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Aula 00 Contabilidade Geral p/ TCE-PE (Auditor e Analista de Contas Públicas) Com videoaulas Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa 00000000000 - DEMO

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  • Aula 00

    Contabilidade Geral p/ TCE-PE (Auditor e Analista de Contas Pblicas) Com videoaulas

    Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa

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  • CONTABILIDADE GERAL TCE PE PROFS. GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO

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    SUMRIO 1 APRESENTAO ........................................................................................................... 2 2 COMO FUNCIONAR O CURSO DE CONTABILIDADE? ........................................................ 3 3 PERGUNTAS FREQUENTES NO CURSO ............................................................................. 7 4 10 DICAS PARA QUE VOC POSSA APRENDER CONTABILIDADE E EVOLUIR NA DISCIPLINA .. 7 5 COMEANDO .............................................................................................................. 10 6 OBJETO DE ESTUDO DA CONTABILIDADE ....................................................................... 11 7 BASE LEGAL PARA ESTUDO DA CONTABILIDADE ............................................................. 13 8 O QUE UMA SOCIEDADE? .......................................................................................... 14 9 COMEANDO A ENTENDER A CONTAS ............................................................................ 16 10 RAZONETES ............................................................................................................ 17 11 DESVINCULANDO A CONTABILIDADE DO DIREITO ....................................................... 18 12 CONTINUANDO A CONTABILIZAO ........................................................................... 20 13 O QUE EU DEVO SABER AT AGORA? ......................................................................... 21 14 MAIS LANAMENTOS PARA QUE VOCS POSSAM ENTENDER ......................................... 22 15 INTRODUO AOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS ........................................................... 24 16 OBJETO E CAMPO DE APLICAO DA CONTABILIDADE ................................................. 27 17 FINALIDADE DA CONTABILIDADE E USURIOS DAS DEMONSTRAES .......................... 27 18 FUNES DA CONTABILIDADE .................................................................................. 30 19 PATRIMNIO: COMPONENTES PATRIMONIAIS (ATIVO, PASSIVO E PATRIMNIO LQUIDO) 30 19.1 BENS ............................................................................................................... 31 19.2 DIREITOS ......................................................................................................... 33 19.3 OBRIGAES .................................................................................................... 33 20 TCNICAS CONTBEIS.............................................................................................. 34 20.1 ESCRITURAO ................................................................................................ 34 20.2 ELABORAO DAS DEMONSTRAES CONTBEIS ................................................ 35 20.3 AUDITORIA....................................................................................................... 36 20.4 ANLISE DAS DEMONSTRAES CONTBEIS ....................................................... 37 21 RESUMO DOS PONTOS ABORDADOS NESTA AULA........................................................ 38 22 MAPA MENTAL DESTA AULA (*ELABORADO PELO PROFESSOR JULIO CARDOZO) ............. 40 23 QUESTES COMENTADAS ......................................................................................... 42 24 QUESTES COMENTADAS NESTA AULA....................................................................... 69 25 GABARITO DAS QUESTES COMENTADAS NESTA AULA ................................................ 79

    AULA 00: APRESENTAO

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    1 APRESENTAO

    Ol, meus amigos. Como esto? Sejam bem-vindos ao Estratgia Concursos, simplesmente o melhor curso preparatrio para concursos deste pas! com grande satisfao que estamos aqui para ministrar para vocs o curso de Contabilidade Geral para Auditor e Analista de Controle Externo (rea: Contas Pblicas).

    Antes de comearmos nosso curso, permita que nos apresentemos: Meu nome Gabriel Rabelo, sou Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro e professor de direito empresarial e contabilidade no site do Estratgia. Autor dos livros 1.001 Questes Comentadas de Direito Empresarial FCC e 1.001 Questes Comentadas de Direito Administrativo ESAF, este ltimo em co-autoria com a professora Elaine Marsula, ambos publicados pela Editora Mtodo. Meu nome Luciano Rosa, sou Agente Fiscal de Rendas da Secretaria da Fazenda do Estado de So Paulo, e professor de contabilidade para concursos no site do Estratgia. Lanamos juntos, pela Editora Mtodo, o livro Contabilidade Avanada Facilitada para Concursos Teoria e questes e mais de 200 questes comentadas. Este livro baseado nos Pronunciamentos Contbeis emanados do Comit de Pronunciamentos Contbeis e est disponvel para venda no site da editora e nas diversas livrarias. Contaremos tambm neste curso com o apoio do professor Julio Cardozo, Auditor Fiscal da Receita Estadual do Estado do Esprito Santo. O frum de dvida deste curso e os mapas mentais estaro, principalmente, a cargo dele. Vejam que somos trs professores totalmente dedicados sua aprovao.

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    2 COMO FUNCIONAR O CURSO DE CONTABILIDADE? Edital na praa! Uma tima oportunidade neste difcil ano de 2017. As vagas esto assim distribudas:

    Todavia, parece que ao todo existem 80 cargos vagos para Auditor de Controle Externo (essa informao precisa ser confirmada). A remunerao inicial de R$ 18.000,00 para Auditor e de R$ 15.000,00 para Analista. A banca ser o CESPE! A ementa para os cargos de Auditor e de Analista absolutamente a mesma. No edital temos o seguinte:

    Para os dois cargos, contabilidade geral est dentro de conhecimentos especficos e uma matria que impossvel de desprezar. Acreditem. Voc tem que saber contabilidade geral, pois os seus concorrentes sabem! O edital bem abrangente. Alm do contedo bsico, ele cita Pronunciamentos Contbeis! Ou seja, pode cair qualquer coisa. O CESPE vem cobrando contabilidade geral de um modo um tanto quanto imprevisvel.

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    As provas do Cespe so essencialmente tericas, mesmo em provas de Contabilidade, o que de maneira alguma torna o nvel de dificuldade da prova menor. Temos questes que envolvem clculos tambm, mas so em menor quantidade. Para obtermos um bom resultado, precisamos conhecer bem a literalidade e a aplicabilidade das normas, especialmente dos CPCs. No brincadeira! Temos questes de todos os nveis e a preparao deve ser levada muito a srio. Fizemos uma anlise muito detalhada dos concursos mais recentes realizados pela banca Cespe/Unb (2017, 2016 e 2015) para descobrimos os assuntos que tm sido mais exigidos por ela, e deste modo, sermos mais eficientes em nossa preparao. Analisamos provas de concursos para contador pblico, Tribunal de Contas da Unio, Tribunais de contas estaduais e Peritos Criminais, vejam:

    ASSUNTO N de questes

    Balano Patrimonial 50

    CPC 00 - Estrutura Conceitual Bsica 27

    CPC 18 - Investimentos e CPC 15 - Combinao de Negcios e CPC- 36 Consolidao 23

    Escriturao Contbil (Livros, Lanamentos, Fatos Contbeis, Balancete) 21

    CPC 03 Demonstrao do Fluxo de Caixa- DFC 18 CPC 27 Ativo Imobilizado 17 CPC 16 Custos dos Estoques e Operaes com Estoques 12 Demonstrao do Resultado do Exerccio - DRE 11

    CPC 25 Provises, Ativos e Passivos Contingentes 9 CPC-30 - Receitas e Reconhecimento de Despesas 8

    CPC 01 - Reduo ao valor recupervel de ativos 9

    Equao patrimonial 8

    Critrios de Avaliao de Ativos e Passivos 7

    CPC 06 - Arrendamento Mercantil 7

    Teoria das Contas 6

    CPC 05 - Partes relacionadas 6

    Dividendos 6

    CPCs 36/38/39 - Instrumentos Financeiros 6

    CPC 08 - Custos dos Emprstimos 5

    CPC 23 - Polticas Contbeis, Mudana de Estimativa e Retificao de Erro 5

    Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido- DMPL 5

    Demonstrao do Resultado Abrangente - DRA 4

    CPC 04 - Ativo Intangvel 4

    DLPA 4

    CPC 26 - Apresentao das Demonstraes Contbeis 4

    CPC 46 - Valor Justo 3

    CPC 07 - Subveno Governamental 2

    Regime de Competncia x Regime de Caixa 2

    CPC 09 - Demonstrao do Valor Adicionado-DVA 2

    CPC 12 - Ajuste a Valor Presente 2

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    ASSUNTO N de questes

    Folha de Pagamento - CPC 33 2

    CPC 35 - Demonstraes Separadas 1

    CPC 17 - Contratos de Construo 1

    ICPC 10 - Contratos de Concesso 1

    Plano de Contas 1

    Desconto de Duplicatas 1

    TOTAL 300

    As nossas aulas sero assim divididas:

    AULA CONTEDO DATA

    Aula 0 Apresentao 29.06 Aula 1 Mtodo das partidas dobradas 30.06 Aula 2 Principais lanamentos contbeis 01.07

    Aula 3

    1 Lei n 6.404/1976 e suas alteraes e legislao complementar. 2 Lei 11.638/2007 e suas alteraes e legislao complementar. 3 Lei 11.941/2009 e suas alteraes e legislao complementar. 4 Lei 12.249/2010 e suas alteraes e legislao complementar. 7 Demonstraes contbeis pela legislao societria, pelos princpios da contabilidade e pronunciamentos contbeis do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC). 7.2 Balano patrimonial. Ativo

    04.07

    Aula 4 Passivo e Patrimnio lquido. 07.07 Aula 5 Critrios de avaliao do ativo e do passivo. 10.07

    Aula 6 9 Investimentos em coligadas e controladas. Critrios de avaliao do ativo e do passivo. Parte II

    14.07

    Aula 7 Ativo Imobilizado 17.07 Aula 8 Escriturao de operaes tpicas 20.07

    Aula 9 7.3 Demonstrao do resultado do exerccio. 7.5 Demonstrao do Resultado Abrangente. 24.07

    Aula 10 7.4 Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido. 28.07 Aula 11 7.1 Demonstrao de fluxos de caixa (mtodos direto e indireto). 03.08

    Aula 12 5 Pronunciamentos do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC). 6 Princpios de contabilidade (Norma Brasileira de Contabilidade NBC TSP Estrutura Conceitual/2016). CPC 00 e CPC 01

    07.08

    Aula 13 CPC 25 e CPC 20 11.08 Aula 14 CPC 04 e CPC 08 15.08 Aula 15 CPC 06 e CPC 12 19.08 Aula 16 CPC 26 e 8 Mensurao do valor justo. 23.08

    Aula 17 10 Anlise econmico-financeira. 10.1 Indicadores de endividamento. 10.2 Indicadores de estrutura de capitais. 10.3 Anlise vertical e horizontal.

