicidade trimestral para deliberar sobre os mais variados assuntos relacionados com a administração da sociedade, designadamente:

• Cooptação de administradores;

• Pedido de convocação de assembleias gerais;

• Relatórios e contas anuais;

• Aquisição, alienação e oneração de bens imóveis;

• Abertura ou encerramento de estabelecimentos;

• Modificação na organização da sociedade;

• Extensões ou reduções da actividade da sociedade;

• Projectos de fusão, cisão e de transformação da sociedade;

• Estabelecimento ou cessação de cooperação com outras sociedades;

• Mudança da sede, proposta de aumento de capital e emissão de obrigações, nos termos prescritos no contrato de sociedade;

• Qualquer outro assunto sobre o qual algum administrador requeira deliberação do conselho de administração.

ÓRGÃOS SOCIAISCORPORATE GOVERNANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201852

MEMBROSDO CONSELHODE ADMINISTRAÇÃO

HITESH ANADKATPresidente do Conselhode Administração

Hitesh Anadkat detém um MBA pela Universidade de Cornell e uma Licenciatura em Economia pela Universidade de Londres. Antes de regressar ao Malawi para fundar o First Merchant Bank, trabalhou numa empresa financeira nos EUA, tendo-se especializado em fusões, aquisições e avaliações. Foi administrador em quatro bancos comerciais e em diversos sectores da economia do Malawi, principalmente na área das telecomunicações, indústria e imobiliário.

TIAGO CONTENTEAdministrador Delegado

Tiago Contente tem uma licenciatura em Economia pelo ISCTE, em Portugal, e participou em cursos de Executive Education na Universidade de Wharton (“The Wharton School”). Com mais de 18 anos de experiência em serviços financeiros, foi Chief Financial O�cer no Standard Bank Angola, onde também foi Presidente de Mesa da Assembleia Geral, previamente ao seu ingresso no Capital Bank. Colaborou ainda com a Deloitte durante um período de 10 anos.

JOSÉ M. CALDEIRA Administrador Não ExecutivoIndependente

Membro fundador da Ordem dos Advogados de Moçambique. Membro do Conselho Científico da Associação Nacional dos Juristas Moçambicanos (ANJUR). Cônsul honorário da Islândia em Maputo. Responsável por serviços de consultoria jurídica em várias áreas, incluindo assessoria jurídica ao Governo Moçambicano. Tem uma vasta experiência na reforma institucional do sector público moçambicano, incluindo o sector jurídico e outras instituições.

DHEERAJ DIKSHIT Administrador Não Executivo

Bancário de carreira, com mais de 21 anos de experiência na banca corporativa, de retalho e comercial. Integrou o grupo FMB em 2011 como CEO do First Merchant Bank. Foi também nomedado, Director Geral do Grupo FMB em 2012. Antes de integrar o grupo FMB, trabalhou 17 anos em várias posições de direcção no HSBC. Detém um MBA em Finanças pela Universidade de Mumbai.

BANTWAL PRABHUAdministrador Não ExecutivoIndependente

Detém uma Licenciatura em Comércio pela Mysore University, na Índia. Bantwal é Auditor Certificado com mais de 30 experiência em auditoria e contabilidade.

ÓRGÃOS SOCIAISCORPORATE GOVERNANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 53

CARLOS MANUELLOPES HENRIQUES Administrador Não ExecutivoIndependente

Bacharel em ciências veterinárias, graduado pelo Programa Executivo Avançado da School of Business Leadership da UNISA. Foi membro do Conselho de várias grandes empresas comerciais em Moçambique, como Lonrho e Mozfoods, onde também foi CEO. Fundador e ex-presidente da Associação do Algodão de Moçambique, ex-presidente da ACIS, a maior associação empresarial do país e membro do conselho directivo da CTA, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique.

VIJAY KANTARIA Administrador Não Executivo

Detém uma licenciatura da Universidade de Nottingham, Reino Unido e um mestrado em Administração de Empresas pela Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul. Começou a sua carreira na Merrill Lynch International, no Reino Unido. Em 2008, ingressou no Renaissance Capital, em Nairobi, Quénia, como Senior Associate. Em 2010 ingressou no Old Mutual Kenya como Director Geral responsável pela Riqueza de Pessoal e Corrector de Acções.

KOBUS ADRIAANLOUW Administrador Não Executivo

Com um Mestrado em Futuros, um MBA e uma Licenciatura em Economia, Kobus Louw tem mais de 30 anos de experiência em Banca, tendo exercido uma variedade de funções em dois dos maiores bancos sul-africanos. A sua última colocação antes de se juntar ao FMB, em Abril de 2015, foi como Head of Business Banking, no First Capital Bank da Namíbia.

CARLA M. DOS ANJOSTIMOTEO BECK Administradora Não ExecutivaIndependente

Detém uma licenciatura em Economia, e um mestrado em Estudos Internacionais. Iniciou a sua carreira bancária em 1986 no Banco de Cabo Verde. Em 1995, foi admitida no Banco de Moçambique, onde a partir de 1997, assumiu sucessivamente cargos de gestão e de direcção em diversas áreas, com destaque para Supervisão Bancária, Licenciamento Cambial, Cooperação Internacional, Gestão de Reservas Internacionais e Operações Bancárias. Foi membro do Comité de Gestão das Reservas Internacionais.

CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal é o órgão ao qual compete a fiscalização da actividade do Conselho de Administração no âmbito da gestão dos negócios da sociedade e tem os seguintes objectivos:

• Fiscalizar os actos dos administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e estatutários;

• Examinar e opinar sobre o relatório anual da administração e as demonstrações financeiras do exercício social;

• Analisar, pelo menos trimestralmente, o balancete e demais demonstrações contabilísticas elaboradas pela sociedade.

ÓRGÃOSAndreia Monteiro Durão – Presidente do Conselho Fiscal; Agness Jazza – Vogal; John Michael O'neill – Vogal

ÓRGÃOS SOCIAISCORPORATE GOVERNANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201854

COMITÉ DE RISCO

O Comité de Risco é um subcomité do Conselho de Administração com três membros, que se reúne trimestralmente, tendo como principais objectivos:

• Supervisionar a estrutura de governação do risco do Banco;

• Supervisionar a tolerância ao risco do Banco, identificando potenciais riscos e volatilidade do Banco perante a sua exposição;

• Assistir o Conselho de Administração em matérias de estratégia e políticas de gestão de risco, gestão de risco de capital, liquidez, crédito e mercado – planeamento de acções de melhoria e mitigação dos riscos identificados, desenvolvimento de sistemas de controlo interno, desenvolvimento de políticas e procedimentos para monitorização dos riscos e, supervisão prudencial;

• Fiscalizar o cumprimento das leis e regulamentos.

ÓRGÃOSCarla Timóteo – PresidenteDheeraj Dikshit – VogalCarlos Henriques – Vogal

O Comité de Crédito é um subcomité do Conselho de Administração, que reporta directamente a este. É composto por três membros, que se reúnem de forma trimestral, com a responsabilidade de apoiar o Conselho de Administração no cumprimento das suas atribuições de modo a garantir que as transações de crédito são executadas de acordo com as políticas internas e normas regulamentares vigentes em Moçambique. Este comité tem a responsabilidade global de avaliar a qualidade da carteira de crédito (incluindo créditos financeiros, créditos por assinatura, colaterais, etc.).

As suas responsabilidades específicas incluem:• Ratificação dos termos e condições de todas as facilidades de crédito aprovadas pela gestão executiva;

• Aprovação de todas as facilidades de crédito acima dos limites de decisão da gestão executiva;

• Acompanhamento dos créditos irregulares e acções de recuperação dos créditos com incumprimento;

• Decisão de níveis apropriados de provisionamento da carteira quando necessário.

ÓRGÃOSCarlos Henriques – PresidenteDheeraj Dikshit – VogalKobus Louw – Vogal

COMITÉ DE CRÉDITO

COMITÉS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOCORPORATE GOVERNANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 55

COMITÉ DEAUDITORIA

O Comité de Auditoria é um subcomité do Conselho de Administração, com três membros, que se reúnem trimestralmente, com a responsabilidade que se centra em apoiar o Conselho de Administração no cumprimento das seguintes tarefas:

• Garantir a integridade das demonstrações financeiras;

• Conformidade do banco com requisitos regulamentares;

• Sistema de controlo interno do Banco de forma a gerir os riscos inerentes às operações do banco;

• Desempenho da Auditoria externa e interna.

ÓRGÃOSBantwal Prabhu – PresidenteVijay Kantaria – VogalJosé Caldeira – Vogal

Este comité é um subcomité do Conselho de Administração, que se reúne de quatro em quatro meses, com a responsabilidade de nomear as pessoas para os cargos de direcção e aprovar as condições de remuneração. O comité também aprova todas as políticas e estratégias de gestão de recursos humanos.

ÓRGÃOSHitesh Anadkat – PresidenteVijay Kantaria – Vogal

O comité reúne-se com periodicidade mensa l , e repor ta d i rec tamente ao Admin is t rador Delegado.O principal objectivo do ALCO é avaliar o equilíbrio de balanço em termos de perfil de maturidade, custo de funding e exposição ao risco de liquidez. O ALCO procura gerir os riscos de forma a minimizar a volatilidade da margem financeira e protecção do valor económico do banco a longo prazo. O comité também monitora a adequação de capital do banco.

As principais responsabilidades do ALCO incluem:

• Definir linhas de orientação para definir o preçário de activos e passivos;

• Estabelecer limites de liquidez, risco de taxa de câmbio e taxa de juro;

• Desenvolver um plano de contingência para responder a cenários de crise de liquidez (funding).

COMITÉ DEREMUNERAÇÕES$

COMITÉDE ACTIVOSE PASSIVOS(ALCO)$

COMITÉS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOCORPORATE GOVERNANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201856

COMITÉ DE GESTÃO (MANCO)

O comité reúne-se com periodicidade mensal, e reporta directamente ao Administrador Delegado.O comité de gestão tem a função de acompanhar a evolução de toda a actividade do banco, principais constrangimentos, desafios e oportunidades, actuando como um fórum importante na gestão dos assuntos da actividade da instituição.

COMITÉ LOCAL DE CRÉDITO

Este comité reúne-se com periodicidade semanal, e reporta ao Administrador Delegado.O Comité Local de Crédito tem a função de acompanhar a evolução de toda a carteira do banco, principais constrangimentos, desafios e oportunidades e análise das propostas de crédito submetidas para aprovação.

COMITÉ LOCAL DE RISCO

O comité reúne-se com periodicidade mensal, e reporta directamente ao Administrador Delegado. O comité local de risco tem como principais funções:

• Identificar, avaliar, mensurar e reportar os riscos da instituição (risco de crédito, risco operacional, compliance, reputação e outros riscos);

• Rever a gestão estratégica de risco do Banco.

COMITÉ DE PRICING

Este comité reúne-se com periodicidade trimestral, e reporta ao Administrador Delegado. O Comité de Pricing tem a função de acompanhar as novas tendências no Mercado, bem como garantir que o preçário do Banco é aplicado em consonância com a estratégia do Banco.Inclui ainda uma componente para aprovação de novos produtos bem como de garantir que toda a regulamentação sobre preçário é devidamente cumprida.

$

COMITÉS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOCORPORATE GOVERNANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 57

Assembleia Geral

Conselho de Administração

Chief Executive O�cer

Conselho Fiscal

Comité deRemunerações

Compliance& Comité de Risco

Comité de Crédito

Comité de Auditoria

Auditoria Interna

Chief CommercialO�cer (CCO)

Corporate Marketing TesourariaCompliance

& Risco Operações ContabilidadePatrimónioe Logística RH IT

Planeamentoe Reporte Crédito Legal

Chief OperatingO�cer (COO)

Pessoas& Contas

Operaçõesde Crédito& Títulos

Compensação Trade Finance OperaçõesCentralizadas

AMLRisco e

Reportes QCD

ESTRUTURA ORGÂNICACORPORATE GOVERNANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201858

ACTIVIDADES

Em cumprimento das suas responsabilidades, o Comité abordou as seguintes matérias durante o exercício económico de 2018:

EM RELAÇÃO AOS AUDITORES EXTERNOS E À AUDITORIA EXTERNA• Recomendou a nomeação dos auditores externos e a aprovação dos respectivos

honorários;• Reviu o âmbito e abordagem da auditoria externa e a sua coordenação com a

função de Auditoria Interna;• Reuniu com os auditores externos, discutindo as conclusões materialmente

relevantes.

EM RELAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS• Reviu temas contabilísticos e de reporte com impacto ao nível das demonstrações

financeiras;• Reviu análises preparadas pela gestão e/ou pelos auditores externos relativamente

aos princípios e estimativas utilizados na preparação e divulgação das demonstrações financeiras;

• Verificou que as demonstrações financeiras anuais se encontravam em conformidade com as normas de relato financeiro, com base na opinião dos auditores externos;

• Reviu as demonstrações financeiras auditadas e outra informação financeira e não financeira relevante antes da submissão ao Conselho de Administração.

EM RELAÇÃO À AUDITORIA INTERNA E AO CONTROLO INTERNO• Aprovou o plano de Auditoria Interna e avaliou a independência, efectividade e

desempenho da função de Auditoria Interna;• Considerou os relatórios dos auditores internos e externos e as respectivas

constatações relativamente à avaliação do Sistema de Controlo Interno do Banco;

• Efectuou o acompanhamento das constatações identificadas pela Auditoria Interna e do estágio de implementação das medidas correctivas com vista à sua resolução;

• Examinou a adequabilidade dos recursos disponíveis na função de Auditoria Interna para o cumprimento das responsabilidades definidas no seu mandato;

• Aprovou a metodologia global de Auditoria Interna, no âmbito da harmonização dos procedimentos ao nível do Grupo, bem como a adopção de uma nova aplicação de Auditoria Interna.

EM RELAÇÃO AOS REQUISITOS REGULAMENTARES E TEMAS DE COMPLIANCE• Monitorizou o cumprimento dos requisitos legais e regulamentares definidos pela

Lei n.º 15/1999, de 01 de Novembro, das instituições financeiras, bem como pelos diferentes avisos emitidos pelo Banco de

Moçambique e outra legislação aplicável à actividade bancária;• Reviu os relatórios de auditoria interna e dos auditores externos no que diz

respeito à conformidade e cumprimento com a legislação aplicável.

Ao longo do exercício de 2018, o Comité de Auditoria, executou as suas funções em conformidade com as directrizes do seu mandato, reunindo-se trimestralmente, com a participação do seu Presidente e restantes membros do Comité, bem como do Director de Auditoria Interna do Grupo, da Directora de Auditoria Interna do Capital Bank e outros membros da gestão. Adicionalmente, reportou periodicamente ao Conselho de Administração sobre as suas actividades e temas identificados pelos auditores internos e externos relacionados com a qualidade e fiabilidade das demonstrações financeiras, o cumprimento de requisitos legais e regulamentares e outras matérias com impacto ao nível do sistema de controlo interno do Banco.Em Janeiro de 2018, foi contratada como Directora de Auditoria Interna a Dra. Helena Pechisso. A relação do Comité de Auditoria com a Directora de Auditoria Interna tem-se pautado pela transparência, independência e profissionalismo, colaborando com o Comité de Auditoria sempre que solicitado.

PARECER DO COMITÉ DE AUDITORIACORPORATE GOVERNANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 59

NOMES E QUALIFICAÇÕES DOS MEMBROS DO COMITÉ

O Comité de Auditoria é actualmente composto pelos seguintes Administradores Não Executivos:

• Bantwal S. Prabhu – de nacionalidade indiana. É Revisor Oficial de Contas com mais de 30 anos de experiência em auditoria e contabilidade. Actualmente é sócio e Director Geral da Aries Sercon, e auditor certificado pela OCAM (Ordem dos Contabilistas e Auditores de Moçambique). Detém uma licenciatura em Comércio pela Mysore University na Índia.

• Vijay Kantaria – de nacionalidade britânica. Ocupa o cargo de Administrador para o Desenvolvimento de Negócio, no Prime Bank, no Quénia, onde é responsável pela liderança global e gestão da estratégia de Marketing e Desenvolvimento de Negócios do banco. Detém uma licenciatura da Universidade de Nottingham, Reino Unido e um mestrado pela Universidade da Cidade do Cabo na África do Sul em Administração de Empresas.

• José Manuel Caldeira – de nacionalidade moçambicana é advogado de profissão. Membro fundador da Ordem do Advogados de Moçambique, membro do Conselho Científico da Associação Nacional dos Juristas Moçambicanos (ANJUR), consultor honorário da Islândia em Maputo, sócio fundador da sociedade Sal e Caldeira Advogados, Lda e responsável por serviços de consulta jurídica em várias áreas, incluindo assessoria jurídica ao Governo Moçambicano. Tem vasta experiência na reforma institucional do sector público moçambicano, incluindo o sector jurídico e outras instituições.

• Risco & Compliance;• Operações;• Crédito; e• Tecnologias de Informação.

O Director Geral do Grupo esteve igualmente presente em duas reuniões.

NÚMERO DE REUNIÕES E ASSIDUIDADE

Durante o ano 2018, o Comité de Auditoria reuniu 3 vezes, contando com a participação dos respectivos membros, da Directora de Auditoria Interna e do Director de Auditoria Interna do Grupo, bem como dos directores das seguintes áreas, como convidados:

DECLARAÇÃO RELATIVA AO CUMPRIMENTODAS SUAS RESPONSABILIDADES

Tanto quanto é do seu conhecimento, o Comité de Auditoria tem cumprido as suas obrigações legais e regulamentares, bem como as suas responsabilidades, nos termos definidos no mandato do Comité.

DECLARAÇÃO RELATIVA À RECOMENDAÇÃO OU NÃODO RELATÓRIO ANUAL PARA APROVAÇÃO DO CONSELHODE ADMINISTRAÇÃO

O Comité de Auditoria recomenda, para aprovação pelo Conselho de Administração, o relatório anual relativo ao exercício económico de 2018.

PARECER DO COMITÉ DE AUDITORIACORPORATE GOVERNANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201860

BANTWAL PRABHU Presidente do Comité de Auditoria

Não obstante os desafios inerentes a um sector extremamente competitivo e a um mercado em constante evolução, o sistema de controlo interno do Banco manteve-se estável e demonstra sinais de melhoria progressiva, alicerçado na definição de uma estratégia de crescimento do seu balanço e obtenção de resultados positivos.

A avaliação do sistema de controlo interno foi sustentada no desempenho da auditoria externa e interna, que o Comité de Auditoria entende como adequado, efectivo e independente. O ano de 2018 foi marcado por alterações profundas na função de Auditoria Interna, com a contratação de uma nova Directora de Auditoria Interna e a adopção de uma nova metodologia de auditoria, consubstanciada no suporte prestado pela Direcção de Auditoria Interna do Grupo, permitindo assegurar uma maior harmonização dos procedimentos e padrões observados pela Auditoria Interna, bem como incrementar a eficiência da função.

Em cumprimento do plano de auditoria para 2018, foram realizadas 7 auditorias ao sistema de controlo interno, das quais resultaram a identificação de 57 constatações, incluindo 27 classificadas com risco elevado. A gestão tem vindo a actuar proactivamente na resolução das mesmas através da implementação de medidas correctivas, com vista à mitigação dos riscos inerentes às situações identificadas. Ainda que sejam notórios sinais positivos, existe ainda margem para melhoria, pelo que o Comité de Auditoria recomenda ao Conselho de Administração, e em particular à Direcção Executiva, que mantenha como prioridade a consolidação do sistema e controlo interno e da governação corporativa, nomeadamente através do implementação e revisão dos manuais, políticas e procedimentos e da adopção e disseminação de uma cultura de risco.

O Comité de Auditoria tem tido uma performance em conformidade com as suas responsabilidades legais, regulamentares e de governação tal como se encontram estabelecidas no seu mandato.

OPINIÃO DO COMITÉ DE AUDITORIA

PARECER DO COMITÉ DE AUDITORIACORPORATE GOVERNANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018

CAPITALHUMANO

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RELATÓRIO E CONTAS • 201862

No Capital Bank prevalece uma cultura de valorização das suas pessoas, acreditamos que colaboradores satisfeitos tornam os clientes satisfeitos, e por isso, investimos activamente nos nossos colaboradores, e estes tornam-se, consequentemente, mais productivos e eficientes. Em 31 de Dezembro de 2018, contando com os serviços centrais e as agências faziam parte do Capital Bank oitenta e sete (87) pessoas, com espírito inovador e dinâmico, competentes e dedicadas. 15% destes encontravam-se, à data, em posição de Direcção, 14% são chefes de serviço, 20% são gestores, 23% técnicos, 24% técnicos básicos e 5% correspondem a serviços de suporte.

Nos últimos meses, de acordo com a estratégia do Banco, este tem vindo a contratar pessoal qualificado em conformidade com os seus objectivos para o futuro. De forma a sustentar o crescimento esperado do Banco, de 2017 para 2018, o número de colaboradores registou um aumento de 38%, passando de 63 para 87.É esperado que o número de colaboradores volte a aumentar em 2019, dada a estratégia de crescimento do Banco.

A maioria dos colaboradores do Banco, 37%, foi contratado há 5 ou mais anos. Acreditamos que é possível ter no Banco uma carreira para toda a vida, onde as pessoas se sentem satisfeitas com as condições de trabalho, com a qualidade do ambiente de trabalho, sentem-se valorizadas, constantemente desafiadas e se identificam com os objectivos do Banco.

No Capital Bank investimos em formação e desenvolvimento das nossas pessoas e ambicionamos sempre a sua satisfação. O Capital Bank não admite qualquer tipo de discriminação para com os seus colaboradores, clientes e outras partes.

RECRUTAMENTO

O Capital Bank propõem-se a recrutar, formar e manter as pessoas que melhor se identificam com os seus valores, tentando proporcionar-lhes as melhores oportunidades para desenvolverem o seu talento.

As práticas de recrutamento do Capital Bank baseiam-se em critérios eticamente exigentes.

NÚMERO DE COLABORADORES

63

87

2017 2018

ANTIGUIDADE DOS RECURSOS HUMANOSDO BANCO (EM ANOS DE ACTIVIDADE)

menosde 135%

2 a 313%

5 oumais37%

4 a 58% 3 a 4

7%

AS NOSSAS PESSOAS - CARACTERIZAÇÃODOS COLABORADORES DO BANCO

AS NOSSAS PESSOASCAPITAL HUMANO

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 63

COMPOSIÇÃO EM TERMOSDE GÉNERO

Actualmente o Banco apresenta uma estrutura maioritariamente composta por mulheres! O Banco promove activamente a igualdade entre géneros e não admite qualquer tipo de discriminação.Em 31 de Dezembro de 2018 o Banco era composto em 53% por mulheres, ou seja, 46 colaboradores do Capital Bank são do sexo feminino.

47% 53%

Mulheres Homens

COMPOSIÇÃO EM TERMOSDE HABILITAÇÕESLITERÁRIAS

COMPOSIÇÃO EM TERMOSDE ESTRUTURA ETÁRIA

ESG252%

ESG12%

M 2%

L 27%

B 6%

ETM 10%

ETB 1%

A grande maioria dos colaboradores do Banco (52%) tem a 12ª classe, 27% tem Licenciatura, 2% Mestrado e 6% Bacharelato, o que transparece um elevado nível de competências das nossas pessoas.

CÓDIGO HABILITAÇÕES LITERÁRIAS

ESG1 Ensino Secundário Geral 1º Ciclo - 10ª Classe

ESG2 Ensino Secundário Geral 2º Ciclo - 12ª Classe

ETB Ensino Técnico Básico - 10ª Classe

ETM Ensino Técnico Medio - 12ª Classe

B Bacharelato

L Licenciatura

M Mestrado

O Banco apresenta uma estrutura muito jovem, onde os colaboradores têm entre 20 e 63 anos de idade, e a idade média se situa nos 34 anos. A maioria das pessoas que compõem o Capital Bank, 45%, tem entre 30 e 49 anos, e 34% ainda não completou 30 anos. Apenas 5 pessoas têm 50 ou mais anos.

34

39

9

3 2 Nº

de c

olab

orad

ores

20 - 29 30 - 39 40 - 49 50 - 59 >/= 60 Idades

AS NOSSAS PESSOASCAPITAL HUMANO

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RELATÓRIO E CONTAS • 201864

O Capital Bank investe e incentiva a valorização profissional dos seus colaboradores, disponibilizando diferentes possibilidades de formação pessoal e profissional. As formações dos colaboradores do Banco são desenvolvidas dentro e fora do país com o objectivo de maximizar as suas competências e permitir o alinhamento das práticas a aplicar no Banco com as boas práticas internacionais.

A cultura organizacional vivida no Banco permite uma elevada partilha de conhecimentos e troca de ideias. O ambiente é democrático e existe a aprendizagem constante para a cooperação, com uma dinâmica on-the-job-training, com constante orientação e cooperação entre colegas.

O Banco acredita que uma das suas forças se prende com as elevadas competências técnicas e interpessoais dos seus colaboradores e na aprendizagem contínua que o Banco lhes proporciona.Essa aprendizagem transforma os colaboradores em profissionais de excelência, actualizados, que os diferencia, promove a sua inovação e satisfação. Este factor consolida a cultura e valores do Banco, promove a accountability/responsabilização pelos compromissos de cada um, desenvolve e solidifica o espírito de equipa e harmonização das relações entre colegas e finalmente, consolida os objectivos individuais dos colaboradores com os objectivos do Banco.

O Programa de Formação do Banco é bastante completo e transversal a todas as áreas e funções, centrando-se além da potenciação de competências técnico-profissionais, nas competências interpessoais das equipas. As sessões de Formação são desenhadas, planificadas e desenvolvidas de acordo com as necessidades e adaptadas ao público-alvo. Normalmente são implementadas em componentes teórico-práticas e dinâmicas, na medida em que facilmente se adaptam às competências e maiores dificuldades a ultrapassar pelos formandos.

Todos os colaboradores do Banco tiveram acesso a formação durante o ano 2018. O Banco proporcionou aos seus colaboradores mais de 2.626 (duas mil seiscentas e vinte e seis) horas de formação nas mais diversas temáticas, para as diversas áreas.

87 FORMANDOS

COMPETÊNCIASTÉCNICO - PROFISSIONAISE PESSOAIS

+ DE 2.626 HORAS

PARA TODAS AS ÁREAS

FORMAÇÃO

FORMAÇÃO & DESENVOLVIMENTOCAPITAL HUMANO

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 65

ÁREA TEMA DA FORMAÇÃO

AML

Novos regulamentos de Controlo de Câmbios

ICAAP, Stress Test & Masterclass deCapital EconómicoR

ISC

O E

CO

MP

LIA

NC

EC

OM

PE

NC

IAS

PE

SS

OA

IS

Todas as áreas

Operações + Corporate + Trade

Dir. de Tesouraria + Dir. de Risco& Compliance + Risco e Reporte

5

1

2

2.5

4

2

80

3

3

Elaboração de Propostas de Crédito

Regulamentos Gerais de Crédito

Gestão de RiscoCR

ÉD

ITO

Corporate + Agências

Corporate + Agências

Gestor de Crédito

2

2

4

1

1

6

12

12

1

Bolsa de Valores - Operadores

Internet Banking

FX Trade

Intellimatch

Aplicação de Supervisão Bancária

OP

ER

ÕE

S

Tesouraria + Operações de Crédito + Títulos

Corporate

Tesouraria

Dir. de Contabilidade

Dir. Trade + Dir. Operações + Dir. Corporate

1

2

1

15

1

4

3

3

6

4

2

24

2

1

4

Termos de Compromisso

FINACLE

Desenvolvimento de Liderança - Nível Avançado Dir. de Corporate

TR

AD

EF

INA

NC

E Trade

Resp. de Trade +Dir. de Tesouraria

1

10

4 5 1

4

6

2

2

SESSÕESDURAÇÃO DE CADA

SESSÃO (HORAS) FORMANDOS ÁREAS DESIGNADAS

PLANO DE FORMAÇÃO CAPITAL BANK - 2018

FORMAÇÃO & DESENVOLVIMENTOCAPITAL HUMANO

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018

GESTÃO DE RISCOE COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 67

A excelência do serviço que oferecemos está directamente ligada à nossa rapidez na resposta ao cliente. Auxiliados por processos automatizados e sistemas tecnológicos desenvolvidos, tornamo-nos rápidos, além de eficazes, a entregar valor ao cliente.

