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TEXTO INFORMATIVO. NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDO EFEITOS LEGAIS. CONSULTA Nº: 01, de 25 de janeiro de 2007 CONSULENTE: COMPANHIA ULTRAGAZ S.A. SÚMULA: ICMS. CRÉDITO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE. TOMADOR DO SERVIÇO. LACRE. POSSIBILIDADE. TINTAS PARA A PINTURA DE BOTIJÃO. MERCADORIA DESTINADA AO USO OU CONSUMO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE INTERNA. ISENÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE CREDITAME NTO. RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO A Consulente informa que tem como atividade principal o comércio varejista e distribuição de gás liquefeito de petróleo – GLP. Expõe que para o exercício de sua atividade adquire materiais intermediários e materiais de embalagem, tais como: tinta para pint ura dos botijões e lacres para o envase do gás. Afirma, ainda, adquirir combustível para os veículos de sua frota que são utilizados na comercialização do produto; além disso, contrata prestadoras de serviços de transporte para translado de vasilhames, mat eriais de uso ou consumo e de bens do ativo permanente da empresa. Para a Consulente resta cristalino o direito ao aproveitamento do crédito do ICMS na contratação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e nas aquisições de tinta e lacres. Aduz que, por ocasião da venda, retira botijão vazio e entrega um cheio, cobrando apenas o GLP que está nele acondicionado. Em muitas oportunidades o botijão entregue nem sempre é da marca da Consulente, mas de outras empresas varejistas e distribuidoras. E em cumprimento a legislação federal, de que cada empresa deve engarrafar o GLP no botijão de sua marca, criaram-se os “centros de destroca” onde cada empresa deixa os botijões das outras distribuidoras e retira os de sua marca. Para efetuar a entrega e r etirada dos botijões, a Consulente contrata empresas transportadoras que emitem o Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, com cláusula CIF (frete pago pelo remetente).

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

CONSULTA Nº: 01, de 25 de janeiro de 2007

CONSULENTE: COMPANHIA ULTRAGAZ S.A.

SÚMULA: ICMS. CRÉDITO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DETRANSPORTE. TOMADOR DO SERVIÇO. LACRE.POSSIBILIDADE. TINTAS PARA A PINTURA DEBOTIJÃO. MERCADORIA DESTINADA AO USO OUCONSUMO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTEINTERNA. ISENÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DECREDITAMENTO.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente informa que tem como atividadeprincipal o comércio varejista e distribuição de gásliquefeito de petróleo – GLP.

Expõe que para o exercício de sua atividadeadquire materiais intermediários e materiais de embalagem,tais como: tinta para pintura dos botijões e lacres para oenvase do gás.

Afirma, ainda, adquirir combustível para osveículos de sua frota que são utilizados na comercialização doproduto; além disso, contrata prestadoras de serviços detransporte para translado de vasilhames, materiais de uso ouconsumo e de bens do ativo permanente da empresa.

Para a Consulente resta cristalino o direito aoaproveitamento do crédito do ICMS na contratação de serviço detransporte interestadual e intermunicipal e nas aquisições detinta e lacres.

Aduz que, por ocasião da venda, retira botijãovazio e entrega um cheio, cobrando apenas o GLP que está neleacondicionado. Em muitas oportunidades o botijão entregue nemsempre é da marca da Consulente, mas de outras empresasvarejistas e distribuidoras. E em cumprimento a legislaçãofederal, de que cada empresa deve engarrafar o GLP no botijãode sua marca, criaram-se os “centros de destroca” onde cadaempresa deixa os botijões das outras distribuidoras e retiraos de sua marca. Para efetuar a entrega e retirada dosbotijões, a Consulente contrata empresas transportadoras queemitem o Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, comcláusula CIF (frete pago pelo remetente).

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Ante o exposto apresenta as seguintesindagações, nos seus próprios termos:

a) A Consulente, em consonância com o dispostono artigo 24 do RICMS/PR, teria direito a creditar-se doimposto relativo a aquisição de serviço de transporte dosvasilhames, que fazem parte integrante do ativo imobilizado?(exemplo: compra de vasilhames direto do fornecedor)

b) A Consulente, embasado no que dispõe o artigo24 do RICMS/PR, poderia creditar-se do imposto na contrataçãode serviços de transporte de mercadorias (GLP envasado ougranel)?

c) A Consulente poderia creditar-se do imposto,na contratação de serviço de transporte nas operações detransferência (entre filiais da mesma empresa) de vasilhamesvazios?

d) A Consulente poderia creditar-se do imposto,na contratação de serviço de transporte nas operações dedestroca de vasilhames vazios (descrito anteriormente)?

e) A Consulente, embasada no que dispõe o artigo24 do RICMS/PR, poderia creditar-se de imposto na aquisiçãode materiais embalagens e materiais intermediários tais como,lacre e tinta, destinados à pintura dos botijões e para envasedo GLP?

RESPOSTA

Em relação às indagações “a”, “b”, “c” e “d”, aConsulente poderá creditar-se do imposto destacado nodocumento fiscal destinado a acompanhar a prestação de serviçode transporte, desde que tomadora do serviço, nos termos dosartigos 23 e 24 da Lei n. 11.580/1996, verbis:

Art. 23. O imposto é não-cumulativo, compensando-se oque for devido em cada operação relativa à circulaçãode mercadorias ou prestação de serviços de transporteinterestadual e intermunicipal e de comunicação com omontante cobrado nas anteriores por este Estado oupor outra unidade federada, apurado por um dosseguintes critérios:

....

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Art. 24. Para a compensação a que se refere o artigoanterior, é assegurado ao contribuinte o direito decreditar-se do imposto anteriormente cobrado emoperações de que tenha resultado a entrada demercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou aoativo permanente, ou o recebimento de serviços detransporte interestadual e intermunicipal ou decomunicação.

De se destacar que em relação as mercadoriasdestinadas ao uso ou consumo, antes mencionado, deve serobservado o disposto no artigo 65, I, da Lei n. 11.580/96, quetem a seguinte redação:

Art. 65. Na aplicação do art. 24 e dos incisos I aIII e § 1º do art. 27, dará direito a crédito (LeiComplementar n. 102/00):

I - a entrada de energia elétrica e o recebimento deserviço de comunicação, nas hipóteses não elencadas,respectivamente, nos §§ 6º e 7º do art. 24, e aentrada de mercadoria destinada ao uso ou consumo doestabelecimento, a partir das datas previstas noinciso I, na alínea "d" do inciso II e na alínea "c"do inciso IV, do art. 33 da Lei Complementar n. 87,de 13 de setembro de 1996, observadas as alteraçõesposteriores;

E o artigo 33 da Lei Complementar n. 87/96 estácom a seguinte redação, verbis:

Art. 33. Na aplicação do art. 20 observar-se-á oseguinte:

I - somente darão direito de crédito as mercadoriasdestinadas ao uso ou consumo do estabelecimento neleentradas a partir de 1º de janeiro de 2011;

Nova redação dada ao inciso I pelo art. 1º da LeiComplementar nº 122, de 12.12.2006, produzindoefeitos a partir de 13.12.2006.

Entretanto, deve ser ressaltado que a prestação

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.interna de serviço de transporte intermunicipal de cargas estáisenta do ICMS, conforme previsão do item 76-A do Anexo I doRICMS/2001, observada as condições estabelecidas, verbis:

76-A PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTEINTERMUNICIPAL DE CARGAS, até 30.04.2007, que tenhainício e término no território paranaense e cujotomador do serviço seja contribuinte do impostoinscrito no CAD/ICMS deste Estado (Convênio ICMS04/04).

O item 76-A foi revigorado com nova redação peloart. 1º, alteração 711ª, do Decreto n. 7.677, de27.12.2006, produzindo efeitos a partir de20.10.2006.

Redações anteriores:

O texto original do item 76-A foi revogado peloart. 1º do Decreto n. 7.393, de 20.10.2006.

Diante disso, nos termos do artigo 27, I, da Lein. 11.580/1996, é vedado o crédito de prestações isentas,conforme segue:

Art. 27. É vedado, salvo determinação em contrário dalegislação, o crédito relativo a mercadoria ou bementrados no estabelecimento ou a prestação deserviços a ele feita:

I - decorrentes de operações ou prestações isentas ounão tributadas, ou que se refiram a bens,mercadorias, ou serviços alheios à atividade doestabelecimento;

Quanto à indagação descrita no item “e”,apreciar-se-á a possibilidade dos créditos somente em relaçãoàs aquisições de tintas e lacres.

Em relação aos créditos decorrentes dasaquisições de lacres, a Consulente poderá apropriá-los, nostermos dos artigos 23 e 24 da Lei n. 11.580/96, antes citados,por se tratar de parcela da embalagem utilizada naindustrialização do envase do gás (reacondicionamento), cujasaída é tributada.

Por sua vez, as tintas empregadas para pintura

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.de seus botijões, uma vez aplicadas na manutenção de seu ativopermanente, são mercadorias destinadas ao uso ou consumo,consoante definição dos §§ 1º e 2º do artigo 2º do Decreto n.5.141/2001, verbis:

Art. 2º Na aplicação do art. 24 do Regulamento doICMS, somente darão direito de crédito as mercadoriasdestinadas ao uso ou consumo do estabelecimento, neleentradas a partir de 1º de janeiro de 2011 (art. 65,I, da Lei nº 11.580/96 e Lei Complementar nº 122/06).

Nova redação dada ao art. 2º pelo art. 1º, do Decreton. 7.679, de 27.12.2006, produzindo efeitos a partirde 1º.01.2007.

§ 1º. Para efeitos do disposto no "caput", entende-secomo mercadoria destinada ao uso ou consumo doestabelecimento, a que não seja utilizada nacomercialização e a que não seja empregada paraintegração no produto ou para consumo no respectivoprocesso de industrialização ou na produção rural.

§ 2º. Entende-se por consumo no processo deindustrialização ou produção rural a total destruiçãoda mercadoria.

Os §§ 1º e 2º foram acrescentados pelo art. 3º, doDecreto n. 5.042, de 29.06.2005.

Portanto, nos termos do artigo 65, I, da Lei n.11.580/96, que está em conformidade com o estabelecido noinciso I do artigo 33 da Lei Complementar n. 87, de 13 desetembro de 1996, com a nova redação dada pela LeiComplementar n. 122, de 12.12.2006, somente dará direito aocrédito a entrada de mercadoria destinada ao uso ou consumo doestabelecimento, a partir de 01 de janeiro de 2011.

Caso a consulente esteja procedendodiferentemente do contido nessa resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001, tem o prazo de 15dias, a partir da ciência desta, para adequar-se.

PROTOCOLO: 8.792.321-5

CONSULTA Nº: 02, de 05 de fevereiro de 2007

CONSULENTE: SOUZA CRUZ S/A.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

SÚMULA: ICMS. FUMO DESFIADO. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA. BASE DE CÁLCULO.

RELATOR: GABRIEL VIEIRA DE OLIVEIRA

A Consulente atua no ramo de comércio atacadistade cigarros e derivados e expõe o seguinte:

Dentre os produtos que comercializa está o fumodesfiado, classificação fiscal NCM 2403.10.00, que correspondeà NBM/SH 2403.10.01.01, o qual está sujeito ao regime dasubstituição tributária. Entende que, de acordo com alegislação vigente, poderá adotar como base de cálculo paraesse produto o preço final a consumidor sugerido pelofabricante, conforme interpretação do que dispõe a LeiComplementar 87/96, Lei n. 11.580/96 e o Regulamento do ICMSde 2001. Indaga se está correto seu entendimento.

RESPOSTA

Reproduz-se a legislação que trata do assunto:

Lei Complementar 87/96:

Art. 8º. A base de cálculo, para fins de substituiçãotributária, será:

(...)

§ 3º. Existindo preço final a consumidor sugeridopelo fabricante ou importador, poderá a leiestabelecer como base de cálculo este preço.

Lei n. 11.580/96:

Art. 11. A base de cálculo, para fins de substituiçãotributária, será:

(...)

§ 2º Existindo preço final a consumidor sugerido pelofabricante ou importador, a base de cálculo será este

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

preço, na forma estabelecida em acordo, protocolo ouconvênio.

Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n.5.141 de 2001:

Art. 447. Ao estabelecimento industrial fabricante ouimportador que promover a saída de cigarro e outrosprodutos derivados de fumo, classificados na posição2402 e no código 2403.10.0100 da NomenclaturaBrasileira de Mercadorias/Sistema Harmonizado -NBM/SH, com destino a revendedores situados noterritório paranaense, é atribuída a condição desujeito passivo por substituição, para efeito deretenção e recolhimento do ICMS relativo às operaçõessubseqüentes (art. 18, IV, da Lei n. 11.580/96;Convênio ICMS 37/94).

Art. 448. A base de cálculo para a retenção doimposto será o preço máximo de venda a consumidorfixado pelo fabricante.

(...)

§ 2º O estabelecimento industrial, inscrito nesteEstado como substituto tributário, remeterá, em meiomagnético, à Inspetoria Geral de Fiscalização daCoordenação da Receita do Estado as listasatualizadas dos preços referidas no "caput" (ConvênioICMS 68/02).

§ 3º O sujeito passivo por substituição que deixar deenviar as listas referidas no parágrafo anterior ematé 30 dias após sua atualização, quando se tratar dealteração de valores, terá a sua inscrição canceladaaté a regularização, devendo observar, para orecolhimento do ICMS nas operações que realizar, odisposto no § 7º do art. 56.

Depreende-se, da legislação citada, que estácorreto o entendimento da Consulente, desde que atenda ao quedispõe os §§ 2º e 3º do art. 448 do Regulamento do ICMS,aprovado pelo Decreto nº 5.141/2001.

PROTOCOLO: 8.982.374-9

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

CONSULTA Nº: 03, de 07 de fevereiro de 2007

CONSULENTE: TIC COMÉRCIO DE COMBUSTÍVEIS E PERFILADOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. VENDA COM POSTERIOR EMISSÃO DE NOTAFISCAL. IMPOSSIBILIDADE.

RELATOR: GABRIEL VIEIRA DE OLIVEIRA

A Consulente atua no ramo de transportadorretalhista de combustíveis, mais especificamente com óleodiesel, adquiridos da Companhia Brasileira de PetróleoIpiranga e PETROBRAS, estabelecidas na cidade de Araucária.

Informa que suas vendas são destinadas a doistipos de clientes: Tic Transportes Ltda., no mesmo endereço daconsulente, para abastecimento de frota de caminhões e demaisconsumidores finais com sede no Estado do Paraná.

Esclarece que na sua sede existem quatro tanquessubterrâneos, sendo três de propriedade da consulente e um daTic Transportes.

Quando adquire os produtos para venda à TicTransportes eles são armazenados nos tanques da Consulente eapós a venda são transferidos para o tanque da transportadora,com capacidade não superior a 15.000 litros.

Tendo em vista o consumo dos finais de semanaser superior a 20.000 litros, esta operação tem lhe causadotranstorno para viabilização dos abastecimentos internos.

Considerando que a capacidade física do tanqueda Tic Transportes é inferior a demanda de consumo, paraefetuar os abastecimentos dos finais de semana são adotados osseguintes procedimentos:

a) os abastecimentos são feitos diretamente nostanques da Consulente, através de requisições devidamenteidentificadas;

b) as requisições contêm: data, placa equilometragem do veículo, nome e assinatura do motorista;

c) é realizado controle de fechamento diário,com apontamento do volume de litros abastecidos;

d) no primeiro dia útil ao da ocorrência do fatogerador, a Consulente efetua o fechamento e providencia aemissão de uma nota fiscal de venda pelo total abastecido, com

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.base nas requisições e medidas auferidas, para fins deregularização física e financeira dos estoques entre ambas asempresas.

Visando oferecer segurança fiscal, a Consulentedisponibiliza de sistemas informatizados com contabilidadeintegrada em tempo real, que possibilita a qualquer momentoauferir inventários físicos diários em atendimento as normasda ANP e exigências fiscais.

Diante do exposto indaga o seguinte:

a) está correto a Consulente emitir nota fiscalde venda no primeiro dia útil ao da ocorrência do fatogerador?

b) é possível a Consulente emitir em uma únicanota fiscal, em atendimento a demanda de consumo ou superior,desde que indique no documento o número do tanque no qualencontra-se armazenado os produtos?

c) em não sendo possível ambas as situações,solicita pronunciamento quanto aos procedimentos que devem seradotados.

RESPOSTA

Antes de responder ao indagado, reproduz-se alegislação que trata do assunto:

Lei n. 11.580/96:

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento:

I - da saída de mercadoria de estabelecimento decontribuinte, ainda que para outro estabelecimento domesmo titular;

Art. 46. As pessoas físicas ou jurídicas,contribuintes ou não, responsáveis, na forma dalegislação, estão obrigadas ao cumprimento dasobrigações tributárias acessórias, estabelecidasatravés de decreto do Poder Executivo.

Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.5.141/2001:

Art. 116. O contribuinte, excetuado o produtoragropecuário não inscrito no CAD/ICMS, emitirá notafiscal (Convênio SINIEF, de 15.12.70, arts. 7º, 18,20 e 21; Ajuste SINIEF 04/87):

I - sempre que promover a saída de bem ou mercadoria,antes do início dessa;

Depreende-se, dos dispositivos citados, que osprocedimentos expostos pela Consulente não encontram amparo nalegislação.

A nota fiscal deve ser emitida para cadaoperação e no momento da ocorrência do fato gerador.Inteligência dos artigos 5º e 46 da Lei n. 11.580/96,combinados com o inc. I do art.116 do Regulamento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 5.141/2001.

Caso esteja procedendo de forma diversa, aConsulente tem, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar-se ao que foi respondido(art. 591 do RICMS/2001).

PROTOCOLO: 9.118.345-5

CONSULTA Nº: 04, de 05 de fevereiro de 2007

CONSULENTE: TIL – TRANSPORTES COLETIVOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. ALÍQUOTA NO SERVIÇO DE TRANSPORTE.

RELATOR: GABRIEL VIEIRA DE OLIVEIRA

A Consulente informa que atua na prestação deserviços de transporte rodoviário de passageiros,intermunicipal e interestadual (Turismo) para pessoa física ejurídica, mediante contrato, e expõe o que segue.

Aduz que aplica a alíquota de 12% na prestaçãodo serviço de transporte iniciado no Estado do Paraná comdestino as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e EspíritoSanto, para todos os contratantes pessoa jurídica(contribuintes) estabelecidos no Estado do Paraná ou em outras

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.Regiões. Entretanto, com o advento da consulta 026/2006,passou a entender que deveria aplicar, na situação descrita, aalíquota de 7%, visto que a prestação de serviço de transportede passageiros tem como destino outra Unidade da Federação,embora prestador e contratante (ambos contribuintes) sejamestabebelecidos no Paraná. Na hipótese de aplicar a alíquotade 7%, indaga qual a possibilidade de restituição do créditonas prestações anteriores.

Informa que utiliza o Código Fiscal de Operaçõese Prestações - CFOP- do grupo 5.000 quando o contratante selocaliza no Paraná e grupo 6.000 quando o contratante selocaliza em outro Estado. Na prestação de serviço detransporte à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –EMBRAPA (contribuinte), utiliza o CFOP 5.352/6.352, visto quea tabela I do Anexo IV do RICMS/2001 não contempla a atividadedescrita. Perquire da correção desse procedimento.

RESPOSTA

A Consulta nº 026/2006 responde às dúvidassuscitadas pela Consulente. Entretanto, convém observar que, apartir de sua edição, houve alteração de entendimento quantoao critério para determinação da alíquota na prestação deserviço de transporte. Até a referida consulta, o fatorpreponderante era a condição do tomador do serviço. Após suaedição, o elemento principal passou a ser a efetiva prestaçãodo serviço, se interna ou interestadual, definida pelo destinofísico dado ao que é transportado.

Para responder as dúvidas da Consulente,reproduz-se o quadro resumo contido da Consulta nº 026/2006:

Prestação interestadual (início da prestação no Estado etérmino em outro ou DF)

DESTINATÁRIO Alíquota Fundamento legal

Contribuinte ou não doimposto com sede nosEstados do RS,SC, SP,RJ e MG.

12% Art. 15, inciso I, da Lei11.580/96.

Contribuinte doimposto com sede nas

7% Art. 15, inciso II, daLei 11.580/96. Art. 1º,par. Único, da Resolução

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.imposto com sede nasregiões Norte, Nordestee Centro Oeste eEstado do EspíritoSanto.

par. Único, da Resoluçãon. 22/89 do SenadoFederal.

Não contribuinte doimposto,independentemente do Estado de destino.

12% Art. 14, inciso II, § 1º,inciso IV, da Lei11.580/96.

Prestação interna (início e término da prestação de serviço noEstado do Paraná)

DESTINATÁRIO Alíquota Fundamento legal

Não contribuinte doimposto e nãoexcepcionado pelashipóteses de isenção.

12% Art.14, inciso II, alíneal, da Lei 11.580/96.

Contribuinte doimposto, em prestaçãode serviçointermunicipal deCARGAS, com início etérmino no terrritórioparanaense.

Isento Art.3º da Lei 11.580/96e art. 3º, par. único doRICMS, combinado com oitem 76-A do Anexo I.

Grifo não consta do original

Note-se que, para determinação da alíquota nasprestações de serviço de transporte é necessário saber,sobretudo, qual o destino do que é transportado e se odestinatário é ou não contribuinte do ICMS.

No caso relatado pela Consulente, em que aprestação tem início no Paraná e se destina às regiões Norte,Nordeste, Centro-Oeste e Espírito Santo, não é mais relevante,para fins de determinação da alíquota interestadual, o fato deprestador e contratante estarem estabelecidos no Paraná. Oimportante, nesse caso, é verificar qual a condição dodestinatário, se contribuinte ou não do imposto.

Nesse contexto, caso o destinatário não sejacontribuinte do imposto, a alíquota será de 12%, do contrário,se for contribuinte, a alíquota será de 7%.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Quanto à possibilidade de restituição do créditonas prestações anteriores, o contribuinte deverá observar oque dispõe o art. 30 e seus parágrafos da Lei nº 11.580/96.

Convém lembrar que, de acordo com taldispositivo, o contribuinte deverá produzir prova de que ovalor pleiteado não tenha sido recebido de terceiros, oureceber expressa autorização destes, a quem o encargo relativoao ICMS foi transferido, para requerer ao Secretário daFazenda as quantias que entenda ter sido indevidamenterecolhidas. Esse entendimento é confirmado pelo teor da súmula546 do Supremo Tribunal Federal (STF Súmula nº 546: Cabe arestituição do tributo pago indevidamente, quando reconhecido pordecisão, que o contribuinte "de jure" não recuperou do contribuinte"de facto" o "quantum" respectivo.).

O Código Fiscal de Operações e Prestações –CFOP- seguirá o mesmo critério que determina se a prestação éinterna ou interestadual, que é o destino físico do que étransportado. Se ultrapassar os limites do Estado éinterestadual, do contrário será interna. Por conseguinte,será adotado os códigos 6.000 ou 5.000, respectivamente.Correto o CFOP adotado pela consulente nas prestações com aEMBRAPA.

A Consulente tem, em caso de estar procedendo deforma diversa, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para se adequar ao que foi respondido(art. 591 do RICMS/2001).

PROTOCOLO: 9.119.726-0

CONSULTA Nº: 05, de 05 de fevereiro de 2007

CONSULENTE: NAVAJO INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE EMBALAGENSRECICLÁVEIS LTDA.

SÚMULA: ICMS. REGIME ESPECIAL Nº 3.777/06.INAPLICABILIDADE.

RELATOR: GABRIEL VIEIRA DE OLIVEIRA

A Consulente atua no ramo de fabricação deembalagens de papelão, inclusive papelão corrugado, efornece caixas de papelão com ou sem impressão da marca da

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.encomendante, que é beneficiária do Regime Especial n.3.777/06, o qual determina, na Cláusula primeira, odiferimento do ICMS incidente sobre a aquisição dematéria-prima e insumos utilizados diretamente no processoindustrial, em operações internas junto a empresas instaladasno Paraná.

Diante disso indaga:

Estaria esse produto enquadrado nesse regimeespecial? Em caso positivo seria como matéria-prima ou insumo?Como seria o enquadramento na expressão: “... utilizadosdiretamente no processo industrial,...”?

Informa a Consulente que, em seu entendimento,por se tratar de embalagens (caixas de papelão) esse produtonão se enquadra no Regime Especial n. 3.777/06, pois não fazparte diretamente do processo industrial da beneficiária, esim do produto acabado, portanto é parte integrante damercadoria e não da industrialização dos produtos. Por isso,enquanto aguarda resposta da consulta, continuará fazendo seusfaturamentos para a beneficiária sem o enquadramento no RegimeEspecial n. 3.777/06.

Indaga ainda, no caso de se aplicar o RegimeEspecial n. 3.777/06, e a beneficiária vir a ser o seu maiorcliente, como ficariam os créditos de ICMS relativos àaquisição das chapas utilizadas para a produção dasembalagens? Quando poderia utilizar-se efetivamente dessescréditos? Poderia pleitear que esse crédito fosse concedidoatravés de pecúnia?

RESPOSTA

Antes de responder ao indagado, reproduz-se aCláusula primeira do Regime Especial n. 3.777/06:

REGIME ESPECIAL Nº 3777/06

BENEFICIÁRIA: ITAP/BEMIS LTDA

CAD-ICMS: 90152880-24 CNPJ: 00216758/0003-23

SÚMULA: Diferimento. Artigo 86, § 3º RICMS/2001

Cláusula primeira: Fica diferido o pagamento do ICMS,incidente sobre a aquisição de matéria-prima einsumos utilizados diretamente no seu processo

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industrial, em operações internas junto a empresasinstaladas no Paraná e na importação do exterior,desde que desembaraçadas em território paranaense;

Parágrafo primeiro: O diferimento previsto no “caput”não se aplica às aquisições de energia elétrica,telecomunicações, serviços de transporte ecombustíveis, nem aos demais produtos sujeitos asubstituição tributária.

Depreende-se, do texto transcrito, que estácorreto o entendimento da Consulente em não aplicar o RegimeEspecial nas operações mencionadas, uma vez que as embalagens,tais como descritas, não se enquadram no conceito dematéria-prima ou insumos utilizados diretamente no processoindustrial, conforme previsto na Cláusula primeira do RegimeEspecial n. 3.777/06.

As demais indagações restam prejudicadas, emvirtude do anteriormente respondido.

PROTOCOLO: 9.061.693-5

CONSULTA Nº: 06, de 31 de janeiro de 2007

CONSULENTE: JOSE AUGUSTO DE MORAES BARROS

SÚMULA: ICMS. VEÍCULO UTILITÁRIO. USO NO SETORAGROPECUÁRIO. CRÉDITO. POSSIBILIDADE.

RELATOR: RANDAL SODRÉ FRAGA

A Consulente diz ser produtor rural e queadquiriu um veículo automotor utilitário, o qual empregaexclusivamente na sua propriedade agrícola. Em razão do quedetermina o art. 34 do RICMS, aprovado pelo Decreto nº5.141/01, questiona da possibilidade de creditamento do ICMSdestacado no documento fiscal.

RESPOSTA

O referido dispositivo regulamentar estabeleceque “Os produtores rurais, no momento da saída de produtos

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.agropecuários, poderão abater do ICMS a recolher o impostocobrado na operação de aquisição de insumos e de mercadorias,ainda que destinadas ao ativo permanente, e na prestação deserviços destinados à produção, na forma desta subseção,observado, no que couber, o disposto no § 4º do art. 24”(grifado).

Para apropriação e utilização de créditos debens destinados ao ativo permanente, deverá a Consulenteorientar-se pelo que dispõe o § 4º do art. 24 do mesmodiploma, a seguir transcrito:

Art. 24. Para a compensação a que se refere o artigoanterior, é assegurado ao contribuinte o direito decreditar-se do imposto anteriormente cobrado emoperações de que tenha resultado a entrada demercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou aoativo permanente, ou o recebimento de serviços detransporte interestadual e intermunicipal ou decomunicação (art. 24 da Lei n. 11.580/96).

(...)

§ 4º Para efeito do disposto no "caput", em relaçãoaos créditos decorrentes de entradas de mercadoriasno estabelecimento destinadas ao ativo permanente,deverá ser observado:

a) a apropriação será feita à razão de um quarenta eoito avos por mês, devendo a primeira fração serapropriada no mês em que ocorrer a entrada noestabelecimento;

b) em cada período de apuração do imposto, não seráadmitido o creditamento de que trata a alíneaanterior, em relação à proporção das operações desaídas ou prestações isentas ou não tributadas sobreo total das operações de saídas ou prestaçõesefetuadas no mesmo período;

c) para aplicação do disposto nas alíneas "a" e"b", o montante do crédito a ser apropriado será oobtido multiplicando-se o valor total do respectivocrédito pelo fator igual a um quarenta e oito avos darelação entre o valor das operações de saídas eprestações tributadas e o total das operações desaídas e prestações do período, equiparando-se àstributadas, para fins desta alínea, as saídas eprestações com destino ao exterior;

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d) o quociente de um quarenta e oito avos seráproporcionalmente aumentado ou diminuído, "pro rata"dia, caso o período de apuração seja superior ouinferior a um mês;

e) na hipótese de saída, perecimento, extravio oudeterioração do bem do ativo permanente, antes dedecorrido o prazo de quatro anos contado da data desua entrada no estabelecimento, não será admitido, apartir da data da ocorrência, o creditamento de quetrata este parágrafo em relação à fração quecorresponderia ao restante do quadriênio;

f) para efeito da compensação prevista neste artigo eno art. 23, e para a aplicação do disposto nasalíneas "a" a "e" deste parágrafo, além dolançamento no campo "Outros Créditos" do livroRegistro de Apuração do ICMS, serão objeto de outrolançamento no formulário Controle de Crédito de ICMSdo Ativo Permanente - CIAP, conforme o contido naTabela II do Anexo V deste Regulamento;

g) ao final do quadragésimo oitavo mês contado dadata da entrada do bem no estabelecimento, o saldoremanescente do crédito será cancelado;

Oportuno salientar que o direito ao crédito estácondicionado, dentre outros aspectos, ao que determina o art.51, do RICMS/01, a seguir reproduzido:

Art. 51. É vedado, salvo determinação em contrário dalegislação, o crédito relativo a mercadoria ou bementrados no estabelecimento ou a prestação deserviços a ele feita (art. 27 da Lei n. 11.580/96):

I - decorrentes de operações ou prestações isentas ounão tributadas, ou que se refiram a bens,mercadorias, ou serviços alheios à atividade doestabelecimento;

II - para integração ou consumo em processo deindustrialização ou produção rural, quando a saída doproduto resultante não for tributada ou estiverisenta do imposto, exceto se tratar-se de saída parao exterior;

III - para comercialização ou prestação de serviço,quando a saída ou a prestação subseqüente não foremtributadas ou estiverem isentas do imposto, exceto as

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destinadas ao exterior;

IV - quando o contribuinte tenha optado pela deduçãoa que se refere o § 2º do art. 26;

V - em relação a documento fiscal rasurado, perdido,extraviado ou desaparecido, ressalvada a comprovaçãoda efetividade da operação ou prestação por outrosmeios previstos na legislação;

VI - na hipótese de o documento fiscal correspondenteindicar estabelecimento destinatário diverso dorecebedor da mercadoria ou usuário do serviço.

§ 1º Salvo prova em contrário, presumem-se alheios àatividade do estabelecimento os veículos detransporte pessoal.

§ 2º Quando o ICMS destacado em documento fiscal formaior do que o exigível na forma da lei, oaproveitamento como crédito terá por limite o valorcorreto.

§ 3º O crédito lançado irregularmente fica sujeito aglosa em ação administrativo-fiscal, observando-se(art. 28 da Lei n. 11.580/96):

a) em relação aos créditos fiscais escriturados eainda não utilizados efetivamente pelo contribuinte:

1. será lavrado auto de infração propondo a aplicaçãoda penalidade específica e intimado o autuado, nopróprio processo, a efetivar o estorno, no prazo decinco dias, contados da data da ciência;

2. este deverá efetivar o estorno, mediante emissãode nota fiscal, que terá por natureza da operação“Estorno de Crédito por Ação Fiscal”, na qual seráindicado o número do auto de infração, bem como aforma de cálculo e o valor do imposto estornável;

3. a nota fiscal mencionada no item anterior deveráser lançada no campo “Estornos de Créditos” do livroRegistro de Apuração do ICMS;

b) em relação aos créditos fiscais escriturados eutilizados indevidamente pelo contribuinte, deveráser lavrado auto de infração com a exigência do ICMS,a título de glosa, propondo-se, ainda, a aplicação dapenalidade específica.

Do que se apresenta, responde-se positivamenteao questionamento formulado, preservadas as hipóteses legais

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.de vedação do crédito anteriormente enumeradas e confirmado oemprego exclusivo do veículo na atividade agropecuária.

No que houver procedido de forma diversa, oconsulente terá, de acordo com o art. 591 do RICMS/01, o prazode até quinze dias para adequar o seu procedimento ao quehouver sido elucidado, independentemente de qualquerinterpelação ou notificação fiscal.

PROTOCOLO: 9.061.692-7

CONSULTA Nº: 07, de 15 de fevereiro de 2007

CONSULENTE: JOSÉ AUGUSTO DE MORAES BARROS

SÚMULA: ICMS. ESTABELECIMENTOS DE PRODUÇÃO RURAL EDE DEPÓSITO/ARMAZENAGEM DOS PRODUTOS.AUTONOMIA. CRÉDITO FISCAL. IMPOSSIBILIDADE.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

O consulente expõe ser produtor rural em BoaVentura do São Roque/PR e que adquiriu uma área rural emGuarapuava/PR, onde construiu um armazém graneleiro compostopor secadores, silos, máquinas de pré-limpeza e de limpeza.

Aduz que nessa área de Guarapuava não há espaçodisponível para a prática da agricultura e que as instalaçõessão destinadas unicamente para o tratamento e armazenagem daprodução rural oriunda da propriedade de Boa Ventura do SãoRoque.

Indaga o consulente:

1. É possível o produtor rural creditar-se doimposto concernente às aquisições das máquinas e silos queforam construídos no imóvel de Guarapuava?

2. O processo de creditamento deve serformalizado na circunscrição do imóvel onde se localiza aprodução ou onde se localiza o armazém?

3. No momento da protocolização do processo decreditamento e da emissão da nota fiscal de produtor, ocrédito deve ser direcionado a uma empresa específica ou oprodutor rural pode ficar com o crédito do imposto na FACCpara utilização posterior?

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

RESPOSTA

Quanto à questão n. “1”, verifica-se daexposição do consulente, que o estabelecimento onde ocorre aprodução rural é distinto daquele onde ocorre o posteriordepósito dos produtos.

Importa ressaltar que, para efeito da legislaçãotributária do ICMS, prevalece o princípio da autonomia dosestabelecimentos, conforme dispõe o artigo 17 da Lei n.11.580/96: “Considera-se contribuinte autônomo cadaestabelecimento do mesmo contribuinte.”

Assim, as aquisições destinadas aoestabelecimento do armazém não podem gerar crédito do impostono estabelecimento do produtor rural.

Ademais, diligência realizada revela que oestabelecimento onde realizar-se-ia o depósito dos produtos édetentor de inscrição estadual, e apresenta como atividadecadastrada o “comércio atacadista de cereais beneficiados,farinhas, amidos e féculas, com atividade de acondicionamentoassociada”, fato que demarca ainda mais a impossibilidade deutilização dos créditos fiscais relativos a esteestabelecimento, por parte do estabelecimento do produtorrural.

Acrescenta-se, ainda, que obras civiseventualmente realizadas em imóveis passam a ser parteintegrante destes, pelo que as aquisições de mercadorias paraestes fins, haja vista destinação estranha ao âmbito do ICMS,igualmente, não comportam direito a crédito do imposto.

Com respeito às questões de n. “2” e n. “3”,resultam prejudicadas.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir daciência desta, terá a consulente, em observância ao artigo 591do Regulamento do ICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequaros seus procedimentos em conformidade com o que foi aquiesclarecido, no caso de que os esteja praticando diversamente.

PROTOCOLO: 8.998.632-0

CONSULTA Nº: 08, de 15 de fevereiro de 2007

CONSULENTE: YOKI ALIMENTOS S.A.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

SÚMULA: ICMS. ESTABELECIMENTO ENQUADRADO NO PROGRAMABOM EMPREGO. AQUISIÇÃO DE CRÉDITOS FISCAISE HABILITAÇÃO NO SISCRED. QUITAÇÃO DODÉBITO MENSAL.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente, cujo ramo de atividade cadastradoé a de fabricação de produtos alimentícios, expõe que estáenquadrada no Programa Bom Emprego estabelecido pelo Decreton. 1.465/2003, com postergação de 90% (noventa por cento) doICMS incremental, e que é credenciada como destinatária decréditos no Sistema de Controle da Transferência e Utilizaçãode Créditos Acumulados – SISCRED.

Explica que, segundo infere, após efetuar atransferência do imposto incremental para a inscriçãoauxiliar, pode abater o valor devido na inscrição principalmediante a aquisição de créditos habilitados no SISCRED,observados os limites para aquisição de créditos previstos notem III do artigo 44 do Regulamento do ICMS, aprovado peloDecreto n. 5.141/2001.

Com o exposto, inquire a consulente:

1. Está correto seu entendimento de que asaquisições de créditos junto ao SISCRED, após a transferênciado ICMS incremental para a inscrição auxiliar, quitam o ICMSdevido na inscrição principal?

2. Se incorreto o entendimento, qual a forma depagamento?

RESPOSTA

A consulente está inserta no Programa BomEmprego, cujas regras estão estabelecidas no Decreto n.1.465/2003, dispondo em seu artigo 7º:

“Art. 7º O estabelecimento enquadrado no Programa, emrelação ao imposto devido apurado a partir do iníciode sua utilização, deverá observar os seguintesprocedimentos:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

I - o valor do ICMS apurado, deduzido o valor do ICMSincremental, será declarado e recolhido na forma eprazos regulamentares, na GIA/ICMS da inscriçãoprincipal no CAD/ICMS;

II - o valor do ICMS incremental será declarado noprazo regulamentar, na GIA/ICMS da inscrição auxiliardo estabelecimento no CAD/ICMS, e recolhido nosprazos deferidos na autorização.”

O Setor Consultivo, apreciando questão afim,assim se manifestou na Consulta n. 84, de 20 de abril de 2006:

“(...) tem-se que poderá a consulente apropriar ocrédito recebido em transferência tão-somente nainscrição principal, e não na auxiliar, não sendopossível qualquer cálculo diferenciado em virtude daexistência de termo de acordo de parcelamento paraefeitos do ICMS incremental, uma vez que o valor doimposto apurado, na exata interpretação da regra doinciso I do artigo 7.º do Decreto n. 1.465/2003, dizrespeito ao montante que resulta do confrontocrédito/débito das operações realizadas no período deapuração correspondente, (...)”

Portanto, os créditos adquiridos podem serutilizados para abater o saldo devedor do imposto apurado nainscrição principal de estabelecimento inscrito no ProgramaBom Emprego.

Ressalta-se, todavia, quanto ao ICMS incrementallançado na GIA/ICMS da inscrição auxiliar, que, comoespecificado na Consulta n. 84/2006, não é admitida acompensação de créditos recebidos em transferência com aparcela do imposto cujo pagamento foi postergado na forma dalegislação de incentivos fiscais.

Entretanto, haja vista a edição do Decreto n.7.319, de 11 de outubro de 2006, observa-se que caso o ICMSincremental, por opção do contribuinte, não seja incluído naspostergações definidas nos programas de incentivo, poderá seuvalor ser quitado pela compensação com créditos acumuladoshomologados no SISCRED.

Com efeito, assim dispõe o referido Decreto:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

“Art. 2º. O ICMS incremental derivado deempreendimentos implantados, expandidos oumodernizados poderá ter a parcela não incluída emprograma de incentivos, aprovado a partir da vigênciadeste Decreto, quitada mediante a utilização decréditos acumulados homologados no SISCRED.”

Quanto à apropriação do crédito recebido emtransferência e já habilitado perante o SISCRED, observa-seque a matéria está disciplinada no artigo 44 do Regulamento doICMS, que parcialmente se transcreve:

“Art. 44. Para a transferência e a utilização decrédito acumulado, de que trata esta Subseção, dever-se-áobservar o que segue:

...

III - o destinatário do crédito acumuladorecebido em transferência de outra empresa deverá observar,como limite máximo de apropriação mensal em conta gráfica, ovalor que resultar da multiplicação do seu saldo devedorpróprio, relativo ao mesmo mês do ano anterior ao daapropriação, pelo percentual correspondente à faixa em que seenquadre tal saldo devedor na tabela abaixo:

SALDO DEVEDOR PRÓPRIO DO MESMOMÊS DO ANO ANTERIOR AO DAAPROPRIAÇÃO(diferença positiva entre débitose créditos – resultado dasubtração entre a soma doscampos51 a 58 e a soma dos campos62 a 68 da GIA do mesmo mês doano anterior)

PERCENTUAL

Até R$ 20.000,00 100%

Acima de R$ 20.000,00 até R$400.000,00

50%

Acima de R$ 400.000,00 até R$1.000.000,00

30%

Acima de R$ 1.000.000,00 até R$5.000.000,00

20%

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Acima de R$ 5.000.000,00 até R$50.000.000,00

10%

Acima de R$ 50.000.000,00 até R$80.000.000,00

7%

Acima de R$ 80.000.000,00 5%

...

VII - O disposto no inciso III:

a) não se aplica a estabelecimento que possua prazode recolhimento do ICMS diferenciado em virtude departicipação nos Programas Bom Emprego, de Apoio aoInvestimento Produtivo - Paraná Mais Empregos, e deDesenvolvimento Tecnológico e Social do Paraná -PRODEPAR, em vigor, o qual poderá apropriar-seintegralmente do valor do imposto recebido emtransferência, exceto se estiver sob regime deapuração centralizada do imposto;”

Portanto, para as empresas enquadradas noPrograma Bom Emprego, não prevalece a limitação estabelecidano inciso III do artigo 44 do Regulamento do ICMS.

Esclarece-se, por fim, que as rotinasespecíficas para a efetivação do aproveitamento do crédito emquestão estão definidas em Norma de Procedimento Fiscal,atualmente na NPF n. 068, de 31 de outubro de 2005.

PROTOCOLO: 8.787.423-0

CONSULTA Nº: 09, de 15 de fevereiro de 2007

CONSULENTE: COMÉRCIO DE COMBUSTÍVEIS GRANUCCI LTDA.

SÚMULA: ICMS. AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS EACESSÓRIOS AGREGADOS AO SOLO. CRÉDITOFISCAL. IMPOSSIBILIDADE.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente destaca ter como ramo de atividadeo comércio de produtos derivados de petróleo para veículosautomotores e relata que adquiriu tanques atmosféricossubterrâneos para atendimento às normas da legislação

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.ambiental, tendo estes equipamentos sido incorporados ao solo.

Aduz, ainda, que a instalação destesequipamentos exigiu a aquisição de acessórios, os quais, pelasnotas fiscais que apresenta, podem ser exemplificados comoreservatórios, tampas, tubos, cotovelos, conexões, flanges devedação, eliminadores de ar, adaptadores, etc., que sãoagregados no ato de instalação dos tanques ao solo.

Informa que vem apropriando-se do crédito fiscaldecorrente destas aquisições à razão de um quarenta e oitoavos por mês, porém, haja vista que a Lei Complementar n.87/96 restringiu o aproveitamento de crédito das aquisições deativo permanente aos bens móveis, de caráter durável epassíveis de saída posterior sem que haja destruição, indaga:

- se é legítimo o aproveitamento do créditorelativo à aquisição dos equipamentos e dos acessóriosmencionados?

- se os acessórios que acompanham e sãonecessários para a instalação do equipamento caracterizam-secomo ativo permanente ou material de uso e consumo?

RESPOSTA

Por consignar matéria similar, invocam-se, deinício, as respostas oferecidas às Consultas n. 117/97 e n.116/2005, das quais transcreve-se excertos, com destaques:

Consulta n. 117/1997:

“...

Em data de 16 de setembro de 1996 entrou em vigor aLei Complementar n.º 87/96, inovando aspectosinsculpidos no princípio da não-cumulatividade doimposto, anteriormente regulamentado pelo Decreto-lein.º 406/68 e Convênio ICMS n.º 66/88.

...

Diante desta nova legislação, é extremamenteimportante e necessário o correto entendimento do quevem a ser "ativo permanente".

Referente ao assunto, a título de classificação, daLei n.º 6.404/76 podemos extrair o seguinte:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

"Art. 178. No balanço, as contas serão classificadassegundo os elementos do patrimônio que registrem, eagrupadas de modo a facilitar o conhecimento e aanálise da situação financeira da companhia.

§ 1º. No ativo, as contas serão dispostas em ordemdecrescente de grau de liquidez dos elementos nelaregistrados, nos seguintes grupos:

...

c) ativo permanente, dividido em investimentos, ativoimobilizado e diferido.

...

Art. 179 - As contas serão classificados do seguintemodo:

...

III - em investimentos: as participações da empresaem outras sociedades e os direitos de qualquernatureza, não classificáveis no ativo circulante, eque não se destinem à manutenção da atividade dacompanhia ou da empresa;

IV - no ativo imobilizado: os direitos que tenham porobjeto bens destinados à manutenção das atividades dacompanhia e da empresa, ou exercidos com essafinalidade, inclusive os de propriedade industrial oucomercial;

V - no ativo diferido: as aplicações de recursos emdespesas que contribuirão para a formação doresultado de mais de um exercício social, inclusiveos juros pagos ou creditados aos acionistas durante operíodo que anteceder o início das operaçõessociais."

A doutrina reinante também não foge do entendimentoda Lei n.º 6.404/76. A. Lopes de Sá, em sua obraDicionário de Contabilidade, 8ª ed., às fls. 34, traza seguinte definição de ativo permanente:

"É a parte do Ativo que expressa os valores que nãose destinam à venda, mas ao uso; tais valores, emborausados, ficam como que em reserva, porém sem nenhumaintenção de venda ou alienação. Tal classificação émais apropriada nas entidades, posto que nas empresasa finalidade é sempre a maior rentabilidade docapital.

Segundo a Lei das Sociedades por Ações, tal ativo

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

inclui os ditos "investimentos" (aplicações emcapital de outras empresas), ativo imobilizado(imobilizações técnicas) e o ativo diferido(amortizáveis). Engloba, por conseguinte, asimobilizações técnicas e as imobilizaçõesfinanceiras.

...

É uma expressão adotada para substituir a deimobilizado, todavia, não tem o mesmo valor técnico,sendo mais um grupamento de valores que exercemfunções distintas no patrimônio e só se assemelhampelo lento giro (sempre superior a um exercício)."

A legislação do ICMS utiliza as expressões ativofixo, ativo permanente ou ainda, ativo imobilizadocom o mesmo significado. Entretanto, a L.C. n.º87/96, restringe a apropriação de crédito de ICMS àsaquisições de bens móveis, de caráter durável,passíveis de saídas posteriores, sem que para tanto,haja destruição, modificação, fratura ou dano e desdeque se vinculem ao objeto social da empresa e nãotenham sido adquiridos com fins mercantis.

A restrição aventada está prevista no art. 20 da LeiComplementar n.º 87/96, que assim traz:

...

"Art. 20 - Para a compensação a que se refere oartigo anterior, é assegurado ao sujeito passivo odireito de creditar-se do imposto anteriormentecobrado em operações de que tenha resultado a entradade mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou aoativo permanente, ou o recebimento de serviços detransporte interestadual e intermunicipal e decomunicação.

§ 1º. Não dão direito a crédito as entradas demercadorias ou utilização de serviços resultantes deoperações ou prestações isentas ou não tributadas, ouque se refiram a mercadorias ou serviços alheios àatividade do estabelecimento.

§ 2º. Salvo prova em contrário, presumem-se alheios àatividade do estabelecimento os veículos detransporte pessoal."

...

Em relação à indagação da consulente, de formagenérica, se toda aquisição da empresa destinada ao

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

ativo imobilizado gera direito ao crédito do imposto,enfatizamos que, a legislação utiliza genericamenteas expressões ativo permanente, fixo ou imobilizado.Entretanto, a Lei n.º 6.404/76, em seu art.179, trazque ativo permanente é o grupo e tem como subgrupos -investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido.Verifica-se que a própria lei buscou definir o campode atuação de cada parte do grupo do ativopermanente, colocando que os ativos adquiridos e quenão se destinarem à manutenção da atividade daempresa, serão contabilizados como INVESTIMENTOS, jáos adquiridos e que se destinarem à manutenção dasatividades da empresa, ou exercidos com essafinalidade serão contabilizados como ATIVOIMOBILIZADO.

A L.C. n.º 87/96, outorgou direito ao crédito doimposto quando da aquisição de bens para o ativofixo, entretanto, como já foi visto, nem todaaquisição destinada ao ativo permanente dará direitoao crédito, pois, é sabido que uma série de bensadquiridos, ainda que ativos, não são destinados àatividade da empresa (objeto social).

...

Quanto às aquisições de materiais para construções emandamento, é sabido que tais mercadorias serãoescrituradas no grupo do Ativo Imobilizado ou deInvestimentos, conforme o caso. Entretanto, taisaquisições destinar-se-ão a construção de um prédiocomercial ou industrial, que, após, concluídoingressará na categoria de bem imóvel, e como talserá contabilizado. Estes materiais e os bensestranhos a atividade do estabelecimento não geramdireito ao crédito, segundo entendimento do ProfessorAlcides Jorge Costa, em palestra proferida, a convitedo Instituto de Direito tributário do Paraná, no dia05.06.97, em Curitiba.

...

O bem imóvel, resultado da aplicação de materiais deconstrução, pela sua própria natureza, é coisa alheiaaos eventos tributáveis pelo ICMS, logo, não há comoassociá-lo à atividade do estabelecimento. Tanto talafirmação é verdadeira, que a transmissão de bensimóveis, não se subsume a tributação do ICMS, tendopara tal, tributos específicos, no caso o ITBI ouITCMD, conforme o caso.

...

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Enfim, o bem imóvel possui características própriasdescritas na legislação civil, e encontra tratamentotributário diferenciado na Constituição Federal dodispensado para os bens móveis, não se podendo, apartir de interpretação apressada do art. 20 da L.C.nº 87/96, confundir-se tais realidades, do ponto devista de direito ao crédito.

No caso de peças e partes a serem integradas emmáquinas, aumentando-lhe a vida útil, a doutrina temfeito uma dicotomia, para efeito de classificação daspeças. Na obra, Manual de Contabilidade dasSociedades por Ações, de Sérgio de Iudícibus eoutros, 4ª ed. revista e atualizada, Ed. Atlas, fls.299/300, se preleciona o seguinte:

"Dependendo das circunstâncias, as peças ou conjuntosde reposição podem ser classificados no Imobilizadoou em conta de Estoques no Ativo Circulante, emfunção das características específicas de uso, vidaútil, destinação contábil, etc.

Basicamente, devem integrar o imobilizado as peçasque serão contabilizadas como adição ao Imobilizadoem operação, e não como despesas. Ao mesmo tempo, aspeças substituídas devem ser baixadas, quando datroca. Todavia, essa baixa e adição parcial em muitoscasos não é praticamente possível, por não ter aempresa a identificação do custo da peça substituída,já que o equipamento a que pertence está registradopelo valor total. Nesse caso, não se efetiva a baixada peça substituída, mas a peça nova colocada éapropriada neste momento para despesas ou custos.Todavia, há outras considerações e situação que devemser consideradas, para a classificação no Imobilizadoou Estoques."

"Peças de uso específico e vida útil comum: muitasvezes, na compra de certos equipamentos de porte, asempresas adquirem no mesmo momento uma série de peçasou conjuntos importantes e vitais ao seufuncionamento, normalmente produzidas e montadas pelopróprio fornecedor do equipamento. Essas peçassobressalentes são de uso específico para talequipamento e necessárias para que o equipamento nãofique paralisado por longo tempo, no caso desubstituição (preventiva ou corretiva).

...

Nesse caso, tais peças devem ser classificadas no

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Imobilizado e, na verdade, têm vida útil do próprioequipamento; desta forma, são corrigidasmonetariamente e depreciadas em base similar ao doequipamento correspondente, mesmo não sendo usadas.

As peças mantidas pela empresa, que tenhamdisponibilidade normal no mercado e que, portanto,têm vida útil física e valor econômico por si só, ouseja, não vinculados à vida útil e ao valor doequipamento específico da empresa, devem serclassificadas em Estoques no Circulante."

Consulta n. 116/2005:

“...

A matéria questionada diz respeito à possibilidade decreditamento do imposto relativamente a mercadoriasdestinadas à construção das bases de abastecimento edos tanques de estocagem.

...

Conforme, pois, o exposto em manifestação anteriordeste Setor Consultivo, as aquisições de bensdestinados à construção de bases de abastecimento etanques de estocagem não geram direito a crédito,por se destinarem à construção de bens imóveis daempresa, sendo que o bem imóvel, resultado daaplicação de materiais de construção, pela suaprópria natureza, é coisa alheia aos eventostributáveis pelo ICMS, motivo pelo qual não há comoassociá-lo à atividade do estabelecimento,sujeitando-se a sua transmissão, inclusive, a outrosimpostos como o ITCMD ou ITBI.

...”

Acrescenta-se, também, manifestação de MariaHelena Diniz in Código Civil Anotado, São Paulo: Saraiva,2003:

“Bens imóveis. Os bens imóveis são aqueles que não sepodem transportar, sem destruição, de um lugar paraoutro, ou seja, são os que não podem ser removidossem alteração de sua substância.

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...

Classificação dos bens imóveis. Os bens imóveis podemser classificados em: a) imóveis por sua natureza(CC, art. 79, 1ª parte) ... b) imóveis por acessãofísica artificial (CC, art. 79, 2ª parte) que incluitudo aquilo que o homem incorporar permanentemente aosolo, como a semente lançada à terra, os edifícios econstruções (pontes e viadutos etc.), de modo que senão possa retirar sem destruição, modificação,fratura ou dano. “Acessão” designa aumento,justaposição, acréscimo ou aderência de uma coisa aoutra. Abrangem os bens móveis que, incorporados aosolo, pela aderência física, passam a ser tidos comoimóveis, como ocorre com os tijolos, canos, portas,madeiras, concreto armado etc., que não poderão serretirados sem causar dano às construções em que seacham; c) imóveis por acessão intelectual (...)”

Nota-se, por conseguinte, que os equipamentosadquiridos pela consulente, ao serem incorporados ao solo,assumem a condição de bens imóveis, cuja tributação é alheiaao âmbito do ICMS, e não admitem, em conseqüência, crédito doimposto.

Quanto às partes e peças adquiridas e instaladasconjuntamente com o equipamento principal, considerar-se-ãoparte integrante deste, que, sendo caracterizado como imóvel,obrigará que os acessórios correspondentes sigam a mesmaqualificação, também não conferindo crédito do imposto.

Noutro aspecto, se os acessórios foremencontrados regularmente no mercado, adquiridos em separado edestinados à instalação independente ou à reposição,consistir-se-ão material de uso e consumo, cujo crédito fiscalsomente será admitido no prazo fixado no artigo 65, I, da Lein. 11.580/96 e artigo 33, I, da Lei Complementar n. 87/96,observadas as suas alterações posteriores.

Em atendimento ao artigo 591 do Regulamento doICMS, ressalta-se que a consulente terá o prazo de 15 quinzedias, a partir da ciência desta, para ajustar os seusprocedimentos de acordo com o que foi aqui esclarecido.

PROTOCOLO: 9.015.367-6

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CONSULTA Nº: 10, de 19 de janeiro de 2007

CONSULENTE: CONCENTRADO INDÚSTRIA DE PROD. LÁCTEOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. AQUISIÇÃO DE LENHA PARA PRODUÇÃO DEENERGIA ELÉTRICA EM CALDEIRAS. LEI13.332/2001. CRÉDITO FISCAL.IMPOSSIBILIDADE.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente dedica-se à fabricação de produtoslácteos e expõe que adquire lenha em outras unidades daFederação para produção de calor em caldeiras, viabilizandosua conversão em energia elétrica.

Com a adoção do crédito presumido facultadopelas disposições do artigo 2º da Lei n. 13.332/2001, aconsulente interpreta ser-lhe admitido aproveitar-secumulativamente do crédito fiscal relativo às aquisições delenha mencionadas, em analogia com a expressa previsãoexistente na alínea “a” do § 1º do referido artigo, queautoriza o aproveitamento cumulativo do crédito fiscaldecorrente das aquisições de energia elétrica ou óleocombustível utilizados no processo industrial.

Indaga, assim, quanto à exatidão de seuentendimento.

RESPOSTA

Este Setor Consultivo tem reconhecidoreiteradamente o direito ao crédito relativo a aquisições quese constituam fonte energética de estabelecimentosindustriais, o que, todavia, merece distinta avaliação noâmbito da Lei n. 13.332/2001, da qual se transcreve excerto:

Art. 2º Poderá o estabelecimento que realizar aindustrialização de leite, ou o que tenha encomendadoa industrialização, em substituição ao aproveitamentonormal de créditos, optar pelo crédito de importânciaequivalente à aplicação de 7% (sete por cento) sobreo valor das subseqüentes operações de saídas

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interestaduais dos produtos resultantes daindustrialização.

§ 1º O crédito correspondente ao percentual referidono "caput" deste artigo:

...

a) será feito sem prejuízo daquele relativo àentrada, na proporção das saídas em operaçõesinterestaduais, de:

1. leite, inclusive em pó, originário de outroEstado;

2. energia elétrica ou óleo combustível utilizados noprocesso industrial;

3. embalagens destinadas à comercialização de leite.

b) condiciona-se a que a operação de saída sejatributada ou, não o sendo, haja expressa autorizaçãopara que o crédito seja mantido.

O referido dispositivo é de adoção opcional einsere-se no contexto de benefício fiscal, já que admite aaplicação de um crédito presumido de 7% sobre o valor dassubseqüentes operações de saídas interestaduais dos produtosresultantes da industrialização, ao passo que garante, ainda,na proporção das saídas interestaduais, o aproveitamento deoutros créditos específicos, dentre os quais os referentes àaquisição de energia elétrica ou de óleo combustívelutilizados no processo industrial.

Não cabe, assim, na concepção definida peloinciso II do artigo 111 do Código Tributário Nacional,estabelecer interpretação extensiva que permita incluir,empregando analogia, a lenha entre os produtos expressamenteindicados na Lei n. 13.332/2001, em seu artigo 2º, § 1º,alínea “a”, item 2.

Portanto, depreende-se incorreto o entendimentoda consulente.

Desta forma, a partir da ciência desta, terá aconsulente, em observância ao artigo 591 do Regulamento doICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequar os seusprocedimentos em conformidade com o que foi aqui esclarecido,no caso de que os esteja praticando diversamente.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.PROTOCOLO: 8.788.651-4

CONSULTA Nº: 11, de 12 de fevereiro de 2007

CONSULENTE: MAZON IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA.

ASSUNTO: ICMS. PRAZO DE RECOLHIMENTO. CARVÃOVEGETAL.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente informa que importa carvão doParaguai efetuando o pagamento do imposto nos termos previstosno item 3 da alínea “a” do inciso VI do art. 56 do Regulamentodo ICMS. Posteriormente, vende essa mercadoria às empresassiderúrgicas estabelecidas no Estado de Minas Gerais,procedendo o destaque do imposto à alíquota de 12%, conformeprevê a lei estadual.

Esclarece que registra as notas fiscais de vendano livro Registro de Saídas e que o imposto é lançado emconta-gráfica e recolhido após o confronto mensal entredébitos e créditos, conforme prevê o art. 23 do RICMS/01.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Preliminarmente, lembre-se que o art. 36 da Lein. 11.580/96 estabelece que a Fazenda Pública pode exigir oimposto por ocasião do fato gerador:

Art. 36. Por ocasião da ocorrência do fato gerador, aFazenda Pública poderá exigir o pagamento do créditotributário correspondente.

Em relação ao período de apuração do ICMS, o“caput” do art. 24 da Lei Complementar n. 87, de 13 desetembro de 1996, outorgou competência ao legislador estadualpara dispor acerca da matéria:

Art. 24. A legislação tributária estadual disporásobre o período de apuração do imposto. As obrigações

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consideram-se vencidas na data em que termina operíodo de apuração e são liquidadas por compensaçãoou mediante pagamento em dinheiro como disposto nesteartigo:

Com fundamento no mencionado diploma legal o“caput” do art. 23 da Lei n. 11.580/96 estabelece que oimposto pode ser apurado: por período, por mercadoria ouserviço e por estimativa:

Art. 23. O imposto é não-cumulativo, compensando-se oque for devido em cada operação relativa à circulaçãode mercadorias ou prestação de serviços de transporteinterestadual e intermunicipal e de comunicação com omontante cobrado nas anteriores por este Estado oupor outra unidade federada, apurado por um dosseguintes critérios:

I - por período;

II - por mercadoria ou serviço à vista de cadaoperação ou prestação;

III - por estimativa, para um determinado períodoestabelecido na legislação, em função do porte ou daatividade do estabelecimento.

Encontra-se arrolado no inciso II do art. 56 doRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 5.141, de 12 dedezembro de 2001, as operações de saídas em que o imposto deveser recolhido por ocasião do fato gerador, observadas asexceções nele mencionadas.

Em 27 de outubro de 2006 foi editado o Decreton. 7.432, que começou a produzir efeitos a partir de 1º dedezembro de 2006, para introduzir a alínea “p” ao inciso IIdo art. 56 da referida norma regulamentar, inserindo no rol demercadorias que tem o pagamento antecipado o carvão vegetal emquantidade diária superior a 200 kg por destinatário:

Art. 56. O ICMS deverá ser pago nas seguintes formase prazos (art. 36 da Lei n. 11.580/96):

(...)

II - em Guia de Recolhimento do Estado do Paraná -GR-PR, por ocasião da ocorrência do fato gerador, nas

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operações com os seguintes produtos, ressalvadas ashipóteses de diferimento, de suspensão ou do regimeespecial de que trata a Seção III do Capítulo VIIIdo Título I, e das operações realizadas pelaCompanhia Nacional de Abastecimento - CONAB/PGPM:

(...)

p) carvão vegetal em quantidade superior a duzentosquilogramas diários por destinatário;

Assim, a partir de 1º de dezembro de 2006, oICMS devido nas operações de saída de carvão vegetal emquantidade diária superior a 200 kg por destinatário passou aser recolhido, em GR-PR, por ocasião do fato gerador e nãomais mediante apuração em conta-gráfica.

Lembre-se que, antes de efetuar a saída damercadoria, a consulente poderá aproveitar o crédito fiscaldas anteriores operações para abatimento total ou parcial doimposto a ser recolhido, por meio da Ficha de Autorização eControle de Crédito - FACC, e da Etiqueta de Controle deCrédito – ECC, observando para isso as normas que tratam damatéria. Inteligência do § 4º do art. 56 do RICMS/01:

§ 4º É permitido o uso de crédito fiscal paraabatimento total ou parcial do imposto a serrecolhido antes de iniciada a remessa, nas operaçõesmencionadas no inciso II por meio da Ficha deAutorização e Controle de Crédito - FACC, e daEtiqueta de Controle de Crédito - ECC, observadas,quando for o caso, as condições previstas nesteRegulamento.

Conclui-se do exposto que não está correto oprocedimento adotado pela consulente em relação aorecolhimento do ICMS por ocasião das saídas de carvão vegetalem operação interestadual, razão pela qual deverá a partirda ciência desta, em observância ao § 1º do artigo 586 doRegulamento do ICMS, adequar-se, imediatamente, ao que foiaqui esclarecido.

PROTOCOLO: 8.798.685-3

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CONSULTA Nº: 12, de 15 de fevereiro de 2007

CONSULENTE: COMPANHIA ULTRAGAZ S/A.

SÚMULA: VASILHAME. GÁS LIQÜEFEITO DE PETRÓLEO.OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente informa que os seusestabelecimentos filiais realizam a comercialização do gásliqüefeito de petróleo por meio de duas linhas distintas: adomiciliar e a empresarial, e o mencionado produto vemacondicionado em diferentes tipos de recipientes, comumentechamados de botijões.

Aduz que, por ocasião da venda de GLP envasado,há a necessidade do cliente entregar um botijão vazio, dequalquer marca, ocasião em que fornecem o botijão cheio,cobrando tão-somente o conteúdo. Assim, numa operação internade venda entre contribuintes, a nota fiscal emitida em quatrovias possui, além do valor do GLP que será pago pelo cliente,a menção do valor dos vasilhames transportados.

Entende que, de conformidade com as disposiçõesdo Convênio ICMS 88/91, o qual foi incorporado à legislaçãoparanaense, tais vasilhames podem retornar aosestabelecimentos da consulente com a via adicional da notafiscal de venda, dispensando o cliente, contribuinte doimposto, de emitir a nota fiscal de devolução de taisvasilhames.

Assevera que, ao retornarem os vasilhamesvazios aos estabelecimentos remetentes, restam dúvidas seeles devem escriturar essa via adicional no livro Registro deEntradas – LRE ou se devem emitir nota fiscal para documentara entrada desses vasilhames, muito embora não tenhamencontrado no art. 54 do Convênio s/n, de 1970, o permissivopara amparar tal emissão. Também não localizaram noRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 5.141, de 12 dedezembro de 2001, qualquer disposição para escriturardiretamente no LRE a via adicional a que se refere omencionado convênio.

Aduz que, caso não façam registro em suaescrituração fiscal, os movimentos contidos nos CódigosFiscais de Operações e Prestações de saída desses vasilhames

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.– 5.920 não corresponderão com os movimentos contido no deentrada desses vasilhames - 1.921.

Posto isso, indaga:

1. Como há previsão legal que ampara o retornodos vasilhames com a via adicional da nota fiscal queacompanhou a remessa, deve emitir a nota fiscal por ocasião daentrada em seu estabelecimento de vasilhame remetido porcontribuinte inscrito no CAD/ICMS?

2. Caso seja negativa a resposta ao itemanterior, há a necessidade de escrituração dessa via adicionalno livro Registro de Entradas?

3. Qual o procedimento fiscal cabível naoperação em tela?

RESPOSTA

Inicialmente destaca-se que, segundo disposiçõesdos itens 102 e 103 do Anexo I do RICMS/01, as saídas devasilhames, tanto do estabelecimento do remetente quanto dodestinatário, em retorno ao remetente, estão albergadas pelaisenção do ICMS, desde que tal vasilhame não seja cobrado ounão computado no valor da mercadoria que acondiciona:

102 Saídas de VASILHAMES, RECIPIENTES EEMBALAGENS, inclusive SACARIA, quando não cobrados dodestinatário ou não computados no valor dasmercadorias que acondicionem e desde que devamretornar ao estabelecimento remetente ou a outro domesmo titular (Convênio ICMS 88/91).

103 Saídas de VASILHAMES, RECIPIENTES EEMBALAGENS, inclusive SACARIA, em retorno aoestabelecimento remetente ou a outro do mesmo titularou a depósito em seu nome (Convênio ICMS 88/91).

Nota: o trânsito deverá ser acobertado por viaadicional da nota fiscal relativa à operação de quetrata o item anterior.

O item 103 do Anexo I do RICMS/01, além deprever a isenção, dispõe que, para documentar o retorno dovasilhame ao estabelecimento remetente, o transporte deveráser efetuado com uma via adicional da nota fiscal relativa à

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.operação de saída do estabelecimento remetente. Conclui-se,assim, que há disposição expressa acerca da dispensa daemissão da nota fiscal, por parte do estabelecimento quepromova a devolução do vasilhame, tão-somente para documentaro transporte.

Quanto à emissão de nota fiscal de entrada, o §3º do art. 128 do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n.5.141, de 12 de dezembro de 2001, dispõe:

Art. 128. O contribuinte, excetuado o produtoragropecuário não inscrito no CAD/ICMS, emitirá notafiscal (Convênio SINIEF, de 15.12.70, arts. 54 a 56;Ajustes SINIEF 05/71, 16/89 e 3/94):

(...)

§ 3° A nota fiscal será também emitida peloscontribuintes nos casos de retorno de bens ou demercadorias não entregues ao destinatário, hipóteseem que deverá conter, no campo “INFORMAÇÕESCOMPLEMENTARES” do quadro “DADOS ADICIONAIS”, asindicações do número, da série, da data da emissão edo valor da operação do documento original.

O mencionado dispositivo determina que ocontribuinte deve emitir nota fiscal para documentar a entradanos casos de retorno de bens ou de mercadorias não entreguesao destinatário, ou seja, no caso de a mercadoriaanteriormente remetida retornar ao estabelecimento com omesmo documento que foi emitido por ocasião da operação desaída.

Conclui-se que o previsto no § 3º do art. 128,muito embora estabeleça regra para documentar a entrada demercadoria não entregue ao destinatário, estende-se ao casoexposto. Na verdade o botijão, de propriedade da consulente,que está sendo usado para transportar o gás somente nãoretorna por uma questão operacional, pois é de conhecimentonotório acerca da impossibilidade do destinatário transferiresse produto do botijão de propriedade da consulente paraaquele que lhe pertence.

Feitas essas considerações, responde-se asdúvidas apresentadas:

1. No que diz respeito à primeira, a consulentedeve emitir, no momento em que os botijões de gás entrarem em

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.seu estabelecimento, a correspondente nota fiscal paradocumentar essa operação, em razão do que dispõe o § 3º doart. 128 do RICMS/01.

2. Relativamente à segunda, resta prejudicada.

3. Quanto à terceira, o procedimento encontra-serespondido nessa consulta.

Caso esteja agindo de forma diversa, tem aconsulente o prazo de 15 dias, a partir da ciência destaresposta, para adequar o seu procedimento ao que ora estásendo orientado, em razão do que dispõe o art. 591 doRICMS/01.

PROTOCOLO: 8.851.947-7

CONSULTA Nº: 13, de 15 de fevereiro de 2007

CONSULENTE: PRATI DONADUZZI & CIA LTDA.

SÚMULA: ICMS. MEDICAMENTOS. PIS/PASEP E COFINS.DEDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente informa que atua naindustrialização de produtos classificados nas posições 3003 e3004 da TIPI – Tabela de Incidência de ProdutosIndustrializados e que mantém, apenas em relação a uma partedestes produtos, compromisso de ajustamento de conduta,exigida pela Lei (federal) n. 10.147/00, nos termos do § 6º doartigo 5º da Lei (federal) n. 7.347/85, para usufruir decrédito presumido do PIS/PASEP e da COFINS.

Aduz que as operações interestaduais com aquelesprodutos, por estarem sujeitas ao PIS/COFINS em carátermonofásico, estão albergadas, de maneira a afastar o excessodo ICMS decorrente desta modalidade de cobrança dascontribuições mencionadas, com a redução da base de cálculo deque trata o Anexo II, Tabela I, item 18 do Regulamento doICMS, aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001.

Prossegue asseverando que a Nota 2, alínea “a”,do referido item 18 estabelece que a redução da base decálculo em questão não se aplica aos industriais eimportadores que mantêm firmado o compromisso de ajustamento

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.de conduta antes citado. Entretanto, como em relação a umaparcela dos produtos classificados nas posições 3003 e 3004que fabrica, aquele compromisso não foi efetuado, entende quenão restaria obstaculizada a redução da base de cálculo quelhes corresponde.

Esclarece a consulente que, em relação aosprodutos aqui em exame e ao PIS/COFINS incidente, podem serestabelecidas três listas de produtos, a saber: Positiva,Negativa e Neutra. A lista Positiva seria aquela na qual osprodutos nela relacionados são tributados pelo PIS/COFINS naforma prevista no inciso I do artigo 1º da Lei n. 10.147/2000,ou seja, a referida tributação ocorre de maneira monofásica,mediante majoração das alíquotas da contribuição, porém ocrédito presumido concedido anula sua cobrança. Na listaNegativa, por seu turno, o PIS/COFINS é exigido de maneiramonofásica, mas não há crédito presumido. A lista Neutra, porfim, tem tributação normal, não ocorrendo a cobrançaantecipada do PIS/COFINS.

Como a finalidade da redução da base de cálculodo ICMS que aqui se examina é de excluir indevida oneração doimposto sobre a parcela do PIS/COFINS que são cobradosantecipadamente, infere a consulente que o compromisso deajustamento de conduta que firmou não produz reflexos sobre osprodutos elencados nas listas Negativa e Neutra, justificando,para estes, a possibilidade de redução da base de cálculo doICMS.

Afirma que, apesar do entendimento quemanifesta, residem dúvidas sobre a questão, motivo pelo qualnão vem aplicando a redução da base de cálculo aqui tratada.

Indaga, a seguir, quanto à exatidão doentendimento explicitado.

RESPOSTA

De início, cabe destacar que a redução da basede cálculo com fundamento no Convênio ICMS 41/01, implementadana legislação paranaense pelo item 18 do Anexo II da Tabela Ido Regulamento do ICMS, sobre o qual gira o arrazoado daconsulente, foi revogada pelo Decreto n. 7.019, de09.08.2006.

Inobstante, o Decreto n. 7.295, de 04.10.2006,com efeitos a partir de 09.08.2006 e fundamentado no Convênio

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.ICMS 34/06, acrescentou no Regulamento do ICMS, maisespecificamente no seu Anexo II, Tabela I, o item 17-B, queguarda similaridade com aquele revogado.

Transcreve-se, com destaques:

18 (REVOGADO) Nas operações interestaduais com osprodutos classificados nas posições NBM/SH 3003, 3004e 3303 a 3307, e nos códigos NBM/SH 3401.11.90,3401.20.10 e 9603.21.00, destinados a contribuintes,será deduzida da base de cálculo o valor dascontribuições para o PIS/PASEP e a COFINS referenteàs operações subseqüentes cobradas, englobadamente,na respectiva operação (Convênio ICMS 24/01).

Notas:

1. a dedução corresponderá ao valor obtido pelaaplicação de um dos percentuais abaixo indicadossobre a base de cálculo de origem, em função daalíquota interestadual referente à operação:

a) com alíquota de 7%, 9,90%;

b) com alíquota de 12%, 10,49%;

...

2. não se aplica o disposto neste item:

a) nas operações realizadas com os produtos dasposições NBM/SH 3003 e 3004, quando as pessoasjurídicas industrializadoras ou importadoras dosmesmos tenham firmado com a União, "compromisso deajustamento de conduta, nos termos do § 6º do art. 5ºda Lei n. 7.347, de 24 de julho de 1985, com aredação dada pelo art. 113 da Lei n. 8.078, de 11 desetembro de 1990", ou que tenham preenchido osrequisitos constantes da Lei n. 10.213, de 27 demarço de 2001;

b) quando ocorrer a exclusão de produtos daincidência das contribuições previstas no inciso I do"caput" do art. 1°, na forma do seu § 2º, da Lei n.10.147/2000;

3. o documento fiscal que acobertar as operaçõesindicadas no "caput" deverá, além das demaisindicações previstas na legislação tributária, contera identificação dos produtos pelos respectivoscódigos da TIPI e, em relação aos medicamentos, aindicação, também, do número do lote de fabricação efazer constar no campo "Informações Complementares"

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

(Convênio ICMS 62/01):

a) existindo o regime especial de que trata o art. 3ºda Lei n. 10.147/2000, o número do referido regime;

b) na situação prevista na parte final da notaanterior, a expressão "o remetente preenche osrequisitos constantes da Lei n. 10.213/2001";

c) nos demais casos, a expressão "Base de Cálculo comdedução do PIS e da COFINS", seguida da expressão"Convênio ICMS 24/01";

4. nas operações indicadas neste item não se exigiráo estorno de crédito de que trata o inciso IV do art.52.

Em vigor:

17-B Nas operações interestaduais com os produtos aseguir indicados, destinados a contribuintes, serádeduzido da base de cálculo do ICMS o valor dascontribuições para o PIS/PASEP e a COFINS referenteàs operações subseqüentes cobrado englobadamente narespectiva operação (Convênio ICMS 34/06).

Notas:

1. a dedução corresponderá ao valor obtido pelaaplicação de um dos seguintes percentuais, sobre abase de cálculo de origem, em função da alíquotainterestadual referente à operação:

1.1. com produtos farmacêuticos classificados nasposições NCM 3001; 3003, exceto no código 3003.90.56;3004, exceto no código 3004.90.46; nos códigos3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3, 3002.20.1,3002.20.2, 3002.90.20, 3002.90.92, 3002.90.99,3005.10.10, 3006.30.1, 3006.30.2 e 3006.60.00:

a) com alíquota de 7%, 9,34%;

b) com alíquota de 12%, 9,90%;

1.2. com produtos de perfumaria, de toucador ou dehigiene pessoal, classificados nas posições NCM 3303a 3307 e nos códigos 3401.11.90, 3401.20.10 e9603.21.00:

a) com alíquota de 7%, 9,90%;

b) com alíquota de 12%, 10,49%;

...

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2. não se aplica o disposto neste item:

a) nas operações realizadas com os produtos dasposições NCM 3003, exceto no código 3003.90.56; 3004,exceto no código 3004.90.46; nos códigos 3001.20.90,3001.90.10, 3001.90.90, 3002.10.1, 3002.10.2,3002.10.3, 3002.20.1, 3002.20.2, 3002.90.20,3002.90.92, 3002.90.99, 3005.10.10, 3006.30.1,3006.30.2 e 3006.60.00, quando as pessoas jurídicasindustrializadoras ou importadoras dos mesmos tenhamfirmado, com a União, “compromisso de ajustamento deconduta”, nos termos do § 6º do art. 5º da Lei n.7.347, de 24 de julho de 1985, ou que tenhampreenchido os requisitos constantes da Lei n. 10.213,de 27 de março de 2001;

b) quando ocorrer a exclusão de produtos do campo daincidência das contribuições previstas no inciso I do“caput” do art. 1º, na forma do seu § 2º, da Lei n.10.147, de 21 de dezembro de 2000;

3. o documento fiscal que acobertar as operaçõesindicadas neste item deverá, além das demaisindicações previstas na legislação tributária, contera identificação dos produtos pelos respectivoscódigos da TIPI e, em relação aos medicamentos, aindicação, também, do número do lote de fabricação, eno campo “Informações Complementares”:

a) existindo o regime especial de que trata o art. 3ºda Lei n. 10.147/2000, o número do referido regime;

b) na situação prevista na alínea “a” da nota 2, aexpressão “o remetente preenche os requisitosconstantes da Lei n. 10.213/2001”;

c) nos demais casos, a expressão “Base de Cálculo comdedução do PIS COFINS”, seguida da expressão“Convênio ICMS 34/06”;

4. nas operações indicadas neste item não se exigiráo estorno de crédito de que trata o inciso IV do art.52.

