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Contas e Notas Anexas 1

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Contas e Notas Anexas

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Relatório e Contas 2015

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Relatório e Contas 2015

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Índice

p.6

p.8

p.13

p.13

p.14

p.14

p.17

p.18

p.19

p.20

p.21

p.23

p.23

p.26

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p.29

p.29

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p.32

p.33

p.88

p.89

p.90

Relatório do Conselho de Administração SumárioConsiderações GeraisEuropaSector da PastaCelbiMercado Atividade Florestal Atividade Industrial Recursos HumanosGestão de Riscos Financeiros Proposta de Aplicação de Resultados Anexo ao Relatório do Conselho de Administração

Contas e Notas Anexas Demonstrações da Posição Financeira Demonstrações dos Resultados por Naturezas Demonstrações do Rendimento Integral Demonstrações das Alterações no Capital Próprio Demonstrações dos Fluxos de Caixa Anexo às Demonstrações Financeiras

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal e Certificação Legal das Contas Relatório e Parecer do Conselho FiscalCertificação Legal das Contas

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Relatório e Contas 2015

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Sumário em 31 de dezembro de 2015

1.000 euros 2015 2014 2013 2012 2011

Vendas Líquidas 427,971 368,662 379.215 347.941 333.197

Amortizações 33,014 30,901 31.041 31.596 33.956

Resultados Operacionais 143,194 77,187 96.450 93.666 74.435

Resultados Líquidos 119,284 28,073 45.099 42.680 20.402

Capital Próprio 278,437 288,843 323.809 311.946 288.285

Valor Acrescentado 160,151 90,140 117.704 113.198 94.901

Investimento 14,955 18,888 5.157 2.346 7.591

Empregados do quadro em 31 de dezembro (*) 207 213 210 205 218

(*) Não inclui os Orgãos Sociais, nem contratos a termo certo

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Relatório do Conselho de Administração

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Vendas de pasta de eucalipto (milhares de toneladas)

601 619

2012 2013 2014 2015

200

400

600

800

2011

658 692 690

Vendas líquidas(milhões de euros)

2011 2012 2014 2015

75

225

375

525

2013

379 369 428333 348

Produção de pasta de eucalipto(milhares de toneladas)

2011 2012 2014 2015

200

400

600

800

2013

626 666 687599 695 7,6 2,3 5,2 18,9 15,0

Investimento(milhões de euros)

2011 2012 2014 2015

5

10

15

20

2013

94 96 77

Resultados operacionais

(milhões de euros)

2011 2012 2014 2015

50

100

150

200

2013

74 143289

Capital próprio

(milhões de euros)

2011 2012 2014 2015

150

250

350

450

2013288 278312 324

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Relatório e Contas 2015

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Relatório do Conselho de Administração

Exercício de 2015

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Relatório do Conselho de Administração

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Considerações GeraisO ano de 2015 fica para a história como mais um ano de grande instabilidade económica, com as economias ditas desenvolvidas a apresentarem crescimentos absolutamente insignificantes, os emergentes a sofrerem recessões devido à queda acentuada das “commodities” e a China a apresentar algum arrefecimento no processo de crescimento que regista há anos.

No plano geopolítico é também 2015 um ano de grandes perturbações com o alastrar do terrorismo na Europa, nomeadamente com os atentados de Paris, com a crescente onda de refugiados que aportam a uma Europa incapaz de lidar com o problema e com a guerra civil na Síria a colocar o conflito Rússia/Ucrânia para segundo plano.

Nos dois grandes blocos económicos mundiais, Europa e Estados Unidos, assistimos a ações preponderantes dos Bancos Centrais, os quais através da sua intervenção na economia, via política monetária, pretenderam condicionar o rumo dos acontecimentos. A FED após um longo período de manutenção das taxas de juro decidiu avançar para um aumento de 0,5% na taxa de referência do dólar e, na altura, perspetivou outras subidas num horizonte mais ou menos próximo. No entanto tal não se veio a verificar, até ao momento, dado que os sinais de recuperação que tinham determinado a intervenção, não apresentaram nos momentos seguintes a solidez e o desenvolvimento expectável.

Por seu turno o BCE, perante a estagnação económica de uma Europa algo anémica e com o espetro da deflação no horizonte, decide injetar liquidez no mercado através da compra de dívida pública. Apesar destas intervenções de política monetária as reações da economia dos países, a confiança dos consumidores e dos investidores não produziram, ainda, os resultados esperados.

EuropaComo já referimos o crescimento económico na Europa foi bastante moderado, pese embora a intervenção do BCE, com o programa de expansão quantitativa iniciado em março, associado à baixa dos preços da energia, devido à assinalável queda do petróleo.

Ainda assim, o crescimento da zona euro desacelerou (0,5% no primeiro trimestre, 0,4% no segundo e 0,3% no terceiro e quarto). O retorno da expansão da economia não tem sido suficiente para estimular a inflação, com o elevado desemprego (10,5% em novembro) a impedir pressão inflacionista via salários.

A inflação encerrou 2015 nos 0,2% em termos homólogos e as expectativas para 2016 permanecem também muito baixas, sendo natural que o BCE dê continuidade à sua política monetária acomodatícia.

Em Portugal a economia apresentou em 2015, um retorno de recuperação moderado com os indicadores a apresentarem em crescimento de 1,5% para o PIB.

O aumento de concessão de crédito e a queda dos preços do petróleo, geraram o apuramento de um maior rendimento disponível, no entanto o aumento do consumo privado e do investimento depressa demonstrou o desequilíbrio estrutural da economia portuguesa, originando o aumento das importações.

As exportações beneficiaram da desvalorização do euro, mas tiveram a contrariedade de ver mercados tradicionais a desacelerarem, como por exemplo Angola, em virtude da queda do preço do petróleo.

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Relatório e Contas 2015

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O mercado de trabalho evidenciou uma evolução favorável embora a taxa de desemprego tenha estagnado nos últimos trimestres nos 11,9% não acompanhando por isso a diminuição que se registava desde 2013.

As previsões para 2016 refletem a continuidade do processo de recuperação moderado da economia, bem como o ajustamento gradual dos desequilíbrios macro económicos, com o Banco de Portugal a prever um crescimento de 1,7% para este ano.

Sector da PastaDe acordo com os dados do Pulp and Paper Product Council (PPPC) world 20, em 2015 a procura total de pasta hard wood cresceu cerca de 5,5% o que se materializou num crescimento incremental absoluto de cerca de 1,2 milhões de toneladas.

O mercado chinês continuou a ser o grande impulsionador do lado da procura o qual, ainda de acordo com os dados do PPPC, terá crescido de forma total em cerca de 11% e especificamente 14,1 % no consumo de pasta de eucalipto.

Os preços no início do ano evoluíram de forma moderadamente positiva, registando 745 USD em janeiro para atingirem o pico em outubro com 810 USD.

No entanto a depreciação do euro face ao dólar com registo médio em 2015 de 1.097 USD/1€ permitiram uma maximização do preço da tonelada de pasta em euros.

CelbiNeste contexto e na conjugação de três principais fatores, o preço, câmbio e eficiência, a Celbi obteve em 2015 os melhores resultados de sempre da sua existência.

Com uma produção de 694.758 toneladas, mais 1,1% do que o anterior máximo obtido em 2014, a empresa obteve níveis de eficiência assinaláveis fruto dos investimentos realizados e da competência técnica dos seus colaboradores.

O total das vendas de pasta foi de 374,4 milhões de euros e o total dos proveitos operacionais ascendem a 437,2 milhões de euros o que representa um acréscimo de 15,1% face ao registado no ano anterior.

O total de custos operacionais foi de 294,0 milhões de euros, inferior em cerca de 8,0 milhões de euros ao valor obtido em 2014, apesar dos custos com pessoal estarem afetados pelo valor das indemnizações pagas, na reorganização efetuada, e pelo bónus de desempenho atribuído aos colaboradores.

O EBITDA registado no exercício foi de 143.2 milhões de euros, valor que suplantou o obtido em 2014 em mais de 85%.

Também na ótica da geração do cash flow o ano foi assinalável com a redução da divida bancária líquida em 86,5 milhões de euros, sendo a mesma no final do ano de 343,7 milhões de euros.

O nível de investimento realizado no ano foi de 15,0 milhões de euros, o qual corresponde de grosso modo ao montante de conclusão do projeto C17.

Finalmente os Resultados Líquidos registados no exercício foi de 119,3 milhões de euros os quais incluem 40,0 milhões de euros de dividendos recebidos de participadas.

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Relatório do Conselho de Administração

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Relatório e Contas 2015

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Relatório do Conselho de Administração

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MercadoA Celbi teve em 2015 o seu melhor ano comercial de sempre. A depreciação do Euro face ao USD e uma procura robusta em todos os mercados de celulose contribuíram para uma condição de mercado única ao longo de todo o ano. Em 2015, o mercado de pastas braqueadas permaneceu equilibrado com a procura a igualar a oferta em torno de 60Mtons, das quais 1/3 são pastas branqueadas de eucalipto (BEKP). Relativamente a estas, a oferta cresceu em 2015 8.6% para satisfazer uma procura, cujo crescimento anual totalizou 7.8%.

O ano iniciou-se com uma perspetiva moderadamente positiva para o mercado de celulose e menos otimista para as restantes “commodities”, afetadas pela desaceleração económica das economias desenvolvidas e sobretudo dos Brics. A queda do preço do petróleo e as flutuações cambiais de várias moedas de referência, completavam um cenário pouco animador.

Cedo as condições alteraram-se com o câmbio do Euro face ao USD a evoluir de 1.162 USD/1€ em janeiro para 1.0877 USD/1€ em dezembro fazendo com que a média anual de 2015 se situasse nos 1.097 USD contra 1.329 USD de 2014.

Paralelamente os preços da fibra curta (da qual a pasta de eucalipto faz parte) evoluíram dos 745 USD/ton em janeiro para 795 USD em dezembro, tendo atingido o valor mais elevado no mês de outubro (810 USD).

Os investimentos realizados na Celbi em 2015 melhoraram as características da pasta, consolidando a sua posição de vantagem face aos produtores sul-americanos.

Vendas por Aplicação Final (Altri)

Impressão e escrita 24%

Embalagem2%

Papeis especiais13%

Solúvel9%

Tissue 48%

Outros 4%

Vendas por Região (Altri)

Asia 9%

Outros 9%

Portugal 7%

Europa 75%

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Relatório e Contas 2015

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Foi neste cenário que a Celbi viu as suas vendas consolidarem-se em torno das 690.000 tons, como resultado de uma ação comercial equilibrada quer na repartição geográfica das suas vendas, quer na seleção cuidada das aplicações finais, para as quais a sua pasta branqueada de eucalipto melhor se adequa.

As boas condições de mercado, bem como a sua posição geográfica preferencial, permitiram-nos não só otimizar as vendas de celulose no nosso mercado de referência – Europa, como também explorar novas oportunidades em mercados próximos de rápido crescimento.

A perspetiva para 2016 é positiva havendo apenas uma nova linha de produção de pasta de eucalipto a chegar ao mercado (1.1Mtons de capacidade) que deverá equivaler ao crescimento da procura anual deste tipo de pastas.

Atividade FlorestalNo ano de 2015 a Celbi foi abastecida por madeira proveniente do património florestal gerido pela Altriflorestal, do mercado nacional, da Galiza e da América do Sul. A madeira com origem no mercado nacional registou um aumento face ao ano anterior, devido essencialmente ao facto deste ano ter sido marcado por condições meteorológicas favoráveis à exploração florestal, possibilitando assim uma quantidade superior de madeira fornecida. Não obstante, esta madeira não foi suficiente para satisfazer as necessidades da fábrica, tendo sido necessário recorrer à importação de madeira da Galiza e da América Sul.

Do total da madeira recebida em 2015, cerca de 40% foi madeira proveniente de florestas com sistemas de certificação internacionais acreditados, de gestão florestal sustentável, estando incluído nesta percentagem a madeira fornecida pela Altriflorestal que se encontra toda certificada.

Dentro dos processos de melhoria continua, realizou-se no presente ano a avaliação dos fornecedores de madeira da Celbi, procurando-se, em primeiro lugar, reconhecer os fornecedores com melhor comportamento e, por outro lado, fomentar o fornecimento de madeira de qualidade superior e com origem em florestas com gestão florestal sustentável.

Para além da referida iniciativa, durante este ano efetuaram-se diversas iniciativas em conjunto com os parceiros fornecedores de madeira, como por exemplo a visita às instalações da Celbi, e a criação de um número verde de apoio ao fornecedor de madeira, entre outros.

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Relatório do Conselho de Administração

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Atividade IndustrialO ano de 2015 representou mais um marco na atividade da Celbi com a obtenção de um novo recorde anual de produção.

Foi concluído o projeto C15 durante a paragem anual que ocorreu em abril com a remodelação do digestor, da máquina de secagem e da caustificação.

Após um período de optimização que decorreu durante alguns meses, natural num projeto desta envergadura, a estabilidade da fábrica aumentou permitindo atingir novos recordes de produção:

— anual – 694 758 t (+1,1 % do que em 2014)— mensal – 64 389,5 t (agosto)— média mensal – 2 077,5 t (agosto)— diário – 2 282,8 t (7 de agosto)

No campo da energia, continuou a verificar-se uma tendência de redução do consumo de electricidade tendo este baixado 1,7%, atingindo-se o valor mais baixo de sempre com 527 KWh/t.

Por se terem atingido os objetivos previstos para o projeto do Turbo Gerador 6 (tempo de retorno inferior a 2 anos), que arrancou no final de 2014 (em regime de autoconsumo ou compra evitada), a energia adquirida ao exterior baixou 6,8%.

O consumo de gás natural manteve a tendência dos últimos anos tendo o seu consumo reduzido 3,2%.

A utilização de água manteve também a sua tendência descendente, com um valor de 19,0 m3/tpsa (19,6 m3/tpsa em 2014), ou seja uma redução de 3,2%.

Em termos ambientais, nada de relevante merece ser mencionado em termos das emissões liquidas e gasosas, enquanto que na produção de resíduos, fruto das alterações introduzidas com o projeto C15, assistiu-se a uma redução do seu valor em 44%, essencialmente devido às reduções na caustificação e na crivagem de pasta crua.

No produto acabado, assistiu-se a uma melhoria das propriedades mecânicas, conforme previsto no projeto, não se verificando reclamações de qualidade.

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Relatório e Contas 2015

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Recursos HumanosO ano de 2015 foi marcado pela passagem do 50º aniversário da Celbi. Fundada por escritura pública em 5 de março de 1965 a Celbi cedo se veio a revelar um projeto de excelência na indústria portuguesa. Das comemorações desenvolvidas ao longo do ano, destacamos:— A 10 de março teve lugar a cerimónia de abertura das comemorações, dirigida

às autoridades locais, com a inauguração da exposição “Memórias Futuras” e o lançamento do livro “A indústria de pasta e celulose na história da Figueira da Foz – a Celbi 1960/1967”;

— A 30 de maio “abrimos as portas” aos fornecedores de madeira;— A 13 de junho, em parceria com o Centro de Recreio Popular da Marinha das

Ondas – Praia da Leirosa, o Agrupamento de Escuteiros da Marinha das Ondas e o apoio da Junta de Freguesia da Marinha das Ondas, cerca de 200 pessoas, entre crianças e adultos, meteram mãos à obra para deixar o areal da praia da Leirosa mais limpo;

— A 19 de junho comemorámos junto do marco de betão o lançamento da 1ª pedra que assinalou o início simbólico da construção da fábrica;

— A 10 de julho foi a vez de convidar os antigos colaboradores a “reviver os bons caminhos” que percorreram e que contribuíram para o sucesso que é hoje a Celbi e que tiveram oportunidade de verificar;

— A culminar, fechámos o ano com uma Gala no Casino da Figueira da Foz que juntou na tradicional Festa de Natal os colaboradores e suas famílias, onde tivemos a oportunidade de confraternizar e recordar os momentos passados na Celbi ao mesmo tempo que passava uma retrospetiva da sociedade dos últimos 50 anos.

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Relatório do Conselho de Administração

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Aliado ao sucesso, que está presente nos caminhos que a Celbi percorreu nos seus 50 anos de vida, está a sua preocupação com as pessoas, com o desenvol-vimento das suas competências para fazer face aos desafios com que são fre-quentemente confrontados, não esquecendo a necessidade de garantir que o conhecimento desenvolvido ao longo da sua vivência na Celbi esteja disponível para ser utilizado pelas gerações mais novas.

Neste domínio, a gestão previsional de recursos humanos é essencial para garantir a sustentabilidade da organização.

Falar-se em gestão previsional de recursos humanos é pensar: — nas competências que serão necessárias para fazer face aos desafios futuros

que se colocam num mercado cada vez mais global e competitivo – a Formação

— no quadro de pessoal de que necessitaremos no futuro – o recrutamento

No que diz respeito à Formação, é de destacar a conclusão do programa de formação de quadros conhecido como “Academia Altri” que iniciámos no final de 2013 com a Porto Business School, abrangendo todos os quadros do Grupo Altri (cerca de 90 colaboradores).

O volume total de formação atingiu 5.477 horas representando um esforço de cerca de 1,4% do total de horas de trabalho disponível e em média cerca de 21 horas por trabalhador.

No que se refere ao quadro de pessoal especial atenção tem sido dada à neces-sidade de preparar a substituição de quadros uma vez que a percentagem de colaboradores com mais de 55 anos é significativa atingindo cerca de 25% em 2015.

Neste sentido a nossa preocupação tem sido reforçar as qualificações dos novos colaboradores, registando-se em 2015 uma percentagem de 31% de colaboradores com grau universitário quando, ainda em 2010 era de apenas 24%.

Ao mesmo tempo, dada a escassez de técnicos qualificados em algumas especialidades, promovemos com o IEFP a realização de um curso de Técnico de Eletrónica, Automação e Instrumentação com a duração de 9 meses a decorrer nas instalações da Incubadora de Empresas da Figueira da Foz.

Registamos uma diminuição dos níveis de absentismo na empresa com especial incidência no absentismo por doença e acidentes onde a taxa se situou em 2,3% (em 2014 tinha sido de 2,7%).

Relativamente à sinistralidade regista-se uma melhoria dos Índices de Frequência e de Gravidade relativamente a 2014. Assim, o Índice de Frequência baixou para 33,9 acidentes por milhão de horas trabalhadas (40,2 em 2014) e o índice de Gravidade baixou para 0,5 dia perdido por mil horas trabalhadas (0,8 em 2014).