Apesar do automatismo de processos, somos capazes de adaptar os nossos produtos às necessidades do cliente e oferecer paralelamente um serviço personalizado.

Tendo como principal objectivo melhorar as práticas de gestão de riscos vigentes nas instituições de crédito, bem como uniformizar a respectiva terminologia, o Banco de Moçambique decidiu emitir um conjunto de directrizes, baseadas nas melhores práticas internacionalmente aceites.

O Capital Bank desenvolveu um Programa de Gestão de Risco (PGR) que anualmente é revisto por forma a ajusta-lo a sua dimensão e actividades de modo a cobrir os 9 (nove) riscos abaixo mencionados.

Código de Conduta e Ética do Capital Bank

RISCO DE CRÉDITO RISCO DE TAXA DE CÂMBIO RISCO DE REPUTAÇÃO

RISCO DE LIQUIDEZ

RISCO DE TI

RISCO OPERACIONAL

RISCO DE TAXA DE JURO RISCO ESTRATÉGICO

RISCO DE COMPLIANCE

MODELO DE GESTÃO DE RISCOGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201868

A gestão de riscos no Capital Bank centra-se em 4 (quatro) processos-chave:

Consiste na identificação de riscos existentes ou potenciais, tanto de iniciativas de negócio já existentes como de novas iniciativas.

RISCO DE CRÉDITO

Consiste na identificação de riscos existentes ou potenciais, tanto de iniciativas de negócio já existentes como de novas iniciativas.

MENSURAÇÃO

?

Consiste em definir limites de exposição ao risco, através de políticas, normas, e procedimentos que definam responsabilidades e linhas de autoridade.

CONTROLO

Consiste na identificação de riscos existentes ou potenciais, tanto de iniciativas de negócio já existentes como de novas iniciativas.

ACOMPANHAMENTO

$

MODELO DE GESTÃO DE RISCOGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 69

MODELO DE GESTÃO DE RISCO

Ambientede ControloInterno

EstruturaOrganizacional

CulturaOrganizacional

PlaneamentoEstratégico

Monitorização Auto-Avaliação Auditoria Interna

Informaçãoe Comunicação

Sistemade Gestãode Riscos

Identificaçãode Riscos

CulturaOrganizacional

Acompanhamentode Riscos

Controlo de Riscos

Sistema de Informação de Gestão

Re

po

rtin

g

COMPLIANCE

GESTÃO DERISCOS

AUDITORIAINTERNA

ADMINISTRAÇÃO

O Banco dispõe de sistemas

de controlo interno, controlo

contabilístico e administrativo

que asseguram a salvaguarda

dos activos do Banco e que as

respectivas operações e

transacções são executadas e

escrituradas em conformidade

com as normas e os procedimentos

adoptados.

QUADRO CONCEPTUAL DE GESTÃO DE RISCO

MODELO DE GESTÃO DE RISCOGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201870

A função de Gestão de Risco do Capital Bank visa essencialmente identificar, avaliar, mensurar, controlar, acompanhar e reportar todos os riscos materialmente relevantes em que a instituição se encontra sujeita, tanto interna como externamente, de modo a que os mesmos se mantenham em níveis adequados e, dessa forma, não afectem negativamente a situação patrimonial do Banco.

O controlo e a gestão eficiente dos riscos irá certamente desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento equilibrado e sustentado do Capital Bank. Para além de contribuírem para a otimização do binómio rendibilidade/risco das várias linhas de negócio, asseguram, também, a manutenção de um perfil de risco conservador ao nível da solvabilidade e da liquidez.

O Capital Bank dispõe de um quadro conceptual de riscos abrangente de forma a identificar todos os riscos a que a instituição se encontra exposta, do qual se identificam os seguintes elementos-chave:

ELEMENTOS-CHAVE MEDIDAS DE IMPLEMENTAÇÃO

Fiscalização activa pelo órgão de administração e gestão do topo

Políticas, procedimentos e limites adequados

Controlos internos abrangentes

Sistemas adequados de medição, acompanhamento e de informação de gestão

Foram criados internamente comités do órgão da administração e gestão do topo que têm a responsabilidade de identificar, avaliar, monitorar e reportar os riscos da instituição.

Serão produzidos normativos internos de políticas, procedimentos e limites de exposição ao risco adequados às actividades da instituição

Serão criados modelos de avaliação e controlo de riscos, assim como relatórios de acompanhamento e evolução do perfil de risco.

O Banco irá proceder com a elaboração de um manual do sistema de controlo interno apropriado ao tipo e nível dos riscos da instituição. Os controlos internos serão testados pela área de auditoria interna e reportado directamente ao Comité de Auditoria.

MODELO DE GESTÃO DE RISCOGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 71

As funções da gestão de risco do Capital Bank incluem:

• Identificação, avaliação, controlo e reporte dos diferentes tipos de risco assumidos, de forma a permitir a gestão global do risco e o cumprimento das normas internas e regulamentares, bem como monitorização e dinamização de acções de mitigação;

• Implementação das políticas de risco definidas pelo órgão de administração, homogeneizando princípios, conceitos e metodologias em todas as unidades orgânicas do Banco;

• Desenvolvimento de modelos e metodologias para identificação e quantificação dos riscos;

• Apuramento, controlo e reporte dos requisitos de capital regulamentar para risco de crédito, risco de mercado e risco operacional;

• Desenvolvimento do processo de avaliação de adequação do capital interno (ICAAP – Internal Capital Adequacy Assessment Process) e dos testes de esforço (stress tests).

A definição de funções e responsabilidades na gestão de risco obedece ao princípio das “Três Linhas de Defesa” que define de forma clara a delegação de poderes e os canais de comunicação que estarão formalizados nas políticas do Capital Bank. Esta segregação de funções é fundamental para alinhar incentivos e controlar e gerir riscos.

LINHA DE DEFESA

Tomada de Risco pelas Áreas de Negócio

FUNÇÕES

Áreas de Negócio

OBJECTIVO

Maximização do retorno considerando a exposição ao risco permitida

OBJECTIVO

As áreas de negócio através das actividades diárias do exercício e aprovação das respectivas operações são tomadoras de risco

Controlo de Riscos Dep. de Risco e Compliance

Manter a exposição do Banco ao risco dentro do estabelecido, através de

monitorização e medição

Tem como responsabilidades propor o apetite de risco e respectivos limites da instituição, identificar e monitorizar riscos

e reportar quando existem excessos, desenvolver modelos e ferramentas para avaliação dos riscos.

Auditoria Interna Auditoria InternaGarantir a eficácia dos mecanismos de

controlo de riscos através de controlo de processos-chave

É responsável por uma revisão independente da adesão a normas políticas e regulamentos, assim como de identificação de

falhas operacionais e proposta de medidas correctivas.

MODELO DE GESTÃO DE RISCOGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201872

Risco de Crédito, é um dos riscos mais relevantes da actividade bancária e é referente à probabilidade de incumprimento efectivo da contraparte. O seu controlo e mitigação é imprescindível à estabilidade financeira e solvabilidade do Banco.

Em contexto macro-económico adverso, a prevenção, monitorização e mitigação do Risco de Crédito merece elevada atenção, uma vez que este se torna mais iminente.A Gestão de Risco do Capital Bank é transversal a todas as fases de gestão do Banco, nomeadamente:

1. ANÁLISE 2. APROVAÇÃO 3. MONITORIZAÇÃO $ 4. RECUPERAÇÃO

Esta gestão do Risco de crédito é conseguida através de:

• Processos integrados de monitorização e avaliação de riscos, nomeadamente através de monitorização diária das exposições creditícias;

• Aplicação de sistemas internos de rating e scoring adequados, assim como um modelo de monitorização de portfolio de detecção antecipada de potencial risco de incumprimento;

• Existência de unidades estruturais de recuperação de crédito em casos de default;

• Acompanhamento permanente da evolução da carteira;

• Determinação de limites de apetência ao risco de crédito e evitar concentração de riscos. Estes limites são fixados em linha de conta com a exposição total ao risco de crédito e a absorção de capital relativo ao total do capital disponível para todas as contrapartes. Estes são limites determinantes na concessão de crédito assim como na gestão da carteira de riscos.

Os comités com responsabilidade na gestão do Risco de Crédito são, nomeadamente:

• Comité de Crédito - Este comité é composto por elementos não executivos do Conselho de Administração e tem como responsabilidades providenciar orientação estratégica de Gestão de Crédito, rever as tendências da carteira de crédito, bem como a qualidade da origem de novos créditos.

• Comité de Local Crédito - Responsável pelo acompanhamento e monitorização do perfil de risco de crédito, monitorização de cumprimento dos limites de crédito regulamentares, aprovação e recomendação de estratégias por cada segmento de clientes ou produto e pelos testes de stress da carteira.

RISCO DE CRÉDITOGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 73

O banco detém modelos internos de scoring e rating, que permitem avaliar a probabilidade de incumprimento de um Cliente a partir de elementos quantitativos e qualitativos, atribuindo uma notação de risco. A matriz utilizada pelo Grupo tem equivalência com as matrizes internacionais de rating ECAI (External Credit Assessment Institutions), e foi elaborada de acordo com as normas nacionais e as boas práticas internacionais.

Os níveis de aprovação dependem das classes de risco das contrapartes, que variam entre a exposição e limite de risco alocado. Adicionalmente, a aprovação está directamente dependente de diagnósticos internos e orientações do Banco de Moçambique.

AVALIAÇÃO DE GARANTIAS HIPOTECÁRIAS

O Capital Bank usa um modelo de avaliação de garantias hipotecárias que depende de pareceres externos especializados efectuados por peritos designados, em estricto cumprimento com as orientações emanadas pelo Banco de Moçambique. Os métodos de avaliação do Banco são determinantes para a aceitação de garantias como medidas mitigadoras do risco.

O Banco procura, normalmente, mitigar o risco de crédito através de contrapartes, transacção ou sector, de forma a alcançar o equilíbrio entre risco e custo, utilização de capital e recompensa. Em nenhuma circunstância os valores colaterais podem ser influenciados por imperativos de áreas de negócio ou de preço.

APROVAÇÃODE CRÉDITO

AVALIAÇÃO DO RISCO DE CRÉDITO

Na delegação de poderes definida no Regulamento Geral de Crédito do Capital Bank, S.A. constam os seguintes níveis de autoridade para aprovação dos créditos:

• Comité local de crédito

• Comité de crédito

• Conselho de Administração

MONITORIZAÇÃO E REPORTEDO RISCO DE CRÉDITO

O Risco da carteira de crédito do Capital Bank é monitorizada através de diversos instrumentos, nomeadamente:

• Testes de esforço: que avaliam individualmente cada cliente num cenário macroeconómico desfavorável e quantifica possíveis impactos no desempenho desses clientes em matéria de qualidade do seu crédito.

• Análise do impacto do risco do país na carteira: aferir quais os clientes da carteira de crédito que terão impacto negativo numa eventual descida da notação de risco do país.

• Gestão de contratos: monitorizam continuamente os termos e condições dos contratos celebrados.

• Avaliação de garantias: actualizar as avaliações de garantias hipotecárias, em estreito cumprimento com as orientações emanadas pelo Banco de Moçambique.

RISCO DE CRÉDITOGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201874

As perdas por imparidade são calculadas de acordo com os requisitos do IFRS 9.

O Modelo de perdas por imparidade do Banco é baseado em metodologias internas adequadas ao Mercado e com base em dados históricos, assim como características da carteira de crédito.

O Modelo pretende calcular a probabilidade de default e a percentagem de perda.

No caso de incumprimentos superiores a 90 dias, o Banco efectua uma análise individual por cada caso de incumprimento, e determina o justo valor da carteira de crédito tendo em consideração o valor actual dos cash-flows futuros estimados.

São ainda objectos de avaliação individual alguns Clientes de acordo com o volume do crédito ou sinais de imparidade.

Além de monitorizar a qualidade de crédito, o Capital Bank avalia e reporta regularmente grandes exposições de crédito, face ao nível de fundos próprios do Banco, de forma a prevenir potenciais incumprimentos dos requisitos regulamentares e/ou os limites definidos pelo Conselho de Administração. O Banco controla igualmente o risco de concentração por sector de actividade e evita a elevada exposição relativa a sectores om maior vulnerabilidade.

RISCO DE CONCENTRAÇÃOCom o intuito de estabelecer procedimentos que as instituições financeiras bancárias devem observar no apuramento de provisões regulamentares mínimas para a carteira de crédito concedido a Clientes, o Banco de Moçambique publicou a o Aviso 16/GBM/2013.

O Capital Bank desenvolveu o seu modelo de registo de perdas por imparidade baseado no disposto no IFRS 9 de forma a alinhar o processo de cálculo de imparidade de crédito.

Sempre que as provisões prudenciais resultam em valores superiores às do modelo de imparidade, a diferença é deduzida aos Fundos Próprios regulamentares.

REQUISITOS REGULAMENTARES

PROVISÕES PARA PERDAS POR IMPARIDADE DE CRÉDITO?

RISCO DE CRÉDITOGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 75

Nos gráficos acima é avaliada a qualidade do crédito concedido pelo Capital Bank, de acordo com várias métricas de análise da carteira de crédito. Pode verificar-se que o crédito concedido verificou uma ligeira diminuição de 2017 para 2018 de 2%, resultado da diminuição da concessão de créditos a particulares. No entanto, existiu um ligeiro aumento do crédito concedido aos clientes corporate, 3%.

O valor de NPLs verificou uma melhoria significativa, tendo sido apenas registados incumprimentos em créditos de moeda nacional. A cobertura da carteira de crédito em moeda nacional por garantias reais, revela um aumento, considerável. A cobertura de provisões sobre NPLs verificou um aumento para o crédito a particulares e uma tendência oposta na cobertura para o segmento corporate, resultado das garantias recebidas como colateral serem de muito boa qualidade

CRÉDITO CONCEDIDO (´000 MZN) COBERTURA DA CARTEIRA DE CRÉDITOPOR GARANTIAS REAIS

COBERTURA DE NPLs POR IMPARIDADES NPLs (´000 MZN)

$ $

2017 2018

1,201,284

+136%

509,532

Extrapatrimoniais2017 2018

805,786 791,397

657,284638,455

134,113167,331

Total A Particulares A Empresas

-2%

+3%

-20%

2017 2018

62%

54%

45%

15%

Cobertura de NPLs por imparidades - particularesCobertura de NPLs por imparidades - corporate

2017 2018

56%50%

0%0%

Cobertura de NPLs por imparidades- moeda nacionalCobertura de NPLs por imparidades- moeda estrangeira

2017 2018Moeda estrangeira Moeda nacional

0%

108%149%

306%

Moeda estrangeiraMoeda nacional

2017 2018 2017 2018

148,725

120,413

0% 0%

106,780

129,097

13,63319,627

NPLs › 90 dias NPLs › ParticularesNPLs › Empresas

19%

16%

-19%

-17%

-31%

RISCO DE CRÉDITOGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201876

A função de risco, no âmbito do risco operacional, analisa proactivamente as causas dos incidentes de acordo com a metodologia de gestão de incidentes, com as tendências e ameaças emergentes e faz recomendações para a criação, actualização e implementação de controlos e práticas, através de auto-avaliações de risco, do controlo às unidades de negócio e da monitorização de KRIs (Principais Indicadores de Risco).Adicionalmente, existe no banco a identificação de potenciais disrupções operacionais e criação de bases para a mitigação dessas lacunas.

O modelo de gestão do Risco Operacional do Capital Bank prepara a resposta em casos de emergência, bem como a capacidade de resposta em situações de crise do negócio desde a sua ocorrência até à recuperação da operacionalidade das actividades do Banco, dispondo de:• Mecanismos de mitigação para eventos externos, nomeadamente mecanismos de Segurança Física e Electrónica eficazes;• Plano de Continuidade do Negócio (foco ena continuidade do negócio e na segurança das nossas pessoas);• Sistemas de detecção de Fraude e Branqueamento de Capitais.

Risco Operacional, compreende o risco de perdas derivadas de falhas internas, nomeadamente inadequação, falhas de processos, pessoas, sistemas ou eventos externos.Este é um risco natural de negócio que, após identificado, é monitorizado e mitigado pelo Banco.

GOVERNAÇÃO DA GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL

A função de Risco, nomeadamente no que refere a Risco Operacional, pertence à 2ª linha de defesa do Banco, sendo responsável por desenvolver e manter o modelo de governação de Risco Operacional e facilitar a sua adopção.

O risco operacional é identificado nas próprias unidades além de existir uma identificação de lacunas de forma transversal ao Banco em todas as operações pela gestão de topo. Essa identificação resulta numa actuação para a mitigação e controlo rápido e flexível. No entanto, a responsabilidade de monitorizar, supervisionar e reportar os temas de risco operacional é responsabilidade do Departamento de Risco e, dos seguintes fóruns:

• COMITÉ DE RISCO E COMPLIANCE • COMITÉ LOCAL DE RISCO

RISCO OPERACIONALGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 77

POLÍTICA DE GESTÃO DE INCIDENTES

Normas que permitem regular os processos de identificação, registo, investigação, quantificação, e reporte de incidentes de risco operacional e subsequente implementação de medidas correctivas.

KEY RISK INDICATORS (KRIs)

Indicadores-chave que permitem a monitorização dos níveis de risco operacional que o Banco incorre e dos processos de controlo implementados.

O Capital Bank util iza diferentes instrumentos para a identificação, monitorização e mitigação do risco operacional, nomeadamente:

RISK CONTROL SELF ASSESSMENT (RCSA)

Auto-avaliação dos processos de negócio, identificando riscos incorridos e actividades de controlo necessárias para a mitigação desses riscos.

RISCO OPERACIONALGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201878

O Banco tem vindo a estabelecer controlos internos do Risco Operacional, nomeadamente através de acções como:

• Formação de colaboradores de acordo com as necessidades das suas funções;

• Promover uma cultura de accountability;

• Publicação de políticas e normativos internos que estabelecem processos e acções a tomar;

• Melhoria contínua do desenho e formalização de processos com mais automação;

• Implementação de ferramentas de controlo diário dos riscos inerentes ao negócio;

• Envidar esforços para a política de Know Your Costumer (KYC);

• Investir na implementação de controlos de acordo com a política Know Your Supplier (KYS) e Anti-money Laundering (AML).

ACÇÕES A TOMAR EM 2019:

O Banco compromete-se a seguir três grandes pilares no que respeita à identificação, monitorização e mitigação do risco operacional:

• Melhorar continuamente a qualidade das suas políticas e práticas de controlo de risco operacional, direccionando esforços para a adaptação dos sistemas de IT para darem suporte ao controlo de gestão;

• Melhorar e integrar processos e procedimentos inter-departamentais;

• Garantir a continuidade e adequação dos sistemas e processos de monitorização de risco operacional.

RISCO OPERACIONALGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 79

Este tipo de risco inclui ainda o impacto de factores de risco sobre o valor de Mercado de instrumentos negociados, e o impacto sobre a margem de juro líquida do Banco, consequente do risco de taxa de juro a que estão expostos os activos e passivos que constituem a carteira bancária.

Risco de Mercado, refere-se ao risco da alteração do justo valor, no valor efectivo de mercado ou nos resultados de uma carteira de instrumentos financeiros, causada por movimentos adversos de variáveis exógenas – do mercado – tal como preços de acções, obrigações, matérias-primas, taxas de juro, taxas de câmbio, spreads de crédito, taxas de recuperação, assim como correlações e volatilidades implícitas nas variáveis do mercado.

RISCODE NEGOCIAÇÃO

Decorre de actividades de negociação onde o Banco opera na qualidade de contratante com Clientes no Mercado.

1 RISCO DE TAXADE JURO

Decorre do Risco Estrutural de taxa de juro causado pela possibilidade do Banco realizar repricing dos activos e passivos bancários.

2 RISCO CAMBIAL

Decorre de alterações no justo valor ou nos fluxos de caixa futuros das exposições financeiras devido a alterações nas taxas de câmbio.

3RISCO DEINVESTIMENTOEM TÍTULOS

Decorre das alterações de preços de títulos cotados ou não.

4

RISCO DE MERCADOGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201880

A Gestão de Risco do Capital Bank está naturalmente sujeita à supervisão do órgão supervisor e do Grupo.

O Departamento de Gestão de Risco e Compliance é responsável por:• Identificação, avaliação, monitorização e reporte do risco de Mercado;• Monitorização diária de exposições e respectivos excessos;• Realização de relatórios de risco periódicos ao Comité de Activos e Passivos (ALCO), Comité de Crédito e Comité Local de Risco.

O Conselho de Administração é responsável por:• Aprovar o apetite de risco de Mercado;• Aprovar os padrões definidos para todos os tipos de risco de Mercado;• Atribuição de autoridade geral ao ALCO para assumir gestão da exposição ao risco de Mercado, sendo este responsável por garantir que a medição, reporte, monitorização e gestão de risco de Mercado associados às operações seguem um modelo de governação comum.

PRINCÍPIOS PARA MEDIR E CONTROLAR O RISCO DE MERCADO

POSIÇÃO ABERTA LÍQUIDA DIÁRIADefinição de limites para os níveis de exposição por divisa e para as posições overnight de forma agregada.

O Banco de Moçambique define os limites para as posições cambiais no Aviso 9/GBM/2017, que são os seguintes:• No fecho de cada dia, a Instituição de crédito não deve

apresentar uma posição cambial global superior a 20% dos fundos próprios, nem uma posição cambial em cada moeda estrangeira que exceda 10% dos referidos fundos próprios.

• O Banco monitora diariamente essas posições com vista a cumprir com o preceituado no Aviso.

MARGEM FINANCEIRAPrevisão dinâmica prospectiva da margem financeira para quantificar a exposição antecipada do Banco à variação na taxa de juro.

Implica a previsão de alterações da estrutura do Balanço e os cenários de taxa de juro, para determinar o efeitos que essas alterações possam ter em receitas futuras. A análise é realizada para condições de Mercado normais e para condições de Mercado extremas.

TESTES DE ESFORÇOPermitem avaliar as perdas potenciais que poderiam ocorrer perante condições extremas.

Os testes de esforço compreendem:• Testes individuais a factores de risco de Mercado, bem como combinação de factores de Mercado para classes individuais de activos.• Combinação de simulações históricas e hipotéticas.

GOVERNAÇÃO DA GESTÃO DE RISCO DE MERCADO

RISCO DE MERCADOGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 81

Os t ipos de r isco de taxa de juro que o Banco quantifica e gere são os seguintes:

Risco de Taxa de Juro representa referente a desfasamentos nos montantes, nas maturidades ou prazos de refixação das taxas de juro observadas entre os instrumentos financeiros com juros a receber e a pagar, causados pelos movimentos nas taxas de juro.

RISCODE REPRICING

Decorre da impossibilidade do banco realizar repricing dos seus activos perante alteração da taxa de juro a que o Banco se financia e/ou obtém investimentos.

1 RISCO DA CURVADE RENDIMENTOS

Decorre do risco de perdas perante alterações nos spreads entre dois ou mais prazos da curva de rendimentos.

2 RISCODE INDEXAÇÃO

Decorre de perdas referentes a dependência de diferentes indexantes que provoquem desequilíbrio entre taxas a receber e a pagar.

3RISCODE OPERAÇÕESEMBUTIDAS

Decorre de perdas relativas a instrumentos sensíveis a taxa de juro que dão ao cliente o direito de alteração do montante e do nocional de fluxos de caixa.

4

O Banco de Moçambique, através da Circular 04/SCO/2013 instrui avaliar o risco de taxa de juro de carteira bancária semestralmente. O objectivo é avaliar o impacto decorrente da deslocação paralela de +-200pb na margem de juros e na situação líquida.

REGULAMENTAÇÃO

O Comité de Activos e Passivos (ALCO) é responsável pela gestão do risco de taxa de juro através da delimitação da tolerância e triggers para a apetência ao risco, que devem ser implementados no Banco, estando em causa a protecção da margem financeira e dos fundos próprios.

GOVERNAÇÃO DA GESTÃO DE RISCO DE TAXA DE JURO

RISCO DE TAXA DE JUROGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201882

ANÁLISE DE SENSIBILIDADEDA MARGEM FINANCEIRA

Comparação entre montante das posições de activo e passivo e elementos extrapatrimoniais, em cada período de tempo, em função da maturidade ou refixação da taxa de juro referente.Para avaliar o impacto dos choques de taxa de juro nos fundos próprios do Banco, quantificam-se os efeitos das variações na taxa de juro no valor económico, através da aplicação de ponderadores de sensibilidade a cada período de maturidade. Ponderadores esses, baseados em choques standard.

ANÁLISE ESTÁTICA DE GAPS

Considerando as suas características de repricing, os activos, passivos e itens extrapatrimoniais são distribuídos por período temporal. Posteriormente, os passivos são subtraídos aos activos para produzir um gap de repricing para cada período de tempo.

Análisede sensibilidade

do valoreconómico

Análiseestáticade gaps

Análisede sensibilidade

da margemfinanceira

ANÁLISE DE SENSIBILIDADEDO VALOR ECONÓMICO

Esta análise consiste na quantificação da exposição do Banco a alterações da taxa de juro, através de um balanço reinvestido e a construção de cenários potenciais de taxa de juro de forma a determinar os seus efeitos nas receitas do Banco. São aplicados choques paralelos (up and down) na análise e a previsão deve cobrir no mínimo 12 meses.A análise segue a lógica que estabelece que o choque da taxa de juro deve reflectir um ambiente de taxas razoavelmente incomum e adverso que seja suficientemente significativo para capturar, além do delta, os efeitos das opções embutidas e da convexidade existente nos activos e passivos do Banco.

O Banco mede e controla a taxa de juro através de:

RISCO DE TAXA DE JUROGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 83

RISCO DE TAXA DE JURO

A política de gestão de liquidez visa definir os principais conceitos, princípios, responsabilidades, funções e modelo de gestão de liquidez aplicáveis no Banco, nomeadamente nas actividades de controlo. Os principais objectivos desta política são:

a) Definir os princípios que orientam a gestão do risco de liquidez do Banco;

b) Definir funções e responsáveis pelo planeamento, identificação, mensuração, monitorização e mitigação do risco de liquidez;

c) Promover uma gestão eficiente e assegurar o controlo do risco de liquidez;

d) Assegurar a capacidade de financiamento dos activos e o cumprimento das obrigações do Banco, em todos os períodos e com custos apropriados;

e) Promover a capacidade do Banco de reagir a acontecimentos que possam restringir o seu acesso ao mercado.

O Risco de Liquidez é a possibilidade da instituição não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, sem afectar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas.

O risco de liquidez define-se como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou nos fundos próprios, decorrentes da incapacidade do Banco para cumprir com as suas obrigações financeiras, à medida que as mesmas se vencem.

O risco de liquidez é afectado por factores internos e externos sendo que:

i. Os factores internos traduzem-se em riscos associados à actividade comercial (transformar passivos de curto-prazo em activos de longo-prazo, transferindo o risco de liquidez dos Clientes para o Banco), actividade de Tesouraria (investimento e financiamento através de operações em mercados financeiros) e reputação;

ii. Os factores externos traduzem-se em risco de financiamento (risco da degradação das fontes de financiamento do Banco) e em risco de liquidez de mercado (agravamento da capacidade de liquidar activos sem incorrer em perdas de capital).

