contabilidade geral e avançada para auditor fiscal receita federal

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Aula 00 Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB - 2015 Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa 00000000000 - DEMO

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Aula demonstrativa do Curso Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal Receita Federal 2015. Confira o curso completo no site: http://www.estrategiaconcursos.com.br/curso/contabilidade-geral-e-avancada-p-afrfb-2015-4529/

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  • 1. Aula 00 Contabilidade Geral e Avanada p/ AFRFB - 2015 Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa 00000000000 - DEMO

2. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 64 SUMRIO APRESENTAO .............................................................................................................................2 O CURSO, EDITAL E PROVA .............................................................................................................3 ESTRUTURA CONCEITUAL BSICA DA CONTABILIDADE.......................................................................9 PREFCIO......................................................................................................................................9 INTRODUO...............................................................................................................................13 FINALIDADE E STATUS..................................................................................................................14 ALCANCE.....................................................................................................................................15 CAPTULO 1 - OBJETIVO DO RELATRIO CONTBIL-FINANCEIRO DE PROPSITO GERAL ......................15 CAPTULO 2: A ENTIDADE QUE REPORTA A INFORMAO .................................................................20 CAPTULO 3: CARACTERSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAO CONTBIL-FINANCEIRA TIL ...........20 CARACTERSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS..........................................................................21 CAPTULO 4: ESTRUTURA CONCEITUAL PARA A ELABORAO E APRESENTAO DAS DEMONSTRAES CONTBEIS: TEXTO REMANESCENTE ..............................................................................................26 ELEMENTOS DAS DEMONSTRAES CONTBEIS..............................................................................27 POSIO PATRIMONIAL E FINANCEIRA ...........................................................................................28 ATIVOS .......................................................................................................................................29 PASSIVOS ...................................................................................................................................30 PATRIMNIO LQUIDO ..................................................................................................................31 DESEMPENHO ..............................................................................................................................32 RECEITAS....................................................................................................................................33 DESPESAS ...................................................................................................................................33 RECONHECIMENTO DOS ELEMENTOS NAS DEMONSTRAES FINANCEIRAS........................................33 RECONHECIMENTO DE ATIVOS ......................................................................................................33 RECONHECIMENTO DE PASSIVOS...................................................................................................34 RECONHECIMENTO DE RECEITAS E DESPESAS ................................................................................34 MENSURAO DOS ELEMENTOS DAS DEMONSTRAES CONTBEIS..................................................35 MANUTENO DO CAPITAL FSICO E FINANCEIRO ...........................................................................37 RESUMO: ESTRUTURA CONCEITUAL BSICA DA CONTABILIDADE ......................................................38 QUESTES COMENTADAS..............................................................................................................40 QUESTES COMENTADAS NESTA AULA ...........................................................................................59 GABARITO DAS QUESTES COMENTADAS NESTA AULA ....................................................................64 AULA 00: PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BSICO (R1) ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAO E DIVULGAO DE RELATRIO CONTBIL-FINANCEIRO 00000000000 00000000000 - DEMO 3. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 64 APRESENTAO Ol, meus amigos. Como esto?! com um imenso prazer que estamos aqui, no Estratgia Concursos, o mais novo e revolucionrio site de preparao para concursos pblicos, para ministrar para vocs a disciplina de Contabilidade Geral e Avanada para o concurso de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. O Estratgia conta com os melhores professores do Brasil, no tenham dvidas. Certamente, estudando pelo material que ofereceremos aqui, em todas as disciplinas, voc no precisar de mais nada para ter uma preparao slida e focada para este certame. Creiam-me. O cargo de AFRFB dispensa maiores comentrios, posto que a Receita Federal hoje umas das melhores instituies pblicas para se trabalhar no Brasil, alm de ser uma das mais respeitadas. A remunerao tambm excelente, R$ 14.965,44 iniciais. Isso mesmo, repito, R$ 14.965,44. Com um salrio destes, vive-se bem em qualquer lugar do Brasil. o que voc precisa para dar de vez aquela qualidade de vida para sua famlia, ou, para voc que solteiro, viajar o mundo todo. Ademais, dizem pelos corredores que a categoria est se movendo para conseguir um reajuste salarial, o que melhor ainda para vocs. Ainda h que se falar no trnsito que a Receita Federal possui, sendo que os Auditores podem ser lotados (literalmente) do Oiapoque ao Chu. Agora, permita que nos apresentemos: Meu nome Gabriel Rabelo, sou Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, tendo tambm, dentre outros, exercido o cargo de Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado do Esprito Santo. Sou professor colaborador de direito empresarial e contabilidade no stio do Estratgia. Ministro, tambm, contabilidade e direito empresarial em cursos presenciais preparatrios para concursos em Vitria e, em videoaula, no Eu Vou Passar. Sou autor dos livros 1.001 Questes Comentadas de Direito Empresarial FCC e 1.001 Questes Comentadas de Direito Administrativo ESAF, este ltimo em co-autoria com a professora Elaine Marsula, ambos publicados pela Editora Mtodo. Meu nome Luciano Rosa, sou Agente Fiscal de Rendas da Secretaria da Fazenda do Estado de So Paulo, aprovado no concurso de 2009. Anteriormente, trabalhei durante 10 anos na Assembleia Legislativa de So 00000000000 00000000000 - DEMO 4. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 64 Paulo, aprovado em 1 lugar no concurso de 1999, ocupando os cargos de Agente Tcnico Legislativo Especializado rea de finanas, e, em comisso, durante 7 anos, o cargo de Diretor Tcnico Legislativo do Servio Tcnico de Programao Financeira. Sou professor de contabilidade para concursos. Autor de diversos cursos na rea de contabilidade. Sou formado em Administrao de Empresas pela Faculdade de Economia e Administrao FEA USP. Possuo 17 anos de experincia em empresas privadas, na rea de Controladoria, tendo ocupado os cargos de Assistente de Auditoria, Analista de Custo, Chefe da Contabilidade Financeira e Controller. Alm disso, lanamos juntos, pela Editora Mtodo, o livro Contabilidade Avanada Facilitada para Concursos Teoria e questes e mais de 200 questes comentadas. Este livro baseado nos Pronunciamentos Contbeis emanados do Comit de Pronunciamentos Contbeis e est disponvel para venda no site da editora e nas diversas livrarias. O CURSO, EDITAL E PROVA O ltimo concurso para Auditor da Receita Federal se realizou em 2014. No dia 10 de maro de 2014, tivemos a publicao do edital oferecendo ao todo 278 vagas para a realizao deste certame, com provas em 10 e 11 de maio de 2014. Estudar para este concurso exige certa antecedncia. Quem sair frente certamente ter uma base mais slida e forte para concorrer a uma vaga do concurso. Veja que o tempo entre a publicao do edital a realizao das provas foi extremamente exguo. Os principais destaques deste curso que apresentaremos so: - Contedo terico completo, apresentado com objetividade e de modo fcil. - Grande acervo de questes comentadas da ESAF. - Contato direto com os professores para responder dvidas, atravs do frum de dvidas. - Material atualizado de acordo com as mudanas ocorridas na contabilidade pelas Leis 11.638/07 e 11.941/09, bem como nfase nos Pronunciamentos Contbeis to cobrados pelas bancas. - Questes das ltimas provas da ESAF comentadas (inclusive toda a prova do AFRFB 2014 comentada). 00000000000 00000000000 - DEMO 5. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 64 A contabilidade veio prevista no ltimo edital do seguinte modo: Vejam que contabilidade representa 20 questes de peso 2, num total de 40 pontos em 210. So aproximadamente 19% do total de pontos. Portanto, no precisamos nem frisar a importncia que atribuda disciplina. Outro fator importante que h um mnimo, de forma que vocs tero de acertar ao menos 8 questes das 20 que lhe forem apresentadas. Mas, vocs vero, ao trmino do curso, se sentiro seguros a ponto de esquecer o mnimo e ver apenas o que precisam acertar para fechar a prova. Esse o nosso compromisso com vocs! O edital possui a seguinte ementa: Contabilidade Geral e Avanada: 1. Estrutura Conceitual para Elaborao e Divulgao de Relatrio Contbil-Financeiro aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). 2. Patrimnio: componentes patrimoniais, ativo, passivo e situao lquida. Equao fundamental do patrimnio. 3. Fatos contbeis e respectivas variaes patrimoniais. 4. Sistema de contas, contas patrimoniais e de resultado. Plano de contas. 5. Escriturao: conceito e mtodos; partidas dobradas; lanamento contbil rotina, frmulas; processos de escriturao. 6. Provises Ativas e Passivas, tratamento das Contingncias Ativas e Passivas. 