Para esta melhoria registada não é alheio o esforço que a empresa tem dedicado às questões da prevenção de acidentes em especial com o programa “comporta-mentos responsáveis” e a designação de coordenadores locais de segurança.

Gestão de Riscos FinanceirosOs princípios gerais da gestão de riscos financeiros da empresa encontram-se descritos em detalhe da nota 2 do anexo às demonstrações financeiras.

Figueira da Foz, 17 de março de 2016

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Relatório do Conselho de Administração

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Proposta de Aplicação de Resultados

Conforme consta do Balanço e Demonstração de Resultados, o Resultado Líquido do Exercício findo em 31 de dezembro de 2015 foi de 119.283.718 Euros. Aquele valor resulta do facto da Empresa ter, nos termos das normas contabilísticas aplicáveis, reconhecido como gasto nas contas do exercício, e pago a titulo de adiantamento, o valor de 1.196.925 Euros como montante afeto a distribuição de lucros pelos Colaboradores da Empresa. Esta distribuição foi aprovada em Assembleia Geral sob proposta do Conselho de Administração.

Em face das considerações anteriores o Conselho de Administração propõe àAssembleia Geral a seguinte aplicação:

Para Distribuição de Dividendos 100.000.000 EurosPara Resultados Transitados 19.283.718 Euros

Leirosa, 17 de março de 2016

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPaulo Jorge dos Santos Fernandes(Presidente)João Manuel Matos Borges de Oliveira_Domingos José Vieira de MatosPedro Miguel Matos Borges de OliveiraAgostinho Dolores FerreiraJosé António Nogueira dos SantosCarlos Alberto Sousa Vanzeller e Silva

Anexo ao Relatório do Conselho de Administração

1. Nos termos do nº 5 do artº 447º do Código das Sociedades Comerciais e relativamente às pessoas mencionadas nos nºs 1 e 2 do referido artigo:1.1 Ações detidas em 31 de dezembro de 2015Não existiu esta situação

2. Nos termos do nº 4 do artº. 448º do Código das Sociedades Comerciais:2.1 Titularidade do capital da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. à data do encerramento do exercício:Altri-Participaciones y Trading, S.L 15 493 288

Leirosa, 17 de março de 2016

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Relatório e Contas 2015

26

Contas e Notas Anexas

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Relatório do Conselho de Administração

27

Ativo Notas 31.12.2015 31.12.2014

Ativos não correntes

Ativos biológicos 12 144,777 144,777

Ativos fixos tangíveis 4 253,641,300 271,806,610

Ativos intangíveis 5 83,821 139,269

Propriedades de investimento 6 3,353,643 3,429,182

Investimentos em empresas subsidiárias 7 353,732,306 338,582,619

Investimentos em empresas associadas 8 573,240 573,240

Investimentos disponíveis para venda 9 e 13 10,218,845 10,218,845

Outros devedores não correntes 10 e 13 - 2,521,897

Outros ativos não correntes 39 597,706 395,982

Ativos por impostos diferidos 11 1,157,036 925,569

Total de ativos não correntes 623,502,674 628,737,990

Ativos correntes

Inventários 12 35,345,093 35,035,511

Clientes 13, 14 e 30 67,678,765 62,164,378

Outras dívidas de terceiros 13, 15 e 30 4,663,051 3,385,088

Estado e outros entes públicos 16 1,616,318 4,209,125

Empresas do Grupo 13 e 30 78,548 75,030,458

Outros ativos correntes 17 1,222,367 2,093,024

Caixa e equivalentes de caixa 13 e 18 157,763,248 223,875,563

268,367,390 405,793,147

Total de ativos correntes 891,870,064 1,034,531,137

Demonstrações da Posição Financeira em 31 de dezembro de 2015 e 2014montantes expressos em euros

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Relatório e Contas 2015

28

Demonstrações da Posição Financeira em 31 de dezembro de 2015 e 2014montantes expressos em euros

Capital próprio e passivo Notas 31.12.2015 31.12.2014

Capital próprio

Capital social 19 77,500,000 77,500,000

Reserva legal 19 16,100,235 16,100,235

Outras reservas 19 65,553,054 167,170,016

Resultado líquido do exercício 119,283,718 28,072,814

Total do capital próprio 278,437,007 288,843,065

Passivo

Passivo não corrente

Empréstimos bancários 13 e 20 153,587,500 103,837,500

Outros empréstimos 13 e 20 270,022,085 211,581,537

Outros passivos não correntes 22 19,607,645 22,582,475

Passivos por impostos diferidos 11 22,165 54,395

Provisões 21 510,409 780,409

Total de passivos não correntes 443,749,804 338,836,316

Passivo corrente

Empréstimos bancários 13 e 20 10,775,000 -

Outros empréstimos 13 e 20 81,383,041 344,966,800

Fornecedores 13, 23 e 30 38,617,140 39,022,526

Empresas do Grupo 13 e 30 16,967,496 1,438,778

Outras dívidas a terceiros 13, 24 e 30 2,253,123 2,412,805

Estado e outros entes públicos 16 1,068,981 768,664

Outros passivos correntes 25 18,618,472 16,339,886

Instrumentos financeiros derivados 13 e 26 - 1,902,297

Total de passivos correntes 169,683,253 406,851,756

Total do passivo 613,433,057 745,688,072

Total do passivo e capital próprio 891,870,064 1,034,531,137

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Relatório do Conselho de Administração

29

Demonstrações dos Resultados por Naturezas para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014

montantes expressos em euros

Notas 31.12.2015 31.12.2014

Vendas 30 e 31 427,970,998 368,661,805

Prestação de serviços 30 e 31 4,825,625 4,890,120

Outros proveitos 30 e 32 4,428,577 6,258,835

Custo das vendas 12 e 30 (186,214,547) (202,807,452)

Fornecimento de serviços externos 29, 30 e 37 (89,997,875) (85,914,751)

Custos com o pessoal 28 e 36 (14,602,566) (12,678,135)

Amortizações e depreciações 4, 5 e 6 (33,014,183) (30,900,864)

Provisões e perdas por imparidade 21 (1,298,482) 160,731

Outros custos 33 (1,917,307) (1,384,533)

Custos financeiros 34 (21,079,819) (27,590,553)

Proveitos financeiros 30 e 34 45,732,628 8,312,172

Resultado antes de impostos 134,833,049 27,007,375

Impostos sobre o rendimento 11 (15,549,331) 1,065,439

Resultado depois de impostos 119,283,718 28,072,814

Resultado líquido do exercício 119,283,718 28,072,814

Resultados por ação

Básico 35 7,70 1,81

Diluído 35 7,70 1,81

Demonstrações dos Resultados e de Outro Rendimento Integral para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014montantes expressos em euros

Notas 31.12.2015 31.12.2014

Resultado líquido do exercício 119,283,718 28,072,814

Outro rendimento integral:

Itens que não serão reclassificados para o resultado líquido - -

- -

Itens que futuramente podem ser reclassificados para o resultado líquido

Variação no justo valor dos derivados de cobertura dos fluxos de caixa

19 e 26 210,224 1,440,725

Outros (4,900,000) 520,252

(4,689,776) 1,960,977

Outro rendimento integral do exercício (4,689,776) 1,960,977

Total do rendimento integral do exercício 114,593,942 30,033,791

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Relatório e Contas 2015

30

Demonstrações das Alterações no Capital Própriopara os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014montantes expressos em euros

Outras reservas

Notas Capital social Ações próprias (Valor nominal)

Ações próprias (Descontos e prémios)

Reserva legal

Reservas de cobertura

Outras reservas e resultados transitados

Total outras reservas

Resultado líquido

Total do capital próprio

Saldo em 1 de janeiro de 2014 19 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 (1,650,949) 186,761,467 185,110,518 45,098,521 323,809,274

Aplicação do resultado de 2013

Transferência para resultados transitados - - - - - 45,098,521 45,098,521 (45,098,521) -

Distribuição de dividendos - - - - - (65,000,000) (65,000,000) - (65,000,000)

Total do rendimento integral do exercício - - - - 1,440,725 520,252 1,960,977 28,072,814 30,033,791

Saldo em 31 de dezembro de 2014 19 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 (210,224) 167,380,240 167,170,016 28,072,814 288,843,065

Saldo em 1 de janeiro de 2015 19 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 (210,224) 167,380,240 167,170,016 28,072,814 288,843,065

Aplicação do resultado de 2014

Transferência para resultados transitados - - - - - 28,072,814 28,072,814 (28,072,814) -

Distribuição de dividendos - - - - - (125,000,000) (125,000,000) - (125,000,000)

Total do rendimento integral do exercício - - - - 210,224 (4,900,000) (4,689,776) 119,283,718 114,593,942

Saldo em 31 de dezembro de 2015 19 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 - 65,553,054 65,553,054 119,283,718 278,437,007

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Relatório do Conselho de Administração

31

Outras reservas

Notas Capital social Ações próprias (Valor nominal)

Ações próprias (Descontos e prémios)

Reserva legal

Reservas de cobertura

Outras reservas e resultados transitados

Total outras reservas

Resultado líquido

Total do capital próprio

Saldo em 1 de janeiro de 2014 19 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 (1,650,949) 186,761,467 185,110,518 45,098,521 323,809,274

Aplicação do resultado de 2013

Transferência para resultados transitados - - - - - 45,098,521 45,098,521 (45,098,521) -

Distribuição de dividendos - - - - - (65,000,000) (65,000,000) - (65,000,000)

Total do rendimento integral do exercício - - - - 1,440,725 520,252 1,960,977 28,072,814 30,033,791

Saldo em 31 de dezembro de 2014 19 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 (210,224) 167,380,240 167,170,016 28,072,814 288,843,065

Saldo em 1 de janeiro de 2015 19 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 (210,224) 167,380,240 167,170,016 28,072,814 288,843,065

Aplicação do resultado de 2014

Transferência para resultados transitados - - - - - 28,072,814 28,072,814 (28,072,814) -

Distribuição de dividendos - - - - - (125,000,000) (125,000,000) - (125,000,000)

Total do rendimento integral do exercício - - - - 210,224 (4,900,000) (4,689,776) 119,283,718 114,593,942

Saldo em 31 de dezembro de 2015 19 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 - 65,553,054 65,553,054 119,283,718 278,437,007

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Relatório e Contas 2015

32

Notas 2015 2014

Atividades operacionais

Recebimentos de clientes 427,444,779 376,874,736

Pagamentos a fornecedores (280,484,048) (286,132,319)

Pagamentos ao pessoal (11,424,679) (9,580,626)

Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional 2,091,013 (3,600,276)

Impostos sobre rendimento de pessoas coletivas 4,915,884 142,542,949 1,499,093 79,060,608

Fluxos gerados pelas atividades operacionais (1) 142,542,949 79,060,608

Atividades de investimento

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos concedidos 50,100,000 19,246,585

Investimentos financeiros 18 - 2,782,550

Juros e proveitos similares 19,773,675 6,826,505

Ativos fixos tangíveis 25,778 236,715

Ativos intangíveis - -

Subsídios ao investimento 2,657,310 3,055,689

Dividendos 34 40,000,000 112,556,763 - 32,148,044

Pagamentos relativos a:

Investimentos financeiros 18 (15,149,687) (715,000)

Ativos fixos tangíveis (15,431,158) (19,280,675)

Ativos intangíveis (24,080) (80,060)

Subsídios ao investimento (8,632,411) (39,237,336) - (20,075,735)

Fluxos gerados pelas atividades de investimento (2) 73,319,427 - 12,072,309

Demonstrações dos Fluxos de Caixapara os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014montantes expressos em euros

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Relatório do Conselho de Administração

33

Demonstrações dos Fluxos de Caixapara os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014montantes expressos em euros

Notas 2015 2014

Atividades de financiamento

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 254,500,000 254,500,000 162,823,963 162,823,963

Pagamentos respeitantes a

Juros e custos similares (15,598,035) (24,844,486)

Empréstimos obtidos (395,876,656) (136,500,000)

Dividendos (125,000,000) (536,474,691) (65,000,000) (226,344,486)

Fluxos gerados pelas atividades de financiamento (3) (281,974,691) (63,520,523)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 18 223,875,563 193,511,995

Caixa e seus equivalentes no início do exercício resultan-tes da fusão

1 - 2,751,174

Variação de caixa e seus equivalentes: (1)+(2)+(3) (66,112,315) 27,612,394

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 18 157,763,248 223,875,563

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Relatório e Contas 2015

34

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Contas e Notas Anexas

35

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015montantes expressos em euros

1. NOTA INTRODUTÓRIAA Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. (“Empre-sa” ou “Celbi”) foi constituída em 1965, tem a sua sede social na Leirosa, Figueira da Foz e tem como atividade principal a produção e comercialização de pasta de papel.

Em agosto de 2006, na sequência do processo público de alienação pelo antigo accionista, a Altri, SGPS, S.A. (“Altri”), através da sua participada Altri – Participaciones y Trading, S.L. (“Altri SL”) adquiriu 99,96% das ações representativas do capital social da Empresa e de 100% dos respe-tivos direitos de voto, dado que a Empresa detém 6.712 ações próprias. Pelo que a Empresa se insere num grupo económico liderado pela Altri, SGPS, S.A. (“Grupo Altri”) e cotado na NYSE Euronext Lisbon.

No decurso do exercício findo em 31 de dezembro de 2014, concretizou-se a fusão por incorporação das participadas Altri – Energias Renováveis, SGPS, SA (“Altri Renováveis”), Celbinave - Tráfego e Estiva SGPS, Unipessoal, Lda. (“Celbinave”) e Invescaima - Investimentos e participações SGPS, S.A. (“Invescaima”) (sociedades incorporadas) na Celbi (sociedade incorporante), com produção de efeitos a 1 de janeiro de 2014.

A fusão realizou-se na modalidade presente na alínea a) do nº4 do artigo 97º do Código das Sociedades Comerciais mediante a transferência global do património e consequente extinção das sociedades incorporadas.As demonstrações financeiras da Celbi são apre-sentadas em Euros em valores arredondados à unidade, sendo esta a divisa utilizada pela Empresa nas suas operações e como tal considerada a moeda funcional.

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICASAs principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são como segue:

2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras anexas foram pre-paradas no pressuposto da continuidade das ope-rações a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas pela União Europeia, decorrente do dis-posto no Parágrafo 3 do Artigo 4º do Decreto-Lei n.º 58/2009 de 13 de julho. Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS” – International Financial Reporting Standards) emitidas pelo International Accounting Standard Board (“IASB”), as Normas Internacionais de Contabilidade (“IAS”), emitidas pelo Internatio-nal Accounting Standards Committee (“IASC”) e respetivas interpretações – IFRIC e SIC, emiti-das, respetivamente, pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”) e pelo Standing Interpretation Committee (“SIC”), que tenham sido adotadas pela União Europeia. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designados genericamente por “IFRS”.

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Relatório e Contas 2015

36

(i) Normas, interpretações, emendas e revisões que entraram em vigor no exercícioAs seguintes normas, interpretações, emendas e revisões adotadas (“endorsed”) pela União Europeia tiveram aplicação obrigatória pela primeira vez no exercício findo em 31 de dezembro de 2015:

Norma Aplicável nos exercícios

iniciados em ou após

Observações

IFRIC 21 - Pagamentos ao Estado 17-jun-14 Estabelece as condições quanto à tempestividade do reconhecimento de uma responsabilidade realcionada com o pagamento ao Estado de uma contribuição por parte de uma entidade em resultado de determinado evento (por exemplo, a participação num determinado mercado), sem que o pagamento tenha por contrapartida bens ou serviços especificados.

Emenda à norma IFRS 3Concentração de atividades empresariais (incluída nos melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro - ciclo 2011-2013)

01-jan-15 Clarifica que a IFRS 3 exclui do seu âmbito de aplicação a formação de um acordo conjunto nas demonstrações financeiras do próprio acordo conjunto

Emenda à IFRS 13 - Mensuração ao justo valor (incluída nos melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro - ciclo 2011-2013)

01-jan-15 Clarifica que a exceção de aplicação da norma a ativos e passivos financeiros composições compensadas se estende a todos os contratos no âmbito da IAS 39, independentemente de cumprirem com a definição de ativo ou passivo financeiro da IAS 32.

Emenda à IAS 40 - Propriedades de investimento (incluída nos melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro - ciclo 2011-2013)

01-jan-15 Clarifica que é necessário aplicar juízo de valor para determinar se a aquisição de uma propriedade de investimento constitui uma aquisição de um ativo ou uma concentração de atividades empresariais abrangidas pela IFRS 3.

O efeito nas demonstrações financeiras da Celbi do exercício findo em 31 de dezembro de 2015, decorrente da adoção das normas, interpretações, emendas e revisões acima referidas, não foi significativo.

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Contas e Notas Anexas

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(ii) Normas, interpretações, emendas e revisões que irão entrar em vigor em exercícios futurosAs seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios econó-micos futuros, foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adotadas (“endorsed”) pela União Europeia:

Norma Aplicável nos exercícios iniciados em ou após

Observações

Emenda à IAS 19 - Benefícios dos empregados - Contribuições de empregados

01 – fev – 15 Clarifica em que circunstâncias as contribuições dos empregados para planos de benefícios pós-empre-go constituem uma redução do custo com benefícios de curto prazo.

Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2010-2012)

01 – fev – 15 Estas melhorias envolvem a clarificação de alguns aspetos relacionados com: IFRS 2 - Pagamentos com base em ações: definição de vesting condition; IFRS 3 - Concentração de atividades empresariais: con-tabilização de pagamentos contingentes; IFRS 8 - Segmentos operacionais: divulgações relacionadas com o julgamento aplicado em relação à agregação de segmentos e clarificação sobre a necessidade de reconciliação do total de ativos por segmento com o valor de ativos nas demonstrações financeiras; IAS 16 - Ativos fixos tangíveis e IAS 38 - Ativos intangíveis: necessidade de reavaliação proporcional de amortizações acumuladas no caso de reavaliação de ativos fixos; e IAS 24 - Divulgações de partes relacionadas: define que uma entidade que preste serviços de gestão à Empresa ou à sua empresa-mãe é considerada uma parte relacionada; e IFRS 13 - Justo valor: clarificações relativas à mensuração de contas a receber ou a pagar de curto prazo.

Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2012-2014)

01 – jan – 16 Estas melhorias envolvem a clarificação de alguns aspetos relacionados com: IFRS 5 - Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas: introduz orientações de como proceder no caso de alterações quanto ao método expectável de realização (venda ou distribuição aos acionistas); IFRS 7 - Instrumentos financeiros: divulgações: clarifica os impactos de contratos de acompanhamento de ativos no âmbito das divulgações associadas a envolvimento continuado de ativos desreconhecidos, e isenta as demonstrações financeiras intercalares das divulgações exigidas relati-vamente a compensação de ativos e passivos financeiros; IAS 19 - Benefícios dos empregados: define que a taxa a utilizar para efeitos de desconto de benefícios definidos deverá ser determinada com referência às obrigações de alta qualidade de empresas que tenham sido emitidas na moeda em que os benefícios serão liquidados; e IAS 34 - Relato financeiro intercalar: clarificação sobre os procedimen-tos a adotar quando a informação está disponível em outros documentos emitidos em conjunto com as demonstrações financeiras intercalares.

Emenda à IFRS 11 - Acordos conjuntos - Contabilização de aquisições de interesses em acordos conjuntos

01 – jan – 16 Esta emenda está relacionada com a aquisição de interesses em operações conjuntas. Estabelece a obri-gatoriedade de aplicação da IFRS 3 quando a operação conjunta adquirida constituir uma atividade empresarial de acordo com a IFRS 3. Quando a operação conjunta em questão não constituir uma atividade empresarial, deverá a transação ser registada como uma aquisição de ativos. Esta alteração tem aplicação prospetiva para novas aquisições de interesses.

Emenda à norma IAS 1 - Apresentação de demonstrações financeiras - "Disclosure Iniciative"

01 – jan – 16 Esta emenda vem clarificar alguns aspetos relacionados com a iniciativa de divulgações, designada-mente: (i) a entidade não deverá dificultar a inteligibilidade das demonstrações financeiras através da agregação de itens materiais com itens imateriais ou através da agregação de itens materiais com naturezas distintas; (ii) as divulgações especificamente requeridas pelas IFRS apenas têm de ser dadas se a informação em causa for material; (iii) as linhas das demonstrações financeiras especificadas pela IAS 1 podem ser agregadas ou desagregadas, conforme tal for mais relevante para os objetivos do relato financeiro; (iv) a parte do outro rendimento integral resultante da aplicação do método da equivalência patrimonial em associadas e acordos conjuntos deve ser apresentada separadamente dos restantes elementos do outro rendimento integral segregando igualmente os itens que poderão vir a ser reclas-sificados para resultados dos que não serão reclassificados; (v) a estrutura das notas deve ser flexível, devendo estas respeitar a seguinte ordem:• uma declaração de cumprimento com as IFRS na primeira secção das notas; • uma descrição das políticas contabilísticas relevantes na segunda secção; • informação de suporte aos itens da face das demonstrações financeiras na terceira secção; e • outra informação na quarta secção.

Emenda à IAS 16 - Ativos fixos tangíveis e IAS 38 - Ativos intangíveis - Métodos de depreciação aceitáveis

01 – jan – 16 Esta emenda estabelece a presunção (que pode ser refutada) de que o rédito não é uma base apropria-da para amortizar um ativo intangível e proíbe o uso do rédito como base de amortização de ativos fixos tangíveis. A presunção estabelecida para amortização de ativos intangíveis só poderá ser refutada quanto o ativo intangível é expresso em função do rendimento gerado ou quando a utilização dos benefícios económicos está altamente correlacionada com a receita gerada.

Emenda à IAS 16 - Ativos fixos tangíveis e IAS 41 - Agricultura - Plantas de produção

01 – jan – 16 Esta emenda vem excluir as plantas que produzem frutos ou outros componentes destinados a colheita e/ou remoção do âmbito de aplicação da IAS 41, passando as mesmas a estar abrangidas pela IAS 16.

Emenda à IAS 27 - Aplicação do método de equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras separadas

01 – jan – 16 Esta emenda vem introduzir a possibilidade de mensuração dos interesses em subsidiárias, acordos conjuntos e associadas em demonstrações financeiras separadas pelo método da equivalência patrimonial, para além dos métodos de mensuração atualmente existentes. Esta alteração aplica-se retrospetivamente.

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Relatório e Contas 2015

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(iii) Normas e interpretações novas, emendadas ou revistas não adotadasAs seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios econó-micos futuros, não foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adotadas (“endorsed”) pela União Europeia:

Norma Observações

IFRS 9Instrumentos financeiros (2009) e emendas posteriores

Esta norma insere-se no projeto de revisão da IAS 39 e estabelece os novos requisitos realtivamente à classificação e mensuração de ativos e passivos financeiros, à metodolo-gia de cálculo de imparidade e para a aplicação das regras de contabilidade de cobertura. Esta norma é de aplicação obrigatória para os exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018.

IFRS 14 Ativos regulados

Esta norma vem estabelecer os requisitos de relato, por parte de entidades que adoptem pela primeira vez as IFRS aplicáveis e ativos regulados.

IFRS 15Rédito de contratos com clientes

Esta norma vem introduzir uma estrutura de reconhecimento do rédito baseada em princípios e assente num modelo a aplicar a todos os contratos celebrados com clientes, substituindo as nornas IAS 18 - Rédito, IAS 11 - Contratos de construção; IFRIC 13 - Programas de fidelização; IFRIC 15 - Acordos para a construção de imóveis; IFRIC 18 - Transferências de Ativos Proveninetes de Clientes e SIC 31 - Rédito - Transações de troca direta envolvendo serviços de publicidade. Esta norma é de aplicação obrigatória para os exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018

IAS 16Locações

Esta norma vem introduzir os princípios de reconhecimento e mensuração de locações, substituindo a IAS 17 - Locações. A norma define um único modelo de contabilização de contratos de locação que resulta no reconhecimento pelo locatário de ativos e passivos para todos os contratos de locação, exceto para as locações com um período inferior a 12 meses ou para as locações que incidam sobre ativos de valor reduzido. Os locadores continuarão a classificar as locações entre operacionais ou finaceiras, sendo que a IFRS 16 não implicará alterações substanciais para tais entidades face ao definido na IAS 17.

Emenda à IFRS 10 -Demonstrações financeiras consolidadas, IFRS 12 - Divulgação sobre participações noutras entidades e IAS 28 -Investimentos em associadas e entidades conjuntamente controladas

Estas emendas contemplam a clarificação de diversos aspectos relacionados com a apli-cação da exceção de consolidação por parte de entidades de investimento.

Emenda à IFRS 10 -Demonstrações financeiras consolidadas e IAS 28 - Investimentos em associadas e entidades conjuntamente controladas

Estas emendas vêm eliminar um conflito existente entre as referidas normas, realcionado com a venda ou com a contribuição de ativos entre o investidos e a associada ou entre o investidor e o empreendimento conjunto.

Estas alterações, apesar de aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia, não foram adotadas pela Celbi no exercício findo em 31 de dezembro de 2015, em virtude da sua aplicação não ser ainda obrigatória. Não são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras decorrentes da adoção das mesmas.

As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adotados pela Empresa em 31 de dezembro de 2015 são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2014.

Na preparação das demonstrações financeiras, em conformidade com os IAS/IFRS, o Conselho de Administração da Empresa adotou certos pressupostos e estimativas que afetam os ativos e passivos

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Contas e Notas Anexas

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reportados, bem como os proveitos e custos incor-ridos relativos aos períodos reportados. Todas as estimativas e assumpções efetuadas pelo Conse-lho de Administração foram efetuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transações em curso.

As demonstrações financeiras anexas foram pre-paradas para apreciação e aprovação em As-sembleia Geral de Accionistas. O Conselho de Administração da Celbi entende que as mesmas serão aprovadas sem alterações.

2.2. Principais critérios valorimétricos

Os principais critérios valorimétricos utilizados pela Empresa na preparação das suas demonstra-ções financeiras são os seguintes:

a) Ativos intangíveisOs ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. Os ativos fixos intangíveis só são reconhecidos se for pro-vável que deles advenham benefícios económicos futuros para a Empresa, sejam controláveis pela Empresa e se possa medir razoavelmente o seu valor.

As despesas de investigação incorridas com no-vos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração dos resultados quando incorridas.

As despesas de desenvolvimento para as quais a Empresa demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercia-lização e/ou uso e relativamente às quais seja provável que o ativo criado venha a gerar bene-fícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo no pe-ríodo em que são incorridas.

Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados como custos na demonstração dos resultados quando incorridos, exceto na situação em que estes custos estejam diretamente associados a projetos para os quais seja provável a geração de benefícios econó-

micos futuros para a Empresa. Nestas situações os custos são capitalizados como ativos intangíveis.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas cons-tantes em conformidade com o período de vida útil estimado (genericamente 3 a 5 anos).

b) Ativos fixos tangíveisOs ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2009 (data de transição para as Normas Inter-nacionais de Relato Financeiro tal como adotadas pela União Europeia), encontram-se registados ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao custo de aquisição ou ao custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas por impari-dade.

Os ativos fixos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das correspondentes amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após os bens esta-rem em condições de serem utilizados, pelo método das quotas constantes em conformidade com o pe-ríodo de vida útil estimado para cada grupo de bens.As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Anos

Terrenos e recursos naturais 7-50

Edificios e outras construções 10-50

Equipamento básico 3-20

Equipamento de transporte 6

Ferramentas e utensílios 5-10

Equipamento administrativo 3-15

Outros ativos fixos tangíveis 3-20

A rubrica “Terrenos e recursos naturais” para além dos terrenos inclui estradas, pavimentações, esgo-tos, ramal de caminho de ferro, poços e condutas de água. Como os terrenos não são amortizáveis os anos de amortização dizem respeito exclusivamente às restantes componentes desta rubrica.

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As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil dos ativos nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis são registadas como custo do exercício em que são incorridas.

Os ativos fixos tangíveis em curso representam ativos fixos tangíveis ainda em fase de construção, encontrando-se registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estes ativos são amortizados a partir do momento em que os ativos subjacentes estejam em condições de serem utilizados. As mais ou menos valias resul-tantes da venda ou abate de ativos fixos tangíveis são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação ou abate, sendo registadas na demonstra-ção dos resultados nas rubricas “Outros proveitos” ou “Outros custos”.

c) LocaçõesA classificação das locações financeiras ou opera-cionais é realizada em função da substância dos contratos em causa e não da sua forma.

Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse ou como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferi-dos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.

Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes responsa-bilidades são contabilizados pelo método financei-ro. De acordo com este método, o custo do ativo é registado no ativo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do ativo, calculada conforme descrito na Nota 2.2.b), são registados como custos na demonstração dos resultados do período a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas referentes a bens adquiridos neste regime são reconhecidas como custo na demons-tração dos resultados do exercício a que respeitam.

d) Subsídios governamentais ou de outras enti-dades públicasOs subsídios recebidos no âmbito de programas de formação profissional ou subsídios à explora-ção, são registados na rubrica “Outros proveitos operacionais” da demonstração dos resultados do exercício em que estes programas são realizados, independentemente da data do seu recebimento.

Os subsídios atribuídos a fundo perdido para financiamento de ativos fixos tangíveis são regista-dos na demonstração da posição financeira como “Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes” relativamente às parcelas de curto prazo e de médio e longo prazo respetivamente, e reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às amortizações dos ativos fixos tangíveis subsidiados.

e) Imparidade dos ativos fixos tangíveis e dos ativos intangíveisÉ efetuada uma avaliação de imparidade dos ativos à data de cada balanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indi-quem que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperável.

Sempre que o montante pelo qual o ativo se encon-tra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões e perdas por imparidade”.

A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo, numa transação entre entidades indepen-dentes e conhecedoras, deduzido dos custos dire-tamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o ativo pertence.

Quando as perdas por imparidade, reconhecidas em exercícios anteriores, deixem de existir, são objeto

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de reversão. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica “Outros proveitos”. Esta reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.

f) Encargos financeiros com empréstimos ob-tidosOs encargos financeiros relacionados com emprés-timos obtidos são usualmente reconhecidos como custo na demonstração dos resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Nos casos em que são contratados empréstimos com o fim específico de financiar ativos fixos, os juros correspondentes são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos inicia-se após o início da preparação das atividades de construção, e cessa quando o ativo se encontra pronto para utilização ou caso o projeto seja suspenso.

g) InventáriosAs mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao custo médio de aquisição, deduzido do valor dos descontos de quantidade concedidos pelos fornecedores, o qual é inferior ao respetivo valor de mercado. Os produtos acabados e semi-acabados, os subpro-dutos e os produtos e trabalhos em curso são valo-rizados ao custo de produção, que inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, e que é inferior ao valor de mercado. Dentro desta ótica, a madeira cortada em posse da Empresa encontra-se valorizada ao custo de produção, que inclui os custos incorridos com o corte e “rechega” da madeira, assim como a parte proporcional à área cortada dos custos acumulados de estabelecimento, manutenção e gastos adminis-trativos com estes ativos.

A Empresa procede ao registo das correspondentes perdas por imparidade para reduzir, quando apli-cável, os inventários ao seu valor realizável líquido ou preço de mercado.

h) Ativos biológicosParte da atividade do Grupo Altri, grupo na qual a Celbi se insere, consiste no cultivo de várias espé-cies florestais, principalmente eucalipto, as quais são utilizadas como matéria-prima para a produção de pasta de papel. Em 31 de dezembro de 2015 o Grupo Altri é proprietário de diversas florestas destinadas a esta atividade, as quais se encontram classificadas na rubrica “Ativos biológicos”. Os solos florestais que são propriedade da Empresa estão valorizados de acordo com a política contabilística referida na Nota 2.2 b) e são apresentados na ru-brica “Ativos fixos tangíveis” da demonstração da posição financeira.

Dada a inexistência de um mercado ativo em Por-tugal onde se transacionem estas espécies florestais e dada a impossibilidade de estimar de forma fiável o valor presente dos fluxos de caixa futuros gerados por esses ativos biológicos, o Conselho de Adminis-tração optou por registar os ativos biológicos ao seu custo histórico deduzido de perdas por imparidade, o qual inclui todos os encargos incorridos com a sua plantação e desenvolvimento.

O custo da madeira é transferido para custos de produção quando a respetiva madeira é cortada e incorporada no produto final de forma proporcional à área cortada nesse exercício face à área total da propriedade na qual foi cortada a madeira, sendo que os cortes de madeira própria são valorizados ao custo específico de cada mata atribuído a cada corte.

Apesar de não ser possível estimar de forma fiável o justo valor dos ativos biológicos pelas razões atrás mencionadas, é no entanto convicção do Conselho de Administração da Empresa que o mesmo é su-perior ao seu valor contabilístico.

i) Propriedades de InvestimentoAs propriedades de investimento da Empresa cor-respondem essencialmente a terrenos e edifícios arrendados a outras empresas do Grupo Altri, não destinadas ao uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou para fins administrativos, ou para venda no curso ordinário dos negócios da Empresa.

As propriedades de investimento são mensuradas ao custo de aquisição deduzido de amortizações

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acumuladas e eventuais perdas de imparidade acumuladas.As amortizações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens, que no caso das propriedades de investimento varia entre 7 e 50 anos.

j) ProvisõesAs provisões são reconhecidas quando, e somente quando a Empresa (i) tenha uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de um evento pas-sado, (ii) seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e (iii) o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e ajustadas de modo a refletir a melhor es-timativa do Conselho de Administração a essa data.As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.Quando uma provisão é apurada tendo em consi-deração os fluxos de caixa necessários para liquidar tal obrigação, a mesma é registada pelo valor atual dos mesmos.

k) Complementos de reformaA Empresa assegura um complemento de reforma através de um plano de contribuição definida conta-bilizando como custos do exercício as contribuições que efetua. A contribuição varia anualmente em função dos resultados (EBITDA) do Grupo Altri, atribuindo a cada trabalhador do quadro perma-nente uma percentagem do seu salário pensionável (remuneração base + isenção de horário + prémio de turno) em função do seu tempo de serviço.

l) Instrumentos financeirosi) Investimentos em subsidiárias e associadasOs investimentos em partes de capital de empresas subsidiárias e associadas são mensurados de acordo com o estabelecido na “IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas”, ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

ii) InvestimentosOs investimentos detidos pela Empresa são classi-ficados como segue:

Investimentos registados ao justo valor através de resultadosesta categoria divide-se em duas subcategorias: “Ativos financeiros detidos para negociação” e “Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados”. Um ativo financeiro é classificado nesta categoria se for adquirido com o propósito de ser vendido no curto prazo ou a sua perfor-mance e estratégia de investimento sejam analisa-das e definidas pelo Conselho de Administração com base no justo valor do ativo financeiro. Os instrumentos derivados são também classificados como detidos para negociação, exceto se estive-rem afetos a operações de cobertura. Os ativos desta categoria são classificados como ativos cor-rentes no caso de serem detidos para negociação ou se for expectável que se realizem num período inferior a 12 meses da data do balanço;

Investimentos detidos até ao vencimentoesta categoria inclui os ativos financeiros, não derivados, com reembolsos fixos ou variáveis, que possuem uma maturidade fixada e cuja intenção do Conselho de Administração é a manutenção dos mesmos até à data do seu vencimento;

Investimentos disponíveis para vendaincluem-se aqui os ativos financeiros, não de-rivados, que são designados como disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas categorias anteriores. Esta categoria é incluída nos ativos não correntes, exceto se o Conselho de Administração tiver a intenção de alienar o investimento num período inferior a 12 meses da data do balanço.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago incluindo as despesas de transação, no caso dos investimentos detidos até ao vencimento e investimentos disponíveis para venda.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavalia-

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dos pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transação que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Os investimentos detidos até à maturidade são mensurados pelo custo amortizado usando o método da taxa de juro efetiva.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica “Reservas de justo valor” incluída na rubrica “Ou-tras reservas” até o investimento ser vendido ou recebido ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momen-to em que a perda acumulada é transferida para a demonstração dos resultados.Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respetivos contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação financeira.

iii) Dívidas de terceirosAs dívidas de clientes, de outros devedores e de ou-tros terceiros são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas na demonstração da posição finan-ceira deduzido de eventuais perdas por imparidade reconhecidas na rubrica “Perdas por imparidade acumuladas”, para que os ativos reflitam o seu valor realizável líquido. Estas rubricas, quando correntes, não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto.

