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IMPRESSO. PODE SER ABERTO PELA ECT ANO 27 EDIÇÃO 151 ISSN 0102-9401 ENTREVISTA Secretário fala sobre a política de atração de novos investimentos para a Bahia INFRA MP dos Portos quer reduzir gargalos na infraestrutura portuária CASE DE SUCESSO Shoppings: boa gestão de ativos se torna grande diferencial JAMES CORREIA, Secretário da Indústria, Comércio e Mineração do estado da Bahia Na bela Salvador, 28 o CBMGA, 5 o CMMGA e EXPOMAN 2013 focam na ISO 55000, uma nova concepção de gestão de ativos CONTAGEM REGRESSIVA PARA OS PRINCIPAIS EVENTOS DE M&GA NO BRASIL

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IMPRESSO. PODE SER ABERTO PELA ECT

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ISS N 0102- 94 01

entrevistaSecretário fala sobre a política de atração de novos investimentos para a Bahia

inFraMP dos Portos quer reduzir gargalos na infraestrutura portuária

Case De sUCessOShoppings: boa gestão de ativos se torna grande diferencial

James Correia, Secretário da Indústria, Comércio e Mineração

do estado da Bahia

Na bela Salvador, 28o CBMGA, 5o CMMGA e EXPOMAN 2013 focam na ISO 55000, uma nova concepção de gestão de ativos

Contagem regressiva para os prinCipais eventos de m&ga no Brasil

REVISTA MANUTENÇÃO 3

Palavra do Presidente

A 28a edição do Congresso Brasileiro de Ma-nutenção e Gestão de Ativos, desde o ano passado com o seu escopo mais amplo,

abre as cortinas do grande espetáculo que se re-nova há quase três décadas.

Este ano, na Bahia, além da tradicional Expoman, re-alizaremos o 5o Congresso Mundial de Manutenção e Gestão de Ativos que permitirá uma ampla discus-são dos horizontes desafiadores de nossa atividade.

O 28o CBMGA, em torno do eixo central Ma-nutenção e Gestão de Ativos: o Impacto das Novas Normas ISO 55000, oferecerá aos participantes ex-periências privilegiadas sobre a vanguarda do co-nhecimento.

Neste número, em relatos de líderes empresa-riais e organizadores dos eventos, descrevemos a programação que se desenrolará no virtuoso ce-nário do desenvolvimento da Bahia e região, cujo vigor tem se sustentado ao longo do tempo e ofe-rece palco privilegiado para nossas reflexões.

A Filial II (BA/SE), da Abraman, destaca-se pela exuberância do crescimento econômico, em torno de fortes polos de agronegócio, celulose e papel, automóveis, química e petroquímica e indústria naval, entre outros. Situa-se no estado um dos maiores parques navais do País, o estaleiro Ensea-da do Paraguaçu. Na malha logística formada pela Ferrovia de Integração Oeste-Leste e rodovias que

João RiCARdo LAfRAiA, presidente da ABRAMAN

RéguA EcOmPASSO

interligam a região ao mercado externo através do novo Porto Sul, em Ilhéus, a produção agrícola do centro do País e o minério passam a agregar mais valor à produção nacional. Inclui-se neste quadro o Polo Industrial de camaçari, o primeiro comple-xo petroquímico planejado do País, que iniciou suas operações em 1978 e é, hoje, o maior conjun-to industrial integrado do Hemistério Sul.

Este é o pano de fundo do 28o Congresso Bra-sileiro de Manutenção e Gestão de Ativos, do 5o Congresso Mundial e da Expoman, que garante um espetáculo que empreendedores com visão de futuro não podem perder.

A Bahia, segundo a canção de gilberto gil, dará régua e compasso a nossos congressistas. cen-tenas de palestras e debates com especialistas brasileiros e internacionais formam uma grade de programação com amplo e substancioso cardápio para que competências venham a ser consolida-das ao compasso da nova norma ISO 55000 que está em gestação.

Nesta edição debruçamos, também, entre ou-tros assuntos, sobre o crescimento do setor de shopping centers, que atrai cerca de 400 milhões de visitantes por mês em todo o País. Trata-se de um segmento onde gestão de Ativos reina com metodologia decisiva para o sucesso do negócio.

Aquele abraço!

REVISTA MANUTENÇÃO4

notas

Projeto de Lei cria também Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM) e Agência Nacional de Mineração (ANM)

Está em pauta no Congresso Nacional o projeto de lei que institui o Novo Marco Regulatório para a Minera-

ção brasileira. O projeto foi proposto pelo governo fede-ral em junho e está em análise sob o número 5807/2013 na Câmara. Após aprovado será enviado ao Senado para apreciação e, depois, à sanção da presidente.

A nova legislação também cria o Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM) e a Agência Nacional de Minera-ção (ANM), que substituirá o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), criado em 1934.

O Conselho Nacional funcionará como um órgão ligado à Presidência da República com a missão de fortalecer a participação da Mineração na economia, hoje responsável por 4% do PIB e 23,5% das exportações, segundo dados do Blog do Planalto. A Agência Nacional de Mineração,

por sua vez, será responsável pela regulação, gestão das informações e fiscalização, funcionando com autonomia administrativa e financeira.

Especialistas acreditam que medida cria um ambiente favorável aos investimentos privados e à competitividade, com regras claras para as concessões, contratos, aprimora-mento de arrecadação e base de cálculo.

O setor mineral compreende as etapas de geologia, mineração e transformação mineral e é essencial para o desenvolvimento do Brasil. A nova legislação já é trata-da pelo governo como um marco histórico da mineração brasileira,pois proporcionará aumento da capacidade pública de planejamento e melhor aproveitamento do potencial mineral do país, considerado um dos maiores e mais variados do mundo.

NOvO MARCO REguLAtóRIO DA MINERAçãO é DISCutIDO NO CONgRESSO NACIONAL

Filiais 7 Carreira 8 Certificação 10 Matéria-Prima 11 Case de Sucesso 14

é uma publicação bimestral da Abraman Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de AtivosAv. Marechal Câmara 160, grupo 320, Edifício Orly - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20 020-080Tel: (21) 3231-7000 / Fax: (21) 3231-7002 / www.abraman.org.brCríticas, dúvidas e sugestões: [email protected]

ÍNDICE / ExpEDIENtE

MEMBRO FUNDADORDO GLOBAL FORUM ANO 27 - EDiçãO 151

Serviços 17 Capa 18 Infra 28 Artigo 33 Trabalho Técnico 34

CoNsElho EDItorIAl: Alexandre Fróes (NSK); Antonio Carlos Vaz Morais (PETROBRAS); Arlete Paes (SKF); Bruno Ferreira (CEGELEC); Carlos Alberto Barros Gutiérrez (NM ENGENHARiA); Luciana Corrêa (MANSERV); Eduardo de Santana Seixas (RELiASOFT); Fabiana Gimenez (SKANSKA); Fabio Gomes (ABRAMAN); Joazir Nunes Fonseca (ELETROBRÁS - UNiSE); Renata Gonçalves Ramos (COMAU); Thiago Gadelha (METRÔ RiO); Wagner Gorza (ARCELORMiTTAL); proDução: Comunicação interativa Editora - JORNALiSTA RESPONSÁVEL: Jackeline Carvalho (MTB 12456); CONSULTOR EDiTORiAL: Antonio Alberto Prado (AAPrado & Associados); REPORTAGEM: Henri Chevalier, Jackeline Carvalho, Luciana Robles e Mayra Feitosa; DiREçãO DE ARTE: Ricardo Alves de Souza; ASSESSORiA DE iMPRENSA: RioPress Assessoria de imprensa.

REViSTA

REVISTA MANUTENÇÃO6

notas

O Presidente da Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos (Abraman), João Ricardo Lafraia, assinou

contrato com a Fundação Gorceix, entidade filantrópica volta-da para educação, cultura e pesquisas científicas na região de Minas Gerais. O objetivo é levar mais possibilidades de forma-ção na área de manutenção e gestão de ativos pelo Brasil.

A primeira iniciativa conjunta das entidades já marca a importância da parceria: o lançamento do MBA em Ges-tão de Ativos, com turmas em Mariana e Belo Horizonte.

O quadro docente do curso terá a presença de João Ricardo Lafraia e será coordenado pelo ex-presidente da Abraman e atual coordenador da Comissão de Gestão de Ativos da entidade, Alan Kardec.

“Estamos estudando parceiras também em São Paulo e Pa-raná. No Paraná é com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e em São Paulo é com a Unicastelo. E, em Mi-nas Gerais, foi com a Fundação Gorceix, que tem relação com a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)”, afirma Kardec.

O curso terá 540 horas, Estudos de Caso e disciplinas so-bre Planejamento Estratégico em Gestão de Ativos, Gestão do Processo Decisório de Investimento de Capital, Gestão do Ciclo de Vida do Portfólio de Ativos, Gestão e Avaliação de Risco, e Gestão de Pessoas e Facilitadores do Conhecimento.

“O MBA de Gestão de Ativos está de acordo com o Glo-bal Forum of Maintenance and Asset Management, insti-tuição internacional da qual a Abraman faz parte”.

ABRAMAN E FUNDAçãO GORCEIx FIRMAM PARCERIA PARA MBA DE GESTãO DE ATIVOS EM MG

AES ELETROPAULO CAPACITA ELETRICISTAS PARA SMART GRID

GOVERNO PREPARA REGIME ESPECIAL PARA ESTIMULAR A INOVAçãO NA INDúSTRIA qUíMICA BRASILEIRA

A AES Eletropaulo está capacitando eletricistas para li-dar com Redes Inteligentes (Smart Grid), como forma

de preparar os profissionais para o futuro do setor elétrico. O programa será em quatro etapas: a primeira terá cerca

de 100 participantes em dois cursos ministrados por profis-sionais qualificados da própria distribuidora. As outras con-templarão engenheiros, técnicos de operação e gestores até 2015. No total, cerca de mil profissionais serão treinados.

Entre as inovações do conceito smart grid estão a iden-

A indústria química brasileira precisa estar fortalecida para encarar os próximos sete anos, período que mar-

cará a transição do atual mercado – fortemente impactado pelo baixo preço do gás de xisto norte-americano – para um cenário de maior oferta de insumos brasileiros, como o gás que é subproduto do pré-sal. A afirmação foi feita pelo presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento In-dustrial (ABDI), Mauro Borges Lemos, durante o Seminário Indústria química: Uma Agenda para Crescer, ocorrido na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Segundo Borges Lemos, o governo prepara um regime tributário especial para o setor. Uma das propostas do novo regime é incentivar o investimento na indústria química por

tificação automática de interrupção de energia, execução remota de comandos e, consequentemente, redução do tempo médio sem energia. Caso seja necessário o envio de equipes, a AES Eletropaulo tem planos de informar o fato ao cliente, via SMS, junto com a previsão de restabelecimento.