7. Polticas Contbeis, Mudana de Estimativa e Retificao de Erro. 8. Ativos: estrutura, grupamentos e classificaes, conceitos, processos de avaliao, registros contbeis e evidenciaes. 9. Passivos: conceitos, estrutura e classificao, contedo das contas, processos de avaliao, registros contbeis e evidenciaes. 10. Patrimnio lquido: capital social, adiantamentos para aumento de capital, ajustes de avaliao patrimonial, aes em tesouraria, prejuzos acumulados, reservas de capital e de lucros, clculos, constituio, 00000000000 00000000000 - DEMO 6. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 64 utilizao, reverso, registros contbeis e formas de evidenciao. 11. Balancete de verificao: conceito, forma, apresentao, finalidade, elaborao. 12. Ganhos ou perdas de capital: alienao e baixa de itens do ativo. 13. Tratamento das Participaes Societrias, conceito de coligadas e controladas, definio de influncia significativa, mtodos de avaliao, clculos, apurao do resultado de equivalncia patrimonial, tratamento dos lucros no realizados, recebimento de lucros ou dividendos de coligadas e controladas, contabilizao. 14. Apurao e tratamento contbil da mais valia, do goodwill e do desgio: clculos, amortizaes e forma de evidenciao. 15. Reduo ao valor recupervel, mensurao, registro contbil, reverso.16. Tratamento das Depreciaes, amortizao e exausto, conceitos, determinao da vida til, forma de clculo e registros. 17. Tratamentos de Reparo e conservao de bens do ativo, gastos de capital versus gastos do perodo. 18. Debntures, conceito, avaliao e tratamento contbil. 19. Tratamento das partes beneficirias. 20. Operaes de Duplicatas descontadas, clculos e registros contbeis. 21. Operaes financeiras ativas e passivas, tratamento contbil e clculo das variaes monetrias, das receitas e despesas financeiras, emprstimos e financiamentos: apropriao de principal, juros transcorridos e a transcorrer e tratamento tcnico dos ajustes a valor presente. 22. Despesas antecipadas, receitas antecipadas. 23. Folha de pagamentos: clculos, tratamento de encargos e contabilizao. 24. Passivo atuarial, depsitos judiciais, definies, clculo e forma de contabilizao. 25. Operaes com mercadorias, fatores que alteram valores de compra e venda, forma de registro e apurao do custo das mercadorias ou dos servios vendidos. 26. Tratamento de operaes de arrendamento mercantil. 27. Ativo No Circulante Mantido para Venda, Operao Descontinuada e Propriedade para Investimento, conceitos e tratamento contbil. 28. Ativos Intangveis, conceito, apropriao, forma de avaliao e registros contbeis. 29. Tratamento dos saldos existentes do ativo diferido e das Reservas de Reavaliao. 30. Apurao do Resultado, incorporao e distribuio do resultado, compensao de prejuzos, tratamento dos dividendos e juros sobre capital prprio, transferncia do lucro lquido para reservas, forma de clculo, utilizao e reverso de Reservas. 31. Conjunto das Demonstraes Contbeis, obrigatoriedade de apresentao e elaborao de acordo com a Lei n. 6.404/76 e suas alteraes e as Normas Brasileiras de Contabilidade atualizadas. 32. Balano Patrimonial: obrigatoriedade, apresentao; contedo dos grupos e subgrupos. 33. Demonstrao do Resultado do Exerccio, estrutura, evidenciao, caractersticas e elaborao. 34. Apurao da receita lquida, do lucro bruto e do resultado do exerccio, antes e depois da proviso para o Imposto sobre Renda, contribuio social e participaes. 35. Demonstrao do Resultado Abrangente, conceito, contedo e forma de apresentao. 36. Demonstrao de Mutaes do Patrimnio Lquido, conceitos envolvidos, forma de apresentao e contedo. 37. Demonstrao do Fluxo de Caixa: obrigatoriedade de apresentao, conceitos, mtodos de elaborao e forma de apresentao. 38. Demonstrao do Valor Adicionado DVA: conceito, forma de apresentao e elaborao. 39. Mensurao a Valor justo e apurao dos ativos lquidos conceitos envolvidos, clculos e apurao e tratamento contbil. 40. 00000000000 00000000000 - DEMO 7. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 64 Subveno e Assistncia Governamentais conceitos, tratamento contbil, avaliao e evidenciao. 41. Anlise das Demonstraes. Anlise horizontal e indicadores de evoluo. ndices e quocientes financeiros de estrutura, liquidez, rentabilidade e econmicos Ateno: os tpicos em vermelho foram alterados/includos por conta da publicao do edital de 2014. Nossas aulas, por seu turno, sero assim divididas: AULA CONTEDO DATA Aula 0 1. Estrutura Conceitual para Elaborao e Divulgao de Relatrio Contbil-Financeiro aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). 05/06 Aula 1 2. Patrimnio: componentes patrimoniais, ativo, passivo e situao lquida. Equao fundamental do patrimnio. 3. Fatos contbeis e respectivas variaes patrimoniais. 4. Sistema de contas, contas patrimoniais e de resultado. Plano de contas. 5. Escriturao: conceito e mtodos; partidas dobradas; lanamento contbil - rotina, frmulas; processos de escriturao. 6. Provises Ativas e Passivas, tratamento das Contingncias Ativas e Passivas (somente parte inicial sobre as provises). 11. Balancete de verificao: conceito, forma, apresentao, finalidade, elaborao. 14/06 Aula 2 5. Escriturao: conceito e mtodos; partidas dobradas; lanamento contbil - rotina, frmulas; processos de escriturao. 6. Provises Ativas e Passivas, tratamento das Contingncias Ativas e Passivas (somente parte inicial sobre as provises). 11. Balancete de verificao: conceito, forma, apresentao, finalidade, elaborao. 22/06 Aula 3 08. Balano Patrimonial: Obrigatoriedade e apresentao. Contedo dos Grupos e Subgrupos. 09. Classificao das Contas. Aula 4 18. Debntures, conceito, avaliao e tratamento contbil. 19. Tratamento das partes beneficirias. 31. Demonstraes Contbeis, obrigatoriedade de apresentao e elaborao de acordo com a Lei n. 6.404/76 e suas alteraes e as Normas Brasileiras de Contabilidade atualizadas. 32. Balano Patrimonial: obrigatoriedade, apresentao; contedo dos grupos e subgrupos. 30/06 Aula 5 16. Tratamento da Depreciao, amortizao e exausto, conceitos, determinao da vida til, forma de clculo e registros. 17. Tratamentos de Reparo e conservao de bens do ativo, gastos de capital versus gastos do perodo. 08/07 00000000000 00000000000 - DEMO 8. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 64 Aula 6 20. Operaes de Duplicatas descontadas, clculos e registros contbeis. 21. Operaes financeiras ativas e passivas, tratamento contbil e clculo das variaes monetrias, das receitas e despesas financeiras, emprstimos e financiamentos: apropriao de principal, juros transcorridos e a transcorrer. 22. Despesas antecipadas, receitas antecipadas. 23. Folha de pagamentos: elaborao e contabilizao. 24. Passivo atuarial, depsitos judiciais, definies, clculo e forma de contabilizao. 25. Operaes com mercadorias, fatores que alteram valores de compra e venda, forma de registro e apurao do custo das mercadorias ou dos servios vendidos. 16/07 Aula 7 33. Demonstrao do Resultado do Exerccio, estrutura, evidenciao, caractersticas e elaborao. 34. Apurao da receita lquida, do lucro bruto e do resultado do exerccio, antes e depois da proviso para o Imposto sobre Renda, contribuio social e participaes. 30. Apurao do Resultado, incorporao e distribuio do resultado, compensao de prejuzos, tratamento dos dividendos e juros sobre capital prprio, transferncia do lucro lquido para reservas, forma de clculo, utilizao e reverso de Reservas. 25/07 Aula 8 37. Demonstrao do Fluxo de Caixa: obrigatoriedade de apresentao, mtodos de elaborao e forma de apresentao. 38. Demonstrao do Valor Adicionado - DVA: conceito, forma de apresentao e elaborao. 03/08 Aula 9 36. Demonstrao de Mutaes do Patrimnio Lquido, forma de apresentao e contedo. 12. Ganhos ou perdas de capital: alienao e baixa de itens do ativo. 11/08 Aula 10 41. Anlise das Demonstraes. Anlise horizontal e indicadores de evoluo. ndices e quocientes financeiros de estrutura, liquidez, rentabilidade e econmico 19/08 Aula 11 7. Polticas Contbeis, Mudana de Estimativa e Retificao de Erro. 15. Reduo ao valor recupervel, mensurao, registro contbil, reverso. 26/08 Aula 12 13. Tratamento das Participaes Societrias, conceito de coligadas e controladas, definio de influncia significativa, mtodos de avaliao, clculos, apurao do resultado de equivalncia patrimonial, tratamento dos lucros no realizados, recebimento de lucros ou dividendos de coligadas e controladas, contabilizao. 14. Apurao e tratamento contbil da mais valia, do goodwill e do desgio: clculos, amortizaes e forma de evidenciao. 04/09 Aula 13 26. Tratamento de operaes de arrendamento mercantil. 27. Ativo no circulante mantido para venda, operao descontinuada e propriedade para investimento, conceitos e 12/09 00000000000 00000000000 - DEMO 9. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 64 tratamento contbil. Aula 14 35. Demonstrao do Resultado Abrangente, conceito, contedo e forma de apresentao. 28. Ativos Intangveis, conceito, apropriao, forma de avaliao e registros contbeis. 29. Tratamento dos saldos existentes do ativo diferido e das Reservas de Reavaliao. 39. Mensurao a Valor justo e apurao dos ativos lquidos conceitos envolvidos, clculos e apurao e tratamento contbil. 40. Subveno e Assistncia Governamentais conceitos, tratamento contbil, avaliao e evidenciao. 20/09 Alm da teoria, daremos uma grande quantidade de questes comentadas para vocs se divertirem, com foco, claro, na nossa banca examinadora, a Escola de Administrao Fazendria ESAF. Vez ou outra, contudo, colocaremos alguma questo de outra banca (FGV, CESPE, FCC, CESGRANRIO) que acharmos interessante. Nossos e-mails, para dvidas, so: [email protected] [email protected] Quaisquer dvidas, por favor, enviem aos dois e-mails, para que ambos possamos ter cincia do que est se passando no curso. T ok?! isso! Vamos comear a nossa batalha?! Forte abrao! Gabriel Rabelo/Luciano Rosa. "PESSOAS COM METAS TRIUNFAM PORQUE SABEM PARA ONDE VO. TO SIMPLES COMO ISSO." - EARL NIGHTINGALE 00000000000 00000000000 - DEMO 10. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 64 ESTRUTURA CONCEITUAL BSICA DA CONTABILIDADE No dia 02.12.2011, o CPC emitiu a primeira reviso do Pronunciamento Tcnico 00 Pronunciamento Conceitual Bsico Estrutura Conceitual para Elaborao e Divulgao de Relatrio Contbil-Financeiro. A Resoluo 1374/2011 do CFC Conselho Federal de Contabilidade adotou a nova redao da Estrutura Conceitual da Contabilidade, emitido pelo CPC Comit de Pronunciamentos Contbeis. Nesta aula, faremos meno ao Pronunciamento do CPC. PREFCIO Texto do Pronunciamento 00 Pronunciamento Conceitual Bsico: O International Accounting Standards Board IASB est em pleno processo de atualizao de sua Estrutura Conceitual. O projeto dessa Estrutura Conceitual est sendo conduzido em fases. medida que um captulo finalizado, itens da Estrutura Conceitual para Elaborao e Apresentao das Demonstraes Contbeis, que foi emitida em 1989, vo sendo substitudos. Quando o projeto da Estrutura Conceitual for finalizado, o IASB ter um nico documento, completo e abrangente, denominado Estrutura Conceitual para Elaborao e Divulgao de Relatrio Contbil-Financeiro (The Conceptual Framework for Financial Reporting). Esta verso da Estrutura Conceitual inclui dois captulos que o IASB aprovou como resultado da primeira fase do projeto da Estrutura, o captulo 1 Objetivo da elaborao e divulgao de relatrio contbil-financeiro de propsito geral e o captulo 3 Caractersticas qualitativas da informao contbil-financeira til. O captulo 2 tratar do conceito relativo entidade que divulga a informao. O captulo 4 contm o texto remanescente da antiga Estrutura Conceitual. A tabela de equivalncia, ao trmino desta publicao, evidencia a correspondncia entre os contedos do documento Estrutura Conceitual para a Elaborao e Apresentao das Demonstraes Contbeis e a atual Estrutura Conceitual para Elaborao e Divulgao de Relatrio Contbil-Financeiro. Comentrio: Haver novas mudanas neste pronunciamento, como o prefcio j antecipa. A verso anterior era de 1989. Esperemos que a prxima verso tambm dure bastante tempo, assim fica mais fcil para aprend-la. As modificaes introduzidas nesta Estrutura Conceitual por meio dos Captulos 1 e 3 foram elaboradas conjuntamente pelo IASB e pelo FASB (US Financial Accounting Standards Board), que emite as normas contbeis americanas. 00000000000 00000000000 - DEMO 11. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 64 As principais alteraes so as seguintes: Texto do Pronunciamento CPC 00: No Captulo 1, o CPC chama a ateno para os seguintes tpicos que esto salientados nas Bases para Concluses emitidas pelos IASB e FASB para justificarem as modificaes e emitirem esta nova verso da Estrutura Conceitual: (a) posicionamento mais claro de que as informaes contidas nos relatrios contbil-financeiros se destinam primariamente aos seguintes usurios externos: investidores, financiadores e outros credores, sem hierarquia de prioridade; (b) no foram aceitas as sugestes enviadas durante a audincia pblica, feita por aqueles rgos, no sentido de que caberia, na Estrutura Conceitual, com o possibilidade de postergao de informaes sobre certas alteraes nos ativos ou nos passivos. Pelo contrrio, ficou firmada a posio de que prover prontamente informao fidedigna e relevante pode melhorar a confiana do usurio e assim contribuir para a promoo da estabilidade econmica. No Captulo 3, as principais mudanas tambm salientadas nas Bases para Concluses foram as seguintes: Diviso das caractersticas qualitativas da informao contbil-financeira em: (a) caractersticas qualitativas fundamentais (fundamental qualitative characteristics relevncia e representao fidedigna), as mais crticas; e (b) caractersticas qualitativas de melhoria (enhancing qualitative characteristics comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade), menos crticas, mas ainda assim altamente desejveis. A caracterstica qualitativa confiabilidade foi redenominada de representao fidedigna; as justificativas constam das Bases para Concluses. A caracterstica essncia sobre a forma foi formalmente retirada da condio de componente separado da representao fidedigna, por ser considerado isso uma redundncia. A representao pela forma legal que difira da substncia econmica no pode resultar em representao fidedigna, conforme citam as Bases para Concluses. 00000000000 00000000000 - DEMO 12. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 64 Assim, essncia sobre a forma continua, na realidade, bandeira insubstituvel nas normas do IASB. A caracterstica prudncia (conservadorismo) foi tambm retirada da condio de aspecto da representao fidedigna por ser inconsistente com a neutralidade. Subavaliaes de ativos e superavaliaes de passivos, segundo os Boards mencionam nas Bases para Concluses, com consequentes registros de desempenhos posteriores inflados, so incompatveis com a informao que pretende ser neutra. Comentrio: Aqui, j temos algumas informaes importantes sobre o que foi alterado. Vamos resumir e explicar: a) As informaes contidas nos relatrios contbil-financeiros se destinam primariamente aos seguintes usurios externos: investidores, financiadores e outros credores, sem hierarquia de prioridade; Comentrio: A principal funo da contabilidade a de fornecer informaes teis para a tomada de deciso. Podemos dividir os usurios em dois grandes grupos: usurios externos e usurios internos. Entre os usurios externos das demonstraes contbeis incluem-se investidores atuais e potenciais, empregados, financiadores e outros credores por emprstimos, fornecedores e outros credores comerciais, clientes, governos e suas agncias e o pblico. Eles usam as demonstraes contbeis para satisfazer algumas das suas diversas necessidades de informaes. As demonstraes contbeis destinadas aos usurios externos precisam ter credibilidade. Se uma empresa comea a apresentar resultados ruins, que deterioram a sua situao patrimonial e financeira, o que a impede de Afinal, uma empresa em dificuldades no tem crdito na praa. Os fornecedores exigem pagamento vista (s vezes at antecipado), os bancos no emprestam, e a empresa pode acabar falindo. Para conferir credibilidade aos demonstrativos, as empresas devem seguir os princpios contbeis, h regras estritas sobre o que deve ser contabilizado, como realizar o reconhecimento da receita, enfim, todo o arcabouo que compe a contabilidade e que iro resultar nos demonstrativos contbeis- financeiros. 00000000000 00000000000 - DEMO 13. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 64 Alm disso, para as grandes empresas e as sociedades por aes, h o parecer dos auditores independentes, atestando que as demonstraes representam adequadamente a situao da empresa. Para os usurios internos (administrao da empresa), a situao muda totalmente. No h necessidade de credibilidade. Como a administrao informaes falsas. Isto no significa que a Administrao no use as demonstraes contbeis. Mas as demonstraes so feitas principalmente para atender aos usurios externos. (b) no foram aceitas as sugestes enviadas durante a audincia pblica, feita por aqueles rgos, no sentido de que caberia, na Estrutura Conceitual, com o possibilidade de postergao de informaes sobre certas alteraes nos ativos ou nos passivos. Pelo contrrio, ficou firmada a posio de que prover prontamente informao fidedigna e relevante pode melhorar a confiana do usurio e assim contribuir para a promoo da estabilidade econmica. Comentrio: situao pode ser exemplificada da seguinte forma: suponha que um auditor do Banco Central descubra que um grande banco est manipulando seus demonstrativos contbeis e encontra-se em estado falimentar. A divulgao dessa informao poderia levar a uma co - quebra de vrias instituies bancrias. Pois sabido que, se todos os correntistas de um banco solicitarem seu dinheiro ao mesmo tempo, o banco provavelmente no ter como atender. Da, a proposta indecente: postergar a informao contbil, para manter a antes da divulgao. E podero tirar o seu dinheiro tranquilamente do banco ameaado, vender as suas aes deste banco (se for o caso), enfim, tero oportunidades de ganho ou de evitar perdas com eventual falncia. Alm de representar uma manipulao inaceitvel. prover prontamente informao fidedigna e relevante pode melhorar a confiana do No Captulo 3, as principais mudanas tambm salientadas nas Bases para Concluses foram as seguintes: 00000000000 00000000000 - DEMO 14. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 64 Diviso das caractersticas qualitativas da informao contbil-financeira em: (a) caractersticas qualitativas fundamentais (fundamental qualitative characteristics relevncia e representao fidedigna), as mais crticas; e (b) caractersticas qualitativas de melhoria (enhancing qualitative characteristics comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade), menos crticas, mas ainda assim altamente desejveis. Comentrio: As caractersticas qualitativas foram divididas em dois grupos: 1) Caractersticas qualitativas fundamentais 1.1 - relevncia 1.2 - representao fidedigna 2) Caractersticas qualitativas de melhoria 2.1 - comparabilidade 2.2 - verificabilidade 2.3 - tempestividade 2.4 compreensibilidade Vamos estud-la com mais detalhes, adiante. Prossigamos. INTRODUO O primeiro aspecto importante que devemos compreender que as demonstraes contbeis so preparadas para usurios externos em geral. Embora alguns rgos do governo, fiscos, entre outros, determinem o cumprimento de certas exigncias, isso no tem o condo de retirar o pblico a quem se dirige as demonstraes contbeis preparadas sob a gide da Estrutura Conceitual Bsica: usurios externos em geral. Segundo a introduo do Pronunciamento: Demonstraes contbeis preparadas dentro do que prescreve esta Estrutura Conceitual objetivam fornecer informaes que sejam teis na tomada de decises econmicas e avaliaes por parte dos usurios em geral, no tendo o propsito de atender finalidade ou necessidade especfica de determinados grupos de usurios. Esses usurios se utilizaro das demonstraes para diversos fins, tais como decidir quando comprar e vender aes, avaliar a segurana quanto recuperao de recursos financeiros emprestados entidade, entre outros. 00000000000 00000000000 - DEMO 15. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 64 FINALIDADE E STATUS A Estrutura Conceitual estabelece os conceitos que fundamentam a elaborao e a apresentao de demonstraes contbeis destinadas a usurios externos. Texto do Pronunciamento: A finalidade desta Estrutura Conceitual : (a) dar suporte ao desenvolvimento de novos Pronunciamentos Tcnicos, Interpretaes e Orientaes e reviso dos j existentes, quando necessrio; (b) dar suporte promoo da harmonizao das regulaes, das normas contbeis e dos procedimentos relacionados apresentao das demonstraes contbeis, provendo uma base para a reduo do nmero de tratamentos contbeis alternativos permitidos pelos Pronunciamentos, Interpretaes e Orientaes; (c) dar suporte aos rgos reguladores nacionais; (d) auxiliar os responsveis pela elaborao das demonstraes contbeis na aplicao dos Pronunciamentos Tcnicos, Interpretaes e Orientaes e no tratamento de assuntos que ainda no tenham sido objeto desses documentos; (e) auxiliar os auditores independentes a formar sua opinio sobre a conformidade das demonstraes contbeis com os Pronunciamentos Tcnicos, Interpretaes e Orientaes; (f) auxiliar os usurios das demonstraes contbeis na interpretao de informaes nelas contidas, elaboradas em conformidade com os Pronunciamentos Tcnicos, Interpretaes e Orientaes; e (g) proporcionar aos interessados informaes sobre o enfoque adotado na formulao dos Pronunciamentos Tcnicos, das Interpretaes e das Orientaes. Esta Estrutura Conceitual no um Pronunciamento Tcnico propriamente dito e, portanto, no define normas ou procedimentos para qualquer questo particular sobre aspectos de mensurao ou divulgao. Nada nesta Estrutura Conceitual substitui qualquer Pronunciamento Tcnico, Interpretao ou Orientao. Pode haver um nmero limitado de casos em que seja observado um conflito entre esta Estrutura Conceitual e um Pronunciamento Tcnico, uma Interpretao ou uma Orientao. Nesses casos, as exigncias do Pronunciamento Tcnico, da Interpretao ou da Orientao especficos devem prevalecer sobre esta Estrutura Conceitual. Entretanto, medida que futuros Pronunciamentos Tcnicos, Interpretaes ou Orientaes sejam desenvolvidos ou revisados tendo como norte esta Estrutura Conceitual, o nmero de casos de conflito entre esta Estrutura Conceitual e eles tende a diminuir. 00000000000 00000000000 - DEMO 16. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 64 Comentrio: A importncia da Estrutura Conceitual fica clara quando analisamos a sua finalidade. Mas devemos ressaltar que a Estrutura Conceitual no e no substitui um Pronunciamento. Assim, no define normas ou procedimentos para qualquer questo particular. Se houver divergncia entre a Estrutura Conceitual e um Pronunciamento Tcnico, uma Interpretao ou uma Orientao, estes devem prevalecer sobre a Estrutura Conceitual. ALCANCE Esta Estrutura Conceitual aborda: (a) o objetivo da elaborao e divulgao de relatrio contbil-financeiro; (b) as caractersticas qualitativas da informao contbil-financeira til; (c) a definio, o reconhecimento e a mensurao dos elementos a partir dos quais as demonstraes contbeis so elaboradas; e (d) os conceitos de capital e de manuteno de capital. Comentrio: O objetivo da elaborao e divulgao de relatrio contbil-financeiro o Captulo 1 da Estrutura Conceitual. O Captulo 2 (ainda no publicado) refere-se entidade que reporta as informaes (a empresa que est publicando as demonstraes). O Captulo 3 trata das caractersticas qualitativas da informao contbil. E, finalmente, o Captulo 4 contm o texto remanescente da antiga Estrutura Conceitual, incluindo os conceitos de capital e manuteno de capital. CAPTULO 1 - OBJETIVO DO RELATRIO CONTBIL-FINANCEIRO DE PROPSITO GERAL Texto do Pronunciamento CPC 00 Introduo OB1. O objetivo da elaborao e divulgao de relatrio contbil-financeiro de propsito geral constitui o pilar da Estrutura Conceitual. Outros aspectos da Estrutura Conceitual como o conceito de entidade que reporta a informao, as caractersticas qualitativas da informao contbil-financeira til e suas restries, os elementos das demonstraes contbeis, o reconhecimento, a mensurao, a apresentao e a evidenciao fluem logicamente desse objetivo. 00000000000 00000000000 - DEMO 17. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 64 Objetivo, utilidade e limitaes do relatrio contbil-financeiro de propsito geral OB2. O objetivo do relatrio contbil-financeiro de propsito geral fornecer informaes contbil-financeiras acerca da entidade que reporta essa informao (reporting entity) que sejam teis a investidores existentes e em potencial, a credores por emprstimos e a outros credores, quando da tomada deciso ligada ao fornecimento de recursos para a entidade. Essas decises envolvem comprar, vender ou manter participaes em instrumentos patrimoniais e em instrumentos de dvida, e a oferecer ou disponibilizar emprstimos ou outras formas de crdito. Comentrio: As demonstraes -financeiro de objetivo fornecer informao contbil-financeira que sejam teis aos seus usurios. O Pronunciamento enfatiza que as informaes destinam-se principalmente ao pblico externo, com foco nos investidores, credores por emprstimos e a outros credores, quando da tomada deciso ligada ao fornecimento de recursos para a entidade. Ou seja, destinam-se principalmente aos financiadores da entidade, sejam os acionistas ou os credores. A elaborao e divulgao de relatrio contbil-financeiro de propsito geral constituem o pilar da Estrutura Conceitual. O restante do Pronunciamento (conceito de entidade que reporta a informao, as caractersticas qualitativas da informao contbil-financeira til e suas restries, os elementos das demonstraes contbeis, o reconhecimento, a mensurao, a apresentao e a evidenciao) decorre desse objetivo. As decises dos investidores existentes e em potencial, relacionadas a comprar, vender ou manter instrumentos patrimoniais (aes) e instrumentos de dvida (por exemplo, debntures) dependem do retorno esperado dos investimentos (dividendos, pagamento de principal e juros ou acrscimos nos preos de mercado). Similarmente, decises a serem tomadas por credores por emprstimos e por outros credores, existentes ou em potencial, relacionadas a oferecer ou disponibilizar emprstimos ou outras formas de crdito, dependem dos pagamentos de principal e de juros ou de outros retornos que eles esperam As expectativas de investidores, credores por emprstimos e outros credores em termos de retorno dependem da avaliao destes ao montante, 00000000000 00000000000 - DEMO 18. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 64 tempestividade e s incertezas associadas aos fluxos de caixa futuros de entrada para a entidade. Consequentemente, investidores existentes e em potencial, credores por emprstimo e outros credores necessitam de informao para auxili-los na avaliao das perspectivas em termos de entrada de fluxos de caixa futuros para a entidade. Texto do Pronunciamento OB4. Para avaliar as perspectivas da entidade em termos de entrada de fluxos de caixa futuros, investidores existentes e em potencial, credores por emprstimo e outros credores necessitam de informao acerca de recursos da entidade, reivindicaes contra a entidade, e o quo eficiente e efetivamente a administrao da entidade e seu conselho de administrao tm cumprido com suas responsabilidades no uso dos recursos da entidade. Exemplos de referidas responsabilidades incluem a proteo de recursos da entidade de efeitos desfavorveis advindos de fatos econmicos, como, por exemplo, mudanas de preo e de tecnologia, e a garantia de que a entidade tem cumprido as leis, com a regulao e com as disposies contratuais vigentes. Comentrio: Para avaliar as perspectivas da empresa com relao ao fluxo de caixa futuro, os usurios externos precisam de informaes sobre os recursos da empresa (ativo), reivindicaes contra a entidade, e a eficincia e efetividade da administrao. As reivindicaes contra a entidade incluem os passivos existentes e potenciais, como os passivos contingentes (aes judiciais contra a empresa, por exemplo). Muitos usurios externos no podem requerer que as empresas prestem a eles diretamente as informaes de que necessitam, devendo desse modo confiar nos relatrios contbil-financeiros de propsito geral, para grande parte da informao contbil-financeira que buscam. Consequentemente, eles so os usurios primrios para quem relatrios contbil-financeiros de propsito geral so direcionados. Entretanto, relatrios contbil-financeiros de propsito geral no atendem e no podem atender a todas as informaes de que necessitam os usurios, que precisam considerar informao pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condies econmicas gerais e expectativas, eventos polticos e clima poltico, e perspectivas e panorama para a indstria e para a entidade. 00000000000 00000000000 - DEMO 19. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 64 Texto do Pronunciamento OB7. Relatrios contbil-financeiros de propsito geral no so elaborados para se chegar ao valor da entidade que reporta a informao; a rigor, fornecem informao para auxiliar investidores, credores por emprstimo e outros credores, existentes e em potencial, a estimarem o valor da entidade que reporta a informao. Comentrio: As informaes contbil-financeiras auxiliam os usurios a estimar, mas no so elaborados para mostrar o valor econmico da entidade. As demonstraes podem evidenciar os ativos e passivos (recursos e reivindicaes) da entidade. Mas o valor econmico refere-se principalmente s expectativas quanto ao resultado futuro (lucro e fluxo de caixa) do que quanto situao atual. Por exemplo, um investidor pode estar avaliando duas lanchonetes que possuem o mesmo valor de ativos e passivos. Mas uma delas pode estar ao lado de uma grande faculdade, e a outra no. Nesse caso, ainda que os ativos e passivos sejam semelhantes, o valor econmico (em funo do resultado futuro) diferente. Assim, cada investidor e/ou credor, usando as informaes contbil-financeiras, deve avaliar, de acordo com suas expectativas, o valor da entidade. Os usurios externos tm diferentes desejos e necessidades de informaes. As normas sobre a elaborao das demonstraes contbil-financeiras procuram proporcionar um conjunto de informaes que atenda s necessidades do nmero mximo de usurios primrios. Isto no impede que a empresa preste informaes adicionais que sejam teis a um subconjunto particular de usurios primrios. A administrao est tambm interessada em informao contbil-financeira sobre a entidade. Contudo, a administrao no precisa apoiar-se em relatrios contbil-financeiros de propsito geral, uma vez que capaz de obter a informao contbil-financeira de que precisa internamente. Outras partes interessadas, como, por exemplo, rgos reguladores e membros do pblico que no sejam investidores, credores por emprstimo e outros credores, podem do mesmo modo achar teis relatrios contbil-financeiros de propsito geral. Contudo, esses relatrios no so direcionados primariamente a esses outros grupos. Os relatrios contbil-financeiros so baseados em estimativas, julgamentos e modelos e no em descries ou retratos exatos. A Estrutura Conceitual 00000000000 00000000000 - DEMO 20. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 64 estabelece os conceitos que devem amparar tais estimativas, julgamentos e modelos. Texto do Pronunciamento Informao acerca dos recursos econmicos da entidade que reporta a informao, reivindicaes e mudanas nos recursos e reivindicaes OB12. Relatrios contbil-financeiros de propsito geral fornecem informao acerca da posio patrimonial e financeira da entidade que reporta a informao, a qual representa informao sobre os recursos econmicos da entidade e reivindicaes contra a entidade que reporta a informao. Relatrios contbil-financeiros tambm fornecem informao sobre os efeitos de transaes e outros eventos que alteram os recursos econmicos da entidade que reporta a informao e reivindicaes contra ela. Ambos os tipos de informao fornecem dados de entrada teis para decises ligadas ao fornecimento de recursos para a entidade. Comentrio: O Pronunciamento destaca as duas principais informaes obtidas das demonstraes contbil-financeiras: a posio patrimonial e financeira (obtida principalmente pelo Balano Patrimonial) e o efeito de transaes e outros eventos que alteram os recursos econmicos (Demonstrao do Resultado do Exerccio e Demonstrao do Resultado Abrangente). As informaes do Balano Patrimonial, ou seja, os recursos econmicos (ativos) e reivindicaes (passivo) podem auxiliar os usurios a identificar a fraqueza e o vigor financeiro da empresa, inclusive para avaliar sua liquidez e solvncia e suas necessidades em termos de financiamento. J as informaes sobre as mudanas nos recursos econmicos e reivindicaes (Resultado do Exerccio e Resultado Abrangente) ajudam a avaliar a performance da empresa, mostrando como a administrao tem sido no desempenho de suas responsabilidades. So teis tambm para a predio de retornos futuros da entidade sobre os seus recursos econmicos (funo preditiva). PERFORMANCE FINANCEIRA REFLETIDA PELO REGIME DE COMPETNCIA (ACCRUALS) Texto do Pronunciamento Conceitual Bsico OB17. O regime de competncia retrata com propriedade os efeitos de transaes e outros eventos e circunstncias sobre os recursos econmicos e reivindicaes da entidade que reporta a informao nos perodos em que ditos 00000000000 00000000000 - DEMO 21. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 64 efeitos so produzidos, ainda que os recebimentos e pagamentos em caixa derivados ocorram em perodos distintos. Isso importante em funo de a informao sobre os recursos econmicos e reivindicaes da entidade que reporta a informao, e sobre as mudanas nesses recursos econmicos e reivindicaes ao longo de um perodo, fornecer melhor base de avaliao da performance passada e futura da entidade do que a informao puramente baseada em recebimentos e pagamentos em caixa ao longo desse mesmo perodo. Comentrio: Este item reafirma a importncia do Regime de Competncia (que um dos Princpios Contbeis) para a elaborao das demonstraes contbil-financeiras. A utilizao do Regime de Competncia fornece melhor base de avaliao da performance passada e futura da entidade do que a informao puramente baseada em recebimentos e pagamentos em caixa ao longo desse mesmo perodo. No entanto, informaes sobre os fluxos de caixa da entidade que reporta a informao durante um perodo tambm ajudam os usurios a avaliar a capacidade de a entidade gerar fluxos de caixa futuros lquidos, indicando como a empresa obtm e despende caixa, informaes sobre seus emprstimos e resgate de ttulos de dvida, dividendos e outras distribuies para seus investidores, e outros fatos que podem afetar a liquidez e a solvncia da entidade. Os recursos econmicos e reivindicaes da entidade podem ainda mudar por outras razes que no sejam resultantes de sua performance financeira, como o caso da emisso adicional de suas aes. Informaes sobre esse tipo de mudana so necessrias para dar aos usurios uma completa compreenso do porqu das mudanas nos recursos econmicos e reivindicaes da empresa e as implicaes dessas mudanas em sua futura performance financeira. CAPTULO 2: A ENTIDADE QUE REPORTA A INFORMAO Ainda no foi produzido! CAPTULO 3: CARACTERSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAO CONTBIL-FINANCEIRA TIL Texto do Pronunciamento Conceitual bsico QC4. Se a informao contbil-financeira para ser til, ela precisa ser relevante e representar com fidedignidade o que se prope a representar. A utilidade da informao contbil-financeira melhorada se ela for comparvel, verificvel, tempestiva e compreensvel. 00000000000 00000000000 - DEMO 22. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 64 3. Ao longo de toda esta Estrutura Conceitual, os termos caractersticas qualitativas e restrio iro se referir a caractersticas qualitativas da informao contbil-financeira til e restrio da informao contbil- financeira til. Comentrio: As caractersticas qualitativas foram divididas em duas categorias: Caractersticas qualitativas fundamentais (relevncia e representao fidedigna) e Caractersticas qualitativas de melhoria (comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade) Quanto Restrio mencionada no Pronunciamento, refere-se ao custo de gerar as informaes CARACTERSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS QC5. As caractersticas qualitativas fundamentais so relevncia e representao fidedigna. Relevncia Informao contbil-financeira relevante aquela capaz de fazer diferena nas decises que possam ser tomadas pelos usurios. A informao contbil-financeira capaz de fazer diferena nas decises se tiver valor preditivo, valor confirmatrio ou ambos. A informao contbil-financeira tem valor preditivo se puder ser utilizada pelos usurios para predizer futuros resultados. A informao contbil- financeira no precisa ser uma predio ou uma projeo para que possua valor preditivo. A informao contbil-financeira com valor preditivo empregada pelos usurios ao fazerem suas prprias predies. A informao contbil-financeira tem valor confirmatrio se retro- alimentar servir de feedback avaliaes prvias (confirm-las ou alter-las). QC10. O valor preditivo e o valor confirmatrio da informao contbil- financeira esto inter-relacionados. A informao que tem valor preditivo muitas vezes tambm tem valor confirmatrio. Por exemplo, a informao sobre receita para o ano corrente, a qual pode ser utilizada como base para predizer receitas para anos futuros, tambm pode ser comparada com predies de receita para o ano corrente que foram feitas nos anos anteriores. Os resultados dessas comparaes podem auxiliar os usurios a corrigirem e a melhorarem os processos que foram utilizados para fazer tais predies. 00000000000 00000000000 - DEMO 23. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 64 Materialidade QC11. A informao material se a sua omisso ou sua divulgao distorcida (misstating) puder influenciar decises que os usurios tomam com base na informao contbil-financeira acerca de entidade especfica que reporta a informao. Em outras palavras, a materialidade um aspecto de relevncia especfico da entidade baseado na natureza ou na magnitude, ou em ambos, dos itens para os quais a informao est relacionada no contexto do relatrio contbil-financeiro de uma entidade em particular. Consequentemente, no se pode especificar um limite quantitativo uniforme para materialidade ou predeterminar o que seria julgado material para uma situao particular. Comentrio: A materialidade um aspecto de relevncia especfico da entidade, baseado na natureza ou na magnitude. Ou seja, o que material para uma empresa pode no ser para outra. No possvel determinar um valor ou um percentual uniforme para todas as empresas. Um item pode ter valor pequeno, mas ser material devido sua natureza. Por exemplo, se uma grande empresa inicia um novo negcio, este pode ter, originariamente, valor pequeno em relao s operaes da empresa. Mas pode ter muito potencial de rentabilidade e crescimento, ou de inovao, o que justifica a sua materialidade. Por exemplo, quando as empresas comearam a fabricar aparelhos de DVD, esse era um negcio pequeno, frente operao de vdeo-cassete (que j estava estabelecida). Aps alguns anos, os aparelhos de video-cassete sumiram, e s restaram os DVD (que esto sumindo tambm esto perdendo espao para os aparelhos de Blu-ray). Representao fidedigna QC12. Os relatrios contbil-financeiros representam um fenmeno econmico em palavras e nmeros. Para ser til, a informao contbil-financeira no tem s que representar um fenmeno relevante, mas tem tambm que representar com fidedignidade o fenmeno que se prope representar. Para ser representao perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter trs atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro. claro, a perfeio rara, se de fato alcanvel. O objetivo maximizar referidos atributos na extenso que seja possvel. Comentrio: 00000000000 00000000000 - DEMO 24. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 64 A Representao Fidedigna refere-se a trs atributos, precisando ser completa, neutra e livre de erro. Para ser completa, a informao deve conter o necessrio para que o usurio compreenda o fenmeno sendo retratado. Para ser neutra, deve estar livre de vis na seleo ou na apresentao, no podendo ser distorcida para mais ou para menos. Finalmente, ser livre de erros no significa total exatido, mas sim que o processo para obteno da informao tenha sido selecionado e aplicado livre de erros. No caso de estimativas, ela considerada como tendo representao fidedigna se, alm disso, o montante for claramente descrito como sendo estimativa e se a natureza e as limitaes do processo forem devidamente revelados. QC16. Representao fidedigna, por si s, no resulta necessariamente em informao til. Por exemplo, a entidade que reporta a informao pode receber um item do imobilizado por meio de subveno governamental. Obviamente, a entidade ao reportar que adquiriu um ativo sem custo retrataria com fidedignidade o custo desse ativo, porm essa informao provavelmente no seria muito til. Outro exemplo mais sutil seria a estimativa do montante por meio do qual o valor contbil do ativo seria ajustado para refletir a perda por desvalorizao no seu valor (impairment loss). Essa estimativa pode ser uma representao fidedigna se a entidade que reporta a informao tiver aplicado com propriedade o processo apropriado, tiver descrito com propriedade a estimativa e tiver revelado quaisquer incertezas que afetam significativamente a estimativa. Entretanto, se o nvel de incerteza de referida estimativa for suficientemente alto, a estimativa no ser particularmente til. Em outras palavras, a relevncia do ativo que est sendo representado com fidedignidade ser questionvel. Se no existir outra alternativa para retratar a realidade econmica que seja mais fidedigna, a estimativa nesse caso deve ser considerada a melhor informao disponvel. Caractersticas qualitativas de melhoria QC19. Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade so caractersticas qualitativas que melhoram a utilidade da informao que relevante e que representada com fidedignidade. As caractersticas qualitativas de melhoria podem tambm auxiliar a determinar qual de duas alternativas que sejam consideradas equivalentes em termos de relevncia e fidedignidade de representao deve ser usada para retratar um fenmeno. Comparabilidade 00000000000 00000000000 - DEMO 25. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 64 QC20. As decises de usurios implicam escolhas entre alternativas, como, por exemplo, vender ou manter um investimento, ou investir em uma entidade ou noutra. Consequentemente, a informao acerca da entidade que reporta informao ser mais til caso possa ser comparada com informao similar sobre outras entidades e com informao similar sobre a mesma entidade para outro perodo ou para outra data. QC21. Comparabilidade a caracterstica qualitativa que permite que os usurios identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenas entre eles. Diferentemente de outras caractersticas qualitativas, a comparabilidade no est relacionada com um nico item. A comparao requer no mnimo dois itens. QC22. Consistncia, embora esteja relacionada com a comparabilidade, no significa o mesmo. Consistncia refere-se ao uso dos mesmos mtodos para os mesmos itens, tanto de um perodo para outro considerando a mesma entidade que reporta a informao, quanto para um nico perodo entre entidades. Comparabilidade o objetivo; a consistncia auxilia a alcanar esse objetivo. QC23. Comparabilidade no significa uniformidade. Para que a informao seja comparvel, coisas iguais precisam parecer iguais e coisas diferentes precisam parecer diferentes. A comparabilidade da informao contbilfinanceira no aprimorada ao se fazer com que coisas diferentes paream iguais ou ainda ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes. Verificabilidade QC26. A verificabilidade ajuda a assegurar aos usurios que a informao representa fidedignamente o fenmeno econmico que se prope representar. A verificabilidade significa que diferentes observadores, cnscios e independentes, podem chegar a um consenso, embora no cheguem necessariamente a um completo acordo, quanto ao retrato de uma realidade econmica em particular ser uma representao fidedigna. Informao quantificvel no necessita ser um nico ponto estimado para ser verificvel. Uma faixa de possveis montantes com suas probabilidades respectivas pode tambm ser verificvel. Tempestividade QC29. Tempestividade significa ter informao disponvel para tomadores de deciso a tempo de poder influenci-los em suas decises. Em geral, a informao mais antiga a que tem menos utilidade. Contudo, certa informao pode ter o seu atributo tempestividade prolongado 00000000000 00000000000 - DEMO 26. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 64 aps o encerramento do perodo contbil, em decorrncia de alguns usurios, por exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendncias. Compreensibilidade QC30. Classificar, caracterizar e apresentar a informao com clareza e conciso torna-a compreensvel. QC31. Certos fenmenos so inerentemente complexos e no podem ser facilmente compreendidos. A excluso de informaes sobre esses fenmenos dos relatrios contbil-financeiros pode tornar a informao constante em referidos relatrios mais facilmente compreendida. Contudo, referidos relatrios seriam considerados incompletos e potencialmente distorcidos (misleading). QC32. Relatrios contbil-financeiros so elaborados para usurios que tm conhecimento razovel de negcios e de atividades econmicas e que revisem e analisem a informao diligentemente. Por vezes, mesmo os usurios bem informados e diligentes podem sentir a necessidade de procurar ajuda de consultor para compreenso da informao sobre um fenmeno econmico complexo. Comentrio: As Caractersticas qualitativas de melhoria so Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade. Comparabilidade a caracterstica qualitativa que permite que os usurios identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenas entre eles. A verificabilidade ajuda a assegurar aos usurios que a informao representa fidedignamente o fenmeno econmico que se prope representar Tempestividade significa ter informao disponvel para tomadores de deciso a tempo de poder influenci-los em suas decises. Compreensibilidade significa que a classificao, a caracterizao e a apresentao da informao so feitas com clareza e conciso, tornando-a compreensvel. Mas no admissvel a excluso de informao complexa e no facilmente compreensvel se isso tornar o relatrio incompleto e distorcido. As caractersticas qualitativas de melhoria devem ser maximizadas na extenso possvel. Entretanto, as caractersticas qualitativas de melhoria, quer sejam individualmente ou em grupo, no podem tornar a informao til se dita informao for irrelevante ou no for representao fidedigna. 00000000000 00000000000 - DEMO 27. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 64 Restrio de custo na elaborao e divulgao de relatrio contbil- financeiro til QC35. O custo de gerar a informao uma restrio sempre presente na entidade no processo de elaborao e divulgao de relatrio contbil- financeiro. O processo de elaborao e divulgao de relatrio contbil- financeiro impe custos, sendo importante que ditos custos sejam justificados pelos benefcios gerados pela divulgao da informao. Existem variados tipos de custos e benefcios a considerar. Comentrio: O custo para gerar a informao uma restrio, que impede a gerao de toda a informao considerada relevante para o usurio. Assim, necessria a considerao da relao custo-benefcio da informao, por parte dos rgos normatizadores. CAPTULO 4: ESTRUTURA CONCEITUAL PARA A ELABORAO E APRESENTAO DAS DEMONSTRAES CONTBEIS: TEXTO REMANESCENTE O texto remanescente da Estrutura Conceitual para a Elaborao e Apresentao das Demonstraes Contbeis anteriormente emitida no foi emendado para refletir quaisquer alteraes implementadas pelo Pronunciamento Tcnico CPC 26 Apresentao das Demonstraes Contbeis (a IAS 1 que o espelha foi revisada pelo IASB em 2007). O texto remanescente ser atualizado quando forem revisitados conceitualmente os elementos das demonstraes contbeis e suas bases de mensurao. Premissa subjacente Continuidade 4.1. As demonstraes contbeis normalmente so elaboradas tendo como premissa que a entidade est em atividade (going concern assumption) e ir manter-se em operao por um futuro previsvel. Desse modo, parte-se do pressuposto de que a entidade no tem a inteno, nem tampouco a necessidade, de entrar em processo de liquidao ou de reduzir materialmente a escala de suas operaes. Por outro lado, se essa inteno ou necessidade existir, as demonstraes contbeis podem ter que ser elaboradas em bases diferentes e, nesse caso, a base de elaborao utilizada deve ser divulgada. Comentrio: 00000000000 00000000000 - DEMO 28. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 64 O princpio da continuidade est diretamente ligado avaliao dos ativos e passivos da empresa. Basicamente, todo o ativo fica registrado por valores de entrada. Por exemplo, as mquinas e equipamentos ficam registrados pelos valores que a empresa pagou, menos a depreciao acumulada e eventual ajuste para perdas. Esse critrio de avaliao vlido em funo da continuidade esperada da empresa. Se no houver continuidade (se a empresa for fechar as portas), a no importa mais quanto a empresa pagou pelas mquinas; interessa saber por quanto elas sero vendidas. Assim, na ausncia de continuidade, samos de uma contabilidade basicamente a preos de entrada para uma contabilidade a preos de sada. No caso do Passivo, se a empresa tiver dvidas a longo prazo e houver descontinuidade, as dvidas passar a ter vencimento antecipado (ningum vai ficar com dvidas de uma empresa fechada; se houver falncia, os credores iro se habilitar junto massa falida, enfim , vo tomar as providncias necessrias para receber a dvida). J foi cobrado em prova: (FCC/TRF 4 regio/Analista Contabilidade/2010) O princpio contbil que se relaciona diretamente quantificao dos componentes patrimoniais e formao do resultado, alm de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de gerao de resultados o Princpio (A) da Continuidade. (B) do Registro pelo valor original. (C) da Oportunidade. (D) da Entidade. (E) da Prudncia. Gabarito A. ELEMENTOS DAS DEMONSTRAES CONTBEIS Os elementos diretamente relacionados mensurao da posio patrimonial e financeira no balano so os ativos, os passivos e o patrimnio lquido. Segundo o item 4.38 do Pronunciamento, um item que se enquadre na definio de um elemento (ativo ou passivo) deve ser reconhecido se: a) for provvel que algum benefcio econmico futuro associado ao item flua para a entidade ou flua da entidade; e b) o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com confiabilidade. 00000000000 00000000000 - DEMO 29. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 64 Os elementos diretamente relacionados com a mensurao do desempenho na demonstrao do resultado so as receitas e as despesas. POSIO PATRIMONIAL E FINANCEIRA As definies que se apresentam a seguir so, indubitavelmente, as mais importantes (desta aula) para a prova. Portanto, tratem de entend-las e decor-las. IMPORTANTSSIMO: 4.4. Os elementos diretamente relacionados com a mensurao da posio patrimonial financeira so ativos, passivos e patrimnio lquido. Estes so definidos como segue: a) Ativo um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefcios econmicos para a entidade; b) Passivo uma obrigao presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidao se espera que resulte na sada de recursos da entidade capazes de gerar benefcios econmicos; c) Patrimnio Lquido o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. Comecemos pelo ativo. Exemplificando. A empresa X comprou a mercadoria Y. Esta mercadoria atende a definio de ativo?! Vamos ver: 1) um recurso controlado pela entidade? Sim, pois ela faz o que bem entender desta mercadoria, cujo ttulo jurdico, a propriedade, lhe pertence. 2) resultado de evento passado? Sim. O evento passado a prpria compra desta mercadoria. 