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Bancários gaúchos querem 20% de aumento na Campanha Salarial Bancários gaúchos querem 20% de aumento na Campanha Salarial Futsal Campeonato dos Bancários já começou Página 4 ContaCorrente Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região Julho 2010 Caixa PFG entrou em vigor no início deste mês Página 6 Banrisul Ginástica laboral sem data para voltar Página 4 Novos convênios Novas empresas são parceiras do Sindicato Página 4 Fator Previdenciário Senador tem proposta de mobilização Página 5 Beber e dirigir Fiscalização na saída de boates é eficaz? Página 7 A plenária final da 12ª edição da Con- ferência Estadual dos Trabalha- dores e Trabalhadoras em Ins- tituições Financeiras do Rio Gran- de do Sul aprovou a reivindicação de um re- ajuste de 20% sobre todas as verbas de na- tureza salarial para a Campanha Salarial 2010. A definição ocorreu após votação dos mais de 500 delegados que participaram do evento, em 26 de junho, no Hotel Embaixa- dor, em Porto Alegre. Esta será a proposta de reajuste defendi- da pela delegação gaúcha na Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Finan- ceiro, agendada para o período de 23 a 25 de julho, no Rio de Janeiro. Leia mais na página 5 Foto Fetrafi/RS Mais de 500 delegados participaram da Conferência Estadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Estado

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Bancários gaúchos querem 20%de aumento na Campanha SalarialBancários gaúchos querem 20%de aumento na Campanha Salarial

FutsalCampeonatodos Bancáriosjá começou

Página 4

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ContaCorrenteInformativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região Julho 2010

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CaixaPFG entrou emvigor no iníciodeste mês

Página 6

BanrisulGinásticalaboral semdata para voltar

Página 4

Novos convêniosNovas empresassão parceirasdo Sindicato

Página 4

Fator PrevidenciárioSenador temproposta demobilização

Página 5

Beber e dirigirFiscalizaçãona saída deboates é eficaz?

Página 7

Aplenária final da 12ª edição da Con-ferência Estadual dos Trabalha-dores e Trabalhadoras em Ins-tituições Financeiras do Rio Gran-

de do Sul aprovou a reivindicação de um re-ajuste de 20% sobre todas as verbas de na-tureza salarial para a Campanha Salarial 2010.

A definição ocorreu após votação dosmais de 500 delegados que participaram doevento, em 26 de junho, no Hotel Embaixa-dor, em Porto Alegre.

Esta será a proposta de reajuste defendi-da pela delegação gaúcha na ConferênciaNacional dos Trabalhadores do Ramo Finan-ceiro, agendada para o período de 23 a 25de julho, no Rio de Janeiro.

Leia mais na página 5

Foto Fetrafi/RS

Mais de 500 delegados participaram da Conferência Estadual dos Trabalhadores eTrabalhadoras em Instituições Financeiras do Estado

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A Central, os bancários ea campanha salarial

Começou a campanha salarial. A 12ª Confe-rência Estadual dos Trabalhadores e Traba-lhadoras em Instituições Financeiras do RS,ocorrida em 26 de junho, deu o pontapé ini-

cial no estado para a campanha deste ano. Por amplamaioria os delegados presentes à plenária estadual de-cidiram por um índice de reivindicação de 20%, aten-dendo a um antigo desejo da categoria de buscar algobastante próximo daquilo que se considera justo pararepor inflação, parte das perdas e aumento real. Mas, esempre há um “mas”, sabemos que o índice tirado aquino estado nunca é o mesmo que a Conferência Nacio-nal decidirá. Isto ocorre porque aqui no Rio Grandetemos um entendimento diferenciado do movimentosindical bancário do resto do país, com raras exceções.Representamos, junto com outras forças político-sin-dicais minoritárias cerca de 15% do total. A maioria,comandada pelo sindicato de São Paulo, é, por isso mes-mo, chamada de “campo majoritário”. E aí vem as per-guntas: o movimento não é um só? Não lutamos pelamesma causa? Não pertencemos a mesma Central sin-dical? E as respostas podem ser sim e não.

Em tese, principalmente nos sindicatos bancárioslutamos em prol e defendendo os direitos da categoriae dos trabalhadores em geral. Mas o movimento não éum só. Existem diferenças de pensamento em relação àformação político-ideológica, aos métodos e estratégiasadotados para chegar aos objetivos finais. E isto ficafácil de entender quando sabemos que nem mesmodois irmãos gêmeos criados juntos e da mesma formapensam igual. Então, é por isso que temos divergênci-as, à esquerda e à direita, sobre qual o melhor caminhoa ser adotado a cada campanha salarial. E, quando sesabe, que existem pelo menos umas dez correntes depensamento dentro do movimento sindical bancário aío caldo fica bastante espesso.

A linha de pensamento seguida pela maioria da di-reção do Seeb Santa Maria está abrigada dentro da Cen-tral Única dos Trabalhadores - CUT. Apesar de sermosminoria e discordarmos, na maioria das vezes, da linhatraçada pelo “campo majoritário” defendemos a CUT ea filiação de nosso sindicato à Central por entendermosque é a que mais reflete os anseios dos trabalhadoresbrasileiros em suas lutas. Mas também porque ofracionamento enfraquece nosso poder de reivindica-ção frente ao poderio representado pelo patronato de-tentor do capital. A CUT tem sido acusada depeleguismo sindical, de atrelada ao governo atual e deuma porção de outros adjetivos pejorativos. Entretan-to, queremos deixar bem claro, que em Santa Maria,assim como nos demais sindicatos do estado onde osdiretores seguem a mesma linha, mantemos o discursoe a prática de independência e autonomia que norteounossas campanhas eleitorais em 2005 e 2008. Somosminoria, mas não somos fracos e temos a coragem dedefender aquilo que consideramos o melhor para a ca-tegoria bancária.

Editorial○

Editorial 2Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e RegiãoContaCorrente

Julho de 2010

Diretor de Comunicação:César Augusto Simões dos Santos - MTb 7681

Base Territorial: Agudo, Cacequi, Dona Francisca,Faxinal do Soturno, Formigueiro, Itaara, Ivorá,Jaguari, Jari, Júlio de Castilhos, Mata, Nova Espe-rança do Sul, Nova Palma, Pinhal Grande,Quevedos, Restinga Seca, Santa Maria, SilveiraMartins, São João do Polêsine, São Martinho da

Serra, São Pedro do Sul, São Sepé, São Vicentedo Sul e Tupanciretã.

Colegiado Executivo:Efetivo: Antonio Tadeu de Menezes - Banrisul,César Santos - BB, Claudenir Freitas - ABNAMRO, Fabrício Michels - CEF, Marcello Carrión- CEF, Margarete Thomasi - Banrisul, MilaniaGaube - Santander, Nilo Zavarise - Itaú.

