contaminaÇÃo ambiental provocada pelo descarte nÃo-controlado de lÂmpadas de mercÚrio no brasil...

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CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL PROVOCADA PELO DESCARTE NÃO-CONTROLADO DE LÂMPADAS DE MERCÚRIO NO BRASIL Cláudio Raposo Cláudio Raposo [email protected] [email protected] Palestra apresentada ao CONAMA SET/2001

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  • CONTAMINAO AMBIENTAL PROVOCADA PELO DESCARTE NO-CONTROLADO DE LMPADAS DE MERCRIO NO BRASIL Cludio Raposo [email protected] Palestra apresentada ao CONAMA SET/2001
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  • Examinar a questo que envolve a contaminao ambiental provocada pelo descarte de resduos de lmpadas. OBJETIVO PRIMRIO
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  • FOCO DO PROBLEMA LMPADAS DE MERCRIO Manejo inadequado Liberao do Hg (acumulao em solo e gua); Organificao/Metilao do Hg (bactrias); Absoro e ligao a protenas da biota aqutica; Contaminao de ecossistemas e do Homem. CONTAMINAO AMBIENTAL
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  • ALCANCE DO OBJETIVO 1Estudo sobre as prticas de descarte 2 Caracterizao e classificao dos resduos 3 Pesquisa de patentes sobre tecnologias 4 Anlise qualitativa das espcies de Hg 5 Encaminhamento de Propostas (CONAMA e ABNT) ETAPAS DE TRABALHO
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  • 1. ESTUDO PROSPECTIVO
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  • ESTUDO PROSPECTIVO Estudo Exploratrio Produo brasileira de lmpadas Estimativa de descarte Principais plos de descarte Pesquisa de Survey Apoio e cooperao de entidades Carta-questionrio Plano amostral Anlise dos Resultados Avaliao das respostas Tratamento dos dados obtidos Projees para outras regies/setores
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  • ESTUDO PROSPECTIVO Etapa exploratria Produo: 48,5 milhes/ano (1998) 80,0 milhes/ano (2000) Hg: 20,6 mg/lmpada (1998) 13,7 mg/lmpada (2000) Descarte per capta 0,3 - 0,5 (BR) 2,9 (EUA) Canais de consumo
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  • PESQUISA QUANTITATIVA (amostragem no-probabilstica, com propsito definido e sem interveno do entrevistador) Objetivos: obteno de parmetros; prticas gerenciais. ESTUDO PROSPECTIVO - Pesquisa de survey
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  • PESQUISA DE SURVEY Apoio e cooperao Fiemg FCEMG AHMG AMM Carta-questionrio Parte introdutria 3 Questes bsicas Plano Amostral Setor industrial 514 Setor Comercial 247 Setor Hospitalar 234 Setor Pblico Prefeituras 70 rgos 50 TOTAL 1.115 Avaliao dos dados Respostas 341 No-respostas 774 Taxa de retorno 31% Tratamento de dados (Banco de dados) Prticas de descartes (a) diretamente no lixo (b) reciclagem (c) outra modalidade
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  • MODALIDADES DE DESCARTE DIRETAMENTE NO LIXO As lmpadas geralmente so quebradas antes mesmo da sua destinao final. Agresso ao Meio Ambiente RECICLAGEM Empresas preocupadas com SGR e SGA-ISO 14.000 Preservao do Meio Ambiente OUTRA MODALIDADE Existe um certo manejo, mas o gerenciamento inadequado e/ou inapropriado. Agresso ao Meio Ambiente
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  • PRTICAS DE DESCARTE ENQUADRADAS EM OUTRA MODALIDADE Em aterro particular; em fossas antigas e desativadas; destrudas e enterradas em buracos; incineradas em hospitais; descartadas em depsitos de rejeitos de empresas siderrgicas e mineradoras; dispostas em ptios juntamente com sucatas; descartadas em pilhas de matria-prima de empresas do setor cimenteiro; incineradas; queimadas em lixes nas prprias empresas e cedidas a artesos.