REGRAS ESPECÍFICAS

RISCO DE LIQUIDEZGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201884

A posição de liquidez assume diferentes conceitos e considerações, nomeadamente:

• A posição de liquidez estática tem em consideração a totalidade dos cash-flows (pagamento / recebimento de juros e amortização de capital) gerados pelas operações contratadas, tanto activas como passivas, classificados numa série de intervalos temporais de acordo com a data da sua ocorrência. Para cada intervalo temporal considerado, a diferença entre os fluxos financeiros de entrada e os fluxos financeiros de saída corresponde ao gap de liquidez.

• A posição de liquidez dinâmica, para além de incluir a informação utilizada no cálculo da posição de liquidez estática, inclui a análise da evolução prevista da actividade comercial e de Mercados considerando o cumprimento dos objectivos estratégicos definidos, bem como a dinâmica de evolução do balanço. Assim, a posição dinâmica é mais realista que a estática na medida em que tem a possibilidade de reflectir comportamentos esperados.

• A posição de liquidez para uma moeda específica é obtida através dos cash-flows líquidos de entradas e de saídas previstas nessa moeda em cada período.

Os princípios definidos na Política devem ser aplicados a todos os assuntos internos ligados à gestão de liquidez. Deste modo, a Política do Banco sobrepõe-se e aplica-se sobre as restantes políticas e mecanismos estabelecidos no Banco que devem ser revistos pelas áreas responsáveis e submetidos ao Conselho de Administração que tem como responsabilidade:

I. Assegurar a existência de liquidez suficiente para financiar a actividade do Banco, sem prejuízo do cumprimento de todos os limites regulamentares, nomeadamente dos mínimos de reservas obrigatórias de acordo com a regulamentação vigente;

II. Garantir a manutenção de saldos credores mínimos necessários para o cumprimento das obrigações do Banco e dos Clientes;

III. Assegurar a manutenção de um volume de títulos (Bilhetes e Obrigações de Tesouro) suficientes para a colateralização de operações de financiamento do Mercado Monetário Interbancário (MMI);

IV. Assegurar a diversificação da carteira de activos do Banco para a mitigação do risco de liquidez e que possam ser usados para operações de financiamento do Balanço;

V. Manutenção de rácios de transformação global e em Moeda Nacional que promovam a estabilidade da posição de liquidez;

VI. Manter uma oferta de produtos de poupança e investimento que potencie a obtenção de fontes de financiamento diversificadas, para todos os segmentos;

VII. Promover que os depósitos de clientes sejam a todo o momento a fonte de financiamento primária do Banco e que o crédito a clientes seja principal linha de financiamento;

VIII. O Banco deve assegurar a definição e realização de testes de stress tendo por base cenários que permitam testar a resiliência do plano de financiamento do Banco e antecipar acções de mitigação face a uma eventual crise de liquidez;

IX. A Política deve ser complementada por um Plano de Contingência de Liquidez, no qual deverão ser definidos responsáveis pela monitorização dos eventos indicativos de potenciais crises de liquidez e as acções a realizar em caso de crise de liquidez. O Plano deve ser testado e actualizado regularmente por forma a garantir a sua robustez operacional;

X. Os processos, metodologias e pressupostos devem ser alvo de revisões independentes regulares.

$PRINCÍPIOS DE GESTÃO DE LIQUIDEZ

RISCO DE LIQUIDEZGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 85

RISCO DE LIQUIDEZ

O Conselho de Administração assume o papel máximo na articulação e aprovação da política de gestão de liquidez, proposta pelo ALCO, e agrega as seguintes responsabilidades:

• Aprovar a política de gestão de liquidez;

• Aprovar o plano de financiamento;

• Aprovar o plano de contingência de liquidez;

• Rever e aprovar a estratégia, políticas, práticas relacionadas com a gestão de liquidez com uma periodicidade mínima anual;

• Assegurar que os elementos do Quadro Directivo com impacto directo na gestão de liquidez possuem capacidades de gestão de liquidez eficazes;

• Definir a margem de segurança de liquidez (bu�er) do Banco;

• Aprovar os pressupostos, projecções e orçamento.

1. Total dos valores de cobertura

1.1 Disponibilidade e valores equivalentes

1.2 Aplicações

1,520,610

639,409

881,201

1,423,095

97,514

97,514

804,230

-

804,230

676,310

127,920

225,434

507,044

-

507,044

268,884

238,160

463,594

2,831,883

639,409

2,192,474

2,368,289

463,594

463,594

2. Responsabilidades exigíveis

3. Excesso / Défice de cobertura (1-2)

4. Valor acumulado

Valores realizáveis e exigíveis no prazo de:

MZN´000Totais

0 a 30 dias 31 a 180 dias mais de 180 dias

GOVERNAÇÃO DA GESTÃO DO RISCO DE LIQUIDEZ$

RISCO DE LIQUIDEZGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201886

O rácio de liquidez manteve-se aproximadamente constante entre os anos 2017 e 2018. Apesar do aumento em 40% do activos líquidos totais, os passivos de curto prazo variaram 46%, o que manteve o rácio equilibrado.

O crescimento acentuado dos passivos de curto prazo foram essencialmente resultado de um crescimento de 49% nos recursos de clientes. Relativamente aos activos líquidos, a sua variação foi em grande parte influenciada pelo crescimento de 324% das disponibilidades em outras instituições de crédito, que se situaram em MZN 271 milhões em 2018. As aplicações em instituições de crédito também registaram um aumento significativo (182%) para MZN 887 milhões, e caixa e disponibilidades em Bancos Centrais aumentou 117% para aproximadamente MZN 120 milhões.

Na cobertura de responsabilidade do mês de Dezembro de 2018, o Capital Bank apresentava activos superiores aos passivos em todas as bandas temporais. Isto é, podia cumprir com todas as suas obrigações nos devidos períodos.

O Rácio de Activos Líquidos do Capital Bank perfaz 70.2% em 2018, o que comparado com a média do sector financeiro moçambicano ponderada pela quota do Mercado do total dos activos apresenta um rácio médio de 49.3%. O Capital Bank apresenta uma situação de liquidez superior e mais robusta à média do sector em 2018.

Também o Rácio de Cobertura de Liquidez de curto prazo do Banco se situa acima da quota média do mercado ponderada pelo total dos activos, tendo o Banco verificado um rácio de 76.2% que contrasta com os 65.8% do mercado.

76%80%

43%

2016 20182017

2016 20182017Activos Líquidos Passivos de Curto Prazo

519,620

1,213,9411,781,003

2,338,746

1,596,762

1,275,713

MZN

`00

0

* Média ponderada pela quota de mercado do total dos activos - Dados do Banco de Moçambique referentes a 15 bancos, nomeadamente: ABC, Banco Mais, BIM, Banco Único, Barclays, BCI, Banco Terra, Capital Bank, Ecobank, FNB, Moza Banco, Société Générale, Socremo, Standard Bank e UBA.

Capital bankMédia do mercado*

49.3%

70.2%76.2%

65.8%

Rácio de ActivosLíquidos

Rácio de Coberturade Liquidez de curto prazo

Rácio de Liquidez

RÁCIO DE LIQUIDEZ$

$

RISCO DE LIQUIDEZGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 87

RISCO DE LIQUIDEZ

Risco de Compliance decorre da possibilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados e no capital, decorrentes de violações ou a não conformidade com leis, regulamentos, contratos, códigos de conduta, práticas instituídas ou princípios éticos, bem como interpretação incorreta das leis em vigor ou regulamentos.

Esta função foi estabelecida com o propósito de alinhar os processos e assegurar o cumprimento de normas e procedimentos por meio de um ambiente de controlo eficaz, além de preservar a boa reputação do Banco. A sua missão é de zelar pelo cumprimento de leis e regulamentos, normas internas e ainda o cumprimento dos mais altos padrões éticos. A nível interno, a função de Compliance reporta a três níveis, nomeadamente:

i) Ao Administrador Delegado, através da apresentação de relatórios mensais de actividade;

ii) Comité de Risco – Subcomité do Conselho de Administração através de relatório trimestral de actividades.

iii) Departamento de Risco e Compliance do Grupo First Capital Bank.

Por forma a garantir a eficiência requerida por lei à função de Compliance, a mesma tem agregada à sua função um conjunto de políticas e manuais vigentes tais como:

• Manual de compliance;• Política de prevenção e combate a branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo;• Política de aceitação de clientes;

• Política de filtragem de clientes;• Política de bancos correspondentes;• Política de monitoria de transações;• Política de categorização de clientes;• Política de gestão do capital; • Estrutura de gestão do capital;• Política de conflito de interesses; • Política de procurement;• Manual de corporate governance; • Política de donativos e entretenimento;• Política de fraude;

• Política de conformidade regulamentar;• Código de conduta;• Política de testes de esforço;• Política ICAAP;• Política de dividendos;• Mandato de clientes de alto risco;• Política AML/CFT;• Procedimento de classificação de risco do cliente;• Procedimento de triagem de clientes;• Procedimentos KYC;• Procedimento de monitoramento de transação.

POLÍTICAS E MANUAIS

FUNÇÃODE COMPLIANCE

A cultura de compliance tem como base valores, entendimentos, pressupostos e comportamentos éticos que estão de acordo com as boas práticas, a legislação e a cultura do Grupo onde o Banco se insere. O Capital Bank, S.A. encontra-se comprometido com a manutenção de uma forte cultura de compliance através de acções de formação e sensibilização e implementação de políticas e procedimentos.

FUNÇÃODE COMPLIANCE

RISCO DE COMPLIANCEGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201888

GESTÃO DO RISCO DE COMPLIANCE

O Banco realiza a gestão de risco de compliance através da adopção de risk based approach, que permite identificar, gerir e mitigar eficazmente o risco de compliance.

A governação não se limita apenas ao cumprimento de requisitos legais, mas requer igualmente um sistema rigoroso e robusto onde são definidas directrizes e indicadores para a medição do risco associado ao desenvolvimento da actividade bancária nos seus eventos.

Assim o Capital Bank, possui como indicadores de avaliação de Risco de Compliance os seguintes:

CONFORMIDADECOM LEIS

E REGULAMENTOS

CONFORMIDADECOM CÓDIGOS

DE CONDUTA, PRÁTICASINSTITUÍDAS OU

PRINCÍPIOS ÉTICOS

RESPONSABILIDADEPERANTE TERCEIROS GRAU DE TRANSPARÊNCIA

Determinar as possibilidades de incorrer em perdas devido à não observância das normas que regulam a actividade da instituição, nomeadamente normas prudenciais e a violação de outras leis ou regulamentos.

Determinar as possibilidades de incorrer em perdas devido à não observância das normas que regulam a actividade da instituição, nomeadamente normas prudenciais e a violação de outras leis ou regulamentos.

Determinar as possibilidades de existirem perdas relativas a violação de códigos de conduta, práticas instituiídas ou princípios éticos.

Determinar o risco associado a um menor grau de transparência na actividade da instituição e nomeadamente nas transacções realizadas.

RISCO DE COMPLIANCEGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 89

RISCO DE COMPLIANCE

PREVENÇÃO DE BRANQUEAMENTO DE CAPITAISE FINANCIAMENTO AO TERRORISMO

O Banco dispõe de sistemas Operacionais de suporte à prevenção do Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo, que assegura a filtragem de todos os clientes e transacções, assim como uma monitorização contÍnua da actividade transacional e comportamental de clientes.

O sistema de monitorização identifica com base em regras pré-definidas, transacções e comportamentos potencialmente suspeitos, possibilitando uma atempada e efectiva detecção de actividades e transacções que possam configurar a prática de BC/FT.

$

O CAPITAL BANK, S.A. EFECTUA UM ACOMPANHAMENTO CONTÍNUO DO RISCO DE COMPLIANCE, EM VÁRIAS FRENTES DE ACTUAÇÃO, NOMEADAMENTE:

• Monitorização das áreas de negócio, através Compliance Risk Framework;• Reuniões regulares de Comités de Risco onde os eventos de risco registados são analisados e propõ-se medidas com vista a mitigação;• Alinhamento das Políticas internas com a legislação e regulamentação em vigor;• Monitorização de reportes Prudencias e outros exigidos pelo regulador;• Comunicação contínua com o orgão Supervisor (Banco de Moçambique);• Adequação contínua dos procedimentos afectos às operações de invisíveis correntes, mercadorias;• Monitorização de transacções transfronteiriças;• Gestão documental.

RISCO DE COMPLIANCEGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 201890

RISCO ALTO

• Potencial perda devido a multas (directa ou indirecta) por violação da obrigação legal, danos desastrosos ou catastróficos que requeria um longo período de recuperação

• Mudanças significativas no sistema

• Custos e penalidades excessivos

• Suspensão ou perda da licença do banco, alerta escrito do Regulador, multas ou penalidades severas;

• Danos graves à reputação

RISCO MÉDIO ALTO

• Potencial perda devido a multas (directa ou indirecta) por violação do cumprimento regulatório significativo ou material

• Difícil recuperação ou implementação de mudanças; chamada de atenção por escrito do regulador, multas significativas ou penalizações, dano significativo a reputação

RISCO BAIXO

• Potencial perda devido a multas (directa ou indirecta) como consequência do baixo cumprimento regulamentar, custos mínimos facilmente recuperáveis, danos menores à reputação

Escala de risco sobre o impacto para o Banco de incumprimento:

Tendo em consideração os vários desenvolvimentos regulatórios, a Direcção de Risco e Compliance analisou o impacto regulatório e impulsionou as alterações necessárias às normas internas por forma a serem cobertas nos processos e consequentemente, entrarem para o fluxo de actividades do Banco, garantindo desta forma o seu cumprimento pelos vários intervenientes. Abaixo descrevem-se alguns projectos concluídos que foram despoletados pelas recentes alterações legislativas ou por iniciativa da área durante o ano 2018.

• Revisão das condições gerais de abertura e manutenção de conta;

• Revisão da matriz de risco de Cliente;

• Elaboração da matriz regulatória de gestão de risco de compliance;

• Procedimento de Gestão dos ofícios;

• Elaboração de procedimentos de gestão de Clientes de alto Risco;

• Reporte de operações suspeitas;

• Elaboração e submissão às autoridades o relatório anual de avaliação de risco de PBC/FT;

• Revisão de políticas de compliance para o exercício 2018;

• Gestão de remediação de processos de conta de clientes;

• Elaboração do Código de Conduta que estabelece as relações entre o Banco e dos clientes.

PRINCIPAIS DESENVOLVIMENTOS EM 2018

RISCO DE COMPLIANCEGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 91

RISCO DE COMPLIANCE

Segue abaixo o detalhe de outros projectos relevantes desenvolvidos e/ou suportados pela área de compliance conjuntamente com outras áreas do Banco, nomeadamente:

• Definição e manutenção do precário;

• Cancelamento e substituição de cartões de débito;

• Revisão de diversas políticas e manuais de procedimentos antes da sua implementação.

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES REGULAMENTARES OCORRIDAS EM 2018

Aviso nº 01/GBM/2018 - Regulamento de utilização de sistemas inteligentes de neutralização de notas do metical

Aviso n.º 02/GBM/2018 - Código de conduta das instituições de crédito e sociedades financeiras

Aviso n° 04/GBM/2018 - Condições de movimentação da conta específica de receita de exportação

Aviso n.º 03/GBM/2018 - Regulamento sobre a publicidade de produtos e serviços financeiros

Aviso n.º 05/GBM/2018 - Limites prudenciais à concentração de riscos

Aviso n.º 06/GBM/2018 - Nomeação do presidente da comissão directiva do fundo de garantia de depósito

Aviso n.º 07/GBM/2018 - Normas e procedimentos complementares ao regime cambial especial para operações de petróleo e gás

Aviso nº 08/GBM/2018 - Conversão de receitas de exportação de bens e serviços de rendimentos de investimento no estrangeiro e de outros fundos recebidos do estrangeiro

Aviso n.º 09/GBM/2018 - Determinação do rácio entre o valor do empréstimo e o valor do bem dado de garantia (ltv) e do rácio entre o montante do serviço de dívida e o rendimento do cliente (dti)

Aviso n.º 10/GBM/2018 - Instituições de crédito domésticas de importância sistémica

Aviso n.º 11/GBM/2018 - Limite de venda, levantamento, entrada e saída de moeda estrangeira

AVISOS DO BANCO DE MOÇAMBIQUE:

OUTROS PROJECTOS RELEVANTES

RISCO DE COMPLIANCEGESTÃO DE RISCO E COMPLIANCE

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018

ANÁLISE FINANCEIRA& APLICAÇÃODE RESULTADOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 93

JUROS E RENDIMENTOS SIMILARESVerifica-se um crescimento muito significativo dos juros e rendimentos similares, resultado de um crescimento muito relevante do nosso Balanço e da sua adequada gestão em activos de risco reduzido e com rentabilidades atractivas. Destaca-se igualmente uma tendência na primeira metade de 2018 de taxas de juro de mercado elevadas, que contribuíram para este resultado, apesar de na segunda metade do ano terem sofrido uma diminuição num ritmo acentuado.

JUROS E GASTOS SIMILARESUma eficiente gestão do balanço e da sua liquidez, conjugada com uma rigorosa gestão do preçário, permitiu uma redução significativa nos juros pagos. Esta redução, é notável, tendo em atenção um crescimento acentuado da rúbrica de recursos de clientes em 2018. Assim, em 2018 verificou-se uma redução relevante do custo de funding do Banco.

MARGEM COMPLEMENTARO Banco em 2018 mais que duplicou a sua margem complementar em resultado de uma mais eficiente gestão do preçário do Banco, mas acima de tudo resultado de uma maior captação do wallet share dos nossos clientes, resultado do nosso esforço na melhoria das funcionalidades e serviços oferecidos aos nossos clientes, bem como do investimento expressivo em tecnologia. Os resultados cambiais verificaram igualmente um crescimento notável quando comparado com 2017.

RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS / RESULTADO DO EXERCÍCIOO Banco em 2018 terminou o exercício com lucro no seu resultado do Exercício. Aliada à notável performance do Produto Bancário, o crescimento dos custos foi em linha com a inflacção quando expurgados alguns impactos não recorrentes.

O Banco reconheceu em 2018 impostos diferidos para prejuízos fiscais reportáveis, tendo por pressuposto os lucros estimados para os próximos anos e que irão permitir absorver estes impostos diferidos activos. Adicionalmente o Banco desreconheceu do Balanço saldos de impostos a receber de exercícios anteriores, tendo esse impacto penalizado o lucro do exercício.

As duas rúbricas que menos contribuíram para o crescimento do resultado em 2018, foram as de gastos com pessoal e impostos, sendo que prevê-se que em 2019 tal situação seja invertida.

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Juros e rendimentos similares

Juros e gastos similares

Margem financeira

Rendimentos líquidos de serviços e comissões

Ganhos em operações cambiais

Resultados de investimentos em títulos

Margem complementar

Produto bancário

Gastos com imparidade de crédito

Rendimentos operacionais

Gastos com pessoal

Depreciações e amortizações

Outros gastos operacionais

Imparidades para garantas bancárias

Outros ganhos operacionais

Resultado antes de impostos

Impostos sobre o rendimento

Impostos diferidos

Resultado do exercício

363,738

(122,475)

241,263

52,636

70,144

8,987

131,768

373,031

(26,757)

346,273

(164,773)

(31,519)

(144,680)

(3,003)

8,433

10,731

(36,828)

33,873

7,777

311,225

(145,375)

165,850

22,923

37,116

-

60,039

225,889

(81,962)

143,927

(114,851)

(25,973)

(146,051)

-

10,254

(132,694)

(2,909)

-

(135,603)

MZN´000 2018 2017

16.9%

15.8%

45.5%

129.6%

89.0%

100.0%

119.5%

65.1%

67.4%

140.6%

-43.5%

-21.4%

0.9%

-100.0%

-17.8%

108.1%

-1165.8%

100.0%

105.7%

Variação (%)

RESULTADOS E BALANÇOANÁLISE FINANCEIRA & APLICAÇÃO DE RESULTADOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 201894

DEPÓSITOS DE CLIENTES

O crescimento dos depósitos de clientes em 2018 é notável, e o mesmo centra-se nos depósitos à ordem e no segmento Corporate.A gestão do Banco, através de conservadores princípios de gestão do Balanço tem permitido aumentar o nível de confiança dos nossos clientes na instituição, aliado a uma melhoria nos nossos produtos e serviços prestados. A atenção no serviço ao cliente, com princípios assentes em rapidez, rigor e flexibilidade tem contribuído igualmente para este aumento.

EMPRÉSTIMOS SUBORDINADOS

O Banco emit iu, em 2018, dív ida subordinada com prazo de 7 anos no montante de MZN 50 milhões.

BALANÇO

Em resumo, a Gestão do Banco tem optado por manter um

balanço extremamente líquido nesta fase do ciclo de

crescimento económico em Moçambique, sendo

expectativa que com taxas de crescimento mais elevadas

nos próximos anos a proporção no Balanço da rúbrica de

empréstimos e adiantamentos a clientes possa aumentar

de forma significativa.

ACTIVOS

Caixa e disponibilidades no Banco CentralDisponibilidades em instituições de créditoAplicações em instituições de créditoInvestimentos em títulosEmpréstimos e adiantamentos a clientesActivos financeiros ao justo valor através de resultadosOutros activosActivos tangíveisActivos intangíveisActivos por impostos correntesActivos por impostos diferidosOutrosTotal do activo

PASSIVOS

Recursos de outras Instituições de créditoDepósitos de clientesEmpréstimos subordinadosProvisões para garantias bancáriasOutros passivosTotal de passivos

CAPITAL

Capital socialReservasResultados transitadosResultado do exercícioTotal do capital próprio

Total do capital próprio e passivo

467,557171,852

994,362507,559728,614

2,68214,768

83,5564,192

27,61433,873

166,6863,036,629

-2,294,087

54,5093,003

45,8942,397,493

869,415151,329

(389,384)7,777

639,136

3,036,629

281,46157,242315,271

795,600715,329

2,6827,018

78,01218,152

42,038-

147,9022,312,805

50,3541,586,467

--

44,6241,681,445

869,415151,329

(253,781)(135,603)631,359

2,312,805

66.1%200.2%215.4%-36.2%

1.9%0.0%

110.4%7.1%

-76.9%-34.3%100.0%

12.7%31.3%

-100.0%44.6%

100.0%100.0%

2.8%42.6%

0.0%0.0%

-53.4%105.7%

1.2%

31.3%

MZN´000 2018 2017 Variação (%)

RESULTADOS E BALANÇOANÁLISE FINANCEIRA & APLICAÇÃO DE RESULTADOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 95

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

-75,000

MZ

N’ 0

00

0

25,000

50,000

75,000

-50,000

-25,000

-150,000

Res

ulta

do L

íqui

do -

Dez

embr

o 20

17Ju

ros

e re

ndim

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Juro

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Dep

reci

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Out

ros

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pera

cion

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Impo

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do -

Dez

embr

o 20

18

Imap

arid

ades

par

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banc

ária

s

Gan

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pera

ções

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biai

s

-100,000

O ano de 2018 foi marcado por um resultado líquido positivo de MZN 7.777 milhares, o que comprova uma performance mais robusta relativamente ao verificado em 2017, MZN -135.603 milhares.

As únicas variáveis que não contribuíram positivamente para um aumento dos resultados financeiros do Banco em 2018, comparativamente com 2017, foram os Gastos com Pessoal, que verificaram um aumento de 43%, Depreciações e Amortizações, Imparidades para garantias bancárias e Outros ganhos operacionais.

O produto bancário cresceu 65% de 2017 para 2018, tendo evoluído de MZN 225.889.180 para MZN 225.889 milhares, resultado de uma margem financeira e uma margem complementar mais sólidas, com crescimentos respectivos de 45% e 119%, dada a maior eficiência na utilização dos recursos.

RESULTADOS E BALANÇOANÁLISE FINANCEIRA & APLICAÇÃO DE RESULTADOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 201896

ACTIVO

MZN’ 000

2016

0

2017

2018

500,000 1, 000,000 1, 500,000 2, 000,000 2, 500,000 3,000,000

Caixa e disponibilidades no Banco Central

Disponibilidades em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito

Investimentos em títulos

Empréstimos e adiantamentos a clientes

Outros

O Activo do Banco em 2017 ascendeu a MZN 2.313 milhões, tendo verificado um crescimento para MZN 3.037 milhões, em 2018.

As principais diferenças relativas à composição do Activo entre 2017 e 2018 são evidenciadas pelo aumento das aplicações em instituições financeiras (+200%) e diminuição do valor de investimentos em títulos (-36%). Os empréstimos e adiantamentos a mantiveram-se razoavelmente constantes em termos totais (+2%), apesar da diminuição significativa do crédito a particulares (-20%).

EMPRÉSTIMOSE ADIANTAMENTOSA CLIENTES - LÍQUIDOS

O Banco continua a apresentar uma abordagem conservadora na concessão de crédito, dado o moderado nível de crescimento do país.

Em 2018, o Banco continuou a reforçar as suas provisões de crédito, não só pelo aumento do crédito em incumprimento, assim como pela adopção do IFRS9. Verificou-se uma diminuição da percentagem de NPLs na carteira de crédito, que se situava em 18.79% em 2017 e passou para 15.74% em 2018.

MZN’ 000

2016

2017

2018

650,000 800,000700,000 750,000 MZN’ 000

2016

0

2017

2018

Depósitos à Ordem - EmpresasDepósitos à Ordem - Particulares

Durante 2018 verificou-se um aumento dos depósitos de clientes totais em 45%, relativamente ao ano 2017. Este aumento foi maioritariamente influenciado pelo crescimento de 155% dos Depósitos à Ordem de Empresas. Os depósitos a Prazo de Empresas e os Depósitos à Ordem de Particulares também contribuíram positivamente para este aumento, com crescimentos de 11% em ambas as componentes. Contrariamente, verificou-se um decréscimo de 14% nos depósitos a Prazo de Particulares, que se acredita ter sido, essencialmente, resultado de maior foco do Banco na retenção de clientes corporate.

O Banco verificou assim uma perda de competitividade no segmento particulares no que tange a depósitos a prazo, no entanto esta perda foi mais do que compensada pela angariação de mais recursos no sector corporate.

$ DEPÓSITOS DE CLIENTES$

500,000 1, 000,000 1, 500,000 2, 000,000 2, 500,000 3,000,000

RESULTADOS E BALANÇOANÁLISE FINANCEIRA & APLICAÇÃO DE RESULTADOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 97

RÁCIO DE SOLVABILIDADE

De 2017 para 2018, perante o aumento de 6% dos Fundos Próprios, os Activos Ponderados do Banco registaram um aumento de 45%, o que resultou numa diminuição do Rácio de Solvabilidade que se situava em 39% em 2017 e atingiu 28% em 2018.

Ao longo dos últimos anos o Banco tem vindo a aumentar o seu capital social.Actualmente, e desde 2017, o Capital Social do Capital Bank S.A. ascende aos MZN 869.415.000 (oitocentos e sessenta e nove milhões, quatrocentos e quinze mil), integralmente subscrito e realizado em dinheiro.

Esperam-se pelo menos mais duas entradas de capital até 2020, até atingir pelo menos o mínimo exigido de MZN 1.7 mil milhões.

O Banco apresentou uma rentabilidade dos Capitais Próprios (ROE) positiva em 2018, que contrasta com o valor de aproximadamente -18.7% verificada em 2017.

O ano de 2017 iniciou com um capital social de 579.610.000 MZN, e perante um aumento de capital de 289.805.000 MZN, o ano terminou com um capital social de 869.415.000 MZN, que se manteve até ao final de 2018.

Além do capital social mais elevado, o Banco conseguiu atingir uma maior rentabilidade do seu capital próprio, uma vez que em 2017 havia registado um Resultado Líquido negativo de MZN -135.603.432 e em 2018 alcançou um Resultado Líquido positivo de MZN 7.776.634.