Na área de concessão da AES Eletropaulo, o projeto está sendo implantado no município de Barueri e em parte de Vargem Grande, beneficiando 250 mil habitantes. O inves-timento é de R$ 70 milhões, com conclusão para 2015.

meio da desoneração de desembolsos com IPI, PIS e Con-fins em investimentos. Outra proposta é a desoneração de PIS e Confins nas vendas dos produtos químicos fabricados a partir de matérias-primas renováveis, com contrapartidas de investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

A indústria química brasileira alcançou um faturamento de 153 bilhões de dólares em 2012 e é o sexto maior mercado do setor no mundo, atrás apenas de China, Estados Unidos, Japão e Alemanha. Porém, o déficit na balança comercial superou a marca dos US$ 30,2 bilhões nos últimos 12 meses. Em 1990, 7,3% da demanda doméstica por produtos químicos eram atendidos pelas importações e em 2012 essa fatia já aumen-tou para 30%.

REVISTA MANUTENÇÃO 7

FILIAIS

Metodologia com foco organizacional visa melhorar produtividade

Evento foi paralelo ao Mec Show 2013

A filial V (SP/MS) promoverá nos dias 19 e 20 de agosto, no Insti-

tuto de Engenharia, em São Paulo, o Curso “A certificação 5S”, com o Se-minário Nacional “Como formar a cultura e atingir a excelência do 5S na empresa”.

O objetivo do curso é apre-sentar a importância e as etapas de implantação do 5S por meio de uma metodologia que o trate como um processo de mudança física e cultural em todas as áreas e níveis hierárquicos da empresa.

A abertura do seminário será fei-ta pelo diretor da Filial V (SP/MS), Milton Zen, e terá como tema “A importância do 5S para a manuten-ção”. Haverá, ainda, palestras sobre a importância do 5S para a Seguran-ça do Trabalho, para a Gestão pela

CurSO rETOMA dISCuSSãO SObrE PrOGrAMA 5S

Qualidade, para as boas práticas de Fabricação e para os Sistemas de Produção e Logística.

Na parte da tarde, haverá o debate “Fatores de Sucesso e de Fracasso do programa”, com a presença dos con-sultores Haroldo ribeiro, da PdCA,

José Abrantes, da universidade Fe-deral Fluminense (uFF) e José Maurí-cio banzato, do IMAM. Para encerrar,

haverá a palestra com Haroldo ri-beiro intitulada “Como Formar a Cultura e Atingir a Excelência

do 5S na Empresa”, em que ribei-ro relata suas experiências como

consultor no assunto desde 1990.O instrutor do curso será Haroldo

ribeiro, professor da Faculdade de En-genharia Industrial (FEI) e fundador da PdCA consultoria em Qualidade. ri-beiro é especialista em 5S e TPM, com experiência e prática em ferramentas gerenciais do Japão, onde se especia-lizou. É autor de 10 livros sobre 5S e 4 livros sobre TPM. Todos os participan-tes do curso receberão um exemplar de seu livro “A certificação 5S”. Inscri-ções pelo site da Abraman.

FILIAL V (SP/MS)

FILIAL XI (ES)

AbrAMAN PrOMOVE SEMINárIO ESPírITO-SANTENSE dE MANuTENçãO

A Filial XI da Abraman, responsável pelo estado do Espírito Santo,

realizou nos dias 23, 24 e 26 de julho o XXIII Seminário Espírito Santense de Manutenção, com o tema “Manu-tenção: oportunidades, inovações e tendências”.

O primeiro dia foi dedicado ao workshop “Inovações e Tendências na Manutenção e Gestão de Ativos”,

teve a participação de grandes em-presas do setor, como ArcelorMittal Tubarão e SKF. O segundo foi dedi-cado a apresentações de trabalhos técnicos em Manutenção Mecânica e Elétrica e em Gestão de Manuten-ção. O último teve palestras geren-ciais ministradas por Júlio de Aqui-no Nascif Xavier, diretor da TECEM -Tecnologia Empresarial e Celso de

Azevedo, Presidente da ASSETSMAN.O evento foi paralelo à Feira da Metal-

mecânica, Energia e Automação (Mec Show 2013), considerada a principal feira do setor metalmecânico do Espírito Santo. A feira contou com a participação de mais de 180 expositores, entre nacio-nais e internacionais, que apresentaram as novidades em tecnologia, produtos e serviços para o segmento. l

REVISTA MANUTENÇÃO8

CARREIRA

A formação de gestores de manutenção pre-cisa ser atualizada”. A

constatação é de Celso Peck do Amaral, diretor-executivo da Apeck Consultorias, pro-fessor universitário e consul-

tor da Abraman. O fato é que o mercado já busca há tempos

profissionais que consigam se destacar do papel excessivamen-

te técnico atribuído à gestão da ma-nutenção pelos mais incautos.

Mais do que colaboradores que compre-endam na prática o cotidiano da manuten-

Formação ainda têm dificuldade em relacionar

disciplinas gerenciais e técnicas no ensino da

gestão da manutenção

GestOr de MAnutençãO: é PreCisO relACiOnAr teOriA e PrátiCA

É importante perceber a diferença entre Engenharia

de Manutenção, Gestão de Manutenção e Gestão de AtivosRogéRio ARcuRi, vice-presidente da Abraman e professor

de MBA em Engenharia de Manutenção da POLI/UFRJ

REVISTA MANUTENÇÃO 9

ção, empresas procuram, hoje, aque-les com formação teórica sólida que saibam relacionar teoria e prática e vejam a gestão como uma complexa ciência que envolve pessoas, técnicas e imprevisibilidades. “é uma questão cultural. Há o grande desafio de trans-formarmos a visão restrita de gestão de manutenção e ativos e mudar a cultura”, afirma o professor. “essa mu-dança, na realidade, vai levar alguns anos. talvez até gerações”.

Para Amaral, o foco da mudança é a graduação. é preciso, já na forma-ção, ter disciplinas humanas para li-dar com pessoas e com a gestão de objetivos. “nós não podemos tirar da engenharia as matérias técnicas, elas são essenciais. Acima de tudo, estamos formando engenheiros com qualificação técnica para fazer o que for preciso dentro do processo”, lembra. “Agora, quando você fala de manutenção, obrigatoriamente nós estamos falando de gestão”, pondera.

existe uma distância prática entre o aprendido na escola e o exercido na empresa. Apesar de haver institui-ções que fazem esse vínculo durante o ensino, fica claro o distanciamen-to, segundo o executivo, quando se compara o Brasil com nações consi-deradas desenvolvidas no assunto, como Alemanha e França.

e a questão é mais estrutural do que de boa vontade, na visão de Amaral. “Quando você verifica a gra-de curricular das faculdades, perce-be que elas mudaram muito pouco nos últimos 20 anos. se considerar que a automação chegou forte no Brasil a partir da década de 90, a gra-de curricular das escolas não sofreu muita alteração mesmo”, lembra o professor, que defende a revisão das grades curriculares dos cursos de en-genharia para a inserção de discipli-

É uma questão cultural. Há o grande desafio de transformarmos a visão restrita de gestão de manutenção e ativos e mudar a cultura

celso Peck do AmARAl, diretor-executivo da Apeck Consultorias

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PEC

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nas voltadas para a gestão de manu-tenção e ativos como um processo dinâmico e conjuntural.

A revisão pode ser complexa de-pendendo da instituição: envolve di-retores, reitores, professores, alunos, legislações, portarias, diretrizes, es-tados e ministérios. Mas o professor enfatiza: “é preciso essas disciplinas. Ainda que dependa de diretoria e tudo mais. inclusive, depende de mu-dar algumas características impostas pelo próprio MeC”.

esPeciAlizAçãoComo os cursos regulares de gradu-ação, em geral, têm dificuldades em abordar a gestão de manutenção por um viés mais relacionado com outros setores – necessidade percebida pelos

novos trabalhadores no mercado e exigida pelas empresas –, e até mes-mo pode confundir alunos quanto aos temas de Gestão de Manutenção, Ges-tão de Ativos e engenharia de Manu-tenção, diversas instituições oferecem cursos complementares em forma de especialização.

Para rogério Arcuri, vice-presidente da Abraman e professor do MBA em engenharia de Manutenção (enGe-

MAn) da POli/uFrJ, é importante não confundir os três temas que, apesar de intimamente ligados, são diferen-tes entre si. segundo Arcuri, é possível dizer que o ideal dos cursos de espe-cialização em engenharia de Manuten-ção – área que, apesar de intimamente ligada, não pode ser confundida com as outras duas, seria uma união equi-librada entre as questões de gestão e as técnicas que dessem uma compre-ensão do contexto, tanto ambiental, técnico e teórico, como de segurança e qualidade, além de uma introdução à gestão de ativos.

“é preciso ter, na grade, algo ligado à administração da engenharia de Ma-nutenção, onde entra planejamento estratégico da manutenção e geren-ciamento de projetos; depois é pre-ciso abordar a filosofia e políticas de manutenção, abordando manuten-ções preditiva e preventiva, tPM, rCM, e, por fim, um primeiro contato com a questão da gestão de ativos”, afirma Arcuri. “é importante perceber a dife-rença entre engenharia de Manuten-ção, Gestão de Manutenção e Gestão de Ativos. Por serem muito ligadas, muitos tratam erroneamente como a mesma coisa. e não são”, finaliza. l

REVISTA MANUTENÇÃO10

CERTIFICAÇÃO

A rápida transformação do mer-cado, em meio à globalização, exige das empresas um inves-

timento cada vez maior no aprimora-mento profissional de seus funcioná-rios. Não se exige qualificação apenas no momento de contratar, mas sim uma educação continuada e especia-lizada que influenciará na competitivi-dade das organizações.

Para atender à crescente deman-da por essa qualificação a ABRAMAN desenvolveu o PNQC – Programa Nacional de Qualificação e Certifica-ção de Pessoal da Área de Manuten-ção. A missão do Programa é avaliar a qualificação dos profissionais de manutenção, assim como seu po-tencial para desenvolvimento contí-nuo na função; certificar aqueles que comprovarem domínio mínimo dos conhecimentos e habilidades esta-belecidos em normas de requisitos ocupacionais e agregar significativa-mente valor às certificações, median-te o aumento da confiança na sua

metodologia, competência, impar-cialidade e integridade.