As perdas por imparidade são registadas na sequên-cia de eventos ocorridos que indiquem, objetiva-mente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, a Empresa tem em consideração informação de mercado que demonstre que:- a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas;- se verifiquem atrasos significativos nos pagamen-tos por parte da contraparte;- se torna provável que o devedor vá entrar em

liquidação ou reestruturação financeira.As perdas por imparidade reconhecidas correspon-dem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respetivo valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efetiva inicial que, nos casos em que se perspetive um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula por se considerar imaterial o efeito do desconto.

iv) Empréstimos e contas a pagar não correntesOs empréstimos e as contas a pagar não correntes são registados no passivo pelo seu valor nominal deduzido dos custos de transação que sejam dire-tamente atribuíveis à emissão desses passivos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efetiva e contabilizados na demons-tração dos resultados do período de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Sempre que existe direito de cumprimento obriga-tório de compensar ativos e passivos e o Conselho de Administração pretenda liquidar numa base líquida ou realizar o ativo e liquidar simultanea-mente o passivo, os mesmos são compensados, e apresentados na demonstração da posição financeira pelo seu montante líquido.

v) Contas a pagarAs contas a pagar, que não vencem juros, são regista-das pelo seu valor nominal, que é substancialmente equivalente ao seu justo valor, dado que o efeito do desconto financeiro é considerado imaterial.

vi) Caixa e equivalentes de caixaOs montantes incluídos na rubrica “Caixa e equiva-lentes de caixa” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizá-veis sem risco significativo de alteração de valor.

Ao nível da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” compreende também os descobertos bancários incluídos na ru-brica do passivo corrente “Empréstimos bancários”.

vii) Instrumentos derivadosA Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão

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dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados ins-trumentos derivados com o objetivo de negociação.Os instrumentos derivados utilizados pela Empresa definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos, de taxa de câmbio, bem como de cobertura do preço da pasta de papel. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de fixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. Os índices de preços aos quais estão indexados os contratos de futuros de cobertura do preço da pasta de papel, são os mais utilizados pelas empresas do Grupo como referencial do preço de venda da sua pasta de papel.

Os critérios utilizados pela Empresa para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

— espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;— a eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;— existe adequada documentação sobre a transação a ser coberta no início da cobertura; e— a transação objeto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura são registados pelo seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica “Reservas de cobertura”, sendo transfe-ridas para resultados no mesmo período em que o instrumento objeto de cobertura afeta resultados.

A determinação do justo valor destes instrumen-tos financeiros é efetuada com recurso a sistemas informáticos de valorização de instrumentos de-rivados e teve por base a atualização, para a data da demonstração da posição financeira, dos fluxos de caixa futuros do “leg” fixo e do “leg” variável do instrumento derivado.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o ins-trumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas até então, que se encontram registadas em capital próprio na rubrica “Reservas de cobertu-ra”, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do ativo a que as transações objeto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas diretamente nas rubricas da demonstração dos resultados. Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos de acolhimento e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração dos resultados.

Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objetivo específico de cobertura de riscos financeiros, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afetam diretamente a demonstração de resultados, nas rubricas “Proveitos financeiros” e “Custos financeiros”.

viii) Passivos financeiros e Instrumentos de ca-pital próprioOs passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual da transação, independentemente da forma legal que assumem. São considerados ins-trumentos de capital próprio os que evidenciam um interesse residual nos ativos do Grupo após dedução dos passivos, sendo registados pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão.

ix) Ações própriasAs ações próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao capital pró-prio. Os ganhos e perdas inerentes à alienação das ações próprias são registadas na rubrica “Outras reservas”, não afetando o resultado do exercício.

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Contas e Notas Anexas

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x) Letras descontadas e contas a receber cedidas em factoringA Empresa desreconhece ativos financeiros nas suas demonstrações financeiras, unicamente quando o direito contratual aos fluxos de caixa inerentes a tais ativos já tiver expirado, ou quando o Grupo trans-fere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos para uma terceira entidade. Se a Empresa retiver substancialmente os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos, continua a reconhecer nas suas demonstrações financeiras os mesmos, registando no passivo na rubrica “Outros empréstimos” a contrapartida monetária pelos ativos cedidos.Consequentemente, os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a receber cedidas em factoring à data de cada de-monstração da posição financeira, com exceção das operações de “factoring sem recurso” (e para as quais seja inequívoco que são transferidos os riscos e benefícios inerentes a estas contas a receber) são reconhecidas nas demonstrações financeiras do Grupo até ao momento do seu recebimento.

xi) Ativos classificados como detidos para venda ou em descontinuaçãoOs ativos e os passivos são classificados como deti-dos para venda ou em descontinuação, quando a sua realização se espera efetivar não pelo uso mas pela venda. A Empresa classifica os ativos e os passivos nesta rubrica quando existe uma elevada probabi-lidade da venda se realizar e os ativos e passivos estão disponíveis para venda imediata. O Conselho de Administração encontra-se empenhado na venda dos ativos e passivos registados nesta rubrica e é seu entendimento que a mesma se realizará nos próximos doze meses.

Os ativos classificados como detidos para venda ou em descontinuação são valorizados ao mais baixo do seu valor contabilístico à data da decisão de venda ou do seu justo valor deduzido dos custos da venda.

m) Ativos e passivos contingentesOs passivos contingentes são definidos pela Em-presa como (i) obrigações que surjam de aconte-cimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob

o controlo da Empresa ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um fluxo de recursos que afete benefícios econó-micos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade. Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa, sendo os mesmos objeto de divulgação, a menos que a possi-bilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objeto de divulgação. Os ativos contingentes são possíveis ativos que sur-gem de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo da Empresa.

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa mas uni-camente objeto de divulgação quando é provável a existência de benefícios económicos futuros.

n) Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis da Empresa de acordo com as regras fiscais em vigor e considera a tributação diferida.

A Altri é a sociedade dominante de um grupo de empresas que são tributadas de acordo com o Regime Especial de Tributação de Grupos de So-ciedades (“RETGS”), de acordo com o artigo 69º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e refletem as diferenças temporárias entre o montante dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabi-lístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos ativos e passivos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

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Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utili-zação, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as dife-renças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efetuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, exceto se resultarem de valores registados diretamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também re-gistado na mesma rubrica.

o) Rédito e especialização dos exercíciosO rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido na demonstração dos resultados quan-do (i) são transferidos para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens, (ii) não seja mantido um envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse ou o controlo efetivo dos bens vendidos, (iii) a quantia do rédito pode ser fiavelmente mensura-da, (iv) seja provável que os benefícios económicos associados com as transações fluam para a Empresa e (v) os custos incorridos ou a serem incorridos re-ferentes à transação possam ser fiavelmente men-surados. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebi-do ou a receber.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos na demonstração dos resultados do período em que é decidida a sua atribuição.

As restantes receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercí-cios pelo qual estas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as corresponden-tes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos incluídas nas rubricas “Outros ativos correntes” e “Outros passivos correntes”.

p) Saldos e transações expressos em moeda es-trangeiraTodos os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utili-zando as taxas de câmbio oficiais vigentes à data da demonstração da posição financeira. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data da demonstração da posição financeira, dessas mesmas transações, são registadas como proveitos e custos na demonstração consolidada de resultados do exercício, exceto as re-lativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada diretamente em capital próprio.

q) Eventos subsequentesOs eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem provas ou informações adicionais sobre condições que existiam à data do balanço (“adjusting events”) são refletidos nas demonstra-ções financeiras. Os eventos após a data do balanço que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do balanço (“non adjusting events”), quando materiais, são divulgados no anexo às de-monstrações financeiras.

r) Demonstração dos fluxos de caixaA demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a IAS 7, através do método direto. A Empresa classifica na rubrica “Caixa e seus equiva-lentes” os investimentos com vencimento a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.

A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais (que en-globam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros relacionados com a atividade operacional), de financiamento (que incluem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a emprés-timos obtidos, contratos de locação financeira e pagamento de dividendos) e de investimento (que incluem, nomeadamente, aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e re-cebimentos e pagamentos decorrentes da compra e da venda de ativos fixos tangíveis).

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Contas e Notas Anexas

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s) Julgamentos e estimativasNa preparação das demonstrações financeiras ane-xas foram efetuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afetaram as quantias relatadas de ativos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do exercício.

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor co-nhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e tran-sações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, pode-rão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram con-sideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospectiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

Os principais juízos de valor e estimativas efetua-das na preparação das demonstrações financeiras anexas foram os seguintes:— Vidas úteis dos ativos tangíveis e intangíveis;— Análise de imparidade de ativos tangíveis e intangíveis;— Registo de provisões e perdas por imparidade; e— Apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados.

t) Política de gestão de riscoA Celbi encontra-se exposto essencialmente ao (i) risco de mercado, (ii) risco de liquidez e (iii) risco de crédito. O principal objetivo da Adminis-tração ao nível da gestão de risco é o de reduzir estes riscos a um nível considerado aceitável para o desenvolvimento das atividades da Empresa. As linhas orientadoras da política de gestão de risco são definidas pelo Conselho de Administração da Celbi, o qual determina quais os limites de risco aceitáveis. A concretização operacional da política de gestão de risco é levada a cabo pela Administra-ção e pela Direcção da Empresa.

a) Risco de mercado Revestem-se de particular importância no âmbito da gestão de risco de mercado o risco de taxa de juro, o risco de taxa de câmbio e o risco da variabilidade nos preços de commodities.

A Empresa utiliza instrumentos derivados na ges-tão dos seus riscos de mercado a que está exposto como forma de garantir a sua cobertura, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objetivo de negociação ou especulação.

i) Risco de taxa de juroA exposição da Empresa à taxa de juro decorre essencialmente dos empréstimos de longo prazo que são constituídos na sua maioria por dívida indexada à Euribor.

A Celbi utiliza instrumentos derivados ou tran-sações semelhantes para efeitos de cobertura de riscos de taxas de juro consideradas significan-tes. Três princípios são utilizados na selecção e determinação dos instrumentos de cobertura da taxa de juro:

— Para cada derivado ou instrumento de cobertu-ra utilizado para proteção do risco associado a um determinado financiamento, existe coincidência entre as datas dos fluxos de juros pagos nos finan-ciamentos objeto de cobertura e as datas de liqui-dação ao abrigo dos instrumentos de cobertura;

— Equivalência perfeita entre as taxas base: o in-dexante utilizado no derivado ou instrumento de cobertura deverá ser o mesmo que o aplicável ao financiamento/transação que está a ser coberta; e

— Desde o início da transação, o custo máximo do endividamento, resultante da operação de cober-tura realizada, é conhecido e limitado, mesmo em cenários de evoluções extremas das taxas de juro de mercado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadrável no custo de fundos considerado no plano de negócios da Empresa.Uma vez que a totalidade do endividamento da Celbi se encontra indexado a taxas variáveis, são utilizados swaps de taxa de juro, quando tal é considerado necessário, como forma de proteção contra as variações dos fluxos de caixa futuros

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associados aos pagamentos de juros. Os swaps de taxa de juro contratados têm o efeito económico de converter os respetivos empréstimos associados a taxas variáveis para taxas fixas. Ao abrigo destes contratos a Celbi acorda com terceiras partes (Bancos) a troca, em períodos de tempo pré-de-terminados, da diferença entre o montante de juros calculados à taxa fixa contratada e à taxa variável da altura da refixação, com referência aos respetivos montantes nocionais acordados.As contrapartes dos instrumentos de cobertu-ra estão limitadas a instituições de crédito de elevada qualidade creditícia, sendo política da Empresa privilegiar a contratação destes ins-trumentos com entidades bancárias que formem parte das suas operações de financiamento. Para efeitos de determinação da contraparte das ope-rações pontuais, a Celbi solicita a apresentação de propostas e preços indicativos a um número representativo de bancos de forma a garantir a adequada competitividade destas operações.

Na determinação do justo valor das operações de cobertura, a Celbi utiliza determinados métodos, tais como modelos de avaliação de opções e de atualização de fluxos de caixa futuros, e utiliza determinados pressupostos que são baseados nas condições de taxas de juro de mercado pre-valecentes à data da demonstração da posição financeira consolidada. Cotações comparativas de instituições financeiras, para instrumentos específicos ou semelhantes, são utilizados como referencial de avaliação.

O Conselho de Administração da Celbi aprova os termos e condições dos financiamentos con-siderados materiais para a Empresa, analisando para tal a estrutura da dívida, os riscos inerentes e as diferentes opções existentes no mercado, nomeadamente quanto ao tipo de taxa de juro (fixo/variável).O objetivo da Empresa é limitar a volatilidade dos cash-flows e resultados tendo em conta o perfil da sua atividade operacional através da utilização de uma adequada combinação de dívida a taxa fixa e variável. A política da Empresa permite a utili-zação de derivados de taxa de juro para redução da exposição às variações da Euribor e não para fins especulativos.

A maior parte dos instrumentos derivados uti-lizados pela Empresa na gestão do risco taxa de juro são definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa por configurarem relações perfeitas de cobertura. Os indexantes, as convenções de cálculos, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados. No entanto, existem alguns instrumentos derivados que, embora tenham sido contratados com o ob-jetivo de cobertura do risco da taxa de juro, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura.A análise da sensibilidade dos resultados da Empresa a alterações da taxa de juro encontra-se na Nota 20. ii) Risco de taxa de câmbioA Empresa está exposta ao risco de taxa de câm-bio nas transações relativas a vendas de produtos acabados em mercados internacionais em moeda diferente do Euro.

Sempre que o Conselho de Administração conside-re necessário, para reduzir a volatilidade dos seus resultados à variabilidade das taxas de câmbio, a exposição é controlada através de um programa de compra de divisas a prazo ( forwards) ou de outros instrumentos derivados de taxa de câmbio.

O Conselho de Administração da Celbi entende que eventuais alterações da taxa de câmbio não terão um efeito significativo sobre as demonstra-ções financeiras consolidadas.

iii) Risco de variabilidade nos preços de com-moditiesDesenvolvendo a sua atividade num sector que transacciona commodities (pasta de papel), a Celbi encontra-se particularmente exposto a variações do seu preço, com os correspondentes impactos nos seus resultados. No entanto, para gerir este risco foram celebrados contratos de cobertura de variação de preços da pasta de papel, pelos montantes e valores considerados adequados às operações previstas, atenuando assim a volatili-dade dos seus resultados.

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Contas e Notas Anexas

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O aumento/diminuição de 5% do preço da pas-ta de papel transacionada pela Celbi durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 teria implicado um aumento/diminuição dos resultados operacionais de, aproximadamente, 18,7 Milhões de Euros, sem considerar o efeito dos derivados de pasta de papel (Nota 26) e mantendo-se tudo o resto constante.

b) Risco de liquidezO principal objetivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que a Empresa tem disponível, a todo o momento, os recursos financeiros neces-sários para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, quando se tornam devidos, através de uma adequada gestão da maturidade dos financiamentos.

A Empresa prossegue assim uma política activa de refinanciamento pautada: (i) pela manutenção de um nível elevado de recursos livres e imediatamente disponíveis para fazer face a necessidades de curto prazo; e (ii) pelo alongamento ou manutenção da maturidade da dívida de acordo com os cash-flows previstos e a capacidade de alavancagem do seu balanço.

A análise de liquidez para instrumentos financeiros é apresentada junto da nota respetiva a cada classe de passivos financeiros.

c) Risco de créditoA Empresa está exposta ao risco de crédito no âmbito da sua atividade operacional corrente. Este risco é controlado através de um sistema de recolha de informação financeira e qualitativa, prestada por entidades reconhecidas que fornecem informação de riscos, que permitem avaliar a viabilidade dos clien-tes no cumprimento das suas obrigações, visando a redução do risco de concessão de crédito. A avaliação do risco de crédito é efetuada numa base regular, tendo em consideração as condições correntes de conjuntura económica e a situação específica do crédito de cada uma das empresas, sendo adotados procedimentos correctivos sempre que tal se julgue conveniente.O risco de crédito é limitado pela gestão da con-centração de riscos e uma rigorosa selecção de

contrapartes bem como pela contratação de segu-ros de crédito junto de instituições especializadas e que cobrem uma parte significativa do crédito concedido em resultado da atividade desenvolvida pela Empresa.

Os ajustamentos para contas a receber são calcula-dos tendo em consideração: (i) o perfil de risco do cliente; (ii) o prazo médio de recebimento; e (iii) as condições financeiras do cliente.

Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pela Empresa, estando portan-to ao seu justo valor.

3. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILISTICAS E CORREÇÕES DE ERROSDurante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 não houve alteração das políticas contabilís-ticas nem foram corrigidos erros materiais relativos a exercícios anteriores.