Os termos que justificaram a elaboração dapresente consulta, portanto, permanecem presentes com o novodispositivo e serão objeto de análise considerando-se alegislação nova e os códigos NCM nela assinalados.

O dispositivo que concede a redução da base decálculo do ICMS que aqui se examina revela implicitamente seu

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.objetivo ao prever que “... será deduzido da base de cálculodo ICMS o valor das contribuições para o PIS/PASEP e a COFINSreferente às operações subseqüentes cobrado englobadamente narespectiva operação ...”.

Ou seja, cobrando-se antecipadamente oPIS/COFINS incidente em todo o ciclo de industrialização ecomercialização, o ICMS da operação praticada pelo industrialapresenta-se onerado por componente que não pertence àquelaetapa de comercialização, com o que a base de cálculo doimposto deve ser ajustada mediante a exclusão da parcelaindevida.

Neste sentido, como descreve a consulente, estãopresentes três modalidades de cobrança das referidascontribuições federais, sendo os produtos agrupados segundoessas modalidades, nominados de listas Positiva, Negativa eNeutra.

Observa-se que os itens integrantes da listaNeutra não estão sujeitos à cobrança monofásica do PIS/PASEP eda COFINS, o que exclui a possibilidade de redução da base decálculo do ICMS, pois o caput do item 17-B (tal qual o caputdo item 18 anteriormente vigente) admite a redução da base decálculo apenas na hipótese das contribuições referentes àsoperações subseqüentes serem cobradas englobadamente narespectiva operação.

Equivocado nesse aspecto, portanto, oentendimento da consulente, já que indevida a redução da basede cálculo.

No caso dos produtos arrolados na chamada listaNegativa, o PIS/PASEP e a COFINS são cobrados na modalidademonofásica, sem concessão de crédito presumido que anule osefeitos desta circunstância e, logo, sem regime especial quejustifique a celebração, com a União, de “compromisso deajustamento de conduta”, nos termos do § 6º do art. 5º da Lein. 7.347, de 24 de julho de 1985.

Nesta situação, correto o entendimentoexplicitado pela consulente, pois legítima a redução da basede cálculo.

Acerca da lista Positiva, o PIS/PASEP e a COFINSincidem na forma monofásica, mas o crédito presumido concedidoàqueles que firmam o “compromisso de ajustamento de conduta”nulifica os efeitos da incidência majorada e englobada dascontribuições, com o que não se cogita a redução da base decálculo do ICMS, conforme já assentiu a consulente.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Resta esclarecer, ainda, que a análise efetuadadeve considerar os efeitos da modificação da legislação doICMS, especialmente no que tange à codificação de mercadoriasutilizada. Assim, enquanto o entendimento aqui manifestadocorresponderia à totalidade dos produtos das posições NBM/SH3003 e 3004, conforme alínea “a” da Nota 2 do item 18, alegislação atual, apresentada na alínea “a” da Nota 2 do item17-B, contida no Anexo II da Tabela I do Regulamento do ICMS,adota a NCM e aponta exceções, o que deverá ser observado pelaconsulente.

Ressalta-se, adicionalmente, que o preenchimentodos requisitos antes mencionados para aplicação da redução dabase de cálculo aqui apreciada não afasta o atendimento aquaisquer outras exigências às quais também estejacondicionada.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir daciência desta, terá a consulente, em observância ao artigo 591do Regulamento do ICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequaros seus procedimentos em conformidade com o que foi aquiesclarecido, na eventualidade de que os esteja praticandodiversamente.

PROTOCOLO: 9.161.383-2

CONSULTA Nº: 14, de 17 de janeiro de 2007

CONSULENTE: TERMINAIS PORTUÁRIOS DA PONTA DO FÉLIX S/A.

SÚMULA: ICMS. DECLARAÇÃO FISCO CONTÁBIL. ESTOQUES.PREENCHIMENTO.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente informa que atua na prestação deserviços de armazenagem e remessa de mercadorias destinadasexclusivamente à exportação, tratando-se de uma instalaçãoportuária alfandegada de uso público.

Expõe que mantém estoque de materiais para uso econsumo de seu estabelecimento, assim como, em razão de suasatividades, de mercadorias que recebe de terceiros e que sedestinam à formação de lotes para exportação ou acabam sendo,em outras oportunidades, transferidas para outros portos ou

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.armazéns.

Tendo em vista a obrigatoriedade de apresentar aDeclaração Fisco Contábil – DFC de que trata o artigo 234 doRegulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001, aconsulente indaga se os valores dos estoques inicial e final aserem indicados nos campos 823 e 921 do referido documento,deverão considerar os valores de mercadorias de terceiros e demateriais de uso e consumo do próprio estabelecimento?

RESPOSTA

Assim dispõe a Norma de Procedimento FiscalConjunta CRE/CAEC n.º 01/06:

“...

1.10.4. Quadro 17 – Entradas de mercadorias eserviços – declarar o somatório das entradas demercadorias e serviços (Valores Contábeis – Coluna17.1; Base de Cálculo – Coluna 17.2; Isenta ou NãoTributada – Coluna 17.3; e Outras – Coluna 17.4),relativos aos doze meses do ano de 2005, conformelançamentos efetuados nos códigos fiscais 1.101 a3.949.

1.10.5. Estoque Inicial em 01/01/2005 – transcreverno código 823 da DFC o valor total do estoque inicialde mercadorias constante do Registro de Inventário.Este valor deverá ser igual ao estoque finaldeclarado na DFC do ano-base de 2004.

...

1.10.6. Quadro 18 – Saídas de mercadorias e serviços– declarar o somatório das saídas de mercadorias eserviços (Valores Contábeis – Coluna 18.1; Base deCálculo– Coluna 18.2; Isenta ou Não Tributada –Coluna 18.3; e Outras – Coluna 18.4), relativos aosdoze meses do ano de 2005, conforme lançamentosefetuados nos códigos fiscais 5.101 a 7.949. ...

...

1.10.7. Estoque Final em 31/12/2005 – transcrever nocódigo 921 da DFC o valor total do estoque final demercadorias constante do Registro de Inventário em31/12/2005, ou na data do encerramento dasatividades.

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1.10.8. Quadros 19 e 20 - As informações destesquadros visam ajustar os valores declarados nosquadros 17 e 18 (que devem registrar fielmente osvalores lançados nos livros de registros fiscais),incluindo ou excluindo operações que afetam aapuração do valor adicionado efetivamente gerado peloestabelecimento. O preenchimento destes quadrosimplica no detalhamento dos valores no quadro 23.

Obs: Compra, venda ou transferência de ativoimobilizado e/ou materiais de uso e consumo não devemser incluídos nem excluídos no quadro 19/20, pois nãosão computados no cálculo do Valor Adicionado.Serviços sujeitos ao ISS e operações cuja naturezaseja armazenagem, depósito, demonstração, conserto,consignação, locação, empréstimo, entre outrasremessas, também não devem ser lançadas no quadro19/20, pois não são computadas para o cálculo dovalor adicionado.

...”

De igual maneira, a título informativo,noticia-se que consta a seguinte orientação no link“Respondendo suas dúvidas fisco-tributárias sobre DFC e GI”,da página oficial da Secretaria de Estado da Fazenda nainternet(https://www.fazenda.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=157):

“21. O que se considera como estoque de mercadorias?Como estoque de mercadorias devem ser assimentendidos: as mercadorias, as matérias-primas, osprodutos intermediários, os materiais de embalagem,os produtos manufaturados e os produtos emfabricação. Não se incluem os pertencentes aterceiros, recebidos para industrialização,consignação, depósito.”

Dispõe o artigo 228 do Regulamento do ICMS,aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001:

“Art. 228. O livro Registro de Inventário destina-sea arrolar, pelos seus valores e com especificaçõesque permitam sua perfeita identificação, as

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

mercadorias, as matérias-primas, os produtosintermediários, os materiais de embalagem, osprodutos manufaturados e os produtos em fabricação,existentes no estabelecimento à época do balanço(Convênio SINIEF, de 15.12.70, art. 76).

§ 1º No livro referido neste artigo serão tambémarrolados, separadamente:

...

a) as mercadorias, as matérias-primas, os produtosintermediários, os materiais de embalagem e osprodutos manufaturados pertencentes aoestabelecimento, em poder de terceiros;

b) as mercadorias, as matérias-primas, os produtosintermediários, os materiais de embalagem, osprodutos manufaturados e os produtos em fabricação,de terceiros, em poder do estabelecimento.”

Assim, observa-se que apenas as mercadorias, asmatérias-primas, os produtos intermediários, os materiais deembalagem, os produtos manufaturados e os produtos emfabricação devem ser escriturados no livro Registro deInventário.

Nota-se, ainda, que serão arroladasseparadamente, não sendo, portanto, totalizadas de maneiraconjunta, as mercadorias, as matérias-primas, os produtosintermediários, os materiais de embalagem, os produtosmanufaturados e os produtos em fabricação, de terceiros, empoder do estabelecimento.

Portanto, respondendo-se objetivamente a questãoformulada pela consulente, esclarece-se que os valores doestoque inicial e final indicados nos campos 823 e 921 da DFCnão deverão considerar os valores de mercadorias de terceirose os materiais de uso e consumo do próprio estabelecimento.

Esclarece-se, ainda, que a Norma deProcedimento Fiscal Conjunta CRE/CAEC n.º 01/07, de15/01/2007, na questão que aqui se examina, reproduz para aDFC - ano base 2006 – a mesma orientação definida para a DFC– ano base 2005.

PROTOCOLO: 8.797.783-8

CONSULTA Nº: 15, de 06 de fevereiro de 2007

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

CONSULENTE: ELOIR MARTINS & CIA. LTDA.

SÚMULA: ICMS. NÃO CONTRIBUINTE. DESNECESSIDADE DEINSCRIÇÃO NO CAD/ICMS.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente informa que atua com locação decaçambas estacionárias, coleta, armazenamento, reciclagem,gerenciamento e transporte rodoviário especial de resíduossólidos e líquidos, limpeza pública urbana, limpeza deesgotos, sinalização de rodovias e estacionamento de veículos.

Aduz não possuir inscrição estadual por serprestadora de serviços e que efetua transporte de resíduos domunicípio de Paranaguá para Pontal do Paraná (destinação finaldesses resíduos) recolhendo o ISSQN normalmente.

Após mencionar o artigo 1º e o seu § 2º, da LeiComplementar n. 116/03 e o sub-item 7.09 da lista anexa, aseguir transcritos, a Consulente expõe que, no seu entender,não tem a função de transportadora, já que os resíduos sãoconduzidos para destinação final:

Art. 1º O Imposto Sobre Serviços de QualquerNatureza, de competência dos Municípios e do DistritoFederal, tem como fato gerador a prestação deserviços constantes da lista anexa, ainda que essesnão se constituam como atividade preponderante doprestador.

...

§ 2º Ressalvadas as exceções expressas na listaanexa, os serviços nela mencionados não ficamsujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas àCirculação de Mercadorias e Prestações de Serviços deTransporte Interestadual e Intermunicipal e deComunicação - ICMS, ainda que sua prestação envolvafornecimento de mercadorias.

...

7.09. Varrição, coleta, remoção, incineração,tratamento, reciclagem, separação e destinação finalde lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Ante o exposto indaga:

a) é necessário inscrição estadual e emitir oConhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas?

b) Se as atividades desenvolvidas pelaConsulente teriam alguma espécie de isenção?

RESPOSTA

A locação de caçambas estacionárias, coleta,armazenamento, reciclagem, gerenciamento e transporterodoviário especial de resíduos sólidos e líquidos, limpezapública urbana, limpeza de esgotos, sinalização de rodovias eestacionamento de veículos, atividades desenvolvidas pelaConsulente, não estão enquadradas na hipótese de incidência doimposto estadual porquanto não se trata de prestação deserviços de transporte de bens, pessoas, mercadorias ouvalores, inteligência do inciso II do artigo 2º da Lei n.11.580/96, verbis:

Art. 2º O imposto incide sobre:

...

II - prestações de serviços de transporteinterestadual e intermunicipal, por qualquer via, depessoas, bens, mercadorias ou valores;

Assim, para o exercício dessas atividades aConsulente não necessita inscrever-se no cadastro decontribuintes do imposto estadual.

Por outro lado, considerando que dentre asatividades relatadas há o transporte rodoviário, e caso aConsulente venha efetuar a prestação de serviço de transporte,conforme dispositivo antes mencionado, deve providenciar suainscrição no cadastro de contribuintes do imposto estadual,conforme artigo 103 do Regulamento do ICMS, aprovado peloDecreto n. 5.141/2001, e emitir o Conhecimento de TransporteRodoviário de Cargas antes do início da prestação, nos termosdo artigo 150 do mesmo diploma, cujos dispositivos setranscreve a seguir:

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Art. 103. Deverão inscrever-se no Cadastro deContribuintes do ICMS - CAD/ICMS, antes do início desuas atividades, aqueles que pretendam realizaroperações relativas à circulação de mercadorias eprestação de serviços de transporte interestadual eintermunicipal e de comunicação (art. 33 da Lei11.580/96).

...

Art. 150. O Conhecimento de Transporte Rodoviário deCargas será emitido, antes do início da prestação doserviço, pelo transportador rodoviário de carga queexecutar serviço de transporte rodoviáriointermunicipal ou interestadual, e conterá, nomínimo, as seguintes indicações (Convênio SINIEF06/89, arts. 16, 17 e 18; Ajustes SINIEF 01/89 e08/89):

Deve-se ressaltar que nas prestações internas,com início e término no território paranaense e que tenhamcomo tomador do serviço contribuinte do imposto inscrito noCAD/ICMS deste Estado, são isentas do ICMS, conforme:

76-A PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTEINTERMUNICIPAL DE CARGAS, até 30.04.2007, que tenhainício e término no território paranaense e cujotomador do serviço seja contribuinte do impostoinscrito no CAD/ICMS deste Estado (Convênio ICMS04/04).

O item 76-A foi revigorado com nova redação peloart. 1º, alteração 711ª, do Decreto n. 7.677, de27.12.2006, produzindo efeitos a partir de20.10.2006.

Nessa situação, cumpre destacar que há vedaçãoao crédito do imposto conforme o artigo 27, inciso III, da Lein. 11.580/96, verbis:

Art. 27. É vedado, salvo determinação em contrário dalegislação, o crédito relativo a mercadoria ou bementrados no estabelecimento ou a prestação deserviços a ele feita:

...

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III - para comercialização ou prestação de serviço,quando a saída ou a prestação subseqüente não foremtributadas ou estiverem isentas do imposto, exceto asdestinadas ao exterior;

Caso a consulente esteja procedendodiferentemente do contido nessa resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001, tem o prazo de 15dias, a partir da ciência desta, para adequar-se.

PROTOCOLO: 9.129.321-8

CONSULTA Nº: 16, de 13 de setembro de 2007(Rerratificação)

CONSULENTE: EXPORTADORA UNIVERSAL DE PROD. MANUFATURADOSLTDA.

SÚMULA: ICMS. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS. ESCRITURAÇÃOFISCAL. GIA/ICMS.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A Consulente, tendo como atividade no Estado doParaná o “comércio por atacado de pneumáticos e câmaras de ar”e o “comércio varejista de máquinas e equipamentos paraescritório”, informa emitir nota fiscal modelo 1 contendoserviços de competência municipal, sendo que os valorescorrespondentes estão sendo informados no campo 06 da Guia deInformação e Apuração do ICMS – GIA/ICMS, de acordo com aNorma de Procedimento Fiscal – NPF n. 3, de 16 de março de2006, item 4.1.3.

Sendo assim, questiona se o seu procedimentoestá correto ou se deve informar os valores no campo 39 daGIA/ICMS.

RESPOSTA

Trazem-se, de início, disposições da legislaçãotributária, com destaques:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n.5.141/2001:

Art. 220. O livro Registro de Saídas, modelo 2 ou2-A, destina-se à escrituração da saída de mercadoriado estabelecimento, a qualquer título, ou do serviçoprestado (Convênio SINIEF, de 15.12.70, art. 71 eConvênio SINIEF 06/89, art. 87).

Norma de Procedimento Fiscal n. 003/2006:

4. Da forma de preenchimento.

4.1. GIA/ICMS:

4.1.3. o preenchimento dos campos a seguir indicadosé comum para o programa oficial da SEFA e GIAonline:

Quadro 5 - Informações fiscais

...

Campo 06 - preencher com o valor total das receitasde serviços não sujeitos ao ICMS.

Quadro 8 - Valores fiscais: Valor Contábil - Saídas

Campo 31 - transportar o valor das saídas demercadorias e de serviços para o Estado ...

Campo 33 - transportar o valor das saídas demercadorias e de serviços para outros Estados ...

Campo 34 - transportar o valor das saídas demercadorias e serviços para o Exterior ...

Campo 35 - transportar o valor das saídas demercadorias e serviços para o Estado e para outrosEstados...

Campo 39 - transportar o valor das saídas demercadorias e aquisição de serviços - Código Fiscalde Operações e Prestações CFOP não classificados noscampos anteriores.

Da legislação transcrita, interpretadasistematicamente, observa-se que o Campo 39 da GIA/ICMS, emverdade, deve conter, além das informações relativas à saída

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.de mercadorias, aquelas referentes aos serviços prestados, enão aos serviços adquiridos.

Assim, esclarece-se que a prestação de serviçossob competência tributária municipal não devem ser informadosno Campo 39, mas sim no Campo 6 da GIA/ICMS.

Está correto, portanto, o entendimento daconsulente.

PROTOCOLOS: 9.013.067-6 e 9.013.555-4

CONSULTA Nº: 17, de 12 de fevereiro de 2007

CONSULENTE: PEDREIRA RIO QUATI LTDA.

SÚMULA: ICMS. CRÉDITOS. AQUISIÇÕES DE ÓLEO DIESEL ASER CONSUMIDO EM MAQUINÁRIOS E CALDEIRAS.PEÇAS DE REPOSIÇÃO DE MAQUINÁRIOS.

RELATORA: LIMI OIKAWA

A consulente informa que tem como atividade aexploração e comércio de pedras, areia, aproveitamento dejazidas minerais, transporte de cargas, usinagem de concretobetuminado a quente e construção de obras viárias.

Informa que no processo industrial, quecompreende a extração e manufatura de pedra brita, utilizamáquinas, tratores, caminhões movidos a diesel para odeslocamento da matéria-prima pelo pátio, bem como nocarregamento de caminhões.

Ainda, no processo industrial que compreende ausinagem de concreto betuminado a quente, utiliza caldeira quetem como combustível o óleo diesel.

Por fim, diz que no processo industrialnecessita repor várias peças em suas máquinas, para que elascontinuem operando.

Ainda, em complementação à consulta, informa quenão está utilizando os créditos mencionados.

Isto posto, indaga:

1 - Pode a consulente utilizar-se de créditode ICMS nas aquisições de óleo diesel consumido nos

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.maquinários e na caldeira, nos termos do art. 23, §12, alínea“a”, do RICMS?

2 – Também confere direito a crédito asaquisições de peças de reposição de máquinas utilizadas noprocesso industrial?

3 - Em caso afirmativo, pode se utilizar decréditos não utilizados em operações anteriores? Neste caso,deverá fazer a apropriação em conta gráfica ou solicitar porrequerimento à Delegacia Regional de sua jurisdição.

RESPOSTA

Inicialmente, transcreve-se os §§ 1º e 2º doart. 2º do Decreto n. 5.141/2001, pertinente à questão,verbis:

Art. 2º Na aplicação do art. 24 do Regulamento doICMS, somente darão direito de crédito as mercadoriasdestinadas ao uso ou consumo do estabelecimento, neleentradas a partir de 1º de janeiro de 2011 (art. 65,I, da Lei nº 11.580/96 e Lei Complementar nº 122/06).

§ 1º. Para efeitos do disposto no "caput", entende-secomo mercadoria destinada ao uso ou consumo doestabelecimento, a que não seja utilizada nacomercialização e a que não seja empregada paraintegração no produto ou para consumo no respectivoprocesso de industrialização ou na produção rural.

§ 2º. Entende-se por consumo no processo deindustrialização ou produção rural a total destruiçãoda mercadoria.

Os §§ 1º e 2º foram acrescentados pelo art. 3º, doDecreto n. 5.042, de 29.06.2005.

Respondendo à questão n. 1, tem-se que,relativamente ao óleo diesel utilizado na caldeira, como fonteenergética, tem a consulente direito de escriturar o créditode ICMS, desde que seja consumido no processo industrial emseu estabelecimento. Inteligência dos §§1º e 2º do art. 2º doDecreto n. 5141/2001. As Consultas n. 160/2002, 27/2005 e119/2005 entre outras, trataram do uso de óleo diesel comofonte energética.

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Já quanto ao óleo diesel utilizado emmaquinários, como combustível, este Setor Consultivo tem semanifestado reiteradamente no sentido de que se trata dematerial de consumo, cuja apropriação somente será permitidapara as entradas que ocorrerem a partir de 1º de janeiro de2011, em razão do disposto no inciso I do art. 65 da Lei11580/96, em face do disposto na Lei Complementar n. 122, de12/12/2006. Abaixo transcreve-se parte da resposta dada naConsulta n. 03/2006, para ilustração:

Consulta n. 03/2006

...

Com o advento da Lei Complementar n. 87, de 13 desetembro de 1996, e alterações posteriores, e da Lein. 11.580, de 14 de novembro de 1996, o crédito deICMS originário da aquisição de combustível destinadoà empilhadeira, por se tratar de mercadoria destinadaao consumo, somente poderá ser apropriado a partirde 1º de janeiro de 2007, de conformidade com odisposto no inciso I do art. 65 da Lei n. 11.580/96.

A Lei n. 11.580/96, que regula o ICMS no Paraná,ao tratar da questão dos créditos, assim dispõe em seu artigo27 caput e inciso II, e no art. 29 e incisos, verbis:

Art. 27. É vedado, salvo determinação em contrário dalegislação, o crédito relativo a mercadoria ou bementrados no estabelecimento ou a prestação deserviços a ele feita:

(...)

II - para integração ou consumo em processo deindustrialização ou produção rural, quando a saída doproduto resultante não for tributada ou estiverisenta do imposto, exceto se tratar-se de saída parao exterior;"

...

Art. 29. O sujeito passivo deverá efetuar o estornodo imposto creditado sempre que o serviço tomado ou amercadoria ou bem entrados no estabelecimento:

I - for objeto de saída ou prestação de serviço nãotributada ou isenta, sendo esta circunstância

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imprevisível na data da entrada da mercadoria ou bemou da utilização do serviço;

II - for integrado ou consumido em processo deindustrialização, quando a saída do produtoresultante não for tributada ou estiver isenta doimposto;

III - vier a ser utilizado em fim alheio à atividadedo estabelecimento;

IV - for objeto de operação ou prestação subseqüentecom redução de base de cálculo, hipótese em que oestorno será proporcional à redução;

V - vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se.

Quanto a questão n. 2, tendo em vista a normainterpretativa contida no art. 2º, §1º, do Decreto n.5.141/01, antes transcrita, o crédito do imposto relativoàs aquisições de peças de reposição, por serem destinadas aouso e consumo do estabelecimento, somente darão direito acrédito as aquisições efetivadas a partir de 1º de janeiro de2011. Nesse sentido, cabe observar os termos da LeiComplementar n. 87/96, artigo 33, I, e suas alterações, dadaspelas Leis Complementares n. 92/97, 99/99, 114/02 e 122/06.

Em relação a questão n. 3, quanto à utilizaçãode crédito extemporâneo, a consulente deverá observar seeste não se encontra alcançado pela decadência, prevista no §2º, do artigo 24, do RICMS/PR, e, atender ao disposto no § 6ºdeste mesmo dispositivo legal, verbis:

Art. 24. Para a compensação a que se refere o artigoanterior, é assegurado ao contribuinte o direito decreditar-se do imposto anteriormente cobrado emoperações de que tenha resultado a entrada demercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou aoativo permanente, ou o recebimento de serviços detransporte interestadual e intermunicipal ou decomunicação (art. 24 da Lei 11.580/96).

(...)

§ 2º O direito de utilizar o crédito extingue-sedepois de decorridos cinco anos contados da data deemissão do documento.

(...)

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

§ 6º Quando o crédito não for exercido na épocaprópria, só poderá ser utilizado em denúnciaespontânea, ou quando o fato seja comunicado àrepartição fiscal ou o seu valor seja incluído emreconstituição de escrita, promovida pelafiscalização.

Portanto, nas aquisições em que a consulentetiver direito ao crédito, e quando o uso ocorrerextemporâneamente, além de verificar a questão da decadência,deve-se efetuar comunicação à Repartição Fiscal de seudomicílio tributário.

Caso a consulente esteja procedendodiferentemente do contido nessa resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001, tem o prazo de 15dias, a partir da ciência desta, para adequar-se.

PROTOCOLO: 8.974.089-4

CONSULTA Nº: 18, de 12 de fevereiro de 2007

CONSULENTE: NACIONAL GÁS BUTANO DISTRIBUIDORA LTDA.

SÚMULA: ICMS. NOTA FISCAL PARA DOCUMENTAR A ENTRADAEM RETORNO DE BEM POR CONTA DA CESSAÇÃO DOCONTRATO DE COMODATO. REMETENTE DAMERCADORIA IMPOSSIBILITADA DE EMISSÃO DEDOCUMENTOS FISCAIS.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente, empresa envasadora e distribuidorade gás liqüefeito de petróleo (GLP), informa que entrega, aseus clientes, vasilhames (botijões) e tanques que pertencemao seu ativo imobilizado, juntamente com o gás envasado,mediante contrato de comodato (empréstimo a título gratuito).

Aduz que no momento do desfazimento dessecontrato, devolução dos vasilhames (botijões) e tanques,muitos de seus clientes encontram-se impedidos de emitirdocumento fiscal (seja por estarem com a inscrição no cadastrode contribuintes do ICMS irregular ou por não estarem maisexercendo suas atividades – baixados). Assevera, também, que

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.não tem segurança para emitir notas fiscais para documentar aentrada porque, no seu entender, podem ser consideradasinidôneas, nos termos do artigo 182 do RICMS/PR, aprovado peloDecreto n. 5.141/2001.

Ante o exposto indaga se é possível emitir notafiscal para documentar a entrada, em seu nome, a fim deefetivar o retorno dos bens em comodato, fazendo-se menção ànota fiscal que acobertou as suas saídas. E, caso o SetorConsultivo entenda diferentemente, solicita esclarecimentosacerca do procedimento correto, de tal forma que não sejaprejudicada por atos de terceiros, relação ao qual não teriaqualquer responsabilidade.

RESPOSTA

Comodato não caracteriza operação sujeita aincidência do ICMS, haja vista que se trata de “contrato, atítulo gratuito, em virtude do qual uma das partes cede porempréstimo a outra determinada coisa, para que a use, pelotempo e nas condições preestabelecidas. É assim, expressãoprópria para designar o empréstimo gratuito para uso ousimplesmente empréstimo do uso” (Vocabulário de Plácido eSilva).

A emissão de nota fiscal para documentar aentrada de botijões e tanques é o procedimento correto, umavez tratar-se de contrato de comodato aperfeiçoado efinalizado e a remetente estar impedida de emitir documentosfiscais. A Consulente deve preencher a nota fiscal antes doinício do retorno e para acompanhar o trânsito até o local doestabelecimento destinatário-emitente, com todos os dadosdisponíveis, mormente em relação a nota fiscal que acobertou asaída do bem objeto do contrato de comodato, ao estilo dodisposto no artigo 283 do RICMS/PR, aprovado pelo Decreto n.5.141/2001, pois não tem norma específica à situação, edescrever, no campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES” do quadro“DADOS ADICIONAIS”, o motivo pelo qual estaria sendo emitidaessa nota fiscal.

PROTOCOLO: 8.851.852-7

CONSULTA Nº: 19, de 22 de fevereiro de 2007

CONSULENTE: AUTO POSTO GRANDE LAGO LTDA.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

SÚMULA: ICMS. CONTRIBUINTE USUÁRIO DE EQUIPAMENTOEMISSOR DE CUPOM FISCAL. OBRIGAÇÕESACESSÓRIAS.

RELATOR: ROBERTO ZANINELLI COVELO TIZON

A Consulente, tendo como atividade o comércio avarejo de combustíveis e lubrificantes para veículosautomotores, relata que:

a) possui autorização para utilização deequipamento emissor de cupom fiscal concomitante com emissãode notas fiscais;

b) sempre é emitido o cupom fiscal e nos casosem que o cliente solicita ou necessita de nota fiscal, a mesmaé emitida em formulário contínuo;

c) nestas notas fiscais é aposta observação,referenciando o número do cupom fiscal, conforme previsto noCFOP próprio (5929 ou 6929);

d) tal procedimento foi adotado considerando quesomente um pequeno número de clientes solicitava a emissão denotas fiscais;

e) vem aumentando o número de clientes querequerem notas fiscais;

f) o sistema que utiliza, devidamente homologadopela Receita Estadual, permite definir no cadastramento docliente qual dos dois documentos (cupom ou nota fiscal) deveemitir.

Relata ainda que pretende adotar o procedimentode emitir somente cupom ou nota fiscal, ou seja, um ou outro,não anotando o número de ordem na referida nota fiscal.

Posteriormente, complementa sua consulta esolicita esclarecimentos no tocante às disposições contidasnos artigos 310 e 311 do Regulamento do ICMS, aprovado peloDecreto n. 5.141, de 12 de dezembro de 2001, reformulando seuquestionamento:

1) ao efetuar a venda, considerando o perfil docliente, é correto a consulente emitir somente o Cupom Fiscalou somente a Nota Fiscal (modelo 1)?

2) nas vendas já acobertadas por Nota Fiscal

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.(modelo 1) é necessária a emissão do Cupom Fiscal? Caso sejanecessário qual o procedimento de emissão e escrituração daNota Fiscal?

3) em alguns casos, especialmente nos quais ocliente é eventual, quando não faz o cadastro do cliente, porser de localidade longínqua, de outro Estado e às vezes até deoutro País, ocorre de emitir o Cupom Fiscal e, após referidaemissão, o cliente solicita a Nota Fiscal (modelo 1). Nestescasos seria necessário emitir a Nota Fiscal (modelo 1) combase em um Cupom Fiscal (CFOP 5.929 ou 6.929), devendo, paraemissão do documento e escrituração fiscal, adotar oprocedimento do art. 311 do Regulamento do ICMS?

RESPOSTA

Preceituam os seguintes dispositivos doRegulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 5.141, de 12 dedezembro de 2001:

“Art. 115. O contribuinte emitirá ou utilizará,conforme as operações ou prestações que realizar, osseguintes documentos fiscais (art. 45 da Lei n.11.580/96); (Convênios SINIEF, de 15.12.70, art. 6º;06/89, art. 1º; Ajustes SINIEF 03/78, 04/78, 01/89,04/89, 14/89, 15/89 e 03/94):

(...)

§ 2º A Nota Fiscal de Venda a Consumidor, cumpridosos requisitos dos arts. 124, 126 e 315, poderá sersubstituída por:

a) Nota Fiscal Simplificada;

b) Nota Fiscal-Ordem de Serviço;

c) Cupom Fiscal.

(...)

Art. 307. O ECF é o equipamento de automaçãocomercial com capacidade para emitir documentosfiscais e realizar controles de natureza fiscal,referentes a operações de circulação de mercadoriasou bens e a prestações de serviços de transporteinterestadual e intermunicipal (Convênio ICMS 85/01,cláusula segunda).

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

(...)

§ 2º Poderá ser emitido, em substituição à NotaFiscal de Venda a Consumidor - modelo 2, e aosBilhetes de Passagem - modelos 13 a 16, documentofiscal por ECF (Ajuste SINIEF 5/94, art. 6º doConvênio SINIEF S/N, 15 de dezembro de 1970).

(...)

Art. 309. O estabelecimento que exerça a atividade devenda ou revenda de mercadorias ou bens ou deprestação de serviços em que o adquirente ou tomadorseja pessoa física ou jurídica não contribuinte doimposto estadual está obrigado ao uso de ECF(Convênios ECF 01/98 e 02/98).

(...)

Art. 310. As prerrogativas para uso de ECF, previstasnesta seção, não eximem o usuário de emitir NotaFiscal de Venda a Consumidor quando solicitada peloadquirente da mercadoria, assim como não vedam aemissão de Nota Fiscal, modelos 1 ou 1-A, em funçãoda natureza da operação.

Art. 311. A operação de venda acobertada por NotaFiscal de Venda a Consumidor não emitida por ECF deveser registrada no mesmo, hipótese em que:

I - serão anotados, nas vias do documento fiscalemitido, os números de ordem do Cupom Fiscal e doECF, este atribuído pelo estabelecimento;

II - serão indicados na coluna "Observações", dolivro Registro de Saídas, apenas o número e a sériedo documento;

III - será o Cupom Fiscal anexado à via fixa dodocumento emitido.”

Passa-se a responder as questões da consulente,na ordem em que foram formuladas:

a) Questão 1

É obrigatória a emissão do cupom fiscal quando oadquirente for pessoa física ou jurídica não-contribuinte doimposto estadual (consumidor final).

No caso descrito, poderá a consulente emitirsomente o cupom fiscal. Todavia, deverá emitir também a Nota

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.Fiscal de Venda a Consumidor quando solicitada pelo adquirenteda mercadoria, cumprindo os requisitos do art. 311 doRegulamento do ICMS.

E quando o adquirente da mercadoria forcontribuinte do imposto, inclusive produtor rural (que estádispensado temporariamente da inscrição estadual, conformeart. 116 do Regulamento do ICMS), deverá ser emitida a notafiscal modelo 1 ou 1-A, não havendo obrigatoriedade, nessecaso, da emissão de cupom fiscal.

Com base no exposto, chega-se à conclusão de quea consulente não poderá emitir somente a Nota Fiscal de Vendaa Consumidor, sendo usuária de equipamento emissor de cupomfiscal - ECF. Já quanto à Nota Fiscal modelo 1 ou 1-A, poderáser emitida isoladamente.

b) Questão 2

Nas vendas efetuadas a contribuinte do imposto,nas quais se deve emitir a Nota Fiscal modelo 1 ou 1-A, não háobrigatoriedade de emissão de Cupom Fiscal, como se afirmouanteriormente. A segunda parte do questionamento restaprejudicada.

c) Questão 3

Como informa o art. 310 antes transcrito, asprerrogativas para uso de ECF não vedam a emissão de NotaFiscal, modelo 1 ou 1-A, em função da natureza da operação. Asdisposições do art. 311 do Regulamento do ICMS aplicam-sesomente na operação de venda acobertada por Nota Fiscal deVenda a Consumidor não emitida por ECF e não para o caso deemissão de Nota Fiscal modelo 1 ou 1-A a contribuinte doimposto.

Relata-se, a título de ilustração, informação daInspetoria Geral de Fiscalização – Unidade Estadual de Enlacecom relação à questão de informação dos documentos fiscais noarquivo magnético:

“1) No caso de emissão de nota fiscal modelos 1 e1-A, a mesma deverá ser informada no Registro Tipo50, conforme previsto no item 7.1.3., da Tabela I, doAnexo VI, do RICMS/PR, que diz:

7.1.3. Tipo 50 - Registro de total de Nota Fiscal

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modelos 1 e 1-A, Nota Fiscal/Conta de EnergiaElétrica, modelo 6, Nota Fiscal de Serviço deComunicação, modelo 21, e Nota Fiscal de Serviço deTelecomunicações, modelo 22, destinado a especificaras informações de totalização do documento fiscal,relativamente ao ICMS. No caso de documentos com maisde uma alíquota de ICMS e/ou mais de um Código Fiscalde Operação - CFOP, deve ser gerado para cadacombinação de "alíquota" e "CFOP" um registro tipo50, com valores nos campos monetários (11, 12, 13,14 e 15) correspondendo à soma dos itens que compõeo mesmo, de tal forma que as somas dos valores doscampos monetários dos diversos registros querepresentam uma mesma nota fiscal, corresponderão aosvalores totais da mesma (Convênio ICMS 69/02);

2) No caso de emissão de cupom fiscal, o mesmo deveráser informado no Registro Tipo 60 (60M, 60A e 60R),conforme previsto no 7.1.8., da Tabela I, do AnexoVI, do RICMS/PR, que diz:

7.1.8. Tipo 60 - Registro destinado a informar asoperações e prestações realizadas com os documentosfiscais emitidos por equipamento emissor de cupomfiscal os quais são: Cupom Fiscal; Cupom Fiscal -PDV; Bilhete de Passagem Rodoviário, modelo 13;Bilhete de Passagem Aquaviário, modelo 14; Bilhetede Passagem e Nota de Bagagem, modelo 15; Bilhete dePassagem Ferroviário, modelo 16; e Nota Fiscal deVenda a Consumidor, modelo 2 (Convênio ICMS 76/03);

3) Preferencialmente, todos os registros devem serapresentados em um único arquivo magnético, quedeverá conter a totalidade das operações, conformeprevisto no 2.1., da Tabela I, do Anexo VI doRICMS/PR, e que diz:

2. DAS INFORMAÇÕES (Convênio ICMS 69/02)

2.1. O contribuinte usuário de sistema eletrônico deprocessamento de dados está sujeito a prestarinformações fiscais em meio magnético, de acordo comas especificações indicadas neste manual, mantendo,observado o disposto no parágrafo único do art. 101do Regulamento do ICMS, o arquivo magnético comregistros fiscais referentes à totalidade dasoperações de entradas e de saídas e das aquisições eprestações realizadas no exercício de apuração.”

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Conforme previsto no art. 591 do Regulamento doICMS, a consulente tem, a partir da data da ciência daresposta, o prazo de até quinze dias para adequar seuprocedimento ao que tiver sido esclarecido, em caso de estarprocedendo de forma diversa.

PROTOCOLO: 5.855.213-5

CONSULTA Nº: 20, de 13 de fevereiro de 2007

CONSULENTE: DE AMORIM CONSTRUTORA DE OBRAS LTDA.

ASSUNTO ICMS. OPERAÇÕES COM PEDRAS. INCIDÊNCIA.CRÉDITOS. ATIVO IMOBILIZADO E INSUMOS.IMPOSSIBILIDADE DE CRÉDITOS RELATIVO AMERCADORIAS DESTINADAS AO USO OU CONSUMO.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente informa que executa serviços deterraplenagem, construção de estradas, pátios de empresas eoutros, e que para tanto utiliza materiais como tubos,cimento, areia e pedras.

Aduz que comprou uma pedreira para vender aspedras que extrai ou usá-las em obras que executa.

Em relação a operação de venda expõe que tributaà alíquota de 7%.

No que se refere ao valor cobrado da obra dizque emitirá apenas nota fiscal de prestação de serviços pelovalor total contratado, e notas fiscais de “simplestransferência” das pedras da pedreira à obra, sem destaque doimposto, por entender que são de sua propriedade.

Indaga quanto a possibilidade da empresa queatua na extração ou britamento de pedras se creditar doimposto referente as aquisições de energia elétrica,explosivos, correia para transporte de pedras, do óleo dieselusado em equipamentos, tratores e caminhões destinados aotransporte da pedra bruta até a máquina de quebrar pedras, edo ativo imobilizado como: trator, caminhão, máquinas eequipamentos utilizados na pedreira.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

RESPOSTA

Inicialmente, deve-se ressaltar que no artigo 17da Lei n. 11.580/96 dispõe que cada estabelecimento do mesmocontribuinte é considerado autônomo, consagrando o princípioda autonomia dos estabelecimentos, a saber:

Art. 17. Considera-se contribuinte autônomo cadaestabelecimento do mesmo contribuinte.

As operações de saída de pedras, ainda que paraoutro estabelecimento do mesmo titular, é fato gerador doICMS, conforme definido no artigo 5º, inciso I, da Lei n.11.580/96, verbis:

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento:

I - da saída de mercadoria de estabelecimento decontribuinte, ainda que para outro estabelecimento domesmo titular;

Além disso, deve-se observar que no mesmoDiploma Legal, em seu artigo 2º, inciso V, estabelece queincide ICMS no fornecimento de mercadorias com prestação deserviços sujeitos ao imposto sobre serviços, de competênciatributária dos Municípios, quando a lei complementar aplicávelexpressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual.

E no item 7.02, in fine, da lista de serviços(redação determinada pela Lei Complementar n. 116/2003), prevêque exceto o fornecimento de mercadorias produzidas peloprestador de serviços fora do local da prestação dos serviços,que fica sujeito ao ICMS, conforme:

7.02. Execução, por administração, empreitada ousubempreitada, de obras de construção civil,hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes,inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação,drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação,concretagem e a instalação e montagem de produtos,peças e equipamentos (exceto o fornecimento de

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mercadorias produzidas pelo prestador de serviçosfora do local da prestação dos serviços, que ficasujeito ao ICMS). (grifo nosso)

Nesse sentido o item II do artigo 287 doRegulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001,verbis:

Art. 287. Em relação à construção civil o ICMS serádevido, dentre outras hipóteses:

...

II - no fornecimento de casas e edificaçõespré-fabricadas e nos demais casos de execução, poradministração, empreitada ou subempreitada deconstrução civil, de obras hidráulicas e de outrassemelhantes, inclusive serviços auxiliares oucomplementares, quando as mercadorias fornecidasforem produzidas pelo próprio prestador fora do localda prestação dos serviços; (grifo nosso)

Destarte, nos termos das legislaçõesretrocitadas, verifica-se que incide ICMS em relação àsoperações com mercadorias produzidas fora do local daprestação de serviços.

Em relação ao crédito decorrente da aquisição decorreia, a Lei Complementar n. 087/96, artigo 33, I, alteradapelas Leis Complementares n. 92, de 23 de dezembro de 1997; n.99, de 20 de dezembro de 1999, n. 114, de 16 de dezembro de2002, e n. 122, de 12 de dezembro de 2006, estabeleceu que,por ser destinado ao uso ou consumo, somente darão direito acrédito a partir de 1º de janeiro de 2011. Na Lei n.11.580/96, tal previsão consta no artigo 65, inciso I.

No § 2º do artigo 2º do Decreto n. 5.141/2001,acrescentado pelo Decreto n. 5.042, de 29.06.2005, tem-se oentendimento de que consumo no processo de industrialização éa destruição total da mercadoria, consoante:

Art. 2º Na aplicação do art. 24 do Regulamento doICMS, somente darão direito de crédito as mercadoriasdestinadas ao uso ou consumo do estabelecimento, neleentradas a partir de 1º.01.2007 (Lei n. 13.023/00).

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§ 1º. Para efeitos do disposto no "caput", entende-secomo mercadoria destinada ao uso ou consumo doestabelecimento, a que não seja utilizada nacomercialização e a que não seja empregada paraintegração no produto ou para consumo no respectivoprocesso de industrialização ou na produção rural.

§ 2º. Entende-se por consumo no processo deindustrialização ou produção rural a total destruiçãoda mercadoria.

...

Assim, na situação apresentada pela Consultante,a correia é bem de uso, porquanto não ocorre sua destruiçãototal no processo de industrialização.

Também não proporcionam créditos as aquisiçõesde óleo do motor e diesel, utilizados em veículos, motores etratores empregados dentro do recinto da empresa, qual seja, apedreira, por se tratarem de mercadorias destinadas ao uso ouconsumo.

Transcreve-se excertos da resposta à Consulta n.03/2006, que apreciou matéria da mesma natureza, observandoque a data da possibilidade de apropriação do crédito foialterada para 1º de janeiro de 2011, de acordo com a LeiComplementar n. 122/06, verbis:

“...Com o advento da Lei Complementar n. 87, de 13 desetembro de 1996, e alterações posteriores, e da Lein. 11.580, de 14 de novembro de 1996, o crédito deICMS originário da aquisição de combustível destinadoà empilhadeira, por se tratar de mercadoria destinadaao consumo, somente poderá ser apropriado a partir de1º janeiro de 2007, de conformidade com o disposto noinciso I do art. 65 da Lei n. 11.580/96.

...”

No que tange a energia elétrica, a consulentepoderá creditar-se do imposto referente a sua aquisição, seconsumida no processo de industrialização, consoante prevê oartigo 24, § 8º, alínea "b", da Lei n. 11.580/96, verbis:

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Art. 24. Para a compensação a que se refere o artigoanterior, é assegurado ao contribuinte o direito decreditar-se do imposto anteriormente cobrado emoperações de que tenha resultado a entrada demercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou aoativo permanente, ou o recebimento de serviços detransporte interestadual e intermunicipal ou decomunicação (art. 24 da Lei n. 11.580/96).

...

§ 8º A entrada de energia elétrica no estabelecimentodá direito a crédito somente quando:

...

b) for consumida no processo de industrialização;

Bem assim, em face do disposto no § 2º, artigo2º, Decreto n. 5.141/2001, é possível o crédito nas aquisiçõesde explosivos.

Em relação aos créditos, cumpre ressaltar quedeve ser observado o disposto no artigo 20, § 3º, inciso I, daLei Complementar n. 87/96, verbis:

Art. 20. Para a compensação a que se refere o artigoanterior, é assegurado ao sujeito passivo o direitode creditar-se do imposto anteriormente cobrado emoperações de que tenha resultado a entrada demercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou aoativo permanente, ou o recebimento de serviços detransporte interestadual e intermunicipal ou decomunicação.

...

§ 3º. É vedado o crédito relativo a mercadoriaentrada no estabelecimento ou a prestação de serviçosa ele feita:

I - para integração ou consumo em processo deindustrialização ou produção rural, quando a saída doproduto resultante não for tributada ou estiverisenta do imposto, exceto se tratar-se de saída parao exterior;

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Assim, a contrario sensu do que estabelece odispositivo supra transcrito, tem-se que proporciona direito acrédito a mercadoria adquirida para integração ou consumo emprocesso de industrialização, quando a saída do produtoresultante gerar débito de imposto, ou quando se tratar desaídas para o exterior, observando-se que “entende-se porconsumo no processo de industrialização ou produção rural atotal destruição da mercadoria”.

A questão do direito ao crédito do ICMS relativoàs aquisições de mercadorias para o ativo permanente estátratada na Lei Complementar n. 87/96, com nova redação dadapela Lei Complementar n. 114/02, que autorizou a utilizaçãointegral dos créditos de ICMS a partir de 01.11.1996 (art. 33,inciso I), na forma e no prazo estabelecidos.

Na Lei n. 11.580/96, a matéria está tratada noartigo 24, § 4º, conforme:

Art. 24. Para a compensação a que se refere o artigoanterior, é assegurado ao contribuinte o direito decreditar-se do imposto anteriormente cobrado emoperações de que tenha resultado a entrada demercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou aoativo permanente, ou o recebimento de serviços detransporte interestadual e intermunicipal ou decomunicação.

...

§ 4º Para efeito do disposto no "caput" deste artigo,relativamente aos créditos decorrentes de entrada demercadorias no estabelecimento destinadas ao ativopermanente, deverá ser observado (Lei Complementar n.102/00):

a) a apropriação será feita à razão de um quarenta eoito avos por mês, devendo a primeira fração serapropriada no mês em que ocorrer a entrada noestabelecimento;

b) em cada período de apuração do imposto, não seráadmitido o creditamento de que trata a alíneaanterior, em relação à proporção das operações desaídas ou prestações isentas ou não tributadas sobreo total das operações de saídas ou prestaçõesefetuadas no mesmo período;

c) para aplicação do disposto nas alíneas "a" e "b",

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o montante do crédito a ser apropriado será o obtidomultiplicando-se o valor total do respectivo créditopelo fator igual a um quarenta e oito avos da relaçãoentre o valor das operações de saídas e prestaçõestributadas e o total das operações de saídas eprestações do período, equiparando-se às tributadas,para fins desta alínea, as saídas e prestações comdestino ao exterior;

d) o quociente de um quarenta e oito avos seráproporcionalmente aumentado ou diminuído, "pro rata"dia, caso o período de apuração seja superior ouinferior a um mês;

e) na hipótese de alienação dos bens do ativopermanente, antes de decorrido o prazo de quatro anoscontado da data de sua aquisição, não será admitido,a partir da data da alienação, o creditamento de quetrata este parágrafo em relação à fração quecorresponderia ao restante do quadriênio;

f) serão objeto de outro lançamento, além dolançamento em conjunto com os demais créditos, paraefeito da compensação prevista neste artigo e no art.23, na forma regulamentada pelo Poder Executivo, paraaplicação do disposto nas alíneas "a" a "e" desteparágrafo;

g) ao final do quadragésimo oitavo mês contado dadata da entrada do bem no estabelecimento, o saldoremanescente do crédito será cancelado.

Por ativo imobilizado deve-se entender "osdireitos que tenham por objetivo bens destinados à manutençãodas atividades da companhia ou da empresa, ou exercidos comesta finalidade, inclusive os de propriedade industrial oucomercial" (Lei n. 6.404/76, artigo 179, inciso IV).

A Lei Complementar n. 87/96 restringiu aapropriação do crédito do ICMS às aquisições de ativopermanente, aos bens móveis, de caráter durável, passíveis desaída posterior sem que haja a destruição, modificação,fratura ou dano, e desde que se vinculem ao objeto social daempresa e não tenham sido adquiridos com fins mercantis. Estarestrição está prevista no artigo 20 do mencionado DiplomaLegal, verbis:

Art. 20. Para a compensação a que se refere o artigoanterior, é assegurado ao sujeito passivo o direito

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de creditar-se do imposto anteriormente cobrado emoperações de que tenha resultado a entrada demercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou aoativo permanente, ou o recebimento de serviços detransporte interestadual e intermunicipal ou decomunicação.

§ 1º. Não dão direito a crédito as entradas demercadorias ou utilização de serviços resultantes deoperações ou prestações isentas ou não tributadas, ouque se refiram a mercadorias ou serviços alheios àatividade do estabelecimento.

§ 2º. Salvo prova em contrário, presumem-se alheios àatividade do estabelecimento os veículos detransporte pessoal.

§ 3º. É vedado o crédito relativo a mercadoriaentrada no estabelecimento ou a prestação de serviçosa ele feita:

I - para integração ou consumo em processo deindustrialização ou produção rural, quando a saída doproduto resultante não for tributada ou estiverisenta do imposto, exceto se tratar-se de saída parao exterior;

II - para comercialização ou prestação de serviço,quando a saída ou a prestação subseqüente não foremtributadas ou estiverem isentas do imposto, exceto asdestinadas ao exterior.

§ 4º. Deliberação dos Estados, na forma do art. 28,poderá dispor que não se aplique, no todo ou emparte, a vedação prevista no parágrafo anterior.

§ 5º Para efeito do disposto no caput deste artigo,relativamente aos créditos decorrentes de entrada demercadorias no estabelecimento destinadas ao ativopermanente, deverá ser observado:I - a apropriação será feita à razão de um quarenta eoito avos por mês, devendo a primeira fração serapropriada no mês em que ocorrer a entrada noestabelecimento;

II - em cada período de apuração do imposto, não seráadmitido o creditamento de que trata o inciso I, emrelação à proporção das operações de saídas ouprestações isentas ou não tributadas sobre o totaldas operações de saídas ou prestações efetuadas nomesmo período;

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III - para aplicação do disposto nos incisos I e II,o montante do crédito a ser apropriado será o obtidomultiplicando-se o valor total do respectivo créditopelo fator igual a um quarenta e oito avos da relaçãoentre o valor das operações de saídas e prestaçõestributadas e o total das operações de saídas eprestações do período, equiparando-se às tributadas,para fins deste inciso, as saídas e prestações comdestino ao exterior;

IV - o quociente de um quarenta e oito avos seráproporcionalmente aumentado ou diminuído, pro ratadie, caso o período de apuração seja superior ouinferior a um mês;

V - na hipótese de alienação dos bens do ativopermanente, antes de decorrido o prazo de quatro anoscontado da data de sua aquisição, não será admitido,a partir da data da alienação, o creditamento de quetrata este parágrafo em relação à fração quecorresponderia ao restante do quadriênio;

VI - serão objeto de outro lançamento, além dolançamento em conjunto com os demais créditos, paraefeito da compensação prevista neste artigo e no art.19, em livro próprio ou de outra forma que alegislação determinar, para aplicação do disposto nosincisos I a V deste parágrafo; e

VII - ao final do quadragésimo oitavo mês contado dadata da entrada do bem no estabelecimento, o saldoremanescente do crédito será cancelado.

§ 6º. Operações tributadas, posteriores a saídas deque trata o § 3º, dão ao estabelecimento que aspraticar direito a creditar-se do imposto cobrado nasoperações anteriores às isentas ou não tributadassempre que a saída isenta ou não tributada sejarelativa a:

I - produtos agropecuários;

II - quando autorizado em lei estadual, outrasmercadorias.

Caso a consulente esteja procedendodiferentemente do contido nesta resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001, tem prazo de 15dias, a partir da ciência desta para adequar-se.

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PROTOCOLO: 8.832.235-5

CONSULTA Nº: 21, de 28 de fevereiro de 2007

CONSULENTE: INDÚSTRIA BRASILEIRA DE MOLDURASLTDA.(BRASLUMBER).

SÚMULA: ICMS. MERCADORIA SINISTRADA. PROCEDIMENTOS.

RELATOR: GABRIEL VIEIRA DE OLIVEIRA

A Consulente afirma que exerce atividade naindustrialização de molduras para construção civil. Expõe quehouve um sinistro com mercadoria destinada à exportação. Aperda foi total dos produtos e a seguradora efetuou oreembolso no valor da operação. O acidente ocorreu após asaída das mercadorias de seu estabelecimento.

Informa que emitiu nota fiscal de entrada paraanular a saída para exportação e na seqüência surgiu a dúvida,isto é, se emitia outra nota fiscal da carga para aseguradora, amparado pelo art. 4º, inc. IX do Regulamento doICMS, ou apenas registrava a entrada do valor do segurocontabilmente, considerando encerrada a operação. Indaga dacorreção de seu procedimento.

RESPOSTA

Antes de responder ao indagado, reproduz-se alegislação que trata do assunto (Código Tributário Nacional,art. 114 e Lei n. 11.580/96, art. 5º, inc. I):

CTN:

Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é asituação definida em lei como necessária e suficienteà sua ocorrência.

Lei nº 11.580/96:

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento:

I - da saída de mercadoria de estabelecimento decontribuinte, ainda que para outro estabelecimento do

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mesmo titular;

Verifica-se que, no tocante à mercadoriasinistrada, não ocorreu a operação de “saída para oexterior”, pois a efetiva exportação dos produtos não seconsumou.

Dessa forma, em relação à obrigação principal, asaída da mercadoria do estabelecimento configura-se emsituação necessária e suficiente para a ocorrência do fatogerador do imposto (art. 5º, inciso I da Lei nº 11.580/96),mas insuficiente para aperfeiçoar-se a condição da imunidade,uma vez que a exportação de fato não ocorreu.

A remessa da mercadoria avariada para aseguradora não constitui operação sujeita a incidência doICMS, conforme previsão do art. 4º, inc. IX da Lei nº11.580/96, com idêntica redação no art. 4º, inc. IX doRICMS/2001, aprovado pelo Decreto nº 5.141/2001.

Diante disso, e em face dos documentos juntadospela Consulente, deverão ser adotadas as seguintesprovidências:

a) registrar o débito do imposto correspondenteà nota fiscal que acompanhou a saída dos produtos de seuestabelecimento rumo à exportação (nota fiscal nº 30618),tendo como base de cálculo o valor da operação e a alíquotainterna para o produto;

b) cancelar a nota fiscal nº 30774 relativa àdevolução de venda-exportação;

c) caso tenha sido emitida nota fiscal paraacompanhar o transporte das mercadorias avariadas até aseguradora, nessa operação não há incidência do ICMS (art. 4º,inc. IX da Lei nº 11.580/96).

Cabe informar que o entendimento adotado poreste Setor Consultivo é o mesmo exarado na resposta à consultanº 600/2004, expedida pelo Estado de São Paulo, em 22/10/2004.

Assim, conclui-se que estão incorretos osprocedimentos expostos pela Consulente, a qual tem, a partirda data da ciência da resposta, o prazo de até quinze diaspara adequar-se ao que foi respondido, conforme previsto noart. 591 do RICMS/2001, observado o disposto no art. 586 dessemesmo diploma legal.

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PROTOCOLO: 8.760.003-3

CONSULTA Nº: 22, de 05 de março de 2007

CONSULENTE: GAUCHO IND. COM. IMP E EXP DE POLÍMEROS LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO. MERCADORIA DESTINADA AOATIVO IMOBILIZADO. SUSPENSÃO. CRÉDITOPRESUMIDO. IMPOSSIBILIDADE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, que atua na fabricação deartefatos de borracha, informa que importou do exteriorpartes e peças classificadas na NCM 8477.90.00 para seremaplicadas em máquina de fabricar balões e que no desembaraçoaduaneiro o Fisco estadual classificou esses produtos comosendo destinados ao uso e, conseqüentemente, apurou o valor doICMS incidente na importação aplicando a alíquota de 18%sobre o valor do produto, acrescido dos demais itens quecompõe a base de cálculo, conforme previsto no inciso V doart. 6º da Lei n. 11.580/96.

Defende que se aplica ao caso o previsto noinciso II do art. 1º da Lei n. 14.985/2006, resultando nopagamento de imposto correspondente a carga tributária de 3%.

Informa que as peças importadas farão parte damáquina que está sendo montada (produzida) em seu próprioestabelecimento, a qual, após pronta, será incorporada ao seuativo imobilizado.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Em razão dos esclarecimentos da consulenteentende-se que a mercadoria importada se destina ao ativoimobilizado e não ao uso e, portanto, analisa-se oquestionamento sob esse prisma.

A Lei n. 14.985/2006 encontra-se implementadanos artigos 572-O a 572-U do Regulamento do ICMS aprovadopelo Decreto n. 5.141, de 12 de dezembro de 2001, dos quaisse transcreve:

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CAPÍTULO XLII

DAS IMPORTAÇÕES PELOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINAE AEROPORTOS PARANAENSES

Art. 572-O. Fica concedida ao estabelecimentoindustrial que realizar a importação de bem oumercadoria por meio dos portos de Paranaguá eAntonina e de aeroportos paranaenses, com desembaraçoaduaneiro no Estado, a suspensão do pagamento doimposto devido nesta operação, quando da aquisiçãode:

I - matéria-prima, material intermediário ousecundário, inclusive material de embalagem, para serutilizado em seu processo produtivo;

II - bens para integrar o seu ativo permanente.

§ 1º Em relação às aquisições de que trata o incisoI, o pagamento do imposto suspenso será efetuado porocasião da saída dos produtos industrializados,podendo o estabelecimento industrial escriturar emconta-gráfica, no período em que ocorrer a respectivaentrada, um crédito correspondente a 75% (setenta ecinco por cento) do valor do imposto devido, até olimite máximo de nove por cento sobre o valor da basede cálculo da operação de importação, e que resulteem carga tributária mínima de três por cento.

§ 2º O pagamento do imposto suspenso, relativamente àimportação dos bens referidos no inciso II, seráefetivado nos quarenta e oito meses subseqüentes aoque ocorrer a entrada, devendo ser observado odisposto no item 1 da alínea "a" do inciso VI do art.56.

A legislação estabelece a suspensão do ICMSincidente na importação de bem para o ativo imobilizadoefetuada por estabelecimento industrial que se utiliza dosportos de Paranaguá e Antonina ou dos aeroportos paranaenses,bem como prevê que o pagamento suspenso deverá ser efetuadonos 48 meses subseqüentes ao que ocorrer a entrada, mediantelançamento do valor correspondente à razão de um quarenta eoito avos por mês do imposto devido no campo "Outros Débitos"do Livro Registro de Apuração do ICMS.

Assim, no momento do desembaraço da mercadoriao ICMS incidente na importação está suspenso devendo ser

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.recolhido no prazo de que trata o § 2º do art. 572-O, com aaplicação da alíquota de 18% sobre a base de cálculo. Issoporque não há previsão na norma antes citada para oestabelecimento industrial apropriar-se do crédito mencionadono § 1º do art. 572-O, nem a possibilidade de aplicação dodisposto no art. 87-A, ambos do RICMS/01.

Posto isso, encontra-se parcialmente equivocadoo entendimento da consulente, razão pela qual, a partir daciência desta, terá o prazo de 15 quinze dias para adequar oseu procedimento ao que foi aqui esclarecido, em observânciaao artigo 591 do Regulamento do ICMS.

PROTOCOLO: 9.066.551-0

CONSULTA Nº: 23, de 26 de fevereiro de 2007

CONSULENTE: ROMANI S/A – INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE SAL

ASSUNTO: ICMS. IMPORTAÇÃO. DIVERGÊNCIAS NA QUANTIDADEENTRE A DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO E APESAGEM FINAL. NOTA FISCAL DE ENTRADA.

RELATORA: LEONORA GARAN

A consulente, que atua na industrialização ecomercialização de sal, informa que adquire sal marinho doEstado do Rio Grande do Norte e esporadicamente importa salmineral do Chile, sendo que em ambos os casos o transporte sedá por via marítima, com descarga no Porto de Paranaguá,seguindo após, por via rodoviária, até a refinaria da empresa,que fica a 250 metros do porto. Aduz que a pesagem do produtoé feita antes da saída do recinto portuário, ocasião em quelhe são entregues os correspondentes tickets de pesagem,emitidos com base nos relatórios elaborados pela empresa queadministra a descarga. Esclarece que, na importação, antesda chegada do navio, é necessário efetuar o registro daDeclaração de Importação contendo o total manifestado e que,após a descarga, esta DI é retificada, com base em LaudoTécnico Aduaneiro elaborado pela Associação dos AssistentesTécnicos Aduaneiros do Litoral do Paraná, que faz a arqueaçãoda carga, sendo que esta medição diverge do total apuradopelas balanças.

Isto posto, indaga:

a) Para a emissão da Nota Fiscal de Entrada qual

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.dos dois totais de pesagem deve ser utilizado?

b) Se o correto for a arqueação, como procedercom a falta que se verificou?

c) Qual é a sustentação legal para a feituradeste registro?

RESPOSTA

A matéria questionada diz respeito à emissão denota fiscal de entrada referente à importação de mercadoriado exterior, em razão da variação de peso ocorrida notransporte da mercadoria do costado do navio até a refinariada empresa Consulente, em face do critério utilizado(arqueação x pesagem nas balanças no recinto portuário).

Vejamos, primeiramente, o contido no art. 128,inc. I, al. “e” e § 8º, e art. 219, §§ 2º e 3º, letra “h”,do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 5.141, de 12de dezembro de 2001, “verbis”:

Art. 128. O contribuinte, excetuado o produtoragropecuário não inscrito no CAD/ICMS, emitirá notafiscal (Convênio SINIEF, de 15.12.70, arts. 54 a 56;Ajustes SINIEF 05/71,16/89 e 3/94):

I - no momento em que entrarem em seuestabelecimento, real ou simbolicamente, bens oumercadorias:

. . .

e) importados diretamente do exterior, bem como osarrematados em leilão ou adquiridos em concorrênciapromovidos pelo Poder Público;

. . .

§ 8º Relativamente aos bens ou mercadorias importadosa que se refere a alínea “e” do inciso I,observar-se-á, ainda, o seguinte:

a) o transporte será acobertado apenas pelo documentode desembaraço, quando os bens ou mercadorias foremtransportadas de uma só vez;

b) na hipótese de remessa parcelada:

1. a primeira parcela será transportada com odocumento de desembaraço e nota fiscal relativa à

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

totalidade dos bens ou das mercadorias, na qualconstará a expressão “Primeira Remessa”;

2. cada remessa posterior será acompanhada pelodocumento de desembaraço e por nota fiscalreferente à parcela remetida, na qual se mencionará onúmero e a data da nota fiscal a que se refere oitem anterior, bem como a declaração de que o ICMS,se devido, foi recolhido;

3. a nota fiscal conterá, ainda, a identificação darepartição onde se processou o desembaraço, bemcomo o número e a data do documento de desembaraço.

. . .

Art. 219. O livro Registro de Entradas, modelo1 ou 1-A, destina-se à escrituração da entradade mercadoria no estabelecimento, a qualquertítulo, ou de serviço por este tomado (ConvênioSINIEF, de 15.12.70, art. 70 e Convênio SINIEF 06/89,art. 87, § 1º; Ajustes SINIEF 01/80, 01/82 e 16/89).

. . .

§ 2º Os lançamentos serão feitos, operação a operaçãoou prestação a prestação, em ordem cronológica dasentradas efetivas de mercadorias no estabelecimentoou de sua aquisição ou desembaraço aduaneiro, nahipótese do parágrafo anterior, ou ainda, dosserviços tomados.

§ 3º Os lançamentos serão feitos, documento pordocumento, desdobrados em tantas linhas quantasforem as naturezas das operações e prestações,segundo o Código Fiscal e Código de SituaçãoTributária, nas seguintes colunas (Ajuste SINIEF3/94):

. . .

h) Observações: informações diversas.

Quanto ao momento de caracterização do fatogerador e os elementos quantificadores da base de cálculo doimposto nas operações de importação, dispõem o art. 5º, inc.IXe art. 6º , inc. V da Lei n. 11.580/96 “verbis”:

“Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento:

. . .

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IX - do desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bemimportados do exterior (Lei Complementar nº. 114/02);

. . .

Art. 6º A base de cálculo do imposto é:

. . .

V - na hipótese do inciso IX do art. 5º, a soma dasseguintes parcelas:

a) valor da mercadoria ou bem constante dosdocumentos de importação, observado o disposto noart. 7º;

b) imposto de importação;

c) imposto sobre produtos industrializados;

d) imposto sobre operações de câmbio;

e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições edespesas aduaneiras (Lei Complementar nº. 114/02);”

Analisando-se os dispositivos legaisretrotranscritos, depreende-se que, em se tratando deimportação, o total de pesagem que deve constar da Nota Fiscalde Entrada é o constante da Declaração de Importaçãoretificada com base no Laudo Técnico Aduaneiro, neste caso oconstante dos Anexos 1 a 4 apresentados pela Consulente,estando assim respondida a primeira indagação.

Quanto à segunda e terceiras indagações,respondemos que inexistindo na legislação tributária vigentedispositivo específico dispondo sobre o procedimento a seradotado quando ocorre diferença de pesagem entre a Declaraçãode Importação e o total da carga efetivamente ingressada noestabelecimento do contribuinte, deve a Consulente procederajuste contábil.

Deverá, para tanto, a Consulente, ao lançar aNota Fiscal de Entrada emitida na forma da resposta à primeiraindagação supra, registrá-la no Livro Registro de Entradas,fazendo constar na coluna “Observações” a informação relativaà diferença de pesagem havida, a qual poderá ser nos seguintestermos:

“O TOTAL DA QUANTIDADE DAS MERCADORIASCONSTANTE DAS NOTAS FISCAIS PARCIAIS SOMAMPESO MENOR DO EFETIVAMENTE INGRESSADO NO

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

ESTABELECIMENTO, CONFORME TICKETS DEPESAGEM”.

Para o ajuste decorrente de quebra ou perda nadescarga, transporte e manuseio das mercadorias, a Consulentedeverá emitir nota fiscal, conforme o disposto no art. 179,inciso II do RICMS/2001.

De conformidade com o contido no art. 591 doRegulamento do ICMS/2001, tem a Consulente o prazo de quinzedias, a partir da sua ciência, para adequar seu procedimento,bem como sanar eventuais irregularidades pendentes, no caso deter procedido diferentemente do contido nesta resposta.

PROTOCOLO: 8.576.838-7

CONSULTA Nº: 24, de 08 de março de 2007

CONSULENTE: FOCAM – INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

SÚMULA: ICMS. PENA E ÓLEO HIDROLISADOSEMPREGADOS COMO INSUMOS NA PRODUÇÃO DERAÇÃO. OPERAÇÕES INTERESTADUAIS. TRATAMENTOTRIBUTÁRIO.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente declara atuar no ramo de fabricaçãoe comércio de farinhas e óleos de origem animal, esclarecendoque adquire resíduos de pena e de vísceras de aves, os quais,após passarem pelo processo de industrialização quedesenvolve, resultam nos produtos pena hidrolisada e óleohidrolisado.

Após explicar que estes produtos são objeto devendas interestaduais para indústrias de ração, questiona setais produtos podem ser efetivamente considerados insumos parafabricação de ração, com a conseqüente possibilidade deaplicar-se a redução da base de cálculo de que trata o item11, alínea “g”, do Anexo II, Tabela I do Regulamento do ICMS,aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001.

RESPOSTA

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Estabelece o dispositivo regulamentar invocado:

11 A base de cálculo é reduzida para 40% nasoperações, até 30.04.2008, com os seguintes INSUMOSAGROPECUÁRIOS (Convênios ICMS 100/97, 05/99, 10/01,58/01, 21/02 e 18/05):

...

g) alho em pó, sorgo, sal mineralizado, farinhas depeixe, de ostra, de carne, de osso, de pena, desangue e de víscera, calcário calcítico, caroço dealgodão, farelos e tortas de algodão, de babaçu, decacau, de amendoim, de linhaça, de mamona, de milho ede trigo, farelos de arroz, de girassol, de glúten demilho, de gérmen de milho desengordurado, de quirerade milho, de casca e de semente de uva e de polpacítrica, glúten de milho, feno, e outros resíduosindustriais, destinados à alimentação animal ou aoemprego na fabricação de ração animal (Convênio ICMS152/02);

Observa-se que o produto farinha de penaencontra-se elencado no dispositivo antes transcrito, o quenão revela plena identidade com o produto que a consulentedenomina pena hidrolisada e afastaria, assim, a redução dabase de cálculo pretendida.

Tecnicamente, a pena hidrolisada é obtida pelacocção, sob pressão, de penas limpas e não decompostas,oriundas do abate de aves (www.polinutri.com.br). A farinhaadviria da moagem da pena hidrolisada.

A consulente instrui sua consulta com documentoque detalha seu processo de industrialização, no qual asseveraque “o produto após seco é transportado via rosca para moinhode martelos, responsável pela moagem até obter a granulometriado produto final” (sic).

Assim, não obstante a consulente adotar anomenclatura pena hidrolisada, se estiver referindo-seefetivamente a farinha de pena e for destinada esta àalimentação animal ou ao emprego na fabricação de raçãoanimal, resultará aplicável a redução da base de cálculopostulada.

Quanto ao produto que denomina óleo hidrolisado,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.que informa ser extraído de vísceras de aves e de suínos,nota-se não estar arrolado na alínea “g” do item 11 em exame,com o que inaplicável o benefício fiscal correspondente.

Alerta-se, em adição, que, sob o prisma daconsulente, o óleo hidrolisado, tal qual a farinha de penahidrolisada, são produtos principais de seu processo defabricação, não configurando a condição de resíduosindustriais.

De lembrar-se, também, o que estabelece o CódigoTributário Nacional, Lei 5.172/1966:

Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislaçãotributária que disponha sobre:

...

II - outorga de isenção;

Por derradeiro, frisa-se que, a partir daciência desta, terá a consulente, em observância ao artigo 591do Regulamento do ICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequaros seus procedimentos em conformidade com o que foi aquiesclarecido, no caso de que os esteja praticando diversamente.

PROTOCOLO: 8.447.327-8

CONSULTA Nº: 25, de 26 de fevereiro de 2007

CONSULENTE: UNIÃO/VOPAK ARMAZÉNS GERAIS LTDA.

SÚMULA: ICMS. RECEBIMENTO DE QUANTIDADE DIVERGENTEDA DESTACADA NA NOTA FISCAL DEENTRADA.

RELATORA: LEONORA GARAN

A Consulente, que atua como armazém geralalfandegado, informa que recebe produtos de terceiros com fimespecífico de exportação, de remetentes de diversos Estados daFederação, para a sua unidade de Paranaguá. Manifesta seuentendimento de que a nota fiscal que deve ser escriturada noseu Livro Registro de Entradas é aquela que acompanha a

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.mercadoria, nos termos do art. 258, § 1º, al. “a” do RICMS/PR,aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001, e que, conforme dispõe o§ 3º do mesmo dispositivo legal, deve a consulente acrescentarna coluna “Observações” daquele livro, os dados da nota fiscalrelativa à saída simbólica, também emitida peloestabelecimento depositante.

Ocorre que alguns clientes seus querem emitiresta segunda nota fiscal (a de remessa simbólica) contendoquantidade e valor divergente da primeira nota (a queacompanhou a mercadoria), porque o peso de chegada no armazémé inferior quando da remessa da mercadoria.

Isto posto, indaga:

1. A nota fiscal de remessa simbólica, que serálançada apenas no campo “Observação”, deve conter os mesmosvalores e quantidades contidos na nota fiscal de entrada?

2. Se a Consulente aceitar a nota fiscal deremessa com valores e quantidades inferiores, como deveproceder em relação à diferença de peso verificada? Deve darbaixa no estoque? Deve proceder o acerto contábil do estoque?

RESPOSTA

A matéria questionada diz respeito àescrituração de notas fiscais no Livro Registro de Entradasda consulente (armazém geral), quando as quantidades e osvalores são divergentes em razão da variação de peso ocorridano transporte da mercadoria, proveniente do depositário.

Veja-se, primeiramente, o contido nos art. 180 e258 e respectivos parágrafos do Regulamento do ICMS aprovadopelo Decreto n. 5.141, de 12 de dezembro de 2001, “verbis”:

Art. 180. Quando o imposto destacado no documentofiscal for maior que o devido, sem prejuízo dodisposto no § 2º do art. 51, a regularizaçãodeverá ser feita a vista de correspondênciavisada pela repartição fiscal de origem.

Parágrafo único. A correspondência de que trataeste artigo poderá ser utilizada para correção deoutras indicações preenchidas incorretamente nodocumento fiscal, exceto quando relacionada avalor e quantidade de mercadoria ou serviço ou

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para substituir ou suprimir aidentificação das pessoas nele consignadas,dispensada a necessidade de visto pela repartiçãofiscal de origem”.

. . .

“ Art. 258. Na saída de mercadoria para entrega emarmazém geral localizado no mesmo Estado doestabelecimento destinatário, este seráconsiderado depositante, devendo o remetenteemitir nota fiscal contendo os requisitos exigidos e,especialmente (Convênio SINIEF, de 15.12.70, art.32):

I - como destinatário, o estabelecimento depositante;

II - o valor da operação;

III - a natureza da operação;

IV - o local da entrega, o endereço e os números deinscrição, estadual e no CNPJ, do armazém geral;

V - o destaque do valor do imposto, se devido.

§ 1º O armazém geral deverá:

a) registrar a nota fiscal que acompanhou amercadoria no livro Registro de Entradas;

b) mencionar a data da entrada efetiva da mercadoriana nota fiscal referida na alínea anterior,remetendo-a ao estabelecimento depositante.

§ 2º O estabelecimento depositante deverá:

a) registrar a nota fiscal no livro Registro deEntradas, dentro de dez dias, contados da data daentrada efetiva da mercadoria no armazém geral;

b) emitir nota fiscal relativa à saída simbólica,dentro de dez dias, contados da data da entradaefetiva da mercadoria no armazém geral, na forma doart. 252, fazendo constar o número e a data dodocumento fiscal emitido pelo remetente;

c) remeter a nota fiscal aludida na alínea anteriorao armazém geral, dentro de cinco dias, contados dadata da sua emissão.

§ 3º O armazém geral deverá acrescentar na coluna“Observações” do livro Registro de Entradas,relativamente ao lançamento previsto na alínea “a”do § 1º, o número, a série, sendo o caso,e a data da emissão da nota fiscal referida na

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

alínea “b” do parágrafo anterior.

§ 4º Todo e qualquer crédito do imposto, quandocabível, será conferido ao estabelecimentodepositante....

(grifos nossos)

Com base nas disposições legaisretrotranscritas, passa-se a responder às indagações, pelaordem em que foram formuladas:

1) Sim. A nota fiscal de remessa simbólicaemitida pelo estabelecimento depositante para o armazém geral(art. 258, § 2º, alínea “b”) deve conter os mesmos valores equantidades constantes da nota fiscal que acompanhou amercadoria. Não existe previsão legal para que uma sejadiferente da outra. Não se pode pedir ao remetente damercadoria que faça carta de correção alterando quantidade evalor, porque o Regulamento vigente não permite este tipo decorreção por meio de nota fiscal (art. 180, § único).

2) Ocorrendo diferença de pesagem da mercadoriaentre a nota fiscal que acompanhou a mercadoria e a notafiscal de remessa simbólica, deve a Consulente efetuarajuste contábil para fins de regularização do seu estoque,mencionando na coluna “Observações” do Livro Registro deEntradas, além dos dados exigidos pelo § 3º do art. 258,retrotranscrito, também a informação alusiva ao fato, quepoderá ser, exemplificativamente, nos seguintes termos:

“O total da quantidade das mercadorias constante danota fiscal de remessa simbólica (...ton) éinferior ao total consignado na nota fiscal queacompanhou a mercadoria (...ton), conformetickets de pesagem emitidos em .../.../...,arquivados na empresa”.

Deverá, ainda, a Consulente, enviarcorrespondência comercial ao estabelecimento depositante damercadoria, que não se confunde com aquela de que trata oretrotranscrito art. 180 do Regulamento, comunicando aocorrência e o procedimento adotado, bem como manter ostickets de pesagem arquivados até que ocorra a prescrição doscréditos tributários (art. 101, § único do mesmo Regulamento).

De conformidade com o contido no art. 591 do

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.Regulamento do ICMS/2001, tem a Consulente o prazo de quinzedias, a partir da sua ciência, para adequar seu procedimento,bem como sanar eventuais irregularidades pendentes, no caso deter procedido diferentemente do contido nesta resposta.

