contaminação de Águas subterrâneas por hidrocarbonetos

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Contaminação de águas subterrâneas por hidrocarbonetos Universidade Paulista Gestão Ambiental Toxicologia Ambiental Profa. Dra. Dolores Rivero Viviane Medeiros da Cunha Alessandro Sbampato Março de 2009

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Seminário sobre Contaminação de Águas Subterrâneas por HidrocarbonetosGestão AmbientalToxicologia AmbientalUniversidade PaulistaAlessandro SbampatoViviane Medeiros da Cunha

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Page 1: Contaminação de Águas Subterrâneas por Hidrocarbonetos

Contaminação de águas subterrâneas

por hidrocarbonetos

Universidade PaulistaGestão AmbientalToxicologia AmbientalProfa. Dra. Dolores Rivero

Viviane Medeiros da CunhaAlessandro SbampatoMarço de 2009

Page 2: Contaminação de Águas Subterrâneas por Hidrocarbonetos

A quantidade de água na Terraé constante há 500 milhões deanos.A maior parte (97%) é salgada,e está nos mares e oceanos.

Permacultura Latina

Excluindo-se a águacongelada dos polos,a água doce líquida é

apenas 0,6% dototal.

Destes, 98% estãocontidos nos

aqüíferos e apenas2% nos rios e lagos.

Introdução

Page 3: Contaminação de Águas Subterrâneas por Hidrocarbonetos

Recursos hídricos

A Lei Federal 9433/97, que instituiu a PNRH, Política Nacional de Recursos Hídricos, tementre seus principais conceitos, já no Artigo 1o.:

• a água é um bem de domínio público;• a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;• a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação

do Poder Público, dos usuários e da comunidade.

Istambul 2009 - Water World Forum

Brasil, EUA, Egito e Turquia:Água como necessidade humana básica

Demais países:Água como direito humano básico

Sugestão para pesquisa:Water World Forum, AquaFed, Garbage Island

ExtinctEarth

O Globo

Brittanica Online

Page 4: Contaminação de Águas Subterrâneas por Hidrocarbonetos

Águas subterrâneas

O Decreto Estadual 32.955/1991, queregulamenta a Lei 6132/1991, defineaquífero ou depósito natural de águassubterrâneas como “o solo, a rocha ousedimento permeáveis que fornecemágua subterrânea, natural ouartificialmente captada.

SNIRH-PT

CETESB

ABAS

Page 5: Contaminação de Águas Subterrâneas por Hidrocarbonetos

Aquíferos monitorados pela CETESBBauruSerra GeralGuaraniTubarãoPré-cambriano (Cristalino)TaubatéSão Paulo

Abril

Abril

Proporção Aquífero Guarani no globo

Corte Aquíferos Guarani e Bauru

Águas subterrâneas em SP

Afloramento do AquíferoGuarani em SP

Abril

Page 6: Contaminação de Águas Subterrâneas por Hidrocarbonetos

As águas subterrâneas de São Paulo são objeto de gestãoconjunta entre

• DAEE – outorga, pesquisa, captação, extração, fiscalização, interação com corpos hídricos

• CETESB – prevenção e controle da poluição, licenciamento ambiental

• Secretaria da Saúde – potabilidade• Instituto Geológico – pesquisas e estudos

hidrogeológicos

Sugestão para pesquisa:site da CETESB

CETESB

Águas subterrâneas em SP

Zona 1Per mitido somente novas per fur ações de poços tubular es quandoem substituição de poços destinados ao sistema deabastecimento da r ede pública do município, devidamentejustificados.Zona 2Per mitido somente novas per fur ações de poços tubular esdestinados ao sistema de abastecimento da r edepública domunicípio, devidamente justificados.Zona 3Per mitidas novas per fur ações de poços tubular es par a ex tr açãode água subter r ânea, r espeitando-se os seguintes cr itér ios:a) distanciamento mínimo de 1.000 metr os de poços ex istentes;b) distanciamento mínimo de 200 metr os de cor pos d'águasuper ficiais;c) distanciamento mínimo de 1.000 metr os de ár eas suspeitas ouconfir madas de contaminação.

Ribeirão Preto

CETESB

Page 7: Contaminação de Águas Subterrâneas por Hidrocarbonetos

Poluição das águas subterrâneas

As fontes potenciais de poluição de águassubterrâneas são :

• Lixões• Aterros sanitários mal operados;• Acidentes com substâncias tóxicas;• Armazenagem, manuseio e descarteinadequado de matérias-primas,produtos, efluentes e resíduos naindústria;• Mineração;• Saneamento in situ;• Vazamento de redes coletoras deesgoto;• Agrotóxicos e fertilizantes;• Irrigação (aumento eventual desalinidade e lixiviação do solo).

Melbar

O Globo

Page 8: Contaminação de Águas Subterrâneas por Hidrocarbonetos

Contaminação por hidrocarbonetos

Dentre as fontes potenciais decontaminação das águas subterrâneas, osvazamentos de hidrocarbonetos sãobastante significativos. Associados àsatividades de produção, armazenamento,transporte, distribuição e comercializaçãode combustíveis, solventes, lubrificantes eoutros produtos, sejam eles finais ouinsumos, constituem sempre motivo deatenção redobrada em todas as etapas,sendo necessários fiscalização emonitoramento constantes.

Befloral

CETESB Norma ABNT sensores de vazamento

Page 9: Contaminação de Águas Subterrâneas por Hidrocarbonetos

Gerenciamento de áreas contaminadas

O gerenciamento de áreas contaminadas visaminimizar os riscos sobre a população e o meioambiente, através de um conjunto de ações queassegurem o conhecimento do perfil dessas áreas edos impactos causados, orientando formas deintervenção adequadas.A metodologia utilizada no gerenciamento de ACsconsiste em etapas sequenciais, em que ainformação obtida em cada etapa é a base para aexecução da etapa posterior.