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  • RECICLAGEM Definio (National Recycling Coalition, 1995) A reciclagem refere-se uma srie de atividades pelas quais os materiais descartados so coletados, selecionados, processados e convertidos em matrias primas, para serem utilizadas na produo de novos produtos. RECICLAGEM RECUPERAO
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  • 2.1 - CARACTERIZAO DOS RESDUOS
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  • MTODOS ANALTICOS UTILIZADOS DIFRAO DE RAIOS X determinao de fases cristalinas ESPECTROMETRIA DE FLUORESCNCIA DE RAIOS X varredura de 30 elementos, Z > 12 (Mg) at Z= 92 (urnio) ESPECTROMETRIA DE ENERGIA DE RAIOS X - KEVEX varredura de elementos Z > 22 (Ti) K o -ATIVAO NEUTRNICA PARAMTRICA 203 Hg e 124 Sb CV-AAS e AAS Cd, Hg e Pb ICP (Anlise elementar do p de fsforo) Gravimetria (SiO 2 ) Colorimetria (P 2 O 5 ) Potenciometria (F -, Cl - ) Cyclosizer (granulometria) e Sympatec (granulometria por difrao a laser) Picnmetro (determinao de densidade)
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  • Componentes principais de uma lmpada Peso mdio de uma lmpada LF/40 W : 275 g Peso mdio de uma lmpada VM/400 W: 250 g Vidro (vidro soda e vidro slica); P de fsforo (clorofluorapatita e fosfato de trio vanadato); Metais pesados (Cd, Hg e Pb); Base (lato e alumnio); Gases de enchimento (Ne, Ar, Kr e Xe); Ctodos (tungstnio ou de ao inox); Poeira emissiva (carbonatos de Ba, Sr e tungstatos de Ca e Ba).
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  • CARACTERIZAO DOS CONSTITUINTES
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  • FSFOROS So compostos qumicos inorgnicos processados sob a forma de p. Absorvem a radiao ultraviloleta (UV-C, 254 nm) e a transformam em luz visvel (380 - 780 nm).. Willemita - Zn 2 SiO 4 :Mn 2+. Clorofluorapatita (halofsforo) - Ca 5 (PO 4 ) 3 (Cl,F): Sb 3+, Mn 2+ banda azul devido ao on Sb 3+ - 254 nm banda verm. alaranjada devido ao on Mn 2+ - 580 nm. Trifsforos de TR (fsforos obtidos por sntese) Emissor vermelho - (Y,Eu) 2 O 3 ; Emissor azul - (Ba,Eu)MgAl 10 O 17 Emissor verde - (Ce,Tb)MgAl 11 O 19 ; (La,Ce, Tb)PO 4 ; (Gd,Ce,Tb)(Mg,Zn)B 5 O 10
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  • 2.1.1 MERCRIO
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  • OCORRNCIA DE Hg
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  • TRANSPORTE E TRANSFORMAO do Hg Ciclo de carter global - vapor de mercrio Ciclo de carter local - compostos volteis de dimetilHg Hg Hg 2+ CH 3 Hg + ou (CH 3 ) 2 Hg O 3, luz solar,gua (bacterias ou via enzimtica) Metilao do Hg via bacterias anaerbias - metanobactria smeliansky (metilcobalamina) via ao enzimtica - em neurospora crassa (metilmercrio homocistena) Hg 2+ Hg 0 (ao bacteriana - Pseudomonas)
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  • BIOMAGNIFICAO Biomagnificao - enriquecimento da concentrao de mercrio ao longo da cadeia alimentar. Para dar uma idia da magnitude a respeito da biomagnificao, considera-se o seguinte: gua fresca 10 ppt de Hg algas 28 a 34 ppb de Hg msculo de peixes 230 a 500 ppb de Hg Relao 1:50.000
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  • EFEITOS TOXICOLGICOS EFEITOS SADE HUMANA Bronquite aguda, cefalia, catarata, tremor, fraqueza, insuficincia renal crnica, edema pulmonar agudo, pneumonia, diminuio da libido e capacidade intelectual, parestesia (alucinaes) e insegurana; Cegueira, dermatite esfoliativa, gastroenterite aguda, gengivite, nefrite crnica, sndromes neurolgicas e psiquitricas diversas; Dano cerebral e fsico ao feto, sndromes neurolgicas mltiplas com deteriorao fsica e mental (tremores, disfunes sensoriais, irritabilidade, perdas da viso, audio e memria, convulses e morte). ESPCIE Hg metlico Sais inorgnicos de Hg MetilHg (efeitos irreversveis)