A avaliação da qualificação é re-alizada nos Centros de Exames cre-denciados pela Abraman, por meio de instrumentos teóricos e práticos. Há de se destacar a entrevista peda-gógica que é realizada com o pro-fissional avaliado para obter uma retroalimentação do processo de avaliação da qualificação e identificar oportunidades de melhoria na meto-dologia. Neste momento também é apresentado um diagnóstico do per-fil do profissional avaliado. Esta “fer-ramenta” é utilizada como elemento estratégico para que os Gerentes de Manutenção possam melhor dimen-sionar os investimentos com a capa-citação de sua equipe e culminará com a elevação do nível de desempe-nho das organizações em termos de produtividade, qualidade, segurança operacional, responsabilidade social, preservação do meio ambiente e de-senvolvimento sustentável.

CarretasE para potencializar a viabilidade do processo de avaliação profissional, a Abraman em parceria com a Petrobras, SENAI São Paulo, SENAI Amazonas e SE-NAI Minas Gerais, criaram as unidades móveis dos Centros de Exames de Qua-lificação, nas áreas de Mecânica, Cal-deiraria, Elétrica e Instrumentação. Os laboratórios são montados em carretas com o objetivo de atender demanda em todo território nacional. Este tipo de atendimento pode ser requisitado por qualquer empresa interessada.

“Se temos uma demanda localizada fora das regiões onde existem centros fixos, ou uma grande demanda con-centrada, oferecemos o serviço das unidades móveis de forma que a es-trutura se desloque até as instalações da empresa. Neste tipo de atendimen-to, a empresa interessada cobre todas as despesas do deslocamento da uni-dade móvel e equipe de avaliação”, es-clarece Fábio Gomes, Gerente de Qua-lificação e Certificação da Abraman.

Organismos públicos ou privados, de qualquer cidade ou estado brasilei-ro, podem ser atendidos. “A Petrobrás, por exemplo, já utilizou Unidades Mó-veis em diversas refinarias do Brasil”, menciona o gestor do Programa.

A empresa contratante também tem responsabilidades. Deve garantir, por exemplo, o descarte correto e o destino final das sucatas e resíduos resultantes.

Para mais informações, contate o Bureau de Certificação da ABRAMAN, por meio do telefone 21-3231-7014 ou o

CEQUAL ABRAMAN SENAI DR SP, por meio do telefone 11-3322-50-26

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ExAMES DE QUAlIFICAçãO PODEM SER SOlICItADOS IN COMPANy

Unidades Móveis do PNQC permitem que a avaliação da qualificação profissional seja realizada diretamente na empresa

REVISTA MANUTENÇÃO 11

matéria-prima

Acidentes nucleares são raros. Segundo a Agência Internacio-nal de Energia Atômica (AIEA),

apenas dois receberam classificação 7, nível máximo na escala que mede a gravidade de um evento do tipo. O pri-meiro é o caso de Chernobyl, em 1986, considerado até hoje o mais grave da história. O segundo, mais recente, é o de Fukushima Daiichi, causado pelo terremoto de 9 graus na escala Richter que devastou parte do Japão em 2011.

“O evento de Fukushima levou a comunidade nuclear a questionar os projetos de todas as usinas no mundo”, lembra Olívio Napolitano, superinten-

dente de manutenção da Eletronucle-ar, empresa subsidiária da Eletrobrás responsável pelo setor termonuclear no Brasil, com destaque para as usinas de Angra dos Reis. “No caso da Eletro-nuclear, a empresa estabeleceu um plano de ação para realizar melhorias em função de um possível evento da natureza, em Angra”, completa.

Napolitano lembra que os maiores riscos para o pessoal de manutenção estão nas atividades de equipamentos e sistemas industriais convencionais. Nas atividades que envolvem equipa-mentos contaminados radiologica-mente, ou em áreas de doses de radia-

USINAS NUClEARES BRASIlEIRAS têm FORtE EStRUtURA

DE gEStãO DE AtIvOSO resultado é

uma das taxas de maior segurança e disponibilidade do mundo. Em 2011 e

2012, usinas do Brasil obtiveram o segundo lugar do indicador de

disponibilidade de geração elétrica por país,

segundo a AIEA

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Funcionários e Rotor do gerador da Usina de Angra 2

REVISTA MANUTENÇÃO12

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ção, são tomadas precauções especiais, como vestimentas, redução de tempo de permanência no local e blindagens, que reduzem os riscos radiológicos ao mínimo possível. “Após 19 paradas para reabastecimento em Angra 1 e 10 para-das em Angra 2, nenhum acidente com trabalhador ocorreu com relação ao ris-co nuclear”, destaca.

As possíveis consequências no caso de um vazamento fazem com que o medo se espalhe. Há quem, inclusive, proponha abolir a geração de potência nuclear, considerando-a poluente e dispensável para a matriz energética do país, que tem seu foco em energia hidráulica.

Olívio contesta ressaltando que, para o Brasil, “a geração de potência nuclear pode servir como uma complementa-ção à energia hidráulica, que sempre dependerá das condições do clima para a sua produção e preço”. Além dis-so, localizada em regiões estratégicas, pode servir para estabilização do sis-tema elétrico nacional e permitir uma maior flexibilidade operacional.

O uso de energia nuclear é impor-tante também na medicina, na pro-pulsão de submarinos, no domínio da tecnologia e na redução de riscos de perda de energia durante problemas em outras estações de geração ou li-nhas de transmissão. Segundo Olívio, Angra pode evitar, ainda, racionamen-to de energia como na crise de 2001, causada pela escassez de água nos reservatórios das hidrelétricas.

Alessandro da Cruz gonçalves, coor-denador do curso de graduação do Programa de Engenharia Nuclear da Universidade Federal do Rio de Janei-ro (UFRJ), concorda com a importân-cia do setor para o Brasil e lembra que não se pode desprezar o impacto e a importância da energia nuclear em nossa sociedade. O Plano Nacional de

Energia 2030 prevê um aumento da geração nuclear na matriz energética, o que, para o professor, obriga o país a estar preparado para desafios.

“Além disso, não podemos negli-genciar o fato de possuirmos, segun-do a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a sétima maior reserva de concentrado de urânio do mundo, tendo prospectado apenas 25% do nosso território. Ou seja, temos poten-

cial para estarmos entre os três primei-ros países do mundo com a maior re-serva de concentrado de urânio. Para isso, devemos consolidar a tecnologia do enriquecimento em larga escala, colocando o Brasil entre o grupo sele-to de países do mundo com essa tec-nologia”, opina o coordenador.

Quando o assunto é meio ambien-te, Napolitano reitera que “a usina nu-clear já é bem vista ambientalmente, uma vez que não polui como as tér-micas à gás ou à carvão, além de não requerer extensões de alagamento como as hidráulicas”.

Considerando o ponto estratégico ocupado pelo setor e o teor radioativo do produto principal do sistema, toda falha precisa ser impedida e evitada. E, justa-mente pelo risco de um vazamento e pela necessidade de manter os sistemas de segurança operáveis, a importância da manutenção, segundo o superintenden-te da Eletronuclear, se torna central.

ManutençãoA manutenção e a gestão de usinas nu-cleares utilizam técnicas que são consi-deradas as melhores no mundo. Essas técnicas estão “nas linhas de manuten-ções preventivas (estabelecidas em tempo de vida), preditiva (estabelecidas em condições de trabalho) e as correti-vas (durante falha em operação)”, afirma o Superintendente da Eletronuclear.

Existe um grande número de ativida-des de manutenção realizadas diaria-mente, para manter a segurança das usi-nas de Angra com a maior confiabilidade e disponibilidade possível. “Em relação à manutenção, é dada uma atenção espe-cial aos geradores diesel de emergência, baterias, equipamentos móveis, etc., as-sim como a preparação da equipe para atendimento a essas emergências espe-ciais, onde equipamentos adicionais po-derão ser requeridos”, complementa.

Não podemos negligenciar o fato de

possuirmos, segundo a Agência Internacional de Energia Atômica, a sétima maior reserva

de concentrado de urânio do mundo, tendo prospectado

apenas 25% do nosso território

Prof. alessandro da Cruz Gonçalves, do Programa de Engenharia

Nuclear da uFRJ

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REVISTA MANUTENÇÃO 13

Diversos testes são realizados para garantir que todos os sistemas e equi-pamentos atendam aos requisitos mí-nimos de projeto. Caso um dos testes dê resultado insatisfatório, é aberta uma ordem de serviço e se estabelece um prazo máximo para realização da ação corretiva. O reparo ou ação não realizada no tempo máximo requeri-do pode obrigar a alteração da forma de operação da usina, de modo que ela seja mantida sempre na situação mais segura possível.

Segundo Napolitano, são realizadas técnicas de observação por inspeção individual, por verificação de pares, por verificação independente e por equipamento remoto, além de outras. Ao se verificar anormalidades nestas observações, um relatório preliminar do evento é emitido para ser analisa-do na manhã seguinte pelo comitê de priorização de serviços das usinas. Ou, se algum atendimento imediato for necessário, ele é realizado.

O representante da Eletronuclear, ex-plica que “são utilizadas também fer-ramentas especiais de controle de de-sempenho de equipamentos chama-das ‘Regras de manutenções’ e ‘mo-

nitoração da Confiabilidade’, que po-dem alterar a frequência, escopo e téc-nicas de manutenção de um determi-nado equipamento”.

O resultado de toda essa estrutura de gestão de ativos é uma das taxas de maior segurança e disponibilidade do mundo. Nos anos de 2011 e 2012, as usinas nucleares do Brasil obtiveram o segundo lugar do indicador de dispo-nibilidade de geração elétrica por país entre as mais de 400 usinas nucleares no mundo, conforme documento pu-blicado pela AIEA.

sono tranquiloCom toda a estrutura voltada para evi-tar problemas com usinas nucleares, a tranquilidade em relação ao tema deve prosperar. Olívio Napolitano dá seu de-poimento pessoal sobre os riscos. “tra-balho em Angra desde 1979, local onde criei os meus dois filhos e onde resido com minha esposa a apenas 10 quilô-metros da usina, dormindo tranquila-mente. Posso acrescentar que nenhum evento que afetasse a segurança dos trabalhadores ou da população ocorreu nas usinas e que o sistema de proteção do reator das usinas nunca falhou”.