Sede 1: Rua Dr Bozano, 1147, sala 301. Fone 553222 8088.E-mail: [email protected]: www.bancariossm.org.br

Jornalista responsável: Maiquel Rosauro - MTb 13334

Projeto gráfico / diagramação: André Machado Fortes

Tiragem: 2 mil exemplares

ContaCorrenteExpediente

Gestão Ave Sonora / 2008-2011Fundado em 2 de outubro de 1935

Claudenir Teixeira FreitasBanco Santander Brasil

No último dia 26 de junho,foi realizada a 12ª Confe-rência Estadual dos Traba-lhadores e Trabalhadoras

em Instituições Financeiras, conferên-cia a qual encaminhamos nossas rei-vindicações para a finalizarmos o pro-cesso na Conferência Nacional que serárealizada nos dias 23, 24 e 25 de julho,no Rio de Janeiro. Pois bem, passam osanos e continuamos lutando contra atruculência, falta de sensibilidade edesrespeito aos bancários e bancáriasdesse país, política adotada por patrõesditadores que para obterem os lucrosastronômicos passam por cima de tudo.

Então, todos os anos nós fazemosnossa conferência sonhando em conquis-tas dignas, que se não nos contemplamtotalmente, pelo menos, amenizam asperdas anteriores. Discutimos váriospontos, saúde, emprego, segurança, as-sédio moral e índice. Ah, o índice. Parafalar especificamente em índice eu lem-bro de quando entrei no movimentosindical. Talvez alguém possa perguntar,por que estou especificando índice setodos os pontos são importantes? Espe-ro que entendam o que estou querendodizer. Acho que está na hora de falarmosabertamente para aqueles bancários ebancárias que não acompanham maisde perto o que acontece no movimentosindical, as correntes sindicais que exis-tem no nosso movimento.

Está na hora dos bancários e bancáriosperguntarem a nós que fazemos parte domovimento sindical, o que estamos fazendo,quem nós realmente representamos e a par-tir dai criar mecanismos para que o bancárioe bancária esteja realmente em primeiro lu-gar quando se fala em capital e trabalho.

Falo isso por que nós da CSD - CUTSocialista e Democrática fomos para aconferência com uma proposta de 20%de reajuste salarial, embora saibamos queserá muito difícil conseguirmos, mas esseé um índice em que pelo menos recupe-raríamos um pouco das perdas, então oscompanheiros da Articulação chegam eapresentam uma proposta de índice de10%. Eu me pergunto: por quê?

Dizem os defensores da proposta de10% que estão simplesmente realizandoo desejo do bancário do Rio Grande doSul. Então eu fico pensando como seriase todos os bancários fossem vender seucarro, por exemplo, o carro vale R$15.000,00. Todos pediriam esse valor oupediriam um pouco mais?

Isso meus colegas, é conversa fiada dequem pensa somente em seu próprio ego,porque a conclusão que eu chego em rela-ção a isso é de que é mais importante elespedirem 10% e levar 6% e depois dize-rem: nós conquistamos 60% daquilo quehavíamos pedido, do que pedir 20% e le-var 8% ou 9% e depois dizer, só consegui-mos 40% ou 45% do que foi pedido.

Conversa, desrespeito ao trabalho dobancário por que propondo um índicerebaixado estamos dando um atestado aosbanqueiros de que recebemos aquilo que

Capital x trabalhomerecemos, é assim que vejo essa pos-tura da articulação. Mas como falei an-teriormente as correntes existem e aquino Rio Grande do Sul nós da CSDsomos majoritários enquanto que na-cionalmente a corrente majoritária é aarticulação, e por sermos majoritáriosnossa proposta foi vitoriosa, ou seja, oíndice aprovado no Estado é de 20%.

Devido a isso, gostaria de proporaos companheiros da articulação quedefenderam o índice de 10% com oargumento de que estavam respalda-dos no desejo dos bancários gaúchos,que tenham a coerência e o respeitopela aprovação do índice de 20% noRio Grande do Sul e enfrentem aque-les que com certeza irão propor osmesmos 10% rebaixados na conferên-cia nacional. Não devemos esquecertambém que já saímos em greve aquino Estado enquanto São Paulo atra-sou uma semana, nos deixando sozi-nhos nessa “guerra” contra os banquei-ros, e sabemos muito bem o motivodisso ter acontecido, segundo turnodas eleições em São Paulo cujacandidata era a senhora MartaSuplicy, ou seja, blindagem de gover-no coisa que abominamos principal-mente aqui no Sindicato dos Bancári-os de Santa Maria e Região. Em outu-bro, teremos novamente eleições, e jáme pergunto: o que os companheirosfarão durante a nossa campanha sala-rial? Preocupar-se-ão em lutar pelosbancários ou a preocupação estarávoltada para o novo governo eleito?

Artigos

Rejo Vaz FriedrichBancário da Caixa EconômicaFederal

Talvez existam muito mais semelhanças entre a vida e ofutebol do que possamosimaginar.

A grande maioria das mulheres nãoentende como é que os homens, oupelo menos, a maioria dos homens gos-tam tanto de futebol.

Mas a explicação é simples, antiga-mente os homens tinham as guerras,onde competiam entre eles e se mata-vam, depois em Roma foi inventado oColiseu, um lugar onde os homenspodiam se matar e se exibirem para opúblico. Creio que a maioria dos es-portes ou competições ainda é umadestas formas de testar a própria virili-dade. O futebol virou apenas uma de-las, talvez uma das mais populares, jáque durante a copa do mundo de fute-bol, bilhões de pessoas no mundo todoassistem com grande entusiasmo os“gladiadores” que defendem as coresde seu próprio país.

É uma guerra disfarçada, pois umpaís acaba sempre derrotando o outro,e isso tem grande repercussão na po-pulação de cada um desses países. Ima-

O futebol e a vidaginem, por exemplo, se o Brasil levasseuma goleada da Argentina e, em comonos sentiríamos.

É claro que, para cada um de nós, euou você, há coisas mais urgentes e imedi-atas que nos interessam. Mas uma copado mundo é uma competição cívica tam-bém, tem o hino, a bandeira, as cores, asrivalidades históricas entre países queretornam do passado, e assim por diante.

Outra coisa que talvez Freud expli-casse é o ato por si só de enfiar uma bolano gol adversário, tem uma conotaçãoquase que sexual. No jogo inteiro vocêprotege o seu próprio gol e tenta colocara bola dentro do gol do seu adversário,quem deixar isso acontecer vira o “passi-vo” na relação.

Eh! Eh! Eh!Ainda tem uma outra coisa, que me

chama a atenção que é a eterna dúvidaexistencial, para nós, seres humanos. Agrande dúvida entre privilegiar o coleti-vo, ou o individual na vida em sociedade.