3) Se espera benefcio econmico futuro? Sim. Com a venda de mercadoria, se espera que seja gerado lucro para a empresa. Pronto! Fcil no? O CESPE j abordou este assunto da seguinte maneira: (Contador/Ipojuca/2009) O ativo um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem ou no futuros benefcios econmicos para a entidade. O item futuros benefcios econmicos. 00000000000 00000000000 - DEMO 30. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 64 Passivo uma obrigao presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidao se espera que resulte em sada de recursos capazes de gerar benefcios econmicos. Por exemplo, se temos um montante de R$ 1.000 de salrios a pagar. Vamos ver se essa conta atende a definio de passivo? uma obrigao presente da entidade? Sim, pois dela pode ser exigida. derivada de eventos j ocorridos? Sim, pois os funcionrios j prestaram servios. A liquidao desta dvida ser feita por recursos que poderiam gerar benefcios econmicos? Sim, como a conta caixa, por exemplo. J o patrimnio lquido pode ser encontrado pela diferena entre o ativo e o passivo de uma entidade. O PL nada mais que o capital prprio empregado nas atividades empresariais. Da equao bsica da contabilidade temos que: Patrimnio Lquido = Ativo Passivo Exigvel ATIVOS Falemos os principais tpicos a serem levados para a prova sobre cada um dos grupos patrimoniais. 4.8. O benefcio econmico futuro incorporado em um ativo o seu potencial em contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade (...). 4.10. Os benefcios econmicos futuros incorporados a um ativo podem fluir para a entidade de diversas maneiras. Por exemplo, um ativo pode ser: a) usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produo de bens ou na prestao de servios a serem vendidos pela entidade; b) trocado por outros ativos; c) usado para liquidar um passivo; ou d) distribudo aos proprietrios da entidade. Muito importante: Muitos ativos, por exemplo, mquinas e equipamentos industriais, tm uma substncia fsica. Entretanto, substncia fsica no essencial existncia de um ativo; dessa forma, as patentes e direitos autorais, por exemplo, so 00000000000 00000000000 - DEMO 31. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 64 ativos, desde que deles sejam esperados benefcios econmicos futuros para a entidade e que eles sejam por ela controlados. Muitos ativos, por exemplo, contas a receber e imveis, esto ligados a direitos legais, inclusive o direito de propriedade. Ao determinar a existncia de um ativo, o direito de propriedade no essencial; assim, por exemplo, um imvel objeto de arrendamento um ativo, desde que a entidade controle os benefcios econmicos provenientes da propriedade. Os ativos de uma entidade resultam de transaes passadas ou outros eventos passados. As entidades normalmente obtm ativos comprando-os ou produzindo-os, mas outras transaes ou eventos podem gerar ativos; por exemplo: um imvel recebido do governo como parte de um programa para fomentar o crescimento econmico da regio onde se localiza a entidade ou a descoberta de jazidas minerais. Transaes ou eventos previstos para ocorrer no futuro no podem resultar, por si mesmos, no reconhecimento de ativos; por isso, por exemplo, a inteno de adquirir estoques no atende, por si s, definio de um ativo. H uma forte associao entre incorrer em gastos e gerar ativos, mas ambas as atividades no necessariamente coincidem entre si. Assim, o fato de uma entidade ter incorrido num gasto pode fornecer evidncia da sua busca por futuros benefcios econmicos, mas no prova conclusiva de que a definio de ativo tenha sido obtida. Da mesma forma, a ausncia de um gasto no impede que um item satisfaa a definio de ativo e se qualifique para reconhecimento no balano patrimonial; por exemplo, itens que foram doados entidade podem satisfazer a definio de ativo. PASSIVOS 4.15. Uma caracterstica essencial para a existncia de um passivo que a entidade tenha uma obrigao presente. Uma obrigao um dever ou responsabilidade de agir ou fazer de uma certa maneira. As obrigaes podem ser legalmente exigveis em conseqncia de um contrato ou de requisitos estatutrios. Esse normalmente o caso, por exemplo, das contas a pagar por mercadorias e servios recebidos. Obrigaes surgem tambm de prticas usuais de negcios, usos e costumes e o desejo de manter boas relaes comerciais ou agir de maneira eqitativa. Se, por exemplo, uma entidade decide, por uma questo de poltica mercadolgica ou de imagem, retificar defeitos em seus produtos, mesmo quando tais defeitos tenham se tornado conhecidos depois que expirou o perodo da garantia, as importncias que espera gastar com os produtos j vendidos constituem-se passivos. 4.17. A liquidao de uma obrigao presente geralmente implica na utilizao, pela entidade, de recursos incorporados de benefcios econmicos a fim de satisfazer o direito da outra parte. A extino de uma obrigao presente pode ocorrer de diversas maneiras, por exemplo, por meio de: 00000000000 00000000000 - DEMO 32. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 64 a) pagamento em caixa; b) transferncia de outros ativos; c) prestao de servios; d) substituio da obrigao por outra; ou e) converso da obrigao em item do patrimnio lquido. Uma obrigao pode tambm ser extinta por outros meios, tais como pela renncia do credor ou pela perda dos seus direitos creditcios. PATRIMNIO LQUIDO Dissemos por aqui que o Patrimnio Lquido representa nada mais do que o capital prprio empregado nas atividades empresariais pelos scios e os resultados auferidos com a explorao dos negcios pela empresa (lucro ou prejuzo). Pois bem, tal como o ativo e o passivo exigvel, o patrimnio lquido tambm subdividido. Atualmente, o PL compe-se dos seguintes grupos: 1) Capital social; 2) Reservas de capital; 3) Ajustes de avaliao patrimonial; 4) Reservas de lucros; 5) Aes em tesouraria; e 6) Prejuzos acumulados (Veja que a lei no fala em lucros acumulados). Grave-se a estrutura do PL: Patrimnio Lquido Antes Lei 11.638/07 Aps Lei 11.638/07 e lei 11.941/09 Capital Social Capital Social (-) Capital a Realizar (-) Capital a Realizar Reserva de Lucro Reserva de Lucro Reserva de Capital Reserva de Capital Reserva de Reavaliao Ajuste de Avaliao Patrimonial + - Lucro ou Prejuzo Acumulado (-) Prejuzo Acumulado (-) Aes em Tesouraria (-) Aes em Tesouraria 4.20. Embora o patrimnio lquido seja definido no item 4.4 como algo residual, ele pode ter subclassificaes no balano patrimonial. Por exemplo, na sociedade por aes, recursos aportados pelos scios, reservas resultantes de retenes de lucros e reservas representando ajustes para manuteno do capital podem ser demonstrados separadamente. Tais classificaes podem ser importantes para a tomada de deciso dos usurios das demonstraes contbeis quando indicarem restries legais ou de outra natureza sobre a capacidade que a entidade tem de distribuir ou aplicar de outra forma os seus 00000000000 00000000000 - DEMO 33. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 64 recursos patrimoniais. Podem tambm refletir o fato de que determinadas partes com direito de propriedades sobre a entidade tm direitos diferentes em relao ao recebimento de dividendos ou reembolso de capital. 4.21. A constituio de reservas , s vezes, exigida pelo estatuto ou por lei para dar entidade e seus credores uma margem maior de proteo contra os efeitos de prejuzos. Outras reservas podem ser constitudas em atendimento a leis que concedem isenes ou redues nos impostos a pagar quando so feitas transferncias para tais reservas. A existncia e o tamanho de tais reservas legais, estatutrias e fiscais representam informaes que podem ser importantes para a tomada de deciso dos usurios. As transferncias para tais reservas so apropriaes de lucros acumulados, portanto, no constituem despesas. 4.22. O montante pelo qual o patrimnio lquido apresentado no balano patrimonial depende da mensurao dos ativos e passivos. Normalmente, o valor do patrimnio lquido somente por coincidncia corresponde ao valor de mercado agregado das aes da entidade ou da soma que poderia ser obtida pela venda dos seus ativos lquidos numa base de item-por-item, ou da entidade como um todo, tomando por base a premissa da continuidade (going concern basis). DESEMPENHO IMPORTANTSSIMO 4.25. Os elementos de receitas e despesas so definidos como segue: a) Receitas so aumentos nos benefcios econmicos durante o perodo contbil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuio de passivos, que resultam em aumentos do patrimnio lquido e que no estejam relacionados com a contribuio dos detentores dos instrumentos patrimoniais; b) Despesas so decrscimos nos benefcios econmicos durante o perodo contbil, sob a forma de sada de recursos ou reduo de ativos ou assuno de passivos, que resultam em decrscimo do patrimnio lquido e que no estejam relacionados com distribuio aos detentores dos instrumentos patrimoniais. Essas definies so essenciais. As bancas adoram cobrar esse tipo de conceito! As receitas e despesas podem ser apresentadas na demonstrao do resultado de diferentes maneiras, de modo que prestem informaes relevantes para a tomada de decises. Por exemplo, prtica comum distinguir entre receitas e despesas que surgem no curso das atividades usuais da entidade e as demais. Essa distino feita porque a fonte de uma receita relevante na avaliao da capacidade que a entidade tenha de gerar caixa ou equivalentes de caixa no 00000000000 00000000000 - DEMO 34. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 64 futuro; por exemplo, receitas oriundas de atividades eventuais como a venda de um investimento de longo prazo normalmente no se repetem numa base regular. Nessa distino, deve-se levar em conta a natureza da entidade e suas operaes. Itens que resultam das atividades ordinrias de uma entidade podem ser incomuns em outras entidades. RECEITAS 4.29. A definio de receita abrange tanto receitas propriamente ditas como ganhos. A receita surge no curso das atividades usuais de uma entidade e designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, honorrios, juros, dividendos, royalties e aluguis. Como exemplo de ganho temos a venda de um ativo imobilizado da empresa. Como exemplo de receita propriamente dita, temos a venda de mercadorias. DESPESAS 4.33. A definio de despesas abrange tanto as perdas quanto as despesas propriamente ditas que surgem no curso das atividades usuais da entidade. As despesas que surgem no curso das atividades usuais da entidade incluem, por exemplo, o custo das vendas, salrios e depreciao. Geralmente, tomam a forma desembolso ou reduo de ativos como caixa e equivalentes de caixa, estoques e ativo imobilizado. Perdas incluem, por exemplo, as que resultam de sinistros como incndio e inundaes, assim como as que decorrem da venda de ativos imobilizados. RECONHECIMENTO DOS ELEMENTOS NAS DEMONSTRAES FINANCEIRAS RECONHECIMENTO DE ATIVOS 4.44. Um ativo deve ser reconhecido no balano patrimonial quando for provvel que benefcios econmicos futuros dele provenientes fluiro para a entidade e seu custo ou valor puder ser mensurado com confiabilidade. Gravem! So dois os requisitos para que um ativo seja reconhecido no balano: 1) PROBABILIDADE DE GERAO DE BENEFCIOS FUTUROS. 