    28.08

    isso, pessoal! Esperamos encontrar vocs nos prximos encontros.

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    Se ainda est em dvida do nosso comprometimento em fazer o melhor material possvel para vocs, vejam alguns comentrios sobre o nosso no site do Estratgia:

    Sigam as nossas redes sociais para muitas e muitas dicas de contabilidade para concursos: Facebook: Contabilidade para Concursos Grupo de Estudos Instagram: @contabilidadefacilitada Quaisquer dvidas:

    Temos o destino que merecemos! O nosso destino est de acordo com os nossos mritos! (Albert Einsten)

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    3 PERGUNTAS FREQUENTES NO CURSO 1 Professores, devo comear pelo PDF ou pelos vdeos? Resposta: Faa o teste na aula 00 e veja o que melhor funciona para voc. Muitas vezes recomendvel assistir aos vdeos primeiro, j que contm as informaes gerais do curso e depois ir para o PDF. Mas, para contabilidade, geralmente interessante estudar pelas duas mdias. 2 Professores, h necessidade de utilizar um livro para complementar? Resposta: No. O nosso curso completo. Para isso disponibilizamos PDF + Vdeos + Frum de dvidas. 3 Professores, h necessidade de imprimir os Pronunciamentos Contbeis - CPCs para leitura seca? Resposta: No. E nem recomendvel. As normas em geral so muito grandes e tcnicas. O concurseiro dificilmente ter o feeling para entender aquilo que realmente ser cobrado e quais os temas pelos quais a banca tem predileo. Portanto, tudo o que voc precisa saber sobre os CPCs est no curso. 4 10 DICAS PARA QUE VOC POSSA APRENDER CONTABILIDADE E EVOLUIR NA DISCIPLINA

    Antes de comear a aula propriamente dita, vamos deixar aqui 10 dicas para que vocs possam melhorar/iniciar os estudos de contabilidade. Leia com ateno! Dica 1: Saiba o que cai na sua prova e qual a extenso. A Contabilidade uma cincia una. Para concursos, basicamente temos: Contabilidade Geral: cobra os conceitos iniciais at a parte de demonstraes contbeis (incluindo DFC e DVA). Pode cair CPCs aqui, mas apenas questes mais genricas (e no textos minuciosos das normas). Custos: cai a parte relacionada ao tratamento dos custos de produo. Anlise: a questo d demonstraes contbeis e o candidato utiliza ndices para responder as questes.

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    Avanada: Pronunciamentos Contbeis do CPC (47 ao todo, h necessidade de ver quais os mais importantes para a sua prova) Pblica: mais presente em concursos da rea de controle e gesto governamental. Parece bvio, mas j vi muita gente estudando o que no deve e muita gente no estudando o que deve. Dica 2: Tenha em mente que a disciplina por vezes complexa (no h como negar isso) e a perfeita compreenso para concursos demanda tempo e pacincia. No comeo do curso, muita gente se queixa que no entende o funcionamento das contas, das demonstraes. Acreditem, perfeitamente normal. Estudar contabilidade exige amadurecimento na disciplina, pacincia e dedicao! Afinal, estabilidade e uma excelente remunerao mensal no poderiam ser to fcil, no ? Dica 3: Saiba que a contabilidade uma cincia com convenes prprias. Dbito no significa necessariamente coisa ruim e crdito no significa coisa boa. Quando comear os estudos da contabilidade, saiba que essas palavras so utilizadas na disciplina com sentido contbil e no jurdico. Dica 4: Leia a disciplina pela primeira vez por completo. Possivelmente, ir aos trancos e barrancos, mas numa segunda ou terceira leitura (sim, ser necessrio), voc ter um conhecimento muito melhor. Leia, tenha um entendimento completo. Depois, comece novamente. Por qu? A disciplina demasiadamente interligada. Os assuntos so totalmente dependentes. H coisas que voc ver na aula 00 que s sero tratadas com profundidade na aula 03, por exemplo. Dica 5: Conhea a banca que far a sua prova. Cada uma das bancas tem um estilo peculiar de cobrana. Hoje, podemos dizer seguramente que cada uma das principais bancas cobra a matria de seu modo. Ento, imperativo conhecer os principais temas cobrados por cada uma e as peculiaridades. Dica 6: Faa questes e simulados rotineiramente. Assim como importante treinar em outras matrias, na contabilidade no diferente. Para ganhar tempo, agilidade e conhecimento, faa muitas e muitas questes. Dica 7: Estude por um ou dois materiais, no mximo.

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    Evite estudar por uma quantidade muito grande de materiais. Escolha um professor que te agrade. Se voc est lendo essa aula por que tem a possibilidade de nos escolher! Saiba que ser uma grande satisfao ser professor e fazer parte da sua preparao. Mas, mesmo que opte por escolher outro, fique com este professor como principal e talvez somente mais um para apoio. Dica 8: Dedique pelo menos trs dias na semana para estudar contabilidade. Estudar em ciclos uma tima ferramenta. Dentro do ciclo, dedique pelo menos umas 5 ou 6 horas semanais para contabilidade. Dica 9: Utilize o frum de dvidas (dos cursos) ou nosso grupo de estudo no Facebook para sanar suas dvidas. Dica 10: Tenha pacincia e saiba que essa uma etapa necessria na vida e, depois da aprovao, a vida melhora E MUITO! Vamos ao curso?

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    5 COMEANDO O nosso primeiro encontro cuidar de apresentar o b--b da contabilidade. Trataremos aqui de pontos bsicos para o entendimento da disciplina. A primeira pergunta que deve vir a sua mente a seguinte: o que contabilidade? Eis uma pergunta interessante! Sabemos que existem diversos tipos de entidades (sociedades limitadas, sociedades annimas, associaes, fundaes, rgos pblicos, etc.), correto? Essas pessoas jurdicas realizam diversos tipos de operaes: compram matria-prima, vendem mercadorias, pagam a conta de luz, pagam funcionrios, movimentam dinheiro em banco. A contabilidade estuda e cuida do controle, do registro, de todos esses fatos. A contabilidade tem uma definio formal, que a seguinte: Definio formal de contabilidade: Contabilidade a cincia que estuda a pratica as funes de orientao, de controle e de registro dos atos e fatos de uma administrao econmica (1 Congresso Brasileiro de Contabilidade/1924). Se voc um grande investidor e quer empregar o seu capital em uma grande rede de supermercados brasileira, no vai querer esmiuar contrato a contrato, pegar todas as notas fiscais de venda, de compra, para saber como anda a sade financeira daquela companhia, no ? Pois ento, a contabilidade ir te fornecer todas essas informaes, de modo prtico, atravs das demonstraes financeiras. A principal finalidade da contabilidade fornecer informaes aos seus usurios.

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    Portanto, se voc quer investir em uma empresa, no v at ela procurar suas notas fiscais, seus contratos e procurar saber o quanto ela tem de lucro! Faa mais simples, veja a contabilidade. As grandes empresas, como as que tm aes em bolsa, publicam no mnimo anualmente as suas demonstraes contbeis. Basta lembrar que muitas vezes vemos nos noticirios as notcias: Banco X publica as suas demonstraes contbeis e tem crescimento de Y%. Empresa Petrolfera Z tem prejuzo de ordem histrica, e assim por diante. Assim, existe uma tcnica contbil que rene todos os documentos que contenham fatos contbeis, lanando-os nos livros contbeis respectivos, que daro suporte para a elaborao e publicao das demonstraes contbeis. Essa tcnica contbil chamada de escriturao1. mais ou menos assim:

    Exemplo de fatos que so escriturados:

    Ento, ao nos depararmos com os livros de uma entidade (e entendam por livros comerciais ou contbeis tratem como sinnimos principalmente o livro dirio e razo), encontraremos todos esses fatos. Tudo bem, at aqui: pergunte-se se voc sabe o que e para que serve a contabilidade, ento podemos seguir! 6 OBJETO DE ESTUDO DA CONTABILIDADE O objeto de estudo da contabilidade o patrimnio. Por patrimnio, entenda o conjunto de bens, direitos e obrigaes da entidade. 1 *Quatro so as tcnicas contbeis existentes (que sero estudadas oportunamente): escriturao, elaborao das demonstraes contbeis, auditoria e anlise de balanos.

    Ela

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    Escriturao

    Compra de mercadorias

    Venda de mercadorias

    Recebimento de clientes

    Pagamento de fornecedores

    Compra de terreno

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    (AOCP/Analista Contabilidade/EBSERH/2016) As Cincias Contbeis, assim como qualquer outra rea de conhecimento, possuem um objeto de estudo. Assinale a alternativa que apresenta o objeto de estudo da Contabilidade. a) Riqueza da empresa. b) Balano Patrimonial (BP). c) Bens, Direitos, Obrigaes, Receitas, Despesas, Contas a Receber e a Pagar. d) Patrimnio. e) Mtodo das Partidas Dobradas. Comentrios: O objeto da contabilidade o patrimnio, que pode ser entendido como o conjunto de bens, direitos e obrigaes de uma entidade.

    Gabarito D.

    Patrimnio

    Bens Direitos Obrigaes

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    7 BASE LEGAL PARA ESTUDO DA CONTABILIDADE Pessoal, antes de comear a estudar a contabilidade, voc deve saber que ela tem uma base legal para estudo. Esse alicerce, hoje, se encontra na Lei 6.404/76 (tambm chamada de Lei das Sociedades por Aes). Observao: ns esquematizamos e disponibilizamos gratuitamente essa lei para vocs. Ela pode ser encontrada no site do Estratgia Concursos!

    https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/lei-6404-esquematizada-e-atualizada-para-concursos/ extremamente importante, para todos os concursos que exijam contabilidade, que voc saiba basicamente os artigos 175 a 204 desta legislao. Eles quem daro suporte para todo o estudo da contabilidade, quer seja nas aulas bsicas, quer seja nas avanadas.