RENTABILIDADE DOSCAPITAIS PRÓPRIOS (ROE)

32%

39%

28%

2016 20182017

0.9%

4.4%

-18.7%

2016 20182017

MZN

'00

0

1,700,000

1,140,000

869,415

397,860

869,415

2016 20202019201820172016 20182017

Fundos Próprios Activos Ponderados

619,021583,897

342,759

2,195,327

1,509,3161,070,246

MZN

’00

0

CAPITAL SOCIAL $

INDICADORES DE GESTÃO FINANCEIROSANÁLISE FINANCEIRA & APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Page 98: CONTEÚDOS · para First Capital Bank. 2008 Estabelece-se o Capital Bank no Botswana. 2017 FMB Capital Holdings, conclui com sucesso um swap de uma por uma ação com os Acionistas

RELATÓRIO E CONTAS • 201898

MARGEM FINANCEIRA

Os juros de crédito diminuíram 9%, no entanto foram compensados pelo aumento dos juros de investimentos recebidos que apresentaram uma evolução positiva de 81%, paralelamente verificou-se uma diminuição dos juros pagos (-16%).

O produto bancário do Banco registou um aumento significativo de 65% entre 2017 e 2018.

Esta evolução foi influenciada por um aumento de 119% da margem complementar e do crescimento da margem financeira em 45%. Ambas as componentes em análise registaram uma evolução favorável na generalidade das suas rúbricas, o que transparece uma maior rentabilidade e sustentabilidade da actividade do Banco neste último ano.

O aumento generalizado do produto bancário é consequência de alterações estratégicas com maior foco nos nossos clientes, especialmente no que tange aos clientes corporate, de grandes e médias empresas.

Na origem do aumento da do produto bancário verifica-se um crescimento dos juros recebidos em 17%, paralelamente a uma diminuição em 16% dos juros pagos e um aumento de 89% dos ganhos em operações cambiais.

Em 2018, o Banco registou resultados de investimentos em títulos de MZN 8.9 milhões.

PRODUTO BANCÁRIO

´000 MZN

2016

-

2017

2018

50,000 100,000 150,000 200,000 250,000 300,000 350,000 400,000

Outros jurosJuros de crédito Juros de investimentos

Constituição dos Juros Recebidos

´000 MZN

2016

-

2017

2018

50,000 100,000 150,000 200,000 250,000 300,000 350,000 400,000

Margem financeira Margem complementar

´000 MZN

2016

0

2017

2018

50,000 100,000 150,000

Juros de passivos subordinados

Juros de recursos de clentes

Juros de depósitos do banco central e instituições de crédito

Constituição dos Juros Pagos

MZN

’ 00

0

8,987

70,14452,636

122,475

363,738

Constituição do Produto Bancário em 2018

Jurosrecebidos

Jurospagos

Rendimentoslíquidos deserviços ecomissões

Ganhos emoperaçõescambiais

Resultados deinvestimentos

em títulos

%

INDICADORES DE GESTÃO FINANCEIROSANÁLISE FINANCEIRA & APLICAÇÃO DE RESULTADOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 99

RESULTADO ANTESE APÓS IMPOSTOS

Em 2018, o Banco apresentou impostos sobre o rendimento que deduzidos dos impostos diferidos resultaram num imposto efectivo de MZN 2.955 milhares, originando um Resultado após impostos positivo de MZN 7.777 milhares.

RECEITA PORCOLABORADOR

RENTABILIDADE DO ACTIVO TOTAL

4,387

3,5864,288

2016 20182017

21,565

(132,694)

10,731

2016 20182017

Resultados antes do imposto

MZN

’00

0

1.3%

-5.9%

0.3%

2016 20182017(135,603)

21,565

7,777

2016 20182017

Resultados após imposto

MZN

’00

0

MZN

’00

0

2016 0

0

0

(2,909)

(36,828) 33,873

2018

2017

Imposto sobre o rendimento

Impostos sobre o rendimento Impostos diferidos

Em 2018, apesar do aumento em 38% do número de colaboradores, a receita por colaborador aumentou significativamente, resultado da evolução positiva do produto bancário, de MZN 225.889 milhares em 2017 para MZN 373.031 milhares em 2018.

RECEITA POR BALCÃO

O número de balcões manteve-se em 4 balcões entre os anos 2016 e 2018. No entanto, as alterações no Produto Bancário, originam um aumento da receita por balcão de 2016 para 2018.

71,29656,472

93,258

2016 20182017

Em 2018, o Banco mostrou-se mais eficiente na gestão dos seus activos, comparativamente com 2017.

Apesar do aumento no total de Activos em 31%, com o aumento do Resultado Líquido verificou-se uma evolução positiva da sua rentabilidade, uma vez que o Resultado do exercício foi positivo.

%

MZN

’00

0

MZN

’00

0

INDICADORES DE GESTÃO ECONÓMICOSANÁLISE FINANCEIRA & APLICAÇÃO DE RESULTADOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018100

NPLs

IMPARIDADE ACUMULADA CARTEIRA DE CRÉDITO A CLIENTES - LÍQUIDA

A carteira de crédito bruta registou um aumento de 2017 para 2018. No entanto, apesar do incremento da carteira de crédito, o seu efeito foi mitigado pela existência de abates ao activo de clientes sem garantias como colateral e com baixa probabilidade de recuperação o que contribuiu para redução das imparidades registadas no balanço do Banco. O Banco continua no entanto com esforços de recuperação sobre estes saldos, e qualquer recuperação será imediatamente reconhecida em proveitos do exercício.Assistiu-se a uma alteração do modelo de cálculo das imparidades, do IAS39 para IFRS9 em 2018, que implicou um ligeiro aumento das perdas esperadas médias de crédito (ECL médias) nos Stage 1 e 2, tendo no entanto o impacto global da adopção do IFRS 9 sido imaterial.

NPLs / CRÉDITOA CLIENTES (BRUTO)

Em 2018, a diminuição da carteira de crédito em 2% foi acompanhada por uma diminuição mais do que proporcional do crédito vencido, de -19%.

IMPARIDADEACUMULADA / NPLs

O aumento do crédito líquido associado a redução da percentagem de imparidades acumuladas por NPL, deve-se a níveis de NPL mais estáveis e apresentação de garantias reais (hipotecas) pelos clientes que passaram para NPL.

6.5%

18.5%

15.2%

2016 20182017

76.5%56.1%

52.7%

2016 20182017

2016 20182017

66,413

90,935

42,825

MZN

’ 00

0

MZN’ 000

2016

2017

2018

- 150,00050,000 100,000

MZN’ 000

2016

2017

2018

- 800,000400,000200,000 600,000

$

$

INDICADORES DE GESTÃO - QUALIDADE DO ACTIVOANÁLISE FINANCEIRA & APLICAÇÃO DE RESULTADOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 101

RÁCIO DE TRANSFORMAÇÃO

O Rácio de Transformação do Banco manteve-se significativamente abaixo da média do mercado ponderada pela quota de Mercado. Os 34.7% do Rácio de Transformação do Capital Bank contrastam com os 54.4% da média do mercado ponderada pela quota de mercado do total de activos de cada banco.Também o Rácio da Margem Financeira e o Rácio de Solvabilidade do Capital Bank apresentam valores mais satisfatórios do que a média do mercado.O Capital Bank apresenta um Rácio da Margem Financeira de 12.45%, superior ao do Mercado de 11.5%. O Rácio de Solvabilidade do Banco, além de se adequar às exigências regulamentares, verifica-se mais elevado do que o Rácio de Solvabilidade médio do Mercado ponderado pela quota de cada Banco.Posto isto, é notória a performance superior do Banco quando comparada com o mercado moçambicano.

O ano 2018 foi marcado pelo aumento significativo dos depósitos captados de clientes, que representou um aumento de 49%. O crescimento dos depósitos foi essencialmente causado pelo aumento dos depósitos dos clientes corporate (+66%) e uma ligeira diminuição dos depósitos de particulares (-4%). O crédito concedido a particulares desacelerou em 20%, no entanto o Banco concedeu um valor superior em 3% em crédito a empresas, o que originou um valor total de crédito semelhante ao do ano anterior (-2%). Posto isto, o rácio de transformação verificou um decréscimo, 52.6% para 34.7%. Ou seja, o Banco apresenta elevadas oportunidades para alavancar a sua actividade através da concessão de créditos.

71.4%

52.6%

34.7%

2016 20182017

MZN

’ 00

02016 20182017

Carteira de Depósitos Bruta Carteira de Crédito Bruta

791,397

805,766

857,877

2,279,492

1,532,8081,201,297

* Média ponderada pela quota de mercado o total de activos - Dados do Banco de Moçambique referentes a 15 bancos, nomeadamente: ABC, Banco Mais, BIM, Banco Único, Barclays, BCI, Banco Terra, Capital Bank, Ecobank, FNB, Moza Banco, Société Générale, Socremo, Standard Bank e UBA.

54.4%

11.5%

25.8%

34.7%

12.4%

28.2%

Rácio de Transformação Rácio da Margem Financeira Rácio de Solvabilidade

Média do mercado* Capital Bank

INDICADORES DE GESTÃO - PERFORMANCEANÁLISE FINANCEIRA & APLICAÇÃO DE RESULTADOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018102

140,000

120,000

100,000

80,000

60,000

40,000

20,000

-

2016 20182017

Mar

ketin

g

Man

uten

ção

Out

ros

Segu

ros

Serv

iços

espe

cial

izad

os

Via

gens

Ren

das

Com

unic

açõe

s

MZN

'00

0

43%

51%

44%

2016 20182017

FSEs GASTOS COM PESSOAL$

Os gastos com pessoal aumentaram em 43% em 2018, o que terá sido justificado essencialmente por eventos não recorrentes.

FSE / PRODUTO BANCÁRIO

De 2017 para 2018, apesar do aumento do produto bancário, os FSE não registaram um aumento proporcional, pelo que é evidente a maior eficiência e o potencial de crescimento futuro que o Banco apresenta.

FSEs RELAÇÃODE CRESCIMENTO ENTRERECEITA E CUSTOS

O Banco mostrou-se claramente mais eficiente em 2018, comparativamente com a performance de 2017, o que é corroborado pelo gráfico acima, onde podemos analisar o aumento do produto bancário (+65%) mais do que proporcional ao crescimento dos custos operacionais (+19%).

MZN

’ 00

0

122,337114,851

164,773

2016 20182017 2016 2017 2018

373,031

340,973

225,889

286,875285,184

251,984

Produto Bancário Gastos Operacionais

▲ +19%▲ +14%

▲ +65%

-21%

MZN

’ 00

0

36.4%

64.7%

38.8%

2016 20182017

GASTOS OPERACIONAIS/ ACTIVOS TOTAIS

Apesar do aumento dos gastos operacionais em 19% em 2018, relacionado com o aumento do produto bancário, a relação entre os gastos operacionais e os activos manteve-se aproximadamente constante, visto que o valor dos activos aumentou 31%.

$

15.1%

12.4%11.2%

2016 20182017

GASTOS COM PESSOAL /PRODUTO BANCÁRIO

O Banco tem vindo de forma criteriosa a reforçar o seu quadro de pessoal. Este reforço vai permitir um aumento mais acelerado da receita no curto prazo.

$

INDICADORES DE GESTÃO - PERFORMANCEANÁLISE FINANCEIRA & APLICAÇÃO DE RESULTADOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 103

O Resultado Líquido obtido em 2018, no valor de MZN 7.777 milhares terá a seguinte aplicação:

IRÃO CONSTITUIR RESERVA LEGALMZN 389 milhares

SERÃO APLICADOS EMRESULTADOS TRANSITADOS

5%MZN 7.388 milhares95%

APLICAÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO DE 2018

MZN 7.776.633

MZN 7.387.801Resultadostransitados

Reserva Legal

95%

MZN 388.8325%

100%

APLICAÇÃO DE RESULTADOSANÁLISE FINANCEIRA & APLICAÇÃO DE RESULTADOS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018

DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 105

DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS

OPINIÃO

Auditámos as demonstrações financeiras anexas do Capital Bank, S.A, conforme páginas 4 a 63, que compreendem a demonstração da posição financeira em 31 de Dezembro de 2018 (que evidencia um total de activos de 3 036 628 989 meticais e um total de fundos próprios de 639 136 011 meticais, incluindo um lucro líquido de 7 776 634 meticais), a demonstração do resultado integral, a demonstração das alterações nos fundos próprios e a demonstração dos fluxos de caixa relativas ao período findo naquela data, e as notas anexas às demonstrações financeiras que incluem um resumo das políticas contabilísticas significativas.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras anexas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materiais, a posição financeira do Capital Bank, S.A., em 31 de Dezembro de 2018 e o seu desempenho financeiro e fluxos de caixa relativos ao período findo naquela data de acordo com Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS).

BASES PARA A OPINIÃO

Realizámos a nossa auditoria de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria (ISA). As nossas responsabilidades nos termos dessas normas estão descritas na secção Responsabilidades do Auditor pela Auditoria das Demonstrações Financeiras deste relatório. Somos independentes da Sociedade de acordo com os requisitos éticos nos termos do código de ética da Ordem dos Contabilistas e Auditores de Moçambique, o qual está em conformidade com o Código de Ética promulgado pelo Ethics Standards Board for Accountants (IESBA), órgão da IFAC – International Federation of Accountants, e cumprimos as restantes responsabilidades éticas previstas nesses requisitos.

Estamos convictos que a prova de auditoria que obtivemos é suficiente e apropriada para proporcionar uma base para a nossa opinião.

OUTRA INFORMAÇÃO

O Conselho de Administração é responsável pela outra informação. A outra informação compreende o relatório de gestão conforme o requerido pelo código comercial em vigor em Moçambique, mas não inclui as demonstrações financeiras e o relatório do auditor sobre as mesmas.

A nossa opinião sobre as demonstrações financeiras não cobre a outra informação e não expressamos qualquer tipo de garantia de fiabilidade sobre essa outra informação.

No âmbito da auditoria das demonstrações financeiras, a nossa responsabilidade é fazer uma leitura da outra informação e, em consequência, considerar se essa outra informação é materialmente inconsistente com as demonstrações financeiras, com o conhecimento que obtivemos durante a auditoria ou se aparenta estar materialmente distorcida. Se, com base no trabalho efectuado, concluirmos que existe uma distorção material nesta outra informação, exige-se que relatemos sobre esse facto. Não temos nada a relatar a este respeito.

RESPONSABILIDADES DO ÓRGÃO DE GESTÃO

A Gerência é responsável pela preparação e apresentação apropriadas das demonstrações financeiras de acordo com as IFRS, e pelo controlo interno que ela determine ser necessário para permitir a preparação de demonstrações financeiras isentas de distorção material devido a fraude ou erro.

Quando prepara demonstrações financeiras, a gerência é responsável por avaliar a capacidade de se manter em continuidade, divulgando, quando aplicável, as matérias relativas à continuidade e usando o pressuposto da continuidade a menos que a gerência tenha a intenção de liquidar o Banco ou cessar as operações, ou não tenha alternativa realista senão fazê-lo.

O Conselho de Administração é responsável pela supervisão do processo de relato financeiro do Banco.

RESPONSABILIDADES DO AUDITOR PELA AUDITORIA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Os nossos objectivos consistem em obter segurança razoável sobre se as demonstrações financeiras como um todo estão isentas de distorção material, devido a fraude ou a erro, e em emitir um relatório onde conste a nossa opinião. Segurança razoável é um nível elevado de segurança mas não é uma garantia de que uma auditoria executada de acordo com as ISA dectetará sempre uma distorção material quando exista. As distorções podem ter origem em fraude ou erro e são consideradas materiais se, isoladas ou conjuntamente, se possa razoavelmente esperar que influenciem decisões económicas dos utilizadores, tomadas na base dessas demonstrações financeiras.

A nossa responsabilidade inclui ainda a verificação da concordância da informação constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras.

Como parte de uma auditoria de acordo com as ISA, fazemos julgamentos profissionais e mantemos cepticismo profissional durante a auditoria e, também:

RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTEAOS ACCIONISTAS DO CAPITAL BANK, S.A.

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018106

• Identificamos e avaliamos os riscos de distorção material das demonstrações financeiras, devido a fraude ou a erro, concebemos e executamos procedimentos de auditoria que respondam a esses riscos, e obtemos prova de auditoria que seja suficiente e apropriada para proporcionar uma base para a nossa opinião. O risco de não dectetar uma distorção material devido a fraude é maior do que o risco para uma distorção devido a erro dado que a fraude pode envolver conluio, falsificação, omissões intencionais, falsas declarações ou sobreposição ao controlo interno.

• Obtemos uma compreensão do controlo interno relevante para a auditoria com o objetivo de conceber procedimentos de auditoria que sejam apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia do controlo interno da Sociedade.

• Avaliamos a adequação das políticas contabilísticas usadas e a razoabilidade das estimativas contabilísticas e respectivas divulgações feitas pela gerência.

• Concluímos sobre a apropriação do uso, pela gerência, do pressuposto da continuidade e, com base na prova de auditoria obtida, se existe uma incerteza material relacionada com acontecimentos ou condições que possam pôr em dúvida a capacidade da entidade em continuar as suas operações. Se concluirmos que existe uma incerteza material, devemos chamar a atenção no nosso relatório para as divulgações relacionadas incluídas nas demonstrações financeiras ou, caso essas divulgações não sejam adequadas, modificar a nossa opinião. As nossas conclusões são baseadas na prova de auditoria obtida até à data do nosso relatório. Porém, futuros acontecimentos ou condições podem provocar que a entidade descontinue as operações.

• Avaliamos a apresentação, estrutura e conteúdo global das demonstrações financeiras, incluindo as divulgações, e se essas demonstrações financeiras representam as transacções e acontecimentos subjacentes de forma a atingir uma apresentação apropriada.

RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTEAOS ACCIONISTAS DO CAPITAL BANK, S.A.

Maputo, 26 de Março de 2019

Deloitte & Touche (Moçambique) Limitada Auditores certificados 09/SCA/OCAM/2014

Jacinto DelgadoPartner

Auditor certificado 91/CA/OCAM/2017

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 107

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

DEMONSTRAÇÃODO RENDIMENTO INTEGRAL

Juros e rendimentos similares

Juros e gastos similares

Margem financeira

Rendimentos de serviços e comissões

Ganhos em operações cambiais

Resultados de activos financeiros ao custo amortizado

Margem complementar

Produto bancário

Gastos com imparidade de crédito

Rendimentos operacionais

Gastos com pessoal

Depreciações e amortizações

Outros gastos operacionais

Provisões para garantias bancárias prestadas

Outros ganhos operacionais

Resultado antes do imposto

Impostos sobre o rendimento

Impostos diferidos

Resultado do exercício

2

2

3

4

14

5

16,17

6

7

8

8

363,738,461

(122,475,246)

241,263,215

52,636,174

70,144,327

8,987,021

131,767,522

373,030,737

(26,757,358)

346,273,379

(164,773,114)

(31,518,972)

(144,680,459)

(3,003,211)

8,433,130

10,730,753

(36,827,561)

33,873,442

7,776,634

Notas 2018

311,225,122

(145,375,295)

165,849,827

22,923,040

37,116,313

-

60,039,353

225,889,180

(81,962,134)

143,927,046

(114,850,780)

(25,973,330)

(146,050,892)

-

10,253,916

(132,694,040)

(2,909,392)

-

(135,603,432)

2017

DEMONSTRAÇÃODA POSIÇÃO FINANCEIRA

Activo

Caixa e disponibilidades no Banco CentralDisponibilidades em instituições de créditoAplicações em instituições de créditoActivos financeiros ao custo amortizadoActivos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integralEmpréstimos e adiantamentos a clientesOutros activosActivos tangíveisActivos intangíveisActivos por impostos correntesActivos por impostos diferidos Total do activo

Passivo

Recursos de outras instituições de créditoDepósitos de clientesEmpréstimos subordinadosProvisões para garantias bancárias prestadasOutros passivosTotal do passivo

Capital

Capital socialReservasResultados transitadosResultado do exercícioTotal do capital próprio

Total do capital próprio e passivo

91011121314151617188

1920212223

2425

467,557,083171,851,765

994,361,675507,558,724

2,682,287728,614,237

14,767,82083,556,189

4,191,91327,613,85433,873,442

3,036,628,989

-2,294,086,698

54,508,6813,003,211

45,894,3882,397,492,978

869,415,000151,328,583

(389,384,206)7,776,634

639,136,011

3,036,628,989

Notas 2018

281,460,91857,242,403315,270,516

795,599,5542,682,287

715,328,9037,017,629

78,012,13718,152,094

42,038,069-

2,312,804,512

50,354,0211,586,467,022

--

44,624,0921,681,445,135

869,415,000151,328,583

(253,780,774)(135,603,432)631,359,377

2,312,804,512

2017

Contabilista certificado O Conselho de Administração

Isabel André Tavede Tiago ContenteTiaTTiaTTTiTiTTiTTTTTTTTTiaTiTTTTTiaTTTTTTT ggogo gggggo go go ggggoggggoggg ConCooCoConConConCoCoCoCoConCoCoConCoCoCoConoCooonCCoConnConoCo tenttenenententenntententennnntenntentennnnnntent nnte

selhhhhhhhhhhho dooooo e AAAAAAAAe Ae Ae Ae Ae Ae AAAAAAA AAe AAe Aee dmimmmmmmimimimmmmmimimimiimiiiinisnnnnnnnnnnnnnnnnContabilista certificado

Contabilista certificado O Conselho de Administração

Isabel André Tavede Tiago ContenteTiaTTTTTiaTiaTiaTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTT gggo ggggogo go ggggoggggogoggg ConConConCoCoCoCConCoCoConCoConCoCCooCConCoooonCononConCooC tententenententenntententententenntt ntennnnnnntent ntente

selhhhhhhhhhhho dooooo e AAAAAAAAAe AAAAAAAAAAAAAAAe Aee AAdmimmmmmimimmmmmimimimiimimiiiiminisnnnnnnnnnnnnnnnContabilista certificado

(Montantes expressos em Meticais) (Montantes expressos em Meticais)

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018108

DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕESNO CAPITAL PRÓPRIO(Montantes expressos em Meticais)

DEMONSTRAÇÃODE FLUXOS DE CAIXA(Montantes expressos em Meticais)

Balanço em 1 de Janeiro de 2017

Aumento de capital

Aplicação do resultado do exercício anterior

Resultado do exercício

Balanço em 31 de Dezembro de 2017

Aplicação do resultado do exercício anterior

Resultado do exercício

Balanço em 31 de Dezembro de 2018

579,610,000

289,805,000

-

-

869,415,000

-

-

869,415,000

-

72,115,000

-

-

72,115,000

-

-

72,115,000

Capital socialPrémios de

emissão

9,326,070

-

21,564,923

-

30,890,993

-

-

30,890,993

Reserva legal

48,322,590

-

-

-

48,322,590

-

-

48,322,590

Reserva pararisco de crédito

(253,780,774)

-

-

-

(253,780,774)

(135,603,432)

-

(389,384,206)

Resultadostransitados

21,564,923

-

(21,564,923)

(135,603,432)

(135,603,432)

135,603,432

7,776,634

7,776,634

405,042,809

361,920,000

-

(135,603,432)

631,359,377

-

7,776,634

639,136,011

Resultadodo exercício

Total docapital próprio

Fluxos das actividades operacionais

Lucro/prejuízo líquido

Ajustamentos:

Depreciação e amortização

Gasto/(utilização) com imparidade de crédito

Variação nos activos operacionais

Variação nos passivos operacionais

Variação nos outros activos correntes

Variação no limite de reservas mínimas obrigatórias

Fluxo de caixa liquído gerado (utilizado) nas actividades

Actividades de investimento

Aquisição de activos tangíveis

Ajustamento nos activos tangíveis

Abate de activos intangíveis

Aquisição de títulos

Reembolso de títulos

Fluxo de caixa (utlizados) de actividades de investimento

Actividades de financiamento

Aumento de capital e prémios de emissão

Fluxo de caixa ds actividades de financiamento

Aumento/(diminuição) em caixa e equivalente de caixa

Caixa e equivalente de caixa no início do ano

Caixa e equivalente de caixa no fim do ano

16,17

14

16,17

12

12

27

7,776,634

31,518,972

26,757,358

(47,792,885)

713,044,633

(16,446,016)

(121,564,647)

593,294,049

(23,582,532)

2,536,793

(2,057,106)

(504,626,580)

792,667,410

264,937,989

-

-

858,232,038

427,551,150

1,285,783,188

Notas 2018

(135,603,432)

25,973,330

81,962,134

24,730,465

422,443,085

(9,972,793)

(37,826,804)

371,705,986

(27,742,024)

-

(1,103,420)

(842,473,000)

104,420,349

(766,898,095)

361,920,000

361,920,000

(33,272,109)

460,823,259

427,551,150

2017

Contabilista certificado O Conselho de Administração

Isabel André Tavede Tiago ContenteTiaTiaTTTiTiTTTiTiaTiTiTiTiTTTTTiaTTTTTTT gggo ggo ggggoggoggggggggggg ConCoCoConCoConConConCoCoCononoCoCCoCoCooooCoConCCConConCo tentenentetenntententtentennnntttent nnnntennnt nnte

selhhhhhhhhhhhhho doooooo e AAAAe AAAAAAAAAAAAAAAAAAe Ae Aee dmimimimimmmmimimimmmmmmiiiiminisnnnnnnnnnnnnnnnnnContabilista certificado

Contabilista certificado O Conselho de Administração

Isabel André Tavede Tiago ContenteTiaTiaTTiaTiTTiaTTiaTiaTiTiTiaTiTTTiTTTTTiaTTiTTTTT ggogggggggogogggoggoggggggg ConoCoCoCoConConConCoCoConConoCoCoCoCoCooooooConCCCConoCoContentent nnnnttententennttentennt nnnnnntent ntennte

selhhhhhhhhhhhhho doooooo e Ae AAe Ae AAAAAAAAe AAAAAe AA AAAe AAAee dmimimimimmimimimmmmmmimiimiinisnnnnnnnnnnnnnnnnContabilista certificado

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 109

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

INTRODUÇÃO

O CAPITAL BANK, S.A. (adiante designado por CAPITAL BANK ou Banco), que inicialmente assumiu a denominação de ICB – International Commercial Bank (Mozambique) S.A., tendo sido adquirido pelo First Capital Bank, Plc, em 2013, é um banco privado, constituído em 1998, com sede no Edifício Maryah, 7.º Andar, Aterro de Maxaquene, Maputo. As actividades do CAPITAL BANK S.A. centram-se na recepção de depósitos, concessão de créditos aos particulares, empresas e a realização de operações de banca de investimento a nível nacional. O Banco é uma entidade subsidiária do First Capital Bank, Plc, uma entidade financeira do Malawi.

1. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

1.1. Bases de preparação

A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS requer a formulação de julgamento, estimativas e premissas sobre a aplicação de determinadas políticas contabilísticas críticas. Também exige que o Conselho de Administração exerça o seu julgamento no processo de aplicação das políticas contabilísticas do Banco. As notas às demonstrações contabilísticas definem áreas que envolvem maior grau de julgamento ou complexidade, ou áreas em que as premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras do Banco. As demonstrações financeiras estão expressas em Meticais Moçambicanos e são idênticas às demonstrações financeiras elaboradas pelo Banco a partir do seu registo contabilístico e aprovadas pela Assembleia Geral dos accionistas.

Em 31 de Dezembro de 2018 e 2017, as taxas de câmbio utilizadas para a conversão de saldos relevantes, denominados em moeda estrangeira são as seguintes:

Justo valor dos instrumentos financeiros

Quando o justo valor de activos e passivos financeiros registados nas demonstrações financeiras não pode ser calculado com base em cotações de mercados activos, o justo valor é determinado usando diversas técnicas de avaliação, que incluem uso de modelos matemáticos. Os dados a inserir nestes modelos são calculados com base na informação disponível de mercados, contudo, sempre que tal não seja exigível, é necessário recorrer em alguma medida a ponderações para determinar o justo valor. As alterações nos pressupostos a acerca destes factores podem afectar o justo valor reconhecido nas demonstrações financeiras.

