contabilidade gerencial

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UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS - UNIPAC CONSELHEIRO LAFAIETE - MG CONTABILIDADE GERENCIAL Prof. Clodoaldo Fabrício José Lacerda Fones: (32) 9948-4856 / 9934-8910 (32) 3693-4058 / 3353-1658 E-mail’s: [email protected] e [email protected] CONSELHEIRO LAFAIETE / MG OUTUBRO / 2013

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Page 1: Contabilidade gerencial

UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS - UNIPAC

CONSELHEIRO LAFAIETE - MG

CONTABILIDADE GERENCIAL

Prof. Clodoaldo Fabrício José Lacerda

Fones: (32) 9948-4856 / 9934-8910

(32) 3693-4058 / 3353-1658

E-mail’s: [email protected] e [email protected]

CONSELHEIRO LAFAIETE / MG

OUTUBRO / 2013

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PLANO DE CURSO

1) Contabilidade: Conceito, Histórico e Campo de Atuação; 2) Patrimônio: Conceito, Aspectos Qualitativos e Quantitativos do

Patrimônio, Representação Gráfica do Patrimônio, Situação Liquida Patrimonial, Tipos de Situações Patrimoniais;

3) Contas: Conceito, Finalidade, Classificação e Características; 4) Noções de Débito e Crédito: Conceito; 5) Atos e Fatos Administrativos; 6) Escrituração Contábil (Lançamentos) 7) Elaboração de Razonetes; 8) Elaboração de Balancetes de Verificação; 9) Cálculos/Razonetes/Lançamentos de Apuração do Resultado do

Exercício; 10) Elaboração Demonstração do Resultado do Exercício (D.R.E.); 11) Elaboração do Balanço Patrimonial.

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1- O processo é de avaliação contínua de todas as atividades

desenvolvidas ao longo do curso, sejam elas dentro da sala de aula, cujo volume será maior e possíveis atividades extra-classe, cujas notas somadas representarão 70% do total previsto.

2- Será realizado um trabalho final representando 30% do total da nota

prevista que será entregue de forma individual em que o aluno deverá escrever um artigo simples (estilo redação), com introdução, desenvolvimento e conclusão, com no máximo 03 laudas, expondo todo o conhecimento técnico contábil adquirido. Considerando a contabilidade como tema, o artigo deverá defender uma idéia contábil no universo global da ciência da contabilidade. O aluno deverá definir o título do artigo e ele deverá ser original, podendo fazer citações de obras de terceiros, dentro do que estabelece as normas da ABNT.

OBS: Dependendo do desenvolvimento da turma as atividades e avaliações podem sofrer alterações.

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SUMÁRIO

CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL

1 – DADOS INTRODUTÓRIOS ........................................................................... ..... 05

2- HISTÓRIA DA CONTABILIDADE...................................................................... .... 06

3- CONTABILIDADE ................................................................................... .............. 13

4- PATRIMÔNIO ...................................................................................................... 20

5– CONTAS E ESCRITURAÇÃO. ............................................................................. 29

6- NOÇÕES DE DÉBITO E CRÉDITO (APÊNDICE 1) ............................................. 36

APÊNDICE 2 “FÁBULA”............................................................. ............................... 45

BIBLIOGRAFIA................... ....................................................................................... 46

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CONTABILIDADE

1- DADOS INTRODUTÓRIOS

1.1- Introdução:

Contabilidade = Interpretação, classificação e registro dos fatos econômico-financeiros de uma empresa comercial ou industrial, de modo a proporcionar maior eficiência administrativa e informações mais precisas a investidores, credores e ao público em geral. O termo contabilidade tem origem no conceito de prestação de contas de certos fatos ou condições de natureza comercial. Abrange, de um lado, a explicação de como as coisas se passam no mundo dos negócios e, de outro, o cômputo numérico das transações que se realizaram. 1.2- Fundamentos: A contabilidade envolve praticamente todos os aspectos de uma empresa susceptíveis de serem expressos em termos monetários: os ativos ou itens de riqueza; os passivos ou interesses de credores que fornecem dinheiro e mercadorias, ou prestam serviços, e aguardam o pagamento ou remuneração; e finalmente os direitos de proprietários que realizaram investimentos. A contabilidade destina-se ainda a fazer o registro sistemático das receitas e despesas, bem como dos lucros e perdas de uma firma durante determinado período. Como tal, pode ser considerada um método quantitativo que compreende a classificação e a mensuração do valor monetário das transações inscritas nos registros das empresas. Embora tenha como o objetivo a determinação de quantidades, não se confunde com a estatística. Pois enquanto esta última joga com qualquer tipo de elemento quantitativo, com o número de nascimentos e óbitos, índices de população, valor da produção, etc., a contabilidade restringe-se aos fatos que podem ser expressos em termos de moeda. Além disso, interpreta os dados de ordem financeira quanto a seus efeitos sobre determinada empresa, quer se trate de uma casa comercial, de uma associação de beneficência ou de uma entidade governamental. Uma pessoa física ou um pequeno empresário pode reter na memória a natureza e o montante do seu ativo (bens e direitos) e do seu passivo (obrigações) bem como a soma do patrimônio líquido (pessoal, social). O mesmo não é possível a uma empresa de maior porte ou de interesses diversificados. Daí a necessidade de registros contábeis minuciosos e confiáveis. Além da contabilidade propriamente dita, que constata as ocorrências verificadas, e que será tanto mais eficiente quanto mais próxima no tempo dos dados que tem por função avaliar, convém instituir um sistema capaz de prever com razoável segurança o que possa vir a ocorrer. Só com esse conjunto de informações o indivíduo ou o pequeno empresário dispõe de um quadro da situação econômico-financeira do seu negócio e toma as decisões que lhe incumbem com uma expectativa fundada de bom êxito. E como o valor da moeda flutua, a contabilidade leva em conta essas variações do nível geral dos preços, já que ela é quantificada em termos monetários.

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1.3- Profissão

No mundo moderno, inúmeras pessoas fazem da contabilidade rendosa profissão. As pequenas empresas em geral só eventualmente utilizam o trabalho de um contador. No entanto, as corporações são obrigadas a manter grandes equipes, contando, por vezes, com centenas de hábeis profissionais. Linguagem própria dos negócios, a contabilidade evolui de acordo com as necessidades das empresas. Quando a indústria e o comércio ainda mantinham suas atividades em bases estritamente locais, as exigências relativas à contabilização das escritas eram bastante elementares. Contudo, o gigantesco desenvolvimento das empresas, com suas receitas anuais sujeitas a impostos, tornou as transações assunto de grande interesse público. A interpretação dos serviços de tais organizações requer elevado nível de conhecimento de política e economia empresariais, bem como capacidade intelectual para classificar e sumarizar os efeitos das mais diferentes transações. A competência profissional é obtida através do estudo sistemático da matéria, e também da experiência. A maior parte dos contadores trabalha em regime de exclusividade. São responsáveis pelas escritas das firmas perante os empregadores. Os profissionais que prestam serviços a diferentes organizações são conhecidos como contadores públicos, com atividades regulamentadas pelo Estado ou pelas entidades de classes. Os governos utilizam as informações contábeis como auxiliares da administração pública, pois facilitam o controle das atividades financeiras das empresas privadas.

2- HISTÓRIA DA CONTABILIDADE

(1ª ATIVIDADE) Dada a história da contabilidade com base em artigo pesquisado, dividir a turma em grupos para que façam uma resenha avaliativa da parte que foi designada aos mesmos e apresentem aos demais colegas de classe:

HISTÓRIA DA CONTABILIDADE

Compilação: Júlio César Zanluca1

A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos. Deixando a caça, o homem voltou-se à organização da agricultura e do pastoreio. A organização econômica acerca do direito do uso do solo acarretou em separatividade, rompendo a vida comunitária, surgindo divisões e o senso de propriedade. Assim, cada pessoa criava sua riqueza individual. Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como herança aos filhos ou parentes. A herança recebida dos pais (pater,

1 Julio César Zanluca é contabilista e coordenador técnico do site Portal Tributário.

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patris), denominou-se patrimônio. O termo passou a ser utilizado para quaisquer valores, mesmo que estes não tivessem sido herdados. A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do

comércio. Há indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da Antiguidade. A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C. À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização quando já em maior volume, requerendo registros. Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc. Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade de controle, que não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de que se pudesse prestar conta da coisa administrada. É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras, vendas e trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore assinalados como prova de dívida ou quitação. O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre negócios. A medida em que as operações econômicas se tornam complexas, o seu controle se refina. As escritas governamentais da República Romana (200 a.C.) já traziam receitas de caixa classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e diversões. No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por governos locais e pela igreja. Mas é somente na Itália que surge o termo Contabilitá. Podemos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma: CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO - período que se inicia com as primeiras civilizações e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci , da autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano. CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL - período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano. CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO - período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche" , da autoria de Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade. CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO - período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje.

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2.1 - PERÍODO ANTIGO

A contabilidade empírica, praticada pelo homem antigo, já tinha como objeto o Patrimônio, representado pelos rebanhos e outros bens nos seus aspectos quantitativos. Os primeiros registros processaram-se de forma rudimentar, na memória do homem. Como este é um ser pensante, inteligente, logo encontrou formas mais eficientes de processar os seus registros, utilizando gravações e outros métodos alternativos. O inventário exercia um importante papel, pois a contagem era o método adotado para o controle dos bens, que eram classificados segundo sua natureza: rebanhos, metais, escravos, etc. A palavra "Conta" designa o agrupamento de itens da mesma espécie. As primeiras escritas contábeis datam do término da Era da Pedra Polida, quando o homem registrava os seus primeiros desenhos e gravações. Os primeiros controles eram estabelecidos pelos templos, o que perdurou por vários séculos. Os suméricos e babilônicos, assim como os assírios, faziam os seus registros em peças de argila, retangulares ou ovais, ficando famosas as pequenas tábuas de Uruk, que mediam aproximadamente 2,5 a 4,5 centímetros, tendo faces ligeiramente convexas. Os registros combinavam o figurativo com o numérico. Gravava-se a cara do animal cuja existência se queria controlar e o numero correspondente às cabeças existentes. Embora rudimentar, o registro, em sua forma, assemelhava-se ao que hoje se processa. O nome da conta, "Matrizes" , por exemplo, substituiu a figura gravada, enquanto o aspecto numérico se tornou mais qualificado, com o acréscimo do valor monetário ao quantitativo. Esta evolução permitiu que, paralelamente à "Aplicação", se pudesse demonstrar, também, a sua "Origem" . Na cidade de Ur, na Caldéia, onde viveu Abraão, personagem bíblico citado no livro Gênesis, encontram-se, em escavações, importantes documentos contábeis: tabela de escrita cuneiforme, onde estão registradas contas referentes á mão-de-obra e materiais, ou seja, Custos Diretos. Isto significa que, há 5.000 anos antes de Cristo, o homem já considerava fundamental apurar os seus custos. O Sistema Contábil é dinâmico e evoluiu com a duplicação de documentos e "Selos de Sigilo". Os registros se tornaram diários e, posteriormente, foram sintetizados em papiros ou tábuas, no final de determinados períodos. Sofreram nova sintetização, agrupando-se vários períodos, o que lembra o diário, o balancete mensal e o balanço anual. Já se estabelecia o confronto entre variações positivas e negativas, aplicando-se, empiricamente, o Princípio da Competência. Reconhecia-se a receita, a qual era confrontada com a despesa. Os egípcios legaram um riquíssimo acervo aos historiadores da Contabilidade, e seus registros remontam a 6.000 anos antes de Cristo. A escrita no Egito era fiscalizada pelo Fisco Real, o que tornava os escriturários zelosos e sérios em sua profissão. O inventário revestia-se de tal importância, que a contagem do boi, divindade adorada pelos egípcios, marcava o inicio do