SID Nº: 9.147.298-8

CONSULTA Nº: 26, de 06 de março de 2007

CONSULENTE: GONZALES & SENDESKI LTDA.

SÚMULA: ICMS. INDUSTRIALIZAÇÃO SOB ENCOMENDA.INSUMOS. CREDITAMENTO. SUSPENSÃO.POSSIBILIDADE.

RELATOR: RANDAL SODRÉ FRAGA

A consulente diz ter por objeto societário aindústria e comércio de tubos, perfis, arames e outrosprodutos de alumínio; revenda de arames, tubos, perfis dealumínio e similares; revenda de acessórios de serralheria;prestação de serviços de fundição, extrusão e trefilação dealumínio; indústria e comércio de partes e peças para uso emaeronaves, aeródromos e aviação em geral.

Informa operar em duas modalidades industriais,a saber: a primeira, em pequena escala, consiste na aquisiçãode matéria prima, transformação desta em produtos acabados, ecomercializados subseqüentemente. A segunda, maisrepresentativa, ocorre com a recepção de matéria prima enviadapor seus clientes, notadamente sucata, a qual, apósprocessada, resulta em produto final que envia ao cliente comnota fiscal de devolução de remessa e de cobrança dos serviçosde industrialização.

Relata que seus clientes e fornecedores estãodomiciliados em todas as regiões do Brasil. Para processamentodas sucatas, e transformação em perfis de alumínio, adquire“lingotes”, que são utilizados para melhoria da qualidade doalumínio, e “anti-ligas”, “empregados para dar liga”.

Informando que realiza o creditamento do ICMSpago nas aquisições de lingotes e anti-ligas, questiona sobrea possibilidade de sua manutenção e aproveitamento, quando darealização de operações de industrialização sob encomenda,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.sejam elas internas ou interestaduais, salientando que, quandointernas, ocorrem ao abrigo do diferimento.

Complementando sua consulta, diz que, de acordocom o art. 27, inciso II, da Lei nº 11580/96, é vedado oaproveitamento de créditos de ICMS relativamente a aquisiçõesde insumos empregados na industrialização de produtos nãotributados. Na impossibilidade de aproveitamento dos aludidoscréditos, questiona como proceder nos períodos em que ocorramsaídas tributadas e não tributadas e não seja possível aferira quantidade de insumos consumida no seu processo produtivocorrespondente a cada caso.

RESPOSTA

O disposto pelo art. 27, II, da Lei nº 11580/96,não se aplica às aquisições de lingotes e anti-ligas oneradaspelo ICMS, pois o dispositivo informado trata da vedação docrédito “relativo a mercadoria ou bem entrados noestabelecimento ou a prestação de serviços a ele feita paraintegração ou consumo em processo de industrialização ouprodução rural, quando a saída do produto resultante não fortributada ou estiver isenta do imposto, exceto se tratar-se desaída para o exterior” (grifado).

As operações internas em devolução deindustrialização realizadas pela consulente, quando nãodestinadas a consumidor final, ou seja, aquelas queparticiparão de nova etapa de comercialização ouindustrialização, estão ao abrigo da suspensão do pagamento doimposto (art. 93, I e art. 272, § 1º, “b”, do RICMS/01), o quenão se confunde com as hipóteses de não incidência ou isençãopor ela equivocadamente consideradas, tendo em vista que asuspensão vincula-se ao aspecto temporal do pagamento doimposto. Portanto, não há que se falar em estorno de créditosnestes casos.

No que houver procedido de forma diversa, aconsulente terá o prazo de até 15 (quinze) dias paraadequar-se ao que foi esclarecido, independentemente dequalquer interpelação ou notificação fiscal (RICMS/01, art.591).

PROTOCOLO: 9.159.876-0

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

CONSULTA Nº: 27, de 06 de março de 2007

CONSULENTE: MANFRA & CIA. LTDA.

SÚMULA: LOCAL DE ENTREGA DIVERSO DO ENDEREÇO DODESTINATÁRIO.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente, atuando na venda, locação,prestação de serviço e importação de equipamentos, expõe que amaioria de seus clientes são empresas de engenharia que locamequipamentos para execução de obras, geralmente em cidades eestados da federação distintos da localização de seuestabelecimento, e por conseguinte, solicitam que osequipamentos sejam enviados diretamente para onde estálocalizada a obra.

Com fundamento no artigo 117, inciso VII, alínea“a”, do RICMS/PR, aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001,questiona se pode emitir nota fiscal de remessa para locaçãoobservando, como dado adicional, que o local da efetivaentrega é distinta ao do estabelecimento destinatário, e senão teria problemas no transporte desses bens.

RESPOSTA

À Consulente, contribuinte do imposto estadualpor praticar fatos geradores do ICMS, não há óbice paraemissão de nota fiscal a fim de documentar a saída deimobilizado para locação.

Nas operações internas, a observação de que aentrega será em local diverso do destinatário poderá serconsignado no campo reservado às “informações complementares”do quadro “dados adicionais” da nota fiscal modelo 1, conformedispõe a alínea “a” do inciso VII do art. 117 do Regulamentodo ICMS, aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001, verbis:

“Art. 117. A nota fiscal conterá, nos quadros ecampos próprios, observada a disposição gráfica dosmodelos 1 e 1-A, as seguintes disposições (ConvênioSINIEF, de 15.12.70, Ajustes SINIEF 07/71, 16/89 e

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

03/94):

[...]

VII - no quadro “DADOS ADICIONAIS”:

a) no campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES” - outrosdados de interesse do emitente, tais como: número dopedido, vendedor, emissor da nota fiscal, local deentrega, quando diverso do endereço do destinatárionas hipóteses previstas na legislação, propaganda,etc.;”

Saliente-se que a regra acima é aplicada tãosomente às operações internas, e quando envolver outro Estadoda Federação, deve-se observar, também, a legislação daquelaUnidade Federada ou formular consulta ao Fisco da unidade dafederação no qual se localiza o estabelecimento destinatárioenvolvido.

PROTOCOLO: 9.149.572-4

CONSULTA Nº: 28, de 08 de março de 2007

CONSULENTE: ROMAGNOLE PRODUTOS ELÉTRICOS S/A.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO. CRÉDITO PRESUMIDO.ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL.

RELATOR: ROBERTO ZANINELLI COVELO TIZON

A Consulente, atuando neste Estado no ramo deindústria, comércio e exportação de mercadorias diversas,zincagem a fogo, beneficiamento de chapas, construção civil etransporte de cargas secas e a granel, informa que, com aedição da Lei n. 14.985, de 6 de janeiro de 2006,estabeleceu-se a possibilidade dos estabelecimentosindustriais paranaenses se beneficiarem com a suspensão dopagamento do ICMS devido na importação de bem ou mercadoriapelos portos de Paranaguá e Antonina, com o desembaraçoaduaneiro efetivado no Estado.

Informa que se enquadra na condição deestabelecimento industrial e realiza a importação dasmercadorias descritas no art. 1º, inciso I, da Lei n.14.985/06 e tem dúvida quanto ao cálculo para escrituração do

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.crédito em conta gráfica, previsto no art. 2º da mesma lei.

Apresenta o seguinte exemplo, “in verbis”:

“Tome-se por exemplo uma importação cuja base decálculo implique em R$ 50.000,00 (cinqüenta milreais):

Se considerarmos alíquota de 12% do ICMS teríamos umimposto devido de R$6.000,00 (seis mil reais), sendoque a lei autoriza um crédito correspondente a 75%,qual seja, R$4.500,00 (quatro mil e quinhentosreais), até o limite máximo de 9% (nove por cento),qual seja, o mesmo valor de R$4.500,00 (quatro mil equinhentos reais), e que resulte em carga tributáriamínima de 3% (três por cento), qual seja, R$1.500,00(um mil e quinhentos reais).”

Aduz também que o § 4º do art. 572-O doRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 5.141, de 12 dedezembro de 2001, estabelece que o débito originário da cargatributária mínima de três por cento ficará incorporado aoimposto recolhido por ocasião da saída da mercadoriaindustrializada. E que nas vendas efetivadas para a regiãoNordeste se aplica a alíquota de ICMS de sete por cento nasaída e, por conseqüência, não resulta em carga tributáriamínima de três por cento e sim -2% (menos dois por cento),considerando-se o crédito presumido de nove por cento lançadona entrada.

Em face do exposto, indaga:

1) em uma importação cuja base de cálculoimplique em R$50.000,00 (cinqüenta mil reais), considerando aalíquota de ICMS de 12% (doze por cento), é correto apurar-seICMS no valor de R$6.000,00 (seis mil reais), sobre o qual seaplica o regime de suspensão e se credita em conta gráfica deR$4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais)?

2) em caso negativo, qual é o procedimento e aforma de cálculo a ser adotada?

3) no caso do § 4º do art. 572-O do Regulamentodo ICMS, ocorrendo a saída de mercadoria sob a alíquota desete por cento, qual o tratamento tributário a ser dado nestasituação?

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

RESPOSTA

Preceitua o art. 572-O do Regulamento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 5.141, de 12 de dezembro de 2001:

“Art. 572-O. Fica concedida ao estabelecimentoindustrial que realizar a importação de bem oumercadoria por meio dos portos de Paranaguá eAntonina e de aeroportos paranaenses, com desembaraçoaduaneiro no Estado, a suspensão do pagamento doimposto devido nesta operação, quando da aquisiçãode:

I - matéria-prima, material intermediário ousecundário, inclusive material de embalagem, para serutilizado em seu processo produtivo;

II - bens para integrar o seu ativo permanente.

§ 1º Em relação às aquisições de que trata o incisoI, o pagamento do imposto suspenso será efetuado porocasião da saída dos produtos industrializados,podendo o estabelecimento industrial escriturar emconta-gráfica, no período em que ocorrer a respectivaentrada, um crédito correspondente a 75% (setenta ecinco por cento) do valor do imposto devido, até olimite máximo de nove por cento sobre o valor da basede cálculo da operação de importação, e que resulteem carga tributária mínima de três por cento.

§ 2º O pagamento do imposto suspenso, relativamente àimportação dos bens referidos no inciso II, seráefetivado nos quarenta e oito meses subseqüentes aoque ocorrer a entrada, devendo ser observado odisposto no item 1 da alínea "a" do inciso VI do art.56.

§ 3º O disposto neste artigo, em relação àsmercadorias mencionadas no inciso I, aplica-se nocaso de industrialização em estabelecimento diversodo importador.

§ 4° Nos casos de aplicação cumulativa do diferimentoparcial previsto no art. 87-A, o estabelecimentoindustrial deverá escriturar diretamente emconta-gráfica, por ocasião da entrada da mercadoria,crédito presumido de nove por cento calculado sobre abase de cálculo da operação de importação, hipótese

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

em que o débito relativo ao imposto suspenso de quetrata o §1º ficará incorporado ao imposto recolhidopor ocasião da saída da mercadoria industrializada.

§ 5º O estabelecimento importador deverá consignar nocampo "Informações Complementares" da nota fiscalemitida para documentar a operação, a anotação "ICMSsuspenso de acordo com o Decreto n. ..../...." e ocálculo dos valores relativos ao crédito presumido eao imposto suspenso.”

Do antes transcrito, infere-se que foi concedidaa suspensão do ICMS incidente na importação de matéria-prima,material intermediário ou secundário, inclusive material deembalagem, a serem utilizados no processo industrial peloestabelecimento industrializador, quando efetuada pelos portosde Paranaguá e Antonina ou aeroportos paranaenses e comdesembaraço aduaneiro neste Estado, até que ocorra a saída dosprodutos industrializados, quando o importador deverá efetuaro pagamento do imposto suspenso.

Prevê, ainda, o dispositivo legal que oestabelecimento industrial poderá escriturar um créditocorrespondente a 75% (setenta e cinco por cento) do valor doimposto devido, até o limite máximo de nove por cento sobre ovalor da base de cálculo da operação de importação, e queresulte em carga tributária mínima de três por cento.

Feitas essas observações, transcreve-se, poroportuno, o inciso I do art. 87-A do Regulamento do ICMS:

“Art. 87-A. Fica, também, diferido o pagamento doimposto nas saídas internas entre contribuintes e nasoperações de importação, por contribuinte, demercadorias, na proporção de:

I - 33,33% do valor do imposto, na hipótese daalíquota ser 18%;”

A norma regulamentar transcrita prevê aaplicação do diferimento parcial do pagamento do ICMS nassaídas internas entre contribuintes e nas operações deimportação, na hipótese da alíquota ser 18%.

E o § 4º do art. 572-O do Regulamento do ICMSpermite a aplicação cumulativa do diferimento parcial do art.87-A, devendo o estabelecimento industrial escriturar

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.diretamente em conta gráfica, por ocasião da entrada damercadoria, crédito presumido de nove por cento calculadosobre a base de cálculo da operação de importação, hipótese emque o débito relativo ao imposto suspenso de que trata o § 1ºdo art. 572-O do Regulamento do ICMS, será incorporado aoimposto a ser recolhido por ocasião da saída da mercadoriaindustrializada.

Sendo assim, passa-se a responder as questões naordem em que foram formuladas:

a) Questão 1

Está correto o cálculo apresentado pelaconsulente, considerando-se que na base de cálculo paraapuração do crédito presumido está contido o imposto suspensopor ocasião da importação da mercadoria.

A título de ilustração, cita-se a Consulta n.140, de 17 de outubro de 2006, na qual demonstra-se comoefetuar o cálculo do crédito presumido. Todavia, referidaconsulta foi efetuada por estabelecimento que tem comoatividade o comércio atacadista em geral, não se aplicandointegralmente ao caso sob análise.

b) Questão 2

Prejudicada, ante a resposta à questão anterior.

c) Questão 3

Quando ocorrer a aplicação cumulativa dodiferimento parcial previsto no art. 87-A do Regulamento doICMS, deverá ser observado o disposto no § 4º do art. 572-O domesmo diploma regulamentar, conforme se asseverouanteriormente.

Pois bem, independentemente da operaçãointerestadual de saída da mercadoria industrializada pelaconsulente estar sujeita à alíquota de sete ou doze por cento,considerar-se-á que o débito relativo ao imposto suspenso porocasião da importação de seus insumos está incorporado ao ICMSda operação interestadual.

Aduz-se ainda que:

a) na hipótese de o estabelecimento industrialimportar mercadoria e não utilizá-la em seu processoprodutivo, mas revendê-la, à operação de importação aplicam-se

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.as disposições do art. 572-Q do Regulamento do ICMS, conforme§ 5º do mesmo artigo;

b) à operação de importação de bens paraintegrar o ativo permanente da consulente não se aplica odiferimento parcial e o crédito presumido do impostoprevistos, respectivamente, nos artigos 87-A e 572-O doRegulamento do ICMS;

c) são hipóteses de encerramento do diferimentoparcial de que trata o art. 87-A as saídas previstas no art.87-B do Regulamento do ICMS, “in verbis”:

“Art. 87-B. Encerra-se a fase de diferimento emrelação às mercadorias de que trata o artigoanterior:

I - nas saídas para outro Estado;

II - nas saídas internas para consumidor final,contribuinte ou não do imposto.”

De conformidade com o contido no art. 591 doRegulamento do ICMS, a Consulente tem, a partir da data daciência da resposta, o prazo de até quinze dias para adequar oseu procedimento ao que tiver sido esclarecido, independentede qualquer interpelação ou notificação fiscal, no caso deestar procedendo de forma diversa.

PROTOCOLO: 8.677.565-4

CONSULTA Nº: 29, de 09 de abril de 2007

CONSULENTE: PRECISÃO RURAL COM. DE PROD. AGROP. LTDA.

SÚMULA: ICMS. REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO. APURAÇÃO.CRÉDITO.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente aduz que adquire de fornecedorestabelecido no Estado de São Paulo insumos agropecuários,cuja operação está albergada pela redução na base de cálculodo imposto para 40%, em decorrência do previsto no Convênio

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.ICMS 100/97.

Assevera que esse benefício aplica-se também nassaídas que realiza e tem constatado divergência na forma dedeterminação da base de cálculo do imposto entre a apuradapelo seu estabelecimento com a de seu fornecedor.

Esclarece que a empresa paulista calcula omontante devido observando orientação do fisco daquela unidadefederada e, assim, acaba encontrando base de cálculo eimposto superior aquele apurado pelo seu estabelecimento.Anexa, para fundamentar as suas alegações cópia de documentoexpedido pelo Fisco do Estado de São Paulo, que se refere aConsulta n. 459/1998, de 30 de novembro de 2001, do qual setranscreve:

“4. Em face do exposto e visando facilitar acompreensão, procedemos ao cálculo do imposto, considerandoexemplificativamente, que o preço de venda, sem o ICMS, é deR$ 100,00:

1) Base de cálculo reduzida em 60% e alíquota de12%, conforme art. 9º do Anexo II e inciso III do art. 52,ambos do RICMS/00 (item 14 da Tabela II do Anexo II e incisoII do art. 54, ambos do RICMS/91):

- Preço de venda sem o ICMS R$100, 00

- Preço de venda com o ICMS de 12% (100:0,88) =113,64

- Preço de venda com a base de cálculo reduzidaem 60% (100,00+5,46) = R$ 105,46

- Desconto do valor do ICMS (113,64 – 105,46) =R$ 8,18]

- Valor do ICMS devido com a base de cálculoreduzida em 60% (113,64 x 40%) = R$ 45,46x12% = 5,46

- Valor total da Nota Fiscal = R$ 105,46

Questiona se está correto proceder ao lançamentodo imposto pelo valor consignado na nota fiscal de aquisição?

RESPOSTA

Inicialmente, transcreve-se excerto do Convênio

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.ICMS 100/97, que reduz, em 60%, a base de cálculo do ICMS nassaídas dos insumos agropecuários que especifica:

Cláusula primeira Fica reduzida em 60% (sessenta porcento) a base de cálculo do ICMS nas saídasinterestaduais dos seguintes produtos:

Cláusula terceira Ficam os Estados e o DistritoFederal autorizados a conceder às operações internascom os produtos relacionados nas cláusulasanteriores, redução da base de cálculo ou isenção doICMS, observadas as respectivas condições parafruição do benefício.

O mencionado convênio encontra-se implementadono item 11 da Tabela I do Anexo II, que trata da redução nabase de cálculo a que se refere o art. 14 do Regulamento doICMS aprovado pelo Decreto n. 5.141, de 12 de dezembro de2001, do qual se transcreve:

11 A base de cálculo é reduzida para 40% nasoperações, até 30.04.2008, com os seguintes INSUMOSAGROPECUÁRIOS (Convênios ICMS 100/97, 05/99, 10/01,58/01, 21/02 e 18/05):

Partindo-se dessa legislação conclui-se que, aconsulente, para apurar a base de cálculo do imposto devereduzir o valor da operação, já com o imposto por dentro,para 40% e o resultado multiplicar pela alíquotacorrespondente. Inteligência do inciso I do § 1º do art. 6º daLei n. 11.580/96, que se transcreve:

Art. 6º A base de cálculo do imposto é:

(...)

§ 1º Integra a base de cálculo do imposto, inclusivena importação do exterior de mercadoria ou bem (LeiComplementar nº. 114/02):

(...)

I - o montante do próprio imposto, constituindo orespectivo destaque mera indicação para fins decontrole;

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Feitas essas considerações, passa-se a respondero questionamento. A forma de apuração da base de cálculo doimposto adotada pelo Estado do Paraná em nada difere daestabelecida pelo fisco paulista na mencionada consulta. Adivergência que se vislumbra está no valor da nota fiscal, jáque o Paraná não implementou em sua legislação a cláusulaquinta do Convênio ICMS 100/97, a qual estabelece que para afruição do benefício da redução na base de cálculo ocontribuinte deve deduzir do preço da mercadoria o valorcorrespondente ao imposto dispensado.

Assim, a consulente não poderá apropriar-se decrédito de ICMS por valor superior aquele devido na operação,pois o § 2º do art. 27 da Lei n. 11.580/96 prevê que, quando oICMS destacado em documento fiscal for maior do que o exigívelna forma da lei, o aproveitamento como crédito terá por limiteo valor correto.

Em razão do exposto, tem a consulente o prazo de15 dias a partir da ciência desta resposta, para adequar o seuprocedimento ao que ora está sendo orientado, nos termos doart. 591 do RICMS/01.

PROTOCOLO: 9.157.188-9

CONSULTA Nº: 30, de 09 de abril de 2007

CONSULENTE: MMR - SERVIÇOS DE GUARDA DE MERCADORIAS LTDA.

SÚMULA: ICMS. DEPOSITÁRIO A QUALQUER TÍTULO.INCIDÊNCIA.

RELATOR: GABRIEL VIEIRA DE OLIVEIRA

A Consulente informa que atuará no ramo deprestação de serviços de guarda, armazenamento e estocagem deprodutos e mercadorias de propriedade de terceiros, tendo asfarmácias como principais clientes, mas não receberámedicamentos para guarda, e sim produtos de perfumaria,cosméticos, de higiene pessoal e conveniências, apenas.

Aduz que, na prática, receberá mercadorias dosdepositantes ou de seus fornecedores, fará a guarda earmazenamento durante certo tempo e, a pedido, devolverá as

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.mesmas mercadorias ao depositante.

Manifesta entendimento no sentido de que suaatividade está amparada pelo disposto no art. 258, sesujeitando ao estabelecido no art. 85, inc. IX, ambos doRegulamento do ICMS.

Assim, indaga se está correto pautar-se nasregras previstas no RICMS para os armazéns-gerais, nodesenvolvimento das operações que praticar, e se estas estãoamparadas pela suspensão do imposto, não havendo que se falar,por conseqüência, em créditos e débitos relativos às entradase saídas das mercadorias do seu estabelecimento.

RESPOSTA

Antes de responder ao indagado, reproduz-se aCláusula primeira, item 4 do contrato social da Consulente:

4. A sociedade tem por objeto social as atividadesde: Serviços de guarda de mercadorias paraterceiros(CNAE Fiscal nº 63.126/02), excluindo-se asatividades de armazéns gerais. Grifo não consta dooriginal.

A atividade de armazém geral foi excluída doobjetivo social da Consulente, que tem como objeto socialdepósito a qualquer título. Um e outro não se confundem.

Útil ressaltar que a principal diferença, noâmbito do ICMS, entre o armazém geral e o depósito a qualquertítulo reside nas operações internas com destino a armazenagemou depósito: enquanto que a remessa de mercadorias em operaçãointerna com destino a armazém geral está ao abrigo dasuspensão (v. art. 85, inciso IX, do RICMS), a remessa, emoperação interna, a depósito sob qualquer título não goza domesmo benefício.

Por outro lado, na remessa para armazém geral oudepósito a qualquer título, em operação interestadual, adiferença desaparece, imputando a legislação aresponsabilidade tributária ao armazém ou ao depósito,indistintamente, senão vejamos a Lei n. 11.580/96:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

"Art. 18. São responsáveis pelo pagamento do imposto:

(...)

II - o armazém geral e o depositário a qualquertítulo:

(...)

a) pela saída real ou simbólica de mercadoriadepositada neste Estado por contribuinte de outraunidade federada;"

Disso se conclui que tanto a saída real ousimbólica geram, para os depositários, a responsabilidadetributária. Portanto, está incorreto o entendimento daConsulente, uma vez que não haverá suspensão do imposto nasoperações mencionadas.

Diante disso, a Consulente tem, a partir da datada ciência da resposta, o prazo de até quinze dias paraadequar-se ao que foi respondido, conforme previsto no art.591 do RICMS/2001, observado o disposto no art. 586 dessemesmo diploma legal.

PROTOCOLO: 8.606.807-9

CONSULTA Nº: 31, de 27 de março de 2007

CONSULENTE: CONSTRUÇÕES CONSULTORIA E OBRAS CCO LTDA.

SÚMULA: ICMS. SERVIÇOS DE INSTALAÇÃO DE RAMAISTELEFÔNICOS PARA EMPRESAS DE TELEFONIA.APLICAÇÃO DE MATERIAIS E COMODATO.PROCEDIMENTOS.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente, segundo informa, tem por atividadea prestação de serviços na área de construções, consultoria eobras para empresas de telefonia, e, mais especificamente, ainstalação de ramais telefônicos com aplicação tanto demateriais elétricos pertencentes ao Ativo Imobilizado dacontratante, repassados a título de comodato, quanto materiaiscomplementares fornecidos e aplicados pela própria consulente,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.tais como cabos, caixas, isolantes, fixadores, prendedores,parafusos, conectores, interruptores e braçadeiras.

Assim elenca os procedimentos que adota:

1. Adquire os materiais complementares e recebeos materiais repassados em comodato pela empresa de telefonia,escriturando-os sob Código Fiscal de Operações e Prestações –CFOP – 1.126 ou 2.126, sem crédito do imposto.

2. Remete esses materiais para seus canteiros deobras, os quais possuem Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica –CNPJ – próprios, com nota fiscal sem destaque do imposto eCFOP 5.949 ou 6.949.

3. Atuando também na assistência técnica, quandoo equipamento central pertencente ao Ativo Imobilizado daempresa de telefonia apresenta defeito, efetua a sua remoção eemite notas fiscais para documentar a operação de entrada e aposterior remessa do bem à comodante, que avaliará o eventualaproveitamento futuro do referido bem.

Indaga, a seguir, se os seus procedimentos estãocorretos.

RESPOSTA

Dispõe o Regulamento do ICMS, aprovado peloDecreto n. 5.141/2001:

Art. 4º O imposto não incide sobre (art. 4º da Lei n.11.580/96):

...

V - operações relativas a mercadorias que tenham sidoou que se destinem a ser utilizadas na prestação,pelo próprio autor da saída, de serviço de qualquernatureza definido em lei complementar como sujeito aoimposto sobre serviços, de competência tributária dosMunicípios, ressalvadas as hipóteses previstas namesma lei complementar;

Art. 128. O contribuinte, excetuado o produtoragropecuário não inscrito no CAD/ICMS, emitirá notafiscal (Convênio SINIEF, de 15.12.70, arts. 54 a 56;Ajustes SINIEF 05/71, 16/89 e 3/94):

I - no momento em que entrarem em seu

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

estabelecimento, real ou simbolicamente, bens oumercadorias:

a) novos ou usados, remetidos a qualquer título porprodutores agropecuários ou pessoas físicas oujurídicas não obrigados à emissão de documentosfiscais;

Art. 285. A empresa de construção civil deverá manterinscrição no CAD/ICMS, em relação a cadaestabelecimento, para cumprimento das obrigaçõesprevistas neste Regulamento.

§ 1º Entende-se por empresa de construção civil, paraos efeitos deste artigo, toda pessoa natural oujurídica, que promova, em seu nome ou de terceiros, acirculação de mercadoria ou a prestação de serviço detransporte, na execução de obras de construção civil,tais como: (...)

...

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se, também, aosempreiteiros e subempreiteiros, responsáveis pelaexecução de obras no todo ou em parte.

Art. 287. Em relação à construção civil o ICMS serádevido, dentre outras hipóteses:

...

II - no fornecimento de casas e edificaçõespré-fabricadas e nos demais casos de execução, poradministração, empreitada ou subempreitada deconstrução civil, de obras hidráulicas e de outrassemelhantes, inclusive serviços auxiliares oucomplementares, quando as mercadorias fornecidasforem produzidas pelo próprio prestador fora do localda prestação dos serviços;

Art. 288. O estabelecimento inscrito sempre quepromover saída de mercadoria ou transmissão de suapropriedade fica obrigado à emissão de nota fiscal.

§ 1º Na hipótese da mercadoria ser retiradadiretamente do local da obra, tal fato seráconsignado no campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES” doquadro “DADOS ADICIONAIS” da nota fiscal,indicando-se, além dos requisitos exigidos, oendereço desta.

§ 2º Tratando-se de operação não sujeita ao ICMS, amovimentação de mercadoria ou outro bem móvel, entreos estabelecimentos do mesmo titular, entre estes e a

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

obra ou de uma para outra obra será feita mediante aemissão de nota fiscal, com as indicações dos locaisde procedência e destino.

§ 3º A mercadoria adquirida de terceiros poderá serremetida diretamente para a obra, desde que nodocumento fiscal constem o nome, o endereço e osnúmeros de inscrição, estadual e no CNPJ, da empresade construção, bem como a indicação expressa do localonde será entregue.

§ 4º O contribuinte poderá manter impressos dedocumentos fiscais no local da obra, desde que consteno livro Registro de Utilização de Documentos Fiscaise Termos de Ocorrências os seus números, série, sendoo caso, bem como o local da obra a que se destinarem.

Anexo IV – Tabela I:

1.126 2.126 3.126 Compra para utilização naprestação de serviço

Classificam-se neste código as entradas demercadorias a serem utilizadas nas prestações deserviços.

1.949 2.949 3.949 Outra entrada de mercadoria ouprestação de serviço não especificada

Classificam-se neste código as outras entradas de mercadorias ou prestações de serviços que não tenhamsido especificadas nos códigos anteriores.

5.949 6.949 7.949 Outra saída de mercadoria ouprestação de serviço não especificado

Classificam-se neste código as outras saídas demercadorias ou prestações de serviços que não tenhamsido especificados nos códigos anteriores.

Determina, ainda, a Lista de Serviços anexa àLei Complementar n. 116/2003:

...

7.02. Execução, por administração, empreitada ousubempreitada, de obras de construção civil,hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes,inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação,concretagem e a instalação e montagem de produtos,peças e equipamentos (exceto o fornecimento demercadorias produzidas pelo prestador de serviçosfora do local da prestação dos serviços, que ficasujeito ao ICMS).

...

31.01. Serviços técnicos em edificações, eletrônica,eletrotécnica, mecânica, telecomunicações econgêneres.

Diante do contido na legislação tributáriatranscrita, observa-se que estão corretos os procedimentosdescritos pela consulente nos itens “1” e “2”, à exceção doCFOP empregado no recebimento dos bens remetidos pela empresade telefonia, que, por não consignar operação de compra,deverá ser codificado no CFOP 1.949 ou 2.949 “Outraentrada de mercadoria ou prestação de serviço nãoespecificada”.

Ressalta-se, porém, acerca da prestação deserviços na forma do item 7.02 da Lista de Serviços anexa àLei Complementar n. 116/2003, que o eventual fornecimento demercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora dolocal da obra, exigirá o destaque do imposto no respectivodocumento fiscal.

Em relação ao item “3”, inobstante afigurar-seadmissível o procedimento, necessário que a nota fiscal quedocumentar a entrada do equipamento, em seu campo “InformaçõesComplementares” do quadro “Dados Adicionais”, contenhaindicação expressa de que se trata de equipamento depropriedade da determinada empresa concessionária de serviçosde telefonia, de que é recebido em decorrência de prestação deassistência técnica, e de que será posteriormente remetido àempresa proprietária/comodante.

Com efeito, autoriza o artigo 117, VII, “a” doRegulamento do ICMS:

Art. 117. A nota fiscal conterá, nos quadros e campospróprios, observada a disposição gráfica dos modelos1 e 1-A, as seguintes disposições (Convênio SINIEF,de 15.12.70, Ajustes SINIEF 07/71, 16/89 e 03/94):

...

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

VII - no quadro “DADOS ADICIONAIS”:

a) no campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES” - outrosdados de interesse do emitente, tais como: número dopedido, vendedor, emissor da nota fiscal, local deentrega, quando diverso do endereço do destinatárionas hipóteses previstas na legislação, propaganda,etc.;

Por derradeiro, frisa-se que, a partir daciência desta, terá a consulente, em observância ao artigo 591do Regulamento do ICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequaros seus procedimentos em conformidade com o que foi aquiesclarecido, no caso de que os esteja praticando diversamente.

PROTOCOLO: 8.900.453-5

CONSULTA Nº: 32, de 03 de abril de 2007 (cancelado)

SID Nº: 8.798.809-0

CONSULTA Nº: 33, de 13 de abril de 2007

CONSULENTE: NOVA FROTA EQUIPAMENTOS S/A

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO. MERCADORIAS. BENS DO ATIVOIMOBILIZADO. CRÉDITO. ESTORNO. HIPÓTESES.

RELATOR: RANDAL SODRÉ FRAGA

A consulente diz exercer a atividade de compra,venda, importação, locação e comercialização de máquinas eequipamentos. Diz que importa pelo Porto de Paranaguá,equipamentos e peças classificadas nas posições 8429 e 8431.4da NBM/SH, as quais não se enquadram nas hipóteses previstasno Decreto nº 5.503/05, onde são elencadas as modalidades devedação ao aproveitamento de crédito presumido que especifica.

Para documentar a entrada emite nota fiscal,utiliza a base de cálculo a que se refere o inc. V, alíneas“a” a “e” do parágrafo primeiro, inciso IX, art. 6º, do

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.RICMS/01, e o diferimento de 33,33% do valor do imposto,conforme autorizado pelo art. 87-A deste mesmo diploma, cujoresultado, obtido com a utilização da alíquota de 18%,recolhe em GR-PR.

Informa que, com o advento do Decreto nº 5.503,de 10/10/2005, que alterou o RICMS, lhe foi concedido umcrédito presumido que resulta no recolhimento equivalente a 3%da respectiva base de cálculo da operação de importação,crédito este lançado diretamente em GR-PR, conforme estabeleceo § 4º, do art. 50-A, do RICMS.

No seu entender, a nota fiscal emitida éescriturada no Livro Registro de Entradas, com aproveitamentototal do crédito do ICMS. Desta forma, questiona se o seuprocedimento está correto e se a diferença entre o impostodestacado na nota fiscal e o efetivamente recolhido(equivalente a 3% da base de cálculo) implica o estorno docrédito em conta gráfica.

A consulente complementa seu pedido informandoque os equipamentos e peças importados destinam-se à revenda eque, esporadicamente, tais mercadorias poderão serimobilizadas, momento em que realiza o estorno do crédito eemite nota fiscal fazendo sua reversão, com destaque doimposto devido. Havendo utilização de peças importadas emequipamentos pertencentes ao seu ativo imobilizado, emite notafiscal com destaque do imposto, procedendo a respectiva baixado estoque.

RESPOSTA

Os produtos informados pela consulente são osseguintes:

NBM – SH:

8429 - "BULLDOZERS", "ANGLEDOZERS", NIVELADORES,RASPO-TRANSPORTADORES ("SCRAPERS"), PÁS MECÂNICAS,ESCAVADORES, CARREGADORAS E PÁS CARREGADORAS, COMPACTADORES E ROLOS OU CILINDROS COMPRESSORES, AUTOPROPULSORES.

8431 - PARTES RECONHECÍVEIS COMO EXCLUSIVA OUPRINCIPALMENTE DESTINADAS ÀS MÁQUINAS E APARELHOS DASPOSIÇÕES 8425 A 8430

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

(...)

8431.4 - Das máquinas e aparelhos das posições 8426,8429 ou 8430.

O Decreto nº 5.503, de 10/10/2005, foi revogadopelo de nº 6.144, de 22/02/2006, produzindo efeitos a partirde 06/01/2006. Deste momento em diante, a tributação dasoperações de importação pelos Portos de Paranaguá, Antonina eAeroportos Paranaenses, receberam nova tratativa, conforme severifica do teor do Capítulo XLII, do Título III, do RICMS/01.Para a situação da consulente, observar-se-ão as seguintesdisposições do referido instrumento normativo:

Art. 572-Q. Aos estabelecimentos comerciais e nãoindustriais contribuintes do imposto que realizarem aimportação de bens para integrar o ativo permanenteou de mercadorias, por meio dos Portos de Paranaguá ede Antonina e de aeroportos paranaenses, ficaconcedido crédito presumido correspondente a 75%(setenta e cinco por cento) do valor do impostodevido, até o limite de nove por cento sobre o valorda base de cálculo da operação de importação, e queresulte em carga tributária mínima de três por cento.

§ 1º O imposto devido deverá ser pago por ocasião dodesembaraço aduaneiro, em moeda corrente, sendovedada a utilização de quaisquer outras formas decompensação ou liquidação.

§ 2º O crédito presumido de que trata este artigoserá lançado e demonstrado em GR-PR, para fins dorecolhimento do imposto na forma prevista no item 3da alínea "a" do inciso VI do art. 56.

§ 3º Deverá ser anotado no campo "InformaçõesComplementares" da nota fiscal emitida paradocumentar esta operação, demonstrativo detalhado doscálculos referentes ao imposto devido.§ 4º Salvo expressa disposição de manutenção decrédito, a posterior saída das mercadorias emoperações isentas ou não sujeitas à incidência doimposto acarretará o estorno total do créditolançado, ou, no caso de operações de saída com cargatributária reduzida, o estorno proporcional.

§ 5º O disposto neste artigo aplica-se, inclusive,aos estabelecimentos industriais que importarem

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mercadorias para revenda, sem que estas sejamsubmetidas a novo processo industrial.

§ 6° Nos casos de aplicação cumulativa com odiferimento parcial previsto no art. 87-A, orecolhimento do imposto devido pelos estabelecimentosde que trata este artigo deverá corresponder àaplicação do percentual de três por cento sobre abase de cálculo da operação de importação.

Art. 572-R. Sem prejuízo do disposto na alínea "e" do§4º do art. 24, na hipótese de saída, perecimento,extravio ou deterioração do bem do ativo permanente,antes de decorrido o prazo de quatro anos contado dadata de sua entrada no estabelecimento, ocontribuinte deverá efetuar o estorno proporcional docrédito presumido de que trata este Capítulo, emrelação à fração que corresponderia ao restante doquadriênio.

(...)

Art. 572-U. O crédito presumido de que trata esteCapítulo aplica-se cumulativamente com o diferimentoparcial de que trata o art. 87-A.

Em se tratando de mercadoria importada comdestino à revenda, o pagamento do imposto será feito em GR-PRno momento do desembaraço aduaneiro, aproveitando-se dobenefício do crédito presumido correspondente a 75% (setenta ecinco por cento) do valor do imposto devido, até o limite denove por cento sobre o valor da base de cálculo da operação deimportação, e que resulte em carga tributária mínima de trêspor cento. Havendo cumulação com o diferimento parcial de quetrata o art. 87-A, o recolhimento do imposto deverácorresponder à aplicação do percentual de três por cento sobrea base de cálculo da operação de importação (RICMS/01, art.572-Q, § 6º).

Matéria semelhante já fora apreciada por esteSetor Consultivo, que expediu resposta à Consulta nº 130/2006,cujo teor se transcreve a seguir:

PROTOCOLO: 8.898.495-1

CONSULTA Nº: 130, de 05 de setembro de 2006

CONSULENTE: EXPORTER COMÉRCIO DE IMPORTAÇÃO EEXPORTAÇÃO DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS LTDA.

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SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO. ESTABELECIMENTOCOMERCIAL. CÁLCULO DO CRÉDITO PRESUMIDO E DO IMPOSTOA RECOLHER.

RELATORA: MAYSA CRISTINA DO PRADO

A consulente, empresa comercial com atividadepreponderante na importação de mercadorias doexterior, considerando os Decretos n. 5.503/2005 e n.5.564/2005, que alteraram o Regulamento do ICMS,concedendo crédito presumido às empresas comerciaisimportadoras, e a Lei n. 14.985, de 6 de janeiro de2006, que também concede crédito presumido àsoperações de importação de mercadorias, pergunta seestá correto o seu entendimento a respeito daapuração do crédito presumido e do imposto a serrecolhido nestas operações, conforme cálculo quedemonstra e, caso contrário, quais os procedimentosadequados e os respectivos fundamentos.

Demonstração de cálculos:

1. No desembaraço aduaneiro:

Base de cálculo (art. 6º, inciso V, do RICMS/PR) =valor da mercadoria + imposto de importação + IPI +imposto sobre operações de câmbio = R$ 100,00

100,00 / 0,82 * 3% = 3,66 (valor do ICMS a recolher)

100,00 / 0,82 * 9 % = 10,98 (crédito presumido doICMS)

3,66 + 10,98 = 14,64 (crédito lançado no livro deapuração do ICMS).

2. Na saída interna da mercadoria:

Valor hipotético de saída: R$ 200,00

200,00 * 12% = 24,00

ICMS a recolher: 24,00 – 14,64 = 9,36

RESPOSTA

Preliminarmente, ressalta-se que a Lei n. 14.985, de6 de janeiro de 2006, que dispõe sobre a suspensão dopagamento do ICMS e a concessão de um créditopresumido do imposto devido nas operações queespecifica a estabelecimento industrial paranaense

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nas importações por aeroportos e portos de Paranaguáe Antonina, estendendo o benefício do créditopresumido ao estabelecimento comercial, foiregulamentada pelo Decreto n. 6.144 de 22 defevereiro de 2006, o qual introduziu alterações noRegulamento do ICMS, aprovado pelo decreto n. 5.141,de 12 de dezembro de 2001, com efeitos retroativos a6 de janeiro de 2006.

Em relação ao imposto devido na importação demercadorias, a sua base de cálculo está prevista noinciso V e no § 1º do art. 6º da Lei n. 11.580/1996:

Art. 6º A base de cálculo do imposto é:

(...)

V - na hipótese do inciso IX do art. 5º, a soma dasseguintes parcelas:

a) valor da mercadoria ou bem constante dosdocumentos de importação, observado o disposto noart. 7º;

b) imposto de importação;

c) imposto sobre produtos industrializados;

d) imposto sobre operações de câmbio;

e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições edespesas aduaneiras (Lei Complementar nº. 114/02);

(...)

§ 1º Integra a base de cálculo do imposto, inclusivena importação do exterior de mercadoria ou bem (LeiComplementar nº. 114/02):

I - o montante do próprio imposto, constituindo orespectivo destaque mera indicação para fins decontrole;

II - o valor correspondente a:

a) seguros, juros e demais importâncias pagas,recebidas ou debitadas, bem como descontos concedidossob condição, assim entendidos os que estiveremsubordinados a eventos futuros e incertos;

b) frete, caso o transporte seja efetuado pelopróprio remetente ou por sua conta e ordem e sejacobrado em separado.

(...)

§ 8º Para os efeitos da alínea "e" do inciso V deste

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artigo, entende-se por despesas aduaneiras aquelasefetivamente pagas à repartição alfandegária até omomento do desembaraço da mercadoria ou bem.

Quanto ao diferimento parcial do imposto, o art. 87-Ado RICMS/2001, determina:

Art. 87-A. Fica, também, diferido o pagamento doimposto nas saídas internas entre contribuintes e nasoperações de importação, por contribuinte, demercadorias, na proporção de:

I - 33,33% do valor do imposto, na hipótese daalíquota ser 18%;

(...)

§ 2º. Para os fins do disposto neste artigo, nodocumento fiscal emitido para acobertar as operaçõesdeverá ser indicada a base de cálculo do imposto, nocampo específico; a informação de que o imposto foiparcialmente diferido e o seu valor, seguido docorrespondente dispositivo do Regulamento do ICMS, nocampo "Informações Complementares"; e o resultadoobtido após a exclusão do valor do imposto diferido,no campo "Valor do ICMS"

Determina o art. 572-Q do RICMS/2001, relativamente aimportação de mercadorias por estabelecimentoscomerciais ou não industriais contribuintes doimposto:

Art. 572-Q. Aos estabelecimentos comerciais e nãoindustriais contribuintes do imposto que realizarem aimportação de bens para integrar o ativo permanenteou de mercadorias, por meio dos Portos de Paranaguá ede Antonina e de aeroportos paranaenses, ficaconcedido crédito presumido correspondente a 75%(setenta e cinco por cento) do valor do impostodevido, até o limite de nove por cento sobre o valorda base de cálculo da operação de importação, e queresulte em carga tributária mínima de três por cento.

§ 1º O imposto devido deverá ser pago por ocasião dodesembaraço aduaneiro, em moeda corrente, sendovedada a utilização de quaisquer outras formas decompensação ou liquidação.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

§ 2º O crédito presumido de que trata este artigoserá lançado e demonstrado em GR-PR, para fins dorecolhimento do imposto na forma prevista no item 3da alínea "a" do inciso VI do art. 56.

§ 3º Deverá ser anotado no campo "InformaçõesComplementares" da nota fiscal emitida paradocumentar esta operação, demonstrativo detalhado doscálculos referentes ao imposto devido.

§ 4º Salvo expressa disposição de manutenção decrédito, a posterior saída das mercadorias emoperações isentas ou não sujeitas à incidência doimposto acarretará o estorno total do créditolançado, ou, no caso de operações de saída com cargatributária reduzida, o estorno proporcional.

§ 5º O disposto neste artigo aplica-se, inclusive,aos estabelecimentos industriais que importaremmercadorias para revenda, sem que estas sejamsubmetidas a novo processo industrial.

§ 6° Nos casos de aplicação cumulativa com odiferimento parcial previsto no art. 87-A, orecolhimento do imposto devido pelos estabelecimentosde que trata este artigo deverá corresponder àaplicação do percentual de três por cento sobre abase de cálculo da operação de importação.

Assim, os cálculos apresentados pela consulente estãocorretos, destacando que, em relação à saída internada mercadoria já foi considerado o diferimentoparcial do pagamento do imposto de modo que a cargatributária fique reduzida para 12%.

O crédito presumido do imposto relativo à importaçãode mercadorias deverá ser lançado e demonstrado emGR-PR, para fins do recolhimento na forma previstano item 3 da alínea "a" do inciso VI do art. 56, ouseja, no momento do desembaraço aduaneiro, conformedetermina o §2º do art. 572-Q do RICMS/2001.

Posteriormente, o crédito fiscal correspondente àcarga tributária de 12%, deverá ser lançado no livroRegistro de Entradas do estabelecimento importadorcomo entende a consulente, para ser compensado com oimposto a ser pago pela posterior saída da mercadoriaimportada.

Em relação a saída da mercadoria em operação interna,o imposto devido deverá ser lançado em conta-gráfica,

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juntamente com os demais débitos da consultante, paracompensação com eventual saldo credor.

Por fim, transcreve-se o art. 572-T do RICMS/2001:

Art. 572-T. O tratamento tributário de que trata esteCapítulo não se aplica:

I - às importações de petróleo e seus derivados,combustíveis e lubrificantes de qualquer natureza,veículos automotores, armas e munições, perfumes ecosméticos;

II - às mercadorias sujeitas ao regime desubstituição tributária, e a produtos primários deorigem animal, vegetal ou mineral, e farmacêuticos;

III - às mercadorias alcançadas por diferimentoconcedido pelo regime especial de que trata o § 3ºdo art. 86;

IV - às mercadorias alcançadas pelo diferimento deque tratam os artigos 87, 89 e 91;

V - às operações de importação realizadas porcontribuintes autorizados a receber o tratamentotributário de que trata a Lei n. 13.971, de 26 dedezembro de 2002;

VI - às importações realizadas por prestadores deserviço de transporte e de comunicação;

VII - cumulativamente com outros benefícios fiscais.

Parágrafo único. A vedação de que trata este artigonão se aplica às operações com cevada cervejeira,classificada na posição 1003.0091 da NCM, e com sal agranel, sem agregados, classificado na posição2501.0019 da NCM, quando importados porestabelecimento industrial.

Este dispositivo apresenta algumas vedações aocrédito presumido mencionado nesta consulta, as quaisdeverão ser observadas pela consulente.

Caso a mercadoria venha ser subseqüentementedirecionada ao seu ativo imobilizado, informa-se que a regrade tributação presente no caput do art. 572-Q se aproveitapara ambos os casos.

Quanto as hipóteses de estorno de crédito,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.decorrentes de aquisições de bens do ativo, observar-se-ãoaquelas especificadas pelo art. 24, § 4º, “e”, combinado com oart. 572-R do RICMS/01, a seguir reproduzidas:

Art. 24. Para a compensação a que se refere o artigoanterior, é assegurado ao contribuinte o direito decreditar-se do imposto anteriormente cobrado emoperações de que tenha resultado a entrada demercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou aoativo permanente, ou o recebimento de serviços detransporte interestadual e intermunicipal ou decomunicação (art. 24 da Lei n. 11.580/96).

(...)

§ 4º Para efeito do disposto no "caput", em relaçãoaos créditos decorrentes de entradas de mercadoriasno estabelecimento destinadas ao ativo permanente,deverá ser observado:

(...)

e) na hipótese de saída, perecimento, extravio oudeterioração do bem do ativo permanente, antes dedecorrido o prazo de quatro anos contado da data desua entrada no estabelecimento, não será admitido, apartir da data da ocorrência, o creditamento de quetrata este parágrafo em relação à fração quecorresponderia ao restante do quadriênio;

Art. 572-R. Sem prejuízo do disposto na alínea "e" do§4º do art. 24, na hipótese de saída, perecimento,extravio ou deterioração do bem do ativo permanente,antes de decorrido o prazo de quatro anos contado dadata de sua entrada no estabelecimento, ocontribuinte deverá efetuar o estorno proporcional docrédito presumido de que trata este Capítulo, emrelação à fração que corresponderia ao restante doquadriênio.

Na incorporação ao ativo imobilizado, não hápossibilidade de utilização do diferimento parcial de quetrata o art. 87-A, do RICMS/01, em razão do disposto pelo art.87-B e art. 96, a seguir reproduzidos:

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Art. 87-B. Encerra-se a fase de diferimento emrelação às mercadorias de que trata o artigoanterior:

(...)

II - nas saídas internas para consumidor final,contribuinte ou não do imposto.

Art. 96. Caso a mercadoria ou serviço amparados pelodiferimento não sejam objeto de nova operação ouprestação tributável, ou se submetam ao regime deisenção ou não-incidência, cumpre ao promotor daoperação ou prestação, recolher o imposto diferidonas etapas anteriores, ressalvado o disposto no § 2ºdo art. 53.

Parágrafo único. Na hipótese deste artigo o impostocorresponderá ao valor que deixou de ser pago nopreço de aquisição da mercadoria em decorrência dodiferimento.

Como os bens adquiridos do exterior têm comodestinatário o imobilizado do próprio importador, não há faseposterior que justifique a postergação do pagamento doimposto. Portanto, inaplicável a regra do art. 87-A doRICMS/01.

Oportuno salientar que está equivocada afundamentação informada pela consulente no tocante à base decálculo da importação e da emissão da nota fiscal de entrada.Em relação à primeira, observar-se-á o delimitado pelo art.5º, IX, e art. 6º, V, e § 1º, da Lei nº 11.580/96, verbis:

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento:

(...)

IX - do desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bemimportados do exterior (Lei Complementar nº. 114/02)

Art. 6º A base de cálculo do imposto é:

(...)

V - na hipótese do inciso IX do art. 5º, a soma dasseguintes parcelas:

a) valor da mercadoria ou bem constante dosdocumentos de importação, observado o disposto no

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art. 7º;

b) imposto de importação;

c) imposto sobre produtos industrializados;

d) imposto sobre operações de câmbio;

e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições edespesas aduaneiras (Lei Complementar nº. 114/02);

(...)

§ 1º Integra a base de cálculo do imposto, inclusivena importação do exterior de mercadoria ou bem (LeiComplementar nº. 114/02):

I - o montante do próprio imposto, constituindo orespectivo destaque mera indicação para fins decontrole;

II - o valor correspondente a:

a) seguros, juros e demais importâncias pagas,recebidas ou debitadas, bem como descontos concedidossob condição, assim entendidos os que estiveremsubordinados a eventos futuros e incertos;

b) frete, caso o transporte seja efetuado pelopróprio remetente ou por sua conta e ordem e sejacobrado em separado.

Relativamente à emissão da nota fiscal porocasião da entrada de bens ou mercadorias importadas, deveráser observada a seguinte disposição contida no RICMS/01:

Art. 128. O contribuinte, excetuado o produtoragropecuário não inscrito no CAD/ICMS, emitirá notafiscal (Convênio SINIEF, de 15.12.70, arts. 54 a 56;Ajustes SINIEF 05/71, 16/89 e 3/94):

(...)

I - no momento em que entrarem em seuestabelecimento, real ou simbolicamente, bens oumercadorias:

(...)

e) importados diretamente do exterior, bem como osarrematados em leilão ou adquiridos em concorrênciapromovidos pelo Poder Público;

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

No caso de a mercadoria ser empregada nacondição de peças de reposição de bens pertencentes ao ativoimobilizado, estar-se-á diante de uma aquisição de bens de usoou consumo, cujo direito ao crédito está postergado para01/01/2011, nos termos do art. 33, I, da Lei Complementar nº87/1996, com nova redação dada pela LC nº 122/2006. Nestecaso, incorreto o procedimento adotado, pois deverá serprocedido o estorno do crédito presumido utilizado com aaplicação do art. 572-Q, no lugar do lançamento a débito nodocumento fiscal de saída citado pela consulente. No mesmosentido, inaplicável o diferimento parcial a que se refere oart. 87-A, em razão do disposto pelo art. 87-B, II, e art. 96,porquanto a mercadoria foi redirecionada para uso ou consumona empresa importadora.

Por fim, havendo modificação normativa emrelação àquela que a consulente fundamentou seu pedido,relativamente à sistemática de tributação das suas operaçõesde importação do exterior, deverá observar o prazo de atéquinze dias para adequar o seu procedimento ao que tiver sidoesclarecido, independentemente de qualquer interpelação ounotificação fiscal (RICMS/01, art. 591, caput).

PROTOCOLO: 8.853.418-2

CONSULTA Nº: 34, de 06 de março de 2007

CONSULENTE: FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S/A.

SÚMULA: ICMS. EMPRESA CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇOPÚBLICO DE ENERGIA ELÉTRICA. CAD/ICMS DEESTABELECIMENTO CENTRALIZADOR. PROCEDIMENTOSE OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS.

RELATORA: LIMI OIKAWA

A consulente, empresa concessionária de serviçopúblico de energia elétrica, com sede no Rio de Janeiro efiliais no Paraná, possui em Foz do Iguaçu estabelecimento cominscrição de centralizador, CAD/ICMS nº 42205074-46, de acordocom o art. 103, § 5º, do RICMS. Informa que as filiaispossuem apenas inscrição no CNPJ, sendo que oestabelecimento de Manoel Ribas teve a sua inscrição estadualbaixada, com base na informação nº 74/2003 da 13ªDRR, e oestabelecimento de Campo Largo foi constituído após a

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Aduz que as notas fiscais de saídas são emitidasmanualmente, porém escrituradas eletronicamente, juntamentecom as notas fiscais de entradas.

Após diligência realizada a pedido do SetorConsultivo, refaz seus questionamentos, da seguinte forma:

1) LIVROS – utiliza um único livro, dos modelos1-A, 2-A, 6 e 9, para escrituração das notas fiscais de todosos estabelecimentos. Todavia, no caput do art. 213 do RICMS hádeterminação para que todos os livros fiscais sejam mantidos àdisposição em cada um dos estabelecimentos, e, no § 7º domesmo dispositivo para que seja mantido no estabelecimentocentralizador. Indaga se está correto a sua forma deproceder ou se deveria escriturar separadamente, um livropara cada unidade, centralizando o local da escrituração.

2) NOTAS FISCAIS DE SAÍDA – em atendimento ao §3º do art. 187, no qual prevê que cada estabelecimento terátalonário próprio, exceto nos casos de inscrição centralizada,ao emitirem suas notas fiscais os estabelecimentoscentralizados anotam, em todas as vias das notas fiscais, pormeio de carimbo no campo “informações complementares” doquadro “dados adicionais”, informações para a sua claraidentificação, tais como razão social, endereço completo,CNPJ, consignando ainda que o CAD/ICMS é do centralizador, umavez que os blocos de notas fiscais são confeccionados com osdados do estabelecimento centralizador. Este é o procedimentocorreto? Caso contrário, qual seria?

3) Em razão do antes descrito, osestabelecimentos centralizados encaminham a segunda via dasnotas fiscais emitidas por ocasião da saída de mercadoriaspara o estabelecimento centralizador, para a devidaescrituração. Indaga se a 2ª via (fixa) da nota fiscal deveficar com o estabelecimento centralizado ou centralizador, umavez que o art. 118, inciso II, do RICMS, dispõe que a segundavia ficará em poder do emitente.

4) NOTAS FISCAIS DE FORNECEDORES (aquisição) –destinadas a todos os estabelecimentos, são emitidas com osdados do centralizador e, naquelas destinadas aoscentralizados, fazem constar no corpo da nota fiscal comolocal de entrega o endereço do recebedor das mercadorias.Alega que isto tem causado dificuldades nos Postos Fiscais,que retêm os veículos transportadores ao constatarem que asnotas fiscais estão destinadas a estabelecimento diverso doque consta no cadastro de inscrição no CAD/ICMS informada; no

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.caso, a do centralizador.

Tendo em vista o art. 118, inciso I e art. 192,todos do RICMS, indaga se nas notas fiscais de entradaspoderiam constar os dados de cada estabelecimento destinatáriocom a inscrição no CAD/ICMS do centralizador.

RESPOSTA

Efetivamente, a consulente poderá manter apenasum de seus estabelecimentos inscrito no CAD/ICMS, de acordocom o previsto no § 5º do art. 103 do RICMS aprovado peloDecreto n. 5.141/2001, abaixo transcrito, bem como no AjusteSINIEF n. 28/89 e suas alterações:

§ 5º A inscrição no CAD/ICMS poderá ser centralizadanum estabelecimento, por opção do contribuinte,nos casos de empresas prestadoras de serviços detransporte, de fornecedoras de energia elétrica, deinstituições financeiras e a Companhia Nacional deAbastecimento - CONAB/PGPM.

Respondendo a primeira questão, tem-se que, emoptando a Consulente pela inscrição única, o procedimentoadotado quanto aos livros fiscais está correto, sendo que apossibilidade de escrituração centralizada encontra-seprevista no art. 302 do RICMS:

DAS EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICA

Art. 302. A empresa concessionária de serviço públicode energia elétrica poderá centralizar, em um únicoestabelecimento, a escrita fiscal e o recolhimento doimposto, correspondente às operações realizadas portodos os seus estabelecimentos existentes noterritório deste Estado (Ajustes SINIEF 28/89, 04/96,07/00 e 11/03).” (grifo nosso)

Os livros fiscais devem ser mantidos noestabelecimento centralizador, de acordo com o § 7º do art.213 do RICMS: “§ 7º Os contribuintes que optarem por inscriçãocentralizada deverão manter no estabelecimento centralizador

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.os livros de que trata o presente artigo, ressalvado odisposto em regimes especiais”, observando que no caputencontra-se contemplada a excessão, verbis:

Art. 213. Os contribuintes e as pessoas obrigadas ainscrição no CAD/ICMS deverão manter, salvodisposição em contrário, em cada um dosestabelecimentos, os seguintes livros fiscais, deconformidade com as operações e prestações querealizarem (Convênio SINIEF, de 15.12.70, arts. 63 e66 e Convênio SINIEF 06/89, art. 87; Ajuste SINIEF01/92). (grifo nosso)

O procedimento adotado no segundo questionamentotambém não encontra obstáculo na legislação, observando-se,quanto a terceira questão que a 2ª via ou via fixa da notafiscal de saída deve permanecer no estabelecimentocentralizador, ao qual foi fornecida a AIDF – Autorização paraImpressão de Documentos Fiscais.

Já em relação a quarta questão, relacionada coma forma como vem sendo preenchida a nota fiscal de aquisição,verifica-se ser incorreta.

Primeiramente, deve-se esclarecer queconsidera-se "estabelecimento" o local, privado ou público,edificado ou não, próprio ou de terceiro, onde pessoas físicasou jurídicas exerçam suas atividades em caráter temporário oupermanente, bem como onde se encontrem armazenadas mercadorias(art. 22, § 3º, da Lei n. 11.580/96).

O fato da Consulente manter inscrição única nãosignifica dizer que ela tenha estabelecimento único. Narealidade, a empresa tem vários estabelecimentos que mantêm umúnico número de inscrição.

Desta forma, deverá ser indicado no campopróprio os dados do estabelecimento ao qual a mercadoriaefetivamente será destinada, embora com a inscrição estadualda matriz, devendo ser mencionado no campo “informaçõescomplementares” da nota fiscal (art. 117, VII,“a” do RICMS) aexistência da inscrição estadual única.

PROTOCOLO: 8.583.765-6

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

CONSULTA Nº: 35, de 19 de abril de 2007

CONSULENTE: RICHARD LUIS HOBI

SÚMULA: ICMS – MICROEMPRESA - COMPRA COMDIFERIMENTO – PRODUTOS AGROPECUÁRIOSE EXCLUSÃO DA RECEITA BRUTA.POSSIBILIDADE.

RELATOR: WILLY LEANDRO COSTA LIMA STRICKER

A consulente, pessoa jurídica de direitoprivado, com sede no Município de Cruz Machado, PR, ativa eenquadrada no regime fiscal de microempresa, informa que atuano ramo de comércio varejista de medicamentos veterinários,revendendo entre outros produtos, adubo, semente, inseticida,ração animal, concentrado e suplemento, arrolados nos artigos89 e 91 do RICMS/PR, aprovado pelo Decreto n. 5.141, de12/12/2001.

Questiona: a) se pode adquirir, para revenda, osprodutos citados com o benefício do diferimento; e, b) se paraa determinação da receita bruta podem ser excluídos osvalores relativos às operações sujeitas ao diferimento doimposto?

RESPOSTA

Quanto à primeira indagação, preliminarmente,advertimos que as mercadorias elencadas pela consulente nãose encontram sujeitas às hipóteses de encerramento dodiferimento para mercadorias em geral, nos termos do art. 86do RICMS/PR, mas sim, às hipóteses de encerramento dispostasno art. 90 e 92 do RICMS/2001 por serem mercadorias própriasdo setor agropecuário e que estão arroladas nos art. 89 e 91do referido diploma legal, verbis:

“Art. 90. Encerra-se a fase de diferimento em relaçãoàs mercadorias arroladas no artigo anterior:

I - na saída para outro Estado ou para o exterior;

II - na saída de produtos resultantes da suautilização, salvo se houver disposição específica de

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

diferimento ou suspensão do imposto para essaoperação, hipótese em que observar-se-á a regrapertinente.”

(...)

“Art. 92. Encerra-se a fase de diferimento em relaçãoaos produtos arrolados no artigo anterior:

I - na saída para outro Estado ou para o exterior;

II - na saída de produtos resultantes da suautilização, salvo se houver disposição específica dediferimento ou suspensão do imposto para essaoperação, hipótese em que observar-se-á a regrapertinente.

(...)

§ 2º O diferimento previsto neste artigo, outorgadoàs saídas de produtos destinados à pecuária,estende-se às remessas com destino à apicultura,aqüicultura, avicultura, cunicultura, ranicultura esericicultura.”

A consulente terá o direito de adquirir ascitadas mercadorias com o diferimento do pagamento do ICMS e,regra geral, revendê-las sem que haja o encerramento dobenefício legal geral, desde que as operações realizadas comestas mercadorias sejam internas e estejam inseridas no cicloou cadeia da circulação e comercialização do setoragropecuário.

Tratando-se de produtor rural, o diferimentoaplicado nas operações com ração animal, concentrados esuplementos, exige ainda, credencial nos termos do § 1º doart. 89 do RICMS, aprovado pelo Decreto nº. 5.141/2001,verbis:

“SEÇÃO III

NO SETOR AGROPECUÁRIO

SUBSEÇÃO I

INSUMOS DE RAÇÃO, RAÇÃO, CONCENTRADOS E SUPLEMENTOS

Art. 89. É diferido o pagamento do imposto nasoperações com as seguintes mercadorias:

(...)

VII - ração animal, concentrado e suplemento, de uso

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

na pecuária e na avicultura;

O inciso VII foi revigorado pelo art. 1º, alteração644ª, do Decreto n. 6.744, de 13.06.2006, produzindoefeitos a partir de 1º06.2006.

(...)

§ 1º O produtor paranaense para receber comdiferimento do imposto as mercadorias indicadas nosincisos II, V, VI, VII e IX deste artigo, deveráobter credenciamento segundo critérios fixados pelaSecretaria de Estado da Agricultura e doAbastecimento.

§ 2º A credencial referida no parágrafo anteriordeverá conter, no mínimo, os seguintes elementos:

a) nome (pessoa física ou jurídica);

b) nome da granja ou estabelecimento e sualocalização;

c) consumo mensal por tipo de insumo;

d) número de ordem seqüencial de emissão.

§ 3º As cooperativas de produtores e as empresas queem regime de integração atuem na produção de suínos eaves poderão apresentar a documentação paracredenciamento dos seus cooperados e integrados,desde que se responsabilizem pelas informaçõesprestadas.

SUBSEÇÃO II

OUTROS INSUMOS AGROPECUÁRIOS

Art. 91. É diferido o pagamento do ICMS nas operaçõescom as seguintes mercadorias:

(...)

II - adubos simples ou compostos, e fertilizantes,inclusive da espécie inoculante biológico, de uso naagricultura e na pecuária;

(...)

IV – (...) inseticidas, inclusive biológicos, (...)soros e medicamentos, produzidos para uso naagricultura e na pecuária;

(...)

VII - sementes certificadas ou fiscalizadas

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

destinadas à semeadura, desde que produzidas sob ocontrole de entidades certificadoras oufiscalizadoras, bem como as importadas, atendidas asdisposições da Lei n. 6.507, de 19 de dezembro de1977, regulamentada pelo Decreto n. 81.771, de 7 dejunho de 1978, e as exigências estabelecidas pelosórgãos do Ministério da Agricultura ou outros órgãosou entidades da Administração Federal, que mantiveremconvênio com o Ministério da Agricultura;”

Há, também, que se levar em consideração asdisposições comuns na hipótese de encerramento do diferimento,constantes do art. 95 e do art. 96 do RICMS/2001, verbis:

“Art. 95. Considerar-se-á encerrada, automaticamente,a fase de diferimento:

I - quando, após o recebimento de mercadoria com oimposto diferido, ocorrer a perda desta, decorrentede acontecimentos fortuitos, tais como deterioração,perecimento, furto ou roubo;

II - na constatação do transporte das mercadoriasdesacompanhadas da documentação fiscal regular,inclusive em relação ao serviço, se for o caso;

III - na ausência da prova exigida no artigoanterior.

Art. 96. Caso a mercadoria ou serviço amparados pelodiferimento não sejam objeto de nova operação ouprestação tributável, ou se submetam ao regime deisenção ou não-incidência, cumpre ao promotor daoperação ou prestação, recolher o imposto diferidonas etapas anteriores, ressalvado o disposto no § 2ºdo art. 53.

Parágrafo único. Na hipótese deste artigo o impostocorresponderá ao valor que deixou de ser pago nopreço de aquisição da mercadoria em decorrência dodiferimento.”

E, art. 56, inc. III, alínea “a”, item 1, doRICMS/2001, verbis:

“Art. 56. O ICMS deverá ser pago nas seguintes formase prazos (art. 36 da Lei n. 11.580/96):

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

(...)

III - em GR-PR, pelas empresas enquadradas no RegimeFiscal das Microempresas e das Empresas de PequenoPorte, em relação:

a) às hipóteses previstas:

(...)

1. nos incisos I, IV e V do art. 412, no momento daocorrência do fato gerador;

(Nova redação dada ao item 1 pelo art. 1º, alteração759ª, do Decreto n. 279, de 09.03.2007, produzindoefeitos a partir de 1º.04.2007)”

E, também, art. 412, inc. I e parágrafo único doRICMS/2001, verbis:

“Art. 412. A microempresa e a empresa de pequenoporte são responsáveis, também, pelo pagamento doimposto referente:

I - às hipóteses de responsabilidade previstas nalegislação do ICMS;

(...)

Parágrafo único. O recolhimento do imposto nashipóteses tratadas neste artigo deverá ser efetuado,independentemente das obrigações decorrentes doRegime das Microempresas e das Empresas de PequenoPorte, observando a carga tributária de cada produto.

(O par. único foi acrescentado pelo art. 1º,alteração 162ª, do Decreto n. 1.163, de 28.04.2003,produzindo efeitos a partir de 1º.02.2003)”

A responsabilidade pelo recolhimento do impostoencontra-se fundamentada nos incs. V e VI do art. 19, e noart. 20, ambos do RICMS/2001, verbis:

“Art. 19. São responsáveis pelo pagamento do imposto(art. 18 da Lei n. 11.580/96):

(...)

V - o contribuinte, em relação à mercadoria cuja fase

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

de diferimento ou suspensão tenha sido encerrada;

VI - o contribuinte que promover saída isenta ou nãotributada de mercadoria que receber em operação desaída abrangida pelo diferimento ou suspensão, emrelação ao ICMS suspenso ou diferido concernente àaquisição ou recebimento, sem direito a crédito;”

(...)

Art. 20. Na hipótese de responsabilidade tributáriaem relação às operações ou prestações antecedentes, oimposto devido pelas referidas operações ouprestações será pago pelo responsável, quando (art.20 da Lei n. 11.580/96):

I - da entrada ou recebimento da mercadoria, do bemou do serviço (Lei n. 14.050/03);

(Nova redação dada ao inciso I pelo art. 1º,alteração 213ª, do Decreto n. 1.769, de 28.08.2003,produzindo efeitos a partir de 17.12.2002)

II - da saída subseqüente por ele promovida, aindaque isenta ou não tributada, salvo determinação emcontrário da legislação;

III - ocorrer qualquer saída ou evento queimpossibilite a ocorrência do fato determinante dopagamento do imposto.”

Para resposta do segundo questionamento,necessário se faz a apresentação do art. 411, § 1º, alínea“g”, do RICMS, aprovado pelo Decreto n.° 5.141/2001,verbis:

“Art. 411. As microempresas e as empresas de pequenoporte, conforme definidas neste Capítulo, ficamsujeitas ao recolhimento mensal de ICMS de valorequivalente ao somatório do resultado da aplicaçãodos seguintes percentuais sobre a receita brutamensal do conjunto de seus estabelecimentos:

(...)

§1º Para os fins do disposto neste artigo,considera-se receita bruta o valor total das saídasde mercadorias e das prestações de serviços,promovidas pelo conjunto de estabelecimentos daempresa, excluídos os valores correspondentes a:

(...)

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

g) saídas com isenção, imunidade, suspensão dopagamento do imposto, sujeitas ao regime desubstituição tributária e para venda ambulante nãorealizadas.”

E, § 7º do art. 18 da Lei n. 11.580, de 14 denovembro de 1996, verbis:

“§ 7º Para os efeitos desta lei, entende-se pordiferimento a substituição tributária em relação aoimposto incidente sobre uma ou mais operações ouprestações antecedentes.”

Infere-se, portanto, da legislação acima citada,que no caso de haver diferimento para as operações de saídadas mercadorias objeto da consulta, ficam excluídos os valorescorrespondentes a tais mercadorias quando da apuração dareceita bruta citada no art. 411 do RICMS/01.

Precedente: Resposta à Consulta n. 206, de 04de dezembro de 2003.

Em razão do que dispõe o art. 591, caso aconsulente não venha procedendo na forma supracitada, tem oprazo de 15 dias, a partir da ciência da resposta, paraadequar-se aos termos da presente.

PROTOCOLOS: 9.434.833-1 e 9.436.317-9

CONSULTA Nº: 36, de 24 de abril de 2007

CONSULENTE: JJGC INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MATERIAIS DENTÁRIOSS.A.

SÚMULA: ICMS. ARTIGOS PARA IMPLANTES DENTÁRIOS.TRATAMENTO TRIBUTÁRIO.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente informa que atua na comercializaçãoe industrialização de artigos e equipamentos médicos,odontológicos e hospitalares, com fabricação de grandequantidade de produtos com aplicação em cirurgias ósseas e

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.bucais, maxilo-faciais, uso protético e ortodontia.

Especifica artigos empregados em implantesdentários denominados cicatrizadores, cilindros, uclas,mini-pilares, pilares, implantes odontológicos, munhões,análogos, transfers, parafusos de cobertura, de fixação e defixação de enxerto, e attachment bola, os quais estariamclassificados, segundo afirma, nos códigos 9021.10.10 artigose aparelhos ortopédicos ou 9021.10.20 artigos e aparelhos parafraturas da NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul.

Invoca o descrito na posição 9021 da NCM,resposta a consulta ao fisco de outra unidade da Federação,parecer de jurista da área do Direito Tributário e asdisposições dos Convênios ICMS 47/97 e 1/99, para expressarseu entendimento de que os produtos elencados são albergadospor benefício de isenção.

Para justificar seu entendimento, de quesubsiste o direito à isenção postulada, a consulente invocaprincípios constitucionais para que seja aplicada umainterpretação extensiva ao dispositivo de isenção, afastandoas determinações do artigo 111, II do CTN - Código TributárioNacional.

De igual forma, vê no entendimento de que oacessório acompanha o principal um indicativo para inferir queos produtos em questão devem ser albergados por isenção, hajavista a defesa dos valores da saúde e da vida previstos naConstituição Federal.

Após informar que tem destacado integralmente oimposto nas operações com tais produtos, a consulente indagaquanto à prevalência, nessas operações, das isenções doimposto definidas tanto no Convênio ICMS 47/97 quanto noConvênio ICMS 1/99, implementadas na legislação tributáriaparanaense, respectivamente, mediante os itens 23 e 45 doAnexo I do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n.5.141/2001.

Questiona, ainda, se confirmado seuentendimento, como deve proceder para recuperar o impostoindevidamente recolhido.

RESPOSTA

De início, importa destacar que a imunidade é oinstrumento constitucional previsto para que seja afastada a

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.incidência de imposto, cabendo à Pessoa Política detentora dacompetência tributária específica estabelecer as hipóteses deisenção, na forma disciplinada por lei complementar, comoprevisto no artigo 155, § 2º, XII, alínea “g” da Carta Magna.

Com efeito, os valores constitucionais da saúdee da vida, assim como tantos outros de semelhante importância,podem nortear os Estados e o Distrito Federal na opção pelaconcessão de benefícios fiscais, não sendo estes valores,contudo, hábeis a definir interpretação da legislaçãotributária, até mesmo pela subjetividade que comportam.

Portanto, a aplicação do disposto no artigo 111,II do CTN, no caso, é imperiosa e não obstada pelasdisposições constitucionais existentes, verbis:

Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislaçãotributária que disponha sobre:

...

II - outorga de isenção;

Transcreve-se, a seguir, os dispositivos que, nainterpretação da consulente, albergariam as isençõespretendidas:

Anexo I do Regulamento do ICMS:

23 Saídas dos produtos a seguir indicados(Convênio ICMS 47/97):

a) cadeira de rodas e outros veículos paraDEFICIENTES FÍSICOS - classificados no código NBM/SH8713.10.00 e 8713.90.00;

b) partes e acessórios destinados exclusivamente àaplicação em cadeiras de rodas ou em outros veículospara inválidos - classificados no código NBM/SH8714.20.00;

c) próteses articulares femurais, mioelétricas eoutras - classificados no código NBM/SH 9021.11.10,9021.11.20 e 9021.11.90, respectivamente;

d) artigos e aparelhos ortopédicos e artigos eaparelhos para fraturas - classificados no códigoNBM/SH 9021.19.10 e 9021.19.20, respectivamente;

e) partes e acessórios de artigos e aparelhos de

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

ortopedia, articulados - classificados no códigoNBM/SH 9021.19.91;

f) outras partes e acessórios de artigos e aparelhosde ortopedia - classificados no código NBM/SH9021.19.99;

g) partes de próteses modulares que substituemmembros superiores ou inferiores - classificados nocódigo NBM/SH 9021.30.91;

h) outras partes e acessórios de artigos e aparelhosde prótese - classificados no código NBM/SH9021.30.99;

i) aparelhos para facilitar a audição dos surdos,exceto as partes e acessórios - classificados nocódigo NBM/SH 9021.40.00;

j) partes e acessórios de aparelhos para facilitar aaudição dos surdos - classificados no código NBM/SH9021.90.92.

l) barra de apoio para portador de deficiência física- classificada no código NBM/SH 7615.20.00 (ConvênioICMS 94/03).

Nota: não se exigirá a anulação do crédito nas saídasisentas a que se refere este item.

45 Operações, até 30.04.2007, com EQUIPAMENTOS EINSUMOS, a seguir indicados, classificados na posiçãoou código NBM/SH (Convênios ICMS 01/99, 05/99, 90/99,84/00 e 127/01).

Notas:

1. a fruição do benefício fica condicionada a que aoperação esteja isenta ou com alíquota zero doImposto sobre Produtos Industrializados ou do Impostode Importação (Convênio ICMS 55/99).

2. não se exigirá a anulação do crédito nas saídas aque se refere este item.