Nível 1 - Preço de mercado cotado (não ajustado) num mercado activo para um instrumento idêntico;

Nível 2 - Técnicas de valorização baseadas em dados observáveis, quer directamente (ou seja, como preços), ou indirectamente (ou seja, derivada de preços). Esta categoria inclui instrumentos valorizados como utilização de preços em mercados cotados em mercados activos para instrumentos similares; preços cotados para instrumentos idênticos ou similares em mercados considerados menos activos, ou outras técnicas de avaliação em que todos os insumos sejam directamente ou indirectamente observáveis a partir de dados de mercado;

Nível 3 - Técnicas de valorização baseadas em dados observáveis, quer directamente (ou seja, como preços), ou indirectamente (ou seja, derivada de preços). Esta categoria inclui instrumentos valorizados como utilização de preços em mercados cotados em mercados activos para instrumentos similares; preços cotados para instrumentos idênticos ou similares em mercados considerados menos activos, ou outras técnicas de avaliação em que todos os insumos sejam directamente ou indirectamente observáveis a partir de dados de mercado;

Técnicas de valorização utilizando inputs não observáveis no mercado. Esta categoria inclui os instrumentos financeiros em que a técnica de avaliação inclui inputs não baseados em dados não observáveis e os inputs não observáveis têm um efeito significativo na avaliação do instrumento. Esta categoria inclui os instrumentos que são avaliados com base em cotações de rendimentos similares, sempre que houver necessidade de ajustamentos não-observáveis significativos ou de pressupostos para reflectir as diferenças entre os instrumentos. O justo valor dos activos e passivos financeiros que sejam negociados nos mercados activos são baseados em preços de mercados cotados ou cotações de preços de revendedor. Para todos os instrumentos financeiros, o Banco determina os valores de mercado utilizando técnicas de avaliação.

As técnicas de avaliação incluem o valor actual líquido, modelos de fluxos de caixa descontados e outros modelos de avaliação. Pressupostos e inputs utilizados em técnicas de avaliação de risco incluem as taxas de juro livre e de referência, os spreads de crédito e outros prémios utilizados para estimar as taxas de desconto, preços de obrigações, bilhetes de tesouro e taxas de câmbio. O objectivo das técnicas de avaliação é chegar a uma determinação do justo valor que reflecte o preço do instrumento financeiro na data do relatório, a qual teria sido determinada pelos participantes no mercado actuando numa base comercial.

A emissão das presentes demonstrações financeiras foi autorizada pelo Conselho de Administração em 26 de Março de 2019 e serão submetidas para aprovação pelos accionistas em reunião de Assembleia Geral.

1.2. Estimativas e julgamentos significativos

A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as IFRS requer que o Conselho de Administração faça julgamentos, estimativas e pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes reportados de activos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem diferir dessas estimativas.

Na aplicação das políticas contabilísticas do Banco, a gestão usou os seus julgamentos e estimativas na determinação dos montantes reconhecidos nas demonstrações financeiras. As mais significativas dizem respeito a:

Dólar Americano

Rand Sul Africano

61.47

4.28

2018

59.02

4.79

2017

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018110

Derivados relacionados a um activo financeiro no âmbito da norma nunca são separados. Em vez disso, o instrumento financeiro composto como um todo é avaliado para classificação. Os modelos de negócios são explicados como se segue:

(i) Activos financeiros ao custo amortizado

Um activo financeiro é mensurado ao custo amortizado se cumprir cumulativamente as seguintes condições:

• O activo é detido um modelo de negócio cujo objectivo é manter activos para recolha dos seus fluxos de caixa contratuais; e

• Os seus termos contratuais dão origem, em datas específicas, a fluxos de caixa que são apenas pagamentos de capital e juros do montante em dívida.

(ii) Activos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral

Um activo é classificado nesta categoria se cumprir cumulativamente as seguintes condições:

• É detido num modelo de negócio cujo objectivo é atingido tanto pela colecta de fluxos de caixa contratuais e a venda desse activo financeiro.

• Os termos contratuais dão origem, em datas específicas, a fluxos de caixa que são apenas a pagamentos de capital e juros do montante em dívida.

Reclassificação entre categorias de activos financeiros

Se o modelo de negócios sob o qual o Banco detém activos financeiros altera, os activos financeiros afectados são reclassificados. Os requisitos de classificação e mensuração relaccionados à nova categoria se aplicam prospectivamente a partir do primeiro dia do primeiro período de relatório após a mudança no modelo de negócios que resulta na reclassificação dos activos financeiros do Banco. Durante o exercício financeiro actual e o período contabilístico anterior, não houve alteração no modelo de negócios sob o qual o Banco detém activos financeiros e, portanto, não houve reclassificações. As mudanças nos fluxos de caixa contratuais são consideradas na política contabilística de Modificação e desreconhecimento de activos financeiros descrita abaixo.

Modificação e desreconhecimento de activos financeiros

Uma modificação de um activo financeiro ocorre quando os termos contratuais que regem os fluxos de caixa de um activo financeiro são renegociados ou modificados de alguma outra forma entre o reconhecimento inicial e o vencimento do activo financeiro. Uma modificação afecta a quantia e/ou a época dos fluxos de caixa contratuais, imediatamente ou numa data futura. Além disso, a introdução ou ajuste de cláusulas restrictivas de um empréstimo existente constituiria uma modificação, mesmo que essas cláusulas novas ou ajustadas ainda não afectem os fluxos de caixa imediatamente, mas possam afectar os fluxos de caixa dependendo se o acordo é, ou não, cumprido.

Impostos sobre o rendimento

Os impostos sobre o rendimento (correntes e diferidos) são determinados pelo Banco com base nas regras definidas pelo enquadramento fiscal. No entanto, em algumas situações, a legislação fiscal não é suficientemente clara e objectiva e poderá dar origem a diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento do Banco sobre o adequado enquadramento das suas operações, o qual é susceptível de poder vir a ser questionado pelas Autoridades Fiscais.

As Autoridades Fiscais dispõem de faculdade de rever a posição fiscal do Banco durante um período de cinco (5) anos, podendo resultar, devido a diferentes interpretações e/ou incumprimento da legislação fiscal, nomeadamente em sede de IRPS (Imposto sobre pessoas singulares), IRPC (Imposto sobre pessoas colectivas) e IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado).

O Conselho de Administração acredita ter cumprido todas as obrigações fiscais a que o Banco se encontra sujeito.

1.3 Políticas contabilísticas

As principais políticas contabilísticas aplicadas na preparação das demonstrações financeiras têm sido aplicadas de forma consistente ao longo dos exercícios sendo descritas abaixo como segue:

a) Instrumentos financeiros (IFRS 9)

O Banco adoptou a IFRS 9 conforme emitido pelo International Accounting Standards Board (IASB) em julho de 2014, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2018, em substituição da IAS 39 que esteve em vigor até 31 de dezembro de 2017, o que resultou em mudanças nas políticas contabilísticas para reconhecimento, classificação e mensuração de activos e passivos financeiros e redução do valor recuperável de activos financeiros. A IFRS 9, também altera significativamente outras normas que lidam com instrumentos financeiros, como a IFRS 7 "Instrumentos financeiros”.

Conforme permitido pelas disposições transitórias da IFRS 9, o Banco não optou pela reexpressão dos saldos comparativos do período anterior. Não foram efectuados quaisquer ajustamentos aos valores contabilísticos activos e passivos financeiros à data de transição dada a sua imaterialidade. Como resultado, as informações incluídas nas notas às demonstrações financeiras relativa ao período comparativo, correspondem à que foi divulgada no período anterior.

Activos financeiros – Classificação, reconhecimento inicial e mensuração subsequente

No reconhecimento inicial, os activos financeiros são classificados numa das seguintes categorias:

i. Activos financeiros ao custo amortizadoii. Activos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral

A classificação de activos financeiros de acordo com a IFRS 9 é geralmente baseada no modelo de negócios no qual um activo financeiro é gerido e suas características de fluxo de caixa contratuais.

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 111

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

O Banco renegocia empréstimos a clientes com dificuldades financeiras para maximizar a cobrança e minimizar o risco de incumprimento. A tolerância a empréstimos é concedida nos casos em que, embora o mutuário tenha feito todos os esforços razoáveis para pagar sob os termos contratuais originais, existe um alto risco de incumprimento e espera-se que o mutuário atenda aos termos contratuais revistos. Os termos revisto na maioria dos casos incluem uma extensão do vencimento do empréstimo, mudanças no timing dos fluxos de caixa do empréstimo (principal e amortização de juros), redução no montante dos fluxos de caixa devidos (principal e juros vencidos) e adendas às cláusulas contratuais. O Banco tem uma política de tolerância estabelecida que se aplica a empréstimos corporativos e de retalho.

Quando um activo financeiro é modificado, o Banco avalia se essa modificação resulta em desreconhecimento. De acordo com a política do Banco, uma modificação resulta no desreconhecimento quando dá origem a termos substancialmente diferentes. Para determinar se os termos modificados são substancialmente diferentes dos termos contratuais originais, o Banco considera o seguinte:

- Os factores qualitativos, como fluxos de caixa contratuais após a modificação, não são mais capital e juros, alteração na moeda ou mudança na contraparte, a extensão das alterações nas taxas de juros, vencimento e cláusulas restrictivas. Se estes não indicarem claramente uma modificação substancial, então:

Uma avaliação quantitativa é realizada para comparar o valor presente dos fluxos de caixa contratuais remanescentes sob os termos originais com os fluxos de caixa contratuais sob os termos revistos, ambos os montantes descontados à taxa efectiva original. Se a diferença no valor presente for maior que 90%, o Banco considera que a modificação é substancialmente diferente, levando ao desreconhecimento.

No caso em que o activo financeiro é desreconhecido, a provisão para perdas por imparidade (ECL) é remensurada à data de desreconhecimento para determinar a quantia líquida escriturada do activo nessa data. A diferença entre este valor contabilístico revisto e o justo valor do novo activo financeiro com os novos termos levará a um ganho ou perda no desreconhecimento. O novo activo financeiro terá uma provisão para perdas, mensurada com base na ECL de 12 meses, excepto nas raras ocasiões em que o novo empréstimo for considerado como originado com redução no valor recuperável de crédito. Isso se aplica somente no caso em que o justo valor do novo empréstimo é reconhecido com um desconto significativo em relação ao seu valor nominal revisto, pois permanece um alto risco de incumprimento que não foi reduzido pela modificação. O Banco monitora o risco de crédito dos activos financeiros modificados ao avaliar informações qualitativas e quantitativas, como, por exemplo, se o tomador está em situação de atraso nos novos termos.

Quando os termos contratuais de um activo financeiro são modificados e a modificação não resulta em desreconhecimento, o Banco determina se o risco de crédito do activo financeiro aumentou significativamente desde o reconhecimento inicial comparando:

- A PD (Probabilidade de default) remanescente ao longo da vida estimada com base nos dados no reconhecimento inicial e nos termos contratuais originais;

- Com a PD remanescente na data de relato com base nos termos modificados.

Para activos financeiros modificados como parte da política de tolerância do Banco, onde a modificação não resultou em desreconhecimento, a estimativa de PD reflecte a capacidade do Banco de colectar os fluxos de caixa modificados levando em conta a experiência anterior do Banco, bem como vários indicadores comportamentais, incluindo o desempenho do pagamento do mutuário em relação aos termos contratuais modificados. Se o risco de crédito permanecer significativamente mais alto do que o esperado no reconhecimento inicial, a provisão para perdas continuará a ser medida em um montante igual à ECL vitalícia. A provisão para perdas com empréstimos diferidos geralmente só será mensurada com base na ECL de 12 meses, quando houver evidência de melhora do comportamento de reembolso após a modificação, levando a uma reversão do aumento significativo anterior no risco de crédito.

Quando uma modificação não leva ao desreconhecimento, o Banco calcula o ganho / perda de modificação comparando o valor contabilístico bruto antes e depois da modificação (excluindo a provisão ECL). Em seguida, o Banco mede a ECL para o activo modificado, onde os fluxos de caixa esperados provenientes do activo financeiro modificado são incluídos no cálculo das deficiências de caixa esperadas do activo original.

O Banco desreconhece um activo financeiro somente quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do activo expiram (incluindo a expiração resultante de uma modificação com termos substancialmente diferentes), ou quando o activo financeiro e substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do activo são transferidos para outra entidade. Se o Banco não transferir nem retiver substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade e continuar a controlar o activo transferido, o Banco reconhece sua participação retida no activo e um passivo associado para os valores que poderá ter de pagar. Se o Banco retiver substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade de um activo financeiro transferido, o Banco continua a reconhecer o activo financeiro e também reconhece um empréstimo garantido pelos recursos recebidos.

No momento do writte o� de um activo financeiro na sua totalidade, a diferença entre o valor contabilístico do activo e a soma da contrapartida recebida e a receber e o ganho/perda acumulado que tinha sido reconhecido no rendimento integral e acumulado nos capitais próprios é reconhecido em resultados, com a exceção do investimento de capital designado conforme mensurando ao justo valor através do rendimento integral, onde o ganho/perda acumulada anteriormente reconhecida no rendimento integral não é subsequentemente reclassificado no resultado.

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018112

Imparidades

O modelo de imparidade do Banco toma em consideração as perdas de crédito esperados (ECL) e é aplicado aos seguintes instrumentos financeiros: activos financeiros classificados como instrumentos de dívida e compromissos e garantias financeiras emitidas. Os instrumentos sujeitos a imparidade são divididos em três fases, tendo em conta a amplitude da deterioração do crédito desde o seu registo inicial:

Stage 1: abrange activos sem degradação significativa de risco de crédito desde o reconhecimento inicial. Neste caso, a imparidade reflecte perdas de crédito esperados resultantes de probabilidade de incumprimento que poderão ocorrer nos 12 meses seguintes à data de reporte. Para os activos com uma maturidade inferior a 12 meses, as perdas de crédito esperadas correspondem à maturidade remanescente.

Stage 2: instrumentos em que se considera que ocorreu um aumento significativo do risco de crédito desde o reconhecimento inicial, mas para os quais ainda não existe evidência objectiva de imparidade. Neste caso, as perdas de crédito esperadas baseiam-se na PD do período de vida útil, ou seja, representa a probabilidade de incumprimento que ocorra pelo remanescente período da vida útil estimado do activo financeiro.

Stage 3: instrumentos financeiros para os quais existe evidência objectiva de imparidade como resultado de eventos que resultaram em perdas. À semelhança do Stage 2, a PD corresponde a perdas esperadas de crédito durante a vida útil do activo financeiro. As operações reestruturadas são consideradas no Stage 3.

O apuramento da perda esperada baseia-se em informações históricas e actuais e requer decisões de gestão, estimativas e pressupostos, particularmente nos seguintes domínios: avaliação da existência de um aumento significativo do risco desde o momento de reconhecimento inicial e incorporação da informação forward - looking no cálculo da ECL.

As ECL reflectem o valor actual de todas as insuficiências de fluxos de caixa relacionadas com cenários de incumprimento sejam eles (i) nos dozes meses seguintes, ou (ii) ao longo da vida útil esperada de um instrumento financeiro, dependendo da deterioração do crédito desde o seu registo inicial. No entanto, a ECL é determinada através da multiplicação da probabilidade de incumprimento (probability of default – PD) e perda dado o incumprimento (loss given default – LGD).

Os parâmetros da ECL (PD e LGD) são determinados através de modelos estatísticos internos, e outros dados históricos relevantes, sendo que, para a sua determinação toma-se em consideração ao seguinte:

• As PD são determinados através de um modelo estatístico que toma em consideração informação quantitativa e qualitativa do mutuário. Neste termo, o Banco toma em consideração a performance e default acerca das exposições de risco de crédito e efectua-se uma análise por tipos de clientes e produtos, sendo que, os PD´s são atribuídos em função do risco específico de cada mutuário.

• O Banco estima os parâmetros de LGD com base no histórico de taxas de recuperação após a entrada em defaults das contrapartes. O modelo de LGD considera os colaterais associados aos financiamentos, o sector de actividade, o tempo de incumprimento, bem como os custos de recuperação. Na determinação do LGD, o

Banco considera apenas colaterais que se apresentam na forma tangível (imoveis habitacionais ou comerciais, equipamentos, valores monetários, Obrigações de tesouro e Bilhetes de tesouro), excluindo-se deste modo, colaterais que se apresentem na forma de cartas conforto, livranças, avales, entre outros.

Definição de incumprimento

A definição de incumprimento é usada na mensuração da quantia de Perdas de crédito esperadas (ECL) e na determinação se a provisão para perdas é baseada em ECL de 12 meses ou vida útil, pois o incumprimento é um componente da probabilidade de incumprimento (PD) que afecta tanto a mensuração ECL e a identificação de um aumento significativo do risco de crédito.

O Banco considera os seguintes eventos como evidências de incumprimento:

i. o mutuário está vencido há mais de 90 dias em qualquer obrigação de crédito relevante para o Banco; ou

ii. é improvável que o mutuário pague integralmente suas obrigações de crédito ao Banco.

A definição de incumprimento é apropriadamente adaptada para reflectir características de diferentes tipos de activos. Os descobertos são considerados como vencidos uma vez que o cliente tenha ultrapassado o estabelecido ou tenha sido informado de um limite menor do que o valor actual em aberto.

Ao avaliar se é improvável que o mutuário pague sua obrigação de crédito, o Banco leva em conta os indicadores qualitativos e quantitativos. As informações avaliadas dependem do tipo de activo, por exemplo, em empréstimos corporativos, um indicador qualitativo usado é a quebra de cláusulas contratuais, o que não é relevante para empréstimos de retalho. Indicadores quantitativos, como status de atraso e não pagamento de outra obrigação da mesma contraparte, são elementos fundamentais nessa análise. O banco utiliza uma variedade de fontes de informação para avaliar o incumprimento, que são desenvolvidas internamente ou obtidas de fontes externas.

Aumento significativo no risco de crédito

O Banco monitora todos os activos financeiros, compromissos de empréstimos emitidos e contratos de garantia financeira que estão sujeitos aos requisitos de imparidade para avaliar se houve um aumento significativo no risco de crédito desde o reconhecimento inicial. Se tiver havido um aumento significativo no risco de crédito, o Banco irá mensurar a provisão para perdas com base na duração ao invés da ECL de 12 meses. A política contabilística do Banco não é usar o expediente prático de considerar que os activos financeiros com risco de crédito "baixo" na data de relato financeiro não tiveram um aumento significativo no risco de crédito. Como resultado, o Banco monitora todos os activos financeiros, compromissos de empréstimos emitidos e contratos de garantia financeira que estão sujeitos à redução do valor recuperável para um aumento significativo no risco de crédito.

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 113

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

Ao avaliar se o risco de crédito de um instrumento financeiro aumentou significativamente desde o reconhecimento inicial, o Banco compara o risco de ocorrência de um incumprimento no instrumento financeiro na data do balanço com base no vencimento remanescente do instrumento com o risco de ocorrer um incumprimento. Ao fazer essa avaliação, o Banco considera informações quantitativas e qualitativas que sejam razoáveis e sustentáveis, incluindo a experiência histórica e as informações prospectivas que estão disponíveis sem custo ou esforço excessivo, com base na experiência histórica do Banco e na avaliação de crédito especializada, incluindo estimativas futuras em formação.

Múltiplos cenários económicos formam a base para determinar a probabilidade de incumprimento (PD) no reconhecimento inicial e nas datas subsequentes. Cenários económicos diferentes levarão a uma probabilidade diferente de incumprimento. É a ponderação desses diferentes cenários que formam a base de uma probabilidade média ponderada de incumprimento que é usada para determinar se o risco de crédito aumentou significativamente.

Para empréstimos corporativos, as informações prospectivas incluem as perspectivas futuras das indústrias nas quais as contrapartes do Banco operam, obtidas de relatórios económicos de especialistas, analistas financeiros, órgãos governamentais, grupos de reflexão relevantes e outras organizações similares, bem como a consideração de vários departamentos internos e fontes externas de informações económicas reais e previstas. Para o retalho, as informações prospectivas de empréstimos incluem as mesmas previsões económicas que os empréstimos corporativos com previsões adicionais de indicadores económicos locais, particularmente para regiões com concentração em determinadas indústrias, bem como informações geradas internamente sobre o comportamento de pagamento de clientes. O Banco atribui às suas contrapartes um nível de risco de crédito interno relevante, dependendo da sua qualidade de crédito. A informação quantitativa é um indicador primário de aumento significativo no risco de crédito e é baseada na mudança na PD ao longo da vida comparando:

i. A PD remanescente da vida do instrumento na data do balanço; com

ii. A PD do tempo de vida restante do instrumento para este momento que foi estimado com base em factos e circunstâncias no momento do reconhecimento inicial da exposição.

As PDs utilizadas são forward-looking e o Banco utiliza as mesmas metodologias e dados utilizados para mensurar a provisão para perdas na ECL.

Os factores qualitativos que indicam aumento significativo no risco de crédito são reflectidos nos modelos de PD em tempo útil. No entanto, o Banco ainda considera separadamente alguns fatores qualitativos para avaliar se o risco de crédito aumentou significativamente. Para empréstimos corporativos, há um enfoque particular em activos incluídos em uma "lista de observação".

Dado que um aumento significativo do risco de crédito desde o reconhecimento inicial é uma medida relativa, uma dada mudança na PD será mais significativa para um instrumento financeiro com uma PD inicial mais baixo do que comparado a um instrumento financeiro com uma PD mais alta.

b) Transacções em moeda estrangeira (IAS 21)

As demonstrações financeiras estão apresentadas em Meticais, sendo a moeda funcional do Banco e moeda de apresentação. Transacções em moeda estrangeira são reconhecidas com a taxa de câmbio à data de transacção. Os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconhecidos à taxa de câmbio média diária divulgada pelo Banco de Moçambique à data de balanço. As diferenças de câmbio são reconhecidas em resultados no período a que respeitam. Activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira que sejam determinados pelo seu custo histórico, são convertíveis à taxa de câmbio em vigor na data da transacção.

O ganho ou perda cambial em itens monetários é a diferença entre o custo amortizado da moeda funcional no início do ano, ajustado por juros e pagamentos efectivos durante o ano, e o custo amortizado em moeda estrangeira à taxa de câmbio à vista no final do ano. Activos e passivos não monetários que são mensurados pelo justo valor em moeda estrangeira são convertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio da data em que o justo valor é determinado. Itens não monetários que são mensurados com base no custo histórico em moeda estrangeira são convertidos utilizando a taxa de câmbio à vista na data da transacção. As diferenças em moeda estrangeira resultantes da conversão são reconhecidas nos resultados.

c) Passivos financeiros e instrumentos de capitais próprios

Os instrumentos de dívida e de capital próprio emitido são classificados como passivos financeiros ou como capital próprio de acordo com a substância do acordo contratual.

Um passivo financeiro é uma obrigação contratual de entregar caixa ou outro activo financeiro ou de trocar activos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade em condições que sejam potencialmente desfavoráveis para o Banco ou um contrato que será ou possa ser liquidado com instrumentos de capital próprio do Banco e é um contrato não derivativo pelo qual o Banco é ou pode ser obrigado a entregar um número variável de instrumentos de capital próprio, ou um contrato derivativo sobre os capitais próprios líquidos que pode ser liquidado pela troca de uma quantia fixa em dinheiro. (ou outro activo financeiro) por um número fixo de instrumentos de capital próprio do Banco.

Instrumentos de capital próprio

Um instrumento de capital próprio é qualquer contrato que evidencia uma participação residual nos activos de uma entidade após a dedução de todos os seus passivos. Os instrumentos de capital próprio emitido pelo Banco são reconhecidos pelos recursos recebidos, líquidos dos custos directos de emissão.

A recompra dos próprios instrumentos de capital do Banco é reconhecida e deduzida directamente no capital próprio. Nenhum ganho/perda é reconhecido no resultado na compra, venda, emissão ou cancelamento dos próprios instrumentos de capital próprio do Banco.

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018114

Passivos financeiros

Os passivos financeiros são classificados como “passivos financeiros ao justo valor através de resultados" ou "outros passivos financeiros".

Passivos financeiros ao justo valor através de resultados

Os passivos financeiros são classificados como ao justo valor através de resultados quando são (i) mantido para negociação, ou (ii) designados como ao justo valor através de resultados.

Um passivo financeiro é classificado como mantido para negociação se:

i. Foi incorrido principalmente para recomprá-lo no curto prazo; ou

ii. No reconhecimento inicial, faz parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados que o Banco administra em conjunto e tem um padrão real recente de obtenção de lucros a curto prazo; ou

iii. É um derivativo que não é designado e efectivo como instrumento de cobertura.

Um passivo financeiro não mantido para negociação ou contraprestação contingente que pode ser pago por um adquirente como parte de uma combinação de negócios pode ser designado como justo valor através de resultados no reconhecimento inicial se:

• tal designação elimina ou reduz significativamente uma inconsistência de mensuração ou reconhecimento que de outra forma surgiria; ou

• o passivo financeiro faz parte de um grupo de activos financeiros ou passivos financeiros ou ambos, que é gerenciado e seu desempenho é avaliado com base no valor justo, de acordo com a gestão de risco documentada do Grupo ou estratégia de investimento, e informações sobre o agrupamento são fornecidas internamente nessa base; ou

• faz parte de um contrato contendo um ou mais derivativos embutidos, e a IFRS 9 permite que todo o contrato híbrido (combinado) seja designado como justo valor através de resultados.

Os passivos financeiros ao valor justo por meio de resultado são demonstrados ao valor justo, com quaisquer ganhos/perdas resultantes de nova mensuração reconhecidos no resultado, na medida em que não fazem parte de uma relação de cobertura designada. O ganho / perda líquido reconhecido no resultado inclui os juros pagos sobre o passivo financeiro e é incluído na conta do resultado líquido de outros instrumentos financeiros do valor justo por meio do resultado na conta de lucros ou perdas.

Outros passivos financeiros

Outros passivos financeiros, incluindo depósitos e empréstimos, são inicialmente mensurados pelo valor justo, líquidos dos custos da transação. Outros passivos financeiros são subsequentemente mensurados ao custo amortizado usando o método da taxa de juro efectiva.

O método da taxa de juro efectiva é um método de calcular o custo amortizado de um passivo financeiro e de alocar a despesa de juros pelo período relevante. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exatamente os pagamentos de caixa futuros estimados ao longo da vida esperada do passivo financeiro, ou, quando apropriado, por um período mais curto, para o valor contabilístico líquido no reconhecimento inicial. Desreconhecimento de passivos financeiros

O Banco desreconhece os passivos financeiros quando, e somente quando, as obrigações do Banco são liquidadas, canceladas ou vencidas. A diferença entre o valor contabilístico do passivo financeiro desreconhecido e a contrapartida paga e a pagar é reconhecida no resultado.Quando o Banco troca com o credor existente um instrumento de dívida por outro com termos substancialmente diferentes, essa troca é contabilizada como uma extinção do passivo financeiro original e o reconhecimento de um novo passivo financeiro.