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calendário adotado. Inscreviam-se bens móveis e imóveis, e já se estabeleciam, de forma primitiva, controles administrativos e financeiros. As "Partidas de Diário" assemelhavam-se ao processo moderno: o registro iniciava-se com a data e o nome da conta, seguindo-se quantitativos unitários e totais, transporte, se ocorresse, sempre em ordem cronológica de entradas e saídas. Pode-se citar, entre outras contas: "Conta de Pagamento de Escravos", "Conta de Vendas Diárias", "Conta Sintética Mensal dos Tributos Diversos", etc. Tudo indica que foram os egípcios os primeiros povos a utilizar o valor monetário em seus registros. Usavam como base, uma moeda, cunhada em ouro e prata, denominada "Shat". Era a adoção, de maneira prática, do Princípio do Denominador Comum Monetário. Os gregos, baseando-se em modelos egípcios, 2.000 anos antes de Cristo, já escrituravam Contas de Custos e Receitas, procedendo, anualmente, a uma confrontação entre elas, para apuração do saldo. Os gregos aperfeiçoaram o modelo egípcio, estendendo a escrituração contábil às várias atividades, como administração pública, privada e bancária. NA BÍBLIA Há interessantes relatos bíblicos sobre controles contábeis, um dos quais o próprio Jesus relatou em Lucas capítulo 16, versos 1 a 7: o administrador que fraudou seu senhor, alterando os registros de valores a receber dos devedores. No tempo de José, no Egito, houve tal acumulação de bens que perderam a conta do que se tinha! (Gênesis 41.49). Houve um homem muito rico, de nome Jó, cujo patrimônio foi detalhadamente inventariado no livro de Jó, capítulo 1, verso 3. Depois de perder tudo, ele recupera os bens, e um novo inventário é apresentado em Jó, capítulo 42, verso 12. Os bens e as rendas de Salomão também foram inventariados em 1º Reis 4.22-26 e 10.14-17. Em outra parábola de Jesus, há citação de um construtor, que faz contas para verificar se o que dispunha era suficiente para construir uma torre (Lucas 14.28-30). Ainda, se relata a história de um devedor, que foi perdoado de sua dívida registrada (Mateus 18.23-27). Tais relatos comprovam que, nos tempos bíblicos, o controle de ativos era prática comum.

2.2 - PERÍODO MEDIEVAL Em Itália, em 1202, foi publicado o livro "Liber Abaci" , de Leonardo Pisano. Estudavam-se, na época, técnicas matemáticas, pesos e medidas, câmbio, etc., tornando o homem mais evoluído em conhecimentos comerciais e financeiros. Se os sumérios-babilônios plantaram a semente da Contabilidade e os egípcios a regaram, foram os italianos que fizeram o cultivo e a colheita. Foi um período importante na história do mundo, especialmente na história da Contabilidade, denominado a "Era Técnica" , devido às grandes invenções, como moinho de vento, aperfeiçoamento da bússola, etc., que abriram novos horizontes aos navegadores, como Marco Pólo e outros.

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A indústria artesanal proliferou com o surgimento de novas técnicas no sistema de mineração e metalurgia. O comércio exterior incrementou-se por intermédio dos venezianos, surgindo, como conseqüência das necessidades da época, o livro caixa, que recebia registros de recebimentos e pagamentos em dinheiro. Já se utilizavam, de forma rudimentar, o débito e o crédito, oriundos das relações entre direitos e obrigações, e referindo-se, inicialmente, a pessoas. O aperfeiçoamento e o crescimento da Contabilidade foram a conseqüência natural das necessidades geradas pelo advento do capitalismo, nos séculos XII e XIII. O processo de produção na sociedade capitalista gerou a acumulação de capital, alterando-se as relações de trabalho. O trabalho escravo cedeu lugar ao trabalho assalariado, tornando os registros mais complexos. No século X, apareceram as primeiras corporações na Itália, transformando e fortalecendo a sociedade burguesa. No final do século XIII apareceu, pela primeira vez a conta "Capital" , representando o valor dos recursos injetados nas companhias pela família proprietária. O método das Partidas Dobradas teve sua origem na Itália, embora não se possa precisar em que região. O seu aparecimento implicou a adoção de outros livros que tornassem mais analítica a Contabilidade, surgindo, então, o Livro da Contabilidade de Custos. No início do Século XIV, já se encontravam registros explicitados de custos comerciais e industriais, nas suas diversas fases: custo de aquisição; custo de transporte e dos tributos; juros sobre o capital, referente ao período transcorrido entre a aquisição, o transporte e o beneficiamento; mão-de-obra direta agregada; armazenamento; tingimento, etc., o que representava uma apropriação bastante analítica para época. A escrita já se fazia no moldes de hoje, considerando, em separado, gastos com matérias-primas, mão-de-obra direta a ser agregada e custos indiretos de fabricação. Os custos eram contabilizados por fases separadamente, até que fossem transferidos ao exercício industrial.

2.3 - PERÍODO MODERNO O período moderno foi a fase da pré-ciência. Devem ser citados três eventos importantes que ocorreram neste período: em 1493, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios bizantinos emigrassem, principalmente para Itália; em 1492, é descoberta a América e, em 1500, o Brasil, o que representava um enorme potencial de riquezas para alguns países europeus; em 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos na Europa, emigram para as Américas, onde se radicaram e iniciaram nova vida. A Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das inúmeras riquezas que o Novo Mundo representava. A introdução da técnica contábil nos negócios privados foi uma contribuição de comerciantes italianos do séc. XIII. Os empréstimos a empresas comerciais e os investimentos em dinheiro determinaram o desenvolvimento de escritas especiais que refletissem os interesses dos credores e investidores e, ao mesmo tempo, fossem úteis aos comerciantes, em suas relações com os consumidores e os empregados.

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O aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade. FREI LUCA PACIOLI Escreveu "Tratactus de Computis et Scripturis" (Contabilidade por Partidas Dobradas), publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos. Pacioli foi matemático, teólogo, contabilista entre outras profissões. Deixou muitas obras, destacando-se a "Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni et Proporcionalitá", impressa em Veneza, na qual está inserido o seu tratado sobre Contabilidade e Escrituração. Pacioli, apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador das Partidas Dobradas. O método já era utilizado na Itália, principalmente na Toscana, desde o Século XIV. O tratado destacava, inicialmente, o necessário ao bom comerciante. A seguir conceituava inventário e como fazê-lo. Discorria sobre livros mercantis: memorial, diário e razão, e sobre a autenticação deles; sobre registros de operações: aquisições, permutas, sociedades, etc.; sobre contas em geral: como abrir e como encerrar; contas de armazenamento; lucros e perdas, que na época, eram "Pro" e "Dano"; sobre correções de erros; sobre arquivamento de contas e documentos, etc. Sobre o Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Pacioli expôs a terminologia adaptada:

"Per " , mediante o qual se reconhece o devedor;

"A " , pelo qual se reconhece o credor.

Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o credor, prática que se usa até hoje. A obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade. A obra de Pacioli não só sistematizou a Contabilidade, como também abriu precedente que para novas obras pudessem ser escritas sobre o assunto. É compreensível que a formalização da Contabilidade tenha ocorrido na Itália, afinal, neste período instaurou-se a mercantilização sendo as cidades italianas os principais interpostos do comércio mundial. Foi a Itália o primeiro país a fazer restrições à prática da Contabilidade por um indivíduo qualquer. O governo passou a somente reconhecer como contadores pessoas devidamente qualificadas para o exercício da profissão. A importância da matéria aumentou com a intensificação do comércio internacional e com as guerras ocorridas nos séculos XVIII e XIX, que consagraram numerosas falências e a conseqüente necessidade de se proceder à determinação das perdas e lucros entre credores e devedores.

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2.4 - PERÍODO CIENTÍFICO

O Período Científico apresenta, nos seus primórdios, dois grandes autores consagrados: Francesco Villa, escritor milanês, contabilista público, que, com sua obra "La Contabilità Applicatta alle administrazioni Private e Plubbliche", inicia a nova fase; e Fábio Bésta, escritor veneziano. Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três escolas do pensamento contábil: a primeira, chefiada por Francisco Villa, foi a Escola Lombarda; a segunda, a Escola Toscana, chefiada por Giusepe Cerboni; e a terceira, a Escola Veneziana, por Fábio Bésta. Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já tivesse inventado a calculadora, a ciência da Contabilidade ainda se confundia com a ciência da Administração, e o patrimônio se definia como um direito, segundo postulados jurídicos. Nessa época, na Itália, a Contabilidade já chegara à universidade. A Contabilidade começou a ser lecionada com a aula de comércio da corte, em 1809. A obra de Francesco Villa foi escrita para participar de um concurso sobre Contabilidade, promovido pelo governo da Áustria, que reconquistara a Lombarda, terra natal do autor. Além do prêmio, Villa teve o cargo de Professor Universitário. Francisco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade, segundo os quais escrituração e guarda livros poderiam ser feitas por qualquer pessoa inteligente. Para ele, a Contabilidade implicava conhecer a natureza, os detalhes, as normas, as leis e as práticas que regem a matéria administradas, ou seja, o patrimônio. Era o pensamento patrimonialista. Foi o inicio da fase científica da Contabilidade. Fábio Bésta, seguidor de Francesco Villa, superou o mestre em seus ensinamentos. Demonstrou o elemento fundamental da conta, o valor, e chegou, muito perto de definir patrimônio como objeto da Contabilidade. Foi Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Bésta, quem pela primeira vez, em 1923, definiu patrimônio como objeto da Contabilidade. O enquadramento da Contabilidade como elemento fundamental da equação aziendalista, teve, sobretudo, o mérito incontestável de chamar atenção para o fato de que a Contabilidade é muito mais do que mero registro; é um instrumento básico de gestão. Entretanto a escola Européia teve peso excessivo da teoria, sem demonstrações práticas, sem pesquisas fundamentais: a exploração teórica das contas e o uso exagerado das partidas dobradas, inviabilizando, em alguns casos, a flexibilidade necessária, principalmente, na Contabilidade Gerencial, preocupando-se demais em demonstrar que a Contabilidade era uma ciência ao invés de dar vazão à pesquisa séria de campo e de grupo. A partir de 1920, aproximadamente, inicia-se a fase de predominância norte-americana dentro da Contabilidade. ESCOLA NORTE-AMERICANA Enquanto declinavam as escolas européias, floresciam as escolas norte-americanas com suas teorias e práticas contábeis, favorecidas não apenas pelo apoio de uma ampla estrutura econômica e política, mas também pela pesquisa e trabalho sério dos órgãos associativos. O surgimento do American Institut of Certield Public Accountants foi de extrema importância no

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desenvolvimento da Contabilidade e dos princípios contábeis; várias associações empreenderam muitos esforços e grandes somas em pesquisas nos Estados Unidos. Havia uma total integração entre acadêmicos e os já profissionais da Contabilidade, o que não ocorreu com as escolas européias, onde as universidades foram decrescendo em nível, em importância. A criação de grandes empresas, como as multinacionais ou transnacionais, por exemplo, que requerem grandes capitais, de muitos acionistas, foi a causa primeira do estabelecimento das teorias e práticas contábeis, que permitissem carreta interpretação das informações, por qualquer acionista ou outro interessado, em qualquer parte do mundo. Nos inícios do século atual, com o surgimento das gigantescas corporações, aliado ao formidável desenvolvimento do mercado de capitais e ao extraordinário ritmo de desenvolvimento que os Estados Unidos da América experimentou e ainda experimenta, constitui um campo fértil para o avanço das teorias e práticas contábeis. Não é por acaso que atualmente o mundo possui inúmeras obras contábeis de origem norte-americanas que tem reflexos diretos nos países de economia. NO BRASIL No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial, exigindo – devido ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados – um melhor aparato fiscal. Para tanto, constituiu-se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). As Tesourarias de Fazenda nas províncias eram compostas de um inspetor, um contador e um procurador fiscal, responsáveis por toda a arrecadação, distribuição e administração financeira e fiscal. Hoje, as funções do contabilista não se restringem ao âmbito meramente fiscal, tornando-se, num mercado de economia complexa, vital para empresas informações mais precisas possíveis para tomada de decisões e para atrair investidores. O profissional vem ganhando destaque no mercado em Auditoria, Controladoria e Atuarial. São áreas de analise contábil e operacional da empresa, e, para atuários, um profissional raro, há a especialização em estimativas e análises; o mercado para este cresce em virtude de planos de previdência privada. Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/historia.htm em 26.02.2009, às 09:54 horas.