Em relação à manutenção, é dada uma atenção especial aos geradores diesel de emergência, baterias, equipamentos móveis, etc., assim como a preparação da equipe para atendimento a essas emergências especiais, onde equipamentos adicionais poderão ser requeridos

olívio naPolitano, superintendente de manutenção da Eletronuclear

boa forMaçãoQuanto à formação, Napolitano apon-ta que “o pessoal que trabalha na ma-nutenção de usinas nucleares deve ter conhecimento e treinamento para executar qualquer tarefa. Além disso, são desenvolvidas habilidades espe-ciais para lidar com os equipamentos industriais tradicionais e com os asso-ciados à tecnologia nuclear”.

Para Alessandro da Cruz gonçal-ves, que também é responsável pelo primeiro curso de graduação em Energia Nuclear do país, na UFRJ, a formação é essencial. Para o coor-denador, falta uma política nacional de integração de recursos humanos que estimule a formação de profis-sionais especializados. “Não se for-ma um profissional no setor nuclear da noite para o dia. Por exemplo, um engenheiro nuclear precisa de cinco anos na graduação, dois de mestrado e ainda, no mínimo, mais um ou dois anos de treinamento na empresa para alcançar formação ideal”, lem-bra. O especialista também ressalta que a alta qualificação e resiliência dos profissionais do setor os tornam disputados por outras empresas. l

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case de sucesso

Os centros de compras, enten-didos como espaços de inter-locução com consumidores,

podem ter sua origem anterior à anti-guidade. Mas a forma como os conhe-cemos se iniciou nos Estados Unidos, na década de 1920.

No Brasil, o setor avança a passos largos, segundo dados da Associa-ção Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Com 27 novos empreen-dimentos em 2012 e média de 398 milhões de visitantes mensais, o mer-cado de shopping centers registrou alta de 10,65% nas vendas em 2012,

OS SHOPPING CENTERS ESTÃO MAIS INTELIGENTESSoftwares de gestão de ativos auxiliam a tomada de decisão e determinam a boa imagem dos centros de compras

em relação ao ano anterior, atingindo R$ 119,5 bilhões. O número é um re-corde nos últimos 13 anos e a expec-tativa para 2013 é otimista: 12% de aumento nas vendas.

A expansão, segundo a Abrasce, tem o aumento do salário médio do brasileiro como uma das suas princi-pais causas. Marcelo Avila Fernandes, presidente da Astrein, empresa que desenvolve software para gestão de ativos e facilities voltada para shop-ping centers, concorda e acrescenta as facilidades que este modelo de negó-cios traz aos clientes. “O lançamento

de novos shoppings está relacionado à procura do público por maior con-forto, segurança e economia obtidos a partir da reunião de várias lojas em um mesmo local, com estacionamento fá-cil e ambiente protegido. Estes fatores, aliados ao aumento do poder de com-pra, formam o ambiente propício para a expansão do segmento”, analisa.

Segundo dados da Abrasce, o nú-mero de empreendimentos ativos até o início de 2014 passará de 463 para 503, com os 40 shoppings inaugura-dos em 2013. A associação aponta, ainda, que pela primeira vez outras cidades terão número maior de shop-ping centers que as capitais.

No final de 2012, 51% dos shopping centers estavam localizados em brasi-leiras e 49% em outras cidades. Ao fi-nal de 2013, 261 shopping centers es-tarão instalados em cidades que não são capitais e 243 em capitais.

CiênCiaA expansão do setor impulsiona lojas, construtoras, incorporadoras e admi-nistradoras a realizarem novos investi-mentos. A Cyrela Commercial Proper-ties (CCP) é um exemplo. A empresa retomou com mais força a linha de investimentos em shoppings que faz desde a década de 1990, passando a trabalhar novos shoppings pelo Brasil.

Fernando Bergamin, gerente de Re-lações com Investidores da CCP, afirma

PersPeCtiva do shoPPing Cidade são Paulo, em

construção na Avenida PaulistaAss

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MarCelo avila Fernandes, diretor-presidente da Astrein

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Pque o ponto principal não é a localiza-ção do novo empreendimento, mas o estudo que se faz para direcionar os novos investimentos. “Você tem que estudar renda, perfil da população, hábitos de consumo. Tem uma ciência por trás do desenvolvimento de um shopping.”, detalha.

Centro gastronôMiCoA obra da companhia em estágio mais avançado em São Paulo é o Tie-tê Plaza Shopping, na marginal Tietê. Mas a que mais chama a atenção é o Shopping Cidade São Paulo, na Ave-nida Paulista.

O novo empreendimento será fo-cado principalmente em alimentação, pois grandes marcas varejistas já pos-suem lojas de rua na região. “No caso da Avenida Paulista, há carência de shopping e de escritório. Ali faz sentido

um projeto que maximize a capacida-de de servir escritório e a capacidade do setor alimentício”, afirma Bergamin.

Dois motivos levaram a CCP a am-

pliar o investimento em shopping centers. O primeiro é o conhecimento do setor. “Já tínhamos dois shoppings, o Shopping D, na Marginal Tietê, e o Grand Plaza, em Santo André, com os quais construímos, ao longo de 20 anos, uma bagagem de administração de shoppings”, afirma o gerente da CCP. O segundo motivo é a boa situa-ção econômica do Brasil, com renda e consumo crescendo.

estratégias de gestão de ativos: inForMatização e eFiCiênCiaNesse contexto de expansão, Mar-celo Avila destaca o papel da gestão de ativos como fundamental para a competitividade e a rentabilidade das operações. Para ele, a percepção dos administradores de shoppings sobre a importância da manutenção dos ativos “é um grande divisor de águas

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case de sucesso

no segmento, demonstrando que os grupos empresariais estão lançando mão de ferramentas de software para melhor gerir seus bens mais valiosos”.

A imagem do shopping tem relação direta com a gestão de seus ativos e deve ser cuidada com a total atenção. Um local que passe a impressão de se-gurança, conforto e bom atendimento será melhor avaliado e mais frequen-tado. “A gestão de ativos está direta-mente ligada à imagem do shopping, pois cuida em manter os equipamen-tos em bom funcionamento, como es-cadas rolantes, elevadores, ares-con-dicionados, banheiros, etc.”, afirma Alexandre Siqueira, diretor comercial da Astrein. “Normalmente, a área de gestão de ativos só é lembrada quan-do acontece um problema. Mas pode ser tarde e a imagem do shopping já estar comprometida”, complementa.

Para o diretor, prevenção é o foco. Alguns locais sofrem com problemas de imagem e só depois investem nos ativos. Como exemplo é possível ci-tar a inauguração do Shopping Rio Mar, na Grande Recife, na qual o cor-

rimão de uma escada rolante travou enquanto os clientes subiam para o próximo andar. Quem se apoiava se desequilibrou, caindo na escada ain-da em funcionamento. Um dos con-sumidores presentes na inauguração gravou o acidente em vídeo com seu celular e o publicou na internet.

Para evitar problemas de marketing negativo, Siqueira sugere que “a ma-nutenção deve atuar com um plano de manutenção preventiva e um pla-no de inspeções/auditorias, realizan-do todas as manutenções preventivas, trocando as peças de desgaste, inspe-cionando equipamentos, volume de monóxido de carbono nas garagens e, principalmente, analisando ten-dências e indicadores de manuten-ção como tempo médio entre falhas (MTBF), disponibilidade de equipa-mento e avaliação de qualidade dos serviços prestados”.

doMÍnio da inForMaçãoAndré Vitório, gerente comercial da Astrein, destaca a importância de um software para o processo de acompa-nhamento da estratégia de gestão de ativos. Segundo ele, com a crescente demanda por qualidade, aliado ao grande número de ativos, funcioná-rios e ações, não é mais possível ta-belar e organizar o trabalho apenas em planilhas de Excel. É necessário a adoção de softwares específicos para a gestão de ativos.

“O motivo pelos quais os shoppings estão adotando o software de gestão de ativos é ter o domínio sobre as in-formações, pois na grande maioria dos shoppings a equipe de manutenção é terceirizada e o controle das informa-ções estão nas mãos de terceiros.”, afirma Vitório. “Quando há a troca da empresa prestadora de serviço, os dados do software são levados e a próxima em-

presa tem que reimplantar o software de manutenção. Com isso, os Gerentes Operacionais ficam sem dados para to-mada de decisão”, complementa.

é PreCiso roMPer CoM a Cultura do quebra-ConsertaKivis Souza, coordenador de serviços de implantação da Astrein, analisa que o paradigma de manutenção como ação corretiva ainda não está supera-do. “Poucos são os empreendimentos que procuram mudar isto”, afirma. “A mudança desta cultura tem que ocor-rer rapidamente, principalmente pela rápida ascensão da concorrência entre os empreendimentos. Quem estiver melhor preparado, leva a melhor fatia de clientes”, completa.

A cultura ideal, para ele, é aquela em que o profissional conta com gestão de ativos físicos por meio de indica-dores, com sistemas informatizados e profissionais preparados, além de ter uma política de melhoria continua. Quanto mais esses passos são segui-dos, maior a chance de sucesso do empreendimento. l

alexandre siqueira, diretor comercial da Astrein

Fernando bergaMin, gerente de relações com investidores da CCP

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serviços

A Petrobras afretou três novas Unidades de Manutenção e Segurança (UMSs), para operar

na Bacia de Campos. A ação é parte do Programa de Aumento de Eficiência Operacional da companhia (Proef) e tem intenção de prolongar a vida útil das unidades de produção de deriva-dos de petróleo da área.

Com o programa, a empresa pre-tende aumentar a eficiência operacio-nal da Bacia de Campos para 90% até 2017. Até o final de 2013, a empresa já prevê um ganho de produção equiva-lente a 62 mil barris de óleo por dia.

As UMSs adquiridas são dotadas de estrutura completa voltada para qual-quer necessidade que plataformas de petróleo possam ter, sendo uma ca-tegoria acima dos flotéis. Conta, por exemplo, com oficinas de calderaria, soldagem e usinagem.

E como as plataformas de explora-ção podem ser consideradas os pon-tos centrais no funcionamento da cadeia produtiva, elas precisam fun-cionar perfeitamente e exigem moni-toramento e manutenção constante.

“Inicialmente, as estratégias de ma-nutenção são definidas para cada sistema ou equipamento”, afirma a Pe-trobras à RM&GA, via Assessoria. “No entanto, devido à complexidade dos sistemas de uma instalação de pro-dução offshore, normalmente várias

estratégias de manutenção são utiliza-das”. Segundo a estatal, a manutenção preventiva é a mais utilizada, e é basea-da no tempo ou na condição.