    Alm dessa legislao, temos de saber que, a partir de 2007, ns tivemos a convergncia da contabilidade nacional aos padres internacionais. Mas, professores, o que isso? Bom, para que pessoas do mundo inteiro possam investir em outros pases, era necessria uma padronizao da contabilidade. Afinal, imagine se uma informao contbil tratada de modo diferente em cada um dos 193 pases deste mundo. O que

    seria? Ento, as to faladas Leis 11.638/2007 e 11.941/2009 trouxeram essas mudanas, alterando a Lei 6.404/76. Com isso, surgiu o Comit de Pronunciamentos Contbeis, que edita os chamados Pronunciamentos Contbeis ou CPCs que hoje so to explorados em concursos. As normas do CPC no so vinculantes, mas os diversos entes reguladores editam normas idnticas, que passam a vincular quem esteja submetido sua circunscrio (como o CFC, CVM, BACEN, SUSEP, ANEEL, ANS). Portanto, para concursos, voc ter de conhecer as seguintes leis/normas: Principais normas de contabilidade para concursos: - Lei 6.404/76 Lei das sociedades por aes. Artigo 175 a 204. - Resoluo 750/93 Contm os princpios da contabilidade. Foi revogada! S vai ser cobrada em provas cujos editais saram at 31.12.2016. - Lei 11.638/07 e 11.941/09 As principais alteraes promovidas por essas leis na Lei 6.404/76.

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    - Pronunciamentos Contbeis Depende do concurso que voc ir realizar, mas se est estudando para qualquer dos concursos que citaremos a seguir, ento voc precisar conhecer: AFRFB, ATRFB, ICMS SP, ICMS RJ, outros ICMS, ISS diversos, Agente da Polcia Federal, Auditor Fiscal do Trabalho, Perito da PF, Tribunais de Contas. 8 O QUE UMA SOCIEDADE? Pessoal, visto esses conceitos iniciais, vamos comear a falar um pouco da contabilidade propriamente dita. Precisaremos entender um pouco de direito empresarial. Mas, para a sorte de vocs, o Gabriel Rabelo professor tambm desta disciplina. Vamos explicar! Quando desejamos iniciar um negcio no podemos simplesmente pegar um bocado de mercadorias e comear a vender por a! Existe na legislao vigente uma figura que chamada de empresrio. O empresrio pode ser individual (quando a prpria pessoa natural decide explorar determinado empreendimento) ou sociedade empresria. Interessa-nos o estudo da sociedade empresria. Imagine que eu e voc nos associamos. Desejamos abrir um grande e belo restaurante, totalmente inovador. Como eu disse, no podemos simplesmente comear a fazer comida e vender. Existe uma srie de requisitos a serem cumpridos para que possamos ser empresrio. Um deles que criemos uma sociedade empresria para a explorao do negcio. Quando criamos uma sociedade, estamos dando origem a uma pessoa jurdica distinta da pessoa dos scios. Essa pessoa jurdica quem ser sujeito de bens e direitos e no os scios. Ento, a partir do momento que temos o affectio societatis, que a disposio em contrair a sociedade, criamos um ente que ser o sujeito de direitos e obrigaes. No seremos ns pessoas fsicas que contrataremos, mas sim a sociedade. Esse o princpio da autonomia patrimonial, no direito empresarial. Na contabilidade, essa distino da pessoa dos scios para a pessoa jurdica chamada da autonomia da pessoa jurdica, o que, antes da revogao da Resoluo 750/93 do CFC, era chamado de princpio da entidade.

    Autonomia da pessoa jurdica

    Scio A Scio BSociedade

    (pessoa distinta)

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    Pois bem, ainda no campo do direito empresarial (aplicado contabilidade), temos que um dos requisitos para a constituio de uma sociedade a existncia do capital social. O que isso? Bom, em regra, os scios precisam empregar recursos para que essa entidade comece a ter vida prpria. No h gerao espontnea do patrimnio na entidade. Para que a entidade possa a comear a ter vida, os scios precisam entregar uma quantia inicial. Essa quantia chamada de capital social.

    Capital social: valor que os scios entregam para a sociedade, para que a entidade possa ter incio ou para ingressarem posteriormente no quadro societrio.

    Observao: Aqui, estamos falando das sociedades empresrias, mas no s s sociedades a contabilidade restrita. A contabilidade tambm utilizada por sociedades simples, associaes, fundaes, rgos governamentais, entre outros. Por isso, tecnicamente, o mais correto a utilizao da expresso entidade e no sociedade.

    (FCC/Analista de Mercados de Capitais/CVM/2003) Numa determinada empresa familiar, as contas particulares dos scios eram pagas com cheques de emisso da prpria pessoa jurdica. Esse procedimento contrrio ao princpio contbil da a) Entidade. b) Continuidade. c) Oportunidade. d) Objetividade. e) Materialidade. Comentrios: A questo bem antiga, mas o objetivo fixar o entendimento que as pessoas dos scios e a sociedade so coisas distintas. No pode haver confuso do patrimnio entre ambos. H grave afronta ao princpio da entidade. Em que pese a revogao da Resoluo 750/93, que trata dos chamados princpios contbeis, ainda h que existir distino entre a pessoa dos scios e da entidade. Isso decorre da essncia da contabilidade.

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    Gabarito A. 9 COMEANDO A ENTENDER A CONTAS Ento, vamos supor o seguinte: Ns, Gabriel e Luciano, e voc (scio X) seremos scios. Criaremos a sociedade Alfa Ltda, que ter sede fsica, e cujo objeto ser a venda de mercadorias em um bairro nobre de So Paulo. O contrato social prev: os scios Gabriel e Luciano entregaram R$ 100.000,00 cada e o scio X entrega R$ 50.000,00. Todo o valor ser entregue em dinheiro. Ento, a sociedade ficar assim: Capital social Gabriel 100.000,00 Luciano 100.000,00 Scio x 50.000,00 Total 250.000,00 Portanto, pergunto: o capital social um recurso que provm da entidade ou de terceiro? Da entidade, correto? um recurso que pertence prpria entidade. A origem deste valor o dinheiro que os scios entregaram. Com efeito, entenda que o capital social uma origem de recursos. uma fonte de recursos prpria. Os scios esto entregando dinheiro para a sociedade, que vai ser aplicado em bens e direitos.

    Scios

    Capital social Bens e direitos

    Origem Aplicao

    Entidade

    Portanto, os scios entregaram dinheiro (origem) para a sociedade, que ir aplicar em um bem, nesse caso chamado caixa (aplicao), j que foi dito, no contrato social, que seria entregue dinheiro. Aqui, j devemos comear a nos utilizar do raciocnio contbil: temos duas contas envolvidas, capital social (origem) e caixa (aplicao).

    Como raciocinar contabilmente? Trs scios entregam R$ 250.000,00 para a sociedade. O que est acontecendo?

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    Resposta: Bem, a sociedade est sendo constituda. O dinheiro que os scios entregaram para a sociedade compe uma conta chamada capital social. Essa origem ter algum tipo de aplicao, seja em bem, seja em direito. Neste caso, como o contrato exige a aplicao em dinheiro, ir para a conta caixa. Ficar no numerrio da empresa. O conjunto de contas de que a entidade se utiliza chamado de plano de contas. Agora, acresceremos mais um aspecto aula. 10 RAZONETES Na contabilidade, cada um desses componentes patrimoniais (capital social, caixa, bancos, estoques, investimentos, fornecedores, obrigaes a pagar, emprstimos a pagar, entre outros) recebe o nome de conta. Portanto, a partir de agora, falaremos conta caixa, conta capital social, conta bancos e assim por diante. Ento, meus amigos, toda vez que falarmos na movimentao dessas contas, precisaremos nos utilizar de uma coisa muito famosa na contabilidade. So os chamados razonetes. Eles tm a seguinte estrutura:

    Conta X

    Eles tm a forma de um T mesmo. Ento, as contas so movimentadas atravs dos razonetes. Os lanamentos so feitos dos dois lados dos razonetes. como se fosse uma equao matemtica e, ao final, devemos compensar os saldos.

    500,00 300,00

    1.000,00

    Saldo 1.200,00

    Conta X

    Pois bem! Vimos que o razonete tem dois lados. A partir de agora, queremos que vocs chamem o lado esquerdo do lado dos dbitos! Queremos, tambm, que vocs chamem o lado direito de lado dos crditos!

    Muito importante!

    Lado do dbito Lado do crdito

    Conta X

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    Agora, vamos para um outro ponto muito importante da contabilidade. Galera, a contabilidade como uma equao matemtica. H que existir igualdade entre os dois lados. O total dos dbitos sempre ter que ser igual ao total dos crditos. Essa regra, em uma contabilidade regular, no comporta excees. Ento, no nosso lanamento: entrou dinheiro no capital social e entrou dinheiro no caixa. Sabemos que esses montantes se equivalem. Nos razonetes, ficar assim:

    250.000,00 250.000,00

    Capital social Caixa

    Origem (capital prprio) Aplicao (bem)

    *Observao: no se preocupe, por enquanto, em saber quais contas aumentam a dbito e crdito.

    Vejam que os montantes so equivalentes. Temos R$ 250.000,00 de dbito (no caixa) e R$ 250.000,00 de crdito no capital social. Mas, professores, nesse exemplo, o caixa aumentou, por que temos um dbito? Eis um outro ponto importantssimo da disciplina! Vamos l! 11 DESVINCULANDO A CONTABILIDADE DO DIREITO Meus amigos, chegamos a um outro ponto crucial para o entendimento da disciplina. Pedimos aqui encarecidamente o seguinte: desvinculem as noes de dbito e crdito (falaremos lanamento a crdito e lanamento a dbito) do sentido jurdico ou comum em que as palavras so utilizadas.

    As palavras dbito e crdito no sentido comum ou no sentido jurdico tm um significado. Na contabilidade, possuem outro sentido, que pode ser diametralmente oposto ao que estamos acostumados. Explicamos.

    No exemplo acima, tivemos a constituio de uma sociedade. Os scios entregaram dinheiro, que foi para o caixa. O caixa aumentou. Mas ali, naquela ocasio, aumentou a dbito. Ora, sem problema algum. Na contabilidade, os ativos (bens e direitos) aumentam a dbito. E nada tem de errado com isso. uma conveno!