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Relatório e Contas 2015

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4. ATIVOS FIXOS TANGÍVEISDurante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 o movimento ocorrido no valor dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações e perdas por imparidade acumuladas foi o seguinte:

2015

Ativo bruto

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento

de transporteEquipamento

administrativoOutros ativos fixos tangíveis

Ativos fixos tangíveis em curso

Adiantamentos por conta de ativos fixos Total

Saldo inicial 11,282,575 66,055,134 665,714,689 751,517 4,397,401 7,641,274 17,148,200 115,887 773,106,677

Aumentos - - 13,830,728 13,126 163,920 9,315 913,698 955 14,931,742

Alienações - - (10,098,146) (32,672) (102,708) (138,761) - - (10,372,287)

Transferências e abates - - 17,003,582 - 2,805 65 (17,006,452) - -

Saldo final 11,282,575 66,055,134 686,450,853 731,971 4,461,418 7,511,893 1,055,446 116,842 777,666,132

Amortizações acumuladas

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento

de transporteEquipamento

administrativoOutros ativos fixos tangíveis Total

Saldo inicial 7,311,012 60,210,728 421,332,122 750,642 4,267,403 7,428,160 501,300,067

Aumentos 308,294 584,076 31,796,709 2,658 117,723 71,415 32,880,875

Alienações - - (9,891,117) (26,676) (102,708) (135,609) (10,156,110)

Transferências e abates - - - - - - -

Saldo final 7,619,306 60,794,804 443,237,714 726,624 4,282,418 7,363,966 524,024,832

3,663,269 5,260,330 243,213,139 5,347 179,000 147,927 1,055,446 116,842 253,641,300

2014

Ativo bruto

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento

de transporteEquipamento

administrativoOutros ativos fixos tangíveis

Ativos fixos tangíveis em curso

Adiantamentos por conta de ativos fixos Total

Saldo inicial 11,052,575 66,055,134 659,999,893 751,517 4,584,837 7,690,992 4,532,561 189,210 754,856,719

Aumentos 230,000 - 4,579,891 - 49,620 26,190 13,848,733 - 18,734,434

Alienações - - (44,573) - (237,056) (123,859) - - (405,488)

Transferências e abates - - 1,179,478 - - 47,951 (1,233,094) (73,323) (78,988)

Saldo final 11,282,575 66,055,134 665,714,689 751,517 4,397,401 7,641,274 17,148,200 115,887 773,106,677

Amortizações acumuladas

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento

de transporteEquipamento

administrativoOutros ativos fixos tangíveis Total

Saldo inicial 6,995,854 59,616,772 391,744,961 749,767 4,423,480 7,461,460 470,992,294

Aumentos 315,158 593,956 29,631,734 875 80,979 90,560 30,713,262

Alienações - - (44,573) - (237,056) (123,860) (405,489)

Transferências e abates - - - - - - -

Saldo final 7,311,012 60,210,728 421,332,122 750,642 4,267,403 7,428,160 501,300,067

3,971,563 5,844,406 244,382,567 875 129,998 213,114 17,148,200 115,887 271,806,610

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Contas e Notas Anexas

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4. ATIVOS FIXOS TANGÍVEISDurante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 o movimento ocorrido no valor dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações e perdas por imparidade acumuladas foi o seguinte:

2015

Ativo bruto

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento

de transporteEquipamento

administrativoOutros ativos fixos tangíveis

Ativos fixos tangíveis em curso

Adiantamentos por conta de ativos fixos Total

Saldo inicial 11,282,575 66,055,134 665,714,689 751,517 4,397,401 7,641,274 17,148,200 115,887 773,106,677

Aumentos - - 13,830,728 13,126 163,920 9,315 913,698 955 14,931,742

Alienações - - (10,098,146) (32,672) (102,708) (138,761) - - (10,372,287)

Transferências e abates - - 17,003,582 - 2,805 65 (17,006,452) - -

Saldo final 11,282,575 66,055,134 686,450,853 731,971 4,461,418 7,511,893 1,055,446 116,842 777,666,132

Amortizações acumuladas

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento

de transporteEquipamento

administrativoOutros ativos fixos tangíveis Total

Saldo inicial 7,311,012 60,210,728 421,332,122 750,642 4,267,403 7,428,160 501,300,067

Aumentos 308,294 584,076 31,796,709 2,658 117,723 71,415 32,880,875

Alienações - - (9,891,117) (26,676) (102,708) (135,609) (10,156,110)

Transferências e abates - - - - - - -

Saldo final 7,619,306 60,794,804 443,237,714 726,624 4,282,418 7,363,966 524,024,832

3,663,269 5,260,330 243,213,139 5,347 179,000 147,927 1,055,446 116,842 253,641,300

2014

Ativo bruto

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento

de transporteEquipamento

administrativoOutros ativos fixos tangíveis

Ativos fixos tangíveis em curso

Adiantamentos por conta de ativos fixos Total

Saldo inicial 11,052,575 66,055,134 659,999,893 751,517 4,584,837 7,690,992 4,532,561 189,210 754,856,719

Aumentos 230,000 - 4,579,891 - 49,620 26,190 13,848,733 - 18,734,434

Alienações - - (44,573) - (237,056) (123,859) - - (405,488)

Transferências e abates - - 1,179,478 - - 47,951 (1,233,094) (73,323) (78,988)

Saldo final 11,282,575 66,055,134 665,714,689 751,517 4,397,401 7,641,274 17,148,200 115,887 773,106,677

Amortizações acumuladas

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento

de transporteEquipamento

administrativoOutros ativos fixos tangíveis Total

Saldo inicial 6,995,854 59,616,772 391,744,961 749,767 4,423,480 7,461,460 470,992,294

Aumentos 315,158 593,956 29,631,734 875 80,979 90,560 30,713,262

Alienações - - (44,573) - (237,056) (123,860) (405,489)

Transferências e abates - - - - - - -

Saldo final 7,311,012 60,210,728 421,332,122 750,642 4,267,403 7,428,160 501,300,067

3,971,563 5,844,406 244,382,567 875 129,998 213,114 17,148,200 115,887 271,806,610

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Relatório e Contas 2015

52

5. ATIVOS INTANGÍVEISDurante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o movimento ocorrido no valor dos ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:

2015

Imobilizado bruto

Software Outros ativos intangíveis Total Saldo inicial 7,048,561 25,600 7,074,161Aumentos 24,080 - 24,080

Saldo final 7,072,641 25.600 7,098,241

Amortizações acumuladas

Software Outros ativos intangíveis Total Saldo inicial 6,909,292 25,600 6,934,892Aumentos 79,528 - 79,528

Saldo final 6,988,820 25.600 7.014.420

83.821 - 83.821

2014

Imobilizado bruto

Software Outros ativos intangíveis Total Saldo inicial 6,968,501 25.600 6,994,101Aumentos 80,060 - 80.060

Saldo final 7,048,561 25.600 7.074.161

Amortizações acumuladas

Software Outros ativos intangíveis Total Saldo inicial 6,775,469 25.600 6,801,069Aumentos 133,823 - 133,823

Saldo final 6,909,292 25.600 6,934,892

139,269 - 139,269

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Contas e Notas Anexas

53

6. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTOO montante registado em “Propriedades de investimento” em 31 de dezembro de 2015 e 2014 é referente, essencialmente, a terrenos e edifícios arrendados.

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 a Empresa alienou terrenos, instalações e equipamen-tos de viveiros sitos na propriedade do Furadouro à empresa do grupo, Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda (Nota 30).

O Conselho de Administração entende que o justo valor das propriedades de investimento é superior ao seu valor líquido contabilístico.

Os movimentos da rubrica “Propriedades de investimento” durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 foram como se segue:

2015

Ativo bruto

Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo final

5,295,248 - (21,759) - 5,273,489

Amortizações acumuladas

Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo final

1,866,066 53,780 - - 1,919,846

3,429,182 3,353,643

2014

Ativo bruto

Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo final

9,333,781 73,323 (4,117,521) 5,665 5,295,248

Amortizações acumuladas

Saldo inicial Aumentos Alienações Transferências Saldo final

5,618,462 53,779 (3,806,175) - 1,866,066

3,715,319 3,429,182

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Relatório e Contas 2015

54

7. INVESTIMENTOS EM EMPRESAS SUBSIDIÁRIASEm 31 de dezembro de 2015 as empresas subsidiárias eram as seguintes: 31.12.2015

Empresa Sede Percentagem de detenção

Valor líquido contabilístico Capital próprio Resultado

líquido

Altri Florestal, S.A. Constância 100% 103,116,056 111,337,988 (565,261)

Caima Indústria de Celulose, S.A. Constância 100% 85,000,000 48,521,409 10,977,431

Caima Energia S.A. Constância 100% 15,000,000 11,614,236 2,177,226

Captaraiz - Unipessoal, Lda. Lisboa 100% 466,563 467,864 78,631

Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A.

Vila Velha de Ródão 100% 150,149,687 98,053,052 19,497,183

353,732,306

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 a Empresa realizou prestações acessórias na Altri Florestal, S.A. no valor de 15.000.000 Euros e procedeu à compra da totalidade do remanescente da par-ticipação na Celtejo - Empresa de Celulose do Tejo, S.A. no valor de 149.687 Euros.

Como resultado do processo de fusão e dos aumentos de capital, em 31 de dezembro de 2014 as empresas subsidiárias eram as seguintes:

31.12.2014

Empresa Sede Percentagem de detenção

Valor líquido contabilístico Capital próprio Resultado

líquido

Altri Florestal, S.A. Constância 100% 88,116,056 96,903,249 (3,252,863)

Caima Indústria de Celulose, S.A. Constância 100% 85,000,000 37,543,978 3,456,811

Caima Energia S.A. Constância 100% 15,000,000 9,437,010 1,103,802

Captaraiz - Unipessoal, Lda. Lisboa 100% 466,563 389,233 (1,080)

Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A.

Vila Velha de Ródão 99.83% 150,000,000 118,555,870 10,256,190

338,582,619

No decorrer do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 a Celbi, no âmbito da reestruturação do Grupo Altri, passou por um processo de fusão em que as suas subsidiárias (Invescaima – Investimentos e participações SGPS, S.A. e Celbinave – Tráfego e Estiva SGPS, Unipessoal, Lda.) foram extintas (Nota 1).

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 a Celbi subscreveu e realizou por entradas em dinheiro o aumento de capital da sua subsidiária Viveiros do Furadouro, Lda. no montante de 715.000 Euros. Após esta operação, a empresa Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. foi alienada pelo montante de 1.465.000 Euros (Notas 30 e 32).

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Contas e Notas Anexas

55

8. INVESTIMENTOS EM EMPRESAS ASSOCIADASA empresa associada e a proporção do capital detido, em 31 de dezembro de 2015 e 2014, obtida pela fusão da Celbinave - Tráfego e Estiva SGPS, Unipessoal, Lda. (Nota 1), era conforme segue:

31.12.2015 31.12.2014

Empresa Sede Valor de balanço

Percentagem de detenção

Capital próprio

Resultado líquido

Capital próprio

Resultado líquido

Operfoz - Operador do Porto da Figueira da Foz

Figueira da Foz 573,240 33% 2,092,359 242,617 1,849,742 309,645

9. INVESTIMENTOS DISPONÍVEIS PARA VENDAEm 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Investimentos disponíveis para venda” era composta como se segue: Empresa 31.12.2015 31.12.2014

Rigor Capital - Produção de Energia, Lda. 10,073,844 10,073,844

Outros investimentos 145,001 145,001

10,218,845 10,218,845

O investimento financeiro na Rigor Capital – Produção de Energia, Lda. resultou do processo de fusão referido na Nota 1.

É entendimento do Conselho de Administração da Celbi que o valor contabilístico dos investimentos disponíveis para venda e que se encontram registados ao custo de aquisição, deduzido de perdas por impa-ridade de acordo com a política contabilística referida na Nota 2.2 l) ii), não difere de forma significativa do seu justo valor.

10. OUTROS DEVEDORES NÃO CORRENTESNos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Outros devedores não correntes” era composta como se segue:

31.12.2015 31.12.2014

Outros devedores - 2,521,897

- 2,521,897

Em 31 de dezembro de 2014, a rúbrica “Outros devedores” corresponde, integralmente, a uma conta a receber relativa à caução paga no âmbito de um contrato de arrendamento. Em 31 de dezembro de 2015 este saldo encontra-se considerado na rúbrica “Outras dívidas de terceiros”, no ativo corrente, por se con-siderar exigível no curto prazo.

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Relatório e Contas 2015

56

11. IMPOSTOS CORRENTES E DIFERIDOSDe acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa desde 2012 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão.

A Administração da Empresa entende que as eventuais correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações fiscais não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2015 e 2014.

Nos termos do artigo 88º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.

A Celbi é parte integrante de um grupo de empresas (em que a Altri SGPS, SA é a sociedade dominante) que se encontra abrangido pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (“RETGS”), sendo que cada uma das sociedades abrangidas por este regime regista o imposto sobre o rendimento nas suas contas individuais por contrapartida da rubrica “Empresas do grupo”. Nos casos em que as filiais contribuem com prejuízos é registado, nas contas individuais, o montante de imposto correspondente aos prejuízos que vierem a ser compensados pelos lucros das demais sociedades abrangidas por este regime.De acordo com a legislação em vigor a Celbi utiliza para calculo dos impostos diferidos a uma taxa de 22,5%, sendo que a mesma resulta da soma da taxa aprovada para estar em vigor em 2016 e nos anos seguintes que ascende a 21% para o imposto sobre o rendimento coletivo, da derrama cuja taxa é 1,5% para a Celbi, exceto no que respeita a ativos por impostos diferidos resultantes de prejuízos fiscais reportáveis, situação em que é utilizada uma taxa de 21%.

De acordo com a legislação em vigor em Portugal, para o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 a taxa base de imposto sobre os rendimentos em vigor foi de 21%.

Adicionalmente, de acordo com a legislação em vigor em Portugal, a derrama estadual corresponde à apli-cação de uma taxa adicional de 3% sobre a parte do lucro tributável entre 1,5 e 7,5 milhões de Euros, de 5% sobre a parte do lucro tributável entre 7,5 e 35 milhões de Euros e de 7% sobre a parte do lucro tributável superior a 35 milhões de Euros.

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos na demonstração dos resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 podem ser detalhados como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Imposto corrente (15,874,061) 1,192,255

Imposto diferido 324,730 (126,816)

(15,549,331) 1,065,439

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Contas e Notas Anexas

57

A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do exercício é como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Resultado antes de impostos 134,833,049 27,007,375

Taxa de imposto (incluindo taxa máxima e derrama) 22.50% 24.50%

(30,337,436) (6,616,807)

31.12.2015 31.12.2014

Diferença entre mais e menos valias fiscais e contabilisticas (67,880) 184,421

Benefícios fiscais 11,652,419 8,755,489

Tributaçao autónoma (63,058) (54,029)

Derrama estadual (5,835,858) (1,110,157)

Eliminação dupla tributação dividendos 9,000,000 -

Outros efeitos 102,482 (93,478)

Imposto sobre o rendimento (15,549,331) 1,065,439

A linha “Benefícios fiscais” em 31 de dezembro de 2015 e 2014 diz respeito sobretudo à utilização de parte do crédito de imposto atribuído pelo Estado Português no âmbito do incentivo global ao investimento da Celbi no aumento da sua capacidade produtiva (Projeto C09) e na modernização e expansão da unidade fabril (Projeto C15) (Nota 38).

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Relatório e Contas 2015

58

O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 foi como segue:

2015Ativos por impostos

diferidosPassivos por

impostos diferidos

Saldo em 1.1.2015 925,569 54,395

Efeitos na demonstração dos resultados:

Aumento/(Redução) de provisões não aceites para efeitos fiscais 292,500 -

Outros efeitos - (32,230)

Total de efeitos na demonstração dos resultados 292,500 (32,230)

Efeitos em capitais próprios:

Justo valor de investimentos disponíveis para venda - -

Justo valor de instrumentos derivados (Nota 26) (61,033) -

Saldo em 31.12.2015 1,157,036 22,165

2014Ativos por impostos

diferidosPassivos por

impostos diferidos

Saldo em 1.1.2014 1,965,790 421,231

Efeitos na demonstração dos resultados:

Aumento/(Redução) de provisões não aceites para efeitos fiscais (174,543) -

Outros efeitos - (47,727)

Total de efeitos na demonstração dos resultados (174,543) (47,727)

Efeitos em capitais próprios:

Justo valor de investimentos disponíveis para venda (9,086) -

Justo valor de instrumentos derivados (Nota 26) (856,592) (319,109)

Saldo em 31.12.2014 925,569 54,395

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Contas e Notas Anexas

59

O detalhe dos ativos e passivos por impostos diferidos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Ativos por impostos diferidos

Passivos por impostos diferidos

Ativos por impostos diferidos

Passivos por impostos diferidos

Provisões e perdas por imparidade de ativos não aceites fiscalmente 1,157,036 - 864,536 -

Justo valor de investimentos disponíveis para venda - - - -

Justo valor dos instrumentos derivados - - 57,757 -

Outros - 22,165 3,276 54,395

1,157,036 22,165 925,569 54,395

12. INVENTÁRIOS E ATIVOS BIOLÓGICOSEm 31 de dezembro de 2015 e 2014, o montante registado na rubrica “Ativos biológicos” corresponde às florestas e encargos incorridos com as plantações efetuadas pela Empresa, podendo o seu valor ser deta-lhado como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Valor bruto 144,777 144,777

Perdas de imparidade acumuladas em ativos biológicos (Nota 21) - -

144,777 144,777

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o montante registado na rubrica “Inventários” pode ser detalhado como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 24,700,199 24,105,364

Produtos e trabalhos em curso 575,585 575,585

Produtos acabados e intermédios 14,164,309 12,332,861

Adiantamentos por conta de compras - 546,701

39,440,093 37,560,511

Perdas de imparidade acumuladas (Nota 21) (4,095,000) (2,525,000)

35,345,093 35,035,511

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Relatório e Contas 2015

60

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 existiam fora das instalações da Empresa os seguintes inventários:

31.12.2015 31.12.2014

Em portos comunitários 8,016,097 7,367,479

À guarda de terceiros 2,599,878 1,904,698

10,615,975 9,272,177

Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2015 e 2014, não existiam à guarda da Empresa, inventários cuja propriedade fosse de terceiros.