ACBR (Ações Corretivas Baseadas em Risco) é umametodologia de gerenciamento de áreascontaminadas, aplicável a diversas situações deimpacto ambiental por compostos químicos, masdesenvolvida especificamente para contaminaçãopor HDP e outros combustíveis líquidos.

Integra métodos de avaliação de risco e modelosmatemáticos, auxiliando na decisão relacionada àalocação de recursos, urgência de ações corretivas,níveis de remediação aceitáveis e tecnologiasaplicáveis.

CETESB

Page 10: Contaminação de Águas Subterrâneas por Hidrocarbonetos

Monitoramento

OBJETIVO

Caracterizar a presença de hidrocarbonetos constituintes de combustíveis automotivos nosubsolo, possibilitando concluir a respeito da existência ou não de contaminação na área objetode avaliação.

AÇÕES NECESSÁRIAS

T1 Coleta de dados básicos do local;T2 Reconhecimento da área para um trabalho seguro;T3 Definição e locação dos pontos de sondagens;T4 Coleta de amostras (solo e água subterrânea) e realização de análises químicas;T5 Elaboração de relatórios.

Tarefa 1 – Coleta de dados básicos do local

Histórico das construções e reformas, plantas e layout do local;Histórico da operação com combustíveis;Operações atuais com combustíveis;Sistemas de drenagem (água pluvial e esgoto);Características dos tanques e das linhas;Movimentação média mensal por produto;Distribuição e diagramas dos sistemas de abastecimento;Eventos de vazamento, medidas tomadas e relatórios emitidos.

CETESB

Cacimba doméstica em suspeitade contaminação por HDP

Page 11: Contaminação de Águas Subterrâneas por Hidrocarbonetos

Monitoramento

Tarefa 2 – Reconhecimento da área para um trabalho seguro

PerfuraçãoMétodos seguros e compatíveis com as condições do local

Pontos de amostragemLocados a pelo menos um metro de qualquer uso subterrâneoidentificado para permitir perfuração segura.

Tarefa 3 – Definição e locação dos pontos de sondagens

LocalizaçãoLocadas junto às anomalias e aos equipamentos de maior potencialde contaminação.

QuantidadeDefinido em função da área e do número de tanques, inclusive osde armazenamento de óleo queimado.

ProfundidadeAté ser atingido o nível d’água subterrânea, ou 15 metros.Atingindo o nível d’água, deverão ser instalados poços demonitoramento em todas as sondagens.Durante a sondagem é realizada a descrição litológica do local.

PM – poço de monitoramentoNA – nível d’águaMarrom – solo arenosoRosa – solo argilosoAlaranjado – aqüíferoXadrez – alteração de rocha

CETESB

Page 12: Contaminação de Águas Subterrâneas por Hidrocarbonetos

Sondagem

Exemplos de sondagem

Trado manualperfuraçãosimples e práticoimpreciso

SPTpercussãoeconômicoprofundo e precisonecessários eletricidade e água

CPTpressão estáticasofisticado e precisocaro e de difícil instalação

GeoProbedirect push (pressão + percussão)Simples, prático e fácil acessibilidademédio custoaté 60 m

Trado

Bristol

Solotest

GeoProbe

Earl TTI

Page 13: Contaminação de Águas Subterrâneas por Hidrocarbonetos

Monitoramento

Tarefa 4 – Coleta de amostras e realização de análisesquímicas

4.1 Amostragem de solo

Amostra de solo a cada metroSondas tubulares (lyner)Divisão em duas amostras e identificaçãoMedição de gases em campo na primeiraRefrigeração da segunda amostra no lyner a 4oCEnvio das amostra para laboratórios(maior concentração/franja capilar) Lyner

Análise de cava

Fase livre visível a olho-nu

Coleta de amostra apósacidente ferroviário

CETESB

Page 14: Contaminação de Águas Subterrâneas por Hidrocarbonetos

Monitoramento

4.2 Amostragem de água

Escolha do local adequado de monitoramentoHomogeneidade do local de coletaConhecimento dos objetivos do programaDados da área de influência a ser estudadaSeleção de locais de amostragem

Cuidados com as amostras

Ausência de partículas grandesTestes preliminares em campoCuidado no manuseioUso de materiais e equipamentos adequadosIdentificação adequada das amostrasConservação e refrigeração

Medidor de fase livre

Coleta em corpo d’água

Poço de inspeção CETESB

Amostra e medidores Filtragem de amostra

Explosímetro

CETESB

Medidor de NA

Page 15: Contaminação de Águas Subterrâneas por Hidrocarbonetos

Monitoramento

Tarefa 5 – Elaboração de relatórios

Além de servirem para a orientação do gerenciamento de áreascontaminadas e a consequente remediação dos danos ambientaiscausados por uma dada ocorrência, os relatórios também fornecemdados para a execução de listas referenciais para consulta epesquisa, planejamento urbano, controle ambiental e uso do solo deforma racional, estratégica e economicamente viável.

Cadastro de áreas contaminadasFísico - plantas, mapas, relatórios, perfis amostraisInformatizado - base de dados digitais SGI (Sist. Geográfico deInformações)

Relação de áreas contaminadasMunicípioEndereçoOrdem alfabéticaUGRHI - Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos

Planta de pluma de fase livre

PM-06 e PM-07 maior concentraçãoPM-10 e PM-11 pluma de dispersãoPM-02, PM-04 e PM-08 limite da contaminaçãoPM-12 não atingida