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    Ainda no vai ficar nem um pouco claro para vocs, mas tomem as seguintes notas:

    Conta O que so Exemplo Aumenta Diminui Ativo Bens e direitos Caixa, estoques Dbito Crdito

    Passivo Obrigaes Fornecedores Crdito Dbito Patrimnio Lquido Capital prprio Capital social Crdito Dbito

    Receitas "Ganhos"* Venda de merc. Crdito - Despesas "Perdas"* Desp. de salr. Dbito

    *Os itens receitas e despesas esto assim gravados somente para fins didticos. Mais frente, sero conceituados pormenorizadamente. Voltando aos nossos conceitos. Querem ver um exemplo clssico de por que devemos parar de misturar as definies contbeis com as jurdicas? Vejamos! - Voc vai ao banco. Infelizmente, um pssimo ms (sabe como , ainda no foi aprovado no concurso) e est no vermelho. Quando voc tira o seu extrato, ele estar mais ou menos da seguinte forma:

    No final do seu extrato, negativo, provavelmente aparecer algo do tipo: Saldo XXXX,XX D No banco, no seu extrato, o valor, por exemplo, 30,00 C representa um depsito feito em nosso favor. O valor 50,00 D, representa um saque, ou seja, saiu dinheiro do banco. Mas esquea essa conotao! Sabe o que isso tem a ver com a contabilidade? Ela representa a contabilidade do banco e no a nossa (do correntista). Quando voc tem dinheiro a receber no banco, ele no tem uma obrigao contigo? Sim! Ento, quanto mais obrigao o banco tem contigo, mais saldo credor ele ter, pois as obrigaes aumentam a saldo credor. Olhe a tabela acima e entender. Parece difcil, no ? Mas logo se tornar lgico!

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    Esqueam, pois, os extratos bancrios para estudar contabilidade. Esqueam o sentido jurdico. Tirem da cabea, tambm, a conotao de que dbito uma coisa ruim e crdito uma coisa boa! Na contabilidade no funciona assim. Tudo o que estudaremos na contabilidade uma

    conveno prpria. Pense, a partir de agora, sob o ponto de vista da entidade, da empresa. Assimile essas informaes e voc aprender a disciplina. 12 CONTINUANDO A CONTABILIZAO Vamos continuar o nosso exemplo: Depois que ns trs (scios) integralizamos o capital social, ele foi para o caixa. Mas a empresa houve por bem que seria mais seguro se depositssemos o dinheiro em um banco. Por isso, decidimos abrir uma conta no Banco do Brasil S.A, e transferimos todo o dinheiro para aquela instituio. O que vai acontecer? Como raciocinar contabilmente? Est saindo o dinheiro do caixa e ser depositado em uma conta no banco. Correto? um raciocnio simples. Vejamos:

    Ento, o que dever acontecer com o seu caixa, que tinha um valor de R$ 250.000,00? Bom, dever ficar zerado! Se no haver dinheiro l, no h que ficar qualquer valor nesta conta.

    250.000,00 250.000,00 250.000,00

    - -

    Caixa Bancos

    tudo o que estamos dizendo: como uma equao. Se de um lado do razonete h um lanamento de valor X, do outro haver um ou mais lanamentos de mesmo montante.

    Scios decidiram constituir a sociedade

    Subscreveram o capital social

    (origem)

    Foi aplicado no caixa (bem)

    Esse mesmo dinheiro, os

    mesmos 250.000, foram para o banco

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    Aqui, o caixa j tinha um saldo inicial de R$ 250.000,00 (em preto) quando iniciamos o lanamento. Mas quando tiramos todo o dinheiro, essa conta caixa ficou zerada. Bom, se ela estava lanada a dbito com o valor de R$ 250.000,00, para zerar, teremos de fazer um lanamento a crdito. E isso coincide com o que dissemos naquela tabela:

    Conta O que so Exemplo Aumenta Diminui Ativo Bens e direitos Caixa, estoques Dbito Crdito

    O caixa um bem, sendo um bem, o que chamamos de ativo. Sendo um ativo, aumenta a dbito e diminui a crdito. S isso! Ento, no nosso caso, diminuir a crdito, pois estamos tirando o numerrio desta conta. Por outro lado, na contrapartida, a conta bancos est aumentando! Afinal, o dinheiro foi parar l. Ento, a conta bancos o que? um direito da minha empresa! Eu tenho a disposio desse dinheiro no banco, quando eu achar melhor. Ento, quando eu deposito um valor, est surgindo um direito para a entidade. Se um direito, um ativo! Se um ativo est aumentando, ento ele aumentar a dbito. bem simples. Esto vendo? Por isso o lanamento fica dessa maneira:

    250.000,00 250.000,00 250.000,00

    - -

    Caixa Bancos

    Esse o raciocnio contbil! Se voc nunca estudou, seja bem-vindo. 13 O QUE EU DEVO SABER AT AGORA? Pergunte-se se voc j consegue, sozinho, responder aos seguintes questionamentos: 1) O que a contabilidade? Qual a sua finalidade? Qual o seu objeto? 2) Como ela ajuda os seus usurios? 3) Qual a principal lei hoje vigente para o estudo da cincia contbil? 4) O que uma sociedade? Os donos da sociedade e a sociedade empresria so a mesma coisa? 5) Qual o princpio da contabilidade se refere separao entre o patrimnio dos scios e o da empresa? 6) O que um razonete? Quais so os dois lados de um razonete? 7) Como fazer o lanamento da constituio de uma sociedade? 8) Como raciocinar contabilmente? 9) As noes de dbito e crdito do mundo jurdico, do mundo comum, so as mesmas utilizadas na contabilidade? Se voc souber responder a todas essas assertivas, ento sugerimos que siga em frente. Caso contrrio, releia mais uma vez tudo o que foi posto por aqui!

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    14 MAIS LANAMENTOS PARA QUE VOCS POSSAM ENTENDER At agora, a nossa situao est assim: Lanamento contbil inicial constituio da sociedade

    250.000,00 250.000,00

    Capital social Caixa

    Transferncia do dinheiro do caixa para o banco:

    250.000,00 250.000,00 250.000,00

    - -

    Caixa Bancos

    Agora, vamos imaginar uma compra de mercadoria a prazo, no valor de R$ 30.000,00. O pagamento se dar somente em 30 dias. Como raciocinar contabilmente? Est entrando mercadoria na minha empresa. Bom, se est entrando mercadoria, abriremos uma conta, chamada conta estoques ou mercadorias. Por outro lado, est saindo dinheiro do caixa ou do banco? No! O pagamento ser a prazo. Portanto, no estamos tirando dinheiro imediatamente, mas sim criando uma obrigao para pagar no prazo de 30 dias. Essa conta correspondente ser chamada de conta fornecedores.

    Compra de mercadoria a prazo

    Conta estoque (bem) Conta fornecedores (obrigao)

    Aumentou, entrou mercadoria Aumentou, pois temos que pagar o fornecedor Agora, s lembrar da nossa tabelinha:

    Conta O que so Exemplo Aumenta Diminui Ativo Bens e direitos Caixa, estoques Dbito Crdito

    Passivo Obrigaes Fornecedores Crdito Dbito Ento, quando tivermos esse raciocnio contbil, s abrir os razonetes e lanar. Ficar:

    30.000,00 30.000,00

    Estoques Fornecedores

    Vejam que o total dos lanamentos a dbito e a crdito se equivalem! Na contabilidade, essa igualdade recebe o nome de mtodo das partidas dobradas.

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    Mtodo das partidas dobradas: o total dos dbitos sempre ter de ser igual ao total dos crditos! Agora, vamos fazer mais um lanamento: pagamento antecipado de metade do valor aos fornecedores, no valor de R$ 15.000,00. Como raciocinar contabilmente? Galera, aqui est havendo o pagamento de metade das dvidas com fornecedores. A dvida de R$ 30.000,00 e quitamos R$ 15.000,00. O que temos de fazer? Ora, saiu dinheiro do banco! Ento, j sabemos inicialmente que vamos diminuir essa conta (que onde est o nosso dinheiro). Adicionalmente, metade da dvida com o fornecedor ter de ser diminuda! Afinal, se um investidor olhar o nosso razonete, ela ter de saber que a dvida no mais de R$ 30.000,00, mas sim de R$ 15.000,00. Vejam que a contabilidade reflete a vida real da empresa. Ela tenta se aproximar ao mximo daquilo que acontece no cotidiano da entidade, para que os seus usurios possam ter informaes fidedignas. Ento, agora s pensar:

    Pagamento do fornecedor

    Conta bancos (direito) Conta fornecedores (obrigao)

    Diminuiu, pois saiu dinheiro Diminuiu, pois pagamos uma parte da dvida Ficar assim:

    250.000,00 15.000,00

    235.000,00

    15.000,00 30.000,00

    15.000,00

    Fornecedores

    Bancos

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    15 INTRODUO AOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS J temos muitas informaes relevantes at aqui, mas agora, precisaremos introduzir mais algumas. Eu sei que so muitas informaes, mas vida de concurseiro no tem jeito! Depois que passar, voc pode optar em nunca mais olhar para um razonete novamente. Bom, a partir de agora, introduziremos alguns conceitos importantssimos para o estudo da contabilidade. Sabemos que a contabilidade funciona basicamente assim:

    Ento, depois da escriturao, ns temos de elaborar as demonstraes contbeis. A principal demonstrao contbil o balano patrimonial. O balano patrimonial evidencia a situao patrimonial e financeira da entidade. como se tirssemos uma foto da companhia em determinado ponto. Ento, ao final do que chamamos de exerccio social, pegamos todos os saldos das contas contbeis e colocamos nas diversas demonstraes contbeis. Querem ver como um balano patrimonial de fato? Trouxemos a seguir o balano patrimonial do terceiro trimestre da 2015, da Petrobras.

    Sociedade se forma

    So praticadosfatos que alteramo patrimnio(compras,vendas, etc)

    Esses fatos so escriturados em

    livros

    Elaboramos as demonstraes contbeis (um "resumo" da escriturao)

    PublicamosSe for o caso, elas

    so auditadas

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    Balano patrimonial Petrobras 3 trimestre/2015

    * Fonte: Para acessar o site, clique aqui! Portanto, gravem: a principal demonstrao contbil o balano patrimonial! O balano patrimonial dividido em ativo, passivo e patrimnio lquido!