CÓDIGO NBM/SH DISCRIMINAÇÃO DAS MERCADORIAS

2844.40.90. . . . Fonte de irídio - 192 (ConvênioICMS 75/05)

3004.90.99 Conjuntos de troca e concentradospolieletrolíticos para diálise (Convênio ICMS 90/04)

3006.10.19 Fio de "nylon" 8.0

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Fio de "nylon" 10.0

Fio de "nylon" 9.0

3006.10.90 Hemostático (base celulose ou colágeno)

Tela inorgânica pequena (até 100 cm2)

Tela inorgânica média (101 a 400 cm2)

Tela inorgânica grande (acima de 401 cm2)

3006.40.20 Cimento ortopédico (dose 40 g)

3701.10.10 Chapas e Filmes para raios-Xsensibilizados em uma face

3701.10.29 Outras chapas e filmes para raios-X

3702.10.10 Filmes especiais para raios-Xsensibilizados em uma face

3702.10.20 Filmes especiais para raios-Xsensibilizados em ambas as faces

3917.40.00 Conector completo com tampa

8421.29.11 Hemodialisador capilar

8479.89.99 Reprocessador de filtros utilizados emhemodiálise (Convênio ICMS 36/06)

9018.39.21 Sonda para nutrição enteral

9018.39.22 Catéter balão para embolectomia arterialou venosa

9018.39.29 Catéter ureteral duplo "rabo de porco"

Catéter para subclavia duplo lúmen parahemodiálise

Guia metálico para introdução de catéterduplo lúmen

Dilatador para implante de catéter duplolúmen

Catéter balão para septostomia

Catéter balão para angioplastia,recém-nato, lactente, "Berrmann"

Catéter balão para angioplastiatransluminal percuta

Catéter guia para angioplastiatransluminal percuta

Catéter balão para valvoplastia

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Guia de troca para angioplastia

Catéter multipolar (estudoletrofisiológico/ diagnóstico)

Catéter multipolar (estudoeletrofisiológico/

terapêutico)

Catéter atrial/peritoneal

Catéter ventricular com reservatório

Conjunto de catéter de drenagem externa

Catéter ventricular isolado

Catéter total implantável para infusãoquimioterápica

Introdutor para catéter com e sem válvula

Catéter de termodiluição

Catéter "tenckhoff" ou similar de longapermanência para diálise peritoneal

Kit cânula

Conjunto para autotransfusão

Dreno para sucção

Cânula para traqueostomia sem balão

Sistema de drenagem mediastinal

9018.90.10 Oxigenador de bolha com tubos paraCirculação Extra Corpórea

Oxigenador de membrana com tubos paraCirculação Extra Corpórea

Hemoconcentrador para Circulação ExtraCorpórea

Reservatório para cardioplegia com tubosem filtro

9018.90.40 Rins artificiais

9018.90.95 Clips para aneurisma

Kit grampeador intraluminar Sap

Kit grampeador linear cortante

Kit grampeador linear cortante + umacarga

Kit grampeador linear cortante + duas

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

cargas

Grampos de "Blount"

Grampos de "Coventry"

Clips venoso de prata

9018.90.99 Bolsa para drenagem

Linhas arteriais

Conjunto descartável de circulaçãoassistida

Conjunto descartável de balãointra-aórtico

9021.10.20 Parafuso para componente acetabular

Placa com finalidade específica L/T/Y

Placa auto compressão largura ate 15 mmcomprimento até 150 mm

Placa auto compressão largura até 15 mmcomprimemto acima 150 mm

Placa auto compressão largura até 15 mmpara uso parafuso 3,5 mm

Placa auto compressão largura acima 15 mmcomprimento até 220 mm

Placa auto compressão largura acima 15 mmcomprimento acima 220 mm

Placa reta auto compressão estreita(abaixo 16 mm)

Placa semitubular para parafuso 4,5 mm

Placa semitubular para parafuso 3,5 mm

Placa semitubular para parafuso 2,7 mm

Placa angulada perfil "U" osteotomia

Placa angulada perfil "U" autocompressão

Conjunto placa angular (placa tubo +parafuso deslizante + contra- parafuso)

Placa "Jewett" comprimento até 150 mm

Placa "Jewett" comprimento acima 150 mm

Conjunto placa tipo "coventry" (placa eparafuso pediátrico)

Placa com finalidade específica - todaspara parafuso até 3,5 mm

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Placa com finalidade específica - todaspara parafuso acima 3,5 mm

Placa com finalidade específica - cobrapara parafuso 4,5 mm

Haste intramedular de "ender"

Haste de compressão

Haste de distração

Haste de "luque" lisa

Haste de "luque" em "L"

Haste intramedular de "rush"

Retângulo tipo "hartshill" ou similar

Haste intramedular de "Kuntscher" tibialbifenestrada

Haste intramedular de "Kuntscher" femural

bifenestrada

Arruela para parafuso

Arruela em "C"

Gancho superior de distração (todos)

Gancho inferior de distração (todos)

Ganchos de compressão (todos)

Arruela dentada para ligamento

Pino de "Kknowles"

Pino tipo "Barr" e Tibiais

Pino de "Gouffon"

Prego "OPS"

Parafuso cortical, diâmetro de 4,5 mm

Parafuso cortical diâmetro >= a 4,5 mm

Parafuso maleolar (todos)

Parafuso esponjoso, diâmetro de 6,5 mm

Parafuso esponjoso, diâmetro de 4,0 mm

Porca para haste de compressão

Fio liso de "Kirschner"

Fio liso de "Steinmann"

Prego intramedular "rush"

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Fio rosqueado de "Kirschner"

Fio rosqueado de "Steinmann"

Fio maleável (sutura ou cerclagemdiâmetro menor 1,00 mm por metro)

Fio maleável (sutura ou cerclagemdiâmetro >= 1,00 mm por metro)

Fio maleável tipo "luque" diâmetro =>1,00 mm

Fixador dinâmico para mão ou pé

Fixador dinâmico para buco-maxilo-facial

Fixador dinâmico para rádio, ulna ouúmero

Fixador dinâmico para pelve

Fixador dinâmico para tíbia

Fixador dinâmico para fêmur

9021.31.10 Endoprótese total biarticulada

Componente femural não cimentado

Componente femural não cimentado pararevisão

Cabeça intercambiável

Componente femural

Prótese de quadril "thompson" normal

Componente total femural cimentado

Componente femural parcial sem cabeça

Componente femural total cimentado semcabeça

Endoprótese femural distal comarticulação

Endoprótese femural proximal

Endoprótese femural diafisária

9021.31.90 Espaçador de tendão

Prótese de silicone

Componente acetabular metálico +polietileno

Componente acetabular metálico +polietileno para revisão

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Componente patelar

Componente base tibial

Componente patelar não cimentado

Componente "plateau" tibial

Componente acetabular "charnley"convencional

Tela de reforço de fundo acetabular

Restritor de cimento acetabular

Restritor de cimento femural

Anel de reforço acetabular

Componente acetabular polietileno pararevisão

Componente umeral

Prótese total de cotovelo

Prótese ligamentar qualquer segmento

Componente glenoidal

Endoprótese umeral distal com articulação

Endoprótese umeral proximal

Endoprótese umeral total

Endoprótese umeral diafisária

Endoprótese proximal com articulação

Endoprótese diafisária

9021.39.11 Prótese valvular mecânica de bola

Anel para aneloplastia valvular

Prótese valvular mecânica de duplofolheto

Prótese valvular mecânica de baixo perfil(disco)

9021.39.19 Prótese valvular biológica

9021.39.30 Enxerto arterial tubular bifurcadoinorgânico

Enxerto arterial tubular orgânico

Enxerto arterial tubular valvado orgânico

9021.39.80 Prótese para esôfago

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Tubo de ventilação de "teflon" ousilicone

Prótese de aço - "teflon"

"Patch" inorgânico (por cm2)

"Patch" orgânico (por cm2)

9021.50.00 Marcapasso cardíaco multiprogramável comtelimetria

Marcapasso cardíaco câmara dupla

9021.90.19 Filtro de linha arterial

Reservatório de cardiotomia

Filtro de sangue arterial pararecirculação

Filtro para cardioplegia

9021.90.81 implantes expandíveis, de aço inoxidável,para dilatar artérias - “stents” (Convênio ICMS113/05)

9021.90.89 Conjunto para hidrocefalia de baixoperfil

Coletor para unidade de drenagem externa

"Shunt" lombo-peritonal

Conector em "Y"

Conjunto para hidrocefalia "standard"

Válvula para hidrocefalia

Válvula para tratamento de ascite

9021.90.91 Introdutor de punção para implante deeletrodo endocárdico

Eletrodo para marcapasso temporárioendocárdico

Eletrodo endocárdico definitivo

Eletrodo epicárdico definitivo

Eletrodo para marcapasso temporárioepicárdico

9021.90.99 Substituto temporário de pele(biológica/sintética) (por cm2)

Enxerto tubular de "ptfe" (por cm2)

Enxerto arterial tubular inorgânico

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Botão para crânio

Cabe destacar que a posição 9021 da NCM nãoidentifica especificamente as mercadorias, mas tão-somentecongrega uma categoria delas. Desta forma, quando odispositivo isencional faz menção a determinado código NBM/SHou NCM, não toma por contidas no benefício as demaismercadorias integrantes da posição que as agrupa. De fato, nasRegras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado,consta expressamente que “Os títulos das Seções, Capítulos eSubcapítulos têm apenas valor indicativo”.

Assim, se a isenção é conferida apenas àsmercadorias classificadas, por exemplo, nos códigos 9021.10.10e 9021.10.20, não basta a determinada mercadoria pertencer àposição 9021 para que o direito ao benefício se configure.

De igual maneira, se o dispositivo da isençãoestabelece que o direito à fruição é concedido a certamercadoria, especificando a descrição e o código NBM/SH, oenquadramento deve necessariamente ocorrer em relação a ambos,descrição e código.

Quanto à efetiva classificação das mercadorias,no entanto, é certo que, muito embora seja responsabilidade daconsulente efetuá-la, a competência para exercer oficialmentea classificação é da Secretaria da Receita Federal, emespecial na ocorrência de dúvida do contribuinte, fato estemanifesto, não somente pela busca de parecer jurídico externo,como pelo enquadramento e tratamento tributário que tem sidoadotado pela consulente.

Com efeito, assim já se posicionou este SetorConsultivo:

(...) no sistema brasileiro, a competência paramanifestar-se sobre enquadramentos de produtos, combase na NBM, é da Receita Federal, a cujo órgão aconsulente deve se dirigir, caso permaneça dúvida seseus produtos se enquadram ou não nos conceitos retroelencados. (Consulta n. 215/1991)

(...) não compete à Comissão Consultiva emitirparecer técnico quanto à natureza de um produto parafins de enquadramento na Nomenclatura Brasileira deMercadorias - Sistema Harmonizado - NBM/SH. Esta

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atribuição é realizada pela Secretaria da ReceitaFederal, a cujo órgão o contribuinte deve socorrer-seem caso de dúvida ou inexistência de classificação.(Consulta n. 171/1996)

No que pertine (...) à correção ou não daclassificação fiscal utilizada pelo seu fornecedor nacomercialização de silicone, este Setor Consultivodeixa de responder em face de que a competência parase manifestar quanto à matéria é da Secretaria daReceita Federal, conforme dispõe o art. 48, § 1º daLei Federal n.º 9.430, de 27/12/1996. (Consulta n.127/2002)

Enfatiza-se, por pertinente, que não é competênciadeste Setor Consultivo promover a classificação dasmercadorias perante a NBM/SH, sendo esta umaincumbência da própria consulente junto aos órgãoscompetentes. (Consulta n. 47/2006)

Verificada a deficiência de instrução vinculadaà situação de direito da consulta, o que se configurou pelafalta do posicionamento da Secretaria da Receita Federal, naforma da legislação federal, para determinação da efetiva eoficial classificação das mercadorias, a consulente foiexpressamente instada a apresentá-lo.

Inobstante, a consulente aduz não dispor de talmanifestação e afirma que suas dúvidas dissiparam-se a partirde parecer jurídico externo emitido em prol da ABIMO –Associação Brasileira da Indústria de Artigos e EquipamentosMédicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios.

Entretanto, a apresentação do referido parecerde consultoria, por si só, não se revela suficiente a conferirgrau de certeza à classificação empreendida, dada a ausênciade oficialidade e de força impositiva de suas conclusões.

Por seu turno, assim se apresenta o Capítulo 90da Seção XVIII da NCM:

90.21 Artigos e aparelhos ortopédicos, incluídas ascintas e fundas médico-cirúrgicas e as muletas;talas, goteiras e outros artigos e aparelhos parafraturas; artigos e aparelhos de prótese; aparelhos

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para facilitar a audição dos surdos e outrosaparelhos para compensar deficiências ouenfermidades, que se destinam a ser transportados àmão ou sobre as pessoas ou a ser implantados noorganismo.

9021.10 -Artigos e aparelhos ortopédicos ou parafraturas

9021.10.10 Artigos e aparelhos ortopédicos

9021.10.20 Artigos e aparelhos para fraturas

9021.10.9 Partes e acessórios

9021.10.91 De artigos e aparelhos de ortopedia,articulados

9021.10.99 Outros

9021.2 -Artigos e aparelhos de prótese dentária:

9021.21 --Dentes artificiais

9021.21.10 De acrílico

9021.21.90 Outros

9021.29.00 --Outros

9021.3 -Outros artigos e aparelhos de prótese:

9021.31 --Próteses articulares

9021.31.10 Femurais

9021.31.20 Mioelétricas

9021.31.90 Outras

9021.39 --Outros

9021.39.1 Válvulas cardíacas

9021.39.11 Mecânicas

9021.39.19 Outras

9021.39.20 Lentes intraoculares

9021.39.30 Próteses de artérias vasculares revestidas

9021.39.40 Próteses mamárias não implantáveis

9021.39.80 Outros

9021.39.9 Partes e acessórios

9021.39.91 Partes de próteses modulares quesubstituem membros superiores ou inferiores

9021.39.99 Outros

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

9021.40.00 -Aparelhos para facilitar a audição dossurdos, exceto as partes e acessórios

9021.50.00 -Marca-passos (estimuladores) cardíacos,exceto as partes e acessórios

9021.90 -Outros

9021.90.1 Aparelhos que se implantam no organismopara compensar um defeito ou uma incapacidade

9021.90.11 Cardiodesfibriladores automáticos

9021.90.19 Outros

9021.90.8 Outros

9021.90.81 Implantes expandíveis, de aço inoxidável,para dilatar artérias (“Stents”), mesmo montadossobre cateter do tipo balão

9021.90.82 Oclusores interauriculares constituídospor uma malha de fios de níquel e titânio preenchida com tecido de poliéster, mesmoapresentados com seu respectivo cateter

9021.90.89 Outros

9021.90.9 Partes e acessórios

9021.90.91 De marca-passos (estimuladores) cardíacos

9021.90.92 De aparelhos para facilitar a audição dossurdos

9021.90.99 Outros

Do contido na norma antes transcrita, nota-seque materiais a serem implantados no organismo estão alocadosem códigos diversos dos aventados pela consulente. De outroprisma, se considerado que os implantes em questão simulam ebuscam substituir as funções da raiz de dentes naturais, bemassim que se destinam a recepcionar dentes artificiais oupróteses dentárias, formando um conjunto, observar-se-á,também, classificação distinta da pretendida pela consulente.

Posto isto, não se denota que os produtoselencados pela consulente estejam insertos dentre aquelesarrolados nos itens 23 e 45 do Anexo I do Regulamento do ICMS,não sendo passíveis, portanto, da isenção do impostopostulada.

Ressalva-se, no entanto, tendo em vista a grandediversidade de produtos fabricados pela consulente, que não

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.resta afastado o benefício fiscal no caso de específico eefetivo enquadramento de produtos no rol daquelesestabelecidos no mencionado item 45, como também no caso deque os produtos sejam empregados na solução de fraturas, comodisposto no item 23, alínea “d”.

Resta prejudicada, assim, a resposta acerca dacogitada restituição do imposto que a consulente entendeindevidamente pago, fato que não impede destacar que, sendo oICMS um imposto indireto, sua restituição sujeita-se às regrasdefinidas no artigo 166 do CTN, bem como do caput e § 2º doartigo 30 da Lei n. 11.580/96, que se transcreve:

Art. 30. As quantias indevidamente recolhidas aoEstado serão restituídas, mediante requerimento aoSecretário da Fazenda, cuja decisão poderá serdelegada, desde que o contribuinte ou responsávelproduza prova de que o respectivo valor não tenhasido recebido de terceiros.

... omissis ...

§ 2º O contribuinte ou responsável, expressamenteautorizado pelo terceiro, a quem o encargo relativoao ICMS tenha sido transferido, poderá pleitear arestituição do tributo indevidamente pago.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir daciência desta, terá a consulente, em observância ao artigo 591do Regulamento do ICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequaros seus procedimentos em conformidade com o que foi aquiesclarecido, no caso de que eventualmente os esteja praticandodiversamente.

PROTOCOLO Nº: 9.015.452-4

CONSULTA Nº: 37, de 16 de abril de 2007

CONSULENTE: COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL COPAGRIL

SÚMULA: ICMS. ÓLEO DIESEL. VENDA A RETALHO COMENTREGA NO DOMICÍLIO DO CONSUMIDOR. POSTOREVENDEDOR. IMPOSSIBILIDADE.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

RELATORA: LIMI OIKAWA

A Consulente, pessoa jurídica do ramo deComércio Atacadista de Cereais e Comércio Varejista de OutrosProdutos não Especificados, localizado na cidade de MarechalCândido Rondon – PR, informa que concentra sua ação naarmazenagem e comercialização de produção de cereais de seusassociados e demais produtores nas regiões que atua, bem comoos insumos destinados ao seu cultivo, sendo que oestabelecimento que formulou a consulta encontra-se cadastradocom o CNAE 4623-1/99 – “Comércio atacadista de matérias-primasagrícolas não especificadas anteriormente”.

Assevera que também possui à disposição de seusassociados e clientes dois estabelecimentos varejistas decomércio de combustíveis (Posto de Gasolina), e que pretendecomercializar óleo diesel com empresa de transporte depassageiros. Como o volume do combustível a sercomercializado é relevante, sugeriu-se utilizar o caminhãotanque da Cooperativa para retirar o produto na refinaria edescarregar a quantidade vendida à empresa de transportes,diretamente no tanque que a mesma possui para atender a suafrota, reduzindo assim o custo com o transporte.

Todavia, esta operação apresenta dificuldades nosentido de efetuar o registro na bomba medidora e nosequipamentos para a distribuição de combustíveis, que são osinstrumentos de controle do Fisco, uma vez que o óleo dieselnão chegará a entrar nos tanques da Cooperativa.

Assim, pretende emitir nota fiscal de vendamodelo 1, no momento da comercialização, como faz com osdemais clientes, conforme prevê o art. 116, I, do RICMS,entretanto, para manter o controle do Fisco Estadual, tencionaregistrar apenas essa Nota Fiscal utilizada na operação com aempresa de transporte no Livro de Movimentação de Combustíveis(LMC), substituindo o registro da bomba medidora por umdocumento fiscal demonstrado no Livro.

Desta forma, questiona qual seria a formacorreta de efetuar o registro destas vendas nos livrosregulamentares.

RESPOSTA

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Primeiramente, deve-se enfatizar que asatividades relacionadas a combustíveis são reguladas edefinidas pela ANP – Agência Nacional de Petróleo, GásNatural e Biocombustíveis.

A atividade de Comércio Varejista deCombustíveis – Posto Revendedor, encontra-se regulamentadapor meio da Portaria ANP nº 116/2000 que preceitua:

PORTARIA ANP Nº 116, DE 5 DE JULHO DE 2000

Art. 1º Fica regulamentado, pela presente Portaria, oexercício da atividade de revenda varejista decombustível automotivo.

Art. 2º A atividade de revenda varejista consiste nacomercialização de combustível automotivo emestabelecimento denominado posto revendedor.

...

Das Obrigações do Revendedor Varejista

...

Art.10. O revendedor varejista obriga-se a:

I - adquirir combustível automotivo no atacado erevendê-lo a varejo;

...

III - fornecer combustível automotivo somente porintermédio de equipamento medidor, denominado bombaabastecedora, aferida e certificada pelo InstitutoNacional de Metrologia, Normalização e QualidadeIndustrial - INMETRO ou por empresa por elecredenciada, sendo vedada a entrega no domicílio doconsumidor;

Já a atividade de Transportador RevendedorRetalhista – TRR é regulamentada pela Resolução ANP nº 8, de06.03.2007 (que revogou a Portaria nº 201/99), que assimdispõe:

Das Disposições Gerais

Art. 1º Ficam estabelecidos, pela presente Resolução,os requisitos necessários à autorização para oexercício da atividade de

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Transportador-Revendedor-Retalhista (TRR) e a suaregulamentação.

§ 1º A atividade de que trata o caput deste artigo,considerada de utilidade pública, compreende:

...

IV) a revenda a retalho com entrega ao consumidor; e

Art. 3º A atividade de TRR somente poderá serexercida por empresa, constituída sob as leisbrasileiras, que possuir autorização da ANP.

Art. 17. O TRR somente poderá revender ao consumidorfinal:

I) combustível a retalho com entrega em ponto deabastecimento localizado no domicílio do consumidor;

II) combustível a retalho para abastecimento diretode máquinas e veículos que possuam restrição delocomoção, dificuldades operacionais ou que estejamem locais de difícil deslocamento; e

III) óleos lubrificantes e graxas envasados.

§ 1º No caso de entrega de combustíveis em ponto deabastecimento, o TRR é responsável por abastecersomente instalação que atenda à legislação aplicávelda ANP e do órgão ambiental.

§ 2º Fica permitido o abastecimento de embarcaçõesmarítimas ou fluviais, observada a legislação desegurança e ambiental aplicável.

Art. 18. Ficam vedados o compartilhamento e a cessãode espaço de instalação de armazenamento decombustíveis entre TRR e destes com distribuidores,revendedores varejistas de combustíveis eimportadores.

A ANP, ao definir a forma de atuação das duasatividades, identificadas como Posto Revendedor e TRR,procurou distingui-las de forma que não se sobrepusessem assuas atribuições.

Conforme consta da base de dados da ANP, aConsulente possui registro no referido órgão apenas para aatividade de Revendedor (Posto).

Na definição da ANP, a atividade de PostoRevendedor, identifica-se pela comercialização de combustívelsomente em um determinado local, não havendo o comércio

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.ambulante e também não sendo exigido que o contribuintepossua veículos para transporte de combustíveis e outrosrequisitos exigido no art. 12 da Resolução ANP nº 08/2007,obrigando-se a fornecer combustível automotivo somente porintermédio de equipamento medidor, denominado “bombaabastecedora”.

Já a nova modalidade questionada pelaConsulente enquadra-se na atividade atribuída às TRR´s, quese caracteriza pela aquisição de produtos a granel e suarevenda a retalho, com entrega no domicilio do consumidor.Portanto, a Consulente deve registrar-se na ANP na modalidadede TRR, para exercer a atividade pretendida.

Transcreve-se, também, a legislação paranaensena parte pertinente ao sistema de segurança e controle dofisco estadual em relação a operações com combustíveis,disposto no RICMS, aprovado pelo Decreto nº 5.141/2001,especificamente os artigos 578-A e 578-C:

DO SISTEMA DE SEGURANÇA DAS BOMBAS MEDIDORAS E DOSEQUIPAMENTOS PARA A DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS

Art. 578-A. A bomba medidora e os equipamentos para adistribuição de combustíveis passam a ser adotadoscomo instrumentos de controle fiscal das operações desaídas de combustíveis praticadas pelos seususuários.

§ 1º Para os fins do disposto neste artigo:

a) bomba medidora é o equipamento de uso regular eobrigatório dos estabelecimentos varejistas decombustíveis;

b) equipamento para distribuição de combustíveis é oequipamento de uso dos estabelecimentos fornecedoresde combustíveis não enquadrados na hipótese da alíneaanterior.

§ 2º O controle fiscal consiste na utilização dosdados registrados nesses equipamentos para efeito deacompanhamento das saídas de combustíveis dosestabelecimentos usuários.

...

Art. 578-C. O contribuinte possuidor de bombamedidora ou de equipamento para distribuição decombustíveis deverá:

I - fornecer combustível somente por meio da bomba

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

medidora, no caso de estabelecimento revendedorvarejista;

(grifos nossos)

Pelos dispositivos legais acima transcritos,pertinentes ao ICMS, é vedado ao Posto Revendedor ofornecimento de combustíveis sem a passagem pela bombamedidora.

Desta forma, pode-se concluir que a operaçãoquestionada pela consulente não se enquadra no ramo deatividade exercido, segundo as normas do orgão regulador –ANP, bem como em relação à legislação do ICMS.

Do exposto, a consulente terá, de acordo com oart. 591 do RICMS/01, o prazo de quinze dias para efetuar aadequação ao aqui explanado.

PROTOCOLO: 9.160.652-6

CONSULTA Nº: 38, de 19 de abril de 2007

CONSULENTE: ZORTÉA CONSTRUÇÕES LTDA.

SÚMULA: ICMS. EMPRESA DE CONSTRUÇÃO CIVILESTABELECIDA EM OUTRO ESTADO DA FEDERAÇÃO.INSCRIÇÃO. CANTEIRO DE OBRAS. DIFERENCIAL DEALÍQUOTAS.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente, atuando no ramo da construçãocivil, inscrita no cadastro de contribuintes do Estado do MatoGrosso do Sul, informa que executa obras por administração, emcontrato de empreitada e subempreitada, com ou semfornecimento de material, e que, no caso de fornecer omaterial adquirido de terceiros, o faz a preço de custo.

Expõe que o Estado do Mato Grosso do Sul ésignatário do Convênio ICMS 137/02 e que instituiu, em sualegislação, o Certificado de Contribuinte como requisito àempresa de construção civil comprovar sua condição decontribuinte. Tendo em vista que a Consulente executa apenasatividade inserida no campo de incidência do ISS não lhe foiconcedido tal certificado, assim, não é contribuinte doimposto estadual.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

A Consulente, considerando sua atividade, aduzque executa serviço de construção civil em quase todas asunidades da Federação e que os canteiros de obras não sãotidos como empresa e tampouco estabelecimentos, razão pelaqual não precisaria inscrever-se no cadastro de contribuintes.

Entende que a remessa de mercadoria, máquinas,equipamentos e material destinado ao uso ou consumo deve seracobertada por nota fiscal – modelo 1 – e o retornoacompanhada de nota fiscal emitida pela Consulente.

Apresenta, também, entendimento de que não estásujeita ao pagamento do diferencial de alíquotas à entrada noterritório paranaense de mercadoria adquirida de terceiros eremetida pela Consulente a preço de custo para emprego naobra, bem como de máquinas, veículos, ferramentas e utensíliospara prestação de serviços no canteiro de obras.

Ante o exposto indaga:

1) Deve inscrever o canteiro de obras nocadastro de contribuintes do ICMS?

2) Na hipótese de dispensa da inscrição nocadastro de contribuintes do ICMS é correto acobertar otrânsito de mercadorias não utilizadas na obra, de bens doativo fixo e material destinado ao uso ou consumo, com notafiscal emitida para acobertar a entrada?

3) Na entrada no território paranaense demáquinas, veículos, ferramentas e utensílios para prestação deserviços nas obras contratadas, remetidos pela Consulente,haverá incidência do diferencial de alíquotas?

4) Na entrada de mercadoria adquirida deterceiros e entregues por estes no canteiro de obra daConsulente situado em território paranaense, tributada aalíquota interna dos remetentes, haverá diferencial dealíquotas?

RESPOSTA

A Consulente, empresa de outro Estado, operandosomente em canteiros de obras e não possuindo estabelecimentono Estado do Paraná, está desobrigada de inscrição noCAD/ICMS, inteligência do artigo 285 do Regulamento do ICMS,aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001, que abaixo se transcreve:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Art. 285. A empresa de construção civil deverá manterinscrição no CAD/ICMS, em relação a cadaestabelecimento, para cumprimento das obrigaçõesprevistas neste Regulamento.

Em relação a segunda indagação, a consulentepode documentar o retorno ao seu estabelecimento dos bens,utilizados em canteiro de obras no Paraná, mediante a notafiscal mencionada.

Quanto ao já abordado transcreve-se excertos daConsulta n. 35, de 05 de maio de 2005:

“Considerando as afirmações da consulente: serempresa de outro Estado, operar em canteiro deobras, prestar serviços fora do campo de incidênciado ICMS, está desobrigada de inscrição no CAD/ICMS,pois não mantém estabelecimento no Estado do Paraná.

Tem-se, em conseqüência que, tratando-se de bens daconsulente (equipamentos, acessórios e produtosutilizados nos serviços de perfurações e detonações)podem os mesmos serem transportados acompanhados dequalquer documento que identifique a origem edestino, descrição e finalidade.

Desta forma e com estas observações, no retorno, nãohá óbice de que seja discriminado no verso da notafiscal os bens que estão retornando, por não teremsido utilizados, conforme orientação do FiscoCatarinense.”

Lembra-se o expresso no Regulamento do ICMS emrelação a estabelecimento paranaense:

Art. 288. O estabelecimento inscrito sempre quepromover saída de mercadoria ou transmissão de suapropriedade fica obrigado à emissão de nota fiscal.

§ 1º ...

§ 2º Tratando-se de operação não sujeita ao ICMS, amovimentação de mercadoria ou outro bem móvel, entreos estabelecimentos do mesmo titular, entre estes e aobra ou de uma para outra obra será feita mediante a

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

emissão de nota fiscal, com as indicações dos locaisde procedência e destino.

Quanto ao denominado diferencial de alíquotas,terceiro e quarto quesitos, estabelece a Constituição daRepública:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federalinstituir impostos sobre:

I - ...

II - operações relativas à circulação de mercadoriase sobre prestações de serviços de transporteinterestadual e intermunicipal e de comunicação,ainda que as operações e as prestações se iniciem noexterior;

...

§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá aoseguinte:

I -...

VII - em relação às operações e prestações quedestinem bens e serviços a consumidor finallocalizado em outro Estado, adotar-se-á:

a) a alíquota interestadual, quando o destinatáriofor contribuinte do imposto;

b) a alíquota interna, quando o destinatário não forcontribuinte dele;

VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior,caberá ao Estado da localização do destinatário oimposto correspondente à diferença entre a alíquotainterna e a interestadual;

Destarte, conclui-se que, inobstante os produtosserem empregados em canteiros de obras localizados nesteEstado, não há diferença de tributo a exigir pois o imposto,se devido, é ao Estado de origem, porquanto adquiridos porempresa consumidora final situada em outra unidade daFederação (MS) e que neste Estado não possui estabelecimento,mas somente canteiro de obra.

Caso a Consulente esteja procedendodiferentemente do contido nessa resposta, em razão da

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.determinação do artigo 591 do RICMS/2001, tem o prazo de 15dias, a partir da ciência desta, para adequar-se.

PROTOCOLO: 8.542.234-0

CONSULTA Nº: 39, de 19 de abril de 2007

CONSULENTE: CELLSITE TELECOMUNICAÇÕES LTDA.

ASSUNTO: ICMS. INSTALAÇÃO DE SISTEMAS DETELECOMUNICAÇÕES. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO EOBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS.

RELATORA: LEONORA GARAN

A consulente, empresa inscrita no cadastro decontribuintes, tanto do imposto municipal, como estadual,expõe que opera com a execução de projetos telefônicos e desistemas de telecomunicações, laborando desde a parte deviabilidade técnica até o fornecimento, instalação emanutenção destes sistemas, sendo que a maior parte dosserviços contratados são executados em outros Estados, commateriais adquiridos pelos clientes junto aos seusfornecedores. Esclarece que, quando o contrato é global(prestação de serviços com fornecimento de materiais), oscomponentes são incorporados ao custo, e é emitida Nota Fiscalde Prestação de Serviços sem a incidência do ICMS, com base nodisposto no art. 4º, inc. V da Lei n. 11.580/96. Aduz que,esporadicamente, alguns clientes solicitam o serviço e osmateriais, conforme cópia de contrato e respectivos anexos, enestes casos, emite nota fiscal de venda. Manifesta seuentendimento de que sua atividade está sujeita exclusivamenteao ISS, por ser considerada como “construção civil”.

Isto posto, indaga quais os procedimentos aserem adotados para o transporte destes materiais ao local daobra, que tanto podem ocorrer dentro do Estado como paraoutras unidades da Federação. Questiona se há necessidade deemitir notas fiscais, e sendo positiva a resposta, pergunta sehá necessidade de autorização para sua emissão e quais asobservações que devem constar destes documentos.

RESPOSTA

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Transcreve-se, inicialmente, o art. 1º, § 2º, oart. 7º, § 2º, inc. I, da Lei Complementar n. 116, de31/07/2003, bem como os itens da Lista de Serviços a elaanexada, que são pertinentes às atividades desenvolvidas pelaConsulente , “verbis”:

“LEI COMPLEMENTAR N. 116, DE 31 DE JULHO DE2003

Art. 1º - ...

§ 2º Ressalvadas as exceções expressas na listaanexa, os serviços nela mencionados não ficamsujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas àCirculação de Mercadorias e Prestações de Serviçosde Transporte Interestadual e Intermunicipal e deComunicação - ICMS, ainda que sua prestaçãoenvolva fornecimento de mercadorias.

Art 7º A base de cálculo do imposto é o preço doserviço.

(...)

§ 2º Não se incluem na base de cálculo do ImpostoSobre Serviços de Qualquer Natureza:

I – o valor dos materiais fornecidos peloprestador dos serviços previstos nos itens 7.02 e7.05 da lista de serviços anexa a esta LeiComplementar;

LISTA DE SERVIÇOS ANEXA À LEI COMPLEMENTAR Nº 116, DE31 DE JULHO DE 2003.

7. Serviços relativos à engenharia,arquitetura, geologia, urbanismo, construçãocivil, manutenção, limpeza, meio ambiente,saneamento e congêneres.

(...)

7.02. Execução, por administração,empreitada ou subempreitada, de obrasde construção civil, hidráulica ou elétricae de outras obras semelhantes, inclusivesondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem

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e irrigação, terraplanagem, pavimentação,concretagem e a instalação e montagem de produtos,peças e equipamentos (exceto o fornecimentode mercadorias produzidas pelo prestador deserviços fora do local da prestação dos serviços,que fica sujeito ao ICMS).

...

7.03. Elaboração de planos diretores, estudos deviabilidade, estudos organizacionais e outros,relacionados com obras e serviços de engenharia, elaboração de anteprojetos, projetos básicos eprojetos executivos para trabalhos deengenharia.

...

7.19. Acompanhamento e fiscalização daexecução de obras de engenharia, arquiteturae urbanismo.

...

14. Serviços relativos a bens de terceiros.

14.01. Lubrificação, limpeza, lustração,revisão, carga e recarga, conserto,restauração, blindagem, manutenção econservação de máquinas, veículos, aparelhos,equipamentos, motores, elevadores ou de qualquerobjeto (exceto peças e partes empregadas, que ficamsujeitas ao ICMS).

14.02. Assistência técnica.

...

14.06. Instalação e montagem de aparelhos, máquinas eequipamentos, inclusive montagemindustrial, prestados ao usuário final, exclusivamente com material por ele fornecido.

31. 01. Serviços técnicos em eletrônica,eletrotécnica, mecânica, telecomunicações econgêneres” - (grifou-se)

Sobre a matéria dispõe a legislação paranaense,no art. 2º, inc. IV e V e art. 4º, inc. V da Lei n.11.580/1996, e no art. 287, inc. I e II do Regulamento doICMS do Paraná, aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001, “verbis”:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

“Lei 11.580/1996:

...

Art. 2º O imposto incide sobre:

...

IV – fornecimento de mercadorias com prestação deserviços não compreendidos na competência tributáriados Municípios;

V - o fornecimento de mercadorias com prestaçãode serviços sujeitos ao imposto sobre serviços,de competência tributária dos Municípios,quando a lei complementar aplicávelexpressamente o sujeitar à incidência do impostoestadual;

...

Art. 4º. O imposto não incide sobre:

...

V - operações relativas a mercadorias quetenham sido ou que se destinem a ser utilizadasna prestação, pelo próprio autor da saída, de serviço de qualquer natureza definido em leicomplementar como sujeito ao imposto sobreserviços, de competência tributária dosMunicípios, ressalvadas as hipóteses previstas namesma lei complementar;

RICMS/2001

...

Art. 287. Em relação à construção civil o ICMS serádevido, dentre outras hipóteses:

I - na saída de materiais, inclusive sobras eresíduos decorrentes da obra executada, oude demolição, quando remetidos a terceiros;

II - no fornecimento de casas e edificaçõespré-fabricadas e nos demais casos de execução,por administração, empreitada ou sub-empreitadade construção civil, de obras hidráulicas e deoutras semelhantes, inclusive serviçosauxiliares ou complementares, quando as

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

mercadorias fornecidas forem produzidas pelopróprio prestador fora do local da prestaçãodos serviços;”

(grifou-se)

Levando-se em conta a diversidade de situaçõesapresentadas pela Consulente, conforme consta de cláusulasespecíficas dos contratos anexados (Contratos de Empreitadade Pequenas Obras/Serviços de Infra Estrutura de Rede eContratos de Prestação de Serviços), bem como do objeto socialdescrito no instrumento constitutivo da empresa, econsiderando, ainda, o princípio da especificidade(sobreposição da norma específica à norma genérica) na análiseda legislação posta, passamos a esclarecer as dúvidassuscitadas:

a) nos casos em que há fornecimento de materiaispelos clientes da Consulente, ocorre típica prestação deserviços, não sujeita ao imposto estadual (item 14.06 da Listade Serviços);

b) nos casos em que a Consulente fornece osmateriais necessários à execução dos serviços previstos noítem 31.01 da Lista de Serviços, se adquiridos de terceiros,ainda assim trata-se somente de prestação de serviços, nãotributados pelo imposto estadual (art. 1º, § 2º da LC 116/03);

c) nos casos em que ocorre venda de mercadoriascom instalação, há incidência do ICMS sobre o valor total, ouseja, serviços e materiais (art. 1º, § 2º da LC 116/03 e item14.06 da Lista de Serviços; art. 2º, inc. IV da Lei n.11580/96);

d) nos casos em que houver execução deempreitada ou subempreitada de obras/serviços de infraestrutura de rede, a que se referem os contratos anexados,havendo fornecimento de mercadorias produzidas pela Consulentefora do local da prestação dos serviços, estas ficam sujeitasao ICMS (item 7.02 da Lista de Serviços; art. 2º, inc. V daLei n. 11.580/96, e art. 287, inc. II do RICMS/PR);

e) nos casos em que a Consulente efetuarconserto ou assistência técnica de “equipamentos e componenteseletrônicos de telecomunicações”, há incidência do ICMS sobreas peças e partes empregadas (itens 14.01 e 14.02 da Lista deServiços e art. 2º, inc. IV e V da Lei n. 11.580/96.

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Relativamente à indagação acerca daobrigatoriedade de emissão de notas fiscais, bem como quantoàs observações que nelas devem constar, dispõe o art. 288 erespectivos parágrafos, do RICMS/2001, “verbis”:

“Art. 288. O estabelecimento inscrito sempre quepromover saída de mercadoria ou transmissão de suapropriedade fica obrigado à emissão de nota fiscal”.

§ 1º Na hipótese da mercadoria ser retiradadiretamente do local da obra, tal fato seráconsignado no campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES” do quadro “DADOS ADICIONAIS” danota fiscal, indicando-se, além dos requisitosexigidos, o endereço desta.

§ 2º Tratando-se de operação não sujeita ao ICMS, amovimentação de mercadoria ou outro bem móvel,entre os estabelecimentos do mesmo titular, entreestes e a obra ou de uma para outra obra será feitamediante a emissão de nota fiscal, com as indicaçõesdos locais de procedência e destino.

§ 3º A mercadoria adquirida de terceirospoderá ser remetida diretamente para a obra, desdeque no documento fiscal constem o nome o endereço eos números de inscrição, estadual e no CNPJ, daempresa de construção, bem como a indicação expressado local onde será entregue.- (grifou-se)

Sobre a necessidade de prévia autorização doFisco para a impressão de notas fiscais, dispõe o art. 212 erespectivos parágrafos, do RICMS/2001 “verbis”:

“Art. 212. Os documentos fiscais, inclusive osaprovados em regime especial, só poderão serimpressos mediante prévia autorização darepartição competente do fisco estadual,ressalvados os casos de dispensa previstos nesteRegulamento (Convênio SINIEF, de 15.12.70, arts. 16e 17 e Convênio SINIEF 06/89, art. 89; AjusteSINIEF 04/86).

§ 1º A autorização será concedida por solicitaçãodo estabelecimento gráfico à Agência de Rendasdo seu domicílio tributário, através de“Autorização de Impressão de Documentos Fiscais -AIDF”, que conterá, no mínimo, as seguintes

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indicações:

... ”

§ 11. A solicitação de autorização para impressãode documentos fiscais poderá, opcionalmente, serefetuada via Internet no endereçohttp://www.fazenda.pr.gov.br, conforme o disposto emnorma de procedimento fiscal.- (grifou-se)

De conformidade com o contido no art. 591 doRegulamento do ICMS/2001, tem a Consulente o prazo de quinzedias, a partir da sua ciência, para adequar seu procedimento,bem como sanar eventuais irregularidades pendentes, no caso deter procedido diferentemente do contido nesta resposta.

PROTOCOLO: 8.978.748-3

CONSULTA Nº: 40, de 02 de abril de 2007

CONSULENTE: ANOTECNICA ANODIZAÇÃO LTDA.

SÚMULA: ICMS. VENDAS PARA EMPRESA DE CONSTRUÇÃOCIVIL. PRODUÇÃO FORA DO LOCAL DA OBRA.DIFERIMENTO PARCIAL. POSSIBILIDADE.

RELATORA: LIMI OIKAWA

A consulente informa que tem como atividade aanodização em perfis de alumínio e pretende atuar também noramo de comércio de perfis e acessórios de alumínio,utilizados na montagem de esquadrias, box, portas e janelas.

Expõe que referidos materiais serão vendidos aempresas de construção civil e, a pedido destas, serãoenviados diretamente para outras empresas a fim de efetuar umaprévia galvanização, beneficiamento ou confecção dasesquadrias, processos estes que, nos termos do art.4º doRegulamento do IPI são considerados industrialização.

Aduz que emitirá nota fiscal de venda para aempresa de construção civil, conforme art. 278, I, “a”, com oCFOP 5.123, aplicando alíquota de 18% e sobre a base decálculo será aplicado o diferimento parcial, previsto no art.87-A do RICMS.

Conforme seu entendimento, a empresa de

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.construção civil não é a consumidora final dos produtoscomercializados, tendo em vista que haverá um processo deindustrialização fora do canteiro de obras, e que conformeConsulta nº 20, de 16/01/96, a construtora deverá emitir umanota fiscal, ainda que simbólica, de remessa de materiaisindustrializados para o canteiro de obras, com destaque doICMS.

Informa, ainda, que posteriormente irá emitiruma segunda nota fiscal, cuja natureza de operação será“remessa por conta e ordem de terceiros”, com CFOP 5.924, semo destaque do ICMS, nos termos do art. 278, I, “b”, do RICMS.

Isto posto, indaga se está correto oprocedimento exposto, inclusive quanto ao diferimento parcial,e, caso negativo, qual deve ser adotado.

RESPOSTA

Inicialmente, destaque-se que na presenteconsulta abordar-se-à tão somente procedimentos atinentes àConsulente.

Em regra, as empresas de construção civil sãoequiparadas a consumidoras finais.

Transcreve-se parte da resposta dada à Consultanº 91/2003, que retrata o entendimento deste Setor Consultivoquanto às operações tendo como destinatária empresas deconstrução civil.

PROTOCOLO: 5.313.777-6

CONSULTA Nº: 91, de 17 de julho de 2003

...

RESPOSTA

...

Com efeito, as empresas de construção civil não sãoconsideradas contribuintes do ICMS, exceto quantoao fornecimento de mercadorias por elas produzidasfora do local da obra, independentemente de serem, ounão, inscritas no cadastro estadual.

... (grifo nosso)

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Transcreve-se também o art. 87-A, bem como oart. 87-B, mencionados pela Consulente, ambos do RICMSaprovado pelo Decreto nº 5.141/2001, que disciplinam acerca dodiferimento parcial e o encerramento desta fase:

Art. 87-A. Fica, também, diferido o pagamento doimposto nas saídas internas entre contribuintes e nasoperações de importação, por contribuinte, demercadorias, na proporção de:

I - 33,33% do valor do imposto, na hipótese daalíquota ser 18%;

...

Art. 87-B. Encerra-se a fase de diferimento emrelação às mercadorias de que trata o artigoanterior:

I - nas saídas para outro Estado;

II - nas saídas internas para consumidor final,contribuinte ou não do imposto.

Destaque-se que no inciso II do art. 87-B antestranscrito está previsto o encerramento da fase do diferimentoquando das saídas internas para consumidor final, contribuinteou não do imposto.

Todavia, neste caso específico relatado pelaconsulente, a construtora irá produzir mercadoria fora dolocal da obra, e, para este fim, é considerada contribuinte doICMS, o que permite a aplicação do diferimento parcial(precedente a Consulta nº 20/96).

Como bem observado pela Consulente, aconstrutora que produzir mercadoria fora do local da obra, é,para este fim, contribuinte do ICMS. Neste caso, sãotributados pelo ICMS as operações pertinentes aosfornecimentos das mercadorias produzidas fora do local daobra, pelo prestador do serviço, assim considerada toda equalquer mercadoria submetida a uma operação deindustrialização. É a exceção contida nos itens 7.02 e 7.05 daLista de Serviços de que trata a Lei Complementar nº 116/2003.

Quanto aos procedimentos relativos a remessapara industrialização, a matéria está compreendida nosartigos 272 a 279 do RICMS, e neles estão previstos que tantoa remessa quanto o retorno do produto industrializado a

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.contribuinte do ICMS são operações realizadas com suspensão doimposto, sendo que, nas operações interestaduais, a parcela dovalor agregado sofrerá gravame do ICMS. Ainda, para que possausufruir do benefício da suspensão, a operação deverá serrealizada no prazo de 180 dias, conforme dispõe o inciso I doart. 272, prorrogável nos termos do § 2º do mesmo artigo.

Para o cumprimento das obrigações acessórias aconsulente deverá observar o contido no art. 278, inciso I, esuas alíneas:

Art. 278. Nas operações em que um estabelecimentomandar industrializar mercadoria, com fornecimento dematéria-prima, produto intermediário ou material deembalagem, adquiridos de outro, os quais, semtransitar pelo estabelecimento adquirente, forementregues pelo fornecedor diretamente aoindustrializador, observar-se-á (Convênio SINIEF, de15.12.70, art. 42):

I - o estabelecimento fornecedor deverá:

a) emitir nota fiscal em nome do estabelecimentoadquirente, a qual, além das exigências previstas,conterá o nome, o endereço e os números de inscrição,estadual e no CNPJ, do estabelecimento em que osprodutos serão entregues, bem como a circunstância deque se destinam à industrialização;

b) efetuar na nota fiscal referida na alínea anterioro destaque do valor do imposto, quando devido, queserá aproveitado como crédito pelo adquirente, se foro caso;

c) emitir nota fiscal, sem destaque do valor doimposto, para acompanhar o transporte da mercadoriaao estabelecimento industrializador, onde, além dasexigências previstas, constará o número, a série,sendo o caso, e a data da emissão da nota fiscalreferida na alínea “a”, o nome, o endereço e osnúmeros de inscrição, estadual e no CNPJ, doadquirente, por cuja conta e ordem a mercadoria seráindustrializada;

As codificações (CFOP) a serem utilizadas pelaconsulente nestas operações são 5.123 e 5.924:

5.123 6.123 Venda de mercadoria adquirida ou

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recebida de terceiros remetida para industrialização,por conta e ordem do adquirente, sem transitar peloestabelecimento do adquirente

Classificam-se neste código as vendas de mercadoriasadquiridas ou recebidas de terceiros, que não tenhamsido objeto de qualquer processo industrial noestabelecimento, remetidas para seremindustrializadas em outro estabelecimento, por contae ordem do adquirente, sem que as mercadorias tenhamtransitado pelo estabelecimento do adquirente.

5.924 6.924 Remessa para industrialização porconta e ordem do adquirente da mercadoria, quandoesta não transitar pelo estabelecimento do adquirente

Classificam-se neste código as saídas de insumos comdestino a estabelecimento industrializador, paraserem industrializados por conta e ordem doadquirente, nas hipóteses em que os insumos nãotenham transitado pelo estabelecimento do adquirentedos mesmos.

Ante o exposto, concluimos estar correto oprocedimento pretendido pela consulente.

PROTOCOLO: 8.500.202-3

CONSULTA Nº: 41, de 15 de maio de 2007

CONSULENTE: EQUILÍBRIO INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOSE EQUIPAMENTOS DE ESTÉTICA LTDA.

SÚMULA: ICMS. LOCAÇÃO DE APARELHOS. EMISSÃO DEDOCUMENTOS FISCAIS E TRATAMENTOTRIBUTÁRIO.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente apresenta-se como atuante no ramoda industrialização e comércio de equipamentos de estéticacorporal e aduz que pretende promover a locação dos aparelhosque fabrica, mediante a celebração de contratos, pelo prazomínimo de doze meses e sem cláusula de compra, com empresas

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.especializadas em tratamento estético situadas em todo oterritório nacional.

Prossegue, elaborando os seguintesquestionamentos:

1. Na ocorrência da locação dos bens mencionadospara empresas situadas nesta ou em outra unidade da Federação,como deve ser preenchida a nota fiscal que acompanhar otransporte das máquinas? Que imposto incidirá sobre a referidaoperação?

2. No caso de verificar-se necessário o retornoda máquina para realização de assistência técnica por parte daconsulente, como deve ser emitida a nota fiscal de retorno aoseu estabelecimento? Poderia fazer-se acompanhar apenas com omesmo documento com o qual foi anteriormente enviada?

RESPOSTA

De início, convém trazer disposiçõespertinentes, contidas no novo Código Civil (Lei n. 10.406, de10/01/2002):

Art. 85. São fungíveis os móveis que podemsubstituir-se por outros da mesma espécie, qualidadee quantidade.

Art. 565. Na locação de coisas, uma das partes seobriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não,o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certaretribuição.

Esclarece Maria Helena Diniz, in Código CivilAnotado, 9ª ed., p. 101, São Paulo: Saraiva, 2003.

Fungibilidade. A fungibilidade é própria dos bensmóveis. Os bens fungíveis são os que podem sersubstituídos por outros da mesma espécie, qualidade equantidade (p.ex., dinheiro, café, lenha etc.).Todavia, será preciso esclarecer que a coisa fungívelpor vontade das partes poderá tornar-se infungível.Por exemplo, quando se empresta ad pompam velostentationem a alguém moeda para ser utilizada numaexposição com a obrigação de ser restituída, sem que

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

possa ser substituída por outra da mesma espécie.

Infungibilidade. Os bens infungíveis são os que, pelasua qualidade individual, têm um valor especial, nãopodendo, por este motivo, ser substituídos sem queisso acarrete a alteração de seu conteúdo, como umquadro de Renoir. A infungibilidade podeapresentar-se em bens imóveis e móveis.

E, ainda, César Fiuza, in Direito Civil: CursoCompleto, 7ª ed., p. 415, Belo Horizonte: Del Rey, 2003.

Locação de coisas (...) a coisa deve ser infungível,ou seja, não substituível por outra da mesma espécie,qualidade e quantidade. Se o bem for fungível, ocontrato não será de locação, mas de empréstimo, quepode ser oneroso ou gratuito. Assim, são objeto dalocação de coisa os imóveis e os bens móveis, como osveículos automotores. Na prática, porém, uma coisaessencialmente fungível pode ser convencionadainfungível, como é o caso das fitas de vídeo, que sãoalugadas, e não emprestadas.

No caso em exame, verifica-se que a locação dosaparelhos que menciona a consulente, são de sua própriafabricação e devem ser restituídos, já que inexiste cláusulade compra. Nestes termos, apenas para que seja contextualizadaa questão, há que se tomar os referidos bens como infungíveispor convenção, já que é o mesmo aparelho que será objeto deposterior restituição.

Isto posto, transcrevem-se as determinações doRegulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001, comdestaques:

Art. 2º O imposto incide sobre (art. 2º da Lei n.11.580/96):

I - operações relativas à circulação de mercadorias,inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas embares, restaurantes e estabelecimentos similares;

Art. 52. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno

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do imposto creditado sempre que o serviço tomado ou amercadoria ou bem entrados no estabelecimento (art.29 da Lei n. 11.580/96):

I - for objeto de saída ou prestação de serviço nãotributada ou isenta, sendo esta circunstânciaimprevisível na data da entrada da mercadoria ou bemou da utilização do serviço;

II - for integrado ou consumido em processo deindustrialização, quando a saída do produtoresultante não for tributada ou estiver isenta doimposto;

III - vier a ser utilizado em fim alheio à atividadedo estabelecimento;

Art. 116. O contribuinte, excetuado o produtoragropecuário não inscrito no CAD/ICMS, emitirá notafiscal (Convênio SINIEF, de 15.12.70, arts. 7º, 18,20 e 21; Ajuste SINIEF 04/87):

I - sempre que promover a saída de bem ou mercadoria,antes do início dessa;

Art. 128. O contribuinte, excetuado o produtoragropecuário não inscrito no CAD/ICMS, emitirá notafiscal (Convênio SINIEF, de 15.12.70, arts. 54 a 56;Ajustes SINIEF 05/71, 16/89 e 3/94):

I - no momento em que entrarem em seuestabelecimento, real ou simbolicamente, bens oumercadorias:

...

a) novos ou usados, remetidos a qualquer título porprodutores agropecuários ou pessoas físicas oujurídicas não obrigados à emissão de documentosfiscais;

...

§ 1º Para acompanhar o trânsito das mercadorias, atéo local do estabelecimento destinatário-emitente, odocumento previsto neste artigo será emitido antes deiniciada a remessa, nas seguintes hipóteses:

a) quando o estabelecimento destinatário assumir oencargo de retirar ou de transportar os bens ou asmercadorias, a qualquer título, remetidos por

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particulares ou por produtores agropecuários, domesmo ou de outro Município;

Desta forma, responde-se à primeira questãoesclarecendo-se que, apesar do intento de realizar a locaçãode seus aparelhos, a consulente mantém sua condição deindustrial, de comerciante e, por conseguinte, de contribuintedo imposto, de maneira que é necessária a emissão de notafiscal para documentar a saída do bem locado, como estabeleceo artigo 128, I, “a”, antes transcrito.

Quanto à incidência do ICMS, tributo sobre oqual cabe posicionamento deste Setor Consultivo, informa-seque, desde que a locação dos aparelhos/máquinas sejadocumentada por contrato no qual seja acordada a devolução domesmo bem e a inexistência de cláusula de compra, não haveráincidência do ICMS. Nesse caso, impõe-se o estorno do créditofiscal correspondente às aquisições dos insumos empregados emsua fabricação.

Acerca da segunda questão, o retorno do bem aoestabelecimento deve ser documentado por nota fiscal emitidapelo contribuinte inscrito, se esta for a condição dolocatário.

Sendo pessoa física ou pessoa jurídica nãoobrigada à emissão de notas fiscais, o transporte, em retorno,pode ser acompanhado por qualquer documento que identifique obem, a sua origem e o seu destino, inclusive a nota fiscal queserviu para o envio inicial, acompanhada das devidasinformações adicionais referentes ao retorno que se realizar.Excetua-se, nesse caso, a hipótese em que a consulente forresponsável por retirar o bem, situação em que o transportedeverá ser acompanhado de nota fiscal de entrada emitida pelaconsulente, antes de iniciado o retorno, como disciplina o §1º, alínea “a”, do artigo 128.

Impõe-se registrar que, relativamente ao retornodos bens em operações interestaduais, há que ser atendida alegislação tributária da respectiva unidade da Federação deorigem.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir daciência desta, terá a consulente, em observância ao artigo 591do Regulamento do ICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequaros seus procedimentos em conformidade com o que foi aquiesclarecido, no caso de que os esteja praticando diversamente.

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PROTOCOLO: 8.606.130-9

CONSULTA Nº: 42, de 07 de maio de 2007

CONSULENTE: MAXWELD CONECTORES ELÉTRICOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. EMISSÃO DE NOTAS FISCAIS PORPROCESSAMENTO DE DADOS. FORMULÁRIO CONTÍNUOE JOGOS SOLTOS.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente tem por atividade aindustrialização de componentes elétricos e expõe que emitesuas notas fiscais por sistema de processamento de dados,situação em que é atribuída numeração eletrônica, em ordemseqüencial consecutiva, por estabelecimento, independentementeda numeração tipográfica do formulário, como estabelece oartigo 372, III, do RICMS, aprovado pelo Decreto n.5.141/2001.

Após aduzir que a impressão mediante formulárioscontínuos, em pequenas quantidades, é dispendioso einviabiliza a adoção e a modernização de seus sistemas,informa que tem utilizado impressos confeccionados em gráficaplana, os quais recebem posterior numeração eletrônica.

Indaga se o entendimento e procedimento adotadosestão corretos.

RESPOSTA

De pronto, trazem-se à análise as determinaçõesdo Regulamento do ICMS:

Art. 117. A nota fiscal conterá, nos quadros e campospróprios, observada a disposição gráfica dos modelos1 e 1-A, as seguintes disposições (Convênio SINIEF,de 15.12.70, Ajustes SINIEF 07/71, 16/89 e 03/94):

...

§ 28. Não é permitida a emissão, por processoinformatizado, de documentos fiscais confeccionadosem talonários.

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Art. 187. Os documentos fiscais serão numerados emtodas as vias, por espécie, em ordem crescente de 1 a999.999 e enfeixados em blocos uniformes de vinte, nomínimo, e cinqüenta, no máximo, podendo, emsubstituição aos blocos, também ser confeccionados emformulários contínuos ou jogos soltos, observados osrequisitos estabelecidos neste Regulamento para oscorrespondentes documentos (Convênio SINIEF, de15.12.70, art. 10 e Convênio SINIEF 06/89, art. 89;Ajustes SINIEF 02/88 e 03/94).

Art. 188. O contribuinte deverá emitir documentosfiscais em formulários contínuos ou jogos soltos, porsistema de processamento de dados, observados osrequisitos estabelecidos para os documentoscorrespondentes.

Art. 372. Os formulários destinados à emissão dosdocumentos fiscais a que se refere o art. 357 deverão(Convênio ICMS 57/95):

I - ser numerados tipograficamente, por modelo, emordem consecutiva de 000.001 a 999.999, reiniciada anumeração quando atingido este limite;

II - ser impressos tipograficamente, facultada aimpressão por sistema de processamento de dados dasérie e subsérie, se for o caso, e no que se refere àidentificação do emitente:

a) do endereço do estabelecimento;

b) do número de inscrição no CNPJ;

c) do número de inscrição estadual;

III - ter o número do documento fiscal impresso porsistema de processamento de dados, em ordem numéricaseqüencial consecutiva, por estabelecimento,independentemente da numeração tipográfica doformulário;

...

Parágrafo único. A emissão de documentos fiscais emformulários contínuos ou jogos soltos deverá serrealizada exclusivamente por sistema de processamentode dados autorizado nos termos do art. 358, com AIDFespecífica para este tipo de documento, sendo vedadaa sua emissão manuscrita, datilográfica, mecanizada

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

ou similar, salvo o disposto no art. 370.

Segundo disposição expressa do parágrafo únicodo artigo 372, antes transcrito, observa-se que a emissão dosdocumentos fiscais por sistema de processamento de dados éadmitida tanto para formulários contínuos quanto para jogossoltos.

Ressalta-se, como explicitado pela Consulta n.20/2005, “(...) que o formulário destinado à emissão dedocumento fiscal por processamento de dados, conforme art. 372do RICMS, distingue-se dos demais, por conter campos própriospara numeração tipográfica e para o número do documentofiscal, impresso quando da emissão do documento, por sistemade processamento de dados (independentemente da numeraçãotipográfica).”

Neste sentido, frisa-se ainda que,diferentemente do emprego de jogos soltos, a eventualutilização de jogos de vias extraídas de talonários de notasfiscais (também oriundos de impressão em gráfica plana), nãopode ser objeto de emissão por processo informatizado,conforme disposição dos artigos 187, 188 e, maisespecificamente, do § 28 do artigo 117 do Regulamento do ICMS.

Posto isto, está correto o procedimento adotadopela consulente, ressalvado o pleno atendimento às demaisdisposições da legislação tributária inerentes à questãoexaminada.

PROTOCOLO: 9.150.207-0

CONSULTA Nº: 43, de 15 de maio de 2007

CONSULENTE: WFC DISTRIBUIDORA DE ALIMENTOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. FARINHA DE MANDIOCA. CRÉDITOPRESUMIDO. USO EM GR-PR.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente dedica-se ao ramo deindustrialização e comercialização de farinha de mandioca eaduz que recolhe antecipadamente, em Guia de Recolhimento doEstado do Paraná – GR-PR, o imposto devido pelas saídas do seu

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Indaga, com isso, em relação ao créditopresumido de que trata o artigo 50, inciso XXIV, doRegulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001, se épossível utilizá-lo para abater diretamente o valor a serrecolhido em GR-PR, ao invés de apropriar o referido créditoem conta gráfica.

Questiona, ainda, se pode aplicar a redução dabase de cálculo definida no Anexo II, Tabela I, item 13-C doRegulamento do ICMS, em vista da inexistência de decretoimplementando a prorrogação da vigência indicada pelo ConvênioICMS 116/06.

RESPOSTA

Apresentam-se, de início, as disposições doRegulamento do ICMS, que se revelam pertinentes à matéria.

Art. 50. São concedidos os seguintes créditospresumidos:

...

XXIV – até 31.12.2007, aos estabelecimentosindustrializadores da mandioca, no percentual de 3,5%sobre o valor das saídas dos produtos resultantes dasua industrialização, observado o disposto no § 26.

...

§ 26. Em relação ao disposto no inciso XXIVobservar-se-á:...

a) o estabelecimento industrial deverá estarregularmente inscrito no CAD/ICMS;

b) o crédito presumido será apropriado emsubstituição ao aproveitamento de quaisquer créditosfiscais decorrentes da aquisição de matérias-primas edos demais insumos utilizados na fabricação dos seusprodutos, de bens destinados a integrar o ativoimobilizado do estabelecimento, bem como dos serviçostomados;

c) o valor do crédito será lançado no campo "OutrosCréditos" do livro Registro de Apuração de ICMS,consignando a expressão "Crédito Presumido - art. 50,

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inciso XXIV, do RICMS";

d) o crédito presumido será efetuado sem prejuízo daredução da base de cálculo de que trata o item 13-Cda Tabela I do Anexo II.

Art. 56. O ICMS deverá ser pago nas seguintes formase prazos (art. 36 da Lei n. 11.580/96):

...

II - em Guia de Recolhimento do Estado do Paraná -GR-PR, por ocasião da ocorrência do fato gerador, nasoperações com os seguintes produtos, ressalvadas ashipóteses de diferimento, de suspensão ou do regimeespecial de que trata a Seção III do Capítulo VIIIdo Título I, e das operações realizadas pelaCompanhia Nacional de Abastecimento - CONAB/PGPM:

...

f) farinha de mandioca em quantidade superior aseiscentos quilogramas diários por destinatário;"

...

§ 4º É permitido o uso de crédito fiscal paraabatimento total ou parcial do imposto a serrecolhido antes de iniciada a remessa, nas operaçõesmencionadas no inciso II por meio da Ficha deAutorização e Controle de Crédito - FACC, e daEtiqueta de Controle de Crédito - ECC, observadas,quando for o caso, as condições previstas nesteRegulamento.

Anexo II – Tabela I:

13-C Fica reduzida, até 31.07.2007, para 38,89%(trinta e oito inteiros e oitenta e nove centésimospor cento) a base de cálculo nas operações internas,e para 58,333% (cinqüenta e oito inteiros e trezentose trinta e três milésimos por cento) nas operaçõesinterestaduais sujeitas à alíquota de doze por cento,realizadas por estabelecimentos industrializadores daMANDIOCA, em relação às saídas dos produtosresultantes da sua industrialização, realizada noEstado (Convênios ICMS 153/04, 67/05, 69/05, 106/05,139/05, 20/06 e 116/06):

...

Notas:

1. os estabelecimentos beneficiários consignarão,normalmente, nas notas fiscais acobertadoras das

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operações que praticarem com os produtos por elesindustrializados (farinhas, féculas etc.), os valoresda operação e da base de cálculo reduzida e odestaque do ICMS calculado pelas respectivasalíquotas;

2. não será exigido o estorno proporcional doscréditos fiscais decorrentes da aquisição dematérias-primas e dos demais insumos utilizados nafabricação dos seus produtos, bem como dos serviçosrecebidos.

Da análise da legislação transcrita, observa-seque a apropriação do crédito presumido em questão devenecessariamente ser efetuada mediante lançamento no campo"Outros Créditos" do livro Registro de Apuração de ICMS,conforme comando do § 26, alínea “c”, do artigo 50.

É possível, todavia, após a realização daprovidência descrita no parágrafo anterior e seguindo osprocedimentos estabelecidos em Norma de Procedimento Fiscalespecífica, utilizar o crédito em questão para abatimento doimposto a ser pago em GR-PR, por meio de Ficha de Autorizaçãoe Controle de Crédito - FACC, e da Etiqueta de Controle deCrédito – ECC, conforme permissivo assinalado no § 4º doartigo 56, sempre do Regulamento do ICMS.

No tocante à prorrogação da redução da base decálculo prescrita no item 13-C, antes transcrito, informa-seque o Decreto n. 7.525, de 21.11.2006, implementou asdisposições do Convênio ICMS 116/06. Nota-se, ademais, que oreferido dispositivo já foi prorrogado até 30.04.2007 peloart. 1º do Decreto n. 277, de 09.03.2007 (Convênio ICMS 01 e05/07), como também até 31.07.2007, pelo art. 1º do Decreto n.805, de 14.05.07 (Convênio ICMS 48/07).

Outrossim, não há impedimento para o empregoconcomitante do crédito presumido e da redução da base decálculo examinadas, como prevê o § 26, alínea “d”, do artigo50.

Esclarece-se, entretanto, que o uso simultâneodo crédito presumido e da redução da base de cálculomencionadas, por imposição do que estabelece o § 26, alínea“b”, do artigo 50, implicará na substituição do aproveitamentodos créditos fiscais normais pela apropriação fixa dopercentual de crédito presumido, não prevalecendo, inclusive,a disposição contida na nota 2 do item 13-C.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Enfatiza-se, ainda, acerca do disposto no incisoXXIV do artigo 50, bem como no item 13-C, que o créditopresumido e a redução da base de cálculo que estabelecem sãoadmitidos apenas para o estabelecimento que utilize amandioca em estado natural como matéria-prima de seu processoindustrial.

Necessário ressaltar, por fim, que as operaçõesinternas com farinha de mandioca, nas condições especificadas,são isentas do imposto, como se observa dos itens 13-A e 49-Bdo Anexo I do Regulamento do ICMS:

13-A Operações internas que destinem a consumidoresfinais os produtos da CESTA BÁSICA de alimentosadiante arrolados (art. 1º da Lei n. 14.978/2005):

...

d) (...) farinha de mandioca e de milho (...)

...

Notas:

1. a isenção de que trata este item, salvo disposiçãoem contrário:

1.1 . não se aplica nas etapas anteriores deprodução e comercialização dos produtos neleespecificados;

1.2 .acarretará a anulação do crédito do impostorelativo às operações anteriores;

49-B Operações internas, até 31.10.2007, com FARINHADE MANDIOCA OU DE RASPA DE MANDIOCA, NÃO TEMPERADAS,classificadas no código 1106.20.00 da NCM (ConvênioICMS 131/05).

Nota: a isenção de que trata este item não se aplicaàs transferências entre estabelecimentos industriaisou entre estes e estabelecimento que opere comocentro de distribuição, do mesmo titular.

A regra geral, na hipótese de isenção, é avedação ou estorno dos créditos relativos às operaçõesanteriores, salvo expressa disposição em contrário. A isençãodefinida no item 49-B não prevê manutenção de créditos,enquanto que a isenção do item 13-A vai além, dispondoexpressamente que os créditos anteriores devem ser anulados.

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Desta forma, como a disposição de isenção éprevalente ante a disposição de redução da base de cálculo e ocrédito presumido do inciso XXIV do artigo 50 é concedido emsubstituição aos créditos normais, os quais não tem previsãode manutenção, resultará inaplicável a redução da base decálculo e a utilização do crédito presumido, quando a operaçãocom farinha de mandioca for interna e, por conseguinte,sujeita à isenção do imposto.

Desta forma, a partir da ciência desta, terá aconsulente, em observância ao artigo 591 do Regulamento doICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequar os seusprocedimentos em conformidade com o que foi aqui orientado, nocaso de que os esteja praticando diversamente.

PROTOCOLO: 9.260.195-1

CONSULTA Nº: 44, de 10 de maio de 2007

CONSULENTE: BERNECK AGLOMERADOS S.A.

SÚMULA: ICMS. ENTRADA DE PRODUTOS PRIMÁRIOS. AJUSTEDE PREÇO E QUANTIDADE. OBRIGAÇÕESACESSÓRIAS.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente informa que produz aglomerados demadeiras e que adquire toras, toretes, cavaco e maravalha deprodutores agropecuários e que na conferência de peso emedida, por ocasião do recebimento desses produtos, constatadivergência em relação a nota fiscal de produtor.

Assim, considerando que o artigo 128, I, doRegulamento do ICMS/PR, aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001,prevê a emissão de nota fiscal para acobertar a entrada demercadorias recebidas de produtores agropecuários, indaga sena sua emissão pode constar as quantidades e valoresreferentes as mercadorias efetivamente recebidas sem anecessidade de solicitar notas fiscais complementares aoprodutor.

RESPOSTA

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O Setor Consultivo já se manifestou acerca daindagação apresentada, conforme resposta à Consulta n. 61, de19 de maio de 2005, excertos:

....inicialmente expõe-se os procedimentos que devemser observados nas aquisições de contribuintesinscritos, e, posteriormente, dos não inscritos.

....em razão da legislação anteriormente transcrita,está incorreto o entendimento da consulente de emitircarta de correção para alterar o valor e a quantidadede mercadoria consignada na nota fiscal. Ocorrendoessas situações deverão ser observados, dentro doEstado, os seguintes procedimentos:

1. NA HIPÓTESE DE A DESTINATÁRIA RECEBERMERCADORIA EM QUANTIDADE MAIOR DO QUE A ASSINALADA NANOTA FISCAL

a) se a destinatária ficar com a mercadoriaexcedente: o remetente emitirá nota fiscalcomplementar pelo excesso, nos termos do inciso II doart. 179 do RICMS/01, atentando para o disposto no §2º do mesmo dispositivo, a seguir reproduzidos. Odestinatário registrará normalmente essa nota fiscalcomplementar:

Art. 179. Os documentos fiscais serão também emitidosnos seguintes casos (Convênio SINIEF, de 15.12.70,art. 21; Convênio SINIEF 06/89, arts. 4º e 89;Ajustes SINIEF 01/85, 01/86 e 01/89):

(...)

II - na regularização em virtude de diferença depreço em operação ou prestação ou na quantidade demercadoria, quando efetuada no período de apuração doimposto em que tenha sido emitido o documento fiscaloriginal;

(...)

§ 2º Nas hipóteses dos incisos II e III, se aregularização não se efetuar dentro dos prazosmencionados, o documento fiscal também será emitido,sendo que as diferenças, com os acréscimos legais,serão recolhidas por ocasião de sua emissão, devendoser indicado, na via fixa, o código do agente

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arrecadador e a data da guia de recolhimento.

b) se a destinatária devolver a mercadoria excedente:deverá ser efetivado o mesmo procedimento exposto naalínea “a”, após o qual a destinatária emitirá notafiscal, indicando como “natureza da operação”, aexpressão “devolução”, destacando o ICMS, se for ocaso, e fazendo menção às duas notas fiscaisemitidas pelo remetente e de que se trata dedevolução parcial. Tal documento acompanhará oretorno efetivo da mercadoria para o estabelecimentofornecedor.

2. NA HIPÓTESE DE A DESTINATÁRIA RECEBERMERCADORIA EM QUANTIDADE MENOR DO QUE A ASSINALADA NANOTA FISCAL

2.1. por parte do estabelecimento destinatário:

a) ao receber o produto, deve lançar a nota fiscalrespectiva no livro Registro de Entradas pelo valordas mercadorias efetivamente recebidas, ou seja,excluídas aquelas diferenças encontradas ecreditar-se do correspondente imposto. Inteligênciado disposto no “caput” do art. 24 e § 2º do art. 27da Lei n. 11.580/96, a seguir transcritos:

Art. 24. Para a compensação a que se refere o artigoanterior, é assegurado ao contribuinte o direito decreditar-se do imposto anteriormente cobrado emoperações de que tenha resultado a entrada demercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou aoativo permanente, ou o recebimento de serviços detransporte interestadual e intermunicipal ou decomunicação.

Art. 27. É vedado, salvo determinação em contrário dalegislação, o crédito relativo a mercadoria ou bementrados no estabelecimento ou a prestação deserviços a ele feita:

(...)

§ 2º Quando o ICMS destacado em documento fiscal formaior do que o exigível na forma da lei, oaproveitamento como crédito terá por limite o valorcorreto.

b) na coluna “Observações”, do livro Registro de

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Entradas, na linha que corresponda ao lançamento danota fiscal tratada na alínea anterior, fará asnecessárias anotações. Posteriormente, através decorrespondência comercial, que não se confunde comaquela de que trata o art. 180 do RICMS/01, devecomunicar ao fornecedor a ocorrência, destacando oprocedimento adotado;

2.2. por parte do estabelecimento fornecedor:

a) ao receber a carta ou comunicado do clientecomprador, e se as partes chegarem a um acordo peloenvio da mercadoria faltante para cobrir o valorcobrado, constante da nota fiscal, deve o fornecedorremeter as referidas mercadorias e emitir nota fiscalpela diferença encontrada, citando o documento fiscaloriginário e recolhendo o imposto, se for o caso;

b) caso não interesse ao vendedor, por qualquermotivo, enviar mercadorias correspondentes àqueladiferença, caberá as partes compor no que dizrespeito às diferenças cobradas a maior;

c) proceder o ajuste no estoque em razão daocorrência detectada;

d) poderá o fornecedor requerer restituição do ICMSrecolhido a maior na operação originária, mediantecomprovação do fato, devendo a matéria ser submetidaà apreciação da autoridade competente, observado oprocedimento específico previsto na legislação para arestituição do imposto.

3. NA HIPÓTESE DE A DESTINATÁRIA RECEBERMERCADORIA E CONSTATAR DIVERGÊNCIA NA SUA QUALIDADE

Caso ocorra divergência no valor da mercadoria emrazão da qualidade do produto, deverão ser observadosos procedimentos descritos no subitem 2.1, no quecouber, ressaltando que a consulente deveráespecificar claramente nos documentos emitidos osmotivos que a levaram a divergir na qualidade doproduto remetido pelo seu fornecedor.

Nessa situação, caberá as partes compor acerca dadiferença no valor da mercadoria.

.......................

Passa-se, agora, a analisar a hipótese de aconsulente adquirir mercadoria de produtor rural que

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

está dispensado temporariamente de inscrever-se nocadastro de contribuintes. Nesse caso, a consulenteao emitir a nota fiscal de entrada, em cumprimento aodisposto na alínea “a” do inciso I do art. 128 doRICMS/01, abaixo transcrito, deve consignar aquantidade e valores que retratam a operação, e, emseguida, comunicar o fornecedor acerca do detectadopor ocasião do recebimento da mercadoria:

Art. 128. O contribuinte, excetuado o produtoragropecuário não inscrito no CAD/ICMS, emitirá notafiscal (Convênio SINIEF, de 15.12.70, arts. 54 a 56;Ajustes SINIEF 05/71, 16/89 e 3/94):

I - no momento em que entrarem em seuestabelecimento, real ou simbolicamente, bens oumercadorias:

a) novos ou usados, remetidos a qualquer título porprodutores agropecuários ou pessoas físicas oujurídicas não obrigados à emissão de documentosfiscais;

Inobstante o antes transcrito, reproduzimos odisposto no § 7º do mesmo artigo, do qual se concluique a emissão da nota fiscal de entrada peloadquirente da mercadoria não exclui a obrigatoriedadede emissão de nota fiscal por parte do produtorrural, remetente da mercadoria.

§ 7º A emissão da nota fiscal, na hipótese da alínea“a” do § 1º, não exclui a obrigatoriedade da emissãoda Nota Fiscal de Produtor, ressalvado o disposto no§ 1º do art. 131.

Aplica-se também, no que couber, as orientaçõesconstantes nos itens 1 e 2 às aquisições demercadorias de produtor rural não inscrito nocadastro estadual.

Portanto, quando a Consulente recebermercadorias de produtor rural e emitir nota fiscal paraacobertar a entrada, deve consignar a quantidade e valores queretratam a operação, e em seguida, comunicar o fornecedoracerca dos fatos.

No caso de o produtor rural ter emitido notafiscal, também cabe a Consulente informar ao remetente damercadoria acerca das divergências apuradas para que este

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.processe as correções.

É importante destacar que o produtor rural nãoestá dispensado da emissão de nota fiscal, salvo nas situaçõesprevistas no § 1º do artigo 131 do RICMS/2001. Porconseguinte, deve emitir, também, nota fiscal constatadaocorrência de situações previstas no artigo 179 do mesmodiploma regulamentar.

Caso a Consulente esteja procedendodiferentemente do contido nessa resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001, tem o prazo de 15dias, a partir da ciência desta, para adequar-se.

PROTOCOLO: 8.698.190-4

CONSULTA Nº: 45, de 13 de fevereiro de 2007

CONSULENTE: INPACEL - INDÚSTRIA DE PAPEL ARAPOTI LTDA.

SÚMULA: ICMS. ESTORNO DE CRÉDITO. CRITÉRIOS DALEGISLAÇÃO.

RELATOR: ADEMIR FURLANETTO

A consulente informa que tem como objeto sociala industrialização e comercialização de pasta mecânica,papelão, papel e celulose, de matérias-primas, produtos esubprodutos conexos; comercialização de equipamentos,máquinas, mercadorias e outros bens relacionados com aindustrialização de celulose, papel e correlatos; atividadesde florestamento, reflorestamento, silvicultura, pesquisasflorestais, agrícolas e agropecuárias, e extração,industrialização e comercialização de madeiras em geral eprodutos e subprodutos obtidos pela exploração dessasatividades; e exportação e importação de produtos esubprodutos obtidos das atividades anteriormente definidas.

E para desenvolver seu objeto social, acrescentaque adquire madeira, produtos químicos, energia elétrica ecelulose importada, que são utilizados na fabricação demercadorias (papel, madeira serrada e cavaco) posteriormentevendidas nos mercados interno e externo. Uma vez consideradoque o produto papel tem 45% (quarenta e cinco por cento) desua comercialização em operações internas com imunidade doimposto, onde a legislação determina que seja estornado o

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.crédito pelas entradas de matéria-prima, material secundário ede acondicionamento empregados na mercadoria produzida, ediante das dificuldades de quantificação dos insumos para cadaprocesso de industrialização, tendo em vista que não conseguesegregar quanto foi utilizado em cada produto, esclarece aConsulente que vem adotando como critério para calcular oestorno de crédito do ICMS o volume de vendas (toneladas) parachegar ao percentual adequado nos termos da legislação.

Isto posto, indaga se está correto oprocedimento.