2) CUSTO OU VALOR PODE SER DETERMINADO PARA A ENTIDADE. Por exemplo, ao comprar uma mquina para produo na empresa. provvel que haja gerao de benefcios futuros?! Sim! Pela produo de mercadorias. 00000000000 00000000000 - DEMO 35. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 64 O custo dessa mquina pode ser estimado com segurana? Desde que haja uma nota fiscal de compra e a escrita regular, poderemos tranquilamente. Portanto, os critrios para reconhecimento esto satisfeitos. Diferente a conta de luz de uma empresa. No h gerao de benefcios futuros, embora o custo possa ser estimado com segurana. Neste caso, no h que se falar em reconhecimento de um ativo. RECONHECIMENTO DE PASSIVOS 4.46. Um passivo deve ser reconhecido no balano patrimonial quando for provvel que uma sada de recursos detentores de benefcios econmicos seja exigida em liquidao de obrigao presente e o valor pelo qual essa liquidao se dar puder ser mensurado com confiabilidade. Uma obrigao com fornecedores, por exemplo, gerar sada de recursos envolvendo benefcios econmicos? Sim, o dinheiro do caixa (este caixa um benefcio econmico da empresa). Esta mesma obrigao pode ser estimada com segurana? Geralmente, esperamos que sim. Portanto, satisfeitos os requisitos para reconhecimento de um passivo. RECONHECIMENTO DE RECEITAS E DESPESAS 4.47. A receita deve ser reconhecida na demonstrao do resultado quando resultar em aumento nos benefcios econmicos futuros relacionado com aumento de ativo ou com diminuio de passivo, e puder ser mensurado com confiabilidade. Isso significa, na prtica, que o reconhecimento da receita ocorre simultaneamente com o reconhecimento do aumento nos ativos ou da diminuio nos passivos (por exemplo, o aumento lquido nos ativos originado da venda de bens e servios ou o decrscimo do passivo originado do perdo de dvida a ser paga). A venda de mercadorias, por exemplo, gera uma receita, pelo seguinte lanamento: D Caixa 10.000,00 C Receita de vendas 10.000,00 O reconhecimento de uma receita ocorreu, conforme diz a norma, com o aumento de um ativo (o dinheiro que entrou em caixa). Uma receita pode ter origem tambm com a diminuio de um passivo. 00000000000 00000000000 - DEMO 36. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 64 Explique-se. Temos uma dvida no valor de R$ 100.000,00 com a Fazenda Estadual. Todavia, pagando no tempo X, receberemos um desconto de 10%. Caso efetuemos o pagamento antes dessa data, lanaremos: D ICMS a pagar 100.000,00 C Caixa 90.000,00 C Descontos obtidos 10.000,00 A conta descontos obtidos uma receita a ser lanada na demonstrao do resultado do exerccio. Falemos agora das despesas. 4.49. As despesas devem ser reconhecidas na demonstrao do resultado quando resultarem em decrscimo nos benefcios econmicos futuros, relacionado com o decrscimo de um ativo ou o aumento de um passivo, e puder ser mensurado com confiabilidade. Isso significa, na prtica, que o reconhecimento da despesa ocorre simultaneamente com o reconhecimento de aumento nos passivos ou de diminuio nos ativos (por exemplo, a alocao por competncia de obrigaes trabalhistas ou da depreciao de equipamento). No reconhecimento da depreciao de um ativo imobilizado, lanaremos: D Despesa com depreciao (resultado) C Depreciao acumulada (redutora do ativo) Esta a hiptese de reconhecimento de uma despesa com diminuio do ativo. Alternativa e mais comumente, temos o aumento do passivo como contrapartida, como no caso de proviso para salrios a pagar, reconhecimento de tributos devidos, proviso para frias, 13, entre outros. MENSURAO DOS ELEMENTOS DAS DEMONSTRAES CONTBEIS Mensurao o processo que consiste em determinar os valores pelos quais os elementos das demonstraes contbeis devem ser reconhecidos e apresentados no balano patrimonial e na demonstrao do resultado. Esse processo envolve a seleo de uma base especfica de mensurao. 4.55. Um nmero variado de bases de mensurao empregado em diferentes graus e em variadas combinaes nas demonstraes contbeis. Essas bases incluem o que segue: (a) Custo histrico. Os ativos so registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisio. Os passivos so registrados pelos montantes 00000000000 00000000000 - DEMO 37. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 64 dos recursos recebidos em troca da obrigao ou, em algumas circunstncias (como, por exemplo, imposto de renda), pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa se espera sero necessrios para liquidar o passivo no curso normal das operaes. (b) Custo corrente. Os ativos so mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balano. Os passivos so reconhecidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, no descontados, que se espera seriam necessrios para liquidar a obrigao na data do balano. (c) Valor realizvel (valor de realizao ou de liquidao). Os ativos so mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada. Os passivos so mantidos pelos seus montantes de liquidao, isto , pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, no descontados, que se espera sero pagos para liquidar as correspondentes obrigaes no curso normal das operaes. (d) Valor presente. Os ativos so mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de entradas lquidas de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operaes. Os passivos so mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de sadas lquidas de caixa que se espera sero necessrios para liquidar o passivo no curso normal das operaes. A base de mensurao mais comumente adotada pelas entidades na preparao de suas demonstraes contbeis o custo histrico. Ele normalmente combinado com outras bases de avaliao. Por exemplo, os estoques so geralmente mantidos pelo menor valor entre o custo e o valor lquido de realizao, os ttulos e aes negociveis podem em determinadas circunstncias ser mantidos a valor de mercado e os passivos decorrentes de penses so mantidos pelo valor presente de tais benefcios no futuro. Alm disso, em algumas circunstncias entidades usam a base de custo corrente como uma resposta incapacidade do modelo contbil de custo histrico enfrentar os efeitos das mudanas de preos dos ativos no-monetrios. Vamos exemplificar, utilizando-nos de todos os conceitos que a norma trouxe ao seu item 4.55. Suponha que a mercadoria x tenha sido adquirida, a prazo, por R$ 100,00, na data de 28 de agosto, mas data do balano patrimonial, em 31 de dezembro, valesse R$ 90,00, pudesse ser vendida para terceiros hoje, em 28 de agosto, por R$ 95,00. Caso a mercadoria no fosse comprada a prazo, pagaramos por ela o montante de R$ 80,00, ou seja, h R$ 20,00 de juros embutido na operao. 00000000000 00000000000 - DEMO 38. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 64 Ache os valores de custo histrico, corrente, valor realizvel lquido e valor presente. O custo histrico o valor pelo qual a mercadoria foi adquirida, ou seja, R$ 100,00. O custo corrente o valor que pagaramos por essa mercadoria data do balano, isto , R$ 90,00. O valor realizvel lquido o valor pelo qual este produto pode ser vendido a terceiros, que, no caso, R$ 95,00. O valor presente o valor que eu pagaria por esta mercadoria hoje livre de juros, isto R$ 80,00. T ok?! s isso. MANUTENO DO CAPITAL FSICO E FINANCEIRO O conceito financeiro de capital adotado pela maioria das entidades na preparao de suas demonstraes contbeis. De acordo com o conceito financeiro de capital, tal como o dinheiro investido ou o seu poder de compra investido, o capital sinnimo de ativo lquido ou patrimnio lquido da entidade. Por outro lado, segundo o conceito fsico de capital, o capital considerado como a capacidade produtiva da entidade baseada, por exemplo, nas unidades de produo diria. Capital Financeiro Ativo lquido ou patrimnio lquido. Capital Fsico Capacidade produtiva da entidade. Destas definies, o Pronunciamento CPC 00 conclui que: 4.59. Os conceitos de capital mencionados no item 4.57 do origem aos seguintes conceitos de manuteno de capital: (a) Manuteno do capital financeiro. De acordo com esse conceito, o lucro considedrado auferido somente se o montante financeiro (ou dinheiro) dos ativos lquidos no fim do perodo exceder o seu montante financeiro (ou dinheiro) no comeo do perodo, depois de excludas quaisquer distribuies aos proprietrios e seus aportes de capital durante o perodo. A manuteno do capital financeiro pode ser medida em qualquer unidade monetria nominal ou em unidades de poder aquisitivo constante. (b) Manuteno do capital fsico. De acordo com esse conceito, o lucro considerado auferido somente se a capacidade fsica produtiva (ou capacidade operacional) da entidade (ou os recursos ou fundos necessrios para atingir 00000000000 00000000000 - DEMO 39. Contabilidade Geral e Avanada para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exerccios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 64 essa capacidade) no fim do perodo exceder a capacidade fsica produtiva no incio do perodo, depois de excludas quaisquer distribuies aos proprietrios e seus aportes de capital durante o perodo. Esse assunto ser claramente explicado por intermdio de questes, em tpico subseqente. RESUMO: ESTRUTURA CONCEITUAL BSICA DA CONTABILIDADE As demonstraes contbeis so preparadas para usurios externos em geral. As caractersticas qualitativas foram divididas em dois grupos: 3) Caractersticas qualitativas fundamentais 1.3 - relevncia 1.4 - representao fidedigna 4) Caractersticas qualitativas de melhoria 2.5 - comparabilidade 2.6 - verificabilidade 2.7 - tempestividade 2.8 compreensibilidade Um item que se enquadre na definio de um elemento (ativo ou passivo) deve ser reconhecido se: a) for provvel que algum benefcio econmico futuro associado ao item flua para a entidade ou flua da entidade; e b) o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com confiabilidade. Ativo um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefcios econmicos para a entidade; Passivo uma ob