Os principais sistemas constante-mente acompanhados em uma plata-forma de petróleo, são os relacionados às máquinas de fluxo em geral. São aqueles destinados à geração de ener-gia elétrica e ligadas a sistemas de trans-ferência ou exportação de fluidos, de in-jeção de água e de combate a incêndio.

Manutenção preventivaA Petrobras afirma que os equipamen-tos e sistemas das instalações são bas-tante robustos, têm alta redundância e são protegidos por sistemas de au-tomação e controle eficazes. O moni-toramento é constante e feito por téc-nicas de monitoramento da condição, contínuas ou discretas. Com isso, o

MANUTENÇÃO “IN LOCO” AUMENTA A PRODUTIVIDADE

NA BACIA DE CAMPOS

resultado é a possibilidade de identifi-cação de possíveis defeitos antes que haja impacto na disponibilidade e, as-sim, na produção e na economia.

Do ponto de vista da manutenção, segundo a estatal, o foco das ações está na rapidez da execução dessas ativida-des, tanto preventivas como corretivas.

A empresa afirma, ainda, que está investindo na gestão de operações in-tegradas. Todas essas ações são feitas de acordo com o planejamento das atividades de operação e manuten-ção, onde as tarefas de manutenção são planejadas com antecedência para que, no momento da programação dos serviços, todos os recursos materiais e humanos estejam disponíveis.

A Petrobras utiliza Unidades de Ma-nutenção e Segurança desde 2005. Até 2014, outras quatro estarão atuan-do na região. l

Com novas Unidades de Manutenção e Segurança (UMSs), Petrobras quer elevar a eficiência operacional para 90% até 2017

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Plataforma de petróleo P-51 localizada na Bacia de Campos

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28o CBMGA, 5o CMMGA e 28a EXPOMAN focam na ISO 55000; norma traz conceitos e diretrizes necessários para nova concepção de gestão de ativos

Até 2016, o Estado da Bahia estima que receberá investimentos de aproximadamente R$ 70 bilhões da iniciativa privada

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Contagem regressiva para os principais eventos deManutenção e Gestão de ativos

entre os dias 23 e 27 de setembro de 2013, as belas paisagens de Salvador receberão, no Centro

de Convenções da Bahia, paralela-mente, três grandes eventos da área de manutenção e gestão de ativos.

A 28a edição do Congresso Bra-sileiro de Manutenção e Gestão de Ativos (CBMGA), o 5o Congresso Mundial de Manutenção e Gestão de Ativos (CMMGA) e a 28a Exposição de Produtos, Serviços e Equipamentos para Manutenção e Gestão de Ativos (EXPOMAN), maior feira voltada para manutenção na América do Sul, já estão nos últimos ajustes da programação.

Segundo Carlos Wilke Diehl, pre-sidente do Congresso pela segunda vez, “todo o programa já está defini-do, com os trabalhos técnicos, mesas redondas, palestras e workshop na-

Está vindo, do exterior, uma série

de especialistas trazendo uma oportunidade

imperdível para não ficar de fora da nova formatação do mundo empresarial

que vai vigorar a partir do ano

que vemRoGéRio aRcuRi,

vice-presidente da abraman

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cionais e internacionais. Recebemos mais de 500 inscrições de trabalhos técnicos e foi bastante difícil a seleção para incluir no programa, mas, em compensação, a qualidade está ex-celente.” Os nomes dos palestrantes e coordenadores também já foram confirmados.

O evento, com tema “Manuten-ção & Gestão de Ativos: o Impacto das Novas Normas ISO 55000” se inicia, em uma segunda-feira, com o Workshop Internacional sobre As-sets Management, Culture and Le-adership. O encerramento será na sexta-feira, 17/09, com a prova de certificação da Society Maintenance Reliability Professionals (SRMP), que certifica profissionais na categoria de Gestão de Ativos.

Entre um e outro, haverá a divulga-ção do Documento Nacional, estudo da Abraman visando demonstrar indi-cadores que permitem uma avaliação do desempenho dos órgãos de Manu-

tenção de Empresas de vários setores da economia, inclusive possibilitando comparação entre empresas.

“Esse congresso está sendo muito bem planejado”, elogia Alan Kardec, ex-presidente da Abraman e mem-bro da Comissão de Gestão de Ativos da entidade. “Estão sendo convida-das pessoas de ponta, tanto do Brasil quanto do exterior, fora o número de trabalhos técnicos inscritos e as em-presas que vão participar ativamente da EXPOMAN. Haverá muitos conta-tos e é uma oportunidade ímpar de crescer”, complementa.

de outRos cantosEntre os palestrantes internacionais confirmados estão Achim Krüger, vice-presidente de soluções SAP na área de Enterprise Asset Manageme-net (EAM); Luis Amendola, PhD em Gestão de Engenharia Industrial que desenvolveu sua vida profissional na PDVSA e agora pertence à Universi-

dade Politécnica de Valência, na Espa-nha; e John Hardwick, presidente do Conselho de Gestão de Ativos da Aus-trália e do Fórum Global de Manuten-ção e Gestão de Ativos (GFMAM), do qual a Abraman, representada por seu presidente, João Ricardo Lafraia, faz parte.

Pas 55 e iso 55000O grande destaque do Congresso é a PAS 55 e sua transformação na NBR ISO 55000, um marco do setor de ma-nutenção e gestão de ativos.

Rogério Arcuri, vice-presidente da Abraman, aponta que a Comissão Interna da ABNT – também presidida pelo presidente da Abraman, João Ricardo Lafraia –, teve como meta o lançamento da norma no Brasil si-multaneamente ao lançamento da norma internacional. “A expectativa é que a família ISO 55000 seja lançada internacionalmente em novembro de 2013 e que a Abraman já lance a versão em português”, afirma.

A entidade, aliás, segundo Arcu-ri, acredita que a nova norma “pro-moverá uma revolução no mundo empresarial, porque vai alavancar a produção industrial dentro de uma nova ótica em que a questão da ges-tão de ativos se incorpora às diretri-zes corporativas, passando a ser um vetor fundamental para melhores resultados. E, quando falo resultados empresariais, falo também em lucra-tividade, que leva à sustentabilidade empresarial, à perenidade das em-presas e, por tabela, à melhoria das condições de vida da população.”

Segundo Kardec, o tema foi esco-lhido para o Congresso justamente pelo papel transformador para o setor de manutenção e gestão de ativos e por proporcionar a oportu-nidade de aumentar a competitivida-

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A nova ISO 55000 vai ser o direcionador de todo o segmento de manutenção

para que possamos ter aumento de produtividade e eficiência nas

empresas que usam manutenção como

um fator estratégicocaRlos albeRto FeRnandes,

coordenador da eXPoMan

de da indústria brasileira no cenário internacional. O executivo destaca o papel da Abraman nesse contexto, enfatizando que, “assim como no iní-cio deste século, a Abraman liderou a abordagem da Gestão de Manuten-ção no Brasil, agora está liderando a questão da Gestão de Ativos”.

A instituição incorporou oficial-mente a Gestão de Ativos em seu espectro de atuação no ano passa-do, dando o passo inicial para uma mudança de cultura que, segundo Carlos Alberto Fernandes, coorde-nador da EXPOMAN, é fundamental para garantir o sucesso da compe-titividade brasileira no setor indus-trial. Além disso, “a nova ISO 55000 vai ser a direcionadora de todo o segmento de manutenção para que possamos ter aumento de produ-tividade e eficiência nas empresas que usam manutenção, como um fator estratégico importante”, afir-ma. “Esse é o ponto principal”.

“A diretoria da Abraman foi muito feliz em colocar essa nova meta, de gestão de ativos, empunhando essa bandeira no Brasil”, diz Kardec. “Se queremos, de fato, nos nivelar aos países de primeiro mundo, temos que entender que eles já estão com esse processo avançado e o tempo é muito importante para nós. O tempo não para e, se não fizermos nada, fica-mos para trás”, complementa.

Segundo ele, algumas empresas já abordam a questão de gestão de ati-vos de uma forma mais estrutural e completa, concebendo manutenção como uma área que não é mais cir-cunscrita em si, mas parte influencia-dora direta do todo. O próximo passo é transformar a atitude de poucas em-presas na atitude da maioria, criando uma nova cultura o quanto antes. “Por isso o foco em Gestão de Ativos no

Sul acontece paralela ao Congresso e, até o fechamento desta edição, já contava com mais de 30 grandes empresas confirmadas.

“A Expoman e o Congresso são eventos muito ligados entre si, não se deve separar um do outro”, afirma

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Congresso, com conferencistas inter-nacionais, cursos e workshops sobre o assunto”, afirma o executivo.

eXPoManA maior feira do setor de manuten-ção e gestão de ativos da América do

Estão sendo convidadas pessoas

de ponta, tanto do Brasil quanto

do exterior, fora o número de trabalhos

técnicos inscritos e as empresas que vão participar da

EXPOMAN. É uma oportunidade ímpar

de cresceralan KaRdec, ex-presidente da

abraman e membro da Comissão de gestão de ativos da entidade.

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Carlos Alberto Fernandes, coordena-dor da Exposição. “É preciso ter um alinhamento muito claro entre em-presas prestadoras e tomadoras de serviço, para que estejam alinhadas com a modernidade e o pensamento geral do setor de manutenção e ges-tão de ativos. E o intercâmbio que a feira e o Congresso proporcionam é fundamental”, complementa.

As novidades trazidas pelas empre-sas participantes em seus stands já têm potencial para indicar os rumos da área nos próximos meses e para perceber como o assunto já está sen-do tratado de forma mais moderna pelo mercado. “O público pode espe-rar novidades. Temos muitas que já estão confirmadas, só não podemos falar isso agora porque são as empre-sas que precisam divulgar. Mas tem muita coisa nova na área de gestão de ativos, com uma tomada bem mais abrangente do que as que a

gente tinha até abril do ano passado”, afirma Fernandes.

Claudio Spanó, diretor executivo da ReliaSoft, que já participou de 12 edi-ções do evento, atesta a importância da EXPOMAN. “Todo ano o congresso atrai um público qualificado que também circula pela área de exposição. O espa-ço da feira permite a troca de informa-ções com os visitantes e congressistas e nesse momento temos a oportunida-de de nos aproximar dos clientes po-tenciais e entender suas necessidades, para então oferecer a melhor solução em confiabilidade e gestão de ativos para cada tipo de negócio. Esperamos que a edição de 2013 continue ajudan-do a atrair novos e bons negócios.”

