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Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 3 Vara da Fazenda e Registros Pblicos de Palmas. 5007916-17.2012.827.2729Ao Cautelar Requerente:Estado do TocantinsPr-SadeAssociaoBeneficentedeAssistnciaSocialeHospitalar,associaocivildedireitoprivado,beneficente,filantrpica,CNPJ24.232.886/0001-67,peloseupresidente[1],porseuadvogado[2],apresenta C O N T E S T A Onos seguintes termos:I. Os Fatos1.AgestodoEstadodoTocantinsemtemasrelacionadoscomasadeestavadegradadanoinciodesta dcada. 1/152.Parasolucionarosproblemasdeatendimentonareadasade,oEstadodoTocantinstraoudiagnstico da situao e encontrou o seguinte[3] cenrio, dentre muitos outros problemas:(i)insuficincia de recursos humanos; (ii) grande nmero de absentesmo; (iii)manuteno preventiva e corretiva deficitria; (iv) inexistncia de pronturio nico; (v)recursos tecnolgicos insuficientes para apoio diagnstico e tratamento dos pacientes; 3.Diante disso, o Requerente adotou iniciativas no sentido de otimizar a gesto das atividades de sadeemproldapopulaotocantinense:celebrouContratodeGerenciamentocomaRequeridaem23/08/11,comaobservnciadostramitesdequalificaoeseleoprevistosnaLeidoEstadodoTocantinsn.2.472/11 e NO sob os termos da Lei Federal n. 8.666/93. 4.Pormeiodoajustefirmado,oqualformalizaPARCERIA,maisprximadanaturezadeconvniodoquesimplesprestaodeservios,RequerenteeRequeridapassaramaconfluiresforosparamelhoraroatendimento populao. 5.Basicamente,asobrigaesforamdividasdaseguintemaneira:oRequerentedeveria(i)fornecerrecursosfinanceirosemprazoequantiaadequadosparaodesempenhodasatividades;(ii)franquearautilizao de bens mveis e imveis necessrios para o desenvolvimento das atividades para a Pr-Sade;(iii) cumprir e fazer cumprir o ajuste. 6.A Requerida assumiu as seguintes obrigaes: (i) de desempenhar diretamente as atividades; (ii) deotimizaroacessoaodireitofundamentalsade;(iii)deempregarosrecursospblicoscomeficinciaerespeito aos princpios da Administrao Pblica.7.O Requerente NO vem adimplindo sua parte do acordo. Ainda assim, a Pr-Sade, parceira privada,vem cumprindo com todos os seus compromissos.8.Parafacilitaracompreensodoquefoidescumpridonombitodaparceria,naLeiEstadualdoTocantins nomeada de Contratos de Gerenciamento, a Requerida relaciona abaixo algumas informaes exemplificativas em quadro sinttico, que poder dimensionar o problema:Conduta do Estado do TOConsequncia 2/15Repasse parcial dos valorescombinados contratualmente Estrangulamento da parceria.Perda de qualidade ecapacidade das atividades desade.Intempestividade do repasse dosvalores combinadoscontratualmente; Estrangulamento da parceria.Perda de qualidade ecapacidade das atividades desade. Indefinio acerca dasorientaes emanadas daSecretaria de Estado da Sade; Perda de qualidade ecapacidade das atividades desade. Incapacidade deimplementao de medidasde melhoria emergenciais. No resoluo da questoinerente infraestrutura fsicados hospitais; Item de responsabilidadedireta e exclusiva do Estadodo Tocantins e que impactadiretamente na precariedadedos servios oferecidos populao e na sua gesto; No regulamentao da cargahorria dos mdicos de formanormativa Incapacidade de controle dopessoal, de horas extras eetc.Inadimplemento do Estado doTocantins quanto ao pagamentodos mdicos anestesistas Indisposio com a categoriaque pretende entrar emgreve.Exonerao de mais de 1.200funcionrios A Pr-Sade contratou taisfuncionrios sem quehouvesse previso noContrato de Gerenciamento. Frise-se: em que pese o abandono da parceria pelo Estado, desprovendo a atuao conjunta de suporteindispensvel, a Pr-Sade cumpriu tudo quanto lhe foi atribudo em razo dos Contratos de Gerenciamento. A Requerida estabeleceu escritrio em Palmas para centralizar informaes operacionais dos 17estabelecimentos de sade. Neste escritrio, que ocupa 7 (sete) salas no Centro Mdico Empresarial,trabalham 67 (sessenta e sete) pessoas, que cuidam dos assuntos financeiros, contbeis e administrativos.Para executar o objeto da parceria firmada por meio dos Contratos de Gerenciamento, a Pr-Sade contaatualmente com 2.887 (dois mil, oitocentos e oitenta e sete) empregados celetistas designadosespecificamente para atuarem no Estado do Tocantins.Dentro desse total de contratados, a Requeridadisponibilizou e remanejou vrios profissionais multidisciplinares de seu quadro de pessoal para atenderespecificamente o Estado do Tocantins. A entidade enviou para cada uma das 13 (treze) cidades onde os 17(dezessete) hospitais se localizavam pelo menos 1 (um) profissional formado em administrao hospitalarpara nelas residir e gerenciar,in loco , o hospital a que foi designado. 3/15No bastasse cumprir o prprio objeto pactuado, a Pr-Sade foi mais longe: na expectativa de promoveratividades de sade adequadas para a populao tocantinense,a Requerida empregourecursos prprios,no previstos nos Contratos de Gerenciamento, para desenvolver o seguinte: a)CompradeleitosexternosdeUTIsadulto,UTIneonatalecirurgia,juntoasunidadesdesadehospitalares IOP CEACOP CRISTO REI OSVALDO CRUZ. b)Remoo de pacientes em UTIs areas e terrestres;c)Servios de hemodinmica (HGP);d)Locao de equipamentos hospitalares;e)Locao de imveis;f)Tomografia do hospital de Araguana;g)UTI adulto no HGP de Palmas, correspondente a ampliao de 8 (oito) leitos;h)UTI adulto no Hospital Regional Pblico de Araguana, correspondente a ampliao de 10 (dez) leitos;i) UTI adulto no Hospital Regional Pblico de Gurupi, correspondente a ampliao de 12 (doze) leitos;j) UTI neonatal no Hospital Maternidade Dona Regina, correspondente a ampliao de 10 (dez) leitos;k)Leitos externos para pacientes de UTI Servio de PID Programa de Internao Domiciliar;l) Contrato de trabalho de cerca de 1.200 (um mil e duzentos) empregados (celetistas) no contempladosna proposta do projeto original, decorrentes de servidores da sade exonerados pelo Estado do Tocantins. Contudo, o manifesto descompasso entre a falta de apoio financeiro, de infraestrutura, de recursoshumanos e de preciso do Requerente e o cumprimento diligente que a Pr-Sade procurou impor aosContratos de Gerenciamento levou a situao para o seu extremo. Em face da dimenso dos Contratos de Gerenciamento estipulados, a Requerida entendeu que no seriapossvel continuar a conduzir as atividades de sadesem que houvesse efetiva mudana de postura porparte do Estado do Tocantins, seu parceiro. O caso grave. O inadimplemento das obrigaes principalmente as financeiras pode provocar gravedesestabilizao financeira na Requerida, impedindo-a de cobrir a folha de salrios, os compromissos comfornecedores etc.A Pr-Sade instou o Requerente a se manifestar, a cumprir os contratos que celebrou por meio demanifestaes escritas [4]A Requerida parceira do Requerente e jamais buscou deixar de atender o povo tocantinense. Dessa4/15maneira, procurou sada razovel para o impasse causado pelo Requerente: a composio.A Requerida sempre se posicionou como aliada do Requerente e jamais esperaria que o Judicirio fosseutilizado como instrumento para que ele se eximisse de suas obrigaes mediante a imposio de maisgravames para a Requerida. O Estado do Tocantinsse negaa cumprir os Contratos de Gerenciamento que firmou em razo de suaprpria iniciativa. Na sequncia, tentando se valer do Judicirio. O Estado busca tutela judicial por meio desta ao sem queexista qualquer razo ftica ou jurdica para tanto. O direito no contm elementos essenciais que autorizassem a propositura desta ao e, tampouco, odeferimento de qualquer dos pedidos.No cabe parceira privada suportar sozinha as demandas decorrentes do atendimento sadepblica, notadamente porque se obrigou a faz-lo em parceria com o Estado .Estes so os fatos. II.P r e l i m i n a r e sII.1. Inpcia da inicial por descumprimento do art. 801, II, CPC.As aes cautelares se prestam a acautelar um direito, a assegurar a eficcia de uma prestaojurisdicional no mbito de processos principais, aos quais so acessrios e dependentes, conforme o SuperiorTribunal de Justia [5] j consignou: PROCESSUALCIVIL-EMBARGOSDEDIVERGNCIA-AOCAUTELARPREPARATRIA-AOPRINCIPAL-NOAJUIZAMENTONOPRAZOESTABELECIDOPELOART.806DOCPC-EXTINODO FEITO - PRECEDENTES.-Aaocautelarsempredependentedoprocessoprincipalevisaapenasgarantiraeficciadafutura prestao jurisdicional.(gn)A inicial no contempla qual processo, se de conhecimento ou de execuo, tampouco a qual lide esta ao5/15busca conferir efetividade. A inicial no faz referncia a processo principal [6]. Humberto Theodoro Jnior [7] ensina: Mas, como a medida cautelar pressupe um processo principal, exige o Cdigo que aquele que pretende atutelainstrumentalpreventivademonstreaexistnciaouaprobabilidadedaaodemrito.Eistosefazmediante descrio, no pedido de cautela, da lide e seus fundamentos.Trata-se de ao cujo fim se encerra em si mesmo, de modo que resta desatendido requisito bsico exigidopelo CPC, especialmente aos seus arts. 801, III, c/c com arts. 806 e 807. Quanto a isso, a jurisprudncia firme, conforme constata a obra de Theotnio Negro:Nesta ordem de ideias, deve ser julgado extinto o processo cautelar, por falta de meno, na inicial, da aoprincipalaserpropostaeseufundamento.(RSTJ95/280,RT476/140,506/143,RF292/236,JTA35/252,Bol. AASP 906/51)Arefernciaaoprincipal,napetioinicialdademandacautelar,necessria,paraquesepossaverificarseorequerente da medida tem legitimidade e interesse para propor aquela ao (JTA 87/128, Lex-JTA 138/273, RJTAMG20/119).[8] Tendo em vista o contexto apresentado nos autos, em queo Requerente no cumpre sua obrigaoeapenas tenta exigir que a parceira privada suporte sozinha os nus da atividade, no cabe simples aocautelar independente de ao principal para se desincumbir de obrigao.No havendo sequer indcios nesta ao cautelar da inteno ou dos argumentos possivelmente trazidosem ao principal, resta imperiosa a declarao de inpcia da inicial, razo pela qual requer-se o julgamentode extino do feito sem julgamento de mrito (arts. 267, I e 295, CPC).II.2.Inpcia da Inicial em razo da Ausncia de Lgica Jurdica entre Fatos e PedidoA petio inicial deve guardar lgica entre os fatos narrados e o pedido articulado. Quando dos fatosnarrados no decorrer pedido lgico, bem como quando no houver interesse de agir, a inicial deve serjulgada inepta (art. 295, nico, II, CPC), abaixo: Art. 295. A petio inicial ser indeferida: 6/15(...)Pargrafo nico. Considera-se inepta a petio inicial quando:II - da narrao dos fatos no decorrer logicamente a concluso; (gn)A inicial busca convencer este Juzo de que a Requerida deseja se furtar ao cumprimento dos Contratos deGerenciamento e, por isso, deve ser forada a cumpri-los. Contudo, o Estado que se escusa de cumprir as obrigaes que se originaram por meio da parceria. Asobrigaes que cabem Requerida tm sido cumpridas.A inicial NO aponta qualquer situao de interrupo no desempenho das atividades de sade eno contm relato de descumprimento contratual por parte da Requerida. O pedido formulado na inicial no decorre logicamente dos fatos narrados, pois se a Pr-Sade j temcumprido o que lhe foi endereado e no interrompeu o desempenho das atividades de sade, o pedido desnecessrio e intil, vez que busca prestao jurisdicional que no trar resultado prtico em face daquiloque j vem sendo espontaneamente praticado pela Requerida. Fica evidente a inpcia da inicial, motivo pelo qual requer-se o indeferimento da inicial e o julgamento deextino do processo sem julgamento de mrito (art. 267, I, CPC).II.3.Ausncia de interesse de agir Em nosso sistema processual verificamos que, comocondiodo exerccio do direito de ao, encontra-sea caracterizao dointeresse de agir , que assim delineado pela doutrina: Ointeressedeagir,nestesentido,representaanecessidadederequerer,aoEstado-juiz,aprestaodatutela jurisdicional com vistas obteno de uma posio de vantagem (a doutrina costuma se referir a estavantagemcomoutilidade)que,deoutromodo,noseriapossvelalcanar.Ointeressedeagir,portanto,toma como base o binmio necessidade e utilidade. Necessidade da atuao jurisdicional em prol de umadada utilidade.[9] (gn)NO h interesse de agir por parte do Estado. Houve, sim, persistncia do parceiro estatal (Requerente) no inadimplemento do compromisso assumido,em razo do que a Requerida, parceira privada, alertou-o da impossibilidade ftica de continuar sustentandosozinha as atividades antes assumidas em conjunto. 7/15Houve alerta, no ameaa infundada.A Pr-Sade, em momento algum, rejeitou a possibilidade de dialogar com o Estado. Ela esteve sempre e continuamente aberta ao dilogo e composio para a continuidade da promooda sade populao.O Estado assumiu compromisso de atuar em parceria com a Pr-Sade, mas NO cumpre suaparte do acordo. Alertado da impossibilidade de que a parceira privada arque sozinha com as demandas, ao invsde agilizar o cumprimento de sua obrigao bate s portas do Judicirio para que a obrigue acontinuar as atividades alm do que lhe cabe e alm do que sua capacidade suporta.No h interesse de agir, mas interesse ilegtimo do Estado em protelar o cumprimento de suas prpriasobrigaes e repassar a terceiros os nus das atividades de interesse pblico. Deste modo,se ainda no existe resistncia pretenso deduzida pelo autor em juzo, este carecedor deao, por falta de interesse processual, pois a existncia de litgio constitui conditio sine qua non do processo(RJTJERGS 152/602). imperiosa a rejeio da ao e o pronto julgamento de extino do feito sem julgamento de mrito.Contudo, para a hiptese de V.Exa. decidir por tolerar os insuperveis vcios processuais ora apontados,passa-se a abordar questes de mrito.III. M r i t oIII.1.A Pr-Sade: necessria ContextualizaoA inicial apresenta algumas assertivas sobre a Requerida que NO condizem com a realidade. Porexemplo: de acordo com fls. 5, a Requerida tratada como se empresa fosse. A Pr-Sade no empresa, mas associao civil, sem fins lucrativos, criada conforme o art. 44, I,cumulado com os arts. 53 e ss. do Cdigo Civil, cujo escopo o desempenho de atividades na rea dasade, o que comprovado pela leitura do seu estatuto.Da necessariamente so extradas duas premissas fundamentais que deve reger toda a anlise dos autos:(i) a Pr-Sade no sociedade empresria; e (ii) a Pr-Sade no possui finalidade lucrativa. 8/15Diferente no poderia ser. Pela prpria natureza jurdica da Pr-Sade, esta jamais pode ter o lucro como finalidade. Pode e deve sersuperavitriapara que sua estrutura seja mantida e melhorada, de modo que seus propsitos sejam, acada dia, melhor atendidos [10]- [11]. O que no poderia e isso no ocorre a distribuio do excedente aos integrantes da pessoa jurdica.Na associao, o supervit reinvestido na causa a que se prope a instituio.A Pr-Sade no foi contratada pelo Estado para lhe prestar servios de administrao hospitalar. Ela foiconvidada a se tornarparceirado Estado para que, cada um com uma parcela de atribuies e esforos, apopulao seja atendida conforme prev o Direito.III.2. A natureza do vnculo entre as partesA inicial evoca (fls. 2 e 7) que a Lei n. 8.666/93 seria aplicvel espcie, buscando induzir a crena de quea relao entre as partes tem carter de contrato administrativo em sentido estrito, ou seja, justamenteaqueles regulados pela lei em questo. Essa assertiva est errada, vez que Contratos de Gerenciamento NO so regidos pela Lei n. 8.666/93.Os Contratos de Gerenciamento constituem uma modalidade de ajuste entre Poder Pblico e particularesque regido por legislao especfica e no se confunde com os contratos administrativos previstos pela Lein. 8.666/93. Trata-se da figura prevista no art. 5 da Lei do Estado do Tocantins n. 2.472/11:Art.5ParaosefeitosdestaLei,contratodegerenciamentooinstrumentofirmadoentreoPoderPblico e a entidade qualificada como organizao social, com vistas formao de parceria para ofomento e a execuo de suas atividades. Pargrafo nico. Para o contrato de gerenciamento, dispensada a licitao na forma do art. 24, incisoXIII, da Lei Federal 8.666, de 21 de junho de 1993, desde que comprovadas previamente a experincia e acapacidade financeira, exigidas conforme regulamento. (gn) Pela essncia do tipo de ajuste firmado, a doutrina [12] o classifica como acordo administrativocolaborativo, gnero que agrupa diversos instrumentos de parceirizao entre Poder Pblico e particulares. 