Muitas vezes se afirma que o indivi-dualismo é ruim para a sociedade, masninguém reprova o individualismo quan-do estamos diante de um grande talento.Ninguém reprova, por exemplo, um gran-de artista, um grande cientista, um gran-de homem qualquer que se destaque nasociedade, pelo fato de que ele seja indi-

vidualista em relação ao que faz.No futebol também é assim, exis-

tem aquelas seleções que são primoresda organização e da técnica, sem noentanto terem sequer um grande cra-que entre eles. A Alemanha, por exem-plo, sempre foi considerada uma sele-ção de grande organização tática emcampo, ganhando muitos jogos maispela própria organização tática, do quepelo talento individual de seus jogado-res. O Brasil, por sua vez, sempre foiconsiderado um país de onde brotammuitos talentos no futebol, porém mui-tas seleções sucumbiram diante do in-dividualismo destes talentos, uma vezque é preciso ter um “time” acima detudo. Creio que a seleção de 1982 sejaum bom exemplo disso, pois era indis-cutivelmente um aglomerado de cra-ques, mas que sucumbiu mesmo assim.

Provavelmente a lição que nos fi-que, tanto no futebol quando na vidaem sociedade é a de formar um time,para que todos saiam ganhando. É pre-ciso que os nem tão talentosos assimestejam organizados e atuem de formacolaborativa e empenhada e saber en-caixar nesse grupo os “craques” de cadaárea a fim de que todos saiam lucrandocom isso. É claro que fazer isso funcio-nar não é tão simples assim.

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OSindicato dos Bancári-os de Santa Maria e Re-gião realizou uma plená-

ria sobre Plano de FunçõesGratificadas (PFG) da Caixa Eco-nômica Federal (CEF) no dia 10de julho, na Sede II da entidade.No encontro, os bancários reivin-dicaram providência judicial con-tra a discriminação do novo PFGaos que permanecem no REG/REPLAN.

Várias foram as manifestações dedúvidas e indignações frente ao novoplano de reestruturação de carreirapara os cargos comissionados. Den-tre elas, está a restrição daqueles tra-balhadores que optaram em per-manecer no REG/REPLAN (pla-no de complementação de apo-sentadoria), discriminado pela

3 NotíciasInformativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região ContaCorrente

Julho de 2010

Bradesco é condenado a indenizar bancáriopor danos morais e materiais devido à Ler/Dort

Plenária reivindica providência judicialcontra a discriminação do novo PFG

Aqueles ocupantes de cargos técnicos terão seus direitos preserva-dos através de ações propostas pelo Sindicato, através da substituiçãoprocessual. Nestas ações, o Sindicato inova requerendo o pagamentodas horas dos últimos 10 (dez) anos, tendo em vista a protestos judi-ciais já ajuizados para este fim.

Outra vantagem por assim dizer, para aqueles que figurarem no rolde substituídos, é a própria substituição, pois quem estará no póloativo da ação é o sindicato e não o trabalhador.

As ações estão sendo ajuizadas para cada grupo ocupantes do mes-mo cargo, tudo, para visar um melhor desdobramento, já que a provaé documental.

Ação da 7ª e 8ª Hora para ossócios da CEF – Coletiva

O Tribunal do Trabalho da 4ª Re-gião entendeu que o Banco BradescoS/A é responsável pela doençaocupacional equiparada a acidente dotrabalho sofrida por um funcionário.A doença, ainda que temporária, de-terminou o pagamento de indeniza-ção por danos morais e materiais. Acondenação é baseada em laudo mé-dico e ergonômico, que comprova que

a lesão é decorrência da atividade de-senvolvida em prol do Banco.

Além disso, o Bradesco tambémfoi condenado a pagar horas extrasalém da sexta diária, embora o ban-cário tenha trabalhado nos últimoscinco anos como chefe de serviços,gerente assistente e gerente de re-lacionamento, horas extras em de-corrência da realização de cursos

O Sindicato, no ano de 2007, ajuizou ações coletivas beneficiandotoda a base a que representa. Naquelas ações o pedido principal foi quea Justiça trabalhista reconhecesse as parcelas “tíquete” e “cesta alimenta-ção” como verbas salariais, já que a primeira “tíquete” havia “transitado”em folha de pagamento. Caso fosse reconhecido o caráter salarial, alémdos depósitos do FGTS sobre as verbas, estas teriam que ser satisfeitasdesde a admissão do trabalhador, e até o fim do contrato.

Em alguns julgados o Judiciário manda a CEF recolher o FGTSsobre a “cesta alimentação”, lhe concedendo o caráter salarial, refle-tindo tais verbas em férias, 13º salário, APIP, horas extras, sobre osúltimos cinco anos.

A boa notícia é que em toda a base, aquelas ações em que a senten-ça de primeiro grau foi improcedente o nosso Tribunal tratou dereverter. A base de Santa Maria que foi Julgada improcedente emprimeiro e segundo grau, com a Graça de Deus, a 7ª Turma TribunalSuperior do Trabalho julgou pela sua PROCEDÊNCIA, sob o fun-damento de que o benefício já havia aderido ao contrato de trabalhosdos substituídos.

A movimentação da Ação do reflexo do FGTS na alimentação po-derá ser pesquisada no site www.trt4.jus.br. Santiago: 3723-45.2010.5.04.0000, Santa Maria: 173500-61.2007.5.04.0702,Cachoeira do Sul: 256000-30.2007.5.04.0721, Cruz Alta: 247000-45.2007.5.04.0611.

Qualquer dúvida quanto à pesquisa procure o Departamento Jurí-dico do Sindicato: (55) 3222-8008, (55) 3222-8051 e (55)81315351.

Tíquete e Cesta Alimentação -verba salarial

Assessoria Jurídica do SEEB SM e Região:Plantão no Sindicato

às terças e quintas, das 15h às 18h, ou noescritório do advogado: (55) 3222.4007

TREINET, adicional de transferên-cia, indenização por gastos e des-gaste de veículo, equiparação sala-rial, entre outras verbas postuladas.

A decisão foi publicada dia 14de junho de 2010 e é passível derecurso. Para consultar o proces-so, acessar www.trt4.jus.br. O nú-mero do processo é 0044800-40.2008.5.04.0732.

Na quarta-feira, dia 7 de julho,em Brasília, a Comissão de Traba-lho, Administração e Serviço Pú-blico (CTASP) da Câmara dosDeputados aprovou por unanimi-dade, o projeto de lei 6259/2005,de autoria dos deputados InácioArruda (PCdo B/CE) e DanielAlmeida (PCdoB/BA). O projetodetermina a isonomia salarial, debenefícios e vantagens para empre-gados dos bancos públicos federais.

O movimento sindical gaúchotem papel fundamental na lutapela isonomia. Em maio 2007,o Rio Grande do Sul promoveuo 1º Encontro Estadual sobre otema, mobilizando trabalhadoresdo Banco do Brasil, Basa e Caixae diversos parlamentares. Após oencontro, a relatoria do projetofoi delegada ao deputado federalTarcísio Zimmermann (PT/RS),que emitiu o parecer favorável àmatéria que foi referência para oatual relator do PL, deputadoEudes Xavier (PT/Ceará).

Em entrevista concedida à Fetrafi-RS, na semana passada, o deputa-

Plenária reuniu bancários da Caixa, direção do Sindicato e odepartamento jurídico da entidade

Foto Maiquel Rosauro

CEF, impedidos de migrarempara o novo PFG.

Nos próximos dias, o Sindica-to estará propondo ação Judicial

com pedido de liminar, requeren-do providências do Judiciário Tra-balhista frente à discriminaçãodestes trabalhadores.