PRoGRaMaçãoA segunda-feira, primeiro dia do even-to, será dedicada ao Workshop Inter-nacional “Asset Management, Culture And Leadership – Gestão De Ativos,

Cultura E Liderança”, que será seguido pela Solenidade e Con-ferência de abertura do Con-gresso e pela inauguração da EXPOMAN.

No dia seguinte, toda a dis-cussão se centrará na gestão de ativos e não haverá apresen-tações simultâneas. Seguindo um ordenamento lógico, as mesas-redondas começarão o dia explicando as semelhanças e diferenças entre a PAS 55 e a ISO 55000; abordarão, em segui-da, os desafios para a cultura de gestão de ativos; as tendências para a área de gestão de ativos no Brasil e na América Latina; e um case sobre gestão de ativos em portos, com a Vale.

Para Arcuri, “a mesa sobre de-safios para uma cultura de ges-tão de ativos é importante para

desenvolver o conceito na mente do empresariado”, e ser seguida por uma mesa que apresentará pesquisas de-senvolvidas pela Abraman em parce-ria com a Accenture é importante por mostrar resultados claros e gerenciais aos presentes.

Na quarta e quinta-feira os dias serão repletos de apresentação de trabalhos técnicos, conferências na-cionais e internacionais abordando os mais variados aspectos e setores da gestão de ativos.

Como o evento discutirá a PAS 55 e a futura norma ISO 55000, “o públi-co terá a compreensão de que não se pode realizar a gestão de ativos sem a utilização da análise matemática e estatística de dados”, afirma Cláudio Spanó, diretor executivo da ReliaSoft e palestrante do evento. “A definição da gestão de ativos pela norma é bem clara: aumentar a performan-ce operacional, reduzindo os custos,

João Ricardo Lafraia e demais membros do Fórum Global de Manutenção e

Gestão de Ativos, durante o 27o CBM

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GRANDES EMPRESAS ESTãO PRESENTES NA eXPoMan 2013

A 28a EXPOMAN, maior feira voltada para manutenção na América do Sul, não poderia deixar de receber as maiores empresas do setor. Com seus stands, as companhias já se preparam para novas oportunidades de negócio, conhecimento

de mercado e forte contato com o público. Veja algumas delas!

AcoemAnacomAssestsmanBase Naval de AratuCadmatic Oy/ VitCegelecComau do BrasilCPFL ServiçosDes-CaseEletrobras EletronuclearEngelmigFlir Systems Brasil H.StrattnerInfor do BrasilLamons GasketMeridiumMetso Automation do BrasilPowerpoxiPragma Academy

Prometheus GroupQualitymark EditoraReliasoft Sil SkfSmiths Brasil (John Crane Brasil)Snc - Lavalin MarteSpes Engenharia de SistemasSql Systems BrasilTecnofass / SpmTecnofinkTotvsTurbo TechPatRocínio Platina:Eletrobras EletronuclearPetrobrasPatRocinio bRonze:ArcelorMittal Infor

Potencial EngenhariaProduman EngenhariaQualiDados SKF

aPoio:AbeclinABTCP Federação Ibero-Americada de

Manutenção (FIM)Global Forum International Copper AssociationM&T Peças e Serviços

PaRceRia de Mídia:AMP - The Association for

Maintenance ProfessionalsConfiabildad.net Revista O papelReliabilityweb.com

mantendo os riscos controlados, mas tudo isso de forma sustentável em todo o ciclo de vida do ativo”.

conGResso Mundial e baHiaPara Fernandes, coordenador da EXPOMAN, o Congresso Mundial refor-ça a importância do Brasil no cenário de gestão de ativos mundial. “O Brasil tem posição de destaque nesse segmento e, mais uma vez, isso fica comprovado isso com a procura dos países e entidades internacionais pelo evento”.

“Estão vindo participantes da Fran-ça, México, Uruguai, Espanha, Ingla-terra, Estados Unidos, Japão”, elenca Arcuri. “Uma série de especialistas trazendo oportunidades de trocas de

experiência, oportunidades de inter-câmbios futuros, uma oportunidade imperdível para não ficar de fora da nova formatação do mundo empre-sarial que vai vigorar a partir do ano que vem”, complementa, em referên-cia à ISO 55000, que entrará em vigor no início de 2014.

As nacionalidades enumeradas pelo vice-diretor estarão presen-tes em maior peso no 5o Congresso Mundial de Manutenção e Gestão de Ativos (CMMGA). Na programa-ção do evento, ganham destaque o Workshop Internacional “Asset Ma-nagement, Culture And Leadership – Gestão De Ativos, Cultura E Lide-rança”, a ser realizado durante todo

o primeiro dia; a Conferência sobre elaboração e implementação da ISO 55000 no México e a mesa-redon-da sobre Certificação de Profissionais de Confiabilidade e Manutenção.

O Workshop terá presença de Rhys Davis, coordenador responsável pelo início, em Londres, dos estu-dos para a elaboração do ISO 55000; John Hardwick, presidente do Con-selho de Gestão de Ativos da Austrá-lia e do Fórum Global; o presidente da Abraman, João Ricardo Lafraia; Celso de Azevedo, diretor-presiden-te da Assetsman franco-brasileira e François Chupot, diretor de projetos da Schneider Electric.

“Teremos a presença de todos os

Presidentes das entidades de ma-nutenção que compoem o Global Forum (GFMAM), vindos dos Estados Unidos, Europa, Austrália e Golfo Pérsico”, destaca Carlos Dihel, sa-lientando a importância do evento para o setor de manutenção e ges-tão de ativos não apenas brasileiro, mas também mundial. A sede do Global Forum está no Brasil desde 2012, com a eleição do Presidente da Abraman, João Ricardo Lafraia, como atual secretário da entidade.

Carlos Alberto Fernandes lem-bra que o 1o Congresso Mundial de Manutenção, iniciativa da Abra-man, também foi em Salvador, no início da década de 2000. “A Bahia tem uma importância ímpar para o segmento industrial brasileiro por ser historicamente um pólo, não

só petroquímico, desenvolvido em volta do pólo de Camaçari, mas de outros grandes segmentos”, afirma. “A Bahia é uma amostragem impor-tante do que temos, em termos de diversidade de indústrias, no país como um todo”.

Além disso, “a indústria baiana tem crescido acima da média nacio-nal”, afirma José Mascarenhas, pre-sidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). “Exemplo disso é que a taxa anualizada refe-rente à produção física do período entre maio de 2012 e abril de 2013, em relação a igual período anterior, caiu 1% no país, enquanto que na Bahia cresceu 4,2%”, complementa.

Alan Kardec, presidente da Abra-man no período do 1o Congresso Mundial de Manutenção, também

em Salvador, lembra os motivos da cidade ser sempre uma boa opção para um evento desse porte. “Pri-meiro porque é um pólo atrativo de participantes. O parque na área da grande Salvador é muito atraente, seja em petroquímica, fertilizantes, automobilística, mecânica, celulo-se, logística, tecnológica, etc., além de ter universidades importantes. Segundo, tem a parte turística. Dá a oportunidade de conhecer a cidade caso chegue antes ou saia depois do congresso”, comenta, lembrando que a programação ocupa todo o dia. Diehl complementa os motivos da escolha com o “excelente espaço existente para realização do evento” e concorda que um fator importante é a beleza natural, histórica e arqui-tetônica da cidade.

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A POLíTICA DE ATRAçãO DE NOVOS INVESTIMENTOS PARA A BAHIA TEM SIDO UM SUCESSOEm entrevista para a Revista Manutenção e Gestão de Ativos, James correia, Secretário da Indústria, Comércio e Mineração do estado da Bahia, dá um breve panorama sobre o desenvolvimento do Estado e as perspectivas para os próximos anos

a 28a edição do Congresso Brasileiro de Manutenção e Gestão de Ativos (CBMGA), o

5o Congresso Mundial de Manuten-ção e Gestão de Ativos (CMMGA) e a 28a Exposição de Produtos, Serviços e Equipamentos para Manutenção e Gestão de Ativos (EXPOMAN), são espaços ideais para prospecção de clientes, contatos de negócios e reco-nhecimento da infraestrutura de negó-cios local. E tudo acontecerá na Bahia, Estado com grande desenvolvimento industrial, com o Pólo Industrial de Ca-maçari, a indústria de petróleo, a auto-motiva e as novas tecnologias, só para citar exemplos.

A Revista Manutenção e Gestão de Ativos traz uma entrevista com James Correia, Secretário da Indústria, Co-mércio e Mineração do Estado, que traça um breve panorama sobre o desenvolvimento do estado e as pers-pectivas para o futuro.

Revista Manutenção e Gestão de ativos – a bahia tem o maior complexo petroquímico integrado do Hemisfério sul, o Polo industrial de camaçari, sendo um estado com grande investimento tanto em pe-tróleo quanto em gás. como estão o

tura logística e de mobilidade urbana para atrair novos investimentos para a produção de petróleo e gás. Apesar de ser uma indústria relativamente nova no estado, o setor já representa 11,1% dos investimentos realizados, com 19 companhias atuando em ter-ra e mar. Em fevereiro, foi lançado o Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural), que já beneficia direta-mente o nosso estaleiro em Marago-gipe-São Roque.

RM&Ga – outro setor crescente na bahia é a área de tecnologia da informação e comunicação (tic), principalmente depois da criação da FaPesb e secretaria de ciência, tecnologia e inovação.Jc – Sim, e o segmento ganhou um novo ânimo depois do anúncio, este ano, de que a Bahia vai receber R$ 51,6 milhões para o financiamento de projetos da Fapesb (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia). Além dos editais regularmente lança-dos, a Fapesb lançou editais inéditos, voltados para temas específicos, como a lavoura cacaueira. Ela já investiu mais de R$ 3 milhões em projetos de 15 empre-sas do setor de jogos eletrônicos.

O Governo da Bahia planeja investir mais de U$ 10

bilhões em obras de infraestrutura

logística e de mobilidade urbana

setor e os investimentos no estado?JaMes coRReia – O Governo da Bahia planeja investir mais de U$ 10 bilhões em obras de infraestru-

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RM&Ga - a bahia tem no setor automotivo um dos seus principais focos de desenvolvimento. como está o setor no estado?Jc – O setor automotivo está se consolidando com a JAC Mo-tors e a Foton em Camaçari. A JAC representa um investi-mento de R$ 1 bilhão para a produção de automóveis e ca-minhões. A também chinesa Foton vai montar vans e micro--ônibus com investimentos de R$ 300 milhões. Para comple-tar a diversificação do parque automotivo, em Camaçari tam-bém serão investidos R$ 20 milhões para a construção da uni-dade da Jonny Motos. A Ford vai passar dos atuais 250 mil veí-culos/ano para 300 mil unidades. Está construindo uma fábri-ca de motores, onde estão sendo investidos R$ 400 milhões.