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  • DESINTOXICAO PELO MERCRIO Selnio - forma um composto insolvel com Hg Metionina de selnio (aminocido) e Selenite ou selenato de sdio; Vitaminas Vitamina E - aumenta o tempo de coagulao sangunea; Vitamina C - antioxidante e ajuda a rearmazenar a vitamina E; Vitamina B - B1 (tiamina), B3, B6 e B12 (sistema nervoso); Zn e Mg - antioxidantes, essenciais para o sistema imunolgico; Quelatos (ligam firmemente com o Hg, sendo depois expelidos) sulfanato de dimercaptopropano (DMPS) cido dimercaptosussnico (DMSA)
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  • MERCRIO EM LMPADAS - EUA LMPADAS HID AnoHg (mg)AnoHg (mg) 198548,2199527,0 199041,6200020,0 Fonte: Nema 1994. LMPADAS FLUORESCENTES
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  • Hg EM LMPADAS FLUORESCENTES Lmpada F40T12 - vida til de 20.000 horas necessita no mnimo de 10 mg de Hg (0,7 L); assegurar que o mecanismo limitador do tempo de vida seja a depleo da poeira emissiva de eltrons e no o mercrio; variaes no processo mecnico requer que o nvel de dose mdia no seja inferior a 15 mg. (Nema/Usepa 1998f)
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  • 2.2 - CLASSIFICAO DOS RESDUOS DE LMPADAS
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  • METAIS PESADOS MERCRIO P de fsforo e pellet CHUMBO Vidro de lmpadas HID CDMIO P de fsforo
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  • TESTES DE LIXIVIAO E SOLUBILIZAO Testes de Lixiviao - Norma ABNT NBR 10.005 Testes de Solubilizao - Norma ABNT NBR 10.006
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  • TESTES DE LIXIVIAO TESTES TCLP* EM RESDUOS (USA) lmpada circular de 32 W, Westinghouse 0,75 mg.L -1 lmpada tubular de 40 W, Sylvania 0,86 mg.L -1 * Teste semelhante ao Teste de Lixiviao - Norma ABNT NBR 10.005
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  • CLASSIFICAO DOS RESDUOS DE LF NORMA ABNT 10.004 Limite Regulatrio: 100 mg de Hg/massa bruta de resduo - Anexo I, Listagem no. 9
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  • CLASSIFICAO DOS RESDUOS DE LVM NORMA ABNT 10.004 Limite Regulatrio 100 mg de Hg/massa bruta de resduo - Anexo I, Listagem n o. 9
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  • CDMIO E CHUMBO EM LMPADAS CDMIO P de fsforo de LF 0,14 e 0,22 % CHUMBO Vidro externo de lmpadas HID 4,5 e 4,8 % ANLISES PRELIMINARES
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  • CARACTERIZAO DOS RESDUOS DE LVM PARA O CHUMBO* Limite Regulatrio em TL: 5 mg.L -1 - Anexo G, Listagem no. 7 * Persistent Bioaccumulative Toxic (PBT) Chemicals
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  • CARACTERIZAO DOS RESDUOS DE LF PARA O CDMIO Limite Regulatrio em TL (Norma 10.005): 0,5 mg.L -1 - Anexo G, Listagem no. 7 Limite Regulatrio em TS (Norma 10.006): 0,005 mg.L -1 - Anexo H, Listagem no. 8
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  • 3. PESQUISA DE PATENTES SOBRE TRATAMENTO DE RESDUOS DE LMPADAS
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  • PESQUISA DE PATENTES BASE DE DADOS Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) US Patent & Trademark Office (USPTO) European Patent Office (EPO) World Intelectual Property Organization (WO) Japanese Patent Office (JP)
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  • PATENTES PARA PROCESSAMENTO DE RESDUOS DE LMPADAS DE MERCRIO
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  • DISTRIBUIO DE PATENTES 32 patentes (78%) 1 o Grupo - patentes que descrevem tecnologias para quebramento, esmagamento, cominuio de lmpadas, envolvendo operaes unitrias de britagem, moagem, peneiramento, separao eletrosttica, ciclonagem e exausto. 9 patentes (22%) 2 o Grupo - patentes que descrevem tecnologias para recuperao do mercrio contido em lmpadas, por processo trmico (8 patentes) e processo qumico (1 patente).