    Grupo Origem ou aplicao? O que ?

    Ativo Aplicao de recursos Representa os bens e direitos da entidade

    Passivo Origem de recursos Representa as obrigaes da entidade

    Patrimnio lquido Origem de recursos Representa o capital prprio da entidade

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    Graficamente, para ns, para estudo da disciplina e resolver questes faremos sempre algo do tipo:

    Ativo Passivo

    PL

    Origem

    Origem

    Aplicao

    Assim, o capital aplicado em bens e direitos pode vir de duas fontes bsicas: capital prprio (quando vem do PL) e capital de terceiros (quando vem do passivo, das obrigaes). Portanto, vamos classificar as contas que vimos at aqui: - Capital social: Patrimnio lquido (capital dos scios). - Caixa: Ativo (bem) - Bancos: Ativo (direito) - Estoques ou Mercadorias: Ativo (bem) - Fornecedores: Passivo (obrigao). Bom, pessoal. Se voc olhar o total de todas as contas que j analisamos at agora, ver que o balano patrimonial ficar assim:

    Caixa - Fornecedores 15.000,00

    Bancos 235.000,00

    Estoques 30.000,00

    Capital social 250.000,00

    Total 265.000,00 Total 265.000,00

    PL

    Ativo Passivo

    O que vocs notam neste balano? O total do ativo sempre ser igual ao total do passivo + patrimnio lquido! Na contabilidade, essa equao recebe o nome de equao fundamental da contabilidade.

    Equao fundamental da contabilidade Ativo = Passivo + PL Ento, se temos um ativo total no valor de R$ 100,00 e um passivo exigvel no valor de R$ 40,00. De quanto ser o nosso PL? Isso! R$ 60,00. Ativo = P + PL

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    100 = 40 + PL PL = 60,00. 16 OBJETO E CAMPO DE APLICAO DA CONTABILIDADE Dissemos acima que, como cincia que , a contabilidade possui um objeto. Esse objeto o patrimnio das entidades. O patrimnio o conjunto de bens, direitos e obrigaes de uma entidade. A contabilidade se aplica s aziendas. Por azienda devemos entender o patrimnio de uma pessoa que gerido de maneira organizada. A contabilidade se aplica a entidades, que tenham fins lucrativos (empresrios), quer no (Unio, Estados, associaes, por exemplo). A doutrina costuma classificar a azienda, quanto ao fim a que se destina, em trs tipos, a saber: 1) azienda econmica: Como, por exemplo, as empresas. Objetivo de lucro. 2) aziendas econmico-sociais: So exemplo as associaes, cuja sobra lquida destinado a outros fins que no a remunerao do capital empregado. Por exemplo, a associao de moradores da Barra da Tijuca reverte o dinheiro que obteve ao trmino do exerccio com a limpeza e o cultivo de rvores na regio. 3) aziendas sociais: No possui escopo lucrativo, tal como a Unio, Estados, Municpios.

    17 FINALIDADE DA CONTABILIDADE E USURIOS DAS DEMONSTRAES A finalidade principal da cincia contbil fornecer a seus usurios informaes sobre a situao patrimonial e financeira da entidade.

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    Faz-se essencial a investidores, credores, fornecedores, governo e at mesmo aos prprios administradores da entidade que tenham a plena convico de como anda a sade da empresa gerenciada.

    As demonstraes contbeis so preparadas e apresentadas para usurios externos em geral, tendo em vista suas finalidades distintas e necessidades diversas.

    Os usurios das demonstraes contbeis podem ser externos ou internos, conforme tenham ou no ligao com a entidade que reporta essas informaes. Vejamos: Usurios internos - Empregados. Os empregados e seus representantes esto interessados em informaes sobre a estabilidade e a lucratividade de seus empregadores. Tambm se

    interessam por informaes que lhes permitam avaliar a capacidade que tem a entidade de prover sua remunerao, seus benefcios de aposentadoria e suas oportunidades de emprego. Usurios externos - Investidores. Necessitam de informaes para ajud-los a decidir se devem comprar, manter ou vender investimentos. Os acionistas tambm esto interessados em informaes que os habilitem a avaliar se a entidade tem capacidade de pagar dividendos. - Credores por emprstimos. Estes esto interessados em informaes que lhes permitam determinar a capacidade da entidade em pagar seus emprstimos e os correspondentes juros no vencimento. - Fornecedores. Os fornecedores e outros credores esto interessados em informaes que lhes permitam avaliar se as importncias que lhes so devidas sero pagas nos respectivos vencimentos.

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    - Clientes. Os clientes tm interesse em informaes sobre a continuidade operacional da entidade, especialmente quando tm um relacionamento a longo-prazo com ela, ou dela dependem como fornecedor importante. - Governo e suas agncias. Os governos e suas agncias esto interessados na destinao de recursos e, portanto, nas atividades das entidades. Necessitam tambm de informaes a fim de regulamentar as atividades das entidades, estabelecer polticas fiscais e servir de base para determinar a renda nacional e estatsticas semelhantes. - Pblico. As entidades afetam o pblico de diversas maneiras. Elas podem, por exemplo, fazer contribuio substancial economia local de vrios modos, inclusive empregando pessoas e utilizando fornecedores locais. As demonstraes contbeis podem ajudar o pblico fornecendo informaes sobre a evoluo do desempenho da entidade e os desenvolvimentos recentes.

    H um Pronunciamento Contbil muito importante chamado CPC 00 Estrutura Conceitual Bsica da Contabilidade. Com a revogao da Resoluo 750/93 que trata dos princpios de contabilidade acreditamos que as bancas daro grande nfase a esta norma. Nele, temos a seguinte disposio: OB5. Muitos investidores, credores por emprstimo e outros credores, existentes e em potencial, no podem requerer que as entidades que reportam a informao prestem a eles diretamente as informaes de que necessitam, devendo desse modo confiar nos relatrios contbil-financeiros de propsito geral, para grande parte da informao contbil-financeira que buscam. Consequentemente, eles so os usurios primrios para quem relatrios contbil-financeiros de propsito geral so direcionados. Obs: Relatrio contbil-financeiro = demonstrao contbil Portanto, em que pese estarmos dizendo que os usurios podem ser externos ou internos, h tambm aqueles que so os usurios primrios, ou seja, aqueles a quem as demonstraes contbeis se destinam principalmente.

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    Os usurios primrios so aqueles que no podem exigir entidade informaes diretas, como ns, pessoas fsicas, eu, voc, ou algum que v emprestar dinheiro para a empresa. Esses so os usurios primrios. Um Auditor Fiscal, por exemplo, no usurio primrio, considerando que, por suas prerrogativas, pode solicitar informaes diretamente empresa. Para os usurios internos (administrao da empresa), a situao muda totalmente. No h necessidade de credibilidade. Como a administrao controla a elaborao das informaes, no iria enganar a si mesma, com informaes falsas. Isto no significa que a Administrao no use as demonstraes contbeis. Mas as demonstraes so feitas principalmente para atender aos usurios externos. 18 FUNES DA CONTABILIDADE

    A contabilidade tem em sua essncia, basicamente, duas funes: a) funo administrativa: como funo administrativa, a contabilidade ajuda no controle do patrimnio. A saber, por exemplo, quanto temos de mercadoria em

    estoque, quanto temos de pagar de tributos, qual o valor que temos a pagar de salrios, qual o montante que temo em caixa, no banco. b) funo econmica: a funo econmica da contabilidade est atrelada apurao do lucro ou prejuzo do exerccio. Tal apurao feita em uma demonstrao especfica, chamada demonstrao do resultado do exerccio, por meio do cotejo entre as receitas e despesas. Quando as receitas suplantam as despesas, temos lucro. Caso contrrio, prejuzo.

    19 PATRIMNIO: COMPONENTES PATRIMONIAIS (ATIVO, PASSIVO E PATRIMNIO LQUIDO) Patrimnio o conjunto de bens, direitos e obrigaes de uma entidade. A partir deste momento, chamaremos o conjunto de bens e direito de ativo. Por seu turno, as obrigaes sero chamadas de passivo.

    Ativo: bens e direitos Passivo: obrigaes

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    Vamos fazer uma breve comparao entre ativo, passivo, receita e despesa, antes que faamos uma anlise de cada um destes itens patrimoniais... - Ativos so os bens e direitos da empresa. Assim, quando a empresa compra uma mquina para ser usada na produo, est comprando um Ativo. - Receita decorre de ganhar dinheiro. Quando a empresa usa a mquina que uma ativo para produzir produtos e vende esses produtos, est ganhando receita. - Passivos so as obrigaes da empresa. Aquilo que ela tem que pagar. Digamos que uma empresa compre uma mquina para usar na produo e ir pagar em 12 prestaes mensais. A mquina (j vimos) um ativo. A dvida com o fornecedor (as 12 prestaes que a empresa tem que pagar) um Passivo. - Despesas so os gastos que a empresa incorre para conseguir ganhar as receitas. Assim, temos: despesas de salrios (pagamento aos funcionrios), despesa de administrao, despesa de aluguel, etc. Essas explicaes ficaro mais claras ao longo do curso. Tambm importante saber que: - Patrimnio bruto ou patrimnio total: total do ativo. - Patrimnio lquido: Ativo Passivo. 19.1 BENS Segundo a definio doutrinria, bem jurdico tudo aquilo que pode ser objeto de direito. Alguns vo ainda mais longe e definem os bens como tudo aquilo que pode proporcionar ao homem qualquer satisfao. Levando em conta esta definio extrada da 7 edio do dicionrio jurdico de Deocleciano Torrieri, podemos concluir que a sade um bem, pois proporciona ao homem certa satisfao. A amizade tambm o . Todavia, contabilmente, estamos interessados somente naqueles bens que possam ser avaliados em termos monetrios. Os bens hoje, basicamente, podem ser divididos em bens corpreos e incorpreos (os chamados ativos intangveis).

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    Portanto, a partir deste momento, sempre que falarmos em bens, temos de lembrar que eles integram o grupo do ativo. Guardem esta regra.