9/15 Por se tratar de umacordo administrativo colaborativo, nenhuma das partes visa obter lucro;afinalidade no econmica , mas a consecuo de meta em favor de terceiro, aproximando-se mais de umConvnio do que um contrato propriamente dito. No caso, tanto o Estado quanto a Pr-Sade buscam a promoo da sade. Nas palavras de GustavoJustino de Oliveira:Os contratos de gesto que configuram acordos administrativos colaborativos envolvem, de um lado, rgosou entidades administrativas, e de outro, entidades privadas sem fins lucrativos. (...) TambmseinseremnaperspectivacontemporneadaAdministraoPblicaconsensual,pormnoenfoque das relaes Administrao Pblica-particular, e tm por fim instituir vnculos de colaborao entreo Estado e a sociedade civil. A finalidade desses vnculos colaborativos promover a efetivao do direitoao desenvolvimento, principalmente por meio da realizao de servios sociais. (...)O contrato de gesto das organizaes sociais a principal espcie desse gnero de contratos de gesto,aoladodeeventuaisoutrosajustesqueenvolvam,deumlado,rgosouentidadesintegrantesdaAdministraoPblica,edeoutro,entidadesprivadassemnimodelucro,nostermosdalegislaoemvigor[13].A distino tcnica, precisa e bastante clara para olhos atentos: pela prpria natureza da entidadeprivada, sem fins lucrativos, o compromisso firmado no tem intuito econmico. O Contrato de Gerenciamento no visa a beneficiar/formalizar acordo de interesses egosticos das prpriaspartes, que tm o mesmo intuito em comum, que a consecuo da melhor prestao de sade em favor dasociedade e, por isso, mais prximo de um Convnio do que de um Contrato. Por meio deste acordo colaborativo, a execuo direta das atividades passou a ser responsabilidade daPr-Sade, enquanto ao Estado cabe fornecer meios e recursos necessrios para o atingimento das metasestipuladas. Nele, nenhuma das partes aufere lucro, tampouco defendem interesses contrapostos, ditossinalagmticosquando falamos de teoria dos contratos, mas renem-se em prol de uma causa em comum.Por isso,colaborativo . At mesmo por suas peculiaridades, o ajuste em questo mereceu legislao especfica, tanto em mbitofederal (Lei n. 9.637/98) quanto em estadual (Lei Estadual do Tocantins n. 2.472/11), de modo que os ajustesfirmados entre Estado e Organizaes Sociais so regidos por estas leis especficas e NO pela lei geral delicitaes e contratos.IV.Indeferimento da liminar Esta ao no merece prosperar por se revelardesnecessriaem face dos fatos e do direito. 10/15A deciso deste Juzo (de 26/03/12) no sentido de indeferir liminar antes da oitiva da Requerida adequada, vez que o deferimento do pedido culminaria em prejuzos irreparveis e irreversveis para ambasas partes, o que parece no visualizar o Estado. O Cdigo de Processo Civil claro: Art. 801. O requerente pleitear a medida cautelar em petio escrita, que indicar:[...]III - a lide e seu fundamento;IV - a exposio sumria do direito ameaado e o receio da leso;[...]A Pr-Sade no est na iminncia de abandonar a populao do Estado do Tocantins prpria sorte, vezque vem negociando com o Estado soluo para a demanda. Contudo, em que pese a disposio para o dilogo, o Estado insiste em contrariar a lgica do razovel ebusca tutela judicial antes mesmo da maturao das negociaes. Esse elemento, por si s, j vlido para demonstrar a V.Exa. que a ao carece de pressupostofundamental:no existe lide.A demanda sequer precisava existir. No h pretenso resistida, vez que as negociaes no terminaram. No houve interrupo no desenvolvimento das aes de sade. H apenas discusso contratual que no acarreta em prejuzos para a populao. A inicial (fl. 3) comprova tal fato. Todo o pedido se gravita em torno de um ofcio que a Pr-Sade envioupara o Estado relatando a situao calamitosa gerada pelo seu inadimplemento.Para convencer V.Exa. de que a Pr-Sade estaria buscando rescindir Contratos de Gerenciamento deforma temerria, os patronos do Estado colacionam trecho do ofcio.Ao revisitarmos o trecho, podemos verificar o seguinte pargrafo: Almdisso,consisteelaempedidoderradeiroeextremoparaquesejamidentificadososprepostosdoEstadoqueefetivamenteestejammunidosdeautorizaoepoderesparafalar,atuaredecidirem11/15nomedeVossaExcelncia,visandoresolver,efetivareoperacionalizaraspendnciasacimarelacionadas e as outras aqui no mencionadas, mas que carecem de soluo definitiva e imediata, nashoras que se seguirem ao recebimento deste ofcio. (Fl. 03 da inicial. Gn)A Pr-Sade demonstrou que busca negociar com o Estado. No existe lide,pois os fatos demonstram que ainda se processa perodo de negociao.A propositura da ao cautelar consiste em descumprimento e afronta ao CPC, ao Judicirio tocantinense, Pr-Sade, populao e aos deveres inerentes Administrao Pblica. Alm disso, somente pode prosperar a ao cautelar na qual o Estado apresenteexposio sumria dodireito ameaado e o receio da leso.No caso em tela, o Estado no tem direito ameaado e no deve ter receio de leso para que pea atuaodo Judicirio. Isso se justifica na medida em que o Estado o principal responsvel pela situao da sade em seuterritrio e o nico inadimplente no acordo sobre o qual ora se discute.O Estado descumpridor dos Contratos de Gerenciamento que celebrou. Esse inadimplemento pe emxeque o atendimento sade e acarreta estrangulamento financeiro da Pr-Sade, que forada aultrapassar seus limites para no desamparar a sociedade que carece de atendimento.A Pr-Sade pessoa jurdica sem finalidade lucrativa de forma que a ausncia de recursos prejudicadiretamente os seus empregados, fornecedores e a populao. V.Improcedncia da aoEventual desequilbrio contratualCaso os pedidos da inicial fossem deferidos ocorreria a seguinte situao: a parceria entre o Estado e aPr-Sade seria extinta, vez que todos os direitos e obrigaes advindos da execuo das atividades desade recairiam exclusivamente sobre os ombros da ltima.Isso porque o Estado espera que o Judicirio (i) avalize o contnuo descumprimento dos Contratos deGerenciamento e que (ii) force a Pr-sade a suportar sozinha os nus e obrigaes sem nem mesmo contarcom o indispensvel suporte do parceiro estatal.Nesse sentido, certo que a concesso de liminar ou odeferimento dos pedidos apresentados na inicial levaria ao sacrifcio da Pr-Sade por prejuzos financeiros,12/15at que culminasse no fim de suas atividades.Ocorre que o CPC dispe sobre os riscos e responsabilidades advindas de medidas cautelares temerrias,como a pleiteada na inicial. So os termos do art. 811, CPC: Art.811.Semprejuzododispostonoart.16,orequerentedoprocedimentocautelarrespondeaorequerido pelo prejuzo que Ihe causar a execuo da medida:I - se a sentena no processo principal lhe for desfavorvel;II - se, obtida liminarmente a medida no caso do art. 804 deste Cdigo, no promover a citao do requeridodentro em 5 (cinco) dias;III-seocorreracessaodaeficciadamedida,emqualquerdoscasosprevistosnoart.808,desteCdigo;IV-seojuizacolher,noprocedimentocautelar,aalegaodedecadnciaoudeprescriododireitodoautor (art. 810).Pargrafo nico.A indenizao ser liquidada nos autos do procedimento cautelar. (Gn) Da se extrai que a responsabilidade por esses danos objetivae a parte que se beneficiou da medidadever reparar a parte que a suportou:Adoutrinauniformenoentendimentodequearesponsabilidadeprevistanodispositivoobjetiva,razopelaqualodeverdeobeneficiriodamedidacautelarresponsabilizar-sepelosdanosquecausoucomamedida independe de culpa sua.[14]Veja-se o quo imperioso se faz o sopesamento dos valores em questo: se admitidos verdadeiros os fatosimpropriamente narrados pelo Estado, deferindo-se os pedidos formulados na inicial, por fim se ter prejuzopotencializado ao Estado, que dever ver extinta a parceria, verificar o fim da entidade parceira (Requerida),dever indeniz-la pelos prejuzos causados por seu pedido temerrio e dever suportar sozinha asatividades de atendimento. Enfim: o acatamento dos pedidos formulados pelo Estado ocasionaria prejuzos inmeras vezes piores doque qualquer benefcio. O que preciso que o Estado cumpra a obrigao que assumiu.VI.Pedidos 13/15Requer-se:a)a extino do feito sem julgamento de mrito, em razo do reconhecimento das preliminares arguidas;contudo, se assim no entender V. Exa.,b)a extino do feito com julgamento de mrito, em razo da inexistncia de supedneo ftico-jurdicoque autorize a procedncia dos pedidos trabalhados na inicial;c)quetodasasintimaessejamfeitasemnomedeJosenirTeixeira,OAB/SP125.253,sobpenadenulidade.96.Provar-se- o alegado por meio de todas as provas admitidas em Direito, sem exceo. Palmas, 3 de maio de 2012.Hamilton de Paula Bernardo OAB/TO 2.622-A [1] Docs. 01 e 02 Estatuto Social e Ata de Assemblia.[2] Docs. 03 e 04 Procurao e Substabelecimento.[3] Levantamento realizado pela Confederao das Santas Casas de Misericrdia, Hospitais e Entidades Filantrpicas. [4] Doc. 05 a 15.[5]STJ,CorteEspecial.EmbargosdeDivergncianoRecursoEspecialn2004/0015834-5.RelatorMinistroFranciscoPeanhaMartins. Julgado em 30/06/2006. Publicado em DJ 14/08/2006. [6] A doutrina endossa esse entendimento. Veja-se em WANBIER, Luiz Rodrigues (Coord). Curso Avanado de Processo Civil. Vol.3. 6 ed. So Paulo: Revista dos Tribunais, 2005. p. 36. [7] THEODORO JNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. V.2. 46 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011. p. 538. 14/15[8] NEGRO, Theotnio. Cdigo de processo civil e legislao processual em vigor. 44. ed. So Paulo: Saraiva, 2012, p. 927.[9] BUENO, Cassio Scarpinella. Curso sistematizado de direito processual civil: teoria geral do direito processual civil, 1. 5. ed. SoPaulo: Saraiva, 2011, p. 408.[10] PAULSEN, Leandro; MELO, Jos Eduardo Soares de. Impostos federais, estaduais e municipais. 5. ed. Porto Alegre: Livraria doAdvogadoEditora,2010,p.356:Aproibiodefinalidadelucrativadevesercompreendidanosentidodequeosobjetivosinstitucionais no perseguem o lucro implicador do carter mercantil que, naturalmente, pudesse acarretar o posterior repasse oudistribuioaosscios.normalecompreensvelqueasinstituiesdebeneficnciacomoquaisqueroutrasentidadesdenatureza assemelhada colimam sempre um resultado positivo de suas atividades para poderem aprimorar o patrimnio e servios. [11]CARRAZZA,RoqueAntonio.Cursodedireitoconstitucionaltributrio.24ed.SoPaulo:Malheiros,2008,p.745e746:Observamosqueaausnciadefinslucrativosexigetantoano-distribuiodeseupatrimniooudesuasrendascomooinvestimento dos resultados econmicos positivos obtidos na prpria entidade.[12] OLIVEIRA, Gustavo Justino de. Contrato de gesto. So Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008, p. 255.[13] OLIVEIRA, Gustavo Justino de. Contrato de gesto. So Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008, p. 255.[14] BUENO, Cassio Scarpinela. Curso Sistematizado de Direito Processual Civil.Tutela antecipada, Tutela Cautelar, ProcedimentosCautelares Especficos. Vol. 4. 3 ed. So Paulo: Saraiva, 2011. p. 203.15/15Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 2 de 58 Doravante,manterumserviojurdico,comespecializaoemcontroleda administraopblica,disponvelparasanearquaisquerquesteseprontopara colaborar com os representantes do estado nas situaes requeridas. Essa verso de resposta ao ofcio/SESAUGASEC n. 1.241, datado de 12.03.12, por conter aprimoramentos e mais esclarecimentos, substitui a verso anterior entregue em 30.03.2012. 2.Da prestao de contas de fevereiro de 2012 Deincio,registre-seanecessidadedeflexibilizaodaassertiva,constanteda pgina1dodocumento emepgrafe,nosentido dequeo lapso temporaldorelatrio em questo aborda o primeiro dia de setembro de dois mil e onze e vai at o dia vinte e nove de fevereiro de dois mil e doze. IssoporqueaPr-Sadeprotocolouaprestaodecontasrelativasaomsde fevereiro de 2012 no dia 21 de maro de 2012. O documento em epgrafe est datado de 28 de fevereiro de 2012, quando tal ms sequer ainda tinha decorrido integralmente.Nopossvel,portanto,havermanifestaoenemsetirarconclusessobre documentosecontasdesconhecidaspocadaelaboraodorelatriosemestral indicado na epgrafe. Tal fato leva necessria e obrigatria desconsiderao de toda e qualquerinformaopretensamenterelativaafevereirode2012equetenhasido includa, mencionada, comentada ou criticada no documento em questo. 3.Das justificativas acerca das verificaes constantes do ofcio da CAF Estabelecidoisso,passa-seacontextualizararelaojurdicahavidaentreas partespara,nasequncia,debatererebater,umaum,ospontosconstantesdo relatrio. Parafacilitaracompreensodasinformaesequivocadasconstantesdo documento em questo, a Pr-Sade dividiu esta manifestao nos seguintes ttulos:1.O precarssimo estado no qual se encontravam os hospitais do Tocantins. 2.A parceria firmada entre o Estado do Tocantins e a Pr-Sade3.A dimenso da parceria4.O valor dos Contratos de Gerenciamento. A gesto e a gerncia do sistema de sade pblico.5.AsinformaesfornecidaspeloEstadodoTocantinsqueserviramdebase para a Pr-Sade elaborar sua proposta tcnica. 6.Obrigatoriedade de prestao de contas pela entidade parceira.7.Seleodefornecedoreseprestadoresdeservios.Regulamentosde compras e de seleo de pessoal. 8.Servios no previstos nos Contratos de Gerenciamento.9.Repasse parcial e intempestivo de valores pelo Estado do Tocantins. 10. Desequilbrio dos valores constantes dos Contratos de Gerenciamento11. InexistnciadesobrepreoemrelaoempresaDNMVS.A.MV Sistemas. Identificao da empresa pelo prprio Estado do Tocantins 12. Inexistncia de sobrepreo em relao empresa Forenge Engenharia. Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 3 de 58 13. Execuo das aes de sade. 14. A regularidade das empresas de consultoria contratadas. 15. AconfrontaodasmetaseosserviosnoprevistosnosContratosde Gerenciamento16. InexistnciadapretensodequalqueradiantamentopelaPr-Sade. Repasse de valores relativos a servios que no foram contratados.17. Comentrios sobre as questes pontuais 18. Ofciosprotocoladosequeaindanotiveramrespostaetranscrioparcial de seu contedo19. Concluso1.O precarssimo estado no qual se encontravam os hospitais do Tocantins.Deve-se contextualizar os assuntos aqui tratados na exata dimenso da situao emque se encontravam os hospitais estaduais, da forma com que foram recebidos pelo atualGoverno,decorrente,provavelmentedamgestodoGovernoanterior,oque serviudemoteparaaediododecretogovernamentaln.4.279,de19deabrilde 2011, que declarou o estado de calamidade pblica no setor hospitalar e nas unidades doservioestadualdesadedoTocantinsquetinhaporobjetivoorestabelecimento da normalidade no atendimento dos hospitais que menciona.Lembramos os considerandos que ensejaram a edio de tal norma jurdica:CONSIDERANDO a deficincia das aes e servios de sade no Estado do Tocantins e a situao crtica que ora se vivencia na prestao desses servios;CONSIDERANDOonotrioprejuzodoatendimentonaredehospitalarenasunidades do servio estadual de sade, com grave risco para a incolumidade da vida humana; CONSIDERANDOanecessidadedeaesparaoatendimentoemergencialnodomnio da sade pblica do Estado;OEstadodoTocantins,apartirdaconstataoquesustentouaediodo decreto em questo, buscou apoio da Confederao das Santas Casas de Misericrdia, HospitaiseEntidadesFilantrpicasCMB,diantedasuainegvelexpertisee conhecimentodosetor,parafazerlevantamentoacercadasituaonaqualse encontravamoshospitaispblicosestaduais,nadicotomiadosseusvriosaspectose vertentes gerenciais.4