3- CONTABILIDADE

3.1 - CONCEITOS

3.1.1 - É a ciência que tem como objetivo observar, registrar e informar os fatos econômico-financeiros acontecidos dentro de um patrimônio pertencente a uma entidade; mediante a aplicação do seu conjunto de princípios, normas, técnicas e procedimentos próprios.

3.1.2 - É a ciência – ou, segundo alguns, a técnica – destinada a estudar e controlar o patrimônio das entidades, do ponto de vista econômico e financeiro, observando os seus aspectos quantitativo e qualitativo e as variações por ele

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sofridas, com o objetivo de fornecer informações sobre o estado patrimonial e suas variações em determinado período. (Hilário Franco e Ernesto Marra) 3.1.3 – É, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários de demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização. (Ibracon) 3.1.4 – É uma arte. É a arte de registrar todas as transações de uma companhia que possam ser expressas em termos monetários. E é também a arte de informar os reflexos dessas transações na situação econômico-financeira dessa companhia. (Nelson Gouveia) 3.1.5 – É a ciência que estuda o patrimônio, à disposição das aziendas, em seus aspectos estáticos e em suas variações, para enunciar, por meio de fórmulas racionalmente deduzidas, os efeitos da administração sobre a formação e a distribuição dos créditos. (Prof. F. Hermann Jr.) 3.1.6 – É a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial. (Hilário Franco); 3.1.7 – É uma ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente do patrimônio da empresa. (Osni Moura Ribeiro) Enfim, existem inúmeros conceitos, de vários autores, e entidades, sobre o que seja a Contabilidade. Entretanto, todos esses conceitos convergem nitidamente em seus enunciados para o controle do patrimônio através das informações prestadas pela Contabilidade. Vejamos o conceito oficial de Contabilidade, enunciado no Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, em 1924: Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativas à administração econômica.

3.2 – OBJETO O objeto da Contabilidade é o patrimônio das entidades. Patrimônio administrável e em constante alteração. O objeto da contabilidade é, pois, o patrimônio administrável, à disposição das entidades econômico-administrativas, sobre o qual ela fornece as informações necessárias à avaliação da riqueza patrimonial e dos resultados produzidos por sua gestão.

3.3 - FINALIDADES

- Controlar o patrimônio das entidades. - Apurar o resultado das entidades. - Prestar informações sobre o patrimônio, sobre o resultado das entidades

aos diversos usuários das informações contábeis.

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3.4 - ENTIDADE

É qualquer pessoa física ou jurídica detentora de um patrimônio. Modernamente as finalidades da Contabilidade são reunidas em duas: - Planejamento - a informação contábil pode ser um forte suporte para o

planejamento e, mais ainda, quando estabelecendo padrões, torna claras situações futuras. - Controle - está ligado à análise das definições adotadas pela organização.

3.5 - CAMPO DE APLICAÇÃO

Pessoas físicas e pessoas jurídicas com finalidade lucrativa ou não, inclusive as de Direito Público como a União, Estados e Municípios.

3.6 - INTERESSADOS NAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS

São todas as pessoas físicas ou jurídicas que, direta ou indiretamente, tenham interesse na avaliação e no desenvolvimento da entidade. Podemos citar como exemplos os que se seguem:

- Os proprietários e sócios de empresas; - Os administradores de empresas; - Os empregados das empresas; - Os fornecedores e financiadores; - Governos; - O público em geral.

3.7 - TÉCNICAS CONTÁBEIS

Para atingir sua finalidade, a Contabilidade utiliza-se das seguintes técnicas contábeis:

Escrituração (registro dos fenômenos patrimoniais)

Demonstrações Contábeis (balanços e outras demonstrações)

AUDITORIA

Análise de Balanços

3.7.1 – ESCRITURAÇÃO

É a técnica pela qual os fatos que ocorrem na entidade influenciando o seu patrimônio, são registrados. A escrituração é o registro dos fatos que ocorrem no patrimônio. Esse registro obedece a princípios e normas contábeis consagrados pela doutrina e pela técnica e é feito em ordem cronológica, o que dá a contabilidade característica de verdadeira história do patrimônio. Não se cinge a esse aspecto histórico, entretanto, sua função, pois os registros evidenciam a expressão monetária dos fatos, selecionando-os, segundo critérios técnicos, de acordo com a natureza de cada um, o que permite sejam eles reunidos em grupos homogêneos, que distinguem os diversos componentes do patrimônio e suas variações.

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3.7.2 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

O simples registro e seleção dos fatos, dados seu volume e heterogeneidade, não são elementos suficientes para atingir a finalidade informativa da contabilidade. Daí serem esses fatos reunidos em demonstrações sintéticas, que recebem a denominação genérica de demonstrações contábeis, sendo relatórios onde são agrupados e divulgados os fatos. Cada relatório é feito para atender a uma finalidade específica. Quando essas demonstrações têm em vista as exposições dos componentes patrimoniais, recebem o nome de Balanço Patrimonial. Quando visam demonstrar as variações patrimoniais, bem como o resultado econômico de um período administrativo, recebem a denominação de Demonstração do Resultado do Exercício. Outras demonstrações contábeis já estão consagradas pelo uso, podendo destacar-se:

Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA): demonstra a movimentação ocorrida nos resultados de exercícios anteriores;

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR): destinada a demonstrar como surgiram os recursos econômico-financeiros manipulados no exercício e onde foram aplicados;

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido: Abrange as variações sofridas no exercício por todas as contas integrantes do Patrimônio Líquido (pode substituir a DLPA);

Notas Explicativas: Não são demonstrações, mas são complementos destas, integrando-as, e se destinam, precipuamente, a esclarecer os principais critérios adotados na avaliação dos elementos patrimoniais e na apropriação dos resultados, além de propiciar outras informações, tornando mais intelegíveis as demonstrações contábeis e permitindo análise mais segura do patrimônio e de suas variações.

Com o advento das Leis 11.638/2007 e 11.941/2009 que estão

atualizando em parte a antiga Lei das S.A (6.404/76), surgiram novas Demonstrações Contábeis que é o caso da DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa) que tem a mesma finalidade da DOAR e ao mesmo tempo a substitui. A citada demonstração explica as variações do caixa de forma direta ou indireta via pagamentos / recebimentos e contas do patrimônio. Outra nova demonstração vigente é a DVA (Demonstração do Valor Agregado) que é de cunho mais social e demonstra os recursos que a empresa gera para as partes interessadas à mesma (stakeholders) que são: sócios/acionistas, funcionários via salários, governo via impostos, financiadores via juros pagos, entre outros.

3.7.3 – AUDITORIA Para mensurar a adequação e confiabilidade dos registros e das demonstrações contábeis, a Contabilidade utiliza-se também de uma técnica que lhe é própria, chamada auditoria, que consiste no exame de documentos,

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livros e registros, inspeções, obtenção de informações e confirmações internas e externas, obedecendo a normas apropriadas de procedimento, objetivando verificar se as demonstrações contábeis representam adequadamente a situação nelas demonstrada, de acordo com princípios fundamentais e normas de contabilidade, aplicada de maneira uniforme.

Ou seja, é o exame da "documentação contábil" obedecendo às normas especiais de procedimentos a fim de verificar se os demonstrativos apresentados representam com fidelidade a situação patrimonial.

3.7.4 – ANÁLISE DE BALANÇOS

Como algumas das demonstrações contábeis são sintéticas e nem sempre esclarecem a composição analítica do patrimônio e de suas variações, a Contabilidade dispõe de mais uma técnica especializada, denominada Análise de Balanços, que permite decompor, comparar e interpretar essas demonstrações contábeis, oferecendo, aos interessados na riqueza patrimonial, dados analíticos e interpretação sobre os componentes do patrimônio e sobre os resultados da atividade econômica desenvolvida pela entidade.

Em linhas gerais, é a utilização de métodos e processos específicos na decomposição, comparação e interpretação do conteúdo das demonstrações contábeis para determinar a capacidade de pagamento da empresa, o grau de solvência, a evolução da empresa, a estrutura patrimonial e outros.

3.8 – APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE

Uma pergunta comum entre os principiantes no estudo da Contabilidade é: Onde aplicar a Contabilidade? O campo da aplicação da Contabilidade abrange todas as entidades econômico-administrativas, até mesmo as pessoas de direito público, como a União, os Estados, os Municípios, as Autarquias etc. Entidades econômico-administrativas: são organizações que reúnem

os seguintes elementos: pessoas, Patrimônio, titular, ação administrativa e fim determinado. As entidades econômico-administrativas, considerando-se o fim a que se destinam, podem ser classificadas em instituições e empresas. Instituições: são entidades econômico-administrativas com finalidades sociais ou com finalidades socioeconômicas. As com objetivos sociais são aquelas cuja administração tem por objetivo o bem-estar social da coletividade, como as associações recreativas e esportivas, os hospitais beneficentes, os asilos etc.; as com finalidades socioeconômicas são aquelas cuja administração tem interesse no aspecto econômico da entidade, porém este reverte em benefício da coletividade. São exemplos os institutos de aposentadorias, pensões, previdência, etc. Empresas: são entidades econômico-administrativas que têm finalidade econômica, isto é, visam o lucro. Desenvolvem os mais variados ramos de

atividades, como comércio, indústria, agricultura, pecuária, transportes, telecomunicações, turismo, prestação de serviços, etc.

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Quanto à natureza do capital com que são constituídas, as empresas podem ser públicas, particulares e mistas. São públicas aquelas constituídas com capital do Governo (por exemplo, Caixa Econômica Federal-CEF, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos-ECT, etc). São privadas (particulares) aquelas constituídas com capital de particulares (por exemplo, Casas Pernambucanas, Casas Bahia, Padaria Estrela, etc.) São mistas aquelas constituídas com capital do Governo e de particulares ao mesmo tempo (por exemplo, Banco do Brasil S/A, Petrobrás, etc.). Certamente, você já ouviu falar em empresas, firmas, lojas, casas comerciais, clubes de futebol, indústrias, bancos, escolas, cinemas, teatros, lanchonetes, empresas multinacionais, etc. Existe uma infinidade de entidades econômico-administrativas que o homem Constituí para atingir algum objetivo, seja de ordem econômica ou social. Você pode imaginar vários tipos de organizações: instituições governamentais; empresas públicas, particulares e mistas; instituições com finalidades sociais ou socioeconômicas. Todas elas devem ser adequadamente organizadas e bem controladas para que possam atingir o seu objetivo da melhor maneira possível. Esses controles são efetuados, como vimos, pela Contabilidade, através de suas técnicas. Esse é o campo de aplicação da Contabilidade e, conseqüentemente, o campo de trabalho dos contabilistas.