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  • Tecnologias para tratamento de resduos de Hg Best Demonstrated Available Technology (BDAT) - USEPA 1) Reciclagem (tratamento trmico e qumico); Em desuso ou proibidas 2) Solidificao (cimento e ligantes orgnicos); 3) Vitrificao; 4) Adsoro (carvo ativado, esponjas, amido); 5) Troca de ons (resinas de troca inica); 6) I n c i n e r a o.
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  • Reciclagem em alguns pases (10 6 lmpadas) Pas Descarte/Produo Reciclagem % Resp. Alemanha 100,0 50,0 50,0 F Blgica 12,0 6,0 50,0 F Brasil 48,5 1,5 3,1 G Espanha 35,0 5,0 14,3 G EUA 802,7 120,4 15,0 G Frana 50,0 5,0 10,0 F Holanda 24,0 20,0 83,3 F Itlia 45,0 5,0 11,1 F Noruega 6,0 2,0 33,3 F Reino Unido 50,0 5,0 10,0 F Sucia 14,0 7,0 50,0 F Sua 8,0 7,0 87,5 G
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  • RECICLAGEM - PROCESSO TRMICO
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  • ETAPAS DA FASE PREPARATRIA 1) Imploso e quebra das lmpadas (dois estgios) em pequenos fragmentos (10 e 1,5 cm) por trituradores (tambor giratrio e rolo); 2) Peneiramento para separao do p de fsforo dos demais constituintes; o p levado a um filtro por um sistema de exausto; 3) Ciclonagem para separao de partculas; 4) Separao eletrosttica dos constituintes ferro-magnticos; 5) Coleta de particulados em filtros e posterior retirada utilizando-se pulsao reversa; 6) Transferncia do material particulado para uma unidade de destilao a fim de recuperar o mercrio (2 o estgio do processo).
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  • RECICLAGEM Materiais magnticos, aproximadamente 2% do total Material no-magntico, aproximadamente 3% do total % do total P de fsforo com Hg a ser destilado, aproximadamente 2% do total Unidade de processamento (quebra e esmagamento e separao de subprodutos) Estao central de coleta Transporte at a unidade de reciclagem Vidro para reciclagem, aproximadamente 93% do total 99% do Hg que entra no sistema recuperado P de fsforo destilado (reutilizado em aterros sanitrios e base de tintas) Sistema de coleta de lmpadas fluorescentes
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  • ETAPAS DE RECUPERAO DO Hg (Processo trmico) Aquecimento (600 0 C) *Combusto de partculas orgnicas Resfriamento (5 0 C) Condensao (Hg metlico)
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  • 1 2 3 4 7 89 Hg lquido Gases Particulados Atmosfera 56 Particulados Gases Particulados Gases Hg residual Gases e particulados gua Legenda 1 - Forno a vcuo (retorta) 2 - Cmara de combusto 3 - Condensador (gua fria) 4 - Filtro de manga 5 - Filtro de carvo ativado 6 - Bomba de vcuo 7 - Coletor de mercrio 8 - Destilador secundrio 9 - Reservatrio de Hg puro Fluxograma do sistema de recuperao de mercrio - MRT (Sucia)
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  • RECICLAGEM - PROCESSO QUMICO
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  • FASES Pr-tratamento Quebra e lavagem das lmpadas Operaes a) peneiramento, b) agitao, c) centrifugao, d) decantao, e) tratamento qumico com Na 2 S, Na 2 SO 3 ou NaHSO 3 ; o mercrio oxidado para formar HgS (precipitado), um composto slido insolvel em gua e f) filtragem.