E assim aquela Confederao procedeu, elaborando diagnstico dos problemas constatadosqueserviudebaseparaqueoEstadodoTocantinsbuscasseentidades sem fins lucrativos que tivessem interesse em atuar de forma colaborativa com tal ente polticoparaqueele,finalmente,conseguisseatingirorestabelecimentoda normalidadenoatendimentodoshospitaisrelacionadosnodecretoestadualacima referido.Aanormalidadevivenciadaeexpressapelodecretoindicado,semsombrade

4 Destacamos esse fato no ofcio protocolado sob n. 00044276/2012, em 24.02.2012, dirigido ao ento Secretrio de Estado da Sade do Tocantins. Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 4 de 58 dvidas,reconheceuqueaprestaodoserviopblicodesadeestavadeficientee que isso colocava em risco a incolumidade da sade dos indivduos atendidos.Oprprioentepoltico,naquelapoca,elaborouProjetoparaRevitalizaodas UnidadesHospitalaresAdministradaspeloEstadodoTocantinsnoqualregistrou problemas relacionados inadequao das estruturas fsicas, que se encontravam em estadodem-conservao,ainsuficinciae/ouinexistnciadeespaofsico,que impossibilitavaaimplantaodenovosserviosedosjexistentes,bemcomoa efetivao das polticas pblicas de sade, a inadequao ou inexistncia do fluxo geral de servios e a obsolescncia ou inexistncia de equipamentos mdico-hospitalares nas unidades de sade do Estado.Almdestes,foramdetectadasfalhasdocumentais,estruturaiseoperacionais altamentecomprometedorasdaprestaodoserviodesadedeformaadequada populaodoEstadodoTocantins.Haviaunidadesquenodispunhamdealvars sanitrios,decomissesnecessriasaoseufuncionamento,taiscomoComissode ticaMdica,ComissodeControledeInfeco-HospitalareComissoInternade Preveno de Acidentes.Verificaram-se, ainda, os seguintes problemas: a)Insuficincia de recursos humanos; b)Grande nmero de absentesmo; c)Manuteno preventiva e corretiva deficitria; d)Inexistncia de pronturio nico; e)Dificuldade de gerenciamento e acompanhamento dos contratos de prestao de servios por terceiros; f)Recursostecnolgicosinsuficientesparaapoiodiagnsticoetratamentodos pacientes; g)Morosidade no processo de aquisies de materiais e equipamentos; h)Dificuldade na garantia dos fluxos de referncias e contra-referncia aos servios especializados de apoio diagnstico e teraputico, ambulatorial e hospitalar; i)Faltadegerenciamentodeleitoshospitalaresedoprocessoderegulaode vagas; j)Inexistnciadedeterminadosprocedimentosdesade(ex.:diagnsticopor imagem,cirurgiasespecializadas),porinsuficinciaderecursoshumanose tecnolgicos; k)Insuficinciadosservios(ex.:leitospsiquitricosedestinadosadependentes qumicos, queimados, leitos de UTI etc.); l)Fragilidadesnagernciaderecursoshumanos(controledecumprimentoda jornada de trabalho); m)Inexistncia e/ou insuficincia de geradores de energia; n)Debilidadedaestruturagerencialnoqueserefereaosprocessosoperacionais da organizao; o)Dificuldadeemassegurarumaequipemultidisciplinarparaprestaodos servios; p)Falta de previso e proviso de materiais de insumos e medicamentos;q)Ausncia de relatrios administrativos e epidemiolgicos (plano estatstico); r)Inexistncia de apurao de custo dos servios hospitalares; s)Ausncia de normas, rotinas e protocolos operacionais dos servios assistenciais e de apoio; t)Falta de diagnstico que identifique a necessidade de qualificao dos servidores porunidadedesadeequesebaseienascompetnciasdosserviosenas polticas especficas de sade; Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 5 de 58 u)InsuficinciaderesidnciasmdicasemultiprofissionaisedeHospitaisde Ensino. O Projeto de Revitalizao acima mencionado foi alm e fez constar no seu bojo: AatualGestodaSecretariadeSadedoEstadodo Tocantins, ao iniciar os trabalhos de administrao da Pasta deparou-secomumdiagnsticodelicadodasunidades hospitalares5quecompemaRededeSadedoEstado,como pdeserdemonstradoadiversasAutoridadesdoPoder Executivo,LegislativoeJudicirioatravsdeRelatrio Fotogrfico. (sic)[...] AlmdorelatrioFotogrfico,visitastcnicasforam realizadasnasunidadeshospitalaresdesadeonde[se] verificouqueasestruturasfsicasseapresentam inadequadaseemm[mau]estadodeconservao;oespao fsicoinsuficientee/ouausente,impossibilitandoa implantaodenovosservioseaimplementaodosj existenteseprincipalmenteefetivaodasPolticas Pblicas de Sade; o fluxo geral de servios inexistente e/ou inadequado; o parque tecnolgico (equipamentos mdico-hospitalares) est sucateado e/ou ausente na grande maioria das unidades. Observou-sequealgunshospitaisnodispemdeprojetos arquitetnicosaprovadospelaVISA,alvarssanitrios, sistemas de informaes integrao dos servios bem como [h]anecessidadedeimplantaodecomissesessenciais para o funcionamento das unidades (CCIH, tica Mdica, CIPA, PGRSS, ANVISA e outros).6 (sic) Para aclarar ainda mais o cenrio de caos em que a sade pblica tocantinense seencontrava,transcreva-separtedaRecomendaofeitapeloMinistrioPblico EstadualaogovernadordoEstadodoTocantins,naqual,apscontextualizara deficincia do atendimento do usurio do SUS, o que fez por meio de 27 (vinte e sete)considerandos, recomendou que a autoridade mxima do Executivo estadual: 1.TomeprovidnciasnosentidodequeoEstadocrie, imediatamente, mecanismos de controle peridico, no sentido dequeaGestoPblicaverifiqueospacientesqueesto correndoriscodeagravamentodoquadroclnicooubito, tanto os que esto aguardando assistncia nos hospitais da rede pblica do nosso Estado, quanto os que esto aguardando transferncia para serem assistidos em outro Estado; 2. Que diante dos riscos verificados, quando necessrio, ou seja,depoisdeesgotadaacapacidadedeofertadessa assistncianombitodoSUS,promova,emtempohbil,a assistnciadessespacientesatravsdaredeprivadade