    Os bens podem receber tambm as seguintes classificaes: Bens Numerrios: so as disponibilidades, ou seja, o dinheiro prontamente disponvel para uso. Exemplo: - Caixa - Bancos Conta Movimento - Aplicaes de liquidez imediata - Numerrio em trnsito Bens de Venda: So as mercadorias e produtos destinados venda. - Estoque de mercadorias - Estoque de matrias primas - Estoque de produtos em elaborao - Estoque de produtos acabados Bens de Uso: So os bens usados nas atividades da empresa. Normalmente ficam registrados no Ativo Imobilizado. Exemplo: - Imveis - Mveis e utenslios - Veculos - Mquinas e equipamentos Bens de Renda: So os bens usados primordialmente para gerar rendas. Normalmente ficam classificados em Investimentos.

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    -Imveis para alugar - Terrenos no utilizados pela empresa - Obras de arte

    19.2 DIREITOS Os direitos so aquelas quantias que nossa entidade tem a receber ou a recuperar em negcios jurdicos celebrados com terceiros, tal como uma venda a prazo realizada, um adiantamento feito a um fornecedor, um cheque que tenho a receber. Os direitos tambm integram o grupo que estamos chamando de ativo. 19.3 OBRIGAES Grosso modo, so valores que a minha empresa deve a terceiros, tais como impostos a pagar, salrios a pagar, financiamentos a pagar, emprstimos a pagar. As obrigaes, por seu turno, compem o grupo que chamamos de passivo. E como as bancas cobram isso?! Para montar as demonstraes contbeis existentes (e que caem em concurso), tais como balano patrimonial e demonstrao do resultado do exerccio, o candidato deve saber discernir o grupo ou demonstrao a que aquela conta pertence. Se, por exemplo, a conta caixa, que um bem, um ativo, for classificada erroneamente como uma obrigao, isto poder comprometer a resoluo de toda a questo. E para no errar isso na prova, somente treinando muito, com as questes que deixaremos ao trmino da aula.

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    20 TCNICAS CONTBEIS So quatro as tcnicas utilizadas na contabilidade: escriturao, elaborao das demonstraes contbeis, auditoria e anlise das demonstraes contbeis. 20.1 ESCRITURAO Funciona, grosso modo, mais ou menos da seguinte forma: Imagine-se que ns, Gabriel e Luciano, somos administradores da sociedade KLS. Cada nota fiscal de compra de mercadoria, cada NF de venda, cada cheque emitido, cada compra de ativo imobilizado para a produo, tudo isso tem de ser controlado. Pensem vocs se no houvesse um controle de todos os atos e fatos que ocorrem no mbito de uma empresa. O que seria desta empresa?! O que seria do mercado? E o que seria da economia nacional? Pois bem, todos esses eventos devem ser contabilizados. Ento, no perodo de competncia, colheremos todos os documentos necessrios e lanaremos nos respectivos livros contbeis. A tcnica utilizada para o registro dos fatos contbeis chamada de escriturao. Ento, em um primeiro momento, devemos escriturar, por meio de lanamentos contbeis, todas as notas fiscais e documentos que comprovem alterao no patrimnio da entidade. Segundo a Lei 6.404/76: Art. 177. A escriturao da companhia ser mantida em registros permanentes, com obedincia aos preceitos da legislao comercial e desta Lei (a prpria 6.404) e aos princpios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar mtodos ou critrios contbeis uniformes no tempo e registrar as mutaes patrimoniais segundo o regime de competncia. Ainda segundo a Lei 6.404/76: a companhia observar exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qualquer modificao da escriturao mercantil e das demonstraes reguladas nesta Lei, as disposies da lei tributria, ou de legislao especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilizao de mtodos ou critrios contbeis diferentes ou determinem registros, lanamentos ou ajustes ou a elaborao de outras demonstraes financeiras (LSA, art. 177, 2). E o que quer dizer este artigo? Se, hipoteticamente, ao apurar o Imposto de Renda do exerccio, a legislao do IR prescreva um mtodo diferente que est previsto nos critrios contbeis, como a utilizao de regime de caixa, em vez de se utilizar do regime de competncia, esta apurao

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    tributria dever ser feita em um livro auxiliar, sem que haja modificao da escriturao contbil (que ordena a utilizao do regime de competncia). 20.2 ELABORAO DAS DEMONSTRAES CONTBEIS As entidades, em sua constituio, elegem o que chamamos de exerccio social. Segundo a Lei das SAs: Art. 175. O exerccio social ter durao de 1 (um) ano e a data do trmino ser fixada no estatuto. Pargrafo nico. Na constituio da companhia e nos casos de alterao estatutria o exerccio social poder ter durao diversa.

    Vejam, o exerccio social tem durao de 1 ano. Isso no equivale a 12 meses (juridicamente falando). 1 ano 365 dias 1 ms 30 dias 12 meses 360 dias. Na maioria das questes de contabilidade, pode considerar 12 meses = 1 ano. Normalmente, as bancas no fazem distino. Mas, a rigor, so coisas distintas. Por qu? No direito, prazo em dia contado em dia, prazo em ms contado em ms, prazo em ano contado em ano. Ao trmino do exerccio, as sociedades tm de publicar o que chamamos de demonstraes financeiras. Todo ms faremos os lanamentos de fatos contbeis, procedendo escriturao dos livros. As demonstraes financeiras so um compilado de tudo o que ocorreu na empresa durante o exerccio social. Vejam que se trata de uma sequncia cronolgica. Se somarmos todas as vendas realizadas no exerccio, encontraremos a chamada receita bruta de vendas, na demonstrao do resultado do exerccio. Se somarmos tudo o que entrou e tudo o que saiu do caixa, teremos achado ento o saldo da conta caixa. E assim por diante. Segundo a Lei 6.404/76:

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    Art. 176. Ao fim de cada exerccio social, a diretoria far elaborar, com base na escriturao mercantil da companhia, as seguintes demonstraes financeiras, que devero exprimir com clareza a situao do patrimnio da companhia e as mutaes ocorridas no exerccio: I - balano patrimonial; II - demonstrao dos lucros ou prejuzos acumulados; III - demonstrao do resultado do exerccio; e IV demonstrao dos fluxos de caixa; e (Redao dada pela Lei n 11.638,de 2007) V se companhia aberta, demonstrao do valor adicionado. (Includo pela Lei n 11.638,de 2007) Alm dessas, o CPC 26 Apresentao das demonstraes contbeis lista como demonstraes contbeis a demonstrao das mutaes do patrimnio lquido DMPL e a demonstrao dos resultados abrangentes. O FIPECAFI entende que essas demonstraes passam a ser obrigatrias para todos os tipos societrios, inobstante a Lei 6.404 seja silente. Mas, como esta aula muito introdutria, este assunto no ser abordado neste encontro. 20.3 AUDITORIA Uma vez elaborada as demonstraes contbeis, elas precisam passar pela verificao sobre se a escriturao est correta nos termos do que prescrevem as normas contbeis. Esse processo chamado de auditoria. Segundo a Lei 6.404: Art. 176: 3o As demonstraes financeiras das companhias abertas observaro, ainda, as normas expedidas pela Comisso de Valores Mobilirios e sero obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela registrados. A auditoria realizada por auditores da CVM em companhias abertas e nas fechadas de grande porte denominada de auditoria independente. Alm da independente, temos as auditorias interna (elaborada por empregados da companhia) e fiscal (elaborada por auditores fiscais da Unio, Estados, Municpios e/ou Distrito Federal, no mbito de suas competncias).

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    20.4 ANLISE DAS DEMONSTRAES CONTBEIS Depois que as demonstraes foram publicadas e auditadas, os seus usurios tm interesse nas informaes nelas contidas. Um investidor desejar saber, por exemplo, o quanto essa empresa est dando de retorno para cada ao do capital social. O credor por emprstimo desejar saber o quanto tem de garantia para poder conceder tranquilamente o emprstimo que deseja. E assim por diante. Tudo isso feito atravs da tcnica contbil chamada de anlise das demonstraes contbeis ou anlise de balanos.

    EscrituraoElaborao das demonstraes

    contbeisAuditoria

    Anlise de balanos

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    21 RESUMO DOS PONTOS ABORDADOS NESTA AULA 1) Contabilidade a cincia que estuda a pratica as funes de orientao, de controle e de registro dos atos e fatos de uma administrao econmica (1 Congresso Brasileiro de Contabilidade/1924). 2) Finalidade Fornecer informaes 3) Escriturao Tcnica contbil que lana os fatos contbeis nos livros contbeis. 4) O objeto de estudo da contabilidade o patrimnio. Por patrimnio, entenda o conjunto de bens, direitos e obrigaes da entidade. 5) Principais normas de contabilidade para concursos: - Lei 6.404/76 Lei das sociedades por aes. Artigo 175 a 204. - Resoluo 750/93 Contm os princpios da contabilidade. Revogada! - Lei 11.638/07 e 11.941/09 As principais alteraes promovidas por essas leis na Lei 6.404/76. - Pronunciamentos Contbeis Depende do concurso que voc ir realizar, mas se est estudando para qualquer dos concursos que citaremos a seguir, ento voc precisar conhecer (AFRFB, ATRFB, ICMS SP, ICMS RJ, outros ICMS, ISS diversos, Agente da Polcia Federal, Auditor Fiscal do Trabalho, Perito da PF, Tribunais de Contas). 6) Princpio da entidade Figura dos scios diferente da figura da sociedade. 7) O mais correto utilizar a expresso entidade, pois mais abrangente. 8) Conta capital social: valor que os scios entregam para o incio da atividade. 9) Razontes: utilizados para fazer os lanamentos contbeis:

    Lado do dbito Lado do crdito

    Conta X

    10) O total dos dbitos sempre ter que ser igual ao total dos crditos. Essa regra, em uma contabilidade regular, no comporta excees. 11) As palavras dbito e crdito no sentido comum ou no sentido jurdico tm um significado. Na contabilidade, possuem outro sentido, que pode ser diametralmente oposto ao que estamos acostumados.