O custo das vendas do exercício findo em 31 de dezembro de 2015 ascendeu a 186.214.547 Euros e foi apurado como se segue:

2015

Matérias primas, subsidiárias e de

consumo

Produtos acabados e

intermédios

Produtos e trabalhos em

cursoTotal

Saldo inicial 24,105,364 12,332,861 720,362 37,158,587

Compras 188,640,830 - - 188,640,830

Regularização de existências - - - -

Existências finais (24,700,199) (14,164,309) (720,362) (39,584,870)

188,045,995 (1,831,448) - 186,214,547

O custo das vendas do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 ascendeu a 202.807.452 Euros e foi apurado como se segue:

2014

Matérias primas, subsidiárias e de

consumo

Produtos acabados e

intermédios

Produtos e trabalhos em

cursoTotal

Saldo inicial 23,925,555 14,462,972 578,028 38,966,555

Compras 201,050,781 - - 201,050,781

Regularização de existências - (51,297) - (51,297)

Existências finais (24,105,364) (12,332,861) (720,362) (37,158,587)

200,870,972 2,078,814 (142,334) 202,807,452

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Contas e Notas Anexas

61

13. CLASSE DE INSTRUMENTOS FINANCEIROSOs instrumentos financeiros, de acordo com as políticas descritas na Nota 2, foram classificados como segue:

Ativos financeiros

Notas Ativos financeiros

Investimentos disponíveis para venda

Total

31 de dezembro de 2015

Ativos não correntes

Outros devedores não correntes 10 - - -

Investimentos disponíveis para venda 9 - 10,218,845 10,218,845

- 10,218,845 10,218,845

Ativos correntes

Clientes 14 67,678,765 - 67,678,765

Outras dívidas de terceiros 15 4,663,051 - 4,663,051

Empresas do Grupo 30 78,548 - 78,548

Caixa e equivalentes de caixa 18 157,763,248 - 157,763,248

230,183,612 - 230,183,612

230,183,612 10,218,845 240,402,457

Notas Ativos financeiros

Investimentos disponíveis para venda

Total

31 de dezembro de 2014

Ativos não correntes

Outros devedores não correntes 10 2,521,897 - 2,521,897

Investimentos disponíveis para venda 9 - 10,218,845 10,218,845

2,521,897 10,218,845 12,740,742

Ativos correntes

Clientes 14 62,164,378 - 62,164,378

Outras dívidas de terceiros 15 3,385,088 - 3,385,088

Empresas do Grupo 30 75,030,458 - 75,030,458

Caixa e equivalentes de caixa 18 223,875,563 - 223,875,563

364,455,487 - 364,455,487

366,977,384 10,218,845 377,196,229

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Relatório e Contas 2015

62

Passivos financeiros

31 de dezembro de 2015 Notas Passivos financeiros Derivados Total

Passivos não correntes

Empréstimos bancários 20 153,587,500 - 153,587,500

Outros empréstimos 20 270,022,085 - 270,022,085

423,609,585 - 423,609,585

Passivos correntes

Empréstimos bancários 20 10,775,000 - 10,775,000

Outros empréstimos 20 81,383,041 - 81,383,041

Fornecedores 23 38,617,140 - 38,617,140

Empresas do Grupo 30 16,967,496 - 16,967,496

Outras dívidas a terceiros 24 2,253,123 - 2,253,123

149,995,800 - 149,995,800

573,605,385 - 573,605,385

31 de dezembro de 2014 Notas Passivos financeiros Derivados Total

Passivos não correntes

Empréstimos bancários 20 103,837,500 - 103,837,500

Outros empréstimos 20 211,581,537 - 211,581,537

315,419,037 - 315,419,037

Passivos correntes

Outros empréstimos 20 344,966,800 - 344,966,800

Fornecedores 23 39,022,526 - 39,022,526

Empresas do Grupo 30 1,438,778 - 1,438,778

Outras dívidas a terceiros 24 2,412,805 - 2,412,805

Instrumentos financeiros derivados 26 - 1,902,297 1,902,297

387,840,909 1,902,297 389,743,206

703,259,946 1,902,297 705,162,243

Instrumentos financeiros reconhecidos a justo valorO quadro seguinte detalha os instrumentos financeiros que são mensurados a justo valor após o reconheci-mento inicial, agrupados em 3 níveis de acordo com a possibilidade de observar no mercado o seu justo valor:

Nível 1: o justo valor é determinado com base em preços de mercado ativo;

Nível 2: o justo valor é determinado com base em técnicas de avaliação. Os principais inputs dos modelos de avaliação são observáveis no mercado; e

Nível 3: o justo valor é determinado com base em modelos de avaliação, cujos principais inputs não são observáveis no mercado.

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Contas e Notas Anexas

63

31.12.2015 31.12.2014

Nivel 1 Nivel 2 Nivel 3 Nivel 1 Nivel 2 Nivel 3

Passivos financeiros mensurados a justo valor

Derivados (Nota 26) - - - - 1,902,297 -

14. CLIENTESEm 31 de dezembro de 2015 e 2014 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2015 31.12.2014

Clientes, conta corrente 67,678,765 62,164,378

Clientes de cobrança duvidosa 43,116 44,633

67,721,881 62,209,011

Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 21) (43,116) (44,633)

67,678,765 62,164,378

A exposição da Celbi ao risco de crédito é atribuível antes de mais às contas a receber da sua atividade operacional. Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Empresa, de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O Conselho de Administração entende que os valores contabilísticos das contas a receber se aproximam do seu justo valor, uma vez que as mesmas não vencem juros e o efeito de desconto é considerado imaterial.

Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, a antiguidade do valor líquido do saldo de clientes pode ser ana-lisada como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Não vencido 59,873,507 50,593,213

Vencido mas sem registo de imparidade

0 - 30 dias 7,484,144 10,288,278

30 - 90 dias 293,720 775,756

+ 90 dias 27,394 507,131

7,805,258 11,571,165

67,678,765 62,164,378

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Relatório e Contas 2015

64

A Empresa contratou seguros de crédito para cobrir o risco de incobrabilidade de partes destas contas a receber como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Com seguro de crédito 53,846,205 44,104,332

Sem seguro de crédito 13,875,676 18,104,679

67,721,881 62,209,011

A Celbi não cobra quaisquer encargos de juros enquanto os prazos de pagamento definidos (em média 60 dias) estejam a ser respeitados. Findos esses prazos, são cobrados os juros que estiverem definidos contratualmente, e de acordo com a lei em vigor e aplicável a cada situação, o que tenderá a ocorrer só em situações extremas.

15. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROSNos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Outras dívidas de terceiros” era composta como se segue:

31.12.2015 31.12.2014

Adiantamentos a fornecedores 8,711 10,154

Outros devedores 5,312,695 4,033,289

5,321,406 4,043,443

Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 21) (658,355) (658,355)

4,663,051 3,385,088

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Outros devedores” corresponde, principalmente, a contas a receber relativas a imposto sobre o valor acrescentado de países estrangeiros e contas a receber de empresas do Grupo Altri (Nota 30). Esta rúbrica inclui ainda contas a receber relativas a cauções para contratos de arrendamento (Nota 10).

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o montante líquido dos saldos de “Outras dívidas de terceiros” en-contra-se na totalidade não vencido.

Os devedores que não estão vencidos não apresentam qualquer sinal de imparidade, o valor contabilístico dos ativos líquidos de imparidade é considerado como estando próximo do seu justo valor, sendo imaterial o efeito do seu desconto financeiro.

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Contas e Notas Anexas

65

16. ESTADO E OUTROS ENTES PUBLICOSEm 31 de dezembro de 2015 e 2014 estas rubricas do ativo e do passivo tinham a seguinte composição:

Valores devedores: 31.12.2015 31.12.2014

Imposto sobre o rendimento - 2,421

Imposto sobre o valor acrescentado 1,616,318 4,206,704

1,616,318 4,209,125

Valores credores:

Retenção na Fonte - IRS trabalho dependente (848,827) (545,784)

Contribuições para a Segurança Social (212,773) (214,454)

Outros (7,381) (8.426)

(1,068,981) (768,664)

17. OUTROS ATIVOS CORRENTESO detalhe dos “Outros ativos correntes” em 31 de dezembro de 2015 e 2014 é como se segue:

31.12.2015 31.12.2014

Rendas e alugueres pagos antecipadamente 398,412 763,408

Seguros pagos antecipadamente 517,849 453,885

Proveitos a faturar 96,846 665.559

Outros 209,260 210,172

1,222,367 2,093,024

18. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXAEm 31 de dezembro de 2015 e 2014, o detalhe da rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” era como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Caixa 1,998 6,998

Depósitos bancários 157,761,250 223,868,565

Caixa e equivalentes 157,763,248 223,875,563

Durante o exercício de 2015 os pagamentos relativos a investimentos financeiros correspondem à reali-zação de prestações acessórias na Altri Florestal, S.A. e à compra da totalidade da participação na Celtejo - Empresa de Celulose do Tejo, S.A. (Nota 7).

Durante o exercício de 2014 os pagamentos relativos a investimentos financeiros correspondem ao aumento de capital na Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. (Nota 7) e os recebimentos resultam da alienação desta participada pelo montante de 1.465.000 Euros (Notas 7 e 32) e da alienação de investimentos dis-poníveis para venda (Nota 9).

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Relatório e Contas 2015

66

19. CAPITAL SOCIAL E RESERVASCapital socialEm 31 de dezembro de 2015, o capital social da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e era composto por 15.500.000 ações com o valor nominal de 5 Euros cada ação.

Em 31 de dezembro de 2015, a Altri - Participaciones y Trading, S.L. (Nota 1) detém 99,96% das ações representativas do capital social da Empresa e de 100% dos respetivos direitos de voto. Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2015 a Empresa detém 6.712 ações próprias.

Reserva legalA legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço da “reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta re-serva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital. Outras reservasEm 31 de dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Outras reservas” tinha a seguinte composição:

31.12.2015 31.12.2014

Reservas de cobertura - (210,224)

Outras reservas e resultados transitados 65,553,054 167,380,240

65,553,054 167,170,016

A rubrica “Reservas de cobertura” diz respeito ao justo valor dos instrumentos financeiros derivados classificados como de cobertura de fluxos de caixa na componente eficaz de cobertura, líquido dos juros corridos e dos respetivos impostos diferidos (Nota 26).

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Contas e Notas Anexas

67

20. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS E OUTROS EMPRÉSTIMOSEm 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o detalhe das rubricas “Empréstimos Bancários” e “Outros empréstimos” é como segue:

2015

Valor nominal Valor contabilísticoCorrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total

Empréstimos bancários

Empréstimos bancários 11,000,000 154,000,000 165,000,000 10,775,000 153,587,500 164,362,500

11,000,000 154,000,000 165,000,000 10,775,000 153,587,500 164,362,500

Papel comercial 52,000,000 75,000,000 127,000,000 52,000,000 75,000,000 127,000,000

Empréstimos obrigacionistas - 190,000,000 190,000,000 - 189,309,086 189,309,086

Outros empréstimos 29,708,015 5,712,999 35,421,014 29,383,041 5,712,999 35,096,040

Outros empréstimos 81,708,015 270,712,999 352,421,014 81,383,041 270,022,085 351,405,126

92,708,015 424,712,999 517,421,014 92,158,041 423,609,585 515,767,626

2014

Valor nominal Valor contabilísticoCorrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total

Empréstimos bancários

Empréstimos bancários - 105,000,000 105,000,000 - 103,837,500 103,837,500

- 105,000,000 105,000,000 - 103,837,500 103,837,500

Papel comercial 37,500,000 5,000,000 42,500,000 36,282,880 5,000,000 41,282,880

Empréstimos obrigacionistas 270,000,000 205,000,000 475,000,000 269,405,820 203,525,848 472,931,668

Outros empréstimos 39,278,100 3,055,689 42,333,789 39,278,100 3,055,689 42,333,789

Outros empréstimos 346,778,100 213,055,689 559,833,789 344,966,800 211,581,537 556,548,337

346,778,100 318,055,689 664,833,789 344,966,800 315,419,037 660,385,837

As despesas incorridas com a montagem de empréstimos foram deduzidas ao seu valor nominal, encon-trando-se estas a ser reconhecidas como juro ao longo do período de vida dos empréstimos (Nota 34).

Empréstimos bancáriosDurante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 a Celbi contraiu um empréstimo bancário no montante de 75.000.000 Euros, o qual foi renegociado em junho de 2014, que vence juros a uma taxa correspondente à Euribor a três meses acrescida de spread e cujo reembolso será efetuado em 5 prestações anuais sucessivas de 5.000.000 Euros cada, a primeira das quais em junho de 2016 e numa prestação final de 50.000.000 Euros em 2021, pelo que o montante de 5.000.000 Euros encontra-se classificado como dívida corrente e o restante valor encontra-se classificado como dívida não corrente.

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Relatório e Contas 2015

68

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 a Celbi contraiu um empréstimo bancário no mon-tante de 30.000.000 Euros, que vence juros a uma taxa correspondente à Euribor a três meses acrescida de spread. Este empréstimo será liquidado em 24 prestações mensais iguais e sucessivas, com início em julho de 2017, pelo que o montante total do empréstimo encontra-se classificado como dívida não corrente.

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 a Celbi contraiu um empréstimo bancário no mon-tante de 30.000.000 Euros, que vence juros a uma taxa correspondente à Euribor a seis meses acrescida de spread. Este empréstimo será liquidado em 5 prestações anuais e sucessivas, com início em janeiro de 2016, pelo que o montante de 6.000.000 Euros encontra-se classificado como dívida corrente e o restante valor encontra-se classificado como dívida não corrente.

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 a Celbi contraiu um empréstimo bancário no mon-tante de 30.000.000 Euros, que vence juros a uma taxa correspondente à Euribor a três meses acrescida de spread. Este empréstimo será liquidado em 3 prestações anuais e sucessivas, com início a fevereiro de 2018, pelo que o montante total do empréstimo encontra-se classificado como dívida não corrente.

Papel ComercialA rubrica “Papel comercial” corresponde a quatro programas de papel comercial. O primeiro programa, com o montante máximo de 12.000.000 Euros, tem um prazo máximo de 3 anos a contar da data de assi-natura do contrato, vencendo-se a 15 de fevereiro de 2016, sendo o montante nominal da dívida em 31 de dezembro de 2015 de 12.000.000 Euros. O segundo programa, com o montante máximo de 20.000.000 Euros, tem um prazo máximo de 3 anos a contar da respetiva data de assinatura, expirando a 8 de janeiro de 2016, sendo o montante nominal da dívida em 31 de dezembro de 2015 de 20.000.000 Euros. O terceiro programa, com o montante máximo de 60.000.000 Euros, tem um prazo máximo de 5 anos a contar da data de assinatura do contrato, sendo o montante nominal da dívida em 31 de dezembro de 2015 de 20.000.000 Euros. Por último, um quarto programa, com o montante máximo de 75.000.000 Euros, tem um prazo mínimo de 7 anos a contar da data de assinatura do contrato, sendo o montante nominal da dívida em 31 de dezembro de 2015 de 75.000.000 Euros.

Os montantes totais utilizados em 31 de dezembro de 2015 ascendiam a 127.000.000 Euros e em 31 de dezembro de 2014 a 42.500.000 Euros. Em 31 de dezembro de 2015 o montante de 52.000.000 Euros (37.500.000 Euros em 31 de dezembro de 2014) está classificado como dívida corrente ou porque será reembolsado nos doze meses seguintes, ou porque de acordo com as condições contratuais em vigor ambas as partes têm o direito a denunciar o contrato desde que comuniquem a sua intenção mediante um pré-aviso de 30 dias relativamente à data indicada para a denúncia.

Empréstimos ObrigacionistasA Celbi em fevereiro de 2007 procedeu à emissão de um empréstimo obrigacionista no montante de 300.000.000 Euros. As obrigações tinham um prazo de 8 anos, tendo o seu vencimento em 2015, sendo os juros semestrais e postecipados a partir da data de subscrição, a uma taxa igual à Euribor a 6 meses adicionada de spread. Em fevereiro de 2015, este empréstimo obrigacionista foi totalmente reembolsado.

No primeiro semestre de 2008 a Celbi procedeu à emissão de dois empréstimos obrigacionistas adicionais, nos montantes de 50.000.000 Euros e 25.000.000 Euros. As obrigações têm o prazo de 10 anos, tendo o seu vencimento em 2018. Em agosto de 2015, foi efetuado o reembolso antecipado, hipótese prevista.

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a Celbi procedeu à emissão de dois empréstimos obrigacionistas. Um no valor de 80.000.000 Euros com um prazo de 5 cinco anos, em Março. Outro em-préstimo tem o valor de 50.000.000 Euros e um prazo de 6 anos, em abril. Relativamente a este último,

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Contas e Notas Anexas

69

em 20 de fevereiro de 2015, a Altri SGPS assumiu a posição contratual detida pela sua participada Celbi, passando o empréstimo obrigacionista a denominar-se “ALTRI 2014/2020”.

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015, a Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. procedeu à emissão de três empréstimos obrigacionistas: um no valor de 35.000.000 Euros com um prazo de 6 anos, em fevereiro, outro no valor de 35.000.000 Euros com um prazo de 2,5 anos, em agosto, e um outro no valor de 40.000.000 Euros com um prazo de 4 anos, em agosto, vencendo juros a taxa igual a Euribor 6 meses adicionada de spread.

As despesas incorridas com a montagem de empréstimos foram deduzidas ao seu valor nominal, encon-trando-se estas a ser reconhecidas ao longo do período de vida do respetivo empréstimo.

Outros empréstimos

(i) FactoringA Celbi tem em vigor contratos de factoring com duas instituições bancárias, com duração inicial de um ano, segundo os quais poderá ceder contas a receber até ao limite de 55.000.000 Euros, os quais são renovados automaticamente por iguais períodos se não forem denunciados por nenhuma das partes com antecedência mínima de 60 dias contratuais. Sobre os valores descontados o Grupo pagará uma taxa de juro de Euribor a 3 meses e Euribor a 12 meses acrescida de spread, sendo que em 31 de dezembro de 2015 o montante utilizado ascende a 29.708.015 Euros (30.645.689 Euros em 31 de dezembro de 2014).

A Celbi considera que os riscos e benefícios associados às contas a receber não foram transmitidos para a entidade com quem realizou este contrato de factoring, facto pelo qual apenas se reconhece as contas a receber cedidas em factoring no momento em que forem liquidadas pelo devedor original, de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.2 l) x).

(ii)Incentivos ao investimento reembolsáveisProjeto C09Em janeiro de 2007 a Celbi e a Altri assinaram um contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o Estado Português considerado de interesse nacional (PIN) este projeto de expansão da capacidade produtiva da Celbi. O Projeto de Investimento decorreu entre 1 de janeiro de 2007 e 30 de junho de 2010 e o valor contratado é de 320.000.000 Euros sendo que o Estado Português concedeu um incentivo financeiro reembolsável correspondente a 16,5% das despesas elegíveis caso a Celbi cumpra com os objetivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2009, 2010, 2013 e 2016 o Estado Português concedeu ainda um Prémio de Realização que correspondeu ao não reembolso de até 80% do montante de incentivo reembolsável. O Estado Português concedeu também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante de 12% das aplicações relevantes. O montante total de incentivo reembolsável recebido pela Celbi ascendeu a 51.644.921 Euros. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 a Celbi solicitou à AICEP a antecipação da última medição de grau de cumprimento do projeto dado que no exercício findo em 31 de dezembro de 2012 a Celbi já cumpria os rácios exigidos para a medição de 2013. A AICEP concordou com a suspensão dos pagamentos, contudo, remeteu a conclusão da atribuição do prémio para o exercício findo de 31 de dezembro de 2013 dado que existiam requisitos que só poderiam ser avaliados na data da medição. Dado que, com base na performance alcançada com referência a 31 de dezembro de 2013 encontram-se cumpridos os requisitos necessários à atribuição do prémio de realização no montante de 16.526.400 Euros, a Celbi classificou aquele montante em “Outros passivos não correntes” (Nota 22) e “Outros passivos correntes” (Nota 25) líquido do montante reconhecido diretamente como proveito na demonstração dos resultados (Nota 38)

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Relatório e Contas 2015

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na proporção da parte já amortizada dos ativos fixos tangíveis subsidiados. Em 31 de dezembro de 2015 o montante relativo a este subsídio estava liquidado.