RESPOSTA

Antes de responder objetivamente ao indagadofaz-se mister a transcrição dos dispositivos da legislação,conforme hipótese aventada pela Consulente.

“Lei n. 11580, de 14 de novembro de 1996.

SEÇÃO III

DO ESTORNO DO CRÉDITO

Art. 29. O sujeito passivo deverá efetuar o estornodo imposto creditado sempre que o serviço tomado ou amercadoria ou bem entrados no estabelecimento:

...

II - for integrado ou consumido em processo deindustrialização, quando a saída do produtoresultante não for tributada ou estiver isenta doimposto;

...

§ 9º O crédito a estornar, nas hipóteses indicadasneste artigo, quando não conhecido o valor exato, é ovalor correspondente ao custo da matéria-prima,material secundário e de acondicionamento empregadosna mercadoria produzida ou será calculado mediante aaplicação da alíquota interna, vigente na data doestorno, sobre o preço de aquisição mais recente paracada tipo de mercadoria, observado, no caso do incisoV, o percentual de redução. ”

Da leitura dos dispositivos anteriormente

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.transcritos se pode inferir que o critério utilizado pelaConsulente para efeitos de estorno de crédito não encontrasustentação legal, estando, portanto, incorreto. Logo, deveela encontrar uma forma de atender à normatização, tendo paraisso, nos termos dos art. 591 e 586, do Regulamento do ICMS,respectivamente, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar o seu procedimento aoque tiver sido esclarecido, independente de qualquerinterpelação ou notificação fiscal e pagar o imposto que sejadevido, sem prejuízo da atualização monetária.

A título de informação, todavia, transcreve-sealteração ao § 2.º do art. 21 da Lei Complementar n. 87/1996,conforme segue:

“Art. 21. O sujeito passivo deverá efetuar o estornodo imposto de que se tiver creditado sempre que oserviço tomado ou a mercadoria entrada noestabelecimento:

...

§ 2º. Não se estornam créditos referentes amercadorias e serviços que venham a ser objeto deoperações ou prestações destinadas ao exterior ou deoperações com o papel destinado à impressão delivros, jornais e periódicos.

(Nova redação dada ao § 2.º pelo art. 1.º da LeiComplementar n. 120, de 30.12.2005, produzindo seusefeitos a partir de 1º.1.2006.)”

É a resposta.

PROTOCOLO: 9.152.171-7

CONSULTA Nº: 46, de 15 de maio de 2007

CONSULENTE: IRMÃOS HOBI LTDA.

SÚMULA: ICMS. ÓLEO DIESEL. MERCADORIA PARA CONSUMO.TRANSFERÊNCIA. CRÉDITO. IMPOSSIBILIDADE.

RELATORA: LIMI OIKAWA

A consulente informa que se dedica ao ramo de

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.extração de areia, cascalho ou pedregulho e beneficiamentoassociado e faz as seguintes indagações:

1) Poderá adquirir ÓLEO DIESEL deDistribuidora por meio do CAD/ICMS de seu estabelecimentosede, estocá-lo em tanques próprios e conforme necessidade,transportá-los de maneira fracionada para suas filiais, parautilização em dragas, tratores de esteira, escavadeirashidráulicas, caminhões e em outros maquinários necessáriospara realização completa do processo da extração ebeneficiamento?

2) Na transferência de parte do ÓLEO DIESEL paraas filiais, deverá a Consulente emitir nota fiscal geralreferente ao total da carga e notas fiscais parciais para asquantidades deixadas em cada estabelecimento filial?

3) Por se tratar o ÓLEO DIESEL de produtotributado por substituição tributária, poderá a Consulentetransferir para suas filiais, por meio das notas fiscaisparciais, o crédito referente ao ICMS do referido produtotransferido de maneira fracionada para cada estabelecimento?

4) Qual o CFOP correto para o lançamento nolivro Registro de Entradas das aquisições de ÓLEO DIESEL paraa atividade da consulente?

RESPOSTA

Inicialmente, transcreve-se o art. 2º eparágrafos do Decreto nº 5.141/2001, pertinente à questão,verbis:

Art. 2º Na aplicação do art. 24 do Regulamento doICMS, somente darão direito de crédito as mercadoriasdestinadas ao uso ou consumo do estabelecimento, neleentradas a partir de 1º de janeiro de 2011 (art. 65,I, da Lei nº 11.580/96 e Lei Complementar nº 122/06).

§ 1º. Para efeitos do disposto no "caput", entende-secomo mercadoria destinada ao uso ou consumo doestabelecimento, a que não seja utilizada nacomercialização e a que não seja empregada paraintegração no produto ou para consumo no respectivoprocesso de industrialização ou na produção rural.

§ 2º. Entende-se por consumo no processo deindustrialização ou produção rural a total destruição

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

da mercadoria.

Os §§ 1º e 2º foram acrescentados pelo art. 3º, doDecreto n. 5.042, de 29.06.2005.

O Setor Consultivo tem se manifestadoreiteradamente que o óleo diesel utilizado como combustívelem dragas, tratores de esteira, escavadeiras hidráulicas,caminhões que trabalham nos pátios e outros maquinários,deve ser tratado como mercadoria destinado ao consumo doestabelecimento, cuja apropriação de crédito somente serápermitida para as entradas que ocorrerem a partir de 1º dejaneiro de 2011, em razão do disposto no inciso I do art. 65da Lei 11580/96, nos termos da Lei Complementar nº 122, de12/12/2006.

Transcreve-se parte da resposta dada pelaConsulta nº 03/2006, para ilustração:

...

Com o advento da Lei Complementar n. 87, de 13 desetembro de 1996, e alterações posteriores, e da Lein. 11.580, de 14 de novembro de 1996, o crédito deICMS originário da aquisição de combustível destinadoà empilhadeira, por se tratar de mercadoria destinadaao consumo, somente poderá ser apropriado a partirde 1º de janeiro de 2007, de conformidade com odisposto no inciso I do art. 65 da Lei n. 11.580/96.

Enfatiza-se que posteriormente à Consultaacima, foi editada a Lei Complementar nº 122/06, prorrogando oprazo de início da fruição do crédito de bens de uso e consumopara entradas ocorridas a partir de 1º/01/2011.

Feitas estas considerações, responde-se àquestão nº 1. Não há qualquer impedimento no que pertine aoICMS para que um contribuinte adquira o óleo diesel em umestabelecimento e posteriormente remeta em quantias menorespara suas filiais, de acordo com a necessidade de consumo.

Quanto à questão nº 2, tem-se que a cada saídadeve emitir nota fiscal de transferência, correspondente amercadoria transportada para o destinatário, não havendoprevisão legal para a emissão de nota fiscal geral para ocaso especificado.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Em relação à questão nº 3, tendo em vista oentendimento anteriormente exposto de que não é permitido aapropriação de crédito originário da aquisição de óleodiesel para consumo em maquinários em geral, dragas, tratoresde esteiras, escavadeiras hidráulicas e caminhões, por setratar de mercadoria destinado ao consumo, não é permitida afruição do crédito. Quanto à nota fiscal de transferência damercadoria, esta deve ser emitida de acordo com o contido nosincisos e parágrafos do art. 434 do RICMS, aprovado peloDecreto nº 5.141/01, verbis:

Art. 434. O estabelecimento substituído que recebermercadoria com imposto retido deverá:

...

II - emitir nota fiscal, por ocasião da saída damercadoria, sem destaque do imposto, que contenha,nas operações destinadas a outro contribuinte, alémdos requisitos exigidos, o valor que serviu de basede cálculo para a retenção e o valor do impostoretido;

III - lançar a nota fiscal referida no incisoanterior na coluna “Outras - Operações ou Prestaçõessem Débito do Imposto” do livro Registro de Saídas.

§ 1º A nota fiscal emitida pelo substituído deveráinformar, no campo “RESERVADO AO FISCO”:

a) o valor da base de cálculo para a retenção de cadamercadoria;

b) a expressão “Substituição Tributária”, seguida donúmero do correspondente artigo deste Regulamento oudo respectivo Protocolo ou Convênio (Ajuste SINIEF04/93, cláusula terceira).

Quanto à questão nº 4, o CFOP a ser utilizadopela Consulente para a escrituração de seu livro Registro deEntrada é o código 1.653 para as operações internas e 2.653para as operações interestaduais, previstos para aquisiçõesde combustível por usuário final:

1.653 2.653 3.653 Compra de combustível oulubrificante por consumidor ou usuário final (AjusteSINIEF 09/03)

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Classificam-se neste código as compras decombustíveis ou lubrificantes a serem consumidos emprocesso de industrialização de outros produtos, naprodução rural, na prestação de serviços ou porusuário final. (grifo nosso)

Caso a consulente esteja procedendodiferentemente do contido nesta resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001, tem o prazo de 15dias, a partir da ciência desta, para adequar-se.

PROTOCOLO: 8.596.728-2

CONSULTA Nº: 47, de 17 de abril de 2007

CONSULENTE: ASCÊNCIO GARCIA LOPES

SÚMULA: ICMS. CRÉDITO. SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO.COMPROVADAMENTE UTILIZADO NA ATIVIDADEAGROPECUÁRIA. POSSIBILIDADE.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente, produtor rural, entende que, emrelação a aquisição de serviço de comunicação, referente aduas linhas telefônicas em suas propriedades rurais, podeutilizar o crédito correspondente para compensar com seusdébitos, nos termos dos artigos 34 e 39 do Regulamento doICMS/PR, aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001.

Indaga da correção de seu entendimento.

RESPOSTA

Dispõe o caput do artigo 34, o § 1º e alínea“e”, do RICMS/2001, verbis:

Art. 34. Os produtores rurais, no momento da saída deprodutos agropecuários, poderão abater do ICMS arecolher o imposto cobrado na operação de aquisiçãode insumos e de mercadorias, ainda que destinadas ao

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

ativo permanente, e na prestação de serviçosdestinados à produção, na forma desta subseção,observado, no que couber, o disposto no § 4º do art.24.

§ 1º Para os efeitos deste artigo consideram-seinsumos e serviços:

...

e) energia elétrica, combustíveis e serviços detransporte e de comunicação, comprovadamenteutilizados na atividade agropecuária, aplicando-se,no que couber, o disposto no art. 23.

Nos termos da alínea “e” do § 1º e caput doartigo 34 do RICMS/2001, não se aplica o direito ao crédito seo serviço de comunicação for para uso particular, nãorelacionado à atividade agropecuária (produção ou venda).

Portanto, o direito ao crédito está relacionadoà aquisição de serviço de comunicação comprovadamenteutilizado na atividade agropecuária.

Caso a consulente esteja procedendodiferentemente do contido nesta resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001, tem prazo de 15dias, a partir da ciência desta para adequar-se.

PROTOCOLO Nº: 8.934.906-0

CONSULTA Nº: 48, de 08 de junho de 2007

CONSULENTE: AGÊNCIA DA RECEITA ESTADUAL DE PARANAVAÍ

SÚMULA: ITCMD. DOAÇÕES COM RESERVA DE USUFRUTO.MORTE. DIREITO DE ACRESCER DO CÔNJUGESOBREVIVENTE. HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA.INOCORRÊNCIA.

RELATOR: RANDAL SODRÉ FRAGA

A consulente diz que, no âmbito de jurisdição da9ª DRR, remanescem dúvidas na orientação dada com a respostaconsultiva nº 43, de 09 de junho de 2006, no que diz respeitoà exigência do ITCMD na transmissão ao cônjuge sobrevivente doquinhão que pertencia ao usufrutuário falecido, e que vem

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.lançando e cobrando normalmente o imposto nestes casos, comfundamento no art. 3º, da Lei nº 8.927/88, independentementedo disposto pelos artigos 1.410 e 1.411 do Código Civil – CC.

Alega que a tributação deve incidir, não só nainstituição e extinção do usufruto, como também na transmissãopelo direito de acrescer deferido ao cônjuge supérstite,consubstanciada em posicionamentos das Procuradorias Regionaisde Maringá e Paranavaí, e no entendimento dos Oficiais dosCartórios de Registros de Imóveis das Comarcas da região. Pedeas considerações deste setor.

RESPOSTA

A seguir, transcrição da consulta informada:

PROTOCOLO: 5.864.672-5

CONSULTA Nº: 43, de 09 de junho de 2005

CONSULENTE: INSPETORIA REGIONAL DE TRIBUTAÇÃO - 11ªDELEGACIA REGIONAL DA RECEITA

SÚMULA: ITCMD. USUFRUTO.

RELATORA: MAYSA CRISTINA DO PRADO

A consulente expõe que a Lei n. 8.927/88, que dispõesobre o Imposto sobre a transmissão causa mortis edoação de quaisquer bens ou direitos, estabelece, emseu art. 14, que o imposto incide sobre as doaçõescom reserva de usufruto ou na sua instituiçãogratuita em favor de terceiros, sendo considerada,como base de cálculo para a exigência, a metade dovalor total do bem, correspondendo o valor restante àpropriedade separada daqueles direitos.

Ainda, que sobre a cessão ou extinção do usufrutoaplicam-se as mesmas normas relativas à suainstituição.

Ressalta que em alguns contratos de doação de benscom reserva de usufruto, quando existir mais de umusufrutuário, pode ser incluída uma cláusuladeterminando que, no caso de morte de um dosusufrutuários, os sobreviventes continuarão a exercero seu direito no imóvel até que venham a falecer.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Considerando o disposto nos artigos 1410 e 1411 doCódigo Civil Brasileiro, apresenta seusquestionamentos:

1. em uma doação com reserva de usufruto, com mais deum beneficiário, no caso de falecer um dosusufrutuários, e existir cláusula expressa que oquinhão deste cabe aos sobreviventes, ficaconfigurada, neste momento, a extinção do usufruto emrelação ao quinhão do falecido?

2. Neste caso específico, quando da transferência doquinhão do usufrutuário falecido ao sobrevivente,configura-se fato gerador do ITCMD, ou este ocorreráapenas na extinção total do usufruto?

3. Uma vez configurado fato gerador do ITCMD, quandoda transferência do quinhão do usufrutuário falecidoao sobrevivente, qual a base de cálculo do impostodevido?

Por fim, entende que a transferência do quinhão dousufrutuário que falecer ao sobrevivente, desde quehaja cláusula expressa no registro de doação, nãoconfigura extinção do usufruto nem fato gerador doITCMD.

RESPOSTA

Para melhor compreensão da matéria tratada, vejamos odisposto nos artigos 1410 e 1411 do Código CivilBrasileiro:

Art. 1410. O usufruto extingue-se, cancelando-se oregistro no Cartório de Registro de Imóveis:

I – pela renúncia ou morte do usufrutuário;

(.....)

Art. 1411. Constituído o usufruto em favor de duas oumais pessoas, extinguir-se á a parte em relação acada uma das que falecerem, salvo se, por estipulaçãoexpressa, o quinhão destes couber ao sobrevivente.

Depreende-se do dispositivo retrotranscrito que, naexistência de mais de um usufrutuário, a morte decada um destes não extingue o direito, no caso de

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

estipulação expressa em favor dos sobreviventes.

Neste caso, o ITCMD incidirá apenas quando daextinção do usufruto, com a morte do usufrutuáriosobrevivente, a quem, expressamente, couber oquinhão.

Desta forma, correto o entendimento da consulente, deque transferência de quinhão do usufrutuário quefalecer aos sobreviventes, desde que haja cláusulaexpressa no registro de doação, não configuraextinção do usufruto nem fato gerador do ITCMD.

Apreciando-se o caso formulado pela ARE,infere-se que determinado casal, proprietário de bem imóvel,celebrou contrato de doação deste mesmo bem com outro casal,transferindo-se-lhe a correspondente nua propriedade,reservando para si o direito de posse, uso, gozo eadministração do bem doado. Na constância do usufruto, faleceum dos componentes do casal doador.

O que se pretende certificar nesta consulta é seo usufruto incorporado aos direitos reais do cônjugesobrevivente constitui modalidade de transmissão alcançadapela tributação do ITCMD, e se há fato gerador em relação atransmissão da nua propriedade a um dos componentes do casal,no caso de falecimento de um dos cônjuges donatários. Oportunosalientar que a questão a ser enfrentada deve necessariamentetransitar pela vontade do doador, de sorte a se identificarprecisamente os respectivos desdobramentos de fato e dedireito a que o fenômeno morte deu causa, seja no plano doDireito Civil como no Tributário, conforme abordagem que sefará a seguir.

O usufruto constitui uma das modalidades dedireitos reais exercido sobre coisas alheias (CC, art. 1.225,IV). Implica a retirada de utilidades de determinado bem,enquanto temporariamente destacado da propriedade. Num doslados do ato jurídico encontra-se o usufrutuário, tambémconhecido como detentor do domínio útil, o qual exerce aposse, uso, administração e percepção dos frutos de bens deterceiros (CC, art. 1.394), além do poder de seqüela. No casode bens imóveis, sua constituição se dá mediante registro emCartório (CC, art. 1.391). De outro lado, está o núproprietário, ou titular do domínio, que exerce a posseindireta do bem, já que a direta é ostentada exclusivamentepelo usufrutuário.

Trata-se de direito intransmissível,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.impenhorável e inalienável, pois o usufruto só beneficia ouaproveita o seu titular, não sendo possível, também, asucessão hereditária deste direito. Contudo, o seu exercíciopode ser cedido a terceiros por título gratuito ou oneroso(CC, art. 1.393), hipótese que caracteriza o fato gerador aque se refere o art. 1º, III c/c art. 14, § 1º, da Lei nº8.927/88.

Já a doação é definida como contrato em que umapessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ouvantagens para o de outra (CC, art. 538), podendo vir gravadacom cláusula de usufruto, o que não lhe retira acaracterística de doação pura e simples (RT, 124:709, 128:182,178:132; RF, 80:156, 126:491).

Centrados na vontade do doador, a este estudotambém interessa a modalidade de doação com cláusula dereversão. A ênfase que se dá à análise da vontade do doadorderiva da percepção de uma das vertentes do princípio dadisponibilidade, trazida pelo art. 547, do CC: O doador podeestipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, sesobreviver ao donatário. Ou seja, pode o doador avençar que,se o donatário falecer antes que ele, poderá o bem retornar aoseu patrimônio, o que extinguirá o usufruto por conta daconsolidação (CC, art. 1.410, VI), ou seja, a morte do nuproprietário implicará reversão do bem para o usufrutuário,acarretando a reunião, em uma só pessoa, do usufruto com a nuapropriedade.

Importante sublinhar, também, que as conclusõesque se apresentará nesta resposta levam em consideração osaspectos jurídicos do usufruto convencional, na forma deretenção, ou seja, aquele que decorre de ato jurídico intervivos que se aperfeiçoa quando o dono do bem, mediantecontrato, cede a terceiros a nua propriedade, reservando parasi o usufruto.

Para o deslinde da questão, necessário verificaras conseqüências jurídicas advindas do fenômeno morte em ambosos pólos do contrato de doação com reserva de usufruto, desorte que, a partir de uma compreensão plena de todas suasmatizes, se possa extrair as conclusões tributáriaspertinentes. Apreciemos, inicialmente, o caso do ponto devista do casal doador, que lhe reservou o usufruto do bemdoado. O Código Civil estabelece:

Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se oregistro no Cartório de Registro de Imóveis:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

I - pela renúncia ou morte do usufrutuário;

Art. 1.411. Constituído o usufruto em favor de duasou mais pessoas, extinguir-se-á a parte em relação acada uma das que falecerem, salvo se, por estipulaçãoexpressa, o quinhão desses couber aosobrevivente.(grifado)

Importante salientar a necessária previsão dodireito de acrescer na instituição do usufruto por ocasião daaverbação nos registros públicos, já que a regra geral não é aa transmissibilidade, mas sim sua extinção. Tal afirmação temrespaldo na análise feita pelo STJ no Agravo de Instrumento25522, cuja decisão possui a seguinte ementa: “Tendo afirmadoo Acórdão recorrido que a escritura de instituição do usufrutoconfere o direito de acrescer, não há falar em ofensa ao art.740 do Código Civil.” (DJ 26/10/1961, p. 2388). Nota: o art.740 do Código Civil de 1916 corresponde ao art. 1.411 do NovoCódigo Civil.

No entender deste Setor, para que haja direitode acrescer, ou seja, para que a parte do usufruto do mortoacresça aos direitos reais do cônjuge sobrevivente, deveconstar, clara e expressamente do ato inter vivos, que oevento morte não constitua resolução do usufruto, pois com amorte de cada usufrutuário, a propriedade vai se consolidandogradativamente na pessoa do donatário (nu proprietário), nostermos da parte primeira do art. 1.411 do CC.

Note-se que o dispositivo legal estabelece comoregra a constituição do usufruto em favor de “pessoas”,podendo tais pessoas, naturalmente, comporem um casal. Nestescasos, havendo no ato jurídico previsão de transferência doquinhão ao cônjuge sobrevivente, obstar-se-á a extinçãoparcial do usufruto em relação a pessoa do cônjuge falecido.

Como visto, o usufruto constitui direito real etemporário de usar e fruir coisa alheia (porquanto doada aterceiros), e, no caso questionado, é exercido simultaneamentepelo casal. Se foi previamente avençada a transferência dousufruto ao cônjuge sobrevivente, estar-se-á diante do direitode acrescer e não de uma extinção parcial ou total dousufruto.

Oportuno verificar as hipóteses de incidência doimposto estadual para o caso da doação com reserva deusufruto:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Art. 14. Nas doações com reserva do usufruto ou nasua instituição gratuita a favor de terceiros, ovalor dos direitos reais do usufruto, uso ouhabitação, vitalício e temporários, será igual àmetade do valor do total do bem, correspondendo ovalor restante à sua propriedade separada daquelesdireitos.

§ 1º À cessão e à extinção de usufruto aplicam-se asnormas relativas à sua instituição.

§ 2º Quando houver pluralidade de usufrutuários eproprietários, o valor do imposto será proporcional aparte conferida a cada usufrutuário ou aoproprietário.

Da análise do dispositivo legal, infere-se que,na doação com reserva de usufruto, a tributação recairá sobrea metade do valor dos bens, sendo a outra metade postergadapara o momento em que ocorrer a cessão ou extinção dousufruto.

Note-se que não há expressa previsão legal detributação no direito de acrescer. Entretanto, o art. 3º, daLei nº 8.927/88 estabelece que para efeito desta leiequipara-se à doação qualquer ato ou fato não oneroso queimporte ou resolva transmissão de quaisquer bens ou direitos,tais como a renúncia, a desistência e a cessão. Este é o cernelegal onde repousa a dúvida da consulente.

O hipotético contrato de doação com reserva deusufruto que delineou a consulente, previa que o direito realsobre bens de terceiros passaria para o cônjuge sobrevivente.O evento morte para a consulente constitui a materialização defato que importa transmissão deste direito. Infere-se dessaanálise que o usufruto passaria de simultâneo para singular,situação onde se verificaria, em tese, a transmissão causamortis dos direitos do usufruto ao cônjuge sobrevivente.Entretanto, a doutrina e a jurisprudência não compartilhamdesta conclusão.

ADELMIRO REZENDE DANTAS JÚNIOR (Comentário aocódigo civil brasileiro. Do direito das coisas. Vol. XIII.Forense, p. 37) esclarece:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

"O direito real de usufruto não se transmite pormorte. Nas legislações que o permitem é denominadousufruto sucessivo. No direito pátrio faculta-se ousufruto simultâneo, ou seja, aquele estabelecido ouinstituído a favor de duas ou mais pessoas,conjuntamente, os co-usufrutuários. A regra geral é ada extinção do usufruto quando do falecimento de cadauma delas, consolidando-se parcialmente o direito depropriedade na pessoa do nu-proprietário, até que setorne integral, quando do passamento da última delas.Todavia, por exceção, o título constitutivo poderádeterminar direito de acrescer, de forma que oquinhão do falecido ou falecidos venha acrescer o dosobrevivente, ou sobreviventes. Também está nítido ocaráter assistencial do usufruto, instituído a favorde um grupo."

A Sétima Câmara Cível do TJRS, no julgamento daApelação nº 70011963121/2005, assim se posicionou:

“O ato solene de doação por escritura pública é atobilateral, pressupõe manifestação de vontades econcordância entre as partes, mormente quando hárestrição – como a cláusula de usufruto vitalício comdireito de acrescer. Não se trata de disposição causamortis, envolvendo ato de última vontade a reger-sepelo direito sucessório, mas de direito contratual,envolvendo partes maiores e capazes, onde sequer seventilou qualquer vício de consentimento.”

Finalizam os juízes naquele aresto com oentendimento de que não havia redução do usufruto com a mortede um dos cônjuges, o que implica dizer que este subsiste napessoa do sobrevivente, sem se verificar qualquer fenômenoequiparado à doação, a que se refere o art. 3º, da Lei nº8.927/88, anteriormente transcrito.

MARIA HELENA DINIZ, reportando-se aosensinamentos de ORLANDO GOMES, diz que “a função econômica dousufruto é assegurar a certas pessoas meios de subsistência,tendo, inclusive, finalidade alimentar e assistencial, razãopor que se restringe, em regra, às relações familiares.”(Curso de Direito Civil Brasileiro. 4º Volume. Direito das

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.Coisas. São Paulo: Saraiva, 2002, p. 373).

Uma vez instituído o usufruto, impõe-senecessário aguardar sua extinção, quer total ou parcial (postoque jamais poderá ser perpétuo), dependendo do número debeneficiários. Melhor dizendo, para que a Fazenda Públicaexerça sua competência tributária ativa em arrecadar o saldodo tributo devido após a instituição do usufruto com cláusulade direito de acrescer, deverá aguardar a ocorrência de um doseventos listados pelo art. 1.410 do CCB, a saber:

Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se oregistro no Cartório de Registro de Imóveis:

I - pela renúncia ou morte do usufrutuário;

II - pelo termo de sua duração;

III - pela extinção da pessoa jurídica, em favor dequem o usufruto foi constituído, ou, se ela perdurar,pelo decurso de trinta anos da data em que se começoua exercer;

IV - pela cessação do motivo de que se origina;

V - pela destruição da coisa, guardadas asdisposições dos arts. 1.407, 1.408, 2ª parte, e1.409;

VI - pela consolidação;

VII - por culpa do usufrutuário, quando aliena,deteriora, ou deixa arruinar os bens, não lhesacudindo com os reparos de conservação, ou quando, nousufruto de títulos de crédito, não dá àsimportâncias recebidas a aplicação prevista noparágrafo único do art. 1.395;

VIII - Pelo não uso, ou não fruição, da coisa em queo usufruto recai (arts. 1.390 e 1.399).

Respondidos os questionamentos do ponto de vistados doadores usufrutuários, passa-se à análise do direito dosdonatários ou nu proprietários.

Diz o Código Civil Brasileiro:

Art. 551. Salvo declaração em contrário, a doação emcomum a mais de uma pessoa entende-se distribuída

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

entre elas por igual.

Parágrafo único. Se os donatários, em tal caso, foremmarido e mulher, subsistirá na totalidade a doaçãopara o cônjuge sobrevivo. (grifado)

Segundo o Dicionário Aurélio, subsistirsignifica existir na sua substância; existir individualmente;estar em vigor; conservar a sua força ou ação. A vontadepresumida do doador era de que a nua propriedade fosseutilizada em benefício comum do casal donatário, vontade essaque, como visto, somente se modificaria mediante declaraçãoexpressa de reversão (CC, art. 547).

O direito de acrescer também se faz presente noâmbito dos cônjuges nu proprietários, só que sua previsãodecorre de lei, não da vontade das partes. Assim como nousufruto, não há sucessão hereditária, pois a doação“subsistirá” - preceitua a lei, isto é, manter-se-á,conservada sua força, na pessoa do cônjuge supérstite. A partedo cônjuge morto não se transmite ao sobrevivo, mas subsisteintegralmente na sua pessoa.

RICARDO FIUZA diz que “No caso dos donatárioscasados entre si, há uma perfeita mutualidade legal para odireito de acrescer; o cônjuge sobrevivo assume, por direitoexclusivo, em substituição, a proporção igualitária do outroque faleceu, subsistindo a totalidade da doação em seu favor,não passando o bem aos herdeiros necessários.” (FIUZA,Ricardo. Novo Código Civil Comentado. 1ª ed., 9ª tiragem. SãoPaulo: Saraiva, 2003).

CÉSAR FIUZA é ainda mais enfático, ao lecionarque “Se marido e mulher são donatários, morrendo um deles, adoação fica integralmente com o viúvo, que não terá quedividi-la com os herdeiros do morto. É o chamado direito deacrescer.” (FIUZA, César. Direito Civil: Curso Completo. 7ªed. Belo Horizonte: Del Rey, 2004, p. 409).

Trata-se de fato sui generis, salientado peloregistrador de imóveis ADEMAR FIORANELLI, titular do 7º Ofíciode Registro de Imóveis da Capital de São Paulo, em seu livroDireito Registral Imobiliário, que assim se manifestou:

“Trata-se de dispositivo dificilmente aplicado eobservado não só pelos Advogados, como também pelosJuízes das varas por onde se processam os

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inventários, não sendo raro ver-se, na prática, aapresentação aos Cartórios de Registro de Imóveis,para a formalização dos atos, cartas de sentenças eformais de partilha, nos quais foram arrolados epartilhados bens oriundos de ato gracioso (doação),quando, pela regra expressa e de clareza evidente, oimóvel originário de doação estaria excluído doacervo hereditário, por ter acrescido à época dofalecimento do donatário, se casado no regime dacomunhão de bens, a quota ao cônjuge sobrevivo.”(FIORANELLI, Ademar. Direito registral imobiliário.Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 2001)

É de se ressaltar, no entanto, que, parareconhecimento da existência do direito de acrescer, poucoimporta o regime de bens adotado pelos donatários nocasamento, pois o que se pretende preservar é a vontade dodoador e não a opção pelo regime de bens feita pelo casal. Aafirmação é mais patente nos casos de separação judicial, jáque o parágrafo único do art. 551 do Código Civil determinaque a doação subsistirá na totalidade ao cônjuge sobrevivo,não comportando, no direito de acrescer, qualquer outramodalidade de dissolução da união conjugal, que não seja oevento morte.

A partir da análise das hipóteses elencadas e dalegislação correspondente, extrai-se três conclusões no planodo Direito Tributário:

1) se o direito de acrescer está previstoexpressamente no ato que institui o usufruto, não há fatogerador do ITCMD por ocasião da morte de um dos cônjugesusufrutuários, porquanto persistente o direito real na pessoado cônjuge sobrevivente (CC, art. 1.411).

2) morrendo um dos usufrutuários doadores,inexistindo cláusula prevendo o direito de acrescer, haveráextinção parcial do usufruto (CC, art. 1.410, I), hipótese quecaracteriza a ocorrência do fato gerador do ITCMD, nos termosdo art. 1º, II c/c art. 14, § 1º, da Lei nº 8.927/88,porquanto os direitos de uso e gozo consolidar-se-ãogradativamente na pessoa do donatário, atingindo sua plenitudepor ocasião da morte do último usufrutuário.

3) o direito de acrescer do nu proprietário(cônjuge sobrevivente) decorre de expressa previsão de lei(CC, art. 551, parágrafo único), devendo, portanto, serconsiderada não escrita disposição contratual que

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.eventualmente o preveja ou o afaste, à exceção da hipótese dereversão prevista pelo art. 547 do CC. Assim como no usufruto,o direito legal de acrescer conserva seu vigor na pessoa docônjuge sobrevivente, não se verificando, no entanto, fato queautorize a tributação pelo imposto estadual.

Para averbar o fato morte, recomenda-se aexibição da certidão de óbito no correspondente registro deimóveis, objetivando a atualização dos dados do titular dobem (sobrevivente), sendo certo que a competência decisória incasu pertence legalmente ao Oficial de Registros Públicos,preservada a exigência do tributo no caso resumido no item 3.

Do que se examina, conclui-se que o direito deacrescer está fora do campo de incidência do ITCMD, estandoEQUIVOCADO o entendimento externado pela consulente.

PROTOCOLO: 9.282.517-5

CONSULTA Nº: 49, de 22 de maio de 2007

CONSULENTE: YAKULT S/A – INDÚSTRIA E COMÉRCIO.

SÚMULA: ICMS. SAÍDAS DE MERCADORIAS A REVENDEDORESPARA VENDA PORTA-A-PORTA. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA. INSCRIÇÃO ESPECIAL.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente informa que atua no ramo deComércio Atacadista de Produtos Alimentícios e que, emdecorrência de regime especial, assume a condição desubstituta tributária nas operações de venda de mercadoriasdestinadas a comerciantes ambulantes autônomas, que asrevendem porta-a-porta.

Expõe que possui três filiais em Curitiba/PR eque o lançamento e o recolhimento do imposto devido porsubstituição tributária é realizado pela única inscriçãoauxiliar de que é detentora, como previsto no Termo de Acordocelebrado (n. 2.312/2000) .

Considerando as determinações do supervenienteDecreto n. 7.018, de 09.08.2006, o qual fornece nova redação à

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.Seção XI do Capítulo XIX do Título III do Regulamento do ICMS,aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001, que trata “Das operaçõescom mercadorias destinadas a revendedores para vendaporta-a-porta”, a consulente efetua as seguintes indagações:

1. A legislação mencionada obriga que cadaestabelecimento que comercialize seus produtos no sistemaporta-a-porta possua inscrição estadual especial pararecolhimento do imposto devido por substituição tributária?

2. Se obrigatórias as inscrições especiais,quais os procedimentos necessários para abertura destas?

3. Se as inscrições especiais não sãoobrigatórias, como devem ser efetuados os recolhimentos doimposto devido por substituição tributária, após a edição doDecreto n. 7.018/06?

RESPOSTA

De início, acerca do Termo de Acordo mencionadopela consulente, cabe esclarecer que já não se encontra emvigor, por imposição do estabelecido no artigo 2º do Decreton. 7.018/06, verbis:

“Art. 2º. Ficam revogados, a partir de 1º.10.2006, osRegimes Especiais que concedem tratamentodiferenciado relativamente às operações commercadorias destinadas a revendedores para vendaporta-a-porta, de que trata a Seção XI do CapítuloXIX do Título III do Regulamento do ICMS, aprovadopelo Decreto n. 5.141, de 12 de dezembro de 2001.”

Logo, a aludida substituição tributária não maisdecorre de regimes especiais, regendo-se tão-somente pelasdisposições dos artigos 480 a 482 do Regulamento do ICMS.

Quanto à primeira questão, informa-se que ainscrição especial é compulsória para cada um dosestabelecimentos que assumam a condição de contribuintesubstituto tributário na comercialização de mercadorias nosistema porta-a-porta, como determina o § 10 do artigo 103 doRegulamento do ICMS:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

“Art. 103. Deverão inscrever-se no Cadastro deContribuintes do ICMS - CAD/ICMS, antes do início desuas atividades, aqueles que pretendam realizaroperações relativas à circulação de mercadorias eprestação de serviços de transporte interestadual eintermunicipal e de comunicação (art. 33 da Lei11.580/96).

...

§ 10. Os responsáveis pelo pagamento do imposto naqualidade de substituto tributário, localizados nesteou em outro Estado, ficam obrigados a possuirinscrição especial no CAD/ICMS.”

No que é atinente à segunda questão, não seobserva dúvida relacionada à legislação tributária, conquantoesclarece-se que a inscrição poderá ser efetuada mediantepedido eletrônico formulado junto à página da Secretaria deEstado da Fazenda na internet (www.fazenda.pr.gov.br), na árearestrita da “A.R. Internet”.

Quanto à terceira questão, a resposta resultaprejudicada.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir daciência desta, terá a consulente, em observância ao artigo 591do Regulamento do ICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequaros seus procedimentos em conformidade com o que foi aquiesclarecido, no caso de que os esteja praticando diversamente.

PROTOCOLO: 8.495.901-4

CONSULTA Nº: 50, de 30 de maio de 2007

CONSULENTE: CIA. BRASILEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGA

SÚMULA: ICMS. ABASTECIMENTO DE EMBARCAÇÕES EMTERRITÓRIO PARANAENSE. ADQUIRENTE SEDIADOEM OUTRA UF. OPERAÇÕES INTERNAS.

RELATORA: LEONORA GARAN

A Consulente, que atua na comercialização decombustíveis, informa que abastece, com óleo diesel marítimo,embarcações de cabotagem atracadas nos diversos portos da

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.costa brasileira, inclusive no Estado do Paraná, cujapropriedade, ocasionalmente, são de empresas sediadas emoutros Estados, que não possuem filial neste Estado. Manifestaseu entendimento de que, mesmo sendo a empresa destinatária deoutro Estado, deve ser considerada como operação interna,recolhendo o ICMS para o Paraná. Aduz que vem enfrentandoproblemas para instrumentalizar esta operação, haja vista queo endereço do destinatário (empresa de navegação) é diferentedo local de entrega dos produtos (porto onde a embarcação éabastecida).

Isto posto, indaga:

1) Está correto seu entendimento de que oimposto pertence à UF onde está atracada a embarcação?

2) Em caso positivo, qual o procedimento paraemissão da nota fiscal de fornecimento, levando-se em conta ofato de que a operação é interna e o destinatário écontribuinte interestadual?

3) Quais os procedimentos a serem adotados emrelação à legislação e ao controle (validação) objetivadospelo SINTEGRA, SCANC e demais sistemas eletrônicos?

RESPOSTA

Com base na legislação tributária paranaense emvigor, passa-se a responder às indagações, pela ordem em queforam formuladas:

1) Sim. O fornecimento de combustível paraconsumo em embarcações que estejam atracadas em territórioparanaense caracteriza operação interna, ainda que destinada acontribuinte estabelecido em outro Estado da Federação, e,portanto, tributada à alíquota de 12% (art. 14, inc, II, al.“f” e § 1º , inc. I, da Lei n. 11.580/96);

2) A nota fiscal deverá ser emitida com o CFOP5.656 (Venda de combustível ou lubrificante adquirido ourecebido de terceiros destinado a consumidor ou usuáriofinal), devendo constar como natureza da operação “venda decombustível em operação interna”; no quadro “dadosadicionais”, do campo “Informações Complementares”, deveráconstar a identificação da embarcação e o local doabastecimento (art. 117, inc. VII, al. “a” do RICMS, aprovadopelo Decreto n. 5.141/2001);

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3) Quanto ao procedimento fiscal, deverá aConsulente informar as notas fiscais emitidas nesta situação(empresa de outra UF com abastecimento no Paraná), através doprograma de computador SCANC - Sistema e Captação e Auditoriados Anexos de Combustíveis (que efetua o controle do repassedo ICMS às unidades estaduais de consumo de combustíveis), bemcomo informar até o dia 6 de cada mês à Inspetoria Geral deFiscalização – Setor de Substituição Tributária, os valoresdestas operações, para que sejam efetuados os ajustes derepasses junto à Petrobrás (Convênios ICMS 03/99 e 37/04,implementados nos artigos 462 a 464 do RICMS/PR).

Devem, também, ser informadas àquele mesmoSetor, todas as operações já ocorridas nesta sistemática, paraas verificações que se fizerem necessárias.

Quanto à validação das mencionadas operações nosistema eletrônico SINTEGRA, esclarece-se que, com aidentificação de destinatário em outra UF (SP, por exemplo), oprograma SINTEGRA gera apenas uma “Advertência”, nãoimpedindo, todavia, o seu aceite e replicação.

De conformidade com o contido no art. 591 doRegulamento do ICMS/2001, tem a Consulente o prazo de quinzedias, a partir da sua ciência, para adequar seu procedimento,bem como sanar eventuais irregularidades pendentes, no caso deter procedido diferentemente do contido nesta resposta.

PROTOCOLO: 9.447.950-9

CONSULTA Nº: 51, de 24 de julho de 2007

CONSULENTE: RESIBRIL QUÍMICA S/A.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO. NAFTA. CRÉDITO PRESUMIDO.INAPLICABILIDADE.

RELATOR: GABRIEL VIEIRA DE OLIVEIRA

A Consulente informa atuar no ramo de comércioatacadista de produtos químicos e petroquímicos. Indaga se, aoimportar Nafta de baixa octanagem (NCM 2710.11.49) pelo portode Paranaguá, poderá se beneficiar do crédito presumido de quetrata o art. 572-Q do RICMS, aprovado pelo Decreto n.5.141/2001.

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Em seu entendimento, a Nafta não é um produtocombustível derivado do petróleo e sim um produto químico quederiva do petróleo para compor outros fins. Assim, esseproduto não estaria excluído do beneficio aludido.

RESPOSTA

Transcreve-se os dispositivos do RICMS, aprovadopelo Decreto n. 5.141/2001, que tratam da matéria questionada:

CAPÍTULO XLII

DAS IMPORTAÇÕES PELOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINAE AEROPORTOS PARANAENSES

Art. 572-Q. Aos estabelecimentos comerciais e nãoindustriais contribuintes do imposto que realizarem aimportação de bens para integrar o ativo permanenteou de mercadorias, por meio dos Portos de Paranaguá ede Antonina e de aeroportos paranaenses, ficaconcedido crédito presumido correspondente a 75%(setenta e cinco por cento) do valor do impostodevido, até o limite de nove por cento sobre o valorda base de cálculo da operação de importação, e queresulte em carga tributária mínima de três por cento.

Art. 572-T. O tratamento tributário de que trata esteCapítulo não se aplica:

I - às importações de petróleo e seus derivados,combustíveis e lubrificantes de qualquer natureza,veículos automotores, armas e munições, perfumes ecosméticos; Grifamos

O art. 572-T traz as vedações para a fruição dobenefício previsto no art. 572-Q.

No conceito fornecido pela Petrobras, aNafta é um derivado de petróleo(https://www2.petrobras.com.br/ri/port/ConhecaPetrobras/RelatorioAnual/relat99/glossari.htm):

NAFTA - Derivado de petróleo utilizado principalmentecomo matéria-prima da indústria petroquímica naprodução de eteno e propeno, além de outras frações

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líquidas, como benzeno, tolueno e xilenos.

Assim, independentemente do uso dado a Nafta, asua importação não está contemplada pelo tratamento previstono Capítulo XLII, do Título III do Regulamento do ICMS.

Caso esteja procedendo de forma diversa, aConsulente tem, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar-se ao que foi respondido(art. 591 do RICMS/2001).

PROTOCOLO: 9.070.842-2

CONSULTA Nº: 52, de 14 de junho de 2007

CONSULENTE: ANTÔNIO BERNARDO SANTANA MARQUES & CIA. LTDA.

SÚMULA: ICMS. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE DEPRODUTOS IMUNES. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A Consulente, que atua no ramo de transporterodoviário de cargas, após informar que está prestes a firmarcontrato de prestação de serviços de transporte com empresaque comercializa produtos imunes ao ICMS, tais como livros,jornais, periódicos e papel destinado à impressão destes, eesclarecer que as prestações de transporte de bobinas e resmasterão início no Estado de São Paulo e final no Estado doParaná, e as de transporte de livros FNDE terão início nesteEstado e final em São Paulo, indaga se a imunidade aplicada àsmercadorias transportadas estende-se, também, à prestação detransporte das mesmas.

RESPOSTA

Antes de responder ao indagado, reproduz-se alegislação que trata da matéria:

Constituição Federal:

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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantiasasseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aosEstados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

...

VI - instituir impostos sobre:

...

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado asua impressão.

Lei n. 11.580/96:

Art. 4º O imposto não incide sobre:

I - operações com livros, jornais, periódicos e opapel destinado a sua impressão;

Como se pode observar dos textos Constitucionale legal, a imunidade não é estendida às prestações de serviçode transporte de mercadoria com esse tratamento tributário,como nas operações com livros, jornais e periódicos e do papeldestinado à sua impressão, cuja imunidade não se aplica aoserviço de transporte dos mesmos, que se sujeitam ao ICMS.

O Setor Consultivo já se manifestou a respeitodesta matéria nas Consultas n. 132/1990, 153/1990, 16/1991 e204/1991, das quais transcreve-se, a seguir, alguns excertos:

CONSULTA n. 132, de 18 de junho de 1990.

SÚMULA: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DE LIVROS, JORNAIS,PERIÓDICOS E PAPEL DESTINADO À SUA IMPRESSÃO. NÃOALCANCE AO SERVIÇO DE TRANSPORTE INTERESTADUAL EINTERMUNICIPAL.

...

A Consulente indaga sobre a incidência ou não do ICMSsobre o serviço de transporte interestadual eintermunicipal dos produtos acima arrolados, em faceda imunidade tributária prevista no artigo 150,inciso VI, letra “d”, da Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil.

Ao que respondemos.

A imunidade contemplada na Carta Magna visa preservarda tributação os produtos em si e que poderiam sofrer

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

uma incidência direta de impostos de naturezafederal, estadual ou até mesmo municipal. E como noserviço de transporte interestadual ou intermunicipalse estará tributando não os produtos arrolados, massim um serviço efetivamente prestado por um terceiro,não será este alcançado por aquela imunidade previstana Constituição.

“Ex positis”, esclarecido fica, à consulente, que oserviço de transporte interestadual e intermunicipalde livros, jornais, periódicos e papel destinado àsua impressão está sujeito à incidência do ICMS.

CONSULTA n. 153, de 18 de julho de 1990.

SÚMULA: INCIDÊNCIA DO ICMS SOBRE OS SERVIÇOS DETRANSPORTE DE LIVROS, JORNAIS, PERIÓDICOS E PAPELDESTINADO A SUA IMPRESSÃO.

...

Indaga a empresa consulente sobre a incidência doICMS nos serviços de transporte de livros, jornais,periódicos e papel destinado a sua impressão, a vistado disposto pelo art. 150, VI, “d” da ConstituiçãoFederal.

Ao que respondemos.

A imunidade prevista no texto constitucional éobjetiva, portanto, somente atinge os tributos queincidam diretamente sobre tais mercadorias.

No caso em exame o ICMS incide sobre os serviços detransporte contratado e não sobre a produção ou vendados produtos imunes.

Portanto, a resposta objeto da consulta é afirmativa,seja, o ICMS incide sobre os serviços de transporteinterestadual ou intermunicipal das mercadoriasarroladas na alínea “d”, do inciso VI do art. 150 daConstituição Federal, devendo a consulente recolher otributo devido como vem fazendo.

CONSULTA n. 16, de 1º de fevereiro de 1991.

SÚMULA: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DO ART. 150, VI, “d”, DACF. NÃO ALCANCE AOS SERVIÇOS DE TRANSPORTES.

...

A Consulente informa que dedica-se à atividade de

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

prestação de serviços de transportes rodoviários decargas, incluindo-se, no caso, o transporte de papéisdestinados à impressão de livros, jornais eperiódicos. Assim, indaga se está correto o seuentendimento de que tal serviço encontra-se ao abrigoda imunidade prevista no dispositivo acima citado.

Ao que respondemos:

A previsão Constitucional de imunidade estampada noartigo 150, VI, “d”, tem caráter objetivo e serestringe aos livros, jornais, periódicos e o papeldestinado à sua impressão, sendo completamenteequivocado o entendimento esposado pela Consulente,além do que não se pode confundir a operação decirculação de tais mercadorias, em si, com aprestação do serviço de transporte das mesmas.

Desta forma, responde-se de maneira negativa aoindagado.

CONSULTA n. 204, de 14 de novembro de 1991.

SÚMULA: ICMS. SERVIÇO DE TRANSPORTE DE MERCADORIASIMUNES OU ISENTAS.

...

Informa a interessada que efetua o transporte delivros, jornais, periódicos e papel destinado a suaimpressão, produtos ao abrigo da imunidade do art.150, inciso VI, letra “d”, da Constituição daRepública Federativa do Brasil.

...

Incide ICMS sobre a prestação de serviço detransporte de produtos ou imunes?

...

Basta ler o “nome juris” do ICMS para se verificarque ele é um imposto com incidência dúplice. sobrebens materiais (mercadorias, bens para uso, consumoou para o ativo-importados do exterior ou de outrasUnidades Federadas) e sobre bens imateriais (serviçosde transporte...). O art. 150, VI, “d”, da CartaMagna, veda que se institua imposto sobre “livros,jornais, periódicos e papel destinado a suaimpressão” (ou seja, a imunidade é objetiva)”; outra,coisa é ICMS sobre “operação de circulação demercadorias”; outra, ICMS sobre “prestações deserviço de transporte...” (de livros, jornais,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

automóveis, etc.). E essas incidências divergemquanto ao objeto, base de cálculo, contribuinte,etc....

Portanto, quem presta serviço de transporte demercadoria imune, isenta ou diferida deve recolherimposto, salvo nos casos em que a legislação estendatais benefícios também ao respectivo serviço detransporte.

Os textos acima transcritos de respostas aquestionamentos sobre o mesmo assunto em pauta deixam clara aposição do Setor Consultivo de que a imunidade constitucionalnão abrange a prestação de serviço de transporte de produtosimunes.

Esclarecemos que das duas prestações que aConsulente informa que irá realizar, apenas a que tem iníciono território paranaense é que o ICMS é devido ao Estado doParaná, tendo em vista o que dispõe o art. 5º da Lei n.11.580/96, de que: considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento do início da prestação de serviços detransporte interestadual e intermunicipal, de qualquernatureza, sendo a base de cálculo do imposto o preço cobradopelo serviço.

De conformidade com o contido no art. 591 doRegulamento do ICMS, tem a consulente o prazo de quinze diaspara adequar seu procedimento ao exposto na resposta a essaConsulta, bem como sanar eventuais irregularidades pendentes.

PROTOCOLO: 9.306.012-1

CONSULTA Nº: 53, de 14 de junho de 2007

CONSULENTE: ROSOGRAF IMPRESSORA E EDITORA LTDA.

SÚMULA: ICMS. Confecção de apostilas didáticas.Tratamento tributário. Microempresa. Base decálculo.

Relatora: Elizete Crispim Carvalho Dias

A Consulente, que atua no setor gráfico eeditor, solicita interpretação e aplicação da legislação do

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.ICMS relacionado com a confecção de apostilas didáticas parapré-vestibular, que são por ela produzidas e fornecidas(vendidas) para instituições de ensino dedicadas à preparaçãode alunos para ingresso em faculdades.

Após informar quais matérias-primas utiliza naconfecção das apostilas (papel, papelão, tinta para impressão,espiral de plástico), a Consulente esclarece as fases deindustrialização das mesmas: corte pela metade das folhas depapel; colocação do papel e papelão dentro das dimensõesapropriadas para as apostilas; impressão das matrizes - laserfilme e fotolito; fixação das matrizes no equipamentoimpressor que transmite as imagens para outro cilindro deborracha, onde ocorre a transferência das matérias didáticaspara o papel e a apresentação para a capa e contra-capa nopapelão; plastificação destas últimas; montagem da apostila;refilamento, aparando-se uniformemente as bordas das folhas,da capa e da contra-capa. Nas suas dimensões finais, aapostila é furada e encadernada com o espiral de plástico.

Com base na descrição das etapas de confecçãodas apostilas didáticas, acima elencadas, entende a Consulenteque sua atividade é a de industrialização e não de prestaçãode serviços.

Para justificar o seu entendimento transcreve oart. 4º do Regulamento do Imposto sobre ProdutosIndustrializado, que conceitua industrialização, motivo peloqual entende incidir o IPI, o ICMS e não o ISS em suaatividade.

Esclarece que as apostilas, após prontas,submetem-se a duas etapas de circulação: uma, praticada pelaConsulente, após a industrialização da apostila, da suaempresa para os estabelecimentos de ensino; e, outra, destespara os alunos, destinatários finais.

Partindo dessa premissa e de que as apostilaspara sua empresa são mercadorias produzidas no estabelecimentoe destinadas à comercialização, entende que, sendoassemelhadas aos livros, por serem veículos transmissores decultura, não haverá incidência de ICMS na sua saída, emvirtude da imunidade do art. 150, inciso VI, alínea “d”, daConstituição Federal, bem como do que dispõe o art. 4º, incisoI, da Lei n. 11.580/96.

Transcreve decisão do Supremo Tribunal Federal -RE n. 183403 – SP, pela qual a imunidade referida se aplica,também, às apostilas.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Informa, por fim, ser enquadrada comomicroempresa e expõe o seu entendimento de que, pelo dispostono art. 411, § 1º, do Regulamento do ICMS, na apuração dareceita bruta tributável nesse regime, deve-se excluir o valorcorrespondente às operações com imunidade.

Questiona, em virtude do exposto:

1.É correto o seu entendimento de que a operaçãode saída das apostilas encontra-se no âmbito da legislação doICMS?

2.É correto o entendimento de que são essasapostilas imunes ao imposto?

3.Na apuração da receita bruta, sujeita ao ICMS,devem ser abatidos os valores relativos à venda das apostilasdidáticas?

RESPOSTA

Antes de responder ao indagado, reproduz-se alegislação e decisão do Supremo Tribunal Federal que tratam daquestão da aplicação da imunidade nas operações de saídas deapostilas didáticas:

Constituição Federal:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantiasasseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aosEstados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

...

VI - instituir impostos sobre:

...

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado asua impressão.

Lei n. 11.580/96:

Art. 4º O imposto não incide sobre:

I - operações com livros, jornais, periódicos e opapel destinado a sua impressão;

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Supremo Tribunal Federal – Recurso Extraordinário n.183.403-0 – São Paulo:

Imunidade. Impostos. Livros, jornais, periódicos epapel destinado à impressão. Apostilas. O preceito daalínea “d” do inciso VI do artigo 150 da Carta daRepública alcança as chamadas apostilas, veículo detransmissão de cultura simplificado.

Acórdão

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordamos Ministros do Supremo Tribunal Federal, em segundaTurma, na conformidade da ata do julgamento e dasnotas taquigráficas, por unanimidade de votos, em nãoconhecer o extraordinário.

O Setor Consultivo já se manifestou, também, arespeito desta matéria nas Consultas n. 36/1996 e 15/2006, dasquais transcreve-se, a seguir, alguns excertos:

CONSULTA n. 15, de 15 de fevereiro de 2006:

...

No que pertine aos livros educacionais (apostilas),correto o entendimento da consulente quanto a nãoincidência (imunidade) do tributo estadual a elesaplicada. O Supremo Tribunal Federal concluiu que as“apostilas” constituem um veículo de transmissão decultura simplificado (RE 183403/SP).

CONSULTA n.36, de 6 de fevereiro de 1996:

...

Ressalte-se que, se forem comercializados materiais,cobrados à parte, a consulente sujeitar-se-á àsobrigações, acessória e principal, relativas aotributo estadual. As apostilas e livros, por sua vez,usufruem da imunidade tributária prevista no art.150, inciso VI, da Constituição Federal, ficando ocontribuinte, tão somente, sujeito ao cumprimento dasobrigações acessórias, relativas ao ICMS, decorrentesdas operações com estas mercadorias.

Resulta, pois, pacificado que nas operações de

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.saída de apostilas didáticas fabricadas pela Consulente nãoincide o ICMS, tendo em vista o contido no art. 4º, inciso I,da Lei n. 11.580/96, em virtude da aplicação da imunidade deque trata o art. 150, inciso VI, alínea “d”, da ConstituiçãoFederal, por serem estas, como os livros, “veículos detransmissão de cultura”.

Entretanto, sendo a Consulente contribuinte doICMS, inclusive inscrita no CAD/ICMS, deve cumprir todas asobrigações tributárias acessórias, como emissão de nota fiscalquando da saída desses produtos e escrituração das operaçõesde entrada de insumos e saída das apostilas nos livrospróprios.

Responde-se, pois, afirmativamente às questõesprimeira e segunda.

No que concerne ao terceiro questionamento,relativamente à apuração do imposto, transcreve-se, abaixo, ocontido na alínea “g” do § 1º do art. 411 do Regulamento doICMS aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001:

Art. 411. As microempresas e as empresas de pequenoporte, conforme definidas neste Capítulo, ficamsujeitas ao recolhimento mensal de ICMS de valorequivalente ao somatório do resultado da aplicaçãodos seguintes percentuais sobre a receita brutamensal do conjunto de seus estabelecimentos:

...

§ 1º Para os fins do disposto neste artigo,considera-se receita bruta o valor total das saídasde mercadorias e das prestações de serviços,promovidas pelo conjunto de estabelecimentos daempresa, excluídos os valores correspondentes a:

...

g) saídas com isenção, imunidade, suspensão dopagamento do imposto, sujeitas ao regime desubstituição tributária e para venda ambulante nãorealizadas.

Com base no dispositivo antes transcrito,conclui-se que, por ser a Consulente enquadrada no Regime dasMicroempresas e Empresas de Pequeno Porte, deve excluir dareceita bruta o valor das operações de saída sujeitas àimunidade.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

PROTOCOLO: 8.974.401-6

CONSULTA Nº: 54, de 03 de julho de 2007

CONSULENTE: 2º OFÍCIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS DE LONDRINA.

SÚMULA: ITCMD. USUFRUTO.

RELATOR: RANDAL SODRÉ FRAGA

A Consulente, por meio do escrevente substituto,indaga quanto a incidência do ITCMD e a necessidade de exigircomprovante de recolhimento do tributo por ocasião daaverbação de acréscimo de usufruto, decorrente de óbito de umdos usufrutuários, tudo isto no contexto de um contrato deusufruto vitalício, com cláusula de acréscimo ao cônjugesobrevivente.

RESPOSTA

A matéria já foi objeto de análise por esteSetor Consultivo da Secretaria de Estado da Fazenda por meiodas respostas às Consultas n.43, de 09 de junho de 2005 e n.48, de 08 de junho de 2007, encaminhadas em anexo.

PROTOCOLO: 9.449.468-0

CONSULTA Nº: 55, de 12 de junho de 2007

CONSULENTE: MILLS RENTAL LTDA.

SÚMULA: ICMS. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS - REMESSA DEEQUIPAMENTO PARA LOCAÇÃO.

RELATOR: ACHILES PENAYO DE CAMPOS

A Consulente informa que atua no ramo decomércio, locação, distribuição, assistência técnica emanutenção de equipamentos industriais.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Dentre essas atividades, tem como principal alocação de equipamentos de seu ativo imobilizado, em geral,para empresas de construção civil ou similares.

As figuras que participam das operações delocação dos equipamentos são as seguintes:

a) filial da MILLS RENTAL LTDA., localizada ounão no Estado do Paraná;

b) a empresa locatária do equipamento;

c) o local da obra, para onde a locatáriapretende que o equipamento alugado seja enviado para fins deutilização.

Feitas essas considerações, apresenta as quatrosituações em relação às quais tem dúvidas e o seu respectivoentendimento a respeito de cada uma delas, quais sejam:

1. a consulente efetua locação para empresa deSão Paulo, com entrega do equipamento no local da obra dolocatário no Estado de Minas Gerais.

Entende que deve emitir duas notas fiscais: uma,de “Remessa por Conta e Ordem de Terceiros”, em nome dolocatário com endereço no Estado de São Paulo para acompanharo transporte, com CFOP 6.923, constando no campo “InformaçõesComplementares” o endereço no Estado de Minas Gerais onde oequipamento será efetivamente utilizado, além dos dados danota fiscal de remessa simbólica para locação; e outra, tambémem nome do locatário com endereço em São Paulo, de ”RemessaSimbólica para Locação”, com CFOP 6.949, constando, no campo“Informações Complementares”, que o equipamento foi entregueno local da obra, além dos dados da nota fiscal de remessa porconta e ordem.

Adicionalmente, na nota fiscal de remessa porconta e ordem, seria feita menção aos dispositivos queconferem não-incidência à operação.

2. A consulente efetua locação para empresa deSão Paulo, com entrega do equipamento no local da obra dolocatário no Estado do Paraná.

Entende que, por se tratar de operação interna,deve emitir uma única nota fiscal de “Remessa para Locação”,com CFOP 6.949, constando, no campo “InformaçõesComplementares”, que o equipamento será entregue no local daobra, qual seja: no endereço em que os equipamentos serão

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.utilizados efetivamente.

Adicionalmente, na nota fiscal seria feitamenção aos dispositivos que conferem não-incidência àoperação.

3. A consulente efetua locação para empresa deSão Paulo, com entrega do equipamento no local da obra dolocatário também no Estado de São Paulo.

Entende que deve emitir duas notas fiscais: uma,de “Remessa por Conta e Ordem de Terceiros”, em nome dolocatário com endereço no Estado de São Paulo, para acompanharo transporte, com CFOP 6.923, constando, no campo “InformaçõesComplementares”, o endereço no mesmo Estado onde o equipamentoserá efetivamente utilizado, além dos dados da nota fiscal deremessa simbólica para locação; e outra, também em nome dolocatário com endereço em São Paulo, de ”Remessa Simbólicapara Locação”, com CFOP 6.949, constando, no campo“Informações Complementares”, que o equipamento foi entregueno local da obra além dos dados da nota fiscal de remessa porconta e ordem.

Adicionalmente, na nota fiscal de remessa porconta e ordem, seria feita menção aos dispositivos queconferem não-incidência à operação.

4. A consulente, por intermédio de seuestabelecimento localizado no Estado de São Paulo, efetualocação para empresa de Minas Gerais, com entrega doequipamento no local da obra do locatário no Estado do Paraná.

Entende que deve emitir duas notas fiscais: uma,de “Remessa por Conta e Ordem”, em nome do locatário comendereço no Estado de Minas Gerais para acompanhar otransporte, com CFOP 6.923, constando, no campo “InformaçõesComplementares”, o endereço no Estado do Paraná, onde oequipamento será efetivamente utilizado, além dos dados danota fiscal de remessa simbólica para locação; e outra, tambémem nome do locatário com endereço em Minas Gerais, de “RemessaSimbólica para Locação”, com CFOP 6.949, constando, no campo“Informações Complementares”, que o equipamento foi entregueno local da obra, além dos dados da nota fiscal de remessa porconta e ordem.

Adicionalmente, na nota fiscal de remessa porconta e ordem, seria feita menção aos dispositivos queconferem não-incidência à operação.

Nas quatro situações a consulente discorre,ainda, a respeito de nota fiscal a ser emitida pela empresas

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.locatárias dos equipamentos, tanto por aquela estabelecida noEstado do Paraná, quanto por aquelas estabelecidas nos outrosEstados.

Nas situações descritas nos itens um e três aconsulente informa que se fundamentou nos art. 266 doRegulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto 5.141 de 12.12.2001e 40 do Convênio S/N, de 15.12.70; na situação dois, no art.117 do RICMS/01 e, na situação quatro, no art. 129 do Decreton. 45.490 do Estado de São Paulo e no art. 40 do Convênio S/N,de 15.12.70.

RESPOSTA

Inicialmente, insta destacar que o tema já foianalisado na Consulta n. 159, de 21 de novembro de 2006,formulada pela consulente. Também tratam da mesma matéria asConsultas de n. 116/2001 e 27/2007.

Não obstante, a consulente inova ao apresentar asituação descrita no item número dois, quando, tanto olocatário, quanto o local da obra se encontram dentro doEstado do Paraná, o que consistiria, em síntese, nodiferencial em relação as outras situações.

Sendo assim, responde-se:

Com relação às situações descritas nos itens ume três está incorreto o entendimento da consulente: a remessapor conta e ordem de terceiros a que se refere o art. 266 doRICMS/01 aplica-se quando existe efetivamente um terceiro entejurídico envolvido na operação, o que não é o caso.

Para o exposto, deverá ser emitida uma únicanota fiscal de “Remessa para Locação”, endereçada aolocatário, com CFOP 6.949, para acompanhar o transporte dobem, constando no campo “Informações Complementares” que oequipamento será entregue no local da obra, qual seja: noendereço em que o mesmo será efetivamente utilizado, conformeestabelece o art. 117, inciso VII, alínea “a”, do RICMS/01:

Art. 117. A nota fiscal conterá, nos quadros e campospróprios, observada a disposição gráfica dos modelos1 e 1-A, as seguintes disposições (Convênio SINIEF,de 15.12.70, Ajustes SINIEF 07/71, 16/89 e 03/94):

(...)

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

VII - no quadro “DADOS ADICIONAIS”:

a) no campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES” - outrosdados de interesse do emitente, tais como: número dopedido, vendedor, emissor da nota fiscal, local deentrega, quando diverso do endereço do destinatárionas hipóteses previstas na legislação, propaganda,etc.;

O dispositivo encontra supedâneo e é reproduçãofiel do art. 19, inciso VII, alínea “a”, do Convênio S/N, de15.12.70, celebrado pela União, Estados e Distrito Federal.

Quanto à situação descrita no item dois, estácorreto o entendimento da consulente.

Quanto à situação descrita no item quatro, aconsulente, querendo, poderá consultar o Estado de domicíliotributário da unidade emissora do documento fiscal, paraverificar a correção do procedimento.

Caso a Consulente esteja procedendodiferentemente do contido nessa resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/01, tem o prazo de 15dias, a partir da ciência desta, para adequar-se.

PROTOCOLO: 9.537.888-9

CONSULTA Nº: 56, de 26 de junho de 2007

CONSULENTE: ABB LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO DE MERCADORIA PARA COMPOR OPROCESSO INDUSTRIAL E IMPORTAÇÃO DEMERCADORIA PARA REVENDA. TRATAMENTOTRIBUTÁRIO.

RELATOR: ACHILES PENAYO DE CAMPOS

A Consulente, empresa industrial, comercial eprestadora de serviços, informa que por meio de sua filial deCuritiba opera com revenda de partes, peças e produtos demédia e alta tensão, utilizados na automação industrial e nadistribuição e controle de energia elétrica, que fabrica einstala subestações conversoras e transformadoras de energia

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.e que presta serviço de reparo e manutenção nos bens do ativopermanente de seus clientes.

Isso posto indaga:

a) há a possibilidade da aplicação do dispostono Art. 572-O do Regulamento do ICMS do Paraná, aprovado peloDecreto 5.141/01, às suas importações por meio dos portos deParanaguá e Antonina e dos aeroportos paranaenses, dematéria-prima, material intermediário ou secundário e dematerial de embalagens para ser utilizado em seu processoprodutivo?

b) Há a possibilidade de aplicação do dispostono Art. 572-Q do Regulamento do ICMS do Paraná, aprovado peloDecreto 5.141/01, às suas importações por meio dos portos deParanaguá e Antonina e dos aeroportos paranaenses, demercadorias destinadas a posterior revenda?

Após indagar registra seu entendimento de que épossível a aplicação dos dispositivos uma vez satisfeitos osrequisitos legais.

RESPOSTA

Preliminarmente, ressalte-se que a Lei n.14.985, de 6 de janeiro de 2006, que dispõe sobre a suspensãodo pagamento do ICMS e a concessão de crédito presumido nasimportações por aeroportos e portos de Paranaguá e Antonina,foi regulamentada pelo Decreto n. 6.144 de 22 de fevereiro de2006, que introduziu os artigos 572-O a 572-U no Regulamentodo ICMS, aprovado pelo decreto n. 5.141, de 12 de dezembro de2001.

O artigo 572-O aplica-se ao industrial querealizar a importação, por meio dos portos de Paranaguá eAntonina e dos aeroportos paranaenses, de matéria-prima,material intermediário ou secundário e de material deembalagens para ser utilizado em seu processo produtivo:

Art. 572-O. Fica concedida ao estabelecimentoindustrial que realizar a importação de bem oumercadoria por meio dos portos de Paranaguá eAntonina e de aeroportos paranaenses, com desembaraçoaduaneiro no Estado, a suspensão do pagamento doimposto devido nesta operação, quando da aquisiçãode:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

I - matéria-prima, material intermediário ousecundário, inclusive material de embalagem, para serutilizado em seu processo produtivo;

(...)

§ 1º Em relação às aquisições de que trata o incisoI, o pagamento do imposto suspenso será efetuado porocasião da saída dos produtos industrializados,podendo o estabelecimento industrial escriturar emconta-gráfica, no período em que ocorrer a respectivaentrada, um crédito correspondente a 75% (setenta ecinco por cento) do valor do imposto devido, até olimite máximo de nove por cento sobre o valor da basede cálculo da operação de importação, e que resulteem carga tributária mínima de três por cento.

(...)

Quando o estabelecimento industrial realizarimportação, por meio dos portos de Paranaguá e Antonina e dosaeroportos paranaenses, de mercadorias para revenda, aplica-seo disposto no artigo 572-Q, por força do que dispõe o seu §5º:

Art. 572-Q. Aos estabelecimentos comerciais e nãoindustriais contribuintes do imposto que realizarem aimportação de bens para integrar o ativo permanenteou de mercadorias, por meio dos Portos de Paranaguá ede Antonina e de aeroportos paranaenses, ficaconcedido crédito presumido correspondente a 75%(setenta e cinco por cento) do valor do impostodevido, até o limite de nove por cento sobre o valorda base de cálculo da operação de importação, e queresulte em carga tributária mínima de três por cento.

(...)

§ 5º O disposto neste artigo aplica-se, inclusive,aos estabelecimentos industriais que importaremmercadorias para revenda, sem que estas sejamsubmetidas a novo processo industrial.

Reproduz-se ainda o art. 572-T que trata dashipóteses de vedação ao tratamento tributário:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Art. 572-T. O tratamento tributário de que trata esteCapítulo não se aplica:

I - às importações de petróleo e seus derivados,combustíveis e lubrificantes de qualquer natureza,veículos automotores, armas e munições, perfumes ecosméticos;

II - às mercadorias sujeitas ao regime desubstituição tributária, e a produtos primários deorigem animal, vegetal ou mineral, e farmacêuticos;

III - às mercadorias alcançadas por diferimentoconcedido pelo regime especial de que trata o § 3ºdo art. 86;

IV - às mercadorias alcançadas pelo diferimento deque tratam os artigos 87, 89 e 91;

V - às operações de importação realizadas porcontribuintes autorizados a receber o tratamentotributário de que trata a Lei n. 13.971, de 26 dedezembro de 2002;

VI - às importações realizadas por prestadores deserviço de transporte e de comunicação;

VII - cumulativamente com outros benefícios fiscais.

Por fim, insta destacar que a destinação doproduto importado deve ser declarada, caso a caso, pelocontribuinte, cabendo ainda as conferências fiscais de praxe aserem efetuadas pela Repartição Fazendária.

Caso a Consulente esteja procedendodiferentemente do contido nessa resposta, em razão dadeterminação do artigo 591, do RICMS/01, tem o prazo de 15dias, a partir da ciência desta, para adequar-se.

PROTOCOLO: 9.448.089-2

CONSULTA Nº: 57, de 14 de julho de 2007

CONSULENTE: COMERCIAL DE ALIMENTOS IRMÃOS ALVES.

SÚMULA: ICMS. VENDA AMBULANTE

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

RELATOR: ACHILES PENAYO DE CAMPOS

A consulente informa que realiza vendaambulante, com emissão de nota fiscal geral por processamentode dados, com CFOP 5.904 ou 6.904, e que, por ocasião daefetiva venda, emite, manualmente, nota fiscal, com CFOP 5.103ou 6.103, que posteriormente é digitada no sistema.

Indaga se está correto o seu procedimento.

RESPOSTA

Os procedimentos atinentes à venda ambulante semdestinatário certo, inclusive por meio de veículo, em conexãocom estabelecimento fixo, estão disciplinados nos art. 267,268 e 269 do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n.5.141/2001:

Art. 267. Nas saídas internas ou interestaduais demercadoria para realização de operações fora doestabelecimento, sem destinatário certo, inclusivepor meio de veículo, em conexão com estabelecimentofixo, o contribuinte emitirá nota fiscal paraacompanhar a mercadoria no seu transporte, a qual,além dos requisitos exigidos, conterá (ConvênioSINIEF de 15.12.70, art. 41):

(...)

III - a natureza da operação “Remessa para vendaambulante - Nota Fiscal Geral”; grifamos

(...)

Art. 268. Por ocasião da venda da mercadoria, deveráser emitida nota fiscal, que além dos requisitosexigidos, conterá:

(...)

II - a natureza da operação “Venda Ambulante”.grifamos

(...)

Os Códigos Fiscais de Operações que devem ser

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.utilizados nas operações estão previstos no Anexo IV doRICMS/2001:

ANEXO IV - CÓDIGOS

TABELA I - CÓDIGOS FISCAIS DE OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES

Grupo Grupo

5.904 6.904 Remessa para venda fora doestabelecimento

5.103 6.103 Venda de produção doestabelecimento, efetuada fora do estabelecimento

Diante do exposto, está correto o procedimentoda consulente no que diz respeito à emissão das notas fiscaisemitidas com os CFOP que especifica.

Quanto à emissão de nota fiscal de vendamanualmente, para posterior registro no sistema deprocessamento de dados, considerando, por analogia, o dispostono artigo 370 do RICMS/01, responde-se afirmativamente àconsulente.

Art. 370. No caso de impossibilidade técnica para aemissão dos documentos por processamento de dados, emcaráter excepcional, poderá o documento serpreenchido de outra forma, hipótese em que os dadosdo mesmo deverão ser incluídos no sistema (ConvênioICMS 31/99).

Precedentes, ainda, na Consulta 209/95.

PROTOCOLO: 9.122.488-7

CONSULTA Nº: 58, de 23 de julho de 2007

CONSULENTE: TIM SUL S/A.

SÚMULA: ICMS. VENDA A CONSUMIDOR FINAL COMPARTICIPAÇÃO DE REVENDEDOR.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

RELATORA: LIMI OIKAWA

A consulente, estabelecida em São José dosPinhais, informa que tem como objetivo a distribuição deaparelhos celulares nos Estados do Paraná, Santa Catarina eRio Grande do Sul, para revendas e para lojas próprias.Informa também que em alguns casos são feitas vendas diretaspara o cliente, como pessoas jurídicas, grandes clientes eórgãos do governo Municipal, Estadual e Federal.

Nos casos de vendas para pessoas físicas eentidades de classes (associações, profissionais liberais,etc.), os aparelhos de celulares são retirados pelos clientesdiretamente em uma revenda credenciada, pois os mesmosprecisam ser habilitados na rede TIM, e o transporte dosaparelhos até a revenda credenciada, a qual irá efetuar ahabilitação da linha, é feito acobertada pela própria notafiscal de venda, com a informação no quadro “informaçõescomplementares” do local da entrega, contendo, além doendereço da entrega, a razão social da revenda, o CNPJ e ainscrição estadual, não prejudicando o destaque do impostodevido ou causando prejuízo ao Fisco.

Posto isto, indaga:

É correto informar no campo “informaçõescomplementares” o local de entrega, visto que o procedimentoestá previsto na alínea “a”, do inciso VII, do art. 120 doRICMS, aprovado pelo Decreto nº 5.141/01?

Este tipo de procedimento pode ser aplicado,também, em operações interestaduais?

Complementarmente, informou a Consulente que: “ahabilitação é feita através da revenda, pois a mesma recebeuma comissão e o cliente quer um contato direto, para maisinformações sobre o plano ou o aparelho no momento da entrega,o CDL não faz habilitação de TIM CHIP que segue com oaparelho, este serviço exclusivamente em lojas próprias ourevendas”.

RESPOSTA

A possibilidade de consignar informações sobre olocal de entrega, quando diferente do endereço dodestinatário, encontra-se prevista na alínea “a” do inciso VII

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.do art. 19 do SINIEF, bem como na alínea “a” do inciso VII doart. 117 do RICMS/01, e não no art. 120 como mencionado pelaConsulente.

Art. 19. A nota fiscal conterá, nos quadros e campospróprios, observada a disposição gráfica dos modelos1 e 1-A, as seguintes indicações:

...

VII - no quadro “DADOS ADICIONAIS”:

a) no campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES” - outrosdados de interesse do emitente, tais como: número dopedido, vendedor, emissor da nota fiscal, local deentrega, quando diverso do endereço do destinatárionas hipóteses previstas na legislação, propaganda,etc.;

Nova redação dada ao art. 19 pelo Ajuste 03/94,efeitos a partir de 05.10.94.

-----------------------

Art. 117. A nota fiscal conterá, nos quadros e campospróprios, observada a disposição gráfica dos modelos1 e 1-A, as seguintes disposições (Convênio SINIEF,de 15.12.70, Ajustes SINIEF 07/71, 16/89 e 03/94):

...

VII - no quadro “DADOS ADICIONAIS”:

a) no campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES” - outrosdados de interesse do emitente, tais como: número dopedido, vendedor, emissor da nota fiscal, local deentrega, quando diverso do endereço do destinatárionas hipóteses previstas na legislação, propaganda,etc.;

Verifica-se que a operação descrita não secaracteriza numa venda direta entre o cliente e a Consulente,pois o cliente dirige-se a um terceiro estabelecimento (arevenda) para obter o aparelho celular.

O terceiro estabelecimento, no caso, umarevenda autorizada pela Consulente, pratica comercializaçãoem nome próprio, mantém relação comercial com o consumidorfinal, efetuando a habilitação e a entrega do aparelho.

No caso, não se pode considerar uma meraintermediação para fins de habilitação do aparelho celular,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.tendo em vista a autonomia dos estabelecimentos, a realizaçãode uma operação mercantil de compra e venda em que ocorre ofato gerador do ICMS.

Posto isto, temos que o procedimento daConsulente não encontra amparo na legislação. Assim, na notafiscal emitida pela Consulente deverá constar comodestinatária da mercadoria o estabelecimento revendedor, quepor sua vez, emitirá a nota fiscal tendo o cliente comodestinatário. O mesmo entendimento foi dado pela Consulta nº110/97.

Procedimento igual deve ser efetuado em relaçãoàs operações interestaduais.

De conformidade com o contido no art. 591 doRICMS, no que estiver procedendo de forma diversa à exposta napresente resposta, tem a Consulente o prazo de quinze diaspara adequar seu procedimento.

PROTOCOLO: 9.129.920-8

CONSULTA Nº: 59, de 02 de julho de 2007

CONSULENTE: INDUSCANY DO BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. ÓLEO DE AVES. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente atua na fabricação de alimentos einforma que adquire resíduo de incubatório, resíduo derefeitório, resíduo de borra, resíduo de torresmo e víscerasde frango e, a partir desses resíduos industriais, fabrica erevende farinha de vísceras e óleo de resíduo de frangodestinado à alimentação animal.

Entende que o óleo de resíduo de frango é objetode diferimento nas operações internas, conforme artigo 89,incisos III e VIII; que as operações interestaduais tem orecolhimento antecipado do imposto, em consonância com odisposto no artigo 56, II, alínea “e”; e que há previsão pararedução da base de cálculo, de acordo com o disposto no AnexoII, Tabela I, item 11, alínea “g”, todos do Regulamento doICMS, aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001.