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(2ª ATIVIDADE)

Responder ao questionário dado nos exercícios em folha a parte para entrega ao professor.

---------------------------------------------------------------------------------------------- EXERCÍCIO 01

Algumas respostas estão no texto dado.

Outras respostas não serão encontradas no texto serão usadas para debates com os colegas e professor.

1- Responda: a) O que é Contabilidade? b) Diferencie objetivo e finalidade da Contabilidade. c) Defina cada uma das técnicas contábeis. d) O que é empresa? e) O que você entende por gestão da empresa? f) A contabilidade é importante na gestão das organizações? Porque? g) Quando se inicia o processo da contabilização? 2- Assinale a alternativa correta:

A escrituração começa pelo livro: a. ( ) Registro de Inventário; b. ( ) Contabilidade; c. ( ) Caixa; d. ( ) Diário

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3- Coloque V se a afirmativa for verdadeira e F se for falsa:

( ) A escrituração no livro Diário poderá ser feita sem que haja documentos comprobatórios. ( ) A escrituração no livro Diário poderá ser feito mediante qualquer comprovante. ( ) Não se pode escriturar nada nos livros contábeis sem que haja documentos idôneos que comprovem que aquilo que está sendo registrado é verdadeiro. ( ) O capital inicial só poderá ser constituído em dinheiro. ( ) O capital inicial não poderá ser constituído por dinheiro. ( ) O capital inicial não necessariamente será constituído apenas por dinheiro. 4- Assinale a alternativa correta: I. As pessoas que fornecem mercadorias para a sua empresa são os: a. ( ) compradores c. ( ) fornecedores b. ( ) clientes d. ( ) vendedores II. As pessoas que compram mercadorias de sua empresa são os: a. ( ) fornecedores c. ( ) clientes b. ( ) viajantes d. ( ) vendedores 5- Coloque V se a afirmativa for verdadeira e F se for falsa: ( ) são públicas as empresas constituídas com capital de particulares; ( ) são públicas as empresas constituídas com capital do Governo. ( ) são públicas as empresas constituídas com capital do Governo e de particulares. 6- Complete: a. As empresas constituídas com capital de particulares, sem interferência do Governo, são denominadas empresas ........................................... . b. As empresas ........................ são constituídas com capital do Governo. c. As empresas constituídas com capital do Governo e de particulares ao mesmo tempo são chamadas empresas ............................... . 7- Cite três exemplos de:

a. empresas públicas: b. empresas particulares: c. empresas mistas: 8- Assinale a alternativa correta:

O principal objetivo da empresa é: a. ( ) prestar serviços à coletividade; c. ( ) pagar impostos; b. ( ) vender mercadorias; d. ( ) o lucro.

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4- PATRIMÔNIO

4.1 - CONCEITO CONTÁBIL DE PATRIMÔNIO

O Patrimônio, sendo o objeto da contabilidade, define-se como o conjunto formado pelos bens, pelos direitos e pelas obrigações pertencentes a uma pessoa (física ou jurídica), e que seja passível de avaliação em moeda. Pode também ser considerado o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma entidade num determinado momento, susceptíveis de avaliação econômica.

Como bens, podemos entender as coisas capazes de satisfazer necessidades

humanas, suscetíveis de avaliação econômica. Podemos distinguir os bens em duas espécies:

Bens Materiais: Também chamados de bens corpóreos, ou de bens

tangíveis; representam os objetos que a empresa tem para uso (prédios, móveis, carros, etc.), para venda/troca (mercadorias, dinheiro, etc.), ou para consumo (material de limpeza, de expediente, etc.);

Bens Imateriais: Também tidos como bens incorpóreos ou

intangíveis; são os gastos que, por sua natureza, a legislação exige que sejam tidos como parte do patrimônio (ativo diferido, gastos com reformas, benfeitorias, etc.); como tais também são classificadas as marcas e as patentes, o fundo de comércio, etc.

Direitos: São todos os valores que as empresas têm para receber de terceiros,

tais como duplicatas a receber, promissórias a receber, aluguéis a receber, etc.

Obrigações: São os valores que as empresas têm a pagar a terceiros, como

duplicatas a pagar, salários a pagar, impostos a pagar, etc.

IMPORTANTE: A maioria dos valores que representam direitos são denominados contabilmente seguidos da expressão a receber, bem como, a maioria dos valores representativos de obrigações são seguidos da expressão a pagar. Entretanto, pode haver exceções, como no caso das contas Clientes e Fornecedores, que representam um direito e uma obrigação, respectivamente. Há também casos em que obrigações tributárias são seguidas da expressão a recolher.

4.2 – ASPECTOS QUALITATIVO E QUANTITATIVO

Os relatórios e demonstrativos contábeis apresentam, em relação aos dados que contêm, tanto aspectos qualitativos como aspectos quantitativos, que podem ser definidos como sendo:

a) Aspectos Qualitativos: são os nomes, os títulos dados aos elementos

patrimoniais, de acordo com sua classificação contábil; designando assim a natureza de cada elemento;

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b) Aspectos Quantitativos: Consiste em atribuir valor monetário a cada

elemento do patrimônio.

4.3– COMPONENTES BÁSICOS

4.3.1 - ATIVO

Representa todos os bens, direitos e valores a receber de uma entidade. Se uma empresa compra uma máquina, esta representa um bem de sua propriedade, portanto um ativo.

Por outro lado, se uma empresa paga determinada quantia, digamos, pela patente de uma invenção, ela passa a ter o direito sobre essa patente. Assim uma patente representa um direito; logo um ativo.

Exemplos de ativos:

- dinheiro guardado em banco; - duplicatas a receber provenientes de vendas a prazo; - veículos; - imóveis; - terrenos; - estoque de mercadorias.

4.3.2 - PASSIVO

Representa todas as obrigações financeiras que uma empresa tem para com terceiros. É tudo que deve; as dívidas que ela contraiu.

Assim se uma empresa adquire um veículo para pagamento a prazo, a posse do mesmo representa um ativo. Mas por outro lado, a empresa passa a ter uma obrigação para com a pessoa ou empresa que vendeu o veículo. Assim, ela passa a ter uma obrigação, que representa um passivo exigível.

Exemplos de passivos:

-duplicatas a pagar;

-salários a pagar

- aluguéis pagar

- encargos sociais a pagar

- juros a pagar

- impostos a pagar

4.3.3 - PATRIMÔNIO LIQUIDO

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O patrimônio líquido representa o registro do valor que os proprietários de uma empresa têm aplicado no negócio.

Para ilustrar, vamos admitir que você e um sócio decidiram abrir uma empresa. Mas, para iniciar as atividades, a empresa necessita de um capital inicial de R$ 20.000.000, que vocês entregam ao gerente da firma.

No momento em que a empresa recebe o dinheiro, a posse deste representa

um ativo.

Mas, por outro lado, a empresa deve registrar que seus proprietários (os sócios) aplicaram no negócio uma determinada quantia, o capital, que representa o patrimônio líquido da empresa.

Neste ponto, uma dúvida muito comum costuma surgir. Nós aprendemos que os bens de uma empresa representam o seu patrimônio. Por que, de repente, o patrimônio passa a ser chamado ativo e o valor que os proprietários aplicaram no negócio é denominado patrimônio líquido?

A resposta é simples. Suponhamos que você decida comprar um veículo; porém uma parte da compra será financiada.

Assim temos:

Valor do veículo R$ 10.000;

Valor pago à vista R$ 4.000

Valor a pagar R$ 6.000

Agora observe: a posse do veículo representa para você um patrimônio, chamado ativo.

Ao mesmo tempo, o valor que você ficou devendo, representa uma obrigação e consequentemente, um passivo exigível.

Dessa forma, se você tem um patrimônio no valor de R$ 10.000, mas ainda está devendo R$ 6.000 referente à sua compra, o valor líquido de seu ativo é R$ 4.000,00. O que equivale a dizer que seu patrimônio líquido monta em R$

4.000.

4.4 - EQUAÇÃO BÁSICA PATRIMONIAL

Agora que já sabemos classificar ativos, passivos e patrimônio líquido, vejamos a equação básica da contabilidade, que é bem simples:

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

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A equação vista é chamada de "equação do balanço", porque consiste em "balancear" o total do ATIVO com o total obtido pela soma do PASSIVO mais o PATRIMÔNIO LIQUIDO.

Sob o aspecto quantitativo o patrimônio é visto como um fundo de valores; de

um lado, valores positivos (o ATIVO), formado pelo conjunto de bens e direitos e, de outro, valores negativos (o PASSIVO, formado pelas obrigações assumidas.)

4.5 - DESPESAS, RECEITAS E RESULTADO

4.5.1 - Conceito de Despesas

Despesas de uma empresa são os gastos, desembolsados ou devidos pela mesma, necessários ao desenvolvimento de suas operações.

Os gastos devidos são aqueles que ainda não foram desembolsados, mas que já ocorreram.

Exemplo: as despesas de gasolina para pagamento no final do mês. Quando você pagar a conta do posto de gasolina, então o gasto passará a ser desembolsado.

Não confunda desembolso com despesa.

O desembolso significa entregar dinheiro a alguém por algum motivo.

Por exemplo o desembolso que você faz ao comprar um automóvel à vista não representa uma despesa: você passa a ter um ativo, desde que representa um bem para seu uso, e revenda posterior.

Porém, a gasolina que você paga para que o carro ande representa uma despesa.

Assim sendo, a diferença básica entre desembolso e despesa esta no seguinte critério: se o desembolso provocar um aumento do ativo, ou uma redução do passivo exigível, não será uma despesa.

Não sendo esse o caso, então o desembolso representará uma despesa.

Exemplos de despesas:

- Salários de empregados; - Aluguel de salas; - Gastos com material de limpeza; - Gastos com material de escritório; - Juros sobre empréstimos; - Comissões de vendedores;

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Veja que nenhum dos exemplos acima representa um aumento do ativo ou uma diminuição do passivo exigível.

4.5.2 - Conceito de Receitas

Considera-se como receita de uma empresa o dinheiro que a mesma recebe ou tem direito a receber, proveniente das operações da mesma.

Observe a diferença entre recebido e "com direito a receber". Exemplo: você é um corretor de imóveis e vende um apartamento de um cliente.

Ao receber o dinheiro da comissão - que representa uma receita para você - ele provocará um aumento do seu ativo.

Na hipótese de você não ter recebido a comissão no ato da venda, você terá o direito "a receber" posteriormente, esse "direito" originou-se de uma receita.

Não faça confusão, porém, entre os recebimentos provenientes de receitas e aqueles originados de outras fontes.

Por exemplo: o dinheiro que você recebeu,a título de empréstimo do banco representa um recebimento, e não uma receita.

O critério de distinção seria: se o recebimento provocar diminuição do ativo ou aumento do passivo exigível, não será uma receita.