Da mesma forma, o Banco contabiliza a modificação substancial dos termos de um passivo existente ou parte dele como extinção do passivo financeiro original e o reconhecimento de um novo passivo. Presume-se que os termos sejam substancialmente diferentes se o valor presente descontado dos fluxos de caixa sob os novos termos, incluindo quaisquer taxas pagas líquidas de quaisquer taxas recebidas e descontadas, usando a taxa efectiva original, for pelo menos 10% diferente do presente descontado valor dos fluxos de caixa restantes do passivo financeiro original.

d) Determinação do custo amortizado

O custo amortizado de um activo ou passivo financeiro é o montante pelo qual o activo financeiro ou passivo financeiro é mensurado no reconhecimento inicial, deduzido dos reembolsos de capital, mais ou menos a amortização cumulativa usando o método da taxa de juro efectiva de qualquer diferença entre o valor inicial reconhecido e o valor na maturidade, menos qualquer redução de imparidade.

e) Determinação do justo valor (IFRS 13)

O Banco procede à mensuração dos instrumentos financeiros ao justo valor à data de balanço. Adicionalmente procede à mensuração do justo valor dos instrumentos valorizados ao custo amortizado. O justo valor assume que o activo ou passivo é transaccionado entre participantes no mercado numa transacção ordenada de venda do activo ou de transferência do passivo à data de mensuração nas condições vigentes de mercado. Uma mensuração pelo justo valor assume que a transacção de venda do activo ou de transferência do passivo se realiza:

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 115

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

• No mercado principal desse activo ou passivo; ou

• Não existindo um mercado principal, no mercado mais vantajoso para esse activo ou passivo

O principal ou mais vantajoso mercado tem de estar acessível ao Banco.

O justo valor do activo ou do passivo é mensurado através do pressuposto que os participantes de mercado utilizaram para efectuarem a transacção, assumindo que os participantes agem no seu melhor interesse económico.

A mensuração pelo justo valor de um activo não-financeiro toma em conta a capacidade de um participante no mercado para gerar benefícios económicos, utilizando o activo da maior e melhor maneira, ou vendendo-o a outro participante no mercado que o irá utilizar da maior e melhor maneira.

O Banco utiliza técnicas de valorização consideradas as mais apropriadas de acordo com as circunstâncias e para os quais existam dados suficientes para mensurar o justo valor, maximizando a utilização da informação relevante disponível com base nas variáveis observáveis e minimizando a utilização das variáveis não observáveis.

Todos os activos e passivos cujo justo valor seja mensurado ou divulgado nas demonstrações financeiras encontra-se reconhecido de acordo com a hierarquia do justo valor, abaixo descrito, baseado no mais baixo nível de inputs para a mensuração do justo valor:

Nível 1 - Preços cotados (não ajustados) dos activos ou passivos em mercados activos a que a entidade tem acesso à data da mensuração.

Nível 2 - Justo valor determinado com base em dados observáveis de mercado não incluídos no Nível 1, mas que sejam observáveis em mercado para activo ou passivo, quer directamente ou indirectamente.

Nível 3 - Justo valor dos activos e passivos é determinado com base em inputs que não são baseados em informação observável em Mercado.

Para os activos e passivos que são reconhecidos recorrentemente nas demonstrações financeiras, o Banco determina se as transferências ocorreram entre níveis da hierarquia pela reavaliação da categorização (baseado no mais baixo nível de input para a mensuração do justo valor).

f) Garantias financeiras (IAS 37)

No decorrer da sua actividade corrente, o Banco concede garantias financeiras, tais como cartas de crédito, garantias e avales. Tais garantias são registadas em contas fora do balanço e divulgadas como passivos contingentes (Nota 30).

g) Reconhecimento de rédito e gasto

O rédito é reconhecido quando for provável que benefícios económicos futuros fluirão para o banco, e esses benefícios possam ser fiavelmente mensuráveis. O reconhecimento de rédito obedece os seguintes critérios por rúbrica:

Juros, rendimentos e gastos similares

Os rendimentos e gastos de juros para todos os instrumentos financeiros, excepto aqueles classificados como mantidos para negociação ou aqueles mensurados ou designados pelo valor justo, são reconhecidos no resultado através do método da taxa de juro efectiva. Os juros dos instrumentos financeiros mensurados ao justo valor através dos resultados são incluídos no movimento do valor justo durante o período.

A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os fluxos de caixa futuros estimados do instrumento financeiro ao longo da vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, num período mais curto, para o valor líquido actual do activo ou passivo financeiro. Os fluxos de caixa futuros são estimados levando em consideração todos os termos contratuais do instrumento.

O cálculo da taxa de juro efectiva inclui todas as taxas e pontos pagos ou recebidos entre as partes do contrato, que são incrementais e diretamente atribuíveis ao contrato de empréstimo específico, aos custos de transacção e a todos os outros prémios ou descontos. Para os activos financeiros ao valor justo através de resultados, os custos de transacção são reconhecidos no resultado no reconhecimento inicial.

O rendimento/gasto de juros é calculado aplicando-se a taxa de juro efectiva ao valor contabilístico bruto de activos financeiros (ou seja, ao custo amortizado do activo financeiro antes do ajustamento de qualquer imparidade), ou ao custo amortizado de passivos financeiros. Para os activos financeiros com perda de imparidade, o rendimento de juros é calculado aplicando-se a taxa de juro efectiva ao custo amortizado dos activos financeiros com perda de imparidade (ou seja, o valor contabilístico bruto menos a provisão para perdas esperadas de crédito (ECLs)). Para activos financeiros originados ou comprados com redução no valor recuperável de crédito, a taxa de juro efectiva reflecte as ECLs na determinação dos fluxos de caixa futuros que se espera que sejam recebidas do activo financeiro.

Rendimentos provenientes de serviços e comissões

Os rendimentos e gastos de comissões incluem outras taxas que não aquelas que são parte integrante da taxa de juro efectiva. As comissões incluídas nesta parte da demonstração de resultados incluem, entre outras coisas, comissões cobradas pelo serviço de um empréstimo, taxas de não utilização relaccionadas com compromissos de empréstimo, quando é improvável que resultem num acordo de empréstimo específico e comissões na sindicação de empréstimos

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Gastos de honorários e comissões com relação a serviços são contabilizadas na medida que os serviços são recebidos.

h) Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa, conforme apresentados na demonstração de fluxos de caixa, englobam os valores em caixa, e disponibilidades em outras instituições de crédito, com maturidades até três meses, mensurados ao custo amortizado (Nota 27).

i) Activos tangíveis (IAS 16)

Os activos tangíveis são mensurados pelo custo de aquisição, deduzido das respectivas depreciações acumuladas, e perdas por imparidade. Os custos de reparação de parte de um activo tangível são reconhecidos se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para o Banco e possam ser mensurados com fiabilidade.

As despesas de manutenção e reparação e outras despesas associadas ao seu uso são reconhecidas nos resultados do período em que foram incorridas.

As depreciações são calculadas utilizando o método das quotas constantes, com base na vida útil estimada dos bens, assim como do seu valor residual. Os valores residuais dos activos, assim como as vidas úteis dos activos e os critérios de amortização são ajustados, se necessário, à data de encerramento da posição financeira. As vidas úteis estimadas são as seguintes:

Periodicamente, são efectuadas análises no sentido de identificar evidências de imparidade em activos tangíveis. Sempre que o valor líquido dos activos exceda o valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade na demonstração dos resultados. O Banco procede à reversão das perdas por imparidade caso, subsequentemente, se verifique um aumento no valor recuperável do activo.

A anulação do reconhecimento do activo tangível é efectuada quando o mesmo é alienado, ou quando não se esperam benefícios económicos da sua utilização ou alienação. O ganho ou perda decorrente da anulação do reconhecimento é incluído em � outros ganhos operacionais ou outros gastos operacionais na demonstração de resultados no período em que o activo é desreconhecido.

j) Activos intangíveis (IAS 38)

Os activos intangíveis incluem os valores de software (licenças). O software adquirido pelo Banco é registado ao custo menos a amortização acumulada e menos eventuais perdas por imparidade.

As despesas com software desenvolvido internamente são reconhecidas como activo quando o Banco consegue demonstrar que a sua capacidade e intenção de gerar benefícios económicos futuros, e pode fiavelmente mensurar os custos para completar o desenvolvimento. A capitalização dos custos de software desenvolvido internamente inclui todos os custos directamente imputáveis ao desenvolvimento do software, e são amortizados durante a sua vida útil. O software desenvolvido internamente é mensurado pelo custo capitalizado menos amortizações acumuladas e menos perdas por imparidade.

A amortização é reconhecida na demonstração de resultados segundo o método de quotas constantes ao longo da vida útil estimada do software, a partir da data em que o mesmo esteja disponível para uso. A vida útil estimada do software é de 3 a 4 anos.

k) Imparidade de activos não financeiros (IAS 36)

O Banco avalia no final de cada data de relato ou com maior frequência se ocorreram eventos que alterem o valor contabilístico de um activo e se existe indicação de imparidade por parte de um activo não-financeiro. Se tais indicações existem, ou quando o teste anual da imparidade para um activo é exigido, o Banco estima o valor recuperável do activo. Se a quantia escriturada de um activo (ou unidade geradora de caixa) exceder a sua quantia recuperável, o activo encontra-se em imparidade e é registado em balanço pelo valor recuperável.

A cada data de balanço, é reavaliada a existência de qualquer indicação de que uma perda por imparidade anteriormente reconhecida possa já não existir ou possa ter reduzido. Caso exista tal indicação, é estimada a quantia recuperável do activo e reverte as perdas por imparidade previamente reconhecidas apenas se tiverem ocorrido alterações nas estimativas usadas para estimar a quantia recuperável desde o reconhecimento da perda.

O Banco efectua regularmente a análise da adequacidade da vida útil estimada dos seus activos tangíveis. Alterações na vida útil esperada dos activos são reconhecidas através da alteração do período ou método de depreciação, coCnforme apropriado, sendo tratados como alterações de estimativas contabilísticas.

As obras em edifícios arrendados são depreciadas em prazo compatível com a sua utilidade esperada no contrato de arrendamento.

Obras em edifícios arrendados

Equipamentos

Viaturas

Ferramentas e utensílios

10

3 – 10

4

10

Anos

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 117

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

A reversão da imparidade está limitada ao valor da quantia recuperável do activo e reverte as perdas por imparidade previamente reconhecidas apenas se tiverem ocorrido alterações nas estimativas usadas para estimar a quantia recuperável desde o reconhecimento da perda.

l) Impostos sobre rendimento (IAS 12)

i) Impostos correntes

Os impostos correntes, activos ou passivos, são estimados com base no valor esperado a pagar ou a recuperar às autoridades fiscais. A taxa legal de imposto usada para calcular o montante é a que se encontra em vigor à data da posição financeira.O imposto corrente é calculado com base no lucro tributável do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos na matéria colectável resultante de gastos ou rendimentos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos contabilísticos.

ii) Impostos diferidos

Os impostos diferidos são reconhecidos sobre todas diferenças temporárias à data do balanço entre a base fiscal dos activos e passivos e a sua correspondente base contabilística. Os passivos por impostos diferidos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, excepto:

• Quando o imposto diferido passivo resulta do reconhecimento inicial do goodwill ou de um activo ou passivo numa transacção que não seja uma concentração de actividades empresariais e, no momento da transacção, não afecta nem o lucro contabilístico nem lucro tributável ou perda, e

• No que diz respeito a diferenças temporárias tributáveis associadas aos investimentos em filiais e associadas, são reconhecidos passivos por impostos diferidos quando a empresa-mãe, investidor ou empreendedor, seja capaz de controlar a tempestividade da reversão da diferença temporária, e que seja provável que a diferença temporária não se reverterá no futuro previsível.

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias dedutíveis, créditos fiscais não utilizados e prejuízos fiscais (Nota 8), na medida em que seja provável que o lucro tributável esteja disponível contra as diferenças temporárias dedutíveis, e o reporte de créditos fiscais não utilizados e prejuízos fiscais não utilizados possam ser utilizados, excepto:

• Quando o activo por imposto diferido resulta do reconhecimento inicial do goodwill ou de um activo ou passivo numa transacção que não seja uma concentração de actividades empresariais e, no momento da transacção, não afecta nem o lucro contabilístico nem lucro tributável ou perda, e

• No que diz respeito a diferenças temporárias dedutíveis associadas aos investimentos em filiais e associadas, são reconhecidos activos por impostos diferidos quando a empresa-mãe, investidor ou empreendedor, seja capaz de controlar a tempestividade da reversão da diferença temporária, e que seja provável que a diferença temporária não se reverterá no futuro previsível.

A quantia escriturada do activo por impostos diferidos é revista à data de encerramento de cada exercício e reduzida na medida em que já não é provável que os lucros tributáveis suficientes estarão disponíveis para permitir que todo, ou parte do imposto diferido activo possa ser utilizado. Os activos por impostos diferidos não reconhecidos são reavaliados à data de cada balanço e são reconhecidos na medida em que se torne provável que lucros tributáveis futuros permitirão que o activo por imposto diferido possa ser recuperável.

Os activos e passivos por impostos diferidos são mensurados pelas taxas fiscais que se espera que sejam aplicáveis no período quando seja realizado o activo ou seja liquidado o passivo, com base nas taxas fiscais (e leis fiscais) que tenham sido decretadas ou substancialmente decretadas à data de balanço.

Os impostos correntes e diferidos relativos a itens reconhecidos directamente em capital próprio são reconhecidos em capital próprio e não na demonstração dos resultados.

Os activos ou passivos por impostos diferidos são compensados caso exista um direito com força legal para compensar os activos correntes por impostos correntes relacionados com a mesma autoridade fiscal.

m) Contratos de locação

A determinação se um acordo é ou contém operações de locação baseia-se na substância do acordo em relação a data de início e obriga a uma avaliação sobre se o cumprimento do acordo depende do uso de um bem ou bens específicos e se o acordo transmite o direito de usar o bem.

n) Dividendos sobre acções ordinárias (IAS10

Os dividendos sobre acções ordinárias são reconhecidos como passivo e deduzidas ao capital próprio quando são aprovadas pelos accionistas do Banco. Os dividendos intercalares são deduzidos ao capital próprio quando declarados quando não estão mais à disposição do Banco.

Dividendos para o fim do exercício que são aprovados após a data de balanço são divulgados como um evento subsequente.

o) Provisões (IAS 37)

Uma provisão é reconhecida se o Banco, como resultado de um evento passado, tiver uma obrigação presente legal ou construtiva que possa ser estimada de maneira confiável e é provável que uma saída de benefícios económicos seja necessária para liquidar a obrigação. As provisões são determinadas descontando-se os fluxos de caixa futuros esperados a uma taxa antes de impostos que reflicta as avaliações correntes de mercado do valor temporal do dinheiro e, eventualmente, os riscos específicos para o passivo.

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018118

p) Normas emitidas mas não efectivas ou revistas

IFRS 16 Locações

A IFRS 16 especifica os critérios de reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação de locações. A norma fornece um modelo único de contabilização de locações, exigindo que os locatários reconheçam activos e passivos que resultem de contratos de locação, a menos que o prazo da locação seja até 12 meses ou que o activo subjacente tenha um valor baixo. Os locadores continuam classificando as locações como operacionais ou financeiras de acordo com a abordagem anteriormente prevista na IAS 17

IFRIC 23 Incertezas no tratamento de Imposto de impostos sobre o rendimento

Esta emenda aborda a determinação do lucro tributável (prejuízo fiscal), base fiscal, prejuízos fiscais não utilizados, créditos fiscais não utilizados e taxas de impostos, quando há incerteza sobre os tratamentos do imposto de rendimento na IAS 12. Especificamente:

• Se os tratamentos fiscais devem ser considerados colectivamente.• Pressupostos das autoridades fiscais.• A determinação do lucro tributável (prejuízos fiscais), base fiscal, prejuízos fiscais não utilizados, créditos

fiscais não utilizados e taxas de impostos; e alíquotas.• O efeito de alterações em factos e circunstâncias.

Emendas

Estrutura de pré-pagamento com compensação negativa (Alterações à IFRS 9)

Altera os requisitos existentes na IFRS 9 com relação aos direitos de rescisão, a fim de permitir a mensuração ao custo amortizado (ou, dependendo do modelo de negócio, pelo valor justo através de outros resultados integrais), mesmo no caso de pagamentos de compensação negativos.

Melhorias anuais ao ciclo de normas de IFRS 2015-2017

Altera os seguintes padrões:

IFRS 3 e IFRS 11 - As alterações da IFRS 3 esclarecem que, quando uma entidade obtém o controlo de um negócio que é uma operação conjunta, deve remensurar os interesses anteriormente detidos nesse negócio. As emendas à IFRS 11 clarificam que, quando uma entidade obtém o controlo conjunto de um negócio que é uma operação conjunta, a entidade não repassa as participações anteriormente detidas naquele negócio.

IAS 12 - A emenda clarifica que as exigências do antigo parágrafo 52B (para reconhecer os impactos do imposto sobre rendimento de dividendos quando as transações ou eventos que geraram lucros a distribuir forem reconhecidas) se aplicam a todas as consequências do imposto sobre o lucro retirando o parágrafo 52A que lida apenas com situações em que existem taxas de imposto diferentes para lucros distribuídos e não distribuídos.

IAS 23 - A emenda esclarece que se qualquer empréstimo específico permanecer em aberto após o activo relacionado estar pronto para o uso ou venda pretendida, esse empréstimo torna-se parte dos fundos que uma entidade toma por empréstimo geralmente ao calcular a taxa de capitalização sobre empréstimos em geral.

Emendas a Referências à Estrutura Conceitual nas Normas Internacionais de Relato Financeiro

Conjuntamente com a Estrutura Conceptual revista e publicada em março de 2018, o IASB também emitiu Emendas a Referências à Estrutura Conceptual nas IFRS. O documento contém alterações a IFRS 2, IFRS 3, IFRS 6, IFRS 14, IAS 1, IAS 8, IAS 34, IAS 37, IAS 38, IFRIC 12, IFRIC 19, IFRIC 20, IFRIC 22 e SIC-32. Nem todas as emendas, no entanto, actualizam esses pronunciamentos no que diz respeito a referências e citações da estrutura. Alguns pronunciamentos são actualizados apenas para indicar qual versão da estrutura eles estão referenciando (a estrutura IASC adotada pelo IASB em 2001, a estrutura do IASB de 2010, ou a nova estrutura revista de 2018) ou para indicar que as definições nas normas não foram atualizadas com as novas definições desenvolvidas e revistas na estrutura conceptual.

Definição de Negócio (Emendas à IFRS 3)

As emendas na definição de um negócio (emendas à IFRS 3) são mudanças no Apêndice A dos Termos Definidos, na orientação da aplicação e nos exemplos ilustrativos da IFRS 3 apenas. A norma esclarece que, para ser considerado um negócio, um conjunto de actividades e activos adquiridos deve incluir, no mínimo, um input e um processo substantivo que juntos contribuam significativamente para a capacidade de criar outputs; restringir as definições de uma empresa e de produtos, concentrando-se nos bens e serviços fornecidos aos clientes e removendo a referência à capacidade de reduzir custos; enriquecer a orientação e exemplos ilustrativos para ajudar as entidades a avaliar se um processo substantivo foi adquirido, remover a avaliação sobre se os participantes do mercado são capazes de substituir quaisquer insumos ou processos ausentes e continuar produzindo outputs; e adicionar um teste de concentração opcional que permita uma avaliação simplificada se um conjunto de actividades e activos adquiridos não é um negócio.

Definição de material (Modificações à IAS 1 e IAS 8)

A emenda clarifica a definição de 'material' e alinha com a definição usada na estrutura conceptual e nas normas.

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 119

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

Juros e rendimentos similares

Juros de empréstimos e adiantamentos a clientes

Juros de títulos

Juros de disponibilidades e aplicações em instituições de crédito

184,440,986

162,706,537

16,590,938

363,738,461

2. Margem financeira

2018

198,812,815

82,478,804

29,993,503

311,225,122

2017

Juros e gastos similares

Juros de recursos de clientes

Juros de depósitos do banco central e instituições de crédito

Juros de passivos subordinados

104,417,786

13,548,779

4,508,681

122,475,246

241,263,215

137,945,460

7,429,835

-

145,375,295

165,849,827

Rendimentos de serviços e comissões

Por serviços bancários prestados

De transacções com terceiros

Outros serviços e comissões

21,356,390

25,708,453

10,768,309

57,833,152

3. Rendimentos de serviços e comissões

2018

10,668,442

12,302,033

5,031,381

28,001,856

2017

Gastos de serviços e comissões

Por transacções com outros bancos

Gastos de outros serviços e comissões

(4,595,702)

(601,276)

(5,196,978)

52,636,174

(4,547,550)

(531,266)

(5,078,816)

22,923,040

A margem financeira apresenta-se como segue:

A rubrica de gastos com pessoal apresenta-se como segue:

Os ganhos e perdas em títulos resultam de operações de compra e revenda de obrigações do tesouro.

Esta rúbrica apresenta-se como segue:

Ganhos na compra e revenda de títulos

Perdas na compra de títulos

10,000,000

(1,012,979)

8,987,021

4. Resultados de activos financeiros ao custo amortizado

2018

-

-

-

2017

Remunerações aos trabalhadores

Encargos sociais

159,551,155

5,221,959

164,773,114

5. Gastos com o pessoal

2018

110,637,463

4,213,317

114,850,780

2017

Directores

Chefes de serviço

Gestores

Técnicos

Técnicos assistente,assistentes, caixas

Suporte

13

12

17

20

21

4

87

2018

12

10

5

18

15

3

63

2017

Em 31 de Dezembro de 2018 o Banco contava com 87 colaboradores contra os 63 de 2017. O crescimento verificado deve-se à inclusão de subsídios de locação de imóveis para os trabalhadores que em 2017 encontravam-se registados como custos administrativos (Nota 6), e a acordos para término de contratos de trabalho.

Em 31 de Dezembro de 2018 e 2017 os colaboradores distribuíam-se nas seguintes categorias profissionais:

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018120

6. Outros gastos operacionaisEsta rubrica apresenta-se como segue:

7. Outros ganhos operacionaisEsta rúbrica apresenta-se como se segue:

8. Impostos sobre o rendimentoA rúbrica de impostos analisa-se como segue:

A reconciliação da taxa efectiva de imposto sobre o rendimento é analisada como segue:

Rendas e aluguer

Consultoria

Despesas de viagem e de representação

Manutenção

Comunicações

Segurança

Consumíveis

Água, energia e combustíveis

Publicidade

Outros gastos

24,783,326

18,519,015

14,022,349

14,302,179

13,834,139

6,269,413

4,773,767

3,602,210

2,057,525

42,516,536

144,680,459

2018

47,466,050

14,882,599

9,903,773

14,622,291

13,904,505

2,797,267

3,418,391

2,969,632

1,448,941

34,637,443

146,050,892

2017

A variação verificada na rúbrica de rendas deve se a alteração contabilística no reconhecimento das rendas para os funcionários expatriados, anteriormente reconhecida em gastos administrativos e que a sua contabilização passa a ser considerada em rúbricas de gasto com o pessoal, (Nota 5).

A consultoria inclui gastos com serviços de auditoria externa para os quais foram suportados 3,8 e 3,7 milhões de meticais para os anos de 2018 e 2017, respectivamente.

Os outros gastos incluem:

O Banco apresenta prejuízos fiscais acumulados no montante de 372 026 826 Meticais (2017: 349 615 662 Meticais), que podem ser utilizados para compensar lucros fiscais futuros, dentro de um período de cinco anos, apresentando-se do seguinte modo:

Reconhecimento de impostos de anos anteriores (Nota 18)

Multas e penalidades

Seguros

Brindes

Serviços de limpeza

Formação

Quotas e donativos

Impostos indirectos

Gastos diversos (Nota 16)

20,359,623

3,056,015

2,096,279

1,174,356

907,920

677,422

437,793

59,407

13,747,721

42,516,536

2018

-

3,269,613

2,496,517

519,933

799,578

467,667

261,662

2,354,017

24,468,456

34,637,443

2017

Recuperação de créditos

Ganhos em arrendamento de imóveis

Outros ganhos

2,842,936

-

5,590,194

8,433,130

2018

901,454

6,910,650

2,441,812

10,253,916

2017

Imposto corrente

Imposto diferido

36,827,561

(33,873,442)

2,954,119

2018

2,909,392

-

2,909,392

2017

10,730,753

3,433,841

(52,689,251)

15,381,968

36,827,561

2,954,119

2018

(132,694,040)

(42,462,093)

(28,777,551)

10,652,809

2,909,362

(57,677,441)

2017

Lucro / (Prejuízo) antes de impostos

Imposto devido

Benefícios fiscais em rendimentosde títulos de dívida e outras aplicações

Custos não dedutíveis

IRPC sobre rendimentos de juros de títulosde dívida e outras aplicações – taxa liberatória

Imposto do exercício

32%

20%

28%

Taxa de imposto

32%

20%

Taxa de imposto

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 121

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

9. Caixa e disponibilidades no Banco CentralA rubrica de Caixa e Disponibilidades no Banco Central é analisada como segue:

10. Disponibilidades em instituições de créditoEsta rubrica apresenta-se como segue:

11. Aplicações em instituições de créditoAs aplicações em instituições de crédito apresentam-se como segue:

12. Activos financeiros ao custo amortizadoEsta rubrica analisa-se como segue:

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

Em 31 de Dezembro de 2018, o Banco reconheceu impostos diferidos activos por prejuízos fiscais reportáveis, no montante de 33,873,442, pois após elaboração do plano estratégico até 2023, entende que irá gerar lucros suficientes para absorver este imposto. Poderia adicionalmente ter registado um montante de 85,175,142, tendo optado por não o fazer pois acredita que não estejam cumpridos os critérios de reconhecimento.

Parte dos saldos existentes junto do Banco de Moçambique estão em conformidade com as exigências do Banco Central para constituição de reservas obrigatórias. Em 31 de Dezembro de 2018, o montante das reservas mínimas obrigatórias ascendia a 347,987,335 Meticais (226,422,688 Meticais em 2017).

A regra aplicável em 31 de Dezembro de 2018, especificada nas diretrizes do Banco Central, ao abrigo do Aviso nº12/GBM/2017, determina a manutenção média de depósitos junto do Banco Central de 14% para a moeda nacional e 27% para a moeda estrangeira de clientes residentes e não residentes e do Estado moçambicano.

Esta reserva não é remunerada e não é considerada como parte de caixa e equivalentes de caixa na demonstração de fluxos de caixa (Nota 27).

O montante das Obrigações, 43,477,333 são respeitantes a Obrigações corporativas cujo emitente é o Bayport Financial Services Mozambique (MCB) S.A., as mesmas apresentam uma maturidade de 4 anos, tendo sido emitidas em Julho de 2018, com pagamentos de cupão semestral.

2019

2020

2021

2022

2023

59,651,134

29,965,087

-

176,556,099

105,854,506

372,026,826

Data de expiração Valor

Caixa

Banco de Moçambique

49,335,731

418,221,352

467,557,083

2018

29,405,396

252,055,522

281,460,918

2017

Depósitos em bancos nacionais

Depósitos no estrangeiro

6,048,414

165,803,351

171,851,765

2018

599,121

56,643,282

57,242,403

2017

Depósitos em outros bancos

Mercado monetário interbancário

Juros a receber

591,870,646

395,000,927

7,490,102

994,361,675

2018

314,232,150

-

1,038,366

315,270,516

2017

Obrigações do tesouro

De emissores nacionais

Bilhetes do tesouro

Corporativas

335,839,039

128,242,352

43,477,333

507,558,724

2018

353,666,034

441,933,520

-

795,599,554

2017

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018122

13. Activos financeiros ao justo valor através do rendimento integral

O movimento dos activos financeiros ao custo amortizado, apresenta-se como se segue: A análise do movimento da imparidade acumulada para créditos a clientes é como segue:

Os activos financeiros ao justo valor através do rendimento integral referem-se às acções detidas pelo Banco na SIMO - Sociedade Interbancária de Moçambique, S.A., uma empresa financeira responsável pela compensação de valores. O Banco detém 0.5% das acções desta.

Dado que não existe um mercado activo no qual pode ser determinado o justo valor de activos semelhantes, este investimento financeiro foi mensurado ao custo. Além disso, toda a informação relevante disponível à data do balanço indica que não há evidência objectiva que poderia levar a concluir que o activo financeiro esteja em imparidade e, como tal, nenhuma imparidade foi constituída.