Projeto C15Em janeiro de 2014 a Celbi assinou um novo contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o projeto, de modernização e expansão da unidade fabril, sido considerado pelo Estado Português de interesse estratégico e de relevância para a economia nacional. O Projeto de Investimento teve início a 19 de agosto de 2013, e decorreu até 30 de junho de 2015 e o valor contratado ascende a 30.251.000 Euros, sendo que o Estado português irá conceder um incentivo finan-ceiro reembolsável correspondente a 20% das despesas elegíveis caso a Celbi cumpra com os objetivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2016, 2017 e 2019 o Estado Português concederá ainda um Prémio de Realização que corresponderá ao não reembolso de até 75% do montante de incentivo reembol-sável. O Estado Português concederá também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante máximo de 15% das aplicações relevantes. Até 31 de dezembro de 2015 a Celbi recebeu o montante de 5.712.999 Euros referente ao incentivo reembolsável o qual se encontra registado no passivo não corrente.

Análise de sensibilidade a variações da taxa de juroNos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 a sensibilidade da Empresa a alterações no indexante da taxa de juro de mais ou menos um ponto percentual, medida como a variação nos resultados financeiros pode ser analisada como segue, não considerando o efeito de cobertura dos instrumentos fi-nanceiros derivados (Nota 26):

31.12.2015 31.12.2014

Juros suportados (Nota 34) 11,098,446 14,250,033

Diminuição de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à totalidade do endividamento (5,200,000) (6,600,000)

Aumento de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à totalidade do endividamento 5,200,000 6,600,000

A análise de sensibilidade acima foi calculada com base na exposição à taxa de juro existente à data de balanço. Para esta análise foi tido como pressuposto base que a estrutura de financiamento médio (ativos e passivos remunerados) se manteve estável ao longo do ano e semelhante à apresentada no final de cada exercício.

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Contas e Notas Anexas

71

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o prazo de reembolso dos empréstimos bancários e dos outros em-préstimos era como segue:

31.12.2015

2016 2017 2018 > 2018 Total

Empréstimos bancários 11,000,000 18,500,000 36,000,000 99,500,000 165,000,000

Papel comercial 52,000,000 - - 75,000,000 127,000,000

Empréstimos obrigacionistas - - 35,000,000 155,000,000 190,000,000

Outros empréstimos 29,708,015 509,281 1,088,675 4,115,043 35,421,014

Total 92,708,015 19,009,281 72,088,675 333,615,043 517,421,014

31.12.2014

2015 2016 2017 > 2017 Total

Empréstimos bancários - 25,000,000 32,500,000 47,500,000 105,000,000

Papel comercial 37,500,000 - - 5,000,000 42,500,000

Empréstimos obrigacionistas 270,000,000 - - 205,000,000 475,000,000

Outros empréstimos 39,278,100 - 509,281 2,546,408 42,333,789

Total 346,778,100 25,000,000 33,009,281 260,046,408 664,833,789

21. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADEO movimento verificado nas provisões e perdas de imparidade durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 pode ser detalhado como se segue:

31.12.2015

ProvisõesPerdas de imparidade

em contas a receber(Notas 14 e 15)

Perdas de imparidade em inventários e ativos

biológicos (Nota 12)Total

Saldo inicial 780,409 702,988 2,525,000 4,008,397

Aumentos - - 1,570,000 1,570,000

Utilizações/Reversões (270,000) (1,518) - (271,518)

Saldo final 510,409 701,470 4,095,000 5,306,879

31.12.2014

ProvisõesPerdas de imparidade

em contas a receber(Notas 14 e 15)

Perdas de imparidade em inventários e ativos

biológicos (Nota 12)Total

Saldo inicial 755,621 796,845 2,616,662 4,169,128

Aumentos 24,788 - - 24,788

Utilizações/Reversões - (93,857) (91,662) (185,519)

Saldo final 780,409 702,988 2,525,000 4,008,397

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Relatório e Contas 2015

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Os aumentos de provisões e de perdas de imparidade líquidas das utilizações/reversões verificados nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 foram registados por contrapartida da rubrica “Pro-visões e perdas por imparidade” da demonstração dos resultados.

O valor registado na rubrica “Provisões” em 31 de dezembro de 2015 e 2014 corresponde à melhor esti-mativa da Administração para fazer face à totalidade das perdas a incorrer com riscos gerais da atividade da Empresa.

22. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTESA rubrica “Outros passivos não correntes” corresponde às parcelas de subsídio ao investimento a reconhecer como proveito no médio e longo prazo (Notas 20, 25 e 38).

23. FORNECEDORESEm 31 de dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tinha a seguinte composição:

A Pagar

31.12.2015 0-90 dias 90-180dias >180 dias

Fornecedores, conta corrente 35,119,659 35,119,659 - -

Fornecedores, faturas em recepção e conferência 3,497,481 3,497,481 - -

38,617,140 38,617,140 - -

A Pagar

31.12.2014 0-90 dias 90-180dias >180 dias

Fornecedores, conta corrente 27,535,235 27,535,235 - -

Fornecedores, faturas em recepção e conferência 11,487,291 11,487,291 - -

39,022,526 39,022,526 - -

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Fornecedores” respeitava a valores a pagar resultantes de aquisições decorrentes do curso normal das atividades da Celbi.

O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico destas dívidas é aproximado ao seu justo valor.

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Contas e Notas Anexas

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24. OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROSEm 31 de dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Outras dívidas a terceiros” pode ser detalhada como segue:

A Pagar

31.12.2015 0-90 dias 90-180dias >180 dias

Fornecedores de ativos fixos 160,557 160,557 - -

Outras dívidas 2,092,566 2,092,566 - -

2,253,123 2,253,123 - -

A Pagar

31.12.2014 0-90 dias 90-180dias >180 dias

Fornecedores de ativos fixos 959,243 959,243 - -

Outras dívidas 1,453,562 1,453,562 - -

2,412,805 2,412,805 - -

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Outras dívidas” corresponde principalmente a imposto sobre o valor acrescentado a pagar ao estrangeiro.

25. OUTROS PASSIVOS CORRENTESEm 31 de dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Outros passivos correntes” pode ser detalhada como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Encargos a liquidar

Remunerações a liquidar (1,450,093) (1,463,313)

Juros a liquidar (1,973,400) (3,009,255)

Encargos com energia e gás a liquidar (3,365,444) (3,227,977)

Outros encargos a liquidar (8,867,535) (5,550,252)

Proveitos a reconhecer

Subsídios ao investimento (Notas 20, 22 e 38) (2,962,000) (3,089,089)

(18,618,472) (16,339,886)

A linha “Outros encargos a liquidar” em 31 de dezembro de 2015 e 2014 diz respeito a despesas relacionadas com a atividade operacional já incorridas e ainda não liquidadas.

26. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOSEm 31 de dezembro de 2014 a Celbi tinha em vigor contratos relativos a instrumentos financeiros derivados registados de acordo com o seu justo valor.

Na Celbi apenas se utiliza derivados para cobertura de fluxos de caixa associados às operações geradas pela sua atividade.

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Relatório e Contas 2015

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(i) Derivados de taxa de juroPor forma a reduzir a sua exposição à volatilidade das taxas de juro, a Empresa contratou “swaps” de taxa de juro. Estes contratos foram avaliados de acordo com o seu justo valor em 31 de dezembro de 2014, tendo o correspondente montante sido reconhecido na rubrica “Instrumentos financeiros derivados”.

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 encontravam-se estabelecidos contratos de derivados de taxa de juro cujos montantes totais são como segue:

Justo valor

Tipo Nocional Maturidade Juro 31.12.2015 31.12.2014

Interest rate swap (a) 25,000,000 8-2-2015 Paga combinação de diversas taxas e recebe Euribor a 6M - (657,745)

Interest rate swap (b) 80,000,000 9-2-2015 Paga taxa fixa e recebe Euribor a 6M - (1,244,552)

- (1,902,297)

(a) Apesar de terem sido contratados com um objetivo de cobertura de risco (e não de especulação), estes contratos não cumprem com todos os requisitos necessários para que se qualifiquem como de cobertura, (Nota 2.2 l) vii)) pelo que a variação do seu justo valor foi registada por contrapartida da demonstração dos resultados (Nota 34).

(b) De acordo com as políticas contabilísticas adotadas estes derivados cumprem com os requisitos para serem designados como instrumentos de cobertura de taxa de juro (Nota 2.2 l) vii)).

O apuramento do justo valor dos derivados contratados pela Empresa foi efetuado pelas respetivas contra-partes (instituições financeiras com quem foram celebrados tais contratos). O modelo de avaliação destes derivados, utilizado pelas contrapartes, baseia-se no método dos Cash Flows descontados, i.e., utilizando as Par Rates de Swaps, cotadas no mercado interbancário, e disponíveis nas páginas Reuters e/ou Bloomberg, para os prazos relevantes, sendo calculadas as respetivas taxas forwards e fatores de desconto que servem para descontar os cash flows fixos (leg fixo) e os cash flows variáveis (leg variável). O somatório das duas parcelas resulta no Valor Atualizado Líquido dos cash flows futuros ou justo valor dos derivados.

Em 31 de dezembro de 2015 a Empresa não tinha contratos de derivados de taxa de juro em vigor.

(ii) Derivados de cobertura de preço da pasta de papelPor forma a mitigar a sua exposição à volatilidade do preço da pasta de papel, a Empresa contratou deri-vados de cobertura do preço da pasta de papel, consubstanciado na compra de opções de venda de estilo asiático (“asian put options”) sobre o “FOEX PIX Pulp BHKP”, para cada um dos doze meses do ano de 2016, para um volume de 5.000 toneladas por mês (total de 60.000 toneladas).

(iii) Derivados de taxa de câmbioA Empresa utiliza derivados de taxa de câmbio, fundamentalmente, de forma a efetuar a cobertura de fluxos de caixa futuros. Desta forma, a Empresa, durante o exercício de 2015, contratou “opções” e “forwards” de taxa de câmbio de dólares dos Estados Unidos, de forma a gerir o risco de taxa de câmbio a que está exposta.

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Contas e Notas Anexas

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O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 pode ser detalhado como segue:

2015Derivados de cobertura de preço da pasta

Derivados de taxa de juro Total

Saldo inicial - (1,902,297) (1,902,297)

Variação do justo valor/cessação

Efeitos em capitais próprios - 271,257 271,257

Efeitos na demonstração de resultados - (268,267) (268,267)

Efeitos no balanço - 1,899,307 1,899,307

Saldo final - - -

2014Derivados de cobertura de preço da pasta

Derivados de taxa de juro Total

Saldo inicial 720,361 (6,004,726) (5,284,365)

Variação do justo valor/cessação

Efeitos em capitais próprios (720,361) 2,698,569 1,978,208

Efeitos na demonstração de resultados - 1,403,860 1,403,860

Saldo final - (1,902,297) (1,902,297)

Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor, durante o exercício de 2015, dos ins-trumentos de cobertura na parte não corrida (conforme denominados nos termos do IAS 39), no montante de 271.257 Euros (1.978.208 Euros durante o exercício de 2014), foram registados diretamente no capital próprio, líquidos dos correspondentes impostos diferidos, no montante de 61.033 Euros (537.483 Euros em 31 de dezembro de 2014) (Notas 11 e 19).

Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor, durante o exercício de 2015, dos instrumentos de cobertura na parte corrida, dos instrumentos que embora tenham sido contratados com o objetivo de cobertura, não cumprem com os requisitos para serem classificados como tal e a parte ineficaz dos instrumentos de cobertura foram registados diretamente na demonstração de resultados do exercício findo em 31 de dezembro de 2015 (Nota 34).

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Relatório e Contas 2015

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27. PASSIVOS CONTINGENTES E GARANTIAS PRESTADASEm 31 de dezembro de 2015 e de 2014, os principais passivos contingentes respeitavam a processos fiscais (Nota 39).

Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, as garantias prestadas tinham o seguinte detalhe:

31.12.2015 31.12.2014

AICEP/API (Nota 38) 3,355,112 8,428,695

Outros 1,311,516 1,311,516

4,666,628 9,740,211

28. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUIDOS NA DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA

a) Fundo de pensõesEm maio de 2014 após obtenção de todas as aprovações necessárias, a Empresa alterou o plano de pensões de benefício definido para um plano de contribuição definida.

Com esta alteração, a Empresa deixou de ter responsabilidades por benefícios futuros relacionadas com o Fundo de Pensões.

O valor do Fundo foi repartido pelos participantes de acordo com as responsabilidades por serviços passa-dos à data de 30 de abril de 2014, tendo a Entidade gestora aberto uma conta individual em nome de cada participante com este crédito inicial.

No exercício de 2015 as contribuições para o Fundo de Pensões ascendeu a aproximadamente 340.000 Euros.

b) Outros compromissos A 31 de dezembro de 2015 e 2014 a Celbi tinha assumido compromissos contratuais para aquisição de ativos fixos tangíveis nos montantes de 1.185.612 Euros e 11.138.375 Euros, respetivamente.

29. LOCAÇÕES OPERACIONAISDurante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 foi reconhecido como custo do exercício o montante de, aproximadamente, 1.126.521 Euros e 962.961 Euros, respetivamente, relativo a rendas pagas a título de contratos de locação operacional.

Em 31 de dezembro de 2015 a Celbi participava, como locatário, em contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação vencem como segue:

2015

Ano

Até 1 ano 141,998

Entre 1 a 5 anos 413,125

Mais de 5 anos 59,107

614,230

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Contas e Notas Anexas

77

Em 31 de dezembro de 2014 a Celbi participava, como locatário, em contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação vencem como segue:

2014

Ano

Até 1 ano 137,537

Entre 1 a 5 anos 350,278

Mais de 5 anos 59,107

546,922

30. EMPRESAS DO GRUPO E PARTES RELACIONADASAs participadas do Grupo Altri têm relações entre si que se qualificam como transações com partes rela-cionadas, as quais foram efetuadas a preços de mercado.

Em 31 de dezembro de 2015, os principais saldos com as empresas do Grupo Altri e partes relacionadas, são como segue:

Saldos devedores Saldos credores

Clientes c/c

EmpresasGrupo

Outras dívidas de

terceiros

Fornecedores c/c

EmpresasGrupo

Empresa

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. 147,654 - 328,986 - -

Altri Florestal, S.A. 9,934 - - - -

Caima Indústria de Celulose, S.A. 37,830 - - - -

Caima Energia, S.A. - - - - -

Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A. 77,487 - - - -

Captaraiz - Unipessoal, Lda. 7,955 1,109 - - -

Altri Participaciones y Trading S.L. - 77,439 - (10,726,362) -

Altri SGPS, S.A. - - - - (16,967,496)

Altri Abastecimento de Madeira, S.A. - - - (10,956,327)

EDP Produção - Bioeléctrica, S.A. 1,860,342 - - - -

Ramada - Aços e Indústrias, S.A. - - - (30,995) -

F. Ramada, II Imobiliária, S.A. 127,982 - - - -

2,269,184 78,548 328,986 (21,713,684) (16,967,496)

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Relatório e Contas 2015

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Em 31 de dezembro de 2014, os principais saldos com as empresas do Grupo Altri e partes relacionadas, são como segue:

Saldos devedores Saldos credores

Clientes c/c

EmpresasGrupo

Outras dívidas de

terceirosFornecedores

c/c Empresas

Grupo

Outras dívidas de

terceirosEmpresa

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. 590,400 - 328,986 - - -

Altri Florestal, S.A. 510,415 3,775,688 - (2,310,318) (360,895) -

Caima Indústria de Celulose, S.A. 790,928 - - (1,788,558) - -

Caima Energia, S.A. - 4,230,850 - - - -

Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A. - - - - (132,013) (412,196)

Captaraiz - Unipessoal, Lda. 7,955 836 - - - -

Altri Participaciones y Trading S.L. - 2,862,756 - (1,077,540) - -

Altri SGPS, S.A. - 64,160,328 - - (945,870) -

EDP Produção - Bioeléctrica, S.A. 1,385,073 - - - - -

Ramada - Aços e Indústrias, S.A. - - - (14,655) - -

F. Ramada, II Imobiliária, S.A. 124,305 - - - - -

3,409,076 75,030,458 328,986 (5,191,071) (1,438,778) (412,196)

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 a rubrica do Passivo “Empresas do Grupo” inclui os seguintes mon-tantes relativos a empréstimos correntes concedidos a empresas do Grupo:

31.12.2015 31.12.2014

Altri SGPS S.A. - 46,100,000

Caima Energia, S.A. - 4,000,000

- 50,100,000

A conta a pagar à Altri, Participaciones y Trading, S.L. resulta das comissões de venda associadas ao Contrato de Agência estabelecido com esta entidade.

Os restantes saldos dizem respeito, sobretudo, ao efeito da tributação de acordo com o Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (Nota 11) em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas e juros a receber associados aos empréstimos concedidos.

Em 31 d dezembro de 2015 a empresa-mãe do grupo, Altri SGPS SA, detinha obrigações sobre a Empresa no valor nominal de 10.400.000 Euros, que se vencem em março de 2019.

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Contas e Notas Anexas

79

As principais transações efetuadas no exercício de 2015 com as empresas do Grupo Altri e partes relacio-nadas podem ser resumidas como se segue: Empresa

Outrosproveitos

Vendas ePrestação

de Serviços

ComprasM.primas,

subs.

OutrosFornecimentos

e Serviços Externos

Custos/Proveitos

Financeiros

Venda/Compra de

Investimentos

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda.

(414) - - - - -

Caima Indústria de Celulose S.A. (11,058) (27,152) - - - -

Caima Energia, S.A. - - - - (46,839) -

Altri Florestal, S.A. (16,114) - - 3,000 (118,482) (19,723)

Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A.

(80,974) (343,758) - - (40,097,552) -

Altri Participaciones y Trading SL

(521,116) - - 12,684,830 - -

Altri SGPS - - - 3,076,000 (432,956) -

Altri Abastecimento de Madeira, S.A.

- (255,255) 150,492,805 - - -

EDP Produção - Bioeléctrica, S.A.