RM&Ga – e quanto ao parque industrial de celulose, um dos maiores do mundo em 2010? Qual a tendência para 2013?Jc – A produção industrial do setor tende a se expandir na Bahia e já estão sendo anunciados investimentos da ordem de R$ 8 bilhões até 2015, a exemplo da ampliação da Veracel, que se constitui no maior investimento priva-do no estado, estimado em R$ 6 bilhões. A construção de três novas fábricas da Suzano também está na pauta do crescimento, além da previsão de novos plantios florestais para fazer frente à demanda.

RM&Ga – uma das maiores preocupações de quem quer investir é a logística de escoamento de produção. como a infraestrutura de transportes pode ser um atrativo?Jc – O Governo da Presidenta Dilma, por meio do Ministério dos Transportes, vai investir R$ 5 bilhões nos próximos cin-co anos para melhorar a infraestrutura logística da Bahia. As obras envolvem todos os modais de transporte: hidroviário, ferroviário e rodoviário – a Ferrovia de Integração Oeste-Les-te, a Ferrovia de Camaçari (ligação ferroviária do Polo Indus-trial ao Porto de Aratu), e a Hidrovia do São Francisco. O setor ferroviário da Bahia ganhará três ramais ferroviários: de Belo Horizonte (MG) a Salvador; de Salvador a Juazeiro (BA); e de Salvador a Recife (PE). A previsão é que a primeira etapa da Ferrovia Oeste-Leste esteja concluída no final de 2014.

RM&Ga – Para falar direto às pessoas que querem inves-tir no estado: quais incentivos o estado da bahia oferece? Jc – A Bahia conta com vários programas de incentivos fiscais, fundados em leis e regulamentados por decretos, que concedem redução do ICMS, mas o nosso grande diferencial é a excelente localização geográfica, no meio

do caminho entre o Sul/Sudeste e o Norte/Nordeste. A Bahia conta ainda com um parque industrial consolidado e uma logística projetada para instalações de novos negócios. E so-mado a tudo isto, possui uma sólida política de incentivos, com regras claras e respeito aos compromissos assumidos.

RM&Ga – Para encerrar, quais são as perspectivas de cres-cimento para o estado da bahia, nos próximos anos?Jc – A política de atração de novos investimentos para a Bahia tem sido um sucesso. O Polo Industrial de Camaçari experimenta novo ciclo de expansão, com o maior investi-mento da Basf em sua história na América do Sul. O com-plexo acrílico que eles estão montando, com investimentos de R$ 1,2 bilhão, vai produzir ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes. Tem ainda a implantação da Kimberly-Clark, inaugurada há dois meses, e da fábrica baia-na de O Boticário, que até o final do ano fica pronta.

RM&Ga – em termos de valor, quanto será investido?Jc – Estão sendo investidos mais de R$ 22 bilhões em empre-sas em implantação no interior. Até 2016, nossa realidade de investimento privados já supera a casa dos R$ 70 bilhões. l

REVISTA MANUTENÇÃO28

Infra

A infraestrutura portuária brasileira passará por uma revisão nos próximos anos, graças à transformação da Medida Provisória número 595/12, conhecida

como MP dos Portos, na Lei 12.815/13. Essa é a expectativa de especialistas do setor.

A Lei se junta à instalação da Agência Nacional de Trans-portes Aquaviários (Antaq), em 2001, e à criação da Secre-taria Especial de Portos (SEP), em 2007, no rol das ações estratégicas propostas pelo governo federal para o desen-volvimento dos portos, fundamental para a logística de transportes e, assim, para a economia.

“A MP, agora convertida em Lei, está em linha com o ob-

jetivo de modernizar o setor portuário”, analisa Cláudio Lou-reiro, diretor-executivo do Centronave, entidade de classe voltada para o desenvolvimento da navegação e do co-mércio exterior. Os associados da entidade respondem por mais de 75% do transporte do comércio brasileiro em valor e 95% no segmento de contêineres.

“Os vetos do governo às mudanças feitas no projeto, no Congresso, também foram coerentes a esse objetivo, pois os dispositivos afastariam os investidores”, complementa o diretor. “A esperança é que nossos parlamentares enten-dam a importância desse novo marco regulatório para o desenvolvimento do país”.

Convertida na Lei 12.815/13, iniciativa trará investimentos, modernizações e maior competitividade para os portos brasileiros

MP dOS POrTOS quEr rEduzir gArgALOS NA iNfrAESTruTurA POrTuáriA

Navio da CMA CgM transporta contêineres pela Baía de guanabara

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REVISTA MANUTENÇÃO 29

A nova Lei, basicamente, modifica os critérios necessários para a inicia-tiva privada explorar terminais de movimentação de carga em portos públicos. Enquanto a Lei dos Portos aprovada na década de 1990 determi-nava que a vencedora da licitação para arrendar um terminal seria a empresa que pagasse o maior valor à união, a aprovada em junho deste ano estabe-lece que a vencedora será a companhia que garantir o maior volume de movi-mentação de carga pelo menor preço.

Para Loureiro, o novo marco regu-latório proporcionará aumento dos investimentos na infraestrutura por-tuária brasileira, modernizará o setor e eliminará gargalos hoje existentes. Segundo estimativas divulgadas pela Ministra da Casa Civil, gleisi Hoffman, em entrevista coletiva realizada em maio, já neste ano o governo espera

atrair r$ 27 bilhões em investimentos para o setor, considerando apenas os pedidos de autorização para instala-ção de novas áreas portuárias que já chegaram à Antaq, além da licitação para o arrendamento das 52 áreas nos portos de Santos e do Pará. Os dois estão no primeiro lote de concessões que, segundo o governo, acontecerá ainda em 2013.

“Os portos operarão com mais efici-ência e produtividade e toda a econo-mia ganha com isso”, lembra Loureiro, ressaltando que maior produtividade gerará maior competitividade e, as-sim, maior destaque para o Brasil no mercado externo.

Baixada SantiSta O porto de Santos está no primeiro lote de concessões e é um dos mais importantes do Brasil. Com 13 km de

cais e especialidade em movimenta-ção de mercadorias de grande valor agregado, em 2012, o porto movi-mentou uS$ 120,1 bilhões e 104,54 milhões de toneladas de cargas, se-gundo sua assessoria.

investimentos no porto de Santos já vêm sendo planejados antes da nova lei. O PAC Copa – Projeto de Aceleração do Crescimento voltado à Copa do Mundo de 2014 – tem o projeto de realinhamento do cais de Outeirinhos, o que possibilitará o au-mento de navios de passageiros, dis-ponibilizando 14 mil leitos a mais do que a capacidade atual. Mas o inves-timento não é voltado apenas para a Copa. Terá impactos benéficos no transporte de cargas, à medida que possibilitará o atracamento de navios com maior calado, mais pesados e com maior capacidade de cargas.

REVISTA MANUTENÇÃO30

Infra

A área principal de influência do porto abarca os estados de São Pau-lo, Minas gerais, goiás, Mato grosso e Mato grosso do Sul, responsáveis por 50% do PiB brasileiro. Em um segun-do momento, também abrange Bahia, Tocantins, Espírito Santo, rio de Janei-ro, Paraná, Santa Catarina e rio grande do Sul. Cerca de 90% da base indus-trial do Estado de São Paulo, segundo dados de assessoria, está localizada a menos de 200 quilômetros do porto.

de acordo com o Ministério do de-senvolvimento, indústria e Comércio Exterior (MdiC), o porto da baixada santista representou 25,7% da balan-ça comercial brasileira, em valor. E, de acordo com informações da Codesp (Companhia docas do Estado de São Paulo) ao site uOL, o seu movimento de cargas poderia aumentar até 19% se não fossem os gargalos existentes.

HuB port de SuapeEnquanto o Porto de Santos é primordial na região Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o Porto de Suape é considerado funda-mental para as regiões Norte e Nordeste do país e, como os outros, será também afetado pela nova Lei dos Portos.

Jaime Alheiros, diretor de planeja-mento e urbanismo do Complexo in-dustrial Portuário de Suape, afirma que o Complexo, que está no terceiro lote dos processos licitatórios, com previsão de se concretizar no ano que vem, tam-bém “entende e concorda com mecanis-mos que permitam a modernização e a competitividade dos portos brasileiros. desde o início dos debates sobre a Me-dida Provisória – que se tornou lei desde o início de junho – Suape é favorável a grande parte dos temas abordados”.

O complexo pernambucano é con-siderado pelo estado como o pólo de investimentos mais dinâmico do país e o grande impulsionador do desen-

volvimento local. Suape está conec-tado a mais de 160 portos em todos os continentes, com linhas diretas da Europa, América do Norte e áfrica, sendo o centro logístico do Norte e do Nordeste do país. “O ritmo crescente da movimentação portuária, que tri-plicou na comparação com 2010, vem consolidando Suape como um hub port, ou seja, um porto concentrador e distribuidor de carga”, afirma Alheiros.

A comercialização de contêineres tem importante destaque na movimentação do porto: em 2012, foi responsável por 28,4% da importação e 44,7% da expor-tação de mercadorias do pólo.

A nova Lei dos Portos também per-mitirá o aumento de investimentos pri-vados em Suape, permitindo a amplia-ção da competitividade para a região

que apresenta constante crescimen-to em participação no PiB brasileiro. “Atualmente, somamos mais de r$ 50 bilhões em investimentos privados e, entre 2011 e 2014, nossa perspectiva é de r$ 3 bilhões em investimentos pú-blicos”, destaca o diretor do Complexo.

O Porto apresenta alguns diferen-ciais competitivos que permite certa vantagem em relação a outros portos brasileiros: tem posição logística pri-vilegiada pela localização geográfica; aspectos naturais, como águas natu-ralmente profundas, entre 15 e 20 me-tros; e o modelo do Porto, que agrega um porto a um complexo industrial. Alheiros explica que “a principal van-tagem desse modelo é que a proxi-midade entre as empresas e o porto diminui bastante os custos logísticos. É benéfico, não só para as indústrias, por utilizarem esse modal, mas tam-bém para o próprio porto, já que mais carga é movimentada através dele”.