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  • 4. ANLISE QUALITATIVA DAS ESPCIES DE MERCRIO
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  • OBJETIVO 1. Grau de oxidao do Hg em matrizes de p de fsforo e vidro 2. temperaturas de dessoro de Hg (subsidiar a fase de destilao) TCNICA Termodessoro/AAS EQUIPAMENTO Forno acoplado a um equipamento de AAS - GBC 380
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  • EQUIPAMENTO
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  • TERMOGRAMAS DE AMOSTRAS DOPADAS
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  • TEMPERATURAS DE DESSORO DE AMOSTRAS DOPADAS COM PADRES DE Hg
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  • TERMOGRAMAS - Matriz de p de fsforo
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  • TERMOGRAMA - Matriz de Vidro Lmpada fluorescente usada/queimada
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  • ESPECIAO DE Hg matrizes de p de fsforo e vidro
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  • 5. LEGISLAO AMBIENTAL
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  • LIMITES DE CONCENTRAO DE HG BRASIL x EUA
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  • LEGISLAO NORTE-AMERICANA LEI FEDERAL - RESDUO PERIGOSO - 06/01/2000 Disposio somente em aterros de resduos perigosos ou por reciclagem LEGISLAO AMBIENTAL Descarte de lmpadas de mercrio LEGISLAO BRASILEIRA (contempla somente lmpadas fluorescentes) Lei 11.187/98 - Estado do Rio Grande do Sul Projeto de Lei 6/99 - Estado de Minas Gerais Projeto de Lei 11.305/97 - Estado da Bahia Lei Municipal 12.653/98 - Cidade de So Paulo
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  • LEGISLAO NORTE-AMERICANA (Doc. Traduzido) 0,2 mg.L -1 em Testes TCLP (USEPA) LEGISLAO COMPARATIVA DE LIMITES REGULATRIOS (EUA x BR) LEGISLAO BRASILEIRA (ABNT NBR 10.004 em reviso) 0,1 mg.L -1 (Teste de Lixiviao) 100 mg de Hg/kg de massa bruta do resduo
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  • CONCLUSES
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  • QUANTO AO DESCARTE preferencialmente No Brasil, o descarte dos resduos de lmpadas de mercrio vem sendo feito, preferencialmente, no lixo comum. Existe uma lacuna na legislao ambiental brasileira.
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  • QUANTO AOS RESDUOS Os resduos de lmpadas de mercrio so classificados duplamente como resduos perigosos Classe I; primeiro, pelo mercrio e, segundo, pelo chumbo; Esses resduos necessitam de um gerenciamento adequado e diferenciado.
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  • QUANTO ESPECIAO DO MERCRIO As espcies de mercrio na matriz de p de fsforo so Hg 0, Hg +1 e Hg +2, em lmpadas usadas/queimadas e Hg 0, em lmpadas novas; Existe f orte tendncia de que as concentraes mais elevadas de mercrio estejam associadas s condies onde prevalecem formas oxidadas de Hg +1 e Hg +2 ; As temperaturas de dessoro do mercrio podem atingir valores superiores a 400 0 C (p de fsforo), e 800-850 0 C (vidro).