5 Grifos nossos. 6 Pgina 4 do Projeto de Revitalizao identificado nas notas anteriores.Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 6 de 58 sade(dentroouforadoEstado),conformejocorrena Gesto Estadual em alguns casos;[...]7Acertadamente,oEstadodoTocantinsdeflagrouostrmitesburocrticos inerentesseleodeprojetosqueculminaramnafirmaodaparceriacomaPr-Sade,quesesagrouvitoriosanocertameecomaqualforamfirmadosos17 (dezessete) Contratos de Gerenciamento atualmente vigentes. Referidosinstrumentosjurdicos,quenosedistanciaramdarealidade calamitosavivenciadapeloEstadodoTocantins,enempoderiam,previramregrase prazos para reavaliao peridica dos servios, diante da possvel precariedade da base dedadosdasinformaeslevantadasemexguoprazodetempopelaConfederao acima nominada. Nessalinha,verifica-sequeconstatextualmentedosContratosde Gerenciamento, como pactuao firmada pela Pr-Sade e pelo Estado do Tocantins: II. A Considerando que ser necessria a realizao de uma padronizao na construo dos indicadores, objetivando que a apuraoeaavaliaosejamrealizadasdamesmaformana RedeHospitalarEstadual,osprimeiros04(quatro)meses seroutilizadosparaalinhamentodasinformaesentrea CONTRATADAeaCONTRATANTE,apartirdo5mssero reavaliadas e uniformizadas.8 (Gr) Ocenrioaquibrevementeresumidorequeria,realmente,intervenorpidapor parte do Estado do Tocantins para que a situao fosse estancada e se desse incio a projeto de gesto profissionalizada e compartilhada com o parceiro escolhido, para que, da sinergia de ambos, resultassem benefcios palpveis para a populao tocantinense.2.A parceria firmada entre o Estado do Tocantins e a Pr-Sade.OEstadodoTocantinsnoadotoucomopolticaaterceirizaodasade, conforme constou equivocadamente do relatrio em discusso. APr-Sadeno foicontratadapeloentepolticoparalhe prestarserviosde administrao hospitalar. A Pr-Sade foi convidada a se tornar parceira do Estado do Tocantins.essaaintenoexternadapelogovernopormeiodaLeiEstadualn. 2.472/11, que prev textualmente: Art.5.ParaosefeitosdestaLei,contratode gerenciamento o instrumento firmado entre o Poder Pblico eaentidadequalificadacomoorganizaosocial,com

7Recomendaon.6,de17dedezembrode2010,assinadapelaPromotoradeJustiada CidadaniaDra.MariaRoselideAlmeidaPeryepeloProcuradordeJustiaDr.MarcoAntnio Alves Bezerra.8AtranscriodesteitemconstadoofciodaPr-SadedirigidoaoSecretriodeEstadoda SadedoTocantinsdatadode23.02.2012,quefoiprotocoladopelaSESAUsobn. 00044241/2012, em 24.02.2012.Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 7 de 58 vistas formao de parceria para o fomento e a execuo de suas atividades.(gr) A parceria era o desejo do ente poltico desde a poca da elaborao do Projeto para Revitalizao das Unidades Hospitalares Administradas pelo Estado do Tocantins9, conforme se l da sua pgina 4: Portanto,aparceriabuscararevitalizaoe reestruturao da Rede Hospitalar Estadual, baseada em aes emergenciais e num processo de planejamento, a partir de um diagnsticofsico-funcionalmaisdetalhado,atravsde parceriafirmadacomOrganizaesSociaisquedetenham capacidade tcnica e operativa para execuo do planejamento e implantao de um padro adequado administrao pblica queatendaasnecessidadesverificadas,acarretandoa melhoria na qualidade do atendimento, a expanso da oferta e ummelhorgerenciamentodasunidadeshospitalaresdo Estado.(gr) Tantooparceiropblicoquantooparceiroprivadopossuemdireitosedeveres interdependentes,osquaisconstamexpressamentenosContratosdeGerenciamento. Trata-sedemodelodeajustecolaborativo,queinstrumentalizaparceriaemproldo atendimento das necessidades sociais dos usurios do SUS.10

OContratodeGerenciamentocelebradocomentidadequalificadapeloprprio Poder Pblico como Organizao Social implicaemsoma de esforos, cujo resultado depende da atuao comum e direcionada ao mesmo fim por ambas as partes. O parceiro pblico corresponsvel pelo cumprimento das metas e obrigaes pactuadas em tais instrumentos, na medida em que responsvel pela destinao dos recursosfinanceirosnecessriosnotempoenaformacombinadosnosinstrumentos jurdicos assinados entre as partes. 3.A dimenso da parceria.Antes de tecer consideraes especficas a respeito do documento mencionado na epgrafe necessrio lembrar a exata dimenso da relao jurdica firmada entre as partes. OEstadodoTocantinseaPr-Sadefirmaram17(dezessete)Contratosde Gerenciamentoem23deagostode2011,com vignciaapartirde1desetembrodo mesmo ano, conforme prev a clusula 6 dos instrumentos assinados.

9 Projeto para Revitalizao das Unidades Hospitalares Administradas pelo Estado do Tocantins, compostopor14pginas,assinadopeloSecretrioEstadualdeSadeInterinoDr.Arnaldo Alves Nunes. 10VideofciodaPr-SadeaoSecretriodeEstadodaSadedoTocantinsprotocoladosobn. 00044240/2012, em 24.02.2012.Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 8 de 58 Eis a descrio dos hospitais e os valores de custeio e de investimento de cada um,comosquaisoentepolticosecomprometeuarepassarparaqueasatividades requeridas da Pr-Sade fossem viabilizadas e efetivamente realizadas: Hospital CusteioInvestimento dZR$ mdio mensalrecursos federaisR$ mdio mensalrecursos estaduaisR$ mdio mensalrecursos estaduaisAlvorada57.691,82193.142,18141.000,00 Araguau114.855,00255.962,00116.334,00 Araguana1.177.377,631.870.827,37640.229,00 Arapoema70.821,74251.095,26208.750,00 Arraias122.380,08387.853,92151.000,00 Dianpolis212.596,08363.904,92170.250,00 Dona Regina394.061,77916.101,23387.917,00 Guara240.175,26375.658,74182.417,00 Gurupi473.935,11975.989,89438.500,00 HDT Araguana249.688,58425.145,42200.000,00 Infantil de Palmas154.884,07401.782,93158.334,00 Miracema167.480,16530.353,84431.834,00 Paraso301.730,13471.936,87229.334,00 Geral de Palmas1.314.330,122.492.570,88705.250,00 Pedro Afonso133.535,00259.215,00217.580,00 Porto Nacional285.000,12509.601,88234.583,00 Infantil Tia Ded185.042,41413.359,59177.000,00 Total por fonte5.655.585,0811.094.501,924.790.312,00 O Estado do Tocantins firmou parceria com a Pr-Sade e confiou sua gesto 1.254(ummil,duzentosecinquentaequatro)leitoshospitalares,distribudos desigualmente por 17 unidades, alm de lhe ceder milhares de servidores pblicos e de secomprometerarepassarosvaloresdecorrentesdocusteioeinvestimentonecessrios para o seu desenvolvimento e que constaram do Comunicado de Interesse Pblicon.01/11,daSESAU(DOE/TOde29.07.2011,pginas47e48),aoquala entidade respondeu positivamente.11

Trata-sedamaiorparceriafirmadaentreumEstado-Membroeumanica entidadequalificadacomoOrganizaoSocial,emnmerosabsolutosde unidades a serem gerenciadas por esta, em todo o territrio nacional.