Isonomia: trabalhadores deram maisum passo importante rumo à vitória

do cearense destacou que é inacei-tável, tanto do ponto de vista legalquanto moral, que funcionários tra-balhando dentro das mesmas insti-tuições, exercendo a mesma função,tenham tratamento diferenciado.

Vanguarda - A intensificaçãoda luta pela isonomia foi propos-ta pelos bancários gaúchos emdezembro de 2009, no Encon-tro Nacional de Dirigentes Sin-dicais da Caixa e referendada pelo26º Conecef, realizado de 28 a30 de maio deste ano, em SãoPaulo. A isonomia de direitostambém é prioridade para os fun-cionários do BB, que incluíramo tema nas resoluções do 20ºCongresso Nacional do segmen-to, promovido este ano.

2º Encontro Estadual - Nodia 17 de julho, sábado, Fetrafi/RS, SindBancários e APCEF/RSpromovem a segunda edição doEncontro Estadual sobreIsonomia. O evento inicia às 9h,no auditório da Casa dos Bancá-rios, em Porto Alegre, e será aber-to à participação de empregados

dos bancos públicos federais. Oobjetivo do movimento sindicalé debater estratégias e propornovas ações na luta pela isonomia.

A Fetrafi-RS já encaminhouaos seus sindicatos filiados a novaedição do Jornal dos Trabalhado-res de Bancos Públicos Federais.Com o tema: “Igualdade de Di-reitos para todos”, o informativoresgata a história da luta pelaisonomia e salienta a importân-cia do movimento sindical gaú-cho em todas as ações pelo fimdas diferenças de direitos, vanta-gens e remuneração entre os tra-balhadores antigos e novos dosbancos públicos federais.

Rumos do Projeto - Depoisde aprovado na CTASP, o proje-to segue para a Comissão de Fi-nanças e Tributação (CFT) e paraa Comissão de Constituição e Jus-tiça e de Cidadania (CCJC). Seráencaminhado ainda ao SenadoFederal que, aprovando o projetosem alterações, o enviará para asanção do presidente da Repú-blica para que se torne lei.

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Notícias 4Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e RegiãoContaCorrente

Julho de 2010

Seis equipes disputam o Campeonatode Futsal dos Bancários 2010

Fotos Maiquel Rosauro

• PsicólogaEllen F. Klinger

Desconto de 40% sobre o valorde tabela para sindicalizados eseus dependentes. Endereço: RuaEsmeral-dina (antiga Rua 4), 76 -A, Parque Residencial Santa Lucia,Camobi, Santa Maria. Observação:atendimento de crianças e adoles-centes, avaliações psicológicas,supervisão e orientação.

• PsicoterapeutaHilton Flavio Moura

Desconto de 30% sobre o valorde tabela para sindicalizados eseus dependentes. Endereço: RuaDr Bozano, 1147 sala 303, Cen-tro, Santa Maria. Fone: (55)9135-4218 / 3223-8428. E-mail:tspterapias @yahoo.com.br. Es-pecialidades: Iridologia Compor-ta-mental, Acupuntura auricular,

O programa de GinásticaLaboral foi suspenso pela direçãodo Banrisul em maio de 2009, sobalegação de baixa frequência dosbanrisulenses. O banco tambémapontou um descontrole nos pa-gamentos dos profissionais respon-sáveis pela prestação do serviço.

Aedição 2010 do Campeonato de Futsal dos Bancários teveinício no dia 10 de julho com três partidas. A competição érealizada no Sest/Senat - Rua Cidade de Treinta Y Três,

59 - Bairro Nossa Senhora de Lourdes. Os jogos iniciam às8h45min.

Bradesco Centro, Itaú Medianeira, Bradesco Tupã, Banrisul, Ban-co do Brasil Mariano e Caixa Mallet disputam o título. O atual cam-peão é o Bradesco Centro.

“Esta edição possui o melhor nível técnico dos últimos trêsanos”, relata o diretor do Sindicato e organizador do campeonato,Tadeu Menezes.

Banrisulenses querem o retornoda ginástica laboral no Banrisul

Foto Divulgação

Ginástica laboral melhora o rendimento dos funcionários

Novos convêniosReiki, Florais de Bach, Terapia deregressão.• Cirurgiã Dentista

Tágila Prates RibeiroDesconto de 20% para sindica-

lizados e dependentes. Endereçoprofissional: Rua Dr Bozano,1147/303 - Ed Marilene - SantaMaria. Telefones: (55) 3028-4522e (55) 9925-0849.

• Posto de CombustívelClasse A Comércio

de Combustível LtdaDesconto de R$ 0,07 por litro

de gasolina comum ou aditivadanos pagamentos à vista ou no car-tão de crédito para sindicaliza-dos e seus dependentes. Fone:(55) 3026-438 / 3026-4760. En-dereço: Rua Pinheiro Machado2300, Centro - Santa Maria (emfrente ao Hospital de Caridade).

Em negociação realizada com oSuperintendente de Gestão de Pes-soas do Banrisul, Ademar Sartori,em julho do ano passado, o Co-mando dos Banrisulenses obteve ocompromisso de que o programaseria retomado em janeiro de 2010,mas até agora isto não ocorreu.

“A ginástica laboral é muitoimportante porque auxilia na saú-de do trabalhador. Osbanrisulenses sempre perguntamquando a prática vai voltar”, ex-plica a diretora do Sindicato dosbancários de Santa Maria,Margarete Thomasi.

Banco do Brasil Mariano

Primeira Rodada - 10 de julhoBradesco Centro 1 x 3 Itaú

MedianeiraBradesco Tupã 2 x 6 Banrisul

Bando do Brasil Mariano 3 x 6 CaixaMallet

Segunda Rodada - 17 de julhoItaú Medianeira x Banco do Brasil

MarianoBradesco Centro x Bradesco Tupã

Caixa Mallet x Banrisul

Terceira Rodada - 24 de julhoBradesco Centro x Caixa MalletBradesco Tupã x Banco do Brasil

MarianoItaú Medianeira x Banrisul

Quarta Rodada - 31 de julhoBradesco Centro x Banco do Brasil

MarianoItaú Medianeira x Bradesco Tupã

Banco do Brasil Mariano x BanrisulFolga: Caixa Mallet

Quinta Rodada - 7 de agostoItaú Medianeira x Caixa Mallet

Bradesco Centro x BanrisulBradesco Tupã x Caixa Mallet

Folga: Banco do Brasil Mariano

Semifinais - 14 de agosto(I) 1º - ........... x 4º - ..............(II) 2º - ........... x 3º - ..............

Finais - 21 de agostoPerdedor I - ...... x Perdedor II - ......Vencedor I - ...... x Vencedor II - ......

Partidas são realizadas nas manhãs de sábado no Sest/Senat

Bradesco Centro Itaú Medianeira Banrisul

Bradesco Tupã Caixa Mallet

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5 Continuação da capa...

Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região ContaCorrenteJulho de 2010

Campanha salarial deverá ser unificada

Na justificativa da proposta parapedir os 20% de reajuste, os ban-cários destacam que o índice apro-

vado contempla o momento econômico,político e social do país. Para o cálculo desteíndice foram considerados os seguintescritérios: lucratividade média dos seis mai-ores bancos do país; projeção da inflaçãoaté agosto de 2010 e o resíduo inflacioná-rio do acordo de 2003, que de acordo como Índice Nacional de Preços ao Consumi-dor (INPC), foi de 4,37%.

- Se você quer vender um carro por R$10 mil, você não pede este valor. O ideal épedir um valor mais alto e depois ir nego-ciando com o futuro comprador até con-seguir o preço mais vantajoso. O mesmoem nossa negociação salarial. Não pode-mos fazer igual ao ano passado quandopedimos 10% de reajuste e recebemosapenas 7% - analisa o diretor do Sindica-to dos Bancários de Santa Maria e Re-gião, Claudenir Freitas.

A estratégia de campanha aprovadapela Conferência Estadual propõe areafirmação da Campanha SalarialUnificada em 2010, com manutenção dasmesas de negociações específicas nos ban-cos públicos, concomitantes à mesa daFenaban. Os bancários gaúchos também

propõem um calendário de mobilizaçãonacional geral e específico, respeitando amobilização dos bancos públicos em to-dos os estados.

Outra proposta da 12ª ConferênciaEstadual prevê a entrega da minuta de rei-vindicações aos banqueiros ainda no mês

Fique por dentro!Banco do Brasil- O Banco do Brasil tentou convocarfuncionários de algumas agências dabase do sindicato de Santa Maria paratrabalhar no dia 26 de junho para ven-der ações do banco. O sindicato en-trou em ação e impediu. Trabalho nodescanso semanal só em casos muitoespeciais e mediante acordo banco/sin-dicato na Delegacia Regional do Tra-balho - DRT. Estamos de olho!- Chegou até o Sindicato a notícia deque camadas superiores da adminis-tração do banco, da base do sindicatode Santa Maria, estão requisitandolistas de funcionários que não com-praram ações. Se for verdade e essaslistas forem usadas para qualquer tipode pressão está caracterizado o assé-dio moral. O Sindicato está atento!

Banrisul- Chega também a notícia de que oBanrisul, em algumas agências da cida-de, está se recusando a receber paga-mento do IPVA e encaminhando os cli-entes para “canais alternativos”. O Sin-dicato alerta que a prática é ilegal e podegerar denúncia junto ao Banco Centralcom a respectiva multa. Cuidado!

Futsal- Bancários do Itaú e alguns do Real seuniram para formar a equipe do ItaúMedianeira e logo de saída já conquis-taram um resultado expressivo: derro-taram o Bradesco Centro, campeão in-victo do ano passado.- A vitória do Itaú Medianeira ocredencia ao título?- Mas quem fez bonito mesmo foi oBanrisul. Mesmo sem nenhum jogadorno banco de reservas, a equipe do ban-co público fez seis no Bradesco Tupã.- Quem também venceu foi a CaixaMallet. Após terminar o primeiro tem-po perdendo por 2 x 0 para o Banco doBrasil Mariano da Rocha, o time da CEFvirou o jogo e fechou placar em 6 x 3.

Música- Você canta ou toca algum instrumen-to musical? Então vá se preparando,vem aí a 1ª Mostra de Talentos Musi-cais Bancários...- Está sendo negociada a gravação deum DVD da mostra.- Um cartaz com as informações doevento em breve estará na sua agência.

Salário mínimo- A decisão sobre o valor do salário míni-mo em janeiro de 2011 vai se dar atravésda negociação entre as centrais sindicaisrepresentativas e o governo federal.- O fato de a LDO - Lei de DiretrizesOrçamentárias - ter sido aprovada semespecificar o futuro valor do mínimo nãovai trazer prejuízo algum aos mais de 43milhões de brasileiros e brasileiras quedependem direta ou indiretamente des-te salário. A promessa é do presidentenacional da CUT, Artur Henrique.

mas nós podemos derrubar o veto. O pro-blema é que a apreciação pelo Congressonão é aberta. O que pode ocorrer é umagrande mobilização pelo voto aberto. Pramim, homem público que tem vergonhana cara não vota secretamente” provocouo senador.

- Acho estranho que no caso dos apo-sentados do Executivo, Legislativo e Judi-ciário, com salários que chegam a R$ 30mil não se aplica o fator. Enquanto isso, amaior parcela dos trabalhadores precisaaceitar a redução dos benefícios - comple-tou Paim.

Conferência aprova mobilizaçãocontra o Fator Previdenciário

O Fator Previdenciário é uma fórmulaaplicada no cálculo do benefício que re-duz em até 40% o valor da aposentadoria,de acordo com a idade, o tempo de con-tribuição e a expectativa de vida medidapelo Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE).

Alternativa - O senador gaúcho, queé um dos maiores defensores do fim daaplicação do Fator Previdenciário às apo-sentadorias, propõe uma nova regra parao cálculo dos benefícios através da PECnº10. Esta proposta de emenda à consti-tuição estabelece idade mínima para aconcessão de aposentadoria no regimegeral de previdência social, bem comoregra de transição.

Estratégia de campanha aprovada pela Conferência Estadual propõe a manutenção das mesas denegociações específicas nos bancos públicos, concomitantes à mesa da Fenaban

Foto Fetrafi/RS

de agosto. O objetivo é construir um ca-lendário de mobilizações para o mês desetembro, data-base dos trabalhadores eminstituições financeiras. Em caso de nego-ciações frustradas com os banqueiros, aestratégia aprovada aponta mobilizaçãopara a greve em setembro de 2010.

Proposta foi sugerida pelo senador Paulo PaimPela PEC nº 10 é vedada a apli-

cação de qualquer tipo de redu-tor sobre o valor do salário-de-benefício, obedecidas as seguintescondições:

I - trinta e cinco anos de contribui-ção, se homem, e trinta anos de con-tribuição, se mulher;

II - idade mínima resultante da re-dução, relativamente aos limites per-manentes estabelecidos no art. 201,§ 7º, inciso I, da Constituição Fede-ral, observado o disposto no art. 2º,de um ano de idade para cada ano decontribuição que exceder a condiçãoprevista no inciso I deste artigo.

O plenário da 12ª Conferência Esta-dual dos Trabalhadores em Instituições Fi-nanceiras do Rio Grande do Sul aprovoupor unanimidade, a moção que propõeuma grande mobilização pela derrubadado veto do presidente Lula que mantém oFator Previdenciário. O documento tam-bém reivindica que a votação do veto noCongresso Nacional seja aberta, ou seja,que cada parlamentar assuma abertamen-te a sua escolha.