LogíStica de tranSporteSO discurso de parte contrária à MP dos Portos diz respeito a outras for-mas de infraestrutura logística, como estradas e ferrovias, que não seriam boas o suficiente para interligar por-tos aos locais de produção.

Para Loureiro, é possível identificar uma preocupação coerente do gover-no com todos os modais e com a inte-gração da infraestrutura de transportes. “O governo licitou rodovias, ferrovias e aeroportos. Agora, mais recentemente, estabeleceu a nova Lei dos Portos. Com certeza, o trabalho não para aqui”, afir-ma otimista. “Será preciso um esforço contínuo nos ajustes desses processos. um aspecto importante que, necessa-riamente, deverá merecer muita aten-ção é a integração intermodal. Mas es-tamos confiantes. E nosso setor sempre acreditou no Brasil”, completa. l

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cLáudio Loureiro, diretor executivo do Centronave

“Os portos operarão com mais eficiência e

produtividade, e toda a economia ganha com isso”

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REVISTA MANUTENÇÃO32

Infra

A ampliação do sistema do Me-trô da capital paulista é uma reivindicação antiga da cida-

de. Em junho deste ano, o Banco Na-cional de Desenvolvimento Econômi-co e Social (BNDES) aprovou emprés-timos para dois projetos de expan-são (Linha 2 – Verde e Linha 15 – Prata) que podem atender parte do anseio da população. Ainda há um terceiro fi-nanciamento em estudo (Linha 6 - La-ranja), com previsão de resposta em 2013; e obras em curso em duas linhas (Linha 4 – Amarela e Linha 5 – Lilás).

O primeiro empréstimo aprovado em junho é para a expansão da Linha 2 – Verde, no trecho entre a estação Vila Prudente e o estacionamento Ra-padura, na Vila Formosa. Com isso, se-riam construídas mais quatro estações: Orfanato, Água Rasa, Anália Franco e Vila Formosa, restando apenas três es-tações para ligar a Vila Prudente à esta-ção Penha, da Linha 3 – Vermelha.

Segundo o MetrôSP, “para o primei-

Linhas Amarela e Lilás estão em obras e BNDES apoia expansão nas linhas Verde e Prata

MEtRô DE SãO PAuLO EM ExPANSãO

ro trecho estão sendo destinados R$ 1,5 bilhão do BNDES e o restante deve-rá vir do Governo do Estado a título de contrapartida”. O valor do BNDES sig-nifica 45,6% do valor total do projeto.

A Linha 2 tem capacidade para trans-portar 515 mil passageiros por dia e, ao final desta expansão, transportará 1,2 milhão, segundo dados do BNDES.

A segunda operação aprovada prevê o monotrilho da Linha 15 – Prata, que li-gará as estações Vila Prudente e Hospital Cidade tiradentes, com as estações: Ora-tório, São Lucas, Camilo Haddad, Vila tols-tói, Vila união, Jardim Planalto, Sapopem-ba, Fazenda da Juta, São Mateus, Iguate-mi, Jequiriçá, Jacu-Pêssego, Érico Semer,

Márcio Beck, Cidade tiradentes e Hospi-tal Cidade tiradentes. O valor aprovado é de R$ 800 milhões que, somados aos 922 milhões cedidos no ano passado, signifi-cam 37,6% do investimento total. tam-bém serão adquiridos 54 trens com capa-cidade de mil passageiros cada.

um terceiro projeto de expansão está enquadrado pelo BNDES. “A ope-ração para a construção de 13,5 km de trilhos do que será a Linha 6 – Laranja, entre a Vila Brasilândia e São Joaquim, além de um pátio e 22 trens com seis carros, tem valor de R$ 3,879 bilhões”, afirmou o BNDES. O trecho conta-rá com quinze estações: São Joaquim, Bela Vista, 14 Bis, Higienópolis-Macken-

zie, Angélica-Paca-embu, PuC, Perdizes, SESC-Pompeia, Água Branca, Santa Marina, Freguesia do Ó, João Paulo I, Itaberaba, Vila Cardoso e Brasilândia.

O MetrôSP afirma que as Linhas Laran-ja e Ouro serão reali-zadas em parceria pú-blico-privada, e confir-ma o valor informado

pelo BNDES para a Linha Laranja. Para a Linha 6 já há o projeto enquadrado pelo BNDES com um total de R$ 3,8 bi-lhões, do qual R$ 1,7 bilhão em nego-ciação avançada. Para a Linha 18 ain-da não há definição, mas a mesma está dentro do PAC (Programa de Acelera-ção ao Crescimento) das Grandes Cida-des e deverá contar com R$ 1,2 bilhão de financiamento e R$ 400 milhões do Orçamento Geral da união para implan-tação do empreendimento. l

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Construção da futura Estação Oratório da Linha 15 – Prata;(no destaque) Estação Santa Cruz da Linha 5 – Lilás

REVISTA MANUTENÇÃO 33

artigo

Por João RicaRdo LafRaia, presidente da ABRAMAN

Uma coisa é Uma coisa...oUtra coisa é oUtra coisa

Em edição anterior de nossa revis-ta, vimos que Gestão de ativos, o novo conceito que incorporamos à

missão da aBramaN, desde 2012, am-pliando o seu campo de atuação para associação Brasileira de manutenção e Gestão de ativos, resume um conjunto de atividades e práticas sistemáticas e coordenadas por meio das quais as or-ganizações gerenciam, de forma otimi-zada e sustentável, os seus ativos e siste-mas de gestão, avaliando desempenho, riscos e custos ao longo do ciclo de vida desses ativos, com foco nos objetivos es-tratégicos empresariais.

trata-se, portanto, de uma concep-ção mais abrangente para aferir a bús-sola que aponta o norte da missão das organizações.

Não é, definitivamente, um outro nome dado à nossa querida e boa manutenção. a importância de ma-nutenção continua onde sempre este-ve – no topo – e passa a fazer parte de um quadro maior, como parte da administração dos ativos, juntamen-te com projeto, aquisição, fabricação, compra, instalação, comissionamento, operação e desmobilização para troca. Em resumo, Gestão de ativos engloba todo ciclo de vida dos ativos e manu-tenção faz parte deste ciclo.

Gestão de ativos não é, também, um substituto de Gestão da Qualidade total porém, assim como outros processos de gestão, está sujeita a avaliações de con-formidade e desempenho para assegu-rar o rigor e acerto de suas práticas.

também não é, apenas, um sistema de gestão de projetos, ou só do interes-

se de técnicos e enge-nheiros, mas permeia toda a organização e alcança todos os cola-boradores, de quais-quer níveis hierárqui-cos, que trabalham em organizações que possuem, ou operam, ativos. todos estão en-volvidos, desde os que atuam em aquisição e diligenciamento, ser-viços de apoio, admi-nistração, lideranças, até os profissionais de marketing e vendas, entre outros.

como um caleidoscópio, Gestão de ativos movimenta-se e forma novas figuras, harmoniosas e simétricas, que podem variar segundo o movimen-to das estratégias empresariais. seja qual for o movimento, o resultado vital refletir-se-á na confiabilidade, disponi-bilidade e mantenabilidade dos ativos visando resultados, manifestados no Ebitda, o lucro líquido da operação, an-tes dos impostos, taxas e depreciação.

o monitoramento da produção e da eficiência operacional serve como insu-mo para análises criticas dos resultados. se, se por algum motivo, a lucratividade e a rentabilidade se apresentarem mui-to baixas, a opção poderá ser o descarte do ativo e aquisição de um novo. assim, avaliação econômica e contábil parti-cipa, também, do cenário de interesse de Gestão de ativos, pois dispõe de ins-trumentos para aferição do processo de deterioração e, consequentemente, da depreciação dos ativos.

E, finalmente, Ges-tão de ativos é, aci-ma de tudo, “hands--on”. Embora venha despertando o inte-resse acadêmico e o debate de temas pertinentes em tra-balhos teóricos, sua natureza é, eminen-temente, voltada para resultados, para soluções de cunho prático, com impac-

to direto na produção e na eficiência operacional.

Em resumo, a abrangência de Ges-tão de ativos, diante dos objetivos da organização, envolve um conjunto de atividades, entre as quais:• Identificação dos ativos necessários

para a oportunidade, ou negócio.• Identificação de fontes de financia-

mento e valores.• Definição das estratégias de aquisi-

ção e/ou construção• Desenho do suporte para logística,

operação e manutenção.• Alinhamento da estratégia para dis-

posição ou renovação dos ativos.o campo de atividades relaciona-

das com Gestão de ativos é, portanto, mais abrangente do que as tarefas es-pecíficas de manutenção, cuja função é manter os equipamentos em condi-ções de operação.

mas, manutenção, como vemos, é um dos pilares que sustenta esta es-trutura. continuamos com a discussão na próxima edição. l

REVISTA MANUTENÇÃO34

MCI - MANUTENÇÃO, CIÊNCIA E INFORMAÇÃO

RESUMO

A indústria necessita cada vez mais estar focada em produtividade e administração dos custos. O custo

de produção tem aumentado e a tarefa de exportar tem ficado cada vez mais desafiadora. Neste contexto, reduzir custos com energia elétrica - um insumo de relevância no processo – torna-se uma grande prioridade. Uma análise de um equipamento bastante comum nas plantas indus-triais, os filtros de mangas mostra um grande potencial a ser explorado na redução do consumo de energia. Além disso, os filtros de mangas possuem uma condição de operação que pode ser variada em função do processo,

mas que normalmente não é visualizada e explorada na indústria (assim, como regra geral não é aproveitada em praticamente nenhum segmento). Entender como funcio-nava o processo e aplicar soluções similares a já aplicadas a outros segmentos foi o que fez a WEG em conjunto com a Indústria de Móveis Henn. A solução se baseou no ajuste da rotação do ventilador do filtro de mangas a partir da variação do processo. No projeto foi realizada a aplicação do motor de imãs permanentes acionado por inversor de frequ-ência e controlado por um transmissor de pressão, manten-do a igualdade do processo, mas com um grande diferencial, redução de 60,1% no consumo de energia elétrica.

FILTRO DE MANGAS – EFICIÊNCIA ENERGÉTICA COM

AUTOMAÇÃO DOCONTROLE DE VELOCIDADE

TRABALHO TÉCNICO PREMIADO EM 5O LUGAR NO 27O CBM – RESUMO

(1) WEG Equipamentos Elétricos S.A, motores, Engenheiro Eletricista/Eletrônico.(2) Indústria de Móveis Henn, Técnico Eletrotécnico.

Rodrigo Augusto Neves (1)

Cleber Volpato (2)

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