Não sendo esse o caso, então o recebimento representará uma receita.

Exemplos de Receitas:

- Receita de serviços prestados; - Receita de aluguel; - Receita de juros; - Receita de vendas.

Observe que nenhum dos exemplos acima representa uma diminuição do ativo ou aumento do passivo exigível.

4.5.3 - Conceito de Resultado

Agora que já conhecemos o conceito de despesas e de receitas, o conceito de resultado é bem simples: representa a diferença entre as despesas e receitas de um período determinado.

Receitas - Despesas = Resultado

Existem dois tipos de resultados entre despesas e receitas:

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LUCRO OU PREJUÍZO

- Lucro: total de receitas é superior ao total de despesas;

- Prejuízo: total de despesas é maior que a soma de receitas.

A influência do resultado entre despesas e receitas no patrimônio líquido:

- As receitas aumentam o Patrimônio Liquido; - As despesas diminuem o Patrimônio Liquido.

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(3ª ATIVIDADE)

Responder aos questionários dado no exercício 02 em folha a parte para entrega ao professor.

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EXERCÍCIO 02

1- Relacione a coluna da esquerda com a da direita: a. Direitos ( ) Duplicatas a Pagar b. Bens Materiais ( ) Benfeitorias em Imóveis de Terceiros c. Bens Imateriais ( ) Clientes d. Obrigações ( ) Mesa 2- Assinale a alternativa que contém apenas Obrigações: a. ( ) Fornecedores, Duplicatas a Receber, Dinheiro; b. ( ) Móveis, Clientes, Fornecedores; c. ( ) Fornecedores, Salários a Pagar, Impostos a Pagar. 3- Assinale a alternativa que contém apenas Bens móveis: a. ( ) Dinheiro, Terrenos, Duplicatas; b. ( ) Fornecedores, Mesas, Armários; c. ( ) Armários, Mesas, Máquinas e equipamentos. 4- Complete: a. O aspecto qualitativo consiste em ........................... os Bens, Direitos e as Obrigações; b. O aspecto quantitativo consiste em .............. aos Bens, Direitos e às Obrigações os seus respectivos ................................. . 5- Coloque V se a afirmativa for verdadeira e F se for falsa: ( ) Elementos positivos são as Obrigações; ( ) Elementos positivos são os Bens e as Obrigações; ( ) Elementos positivos são os Bens e os Direitos; ( ) Ativo é composto por Bens e por Obrigações; ( ) Passivo é composto por elementos negativos; ( ) Ativo e Passivo compõem o Patrimônio da empresa.

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6- Complete: a. Os elementos que devem ser representados do lado esquerdo do gráfico representativo do Patrimônio são os ......................... e os ................................ . b. Os elementos que devem ser representados do lado direito do gráfico representativo do Patrimônio são as ................................. . 7- Responda: a. Qual é o conceito de Patrimônio? b. O que são Bens? c. Cite cinco exemplos de Bens: d. Do ponto de vista contábil, o que são Bens? e. O que são Bens materiais e como se dividem? f. O que são Bens imateriais? Cite dois exemplos: g. O que você entende por Direitos? Cite três exemplos: h. O que você entende por Obrigações? Cite três exemplos: i. O que é Ativo? 8- Classifique os elementos constantes do quadro a seguir em: A- Bens ou Direitos ou Obrigações B- Positivo ou Negativo C- Ativo ou Passivo

ELEMENTOS A B C

Dinheiro Bem Positivo Ativo

Estoque de Mercadorias

Duplicatas a Receber

Duplicatas a Pagar

Imóveis

Biblioteca

Máquina de Calcular

Terrenos

Veículos

Impostos a Pagar

Promissórias a Receber

Promissórias a Pagar

Instalações

Ferramentas

Aluguéis a Pagar

Mesa

Prateleira

Computador

Ventilador

Carnês a Receber

9- Represente os seguintes elementos no gráfico em forma de T, colocando no lado esquerdo os Bens e os Direitos (Ativo) e no lado direito as Obrigações (Passivo):

Caixa, Veículos, Instalações, Duplicatas a Pagar, Fornecedores, Duplicatas a Receber, Clientes, Móveis e Utensílios, Promissórias

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A Pagar, Impostos a Pagar e Promissórias a receber.

10- Marque com um “ X ” a resposta correta: A) Os valores atribuídos aos bens, direitos e obrigações são representados pela palavra: ( ) Conta; ( ) Patrimônio; ( ) Ativo; ( ) Situação Líquida; ( ) Passivo. B) O total de bens e direitos é representado pela palavra: ( ) Patrimônio; ( ) Ativo; ( ) Conta; ( ) Situação Líquida; ( ) Passivo C) É o resultado encontrado na aplicação da fórmula: Bens + Direitos - Obrigações: ( ) Aspecto qualitativo patrimonial; ( ) Aspecto de atuação patrimonial; ( ) Resultado de Exercícios Futuros; ( ) Situação Líquida Patrimonial; ( ) Aspecto quantitativo patrimonial. D) São contas representativas de bens, exceto: ( ) Caixa; ( ) Móveis e Utensílios; ( ) Prestamistas; ( ) Máquinas e Aparelhos; ( ) Bancos C/ Movimento. E) O total de obrigações é representado pela palavra: ( ) Conta; ( ) Passivo; ( ) Ativo; ( ) Situação Líquida; ( ) Patrimônio. F) Dentre as contas abaixo relacionadas, assinale aquela em que todas as contas do item são representativas de DIREITOS: ( ) Caixa e Prestamistas; ( ) Veículos e Duplicatas a Receber; ( ) Imóveis e Móveis e Utensílios; ( ) Títulos a Pagar e Bancos C/ Movimento; ( ) Títulos a Receber e Clientes. G) Assinale a alternativa abaixo que representa a SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL NEGATIVA: ( ) Ativo > Passivo; ( ) Ativo < Patrimônio; ( ) Passivo = Ativo; ( ) Ativo < Passivo; ( ) Patrimônio < Passivo. 11- Na relação abaixo, destaque os componentes do patrimônio, com o seguinte procedimento: B = Bem D = Direito O = Obrigações

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( ) Títulos a Pagar ( ) Fornecedores ( ) Imóveis ( ) Móveis e Utensílios ( ) Máquinas e Aparelhos ( ) Veículos ( ) Marcas e Patentes ( ) Prestamistas ( ) Clientes ( ) Bancos C/ Movimento ( ) Duplicatas a Receber ( ) Caixa ( ) Adiantamento a Empregados ( ) Salários a Pagar ( ) Empréstimos ( ) FGTS a Recolher ( ) Adiantamento de Clientes ( ) Mercadorias ( ) Aplicações Financeiras ( ) Adiantamentos a Fornecedores ( ) Lucros ( ) Capital Social ( ) Móveis e Utensílios ( ) Terrenos ( ) INSS a Recolher ( ) Duplicatas a Pagar ( ) Semoventes 12- Monte um gráfico com os valores abaixo, apurando, ao final, a situação líquida patrimonial. 12.1 - Imóveis R$ 100,00 - Fornecedores R$ 188,00 - Caixa R$ 600,00 - Veículos R$ 200,00 - Clientes R$ 156,00 - Bancos Conta Movimento R$ 286,00 - Salários a Pagar R$ 263,00 - Máquinas e Aparelhos R$ 86,00

12.2 . Caixa R$ 100,00 . Duplicatas a Pagar R$ 200,00 . Mercadorias R$ 150,00 . Empréstimos a Pagar R$ 300,00 . Imóveis R$ 200,00 . Móveis e Utensílios R$ 200,00 . Veículos R$ 250,00 . Salários a Pagar R$ 100,00 . Aluguéis a Pagar R$ 200,00 . Máquinas e Aparelhos R$ 100,00 . Impostos a Pagar R$ 200,00 12.3 . Empréstimos a Pagar R$ 2.000,00 . Duplicatas a Receber R$ 1.000,00 . Máquinas e Aparelhos R$ 3.000,00 . Móveis e Utensílios R$ 2.500,00 . Duplicatas a Pagar R$ 1.500,00

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. Promissórias a Pagar R$ 3.500,00

. ICMS a Recolher R$ 2.000,00

. Caixa R$ 2.500,00

. Mercadorias R$ 2.000,00

. Bancos C/Movimento R$ 3.000,00

. INSS a Recolher R$ 1.000,00

. PIS a Recolher R$ 1.000,00

. Promissórias a Receber R$ 1.500,00

. Adiantamentos Empregados R$ 1.000,00 12.4 . Adiant. a Empregados R$ 10.000,00 . Promissórias a Pagar R$ 20.000,00 . Caixa R$ 15.000,00 . Mercadorias R$ 25.000,00 . Empréstimos a Pagar R$ 30.000,00 . Duplicatas a Pagar R$ 20.000,00 . Duplicatas a Receber R$ 15.000,00 . Impostos a Recolher R$ 10.000,00 . Móveis e Utensílios R$ 15.000,00 . Imóveis R$ 25.000,00 . Salários a Pagar R$ 10.000,00 . PIS a Pagar R$ 20.000,00 . Instalações R$ 10.000,00 . Contas a Pagar R$ 10.000,00 . Capital R$ 30.000,00

* OBS: Para montagem dos gráficos vocês deverão classificar as contas acima em Bens, Direitos e Obrigações.

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5- CONTAS E ESCRITURAÇÃO

5,1 – CONCEITOS

A Escrituração é uma técnica contábil que consiste no registro, em livros próprios, dos fatos administrativos de correntes da atividade de uma entidade. Tais fatos contábeis devem ser registrados por seus aspectos qualitativos e quantitativos, com a finalidade de controle do patrimônio, de apuração do resultado do exercício social, bem como de prestação de serviço de informações contábeis.

O registro de um fato contábil é chamado de lançamento contábil; este é efetuado nos livros contábeis próprios.

Concluímos então que a escrituração é uma técnica contábil que efetua os registros dos fatos contábeis através dos lançamentos contábeis.

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5.2- FATOS CONTÁBEIS

Os fatos contábeis classificam-se em:

a) Fatos Permutativos b) Fatos Modificativos c) Fatos Mistos

5.2.1 - Fatos Permutativos

Não alteram o patrimônio líquido, ocorrendo somente trocas entre os elementos do patrimônio, tais como: bens por bens, bens por obrigações, direitos por bens, etc.

Exemplos: - compra de mercadorias a vista (bens por bens);

-compra de mercadorias a prazo (bens por obrigações);

- recebimento de uma duplicata (direitos por bens)

5.2.2 - Fatos Modificativos

Alteram o patrimônio líquido aumentando-o ou diminuindo-o, como as receitas e as despesas.

Exemplos:

- receitas de aluguel - fato modificativo aumentativo - receitas de juros - fato modificativo aumentativo - despesas de salários - fato modificativo diminutivo - despesas financeiras - fato modificativo diminutivo

5.2.3 - Fatos Mistos

Combina fatos permutativos e modificativos.

Exemplos:

- venda de mercadorias com lucro - Fato Misto Aumentativo - venda de mercadorias com prejuízo - Fato Misto Diminutivo - pagamento de uma duplicata com juros - Fato Misto Diminutivo - recebimento de uma duplicata com juros - Fato Misto Aumentativo.

5.3 - O REGISTRO DAS TRANSAÇÕES

5.3.1 - MEIO DE REGISTRO: CONTAS

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Suponhamos que você vá ao banco e efetue um depósito em seu próprio nome.