Em 31 de Dezembro de 2018, a rúbrica de “custos diferidos” é composta maioritariamente por licenças de software, 2,494,378 Meticais; bem como por custos diferidos relacionados com propinas de estabelecimentos de ensino e de seguros de diversa natureza, 2,803,642 Meticais.

Saldo inicial

Aquisições

Reembolsos

Saldo final

795,599,554

504,626,580

(792,667,410)

507,558,724

2018

57,546,903

842,473,000

(104,420,349)

795,599,554

2017

2018 2017

2018 2017

SIMO 2,682,287 2,682,287

14. Empréstimos e adiantamentos a clientesEsta rúbrica apresenta-se como se segue:

15. Outros activosOutros activos apresentam-se como segue:

Crédito financeiro

Carteira vincenda

Carteira vencida

Descobertos bancários

Carteira vincenda

Carteira vencida

Juros a receber

Comissões diferidas

Imparidade acumulada

373,092,037

95,118,467

297,892,476

25,294,156

791,397,136

3,201,641

(2,575,011)

(63,409,529)

728,614,237

410,593,506

124,763,722

246,448,146

23,960,822

805,786,196

3,369,504

(2,871,698)

(90,935,099)

715,328,903

2018

Saldo de abertura

Imparidade de exercício

Reversões

Utilização

Saldo final

2017

Saldo de abertura

Imparidade de exercício

Reversões

Utilização

Saldo final

71,451,506

27,792,239

(861,854)

(54,282,928)

44,098,963

25,248,340

80,250,634

(195,773)

(33,851,695)

71,451,506

Estágio 3

19,483,593

25,258,450

(25,431,477)

-

19,310,566

17,576,320

7,375,581

(5,468,308)

-

19,483,593

Estágios 1&2

90,935,099

53,050,689

(26,293,331)

(54,282,928)

63,409,529

42,824,660

87,626,215

(5,664,080)

(33,851,695)

90,935,099

Total

Custos diferidos

Outros valores a receber

Desconto de emissão de títulos de dívida

Diversos

Perdas por imparidade

5,876,916

4,312,387

3,595,598

982,919

14,767,820

-

14,767,820

2,696,122

2,277,222

-

3,002,350

7,975,694

(958,065)

7,017,629

2018 2017

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 123

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

As adições verificadas em 2018 na rúbrica de equipamento estão relacionadas com a aquisição de novos servidores para reforço da infraestrutura tecnológica do Banco.

Os ajustamentos do exercício referem-se à aceleração ocorrida na depreciação de bens considerados obsoletos, tal ocorreu por contrapartida da rubrica de “gastos diversos - gastos operacionais” (Nota 6).

Em 31 de dezembro de 2018, o valor das retenções na fonte respeita às retenções efectuadas por terceiros sobre juros de aplicações em outras instituições de crédito e juros provenientes de títulos, recebidos entre os exercícios de 2008 a 2013.

O decréscimo no valor acumulado deve-se ao custo reconhecido em 2018, na rúbrica de outros gastos – reconhecimento de impostos de anos anteriores (Nota 6), referente às retenções de imposto efectivadas no período compreendido entre 2014 e 2017, dado o seu carácter definitivo.

16. Activos tangíveisO movimento nos activos tangíveis apresenta-se como segue:

17. Activos intangíveisO movimento nos activos intangíveis apresenta-se como segue:

A análise do movimento das perdas por imparidade apresenta-se como se segue:

18. Activos por impostos correntesEsta rúbrica apresenta-se como segue:

Saldo inicial

Utilizações

Saldo final

958,065

(958,065)

-

2018

958,065

-

958,065

2017

Custo

1 de Janeiro de 2017

Adições

31 de Dezembro de 2017

Adições

31 de Dezembro de 2018

Depreciações

1 de Janeiro de 2017

Depreciações do exercício

31 de Dezembro de 2017

Depreciações do exercício

Ajustamentos

31 de Dezembro de 2018

Valor líquido

1 de Janeiro de 2017

31 de Dezembro de 2017

31 de Dezembro de 2018

62,468,021

25,741,159

88,209,180

456,254

88,665,434

17,234,062

5,874,760

23,108,822

8,287,477

167,435

31,563,734

45,233,959

65,100,358

57,101,700

Edifícios arrendados

29,175,769

1,897,966

31,073,735

14,167,676

45,241,411

18,959,791

3,208,261

22,168,052

3,856,354

511,058

26,535,464

10,215,978

8,905,683

18,705,947

Equipamento

13,658,647

-

13,658,647

7,196,434

20,855,081

8,369,632

3,068,831

11,438,463

2,697,398

401,432

14,537,293

5,289,015

2,220,184

6,317,788

Viaturas

8,048,957

102,899

8,151,856

1,762,166

9,914,022

5,890,773

475,171

6,365,944

660,456

1,456,868

8,483,268

2,158,184

1,785,912

1,430,754

Ferramentase utensílios

113,351,394

27,742,024

141,093,418

23,582,530

164,675,948

50,454,258

12,627,023

63,081,281

15,501,687

2,536,793

81,119,759

62,897,135

78,012,137

83,556,189

Total

Custo:

1 de Janeiro de 2017

Adições

31 de Dezembro de 2017

Adições

31 de Dezembro de 2018

Amortizações:

Saldo a 1 Janeiro de 2017

Amortizações do exercício

Saldo a 31 de Dezembro de 2017

Amortizações do exercício

Saldo a 31 de Dezembro de 2018

Valor líquido

1 de Janeiro de 2017

31 de Dezembro de 2017

31 de Dezembro de 2018

72,965,263

1,103,420

74,068,683

2,057,104

76,125,787

42,570,279

13,346,310

55,916,589

16,017,285

71,933,874

30,394,984

18,152,094

4,191,913

Software

Retenções na fonte sobre – IRPC 27,613,854

2018

42,038,069

2017

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018124

O saldo em 31 de Dezembro de 2017 refere-se a financiamento de muito curto prazo em outras instituições de crédito, obtidos a 19 de Dezembro de 2017, com a maturidade em 18 de Janeiro de 2018 e a taxa de juro de 21.5% a.a.

Os depósitos à ordem incluem essencialmente contas correntes de clientes a taxas de juro marginais. Os depósitos a prazo apresentam em 31 de Dezembro de 2018 taxas de juros até ao máximo de 16% (em 31 de Dezembro de 2017, até ao máximo de 25.75%), com a maturidade até 12 meses.

O Banco contraiu junto de entidade relacionada, em Julho de 2018, um empréstimo subordinado no valor de 50 milhões de meticais por um período de 7 anos, com pagamento de cupões semestrais, tendo sido a taxa de juro para o primeiro cupão de 18.55%.

19. Recursos de outras instituições de crédito

Bancos Nacionais

Juros a pagar

-

-

-

2018

50,000,592

353,429

50,354,021

2017

20. Depósitos de clientes

21. Empréstimos subordinados

A rúbrica de depósitos de clientes é analisada como segue:

22. Provisões para garantias bancárias prestadasAs provisões para garantias prestadas correspondem a 0.25% do total das garantias na data do balanço.

23. Outros passivosEsta rubrica analisa-se como segue:

As contas a pagar ao Estado encontram-se desagregadas abaixo:

À ordem

A prazo

Contas poupança

Juros a pagar

1,227,619,107

997,193,207

58,895,278

10,379,106

2,294,086,698

2018

481,772,060

949,456,675

105,989,732

49,248,555

1,586,467,022

2017

2018 2017

FMB capital Holdings

Juros a pagar

50,000,000

4,508,681

54,508,681

-

-

-

Provisões para outros riscos e outros encargos

Acréscimos de gastos

Contas de regularização

Estado

Contas a pagar

20,811,806

13,623,290

6,197,896

5,439,041

(177,645)

45,894,388

2018

16,330,917

17,376,553

1,485,060

8,308,760

1,122,802

44,624,092

2017

2018 2017

IRPS

Imposto de selo

INSS

Outros impostos

3,713,785

750,320

716,465

258,471

5,439,041

6,812,775

886,087

568,930

40,968

8,308,760

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 125

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

Reserva legal

Nos termos da legislação moçambicana, o Banco deve alocar anualmente uma reserva legal de pelo menos 5% dos seus lucros líquidos auditados, até que seja igual ao capital social. A reserva não pode ser distribuída mas pode ser usada para cobrir prejuízos ou até ao nível do capital social.

Outras reservas

As reservas reconhecidas em capital próprio do Banco na demonstração da posição financeira incluem a reserva de risco geral de crédito, que representa o valor mínimo de imparidade do crédito de clientes requerido pelo sector bancário.

Prémios de emissão

Representa o prémio de emissão aquando do reforço do capital social pelo First capital Bank, Plc em Dezembro de 2017.

24. Capital Social

26. Itens não representativos de caixa incluídos nos (prejuízos) / lucros antes de impostos

O valor nominal do Banco apresenta a seguinte estrutura accionista:

27. Caixa e equivalentes de caixaCaixa e equivalentes de caixa apresenta-se como segue:

25. ReservasAs reservas apresentam-se como segue:

O número de acções do Banco apresentaa seguinte estrutura accionista:

First capital Bank, Plc

Premier Capital

Prime Bank

695,532,000

130,412,200

43,470,800

869,415,000

2018

695,532,000

130,412,200

43,470,800

869,415,000

2017

2018 2017

First capital Bank, Plc

Premier Capital

Prime Bank

6,955,320

1,304,122

434,708

8,694,150

6,955,320

1,304,122

434,708

8,694,150

First capital Bank, Plc

Premier Capital

Prime Bank

80.00%

15.00%

5.00%

100%

80.00%

15.00%

5.00%

100%

Saldo inicial

Acções emitidas

Saldo final

869,415,000

-

869,415,000

579,610,000

289,805,000

869,415,000

Prémios de emissão

Reserva de risco de crédito

Reserva legal

72,115,000

48,322,590

30,890,993

151,328,583

72,115,000

48,322,590

30,890,993

151,328,583

Depreciações e amortizações líquidos de abates (Nota 16 e 17)

Imparidade de crédito (Nota 14)

(31,518,972)

(26,757,358)

(58,276,330)

2018

(25,973,330)

(81,962,134)

(107,935,464)

2017

2018 2017

Caixa e disponibilidades no Banco Central (Nota 9)

Disponibilidades em instituições de crédito (Nota 10)

Aplicações em instituições de crédito (Nota 11)

Reserva no Banco Central (Nota 9)

467,557,083

171,851,765

994,361,675

(347,987,335)

1,285,783,188

281,460,918

57,242,403

315,270,516

(226,422,688)

427,551,150

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018126

28. Instrumentos financeiros

28.1 Classificação dos instrumentos

2018

Activos financeiros

Caixa e disponibilidades no Banco Central

Disponibilidades em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito

Activos financeiros ao custo amortizado

Activos financeiros ao justo valor através do rendimento integral

Empréstimos e adiantamentos a clientes

Outros activos

Total do activo

467,557,083

171,851,765

994,361,675

507,558,724

-

728,614,237

14,767,820

2,884,711,304

Custo amortizado

-

-

-

-

2,682,287

-

-

2,682,287

Justo valor atravésdo rendimento integral

467,557,083

171,851,765

994,361,675

507,558,724

2,682,287

728,614,237

14,767,820

2,887,393,591

Total

Passivos financeiros

Depósitos de clientes

Empréstimos subordinados

Provisões para garantias bancárias

Outros passivos

Total do passivo

-

-

-

-

-

Justo valor através deresultados

2,294,086,698

54,508,681

3,003,211

40,455,349

2,392,053,939

Custo amortizado

2,294,086,698

54,508,681

3,003,211

40,455,349

2,392,053,939

Total

2017

Activos financeiros

Caixa e disponibilidades no Banco Central

Disponibilidades em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito

Activos financeiros ao custo amortizado

Activos financeiros ao justo valor através do rendimento integral

Empréstimos e adiantamentos a clientes

Outros activos

Total do activo

281,460,918

57,242,403

315,270,516

795,599,554

-

715,328,903

7,017,629

2,171,919,923

Custo amortizado

-

-

-

-

2,682,287

-

-

2,682,287

Justo valor atravésdo rendimento integral

281,460,918

57,242,403

315,270,516

795,599,554

2,682,287

715,328,903

7,017,629

2,174,602,210

Total

Passivos financeiros

Recursos de outras instituições de crédito

Depósitos de clientes

Outros passivos

Total do passivo

-

-

-

Custo amortizado

50,354,021

1,586,467,022

36,315,332

1,673,136,375

Justo valor atravésdo rendimento integral

50,354,021

1,586,467,022

36,315,332

1,673,136,375

Total

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 127

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

28.2 Justo valor dos instrumentos financeiros

Activos financeiros ao custo amortizado

Estes activos são valorizados através de um modelo que usa quer variáveis observáveis, quer variáveis não observáveis no mercado. As variáveis não observáveis no mercado incluem pressupostos relativamente ao investimento, ao perfil de risco e aos pressupostos económicos relativamente à indústria e localização geográfica onde o investimento opera.

Os activos financeiros são descontados usando como referência uma taxa de juro indexada aos Bilhetes do tesouro.A taxa média para prazos iguais ou superior a 63 dias foi de 13.21%.

Determinação da hierarquia de justo valor dos instrumentos financeiros

O Banco utiliza a seguinte hierarquia na determinação e divulgação do justo valor dos instrumentos financeiros por técnica de valorização:

Nível 1: Valores cotados (não ajustáveis) em mercados activos para os activos e passivos identificáveis.

Nível 2: Outras técnicas de valorização para os quais os inputs que apresentem um impacto significativo na determinação do justo valor é efectuado com informação observável, quer directa, quer indirectamente.

Nível 3: Técnicas que utilizam inputs que apresentam um efeito significativo no justo valor registado com base em variáveis não observáveis no mercado.

Os quadros a seguir mostram a análise dos instrumentos financeiros mensurados ao justo valor por nível de hierarquia:

A tabela seguinte demonstra, por classe, a comparação dos justos valores com os valores líquidos contabilísticos dos instrumentos financeiros do Banco que não estão mensurados ao justo valor nas demonstrações financeiras:

O Conselho de Administração considera que todos os instrumentos financeiros, para além dos empréstimos e adiantamentos a clientes se aproximam do justo valor, devido ao curto prazo das maturidades destes instrumentos.O justo valor dos activos e passivos financeiros é incluído no valor em que o instrumento poderia ser trocado em uma transação corrente entre partes interessadas, excepto numa venda forçada ou de liquidação.

2018

Activos financeiros

Activos financeiros ao justo valor através do rendimento integral -

Nível 1

-

-

Nível 2

2,682,287

2,682,287

Nível 3

2,682,287

2,682,287

Total

2017

Activos financeiros

Activos financeiros ao justo valor através do rendimento integral

-

-

-

-

2,682,287

2,682,287

2,682,287

2,682,287

Activos financeiros

Activos financeiros ao custo amortizado

Empréstimos e adiantamentos a clientes

507,558,724

728,614,237

1,236,172,961

2018

Valor do balanço Justo valor Valor do balanço Justo valor

2017

507,558,724

728,614,237

1,236,172,961

795,599,554

715,328,903

1,510,928,457

795,599,554

715,328,903

1,510,928,457

Passivos financeiros

Recursos de instituições de crédito

Depósitos de clientes

Empréstimos subordinados

-

2.294,086,698

54,508,681

2,348,595,379

(1,112,422,417)

-

2.294,086,698

54,508,681

2,348,595,379

(1,112,422,417)

50,354,021

1,586,467,022

-

1,636,821,043

(125,892,586)

50,354,021

1,586,467,022

-

1,636,821,043

(125,892,586)

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018128

O benefício dos órgãos de gestão refere-se aos benefícios de curto prazo dos membros não executivos, do Conselho de Administração.

A actividade do Banco é exposta a um conjunto de riscos financeiros e essas actividades envolvem a análise, avaliação, aceitação e gestão de determinados graus de risco ou combinação de riscos. O objectivo do Banco é atingir um equilíbrio entre o risco e o retorno e minimizar os potenciais impactos adversos no seu desempenho financeiro.

Por natureza, a actividade do Banco assenta, essencialmente, na utilização de instrumentos financeiros. O Banco aceita depósitos de clientes quer a taxa de juro fixa, quer variável, e, durante vários períodos, procura obter margens acima da média investindo em activos de alta qualidade. O Banco procura aumentar as margens consolidando os fundos de curto prazo e emprestando por períodos mais prolongados a taxas mais elevadas mantendo a liquidez suficiente para todos os desembolsos necessários que eventualmente ocorram.

Assim, as políticas de gestão de risco do Banco estão desenhadas para identificar e analisar esses riscos a fim de estabelecer determinados limites de risco e controlos a fim de os monitorar e assegurar a sua aderência aos limites estabelecidos, por meio de sistemas actualizados. O Banco regularmente revê as políticas de gestão de risco e sistemas de forma a reflectir as alterações nos mercados, produtos e melhores práticas.

A análise qualitativa da gestão do risco do Banco é apresentada como segue:

Os títulos detidos na carteira de custódia pertencem a entidades relacionadas.

Locações operacionais – banco como locatário

O Banco celebrou contractos de locação operacional relativos a agências e instalações onde funciona a sua sede social. Estas locações têm duração média de 1 a 5 anos, com opção de renovar os contratos após o vencimento. Os valores dos contratos são ajustados anualmente para reflectir a inflacção do mercado. As rendas mínimas a pagar de operações de locação operacional irrevogáveis eram as seguintes à data de 31 de Dezembro:

29. Partes relacionadas

30. Contingências e compromissos

31. Gestão do Risco, objectivos e políticas

Aplicações com outros bancos

First Capital Bank Zâmbia

191,018,077

191,018,077

2018

197,731,488

197,731,488

2017

Recursos

Premier Capital

FMB, capital Holdings, Plc

First Capital Bank Botswana

29,508,119

2,487,916

5,648,665

37,644,700

247,114,465

-

-

247,114,465

Empréstimos subordinados

FMB capital Holdings, Plc 54,508,681

54,508,681

-

-

Benefícios dos órgãos de gestão

Remunerações 3,532,396 4,092,966

Garantias prestadas

Cartas de crédito

Limites de crédito não utilizados

Custódia de títulos

998,722,226

202,562,182

224,020,874

349,885,194

1,775,190,476

420,687,073

88,845,019

118,439,597

-

627,971,689

Até 1 ano

De 1 ano até 5 anos

24,125,259

120,626,294

144,751,553

2018

22,459,836

70,678,464

93,138,300

2017

2018 2017

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 129

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

Gestão do Risco de crédito

O comité de crédito do Banco é responsável por gerir o risco de crédito através das seguintes práticas:

• Garantir que o Banco tenha práticas de risco de crédito adequadas, incluindo um sistema eficaz de controlo interno, para determinar de forma consistente as provisões adequadas de acordo com as políticas e procedimentos estabelecidos pelo Banco, IFRS e orientações relevantes de supervisão.

• Identificar, avaliar e medir o risco de crédito em todo o Banco, de um instrumento individual para um nível de carteira.

• Criação de políticas de crédito para proteger o Banco contra os riscos identificados, incluindo os requisitos para obter garantias dos tomadores de empréstimos, para realizar avaliações de crédito contínuas e robustas dos mutuários e monitorar continuamente as exposições em relação aos limites internos de risco.

• Limitar as concentrações de exposição por tipo de activo, contrapartes, indústria, classificação de crédito, localização geográfica, etc.

• Estabelecer uma estrutura de controlo robusta em relação à estrutura de autorização para a aprovação e renovação de linhas de crédito.

• Desenvolver e manter a classificação de risco do Banco para categorizar as exposições de acordo com o grau de risco de incumprimento. As notas de risco estão sujeitas a revisões regulares.

• Desenvolver e manter os processos do Banco para medir as perdas de crédito esperadas (ECL), incluindo o monitoramento de risco de crédito, incorporação de informações prospectivas e o método usado para medir ECL.

• Garantir que o Banco possua políticas e procedimentos para manter e validar adequadamente os modelos usados para avaliar e medir ECL.

• Estabelecer um sólido processo de avaliação contabilística do risco de crédito que forneça uma base sólida para sistemas, ferramentas e dados comuns para avaliar o risco de crédito e para contabilizar a ECL. Fornecer aconselhamento, orientação e habilidades especializadas às unidades de negócio para promover as melhores práticas em todo o Banco na gestão do risco de crédito.

A função de auditoria interna realiza auditorias regulares, certificando-se de que os controlos e procedimentos estabelecidos sejam adequadamente projetados e implementados.

Aumento Significativo no risco de crédito

O Banco monitora todos os activos financeiros que estão sujeitos a exigências de imparidades para avaliar se houve um aumento significativo no risco de crédito desde o reconhecimento inicial. Se tiver havido um aumento significativo no risco de crédito, o Banco irá mensurar a provisão para perdas esperadas.

Ratings internos crédito

Para minimizar o risco de crédito, o Banco encarregou seu comité de gestão de crédito de desenvolver e manter a classificação de risco de crédito do Banco para categorizar as exposições de acordo com seu grau de risco de incumprimento. As informações de classificação de crédito são baseadas em uma série de dados que são determinados como preditivos do risco de incumprimento e da aplicação de julgamento de crédito experiente. A natureza da exposição e o tipo de tomador são considerados na análise. As notas de risco de crédito são definidas usando factores qualitativos e quantitativos que são indicativos do risco de incumprimento.

As classificações de risco de crédito são projectadas e calibradas para reflectir o risco de incumprimento, conforme o risco de crédito se deteriora. À medida que o risco de crédito aumenta a diferença no risco de incumprimento entre as alterações nas notas: Cada exposição é alocada a uma classificação de risco de crédito no reconhecimento inicial, com base nas informações disponíveis sobre a contraparte. Todas as exposições são monitoradas e a nota de risco de crédito é actualizada para reflectir as informações actuais. Os procedimentos de monitoramento seguidos são gerais e adaptados ao tipo de exposição. Os dados a seguir são normalmente usados para monitorar as exposições do Grupo:

• Registo de pagamento, incluindo índices de pagamento e análise de maturidades;

• Extensão da utilização do limite concedido;

• Forbearances (ambos solicitados e concedidos);

• Mudanças nas condições comerciais, financeiras e económicas;

• Informações de rating de crédito fornecidas por agências externas de rating;

• Para exposições de retalho: dados gerados internamente do comportamento do cliente, métricas de acessibilidade etc .; e

• Para exposições corporativas: informações obtidas por revisão periódica de cadastros de clientes, incluindo revisão de demonstrações financeiras auditadas, dados de mercado, como preços de obrigações cotadas, quando disponíveis, mudanças no sector financeiro que o cliente opera, etc.

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018130

O Banco utiliza as classificações de risco de crédito como uma entrada principal na determinação da estrutura a termo do PD (Probabilidade de incumprimento) para exposições. O Banco coleta informações de desempenho e de incumprimento sobre suas exposições ao risco de crédito analisadas por jurisdição ou região e por tipo de produto e mutuário, bem como por classificação de risco de crédito. As informações utilizadas são internas e externas, dependendo do portfólio avaliado.

Incorporação de informações prospectivas (Forward looking)

O Banco utiliza informações prospectivas que estão disponíveis sem custo ou esforço excessivo na sua avaliação do aumento significativo do risco de crédito, bem como na mensuração da ECL. O Banco emprega especialistas que usam informações externas e internas para gerar um cenário de “caso base” de previsão futura de variáveis económicas relevantes, juntamente com uma variedade representativa de outros possíveis cenários de previsão. As informações externas utilizadas incluem dados económicos e previsões publicadas por órgãos governamentais e autoridades monetárias.O Grupo aplica probabilidades aos cenários de previsão identificados. O cenário base é o resultado mais provável e consiste em informações usadas pelo Banco para planeamento estratégico e orçamento. O Banco identificou e documentou os principais factores de risco de crédito e perdas de crédito para cada carteira de instrumentos financeiros e, usando uma análise estatística de dados históricos, estimaram as relações entre variáveis macroeconómicas e risco de crédito e perdas de crédito. O Banco não efectuou alterações nas técnicas de estimativa ou pressupostos significativos feitos durante o período de relato.

MENSURAÇÃO DA ECL

A PD é uma estimativa da probabilidade de incumprimento em um determinado horizonte de tempo. O cálculo baseia-se em modelos de classificação estatística e é avaliado utilizando ferramentas de classificação adaptadas às várias categorias de contrapartes e exposições. Estes modelos estatísticos baseiam-se em dados de mercado (quando disponíveis), assim como dados internos que compreendem tanto factores quantitativos como qualitativos. As PDs são estimadas considerando os vencimentos contratuais das exposições e as taxas estimadas de pagamento antecipado. A estimativa é baseada nas condições actuais, ajustadas para levar em conta as estimativas de condições futuras que afectarão a DP.

A LGD (perda dado o incumprimento) é uma estimativa da perda decorrente do incumprimento. É baseado na diferença entre os fluxos de caixa contratuais devidos e aqueles que o credor esperaria receber, levando em consideração os fluxos de caixa de qualquer garantia. Os modelos de LGD para activos garantidos consideram previsões de avaliação de garantias futuras, considerando descontos de venda, tempo de realização de garantias e custo de realização das garantias. Os modelos de LGD para activos não garantidos consideram tempo de recuperação e taxas de recuperação. O cálculo é feito com base no fluxo de caixa descontado, em que os fluxos de caixa são descontados pela taxa de juro efectiva original do empréstimo.

EAD (exposicão na data do incumprimento) é uma estimativa da exposição em uma data de incumprimento futura, levando em consideração as mudanças esperadas na exposição após a data do balanço, incluindo pagamentos de principal e juros, e perdas esperadas. A abordagem de modelagem do Banco para EAD reflecte as alterações esperadas no saldo em aberto ao longo da vida da exposição do empréstimo permitidas pelos termos contratuais actuais, tais como perfis de amortização, reembolso antecipado ou pagamento em excesso, mudanças na utilização de compromissos não utilizados e acções de mitigação de crédito tomadas antes do incumprimento. O Banco usa modelos EAD que reflectem as características das carteiras de crédito.

O Banco avalia a ECL considerando o risco de incumprimento durante o período contratual máximo (incluindo opções de extensão) sobre o qual a entidade está exposta ao risco de crédito e não por um período mais longo, mesmo que a extensão ou renovação de contracto seja prática comercial comum. Contudo, para instrumentos financeiros como cartões de crédito, linhas de crédito rotativo e facilidades de descoberto que incluam um empréstimo e uma componente de compromisso não utilizada, a capacidade contratual do Banco de exigir o reembolso e cancelar o compromisso não utilizado não limita a exposição do Banco a perdas de crédito no período de aviso prévio. Para tais instrumentos financeiros, o Banco mensura a ECL durante o período em que está exposto ao risco de crédito e a ECL não seria mitigada por ações de gestão de risco de crédito, mesmo que esse período se estenda além do período contratual máximo. Estes instrumentos financeiros não têm um prazo fixo ou estrutura de reembolso e têm um curto período de cancelamento contratual. No entanto, o Banco não obriga, na gestão corrente do dia-a-dia, ao direito contratual de cancelar esses instrumentos financeiros. Isso ocorre porque esses instrumentos financeiros são administrados de forma coletiva e são cancelados somente quando o Banco toma conhecimento de um aumento no risco de crédito. Este período mais longo é estimado tendo em conta as acções de gestão de risco de crédito que o Banco espera tomar para mitigar a ECL, por ex. redução nos limites ou cancelamento do compromisso de empréstimo.

O cálculo da ECL para fins contabilísticos é diferente do cálculo da ECL para fins regulamentares, embora muitos elementos utilizados sejam semelhantes.

Agrupamentos baseado em características de riscos compartilhados

Quando a ECL é medida coletivamente, os instrumentos financeiros são agrupados com base em características de risco compartilhadas, tais como:

• Tipo de instrumento;• Grau de risco de crédito;• Tipo colateral;• Data do reconhecimento inicial;• Prazo remanescente até o vencimento;• Indústria;• O valor da garantia em relação ao activo financeiro se tiver um impacto na probabilidade de ocorrência de uma incumprimento.