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    12) Como as contas aumentam e diminuem:

    Conta O que so Exemplo Aumenta Diminui Ativo Bens e direitos Caixa, estoques Dbito Crdito

    Passivo Obrigaes Fornecedores Crdito Dbito Patrimnio Lquido Capital prprio Capital social Crdito Dbito

    Receitas "Ganhos" Venda de merc. Crdito - Despesas "Perdas" Desp. de salr. Dbito

    13) Mtodo das partidas dobradas: o total dos dbitos sempre ter de ser igual ao total dos crditos! 14) A principal demonstrao contbil o balano patrimonial! O balano patrimonial dividido em ativo, passivo e patrimnio lquido!

    Ativo Passivo

    PL

    Origem

    Origem

    Aplicao

    15) O capital aplicado em bens e direitos pode vir de duas fontes bsicas: capital prprio (quando vem do PL) e capital de terceiros (quando vem do passivo, das obrigaes). 16) O total do ativo sempre ser igual ao total do passivo + patrimnio lquido! 17) Equao fundamental da contabilidade Ativo = Passivo + PL 18) Tcnicas contbeis escriturao, elaborao das demonstraes contbeis, auditoria e anlise das demonstraes contbeis. Ativo: bens e direitos. Passivo: obrigaes. Patrimnio lquido: capital prprio. 19) Campo de aplicao da contabilidade: aziendas = patrimnio + gesto

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    22 MAPA MENTAL DESTA AULA (*ELABORADO PELO PROFESSOR JULIO CARDOZO)

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    23 QUESTES COMENTADAS 1) (CESPE/Auditor/TCU/2015) Julgue o item subsecutivo , referente ao principal grupo de usurios das demonstraes contbeis bem como s responsabilidades a elas relacionadas. Se os objetivos de uma companhia brasileira de capital aberto (S.A.) inclurem a explorao de servios de energia eltrica, um dos principais usurios da informao contbil dessa sociedade ser a Agncia Nacional de Energia Eltrica. Comentrios O CESPE deu o item como correto. Mas, como dissemos na aula, a ANEEL, sendo um rgo regulador, no usurio principal da demonstrao contbil, j que pode requerer as informaes de que precisa diretamente para a sociedade. A banca deveria ter mudado o gabarito, mas no o fez. Gabarito Correto. Julgue os itens a seguir, relativos a contabilidade. 2) (CESPE/SEC/PE/2010) A contabilidade uma cincia exata. Comentrios Apesar de muitas vezes ouvirmos por a voc bom em contbeis, ento lida bem com os nmeros, tal expresso contm uma idia incorreta. A contabilidade uma cincia social aplicada, tal como a Economia e a Administrao. Gabarito Errado. 3) (CESPE/SEC/PE/2010) A contabilidade tem funes administrativas e econmicas.

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    Comentrios A contabilidade tem em sua essncia, basicamente, duas funes: a) FUNO ADMINISTRATIVA: como funo administrativa, a contabilidade ajuda no controle do patrimnio. Auxilia a saber, por exemplo, quanto temos de mercadoria em estoque, quanto temos de pagar de tributos, qual o valor que temos a pagar de salrios, qual o montante que temos em caixa e no banco. b) FUNO ECONMICA: a funo econmica da contabilidade est atrelada apurao do lucro ou prejuzo do exerccio. Tal apurao feita em uma demonstrao especfica, chamada DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO, por meio do cotejo entre as receitas e despesas. Quando as receitas suplantam as despesas, temos lucro. Caso contrrio, prejuzo. Gabarito Correto. 4) (CESPE/SEC/PE/2010) O principal campo de aplicao da contabilidade so as aziendas. Comentrios A contabilidade se aplica s AZIENDAS. Por azienda devemos entender o patrimnio de uma pessoa que gerido de maneira organizada. A contabilidade se aplica a entidades, que tenham fins lucrativos (empresrios), quer no (Unio, Estados, associaes, por exemplo). A doutrina costuma classificar a azienda, quanto ao fim a que se destina, em trs tipos, a saber: 1) AZIENDA ECONMICA: Como, por exemplo, as empresas. Objetivo de lucro. 2) AZIENDAS ECONMICO-SOCIAIS: So exemplo as associaes, cuja sobra lquida destinado a outros fins que no a remunerao do capital empregado. Por exemplo, a associao de moradores da Barra da Tijuca reverte o dinheiro que obteve ao trmino do exerccio com a limpeza e o cultivo de rvores na regio. 3) AZIENDAS SOCIAIS: No possui escopo lucrativo, tal como a Unio, Estados, Municpios. Gabarito Correto. (CESPE/Analista/Embasa/2009) Quanto ao conceito e objetivo da contabilidade, julgue os itens a seguir.

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    5) A contabilidade considerada uma cincia porque possui objeto prprio, o patrimnio das entidades. 6) O principal objetivo da contabilidade fornecer informaes teis para auxiliar o processo decisrio dos usurios. Comentrios O item 5 est correto e define o objeto da contabilidade, qual seja o patrimnio (conjunto de bens, direitos e obrigaes de uma entidade). O item 6 tambm est correto e reproduz a idia fim da contabilidade que a de fornecer informaes aos seus mais diversos usurios. Gabarito Correto. Gabarito Correto. 7) (CESPE/Contador/Ipojuca/2009) O patrimnio das entidades o objeto prprio da contabilidade. Nesse sentido, julgue o item a seguir acerca dos objetivos e finalidades da contabilidade. O objetivo cientfico da contabilidade manifesta-se na correta apresentao do patrimnio e na apreenso e anlise das causas das suas mutaes. Comentrios Esta questo se encontra insculpida na Resoluo 774/94 do Conselho Federal de Contabilidade. Segundo tal norma: A existncia de objetivos especficos no essencial caracterizao de uma cincia, pois, caso o fosse, inexistiria a cincia pura, aquela que se concentra, to-somente, no seu objeto. Alis, na prpria rea contbil, encontramos muitos pesquisadores cuja obra no apresenta qualquer escopo pragmtico, concentrando-se na Contabilidade como cincia. De qualquer forma, como j vimos, no h qualquer dificuldade na delimitao dos objetivos da Contabilidade no terreno cientfico, a partir do seu objeto, que o Patrimnio, por estarem concentrados na correta representao deste e nas causas das suas mutaes. O objetivo cientfico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentao do Patrimnio e na apreenso e anlise das causas das suas mutaes. J sob tica pragmtica, a aplicao da Contabilidade a uma Entidade particularizada, busca prover os usurios com informaes sobre aspectos de natureza econmica,

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    financeira e fsica do Patrimnio da Entidade e suas mutaes, o que compreende registros, demonstraes, anlises, diagnsticos e prognsticos, expressos sob a forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas, e outros meios. Gabarito Correto. 8) (CESPE/Contador/Ipojuca/2009) Julgue o item a seguir com relao s formalidades da escriturao contbil. A escriturao ser executada com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem os fatos e a prtica de atos administrativos. Comentrios A empresa deve escriturar seus fatos atravs de documentos que comprovem o valor efetivo das transaes, tais como notas fiscais, contratos de compra e venda, duplicatas, etc. Todavia, caso no haja a possibilidade de que tais documentos sejam apresentados, por exemplo, se houver uma compra sem que haja a respectiva documentao, devemos, mesmo assim, proceder escriturao (primazia da essncia sobre a forma) e tentar comprovar que os valores registrados so os valores realmente praticados naquele caso. Devemos ter elementos comprobatrios dos fatos e atos administrativos. Gabarito Correto. 9) (CESPE/SEPLAG/2009) Embora as tcnicas contbeis no sofram grandes transformaes, a contabilidade de empresas privadas pode receber tratamento diferenciado, a fim de atender s suas peculiaridades. Comentrios Imaginem, meus amigos, se a padaria do Seu Joaquim, cujo faturamento monta a R$ 2.000,00/ms estivesse obrigado aos mesmos ditames a que se sujeita a Petrobrs S/A. Seria algo desarrazoado, no?! Assim, considerando o sistema em que se insere, a contabilidade adota sim tratamento diferenciado a depender da situao. Uma delas, por exemplo, em funo do porte da pessoa a quem se aplica. O mesmo vale, por exemplo, para a contabilidade aplicada aos entes pblicos. Que difere daquela que vige para as empresas privadas. Gabarito Correto.

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    10) (CESPE/SEPLAG/2009) Nas empresas que operam com seguros, a contabilidade padronizada por rgos governamentais, no entanto, as tcnicas contbeis mantm as suas caractersticas. Comentrios As seguradoras devem seguir as normas contbeis institudas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), alm daquelas estipuladas pela Comisso de Valores Mobilirios (CVM). Alm disso, a regulamentao do setor fica a cargo da SUSEP. Devem ainda seguir a Lei 6404/76, porquanto, para atuar no Brasil, as seguradoras devem ser constitudas sob a forma de sociedade annima. Gabarito Correto. 11) (CESPE/SEPLAG/2009) Os bens e os direitos so considerados elementos patrimoniais positivos, ou seja, devedores, enquanto as obrigaes so consideradas elementos patrimoniais negativos, ou seja, credores. A diferena entre os elementos patrimoniais positivos e negativos o patrimnio lquido. Comentrios A questo versa sobre os conceitos de ativo e passivo e equao fundamental da contabilidade. J sabemos que a equao fundamental da contabilidade : ATIVO = PASSIVO + PL BENS + DIREITOS = OBRIGAES + PL Logo, o PL PL = BENS + DIREITOS OBRIGAES O ativo (bens e direitos) a parte positiva. O passivo (obrigaes) a parte negativa. A diferena entre ambos constituem o chamado patrimnio lquido. Gabarito Correto.