(276,412) (9,182,029) - - - -

Ramada - Aços e Indústrias, S.A. - - 114,475 - - -

F. Ramada, II Imobiliária, S.A. (127,982) - - - - -

(1,034,070) (9,808,194) 150,607,280 15,763,830 (40,695,829) (19,723)

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Relatório e Contas 2015

80

As principais transações efetuadas no exercício de 2014 com as empresas do Grupo Altri e partes relacio-nadas podem ser resumidas como se segue:

Empresa Outrosproveitos

Vendas ePrestação

de Serviços

ComprasM.primas,

subs.

OutrosFornecimentos

e Serviços Externos

Custos/Proveitos

Financeiros

Venda/Compra de

Investimentos

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda.

(120,000) - - - - (317,785)

Caima Indústria de Celulose S.A. (139) - - - - -

Caima Energia, S.A. - - - - (220,254) -

Altri Florestal, S.A. (95,199) (102,682) 14,467,105 3,000 (254,737) (1,465,000)

Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A.

(270,216) (8,420,365) - - (499,267) -

Altri Participaciones y Trading SL (394,693) - 464,774 11,921,674 - -

Altri SGPS - - - 769,000 (1,354,759) -

EDP Produção - Bioeléctrica, S.A. (289,413) (8,904,208) - - - -

Ramada - Aços e Indústrias, S.A. - - 105,292 1,275 - -

F. Ramada, II Imobiliária, S.A. (124,305) - - - - -

(1,293,965) (17,427,255) 15,037,171 12,694,949 (2,329,017) (1,782,785)

A Celbi adquire madeira à Altri Abastecimento de Madeira, S.A. - empresa do Grupo que se dedica à co-mercialização de madeira. A Altri, Participaciones y Trading, S.L. é o agente de vendas de pasta de papel do Grupo Altri, pelo que o montante da coluna “Outros fornecimentos e serviços externos” com esta entidade diz respeito a comissões de venda ao abrigo do contrato de Agência estabelecido com a mesma.

31. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOSGeograficamente, a repartição das vendas e prestações de serviços da Empresa por mercado é como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Mercado interno 85,130,002 86,380,741

Mercado externo 347,666,621 287,171,184

432,796,623 373,551,925

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Contas e Notas Anexas

81

32. OUTROS PROVEITOSA rubrica da demonstração dos resultados “Outros proveitos” no exercício findo em 31 de dezembro de 2015 e 2014 pode ser detalhada como se segue:

31.12.2015 31.12.2014

Subsídios ao investimento (Nota 38) 3,101,919 3,103,104

Ganhos obtidos na alienação de ativos fixos 26,039 117,998

Ganhos obtidos na alienação da Viveiros do Furadouro, Lda. (Nota 7) - 735,000

Outros 1,300,619 2,302,733

4,428,577 6,258,835

33. OUTROS CUSTOSA rubrica “Outros custos” no exercício findo em 31 de dezembro de 2015 e 2014 pode ser detalhada como se segue:

31.12.2015 31.12.2014

Impostos diretos e taxas 861,408 779,793

Outros 1,055,899 604,740

1,917, 307 1,384,533

34. RESULTADOS FINANCEIROSOs resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 podem ser detalhados como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Custos financeiros:

Juros suportados (Nota 20) (11,098,476) (14,250,033)

Diferenças de câmbio desfavoráveis (3,237,857) (824,790)

Outros custos e perdas financeiras (6,743,486) (12,515,730)

(21,079,819) (27,590,553)

Proveitos financeiros:

Juros obtidos 2,261,671 6,470,926

Diferenças de câmbio favoráveis 3,455,847 1,837,993

Dividendos 40,000,000 -

Outros proveitos e ganhos financeiros 15,110 3,253

45,732,628 8,312,172

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Relatório e Contas 2015

82

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Outros custos e perdas financeiras” refere-se, essencialmente, a perdas em instrumentos derivados (Nota 26), custos suportados com a emissão de papel comercial e a comissões relativas a serviços bancários (Nota 20).

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 a Celbi recebeu dividendos, no montante de 40.000.000 Euros, da sua subsidiária Celtejo - Empresa Celulose do Tejo, S.A. que se encontram regis-tados na rubrica “Dividendos”.

35. RESULTADO POR AÇÃO

31.12.2015 31.12.2014

Número de ações para efeito de cálculo do resultado líquido básico e diluído 15,500,000 15,500,000

Resultado para efeito do cálculo do resultado por ação líquido e diluído 119,283,718 28,072,814

Resultado por ação

Básico 7.70 1.81

Diluído 7.70 1.81

36. GASTOS COM PESSOALDurante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 o número médio de pessoal ao serviço da Empresa foi de 235 e 234, respetivamente.

Em 31 de dezembro 2015 e 2014 a rubrica “Gastos com o pessoal” apresenta o seguinte detalhe:

31.12.2015 31.12.2014

Remunerações 10,148,834 9,161,618

Encargos sobre remunerações 2,072,409 1,963,385

Benefícios ao pessoal 450,177 636,260

Indemnizações 923,991 1,791

Seguros 345,845 324,423

Outros 661,310 590,658

14,602,566 12,678,135

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Contas e Notas Anexas

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37. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOSEm 31 de dezembro 2015 e 2014 a rubrica “Fornecimentos e serviços externos” apresenta o seguinte detalhe:

31.12.2015 31.12.2014

Energia 25,357,287 24,984,452

Transportes de mercadoria 14,493,959 13,274,914

Comissões 12,684,830 11,924,115

Combustíveis 12,519,840 13,776,014

Conservação e reparação 8,049,628 7,904,218

Trabalhos especializados 6,181,634 3,701,412

Seguros 1,447,797 1,596,472

Rendas e alugueres 1,126,521 962,961

Outros 8,136,379 7,790,193

89,997,875 85,914,751

38. SUBSÍDIOS E INCENTIVOSi) PROJETO C09Em janeiro de 2007 a Celbi assinou um contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Exter-no de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o Estado Português considerado de interesse nacional (PIN) este projeto de expansão da capacidade produtiva da Celbi. O Projeto de Investimento decorreu entre 1 de janeiro de 2007 e 30 de junho de 2010 e o valor contratado ascendia a 320.000.000 Euros sendo que o Estado Português iria conceder um incentivo financeiro reembolsável correspondente a 16,5% das despesas elegíveis, caso a Celbi cumpra com os objetivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2009, 2010, 2013 e 2016 o Estado Português concederá ainda um Prémio de Realização que corresponderá ao não reembolso de até 80% do montante de incentivo reembolsável. O Estado Português concederá também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante de 12% das aplica-ções relevantes. Até 31 de dezembro de 2015 a Celbi recebeu o montante de 51.644.921 Euros referente ao incentivo reembolsável. No exercício findo em 31 de dezembro de 2013 o prémio de realização encon-trava-se totalmente recebido no montante total de 41.316.000 Euros, dos quais e durante o exercício de 2013, foi atribuído o montante de 16.526.400 Euros resultante da medição antecipada para 2012 com o acordo da AICEP (Nota 20). Os subsídios não reembolsáveis foram transferido para as rubricas ”Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes” (Notas 22 e 25) líquido do montante reconhecido diretamente como proveito na demonstração de resultados (Nota 32) na proporção da parte já amortizada dos ativos fixos tangíveis subsidiados. Contudo, a aferição definitiva dos objetivos do Projeto só ocorrerá na data contratualmente prevista.

ii) Projeto C15Em janeiro de 2014 a Celbi assinou um novo contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o projeto, de modernização e expansão da unidade fabril, sido considerado pelo Estado Português de interesse estratégico e de relevância para a economia nacional. O Projeto de Investimento teve início a 19 de agosto de 2013, e decorreu até 30 de junho de 2015 e o valor contratado ascende a 30.251.000 Euros, sendo que o Estado português irá conceder um incentivo financeiro

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Relatório e Contas 2015

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reembolsável correspondente a 20% das despesas elegíveis, caso a Celbi cumpra com os objetivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2016, 2017 e 2019 o Estado Português concederá ainda um Prémio de Realização que corresponderá ao não reembolso de até 75% do montante de incentivo reembolsável. O Estado Português atribuiu também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante máximo de 15% das aplicações relevantes.

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 o detalhe dos subsídios recebidos, mas ainda não reconhecidos como proveito na demonstração de resultados, é como segue:

2015 2014

Subsídio associado à expansão de capacidade produtiva (Notas 20, 22 e 25) 22,555,297 25,387,260

Outros subsídios ao investimento 14,348 284,304

22,569,645 25,671,564

Os movimentos nos incentivos ao investimento foram como segue:

2015

Incentivos atribuídos e não totalmente reconhecidos 46,111,748

Reconhecimento em resultados anteriores a 2014 (17,337,080)

Reconhecimento no resultado 2014 (Nota 32) (3,103,104)

Reconhecimento no resultado 2015 (Nota 32) (3,101,919)

Saldo em 31 de dezembro de 2015 22,569,645

iii) SIFIDEDurante o exercício de 2014, a Empresa suportou despesas com Investigação e Desenvolvimento (“I&D”), as quais, no seu entendimento, eram susceptíveis de serem elegíveis para efeitos de aproveitamento do Sistema de Incentivos Fiscais em I&D Empresarial II (“SIFIDE II”).

Neste sentido, foi emitida a respetiva declaração, por parte da Comissão Certificadora para os Incentivos Fiscais à I&D Empresarial (“Comissão Certificadora”), relativa à recomendação de crédito fiscal, decorrente de atividades de I&D efetuadas naquele exercício, no montante de 490.000 Euros.

Por último, atentos os investimentos realizados em 2015 nesta área em particular, a Empresa está igualmente a desenvolver um conjunto de ações que permita apresentar, às entidades competentes, uma candidatura a este benefício fiscal.

iv) RFAINo âmbito do Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (“RFAI”) a Celbi está a desenvolver um conjunto de ações que permitam preparar a documentação de suporte à utilização deste benefício para as despesas de investimento em ativos afetos à exploração, efetuadas durante o exercício de 2015, de forma a integrar o respetivo processo de documentação fiscal.

39. PROCESSOS FISCAISEm resultado de uma inspeção ocorrida em 2008, relativa ao exercício de 2006, a empresa recebeu uma

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Contas e Notas Anexas

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notificação da Direcção Geral dos Impostos onde se declarava a instauração de um processo de contra-or-denação motivada pela não liquidação do Imposto de Selo em Operações Financeiras com outras empresas do Grupo Altri porque os Serviços de Inspeção Tributária entenderam como não provado que os emprés-timos concedidos se destinavam a carências de tesouraria. No início de 2012 a empresa recebeu uma nova notificação relativa ao mesmo assunto mas referente ao ano de 2009. A empresa pagou os documentos de cobrança enviados pela Autoridade Tributária e Aduaneira, apresentando em consequência a respetiva impugnação judicial.O saldo da rúbrica do ativo não corrente “Outros ativos não correntes” diz respeito aos montantes por receber relativos às situações atrás descritas.

40. INFORMAÇÃO RELATIVA A MATÉRIAS AMBIENTAISNo âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se a reduzir a emissão de gases com efeito de estufa. Neste contexto, foi criado o Comércio Europeu de Licenças de Emissão - CELE que, constitui o primeiro instrumento de mercado intracomunitário de regulação das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) e que é aplicável, entre outras, à indústria de pasta e papel.A aplicação do regime CELE teve o seu início em 2005, tendo decorrido entre 2005 e 2007 o primeiro período, considerado pela Comissão Europeia como experimental e essencialmente de aprendizagem para o período subsequente, 2008-2012 que coincidiu com o período de cumprimento do Protocolo de Quioto.Nos dois primeiros períodos de aplicação do CELE (2005-2007 e 2008-2012), genericamente, as regras base do regime foram a atribuição gratuita de licenças de emissão (LE), a obrigação de monitorização, verificação e comunicação de emissões e a devolução de LE no montante correspondente. A atribui-ção gratuita teve lugar através dos denominados planos nacionais de atribuição de licenças de emissão, PNALE I e PNALE II, que foram aprovados pela Comissão.

No período pós-2012, com a publicação da Diretiva 2009/29/CE, a nova Diretiva CELE, incluída no Pacote Clima Energia, estas regras mudam consideravelmente, verificando-se um alargamento do âmbito com a introdução de novos gases e novos setores, a quantidade total de licenças de emissão determinada a nível comunitário e a atribuição de licenças de emissão com recurso a leilão, mantendo-se marginalmente a atribuição gratuita, feita com recurso a benchmarks definidos a nível comunitário. A 1 de janeiro de 2013 teve inicio o 3º período de aplicação tendo sido atribuídas à Celbi , a título gratuito, licenças para a emissão de 79.974 toneladas de CO2 para o ano de 2014 e 78.544 toneladas de CO2 para o ano de 2015.

Caso as emissões reais sejam superiores às “Licenças de emissão de CO2” atribuídas, a Empresa terá que adquirir as licenças em falta no mercado. A entrega das “Licenças de emissão de CO2”, correspondente às emissões reais realizadas num exercício, é efetuada no início do ano seguinte, sendo os valores apresentados pelas empresas relativos às emissões reais efetuadas sujeitos a verificação por uma entidade acreditada.

Em 31 de dezembro de 2015 não se encontra registado nas demonstrações financeiras qualquer passivo de carácter ambiental nem é divulgada qualquer contingência ambiental, por ser convicção do Conselho de Administração que não existem, a essa data, obrigações ou contingências provenientes de acontecimentos passados de que resultem encargos materialmente relevantes para a Empresa.

41. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASAs demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 17 de março de 2016. A sua aprovação final está ainda sujeita a concordância da Assembleia Geral de Accionistas.O Técnico Oficial de Contas

O Conselho de Administração

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Contas e Notas Anexas

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Relatório e Contas 2015

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Relatório e Parecer do Conselho Fiscal e Certificação Legal das Contas

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Relatório e Parecer do Conselho Fiscal e Certificação Legal das Contas

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Aos Acionistas da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A.,

Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que nos foi confiado, submetemos à vossa apreciação este Relatório e Parecer sobre o Relatório de Gestão e restantes documentos de prestação de contas da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. (“Empresa”), relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração.

Ao longo do exercício em apreço, o Conselho Fiscal acompanhou a evolução da atividade da Empresa, a regularidade dos registos contabilísticos, o cumprimento do normativo legal e estatutário em vigor e a eficácia e integridade dos sistemas de gestão de riscos e de controlo interno, tendo efetuado reuniões com a periodicidade e extensão que considerou adequadas e tendo obtido da Administração e dos Serviços da Empresa as informações e esclarecimentos solicitados.

No âmbito das suas atribuições, o Conselho Fiscal examinou a Demonstração da Posição Financeira em 31 de dezembro de 2015, a Demonstração dos Resultados por Naturezas, do rendimento Integral, das Alterações no Capital Próprio dos Fluxos de Caixa para o exercício findo naquela data e o correspondente Anexo. Adicionalmente procedeu à análise do Relatório de Gestão do exercício de 2015 e da proposta de aplicação de resultados nele apresentada, exerceu as suas competências em matéria de supervisão das habilitações, independência e execução das funções do Revisor Oficial de Contas da Empresa e apreciou a Certificação Legal das Contas emitidas pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas da empresa, que mereceu o seu acordo.

Face ao exposto, e tendo em consideração o assunto mencionado no parágrafo 5 da Certificação Legal das Contas, o Conselho Fiscal é de parecer que o relatório de Gestão, as Demonstrações Financeiras bem como a proposta de aplicação de resultados estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e estatutárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovadas em Assembleia Geral de Accionistas.

Desejamos manifestar ao Conselho de Administração e aos diversos Serviços da Empresa o nosso apreço pela colaboração que nos prestaram.

Porto, 31 de maio de 2016O Conselho Fiscal

João da Silva NatáriaPresidente do Conselho Fiscal

Guilherme Alexandre Dominguez Fernandes Cardoso RuanoVogal do Conselho Fiscal

José Carlos Rodrigues MartinsVogal do Conselho Fiscal

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

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Relatório e Contas 2015

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Introdução1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A.(“Empresa”), as quais compreendem a Demonstração da Posição Financeira em 31 de dezembro de 2015 que evidencia um total de 891.870.064 Euros e um capital próprio de 278.437.007 Euros, incluindo um resultado líquido de 119.283.718 Euros, as Demonstrações dos Resultados por Naturezas, do Rendimento Integral, das Alterações no Capital Próprio e dos Fluxos de Caixa doexercício findo naquela data e o correspondente Anexo.

Responsabilidades2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado e o rendimento integral das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de umsistema de controlo interno apropriado. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito3. O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as Normas Técnicas e as Diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidospelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adotadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com as demonstrações financeiras. Entendemos que o exameefetuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Certificação Legal das Contas

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Relatório e Parecer do Conselho Fiscal e Certificação Legal das Contas

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Opinião4. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apropriada, para os fins indicados no parágrafo 5 abaixo, em todos os aspetos materialmente relevantes, a posição financeira da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. em 31 de dezembro de 2015, bem como o resultado e o rendimento integral das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas pela União Europeia.

Ênfase5. As demonstrações financeiras mencionadas no parágrafo 1 acima, referem-se à atividade da Empresa a nível individual e foram preparadas para aprovação e publicação nos termos da legislação em vigor.

Conforme indicado na Nota 2.2 do Anexo, as participações financeiras em subsidiárias e associadas são registadas pelo custo de aquisição deduzido de perdas por imparidade acumuladas. As demonstrações financeiras anexas não incluem o efeito da aplicação do método da equivalência patrimonial, nem da consolidação integral a nível de ativos, passivos, gastos e rendimentos totais. A Empresa encontra-se dispensada de elaborar demonstrações financeiras consolidadas em virtude de ser uma subsidiária e as suas demonstrações financeiras serem incluídas no perímetro de consolidação da Altri, S.G.P.S, S.A., entidade que apresenta demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as IFRS. Na Nota 7 do Anexo às demonstrações financeiras é dada informação adicional sobre as empresas subsidiárias.

Relato sobre outros requisitos legais6. É também nossa opinião que a informação financeira constante do Relatório de Gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício.

Porto, 31 de maio de 2016

Deloitte & Associados, SROC S.A.

Representada por António Manuel Martins Amaral

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Produção Gráfica: CBunidesign

Design Gráfico: Ana Biscaia

Fontes: Ines e Gotham

Papel: cartolina Hahnemule (capa); renova print 100grs (interior)

Figueira da Foz - julho 2016

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Contas e Notas Anexas

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Relatório e Contas 2015

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