11AmalhahospitalardoEstadodoTocantinsassimidentificadapelaSecretariadaSadedo Estadodo Tocantins, conforme consta do Projetopara Revitalizao das Unidades Hospitalares AdministradaspeloEstadodoTocantins,compostopor14pginas,assinadopeloento Secretrio Estadual de Sade Interino Dr. Arnaldo Alves Nunes: Hoje, a Rede Hospitalar do Estadocompostapor19unidadeshospitalaresclassificadasemPorteI,IIeIII,totalizandoo quantitativode2.320leitos,sendodestes29leitosdeUCINeonatale90deUTIneonatal, peditricaeadulta,prestandoassistnciaemmdiaealtacomplexidadenasclnicasbsicase especializadas.Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 9 de 58 ObviamentequeaextensodoprojetofoimensuradapelaPr-Sade,que disponibilizoueremanejouvriosprofissionaismultidisciplinares12deseustaffpara atender especificamente o Estado do Tocantins.Aentidadeenviouparacadaumadas13cidadesondeos17hospitaisse localizavampelomenos1(um)profissionalformadoemadministraohospitalarpara nelas residir e gerenciar, in loco, o hospital que lhe foi designado. Noshospitaisdemaiorporteforamcompostasequipesmultidisciplinaresmais numerosas,conformeexigiaacomplexidadedecadaunidadeemparticular,parabem desempenhar as atribuies contratuais a que a Pr-Sade se comprometeu.Alm disso, a Pr-Sade criou escritrio em Palmas para centralizar informaes operacionais dos 17 estabelecimentos de sade, pois cada um deles se transformou em filialdapessoajurdicaprincipal,apartirdainscriodetalsituaonaSecretariada Receita Federal do Brasil.Nesteescritrio,queocupa7(sete)salasnoCentroMdicoEmpresarial, trabalham67(sessentaesete)pessoas,quecuidamdosassuntosfinanceiros, contbeiseadministrativos.Almdisso,noutroespaofsico,localizadonoCentro Empresarial Norte, trabalham outras 6 (seis) pessoas, que cuidam do Departamento de Pessoal, haja vista que a Pr-Sade conta atualmente com 2.887 (dois mil, oitocentos e oitentaesete)empregadosceletistasdesignadosespecificamenteparaatuaremno Estado do Tocantins.No bastasse isso, os diretores executivos da entidade, sediados em So Paulo, semanalmente se dirigem ao Estado do Tocantins para, de perto, cuidar e acompanhar e desenvolvimento dos trabalhos. Constata-se, portanto, que a Pr-Sade tratou a parceirizao com o Estado do Tocantinscomocuidado,aimportnciaeadimensoquelheintrnseca,notendo sido desprezado nenhum item do seu planejamento organizacional.4.O valor dos Contratos de Gerenciamento:A gesto e a gerncia do sistema de sade pblico. As despesas de custeio das unidades hospitalares estaduais j existiam antes da contratao da Pr-Sade. A situao pr-definida na qual a entidade parceira iria atuar, comaresolutividadejinstaladanosestabelecimentoshospitalares,decorreda naturezadamodalidadedegestoescolhidapeloentepolticoquesevaleda qualificao de Organizao Social.Independentementedeaadministrao(gerncia)dosestabelecimentos prestadores de servios de sade competir a ente estatal ou privado13, a gesto de todo osistemadesadeque,necessariamente,decompetnciadoPoderPblicoe

12 Administradores hospitalares, mdicos, enfermeiras, contadores e advogados, dentre outros.13 CF/88 - Art. 197. So de relevncia pblica as aes e servios de sade, cabendo ao Poder Pblicodispor,nostermosdalei,sobresuaregulamentao,fiscalizaoecontrole,devendo suaexecuoserfeitadiretamenteouatravsdeterceirose,tambm,porpessoafsicaou jurdica de direito privado. (gr) Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 10 de 58 exclusiva desta esfera de governo, respeitadas as atribuies do respectivo Conselho e de outras diferentes instncias de poder.14oentepoltico,somenteeunicamenteele,oresponsvelpelaprestaode serviospblicosdesade,nostermosdaConstituioFederal15,comomeiode concretizaodedireitofundamentalsocialdosmaiscarospopulaobrasileira:a sade, conforme previsto no artigo 616 da mesma Carta.Trata-se de dever inescusvel do Estado.Com o estabelecimento da parceria entre o Estado do Tocantins e a Pr-Sade, cujoobjetoaoperacionalizaodagernciaeexecuo,pelaContratada[Pr-Sade], das atividades e servios de sade no Hospital [...]17, os custos j instalados e geradosnasunidadesdesade,epagasatentopeloprprioEstadodoTocantins, foram(oudeveriamtersido)repassadosparaaentidadeparceiraparaqueelaos pagasse diretamente a quem direito.E a Pr-Sade deveria fazer tais pagamentos a partir do recebimento integral e tempestivo dos respectivos repasses que deveriam ser feitos pelo Estado do Tocantins, o que no.aconteceu e no tem acontecido nos ltimos meses e precisa ser resolvido 5.AsinformaesfornecidaspeloEstadodoTocantinsqueserviramdebase para a Pr-Sade elaborar sua proposta tcnica O relatrio aqui confrontado informa18 que o procedimento administrativo do qual se originaram os Contratos de Gerenciamento firmados entre as partes teria sido

14NostermosdaNOB01/96,aprovadapelaPortariaGM/MSn.o 2.203/96,soatribudos significadosdiversosparaostermosgernciaegesto.Enquantoagerncia conceituada como sendo a administrao de uma unidade ou rgo de sade, (ambulatrio, hospital, instituto, fundao,etc.),quesecaracterizacomoprestadordeserviosaoSistema,agesto a atividade e a responsabilidade de dirigir um sistema de sade (municipal, estadual ou nacional), medianteoexercciodefunesdecoordenao,articulao,negociao,planejamento, acompanhamento, controle, avaliao eauditoria. Nesse sentido, oato normativo em referncia qualifica como gestores do SUS os Secretrios Municipais e Estaduais de Sade e o Ministro da Sade,querepresentam,respectivamente,osgovernosmunicipais,estaduaisefederal.De qualquer modo, importa ter claro que, nos termos do artigo 198, inciso I, da Constituio Federal, agestodosistemadesadeemcadaumdosnveisfederativosdevesernicae, evidentemente,realizadapeloPoderPblico.Taldispositivoconstitucionalnodetermina, entretanto,queaexecuodosserviossejadesempenhadapelainiciativaprivada.Nessa perspectiva, pertinente a observao de Gilles Guglielmi, para quem: "Os rgos encarregados da gesto so sempre aqueles de uma pessoa pblica, pois o servio pblico uma atividade de interessegeral,garantidoouassumidoporumapessoapblica."(GUGLIELMI,Gilles. Introduction au droit des services publics. Paris: EJA, 1994. p.69).15CF/88-Art.199.Aassistnciasadelivreiniciativaprivada.1-Asinstituies privadaspoderoparticipardeformacomplementardosistemanicodesade,segundo diretrizesdeste,mediantecontratodedireitopblicoouconvnio,tendoprefernciaas entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos. 16 CF/88 - Art. 6. So direitos sociais a educao, a sade, a alimentao, o trabalho, a moradia, olazer,asegurana,aprevidnciasocial,aproteomaternidadeeinfncia,aassistncia aos desamparados, na forma desta Constituio. 17 Clusula Primeira Do Objeto de todos os Contratos de Gerenciamento. 18 Veja-se o ltimo pargrafo da pgina 5. Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 11 de 58 [...] instrudo com base na planilha de custos de folhas 15 a 82doTermoemepgrafe,emanexo,ondeamesmaserviucomo instrumentonorteadorparaapactuao,umavezque minudenciava, em detalhes, o conjunto de elementos necessrios esuficientesparacaracterizareexpressaracomposiode todos os servios a serem executados e seus respectivos custos unitrios.Nestecaso,oreferidodocumentopermitiaaviso globaldetodasasatividadescontratadaseaidentificao dos elementos necessrios execuo contratual. (sic) No bem assim. As planilhas constantes do item 9 do anexo do relatrio mencionado na epgrafe nosoaquelasqueserviramdebaseparaqueaPr-Sadeelaborasseasua proposta tcnica.Isso porque as informaes que serviram de instrumento norteador para que a Pr-Sadefizesseasuapropostadecorreramunicamentedelevantamentofeitopela CMBConfederaodasSantasCasasdeMisericrdia,HospitaiseEntidades Filantrpicas19,conformeconstadedocumentoelaboradopelaprpriaSecretariada Sade do Estado do Tocantins Gabinete do Secretrio, na pgina 6.20

ReferidaConfederao,porsuavez,obteveosseguintesdadosnoperododa visita para a realizao do diagnstico: Consumo de materiais e medicamentos de todos os hospitais Relao de equipamentos Estatsticas hospitalares (incompleta e com muitos erros) Alguns servios terceirizadosRelao de Recursos Humanos Relao de motoristas Preo unitrio de compras de alguns produtos Plantas dos hospitais (algumas) Oramento geral aprovado O ex-Secretrio Estadual de Sade, Dr. Arnaldo Alves Nunes, afirmou, na poca, talConfederao,queaSecretarianopossuanenhumainformaodesmembrada por hospital da rede. Avulnerabilidadeeaprecariedadedasinformaesfornecidaspocaeas apresentadasnorelatriodediagnsticoelaboradopelaCMBlevouaPr-Sadea utilizar informaes de custos da rede de hospitais por ela j administrados. Do referido diagnstico,aPr-Sadeutilizouapenasoescopodosserviosrealizadospelos hospitais, extrados dos relatrios estatsticos de produo das unidades hospitalares.

19Processoadministrativon.2011.2900.000829,conformeinformadotextualmentepelo documento oficial da Secretaria da Sade.20ProjetopararevitalizaodasunidadeshospitalaresadministradaspeloEstadodoTocantins, compostopor14pginas,assinadopeloentoSecretrioEstadualdeSadeInterinoDr. Arnaldo Alves Nunes. Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 12 de 58 Reafirme-se:asplanilhasqueestoanexadasnoofcioorarespondidonoforamapresentadasquandodarealizaodolevantamentoediagnsticodasituao doshospitaisestaduaisdoTocantinslevadoaefeitopelaCMBConfederaodas Santas Casas de Misericrdia, Hospitais e Entidades Filantrpicas e nem apresentadas durante a pactuao do Contrato de Gerenciamento. OsdadosdoSIAFEM,retratadosnasplanilhasqueconstamcomoanexodo ofcioorarespondido,sorelativosa2010,anoemqueficaramdvidasapagar, podendo,porestimativa,representarapenas60%(sessentaporcento)daquilo efetivamente gasto nos hospitais. Diantedosfatosfcilconstatarqueditasplanilhasnoforamapresentadas Pr-Sadepararealizaodasuabasedecustosetampoucoserviramdebase elaboraododiagnsticopelaCMBConfederaodasSantasCasasde Misericrdia, Hospitais e Entidades Filantrpicas. Portanto, improcedente a informao de que as planilhas constantes do item 9 do anexo do relatrio mencionado na epgrafe teria sido o instrumento norteador para a pactuao.Definitivamente,noforamosdocumentosutilizadosparaelaborara proposta tcnica que se sagrou vitoriosa no certame.A ausncia de informaes precisas, entretanto, compreensvel, na medida em queaatualgestogovernamentaldoestadotentaaprimorarosserviosdesade populao e corrigir desvios herdados de gestes pretritas. Estabelecidasaspremissas,passa-seacomentarespecificamenteositens destacadospelorelatrioemdiscusso,nasequnciaemqueelesaparecemem referido documento.6.Obrigatoriedade de prestao de contas pela entidade parceira.Nosedesconhece,emnenhumalinha,aobrigatoriedadedeprestaode contaspor quemrecebeverbaspblicas.Desde1988aConstituioFederalprevtal obrigatoriedade, no pargrafo nico do art. 70.21A Lei Estadual n. 2.472/11 prev tal obrigao no art. 7.22OsContratosdeGerenciamentoassinadospelaspartestambmpreveemtal obrigaodaseguinteforma,tendoemvistaasespecificidadesepeculiaridadesda situaodasadenoEstadodoTocantinselevando-seemconsiderao,tambm,o DecretoEstadualn.4.279/11,quedeclarouestadodecalamidadepblicanosetor hospitalar e nas unidades do servio estadual de sade do Tocantins:

21 CF/88 art. 70 [...] Pargrafo nico. Prestar contas qualquer pessoa fsica ou jurdica, pblica ouprivada,queutilize,arrecade,guarde,gerencieouadministredinheiros,bensevalores pblicosoupelosquaisaUnioresponda,ouque,emnomedesta,assumaobrigaesde natureza pecuniria. 22Art.7.Soincumbncias:[...]IIdaentidadequalificada,apresentaraoPoderPblico relatriopertinenteexecuodocontratodegerenciamento,contendocomparativoespecfico dasmetaspropostascomosresultadosalcanados,acompanhadodaprestaodecontas correspondente ao exerccio financeiro, na forma e periodicidade definida em regulamento; Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 13 de 58 Clusula Oitava Condies de pagamento[...] Pargrafo quarto Os indicadores do ltimo quadrimestre do ano sero avaliados no ms de janeiro do ano subseqente.PargrafoquintoNocasodaCONTRATADAnopossuirum tempo mnimo de 4 (quatro) meses de incio das atividades do ContratodeGerenciamento,aprimeiraavaliaodos IndicadoresdeAcompanhamentoeAvaliaoparaefeitosde pagamentodapartevariveldoCONTRATODEGERENCIAMENTO, prevista no pargrafo 2 desta Clusula, ser efetivada no quadrimestre posterior. (gr)[...] Anexo III III Sistemtica e Critrios de Pagamento III.A Condies de Pagamento1. Aprimeiraparcelamensaldepagamentodestecontrato ser liberada de forma antecipada, visando possibilitar a implantao das atividades do HOSPITAL. A liberao desta parcela no est condicionada a apresentao de qualquer relatrio,pormdeverobedeceraoPlanoOramentrio apresentado neste Anexo. (sic gr) 2. A segunda e a terceira mensal de pagamento deste contrato ser liberada at o 10 (dcimo) dia til do ms vigente, noestandoconsignadaaapresentaoderelatriosou quaisquerdocumentos,pormdeverobedeceraoPlano Oramentrio apresentado neste Anexo. (sic) 3. Apartirdaquartaparcelamensal,aliberaoser realizadaato10(dcimo)diatildomsvigente, medianteaapresentaodorelatriodeproduoedos documentosestabelecidosnoitem1daClusulaIII-B, referentesaoanti-penltimomsdeatividadesda Contratada.(sic) 4. AparceladestinadaaInvestimentos,Adequaese Reformasdestecontratoserliberadadeforma antecipada,parapossibilitaraimplantaodas atividadesdoHOSPITALmensalmente.Aliberaodesta parcela no est condicionada a apresentao de qualquer relatrio,contudodevesercomprovadaaefetiva aplicao do recurso. (sic)(grifos nossos) A prestao de contas pela entidade, obrigao constitucional, legal e contratual indiscutvel e inquestionvel, foi postergada pelas partes para 4 (quatro) meses a partir do incio da vigncia da relao jurdica.Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 14 de 58 Essa disposio contratual decorreu darealidade ftica na qual se encontravam os hospitais estaduais e da necessidade de se criar ferramentas que serviriam de base para que a prestao de contas fosse feita e fiscalizada no tempo adequado e possvel, ambas de forma eficaz.Em nenhum momento houve a inteno ou pretenso de qualquer parte em no seprestarcontas.Oquehouvefoiacombinaodequandoelasseriamprestadas,o que foi expressamente aprovado por todos os atores envolvidos no processo. IniciadaavignciadosContratosdeGerenciamentoem01.09.2011,aprimeira prestaodecontas,doprimeiromsdegerenciamentodasunidadeshospitalares, deveria ser, ento, em 21.12.2011. AsdiversassolicitaesPr-Saderequerendoaapresentao23da prestao de contas desconsideraram o que foi textualmente pactuado nos Contratos de Gerenciamento, conforme clusula acima transcrita. Aentidade,portanto,apenascumpriuoajustecelebradocomoestadodo Tocantinseprestoucontasnasdatasinformadasnapgina6dorelatrio,assim resumidas, para facilitar a visualizao: Ms de competncia Data do protocoloSetembro20.12.11 Outubro18.01.12 Novembro20.01.12 Dezembro27.01.12 Quanto aos meses seguintes, j em 2012, a prestao de contas foi apresentada nas seguintes datas:Ms de competnciaData do protocolo Janeiro17.02 Fevereiro21.03 No que diz respeito aos relatrios de desempenho, eles contm a anlise global dos17hospitaisgerenciadospelaPr-Sade,noquedizrespeitoaosserviosda qualidade,metascontratuaisquantitativasequalitativaseaanliseindividualdas unidades hospitalares estaduais contratualizadas.Cadarelatriocompostopor300(trezentas)pginas,emmdia,sendoas seguintes as datas dos seus respectivos protocolos na Secretaria de Sade do Estado do Tocantins:

23 Pgina 6 do relatrio em epgrafe. Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 15 de 58 Ms de refernciaData do protocolo Recebido por N de pginassetembro de 201127.10.11Jennifer103 outubro de 201108.11.11SESAU - protocolo227 novembro de 201109.12.11SESAU - protocolo230 dezembro de 201113.01.12SESAU - protocolo338 janeiro de 2012 07.02.12Jennifer 297 fevereiro de 201208.03.12Dilma Bispo Teixeira333APr-Sadenoteveaaintenodedificultaroutardararealizaode prestaodecontasoumesmocriadoobstculospararegularizaraspendncias encontradas.Tambmnoapresentouasprestaesdecontascomconsidervel atraso,masapenasseateveaopactoquefirmou,porescrito,comoEstadodo Tocantins, retratado na clusula acima transcrita. Ofatoquepassou-seaexigiraprestaodecontasdeformaimediata,sem esperarpelotranscursodoprazopactuado.APr-Sadeatendeuaostermosdo contrato celebrado. APr-Sadesepreparou,diantedocenrio,paracumprirasobrigaes combinadas contratualmente, nos prazos ali estabelecidos de forma expressa e bilateral, discordandodainterpretaodequehaveriadeprestarcontaslogonoprimeiroms, diversamente do que estabeleceu o contrato. Juridicamente,discutirumeventualatrasonasprestaesdecontasiniciais perdesentido,namedidaemquejforamprestadase,luzdocontrato,foram tempestivas.Emais:daformaoperacionalprevistanosContratosdeGerenciamento, utilizando-sedossistemasdetecnologiaeinformticaqueaSecretariadeSadedo EstadodoTocantinsiriadisponibilizarentidadeparceira,oquenoaconteceuda forma sinalizada inicialmente em agosto de 2011.Veja-se o que restou previsto no Anexo II Acompanhamento e Avaliao dos Contratos de Gerenciamento: I Critrios gerais para o acompanhamento do contrato [...] A Secretaria Estadual de Sade SESAU atravs da Comisso deAcompanhamentoeFiscalizaoelaborarosinstrumentos paraomonitoramentoeavaliaoerealizaro acompanhamento dos contratos. (sic - grifei) [...] III Atribuies em relao aos sistemas de informao em sade Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 16 de 58 ACONTRATADAdeverdesenvolver,emconsonnciacomas diretrizesgeraisedareadeinformao/informticada CONTRATANTE, as seguintes aes: Implantar/atualizarossistemasdeinformaodefinidos pela CONTRATANTE; (gr) Organizaredefinirosprocedimentos,fluxoserotinas paracoletadosdadosdosdiferentessistemasde informao em vigncia ou a serem implantados; Organizaredefinirosprocessosdetrabalhopara operao/alimentaodosdiferentessistemasde informao em vigncia ou a serem implantados; Encaminhar as diferentes bases de dados conforme rotinas estabelecidas pela CONTRATANTE. (gr) [...] Anexo III II Acompanhamento e avaliao do contrato de gerenciamento1.6.OaplicativodisponibilizadopelaSESAUemitiros relatrios e planilhas necessrias ao acompanhamento mensal dasatividadesdesenvolvidaspeloHOSPITALeestabelecer, atravsdenveisdeacessopreviamentedefinidos,a responsabilidade legal pelos dados ali registrados. (gr) Eisainformaoqueconstoudeofcio24assinadopeloPresidentedoNcleo Gestor, Jos Gasto Almada Neder, datado de 11.01.2012:5.AinclusonoSistemaGESACONTROLdosolicitadoest prevista para ocorrer no decorrer do ms de janeiro/2012. [...] 9. Destacamos que os treinamentos para utilizao do sistema GESACONTROL j foram realizados nos dias 30/09 e 03 e 04/10, sendoqueosparticipantesforamtreinadosparaser multiplicadores,enfocamosaindaqueosconsultoresesto realizando visitas constantes, sendo ainda disponibilizado o [email protected] demandas.A empresa (DNMVSistemas) identificada pelo prprio Estado do Tocantins, em maiode2011,comoaptaadisponibilizarasferramentastecnolgicasparatal,teveo seu contrato de prestao de servios rescindido25 por deciso e determinao unilateral do ente poltico26 em maro de 2012, de modo que no haviam condiestecnolgicas para que a entidade parceira agisse da forma solicitada. As informaes constantes do relatrio, portanto, devem ser revistas.

24 Ofcio n. 131/2012 SESAU/GAB. 25Veja-seocontedodoofciodaPr-SadedirigidoaotitulardaPastadaSadeprotocolado sob n. 46901, em 20.03.2012, diretamente da SESAU. 26 Conforme consta do Ofcio/SESAU/CAF/N 016/2011. Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 17 de 58 7.Seleo de fornecedores e prestadores de servios.Regulamentos de compras e de seleo de pessoal. 7.1. Da edio e publicao dos regulamentos de compra e de seleo de pessoal A Lei Estadual n. 2.472/11 no prev prazo para a publicao dos regulamentos de compras e de seleo de pessoal.PoranalogiaLeiFederaln.9.637/9827,entende-sequeesteprazode90 (noventa)diasapsaassinaturadosContratosdeGerenciamento.Comotais instrumentosforamassinadosem23.08.11paravigeremapartirde1.09.2011,este prazo se findaria em 1.12.2011.APr-Sadecumpriuestaobrigaoem31.10.2011,maisde30(trinta)dias antes da data limite, tempestivamente, portanto.ORegulamentodeContrataodePessoaleoRegulamentoInstitucionalde Compras,ContrataodeObraseServiosforampublicados,nantegra,noDirio Oficial do Estado do Tocantins n. 3.494, que circulou em 31.10.2011, nas pginas 309 e 310,conforme,inclusive,constadodocumenton.5doanexodorelatriomencionado na epgrafe. NaediodoDirioOficialdoEstadodoTocantinsde31.10.2011foram publicadosambososregulamentosenoapenasodecontrataodepessoal, conforme quer fazer crer o relatrio aqui discutido, na sua pgina 7. Basta ler a pgina 309 de tal edio para se constatar o aqui afirmado.A afirmao equivocada constante da pgina 7 do relatrio, no sentido de que o relatrioinstitucionaldecompras,contrataodeobraseserviossomenteteriasido publicadonoDirioOficialdoEstadodoTocantinsn.3.530,de22.12.2011,podese dever,talvez,aofatodequecadaumdos17hospitaistambmpublicou,novamente, referidoregulamentonoDOE,emquepeseasuadesnecessidade,diantedo cumprimento de tal obrigao pela Pr-Sade meses antes, de forma institucional. Exemplodissoodocumenton.6,anexadoaorelatrioemepgrafe,quese constituiempublicaodoRegulamentoInstitucionaldeCompras,Contrataode ObraseServiosespecificamentedoHospitalGeraldePalmasDr.FranciscoAyres, filialcomCNPJn.24.232.886/0115-25,noDirioOficialdoEstadon.3.530,de 22.12.2011, pginas 110 e 111. Antesdisso,em31.10.2011,aPr-Sadepublicouantegradeambosos regulamentos de forma institucional e vlida para todas as suas filiais, em cumprimento s suas obrigaes.