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    12) (CESPE/SEPLAG/2009) Na demonstrao do patrimnio, a soma do ativo dever ser sempre igual soma do passivo. Comentrios Dissemos que a equao fundamental da contabilidade : ATIVO = PASSIVO + PATRIMNIO LQUIDO Entretanto, o passivo pode ser entendido na contabilidade como lato sensu ou stricto sensu. O passivo compreende as obrigaes da empresa. Todavia, a entidade pode ter obrigaes com terceiros (neste caso, o chamado passivo exigvel) ou com os scios (neste caso, o chamado patrimnio lquido). Assim, a expresso passivo (lato sensu) abrange tanto o passivo exigvel por terceiros e o patrimnio lquido. Ento, podemos dizer que: ATIVO TOTAL = PASSIVO TOTAL. E esse foi o intuito da questo, que deve ser assinalada como correta. Mas, em questes de concurso, quando a questo disser apenas o valor do passivo, est querendo saber qual o valor das obrigaes. Gabarito Correto. (CESPE/SEPLAG/2009) Conta a representao contbil de elementos patrimoniais de natureza igual ou semelhante, criada para registrar nos livros contbeis fatos ocorridos nas empresas e manter atualizada a situao econmico-financeira de uma entidade. Acerca desse assunto, julgue os itens subsequentes. 13) As contas do ativo devem sempre apresentar saldos devedores, assim como as contas do patrimnio lquido. Comentrios Dissemos que algumas contas possuem natureza devedora. Outras, credora. Uma conta devedora tem os seus saldos aumentados a dbito e diminudos a crdito. Ao revs, uma contra credora tem os seus saldos aumentados a crdito e diminudos a dbito. - CONTAS DE NATUREZA DEVEDORA: CONTAS DE ATIVO (BENS E DIREITOS), CONTAS DE DESPESA,

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    - CONTAS DE NATUREZA CREDORA: CONTAS DO PASSIVO (OBRIGAES), CONTAS DO PATRIMNIO LQUIDO, CONTAS DE RECEITA. Assim, as contas do ativo, em regra, tm saldo devedor. j as contas do patrimnio lquido, em regra, tm saldo credor. As contas do ativo tambm podem ter saldo credor em algumas hipteses a serem estudadas a frente. Assim como as contas do passivo e do PL podem ter saldo devedor. Gabarito Errado. 14) (CESPE/SEPLAG/2009) Qualquer aumento do patrimnio lquido ser regido por crdito, e qualquer diminuio, por dbito. Comentrios O item est correto. O PL aumenta a crdito e diminui a dbito. Isto vocs tero de decorar. Gabarito Correto. 15) (CESPE/SEPLAG/2009) Uma empresa possui ou no possui passivo; logo, no existem dvidas negativas. Comentrios Decorrncia lgica. Uma dvida no pode ser negativa. Assim, o passivo sempre ser superior a zero. O mesmo vale para o ativo. Voc no pode ter R$ 150,00 em caixa. Ah, professores, mas e quando o banco for negativo? Neste caso, voc no tem um direito, mas sim uma obrigao, passando a conta para o passivo. O gabarito, portanto, est correto. Gabarito Correto. 16) (CESPE/SEPLAG/2009) O patrimnio lquido, que pode ser positivo, nulo ou negativo, corresponde a recursos de terceiros. Comentrios Errado. O patrimnio lquido representa o capital prprio da entidade.

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    Gabarito Errado.

    (CESPE/SEPLAG/2009) Considerando que determinada empresa tenha os componentes patrimoniais apresentados na tabela acima, julgue os itens que se seguem. 17) O capital prprio e o capital de terceiros nessa empresa so, respectivamente, iguais a R$ 670.000,00 e R$ 275.000,00. 18) A situao patrimonial lquida da entidade em questo superavitria em R$ 395.000,00. Comentrios ATIVO: Dinheiro em caixa 80.000,00 Estoques 45.000,00 Imobilizado 125.000,00 TOTAL 250.000,00 PASSIVO: Fornecedores 45.000,00 Contas a pagar 230.000,00 TOTAL 275.000,00 PL Capital social 450.000,00

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    Vejam que se somarmos os itens, as contas no batero. Por qu, professor?! Pois ainda falta registrar o lucro ou prejuzo que eventualmente esteja contabilizado nessa empresa. Assim, temos que: A = P + PL 250.000,00 = 275.000,00 + PL PL = - 25.000,00 Assim, temos de ter um PL negativo em R$ 25.000,00. A nica possibilidade de isso ocorrer termos um prejuzo acumulado na empresa no montante de R$ 475.000,00. O PL ficar assim: PL Capital social 450.000,00 (-) Prejuzos acumulados (475.000,00) TOTAL (25.000,00) Assim, temos o seguinte: ATIVO: 250.000,00 PASSIVO: 275.000,00 PL: (25.000). O gabarito das questes, portanto, incorreto. Gabarito Errado. 19) (CESPE/TJ/ES/Tcnico em contabilidade/2010) Do lado esquerdo do balano, registram-se as contas de natureza credora, que representam os bens e direitos. Comentrios Do lado esquerdo do balano figura o ativo, cuja natureza, como visto, devedora. O ativo representa os bens e direitos da empresa. Gabarito Errado. 20) (CESPE/TJ/ES/Tcnico em contabilidade/2010) As contas de passivo reduzem seus saldos quando se registra movimento a dbito.

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    Comentrios A regra a seguinte: Contas do ativo: aumentam a dbito, diminuem a crdito. Contas do passivo e patrimnio lquido: aumentam a crdito, diminuem a dbito. Gabarito Correto. 21) (ESAF/Auditor Fiscal/ISS RJ/2010) Assinale abaixo a nica opo que contm uma afirmativa falsa. a) A finalidade da Contabilidade assegurar o controle do patrimnio administrado e fornecer informaes sobre a composio e as variaes patrimoniais, bem como sobre o resultado das atividades econmicas desenvolvidas pela entidade para alcanar seus fins. b) A Contabilidade pode ser conceituada como sendo a cincia que estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimnio das entidades com fins lucrativos ou no. c) Pode-se dizer que o campo de aplicao da Contabilidade a entidade econmico administrativa, seja ou no de fins lucrativos. d) O objeto da Contabilidade definido como o conjunto de bens, direitos e obrigaes vinculado a uma entidade econmico-administrativa. e) Enquanto a entidade econmico-administrativa o objeto da Contabilidade, o patrimnio o seu campo de aplicao. Comentrios a) Item correto. O objeto da contabilidade o patrimnio! Ela ajuda a controlar e conhecer os elementos que o integram. Exemplifiquemos: Atravs da contabilidade, podemos saber quantas mercadorias a empresa X possui em seu estoque, quantos carros possui disposio para realizar o frete destas mercadorias, qual o gasto mensal que esta empresa tem com salrios, etc. A contabilidade tem como finalidade, tambm, o fornecimento de informaes sobre o patrimnio aos diversos usurios das demonstraes contbeis, sejam eles internos (a prpria administrao, empregados) ou externos (fornecedores, governo, bancos, investidores, etc.) b) Item correto. A questo o escorreito conceito de contabilidade enquanto cincia. A contabilidade a cincia que estuda e pratica as funes de orientao, de controle e de registro dos atos e fatos de uma administrao econmica (1 Congresso Brasileiro de Contabilidade/1924). Atente-se: a contabilidade uma cincia! Cuidado com questes que a definem como tcnica, metodologia, e at mesmo arte! A contabilidade se aplica a

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    entidades que possuam fins lucrativos (empresas em geral) ou no (governo, por exemplo). c) Item correto. O principal campo de aplicao da contabilidade so as aziendas. O qu, professor?! Aziendas! Azienda o patrimnio, quando considerado junto com a pessoa que o administra. Cuidado para no confundir azienda com atividade econmica. Azienda gnero, a atividade econmica, exercida pelas empresas, espcie. A azienda compreende as empresas e as instituies que no tenham fins lucrativos. d) Item correto. O objeto da contabilidade o patrimnio (conjunto de bens, direitos e obrigaes) de uma entidade. e) Item incorreto. A questo inverteu os conceitos. Corrigindo: Enquanto a entidade econmico-administrativa o campo de aplicao da Contabilidade, o patrimnio o seu objeto. Gabarito E. 22) (ESAF/SUSEP/Agente Executivo/2006) O campo de atuao da Contabilidade a entidade econmico-administrativa, cuja classificao, quanto aos fins a que se destinam, faz-se, corretamente, dividindo-as em a) pessoas fsicas e pessoas jurdicas. b) entidades abertas e entidades fechadas. c) entidades pblicas e entidades privadas. d) entidades civis e entidades comerciais. e) entidades sociais, econmicas e econmico-sociais. Comentrios A contabilidade se aplica s aziendas. Por azienda devemos entender o patrimnio de uma pessoa que gerido de maneira organizada. A contabilidade se aplica a entidades, que tenham fins lucrativos (empresrios), quer no (Unio, Estados, associaes, por exemplo). A doutrina costuma classificar a azienda, quanto ao fim a que se destina, em trs tipos, a saber: 1) AZIENDA ECONMICA: Como, por exemplo, as empresas. Objetivo de lucro. 2) AZIENDAS ECONMICO-SOCIAIS: So exemplo as associaes, cuja sobra lquida destinado a outros fins que no a remunerao do capital empregado. Por exemplo, a associao de moradores da Barra da Tijuca reverte o dinheiro que obteve ao trmino do exerccio com a limpeza e o cultivo de rvores na regio.

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    3) AZIENDAS SOCIAIS: No possui escopo lucrativo, tal como a Unio, Estados, Municpios. Gabarito E. 23) (ESAF/Analista Contbil Financeiro/SEFAZ/CE/2006) Para alcanar seus objetivos precpuos, a Contabilidade utiliza tcnicas formais especficas. Assinale abaixo o grupo que discrimina essas tcnicas. a) Registro contbil, Balanos e Auditoria. b) Escriturao, Demonstrao, Auditoria e Anlise de Balanos. c) Livros contbeis Dirio e Razo, Inventrios, Oramentos e Balanos. d) Escriturao, Lanamentos, Balancetes, Balanos, Inventrios e Auditoria. e) Balano Patrimonial, Demonstrao de Resultado do Exerccio, Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados e Demonstrao de Origem e Aplicao de Recursos. Comentrios So quatro as tcnicas utilizadas na contabilidade: escriturao, elaborao das demonstraes contbeis, auditoria e anlise das demonstraes contbeis. Gabarito B. 24) (ESAF/Tcnico de Finanas e Controle/1996) Decomposio, comparao e interpretao dos demonstrativos do estado patrimonial e do resultado econmico de uma entidade a) funo econmica da Contabilidade b) objeto da Contabilidade c) tcnica contbil chamada Anlise de Balanos d) finalidade da Contabilidade e) funo administrativa da Contabilidade Comentrios