A proposta de mobilização foi sugeridadurante a Conferência pelo senador Pau-lo Paim (PT/RS). “O presidente vetou,

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Notícias 6Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e RegiãoContaCorrente

Julho de 2010

Caixa implanta PFG. Processo de reestruturaçãofica suspenso temporariamente

ACaixa Econômica Federalanunciou, em negociaçãopermanente com a Confe-

deração Nacional dos Trabalha-dores do Ramo Financeiro(Contraf/CUT) e com a Comis-são Executiva dos Empregados(CEE/Caixa), realizada em 30 dejunho, em Brasília (DF), a im-plantação do novo Plano de Fun-ções Gratificadas (PFG). O pro-cesso entrou em vigor no dia 1ºde julho.

Ao fazer a apresentação dessenovo plano à Contraf/CUT e àCEE/Caixa, a empresa defendeua necessidade de modernizaçãodas políticas e instrumentos degestão de pessoas como uma dasprincipais razões para implantaro PFG. A proposta, inclusive,prevê que os empregados sejamtransferidos automaticamentepara o Plano de FunçõesGratificadas, mas a Caixa infor-mou que as adequaçõesoperacionais necessárias devemser realizadas até o dia 12 de ju-lho. Até essa data, a situação dosbancários nos sistemas do bancopermanecerá a mesma.

- Vamos analisar os avanços eproblemas desse PFG sob a nossaperspectiva de carreira, que cons-truímos aqui no RS, através doGrupo de Trabalho que elaborou acartilha PLACAR. Nossa ação sin-dical será orientada a partir disso -destaca o diretor do SindBancários,Francisco Magalhães.

O PFG será implantado emsubstituição ao Plano de CargosComissionados (PCC) de 1998,passando a contar com 67 fun-ções gratificadas. Serão estabele-cidos dois tipos de jornadas: umade 6h para funções técnicas e deassessoramento, abrangendo umcontingente de 29 mil trabalha-dores, e outra de 8h para funçõesde direção e gerenciais. Cada fun-ção, por exemplo, terá os níveisatualmente em vigor: júnior, ple-no e sênior.

Fica prevista a possibilidade decrescimento profissional no exer-cício das funções gratificadas.Nesse particular, o novo planoaponta na direção de crescimen-to vertical em até oito níveis paraas funções com jornada de 6h, ede até 12 níveis para aquelas comjornada de 8h. Será contempla-da ainda tabela de piso de mer-cado, com crescimento fixo e pro-porcional de 15,25% nos valo-res entre os níveis. A remunera-ção ficará vinculada ao porte dasunidades, com a criação de seisvalores para a Rede de Negócios

e quatro para a Rede de Susten-tação ao Negócio.

Esse novo plano prevê aindajornada de trabalho única paracada função gratificada, adequa-ção dos valores de gratificação,duas tabelas de remuneração porjornada de trabalho, tabelas di-ferenciadas para porte e piso sa-larial e no geral, em média, re-dução de 45,42% do valor doComplemento Temporário Vari-ável de Ajuste de Mercado(CTVA). Os mercados A, B e Cda rede de unidades e as filiais 1e 2 serão extintos.

Outro item previsto é a criaçãodo Adicional Pessoal Provisório deAdequação (APPA), que passará aser devido quando a remuneraçãobásica no PCC/98 for maior doque a remuneração básica da fun-ção no PFG para a mesma jorna-da de trabalho. O objetivo doAPPA é complementar o rendi-mento. Isso prevalecerá, contudo,enquanto o empregado permane-cer no exercício da funçãogratificada de adequação, perden-do o direito no caso de deixar deexercê-la, seja por vir a ocupar umaoutra função, ou se for destituí-do, ficando sem função por qual-quer razão. A Caixa informou que,no ato dessa adequação, a quanti-dade de funções fica mantida.

A proposta de PFG implanta-da a partir de 1º de julho prevêtambém gestão compartilhadaentre empresa e trabalhador e tra-jetória profissional orientada porlinhas de sucessão. A ascensão terácomo premissa a realização de Pro-cesso Seletivo Interno (PSI), assimcomo a experiência anterior dei-xará de ser requisito e passará a servalorizada no âmbito do PSI.

Será permitida a permanênciano PCC/98 para os bancários quecumprirem jornada de 8h diári-as, cuja função gratificada no PFGtiver jornada definida de 6h. Otrabalhador que fizer a opção pelajornada de 6h no PCC será apro-veitado no PFG, automaticamen-te, desde que atenda às condiçõesestabelecidas. Fica no PCC quemtem jornada de 6h e aparece comjornada de 8h no PFG, ou o con-trário – o empregado que tenhajornada de 6h e função equivalen-te de 8h no PFG. Serão atingidospor essa sistemática os Técnicos deOperações de Retaguarda(TORs), cuja função equivalenteserá de tesoureiro executivo, comjornada de 8h diárias. Essas res-trições também valem para quemimpetrou ação judicial pelo paga-mento das 7ª e 8ª horas.

No entanto, as regras de tran-sição para o PFG mantêm a dis-criminação contra os empregadosque continuam vinculados aoREG/Replan não-saldado. Os queoptaram por permanecer na tabe-la antiga do Plano de Cargos eSalários (PCS) também não serãotransferidos para o novo PFG, fi-cando impossibilitados ainda demudar de situação posteriormen-te. Essa opção da empresa deixaclara a discriminação contra essecontingente de empregados, o queé considerado inaceitável pela re-presentação nacional dos trabalha-dores. Também ficam mantidas asrestrições para o grupo de empre-gados que impetraram ações ju-diciais, com vistas a garantir a re-dução da jornada de 8 para 6h,sem diminuição salarial. Na Cai-xa, há hoje cerca de 120 bancári-os nessa situação.

Os bancários, contudo, pode-rão optar por migrar para a novaestrutura salarial ou permanecerno atual PCC, que continuaráexistindo, mas entrará em proces-so de extinção. Quem optar peloPCC/98, no entanto, não terá di-reito à movimentação de carreiraenquanto permanecer no cargo.A Caixa esclareceu que esses em-pregados poderão solicitar a sua

transferência para o PFG a qual-quer momento e nas mesmas con-dições, desde que aceitem a mu-dança de jornada. O PFG passaa ser oferecido para quem estiverna tabela de Técnico BancárioNovo (TBN).

No âmbito do PFG, outraquestão insatisfatória diz respei-to à jornada indefinida. AContraf/CUT – CEE/Caixa sem-pre defendeu que a implantaçãodo novo plano ocorresseconcomitantemente com a solu-ção da jornada de 6h para todos,sem redução de salário. Como nãofoi essa a opção da empresa, o queé inadmissível, o movimento na-cional dos empregados continu-ará lutando para superar esse eoutros problemas similares.Igualmente inaceitável é a discri-minação aos técnicos em opera-ções de retaguarda.

Movimento dosempregados faz avaliaçãoNa reunião com os represen-

tantes da Caixa, apesar de consi-derar a implantação do PFG umaconquista de todos os emprega-dos, a Contraf/CUT – CEE/Cai-xa deixou claro, mais uma vez,que não assinará acordo aditivoem relação ao novo plano. A re-

presentação nacional dos traba-lhadores não abre mão da lutapelo respeito à jornada de traba-lho de 6h diárias para todos osempregados, sem redução de sa-lário. Há o entendimento de queessa reivindicação está sintoniza-da, inclusive, com a luta pelacontratação de mais trabalhado-res, de modo a pôr fim à carênciade mão de obra nas unidades detodo o país.