27Lei9.637/98-Art. 17.Aorganizaosocialfarpublicar,noprazomximodenoventadias contadodaassinaturadocontratodegesto,regulamentoprpriocontendoosprocedimentos queadotar para a contratao de obrase servios,bem como para compras com emprego de recursos provenientes do Poder Pblico. Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 18 de 58 Osdemaishospitaisestaduais,filiaisdaPr-Sade,publicaramosseus respectivos Regulamentos nas seguintes datas:HospitalDirio Oficial n DataGurupi3.49908/11/2011 Alvorada3.49908/11/2011 Paraso3.50211/11/2011 Tia Ded3.50618/11/2011 Arraias3.52212/12/2011 Miracema3.52313/12/2011 Porto Nacional352313/12/2011 Arapoema3.52414/12/2011 Araguau3.52414/12/2011 HDT Araguana3.52515/12/2011 Guara3.52515/12/2011 AraguanaAraguana News19/12/2011 Infantil de Palmas3.52719/12/2011 Dona Regina Siqueira Campos3.52820/12/2011 Pblico de Palmas Dr. Francisco Ayres 3.53022/12/2011 Pedro Afonso 3.54004/01/2012 DianpolisEm fase de publicaoConstou da publicao institucional no Dirio Oficial, inclusive, o registro de tais regulamentosnocartriodettulosedocumentosdePalmas,conformeprotocolon. 35.734, s margens do registro n. 27.125, em 13.10.2011, no livro B, para conhecimento e validade perante terceiros.Referidos regulamentos foram aprovados pelo Conselho de Administrao para o Tocantins,quefoicriadopelaPr-SadepormeiodeatadeAssembleiaGeral Extraordinria registrada (sob n. 3.272) no Cartrio de Registro de Pessoas Jurdicas de origem (localizado em Taquaritinga/SP), em obedincia ao artigo 115 da Lei n. 6.015/73. O relatrio narra, no item c da pgina 7, a visita realizada no dia 24.01.2012 no escritriodaPr-SadeemPalmas,localizadonoCentroMdicoEmpresarial,pelos membrosdaCAFComissodeAcompanhamentoeFiscalizao.Segundosel,a visitateveporobjetivoverificarosprocessosdecontrataodefornecedoresparase verificaracompatibilidadedosvalorescontratadoscomaqueleshabitualmente praticados no mercado. (sic) 7.2.Documprimentodoregulamentoedalocalizaofsicadosprocessosde compras Os processos de contratao, todos eles, no ficam arquivados em Palmas, mas emSoPaulo/SP,ondeselocalizaasuasedeadministrativaeosetordeCentralde Compras,querealizaascomprasparatodasasfiliaisdaPr-SadeemtodooBrasil, inclusiveasdeTocantins,emrazodaexistnciadecontratoscomfornecedoresque atendem em todo o territrio nacional, o que gera importante economia, diante da escala praticada. Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 19 de 58 Emrazodealgumaspeculiaridades,algumascontrataestambmso realizadasdiretamentepeloshospitais,quearquivamnassuasprpriasdependncias os processos relativos a elas.Por questo de organizao interna e mesmo de espao, todos os processos de contratao so arquivados em So Paulo/SP, at porque o escritrio da Pr-Sade em Palmas composto por salas comerciais pequenas, o que impossibilita o arquivo de tais procedimentos.Almdisso,comooescritriodaPr-SadeemPalmasnoexecuta compras, ele no mantm nada arquivado neste particular em suas dependncias.O fatodeosmembros daCAFnoteremencontradoprocessosdeseleode fornecedoresnoescritriodaPr-SadeemPalmasnosignificaquenoesteja cumprindoosregulamentosacimamencionados.Elaosestcumprindo.Eaprovado seucumprimentoestemSoPaulo/SPeemalgunshospitais/filiaisdoTocantins, diante da circunstncia acima pontuada.7.3. Da anlise das contrataes e dos quantitativos O relatrio afirma, ainda, que o Estado do Tocantins, por meio da Secretaria de Sade, deveria analisar as contrataes e seus quantitativos que seriam realizadas pela Pr-Sade e que o ente poltico iria controlar a necessidade e convenincia delas.Emquepeseofatodeaspartesseremparceiras,assuasatribuiese obrigaes constam discriminadas e individualizadas nos Contratos de Gerenciamento, e a realizao de contrataes de fornecedores, obras e servios de responsabilidade nicaeexclusivadaPr-Sade,poisissoseconstituieintegraoroldeatividades inerentes ao desenvolvimento da sua gerncia tcnica e administrativa dos servios.Almdeburocraticamenteserimpraticvelasugestodesubmeteras contrataes relativas a 17 hospitais previamente anlise da Secretaria de Sade, tal proposta,noencontrasustentaojurdicanalegislaoenosinstrumentosque norteiam a relao jurdica vigente.O que norteia a parceria celebrada a agilidade e flexibilidade da gesto, o que poderserperdidocomesseprocedimento.Ocontroleestatal,legtimoeeficiente, ocorrenaanlisedasprestaesdecontas,ondeseverificamalegalidadedos procedimentos e o atendimento s metas estabelecidas. Obtempera-seanecessidadedeinibiresseprocedimento,afimdenose burocratizar ou engessar o contrato de parceria, primando pela eficincia na gesto das instituies de sade. Ideal perseguido na celebrao dos contratos. De todo o modo, com a regularizao das prestaes de contas, entende-se que essa questo encontra-se superada. 8.Servios no previstos nos Contratos de Gerenciamento.Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 20 de 58 AsobrigaesassumidaspelaPr-SadeconstamtextualmentedosContratos de Gerenciamento e de seu Anexo I Prestao de Servios28, redigidos a partir do que ela sugeriu na sua proposta tcnica e comercial, ainda na fase de seleo de projetos.oquelconstaquepodeserexigidoequetemqueserobjetoderepasse financeiro pelo Estado do Tocantins. o que l consta que foi orado, dimensionado e precificado.Oquenoestiverescritonosinstrumentosjurdicosnopodeserexigido pornenhumadaspartes.daessnciadaTeoriaGeraldosContratos,inclusivedos administrativosedosdegesto,oudegerenciamento,denominaoespecfica preferidapeloEstadodoTocantinseutilizadanasualegislaodeoutorgada qualificao de Organizao Social.OsentespolticoseasOrganizaesSociaisfirmamparceriasparagerira capacidade e a resolutividade instaladas nas unidades hospitalares, no cabendo a elas extrapolar as suas fronteiras de atuao.As Organizaes Sociais no criam servios por iniciativa unilateral. At porque hanecessidadederepassedorespectivocustodeles,quedeveserfeitodiretae exclusivamente pelo ente poltico que as qualificaram com tal ttulo.Havendonecessidadedeampliaodosserviosinicialmentepactuados,as partes,emconjunto,amigavelmenteeporescrito,devemformalizaranegociaopor meiodeaditamentoaocontratoprimitivo,passandoasnovasbasesavigorarno momentoseguinteaodaassinaturadetalinstrumento,conformeprevaclusula9 (nona) dos Contratos de Gerenciamento. Aconteceque,nocasoespecficodeTocantins,diantedabrutaleimediata necessidade do Estado, at em razo da precariedade da situao em que os hospitais foramherdadosdagestoanterior,sobosmaisvariadosaspectose,tambm,de ordens judiciais pululantes, o ente poltico solicitou entidade parceira que o ajudasse e quedisponibilizassediversosservioseatividadesquese faziamnecessriasnaquele momento e de forma imediata. E assim fez e agiu a Pr-Sade, em atendimento a pedidos de prepostos do entepolticoenamaisldimadasintenes,visandosocorreroparceiropblico naquiloemquepossuiexpertisetcnicaeprofissional:criareviabilizarformasde atendimento do usurio do SUS. As energias dos prepostos da Pr-Sade foram todas canalizadasparaofimpretendidoeeles,inadvertidamente,acabarampordeixara formalizaodetaissolicitaesearealizaodeatividadesrenegadasaoplano burocrtico. A vontade dos titulares da Pasta estadual da sade, externada verbalmente e de forma incisiva em vrias reunies com a Pr-Sade, fez as vezes de pedido para que a entidade viabilizasse a criao de alguns servios que no constavam da planilha inicial

28 I.A Assistncia hospitalar; I.B Hospital dia; I.C Atendimento a urgncias hospitalares; I.D Atendimento ambulatorial; I.E Servios de apoio teraputico e diagnstico SADT externo; I.F Programas especiais e novas especialidades de atendimento.Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 21 de 58 queserviudebaseparafirmaroscontratosdegerenciamento,obviamentecoma promessa de repasse do seu respectivo custeio.Osserviosnoestavamnamatrizderesponsabilidade29aseremofertados, conforme entendeu a presidente da CAF.Afirma-se,portanto,30queosservioseasdespesasabaixorelacionadosnoconstam como includos nas atividades que deveriam ser desenvolvidas pela Pr-Sade em Tocantins e que devem ter o valor de seu custeio repassado pelo ente poltico:a)CompradeleitosexternosdeUTIsadulto,UTIneonatalecirurgia,juntoas unidadesdesadehospitalaresIOPCEACOPCRISTOREIOSVALDO CRUZ.31b)Remoo de pacientes em UTIs areas e terrestres; c)Servios de hemodinmica (HGP); d)Locao de equipamentos hospitalares; e)Locao de imveis f)Tomografia do hospital de Araguana g)UTI adulto no HGP de Palmas, correspondente a ampliao de 8 (oito) leitos; h)UTIadultonoHospitalRegionalPblicodeAraguana,correspondentea ampliao de 10 (dez) leitos; i)UTI adulto no Hospital Regional Pblico de Gurupi, correspondente a ampliao de 12 (doze) leitos; j)UTI neonatal no Hospital Maternidade Dona Regina, correspondente a ampliao de 10 (dez) leitos; k)Leitos externos para pacientes de UTI Servio de PID Programa de Internao Domiciliar; l)Contratodetrabalhodecercade1.200(ummileduzentos)empregados (celetistas)nocontempladosnapropostadoprojetooriginal,decorrentesde servidores da sade exonerados pelo Estado do Tocantins. Atalmatrizderesponsabilidade(planilhasdefls.15a82doanexodo relatrio), elaborada unicamente pela prpria SESAU, no prev os servios que a Pr-Sade est cobrando e que no constam de suas obrigaes primitivas.EmnenhummomentoaPr-Sadecogitouousequerinsinuouacobranaem duplicidadedequalquerservio.Atporqueosserviosemrelaoaosquaisela cobra o respectivo repasse no foram planilhados e no constam dos valores primitivos retratados nos Contratos de Gerenciamento.APr-Sadecobraorepassedetaisvaloresdeformaclaraeobjetiva,oque afasta qualquer alegao de duplicidade.Nohfalar-seemexcedente,naconceituaodoEstado,,poisosvalores cobradosassimnosecaracterizam.Osserviosobjetodecobranaderepassedos seus respectivos valores no foram pactuados primitivamente.9.Repasse parcial e intempestivo de valores pelo Estado do Tocantins.

29 Pgina 7 do relatrio. 30VideofciosdaPr-SadedirigidosaoSecretriodeSadedoEstadodoTocantins protocolados na SESAU sob n. 44276 e 44.241, em 24.02.2012. 31AssuntodiscutidoemreuniorealizadanoGabinetedoSecretrioEstadualdeSade,Dr. Arnaldo Alves Nunes, no dia 02.12.2011, s 09h00. Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 22 de 58

Arelaojurdicamantidaentreaspartesimplicanaobrigatoriedadede cumprimentobilateraldasatribuiesassumidasespontaneamentedeformaintegrale tempestivamente.desnecessriodiscorrersobreasgravssimasimplicaes institucionais,comerciaisetc.,queorepasseparcialeintempestivoderecursos financeiroscausaramecontinuamcausandoentidadeparceiraresponsvelpela quitao das obrigaes, na ponta operacional da relao com terceiros.Orepasseintegraldasverbasfinanceiras,tempestivamente,consisteem obrigaolegalecontratualdoEstadodoTocantins,conformeexplicitamasclusulas 3,itens1e232,sexta33estima34dosContratosdeGerenciamento.Seu inadimplemento,ouatraso,implicanaimpossibilidadedeaPr-Sadecumprira contento,etambmnosprazos,asmetasquantitativasequalitativasestabelecidase constantes dos anexos de tais instrumentos. A reteno de recursos, seja a que ttulo for, traz como consequncia imediata o desequilbrio da equao econmico-financeira firmada bilateralmente e que deve estar presente durante a execuo das atividades.A ttulo de exemplo, mencionem-se os descontos35 de R$ 3.276.421,80 relativos aos pagamentos das empresas Forenge Engenharia Construes e Incorporaes Ltda. (R$2.133.680,00) e DNMV S/A (R$1.142.741,80) na competncia de janeiro de 2012 e dos mesmos valores de ambas as empresas para a competncia de fevereiro de 2012, oqueimportaemR$6.552.843,60derepassesnoefetuadospeloEstadodo Tocantins.Orelatrioemdiscussoinformaosseguintesdadosrelativosaosrepasses financeiros relativos ao custeio pelo Estado do Tocantins para a Pr-Sade36:Ms Data do repasse, conforme relatrio Data do efetivo repasse, conforme registros da Pr-Sade Fonte dos recursos Setembro/1104.1006.10Estadual26.1027.10Federal