Assim, considerando que o óleo de resíduo de

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.frango é um resíduo industrial destinado à alimentação animal,a consulente inquire, acerca deste produto:

1. É beneficiado com diferimento nas vendasinternas?

2. Se afirmativa a resposta, enquadrar-se-ia noinciso III ou inciso VIII do artigo 89 do Regulamento do ICMS?

3. Tem direito à redução da base de cálculoantes mencionada?

4. Nas vendas interestaduais, o recolhimento doimposto é realizado antecipadamente ou em conta gráfica?

RESPOSTA

Reproduzem-se, de início, as disposições doRegulamento do ICMS invocadas pela consulente, com destaques:

Art. 56. O ICMS deverá ser pago nas seguintes formase prazos (art. 36 da Lei n. 11.580/96):

...

II - em Guia de Recolhimento do Estado do Paraná -GR-PR, por ocasião da ocorrência do fato gerador, nasoperações com os seguintes produtos, ressalvadas ashipóteses de diferimento, de suspensão ou do regimeespecial de que trata a Seção III do Capítulo VIIIdo Título I, e das operações realizadas pelaCompanhia Nacional de Abastecimento - CONAB/PGPM:

...

e) couro verde, salgado ou salmourado, produtogorduroso não comestível de origem animal, inclusivesebo, osso, chifre e casco (Convênio ICMS 89/99);

Art. 89. É diferido o pagamento do imposto nasoperações com as seguintes mercadorias:

...

III - farinhas de peixe, de ostra, de carne, de osso,de pena, de sangue e de víscera; óleos de aves e depeixes;

...

VIII - resíduos industriais e demais ingredientes

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

protéicos resultantes da peneiração, moagem ou deoutros tratamentos de grão de cereais ou deleguminosas ou da extração de óleos ou gordurasvegetais, destinados à alimentação animal ou aoemprego na fabricação de ração animal;

Anexo II – Tabela I – item 11: A base de cálculo éreduzida para 40% nas operações, até 30.04.2008, comos seguintes INSUMOS AGROPECUÁRIOS (Convênios ICMS100/97, 05/99, 10/01, 58/01, 21/02 e 18/05):

...

g) alho em pó, sorgo, sal mineralizado, farinhas depeixe, de ostra, de carne, de osso, de pena, desangue e de víscera, calcário calcítico, caroço dealgodão, farelos e tortas de algodão, de babaçu, decacau, de amendoim, de linhaça, de mamona, de milho ede trigo, farelos de arroz, de girassol, de glúten demilho, de gérmen de milho desengordurado, de quirerade milho, de casca e de semente de uva e de polpacítrica, glúten de milho, feno, e outros resíduosindustriais, destinados à alimentação animal ou aoemprego na fabricação de ração animal (Convênio ICMS152/02);

Assim, quanto à 1ª questão, responde-seafirmativamente.

Acerca da 2ª questão, verifica-se que odiferimento ao qual se enquadra o produto “óleo de resíduo defrango” denominado pela consulente é o inciso III do artigo89, ao estabelecer o referido tratamento tributário aos “óleosde aves”. Nota-se que o inciso VIII, por seu turno, éaplicável tão-somente aos óleos vegetais.

No que é atinente à 3ª questão, observa-se que aconsulente é fabricante do “óleo de resíduo de aves”, sendoeste, portanto, o produto resultante de seu processo deindustrialização, não um resíduo.

Desta forma, considerando o que determina oartigo 111, II, do Código Tributário Nacional, e não estando oreferido produto dentre aqueles expressamente elencados naalínea “g” do item 11 da Tabela I do Anexo II do Regulamentodo ICMS, como também não se caracterizando como resíduoindustrial, resta inaplicável a redução da base de cálculopretendida.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Com referência à 4ª questão, esclarece-se que opagamento do imposto dá-se por ocasião da ocorrência do fatogerador, já que o produto fabricado pela consulenteconfigura-se como “gorduroso não comestível de origemanimal”, conforme prevê o artigo 56, II, alínea “e”, antestranscrito.

Por derradeiro, ressalta-se que, a partir daciência desta, terá a consulente, em observância aos artigos586, I, e 591 do Regulamento do ICMS, o prazo de quinze diaspara, respectivamente, promover os recolhimentos acaso devidose ajustar os seus procedimentos em conformidade com o que foiaqui esclarecido, no caso de que os esteja praticandodiversamente.

PROTOCOLO: 9.512.843-2

CONSULTA Nº: 60, de 02 de julho de 2007

CONSULENTE: SIG COMBIBLOC DO BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. INDÚSTRIA. IMPORTAÇÃO DEINSUMOS. CRÉDITO PRESUMIDO. SUSPENSÃO.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente dedica-se à compra e venda deequipamentos de enchimento e empacotamento, informando quepassará à condição de industrial, quando promoverá aimportação de insumos que serão empregados na fabricação deembalagens cartonadas do tipo longa vida.

Aduz que grande parte desses insumos seráoriginário da Europa e que o desembaraço aduaneiro dar-se-ápelos portos de Antonina e Paranaguá, fazendo jus aotratamento tributário disciplinado pelos artigos 87-A e 572-Odo Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001.

Com isso, assim especifica os procedimentos quejulga adequados nas aludidas operações de importação deinsumos:

- insumos importados à alíquota de 18%;

- aplicação do disposto no artigo 87-A (reduçãoda base de cálculo), resultando na alíquota de 12%;

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

- suspensão do imposto incidente a essa alíquotade 12% até o momento da saída do produto industrializado;

- escrituração de um crédito presumidocorrespondente a 75% do valor do imposto devido (9% da base decálculo), culminando com uma alíquota de 3% sobre a base decálculo;

- o valor resultante da aplicação do percentualde 3% será incorporado, e não acrescido, ao imposto recolhidopor ocasião da saída do produto industrializado, calculado àalíquota de 12% ou 18%.

Conclui interpretando que, nessas condições, nãorealizará qualquer pagamento do imposto, uma vez que o valor arecolher será lançado no campo “Outros Débitos” do livroRegistro de Apuração do ICMS, no mês de ocorrência dacirculação do produto industrializado, segundo o artigo 56,VI, “a”, item 2 do Regulamento do ICMS, e liquidado com opróprio crédito decorrente do lançamento contábil.

Assim, prossegue asseverando que efetuará olançamento do crédito do imposto suspenso até o momento dasaída do produto industrializado, no percentual de 3%,procedendo à incorporação do referido valor ao ICMS devidopela saída do produto final.

Requer confirmação do entendimento explicitado.

RESPOSTA

A situação narrada é regida pelos seguintesdispositivos do Regulamento do ICMS:

Art. 87-A. Fica, também, diferido o pagamento doimposto nas saídas internas entre contribuintes e nasoperações de importação, por contribuinte, demercadorias, na proporção de:

I - 33,33% do valor do imposto, na hipótese daalíquota ser 18%;

Art. 572-O. Fica concedida ao estabelecimentoindustrial que realizar a importação de bem oumercadoria por meio dos portos de Paranaguá eAntonina e de aeroportos paranaenses, com desembaraçoaduaneiro no Estado, a suspensão do pagamento do

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

imposto devido nesta operação, quando da aquisiçãode:

I - matéria-prima, material intermediário ousecundário, inclusive material de embalagem, para serutilizado em seu processo produtivo;

...

§ 1º Em relação às aquisições de que trata o incisoI, o pagamento do imposto suspenso será efetuado porocasião da saída dos produtos industrializados,podendo o estabelecimento industrial escriturar emconta-gráfica, no período em que ocorrer a respectivaentrada, um crédito correspondente a 75% (setenta ecinco por cento) do valor do imposto devido, até olimite máximo de nove por cento sobre o valor da basede cálculo da operação de importação, e que resulteem carga tributária mínima de três por cento.

...

§ 4° Nos casos de aplicação cumulativa do diferimentoparcial previsto no art. 87-A, o estabelecimentoindustrial deverá escriturar diretamente emconta-gráfica, por ocasião da entrada da mercadoria,crédito presumido de nove por cento calculado sobre abase de cálculo da operação de importação, hipóteseem que o débito relativo ao imposto suspenso de quetrata o §1º ficará incorporado ao imposto recolhidopor ocasião da saída da mercadoria industrializada.

Analisando-se a legislação transcrita, emcolação com a exposição da consulente, observa-se que oentendimento esposado merece reparos conceituais eprocedimentais, com o que se perfaz necessário elencar ospassos aplicáveis à questão examinada.

Primeiramente, imperioso frisar que o artigo87-A não estabelece redução da base de cálculo, masdiferimento parcial do pagamento do imposto, bem assim que ospercentuais de 12% e de 3% resultantes da aplicação,respectivamente, do dispositivo mencionado e do artigo 572-O,não significam alíquotas, mas carga tributária resultante,após os tratamentos tributários assinalados.

Com isso, esclarece-se que, em seguida àaplicação da alíquota interna sobre a base de cálculo deimportação dos insumos, far-se-á o diferimento parcial de quetrata o artigo 87-A e, após, o cálculo do crédito presumido,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.na forma do artigo 572-O, com a suspensão do imposto, até omomento da operação de saída do produto industrializado, nopercentual de 3% a ser incorporado ao valor do impostoincidente nessa operação.

Exemplificando e adotando, como hipótese, umabase de cálculo de R$ 100.000,00, apurada na forma do artigo6º, inciso V e § 1º da Lei 11.580/96, e uma alíquota internade 18% incidente sobre os insumos objeto da importação,tem-se:

Base de cálculo da importação- art. 6º, V e §1º, da Lei11.580/96

100.000,00

Imposto após alíquotaincidente – hipótese 18%

18.000,00

Imposto após diferimentoparcial – hipótese deaplicabilidade

12.000,00

Crédito presumido do § 1º doart. 572-O – hipótese deaplicabilidade (art. 572-T)

9.000,00

Imposto resultante – cargatributária de 3%

3.000,00

Recolhimento do imposto antesda saída do produto final

Não há

Pagamento do imposto de 3%suspenso na importação

Simples aplicação da alíquotacorrespondente ao produtofinal, quando da saída deste

Estorno eventual de crédito –art. 572-P

Hipótese

* Tabela apenas exemplificativa, sujeita à observância da legislaçãotributária nos seus vários aspectos.

Insta observar que o pagamento do imposto de 3%,devido pela importação dos insumos, ocorre de maneiraincorporada ao débito da operação de saída do produto finalresultante do processo de fabricação.

Importa considerar, ainda, o disposto nos

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.artigos 572-P e 572-T do Regulamento do ICMS, como segue:

Art. 572-P. Não será exigido o estorno dos créditosrelativos às aquisições de que trata o art. 572-O nahipótese em que a posterior saída da mercadoriaindustrializada seja beneficiada com a imunidade emrazão de exportação para o exterior, com a isençãopor saída para a Zona Franca de Manaus e Áreas deLivre Comércio, ou esteja sujeita ao diferimento.

Art. 572-T. O tratamento tributário de que trata esteCapítulo não se aplica:

I - às importações de petróleo e seus derivados,combustíveis e lubrificantes de qualquer natureza,veículos automotores, armas e munições, perfumes ecosméticos;

II - às mercadorias sujeitas ao regime desubstituição tributária, e a produtos primários deorigem animal, vegetal ou mineral, e farmacêuticos;

III - às mercadorias alcançadas por diferimentoconcedido pelo regime especial de que trata o § 3ºdo art. 86;

IV - às mercadorias alcançadas pelo diferimento deque tratam os artigos 87, 89 e 91;

V - às operações de importação realizadas porcontribuintes autorizados a receber o tratamentotributário de que trata a Lei n. 13.971, de 26 dedezembro de 2002;

VI - às importações realizadas por prestadores deserviço de transporte e de comunicação;

VII - cumulativamente com outros benefícios fiscais.

Parágrafo único. A vedação de que trata este artigonão se aplica às operações com cevada cervejeira,classificada na posição 1003.0091 da NCM, e com sal agranel, sem agregados, classificado na posição2501.0019 da NCM, quando importados porestabelecimento industrial.

Portanto, a aplicabilidade do tratamentotributário em análise condiciona-se às disposições do artigo572-T, sendo compulsório observar também que, verificada aposterior saída do produto industrializado sob amparo debenefícios fiscais específicos, deverá ser observada a

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.disciplina do artigo 572-P do Regulamento do ICMS, no sentidode averiguar a eventual necessidade para estorno parcial outotal do crédito fiscal antes aproveitado.

Ressalva-se, por necessário, ainda, que asorientações aqui firmadas tem aplicação tão-somente no caso deque o estabelecimento da consulente passe efetivamente àcondição de industrial, conforme inicialmente informado, postoque o contrato social apresentado não contempla como objetosocial a referida hipótese.

PROTOCOLO: 8.798.778-7

CONSULTA Nº: 61, de 12 de julho de 2007

CONSULENTE: GUAÍRA PALACE HOTEL LTDA.

SÚMULA: ICMS. PREENCHIMENTO DE DOCUMENTOS FISCAIS.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente, atuando no ramo hoteleiro, comvenda de produtos comestíveis e de bebidas aos seus hóspedes,informa que emite Notas Fiscais modelo 1, por processamento dedados, para documentar as operações com mercadorias.

Esclarece que o número do CPF algumas vezes nãoé fornecido pelos hóspedes, que se recusam a fazê-lo, caso emque emite Nota Fiscal de Venda a Consumidor, de maneira aevitar a rejeição dos arquivos magnéticos que ocorreria devidoà omissão daquele número, se emitida a Nota Fiscal modelo 1.

Questiona, ainda, quanto à forma correta depreencher os documentos fiscais, no caso de hóspedesestrangeiros.

Aduz, também, que em algumas oportunidades é onúmero do CNPJ que não é fornecido, por não ter sidomemorizado pelo hóspede, ou mesmo por ter sido informado cominexatidão, casos em que igualmente ocorre rejeição aosarquivos magnéticos.

Inquire, assim, quanto aos corretosprocedimentos a serem adotados.

RESPOSTA

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

De início, firma-se que a recusa no fornecimentodo CPF não se presta a afastar a necessidade do completopreenchimento de documentos fiscais, se obrigatório este,inclusive porque os dados dos hóspedes são usualmentecoletados já quando realizado o “check in” no estabelecimento,mais precisamente quando preenchida a Ficha Nacional deRegistro de Hóspedes – FNRH, prevista no Regulamento Geral dosMeios de Hospedagem.

Por seu turno, quanto à Nota Fiscal de Venda aConsumidor, assim dispõe o Regulamento do ICMS, aprovado peloDecreto n. 5.141/2001:

Art. 122. Na venda a vista, a consumidor, em que amercadoria for retirada ou consumida no próprioestabelecimento pelo comprador, poderá ser emitida aNota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, queconterá as seguintes indicações (Convênio SINIEF, de15.12.70, arts. 50 e 51):

...

I - a denominação “Nota Fiscal de Venda aConsumidor”;

II - o número de ordem, a série e subsérie e o númeroda via;

III - a data da emissão;

IV - o nome, o endereço e os números de inscrição,estadual e no CNPJ, do estabelecimento emitente;

V - a discriminação da mercadoria, quantidade, marca,tipo, modelo, espécie, qualidade e demais elementosque permitam sua perfeita identificação;

VI - os valores unitário e total da mercadoria e ovalor total da operação;

VII - o nome, o endereço e os números de inscrição,estadual e no CNPJ, do impressor da Nota, a data e aquantidade da impressão, o número de ordem daprimeira e da última Nota impressas, a série esubsérie, bem como o número da AIDF.

Logo, na emissão do referido documento não háobrigatoriedade de indicação do CPF do adquirente, comocorretamente conclui a consulente.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

No caso de pessoa jurídica, observa-se que asdificuldades relatadas pela consulente podem, de fato, serdirimidas mediante simples consulta realizada no Sintegra,cujo link é encontrado na página da Secretaria de Estado daFazenda na internet (www.fazenda.pr.gov.br).

Acerca das operações de venda de mercadoriasefetuadas a consumidor final estrangeiro, em que for emitida aNota Fiscal modelo 1, o campo relativo ao CNPJ/CPF deverá serpreenchido com algarismos zero. Insta observar que, nessahipótese, o campo referente à inscrição estadual deveráassinalar o termo “ISENTO” e o campo da unidade da Federação aabreviatura “EX”.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir daciência desta, terá a consulente, em observância ao artigo 591do Regulamento do ICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequaros seus procedimentos em conformidade com o que foi aquiesclarecido, no caso de que os esteja praticando diversamente.

PROTOCOLO: 9.368.661-6

CONSULTA Nº: 62, de 09 de julho de 2007

CONSULENTE: ODERÇO FRANCISCO DE MATOS FILHO

ASSUNTO: ICMS. SAÍDAS DE MERCADORIAS. FRETE. COBRANÇAEM SEPARADO. BASE DE CÁLCULO. INTEGRAÇÃO.RECOLHIMENTO EXTEMPORÂNEO.

RELATOR: RANDAL SODRÉ FRAGA

A consulente diz contratar serviços detransporte para entrega de produtos aos seus clientes,assumindo a responsabilidade pelo pagamento dessas prestações.Diz que o custo dos serviços é repassado ao cliente mediantedestaque do respectivo valor no campo "fretes" do documentofiscal de saída, custo esse que integra a base de cálculo daoperação e o valor total da nota fiscal.

Por defeitos no software utilizado para emissãode suas notas fiscais, os valores dos fretes repassados aosclientes vem sendo lançados no campo "despesas acessórias" dodocumento, os quais deixaram de ser oferecidos à tributação apartir de AGOSTO de 2006. Entretanto, informa que já requereu

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.ao programador a correção do software, para que o valor dofrete seja informado no campo correto.

Após estas informações, questiona:

1) O valor dos serviços de frete cobrados pelatransportadora da consulente deve ser oferecido à tributaçãodo ICMS?

2) É possível o aproveitamento do créditodestacado no CTRC emitido pela transportadora contra aconsulente?

3) Qual o conceito dado por este Setor sobre"serviços de transportes efetuados pelo próprio remetente" "oupor sua conta e ordem, e sejam cobrados separadamente",conforme norma inscrita no art. 6°, § 1°, inciso II, do RICMS?

4) Em relação às operações em que o frete foidestacado no campo "despesas acessórias", é necessária aexpedição de cartas de correção para informar ao cliente e aoFisco tratar-se de cobrança de frete, já que tais valoresdeveriam ter composto a base de cálculo da operação?

RESPOSTA

No tocante à questão 1, informa-se que o valorcobrado do seus clientes, a título de frete, integra a base decálculo da operação de saída da mercadoria, por força dodisposto pela Lei n° 11.580/96, conforme transcrição a seguir:

Art. 5° Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento:

I - da saída de mercadoria de estabelecimento decontribuinte, ainda que para outro estabelecimento domesmo titular;

Art. 6° A base de cálculo do imposto é:

I - nas saídas de mercadorias previstas nos incisosI, III e IV do art. 5°, o valor da operação;

(..)

§ 1° Integra a base de cálculo do imposto, inclusivena importação do exterior de mercadoria ou bem (LeiComplementar n°. 114/02):

(...)

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

II- o valor correspondente a:

(...)

b) frete, caso o transporte seja efetuado pelopróprio remetente ou por sua conta e ordem e sejacobrado em separado.

Considerando-se que a consulente afirma que ovalor do frete é por sua conta e ordem cobrado em separado docliente, deverá tal importância compor a base de cálculo daoperação de venda das suas mercadorias.

Em relação à questão n° 2, o ICMS destacado noCTRC emitido pela transportadora e nominativo à consulentepoderá ser aproveitado como crédito, desde que os serviçossejam contratados na cláusula CIF (pagos pela consulente),conforme dicção do art. 24 da Lei n° 11.580/96:

Art. 24. Para a compensação a que se refere o artigoanterior, é assegurado ao contribuinte o direito decreditar-se do imposto anteriormente cobrado emoperações de que tenha resultado a entrada demercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou aoativo permanente, ou o recebimento de serviços detransporte interestadual e intermunicipal ou decomunicação.

Em relação à questão de número 3, conformeesclarecido na Resposta do Setor Consultivo da SEFA n° 45, de19 de fevereiro de 2004, "ao Setor Consultivo incumbe somenteesclarecer dúvidas em relação aos dispositivos da legislação,não lhe competindo firmar conceitos." Portanto, tratando-se dequestionamento que visa a fixação de conceitos, deixa-se derespondê-lo.

Por fim, relativamente à questão de n° 4,considerando-se que a consulente informa que o valor do fretenão compôs a base de cálculo das operações de saída no períodocitado, vez que, por erro do software, referido valor foiconsignado no campo "despesas acessórias", utiliza-se dosmesmos fundamentos da resposta à questão de número 1 paraesclarecer que referido valor deve compor a base de cálculo doICMS e que a informação deveria ter sido registrada no campoespecífico, conforme determina o RICMS em seu art. 117, IV,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS."f”:

Art. 117. A nota fiscal conterá, nos quadros e campospróprios, observada a disposição gráfica dos modelos1 e 1-A, as seguintes disposições (Convênio SINIEF,de 15.12.70, Ajustes SINIEF 07/71, 16/89 e 03/94):

(...)

IV - no quadro "CÁLCULO DO IMPOSTO":

(...)

f) o valor do frete;

Como o valor do frete não compôs a base decálculo das operações, deverá ser emitida nota fiscalcomplementar, ao invés de cartas de correção, conformeestabelece o art. 179, II, §§ 2° e 4°, do mesmo diploma, parafins de recolhimento extemporâneo do ICMS devido, adicionadodos acréscimos legais especificados pelo art. 38 ( e art. 37,se for o caso) da Lei n° 11.580/96, c/c art. 2° da Lei n°15.450/2007, em razão da inadimplência informada:

Art. 179. Os documentos fiscais serão também emitidosnos seguintes casos (Convênio SINIEF, de 15.12.70,art. 21; Convênio SINIEF 06/89, arts. 4° e 89;Ajustes SINIEF 01/85, 01/86 e 01/89):

(...)

II - para lançamento do imposto não pago na épocaprópria em virtude de erro de cálculo ou outro,quando a regularização ocorrer no período de apuraçãodo imposto em que tenha sido emitido o documentofiscal original;

(...)

§ 2° Nas hipóteses dos incisos II e III, se aregularização não se efetuar dentro dos prazosmencionados, o documento fiscal também será emitido,sendo que as diferenças, com os acréscimos legais,serão recolhidas por ocasião de sua emissão, devendoser indicado, na via fixa, o código do agentearrecadador e a data da guia de recolhimento.

(...)

§ 4° No documento fiscal complementar deverá constar

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

o motivo determinante da emissão e, se for o caso, onúmero e a data do documento originário, bem como odestaque da diferença do imposto, se devido.

No tocante aos acréscimos leqais:

Lei nº 11.580/96:

Art. 37. Na falta de pagamento na data devida, ovalor do crédito tributário, inclusive o decorrentede multas, será atualizado monetariamente, excetoquando garantido pelo depósito, na forma da lei, doseu montante integral.

§ 1° Para os efeitos deste artigo, utilizar-se-á avariação do valor do Fator de Conversão e AtualizaçãoMonetária - FCA, ou outro índice que preserveadequadamente o valor real do imposto, na formaregulamentada pelo Poder Executivo. § 2° Adotada aatualização monetária, é permitida a aplicação " prorata" do índice.

§ 3° Visando a uniformização do cálculo daatualização monetária do crédito tributário, aFazenda poderá optar pelo índice fixado pela União nacobrança dos impostos federais.

§ 4° A Secretaria da Fazenda divulgará,periodicamente, os fatores de conversão eatualização.

§ 5° Quando não for possível precisar a data daocorrência do fato gerador, adotar-se-á, para ocálculo da atualização monetária, a média aritméticados índices do período verificado.

§ 6° Nos casos de parcelamento, a atualizaçãomonetária será calculada até a data da celebração dorespectivo termo de acordo e, a partir desta, até adata do efetivo pagamento de cada parcela.

§ 7° Quando o pagamento da atualização monetária oudos juros for a menor, a insuficiência seráatualizada a partir do dia em que ocorreu aquelepagamento.

§ 8° Para determinação do valor do imposto a serexigido em auto de infração, os valores originaisdeverão ser atualizados, nos termos definidos nestaLei, a partir da ocorrência da infração até a data dalavratura do auto, e desta até a do efetivo

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

pagamento.

Art. 38. O crédito tributário, inclusive o decorrentede multas, atualizado monetariamente, será acrescidode juros de mora, equivalentes à taxa referencial doSistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC,para títulos federais, acumuladas mensalmente, ao mêsou fração.

§ 1° Será de 1% (um por cento) ao mês ou fração opercentual de juros de mora:

a) até cento e oitenta dias da data em que expirar oprazo de pagamento, desde que o crédito tributáriocorrespondente seja pago ou parcelado;

b) relativo ao mês em que o pagamento estiver sendoefetuado.

§ 2° Em nenhuma hipótese, os juros de mora previstosneste artigo poderão ser inferiores à taxa de jurosestabelecida no art. 161, § 10 do Código TributárioNacional.

§ 30 Os juros previstos neste artigo serão contados apartir do mês em que expirar o prazo de pagamento.

§ 4° No caso de parcelamento, os juros de mora serãocalculados até o mês da celebração do respectivotermo de acordo e, a partir daí, nova contagem até omês do efetivo pagamento de cada parcela.

§ 5° Nos casos de verificação fiscal, quando não forpossível precisar a data da ocorrência do fatogerador, adotar-se-á:

I - o índice correspondente ao mês de julho, quando operíodo objeto de verificação coincidir com o anocivil;

II - o índice correspondente ao mês central doperíodo, se o número de meses for ímpar, ou ocorrespondente ao primeiro mês da segunda metade doperíodo, se aquele for par.

§ 6° A Secretaria da Fazenda divulgará, mensalmente,a taxa a que se refere o "caput" deste artigo.

Lei 15.450/07

Art. 2° Em relação aos créditos tributários não pagosna época própria, inclusive os decorrentes de multas,a aplicação dos juros, tomando-se por base a taxareferencial do Sistema Especial de Liquidação e de

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Custódia - SELIC, afasta a cumulação de qualqueríndice de correção monetária.

Parágrafo único. O disposto no caput desse artigo,aplica-se ao estoque dos créditos tributáriosexistentes.

No que houver procedido de forma diversa, aconsulente terá o prazo de até 15 (quinze) dias paraadequar-se ao que foi esclarecido, independentemente dequalquer interpelação ou notificação fiscal (RICMS/01, art.591).

PROTOCOLO: 8.794.841-2

CONSULTA Nº: 63, de 12 de julho de 2007

CONSULENTE: COMERCIAL DE PNEUS TAQUARENSE LTDA.

SÚMULA: ICMS. RECAUCHUTAGEM DE PNEUS.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente, empresa prestadora de serviço noramo de recauchutagem de pneus, informa que os recebeacompanhados de nota fiscal com CFOP 1.915 ou 2.915 pararecauchutagem, e na devolução emite uma nota fiscal com CFOP5.916 ou 6.916 e outra de prestação de serviços.

Indaga se em relação à borracha e aos insumosutilizados deve emitir nota fiscal ou podem ter seus valoresagregados ao valor da nota fiscal de prestação de serviço.

RESPOSTA

No exercício da atividade de recauchutagem depneus, em bens de terceiros com fito de uso ou consumo e nãode revenda, constante da lista de serviços anexa a LeiComplementar n. 116, de 31 de julho de 2003: 14.04.Recauchutagem ou regeneração de pneus, a Consulente não estásujeita a incidência do imposto sobre operações relativas acirculação de mercadorias (ICMS), não sendo, por conseguinte,necessário emitir nota fiscal para fins de imposto estadual emrelação as borrachas e insumos utilizados exclusivamente na

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.prestação de serviço.

De ressaltar, no entanto, que se a recauchutagemou recondicionamento consistir em industrialização, na qual asborrachas e outros insumos são agregados aos pneusdanificados, como etapa intermediária de circulação damercadoria, ou seja para posterior revenda do pneurecondicionado, estas operações estarão sujeitas ao impostoestadual.

Nesse sentido foi a resposta da Consulta n. 57,de 11 de março de 2004, excertos:

... quando se fala em recauchutagem ou regeneração depneus, em restauração, recondicionamento,acondicionamento, pintura, beneficiamento, lavagem,secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização,corte, recorte, polimento, plastificação econgêneres, de objetos quaisquer, se não forencomendada pelo usuário final, situação em que ainterpretação legislativa deve considerar os produtosno conceito de bens que não mercadorias, o será poralgum tipo de estabelecimento que irá promoveroperação com intuito mercantil. Por conseqüência,nesta última hipótese, estarão os bens destinados aosciclos de industrialização e comercialização,inserido-se, portanto, na cadeia de operaçõesrelativas à circulação de mercadorias.

Assim, as operações com pneus que sofreramindustrialização, com emprego de borrachas e insumos, estarãosujeitas ao ICMS.

Caso a consulente esteja procedendodiferentemente do contido nesta resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001, tem prazo de 15dias, a partir da ciência desta para adequar-se.

PROTOCOLO: 9.117.972-5

CONSULTA Nº: 64, de 10 de julho de 2007

CONSULENTE: EISA – EMPRESA INTERAGRÍCOLA S.A.

SÚMULA: ICMS. MERCADORIA DESTINADA A EXPORTAÇÃO.IMPOSTO DEVIDO. CRÉDITO. FICHA DEAUTORIZAÇÃO E CONTROLE DE CRÉDITO.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

IMPOSSIBILIDADE.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente, atuando no comércio atacadista decafé cru em grão, informa que remeteu 450 sacas desse paraexportação pelo Porto de Santos e que, no trajeto de Rolândiaaté aquela cidade, a mercadoria foi roubada.

Aduz que na operação de remessa para exportaçãonão incide o ICMS, conforme o artigo 4º, inciso II, doRICMS/PR, aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001, no entanto, sea operação não se efetivar, o imposto é devido pelo remetenteda mercadoria. Uma vez que a mercadoria roubada foi adquiridaao abrigo do diferimento do imposto, o mesmo torna-se devidonos termos do artigo 97 e o seu pagamento deverá ser efetuadoconforme o artigo 56 do RICMS/2001.

Expõe que, em face da exigência do pagamentoantecipado e da sistemática de aproveitamento dos créditosfiscais em tal situação, ou seja, a exigência de que oscréditos sejam previamente homologados e liberados por meio daFicha de Autorização e Controle de Crédito – FACC, entende aConsulente que o pagamento pode ser efetuado utilizando-se doscréditos homologados em FACC.

Ante o exposto, indaga se o ICMS devido porocasião do encerramento do diferimento, cujo pagamento éantecipado, consoante artigo 56, inciso II, alínea “d”, doRICMS/2001, pode ser pago com crédito autorizado via FACC,consoante previsto na NPF 012/98.

RESPOSTA

Inicialmente, colaciona-se o artigo 114 doCódigo Tributário Nacional e o inciso I do artigo 5º da Lei n.11.580/96, verbis:

CTN:

Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é asituação definida em lei como necessária e suficienteà sua ocorrência.

...............

Lei nº 11.580/96:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento:

I - da saída de mercadoria de estabelecimento decontribuinte, ainda que para outro estabelecimento domesmo titular;

Verifica-se que, no tocante à mercadoriaroubada, não ocorreu a operação de “saída para o exterior”,pois a efetiva exportação dos produtos não se consumou.

Entretanto, deve-se ressaltar que a saída damercadoria do estabelecimento configura-se, em relação àobrigação principal, situação necessária e suficiente para aocorrência do fato gerador do imposto (art. 5º, inciso I daLei nº 11.580/96), não aperfeiçoado apenas à condição daimunidade uma vez que a exportação de fato não ocorreu.

Portanto, o imposto a ser recolhido será obtidocom a aplicação da alíquota interna para a mercadoria sobre abase de cálculo constituída pelo valor da operação de saídacom destino a exportação que não se efetivou.

Em relação a forma de pagamento, reproduz-se oartigo 56, inciso II, alínea “d” e o § 4º do RICMS/2001,litteris:

Art. 56. O ICMS deverá ser pago nas seguintes formase prazos (art. 36 da Lei n. 11.580/96):

..............

II - em Guia de Recolhimento do Estado do Paraná -GR-PR, por ocasião da ocorrência do fato gerador, nasoperações com os seguintes produtos, ressalvadas ashipóteses de diferimento, de suspensão ou do regimeespecial de que trata a Seção III do Capítulo VIIIdo Título I, e das operações realizadas pelaCompanhia Nacional de Abastecimento - CONAB/PGPM:

...............

d) café cru, em coco ou em grão, inclusive palha;

................

§ 4º É permitido o uso de crédito fiscal paraabatimento total ou parcial do imposto a ser recolhido antes deiniciada a remessa, nas operações mencionadas no inciso II por meioda Ficha de Autorização e Controle de Crédito - FACC, e da Etiquetade Controle de Crédito - ECC, observadas, quando for o caso, as

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.condições previstas neste Regulamento.

Ante a legislação retro-transcrita, observa-seque a Consulente não está autorizada a utilizar-se do créditofiscal por meio da Ficha de Autorização e Controle de Crédito– FACC e da Etiqueta de Controle de Crédito – ECC, tendo emvista que o § 4º do artigo 56 do RICMS/2001 estabelece que oprocedimento deve ser feito antes do início da remessa, aopasso que à situação retratada pela Consultante a saída dasmercadorias já teria ocorrido.

De se destacar que ao fato apresentado não háque se falar em eventual crédito, uma vez que a operaçãoanterior foi diferida.

Caso a consulente esteja procedendodiferentemente do contido nesta resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001, tem prazo de 15dias, a partir da ciência desta para adequar-se.

SID Nº: 8.895.561-7 e 9.258.624-3

CONSULTA Nº: 65, de 30 de julho de 2007

INTERESSADO: FLORENÇA VEÍCULOS S/A

ASSUNTO: ICMS. SAÍDAS INTERESTADUAIS DE VEÍCULOSAUTOMOTORES NOVOS. EMISSÃO DA NOTA FISCAL.PROCEDIMENTOS.

RELATOR: RANDAL SODRÉ FRAGA

A consulente informa que, na condição derevendedora de automóveis novos, substituída tributariamentepelo fabricante, realiza operações interestaduais destinadas aconsumidores finais, a outros revendedores e a empresas queirão integrar suas mercadorias no ativo imobilizado.

Diz que, nas saídas para consumidor final nãocontribuinte, expede a nota fiscal sem destaque do ICMS,mencionando no campo “Dados Adicionais” as respectivas basesde cálculo do imposto próprio e a que serviu para retenção nasubstituição tributária praticada pelo fabricante. Entende quea entrada da mercadoria no seu estabelecimento deve serescriturada no livro Registro de Entradas, na coluna “ValorContábil”, “Outras”, lançando na coluna “Observações” o valor

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.da base de cálculo e do ICMS retido.

Em relação às saídas para contribuintes comobjetivo de revenda, expede nota fiscal com destaque do ICMS àalíquota de 12%, adotando como base de cálculo do imposto aser retido por substituição tributária o que for determinadopela legislação do Estado de destino. Relata que, nessassaídas, recupera em sua conta gráfica o ICMS da operaçãoprópria e o retido por substituição tributária.

Por fim, nas saídas para contribuinte com oobjetivo de incorporação ao ativo imobilizado, expede notafiscal com destaque de ICMS à alíquota de 12%, efetuando orecolhimento do diferencial de alíquotas em GNRE, conformeorientação do Estado de destino da mercadoria,contabilizando-a em seu livro Registro de Saídas, na coluna“Valor Contábil” e “Outras”.

Questiona se seu procedimento está correto.

RESPOSTA

1. Operações interestaduais com consumidores finais nãocontribuintes:

Nas entradas e saídas de automóveis novos sujeitos àsubstituição tributária, havendo saída destinada à consumidorfinal não contribuinte do ICMS, localizado em outro Estado daFederação, a consulente deverá se orientar pelo disposto noart. 434 do RICMS/01, a seguir reproduzido:

Art. 434. O estabelecimento substituído que receber mercadoriacom imposto retido deverá:I - escriturar a nota fiscal do fornecedor na coluna “Outras -Operações ou Prestações sem Crédito do Imposto” do livroRegistro de Entradas, lançando na coluna “Observações”, naaquisição interestadual, os valores do imposto retido dasoperações tributadas e não tributadas, separadamente (AjusteSINIEF 02/96);II - emitir nota fiscal, por ocasião da saída da mercadoria,sem destaque do imposto, que contenha, nas operaçõesdestinadas a outro contribuinte, além dos requisitos exigidos,o valor que serviu de base de cálculo para a retenção e ovalor do imposto retido;III - lançar a nota fiscal referida no inciso anterior nacoluna “Outras - Operações ou Prestações sem Débito do

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.Imposto” do livro Registro de Saídas.§ 1º A nota fiscal emitida pelo substituído deverá informar,no campo “RESERVADO AO FISCO”:a) o valor da base de cálculo para a retenção de cadamercadoria;b) a expressão “Substituição Tributária”, seguida do número docorrespondente artigo deste Regulamento ou do respectivoProtocolo ou Convênio (Ajuste SINIEF 04/93, cláusulaterceira).

No que diz respeito ao registro da aquisição do veículo juntoao fornecedor, correto o procedimento adotado, conformeleitura do art. 434, I.

2. Operações interestaduais com revendedores:

Nas saídas destinadas à contribuintes revendedores, emoperações interestaduais, adotar-se-á o procedimentodeterminado pelo art. 435 do mesmo diploma, verbis:Art. 435. Caso o contribuinte substituído venha a promover,com mercadoria cujo ICMS foi retido, operação interestadualdestinada a contribuinte, poderá, proporcionalmente àsquantidades saídas, mediante emissão de nota fiscal:I - recuperar o crédito do ICMS pela entrada, correspondenteao débito próprio do contribuinte substituto e da parcelaretida, em conta gráfica;II - opcionalmente à regra do inciso anterior, sendo eleitocontribuinte substituto, em operações interestaduais, pelaunidade da Federação de destino da mercadoria, ressarcir-se,junto ao estabelecimento que efetuou a retenção na operaçãoanterior, da diferença entre o valor do imposto da própriaoperação e o somatório do ICMS próprio do substitutotributário com o valor do ICMS retido, observado o seguinte:a) quando se tratar de operações com veículos, aplicar-se-áapenas em relação ao distribuidor autorizado;b) o estabelecimento destinatário da nota fiscal poderádeduzir do próximo recolhimento a importância correspondente,mediante lançamento do valor constante do mencionado documentono campo “Outros Créditos” da GIA/ICMS ou no campo “ICMS deDevoluções de Mercadorias” da GIA-ST, relativa à inscriçãoespecial de substituição tributária, no mês em que receber ocitado documento.(...)§ 1º O estabelecimento emitente da nota fiscal referida no

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS."caput" deverá solicitar ao Delegado Regional da Receita doseu domicílio tributário autorização para a recuperação ouressarcimento de que trata esse artigo, protocolizandorequerimento na Agência de Rendas de seu domicílio tributárioacompanhado da comprovação inequívoca da efetividade daoperação, ressalvados os casos que se refiram a operações comcombustíveis derivados de petróleo, hipóteses em que aautorização deverá ser requerida ao Diretor da Coordenação daReceita do Estado, sendo que a mencionada nota fiscal terá aseguinte destinação:a) 1ª via – na qual conste aposição, pelo fisco, de visto e donúmero do despacho autorizativo sobre o carimbo da repartição– emitente ou destinatário, conforme o caso, para fins delançamento no campo “Outros Créditos” do livro Registro deApuração do ICMS;b) 3ª via – fisco para fins de controle.§ 2º A nota fiscal emitida para acobertar a operaçãointerestadual deverá ser lançada nas colunas “Base de Cálculodo Imposto” e “Imposto Debitado”, na hipótese do inciso I, ena coluna “Outras - Operações ou Prestações sem Débito doImposto", na hipótese do inciso II.§ 3º O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, no casode desfazimento do negócio, antes da entrega da mercadoria, seo imposto retido já houver sido recolhido.(...)

A nota fiscal a ser emitida pela Consulente para documentaresta saída, deverá conter destaque do ICMS da operaçãoprópria, adotando-se a alíquota prevista para as operaçõesinterestaduais que destinem mercadorias para o Estado ondeestiver localizado o revendedor (Lei nº 11580/96, art. 15),nota essa que será lançada no livro Registro de Saídas,orientando-se pelo que dispõe a primeira parte do § 2º do art.435.

Outras obrigações acessórias impostas pelo Estado de destino,que eventualmente devam compor o documento fiscal, sugere-sesejam objeto de consulta a quem ele especificar. O ICMS a serretido por substituição tributária e demais obrigaçõescorrelatas, também constituem determinações impostas peloEstado de destino da mercadoria, motivo pelo qual deixa-se dese pronunciar a respeito.

Para recuperação do imposto pago na operação do fabricante coma consulente, adotar-se-ão os procedimentos especificados peloart. 435, I, e § 1º.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

3. Operações interestaduais com contribuintes consumidoresfinais:

No tocante às operações interestaduais com contribuintes, queincorporarão os veículos ao seu ativo imobilizado, correta arecuperação dos créditos pelas entradas, uma vez autorizadapelo art. 435, I. Na saída para o contribuinte consumidorfinal, o ICMS próprio deverá ser debitado no documento fiscalde acordo com a alíquota prevista para as operaçõesinterestaduais que destinem bens ou mercadorias para o Estadoonde este estiver localizado, conforme determinações trazidaspela parte primeira do § 2º, do art. 435 do RICMS/01.

Oportuno lembrar que o conceito de “contribuinte”, para asoperações ora analisadas, é aquele delineado pelo caput doart. 4º da Lei Complementar nº 87/96, ou seja:

Art. 4º. Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica,que realize, com habitualidade ou em volume que caracterizeintuito comercial, operações de circulação de mercadoria ouprestações de serviços de transporte interestadual eintermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e asprestações se iniciem no exterior. (...)

Quanto ao eventual recolhimento do ICMS a título desubstituição tributária ou diferencial de alíquota, em favordo Estado de destino, deixa-se de se manifestar a respeito,pelos mesmos motivos anteriormente salientados.

Por fim, informa-se que os procedimentos de recuperação decréditos informados pela consulente, estão subordinados aoprévio despacho do Sr. Delegado Regional de sua jurisdição,conforme norma inscrita no art. 435, § 1º, retrotranscrito.

Procedido de forma diversa, a consulente terá, de acordo com oart. 591 do RICMS/01, o prazo de até quinze dias para adequaro seu procedimento ao que houver sido elucidado,independentemente de qualquer interpelação ou notificaçãofiscal.

PROTOCOLO: 9.472.240-3

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CONSULTA Nº: 66, de 19 de julho de 2007

CONSULENTE: EXPORTADORA E IMPORTADORA MARUBENI COLORADOLTDA.

SÚMULA: ICMS. CRÉDITO. AQUISIÇÕES DE BENS DE USO OUCONSUMO. LIMITAÇÃO TEMPORAL. VIGÊNCIA EEFICÁCIA DE LEI.

RELATOR: ADEMIR FURLANETTO

A consulente informa que atua no ramo docomércio de café beneficiado, nos mercados interno e externo,adquirindo mercadorias destinadas ao seu uso ou consumo, desdemateriais de escritório, produtos de limpeza, equipamentos deproteção e segurança individual etc. E em função dasdisposições trazidas na legislação, esclarece que não seapropriou de quaisquer créditos de ICMS incidente nasaquisições referidas, até 31.12.2006. Entretanto, tem dúvidasquanto ao direito de apropriação em decorrência das operaçõesrealizadas no período de 1.º de janeiro a 12 de março docorrente ano, tendo em vista o disposto na alínea “c” doinciso III do art. 150 da Constituição da República Federativado Brasil, na redação da Emenda Constitucional n. 42, de19.12.2003.

Isto por que a Lei Complementar n. 122, de13.12.2006, postergou o prazo que autorizava o direito decrédito das aludidas operações para 1.º de janeiro de 2011,sem observar o princípio da eficácia nonagesimal, no que foiseguida pela legislação que a regulamentou. Assim, entende quepoderia apropriar-se desses créditos no período mencionado,haja vista que teria ocorrido aumento do valor do imposto porsi devido, uma vez que a restrição ao abatimento dos créditospelas aquisições de materiais de uso ou consumo traria talefeito.

Desta forma, questiona se está correto o seuentendimento e, em caso afirmativo, como proceder a suaapropriação. Poderia lançar o montante total no campo “outroscréditos”, notificando a repartição fazendária, nos termos doart. 23, § 6 (sic) do RICMS/PR?

RESPOSTA

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Antes de responder-se ao indagado, necessária sefaz a transcrição dos seguintes dispositivos da legislação,conforme a situação enfocada na consulta.

“CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantiasasseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aosEstados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

...

III - cobrar tributos:

...

c) antes de decorridos noventa dias da data em quehaja sido publicada a lei que os instituiu ouaumentou, observado o disposto na alínea b;

...

Lei Complementar n. 122, de 12 de dezembro de 2006 -D.O.U. de 13.12.2006.

Art. 1.º O art. 33 da Lei Complementar n. 87, de 13de setembro de 1996, passa a vigorar com a seguinteredação:

“Art.33....................................................

I - somente darão direito de crédito as mercadoriasdestinadas ao uso ou consumo do estabelecimento neleentradas a partir de 1.º de janeiro de 2011;

II-........................................................

d) a partir de 1.º de janeiro de 2011, nas demaishipóteses;

.....................................................

......

IV-........................................................

.....................................................

......

c) a partir de 1.º de janeiro de 2011, nas demaishipóteses.” (NR)

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Art. 2.º Esta Lei Complementar entra em vigor na datade sua publicação.

...

Lei n. 11580, de 14 de novembro de 1996.

...

Art. 65. Na aplicação do art. 24 e dos incisos I aIII e § 1.º do art. 27, dará direito a crédito (LeiComplementar n. 102/00):

I - a entrada de energia elétrica e o recebimento deserviço de comunicação, nas hipóteses não elencadas,respectivamente, nos §§ 6.º e 7.º do art. 24, e aentrada de mercadoria destinada ao uso ou consumo doestabelecimento, a partir das datas previstas noinciso I, na alínea "d" do inciso II e na alínea "c"do inciso IV, do art. 33 da Lei Complementar n. 87,de 13 de setembro de 1996, observadas as alteraçõesposteriores;

...

DECRETO N. 5141 - Publicado no DOE de 13.12.2001.

...

Art. 2.º Na aplicação do art. 24 do Regulamento doICMS, somente darão direito de crédito as mercadoriasdestinadas ao uso ou consumo do estabelecimento, neleentradas a partir de 1.º de janeiro de 2011 (art. 65,I, da Lei n. 11580/1996 e Lei Complementar n.122/2006).

(Nova redação dada ao art. 2.º pelo art. 1.º doDecreto n. 7679, de 27.12.2006, produzindo efeitos apartir de 1º.1.2007.)”

Da análise dos dispositivos anteriormentetranscritos se pode inferir que não está correto oentendimento da consulente, quanto a um possível direito decreditamento do imposto pago em decorrência das operaçõesrealizadas no período de 1.º de janeiro a 12 de março de 2007,em se tratando de aquisições de bens de uso ou consumo doestabelecimento. É que, na hipótese, não se vislumbraquaisquer instituição ou aumento de tributo, nos exatos termosda alínea “c” do inciso III do art. 150 da Constituição daRepública Federativa do Brasil.

O que se tem, na verdade, é simplesmente a

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.dilação do prazo para implementação de benefício fiscal e acorrespondente vigência de uma regra que impunha uma obrigaçãode não fazer ao contribuinte do tributo estadual, qual seja,não levar a crédito o imposto pago nas operações de circulaçãoem que ocorrerem aquisições de bens de uso ou consumo. Ora, asituação anterior ou presente permaneceu inalterada, daíporque carece de maior sustentação jurídica a interpretaçãodada pela consulente acerca da suposta não observância danorma que trata do princípio nonagesimal.

Portanto, não se instituiu tampouco se aumentouo ICMS com a extensão temporal da eficácia normativa sobre odireito de crédito nas entradas de bens de uso ou consumo, noestabelecimento de contribuinte do imposto estadual, o queleva à conclusão de ser incorreto o juízo manifestado naconsulta, em torno do pretenso direito ao creditamento,restando prejudicadas as demais questões, por conseqüência.

Isto posto, lembra-se que dispõe a consulente doprazo de quinze dias, nos termos do artigo 591 do Regulamentodo ICMS/2001, para efetuar o estorno dos créditos porventuraregistrados e ainda não utilizados. No caso de existiremcréditos que tenham sido efetivamente aproveitados de formacontrária ao esclarecido, dispõe a consultante do mesmo prazopara o seu recolhimento, nos termos do art. 586, inciso I, domesmo RICMS.

É a resposta.

PROTOCOLO: 9.355.024-2

CONSULTA Nº: 67, de 18 de julho de 2007

CONSULENTE: POTENCIAL PETRÓLEO LTDA.

SÚMULA: ICMS. CRÉDITO. LIMITAÇÃO. OPERAÇÕESINTERESTADUAIS COM BENEFÍCIO CONCEDIDO, NAORIGEM, SEM AUTORIZAÇÃO DO CONFAZ.

RELATOR: ADEMIR FURLANETTO

A consulente informa que atua no ramo decomércio e distribuição de combustíveis, dentre eles o produtoálcool etílico hidratado carburante (AEHC), produto este que éadquirido diretamente das usinas, localizadas muitas vezes

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.fora do território paranaense. E em relação às operações deaquisição oriundas do Estado do Mato Grosso do Sul, esclareceque sobre o valor do ICMS destacado nas notas fiscais ocorreuma redução de 9,6%, de acordo com o informado no art. 2.º doDecreto n. 5810, de 7.12.2005, emitido pelo Estado do Paraná,com vigência a partir da mesma data.

Assim, indaga se está correto o seu entendimentode que poderá creditar-se do imposto apenas no percentual de2,4%, e se as compras realizadas antes da publicação doreferido Decreto sujeitar-se-iam a alguma alteração no valordo ICMS lançado a crédito nas entradas. Caso afirmativo, nessaúltima hipótese, qual seria a data utilizada como parâmetro equal a base legal para tanto?

RESPOSTA

Antes de responder-se ao indagado, necessária sefaz a transcrição dos seguintes dispositivos da legislação,conforme a situação enfocada na consulta.

“CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

...

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federalinstituir impostos sobre:

...

II - operações relativas à circulação de mercadoriase sobre prestações de serviços de transporteinterestadual e intermunicipal e de comunicação,ainda que as operações e as prestações se iniciem noexterior;

...

§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá aoseguinte:

I - será não-cumulativo, compensando-se o que fordevido em cada operação relativa à circulação demercadorias ou prestação de serviços com o montantecobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado oupelo Distrito Federal;

...

XII - cabe à lei complementar:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

...

g) regular a forma como, mediante deliberação dosEstados e do Distrito Federal, isenções, incentivos ebenefícios fiscais serão concedidos e revogados.

...

Lei Complementar n. 24, de 7 de janeiro de 1975 (DOUde 9.1.1975).

Dispõe sobre os convênios para a concessão deisenções do imposto sobre operações relativas àcirculação de mercadorias e dá outras providências.

Art. 1.º As isenções do imposto sobre operaçõesrelativas à circulação de mercadorias serãoconcedidas ou revogadas nos termos de convênioscelebrados e ratificados pelos Estados e peloDistrito Federal, segundo esta Lei.

Parágrafo único. O disposto neste artigo também seaplica:

I - à redução da base de cálculo;

II - à devolução total ou parcial, direta ouindireta, condicionada ou não, do tributo, aocontribuinte, a responsável ou a terceiros;

III - à concessão de créditos presumidos;

IV - a quaisquer outros incentivos ou favores fiscaisou financeiros-fiscais, concedidos com base noimposto de circulação de mercadorias, dos quaisresulte redução ou eliminação, direta ou indireta, dorespectivo ônus;

V - às prorrogações e às extensões das isençõesvigentes nesta data.

...

Art. 8.º A inobservância dos dispositivos desta Leiacarretará, cumulativamente:

I - a nulidade do ato e a ineficácia do créditofiscal atribuído ao estabelecimento recebedor damercadoria;

II - a exigibilidade do imposto não pago ou devolvidoe a ineficácia da lei ou ato que conceda remissão dodébito correspondente.

...

Lei n. 11580, de 14 de novembro de 1996.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

...

Art. 27. É vedado, salvo determinação em contrário dalegislação, o crédito relativo a mercadoria ou bementrados no estabelecimento ou a prestação deserviços a ele feita:

...

VII – quando o imposto devido ao Estado de origemtenha sido reduzido, no todo ou em parte, porconcessão de benefício sem amparo em convênio,celebrado no âmbito do Conselho Nacional de PolíticaFazendária – CONFAZ, em relação às entradas ocorridasapós a publicação de ato do Chefe do Poder Executivo,identificando o Estado de origem, a mercadoria ouserviço, o benefício considerado irregular e opercentual de crédito a que não se reconhece odireito.

(O inciso VII foi adicionado pelo art. 1.º da Lei n.15352, de 22.12.2006.)

...

DECRETO N. 2183 - Publicado no DOE de 26.11.2003

Art. 1º. O crédito do Imposto sobre OperaçõesRelativas à Circulação de Mercadorias e sobrePrestações de Serviços de Transporte Interestadual eIntermunicipal e de Comunicação – ICMS,correspondente à entrada de mercadoria ou bemremetido a estabelecimento localizado em territórioparanaense, por estabelecimento que se beneficie comincentivos fiscais indicados no Anexo Único, seráadmitido na mesma proporção em que o imposto venhasendo efetivamente recolhido à unidade federada deorigem, na conformidade do referido Anexo.

Parágrafo único. O crédito do ICMS relativo aqualquer entrada de mercadoria oriunda de outraunidade federada somente será admitido ou deduzido,na conformidade do disposto no “caput”, ainda que asoperações estejam beneficiadas por incentivosdecorrentes de atos normativos não listados no AnexoÚnico.

Art. 2º. Fica vedado o aproveitamento do crédito,relativamente à parcela do ICMS dispensada medianteredução na base de cálculo na unidade federada deorigem da mercadoria, quando concedido o benefíciosem amparo em convênio celebrado no âmbito doConselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

...

ANEXO ÚNICO AO DECRETO n. 2183/2003

...

6 – MATO GROSSO DO SUL

...

ITEM - 6.4

MERCADORIA - Álcool etílico hidratado Combustível.

BENEFÍCIO - Crédito presumido de 9,6% sobre a base decálculo relativa à operação de saída para outraunidade da Federação - Decreto n. 9375/1999.

CRÉDITO ADMITIDO - 2,4% sobre a base de cálculo.

PERÍODO - A partir de 1º.5.2000.

(O item 6.4 foi acrescentado pelo Decreto n. 5810, de7.12.2005.)”

Da leitura dos dispositivos anteriormentetranscritos se pode inferir, então, que a vedação ao créditode imposto que tenha diminuição do seu montante, emdecorrência de benefício fiscal concedido ao arrepio doCONFAZ, por qualquer unidade da Federação, está posta na normainfra-constitucional com poderes para tanto, na hipótese a LCn. 24/1975. A lei estadual e, por conseqüência, o decretoregulamentador, apenas disciplinam no território paranaense aaplicabilidade da regra cuja matriz é norma federal.

Desta forma, respondendo-se objetivamente aoindagado, o que se tem é a possibilidade da consulentecreditar-se, nas aquisições de álcool etílico hidratadocarburante, relativamente às operações realizadas comfornecedores domiciliados no Estado do Mato Grosso do Sul,tão-somente do percentual de 2,6% do imposto destacado nosdocumentos fiscais, que é o montante efetivamente cobrado poraquele Estado (art. 155, § 2.º, inciso I, CRFB). E isto seaplica para todas as operações realizadas de 1.º de maio de2000 em diante, obrigatoriamente.

Isto posto, lembra-se que dispõe a consulente doprazo de quinze dias para adequar seu procedimento aoesclarecido, nos termos do artigo 591 do Regulamento do ICMS,caso esteja agindo de forma diversa.

É a resposta.

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PROTOCOLO: 9.258.748-7

CONSULTA Nº: 68, de 12 de julho de 2007

CONSULENTE: VOLMER DO BRASIL INDÚSTRIA DE MÁQUINAS LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA E DEMERCADORIAS PARA REVENDA. MUDANÇA NADESTINAÇÃO. PROCEDIMENTOS.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente, segundo informa, atua no ramo deindústria, comércio, importação e exportação de máquinas paraafiação de serras para a indústria madeireira e metalúrgica,suas partes e peças, e inclusive na prestação de serviços demanutenção.

Expõe que efetua a importação de componentes quepodem ser alternativamente empregados no seu processo deindustrialização ou mesmo destinados diretamente à revenda,sendo esta circunstância desconhecida no momento daimportação, motivo pelo qual podem receber tratamentotributário inicial diverso daquele para o qual resulta afinalconcretizado, em especial pela distinção de procedimentosdefinidos pelos artigos 572-O e 572-Q do Regulamento do ICMS,aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001.

Após declinar que julga ser o pagamento de 3%,previsto para as importações destinadas à comercialização, odiferencial básico entre as situações narradas, e que amudança na destinação exige, no mais, meros ajustes contábeise observações nos livros fiscais, prossegue a consulenteformulando os seguintes questionamentos:

1. é permitida a importação de produtos pararevenda com a posterior aplicação no processo industrial ouvice-versa? Em caso afirmativo:

2. é correto efetuar o registro contábil detransferência do estoque de mercadorias para estoque dematéria-prima?

3. é correto realizar a transferência do estoqueno livro Registro de Inventário?

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4. é necessária alguma anotação nos livrosRegistro de Entrada, de Saída, e de Apuração do ICMS, hajavista que não haverá a circulação da mercadoria?

5. é preciso efetuar alguma anotação no livroRegistro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos deOcorrência?

6. é necessária alguma providência, por exemploa retificação, em relação às Guias de Informação e Apuração doICMS – GIA/ICMS – e aos arquivos magnéticos apresentados, umavez que o Código Fiscal de Operações e Prestações – CFOP – deimportação para revenda é distinto daquele especificado para aimportação com objetivo de industrialização?

RESPOSTA

Esclarece-se, acerca da questão n. 1, queinexiste óbice para que a consulente faça livre uso domaterial importado segundo suas necessidades fabris enegociais. Isso não significa, porém, que não deva adotartratamento tributário condizente com aquele afinal dado àsmercadorias que importa.

Para análise, transcrevem-se os dispositivosregulamentares pertinentes à matéria, consoante estabelece oRegulamento do ICMS:

Art. 572-O. Fica concedida ao estabelecimentoindustrial que realizar a importação de bem oumercadoria por meio dos portos de Paranaguá eAntonina e de aeroportos paranaenses, com desembaraçoaduaneiro no Estado, a suspensão do pagamento doimposto devido nesta operação, quando da aquisiçãode:

I - matéria-prima, material intermediário ousecundário, inclusive material de embalagem, para serutilizado em seu processo produtivo;

...

§ 1º Em relação às aquisições de que trata o incisoI, o pagamento do imposto suspenso será efetuado porocasião da saída dos produtos industrializados,podendo o estabelecimento industrial escriturar emconta-gráfica, no período em que ocorrer a respectiva

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entrada, um crédito correspondente a 75% (setenta ecinco por cento) do valor do imposto devido, até olimite máximo de nove por cento sobre o valor da basede cálculo da operação de importação, e que resulteem carga tributária mínima de três por cento.

...

§ 4° Nos casos de aplicação cumulativa do diferimentoparcial previsto no art. 87-A, o estabelecimentoindustrial deverá escriturar diretamente emconta-gráfica, por ocasião da entrada da mercadoria,crédito presumido de nove por cento calculado sobre abase de cálculo da operação de importação, hipóteseem que o débito relativo ao imposto suspenso de quetrata o §1º ficará incorporado ao imposto recolhidopor ocasião da saída da mercadoria industrializada.

Art. 572-Q. Aos estabelecimentos comerciais e nãoindustriais contribuintes do imposto que realizarem aimportação de bens para integrar o ativo permanenteou de mercadorias, por meio dos Portos de Paranaguá ede Antonina e de aeroportos paranaenses, ficaconcedido crédito presumido correspondente a 75%(setenta e cinco por cento) do valor do impostodevido, até o limite de nove por cento sobre o valorda base de cálculo da operação de importação, e queresulte em carga tributária mínima de três por cento.

§ 1º O imposto devido deverá ser pago por ocasião dodesembaraço aduaneiro, em moeda corrente, sendovedada a utilização de quaisquer outras formas decompensação ou liquidação.

§ 2º O crédito presumido de que trata este artigoserá lançado e demonstrado em GR-PR, para fins dorecolhimento do imposto na forma prevista no item 3da alínea "a" do inciso VI do art. 56.

...

§ 5º O disposto neste artigo aplica-se, inclusive,aos estabelecimentos industriais que importaremmercadorias para revenda, sem que estas sejamsubmetidas a novo processo industrial.

§ 6° Nos casos de aplicação cumulativa com odiferimento parcial previsto no art. 87-A, orecolhimento do imposto devido pelos estabelecimentosde que trata este artigo deverá corresponder àaplicação do percentual de três por cento sobre abase de cálculo da operação de importação.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Observa-se, em linhas gerais, que, ao importarmercadorias utilizadas no processo produtivo, ocorre oaproveitamento de crédito presumido no montante de até 9% dovalor da base de cálculo da importação, restando suspenso opercentual de 3%, que será incorporado ao débito do imposto nasaída do produto fabricado.

Se a importação é referente a mercadoriasdestinadas à revenda, ocorre o pagamento imediato dopercentual de 3%, sendo este, juntamente com o créditopresumido de até 9%, passível de apropriação por parte doestabelecimento comercial importador, totalizando um créditode 12%.

A distinção principal entre as duas hipóteses,industrialização e comercialização, portanto, é o imposto de3% relativo à operação de importação, que, suspenso no caso deindustrialização, é recolhido, no momento do desembaraçoaduaneiro, no caso de comercialização.

Aventa a consulente quanto à possibilidade, dadaa incerteza que cerca a efetiva destinação posterior damercadoria importada, de adotar a disciplina definida para aimportação de mercadorias por estabelecimento comercial,recolhendo o imposto no percentual de 3% e promovendo oposterior ajuste nos controles e documentos, de maneira asolucionar a eventual utilização da mercadoria como insumoindustrial.

Vê-se que tal hipótese não somente é admissível,como é também indicada, já que havendo concreta perspectiva deque as condições para a suspensão não se verificarão, écabível o recolhimento do percentual de 3%, o qual será,consecutivamente, objeto de crédito fiscal pela consulente.

De qualquer maneira, porém, será devida aretificação do tratamento tributário originariamente adotado,caso seja inadequado para a situação fática ao fimconfigurada.

Com referência à questão n. 2, embora seressalte que cabe a este Setor Consultivo manifestar-setão-somente acerca de dúvidas à legislação tributária,lembra-se que a contabilidade deve espelhar fidedignamente osfatos ocorridos, com o que a necessidade de ajuste contábilapresenta-se manifesta.

Quanto à questão n. 3, necessário observar o que

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.dispõe o artigo 228 do Regulamento do ICMS:

Art. 228. O livro Registro de Inventário destina-se aarrolar, pelos seus valores e com especificações quepermitam sua perfeita identificação, as mercadorias,as matérias-primas, os produtos intermediários, osmateriais de embalagem, os produtos manufaturados eos produtos em fabricação, existentes noestabelecimento à época do balanço (Convênio SINIEF,de 15.12.70, art. 76).

Vê-se, assim, que a escrituração no referidolivro ocorre de forma agrupada segundo sua destinação efinalidade, com o que não se prescinde do correspondenteajuste, quando modificada aquela destinação inicialmenteprevista.

De igual forma dá-se quanto ao livro Registro deControle de Produção e de Estoque de que trata o artigo 224 domesmo Regulamento, onde o ajuste perfaz-se imperioso.

Em atinência à questão n. 4, traz-se à colaçãoas especificações regulamentares pertinentes:

Art. 219. O livro Registro de Entradas, modelo 1 ou1-A, destina-se à escrituração da entrada demercadoria no estabelecimento, a qualquer título, oude serviço por este tomado (Convênio SINIEF, de15.12.70, art. 70 e Convênio SINIEF 06/89, art. 87, §1º; Ajustes SINIEF 01/80, 01/82 e 16/89).

Art. 220. O livro Registro de Saídas, modelo 2 ou2-A, destina-se à escrituração da saída de mercadoriado estabelecimento, a qualquer título, ou do serviçoprestado (Convênio SINIEF, de 15.12.70, art. 71 eConvênio SINIEF 06/89, art. 87).

Art. 229. O livro Registro de Apuração do ICMSdestina-se a registrar, mensalmente, os totais dosvalores contábeis e fiscais relativos ao imposto, dasoperações de entradas e de saídas e das prestações,extraídos dos livros próprios e agrupados segundo oCódigo Fiscal de Operações e Prestações - CFOP e oCódigo da Situação Tributária - CST, (ConvênioSINIEF, de 15.12.70, arts. 5º e 78; Ajuste SINIEF03/94).

Art. 213. Os contribuintes e as pessoas obrigadas a

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

inscrição no CAD/ICMS deverão manter, salvodisposição em contrário, em cada um dosestabelecimentos, os seguintes livros fiscais, deconformidade com as operações e prestações querealizarem (Convênio SINIEF, de 15.12.70, arts. 63 e66 e Convênio SINIEF 06/89, art. 87; Ajuste SINIEF01/92):

...

§ 6º Relativamente aos livros fiscais de que trataeste artigo, o contribuinte poderá acrescentar outrasindicações de seu interesse, desde que não lhesprejudiquem a clareza.

Logo, sendo a destinação das mercadorias ouinsumos adquiridos determinada no próprio período de apuraçãodo imposto em que ocorreu a entrada, a escrituração deverá serefetuada em conformidade com a concreta finalidade ecodificação observadas.

Entretanto, caso a destinação seja definidaapenas posteriormente, não serão exigidas anotações nos livrosRegistro de Entradas, de Saídas ou de Apuração do ICMS, sendoos ajustes promovidos na própria escrita comercial aptos ademonstrar as alterações promovidas.

Acerca da questão n. 5, dispõe o Regulamento doICMS:

Art. 227. O livro Registro de Utilização deDocumentos Fiscais e Termos de Ocorrências destina-seà escrituração da entrada de impressos de documentosfiscais confeccionados por estabelecimentos gráficosou pelo próprio contribuinte usuário, bem como àlavratura de termos de ocorrências (Convênio SINIEF,de 15.12.70, art. 75).

...

§ 3º Do total de folhas do livro de que trata esteartigo, cinqüenta por cento, no mínimo, serãodestinadas à lavratura de termos de ocorrências, asquais devidamente numeradas, deverão ser impressas nofinal do livro.

Desta forma, além da escrituração da entrada deimpressos de documentos fiscais, o referido livro R.U.D.F.T.O.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.destina-se à lavratura de termos de ocorrências, não sendonecessário, porém, nele apor anotações em razão das situaçõesnarradas pela consulente.

Quanto à questão n. 6, destaca-se que o CFOPdeve refletir a operação ou prestação efetivada no momento desua ocorrência. Logo, modificações na destinação originalmenteprevista, configuradas tão-somente após o encerramento docorrespondente período de apuração do imposto, não implicamnecessariamente na retificação de GIA/ICMS e de arquivosmagnéticos.

Com efeito, a retificação das GIA/ICMSdecorreria de toda uma reconstituição da escrita fiscalsegundo a codificação correta. Contudo, o processo revela-sedinâmico e a realização de uma reconstituição de escrita nãoafastaria a necessidade de outras sucessivas, em virtude denovas alterações de destino, o que apenas dificultaria tantoos procedimentos da consulente como os do Fisco, em eventualtrabalho de verificação fiscal.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir daciência desta, terá a consulente, em observância ao artigo 591do Regulamento do ICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequaros seus procedimentos em conformidade com o que foi aquiesclarecido, no caso de que os esteja praticando diversamente.

PROTOCOLO: 9.118.950-0

CONSULTA Nº: 69, de 04 de julho de 2007

CONSULENTE: PLAENGE EMPREENDIMENTOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. BENS IMÓVEIS RESIDENCIAIS CONSTRUÍDOSE DECORADOS COM BENS MÓVEIS PARACOMERCIALIZAÇÃO COMO PRODUTO ÚNICO.TRATAMENTO TRIBUTÁRIO EM RELAÇÃO A ESTESBENS.

RELATORA: LIMI OIKAWA

A consulente informa que exerce a atividadeeconômica de incorporação e edificação de imóveisresidenciais, sendo que adquire terrenos urbanos em seupróprio nome e sobre eles constrói as unidades imobiliárias

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.objeto de mercancia.

A fim de oferecer um diferencial aos seusclientes, pretende adquirir no mercado especializado móveis eeletrodomésticos, com o objetivo de decorar e mobiliar osimóveis por ela construídos, no todo ou em parte, e assimcomercializá-los de acordo com a opção dos adquirentes dasunidades imobiliárias.

Aduz que as aquisições dos referidos produtosserão consideradas como custo da obra, juntamente com osmateriais de construção empregados na edificação, compondo opreço final do bem imóvel.

Diante do exposto, indaga se haverá incidênciado ICMS sobre o acréscimo no preço de venda da unidadeimobiliária em razão dos bens móveis nela acrescentados. Casoafirmativa a resposta, pergunta se poderá creditar-se doimposto destacado nas notas fiscais de compra. Questiona,ainda, se na transferência de propriedade de tais bens haveráa necessidade de emissão de documento fiscal e qual seria oCFOP correspondente.

RESPOSTA

O questionamento feito pela Consulente já foiobjeto de análise deste Setor Consultivo, conforme Consultanº 156, de 22.09.1997, verbis:

PROTOCOLO: 3.203.372-5

CONSULTA Nº: 156, de 22 de setembro de 1997.

SÚMULA: ICMS. CONSTRUÇÃO CIVIL, SERVIÇOSAUXILIARES E COMPLEMENTARES. EMISSÃO DE NOTA FISCALPELAS EMPREITEIRAS.

A consulente, sociedade de economia mista estadual,com o objeto social de captação, tratamento edistribuição de água potável, cuja operações sãoisentas do ICMS e coleta e tratamento de esgotossanitários, informa que tem firmado contrato comempreiteiras para construção de sistemas deabastecimento de água, esgotos sanitários, ou partedeles e serviços específicos, como de pitometria(verificação de vazamento em redes de água) e outroscorrelatos aos serviços de saneamento básico, comfornecimento global de mão de obra, materiais,

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equipamentos e outros bens móveis quando necessários.

Sua dúvida está na forma de emissão de notas fiscaispelas empreiteiras, para cobrança dos serviços deconstruções civis com inclusão dos materiaisagregados às obras, com fornecimento de equipamentose bens móveis.

Isto posto, indaga: a empreiteira deve emitir umaúnica nota fiscal de prestação de serviços, ou devesegregar os serviços de construção civil com osmateriais agregados às obras, em uma nota deprestação de serviços, e os equipamentos e outrosbens móveis em outra nota fiscal modelo 1 ou 1-A,inclusive neste caso, destacando o ICMScorrespondente.

RESPOSTA

Na definição magistral de Bernardo Ribeiro de Moraes"Construir (do latim "construere") significa ação de"dar estrutura", edificar de formar uma obra material(...) Construção vem a ser, pois, o conjunto deoperações empregadas na execução de um projeto ourealização material da obra" ("in" Doutrina e Práticado Imposto sobre Serviços, Ed. Revista dos Tribunais,1ª Ed., 3ª Tiragem, Ed. Revista dos Tribunais, SãoPaulo, 1984, p. 231).

Portanto, está fora do âmbito de incidência do ICMS ofornecimento de "equipamentos" adquiridos deterceiros que forem incorporados às obras, comoelementos essenciais e partícipes do ato deconstruir. Se alguém faz um contrato para construirum prédio com sistema de segurança informatizado (oschamados "edifícios inteligentes") os equipamentoseletrônicos integram a construção.

Concluindo: tal como os materiais produzidos pelopróprio construtor fora do local da obra os bens quenão dependam de instalação que os incorporefisicamente à obra estão fora do conceito deconstrução civil. A construtora que contrata aedificação de uma casa para entregá-la mobiliadafirma contrato complexo de construção e defornecimento de bens móveis. Evidente que a empresanão constrói mesa, geladeira, etc. mas, aofornecê-los age pura e simplesmente comointermediadora do fornecimento destes bens, ou seja,compra-os e os revende ou os fornece.

No que tange às obrigações acessórias, a empreiteira

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pode emitir uma única nota fiscal, incluindoprestação de serviço e materiais agregados, quandohouver incidência de ambos os tributos, desde que anota fiscal atenda ao disposto no artigo 120, par.13, do RICMS, verbis:

Art.120. A nota fiscal conterá, nos quadros e campospróprios, observada a disposição gráfica dos modelos1 e 1-A, as seguintes disposições (Convênio SINIEF,de 15.12.70, Ajustes SINIEF 7/71, 16/89 e 03/94):

...

§ 13. Os dados relativos ao Imposto sobre Serviços deQualquer Natureza serão inseridos, quando for o caso,entre os quadros "Dados do Produto" e "Cálculo doImposto", conforme legislação municipal, observado odisposto na alínea "d" do § 2º do art. 187.

Do exposto, é facultado a emissão de notas fiscaisenglobando serviços e mercadorias, desde que atenda àlegislação relativa a cada tributo (com destaque doICMS quando devido, evidentemente).

Oportuno transcrever, também, manifestação deMaria Helena Diniz in Código Civil Anotado, São Paulo:Saraiva, 2003:

“Bens imóveis. Os bens imóveis são aqueles que não sepodem transportar, sem destruição, de um lugar paraoutro, ou seja, são os que não podem ser removidossem alteração de sua substância.

...

Classificação dos bens imóveis. Os bens imóveis podemser classificados em: a) imóveis por sua natureza(CC, art. 79, 1ª parte) ... b) imóveis por acessãofísica artificial (CC, art. 79, 2ª parte) que incluitudo aquilo que o homem incorporar permanentemente aosolo, como a semente lançada à terra, os edifícios econstruções (pontes e viadutos etc.), de modo que senão possa retirar sem destruição, modificação,fratura ou dano. “Acessão” designa aumento,justaposição, acréscimo ou aderência de uma coisa aoutra. Abrangem os bens móveis que, incorporados aosolo, pela aderência física, passam a ser tidos comoimóveis, como ocorre com os tijolos, canos, portas,madeiras, concreto armado etc., que não poderão serretirados sem causar dano às construções em que se

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acham; c) imóveis por acessão intelectual (...)”

Portanto, móveis e eletrodomésticos, em setratando de objetos cuja colocação é de fácil movimentação,não constitui parte integrante do imóvel e também não sedestinam à obra de construção civil, nem às obras semelhantesou serviços auxiliares ou complementares da construção civile, assim, devem ser tratados como mercadorias de comércio, ea consulente, como intermediadora do fornecimento destes bens,isto é, compra-os e os revende, deve submeter-se às regrasprevistas para contribuintes de ICMS no que é pertinente aesta parcela, inclusive com direito ao crédito.

Para a transferência de propriedade dos bensmóveis e eletrodomésticos, a Consulente deve emitir notafiscal, o que poderá fazê-lo seguindo a regra contida no §13 do art. 117 do RICMS aprovado pelo Decreto nº 5.141/2001,verbis:

Art. 117. A nota fiscal conterá, nos quadros e campospróprios, observada a disposição gráfica dos modelos1 e 1-A, as seguintes disposições (Convênio SINIEF,de 15.12.70, Ajustes SINIEF 07/71, 16/89 e 03/94):

...

§ 13. Os dados relativos ao Imposto sobre Serviços deQualquer Natureza serão inseridos, quando for o caso,entre os quadros “DADOS DO PRODUTO” e “CÁLCULO DOIMPOSTO”, conforme legislação municipal, observado odisposto na alínea “d” do § 2° do art. 181.

O código CFOP mais adequado para a operação é oseguinte:

5.102 6.102 Venda de mercadoria adquirida ourecebida de terceiros

Classificam-se neste código as vendas de mercadoriasadquiridas ou recebidas de terceiros paraindustrialização ou comercialização, que não tenhamsido objeto de qualquer processo industrial noestabelecimento. Também serão classificadas nestecódigo as vendas de mercadorias por estabelecimentocomercial de cooperativa destinadas a seus cooperadosou estabelecimento de outra cooperativa.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Caso a consulente esteja procedendodiferentemente do contido nesta resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001, tem o prazo de 15dias, a partir da ciência desta, para adequar-se.

PROTOCOLO: 9.147.648-7

CONSULTA Nº: 70, de 10 de abril de 2007

CONSULENTE: SOLABIÁ DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DEPRODUTOS BIOLÓGICOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO DE MERCADORIA PARA REVENDAPOR ESTABELECIMENTO COMERCIAL. CRÉDITOPRESUMIDO.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente, atuando no comércio de produtosbiológicos para área cosmética e farmacêutica, informa queimporta mercadorias que são revendidas no Brasil a empresasdesse ramo de atividade.

Aduz que, com o advento do Decreto n. 6.144, de22/02/2006, há suspensão do pagamento do ICMS no desembaraçodas mercadorias nas hipóteses previstas e, também, concessãode crédito presumido correspondente a 75% do valor do impostodevido, até o limite de 9% sobre o valor da base de cálculo daoperação de importação e que resulte na carga tributáriamínima de 3%.

Assim, expõe e indaga:

1. Por ser imposto suspenso (Decreto n. 6.144,que implementou o artigo 572-O no Regulamento do ICMS), devedestacá-lo na nota fiscal destinada a acobertar a entrada damercadoria?

2. Em relação ao imposto pago no ato dodesembaraço da mercadoria (3%, conforme Decreto n. 6.144 queimplementou o artigo 572-Q e o disposto no § 6º noRICMS/PR), qual tratamento a ser aplicado? Pode-seaproveitá-lo nas operações subseqüentes? Este imposto deve serdestacado na nota fiscal que acobertar a entrada?