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 131

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

Qualidade do crédito

O Banco monitora o risco de crédito por classe de instrumento financeiro. A tabela abaixo descreve as classes identificadas, bem como o item da demonstração financeira e a nota que fornece uma análise dos itens incluídos na linha do balanço financeiro para cada classe de instrumento financeiro.

Concentração do risco de crédito

Uma análise das concentrações de risco de crédito do Banco por classe de activo financeiro é detalhada na tabela a seguir. A menos que especificamente indicado, para activos financeiros, os valores na tabela representam valores contabilísticos brutos. Relativamente aos compromissos de empréstimos e contratos de garantia financeira, os valores na tabela representam os valores comprometidos ou garantidos, respectivamente.

Empréstimos e adiantamentos aos bancos ao custo amortizado

Empréstimos e adiantamentos aos bancos ao custo amortizado

Empréstimos e adiantamentos aos bancos ao custo amortizado

Empréstimos e adiantamentos a clientes ao custo amortizado

Classe do instrumento financeiro

Activos financeiros ao custo amortizado

Activos financeiros ao justo valor através do rendimento integral

Empréstimos e adiantamentos a clientes ao custo amortizado

Compromissos de empréstimo e contratos de garantia financeira

Caixa e disponibilidades no banco central

Disponibilidades em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito

Empréstimos e adiantamentos a clientes

Instrumento financeiro na posição financeira

Activos financeiros ao custo amortizado

Activos financeiros ao justo valor atravésdo rendimento integral

Outros activos

Provisões

Nota 9

Nota 10

Nota 11

Nota 14

Nota 12

Nota 13

Nota 15

Nota 22

Instrumento financeiro na posição financeiraClasse do instrumento financeiro Nota

Nota

2018

Comércio

Retalho

Construção

Outras indústrias

Indústria alimentar

Electricidade, gás e água

Transporte e comunicações

Indústria Metalúrgica

Estado

Bancos comerciais

Banco central

Outros sectores

-

-

-

-

-

-

-

-

-

1,158,723,338

418,221,352

-

1,576,944,690

184,679,220

134,113,244

100,738,581

170,787,763

29,674,080

2,390,751

7,038,775

9,712,937

-

-

-

152,261,785

791,397,136

-

-

-

-

-

-

-

-

326,140,500

-

136,706,000

40,000,000

502,846,500

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

2,682,287

2,682,287

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

1,201,284,408

1,201,284,408

Empréstimose adiantamentos

aos bancosao custo

amortizado

Empréstimose adiantamentos

a clientesao custo

amortizado

Investimentosem títulos

ao custoamortizado

Investimentosem títulos

ao justo valoratravés

do rendimentointegral

Compromissosde empréstimo

e contratosde garantia

financeira

2017

Comércio

Retalho

Construção

Outras indústrias

Indústria alimentar

Electricidade, gás e água

Transporte e comunicações

Indústria Metalúrgica

Estado

Bancos comerciais

Banco central

Outros sectores

-

-

-

-

-

-

-

-

-

371,474,553

252,055,522

-

623,530,075

262,381,233

168,525,774

184,448,454

97,371,395

7,447,518

22,670,779

6,494,131

18,850,200

2,334,002

-

-

35,242,710

805,766,196

-

-

-

-

-

-

-

-

342,911,000

-

499,562,000

-

842,473,000

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

2,682,287

2,682,287

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

627,971,689

627,971,689

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018132

Exposição ao risco de crédito por classe de activo financeiro, rating interno e “estágio”

Uma análise da exposição ao risco de crédito do Banco por classe de activo financeiro, classificação interna e “estágio” sem levar em conta os efeitos de qualquer garantia ou outras melhorias de crédito é fornecida nas tabelas a seguir. A menos que especificamente indicado, para activos financeiros, os valores na tabela representam valores contabilísticos brutos. Para os compromissos de empréstimo e contratos de garantia financeira, os valores na tabela representam os valores comprometidos ou garantidos, respectivamente.

Activos financeiros por maturidade contratual

Um aumento significativo no risco de crédito é identificado antes que a exposição esteja em incumprimento e, no máximo, quando a exposição perfizer 30 dias em atraso, principalmente para empréstimos e adiantamentos a clientes e mais especificamente para exposições de crédito a retalho, pois para empréstimos corporativos e outras exposições há mais informações específicas disponíveis sobre o mutuário que são usadas para identificar aumento significativo no risco de crédito. A tabela abaixo apresenta a carteira bruta dos empréstimos e adiantamento a clientes por antiguidade de saldos:

Perdas por imparidade por classe

A tabela abaixo resume a as provisões para perdas esperada em 31 de Dezembro de 2018 e 2017, por classe de exposição/activo:

2018

Caixa e disponibilidades

no Banco Central

Disponibilidades em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito

Investimentos em títulos

Empréstimos e adiantamentos a clientes

Outros activos

Garantias bancárias e cartas de crédito

467,557,083

171,851,765

994,361,675

507,558,724

653,618,030

5,295,306

1,201,284,408

4,001,526,992

-

-

-

-

13,809,560

-

-

13,809,560

-

-

-

124,596,176

-

-

124,596,176

-

-

-

-

(63,409,529)

-

(3,003,211)

(66,412,740)

467,557,083

171,851,765

994,361,675

507,558,724

728,614,237

5,295,306

1,201,284,408

4,073,519,987

Grau deinvestimento

(1-3)Monitoramento

padrão (4-7)

Empréstimos emincumprimento

(8-10)Exposição

Líquida

281,460,918

57,242,403

315,270,516

795,599,554

715,328,903

4,321,507

627,971,689

2,797,195,490

2017Imparidade

Classe do instrumento financeiro

Empréstimos e adiantamentos aos bancos ao custo amortizado

Empréstimos e adiantamentos a clientes ao custo amortizado

Investimentos em títulos ao custo amortizado

Outros activos financeiros ao custo amortizado

Investimentos em títulos ao justo valor através do rendimento integral

Garantias bancárias e cartas de crédito

-

63,409,529

-

-

-

3,003,211

66,412,740

2018

-

90,935,099

-

958,065

-

-

91,893,164

2017

Categoria

Não vencido

Até 30 dias

31 a 90 dias

91 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

646,938,850

11,813,578

12,232,086

55,494,762

16,647

64,901,214

791,397,136

Crédito bruto concedido

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 133

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

Colaterais e outras garantias de crédito

A quantidade e o tipo de garantia exigida dependem de uma avaliação do risco de crédito da contraparte.Os principais tipos de garantias obtidas são, como se segue:

• Para os títulos de crédito e nas transacções de recompra reversão, dinheiro ou títulos;

• Para empréstimos comerciais, encargos sobre imóveis, inventário e contas a receber;

• Para crédito ao retalho, hipotecas sobre imóveis de habitação.

Empréstimo corporativo

O Banco solicita garantias e colaterais para empréstimos corporativos. O indicador mais relevante da qualidade de crédito dos clientes corporativos é a análise do seu desempenho financeiro e sua liquidez, alavancagem, eficácia da gestão e índices de crescimento. Por essa razão, a avaliação de garantias detidas contra empréstimos corporativos não é actualizada rotineiramente. A avaliação de tais garantias é actualizada se o empréstimo for colocado na “lista de observação” e, portanto, for monitorada mais de perto.Para créditos com redução no valor recuperável, o Banco obtém avaliações de garantias para informar suas acções de gestão de risco de crédito. Em 31 de dezembro de 2018, o valor bruto dos empréstimos e adiantamentos a clientes ao pessoal era de 74 milhões de meticais e o valor da garantia ascende a 91.3 milhões de meticais.

Investimentos em títulos

O Banco detém investimentos em títulos mensurados ao custo amortizado com um valor contabilístico de 507 milhões de meticais e através do rendimento integral com um valor contabilístico de 2.6 milhões de meticais. Os investimentos em títulos detidos pelo Banco são obrigações governamentais, bilhetes de tesouro e obrigações corporativas, que não são garantidas.

Activos financeiros renegociados

Quando um cliente entra em incumprimento, e temporariamente não consegue suportar a prestação mensal, o cliente pode procurar pedir a dilatação do período de forma a conseguir uma oportunidade com vista a rectificação da situação. Na data de vencimento do período de reprogramação, a situação do cliente é reavaliada e os termos dos empréstimos poderão ser renegociados.

Activos financeiros que se encontrem em imparidade

O Banco regularmente avalia se existe uma evidência objectiva que o activo financeiro ou a carteira de activos financeiros valorizados ao custo amortizado está a incorrer em perdas por imparidade. Um activo financeiro ou carteira de activos financeiros está em imparidade e existem perdas por imparidade se, e apenas se, existe uma prova objectiva de imparidade como resultado de um ou mais eventos que tenham ocorrido após o reconhecimento inicial, após a data do primeiro registo no balanço e esse evento de perda tenha um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do activo financeiro ou da carteira de activos financeiros que possam ser fiavelmente estimada.

• Dificuldades financeiras do cliente;

• Quebra no contrato, tais como incumprimento das responsabilidades exigidas;

• Existem fortes evidências que o cliente vai entrar em bancarrota ou vai sofrer uma forte reorganização financeira;

• Desaparecimento de um mercado activo para esse activo financeiro devido a dificuldades financeiras; ou

• Observação de dados evidenciando que existe uma diminuição considerável relativamente aos fluxos de caixa futuros estimados de um grupo de activos financeiros, desde o reconhecimento inicial desses activos, apesar desse decréscimo não ter sido ainda identificado individualmente na carteira, incluindo: I. Alterações adversas no estado de pagamento dos mutuários na carteira; II. Condições económicas locais ou nacionais que se correlacionam com a depreciação da carteira de activos. III. Depreciação do valor do colateral; e IV. Deteriorização da posição do mutuário.

A política de crédito do Banco define incumprimento por parte de um determinado cliente, quando ocorrerem os seguintes eventos:

• Banco considera que é pouco provável que o mutuário pagará a sua obrigação de crédito, na íntegra, sem recurso a que o Banco tenha de exercer a opção sobre colateral; ou

• Se o mutuário entra em incumprimento com quaisquer condições do contrato, tais como alcançar determinadas condições financeiras.

O Banco avalia primeiro se a prova objectiva de imparidade existe individualmente, para activos financeiros que sejam individualmente significativos e individual ou colectivamente para activos financeiros que não são individualmente significativos. Todas exposições com indicação de crédito mal parado são avaliadas individualmente quanto a imparidade. Os activos avaliados individualmente quanto à imparidade e para os quais um gasto de imparidade é e continua a ser reconhecido não são incluídos na análise da imparidade colectiva.

Para empréstimos e adiantamentos e activos detidos até à maturidade, o valor da perda por imparidade é mensurado como sendo a diferença entre a quantia escriturada e o valor presente dos fluxos de caixa futuros descontados à taxa de juro efectiva original do activo.

O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados de um activo financeiro colateralizado reflecte os fluxos de caixa que podem resultar da execução menos os custos de obtenção e da venda da garantia colateral, quer a execução seja ou não provável

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018134

A metodologia e os pressupostos utilizados para estimar fluxos de caixa futuros são revistos periodicamente para reduzir as diferenças entre as estimativas e perdas reais.

O Banco utiliza as classificações de risco de crédito como uma entrada principal na determinação da estrutura a termo do PD (Probabilidade de incumprimento) para exposições. O Banco coleta informações de desempenho e de incumprimento sobre suas exposições ao risco de crédito analisadas por jurisdição ou região e por tipo de produto e mutuário, bem como por classificação de risco de crédito. As informações utilizadas são internas e externas, dependendo do portfólio avaliado.

ABATES

O Banco reconhece, através de um encargo que reduz o resultado, uma imparidade para as perdas ocorridas inerentes à carteira de crédito. Depois de identificar um adiantamento como reduzido e sujeito a um desconto de imparidade, chega-se a uma fase em que se conclui não existir uma perspectiva realista da sua recuperação. O abate ocorre quando a totalidade ou parte da dívida é considerada como incobrável. Não existe uma periodicidade no reconhecimento do mesmo, devendo ser efectuado quando se torna impossível recuperar parte ou totalidade da dívida. A oportunidade e a extensão dos abates podem envolver algum elemento de julgamento subjectivo. No entanto, um abate, muitas vezes, será precedido de um evento específico, como o início do processo de insolvência ou outra acção formal de recuperação, o que torna possível estabelecer que uma parte ou a totalidade do empréstimo está além da perspectiva realística de recuperação.

Estes activos são abatidos apenas quando todos os procedimentos necessários tenham sido concluídos, bem como o montante das perdas ter sido determinado. As recuperações subsequentes de valores que foram abatidos são reconhecidas como dedução do gasto de imparidade de crédito na demonstração de resultados.

Risco de Liquidez

O risco de liquidez é o risco do Banco ser incapaz de cumprir com as suas obrigações de pagamento, quando se vencem em circunstâncias normais e de pressão. A fim de mitigar este risco, a gestão tem procurado diversas fontes de financiamento, além de depositar um valor mínimo e monitorizar fluxos de caixa futuros numa base diária. Este processo inclui uma avaliação dos fluxos de caixa futuros esperados e da disponibilidade de alto grau de garantia que poderá ser utilizado para garantir um financiamento adicional, caso seja necessário.

O Banco mantém uma carteira de activos com bastante liquidez, assim como diversificada que poderá ser facilmente liquidada numa interrupção não prevista de fluxos de caixa. Além disso, o Banco detém reservas obrigatórias correspondentes a 14% do saldo médio dos depósitos de residentes, depósitos de não residentes e depósitos do Estado, para a moeda nacional e 27% para a moeda estrangeira. A posição de liquidez é avaliada e gerida tendo em consideração uma variedade de cenários, dando a devida atenção a factores de tensão relacionados tanto para o mercado em geral assim como para com o Banco em particular.O mais importante é manter os limites dos rácios de liquidez entre os depósitos de clientes e passivos para com clientes. O rácio de liquidez consiste na ponderação dos valores em caixa, depósitos de curto prazo e investimentos altamente líquidos, com os depósitos de clientes e empréstimos obtidos com vencimento no mês seguinte.

Maturidades contratuais não descontadas dos activos e passivos

A tabela abaixo resume o perfil de maturidade dos activos e passivos financeiros do Banco em 31 de Dezembro de 2018 e 2017 com base em fluxos de caixa contratuais não descontados:

2018

Activos financeiros

Caixa e disponibilidades no Banco Central

Disponibilidades em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito

Activos financeiros ao custo amortizado

Activos financeiros ao justo valor através

Empréstimos e adiantamentos a clientes

467,557,083

171,851,765

-

-

-

19,318,475658,727,322

-

1,282,299,027

1,282,299,027

(623,571,705)

281,460,918

57,242,403

-

-

-

-

338,703,321

-

587,761,793

587,761,793

(249,058,472)

-

-

803,343,650

110,293,457

-

336,561,2281,250,198,335

-

640,485,235

54,508,681

694,993,916

555,204,419

-

-

275,606,796

156,269,033

-

346,580,761

778,456,590

50,354,021

624,139,952

674,493,973

103,962,617

-

-

191,018,025

397,265,267

-

116,465,549

704,748,841

-

371,302,435

371,302,435

333,446,406

-

-

39,663,320

639,330,521

-17,261,516

696,255,357

-

374,565,277

374,565,277

321,690,080

-

-

-

-

-

160,234,871

160,234,871

CorrentesMenos

de 3 mesesDe 3 mesesa 12 meses

De 1a 5 anos

-

-

-

-

2,682,287

96,034,115

98,716,402

Maisde 5 anos

467,557,083

171,851,765

994,361,675

507,558,724

2,682,287

728,614,238

2,872,625,770

Total

Passivos financeiros

Recursos de outras instituições de crédito

Depósitos de clientes

Empréstimos subordinados

Total passivos

Valor líquido

-

-

-

160,234,871

-

-

-

98,716,402

-

2,294,086,698

54,508,681

2,348,595,379

524,030,391

2017

Activos financeiros

Caixa e disponibilidades no Banco Central

Disponibilidades em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito

Activos financeiros ao custo amortizado

Activos financeiros ao justo valor através

Empréstimos e adiantamentos a clientesTotal activos

-

-

-

-

2,682,287

115,117,531

117,799,818

281,460,918

57,242,403

315,270,116

795,599,554

2,682,287

715,328,903

2,167,584,181

Passivos financeiros

Depósitos de clientes

Total passivos

Valor líquido

-

-

-

236,369,095

-

-

-

117,799,818

50,354,021

1,586,467,022

1,636,821,043

530,763,138

-

-

-

-

-

236,369,095

236,369,095

do rendimento integral

do rendimento integral

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 135

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

Risco de mercado

Risco de mercado é o risco de que o justo valor ou fluxos de caixa futuros de instrumentos financeiros irá variar devido a alterações das variáveis do mercado, tais como taxas de juros, taxas de câmbio, e as cotações.

Risco de taxa de juro

Risco de taxa de juro decorre da possibilidade de alterações nas taxas de juro poderem afectar os futuros fluxos de caixa ou o justo valor dos instrumentos financeiros. O Banco monitoriza a sua exposição aos efeitos resultantes da flutuação das taxas de juro do mercado sobre o risco da sua posição financeira e dos fluxos de caixa. As margens financeiras podem aumentar como resultado de tais flutuações mas também podem reduzir ou criar perdas em caso de ocorrer movimentos não previstos. O Conselho de Administração estabelece limites sobre o grau de desajuste da taxa de juro, sendo a mesma controlada em uma base diária. Os instrumentos financeiros com risco de taxa de juro compreendem saldos de disponibilidades e depósitos em outras instituições de crédito, empréstimos e adiantamentos a clientes, depósitos e contas correntes de clientes e recursos de clientes. A política e gestão da estratégia, relacionada com o risco de liquidez são definidas pelo ALCO, executado e controlado pela tesouraria e pela divisão de gestão de risco.

A tabela abaixo sumariza a exposição do Banco às taxas de juro em 31 de Dezembro de 2018 e 2017:

A sensibilidade na demonstração dos resultados é o impacto na alteração das taxas de juro, essencialmente a FPC, baseado nos activos e passivos financeiros cuja taxa de juro é variável em 31 de Dezembro de 2018 e 2017 é a seguinte:

Activos financeiros

2018

Caixa e disponibilidades no Banco Central

Disponibilidades em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito

Activos financeiros ao custo amortizado

Empréstimos e adiantamentos a clientes

Outros activos

-

-

803,343,650

110,293,457

728,614,237

-

1,642,251,344

-

-

191,018,025

397,265,267

-

-

588,283,292

467,557,083

171,851,765

-

2,682,287

-

5,295,306

647,386,440

467,557,083

171,851,765

994,361,675

510,241,011

728,614,237

5,295,306

2,877,921,076

Menos de 3 mesesDe 3 mesesa 12 meses

Sem exposiçãoà taxa de juros Total

Passivos financeiros

Recursos de outras instituições de crédito

Depósitos de clientes

Empréstimos Subordinados

Total passivos

Valor líquido

-

1,922,784,263

54,508,681

1,977,290,294

(335,039,600)

-

371,302,435

-

371,302,435

216,980857

-

-

-

647,386,440

-

2,294,086,698

54,508,681

2,348,595,379

529,325,697

Activos financeiros

2017

Caixa e disponibilidades no Banco Central

Disponibilidades em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito

Activos financeiros

Empréstimos e adiantamentos a clientes

Outros activos

-

-

275,606,796

156,269,033

715,328,903

-

1,147,204,732

-

-

39,663,320

639,330,521

-

-

678,993,841

281,460,918

57,242,403

-

2,682,287

-

5,279,572

346,665,180

281,460,918

57,242,403

315,270,116

798,281,841

715,328,903

5,279,572

2,172,863,753

Passivos financeiros

Recursos de outras instituições de crédito

Depósitos de clientes

Total passivos

Valor líquido

50,354,021

1,211,901,745

1,262,255,766

(115,051,034)

-

374,565,277

374,565,277

304,428,564

-

-

-

346,665,180

50,354,021

1,586,467,022

1,636,821,043

536,042,710

2018

2017

+2p.p

-2p.p

+2p.p

-2p.p

2,361,215

(2,361,215)

3,787,559

(3,787,559)

2,361,215

(2,361,215)

3,787,559

(3,787,559)

Aumento/(diminuição) em p.pImpacto nos resultados

antes de impostosImpacto nos

fundos próprios

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018136

Risco cambial

O risco cambial é o risco do valor de um instrumento financeiro variar devido às alterações das taxas de câmbio. O Conselho de Administração fixa um nível limite de exposição por moeda. De acordo com a política do Banco, as posições são monitoradas diariamente para garantir que as mesmas são mantidas dentro dos limites estabelecidos.

A tabela seguinte sumariza a exposição ao risco cambial, a 31 de Dezembro de 2018 e 2017:

Risco Operacional

O risco operacional é o risco de perdas decorrentes de falhas de sistemas, erro humano, fraude ou acontecimentos externos. Quando ocorre uma falha nos controlos, os riscos operacionais podem causar danos na reputação do Banco, ter implicações legais ou regulamentares ou dar origem a perdas financeiras. O Banco não pode esperar eliminar todos os riscos operacionais, mas através de um quadro de controlo e de vigilância e respondendo aos riscos potenciais, o Banco é capaz de gerir os riscos. Controlos incluem uma efectiva segregação de funções, acesso, autorização e procedimentos de reconciliação, formação do pessoal e processos de avaliação.

Gestão de Capital

O Banco mantém uma gestão activa do capital para cobrir os riscos inerentes ao negócio. A adequação do capital do Banco é monitorada usando, entre outras medidas os rácios estabelecidas pelo Banco de Moçambique.

Os principais objectivos da gestão de capital são os que visam que o Banco:• Cumpra com os requisitos de capitais impostos pelo Banco de Moçambique;• Mantenha uma forte e saudável notação de rácios de capital, a fim de apoiar o seu negócio; e• Apresente uma política de continuidade, a fim de proporcionar o máximo retorno, e maximizar o valor aos accionistas.

A adequacidade de capital e a utilização do capital regulamentar são monitorados regularmente pelo Conselho de Administração do Banco, aplicando técnicas baseadas na legislação emanada pelo Banco de Moçambique para efeitos de supervisão. A informação requerida é apresentada mensalmente ao Banco de Moçambique. O Banco Central requer que cada banco cumpra um mínimo de activo de ponderação de risco (rácio de solvabilidade) acima ou no limite de 9%.

As tabelas abaixo demonstram a sensibilidade para eventuais alterações em USD e ZAR, mantendo as restantes variáveis constantes.

O impacto na demonstração de resultados (antes de imposto) é a mesmo que em fundo próprios.

2018

Activos financeiros

Caixa e disponibilidades no Banco Central

Disponibilidades em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito

Activos financeiros ao custo amortizado

Empréstimos e adiantamentos a clientes

225,339,449

6,048,414

495,833,804

510,241,011

594,860,239

1,832,322,916

193,549,475

147,596,848

498,527,871

-

133,753,998

973,428,192

6,495,042

7,075,602

-

-

-

13,570,643

42,173,117

11,075,815

-

-

-

53,248,932

-

55,086

-

-

-

55,086

467,557,083

171,851,765

994,361,675

510,241,011

728,614,237

2,872,625,770

MZN USD ZAR EUR INR Total

Passivos financeiros

Empréstimos subordinados

Depósitos de clientes

Total passivos

Valor líquido

54,508,681

1,375,659,842

1,430,168,522

402,154,394

-

862,274,243

862,274,243

111,153,949

-

3,207,707

3,207,707

10,362,936

-

52,944,906

52,944,906

304,027

-

-

-

55,086

54,508,681

2,294,086,698

2,348,595,379

524,030,392

2017

Activos financeiros

Caixa e disponibilidades no Banco Central

Disponibilidades em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito

Activos financeiros ao custo amortizado

Empréstimos e adiantamentos a clientes

193,684,755

599,121

116,625,216

798,281,841

709,114,607

1,818,305,539

52,941,773

44,419,626

198,645,301

-

6,214,296

302,220,997

3,095,205

488,557

-

-

-

3,583,763

31,739,184

11,615,429

-

-

-

43,354,613

-

119,670

-

-

-

119,670

281,460,918

57,242,403

315,270,516

798,281,841

715,328,903

2,167,584,581

Passivos financeiros

Recursos de outras instituições de crédito

Depósitos de clientes

Total passivos

Valor líquido

50,354,021

1,239,498,498

1,289,852,519

528,453,020

-

300,541,627

300,541,627

1,679,370

-

3,162,729

3,162,729

421,034

-

43,264,169

43,264,169

90,444

-

-

-

119,670

50,354,021

1,586,467,022

1,636,821,043

530,763,538

2018

2017

+10%

-10%

+10%

-10%

11,115,395

(11,115,395)

167,937

(167,937)

11,115,395

(11,115,395)

167,937

(167,937)

Alteração na taxade câmbios de USD

Impacto nos resultadosantes de impostos

Impacto nosfundos próprios

2018

2017

+5%

-5%

+5%

-5%

518,147

(518,147)

21,052

(21,052)

518,147

(518,147)

21,052

(21,052)

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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RELATÓRIO E CONTAS • 2018 137

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018

O capital regulamentar do Banco é gerido pelo departamento de gestão de risco e é dividido em:Tier 1 capital: capital social (líquido de quaisquer valores contabilísticos de acções próprias), resultados transitados e reservas; eTier 2 capital: divida subordinada, imparidade colectiva e ganhos não realizados de justo valor dos activos financeiros disponíveis para venda.

A ponderação do risco dos activos é mensurada através duma hierarquia de cinco riscos, classificada de acordo com a natureza e reflectindo uma estimativa de crédito, mercado e outros riscos associados a cada activo ou contraparte, tomando em consideração os colaterais elegíveis ou garantias. Um tratamento similar é adoptado para as rubricas das extrapatrimoniais com alguns ajustamentos a fim de reflectirem uma natureza mais contingente de uma perda potencial.

A tabela a seguir resume o cálculo do índice de adequação de capital do Banco para o ano findo em 31 de Dezembro de 2018 e 2017 de acordo com as exigências do BdM:

32. Acontecimentos após a data de balanço

Após o período de relato e, até à data em que as demonstrações financeiras foram autorizadas para emissão, houve eventos subsequentes que requeiram divulgação adicional:

(i) Com efeitos a partir de 21 de fevereiro de 2019, o Banco alterou a sua denominação social, de Capital Bank, S.A. para First Capital Bank, S.A.

(ii) Foi aprovada uma injecção para o incremento do capital social, para 1 140 000 000 meticais.

(iii) Foi já aprovada e terá lugar ainda no exercício económico de 2019, a transferência de acções do First Capital Bank, Plc para o FMB Capital Holdings, Plc.

(*) Representa a diferença entre a imparidade determinada com base no modelo de imparidade interno, em conformidade com o IFRS 9, e o mínimo apurado de acordo com os requisitos definidos pelo Banco de Moçambique.

Fundos próprios de base (Tier I)

Capital social

Reservas elegíveis e resultados transitados

Activos intangíveis

Provisões para imparidade gap(*)

Fundos próprios de base (Tier I)

869,415,000

(230,278,990)

(4,191,913)

(58,146,843)

576,797, 254

2018

869,415,000

(238,055,623)

(18,152,094)

(29,310,746)

583,896,537

2017

Fundos próprios complementares (Tier II)

Fundos próprios de base complementares (Tier I e Tier II)

50,000,000

626,797,254

-

583,896,537

Activos ponderados pelo risco

Na posição financeira

Contas extrapatrimoniais

Risco operacional e de mercado

Total dos activos ponderados

1,802,637,057

237,129,587

155,560,646

2,195,327,290

1,099,209,134

316,075,993

29,811,825

1,445,096,951

Rácios prudenciais

Tier I

Tier II

Rácio de solvência

Rácio de solvência exigido

26%

2%

29%

9%

40%

0%

40%

9%

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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