32 Clusula Terceira Das obrigaes da Contratante Para a execuo dos servios objeto do presenteContratodeGerenciamento,aContratanteobriga-sea:1ProveraContratadados meios necessrios execuo do objeto deste contrato. 2 Programar no oramento Estadual, nosexercciossubsequentesaodaassinaturadopresentecontrato,osrecursosnecessrios, noselementosfinanceirosespecficosparacustearaexecuodoobjetocontratual,deacordo comosistemadepagamentoprevistonoAnexoIIIsistemadePagamento,queintegraeste instrumento.33ClusulaSextaDoprazodevignciaCaput[...]PargrafonicoOprazodevigncia contratualestipulanestaclusulanoeximeaContratantedacomprovaodaexistnciade recursosoramentriosparaaefetivacontinuidadedaprestaodosserviosnosexerccios financeiros subsequentes ao da assinatura do Contrato de Gerenciamento.34ClusulaStimaDosrecursosfinanceirosPelaprestaodosserviosobjetodeste ContratodeGerenciamento,especificadonoAnexoIPrestaodeServios,aContratante repassarContratada,noprazoecondiesconstantesnesteinstrumento,bemcomono Anexo III Sistema de Pagamento, a importncia anual estimada de [...]. (gr) 35 Conforme consta do Ofcio n. 850/2012-SESAU/GAB/NG, datado de 07.02.2012, assinado pelo ento Secretrio Estadual de Sade, Raimundo N. P. dos Santos. 36 Pginas 4 e 5.Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 23 de 58 Outubro/11 09.1109.11Estadual08.1109.11Federal Novembro/1128.11 29.11Estadual25.1128.11Federal Dezembro/1128.1229.12.11 e 26.01.12Estadual (parcial) 22.1223.12Federal Janeiro/12 07.0216.02, 17.02, 22.02 e 14.03 Estadual (parcial)15.0216.02, 22.02 e 13.03Federal Fevereiro/12No informado14.03Estadual14.03Federal Quanto aos valores relativos a investimento, O Estado do Tocantins somente os repassou uma nica vez, em 06.10.2011, no valor de R$ 4.790.312,00. Orelatrioinformaqueospagamentos[...]foramrealizadosnosmeses subsequentesaodarefernciacomoformadeatenderalegislaoaplicvel Administrao Pblica, em especial a Lei 4.320, de 17 de maro de 1964, [...].37Ignoraorelatriooqueaspartespactuaramexpressamente,conformefizeram constar nos Contratos de Gerenciamento primitivos, que no foram objeto de aditamento neste sentido:Anexo III III Sistemtica e Critrios de Pagamento III.A Condies de Pagamento5. Aprimeiraparcelamensaldepagamentodestecontrato ser liberada de forma antecipada, visando possibilitar a implantao das atividades do HOSPITAL. A liberao desta parcela no est condicionada a apresentao de qualquer relatrio,pormdeverobedeceraoPlanoOramentrio apresentado neste Anexo. (sic gr) 6. A segunda e a terceira mensal de pagamento deste contrato ser liberada at o 10 (dcimo) dia til do ms vigente, noestandoconsignadaaapresentaoderelatriosou quaisquerdocumentos,pormdeverobedeceraoPlano Oramentrio apresentado neste Anexo. (sic gr) 7. Apartirdaquartaparcelamensal,aliberaoser realizadaato10(dcimo)diatildomsvigente, medianteaapresentaodorelatriodeproduoedos documentosestabelecidosnoitem1daClusulaIII-B, referentesaoanti-penltimomsdeatividadesda Contratada. (sic - gr) 8. AparceladestinadaaInvestimentos,Adequaese Reformasdestecontratoserliberadadeforma

37 Pgina 5. Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 24 de 58 antecipada,parapossibilitaraimplantaodas atividadesdoHOSPITALmensalmente.Aliberaodesta parcela no est condicionada a apresentao de qualquer relatrio,contudodevesercomprovadaaefetiva aplicao do recurso. (sic - gr) Emrazodadinmicaoperacionaldaatividadehospitalaredascaractersticas especficasdasatividadesqueseriamdesenvolvidaspelaentidadeparceriae,ainda, diantedanecessidadedeimediatoabastecimentodoshospitaisdemateriais, medicamentoseinsumos,dentreoutros,realocaoecontrataodemodeobra especializada e todo o feixe tcnico-administrativo e cientfico que emerge dele, havia a necessidadeprementederepassedecapitaldegiroparafazerfrenteatodasas questes relativas ao funcionamento das unidades de sade.Diantedasituaoprecriaadministrativaemqueoshospitaisestaduaisse encontravam, conforme se extrai do texto do Decreto Estadual n. 4.279/11, conscientes esabedoresdamecnicaacimamencionada,aspartes,emconjunto,combinaram textualmente que haveria antecipao de recursos para fazer frente s vrias despesas emergenciaisquesefaziamnecessrias,visandoevitarsoluodecontinuidadeno atendimento dos cidados. E ambas as partes assim fizeram, conforme consta da clusula contratual acima transcrita. Apartirdestecontexto,omitidopelorelatriosemestral,absolutamente determinanteparaqueaspartesassimagissem,aremissolegalconstantedo documento aqui refutado deve ser revista. AantecipaodevaloresfoiprevistaexpressamentenosContratosde Gerenciamento,apartirdodesejodeambasaspartes,inclusiveaassessoriajurdica interna e externa da Secretaria de Sade do Estado do Tocantins, que concordou com a suaredaoeinseroemreferidosinstrumentosjurdicos.Etodosassimagiram porquecederam,conscientemente,realidadefticapericlitantenaqualse encontravam os hospitais estaduais no momento da assinatura do pacto contratual.A experincia na seara pblica permite saber que a antecipao de pagamentos permitida em casos semelhantes, havendo vrios precedentes do TCU nesse sentido: [...]opagamentoantecipado,parcialoutotal,somentesedeveefetuar emcarterexcepcional,quando,comprovadamente,sejaestaanica alternativaparaobterobemouasseguraraprestaodoservio desejado,ouaindaquandoaantecipaopropiciarsensveleconomia derecursos(grifei),circunstnciasquejustificaram,porexemplo,a aquiescnciadestaCorteemdoiscasosanteriormentejulgados,noTC 041.020/73,Sessode03.09.74,AnexoVIIAtano66/74,enoTC 018.476/85-6,Sessode16.09.86,AnexoV,Atano66/86'.38(grifos nossos)

38BRASIL.TribunaldeContasdaUnio.Processono013.814/93-1.Decisono444/1993- Plenrio. Relatora: Ministra lvia L. Castello Branco. Braslia, 06 de outubro de 1993. Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 25 de 58 ExemplosingulardessapermissividadedecorredejulgamentodoTCUque admitiuopagamentoantecipado,mesmosemasgarantiasprevistasnoart.38do Decreto 93.872/86.39

No caso especfico dos contratos de gerenciamento, o uso ostensivo de mo-de-obra que gera elevadas despesas Pr-Sade, alinha-se farta jurisprudncia do TCU nos casos de antecipao de pagamento em prestaes de servios de treinamento de pessoal. Veja-se: Emrelaoaospagamentosantesdaexecuodosservios, [...]Consideroplausvelajustificativadosresponsveisao comentaralimitaofinanceiradealgumasentidades,bem comoapreparaodotreinamentopropriamentedito,exigindo aportefinanceiroquealgumasunidadesexecutorasno possuem. Observo que a atividade de treinamento diferente de execuo de obra: no momento em que o treinamento ocorre, muitasaesdeapoiojforamrealizadas.40(grifose supresses nossos)Desse modo, entende-se que a antecipao regular e admitida pelo Direito. OEstadodoTocantinsrepassouparcialmente41asverbasrelativasacusteio entidadeparceiraecomvriosdiasdeatraso.Almdisso,osvaloresrelativosaos investimentos simplesmente no foram repassados, conforme constam detalhadamente das planilhas que instruem este documento/resposta42, e so assim resumidas:Origem dos recursosValores NO repassados pelo Estado do Tocantins at 23.03.2012 em R$ Custeio estadual 17.647.345,52 Custeio federal 5.655.585,08 Investimento Estado 28.741.872,00 Total52.044.802,60 Osvaloresrelativosaosinvestimentosrepresentamparcelaabsolutamente importantedaquantiamensalpactuadabilateralmente.Aimediatanecessidadede realizao de investimento nas unidades hospitalares estaduais consta textualmente de trabalhoelaboradopeloprprioentepoltico,intituladoProjetoparaRevitalizaodas UnidadesHospitalaresAdministradaspeloEstadodoTocantins,compostopor14 pginas e assinado pelo ento Secretrio Estadual de Sade Dr. Arnaldo Alves Nunes. Obviamentequeanorealizaodosinvestimentosimpactanegativamentena qualidadedosserviosdesade,diantedacaticasituaoencontradanos17 hospitais.

39 BRASIL. Tribunal de Contas da Unio. Processo n TC-005.870/2002-8. Acrdo n 65/2003 - Plenrio. Relator: Augusto Sherman Cavalcanti. Braslia, 05 de fevereiro de 2003. 40 BRASIL. Tribunal de Contas da Unio. Processo TC no 275.407/1997-7. Deciso no 664/1999. Relator: Ministro Valmir Campelo. Braslia, 29 de setembro de 1999. 41 H vrios ofcios neste sentido que protocolados pela Pr-Sade na SESAU, como o recebido por Gerusa em 07.11.2011 e o de n. 44.240, em 24.02.2012, no protocolo geral. 42 Planilhas inclusas. Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 26 de 58 10.Desequilbrio dos valores constantes dos Contratos de Gerenciamento.ACMBConfederaodasSantasCasasdeMisericrdia,Hospitaise EntidadesFilantrpicas,apedidodoEstadodoTocantins,elaborourelatriode avaliaodeprestaodecontasarespeitodos17hospitais,quefoiencaminhado Pr-Sade por e-mail, em que pese o ente poltico no ter formalizado a sua entrega.Taldocumento,datadode29.02.2012,analisaascontasprestadasat 31.01.2012(item3.3Observaes).Oobjetivodetalrelatrio,compostopor119 pginas,foiodeauxiliaramediodedesempenhodoContratodeGestofirmado entre a Secretaria Estadual da Sade SESAU/TO e a Organizao Social Pr-Sade(p. 2).OrelatriocomparaasmetaspactuadasnosanexosdosContratosde Gerenciamentoeaproduoquantitativaequalitativaatingidas,almdeconter avaliaofinanceiradereferidosinstrumentosapartirdaconfrontaoentreo contratado e o realizado. Em geral, a avaliao das atividades desenvolvidas pela Pr-Sade bastante satisfatria, conforme se pode nele constatar. H, tambm, para cada hospital,aidentificaodelanamentosnoconformes,segundoaticadaCMB,o que est sendo objeto de anlise, discusso e aprimoramento por parte da Pr-Sade. Dopontodevistafinanceiro,aprpriaConfederaoconcluiuqueha necessidadederealinhamentodosvaloresrepassadospelogovernoentidade parceira,paracimaouparabaixo,apartirdaconfrontaodasmetasedeseu percentual de atingimento. So as seguintes as concluses, neste particular: NHospital Avaliao e sugesto de realinhamento financeiro %Pgina 1Alvorada 11,277 2Araguau 2,2214 3Araguana 19,8421 4Arapoema 27,5228 5Arraias 13,3135 6Dianpolis 1,2542 7Dona Regina 11,2749 8Guara11,1956 9Gurupi19,3663 10HDT7,1970 11HGP41,2677 12Infantil49,9284 13Miracema 10,4991 14Paraso 9,5598 15Pedro Afonso 31,01105 16 Porto Nacional33,62112 17Tia Ded 13,80119

Esta entidade fez constar no seu Ofcio DirOperacional n. 23/12, protocolado na SESAU sob n. 46.153, em 12.03.2012: Rua Guaicurus, 563, Lapa, 05033-001, So Paulo/SP, (11) 2238.5566 [email protected] 27 de 58 1. - Consideraes Gerais Considerando como base de avaliao o Relatrio de Avaliao dePrestaodeContasextradodosistemaGesaworlde apresentado em 29 de fevereiro de 2012.Considerando a soma dos saldos dos 17 hospitais, o relatrio citado acima apresentou um valor negativo de R$3.817.515,44, demonstrando a necessidade de acrscimo do valor contratual de 23%. Considerandoomesmocritrioadotadonorelatriocitado acima para contas a pagar vencidas, foi includa a mdia de contasapagaravencer,devidoaoentendimentoqueas mesmassoparteintegrantedocustodoperodoapurado.Isto posto o valor negativo passa a ser de R$6.678.359,34, correspondendo um acrscimo do valor contratual de 40%. Paraapresentarapropostaderepactuao,consideramos ainda os valores dos Novos Servios em Operao parcialmente lanadosnamdiadorelatriodaGesaworld,osNovos Servios a Operacionalizar e as Dedues, conforme descrito a seguir: [...]O relatrio da CMB no apresenta integralmente o impacto de custos dos novos servios,vezqueutilizou,paraavaliao,asmdiasdosmesesdenovembroe dezembro de 2011 e janeiro de 2012, sendo que os novos servios em operao, como, porexemplo,aampliaodosleitosdeUTIdeAraguanaedoDonaRegina,foram iniciadas apenas no final de dezembro de 2011. Da mesma forma, o relatrio da CMB no apresenta integralmente o impacto de custosdasempresasMVeForenge,vezqueutilizou,paraavaliao,asmdiasde novembroedezembrode2011ejaneirode2012,mesesemqueessesserviosno forampagosintegralmente.Portanto,incorretaaafirmaodeque,retirandoessas duas empresas, no seria necessrio nenhum acrscimo financeiro.11.Inexistncia