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  • QUANTO AOS PROCESSOS PARA DESCONTAMINAO DOS RESDUOS A RECICLAGEM a tecnologia mais indicada. O processo trmico predomina amplamente sobre o processo qumico; No Brasil, o nus pela reciclagem suportado, voluntariamente, pelos geradores de resduos. A baixa taxa de reciclagem existente reflexo da falta de conscientizao ambiental e de lei especfica;
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  • QUANTO LEGISLAO BRASILEIRA Est segmentada e restrita aos nveis estadual e municipal. Somente dizem respeito s lmpadas fluorescentes e gerenciamento em conjunto com outros tipos de resduos, tais como baterias de telefone celular e pilhas.
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  • SUGESTES
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  • Desenvolver pesquisas a respeito do comportamento do mercrio liberado a partir de produtos manufaturados ao fim da sua vida til, principalmente seus reflexos em ecossistemas tropical e semitropical, como o nosso; Estudar da eficincia/eficcia do uso de complexantes e/ou anti-oxidantes a serem incorporados nas lmpadas; Intensificar o controle de qualidade sobre os reatores utilizados em lmpadas;
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  • Estimular substituio de lmpadas incandescentes por lmpadas fluorescentes, no bojo do programa de contingncia para economia de energia, semelhante ao Programa Green Lights (EUA); A procura pela eficincia dos sistemas de iluminao (economia de energia), deve vir acompanhada de monitorao e fiscalizao pelos rgos ambientais no que concerne fabricao e importao de lmpadas. Conciliar economia de energia e proteo ambiental ser o novo desafio para o Desenvolvimento Sustentado.
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  • PROPOSTA DE LEGISLAO ENCAMINHADA AO CONAMA
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  • (1) as caractersticas de persistncia qumica, toxicidade e capacidade de bioacumulao do Hg e Pb no meio ambiente; (2) as caractersticas especficas e a fragilidade das lmpadas de mercrio; (3) os impactos negativos causados sade pblica e ao meio ambiente pelo descarte no-controlado de tais tipos de lmpadas; (4) as concentraes de mercrio (substncia txica - U151) e chumbo nesses tipos de resduos; (5) a necessidade de procedimentos especiais e diferenciados para tratar as lmpadas e seus resduos, CONSIDERANDO
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  • Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial qualidade de vida. C. F. de 1988, Captulo VI, Art. 225
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  • DIRETRIZES APONTADAS PARA A PROPOSTA
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  • Cuidado especial deve-se dar ao vapor de mercrio e p de fsforo (material poluente) que so desprendidos das lmpadas quebradas; As lmpadas inservveis devem ser mantidas intactas, acondicionadas e armazenadas, preferencialmente em suas embalagens originais ou colocadas em containers especiais de ao; A estocagem deve ser em reas separadas e demarcadas. Em nenhuma hiptese as lmpadas devem ser quebradas para serem armazenadas, o que pode contaminar o ambiente e expor o trabalhador a riscos sade; Cuidados especiais em operaes com carregamento, manuseio e transporte de containers ou pallets de lmpadas, evitando-se choques e tombamentos, o que poderia ocasionar a imploso de muitas lmpadas. DIRETRIZES BSICAS PARA O GERENCIAMENTO DOS RESDUOS DE LMPADAS DE MERCRIO
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  • Em locais contaminados, procedimentos especficos devem ser adotados como, por exemplo: (a) usar solues aquosas de sulfeto de clcio (CaS) sobre o material espalhado em conseqncia da quebra acidental de lmpadas objetivando inibir a vaporizao do mercrio, (b) limpar as superfcies expostas com soluo de fosfato de sdio (Na 3 PO 4 ) e (c) utilizar esponjas absorventes de mercrio;
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  • Quanto ao transporte dos resduos, devem ser levados em considerao dois pontos bsicos: 1) a caracterstica de periculosidade apresentada pelo resduo (Resduo Classe I) e 2) sua toxicidade para o mercrio e para o chumbo. O transporte deve ser enquadrado, com base na Portaria 204, de 20 de maio de 1997, do Ministrio dos Transportes, na Classe 6 substncias txicas, infectantes e irritantes, mais precisamente, na Subclasse 6.1, nmeros ONU 2024 e/ou 2025 (Ministrio dos Transportes 1997).