Sendo correntista do banco, você terá uma conta aberta em seu nome. O que significa dizer que o valor depositado vai ser anotado em um registro,

destinado a demonstrar todas as suas transações com o banco, chamado conta.

Da mesma forma que o banco, as empresas utilizam para registrar as transações ocorridas, uma conta.

O nome de uma conta indica o tipo de transação que deve ser registrado na mesma. E deve indicar também se a conta é de ativo, passivo exigível ou patrimônio líquido.

5.3.2 - LANÇAMENTOS

É o registro de uma transação em uma conta.

Os elementos "anotados" em um lançamento são:

- Local e data, - O nome das contas que sofrerão alterações (Contas devedoras e

credoras) - Um breve histórico da transação. - O valor da transação.

5.3.3 - CONVENÇÕES PARA REGISTRO: DÉBITO E CRÉDITO

Débito e crédito são palavras convencionadas para indicar se uma transação aumenta ou diminui o ativo, o passivo exigível e o patrimônio líquido de uma empresa. Como o total de cada um desses componentes é formado pela soma de diversas contas, temos que os débitos e créditos indicam se o saldo de uma conta deve ser aumentado ou diminuído em função de uma transação.

Em resumo: as transações são registradas nas contas, através de lançamentos de débitos e créditos.

Toda vez que:

ATIVO PASSIVO PATRIMONIO LIQUIDO (+) AUMENTAR Débito Crédito Crédito (-) DIMINUIR Cédito Débito Débito

5.3.4 - ONDE REGISTRAR: LIVRO DIÁRIO GERAL

- valor dos débitos e créditos em cada conta

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- histórico da transação, descrito de forma resumida

5.3.5 - CONTROLE DE CONTAS INDIVIDUAIS: LIVRO RAZÃO

O razão representa um sistema pelo qual se controla a movimentação ocorrida individualmente em cada conta.

A escrituração do mesmo pode ser feita através de um livro, ou pela utilização de fichas, cada página ou ficha representando uma conta.

Exemplos de transações

A empresa, Modelo S/C Ltda, presta serviços de assistência técnica e iniciou suas atividades em 20XA. Até 31 de julho de 20XA ocorreram as transações descritas abaixo.

1. Cinco sócios formaram a sociedade, com a participação de R$ 10.000 de cada, integralizada em dinheiro. O valor total foi entregue ao gerente da firma.

Explicação: O dinheiro entrou em caixa, aumentando o ativo (por débito). Foi também feito o registro do capital social (por crédito, aumentando o patrimônio líquido).

2. O dinheiro foi depositado em banco.

Explicação: O ativo caixa foi diminuído (por crédito), mas o ativo banco c/ movimento aumentou (por débito).

3. Foram comprados móveis e utensílios, a prazo, no valor de R$ 1.500.

Explicação: A firma adquiriu a posse de um bem (aumentando o ativo por débito), assumindo uma obrigação (por crédito).

4. A firma prestou serviços, cobrando R$ 5.000, depositados em banco.

Explicação: O dinheiro recebido e depositado representa um aumento do ativo (por débito), enquanto o registro da origem do numerário aumenta o patrimônio líquido (por crédito).

5. Foram pagos por cheque os salários dos empregados, R$ 1.600. Explicação: O registro do aumento das despesas (e diminuição do patrimônio líquido) é feito por um débito; a saída do numerário (diminuição do ativo) é registrada através de um crédito.

6. Prestou serviços a uma empresa, emitindo uma fatura e duplicata de R$ 6.000, para recebimento em 30 dias.

Explicação: A firma passou a ter um valor a receber, aumentando o ativo (por débito), devendo registrar a origem do mesmo (receita de serviços, aumento do patrimônio líquido, por crédito).

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7. Pagou 20% da compra a prazo dos móveis e utensílios.

Explicação: O valor das obrigações foi diminuído (por débito), enquanto o numerário em banco também diminuiu (por crédito).

Esquema de Contabilização:

Debita-se onde se aplica o recurso Credita-se a fonte do recurso

5.4 - ESTRUTURA DAS CONTAS

A conta tem alguns elementos essenciais, são:

Título, que deve representar o componente do patrimônio que identifica.

Histórico, narração resumida do fato contábil que provocou a alteração na conta.

Débitos e Créditos, são registrados um ou outro dependendo se a conta foi

debitada ou creditada.

Saldo, é o valor resultante da diferença entre débitos e créditos sofridos pela conta.

Coluna D/C, identifica se o saldo é devedor ou credor.

Essa estrutura pode ser melhor visualizada observando-se um livro razão.

5.5 - PLANO DE CONTAS

Toda obra exige um estudo prévio, elaboração de um programa e estabelecimento detalhado de um plano de ação.

O arquiteto ou engenheiro antes de iniciar a construção de um prédio ele prepara uma planta e um cronograma de obras que devera ser seguido pelo mestre de obras.

Na contabilidade de uma entidade/empresa seja ela de que porte for, o plano prévio de ação chama se PLANO DE CONTAS.

É definido como um elenco de todas as contas previstas pelo contabilista como necessárias aos seus registros contábeis.

Ele não poderá ser rígido e inflexível, devendo pelo contrário permitir que sejam inseridas novas contas ou excluídas contas que não serão mais usadas nos registros contábeis. Recomenda-se ir alterando o plano de contas durante o ano em curso e no final deste, imprimir o mesmo por ocasião do balanço anual.

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Veja um esquema de montagem de um plano de contas:

1- Ativo 1.1 - Ativo Circulante 1.2 - Ativo Não Circulante 1.3 - Compensação Ativa

2 - Passivo 2.1 - Passivo Circulante 2.2 - Passivo Não Circulante 2.3 - Patrimônio Liquido 2.4 - Compensação Passiva

3 - Receitas 3.1 - Operacionais 3.2 - Não Operacionais 4 - Despesas 4.1 - Operacionais 4.2 - Não Operacionais

5 - Apuração de Resultado 5.1 - Resultado Bruto 5.2 - Resultado Liquido

Esta é a estrutura principal de um plano de contas, devendo o contabilistas ao longo de sua atividade na empresa ir inserindo ou excluindo contas dentro destes grupos.

Cada empresa elabora seu plano de contas sempre obedecendo seus interesses e principalmente as disposições previstas na lei 6.404/76 ( lei de sociedades por ações) em seu artigo 178.

5.6 – CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS

A perfeita classificação das contas pressupõe o conhecimento ou a definição da natureza do elemento por ela representado.

5.7 - CONCILIAÇÃO CONTÁBIL

Para iniciarmos o processo de encerramento da movimentação contábil do ano, é necessário que os saldos de todas as Contas de nossa contabilidade estejam com os seus saldos corretos, ou seja, os saldos contábeis devem corresponder exatamente com os saldos reais existentes na data de 31/12/.

No decorrer da movimentação contábil de uma empresa são realizados centenas de lançamentos propiciando, com isso, a possibilidade da ocorrência de alguns erros que se não corrigidos antes do encerramento, deixarão os saldos das Contas irreais, trazendo reflexos nas Demonstrações Financeiras da empresa de modo que estas não espelharão a sua situação patrimonial real.

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Os erros mais comuns são: - Valores lançados a maior ou a menor; - Troca de contas; - Inversão de contas; - Lançamento em duplicidade; - Omissão de lançamento, entre outros.

Os meios de correção mais utilizados são: - Estorno de lançamento, - Lançamento complementar e - Lançamento retificativo.

Para chegarmos aos erros, é necessário fazermos uma conciliação contábil de todas as contas utilizadas pela contabilidade.

Não é difícil. Vejam por exemplo: Se a conta contábil Caixa tiver em 31/12 um saldo de R$ 697,00, este valor deve coincidir com o saldo existente no controle extra contábil do caixa em 31/12.

Melhor dizendo, o total de dinheiro que tiver no cofre da empresa em 31/12 deve ser exatamente o saldo da conta contábil Caixa.

Os saldos contábeis das contas bancárias em 31/12 devem coincidir com os saldos constantes nos extratos das contas bancárias. Exemplo: se o saldo da conta contábil do Banco do Brasil for, em 31/12, de R$ 2.375,00, este mesmo saldo deve ser o constante no extrato da conta corrente do Banco do Brasil nesta mesma data.

Se não "bater", é porque tem algum lançamento errado, aí temos que conferir o extrato bancário com a ficha razão do Banco do Brasil para encontrarmos a diferença e procedermos os lançamentos de correção.

O saldo contábil da conta de Clientes diversos (duplicatas a receber) deve corresponder com a soma de todas as duplicatas que a empresa tiver ainda para receber na data de 31/12.

Os saldos contábeis das Contas: Móveis e Utensílios, Equipamentos de Informática, Veículos, etc., devem corresponder com os saldos existentes no controle extra contábil de bens do Ativo Permanente que a empresa deve ter, inclusive para facilitar os cálculos das depreciações.

Os saldos contábeis das Contas Vendas e Compras de mercadorias devem corresponder com os totais existentes nos Livros Fiscais exigidos pela Fiscalização Estadual (ICMS): Livro de Entradas de Mercadorias e Livro de Saída de Mercadorias, entre outros.

Os saldos contábeis das contas dos fornecedores devem conferir com o total de duplicatas que a empresa esteja devendo em 31/12.

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Os saldos das contas de Impostos e Contribuições a pagar também devem corresponder exatamente com os impostos que a empresa esteja devendo em 31/12.

Enfim, como já foi dito, é importante checarmos todas as contas utilizadas, inclusive as contas de resultados (despesas e receitas) de modo que tenhamos a certeza de que todos os saldos estejam corretos para aí sim partirmos para os demais procedimentos de encerramento.

O bom contabilista tem por norma fazer a conciliação contábil mensalmente, o que é o correto, pois desta forma não permanece erro de um mês para outro, e, ao final do ano não se perde tempo com a conciliação de um período mais longo. Em função dessa conciliação mensal não sendo detectado nenhum erro contábil na escrituração da empresa em 31/12/....., ela estará pronta para os procedimentos de encerramento da escrituração do ano.

Fonte: http://www.valdecicontabilidade.cnt.br/index.htm?http%3A//www.valdecicontabilidade.cnt.br/meus_servicos/contabilidade/conceitos.htm

6- NOÇÕES DE DÉBITO E CRÉDITO (APÊNDICE)

6.1 - Introdução: Para início há de se fazer um ALERTA, ou seja, não confundir termos da linguagem comum, quando usados na terminologia contábil. Débito: Na linguagem comum, significa:

- dívida - situação negativa - estar em débito com alguém - estar devendo para alguém Quando falarmos na palavra débito, procure não ligar o seu significado do ponto de vista técnico com o que ele representa na linguagem comum. Na terminologia contábil, essa palavra tem vários significados, os quais raramente correspondem aos da linguagem comum. Quando o aluno principiante não se conscientiza disso, dificilmente aceita que débito pode representar elementos positivos, o que prejudica sensivelmente a aprendizagem. Portanto, muito cuidado com a terminologia. Neste tópico é importante memorizar o seguinte: a. Na representação gráfica em forma de T, que estamos usando para representar as contas que compõem o Patrimônio, o lado esquerdo é o lado do Débito, com exceção das Contas Retificadoras (estudaremos posteriormente). b. Na representação gráfica, também em forma de T, que vamos usar para representar as Contas de Resultado, o lado esquerdo é o lado do Débito. Crédito: Na linguagem comum, significa: - ter crédito com alguém, em uma loja etc.