Em geral, a avaliação da Contraf/CUT – CEE/Caixa é de que o novoPFG apresenta avanços importan-tes em relação ao PCC/98. A enti-dade diz que a valorização das fun-ções, reivindicada pelos empregados,fica clara quando é atingida a redu-ção média de 45,42% no CTVA.Mas acrescenta: “Ainda não chegouao patamar da reivindicação dosbancários, mas já é um avanço emrelação à situação atual”.

A Contraf/CUT – CEE/Cai-xa lembra que o atual PCC foicriado em 1998, com o claroobjetivo de facilitar a privatizaçãoda Caixa, flexibilizando salários esegmentando os empregados.Esse plano, aliás, desde o seu iní-cio, foi repudiado pelo movimen-to sindical bancário. Para aContraf/CUT – CEE/Caixa,mesmo do ponto de vista da ges-tão, o PCC/98 trouxe vários pro-blemas para a Caixa, enquantoalguns desses problemas são cor-rigidos pelo novo PFG.

A representação nacional dosempregados considera, contudo,que o novo PFG traz também pro-blemas fundamentais queinviabilizam a assinatura de umacordo aditivo com a empresa. Paraa Contraf/CUT – CEE/Caixa, osprincipais problemas estão relaci-onados, fundamentalmente, à jor-nada de trabalho. As maiores re-clamações vão para a redução dejornada com redução proporcio-nal de salário, que vai contra a rei-vindicação dos trabalhadores. Noâmbito do PFG, a Caixa mantevediversas funções com jornada de8h, também inaceitável.

Segundo a Contraf/CUT –CEE/Caixa, ainda mais grave é acriação de funções com jornadaindefinida, o que não existia an-teriormente na empresa. Algunsbancários, notadamente gestoresde unidades, passarão a ficar tem-po integral à disposição do ban-co, sem sequer receber hora ex-tra, situação que o movimentonacional dos empregados repu-dia veementemente.

Fonte: Fenae com edição da Fetrafi-RS

Novo plano prevê, entre outras coisas, jornada de trabalho única para cadafunção gratificada, adequação dos valores de gratificação e duas tabelas deremuneração por jornada de trabalho

Foto Maiquel Rosauro

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7 PolêmicaInformativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região ContaCorrente

Julho de 2010

zação mais eficiente, porém oprincipal problema não está naabordagem das autoridades. Afalta de maturidade econscientização dos jovens é ain-da o principal motivador dosacidentes de trânsito.

Embora pareça ser uma ques-tão de simples compreensão,beber e dirigir são práticas co-metidas por muitos jovens nanoite santa-mariense. A maiorprova disso está na grandequantidade de carteiras de ha-bilitação apreendidas pela Po-lícia Rodoviária Federal quan-do são realizadas blitz's na BR-158, no sentido Itaara - SantaMaria, nas madrugadas se sá-bado para domingo.

Tornar a Lei Seca ainda mais

Estes sim são abordados e exami-nados minuciosamente.

Acredito que a maior preocu-pação hoje em dia está em coibiro tráfico de drogas, sobretudo, ocrack. Por este motivo, os moto-ristas que beberam além da con-ta estão tendo maior liberdade.

Os boêmios de Santa Maria jáse acostumaram com a rédea sol-ta. Festas de segunda a segundapara todos os gostos, ainda maisagora com as férias escolares,regadas a bebidas alcoólicas.

De fato, como toda apreciadorada noite, é difícil sair e não be-ber. Mas deve-se haver limites,sabedoria e juízo. Muitos jovensacreditam que nada de ruim nun-ca vai acontecer com eles e, por

É eficaz a fiscalizaçãorealizada contra motoristasembriagados no entorno de

bares e boates?

Primeiro de tudo. Existe essatal fiscalização?! Já tinhatomado conhecimento de

algo parecido, a Lei Seca, não é?!Mas, isso se concretizar com efi-ciência é outra coisa.

Sou estudante, e não fujo daregra: descontração no final desemana. Não vi e nunca tive ahonra de ser abordada, nem que

A maioria das blitz presencia-das na noite santa-mariense sedetém a parar os motociclistas.

Foto divulgação / CC

Foto arquivo pessoal/ CC

Existe essa tal fiscalização?!

Não

Em Santa Maria, uma boate disponibiliza motoristas para guiarem o carro docliente que bebeu demais até determinado local. Depois disso, longe da fisca-lização da polícia rodoviária, o motorista de aluguel simplesmente devolve a

chave ao cliente que se excedeu na bebida e deixa que este, mesmo embriagado,continue o seu caminho de casa.

Até onde esta atitude é válida no sentido de proteger o motorista? A fiscalizaçãona saída de bares e boates é eficiente na cidade?

O principal público das casas noturnas da cidade são os jovens. E são exatamenteeles os principais causadores de acidentes no trânsito.

Tiele Mayer,estudante

fosse apenas para verificação dacarteira de habilitação e docu-mentos do veículo.

isso, não se preocupam em be-ber e dirigir.

A polícia deveria armar suasblitz nas principais vias de aces-sos das boates e coibir os infrato-res na saída das festas. Não adi-anta fazer o cerco apenas próxi-mo a guarnição, pois algumasboates já oferecem “motoristas dealuguel” que levam o cliente e seucarro até determinado ponto, lon-ge da fiscalização.

Acredito que essa seja a horade nossos órgãos responsáveis pelafiscalização do trânsito de SantaMaria, agirem e evitarem maisacidentes. Não queremos fazerum gráfico de mortos, feridos,atropelamentos, acidentes de au-tomóveis e motocicletas.

Santa Maria possui nove apa-relhos de bafômetro (três daBrigada Militar, cinco da

Polícia Rodoviária Federal e umdo Batalhão Rodoviário da Bri-gada Militar). A quantidadepode ser considerada pequenae prejudicial para uma fiscali-

Maiquel Rosauro,jornalista

Foto arquivo pessoal/ CC

Falta maturidade

Sim

punir o ato irresponsável.Organizações Não Governa-

mentais (ONG’s) como a VidaUrgente (Fundação Thiago deMoraes Gonzaga) são um dos

melhores exemplos de ações quedão certo nesta área. As borbole-tas pintadas nas ruas em locaisque pessoas morreram vítimas deacidentes com veículos são umrecado direto para os motoristas..Além disso, a ONG’s seguida-mente realiza ações diretamentenos bares e boates.