3. No caso de aproveitamento do imposto (3%)

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.pago no ato do desembaraço da mercadoria e não destacado nanota fiscal de entrada, qual a forma utilizada paraaproveitamento desse crédito?

RESPOSTA

A Consulente informa que realiza importação demercadorias que são revendidas a empresas que atuam na área decosméticos e farmacêuticos, por conseqüência a regra a seraplicada na importação por meio dos portos de Paranaguá eAntonina e aeroportos paranaenses é a prevista no artigo 572-Qdo Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001, aseguir transcrito, e não o disposto no artigo 572-O, conformemencionado.

Art. 572-Q. Aos estabelecimentos comerciais e nãoindustriais contribuintes do imposto que realizarem aimportação de bens para integrar o ativo permanenteou de mercadorias, por meio dos Portos de Paranaguá ede Antonina e de aeroportos paranaenses, ficaconcedido crédito presumido correspondente a 75%(setenta e cinco por cento) do valor do impostodevido, até o limite de nove por cento sobre o valorda base de cálculo da operação de importação, e queresulte em carga tributária mínima de três por cento.

§ 1º O imposto devido deverá ser pago por ocasião dodesembaraço aduaneiro, em moeda corrente, sendovedada a utilização de quaisquer outras formas decompensação ou liquidação.

§ 2º O crédito presumido de que trata este artigoserá lançado e demonstrado em GR-PR, para fins dorecolhimento do imposto na forma prevista no item 3da alínea "a" do inciso VI do art. 56.

§ 3º Deverá ser anotado no campo "InformaçõesComplementares" da nota fiscal emitida paradocumentar esta operação, demonstrativo detalhado doscálculos referentes ao imposto devido.

§ 4º Salvo expressa disposição de manutenção decrédito, a posterior saída das mercadorias emoperações isentas ou não sujeitas à incidência doimposto acarretará o estorno total do créditolançado, ou, no caso de operações de saída com cargatributária reduzida, o estorno proporcional.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

§ 5º O disposto neste artigo aplica-se, inclusive,aos estabelecimentos industriais que importaremmercadorias para revenda, sem que estas sejamsubmetidas a novo processo industrial.

§ 6° Nos casos de aplicação cumulativa com odiferimento parcial previsto no art. 87-A, orecolhimento do imposto devido pelos estabelecimentosde que trata este artigo deverá corresponder àaplicação do percentual de três por cento sobre abase de cálculo da operação de importação.

Assim, passa-se a responder as indagaçõesapresentadas.

A importação realizada pela Consultante não ésuspensa do pagamento do imposto, tendo em vista que talcondição aplica-se somente às operações realizadas porestabelecimentos industriais que utilizam as mercadoriasimportadas em seu processo produtivo, o que não é o caso daConsulente.

Nos termos do § 6º do artigo 572-Q,retrotranscrito, nos casos de aplicação cumulativa com odiferimento parcial previsto no art. 87-A, o imposto devidopelos estabelecimentos de que trata este artigo deve sercalculado com a aplicação direta do percentual de três porcento sobre a base de cálculo da operação de importação, e nãosobre a base de cálculo diferida.

Quanto a nota fiscal emitida pela Consulente,deve-se destacar o imposto de 12% e anotar no campo“Informações Complementares” cálculos detalhados referente aoimposto devido (§ 3º).

O crédito presumido do imposto, relativo àimportação de mercadorias, deve ser lançado e demonstrado emGR-PR, para fins do recolhimento do imposto na forma previstano item 3 da alínea "a" do inciso VI do art. 56, adiantecolacionado, ou seja, no momento do desembaraço aduaneiro,conforme determina o § 2º do art. 572-Q do RICMS/2001, antescitado.

Art. 56. O ICMS deverá ser pago nas seguintes formase prazos (art. 36 da Lei n. 11.580/96):

(...)

VI - na importação de mercadoria ou bem destinado ao

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ativo fixo ou para uso ou consumo:

a) quando realizada por contribuinte inscrito noCAD/ICMS e com despacho aduaneiro no territórioparanaense:

1. sendo bem destinado a integrar o ativo imobilizadodo estabelecimento industrial e do prestador deserviço de transporte interestadual e intermunicipalou de comunicação, enquadrados no regime normal depagamento, mediante lançamento do valorcorrespondente à razão de um quarenta e oito avos pormês do imposto devido no campo "Outros Débitos" doLivro Registro de Apuração do ICMS, com a indicaçãodo número e da data da nota fiscal emitida paradocumentar a entrada, devendo a primeira fração serdebitada no mês em que ocorrer o fato gerador,observando-se, ainda, o disposto no § 16;

2. quando se tratar de aquisição de insumos,componentes, peças e partes, por estabelecimentoindustrial, enquadrado no regime normal de pagamento,que os utilize na produção de mercadorias queindustrialize, mediante lançamento do valor no campo"Outros Débitos" do livro Registro de Apuração doICMS, no mês da ocorrência do fato gerador, com aindicação do número e da data da nota fiscal emitidapara documentar a entrada;

3. nos demais casos, em GR-PR, no momento dodesembaraço;

O contribuinte pode lançar em conta-gráfica ocrédito de 12%, que corresponde ao imposto devido na operação,segundo a sistemática normal, e que corresponde a 3% do ICMSefetivamente recolhido e 9% de crédito presumido que foiutilizado na GR-PR para abater o imposto pago consoante o § 2ºdo art. 572-Q.

Portanto, para fins de compensação com operaçõessubseqüentes, a regra a ser atendida é a do artigo 23 da Lein. 11.580/96, que se colaciona a seguir, devendo-se atentar,também, para o disposto no § 4º do artigo 572-Q do RICMS/01,antes citado, quanto a manutenção de crédito, no caso deposterior saída com isenção, não-incidência ou cargatributária reduzida.

Art. 23. O imposto é não-cumulativo, compensando-se oque for devido em cada operação relativa à circulação

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

de mercadorias ou prestação de serviços de transporteinterestadual e intermunicipal e de comunicação com omontante cobrado nas anteriores por este Estado oupor outra unidade federada, apurado por um dosseguintes critérios:

De ressaltar que a Consulente deve observar queo tratamento tributário mencionado nesta resposta não seaplica às hipóteses definidas no artigo 572-T do RICMS/01,consoante:

Art. 572-T. O tratamento tributário de que trata esteCapítulo não se aplica:

I - às importações de petróleo e seus derivados,combustíveis e lubrificantes de qualquer natureza,veículos automotores, armas e munições, perfumes ecosméticos;

II - às mercadorias sujeitas ao regime desubstituição tributária, e a produtos primários deorigem animal, vegetal ou mineral, e farmacêuticos;

III - às mercadorias alcançadas por diferimentoconcedido pelo regime especial de que trata o § 3ºdo art. 86;

IV - às mercadorias alcançadas pelo diferimento deque tratam os artigos 87, 89 e 91;

V - às operações de importação realizadas porcontribuintes autorizados a receber o tratamentotributário de que trata a Lei n. 13.971, de 26 dedezembro de 2002;

VI - às importações realizadas por prestadores deserviço de transporte e de comunicação;

VII - cumulativamente com outros benefícios fiscais.

Parágrafo único. A vedação de que trata este artigonão se aplica às operações com cevada cervejeira,classificada na posição 1003.0091 da NCM, e com sal agranel, sem agregados, classificado na posição2501.0019 da NCM, quando importados porestabelecimento industrial.

Caso a consulente esteja procedendodiferentemente do contido nesta resposta, em razão da

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.determinação do artigo 591 do RICMS/2001, tem prazo de 15dias, a partir da ciência desta para adequar-se.

PROTOCOLO: 9.095.961-1

CONSULTA Nº: 71, de 22 de maio de 2007

CONSULENTE: SANTA MARIA CIA. DE PAPEL E CELULOSE

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES COM PAPEL. DIFERIMENTO.MANUTENÇÃO DE CRÉDITO. ESTABELECIMENTOSGRÁFICOS.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente informa que comercializa parte desua produção de papel para estabelecimentos gráficoslocalizados em território paranaense e na operação de saídaaplica o diferimento do pagamento do imposto de que trata oart. 87-A do Regulamento do ICMS.

Transcreve posições doutrinárias acerca dodiferimento e sustenta que esse tratamento tributário nãoocasiona a anulação dos créditos relativos às operaçõesanteriores pois, tendo ocorrido apenas um adiamento de suacobrança, haveria ofensa ao princípio da não-cumulatividade,quando, na etapa subseqüente, ocorresse o pagamento doimposto.

Aborda a questão acerca do que se entende porconsumidor e cita doutrinador que defende a tese de que oBrasil adota o conceito que muito se aproxima da definiçãoobjetiva de consumidor, cuja referência é a cadeia de consumo.Assim, pensa que consumidor é todo aquele que se situa no elofinal da cadeia e adquire bens ou serviços para atendimento deuma necessidade própria como último destinatário.

Assevera que relativamente ao conceito daexpressão “destinatário final” se encontra na doutrina oentendimento de que as relações de consumo foram recepcionadaspelo direito positivo em sentido amplo, ou seja, suaconceituação no ordenamento jurídico alcança todos os elos dacorrente que envolve, numa ponta, os produtores, e, na outra,os consumidores.

Aduz que tal fato desautoriza a interpretação

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.que restrinja o arranjo das relações de consumo aos pólosinicial e final, delas excluindo as pessoas físicas ejurídicas que, de algum modo, interfiram na produção de bens eserviços no contexto mercadológico. Estas também hão de serconsideradas destinatárias finais quando, a qualquer título,adquiram bens necessários às suas atividades.

Sustenta que nessa linha de raciocínio, agráfica é uma indústria e as empresas da área tambémconcordam, inclusive registrando essa convicção em suasdenominações sociais. Entende que as empresas gráficas nuncapoderão ser tratadas como consumidores finais, salvo quandoutilizarem o papel para uso próprio. Dessa forma, conclui queestá equivocado o entendimento de que a venda de mercadoriaspara essas empresas é hipótese de encerramento da fase dodiferimento.

Salienta que não promove um controle específicoem relação à destinação dada às mercadorias pelas suasclientes, além do que, não lhe compete fiscalizar asatividades por elas exercidas.

Posto isso, questiona:

1. ao comercializar papel para as empresasgráficas poderá utilizar-se do instituto do diferimentoprevisto no inciso I do art. 87-A do RICMS/01?

2. Em caso negativo, quais os fundamentosjurídicos que embasam tal posicionamento?

3. Qual o entendimento do Setor Consultivo emrelação ao conceito de “consumidor final”, caso o embasamentolegal para a resposta ao item 2 seja o inciso II do art. 87-Bdo RICMS?

4. Qual o embasamento legal para a concepção deconsumidor final?

RESPOSTA

O art. 16 da Lei n. 11.580/96 estabelece quecontribuinte do imposto é qualquer pessoa, física ou jurídica,que realize, com habitualidade ou em volume que caracterizeintuito comercial, operações de circulação de mercadoria ouprestações de serviços de transporte interestadual eintermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e asprestações se iniciem no exterior.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Os estabelecimentos gráficos, em sua grandemaioria, exercem atividade mista, que ora se insere no campode incidência do imposto municipal, ora no do tributoestadual. Insere-se no campo de incidência estadual quando oproduto, mesmo personalizado, participar de uma etapa seguintede circulação de mercadoria, tais como bulas e etiquetas.Inteligência do inciso X do art. 4º do RICMS/01.

Segundo o § 7º do art. 18 da Lei n. 11.580/96,para os efeitos da legislação do ICMS entende-se pordiferimento a substituição tributária em relação ao impostoincidente sobre uma ou mais operações ou prestaçõesantecedentes.

Assim, quando há o diferimento do ICMSpostergar-se o lançamento e o pagamento do imposto para umaetapa posterior definida pelo legislador para o seuencerramento, momento em que o responsável tributário deverárecolher o ICMS relativamente às operações realizadas pelocontribuinte substituído.

O inciso I do art. 87-A prevê o diferimento de33,33% do valor do imposto nas saídas internas de mercadoriasentre contribuintes, na hipótese de a alíquota ser de 18%. Jáo art. 87-B estabelece o momento em que se encerra essetratamento tributário:

Art. 87-A. Fica, também, diferido o pagamento doimposto nas saídas internas entre contribuintes e nasoperações de importação, por contribuinte, demercadorias, na proporção de:

I - 33,33% do valor do imposto, na hipótese daalíquota ser 18%;

Art. 87-B. Encerra-se a fase de diferimento emrelação às mercadorias de que trata o artigoanterior:

I - nas saídas para outro Estado;

II - nas saídas internas para consumidor final,contribuinte ou não do imposto.

Da legislação transcrita conclui-se que uma dascondições para se aplicar o mencionado diferimento é que aoperação seja realizada entre contribuintes. Dessa forma, casoa consulente, fabricante de papel, não realizar operação de

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.saída para contribuinte do ICMS não há o que se falar emdiferir, para etapa posterior, a obrigação pelo recolhimentodo imposto, já que se trata da primeira e da última etapa decirculação. Precedente Consulta n. 70/2005.

Após esses esclarecimentos, passa-se a responderas dúvidas apresentadas.

No que diz respeito à primeira, somente podeaplicar o diferimento de que trata o art. 87-A do RICMS/01 nahipótese de o destinatário ser contribuinte do impostoestadual e a mercadoria comercializada venha a fazer parte dociclo produtivo ou comercial do adquirente.

Em relação à segunda, o fundamento para oentendimento exarado na resposta à primeira questão reside naprópria concepção do que seja o diferimento: transferência deresponsabilidade para outro contribuinte do imposto estadual,que, por disposição legal, tem o dever de recolher o impostode etapas anteriores.

No art. 97 do RICMS/01 está prevista a regrageral acerca da forma de pagamento do imposto diferido.Seguindo o mandamento regulamentar o substituto tributáriodeverá pagar o ICMS relativo às operações anterioresincorporado ao débito da operação que estiver realizando. Essadisposição corrobora o pressuposto de que por ocasião dopagamento do imposto diferido a mercadoria ou o produto queela integrou estará dentro do ciclo de circulação:

Art. 97. O imposto diferido será pago na forma e noprazo estabelecidos no art. 56 e, ressalvadas ashipóteses previstas nos arts. 95 e 96, incorporado aodébito da operação.

Excepcionalmente ao previsto no art. 97estabelece o art. 96, ambos do RICMS/01, que cumpre aocontribuinte do ICMS que adquirir mercadoria albergada pelodiferimento do ICMS e não promover nova operação tributável ouse realizar operação que se submeta ao regime de isenção ou denão-incidência, a responsabilidade pelo recolhimento do ICMSdas etapas anteriores, exceto se houver dispensa para tal:

Art. 96. Caso a mercadoria ou serviço amparados pelodiferimento não sejam objeto de nova operação ouprestação tributável, ou se submetam ao regime de

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isenção ou não-incidência, cumpre ao promotor daoperação ou prestação, recolher o imposto diferidonas etapas anteriores, ressalvado o disposto no § 2ºdo art. 53.

Em relação ao terceira e quarta dúvidas, restamprejudicadas, pois não compete a este Setor estabelecerconceitos e citar fundamentos legais para expressões que sãomencionadas na legislação.

Do exposto, a partir da ciência desta, terá aconsulente, em observância ao artigo 591 do Regulamento doICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequar o seuprocedimento em conformidade com o que foi aqui esclarecido,no caso de que o esteja praticando diversamente.

PROTOCOLO Nº: 9.212.951-9 e 9.149.137-0

CONSULTA Nº: 72, de 14 de maio de 2007

CONSULENTE: YOKI ALIMENTOS S.A.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES COM DERIVADOS DA MANDIOCA EMILHO. REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO.CRÉDITO PRESUMIDO E CRÉDITOS NORMAIS.

RELATORA: LIMI OIKAWA

A consulente informa que a partir da raiz demandioca e de milho produz diversas mercadorias que sãocomercializadas em operações internas e interestaduais,destacando dentre elas as seguintes:

a) amido de mandioca (fécula);

b) amido de mandioca modificado;

c) dextrina;

d) xarope de glicose;

e) polvilho azedo;

f) sagu;

g) tapioca;

h) farinha de mandioca biju.

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Informa, ainda, que adquire de terceiros farinhade mandioca crua e farinha de mandioca torrada e que efetua aclassificação e empacotamento antes da comercialização enestes casos, entende, a Consulente, que se dá o mesmotratamento de produção própria. Também informa que não fabricaa farinha de mandioca temperada.

Aduz que a razão da consulta são as alteraçõesna legislação do ICMS, promovidas pelos Decretos nº 6.656/06 e7.000/06. Expõe seu entendimento em relação à tributação dosprodutos, da seguinte forma:

a) amido de mandioca (fécula), amido demandioca modificado, dextrina, xarope de glicose e polvilhoazedo:

operações interestaduais:

- alíquota: 7% ou 12%, conforme região dedestino;

- base de cálculo: 100% da operação;

- crédito presumido: 50% sobre o valor doimposto destacado.

(Decreto nº 6656/06 – alteração 635ª – art. 50,inciso XXIII – alínea “d”: xarope de glicose);

(Decreto nº 7.000/06 – alteração 660ª – art. 50,inciso XXIII – alínea “a”: amido de mandioca, polvilho azedo ealínea “b”: amido de mandioca modificado e dextrina);

- créditos: aproveitamento de quaisquercréditos fiscais decorrentes da aquisição de matéria-prima edos demais insumos utilizados na fabricação dos seus produtos,de bens destinados ao imobilizado, bem como dos serviçostomados.

operações internas:

- alíquota: 18%;

- base de cálculo: 38,89% (item 13-C da Tabela I doAnexo II do RICMS);

- crédito presumido: 3,5% sobre o valor de saída(Decreto nº 6.656/06 – alteração 635ª – art. 50, inciso XXIV);

- créditos: vedado o aproveitamento dequaisquer créditos fiscais decorrentes da aquisição de

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.matéria-prima e dos demais insumos utilizados na fabricaçãodos seus produtos, de bens destinados ao imobilizado, bem comodos serviços tomados.

b) farinha de mandioca temperada, sagu e tapiocade mandioca:

operações interestaduais:

- alíquotas: 7% ou 12%, conforme a região dedestino;

- base de cálculo: 100% nas operações tributadasà alíquota de 7% e 58,333% nas operações com alíquota de 12%(item 13-C da Tabela I do Anexo II do RICMS);

operações internas:

- alíquota: 18%;

- base de cálculo: 38,89% (item 13-C da Tabela I doAnexo II do RICMS);

Tanto para operações internas e interestaduais:

- crédito presumido: 3,5% sobre o valor de saída(Decreto nº 6.656/06 – alteração 635ª – art. 50, inciso XXIV);

- créditos: vedado o aproveitamento dequaisquer créditos fiscais decorrentes da aquisição dematéria-prima e dos demais insumos utilizados na fabricaçãodos seus produtos, de bens destinados ao imobilizado, bem comodos serviços tomados.

c) farinha de mandioca

operações interestaduais:

- alíquota: 7% ou 12%, conforme região dedestino;

- base de cálculo: reduzida (item 13-C da Tabela Ido Anexo II do RICMS);

- crédito presumido: 3,5% sobre o valor de saída(Decreto nº 6.656/06 – alteração 635ª – art. 50, inciso XXIV).

Operações internas:

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- ICMS isento (item 49-B do Anexo I do RICMS).

Tanto para operações internas e interestaduais:

- vedado o aproveitamento de quaisquer créditosfiscais decorrentes da aquisição de matéria-prima e dos demaisinsumos utilizados na fabricação dos seus produtos, de bensdestinados ao imobilizado, bem como aos serviços tomados.

d) Xarope de glicose:

- em relação à alínea “d” do inciso XXIII doart. 50, da alteração 635ª, quando o legislador menciona“xarope de glicose, classificado na sub-posição 1702.30.00 daNCM”, entende que se refere a qualquer xarope de glicose,independente da matéria-prima utilizada para a sua obtenção.

e) Polvilho azedo (classificado na NCM 1108.1900):

- entende ter o mesmo benefício previsto para oamido de milho e de mandioca (alínea “a” do inciso XXIII do art.50).

Por fim, indaga:

1 - Está correta a demonstração do tratamentotributário aplicável às operações especificadas?

2 - em operações interestaduais com xarope deglicose obtido da raiz de mandioca, a tributação é com baseno art. 50, inciso XXIII do RICMS?

3 - O polvilho azedo, classificado na NCM1108.1900 está enquadrado no art. 50, inciso XXIII, alínea“a” do RICMS?

4 - O crédito presumido de 50%, previsto noinciso XXIII do art. 50 do RICMS, não veda o aproveitamentode quaisquer créditos fiscais decorrentes da aquisição dematéria-prima e dos demais insumos utilizados na fabricaçãodos seus produtos, de bens destinados ao imobilizado, bem comodos serviços tomados?

RESPOSTA

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A dúvida da Consulente decorre da edição doDecreto nº 6.656/06 que introduziu no art. 50 do Regulamentodo ICMS aprovado pelo Decreto nº 5.141, de 12 de dezembro de2001, o inciso XXIII, prevendo crédito presumido na operaçãointerestadual aos estabelecimentos fabricantes dos produtosespecificados que tinham como origem o milho e o incisoXXIV, concedendo crédito presumido aos estabelecimentosindustrializadores da mandioca que realizassem a saída dosprodutos resultantes da sua industrialização, bem como daexpedição do Decreto nº 7.000/06, que deu nova redação aomencionado inciso XXIII, para incluir nele os produtos quetinham a mesma denominação, porém que tivessem também origemna mandioca.

Transcrevem-se os textos do RICMS jáatualizados com os referidos Decretos, bem como os demaisdispositivos legais mencionados pela consulente, para melhoranálise das questões:

Art. 50. São concedidos os seguintes créditospresumidos:

(...)

XXIII - aos estabelecimentos fabricantes, nopercentual de 50% sobre o valor do imposto devido nassaídas decorrentes de operações interestaduais, dasseguintes mercadorias:

a) amido de milho e de mandioca, classificados nassubposições 1108.12.00 e 1108.19.00 da NomenclaturaComum do Mercosul – NCM;

b) amido modificado e dextrina, de milho e demandioca, classificados na subposição 3505.10.00 daNCM;

c) flocos de milho pré-cozido, classificado nasubposição 1104.19.00 da NCM;

d) xarope de glicose, classificado na subposição1702.30.00 da NCM.

XXIV – até 31.12.2007, aos estabelecimentosindustrializadores da mandioca, no percentual de 3,5%sobre o valor das saídas dos produtos resultantes dasua industrialização, observado o disposto no § 26.

(...)

§ 26. Em relação ao disposto no inciso XXIVobservar-se-á:

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a) o estabelecimento industrial deverá estarregularmente inscrito no CAD/ICMS;

b) o crédito presumido será apropriado emsubstituição ao aproveitamento de quaisquer créditosfiscais decorrentes da aquisição de matérias-primas edos demais insumos utilizados na fabricação dos seusprodutos, de bens destinados a integrar o ativoimobilizado do estabelecimento, bem como dos serviçostomados;

c) o valor do crédito será lançado no campo "OutrosCréditos" do livro Registro de Apuração de ICMS,consignando a expressão "Crédito Presumido - art. 50,inciso XXIV, do RICMS";

d) o crédito presumido será efetuado sem prejuízo daredução da base de cálculo de que trata o item 13-Cda Tabela I do Anexo II.

Item 49-B do Anexo I (isenção)

49-B Operações internas, até 31.10.2007, com FARINHADE MANDIOCA OU DE RASPA DE MANDIOCA, NÃO TEMPERADAS,classificadas no código 1106.20.00 da NCM (ConvênioICMS 131/05).

Nota: a isenção de que trata este item não se aplicaàs transferências entre estabelecimentos industriaisou entre estes e estabelecimento que opere comocentro de distribuição, do mesmo titular.

Item 13-C da Tabela I do Anexo II (Redução da Basede Cálculo)

13-C Fica reduzida, até 31.07.2007, para 38,89%(trinta e oito inteiros e oitenta e nove centésimospor cento) a base de cálculo nas operações internas,e para 58,333% (cinqüenta e oito inteiros e trezentose trinta e três milésimos por cento) nas operaçõesinterestaduais sujeitas à alíquota de doze por cento,realizadas por estabelecimentos industrializadores daMANDIOCA, em relação às saídas dos produtosresultantes da sua industrialização, realizada noEstado (Convênios ICMS 153/04, 67/05, 69/05, 106/05,139/05, 20/06, 116/06 e 48/07):

Notas:

1. os estabelecimentos beneficiários consignarão,

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normalmente, nas notas fiscais acobertadoras dasoperações que praticarem com os produtos por elesindustrializados (farinhas, féculas etc.), os valoresda operação e da base de cálculo reduzida e odestaque do ICMS calculado pelas respectivasalíquotas;

2. não será exigido o estorno proporcional doscréditos fiscais decorrentes da aquisição dematérias-primas e dos demais insumos utilizados nafabricação dos seus produtos, bem como dos serviçosrecebidos.

A seguir, salienta-se algumas premissas que irãonortear as respostas aos questionamentos da Consulente:

1. a redução da base de cálculo de que trata oitem 13-C acima transcrito é impositiva. Precedente a Consultanº 106, de 25 de julho de 2006.

2. O disposto no inciso XXIII do art. 50 doRICMS, aplica-se aos produtos nele mencionadosexpressamente, quais sejam, amido de milho e de mandioca(1108.12.00 e 1108.19.00 da NCM), amido modificado e dextrina,de milho e de mandioca (3505.10.00 da NCM), flocos de milhopré-cozido (1104.19.00 da NCM) e xarope de glicose(1702.30.00).

3. O crédito presumido de que trata o incisoXXIV, bem como a redução da base de cálculo prevista no item13-C, antes transcritos, tem como alvo os estabelecimentosindustrializadores da mandioca. Portanto, aplicam-se somenteàqueles que utilizam a mandioca como matéria-prima no seuprocesso industrial.

4. A alínea “d” do § 26 do art. 50 do RICMS,admite a fruição do crédito presumido de 3,5% definida noreferido inciso XXIV, sem prejuízo da redução da base decálculo prevista no item 13-C da Tabela I do Anexo II doRICMS. Aludida redução da base de cálculo (item 13-C) nãoexige o estorno proporcional dos créditos fiscais decorrentesda aquisição de matérias-primas e dos demais insumosutilizados na fabricação dos seus produtos, bem como dosserviços recebidos.

5. Como a alínea “b” do § 26 define que ocrédito presumido em questão (art. 50, XXIV), será utilizadoem substituição aos demais créditos, depreende-se que o usoconcomitante dos benefícios (inciso XXIV do art. 50 e item

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.13-C) não permitirá a utilização dos demais créditos,decorrentes da aquisição de matéria-prima e dos demais insumosutilizados na fabricação dos seus produtos, bem como aosserviços tomados.

Feitas estas considerações, passa-se aresponder aos questionamentos efetuados.

Quanto à questão nº 1, faz-se necessárioseparar os produtos, sendo que para o amido de mandioca(1108.19.00 da NCM), amido de mandioca modificado, dextrina(3505.10.00 da NCM) e xarope de glicose (1702.30.00 da NCM),tem-se a seguinte tributação:

operações interestaduais;

quando sujeitas a alíquota de 12% :

1. Base de cálculo reduzida para 58,333%, commanutenção de crédito originário das aquisições dematérias-primas e dos demais insumos utilizados na fabricaçãodos seus produtos, bem como dos serviços recebidos (item 13-Cda Tabela I do Anexo II do RICMS);

2. tem direito também ao crédito presumido deque trata o art. 50, inciso XXIII (50%) ou pode se utilizar docrédito presumido de que trata o inciso XXIV (3,5%). Se optarpelo crédito presumido previsto no inciso XXIV não poderáapropriar-se de quaisquer créditos de ICMS.

quando sujeitas a alíquota de 7%:

1. Não há previsão para redução da base decálculo;

2. Crédito presumido de 50% (inciso XXIII);

3. ou crédito presumido de 3,5%, emsubstituição ao aproveitamento de quaisquer créditos fiscais(art. 50, inciso XXIV c/c § 26, do RICMS).

operações internas:

alíquota: 18%:

1. base de cálculo: reduzida para 38,89%, commanutenção de crédito originário das aquisições dematérias-primas e dos demais insumos utilizados na fabricaçãodos seus produtos, bem como dos serviços recebidos (item 13-Cda Tabela I do Anexo II);

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

2. crédito presumido de que trata o incisoXXIV (3,5%), em substituição ao aproveitamento de quaisquercréditos fiscais (art. 50, inciso XXIV c/c § 26, do RICMS).

Quanto à questão nº 2, ao produto xarope deglicose (1702.30.00 da NCM), aplica-se o benefício previsto noinciso XXIII do art. 50, em operações interestaduais,independentemente de sua origem. Já quanto a redução da basede cálculo e o crédito presumido de que trata o inciso XXIV doart. 50 do RICMS, somente se aplica se originário daindustrialização de mandioca.

Quanto à questão nº 3, o produto polvilhoazedo (classificado na NCM 1108.1900), tem direito a reduçãoda base de cálculo de que trata o item 13-C da Tabela I doAnexo II e ao crédito presumido de que trata o inciso XXIV,uma vez que o polvilho azedo não se encontra elencado noinciso XXIII. No caso, o crédito presumido de que trata oinciso XXIV será em substituição ao aproveitamento dequaisquer créditos fiscais decorrentes da aquisição dematérias-primas e dos demais insumos utilizados na fabricaçãodos seus produtos, de bens destinados a integrar o ativoimobilizado do estabelecimento, bem como dos serviços tomados.

Em relação à questão nº 4, a Consulente poderáutilizar o crédito presumido previsto no inciso XXIII do art.50 concomitantemente com os créditos de ICMS originários deaquisições de mercadorias, já que em tal dispositivo nãoconsta vedação para tal. Precedente Consulta nº 243/1998.

Cabe ainda salientar que em relação a farinha demandioca, adquirida de terceiros, que não recebemindustrialização desde a raiz, não se aplica a redução da basede cálculo, pois trata-se de benefício destinado aosindustrializadores da mandioca. Precedente a Consulta nº 119,de 22 de agosto de 2006. Desta forma, em operaçõesinterestaduais, aplica-se a alíquota conforme estado dedestino e a condição do destinatário, ser ou não contribuintedo imposto.

Já em operações internas, para a farinha de

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.mandioca não temperada (1106.20.00 da NCM), aplica-se aisenção de que trata o item 49-B do Anexo I do RICMS(excetuado às transferências entre estabelecimentosindustriais ou entre estes e estabelecimento que opere comocentro de distribuição, do mesmo titular, conforme Nota).Saliente-se que não há previsão no referido dispositivo legalpara manutenção do crédito.

Em relação à farinha de mandioca temperada, emoperações internas aplica-se a redução na base de cálculo deque trata o Decreto nº 3.869/01 (cesta básica), que assimdispõe:

Art. 1º A base de cálculo do ICMS fica reduzida,opcionalmente ao regime normal de tributação, nasoperações internas com os produtos da cesta básicaadiante arrolados, em percentual que resulte cargatributária de 7% (Convênio ICMS 128/94):

...

V - farinha de mandioca e de milho, inclusivepré-gelatinizada; frutas frescas; fubá, inclusivepré-cozido;

§1º Para os efeitos do disposto neste decreto:

a) não se exigirá a anulação proporcional docréditos;

Se, porventura, a Consulente efetuar operaçõesinternas que destinem farinha de mandioca a consumidoresfinais, deve observar o contido no item 13-A e nas Notas doAnexo I do RICMS, verbis:

13-A Operações internas que destinem a consumidoresfinais os produtos da CESTA BÁSICA de alimentosadiante arrolados (art. 1º da Lei n. 14.978/2005):

...

d) farinha de aveia e de trigo; farinha demandioca e de milho, inclusive pré-gelatinizada;

...

Notas:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

1. a isenção de que trata este item, salvo disposiçãoem contrário:

1.1. não se aplica nas etapas anteriores de produçãoe comercialização dos produtos nele especificados;

1.2. acarretará a anulação do crédito do impostorelativo às operações anteriores;

2. fica dispensado o pagamento do imposto diferidoou suspenso relativo às operações de aquisição dosprodutos de que trata este item.

Por fim, em relação ao sagu e tapioca demandioca que a Consulente industrializa a partir da raiz damandioca, tem direito à redução da base de cálculo de quetrata o item 13-C da Tabela I do Anexo II e ao créditopresumido de que trata o inciso XXIV, em substituição aoaproveitamento de quaisquer créditos fiscais decorrentes daaquisição de matérias-primas e dos demais insumos utilizadosna fabricação dos seus produtos, de bens destinados a integraro ativo imobilizado do estabelecimento, bem como dos serviçostomados .

Caso a Consulente esteja procedendodiferentemente do contido nesta resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001, tem o prazo de 15dias, a partir da sua ciência, para se adequar ao esclarecido.

PROTOCOLO: 9.321.792-6

CONSULTA Nº: 73, de 31 de julho de 2007

CONSULENTE: AUTORAMA AUTOMÓVEIS UMUARAMA LTDA.

SÚMULA: ICMS. GIA/ICMS. PREENCHIMENTO.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente, atuando no comércio de veículosnovos, usados, peças, assistência técnica, intermediação devenda de seguros, consórcio e financiamentos, expõe que aNorma de Procedimento Fiscal - NPF n. 003/2006, que disciplinaa forma de preenchimento da Guia de Informação e Apuração doICMS - GIA/ICMS, apresenta dispositivos conflitantes e que

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.geram dúvidas quanto à correta elaboração do referidodocumento.

Aduz que o item 4.1.3 da NPF n. 003/2006especifica que o Campo 6 do Quadro 5 – “Informações Fiscais” -da GIA/ICMS deve representar o “valor total das receitas deserviços não sujeitos ao ICMS”, enquanto que o Campo 39 doQuadro 8 – “Valores Fiscais: Valor Contábil – Saídas” deveassinalar o “valor das saídas de mercadorias e aquisição deserviços – Código Fiscal de Operações e Prestações - CFOP -não classificados nos campos anteriores”.

Prossegue, a consulente, asseverando que prestaserviços que são indicados nas notas fiscais - modelo 1 ou1-A, de sua emissão, com CFOP 5.933 ou 6.933, e que, segundoas mencionadas determinações da NPF n. 003/2006, ocorreriaduplicidade dos valores e informações apostos nas GIA/ICMS.

A partir do exposto, questiona:

1. Deve informar os serviços prestados sob CFOP5.933 e 6.933 nos Campos 6 e 39 da GIA/ICMS?

2. O preenchimento do campo 40 da GIA/ICMS deveapresentar identidade com o valor contábil dos livros Registrode Saídas e Registro de Apuração do ICMS?

RESPOSTA

Trazem-se, de início, disposições da legislaçãotributária, com destaques:

Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n.5.141/2001:

Art. 220. O livro Registro de Saídas, modelo 2 ou2-A, destina-se à escrituração da saída de mercadoriado estabelecimento, a qualquer título, ou do serviçoprestado (Convênio SINIEF, de 15.12.70, art. 71 eConvênio SINIEF 06/89, art. 87).

Anexo IV - Códigos

Tabela I – Códigos Fiscais de Operações e Prestações

5.933 6.933 Prestação de serviço tributado peloISSQN (Ajuste SINIEF 03/04).

Classificam-se neste código as prestaçõesde serviços, de competência municipal,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

desde que informados em Nota Fiscal modelo1 ou 1-A (Ajuste SINIEF 06/05).

Norma de Procedimento Fiscal n. 003/2006:

4. Da forma de preenchimento.

4.1. GIA/ICMS:

4.1.3. o preenchimento dos campos a seguir indicadosé comum para o programa oficial da SEFA e GIAonline:

Quadro 5 - Informações fiscais

...

Campo 06 - preencher com o valor total das receitasde serviços não sujeitos ao ICMS.

Quadro 08 – Valores Fiscais: Valor Contábil –Entradas

...

Campo 19 - transportar o valor das entradas demercadorias e aquisição de serviços - Código Fiscalde Operações e Prestações CFOP não classificados noscampos anteriores.

Quadro 8 - Valores fiscais: Valor Contábil - Saídas

Campo 31 - transportar o valor das saídas demercadorias e de serviços para o Estado ...

Campo 33 - transportar o valor das saídas demercadorias e de serviços para outros Estados ...

Campo 34 - transportar o valor das saídas demercadorias e serviços para o Exterior ...

Campo 35 - transportar o valor das saídas demercadorias e serviços para o Estado e para outrosEstados...

Campo 39 - transportar o valor das saídas demercadorias e aquisição de serviços - Código Fiscalde Operações e Prestações CFOP não classificados noscampos anteriores.

Campo 40 - preenchimento automático.

Da legislação transcrita, interpretada

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.sistematicamente, observa-se que o Campo 39 da GIA/ICMS, emverdade, deve conter, além das informações relativas à saídade mercadorias, aquelas referentes aos serviços prestados, enão aos serviços adquiridos.

Assim, acerca da primeira questão, esclarece-seque os serviços prestados sob CFOP 5.933 e 6.933 não devem serinformados no Campo 39, mas sim no Campo 6 da GIA/ICMS.

Quanto à segunda questão, considerado o jáexposto na questão anterior, responde-se afirmativamente.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir daciência desta, terá a consulente, em observância ao artigo 591do Regulamento do ICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequaros seus procedimentos em conformidade com o que foi aquiesclarecido, no caso de que os esteja praticando diversamente.

PROTOCOLO: 8.809.572-3

CONSULTA Nº: 74, de 10 de julho de 2007

CONSULENTE: DISTRIBUIDORA DE COMBUSTÍVEIS SAARA LTDA.

SÚMULA: ICMS. UTILIZAÇÃO DE COMBUSTÍVEIS NA FROTAPRÓPRIA. RECUPERAÇÃO DO CRÉDITO DO IMPOSTORETIDO POR SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.POSSIBILIDADE APENAS EM RELAÇÃO ADETERMINADO PERÍODO.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A Consulente, que opera no comércio atacadistade álcool carburante, gasolina e demais derivados de petróleo,exceto atividades de Transportador Revendedor Retalhista –TRR, e lubrificantes, informa que adquire óleo diesel daPETROBRÁS para revenda, que retém o imposto por substituiçãotributária e utiliza parte desse produto para abastecer afrota própria, sendo que o armazena em tanque distinto dosdemais.

Esclarece que, desde 02.01.2003, sempre quenecessário, transfere determinada quantidade do produto para otanque específico da frota e, de acordo com o abastecimento decada veículo, é emitida nota fiscal para acobertar as saídascom CFOP 5.949 – consumo próprio – regularizando o estoque doproduto. Utiliza para tal o valor pago para a refinaria como

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.valor da operação, somado ao ICMS relativo à substituiçãotributária.

Em virtude do exposto e levando em consideraçãoo contido na Consulta n. 50/2003, questiona:

1.está agindo corretamente ao emitir nota fiscalde consumo, por ocasião do abastecimento da frota própria deveículos de transporte?

2.Qual valor a Consulente deve utilizar para o“faturamento” das notas fiscais de consumo? Seria somente opreço de recebimento do produto da refinaria, agregando ovalor do ICMS retido por substituição tributária? Ou seriacorreto agregar os valores pertinentes aos demais custos, taiscomo: transporte, pedágio e salário do motorista etc.?

3.Pode a Consulente efetivar a “recuperação decrédito” correspondente a tais saídas, emitindo nota fiscalpara esse fim? Qual seria a base de cálculo para talrecuperação de crédito? Qual seria a alíquota a aplicar sobreessa base de cálculo? Qual o período que dá direito àrecuperação de crédito?

RESPOSTA

Antes de responder ao indagado, reproduz-se aConsulta a que faz referência a Consulente, bem como alegislação que trata da matéria:

CONSULTA Nº: 50, de 8 de maio de 2003.

CONSULENTE: CIAPETRO DISTRIBUIDORA DE COMBUSTÍVEISLTDA.

SÚMULA: ICMS. MOVIMENTAÇÃO DE ESTOQUE DECOMBUSTÍVEL DESTINADO A REVENDA PARA CONSUMO PRÓPRIO

RELATOR: EDSON LUIZ GARBIN

A consulente opera no ramo do comércio atacadista deálcool carburante, gasolina e demais derivados depetróleo – exceto transportador retalhista (TRR) elubrificantes.

Informa que adquire óleo diesel para revenda, sendo oproduto adquirido da Petrobrás, em Araucária-PR, aqual retém o ICMS por substituição tributária.

Como a empresa possui frota própria, para a entrega

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de seus produtos e transporte do mesmo da refinariaaté seu estabelecimento, utiliza-se para abastecerseus caminhões do próprio óleo diesel que adquirepara revenda. Para tanto, possui tanque apropriadopara armazenar os produtos.

Desta forma, sempre que necessário, transferedeterminada quantidade do produto para o tanque deabastecimento dos veículos, emitindo nota fiscal desimples remessa (consumo próprio), destacando o valordo ICMS à alíquota de 12%, regularizando, destaforma, o estoque de mercadorias para revenda.Observa que o valor utilizado para a emissão da notafiscal de consumo é o valor de origem da PETROBRÁS,somado ao ICMS relativo à substituição tributária.

Posto isto, questiona:

1) A empresa está agindo corretamente ao emitir anota fiscal de consumo, por ocasião da saída doproduto dos tanques destinados à revenda para otanque de abastecimento interno, uma vez que osestoques são distintos, ou seja, um para revenda eoutro para o abastecimento próprio?

2) Qual o valor que a empresa deve utilizar para ofaturamento da nota fiscal de consumo? Somente opreço de recebimento do produto da refinaria,agregado ao ICMS relativo à substituição tributária,ou seria correto agregar os valores pertinentes aoutros custos, como transporte, pedágio, salário domotorista e outros ?

RESPOSTA

Respondemos às questões na ordem em que foramformuladas:

1) A operação praticada pela consulente é deremanejamento do estoque de combustível. Desta formanão representa uma saída de mercadoria doestabelecimento, mas sim, um novo direcionamento domesmo para seu consumo próprio. Assim, pode serefetivado com documento próprio da empresa, quedescreva tal operação e permita o necessário ajustedo estoque.

Entretanto, de acordo com a alínea “b” do § 12 doart. 23 do RICMS, aprovado pelo Decreto n.º 5.141/01,no caso de efetivar a “recuperação de crédito”,exige-se a emissão de nota fiscal para este fim, comodemonstramos a seguir:

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§ 12. Nas operações com mercadoria sujeitas ao regimeda substituição tributária, em relação às operaçõesconcomitantes ou subseqüentes, em que o destinatáriosubstituído seja contribuinte e não destine amercadoria à comercialização, bem como quando aacondicionar em embalagem para revenda ou a utilizarno processo industrial, caso tenha direito ao créditodo imposto, deverá observar o seguinte:

a) quando a mercadoria adquirida não for destinada àcomercialização, ou for acondicionada em embalagempara revenda ou utilizada no processo industrial, ovalor do crédito corresponderá ao montante resultanteda aplicação da alíquota interna sobre o valor queserviu de base de cálculo para a retenção, sendo que,em não se conhecendo o valor do imposto, o mesmopoderá ser calculado mediante a aplicação da alíquotavigente para as operações internas sobre o valor deaquisição da mercadoria, ressalvado o disposto naalínea "b";

b) quando apenas parte da mercadoria não fordestinada à comercialização, ou for acondicionada emembalagem para revenda ou utilizada no processoindustrial, poderá o crédito ser apropriado,proporcionalmente a esta parcela, o qualcorresponderá ao valor resultante da aplicação daalíquota interna sobre o valor que serviu de base decálculo para a retenção, mediante nota fiscal paraeste fim emitida, cuja natureza da operação será"Recuperação de Crédito", que deverá ser lançada nocampo "Outros Créditos" do livro Registro de Apuraçãodo ICMS, sendo que, em não se conhecendo o valor doimposto, o mesmo poderá ser calculado mediante aaplicação da alíquota vigente para as operaçõesinternas sobre o valor de aquisição da mercadoria.

2) Como ressaltamos inicialmente, a operação em telanão se trata de saída de mercadoria, mas sim deutilização do combustível para seu próprio consumoem serviço de transporte. Portanto, não se podeempregar o termo “faturamento”, mas sim, o valor aatribuir a esta operação.

Valendo-nos do contido no § 12 do art. 23,anteriormente citado, concluímos que o valor a seratribuído é o do combustível explicitado na notafiscal de aquisição, proporcional à quantidade a serremanejada , sendo que o valor do ICMS retido porsubstituição tributária é agregado ao mesmo. Isto

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significa que a utilização dos demais custosaventados pela consulente, não tem previsão nalegislação.

Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n.5.141/2001:

Art. 23. O imposto é não-cumulativo, compensando-se oque for devido em cada operação relativa à circulaçãode mercadorias ou prestação de serviços de transporteinterestadual e intermunicipal e de comunicação com omontante cobrado nas anteriores por este Estado oupor outra unidade federada, apurado por um dosseguintes critérios (art. 23 da Lei n. 11.580/96):

...

§ 4º O estabelecimento prestador de serviço detransporte interestadual ou intermunicipal inscritono Cadastro de Contribuintes do Estado - CAD/ICMS,que não optar pelo crédito presumido previsto nosincisos VI e VII do art. 50, poderá apropriar-se docrédito do imposto das operações tributadas deaquisição de combustíveis, lubrificantes, óleos,aditivos, fluídos, pneus, câmaras de ar e demaismateriais rodantes, peças de reposição e outrosprodutos de manutenção da frota, inclusive delimpeza, bem como de mercadorias destinadas ao ativopermanente, observado o disposto no § 4º do art. 24,efetivamente utilizados na prestação de serviçoiniciado neste Estado.

§ 5º Para a apropriação do crédito o contribuintedeverá elaborar demonstrativo, por veículo automotor,da efetiva utilização dos produtos arrolados noparágrafo anterior em serviço tributado iniciado noterritório paranaense, que permanecerá à disposiçãoda fiscalização, sendo que o imposto poderá serlançado no campo “Outros Créditos” da GIA/ICMS,ficando permitida a escrituração das notas fiscais deaquisição num único lançamento no livro Registro deEntradas ao final de cada mês, na coluna “Operaçõesou Prestações sem Crédito do Imposto”, totalizando-assegundo a sua natureza.

§ 6º O contribuinte adotará por parâmetro paraapropriação do crédito a proporção do valor dasprestações iniciadas no território paranaense emrelação ao total da receita decorrente dos serviços

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

de transporte interestadual e intermunicipalexecutados pela empresa.

§ 7º Na aplicação do disposto no § 4º deverão serobservadas as regras contidas no art. 53.

..

§ 12. Nas operações com mercadoria sujeitas ao regimeda substituição tributária, em relação às operaçõesconcomitantes ou subseqüentes, em que o destinatáriosubstituído seja contribuinte e não destine amercadoria à comercialização, bem como quando aacondicionar em embalagem para revenda ou a utilizarno processo industrial, caso tenha direito ao créditodo imposto, deverá observar o seguinte:

a) quando a mercadoria adquirida não for destinada àcomercialização, ou for acondicionada em embalagempara revenda ou utilizada no processo industrial, ovalor do crédito corresponderá ao montante resultanteda aplicação da alíquota interna sobre o valor queserviu de base de cálculo para a retenção, sendo que,em não se conhecendo o valor do imposto, o mesmopoderá ser calculado mediante a aplicação da alíquotavigente para as operações internas sobre o valor deaquisição da mercadoria, ressalvado o disposto naalínea "b";

b) quando apenas parte da mercadoria não fordestinada à comercialização, ou for acondicionada emembalagem para revenda ou utilizada no processoindustrial, poderá o crédito ser apropriado,proporcionalmente a esta parcela, o qualcorresponderá ao valor resultante da aplicação daalíquota interna sobre o valor que serviu de base decálculo para a retenção, mediante nota fiscal paraeste fim emitida, cuja natureza da operação será"Recuperação de Crédito", que deverá ser lançada nocampo "Outros Créditos" do livro Registro de Apuraçãodo ICMS, sendo que, em não se conhecendo o valor doimposto, o mesmo poderá ser calculado mediante aaplicação da alíquota vigente para as operaçõesinternas sobre o valor de aquisição da mercadoria.

...

§ 14. O contribuinte que efetue transporte de cargaprópria poderá apropriar-se do crédito do imposto dasoperações tributadas de aquisição de combustíveis,lubrificantes, óleos, aditivos, fluídos, pneus,câmaras de ar e demais materiais rodantes, peças de

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

reposição e outros produtos de manutenção da frota,inclusive de limpeza.

Nova redação dada ao §14 pelo art. 1º, alteração712ª, do Decreto n. 7.678, de 27.12.2006, produzindoefeitos a partir de 11.10.2006.

Redações anteriores:

a) original, que não surtiu efeitos, acrescentadopelo art. 1º, alteração 501ª, do Decreto n. 5.042:

"§ 14. O disposto nos §§ 4º a 6º deste artigo somentese aplica ao contribuinte que atue na prestação deserviços de transporte interestadual e intermunicipalde cargas, sendo vedado o crédito relativo àsmercadorias mencionadas no §4º no caso de transportede carga própria."

b) dada pelo art. 1º, alteração 573ª, do Decreto n.5.810, de 07.12.2005, em vigor no período de29.06.2005 a 10.10.2006

"§ 14. O disposto nos §§ 4º a 6º deste artigo somentese aplica ao contribuinte que atue na prestação deserviços de transporte interestadual eintermunicipal, sendo vedado o crédito relativo àsmercadorias mencionadas no § 4º no caso de transportede carga própria."

§ 15. Na hipótese do § 14:

a) para apropriação do crédito, o contribuintedeverá efetuar demonstrativo mensal, por veículoautomotor, da efetiva utilização dos produtosarrolados em transporte relacionado com a atividadefim do estabelecimento, que permanecerá à disposiçãoda fiscalização;

b) o imposto poderá ser lançado no campo “OutrosCréditos” da GIA/ICMS;

c) o crédito a ser apropriado será proporcionalao percentual de participação das operações desaídas tributadas sobre o total das operações desaídas efetuadas no mesmo período (art. 27, inc. III,da Lei nº 11.580/96).

Os contribuintes que haviam efetuado oaproveitamento do crédito do combustível utilizado emtransporte de carga própria, até 29.06.2005, tiveram o seuprocedimento convalidado pelo Decreto n. 5.042/2005, conformea seguir transcrito:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Decreto 5.042/2005:

Publicado no Diário Oficial Nº 7007 de 29/06/2005

Art. 2º. Ficam convalidados:

a) o aproveitamento de crédito do imposto dasoperações tributadas de aquisição de combustíveis,lubrificantes, óleos, aditivos, fluídos, pneus,câmaras de ar e demais materiais rodantes, peças dereposição e outros produtos de manutenção da frota,utilizados no transporte de carga própria, efetuadoaté a data de publicação deste Decreto;

Art. 4º. Este Decreto entrará em vigor na data de suapublicação.

Curitiba, em 29 de junho de 2005, 184º daIndependência e 117º da República.

A Redação que se encontra em vigor no RICMS é aintroduzida pela alteração 712ª constante do Decreto n.7.678/2006, abaixo transcrita:

DECRETO N. 7.319/2006

(Revogado pelo Decreto n. 1.078 de 04.07.2007)

Publicado no Diário Oficial Nº 7329 de 11/10/2006

...

Art. 4º foi revogado pelo art. 2º do Decreto 7.678 de27.12.2006, surtindo efeitos a partir de 11.10.2006.

Texto original que não surtiu efeitos:

"Art. 4º. Fica assegurado ao contribuinte do ICMS odireito de crédito sobre insumos utilizados notransporte de carga, inclusive própria."

Art. 5º. Este Decreto entrará em vigor na data de suapublicação.

...

DECRETO Nº 7.678/2006

Publicado no Diário Oficial Nº 7377 de 27/12/2006

O GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ EM EXERCÍCIO, no usodas atribuições que lhe confere o art. 87, inciso V,da Constituição Estadual,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

DECRETA:

Art. 1º. Fica introduzida no Regulamento do ICMS,aprovado pelo Decreto nº 5.141, de 12 de dezembro de2001, a seguinte alteração:

Alteração 712ª O § 14 do art. 23 passa a vigorar coma seguinte redação, acrescentando-se-lhe o § 15:

"§ 14. O contribuinte que efetue transporte de cargaprópria poderá apropriar-se do crédito do imposto dasoperações tributadas de aquisição de combustíveis,lubrificantes, óleos, aditivos, fluídos, pneus,câmaras de ar e demais materiais rodantes, peças dereposição e outros produtos de manutenção da frota,inclusive de limpeza.

§ 15. Na hipótese do § 14:

a) para apropriação do crédito, o contribuintedeverá efetuar demonstrativo mensal, por veículoautomotor, da efetiva utilização dos produtosarrolados em transporte relacionado com a atividadefim do estabelecimento, que permanecerá à disposiçãoda fiscalização;

b) o imposto poderá ser lançado no campo “OutrosCréditos” da GIA/ICMS;

c) o crédito a ser apropriado será proporcionalao percentual de participação das operações desaídas tributadas sobre o total das operações desaídas efetuadas no mesmo período (art. 27, inc. III,da Lei nº 11.580/96).”

...

Art. 2º. Fica revogado o art. 4º do Decreto nº7.319, de 11 de outubro de 2006.

...

Art. 4º. Este Decreto entrará em vigor na data dasua publicação, produzindo efeitos a partir de11.10.2006, em relação à alteração 712ª e ao art. 2º;a partir de 1º.11.2006, em relação às alterações 713ªe 725ª; a partir de 1°.01.2007, em relação àalteração 714ª; a partir de 1º.03.2007, em relação àsalterações 718ª, 720ª, 722ª, 723ª, 724ª e 727ª, aoinciso XXII do art. 115 da alteração 715ª; à alínea“n” e ao “caput” do art. 189 da alteração 719ª, e aoart. 3º; e na data de sua publicação em relação aosdemais dispositivos.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Curitiba, em 27 de dezembro de 2006,185º da Independência e 118º da República.

ROBERTO REQUIÃO,Governador do Estado

HERON ARZUA, Secretário de Estado da Fazenda

RAFAEL IATAURO,Chefe da Casa Civil

Como se pode observar, a Consulta n. 50/2003 járesponde parte dos questionamentos da Consulente.

A previsão para o crédito de que trata estaConsulta também consta do inciso III do art. 1º da Lei n.15.610, publicada em 22.08.2007, que inseriu o § 8º no art. 24da Lei n. 11.580/96, com eficácia a partir de 22.01.2007, queassim tratou a matéria:

Lei nº 15.610

Publicado no Diário Oficial N. 7541, de 22/08/2007,com eficácia a partir de 22.01.2007

III - Fica acrescentado o § 8º ao art. 24:

"§ 8º O contribuinte que efetue transporte de cargaprópria poderá creditar-se do imposto das operaçõestributadas de aquisição de combustíveis,lubrificantes, óleos, aditivos, fluidos, pneus,câmaras de ar e demais materiais rodantes, peças dereposição e outros produtos de manutenção da frota,inclusive de limpeza, observado o disposto no art.27."

Com relação ao primeiro questionamento,abstrai-se que incorreto está o procedimento adotado pelaConsulente, tendo em vista que não há previsão na legislaçãopara emissão de nota fiscal de saída para “consumo”, devendoser feita a movimentação do produto internamente na empresapor meio de documento de controle próprio, que esclareça o fimdado àquela parte do combustível, bem como que possibilite ocontrole do estoque do produto em futuras verificaçõesfiscais.

No que se refere à segunda questão, sobre qualvalor atribuir a essa retirada de combustível, não há previsãona legislação, já que não se trata de operação de saída demercadoria, nem, como erroneamente se refere a Consulente, é

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.caso de documento de “faturamento”, devendo esta valer-se denormas contábeis para solucionar o problema.

Quanto ao terceiro questionamento, tambémabordado na Consulta referida pela Consulente, primeiramenteesclarece-se que os dispositivos do Regulamento do ICMS quetratam da matéria foram diversas vezes alterados, sendo que,hoje, o § 14 do art. 23 determina que o contribuinte queefetue transporte de carga própria poderá apropriar-se docrédito do imposto das operações tributadas de aquisição decombustíveis, lubrificantes, óleos, aditivos, fluídos, pneus,câmaras de ar e demais materiais rodantes, peças de reposiçãoe outros produtos de manutenção da frota, inclusive delimpeza, sendo que tal redação passou a surtir efeitos apartir de 11.10.2006.

Anteriormente a essa data, tem-se que a Consultan. 126/2001 demonstrava o posicionamento do Setor Consultivoda Secretaria de Estado da Fazenda de que era permitida autilização do crédito sobre as aquisições de óleo dieselutilizados em veículos empregados na frota própria, sendo queo art. 2º do Decreto n. 5.042/2005 determinava a convalidaçãodo aproveitamento de crédito do imposto em relação àsoperações tributadas de aquisição de combustíveis,lubrificantes e outros insumos, destinados à manutenção dafrota utilizados no transporte de carga própria, efetuados atéa data da publicação do Decreto, que se deu em 29.06. 2005.

Considerando, pois, que em relação ao períodoanterior à 29.06.2005 foi necessária a convalidação deprocedimentos, significa que o legislador entendeu que estavaincorreta a posição do Setor Consultivo de que a legislaçãoautorizava o crédito.

Assim, uma vez que a convalidação somente éaplicável a procedimentos que já haviam sido efetuados antesda eficácia do dispositivo que a determina, em relação aoperíodo anterior a 29.06.2005 (data da convalidação), bemcomo até o dia 11.10.2006 – exclusive, (data da eficácia dodispositivo que autoriza efetivamente o crédito de taisinsumos para uso em veículos utilizados no transporte decarga própria), não há previsão na legislação(anteriormente à 29.06.2005) e há vedação expressa nesta(entre 29.06.2005 a 11.10.2006 - § 14 do art. 23 do RICMS)para apropriação do crédito, não podendo portanto a consulenteapropriar-se de qualquer crédito relativamente a esse período.

Em relação à possibilidade de recuperar ocrédito, em função de não ter o combustível sido objeto de

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.comercialização após a aquisição da refinaria com impostoretido por substituição tributária, tem-se que argumentar:

1. primeiramente, que somente se pode falar em“recuperação” de algo quando se tinha direito a tê-lo. Nocaso, a recuperação de crédito do imposto somente pode serefetuada porque a Consulente teria direito a apropriar-sedesse valor, não fosse o regime de tributação do produto, peloqual, por ser substituído tributariamente, não se apropriou docrédito pela entrada, porque comercializaria o combustível comoutro contribuinte do imposto;

2. por causa de uma situação conhecidaposteriormente à aquisição de mercadoria com imposto retido,que é a utilização de parte do combustível em frota própria,não ocorre a comercialização dessa parte do produto, podendoaplicar as regras de recuperação.

Portanto, a partir de 11.10.2006, a Consulente,observado o previsto no § 12, § 14 e § 15 do art. 23 doRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001, comredação introduzida pelo Decreto n. 7618/2006, poderáapropriar-se do crédito em relação às retiradas de combustívelpara utilização na frota própria.

3. O § 14 do art. 23 do Regulamento do ICMSdetermina que, a partir de 11.10.2006, há direito a crédito naaquisição de insumos, dentre os quais se incluem oscombustíveis, quando utilizados na frota própria;

4. O § 12, alínea “b”, do mesmo artigo dispõeque, caso tenha direito ao crédito do imposto, antes retidopor substituição tributária (e no caso tem direito conformeexposto anteriormente), o contribuinte substituído podeapropriar-se deste proporcionalmente aos valores relativos àparte das mercadorias que não destinou à comercialização.

Portanto, pelo disposto na alínea “b” do § 12 doart. 23 antes referido, o crédito deve corresponder ao valorresultante da aplicação da alíquota interna sobre o valor queserviu de base de cálculo para a retenção, para tanto, deve aconsulente emitir nota fiscal especificamente para este fim,constando como natureza da operação "Recuperação de Crédito",a qual deve ser lançada no Campo "Outros Créditos" do livroRegistro de Apuração do ICMS, e, em não se conhecendo o valordo imposto, o mesmo poderá ser calculado mediante a aplicaçãoda alíquota vigente para as operações internas sobre o valorde aquisição da mercadoria.

Não obstante tal determinação, aplicada

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.genericamente à forma de recuperação de imposto antes retidopor substituição tributária, há que se conjugar a aplicaçãodeste dispositivo com aquele que trata especificamente dovalor que pode o contribuinte apropriar-se de crédito emvirtude da utilização dos insumos em frota própria, qual sejao § 15 do art. 23 do Regulamento do ICMS, que determina quepara demonstração do valor a recuperar no caso, deve ocontribuinte elaborar demonstrativo mensal, por veículoautomotor, da efetiva utilização dos produtos arrolados emtransporte relacionado com a atividade fim do estabelecimento,que permanecerá à disposição da fiscalização e considerar queo crédito apurado a ser apropriado será proporcional aopercentual de participação das operações de saídas tributadassobre o total das operações de saída efetuadas no mesmoperíodo, lançando, daí sim, tal crédito no campo “outroscréditos” da GIA/ICMS.

Tais cuidados, envolvendo um demonstrativo ourelatório minucioso da situação posta, juntamente com aguarda de documentos comprobatórios e cálculo dos valores emquestão, são necessários para possibilitar, por parte dafiscalização, condições de verificação futura da correção doprocedimento adotado pela Consulente.

Sem prejuízo do estabelecido na legislaçãocitada, caso tenha créditos extemporâneos a serem recuperados,a Consulente deverá observar, também, a não ocorrência dedecadência do seu direito (§ 2º do art. 24 do Regulamento doICMS) e as regras acerca do lançamento extemporâneo do impostoinclusive com necessidade de comunicação à Repartição Fiscal(§ 6º do mesmo artigo):

Art. 24. Para a compensação a que se refere o artigoanterior, é assegurado ao contribuinte o direito decreditar-se do imposto anteriormente cobrado emoperações de que tenha resultado a entrada demercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou aoativo permanente, ou o recebimento de serviços detransporte interestadual e intermunicipal ou decomunicação (art. 24 da Lei n. 11.580/96).

§ 2º O direito de utilizar o crédito extingue-sedepois de decorridos cinco anos contados da data deemissão do documento.

§ 6º Quando o crédito não for exercido na épocaprópria, só poderá ser utilizado em denúncia

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

espontânea, ou quando o fato seja comunicado àrepartição fiscal ou o seu valor seja incluído emreconstituição de escrita, promovida pelafiscalização.

De conformidade com o contido no art. 591 doRegulamento do ICMS, tem a consulente o prazo de quinze diaspara adequar seu procedimento ao exposto na resposta a essaConsulta, bem como sanar eventuais irregularidades pendentes.

PROTOCOLO: 8.607.075-8

CONSULTA Nº: 75, de 18 de setembro de 2007

CONSULENTE: OSG FERRAMENTAS DE PRECISÃO LTDA.

SÚMULA: ICMS. REAFIAÇÃO DE BENS DE USO PRÓPRIO DOENCOMENDANTE. NÃO INCIDÊNCIA.

RELATORA: LIMI OIKAWA

A consulente informa que atua no ramo debeneficiamento (reafiação) de ferramentas de precisão, taiscomo brocas, fresas, machos, alargador e escareador, e quenesse processo utiliza, além da mão-de-obra, uma quantidadebem pequena (5%) de materiais como o rebolo abrasivo e óleorefrigerante.

Indaga se ao devolver ao cliente o materialbeneficiado, além da nota fiscal de “Devolução de Remessap/Industrialização”, CFOP 5902, deve fazer a nota fiscal deindustrialização p/ outra empresa (CFOP 5124), sem destaque doimposto, de acordo com o art. 272, inciso I, do RICMS/PR, nãomencionando a pequena quantidade de matéria-prima aplicada.

Informa, adicionalmente, que as peças querecebem a afiação retornam ao estabelecimento do cliente paraconsumo próprio.

RESPOSTA

Pelas informações adicionais trazidas em

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.diligências realizadas, conclui-se que, embora a Consulente dêo tratamento de “industrialização” para a atividade relatada(reafiação), a mesma está fora do campo de incidência doICMS, uma vez que as peças reafiadas retornam aosestabelecimentos encomendantes para uso próprio.

Desta forma, a Consulente terá, de acordo com oart. 591 do RICMS/01, o prazo de até quinze dias para efetuara adequação ao aqui exposto.

PROTOCOLO: 9.303.809-6

CONSULTA Nº: 76, de 07 de agosto de 2007

CONSULENTE: PENNACCHI & CIA LTDA.

SÚMULA: ICMS. DIFERIMENTO PARCIAL. EMISSÃO EREGISTRO DAS NOTAS FISCAIS.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente, segundo informa, tem por atividadeo comércio atacadista de produtos alimentícios, perfumaria,limpeza, material escolar, etc, e expõe seu entendimento deque o artigo 87-A do Regulamento do ICMS, aprovado peloDecreto n. 5.141/2001, determina situações em que ocorre odiferimento parcial do imposto.

Entretanto, aduz que é freqüente seusfornecedores emitirem notas fiscais assinalandoequivocadamente redução da base de cálculo quando o corretoseria o diferimento parcial do imposto antes referido.

Nessas circunstâncias, mesmo quando aretificação é requerida pela consulente, alguns fornecedoresrecusam-se a corrigir as informações em seus documentosfiscais. É seu entendimento que as notas fiscaiscorrespondentes devem ser escrituradas da maneira correta, comobservância à nova redação do § 2º do artigo 87-A doRegulamento do ICMS, trazida pelo art. 1º, alteração 611ª, doDecreto n. 6.142, de 22.02.2006, ainda que tenham aquelesdocumentos sido emitidos erroneamente.

Questiona se é correto o procedimento que adota.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

RESPOSTA

Com efeito, não há que se confundir redução dabase de cálculo com diferimento parcial do imposto. O regimetributário definido pelo artigo 87-A do Regulamento do ICMS éo diferimento parcial do imposto, como adiante se transcreve:

Art. 87-A. Fica, também, diferido o pagamento doimposto nas saídas internas entre contribuintes e nasoperações de importação, por contribuinte, demercadorias, na proporção de:

...

§ 2º. Para os fins do disposto neste artigo, nodocumento fiscal emitido para acobertar as operaçõesdeverá ser indicada a base de cálculo do imposto, nocampo específico; a informação de que o imposto foiparcialmente diferido e o seu valor, seguido docorrespondente dispositivo do Regulamento do ICMS, nocampo "Informações Complementares"; e o resultadoobtido após a exclusão do valor do imposto diferido,no campo "Valor do ICMS"

Este Setor Consultivo, mediante a Consulta n.111/2006, já examinou a alteração regulamentar antesmencionada, conforme excerto que dela se transcreve:

“Assevera que a alteração no Regulamento do ICMS,promovida pelo Decreto 6.142/06, exigirá adaptaçõesde seu sistema de processamento de dados, uma vez queo diferimento parcial passa a ser sobre o valor doimposto e não mais sobre o valor da operação. Afirmaque está com dificuldade em ajustar o sistema deforma a calcular e informar o valor do impostodiferido no campo “dados adicionais” de sua notafiscal.

...

RESPOSTA

...

A Consulente, ao emitir a sua nota fiscal de saída,deverá observar a atual redação do § 2º do art. 87-Ado RICMS/2001, isto é, mencionar, no campo dados

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

adicionais da nota fiscal “ICMS parcialmente diferidode R$ ..., conforme art. 87-A do RICMS/2001”.

A base de cálculo do imposto será aquela prevista nalegislação do ICMS (artigos 6 a 11º da Lei n.11.580/96), inclusive com a parcela cujo impostofoi diferido.

Para melhor entendimento, na hipótese de uma operaçãointerna, entre contribuintes, cuja alíquota doproduto seja de 18% e o valor totalize R$ 100,00,teríamos os seguintes dados na nota fiscal: base decálculo do ICMS = R$ 100,00; valor dos produtos = R$100,00; alíquota 18%; valor do ICMS diferido = R$6,00, que deverá constar no campo dados adicionais;valor do ICMS destacado = R$ 12,00.”

Assim, a escrituração fiscal deve, da mesmaforma, atender à mesma diretriz apresentada pela Consulta n.111/2006.

Portanto, no âmbito do diferimento parcialanalisado, correto o entendimento da consulente em realizar aescrituração na forma prevista na legislação tributária, aindaque incorretas as indicações dos documentos fiscais emitidospelos seus fornecedores.

PROTOCOLO: 9.264.344-1

CONSULTA Nº: 77, de 30 de maio de 2007

CONSULENTE: NEOPLÁSTICA BRASIL S.A.

SÚMULA: ICMS. REINTRODUÇÃO DE MERCADORIA COM EMISSÃODE CERTIFICADO DE DEPÓSITO ALFANDEGADO.DRAWBACK. ISENÇÃO DO IMPOSTO.IMPOSSIBILIDADE.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente informa que o objeto da sociedademercantil é a indústria e comércio de produtos plásticos paraembalagens em geral, importação e exportação, serviçosrelacionados ao ramo de atividade e participações einvestimentos no capital social de outras sociedades, como

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.acionista ou quotista.

Expõe que empresa de seu grupo econômico,estabelecida no exterior, pretende utilizar o Regime AduaneiroEspecial de Depósito Certificado (DAC) e designar aConsulente, estabelecida no Estado do Paraná, para atuar emseu nome, para receber em depósito alfandegado situado nesteEstado, as matérias-primas adquiridas de fornecedoresnacionais para industrialização.

Admitidas as matérias-primas no DAC, estas serãoimportadas pela Consulente e transferidas ao regime especialaduaneiro de “drawback”, para industrialização e posteriorexportação.

Entende que o despacho aduaneiro que desembaraçaa mercadoria para transferi-la do DAC ao “drawback” não geraobrigação de recolhimento do ICMS, por força do Convênio ICM02/88, e que a possibilidade da transferência de regimeaduaneiro estaria prevista no Convênio ICMS 27/90.

Aduz que nos termos do § 1º da Cláusula Primeirado Convênio ICM 02 de 29/03/1988 a mercadoria admitida no DACserá tida como efetivamente exportada, aplicando-se asdisposições da legislação tributária do ICMS relativas àexportação para o exterior, inobstante encontrar-sefisicamente no país de origem. E se a empresa, detentora dapropriedade da mercadoria e que se situa no exterior, vendê-lapara uma outra empresa sediada no Brasil, essa operação seriaprocessada como importação, inclusive ao regime de “drawback”.A possibilidade do reingresso da mercadoria no mercado internosob o regime de “drawback” estaria prevista no Convênio ICM2/88, Cláusula segunda, e que com o Convênio ICMS 27, de13/09/1990, Cláusula primeira, estabeleceu-se a isenção sobesse regime. Portanto, no entender da Consulente, ao importarmercadoria que se encontra no regime DAC por meio do regime“drawback” estaria sujeita às disposições do Convênio ICMS 27,de 13/09/1990, ou seja, isenção do ICMS.

Ante o exposto, indaga se é correto seuentendimento de que o Convênio ICMS 27, de 13/09/1990, quetrata da isenção nas importações sobre regime de “drawback”,aplica-se nas importações sob o regime de “drawback” demercadoria depositada sob regime DAC. E se pode a Consulenteimportar mercadoria aplicando esse entendimento.

RESPOSTA

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

O Convênio ICM 02/88, de 29 de março de 1988,não foi reconfirmado no prazo de dois anos, a partir dapromulgação da Constituição da República de 1988, nos termosdo § 3º do artigo 41 do Ato da Disposições ConstitucionaisTransitórias - ADCT.

O Setor Consultivo, no mesmo sentido do Estadode Minas Gerais, entende que o Convênio ICMS 60/90, de 13 desetembro de 1990, que dispõe sobre convênios nãoreconfirmados, revogou o Convênio ICM 02/88, consoantecláusula primeira, uma vez não reconfirmado pelos ConvêniosICMS 30 a 59/90, conforme:

CONVÊNIO ICMS 60/90

Dispõe sobre Convênios e disposições de Convênios nãoreconfirmados pelos Convênios ICMS 30 a 59/90 de13.09.90.

A Ministra da Economia, Fazenda e Planejamento e osSecretários de Fazenda ou Finanças dos Estados e doDistrito Federal, na 60ª Reunião Ordinária doConselho Nacional de Política Fazendária, realizadaem Brasília, DF, no dia 13 de setembro de 1990, tendoem vista o disposto no § 3º do art. 41 do Ato dasDisposições Constitucionais Transitórias, promulgadoem 05 de outubro de 1988, e na Lei Complementar nº24/75, de 07 de janeiro de 1975, resolvem celebrar oseguinte

CONVÊNIO

Cláusula primeira As isenções, incentivos ebenefícios fiscais concedidos anteriormente a 05 deoutubro de 1988, não reconfirmados pelos ConvêniosICMS 30 a 59/90, de 13 de setembro de 1990, estarãorevogados a partir de 05 de outubro de 1990.

Cláusula segunda Este Convênio entra em vigor na datada publicação de sua ratificação nacional.

Brasília, DF, 13 de setembro de 1990.

Assim, conforme exposto acima, o regime deDepósito Alfandegado Certificado (DAC) não produz efeitossobre o ICMS, por conseguinte, não cabem os tratamentostributários de exportação e de importação às remessas demercadorias para depósito em DAC e à transferência deste parao “drawback”.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Cumpre destacar que o Convênio ICMS 27/90, quedispôs sobre a concessão de isenção de ICMS nas importações demercadorias sob regime de “drawback” e que estabeleceu normaspara o seu controle, tem-se que não tratou do reingresso nomercado interno sob o regime de “drawback" da mercadoriadestinada a armazém alfandegado para depósito sob o regime deDepósito Alfandegado Certificado (DAC).

Portanto, o entendimento apresentado pelaConsulente não encontra respaldo nos convênios citados etampouco na legislação do ICMS do Estado do Paraná.

No que estiver procedendo diferentemente docontido nessa resposta, em razão da determinação do artigo 591do RICMS/2001, tem o prazo de 15 dias, a partir da ciênciadesta, para adequar-se.

SID Nº: 9.370.751-6

CONSULTA Nº: 78, de 04 de setembro de 2007

CONSULENTE: TORTUGA CIA ZOOTÉCNICA AGRÁRIA

SÚMULA: ICMS. TRANSFERÊNCIAS DE BENS DESTINADOS AOUSO, CONSUMO E ATIVO PERMANENTE. DIFERENCIALDE ALÍQUOTAS.

RELATOR: RANDAL SODRÉ FRAGA

A consulente, domiciliada neste Estado,cadastrada no regime normal de apuração e recolhimento doICMS, informa que sua unidade matriz se encontra localizada noEstado de São Paulo, e que recebe desta transferências de bensdestinados ao seu uso, consumo e ativo permanente, em razão depolítica interna de concentração de compras. Tais operaçõesinterestaduais ocorrem ao abrigo da não-incidência do ICMS,nos termos do art. 7º, incisos XIV e XV, do RICMS/SP – Decretonº 45.900/00.

Questiona se o estabelecimento domiciliado noParaná deve efetuar o recolhimento do diferencial dealíquotas, a que se refere a legislação paranaense; se olançamento deve se dar no livro Registro de Apuração do ICMS,no campo “outros débitos” e na GIA/ICMS no campo “débitos doICMS” - campo 54 “diferencial de alíquota”; e se a diferença

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.resulta em 6%, ou seja, 18% (alíquota interna) menos 12%(alíquota interestadual).

RESPOSTA

Estabelece o RICMS, aprovado pelo Decreto nº5141, de 12 de dezembro de 2001, alterado pelo Decreto nº1303, de 15 de agosto de 2007:

Art. 4º O imposto não incide sobre (art. 4º da Lei n.11.580/96):

(...)

XIV - transferência de ativo permanente e de materialde uso ou consumo entre estabelecimentos do mesmotitular, inclusive quanto ao diferencial de alíquotasde que trata o inciso XIV do art. 5º.

Do que se infere, inexiste obrigação tributáriade recolhimento do tributo em relação aos fatos narrados pelaconsulente.

No que houver procedido de forma diversa, oconsulente terá, de acordo com o art. 591 do RICMS/01, o prazode até quinze dias para adequar o seu procedimento ao quehouver sido elucidado, independentemente de qualquerinterpelação ou notificação fiscal.

PROTOCOLO : 9.069.895-8

CONSULTA Nº: 79, de 04 de setembro de 2007

CONSULENTE: DIMETEL DISTRIBUIDORA DE MATERIAL ELÉTRICO LTDA.

SÚMULA: ICMS. ENTREGA EM DEPÓSITO FECHADO DOADQUIRENTE. OPERAÇÃO INTERESTADUAL.

RELATORA: LEONORA GARAN

A Consulente expõe que ao comercializar comclientes estabelecidos em outros Estados, por vezes lhe é

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.determinado que entregue as mercadorias em depósito fechado,situado em local diverso do endereço do adquirente, inclusivecom CNPJ e Inscrição Estadual distintos.

Informa que, nestes casos, emite Nota Fiscal deVenda em nome do estabelecimento adquirente – CFOP 6102, comdestaque do ICMS incidente sobre a operação, fazendo constarno campo “Informações Complementares” a informação de que asmercadorias serão entregues no Depósito Fechado do adquirente,por sua conta e ordem, citando nome, endereço, CNPJ eInscrição Estadual do referido depósito fechado.

Ressalta que a legislação paranaense nãocontempla a situação, uma vez o art. 251 do RICMS, aprovadopelo Decreto n. 5.141/2001 regulamenta entrega demercadorias a depósito fechado por conta e ordem doestabelecimento destinatário (adquirente) exclusivamentequando estiverem localizados no Estado do Paraná e pertenceremà mesma empresa.

Entende que, diante da inexistência de previsãolegal específica, deve adotar o mesmo procedimento de quetrata o referido dispositivo regulamentar, e indaga se estácorreto tal entendimento.

RESPOSTA

A matéria questionada diz respeito à remessa demercadoria para depósito fechado do adquirente localizado emoutro Estado nas vendas efetuadas por empresas paranaenses.

