consumidores do século xxi, cidadãos do xvii

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27/05/09 Centro Universitário Franciscano Curso de Joralismo Sociologia da Comunicação 1 Consumidores do século XXI, cidadãos do XVII Consumo e Cidadania

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Consumidores do século XXI, cidadãos do XVII. Consumo e Cidadania. Tese de Canclini. Regras abstratas da democracia e as diferentes formas de participação coletivas em espaços públicos perdem força frente a respostas do consumo privado de bens e dos meios de comunicação de massa. - PowerPoint PPT Presentation

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Consumidores do século XXI, cidadãos do XVII

Consumo e Cidadania

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Tese de Canclini

Regras abstratas da democracia e as diferentes formas de participação coletivas em espaços públicos perdem força frente a respostas do consumo privado de bens e dos meios de comunicação de massa

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Críticos da globalização (perspectivas)

Não a falta mas o excesso Cultura do efêmero Obsolescência periódica

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“Vamos nos afastando da época em que as identidades se definiam por essências a-históricas: atualmente configuram-se no consumo, dependem daquilo que se possui, ou daquilo que se pode chegar a consumir. As transformações constantes nas tecnologias de produção, no desenho de objetos, na comunicação mais extensivos ou intensivos entre sociedades – e do que isto gera na ampliação de desejos e expectativas- e do que isto gera na ampliação de desejos e expectadores – tornam instáveis as identidades fixadas em repertórios de bens exclusivos de uma comunidade étnica ou nacional.” (CANCLINI, 1999,p.39)

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Consumidor Internacional

“ Os objetos perdem a relação de fidelidade com os territórios originários. A cultura é um processo de montagem multinacional, uma articulação flexível de partes, uma colagem de traços que qualquer cidadão de qualquer país, religião e ideologia pode ler e utilizar.”p. 41

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Globalização

Melhor definição do que venha a ser globalização A Morte da Princesa Diana.

Uma princesa inglesa com um namorado egípcio tem um acidente de carro dentro de um túnel francês, num carro alemão com motor holandês, conduzido por um belga, bêbado de whisky escocês, que era seguido por paparazzis italianos, em motos japonesas. A princesa acidentada foi tratada por um médico americano, que usou medicamentos brasileiros.E isto é enviado a você por um brasileiro, usando tecnologia americana (Bill Gates), e, provavelmente, você está lendo isso em um computador genérico que usa chips feitos em Taiwan, e um monitor coreano montado por trabalhadores de Bangladesh, numa fábrica em Singapura, transportado em caminhões conduzidos por indianos, roubados por indonésios,descarregados por pescadores sicilianos, reempacotados por mexicanos e, finalmente, vendido a você por judeus, através de uma conexão paraguaia.Isto é, caros amigos, GLOBALIZAÇÃO!!!

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Objetos e seus efeitos

“ Os objetos perdem a relação de fidelidade com os territórios originários. A cultura é um processo de montagem multinacional, uma articulação flexível de partes, uma colagem de traços que qualquer cidadão de qualquer país, religião e ideologia pode ler e utilizar.”p. 41

Modificação na relações econômicas e reflexo no comportamento dos indivíduos

Mundo de oportunidades Chances aparentemente infinitas

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Consumo como identidade

Cidadania: pertencimento a redes sociais, MAS, redes ocupadas pelo consumo

“Para vincular o consumo com a cidadania, e vice-versa, é preciso desconstruir as concepções que julgam os comportamentos dos consumidores predominantemente irracionais e as que somente vêem os cidadãos atuando em função da racionalidade dos princípios ideológicos.”p. 45

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Nova estrutura de mundo

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O consumo serve para pensar, pois “ quando selecionamos os bens e nos apropriamos deles, definimos o que consideramos publicamente valioso, bem como os modos com que nos integramos e nos distinguimos na sociedade, com que combinamos o pragmático e o aprazível.”p.45

CONTUDO…..

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“se cidadão não tem a ver apenas com os direito reconhecidos pelos aparelhos estatais para os que nasceram em um território, mas também com as práticas sociais e culturais que dão sentido de pertencimento.”p. 46

Nova relação do indivíduo com o Estado-nação Visão Clássica:

Direitos civis

Direitos sociais

Direitos políticos

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Nova Cidadania

Cidadania ambiental Cidadania racial Cidadania de gênero Cidadania cultural

Mas…

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Por qual motivo uma nova cidadania?

Estado não dá mais conta das necessidades dos indivíduos:“Desiludidos com as burocracias estatais, partidárias e sindicais,

o público recorre à rádio e à televisão para conseguir o que as instituições cidadãs não proporcionam: serviços, justiça, reparações ou simples atenção. Não é possível afirmar que os meios de comunicação de massa com ligação direta via telefone, ou que recebem os espectadores em seus estúdios, sejam mais eficazes que os órgãos públicos, mas fascinam porque escutam e as pessoas sentem que não é preciso se ‘ater a adiamentos, prazos, procedimentos formais que adiam ou transferem as necessidades (...) A cena de televisão é rápida e parece transparente; a cena institucional é lenta e suas formas (precisamente as formas que tornam possível a existência de instituições) são complicadas até a opacidade que gera o desespero.’”p. 50

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Estado não dá conta das necessidades sociais Então…

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Mas….

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consumir também se pensa, se reconhece e reelabora o sentido social

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“Em outros termos, devemos nos perguntar se ao consumir não estamos fazendo algo que sustenta, nutre e, até certo ponto, constitui uma nova maneira de ser cidadão.”p. 55

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“Existem formas de solidariedade política nacional e transnacional, como a de movimentos ecológicos e organizações não-governamentais, apropriadas ao exercício da cidadania em um mundo globalizado. Mas as massas e até os setores politizados sentem pouca atração por estas estruturas internacionais. É o que revela a baixa participação na eleições para o parlamento europeu em 1994 e a escassa repercussão que têm nas agendas de movimentos sociais e partidos políticos nacionais os projetos de integração latino-americana.”p. 63

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Reinvenção das políticas:

“A clássica definição socioespacial de identidade, referida a um território particular, precisa ser completada com uma definição sociocomunicacional. Tal reformulação teórica deveria significar, no nível das políticas ‘identitárias’ (ou culturias), que estas, além de se ocuparem do patrimônio histórico, desenvolvam estratégias a respeito dos cenários informacionais e comunicacionais onde também se configuram e renovam as identidades.”p. 59-60

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Os debates de interesse público e a construção de alternativas deviam ser feitas (também) nos meios eletrônicos onde as maiorias se informam.

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Bibliografia

CANCLINI, Néstor Garcia. Consumidores e Cidadaos: conflitos multiculturais da globalizacao. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1999.