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  • Sade ocupacional (limites de tolerncia - Mtb) de tolerncia biolgica para o ser humano, a taxa de 35 g de mercrio por grama de creatinina urinria e 10 mg de chumbo por grama de creatinina urinria (Programas de Controle Mdico de Sade Ocupacional/NR-7, Anexo I, Quadro I); de tolerncia no ambiente de trabalho, a taxa de 0,04 mg de mercrio por metro cbico de ar e 0,1 mg de chumbo por metro cbico de ar, para 48 horas semanais de exposio (Atividades e Operaes Insalubres/NR-15, Anexo 11, Quadro 1). Os trabalhadores devem usar material de segurana e serem impedidos de comer e fumar durante as operaes que envolvam o gerenciamento dos resduos de lmpadas e, ainda serem submetidos a exames mdicos peridicos, incluindo a determinao de mercrio e avaliao neurolgica, para as pessoas expostas de forma repetida.
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  • PONTOS IMPORTANTES A SEREM INCLUDOS NA PROPOSTA
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  • 1) a fabricao e importao de lmpadas devero atender aos seguintes limites (princpio da precauo): at 0,01% em massa de mercrio, quando forem dos tipos fluorescentes, fluorescentes compactas, vapor de mercrio, vapor de sdio, mista e multivapores metlicos; at 5,0 mg.L -1 de chumbo (limite mximo no lixiviado), quando forem dos tipos vapor de mercrio, vapor de sdio, mista e multivapores metlicos; at 0,5 mg.L -1 de cdmio (limite mximo no lixiviado), quando forem dos tipos fluorescentes (tubular, circular e compactas);
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  • Assim, ficaro proibidas as seguintes formas de destinao final: lanamento in natura a cu aberto, tanto em reas urbanas como rurais; queima a cu aberto ou em incineradores e coprocessadores; lanamento em corpos dgua, praias, manguezais, terrenos baldios, fossas, poos ou cacimbas, cavidades subterrneas e em redes de drenagem de guas pluviais e esgotos; reutilizao do tubo de vidro de lmpadas fluorescentes para fins artesanais (fabricao de pingmetros, castiais etc); 2) o gerenciamento ambientalmente adequado para esses tipos de resduos, objetivando reduzir os efeitos deletrios sade humana e garantir o equilbrio de ecossistemas.
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  • 3) a destinao final dos resduos ser assumida: PRINCPIOS NORTEADORES POLUIDOR-PAGADOR * RESPONSABILIDADE ESTENDIDA PELO PRODUTO ** pelos geradores* de resduos nos setores I e P; pelos fabricantes** de lmpadas nos setores C, H, R e geradores de pequeno porte nos setores I e P, por meio da estrutura inversa de comercializao; pelos importadores**, no ato da importao dos produtos, mediante taxao de cunho ambiental.
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  • 4) os rgos ambientais devero envidar esforos para promulgar as melhores tcnicas para descontaminao dos resduos de lmpadas, evitando-se, com isso, prticas inadequadas e a proliferao de equipamentos sem o devido controle de emisses e imisses de mercrio ao meio ambiente;
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  • 5) os incentivos fiscais e parafiscais ao desenvolvimento sustentvel da reciclagem, como forma de descontaminar o meio ambiente e propiciar a reutilizao de subprodutos oriundos dessa atividade.
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  • PROPOSTA NORMA DE RESDUOS SLIDOS ABNT NBR 10.004 (Norma em processo de reviso)
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  • ANEXO A, Listagem n o 1 Resduos perigosos de fontes no-especficas Indstria Cdigo do resduo perigoso Resduo Perigoso Cdigo de periculosidade Genrica F (a ser definido) Resduos de lmpadas de mercrio (fluorescentes, a vapor de mercrio, vapor de sdio, mista e multivapores metlicos), que contm mercrio, cdmio e chumbo. ( T ) INCLUIR NO ANEXO A, LISTAGEM 1
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