Este tipo de atividade deveriaser incentivada por todo o poderpúblico, uma vez que age direta-mente no foco do problema. Ascasas noturnas também deveriamdar o exemplo, oferecendo trans-porte até a casa dos clientes quepassaram da conta. Do que adi-anta livrar o motorista que bebeudemais da fiscalização policial edepois deixá-lo dirigir embriaga-do pela cidade?!

rígida pode ajudar a diminuirestes casos, mas realizar progra-mas de conscientização ainda sãoa forma mais eficaz. Ou seja, émelhor prevenir a infração do que

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Documentário vincula empresários aofinanciamento da repressão no BrasilDocumentário vincula empresários aofinanciamento da repressão no Brasil

ContaCorrente Informativo do Sindicatodos Bancários de

Santa Maria e RegiãoJulho de 2010

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Este é um Espaço Interativo à disposição dos leitores do informativo.Envie seu texto, poesia ou sugestão de filme, cd ou livro para o e-mail:

[email protected]

Um filme que joga luz sobre o tãopouco falado protagonismo dosetor empresarial brasileiro no

apoio, não apenas político, mas tambémfinanceiro, à repressão aos opositores daditadura militar ocorrida no Brasil de1964 a 1984. A ideia pode ser conside-rada uma síntese do debate que ocorreuna noite de 16 de junho, durante o Cul-tura na SEDUFSM, em sua 42ª edição,a partir da exibição do documentário“Cidadão Boilesen”. O filme, realizado em2009 e dirigido por Chaim Litewsky, comum título que remete à obra-prima deOrson Welles (‘Cidadão Kane’), recebeuvários prêmios Brasil afora e ainda nãohavia sido exibido em Santa Maria.

Apesar da noite chuvosa, 35 pessoascompareceram à exibição e prestigiaramo debate que ocorreu na sequência, coma participação dos professores DiorgeKonrad (História da UFSM), José Luizde Moura Filho (Direito da UFSM) eCésar Santos (diretor do Sindicato dosBancários de Santa Maria e Região). Acoordenação do debate ficou a cargo doprofessor Vitor Biasoli (História daUFSM). O evento aconteceu no auditó-rio da seção sindical.

A peça cinematográfica foi bastanteelogiada pelos debatedores. Segundo oprofessor Diorge, que coordena o proje-to “História e Cinema” do curso de His-tória da UFSM, o filme trata das ques-tões dialeticamente, procurando dar vozaos lados envolvidos na questão, ou seja,tanto daqueles que participaram da lutae armada e foram responsáveis pelo as-sassinato do empresário, presidente dogrupo Ultra (Ultragaz), no início da dé-cada de 70, Henning Albert Boilesen,como de familiares e amigos da vítima.

Nos depoimentos apresentados pelodocumentário, Boilesen é mostrado comouma figura contraditória. De um lado, umapessoa interessada em projetos sociais, queprocurava a discrição, e, de outro, corro-borado inclusive por agentes militares quetrabalhavam na repressão, alguém que“odiava comunistas” e que teria sido o prin-cipal articulador no meio empresarialpaulista na formação de uma “caixinha” para

Dica de Livro

Suas vidas, Seus DestinosElizete Santos de Lima nasceu em Santa Maria,

onde reside atualmente. É formada em Pedago-gia, com especialização em Psicopedagogia Clíni-ca e Institucional. Sua mediunidade mostrou-sefortemente presente a partir da adolescência,quando passou a ver os espíritos na casa na qualresidia com seus pais, que tinham outra escolade fé, bem diferente da espírita.

Somente mais tarde, na fase adulta, começou aestudar as obras Kardequianas e posteriormentediversos gêneros literários espíritas na casa espí-rita Bezerra de Menezes, cujo nome faz mençãoao mentor espiritual da própria Instituição. Naárea da mediunidade atua como médium passis-ta, exercendo a psicofonia, psicografia e vidência.

Após muitos anos de estudo, recebeu o convitede um amigo espiritual para psicografar obras espí-ritas, o que foi aceito imediatamente. Atualmente,tem quatro livros psicografados, e este seu primeirotrabalho chama-se: “Suas Vidas, Seus Destinos”,nome dado pelo próprio amigo espiritual, cujo conteúdo abrange três his-tórias, quais sejam: Resquícios de uma Alma, A Dama das Rosas e Milena.Todas contadas por três espíritos diferentes.

Assessorada por seu amigo espiritual de nome Ernesto, o qual lhe in-cumbiu de propagar tais livros endereçados especialmente aos jovens, cujamensagem principal é a seguinte: “Vossos livros devem realmente atingir oscorações joviais que estão imersos em imagens e mensagens que não con-tribuem em nada para sua elevação. As mentes da juventude precisam sutil-mente através dessa literatura que lhe chegará em mãos, aprender a sepa-rar o joio do trigo”.

Obra é encontrada no Larde Joaquina e na casaespírita Bezerra deMenezes, ambos em SantaMaria

Foto Divulgação

financiar a Operação Bandeirante(OBAN), responsável pela captura, tortu-ra e morte de inúmeros membros da lutaarmada contra a ditadura no final da dé-cada de 60 e início da década de 70.

Ditadura civil militarPara o professor Diorge Konrad, os

inúmeros depoimentos trazidos pelodocumentário são elucidativos no senti-do de fortalecer a tese de importanteshistoriadores do país, que advogam aideia de que o que houve no Brasil nãofoi apenas uma ditadura de militares,mas, uma ditadura “civil militar”, queteve apoio também de setores da Igrejae ajuda relevante de setores da imprensado centro do país.

Henning Boilesen, apesar de constarno topo, por seu papel de articulador,não era o único a flertar com o regimeditatorial. Diversos empresários, donosde bancos, proprietários de construto-ras, a maioria deles membros cativos daFederação das Indústrias de São Paulo(FIESP), são lembrados como assíduosparticipantes de reuniões e convescotescom militares e aliados nomeados pelopróprio regime para governar centrosimportantes do país.

Em um dos depoimentos apresenta-dos pelo filme, o coronel e ex-secretáriode Segurança de São Paulo, Erasmo Dias,afirma de forma clara que a busca doapoio financeiro junto aos empresáriospara financiar a OBAN era uma formade comprometer esse grupo com o regi-me, que então passava de um nível polí-tico para um nível financeiro.

Para o jornalista e bancário, atualmen-te ocupando a diretoria de imprensa doSindicato dos Bancários de Santa Ma-ria, César Santos, um dos pontos quechama a atenção no documentário é aquestão da tortura. Ao assistir o filme,diz ele, ficou com muitas interrogações,e uma delas é “será que a opção ideoló-gica justifica que uma pessoa seja tortu-rada e eliminada?”. A resposta talvez es-teja num dos depoimentos apresentadopelo filme, concedido pelo coronel e ex-ministro dos governos militares, JarbasPassarinho. Ele diz que naquele perío-do, década de 60, só havia dois lados: osque eram comunistas e os que se opu-nham ao comunismo. Diz o militar queou se colocava de um lado ou de outro.

César avalia que ainda hoje o tema datortura é um tabu, pois não se discutede forma mais profunda, por exemplo,que em certas delegacias o método con-tinua sendo usado como forma de inter-rogatório.

Fonte: Fritz Nunes (Sedufsm) comedição do Seeb/SM

Documentário “Cidadão Boilesen” foi apresentado na Sedufsm em 16 de junho

Fotos Fritz Nunes / Sedufsm

Cesar Santos, diretor do Sindicato, CesarSantos foi um dos debatedores do Sindicato