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- situação positiva - poder comprar a prazo etc. Na terminologia contábil, a palavra crédito também possui vários significados. As mesmas observações que fizemos para a palavra débito aplicam-se à palavra crédito. Portanto é importante memorizar: a. No gráfico das Contas Patrimoniais, o lado direito é o lado do Crédito, exceto para as Contas Retificadoras. b. No gráfico das Contas de Resultado, o lado direito é o lado do Crédito. Veja os gráficos referidos neste tópico. / Contas Patrimoniais / / ATIVO = DÉBITO PASSIVO = CRÉDITO / Bens Obrigações Direitos Patrimônio Líquido / Contas de Resultado / / DÉBITO CRÉDITO / Despesas Receitas

6.2 - Conceitos: . Débito: É a evidência gráfica da causa do fenômeno patrimonial e de Resultado. É onde aplicamos os recursos. Convencionalmente, vem registrado antes do crédito. . Crédito: É a evidência gráfica da causa do fenômeno patrimonial e de Resultado, É de onde vem os recursos. Convencionalmente, vem registrado depois do débito. Exemplo de como proceder ao débito e o crédito diante de um fenômeno patrimonial: - Nosso depósito no Banco SENAC S/A conf. recibo nº 1020. . Débito - É o efeito causado que, neste caso, é a aplicação do valor em depósito bancário. . Crédito - É a causa que, neste caso, é a origem do fato, ou seja, o dinheiro que se encontrava em caixa. Assim, vamos debitar BANCOS C/MOVIMENTO e creditar CAIXA. 6.3 - Dados para a Identificação das Contas a Serem Debitadas e Creditadas nos Lançamentos Contábeis. A - Para Contas Patrimoniais “ATIVAS”: . Se representar aumento, DEBITAR a conta correspondente. . Se representar diminuição, CREDITAR a conta correspondente. B - Para Contas Patrimoniais “PASSIVAS”: . Se representar aumento, CREDITAR a conta correspondente. . Se representar diminuição, DEBITAR a conta correspondente.

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C - Para Contas Redituais de “DESPESAS”: . Se acontecer uma despesa, DEBITAR a conta correspondente. OBS.: As contas de DESPESAS só serão CREDITADAS quando ocorrer estorno ou encerramento do exercício. D - Para Contas Redituais de “RECEITAS”: . Se acontecer uma receita, CREDITAR a conta correspondente. OBS.: As contas de RECEITAS só serão DEBITADAS quando ocorrer estorno ou encerramento do exercício. 6.4 - Observações Finais Neste capítulo tentamos colocar outra alternativa para os estudantes de Contabilidade no que diz respeito ao débito e crédito das contas. Quando são propostas novas opções não significam necessariamente que as mesmas deverão ser aceitas de forma irreversível, o que se tenta colocar é que existem outras visões além das que já conhecemos/dispomos. Para uma melhor compreensão dos saldos das contas, bem como, saber sobre aumento/diminuição dos mesmos, há de se registrar que convencionalmente em Contabilidade as contas são divididas em duas naturezas: Natureza Devedora (Contas Patrimoniais Ativas e Contas Redituais de Despesas) e Natureza Credora (Contas Patrimoniais Passivas e Contas Redituais de Receitas). Isto posto, há de registrar o seguinte, como complementação de Débito/Crédito: - Se a conta for de natureza devedora, o saldo da mesma sempre será aumentado pelo débito, e diminuído pelo crédito;

- Se a conta for de natureza credora, o saldo da mesma sempre será aumentado pelo crédito, sendo diminuído pelo débito.

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(4ª ATIVIDADE) Dados alguns fatos contábeis abaixo, informar a conta que será debitada, bem como, a conta que será creditada, e justificar o débito e crédito de cada conta (De acordo com vosso conhecimento sobre débito/crédito):

1- Compra a vista de mercadorias 2- Venda a vista de mercadorias; 3- Compra a vista de um automóvel; 4- Depósito no Banco Senac S/A, em dinheiro; 5- Pagamento de Conta de Luz, em dinheiro; 6- Venda a prazo de mercadorias; 7- Compra a prazo de mercadorias; 8- Pagamento de uma Duplicata com emissão de cheque; 9- Recebimento de uma Duplicata, em dinheiro; 10- Recebimento de Juros sobre duplicatas, em dinheiro; 11- Concessão de Desconto no recebimento de uma duplicata;

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12- Pagamento de Juros sobre duplicatas, em dinheiro; 13- Obtenção de Desconto no pagamento de uma duplicata; 14- Pagamento de Salários a nossos empregados, com emissão de cheque; 15- Compra de Móveis e Utensílios, a prazo.

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EXERCÍCIO 03

1- Represente graficamente, após cada fato ocorrido, a situação patrimonial da empresa, considerando-a em evolução, isto é, cada gráfico apresentado deve ser igual ao gráfico anterior, modificado pelas operações subseqüentes (gráfico em T).

a) Constituição da empresa, sendo investido inicialmente: - em dinheiro: R$ 5.000,00; - em balcões e prateleiras: R$ 1.000,00; - em um automóvel: R$ 4.000,00. b) Compras efetuadas: - Mercadorias, em dinheiro: R$ 1.000,00; - Mercadorias, mediante aceite de duplicatas: R$ 1.000,00. c) Abertura de uma conta bancária, mediante depósito inicial, em dinheiro, de R$ 2.000,00. d) Empréstimo obtido junto ao Banco que abrimos conta, mediante emissão de Nota Promissória, no valor de R$ 2.000,00. O referido valor foi depositado diretamente em nossa conta no referido Banco. e) Vendas efetuadas: - Mercadorias, à vista, por R$ 500,00; - Mercadorias, mediante aceite de duplicatas: R$ 500,00. f) Venda do Veículo que foi utilizado na constituição da empresa., como segue: - À vista: R$ 2.000,00; - A prazo, mediante emissão de uma Nota Promissória, R$ 2.000,00. g) Depósito de R$ 1.000,00, em dinheiro, em nossa conta bancária. h) Recebimento, em dinheiro, de uma duplicata, oriunda de venda a prazo no item “e”, no valor de R$ 250,00. i) Pagamento de R$ 1.000,00, de uma Nota Promissória, relativo ao empréstimo contratado no item “d ”, junto ao Banco. Tal valor foi debitado diretamente em nossa conta corrente naquele Banco. j) Pagamento, através da emissão de uma cheque de nossa conta bancária, de uma duplicata, oriunda de uma compra a prazo no item “b”, no valor de R$ 500,00.

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k) Emissão de outro cheque de nossa conta bancária, no valor de R$ 500,00, para efetuarmos retirada do valor de nossa conta, para cobertura de nosso caixa. l) Compra de um automóvel, no valor total de R$ 2.000,00, sendo o pagamento efetuado da seguinte forma: - R$ 500,00, em dinheiro; - R$ 500,00, mediante e emissão de uma Nota Promissória; - R$ 500,00, através da emissão de um cheque de nossa conta bancária; - R$ 500,00, mediante aceite de duplicatas.

2- Dadas as contas e valores, represente e apure a Situação Líquida:

. Caixa R$ 5.200,00 . Nota Promissória a Pagar R$ 1.000,00 . Máquinas e Aparelhos R$ 100,00 . Móveis e Utensílios R$ 2.000,00 . Capital R$ 10.000,00 . Nota Promissória a Receber R$ 500,00 . Duplicatas a Receber R$ 200,00 . Duplicatas a Pagar R$ 250,00 . Bancos C/Movimento R$ 1.250,00 . Mercadorias R$ 1.000,00 . Veículos R$ 1.000,00

3- Represente graficamente, após cada fato ocorrido, a situação patrimonial da empresa, considerando-a em evolução, isto é, cada gráfico apresentado deve ser igual ao gráfico anterior, modificado pelas operações subseqüentes. a) Constituição da empresa, sendo investido inicialmente: - Em dinheiro: R$ 5.000,00; - Em móveis: R$ 2.000,00; - Em veículos: R$ 3.000,00. b) Compras efetuadas: - Mercadorias, em dinheiro: R$ 1.500,00; - Mercadorias, mediante aceite de duplicatas: R$ 500,00; - Máquina de Escrever, em dinheiro: R$ 100,00. c) Abertura de uma conta bancária, mediante depósito inicial, em dinheiro, de R$ 1.000,00. d) Empréstimo obtido junto ao Banco que abrimos conta, mediante emissão de nota promissória, no valor de R$ 2.000,00. O referido valor foi depositado diretamente em nossa conta no referido Banco. e) Vendas efetuadas: - Mercadorias, à vista: R$ 600,00;

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- Mercadorias, mediante aceite de duplicatas: R$ 400,00; - Veículos, à vista: R$ 1.500,00; - Veículos, mediante emissão de Nota Promissória: R$ 500,00. f) Recebimento, em dinheiro, de uma duplicata, oriunda de venda a prazo no item “e”, no valor de R$ 200,00. g) Pagamento de R$ 1.000,00, de uma Nota Promissória, relativo ao empréstimo contratado no item “d ”, junto ao Banco. Tal valor foi debitado/’descontado diretamente em nossa conta corrente naquele Banco. h) Pagamento, através da emissão de um cheque de nossa conta bancária, de uma duplicata, oriunda de uma compra a prazo no item “b ”, no valor de R$ 250,00. i) Emissão de outro cheque de nossa conta bancária, no valor de R$ 500,00, para cobertura de nosso caixa.

4- Dados os fatos contábeis abaixo:

4.1- Em 01.10.X9. Constituição da empresa, sendo investido inicialmente: - em Dinheiro: R$ 5.000,00; - em Imóveis: R$ 2.000,00; - em Máquinas: R$ 3,000,00. 4.2- Em 05.10.X9. Compras efetuadas: - Mercadorias, em dinheiro: R$ 500,00; - Mercadorias, mediante aceite de duplicatas: R$ 1.000,00. 4.3- Em 07.10.X9. Abertura de uma conta bancária, mediante depósito inicial, em dinheiro, de R$ 2.000,00. 4.4- Em 09.10.X9. Empréstimo, obtido junto ao banco que abrimos conta, no valor de R$ 2.000,00. Sendo o referido valor depositado diretamente em nossa conta no referido banco. 4.5- Em 15.10.X9. Vendas efetuadas: - Mercadorias, à vista, por R$ 400,00; - Mercadorias, mediante aceite de duplicatas: R$ 500,00. 4.6- Em 23.10.X9. Compras de móveis nas condições abaixo: - à vista, por R$ 500,00, sendo o pagamento efetuado através de cheque de nossa conta bancária; - a prazo, por R$ 500,00, mediante a emissão de uma nota promissória. 4.7- Em 29.10.X9. Depósito de R$ 1.000,00, em dinheiro, em nossa conta bancária.

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4.8- Em 05.11.X9. Pagamento de R$ 1.000,00 de parte do empréstimo obtido junto ao banco que temos conta. O valor pago foi descontado diretamente em nossa conta bancária. 4.9- Em 10.11.X9. Recebimento, em dinheiro, de uma duplicata no valor de R$ 250,00. 4.10- Em 13.11.X9. Pagamento, através da emissão de um cheque de nossa conta bancária, de uma duplicata, no valor de R$ 500,00. 4.11- Em 18.11.X9. Pagamento, em dinheiro, de uma nota promissória, no valor de R$ 250,00. 4.12- Em 27.11.X9. Emissão de outro cheque de nossa conta bancária, no valor de R$ 500,00, para efetuarmos retirada do valor de nossa conta, para cobertura de nosso caixa. Pede-se: A- Efetuar os lançamentos dos fatos contábeis acima; B- Fazer Razonetes de todas as contas utilizadas; C- Levantar Balancete de Verificação.

5- Assinale A Alternativa Correta:

5.1) Representa as contas de Capital e Reservas. Não representa obrigações para com terceiros: A) ( ) Ativo Circulante; B) ( ) Passivo Circulante; C) ( ) Patrimônio Líquido’ D) ( ) Ativo Não Circulante; E) ( ) Exigível a Longo Prazo. 5.2) São sub-classificações do PASSIVO, exceto: A) ( ) Patrimônio Líquido; B) ( ) Circulante; C) ( ) Realizável a Longo Prazo; D) ( ) Não Circulante; E) ( ) Exigível a Longo Prazo. 5.3) É uma conta que pode ser classificada tanto no CIRCULANTE como no REALIZÁVEL A LONGO PRAZO, em se tratando de conta do Ativo: A) ( ) Bancos C/Movimento; B) ( ) Veículos; C) ( ) Caixa; D) ( ) Duplicatas a Receber; E) ( ) Mercadorias. 5.4) São obrigações com vencimento após o término do exercício seguinte: A) ( ) Ativo Circulante; B) ( ) Realizável a Longo Prazo (Não Circulante);

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C) ( ) Ativo Não Circulante; D) ( ) Patrimônio Líquido; E) ( ) Exigível a Longo Prazo (Passivo Não Circulante). 5.5) São contas representativas do Ativo Não Circulante, exceto: A) ( ) Veículos; B) ( ) Marcas e Patentes; C) ( ) Semoventes; D) ( ) Mercadorias; E) ( ) Imóveis.

6- Dentre Os Títulos Abaixo, Marque Com Um (A) As Contas Ativas E Com Um (P) As Contas Passivas.

A) _____ Adiantamentos; B) _____ Patentes e Invenções; C) _____ Credores Diversos; D) _____ Duplicatas a Pagar; E) _____ Ações; F) _____ Obrigações Sociais; G) _____ Caixa; H) _____ Lucro do Exercício; I) ______ PIS a Recolher; J) ______ Duplicatas a Receber.

7- Dentre Os Títulos Abaixo, Marque Com Um (D) As Contas De Despesas E Com Um ( R ) As Contas De Receitas: A) _____ Gratificações; B) _____ Despesas Bancárias; C) _____ Vendas à Prazo; D) _____ Juros Ativos; E) _____ Retirada Pro-Labore; F) _____ Brindes e Amostras; G) _____ Multas sobre Tributos; H) _____ Descontos Obtidos; I ) _____ Outras Receitas; J ) _____ Honorários.

8 - QUESTÕES OBJETIVAS:

A) Qual a finalidade de um Plano de Contas? B) Fale o conceito de Passivo Não Circulante, dentro da formatação da estrutura do Balanço patrimonial e exponha o seu ponto de vista? C) Quando dizemos que no PASSIVO as contas são classificadas em ordem de EXIGIBILIDADES o que queremos dizer? D) Conceitue Plano de Contas. 9 - Nas Contas Listadas Abaixo, Coloque, Na Frente Das Letras, As Letras Correspondentes, De Acordo Com O Esquema:

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ANC - Ativo Não Circulante (Imobilizado, Intangível e Diferido) CIA - Ativo Circulante; RLP - Ativo realizável a Longo Prazo (Ativo Não Circulante); CIP - Passivo Circulante; ELP - Passivo Exigível a Longo Prazo (Passivo Não Circulante); D - Despesas R - Receitas

A) ______ Bancos Conta Movimento; B) ______ Duplicatas a Receber; C) ______ Juros Passivos; D) ______ Títulos a Receber a Longo Prazo; E) ______ Salários a Pagar; F) ______ Material de Escritório; G) ______ Material de Embalagem; G) ______ Máquinas e Aparelhos; H) ______ Vendas a Prazo; I) _______ Salários e Ordenados.

10 - Exercícios Com Lançamentos/Razonetes/Balancete De Verificação/Apuração do Resultado/DRE/Balanço Patrimonial - Dados os seguintes fatos contábeis: 10.1 - Em 02.01.X0 João e Maria resolveram constituir uma empresa para comercializarem doces, com a razão social “Jomar Com de Doces ltda”, registrada na JUCEMG sob o nº 123123123, com o capital total de R$ 5.000,00 em dinheiro, subdividido em 5.000 cotas a R$ 1,00 cada, a saber: - João: 3.000 cotas a R$ 1,00 cada = R$ 3.000,00; - Maria:2.000 cotas a R$ 1,00 cada = R$ 2.000,00. 10.2- Em 06.01.X0, a empresa JOMAR comprou à vista uma bicicleta para entrega de doces em domicílios pelo valor de R$ 200,00, da empresa Biciclopeças Ltda, conf. NF 001212; 10.3- Em 07.01.X0, a empresa JOMAR comprou balcões e prateleiras para ser colocada em sua loja, a vista, de Balco & Pra Ltda, conf. s/ NF nº 000111, no valor total de R$ 500,00; 10.4- Em 08.01.X0, a empresa JOMAR comprou à prazo uma remessa de doces, balas, pipocas e outras mercadorias, no valor total de R$ 1.500,00, da empresa Doce Bem Doce Ltda , conf. NF nº 005453; 10.5- Em 09.01.X0, a empresa JOMAR comprou à vista mais uma remessa de mercadorias p/ s/ loja, no valor total de R$ 1.000,00, da empresa Super Doce Ltda, conf. NF nº 004545; 10.6- Em 12.01.X0, os sócios da empresa JOMAR resolveram abrir uma conta corrente no Bancob S/A, sob o nº 07286-9, sendo efetuado um depósito total de R$ 3.000,00 em dinheiro;

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10.7- Em 13.01.X0, a empresa JOMAR vendeu a prazo mercadorias para o Bar Brasil Ltda, no valor total de R$ 500,00, conf. NF nº 000001; 10.8- Em 14.01.X0, a empresa JOMAR vendeu a prazo mercadorias para o Bar Cê Qui Sabe, no valor total de R$ 700,00, conf. NF nº 000002; 10.9- Em 15.01.X0, a empresa JOMAR comprou mercadorias à vista da empresa GRÃN DOCES LTDA, no valor total de R$ 500,00, sendo o pagamento efetuado através de nosso cheque de nº 000001, de nossa conta no Bancob S/A, conf. NF 000076; 10.10 - Em 16.01.X0, a empresa JOMAR comprou mercadorias a prazo da empresa SUPER DOCE LTDA, no valor total de R$ 700,00, conf. s/ NF 004560; 10.11- Em 17.01.X0, a empresa JOMAR comprou computadores à vista, conf. NF nº 000555, da Casa das Máquinas, no valor de R$ 700,00, sendo o pagto. efetuado através de nosso cheque de nº 000002 do Bancob S/A; 10.12- Em 18.01.X0, a empresa JOMAR vendeu mercadorias à vista para o Hipermercado Dorense Ltda, no valor de R$ 800,00, conf. n/NF nº 000003; 10.13- Em 20.01.X0, a empresa JOMAR comprou lápis, canetas, blocos de papéis, carimbos e outros materiais destinados ao uso do escritório da mesma, da Casa de Cadernos N. Sra. das Dores Ltda, conf. NF 000034, no valor total de R$ 100,00. a vista; 10.14 - Em 23.01.X0, a empresa JOMAR efetuou o pagto. de R$ 500,00 em dinheiro para a empresa Doce Bem Ltda, ref. parte da compra efetuada em 08.01.X1; 10.15 -Em 25.01.X0, a empresa JOMAR recebeu do Bar Cê Qui Sabe a importância de R$ 200,00 ref. parte do pagamento de nossa NF 000002, relativo a venda efetuada em 14.01.X0;

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(APÊNDICE 02)

FÁBULA

A FÁBULA DA GALINHA NA TERRA DA TRIBUTAÇÃO E DA SOLIDARIEDADE

* Júlio César Zanluca

Era uma vez uma galinha que encontrou alguns grãos de trigo no quintal. Chamou a vaca, o porco, o pato e o cão, para ajudar a plantá-lo. “Eu não”, a vaca mugiu. “Nem eu”, grunhiu o porco. “Deixa para lá”, grasnou o pato. “Tô fora!”, latiu o cão.

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A galinha, então, plantou o trigo, sozinha. Assim que estava próxima a colheita, voltou a convocar os amimais para colhê-lo. Teve as seguintes respostas: “Não recebi treino para fazer estas coisas!” (vaca) “Quem, eu? Trabalho me cansa!” (porco) “Estou de férias” (pato) “Serviço pesado não é comigo!” (cão) Não houve jeito de convencer a bicharada a colaborar, de forma que a galinha teve que colher o trigo sozinha. Chegou a hora de assar o pão com o trigo colhido. “Quem vai me ajudar?”, foi a pergunta da galinha, diante da qual obteve as seguintes evasivas: “Estou no seguro desemprego, e por isso não preciso trabalhar” (vaca) “Está muito quente, deixa isto para um dia mais frio!” (porco) “Ei, você tem que me pagar hora extra, senão não faço!” (pato) “Se eu trabalhar e aumentar minha renda, perco a bolsa-ração, eu preciso dela!” (cão) Então a galinha assou o trigo e obteve 5 pães como resultado. Satisfeita, mostrou-as à bicharada. Todos exigiram uma parte, mas a galinha prontamente cacarejou: “Não! Fiz todo o trabalho sozinha! Eu é que devo consumir estes pães, e não vocês!”. Como resultado, recebeu vários impropérios, entre os quais: “Sua verme burguesa!” (vaca) “Exijo direitos iguais!” (porco) “Que falta de solidariedade, sua ...!” (pato) “Gananciosa, capitalista, exploradora!” (cão) Houve alvoroço, protestos, discursos contra a atitude da galinha. Logo chega um funcionário do governo e exige da galinha os vários impostos sobre a produção do pão. Diante de tamanha pressão, a galinha alegou que trabalhara sozinha, e que ninguém a ajudara, nem o governo, nem a bicharada, portanto, tinha direito a dispor do pão como bem entendesse. O funcionário do governo chamou então a polícia e falou: “você se arriscou a produzir, pelas nossas leis, você deve pagar os impostos e os trabalhadores produtivos devem dividir os lucros com todos, para a paz e a justiça social”. Desta forma, 2 pães foram entregues ao governo, como pagamento de impostos, e os 3 pães que restaram foram divididos em fatias e distribuídos em partes entre a bicharada. Todos comeram e se fartaram, achando muito justas as leis do país da tributação e da solidariedade. Porém, a bicharada não entendeu porque, nunca mais, a galinha voltou a fazer pão... *Julio César Zanluca é contabilista e coordenador técnico do site Portal Tributário.

---------------------------------------------------------------------------------------------- BIBLIOGRAFIA RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica Fácil . – 24 ed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2003. FRANCO, Hilário. Contabilidade Comercial – 12. ed. – São Paulo: Atlas, 1988.

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PIZZOLATO, Nélio D. Introdução à Contabilidade Gerencial – 2 ed – São Paulo: Perarson Makron Books, 2000.

http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/historia.htm http://www.valdecicontabilidade.cnt.br/index.htm?http%3A//www.valdecicontabilidade.cnt.br/meus_servicos/contabilidade/conceitos.htm http://www.editoraferreira.com.br/publique/media/humberto_toq1.pdf http://www.tactus.com.br/?p=437