Preliminarmente, observe-se o que dispõe ocitado artigo 251 do RICMS/2001, “verbis”:

“Art. 251. Na saída de mercadoria para entrega adepósito fechado, por conta e ordem doestabelecimento destinatário, ambos localizadosneste Estado e pertencentes à mesma empresa, oestabelecimento destinatário será consideradodepositante, devendo o remetente emitir notafiscal contendo os requisitos exigidos, indicando(Convênio SINIEF, de 15.12.70, art. 25):

I - como destinatário, o estabelecimento depositante;

II - o local da entrega, o endereço e os números deinscrição, estadual e no CNPJ, do depósito fechado”.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Verifica-se que tal dispositivo é aplicávelsomente quando o depósito fechado e o estabelecimentodepositante estiverem “ambos localizados neste Estado”, esendo assim, o mesmo efetivamente não contempla a situação oraexposta.

Porém, em face do art. 19, inc. VII, al. “a” ,do Convênio Sinief s/nº, de 15/12/1970, e do art. 117 ,inc. VII, al. ”a”, do RICMS/2001 determinarem que devemconstar no campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES” do quadro “DADOSADICIONAIS” da NOTA FISCAL “outros dados de interesse doemitente, tais como: número do pedido, vendedor, emissor danota fiscal, local de entrega, quando diverso do endereço dodestinatário nas hipóteses previstas na legislação,propaganda, etc.;” e considerando, também, o que dispõe aTabela I, “B” do Anexo IV do RICMS/2001, relativamente aosCódigos Fiscais de Operações e Prestações – CFOP que devem serutilizados nas operações realizadas, conclui-se que estácorreto o procedimento adotado pela Consulente.

Sobre a matéria, veja-se também a Resposta dadaà Consulta n. 162/2006, disponível no sitehttp://www.fazenda.pr.gov.br.

Sendo assim responde-se afirmativamente àindagação formulada, especialmente no que se refere aodestaque do ICMS, à menção do CFOP 6.102 e aos dados inseridosno campo “Informações Complementares” da nota fiscal.

PROTOCOLO: 9.511.264-1 (sid anexo 9.378.398-0)

CONSULTA Nº: 80, de 07 de agosto de 2007

CONSULENTE: COPEL DISTRIBUIÇÃO S/A.

SÚMULA: ICMS. ENERGIA ELÉTRICA. SETORRURAL-AGROPECUÁRIO. DIFERIMENTO.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente, concessionária de serviço públicode distribuição de energia elétrica, apresentando dúvidasquanto à prevalência do diferimento do pagamento do imposto nofornecimento de energia elétrica de que trata o artigo 91,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.inciso VIII, do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n.5.141/2001, indaga:

1. Em razão da entrada em vigor da nova tabelaCNAE 2.0, dentre as diversas atividades econômicas que elenca,quais estão alcançadas pelo diferimento mencionado?

2. Muitos consumidores têm requerido a adoção doreferido diferimento, aduzindo que as atividades secundáriasconstantes nos seus cartões de CNPJ – Cadastro Nacional dePessoa Jurídica inserem-se no contexto de aplicabilidade desseregime tributário, no que a consulente discorda e mantém odiferimento apenas quando a atividade principal apontada peloCNPJ assim admite. Está correto o entendimento?

3. Há consumidores de energia elétrica cujasatividades econômicas possibilitam, em princípio, a aquisiçãocom diferimento do imposto, mas seus estabelecimentos não selocalizam na área rural ou estão enquadrados em classestarifárias diferentes da classe rural, como a industrial e acomercial. Nesses casos, tem a consulente aplicado odiferimento, com o que inquire se é correto o seuprocedimento?

RESPOSTA

Dispõe o artigo 91, “caput” e inciso VIII, doRegulamento do ICMS:

Art. 91. É diferido o pagamento do ICMS nas operaçõescom as seguintes mercadorias:

...

VIII - energia elétrica para consumo na exploração deatividade econômica no setor rural-agropecuário;

...

§ 2º O diferimento previsto neste artigo, outorgadoàs saídas de produtos destinados à pecuária,estende-se às remessas com destino à apicultura,aqüicultura, avicultura, cunicultura, ranicultura esericicultura.

Respondendo-se à questão n. “1”, dada auniversalidade das atividades econômicas listadas pela

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.consulente, definir-se-ão tão-somente critérios que lhepermitam dirimir as dúvidas.

Observa-se que o diferimento é conferido àsatividades econômicas desenvolvidas no setorrural-agropecuário e, portanto, impõem-se três característicasfundamentais, quais sejam a atividade rural, agrícola epecuária.

Nesse sentido, para melhor análise da questão,dispõe De Plácido e Silva, in Vocabulário Jurídico, Forense,23ª edição:

Rural: (...) é empregado para designar ou se referira tudo que pertence ao campo, é do campo ou daagricultura. Propriedade rural é aquela que seencontra no campo, fora dos limites urbanos ousuburbanos da cidade e das vilas. (...)

Agrícola: É termo de uso comum, utilizado nasexpressões jurídicas para indicar tudo o que pertenceou provém da agricultura. (...)

Agricultura: Assim se diz, sob o ponto de vistaeconômico, da indústria que tem por finalidade, numaexploração sistemática do solo, obter produtosvegetais. (...)

Pecuário: (...) é juridicamente empregado no sentidooriginário: refere-se a tudo o que se relaciona aogado. (...)

Gado: (...) sempre se usou o vocábulo para designar,de modo genérico, todos os animais domésticos,utilizados pelo homem para vários fins, inclusivepara suas indústrias. Entre as espécies, encontram-seos bois e as vacas, os carneiros e as ovelhas, osbodes e as cabras. São ditos especificamente gadobovino ou vacum, em relação aos bois e vacas; gadoovino, relativo aos carneiros e ovelhas; gadocaprino, relativo aos bodes e as cabras; cavalar,relativo aos cavalos; e muar, aos burros. (...) Ogado grosso compreendia os animais graúdos, comobois, cavalos e muares; o miúdo alcançava oscarneiros, os porcos, as cabras etc.

Logo, pode-se concluir que o diferimento emexame abrange as atividades de obtenção de produtos agrícolasem geral, mediante exploração sistemática do solo, assim como

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.a criação de gado em suas mais diversas espécies, efetuadas nosetor rural.

Há que se destacar, ainda, que o § 2º do artigo91, determina que o diferimento atribuído no fornecimento deenergia elétrica com destino à pecuária é estendido à criaçãode abelhas, coelhos, rãs, bicho da seda, aves em geral eaqüicultura, sendo esta, como aponta De Plácido e Silva, aatividade de “cultivo de organismos que tenham na água o seunormal ou mais freqüente meio de vida”.

Desta maneira, somente as atividades econômicasque estejam insertas na concepção de setor rural-agropecuárioantes exposto estão alcançadas pelo diferimento em análise.

Quanto à questão n. “2”, infere-se, dalegislação tributária, que o diferimento do imposto éconferido para as operações com energia elétrica destinada aser consumida na exploração de atividade econômica no setorrural-agropecuário e não em outro. Portanto, na hipótese daatividade desenvolvida no especificado setor ser apenassecundária, e sendo interesse do destinatário adquirir aenergia elétrica com diferimento, necessária será a utilizaçãode distintos medidores de consumo de energia.

No que é atinente à questão n. “3”, responde-seque o diferimento para atividades desenvolvidas no setorrural-agropecuário é excludente para os estabelecimentos quenão estejam situados na área rural, como também aos que,mesmo nela localizados, não estejam inclusos na classetarifária rural.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir daciência desta, terá a consulente, em observância ao artigo 591do Regulamento do ICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequaros seus procedimentos em conformidade com o que foi aquiesclarecido.

PROTOCOLO: 8.975.203-5

CONSULTA Nº: 81, de 12 de setembro de 2007

CONSULENTE: BRASINTER PRODUTOS QUÍMICOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. DIFERIMENTO. DESTINATÁRIO INDUSTRIAL.RESPONSABILIDADE.

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RELATOR: ACHILES PENAYO DE CAMPOS

A Consulente, com matriz em Assis - São Paulo, efilial em Londrina – Paraná, cadastrada como ComércioAtacadista de Produtos Químicos, expõe que comercializa osprodutos ácido sulfúrico (NCM – 2807.00.10), soda cáusticalíquida (NCM 2815.12.00), soda cáustica escamas (NCM2815.11.00), ácido fosfórico 85% alimentício (NCM 2809.20.19),hipoclorito de sódio (NCM 2828.90.11) e sulfato de alumínio(NCM 2833.22.00) e faz os seguintes questionamentos:

1. considerando que o item 45-A do art. 87 doRegulamento do ICMS prevê que as matérias-primas, materiaisintermediários, secundários e embalagens podem ser vendidos aestabelecimento industrial com diferimento do ICMS, desde queo adquirente seja preponderantemente exportador e que osprodutos sejam adquiridos de empresas estabelecidas nesteEstado, qual o percentual diferido e a alíquota a serutilizada quando comercializa com as empresas de que trata oitem referido?

2. Atendem, os produtos antes descritos, aodisposto no item 45-A do art. 87, conforme defendem asempresas adquirentes, ou são materiais de uso ou consumo?

3. Qual a sua responsabilidade ao aplicar obenefício segundo solicitam alguns de seus clientes, se nadeclaração destes, como a que anexa, consta que é da exclusivaresponsabilidade do destinatário o não recolhimento do ICMS emrazão do mencionado diferimento, tendo em vista o disposto no§ 11 do art. 87 do Regulamento do ICMS o qual se reporta aoitem 45-A do mesmo artigo?

RESPOSTA

Antes de responder ao indagado, reproduz-se oart. 87, item 45-A e §§ 10 e 11, do Regulamento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 5.141/2001.

Regulamento do ICMS:

Art. 87. Sem prejuízo das disposições específicasprevistas neste Regulamento, são abrangidas pelodiferimento as seguintes mercadorias:

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...

45-A. matérias-primas, materiais intermediários,secundários e embalagens, destinados aestabelecimentos industriais que operempreponderantemente na fabricação de produtosdestinados à exportação;

...

§ 10. Para os fins de determinação da preponderânciade que trata o item 45-A, os estabelecimentosindustriais devem demonstrar que realizam saídas deprodução própria para o exterior em percentual querepresente, no mínimo, 80% de sua receita bruta,observando-se o seguinte critério:

a) a receita bruta será auferida no período de 1º dejaneiro a 31 de dezembro do ano civil anterior, ouproporcionalmente ao número de meses de efetivaatividade no exercício civil anterior, quando:

1. o início das operações ocorrer após o mês dejaneiro;

2. o encerramento das atividades ocorrer antes do mêsde dezembro;

3. suas atividades forem suspensas por um ou maismeses do ano civil;

b) a receita não será calculada enquanto oestabelecimento exportador não estiver em atividadepor, no mínimo, seis meses, hipótese em que nãopoderá usufruir do diferimento de que trata o item45-A;

§ 11. Ao estabelecimento exportador que não atender ocritério da preponderância e fruir do diferimento dopagamento do imposto de que trata o item 45-A, caberáa responsabilidade pelo recolhimento do imposto quedeixou de ser pago na operação de aquisição, aindaque tal conduta venha a ser verificadaposteriormente.

No que se refere a exigência contida nodispositivo do regulamento, de que os produtos comercializadosdevem ser, para o destinatário, matérias-primas, materiaisintermediários, secundários e embalagens, tem-se os seguintesconceitos adotados pelo Setor Consultivo na resposta àConsulta n. 170/2006:

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“Para se verificar a extensão dos termos, instatranscrever, das respostas às Consultas n. 296/1993 e50/2005, os conceitos abaixo:

a) Matéria-prima - é, em geral, toda a substância comque se fabrica alguma coisa e da qual éobrigatoriamente parte integrante. Exemplo: o minériode ferro, na siderurgia, integrante de ferro-gusa; ocalcário, na industrialização do cimento, parteintegrante do novo produto cimento; bambu ou oeucalipto, integrantes do novo produto-papel etc.;

b) Produto intermediário - (assim denominado porqueproveniente de indústria intermediária própria ounão) é aquele que compõe ou integra a estruturafísico-química do novo produto, via de regra semsofrer qualquer tipo de alteração em suas estruturaintrínseca. Exemplo: pneumáticos, na indústriaautomobilística, e dobradiças, na marcenaria,compondo ambos os respectivos produtos novos (sem quesofram qualquer alteração em suas estruturasintrínsecas) - o automóvel e o mobiliário -, a cola,ainda na marcenaria, que, muito embora alterada emsua estrutura intrínseca, vai integrar o novo produto- o mobiliário;

c) Produto secundário - é aquele que, consumido noprocesso de industrialização, não se integra no novoproduto. Exemplos: calcário – CaCO3 - que naindústria de cimento é matéria-prima, na siderurgia éproduto secundário, porquanto somente usado paraextração das impurezas do minério de ferro, com asquais se transformam em escória e consome-se noprocesso industrial sem integrar o novo produto; oferro-gusa, o óleo de linhaça, usado na cerâmica(para o melhor desprendimento da argila na prensa),depois de consumido na queima, não vai integrar onovo produto - telha; qualquer material líqüido,usado na indústria de papel que, consumido naoperação de secagem, deixe de integrar o novo produto- papel.

Tem-se, também, que material de embalagem é aqueleutilizado para acondicionamento do produto, paratransporte (caixas, tambores) ou para apresentação(frasco de perfume).

Com base nos conceitos retro transcritos, já adotadospor este Setor Consultivo para embasar análises

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anteriores, a saída das peças de reposiçãocomercializadas, não se enquadra em qualquer dashipóteses acima.

Ademais, quando a legislação limita a aplicação dodiferimento do pagamento do imposto à aquisição dematéria-prima, material intermediário, secundário ede embalagem, exigindo que o destinatário sejaestabelecimento industrial, deixa claro que são osprodutos a serem utilizados efetivamente no processoprodutivo, o que não é, também, o caso descrito napresente consulta.”

Considerando que, para ter direito aodiferimento, além de ser industrial, o destinatário damercadoria deve operar preponderantemente na fabricação deprodutos destinados à exportação, verifica-se não haver óbice,conforme já manifestado na consulta nº 132/2004, para que aconsulente, no intuito de salvaguardar seus interesses,solicite de seu cliente, uma declaração que o mesmo utiliza osprodutos conforme acima conceituado e de que, além de serindústria que, pelo cálculo a que se refere o § 10 do art. 87,atua preponderantemente na fabricação de produtos destinados àexportação.

O § 11 do art. 87 do Regulamento do ICMS,realmente atribui ao estabelecimento adquirente exportador,que não atender ao critério estabelecido no § 10 do mesmoartigo (preponderância na fabricação de produtos destinados àexportação), a responsabilidade pelo recolhimento do impostoque deixou de ser pago pela utilização do diferimento do art.87, item 45-A, do RICMS, salvo se houver aplicação incorretado diferimento por conduta do vendedor (remetente).

Quanto ao primeiro questionamento, conforme sepode abstrair do texto transcrito do dispositivo regulamentar,atendidos aos requisitos, aplica-se o diferimento ousubstituição tributária em relação às operações antecedentes,sendo a Consulente substituída e a indústria destinatária asubstituta tributária em relação ao imposto da operaçãoanterior. Inteligência do art. 18, § 7º, da Lei n. 11.580/96.

Portanto, o diferimento do pagamento do impostode que trata o item 45-A do art. 87 do Regulamento do ICMS étotal, não havendo que se falar em alíquota a ser aplicada ouem percentual diferido.

No que se refere ao segundo questionamento, anatureza dos produtos comercializados pela Consulente

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.dependerá da utilização dada pela indústria destinatária, queos poderá aplicar no seu processo produtivo ou utilizá-loscomo uso ou consumo, somente se aplicando o diferimento noprimeiro caso.

Em relação à terceira indagação, entende-se que,diante da legislação aplicável, não há óbice para que aConsulente solicite de seu cliente, destinatário do produtocom diferimento, declaração, acompanhada de comprovantes ounão, de que o mesmo atende às exigências do § 10 do art. 87 ede que os produtos tem a destinação exigida pelo item 45-A domesmo artigo, isto é, de que opera preponderantemente nafabricação de produtos destinados à exportação (80%) e utilizaos produtos adquiridos como matérias primas, materiaisintermediários, secundários e embalagens, conformeconceituado, haja vista que está sujeita a eventual ação doFisco.

Entretanto, a valoração dos documentosapresentados pelo destinatário à consulente não será efetuadapor este Setor Consultivo por tratar-se de matéria de naturezaestritamente fiscal.

Sendo assim, tem-se que, atendidos os textos doRegulamento do ICMS já referidos e transcritos, caberá ao seucliente, estabelecimento exportador, que não atender aocritério da preponderância, a responsabilidade pelorecolhimento do imposto que deixou de ser pago em razão dodiferimento, ainda que tal conduta venha a ser verificadaposteriormente, conforme assim dispõe o § 11 do art. 87 doRegulamento do ICMS.

PROTOCOLO: 9.449.574-1

CONSULTA Nº: 82, de 23 de outubro de 2007

CONSULENTE: TINGUI FACTORY ALIMENTOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SAÍDA PARA RESTAURANTES E LANCHONETES.TRATAMENTO TRIBUTÁRIO.

RELATOR: ACHILES PENAYO DE CAMPOS

A consulente, empresa que atua no ramo decozinha central, com preparação e fornecimento de alimentosexclusivamente para uma rede de lanchonetes e restaurantes

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.“fast food”, informa que apresenta consulta “em face daaparente contradição entre o teor da resposta à Consulta n.147/2006 e o disposto no art. 86, § 1º, alínea “a” ,doRICMS/01”.

Isso posto, indaga:

1 - pode utilizar-se do diferimento previsto noart. 86 do RICMS/01, em face do teor da resposta à Consulta n.147/2006, ainda que a alínea “a” do § 1º do mesmo artigo,equipare os restaurantes e lanchonetes a consumidores finais?

2 - Pode utilizar-se do diferimento previsto noart. 87-A do RICMS/01, visto que o art. 87-B não equiparouexpressamente os restaurantes e lanchonetes a consumidoresfinais?

A Consulta n. 147/2006 também foi formulada pelaora consulente.

RESPOSTA

Preliminarmente, esclarece-se que na Consulta n.147/2006 a consulente indagou se para efeitos da isençãoprevista no item 13-A do Anexo I do RICMS/01 os restaurantes elanchonetes poderiam ser considerados consumidores finais, nostermos do § 1º do art. 86 do mesmo regulamento.

Naquela consulta foi respondido que para osefeitos do disposto no item 13-A do Anexo I do RICMS/01, osrestaurantes e lanchonetes não se configuram como consumidoresfinais.

Ora indaga exatamente o contrário, qual seja: separa efeitos do diferimento previsto no art. 86 do RICMS/01,pode utilizar-se do entendimento dado a consumidor final peloitem 13-A do Anexo I.

Pois bem.

O § 1º do art. 86 do RICMS/01 determina que,para os efeitos do diferimento de que trata o artigo 87, asoperações que destinem mercadorias para restaurantes, hotéis,pensões e estabelecimentos similares são consideradas saídaspara consumidor final:

“Art. 86. O lançamento do imposto em relação àsmercadorias arroladas no art. 87, fica diferido para

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

o momento em que ocorrer uma das seguintes situações(arts. 18 e 20 da Lei n. 11.580/96):

I - saída para consumidor final;

(...)

§ 1º Para efeitos de encerramento da fase dodiferimento previsto no inciso I, consideram-se aindacomo saídas para consumidor final, as que destinemmercadorias para:

a) restaurantes, hotéis, pensões e estabelecimentossimilares;”

Portanto, a resposta para a consulente quanto àindagação “1” é que não poderá se utilizar do diferimento, eisque para efeitos do encerramento da fase de diferimento de quetrata o inciso I do art. 86 do RICMS/01, consideram-se saídaspara consumidor final as operações que destinem mercadoriaspara restaurantes, hotéis, pensões e estabelecimentossimilares.

Quanto à indagação “2”, responde-se que aconsulente poderá utilizar-se do diferimento previsto no art.87-A quando destinar mercadorias a restaurantes e lanchonetes,que as adquira para comercialização ou fornecimento dealimentação, visto que para efeitos do diferimento previstoneste dispositivo, não há disposição expressa equiparandoestes estabelecimentos à consumidor final, a saber:

Art. 87-A. Fica, também, diferido o pagamento doimposto nas saídas internas entre contribuintes e nasoperações de importação, por contribuinte, demercadorias, na proporção de:

I - 33,33% do valor do imposto, na hipótese daalíquota ser 18%;

II - 55,56% do valor do imposto, nas saídas demercadorias classificadas nas posições 2204, 2205,2206 e 2208 da NBM/SH, de que trata a alínea "c" doinciso V do art. 15.

III - 52% do valor do imposto, nas saídas demercadorias classificadas nas posições 3303, 3304,3305 e 3307 da NBM/SH, de que trata a alínea "j" doinciso I do artigo 15.

IV - 61,11% do valor do imposto, nas saídas de uréiaclassificada no código NCM 3102.10.10.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

§ 1º O disposto neste artigo não se aplica àsoperações:

a) sujeitas ao regime de substituição tributária;

b) com petróleo e combustíveis.

§ 2º. Para os fins do disposto neste artigo, nodocumento fiscal emitido para acobertar as operaçõesdeverá ser indicada a base de cálculo do imposto, nocampo específico; a informação de que o imposto foiparcialmente diferido e o seu valor, seguido docorrespondente dispositivo do Regulamento do ICMS, nocampo "Informações Complementares"; e o resultadoobtido após a exclusão do valor do imposto diferido,no campo "Valor do ICMS".

§ 3º O disposto neste artigo, salvo disposição emcontrário:

a) não é cumulativo, na mesma operação, com outrosbenefícios fiscais;

b) não se aplica na existência de tratamentotributário específico mais favorável para a operação.

§ 4º No caso da importação, para o valor da operaçãode que trata o §2º deverá ser observado o disposto no§1º e no inciso V do art. 6º.

§ 5º O disposto no inciso IV somente se aplica nasoperações realizadas entre estabelecimentosindustriais.

Por outro lado, destaca-se que no caso daconsulente destinar mercadoria à contribuinte que iráutiliza-la para seu uso e consumo, isto é, que não aimpulsionará numa etapa seguinte de circulação mercantil,aplica-se a hipótese de encerramento do diferimento previstano art. 87-B:

Art. 87-B. Encerra-se a fase de diferimento emrelação às mercadorias de que trata o artigoanterior:

I - nas saídas para outro Estado;

II - nas saídas internas para consumidor final,contribuinte ou não do imposto.

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Caso a Consulente esteja procedendodiferentemente do contido nesta resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001, tem o prazo de 15dias, a partir da sua ciência, para adequar-se.

PROTOCOLO: 8.794.692-4

CONSULTA Nº: 83, de 24 de setembro de 2007

CONSULENTE: ACO MINERAÇÃO LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO DE BENS DE USO OU DECONSUMO. CRÉDITO. APLICAÇÃO DE REGIME DEDRAWBACK. IMPOSSIBILIDADE.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente informa que exerce atividade deexploração de jazidas minerais, beneficiamento ecomercialização de pedras e minérios, e que preponderantementeexporta granito.

Expõe que para viabilizar seu processoindustrial importa sob regime de “drawback” lâminas, granalhade aço, segmentos e serras diamantadas, consumidas no processode industrialização, uma vez que se destinam à extração,corte, beneficiamento e transformação de blocos de minériobruto em ladrilhos de pedras minerais destinados àcomercialização.

Menciona que o artigo 2º do Decreto n. 5.141, de12/12/2001, conceitua o que vem a ser mercadoria destinada aouso ou consumo e que excluiu, expressamente, dessaconceituação, aquela que seja integrada no produto ou que seconsuma no processo industrial.

Aduz que a Constituição Federal, nos termos doartigo 155, inciso X, alínea “a”, assegurou a não incidênciado ICMS sobre operações que destinem mercadorias ao exteriorcom manutenção e o aproveitamento do imposto cobrado nasoperações e prestações anteriores. Ressalta que o artigo 21, §2º, da Lei Complementar n. 87/96, está em perfeita sintoniacom esse preceito.

Afirma que, mesmo com essas disposições legais,a Consulente tem tido dificuldade no desembaraço aduaneiro dos

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Ante o exposto, indaga:

1) Qual tratamento a ser dispensado naimportação de lâminas, granalha de aço, segmentos e serrasdiamantadas, que, pela sua natureza, são consumidas noprocesso de industrialização da Consulente?

2) Reconhece-se os efeitos do regime de“drawback”?

3) Se for exigido o ICMS no desembaraçoaduaneiro, ou em outro momento, o crédito decorrente ésuscetível de aproveitamento pelo contribuinte?

RESPOSTA

Em relação a indagação 1 e 3, o Setor Consultivojá manifestou seu entendimento, consoante resposta à Consultan. 24, de 20 de fevereiro de 2006, que se transcreve:

“ CONSULTA Nº: 24, de 20 de fevereiro de 2006

....

A consulente pede a reconsideração da resposta dada àConsulta nº 026, de 18 de fevereiro de 2005, em razãodo contido nos parágrafos 1º e 2º do art. 2º doDecreto nº 5.141/01, incluídos com o advento doDecreto nº 5.042, de 29/06/2005, e da Informação nº170/2005, expedida pela Inspetoria Geral deTributação.

RESPOSTA

Com a referida resposta, foi informado à consulenteque a aquisição de facas, contra-facas, telas,feltros, lâminas, segmentos de discos e outrosprodutos caracterizava entrada no seu estabelecimentode bens de uso ou de consumo, cujo crédito somentepoderá ser exercitado a partir de 01/01/2007,conforme dicção do art. 33, I, da Lei Complementar nº87/96, com nova redação dada pela LC nº 104/02.

Ocorre que a alteração regulamentar citada pela

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consulente é posterior à resposta dada, cujo teor,acrescido ao Decreto nº 5.141/01 pelo Decreto nº5.042/2005, se transcreve a seguir:

Art. 2º Na aplicação do art. 24 do Regulamento doICMS, somente darão direito de crédito as mercadoriasdestinadas ao uso ou consumo do estabelecimento, neleentradas a partir de 1º.01.2007 (Lei n. 13.023/00).

§ 1º. Para efeitos do disposto no "caput", entende-secomo mercadoria destinada ao uso ou consumo doestabelecimento, a que não seja utilizada nacomercialização e a que não seja empregada paraintegração no produto ou para consumo no respectivoprocesso de industrialização ou na produção rural.

§ 2º. Entende-se por consumo no processo deindustrialização ou produção rural a total destruiçãoda mercadoria.

A alteração normativa, muito embora posterior àresposta dada, em nada modificou o conceito atribuídoaos bens objeto da consulta, apenas especificou, commaiores detalhes, as espécies de entradas que,destinadas ao uso ou consumo do estabelecimentoindustrial, lhe permitirão o creditamento no futuro.

Sendo assim, não há no pedido formulado o que serrevisto, uma vez que o critério temporal informadopela lei impede, por ora, a apropriação e utilizaçãode créditos sob a rubrica dada aos bens de uso ouconsumo, afora os demais esclarecimentos já prestadosna resposta consultiva que se pretende verreconsiderada.

....”

Destarte, observa-se que a importação delâminas, granalha de aço, segmentos e serras diamantadas, sãomateriais destinados ao uso ou consumo, cujas operações deimportação deverão ter o ICMS recolhido quando do desembaraçoaduaneiro, nos termos do artigo 56, inciso VI, alínea “a”,item 3, do RICMS/2001, aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001.

Em relação ao regime de drawback destaca-se oitem 30 do Anexo I do RICMS/2001, que trata das isenções,verbis:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

“...30 Recebimento, pelo importador, de mercadoriaimportada do exterior sob o regime “DRAWBACK”, desdeque (Convênios ICMS 27/90, 77/91, 94/94 e 16/96):

a) a mercadoria esteja beneficiada com suspensãodos impostos federais sobre importação e sobreprodutos industrializados;

b) da qual resultem, para exportação, produtosindustrializados ou arrolados na Tabela II do AnexoII e Anexo III deste Regulamento;

c) o importador comprove a efetiva exportação porele realizada do produto resultante daindustrialização, mediante a entrega à repartição aque estiver vinculado, da cópia da Declaração deDespacho de Exportação - DDE, devidamente averbadacom o respectivo embarque para o exterior, até 45dias após o término do prazo de validade do AtoConcessório do regime ou, na inexistência deste, dedocumento equivalente expedido pelas autoridadescompetentes.

Notas:

1. em relação à isenção tratada neste item, oimportador:

a) deverá entregar, na repartição fiscal a queestiver vinculado, cópias da Declaração deImportação, da correspondente nota fiscal emitidapara documentar a entrada e do Ato Concessório doregime ou, na inexistência deste, de documentoequivalente, em qualquer caso, com a expressaindicação do bem a ser exportado, até 30 dias após aliberação, pela repartição federal competente, damercadoria importada;

b) deverá, no prazo de 30 dias contados da respectivaemissão, proceder a entrega de cópias dos seguintesdocumentos: Ato Concessório aditivo, emitido emdecorrência da prorrogação do prazo de validadeoriginalmente estipulado, ou novo Ato Concessório,resultante da transferência dos saldos de insumosimportados ao abrigo de Ato Concessório original eainda não aplicados em mercadorias exportadas, sendoo caso;

2. o benefício estende-se também às saídas e retornosdos produtos importados com destino à

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

industrialização por conta e ordem do importador,exceto nas quais participem estabelecimentoslocalizados em unidades da Federação distintas;

3. na nota fiscal de saída da mercadoria importada oude produtos resultantes da industrialização deveráconstar o número do correspondente Ato Concessório daimportação sob o regime de “drawback”;

4. a inobservância das disposições contidas nesteitem acarretará a exigência do ICMS devido naimportação e nas saídas previstas na nota 2, devendoo imposto ser recolhido com a atualização monetária edemais acréscimos legais, calculados a partir da datada entrada da mercadoria importada noestabelecimento, ou da data da saída, conforme ocaso, e do vencimento do prazo em que o impostodeveria ter sido recolhido caso a operação não fosserealizada com a isenção;

5. a Coordenação da Receita do Estado enviará aoDepartamento de Comércio Exterior - DECEX doMinistério da Fazenda relação mensal doscontribuintes que, tendo descumprido a legislação doICMS em operações de comércio exterior:

a) respondam a processos administrativos ou judiciaisque objetivem a cobrança de débito fiscal;

b) forem punidos em processos administrativos oujudiciais instaurados para apuração de infração dequalquer natureza à legislação do ICMS;

6. cabe à Inspetoria Geral de Fiscalização daCoordenação da Receita do Estado, exercer o controledos documentos recebidos do Departamento de ComércioExterior - DECEX, previstos na cláusula oitava doConvênio ICMS 27/90;

7. o benefício aplica-se, no que couber, àsimportações do PROEX/SUFRAMA.

...”

Depreende-se do texto citado que a desoneraçãodo ICMS é taxativa apenas em relação as importações demercadorias, não se incluindo os bens destinados ao uso ouconsumo importados.

Caso a consulente esteja procedendodiferentemente do contido nesta resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001, tem prazo de 15

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.dias, a partir da ciência desta para adequar-se.

PROTOCOLO: 9.275.755-2

CONSULTA Nº: 84, de 25 de setembro de 2007.

CONSULENTE: BRASIL TRANSPORTES INTERMODAL LTDA.

SÚMULA: ICMS. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE DEMERCADORIAS IMUNES. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA.INEXISTÊNCIA.

RELATOR: WILLY LEANDRO COSTA LIMA STRICKER

A consulente indica que possui como atividadeeconômica principal o transporte rodoviário de cargaintermunicipal, interestadual e internacional (excetuandoprodutos perigosos e mudanças), e informa que realizatransporte de livros, jornais, periódicos e papel destinado asua impressão, que são produtos que se encontram ao abrigo daimunidade tributária do artigo 150, inciso VI, alínea “d”, daConstituição da República Federativa do Brasil e artigo 4º,inciso I, da Lei n. 11.580/1996.

Questiona sobre a incidência do ICMS naprestação de serviços de transporte de mercadorias abrigadaspela imunidade tributária.

RESPOSTA

Preliminarmente, transcreve-se os dispositivoscitados pela consulente.

Artigo 150, inciso VI, alínea “d”, da CF/1988:

“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantiasasseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aosEstados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

(...)

VI - instituir impostos sobre:

(...)

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado asua impressão.”

Artigo 4º, inciso I, da Lei n. 11.580/1996:

“Art. 4º O imposto não incide sobre:

I - operações com livros, jornais, periódicos e opapel destinado a sua impressão;”

A Constituição Federal, ao conceder a referidaimunidade tributária, preservou as operações com livros,jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão, datributação pelo ICMS. No entanto, as prestações de serviço detransporte interestadual e intermunicipal dos citados produtosnão são alcançadas pela imunidade e encontram-se no campo deincidência do imposto. Precedentes: respostas às Consultas n.132/1990, 016/1991, 204/1991, 222/1991, e, mais recentemente,n. 52, de 14 de julho de 2007.

Esclarece-se, por oportuno, que encontra-seisenta do imposto a prestação de serviço de transporteintermunicipal de cargas que tenha início e término noterritório paranaense e cujo tomador do serviço sejacontribuinte do imposto inscrito no CAD/ICMS deste Estado(item 73-A, Anexo I, RICMS/PR, aprovado pelo Decreto n.5.141/2001.

Em razão do que dispõe o artigo 591 doRegulamento do ICMS, tem a consulente o prazo de quinze diaspara adequar seu procedimento ao exposto na resposta a essaConsulta, bem como sanar eventuais irregularidades pendentes.

PROTOCOLO: 9.434.707-6

CONSULTA Nº: 85, de 25 de setembro de 2007

CONSULENTE: COMERCIAL SALFER LTDA.

SUMULA: ICMS. CRÉDITO. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO.IMPOSSIBILIDADE.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A Consulente informa que atua no comérciovarejista e possui diversos estabelecimentos filiaislocalizados no Estado do Paraná e, para melhor atender os seusobjetivos sociais, necessita adaptar as estruturas físicas dosimóveis, próprios ou de terceiros, que aluga, além de tratarda restauração e preservação deles, para poder operacionalizarsuas atividades.

Reportando-se ao art. 20 da Lei Complementar nº87/96, com a redação dada pela Lei Complementar nº 102/2000,que trouxe nova disciplina à possibilidade de creditamento deICMS de bens para o ativo imobilizado, questiona se podeapropriar o imposto originário de aquisições de produtos e demateriais empregados na reforma e na construção de imóveis,próprios ou de terceiros, para compensação com o impostodevido nas saídas de mercadorias promovidas pelos seusestabelecimentos.

RESPOSTA

Inicialmente, importante esclarecer que, apartir de 1º de novembro de 1996, começou a surtir efeitosdispositivo da Lei Complementar nº 87/96, que prevê aapropriação de créditos de ICMS originários de aquisição debens para o ativo imobilizado. A Lei Complementar n. 102, de11 de julho de 2000, alterou o prazo para a apropriação dessecrédito. A partir de 1º de janeiro de 2001, o contribuintenão pode mais se apropriar do valor do imposto no mês daentrada do bem em seu estabelecimento, mas sim, deve fazê-loparceladamente, à razão de um quarenta e oito avos por mês,observadas as demais regras para apropriação.

Entretanto, a disposição do art. 20 da LeiComplementar n. 87/96 não se aplica ao caso aqui analisado.

A questão da apropriação de créditos de ICMS demateriais empregados na construção ou reforma de imóveis, jáfoi objeto de análise por este Setor, que se manifestou nosentido de que somente o imposto originário de aquisições debens móveis, de caráter durável e integrados ao ativoimobilizado, passíveis de saídas posteriores, sem que paratanto haja destruição, modificação, fratura ou dano e desdeque se vinculem ao objeto social da empresa pode ser lançado

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.à crédito. Precedente Consulta n. 117, de 23 de junho de1997, da qual se transcreve:

A legislação do ICMS utiliza as expressões ativofixo, ativo permanente ou ainda, ativo imobilizadocom o mesmo significado. Entretanto, a L.C. n.º87/96, restringe a apropriação de crédito de ICMS àsaquisições de bens móveis, de caráter durável,passíveis de saídas posteriores, sem que para tanto,haja destruição, modificação, fratura ou dano e desdeque se vinculem ao objeto social da empresa e nãotenham sido adquiridos com fins mercantis.

A restrição aventada está prevista no art. 20 da LeiComplementar n.º 87/96, que assim traz:

"Art. 20 - Para a compensação a que se refere oartigo anterior, é assegurado ao sujeito passivo odireito de creditar-se do imposto anteriormentecobrado em operações de que tenha resultado a entradade mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou aoativo permanente, ou o recebimento de serviços detransporte interestadual e intermunicipal e decomunicação.

§ 1º. Não dão direito a crédito as entradas demercadorias ou utilização de serviços resultantes deoperações ou prestações isentas ou não tributadas, ouque se refiram a mercadorias ou serviços alheios àatividade do estabelecimento.

§ 2º. Salvo prova em contrário, presumem-se alheios àatividade do estabelecimento os veículos detransporte pessoal."

Diante do que dispõe expressamente a legislação, nãopoderíamos prosseguir sem antes elucidarmos o que vema ser atividade do estabelecimento.

Nesse sentido, o próprio legislador já traz umaresposta a esta indagação, pois, ao vedar o direitoao crédito quando da entrada de mercadorias eserviços alheios à atividade da empresa, nada maisfez senão dizer implicitamente que não gerará direitoao crédito, a entrada de mercadorias e serviços quenão venham destinar-se à manutenção da atividade daempresa, ou seja, à manutenção do seu objeto social,devidamente definido no seu documento constitutivo.

Fran Martins, em sua obra "Comentários à Lei das

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Sociedades Anônimas - Lei 6.404, de 15 de dezembro de1976" - Vol. I, fls. 21 e 22, assim trata a matéria:

O objeto social é o conjunto de atividades a que asociedade vai se dedicar. Para PAILLUSSEAU, Jean - "La société anonyme - Technique d’organization del’enterprise", Sirey, Paris, 1967, p.162, " o objetosocial é a descrição da atividade da empresa". E maisadiante, esclarecendo: "o objeto social nada mais éque a atividade da empresa, segundo a definição quedele dão os estatutos" (p.164).

Vimos, portanto, que o termo "atividade doestabelecimento", analisado justapostamente, tem omesmo sentido de "objeto social" que, por sua vez, éo ramo de atividade em que determinada empresa atuaou irá atuar, definido previamente em seu documentoconstitutivo.

(...). Entretanto, a Lei n.º 6.404/76, em seuart.179, traz que ativo permanente é o grupo e temcomo subgrupos - investimentos, ativo imobilizado eativo diferido. Verifica-se que a própria lei buscoudefinir o campo de atuação de cada parte do grupo doativo permanente, colocando que os ativos adquiridose que não se destinarem à manutenção da atividade daempresa, serão contabilizados como INVESTIMENTOS, jáos adquiridos e que se destinarem à manutenção dasatividades da empresa, ou exercidos com essafinalidade serão contabilizados como ATIVOIMOBILIZADO.

A L.C. n.º 87/96, outorgou direito ao crédito doimposto quando da aquisição de bens para o ativofixo, entretanto, como já foi visto, nem todaaquisição destinada ao ativo permanente dará direitoao crédito, pois, é sabido que uma série de bensadquiridos, ainda que ativos, não são destinados àatividade da empresa (objeto social).

Os materiais de construção que ingressam na empresae, incorporados em edificações, não serão objeto desaídas posteriores, no sentido técnico do imposto,são imóveis por definição jurídica (art.43, incisoII, do Código Civil), não gerando, portanto, direitoao crédito do imposto, diferentemente dosmaquinários, uma vez que estes fixados ao imóvel, aqualquer tempo podem ser retirados, sem que haja aperda de suas características intrínsecas.

Enfim, o bem imóvel possui características própriasdescritas na legislação civil, e encontra tratamento

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

tributário diferenciado na Constituição Federal dodispensado para os bens móveis, não se podendo, apartir de interpretação apressada do art. 20 da L.C.nº 87/96, confundir-se tais realidades, do ponto devista de direito ao crédito.

Esclareça-se que em razão de estar vigente onovo Código Civil (Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002), amatéria tratada no inciso II do então art. 43 encontra-seagora disciplinada no art. 79.

Posto isso, responde-se negativamente aoquestionamento da consulente.

A partir da ciência desta, terá a consulente, emobservância ao artigo 591 do Regulamento do ICMS, o prazo de15 quinze dias para adequar o seu procedimento conforme o quefoi aqui esclarecido, caso esteja agindo de forma diversa.

PROTOCOLO: 9.552.563-6

CONSULTA Nº: 86, de 24 de setembro de 2007

CONSULENTE: ROMAGNOLE PRODUTOS ELÉTRICOS S.A.

SÚMULA: ICMS. RECLASSIFICAÇÃO DO CÓDIGO NCM. POSTEDE FERRO GALVANIZADO. TRATAMENTO TRIBUTÁRIONÃO ALTERADO PELA RECLASSIFICAÇÃO.

RELATOR: ACHILES PENAYO DE CAMPOS

A Consulente, empresa que tem por objeto social,dentre outros, a fabricação, comércio e exportação de produtosde cimento, metálicos e elétricos, construção civil eprestação de serviços de transporte de cargas secas e agranel, formula consulta a respeito de mudança de código NCMde produto beneficiado com a redução de base de cálculo de quetrata o item 16, do Anexo I, Tabela II, do Regulamento doICMS, aprovado pelo Decreto 5.141, de 12 de dezembro de 2001.

Considerando que o código NCM 7326.90.00 foialterado para 7326.90.90 indaga:

“tem o direito de continuar aplicando a reduçãode 66,66% na base de cálculo dos produtos enquadrados no

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.código NCM 7326.90.90, já que são os mesmos produtosanteriormente enquadrados no código NCM 7326.90.00 e que oEstado do Paraná ainda não promoveu a adequação do Anexo II,item 16, do RICMS/PR?”

RESPOSTA

Com efeito o antigo código NCM 7326.90.00 foialterado para 7326.90.90 pela Resolução Camex, nº 20, de26/06/2007, conforme excerto abaixo colacionado:

ANEXO I

ALTERAÇÕES DA NCM E DA TEC

SITUAÇÃO ANTERIOR SITUAÇÃOATUAL

NCM Descrição Alíquota NCM Descrição Alíquota

do I.I.(%) do I.I.(%)

7326.90.00-Outras 18 7326.90 -Outras

7326.90.10 Calotaselípticas deaço aoníquel,2

segundo NormaASME SA 353,dos tiposutilizados nafabricaçãoderecipientespara gasescomprimidosouliquefeitos

7326.90.90Outras18

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Quanto a este tema, o Setor Consultivo já sepronunciou, por meio da Consulta nº 007/2003, no sentido deque “o Convênio 117/96 firmou entendimento de que asreclassificações, agrupamentos e desdobramentos de códigos naNomenclatura Brasileira de Mercadorias/Sistema Harmonizado –NBM/SH não implicam mudanças quanto ao tratamento tributáriodispensado pelos Convênios e Protocolos ICM/ICMS em relação àsmercadorias e bens classificadas nos referidos códigos”.

O mesmo entendimento deve ser dado no que serefere às reclassificações da Nomenclatura Comum do Mercosul.

Dessa forma, se o código NCM 7326.90.00, na novaclassificação, passou para 7326.90.90 contemplando os mesmosprodutos, dentre os quais se enquadra o “poste de ferrogalvanizado”, que está relacionado na tabela anexa ao item 16do Anexo I, Tabela II, do RICMS, aprovado pelo Decreto n.º5.141/01, abaixo reproduzido:

16 A base de cálculo é reduzida para 66,66% nasoperações internas promovidas por estabelecimentoindustrial-fabricante com as MERCADORIAS a seguirindicadas, desde que o destinatário seja contribuinteinscrito no CAD/ICMS e a mercadoria destine-se àindustrialização, à comercialização, ao uso ou aoativo permanente:

CÓDIGO NBM/SH DISCRIMINAÇÃO DASMERCADORIAS

7326.90.00 poste de ferro galvanizado

Esclarece-se, por fim, que a redução na base decálculo do imposto, no que tange à classificação NCM7326.90.00, reclassificada para 7326.90.90, aplica-se apenasao produto “poste de ferro galvanizado”, conforme relacionadono dispositivo, e não a todos os produtos que se enquadram nomencionado código.

Isso posto, responde-se que, na saída de postede ferro galvanizado, a consulente tem o direito de continuaraplicando a redução de base de cálculo de 66,66%, desde queatendidos os requisitos previstos no caput do item 16 do AnexoI, Tabela II, do RICMS.

Caso esteja procedendo diferentemente do contidonessa resposta, em razão da determinação do artigo 591 doRICMS/2001, tem a Consulente o prazo de 15 dias, a partir da

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.ciência desta, para adequar-se.

PROTOCOLO: 9.538.305-0

CONSULTA Nº: 87, de 01 de outubro de 2007

CONSULENTE: INDUMEC INDÚSTRIA MECÂNICA LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPÇÃO PELO DIFERIMENTO. OBRIGAÇÕESACESSÓRIAS.

RELATOR: GABRIEL VIEIRA DE OLIVEIRA

A Consulente informa que fabrica máquinas eequipamentos de uso geral e as operações internas usufruem deredução na base de cálculo de 26,66%, que resulta numa cargatributária efetiva de 8,8% (Anexo II, Tabela I, item 14 doRICMS/2001). Aduz, ainda, que também pode ocorrer odiferimento do ICMS nessas operações, à opção do fornecedor,conforme § 13 do art. 87 do Regulamento do ICMS, aprovado peloDecreto n. 5.141/2001.

Diante disso, indaga o seguinte:

a) o valor do ICMS a ser diferido deve sercalculado com ou sem a redução na base de cálculo?

b) o valor do ICMS diferido deve ser informadona nota fiscal? Qual o procedimento correto a ser adotado?

RESPOSTA

O diferimento do pagamento do ICMS previsto no §13 do art. 87 é opção do fornecedor, fabricante paranaense, eaplica-se exclusivamente em operações internas com máquinas eequipamentos destinados à integração no ativo permanente decontribuinte inscrito no CAD-ICMS. Assim, uma vez optado portal tratamento, exclui-se a possibilidade da aplicação pelaConsulente, na mesma operação, da redução na base de cálculode que trata o item 14, do Anexo II, Tabela I do RICMS. Nessemesmo sentido já se manifestou o Setor Consultivo nasConsultas sob nº 74/2005 e 154/2004.

Note-se que, conforme previsto no art. 98 doRICMS, nas operações abrangidas pelo diferimento, os

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.documentos fiscais não conterão destaque do ICMS e serãolançados nos livros fiscais sem débito e sem crédito doimposto nas colunas “Valor Contábil” e “Outras”.

Art. 98. Nas operações abrangidas pelo diferimento,os documentos fiscais não conterão destaque do ICMS eserão lançados nos livros fiscais sem débito e semcrédito do imposto nas colunas “Valor Contábil” e“Outras”.

Caso esteja procedendo de forma diversa, aConsulente tem, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar-se ao que foi respondido(art. 591 do RICMS/2001).

PROTOCOLO: 8.450.216-2

CONSULTA Nº: 88, de 17 de abril de 2007

CONSULENTE: JOHNSON CONTROLS DO BRASIL AUTOMOTIVE LTDA.

SÚMULA: ICMS. CARTA DE CORREÇÃO.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente, empresa que exerce atividade defabricação de bancos e estofados para veículos automotores,expõe que, em decorrência de acordos comerciais fixados comas montadoras (clientes), deve atuar no sistema “just-in-time”para adquirir insumos, fabricar, faturar e entregar seusprodutos, os quais tornam dinâmicos os procedimentosrelacionados à coleta de pedidos de compra de insumos, fixaçãode preços com seus fornecedores, emissão de notas fiscais,carregamento e, principalmente, entrega dos produtosindustrializados.

Aduz que são constantes as irregularidades nasnotas fiscais emitidas por fornecedores de insumos e, paraeliminá-las, a Consulente e seus fornecedores adotam asdisposições previstas nos artigos 179 e 180 do Regulamento doICMS/2001.

Informa que, na hipótese do documento fiscal

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.indicar preço ou quantidade superior, a Consulente emite eencaminha ao seu fornecedor uma “Comunicação deIrregularidades Fiscais”, na qual se mencionam todas asincorreções encontradas e, em especial, que o excesso doimposto não foi registrado em seus livros fiscais.

O fornecedor, de posse desse documento, que éapresentado ao Fisco de sua circunscrição, ajusta todos osregistros contábeis e comerciais, bem como se aproveita doexcesso de imposto apontado pela Consulente, que consta dassuas notas fiscais de venda emitidas.

O procedimento citado também é adotado nos casosde preços ou quantidades inferiores, sendo que, no caso, o seufornecedor emite uma nota fiscal complementar indicando, nocampo “Dados Adicionais”, os motivos que determinaram suaemissão e a nota fiscal original que estaria sendo corrigida.

Acrescenta que, se o ajuste da operação originalocorrer em período de apuração posterior ao da nota fiscaloriginal emitida, o fornecedor procede o recolhimento doimposto complementar.

Aduzindo que no Estado do Paraná háentendimentos diferenciados, consoante respostas à Consultan. 34, de 14.3.2002 e Consulta n. 127, de 19.10.2004, indaga:

1. estão corretos os procedimentos adotados pelaConsulente e seus fornecedores?

2. Está correto o entendimento emitido peloSetor Consultivo por meio da resposta à Consulta n. 127/2004,que é contrária à resposta dada na Consulta n. 34/2002?

3. Caso seu entendimento não esteja correto,quais seriam os procedimentos que deveriam ser adotados paraeliminação de irregularidades?

RESPOSTA

Preliminarmente, deve-se destacar que entre asemissões das respostas às Consultas n. 034, de 14 de março de2002 e n. 127, de 19 de outubro de 2004, houve alteração nalegislação que motivou entendimentos diferentes, e que apresente resposta está fundamentada no artigo 180 doRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 5.141, de 12 dedezembro de 2001, com nova redação dada pelo Decreto n. 973,de 15.6.2007, surtindo efeitos a partir de 4.4.2007, que trata

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.de carta de correção, cujo texto se transcreve a seguir:

Art. 180. Fica permitida a utilização de carta decorreção, dispensada a necessidade de visto fiscalpela repartição de origem, para regularização de erroocorrido na emissão de documento fiscal, desde que oerro não esteja relacionado com (Ajuste SINIEF01/07):

I - as variáveis que determinam o valor do impostotais como: base de cálculo, alíquota, diferença depreço, quantidade de mercadoria e o valor da operaçãoou da prestação;

II - a correção de dados cadastrais que impliquemudança do remetente ou do destinatário;

III - a data de emissão ou de saída.

Parágrafo único. Quando o imposto destacado nodocumento fiscal for maior que o devido, sem prejuízodo disposto no § 2º do art. 51, a carta de correçãoemitida para regularização deverá, obrigatoriamente,ser visada pela repartição fiscal de origem.

As modificações introduzidas no respectivoartigo não alteram o entendimento exarado na Consulta n.61/2005, pois continua vedada a utilização da então“correspondência”, atualmente denominada carta de correção,quando ocorrer alteração de dados consignados no documentofiscal relacionados com a base de cálculo, diferença de preçoe valor da operação, itens esses que fazem parte doquestionamento da consulente.

Portanto, em relação à diferença de preços nãohá possibilidade de emissão da carta de correção.

Feitas essas considerações, deverão serobservados pela Consultante os seguintes procedimentos a seremadotados nas operações internas, conforme resposta à Consultan. 61/2005, aplicável à situação indagada, verbis:

1. NA HIPÓTESE DE A DESTINATÁRIA RECEBER MERCADORIAEM QUANTIDADE MAIOR DO QUE A ASSINALADA NA NOTAFISCAL

a) se a destinatária ficar com a mercadoriaexcedente: o remetente emitirá nota fiscal

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

complementar pelo excesso, nos termos do inciso II doart. 179 do RICMS/01, atentando para o disposto no §2º do mesmo dispositivo, a seguir reproduzidos. Odestinatário registrará normalmente essa nota fiscalcomplementar:

Art. 179. Os documentos fiscais serão também emitidosnos seguintes casos (Convênio SINIEF, de 15.12.70,art. 21; Convênio SINIEF 06/89, arts. 4º e 89;Ajustes SINIEF 01/85, 01/86 e 01/89):

...

II - na regularização em virtude de diferença depreço em operação ou prestação ou na quantidade demercadoria, quando efetuada no período de apuração doimposto em que tenha sido emitido o documento fiscaloriginal;

...

§ 2º Nas hipóteses dos incisos II e III, se aregularização não se efetuar dentro dos prazosmencionados, o documento fiscal também será emitido,sendo que as diferenças, com os acréscimos legais,serão recolhidas por ocasião de sua emissão, devendoser indicado, na via fixa, o código do agentearrecadador e a data da guia de recolhimento.

b) se a destinatária devolver a mercadoria excedente:deverá ser efetivado o mesmo procedimento exposto naalínea “a”, após o qual a destinatária emitirá notafiscal, indicando como “natureza da operação”, aexpressão “devolução”, destacando o ICMS, se for ocaso, e fazendo menção às duas notas fiscaisemitidas pelo remetente e de que se trata dedevolução parcial. Tal documento acompanhará oretorno efetivo da mercadoria para o estabelecimentofornecedor.

2. NA HIPÓTESE DE A DESTINATÁRIA RECEBER MERCADORIAEM QUANTIDADE MENOR DO QUE A ASSINALADA NA NOTAFISCAL

2.1. por parte do estabelecimento destinatário:

a) ao receber o produto, deve lançar a nota fiscalrespectiva no livro Registro de Entradas pelo valordas mercadorias efetivamente recebidas, ou seja,excluídas aquelas diferenças encontradas e

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

creditar-se do correspondente imposto. Inteligênciado disposto no “caput” do art. 24 e § 2º do art. 27da Lei n. 11.580/96, a seguir transcritos:

Art. 24. Para a compensação a que se refere o artigoanterior, é assegurado ao contribuinte o direito decreditar-se do imposto anteriormente cobrado emoperações de que tenha resultado a entrada demercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou aoativo permanente, ou o recebimento de serviços detransporte interestadual e intermunicipal ou decomunicação.

Art. 27. É vedado, salvo determinação em contrário dalegislação, o crédito relativo a mercadoria ou bementrados no estabelecimento ou a prestação deserviços a ele feita:

(...)

§ 2º Quando o ICMS destacado em documento fiscal formaior do que o exigível na forma da lei, oaproveitamento como crédito terá por limite o valorcorreto.

b) na coluna “Observações”, do livro Registro deEntradas, na linha que corresponda ao lançamento danota fiscal tratada na alínea anterior, fará asnecessárias anotações. Posteriormente, através decorrespondência comercial, que não se confunde comaquela de que trata o art. 180 do RICMS/01, devecomunicar ao fornecedor a ocorrência, destacando oprocedimento adotado;

2.2. por parte do estabelecimento fornecedor:

a) ao receber a carta ou comunicado do clientecomprador, e se as partes chegarem a um acordo peloenvio da mercadoria faltante para cobrir o valorcobrado, constante da nota fiscal, deve o fornecedorremeter as referidas mercadorias e emitir nota fiscalpela diferença encontrada, citando o documento fiscaloriginário e recolhendo o imposto, se for o caso;

b) caso não interesse ao vendedor, por qualquermotivo, enviar mercadorias correspondentes àqueladiferença, caberá as partes compor no que dizrespeito às diferenças cobradas a maior;

c) proceder o ajuste no estoque em razão daocorrência detectada;

d) poderá o fornecedor requerer restituição do ICMS

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

recolhido a maior na operação originária, mediantecomprovação do fato, devendo a matéria ser submetidaà apreciação da autoridade competente, observado oprocedimento específico previsto na legislação para arestituição do imposto.

De conformidade com o contido no art. 591 doRegulamento do ICMS/2001, no que estiver procedendo de formadiversa à exposta na presente resposta, tem a consulente oprazo de quinze dias para adequar seu procedimento, bem comosanar eventuais irregularidades pendentes.

PROTOCOLO: 9.306.322-8

CONSULTA Nº: 89, de 04 de outubro de 2007

CONSULENTE: COMPANHIA IGUAÇU DE CAFÉ SOLÚVEL

SÚMULA: ICMS. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente, atuante no ramo deindustrialização e comercialização de café solúvel, informaque adquire, habitualmente, bens e mercadorias de empresasoptantes pelo sistema “Simples Nacional” em operaçõesinterestaduais, destinadas ao seu uso e consumo ou àintegração ao seu ativo imobilizado, as quais não destacam oICMS nas notas fiscais.

Após transcrever dispositivos constitucionais eregulamentares, expõe seu entendimento de que não há que sefalar em cobrança do diferencial de alíquotas, uma vez queinexiste alíquota ou imposto destacado no documento fiscalreferente a estas aquisições.

Indaga:

1. está correto o entendimento da consulente?

2. Caso contrário, qual a forma de cálculo a seradotada na apuração do diferencial de alíquotas aplicada nasituação exposta?

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

RESPOSTA

Sobre as questões suscitadas, transcreve-se,inicialmente, a legislação:

1. Constituição da República Federativa doBrasil de 1988:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federalinstituir impostos sobre:

...

II - operações relativas à circulação de mercadoriase sobre prestações de serviços de transporteinterestadual e intermunicipal e de comunicação,ainda que as operações e as prestações se iniciem noexterior;

...

§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá aoseguinte:

...

IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa doPresidente da República ou de um terço dos Senadores,aprovada pela maioria absoluta de seus membros,estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações eprestações, interestaduais e de exportação;

...

VII - em relação às operações e prestações quedestinem bens e serviços a consumidor finallocalizado em outro Estado, adotar-se-á:

a) a alíquota interestadual, quando o destinatáriofor contribuinte do imposto;

b) a alíquota interna, quando o destinatário não forcontribuinte dele;

VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior,caberá ao Estado da localização do destinatário oimposto correspondente à diferença entre a alíquotainterna e a interestadual;

2. Lei Estadual n. 11.580, de 14 de novembro de1996:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Art. 2º O imposto incide sobre:

...

VI – a entrada no estabelecimento de contribuinte, demercadoria ou bem oriundos de outras unidades daFederação, destinados ao uso ou consumo ou ao ativopermanente.

O inciso VI foi acrescentado pelo art. 1º da Lei15.342, de 22.12.2006, surtindo efeitos a partir de1º.04.2007.

...

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento:

...

XIV – da entrada no estabelecimento de contribuinte,de mercadoria ou bem oriundos de outra unidade daFederação, destinados ao uso ou consumo ou ao ativopermanente.

O inciso XIV foi acrescentado pelo art. 1º da Lei15.342, de 22.12.2006, surtindo efeitos a partir de1º.04.2007

...

Art. 6º-A. Na hipótese do inciso XIV do art. 5º, abase de cálculo é o valor da operação sobre o qualfoi cobrado o imposto na unidade federada de origem,e o imposto a recolher será correspondente àdiferença entre as alíquotas interna e interestadual.

Parágrafo único. Quando a mercadoria entrar noestabelecimento para fins de industrialização oucomercialização, e posteriormente for destinada paraconsumo ou integrada ao ativo permanente doadquirente, acrescentar-se-á, à base de cálculo, ovalor do Imposto sobre Produtos Industrializados –IPI, cobrado na operação de que decorreu a entrada,quando esta ocorrer de outro estabelecimentoindustrial ou a ele equiparado.

O art. 6-A foi acrescentado pelo art. 1º da Lei15.342, de 22.12.2006, surtindo efeitos a partir de1º.04.2007

3. Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.5.141/2001:

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento (art. 5º da Lei n. 11.580/96):

...

XIV - da entrada no estabelecimento de contribuinte,de mercadoria ou bem oriundos de outra unidade daFederação, destinados ao uso ou consumo ou ao ativopermanente (Lei n. 15.342/06).

Art. 6º A base de cálculo do imposto é (art. 6º daLei n. 11.580/96):

...

IX - na hipótese dos incisos XIII e XIV do art. 5º, ovalor da operação ou prestação sobre a qual foicobrado o imposto na unidade federada de origem, e oimposto a recolher será correspondente à diferençaentre as alíquotas interna e interestadual (Lei n.15.342/06).

...

§3º – No caso do inciso IX:

...

b) para fins do cálculo do diferencial de alíquotas:

1. considerar-se-á como valor da operação aqueleconsignado no capo “Valor Total da Nota” do quadro“CÁLCULO DO IMPOSTO” do documento fiscal queacobertou a entrada de mercadoria destinada ao uso,consumo ou ativo permanente;

2. sobre o valor de que trata o item 1 aplicar-se-á adiferença aritmética simples entre as alíquotasinterna e interestadual, independentemente do valordo imposto cobrado na origem.

Nova redação dada ao § 3º pelo art. 1º, alteração808ª, do Decreto n. 1303, de 15.08.2007, produzindoefeitos a partir de 1º.4.2007, publicado no DOE n.7.536, de 15.8.2007.

...

Art. 56. O ICMS deverá ser pago nas seguintes formase prazos (art. 36 da Lei n. 11.580/96):

I -

§ 6º O diferencial de alíquota devido por

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

contribuinte inscrito no CAD/ICMS deverá ser pago,mediante o lançamento do valor devido, no campo“Outros Débitos” do livro Registro de Apuração doICMS.

Nos termos do artigo 150, § 2º, IV, daConstituição da República Federativa do Brasil de 1988, aalíquota interestadual é 12% (doze por cento), conforme fixadana Resolução do Senado Federal n. 22, de 19 de maio de 1989,para operações e prestações relativas ao ICMS quando odestinatário da mercadoria ou serviço estiver estabelecido noEstado do Paraná.

No que se refere às alíquotas internas deve serobservado o previsto no artigo 14 da Lei n. 11.580/96.

Posto isso, responde-se a seguir as questõesapresentadas.

Em face da legislação transcrita, no caso daalíquota interna aplicável ser superior a 12% (doze porcento), é devido o diferencial de alíquotas na entrada noestabelecimento da consulente de mercadorias adquiridas emoutro Estado e destinadas ao ativo permanente ou para uso ouconsumo. Para fins do cálculo considerar-se-á como valor daoperação aquele consignado no campo “Valor Total da Nota” doquadro “CÁLCULO DO IMPOSTO” do documento fiscal que acobertoua entrada e sobre este valor aplicar-se-á a diferençaaritmética simples entre as alíquotas interna e interestadual,independentemente do valor do imposto cobrado na origem.

Assim, mesmo nas aquisições de bens destinados auso ou consumo ou ativo permanente, de empresas enquadradas no“Simples Nacional” em outros Estados, o diferencial dealíquotas deve ser recolhido.

Portanto, incorreto o entendimento daConsulente.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir daciência desta, terá a consulente, em observância ao artigo 591do Regulamento do ICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequaros seus procedimentos em conformidade com o que foi aquiesclarecido, no caso de que os esteja praticando diversamente.

PROTOCOLO: 9.474.254-4

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

CONSULTA Nº: 90, de 04 de outubro de 2007

CONSULENTE: CONFEPAR AGRO-INDUSTRIAL COOPERATIVA CENTRAL.

SÚMULA: ICMS. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente, com atividade econômica deindustrialização de leite e fabricação de laticínios,apontando dispositivos do Regulamento do ICMS acerca dodenominado diferencial de alíquotas, formula os seguintesquestionamentos:

a) a base de cálculo para o recolhimento dodiferencial de alíquotas deve ser o valor total da nota fiscalincluindo o valor total dos produtos e eventuais despesas?

b) A base de cálculo seria a utilizada peloEstado de origem para calcular o ICMS com a redução na base decálculo?

c) Se a empresa remetente for enquadrada noSimples Nacional, qual procedimento a ser adotado? Pois deacordo com o artigo 6º do RICMS/PR, aprovado pelo Decreto n.5.141/2001, a base de cálculo do imposto é “o valor daoperação sobre a qual foi cobrado o imposto na unidadefederada de origem”. Conseqüentemente, não haveria fatogerador do ICMS sobre diferencial de alíquotas.

RESPOSTA

Sobre as questões suscitadas, transcreve-se,inicialmente, a legislação:

1. Constituição da República Federativa doBrasil de 1988:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federalinstituir impostos sobre:

...

II - operações relativas à circulação de mercadoriase sobre prestações de serviços de transporteinterestadual e intermunicipal e de comunicação,

Page 350: CONSULTA Nº: 01, de 25 de janeiro de 2007 n. 102/00): I - a entrada de energia elétrica e o recebimento de serviço de comunicação, nas hipóteses não elencadas,

TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

ainda que as operações e as prestações se iniciem noexterior;

...

§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá aoseguinte:

...

IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa doPresidente da República ou de um terço dos Senadores,aprovada pela maioria absoluta de seus membros,estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações eprestações, interestaduais e de exportação;

...

VII - em relação às operações e prestações quedestinem bens e serviços a consumidor finallocalizado em outro Estado, adotar-se-á:

a) a alíquota interestadual, quando o destinatáriofor contribuinte do imposto;

b) a alíquota interna, quando o destinatário não forcontribuinte dele;

VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior,caberá ao Estado da localização do destinatário oimposto correspondente à diferença entre a alíquotainterna e a interestadual;

2. Lei Estadual n. 11.580, de 14 de novembro de1996:

Art. 2º O imposto incide sobre:

...

VI – a entrada no estabelecimento de contribuinte, demercadoria ou bem oriundos de outras unidades daFederação, destinados ao uso ou consumo ou ao ativopermanente.

O inciso VI foi acrescentado pelo art. 1º da Lei15.342, de 22.12.2006, surtindo efeitos a partir de1º.04.2007.

...

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

...

XIV – da entrada no estabelecimento de contribuinte,de mercadoria ou bem oriundos de outra unidade daFederação, destinados ao uso ou consumo ou ao ativopermanente.

O inciso XIV foi acrescentado pelo art. 1º da Lei15.342, de 22.12.2006, surtindo efeitos a partir de1º.04.2007

...

Art. 6º-A. Na hipótese do inciso XIV do art. 5º, abase de cálculo é o valor da operação sobre o qualfoi cobrado o imposto na unidade federada de origem,e o imposto a recolher será correspondente àdiferença entre as alíquotas interna e interestadual.

Parágrafo único. Quando a mercadoria entrar noestabelecimento para fins de industrialização oucomercialização, e posteriormente for destinada paraconsumo ou integrada ao ativo permanente doadquirente, acrescentar-se-á, à base de cálculo, ovalor do Imposto sobre Produtos Industrializados –IPI, cobrado na operação de que decorreu a entrada,quando esta ocorrer de outro estabelecimentoindustrial ou a ele equiparado.

O art. 6-A foi acrescentado pelo art. 1º da Lei15.342, de 22.12.2006, surtindo efeitos a partir de1º.04.2007

3. Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n.5.141/2001:

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento (art. 5º da Lei n. 11.580/96):

...

XIV - da entrada no estabelecimento de contribuinte,de mercadoria ou bem oriundos de outra unidade daFederação, destinados ao uso ou consumo ou ao ativopermanente (Lei n. 15.342/06).

Art. 6º A base de cálculo do imposto é (art. 6º daLei n. 11.580/96):

...

IX - na hipótese dos incisos XIII e XIV do art. 5º, o

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

valor da operação ou prestação sobre a qual foicobrado o imposto na unidade federada de origem, e oimposto a recolher será correspondente à diferençaentre as alíquotas interna e interestadual (Lei n.15.342/06).

...

§3º – No caso do inciso IX:

...

b) para fins do cálculo do diferencial de alíquotas:

1. considerar-se-á como valor da operação aqueleconsignado no capo “Valor Total da Nota” do quadro“CÁLCULO DO IMPOSTO” do documento fiscal queacobertou a entrada de mercadoria destinada ao uso,consumo ou ativo permanente;

2. sobre o valor de que trata o item 1 aplicar-se-á adiferença aritmética simples entre as alíquotasinterna e interestadual, independentemente do valordo imposto cobrado na origem.

Nova redação dada ao § 3º pelo art. 1º, alteração808ª, do Decreto n. 1303, de 15.08.2007, produzindoefeitos a partir de 1º.4.2007, publicado no DOE n.7.536, de 15.8.2007.

...

Art. 56. O ICMS deverá ser pago nas seguintes formase prazos (art. 36 da Lei n. 11.580/96):

I -

§ 6º O diferencial de alíquota devido porcontribuinte inscrito no CAD/ICMS deverá ser pago,mediante o lançamento do valor devido, no campo“Outros Débitos” do livro Registro de Apuração doICMS.

Nos termos do artigo 150, § 2º, IV, daConstituição da República Federativa do Brasil de 1988, aalíquota interestadual é 12% (doze por cento), conforme fixadana Resolução do Senado Federal n. 22, de 19 de maio de 1989,para operações e prestações relativas ao ICMS quando odestinatário da mercadoria ou serviço estiver estabelecido noEstado do Paraná.

No que se refere às alíquotas internas deve serobservado o previsto no artigo 14 da Lei n. 11.580/96.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Posto isso, responde-se a seguir as questõesapresentadas.

Em face da legislação transcrita, é devido odiferencial de alíquotas na entrada no estabelecimento daconsulente de mercadorias adquiridas em outro Estado edestinadas ao ativo permanente ou para uso ou consumo. Parafins do cálculo considerar-se-á como valor da operação aqueleconsignado no campo “Valor Total da Nota” do quadro “CÁLCULODO IMPOSTO” do documento fiscal que acobertou a entrada esobre este valor aplicar-se-á a diferença aritmética simplesentre as alíquotas interna e interestadual, independentementedo valor do imposto cobrado na origem.

Assim, mesmo nas aquisições de bens destinados auso ou consumo ou ativo permanente de empresas enquadradas no“Simples Nacional” em outro Estado o diferencial de alíquotasdeve ser recolhido.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir daciência desta, terá a consulente, em observância ao artigo 591do Regulamento do ICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequaros seus procedimentos em conformidade com o que foi aquiesclarecido, no caso de que os esteja praticando diversamente.

PROTOCOLO: 9.562.044-2

CONSULTA Nº: 91, de 11 de outubro de 2007

CONSULENTE: Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga.

SÚMULA: ICMS. VENDA DE COMBUSTÍVEL A CONTRIBUINTEQUE O UTILIZA COMO FONTE DE ENERGIA EM SEUPROCESSO INDUSTRIAL. INCIDÊNCIA POR OCASIÃODA ENTRADA NO TERRÍTÓRIO PARANAENSE.

RELATOR: ACHILES PENAYO DE CAMPOS

A Consulente, com matriz no Estado do Rio deJaneiro, inscrita no cadastro estadual do ICMS neste Estado nacondição de substituta tributária, opera como distribuidora decombustíveis e formula consulta acerca da não-incidência doICMS em operações interestaduais que destinem óleo combustívela grandes consumidores paranaenses que o utilizem no processode industrialização de seus produtos.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

A consulente aduz que a legislação pertinente amatéria não esclarece se a não-incidência do ICMS abrange asoperações interestaduais em que o combustível será utilizadoem processo de industrialização como fonte de energia.

Apresenta os dispositivos que entende aplicáveisao caso e indaga:

“É correto o entendimento da Consulente nosentido de que não incide o ICMS nas vendas interestaduais,para o Estado do Paraná, de combustível destinado aadquirentes que utilizarão o produto em seu processoindustrial ?”

RESPOSTA

Antes de responder ao indagado, reproduz-se osdispositivos do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n.5.141/2001 que tratam da incidência do ICMS devido ao Estadodo Paraná na entrada de combustíveis em seu território:

Quanto à incidência do imposto:

Art. 2º O imposto incide sobre (art. 2º da Lei n.11.580/96):

(...)

§ 1º O imposto incide também:

(...)

c) sobre a entrada, no território paranaense, depetróleo, inclusive lubrificantes e combustíveislíquidos e gasosos dele derivados, e de energiaelétrica, quando não destinados à industrialização ouà comercialização pelo destinatário adquirente aquilocalizado, decorrentes de operações interestaduais,cabendo o imposto a este Estado.

Quanto ao momento do fato gerador:

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento (art. 5º da Lei n. 11.580/96):

XII - da entrada no território do Estado de petróleo,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos egasosos dele derivados, e de energia elétrica,oriundos de outra unidade federada, quando nãodestinados à industrialização ou comercialização;

Quanto à forma de pagamento:

Art. 56. O ICMS deverá ser pago nas seguintes formase prazos (art. 36 da Lei n. 11.580/96):

(...)

XIII - na substituição tributária em relação aoperações subseqüentes:

(...)

c) nas operações com combustíveis:

(...)

3. em GR-PR ou GNRE, até o dia dez do mêssubseqüente ao das saídas, quando se tratar decontribuinte estabelecido em outros Estados (ConvênioICMS 03/99, cláusula décima primeira), exceto no quese refere ao item 4;

Quanto à responsabilidade pelo recolhimento:

Art. 455. É atribuída a condição de sujeito passivopor substituição, para fins de retenção erecolhimento do ICMS relativo às operaçõessubseqüentes (art. 18, IV, da Lei n. 11.580/96;Convênio ICMS 03/99):

I - nas saídas de combustíveis, derivados ou não depetróleo, para comerciantes atacadistas ou varejistasestabelecidos no território paranaense:

a) aos produtores nacionais de combustíveis derivadosde petróleo estabelecidos nesta e em outrasunidades federadas, inclusive nas saídas paradistribuidoras, tal como definidas e autorizadas peloórgão federal competente, exceto em relação àsoperações com álcool hidratado combustível(Convênio ICMS 138/01);

b) às distribuidoras, mencionadas na alínea anterior,localizados nesta e em outras unidades federadas,

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quando não couber o ali disposto;

(...)

§ 1º A obrigação de retenção e recolhimento do ICMS:

(...)

b) estende-se às operações interestaduais comlubrificantes e combustíveis líquidos e gasososderivados de petróleo, não destinados àcomercialização ou industrialização pelo destinatáriolocalizado neste Estado.

Quanto à base de cálculo:

Art. 456. A base de cálculo para retenção é:

(...)

§ 3º Nas operações interestaduais realizadas commercadorias não destinadas à industrialização ou àcomercialização, a base de cálculo será (ConvênioICMS 05/04):

a) o valor da operação, como tal entendido o preço deaquisição pelo destinatário, nele incluindo-se orespectivo ICMS, nos casos em que as operaçõesanteriores não tenham sido submetidas à substituiçãotributária;

Sendo assim, em vista da legislação transcrita,e considerando que, pelo que informa a consulente, o óleocombustível não é adquirido para ser industrializado peloadquirente, mas sim para ser utilizado no processo deindustrialização de seus produtos, o imposto é devidointeiramente na entrada do óleo combustível no territórioparanaense e a consulente é a responsável tributária por seurecolhimento, cuja base de cálculo é o valor da operação.

Isso posto, reponde-se negativamente à indagaçãoda consulente.

Caso esteja procedendo diferentemente do contidonessa resposta, em razão da determinação do artigo 591 doRICMS/2001, a consulente tem o prazo de 15 dias, a partir daciência desta, para adequar-se.

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PROTOCOLO: 9.473.635-8

CONSULTA Nº: 92, de 04 de outubro de 2007

CONSULENTE: DORI ALIMENTOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente, atuando no ramo de produtosalimentícios, informa que faz o recolhimento do diferencial dealíquotas nas entradas de bens para o seu ativo imobilizado,conforme determina o art. 5º, XIV, do RICMS/PR.

Informa que recebe bens destinados ao ativoimobilizado decorrentes de aquisições oriundas de outrosEstados e em transferências de seu estabelecimento matrizlocalizado no Estado de São Paulo.

Alega que não incide o ICMS na saída de bens doativo permanente, conforme dispõe o inciso XIII do art. 4º doRICMS/PR.

Em relação às entradas por aquisição outransferência de mercadorias oriundas de outros Estados,destinadas ao ativo permanente, entende a consulente que, comoneste Estado as saídas de bens do ativo permanente estãoamparadas por não-incidência, e não há alíquota definida paraa operação de saída, tampouco há que se falar em valor atítulo de diferencial de alíquotas a ser pago na entrada dobem no seu estabelecimento.

Questiona:

a) está correto o seu entendimento?

b) Deve recolher o diferencial de alíquotas efazer o crédito do ICMS à razão de 1/48, conforme art. 24, §4º, alínea “a”, do RICMS/PR?

c) Qual seria o procedimento correto?

RESPOSTA

Sobre as questões suscitadas, transcreve-se,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.inicialmente, a legislação:

1. Constituição da República Federativa doBrasil de 1988:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federalinstituir impostos sobre:

...

II - operações relativas à circulação de mercadoriase sobre prestações de serviços de transporteinterestadual e intermunicipal e de comunicação,ainda que as operações e as prestações se iniciem noexterior;

...

§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá aoseguinte:

...

IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa doPresidente da República ou de um terço dos Senadores,aprovada pela maioria absoluta de seus membros,estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações eprestações, interestaduais e de exportação;

...

VII - em relação às operações e prestações quedestinem bens e serviços a consumidor finallocalizado em outro Estado, adotar-se-á:

a) a alíquota interestadual, quando o destinatáriofor contribuinte do imposto;

b) a alíquota interna, quando o destinatário não forcontribuinte dele;

VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior,caberá ao Estado da localização do destinatário oimposto correspondente à diferença entre a alíquotainterna e a interestadual;

2. Lei Estadual n. 11.580, de 14 de novembro de1996:

Art. 2º O imposto incide sobre:

...

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VI – a entrada no estabelecimento de contribuinte, demercadoria ou bem oriundos de outras unidades daFederação, destinados ao uso ou consumo ou ao ativopermanente.

O inciso VI foi acrescentado pelo art. 1º da Lei15.342, de 22.12.2006, surtindo efeitos a partir de1º.04.2007.

...

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento:

...

XIV – da entrada no estabelecimento de contribuinte,de mercadoria ou bem oriundos de outra unidade daFederação, destinados ao uso ou consumo ou ao ativopermanente.

O inciso XIV foi acrescentado pelo art. 1º da Lei15.342, de 22.12.2006, surtindo efeitos a partir de1º.04.2007

...

Art. 6º-A. Na hipótese do inciso XIV do art. 5º, abase de cálculo é o valor da operação sobre o qualfoi cobrado o imposto na unidade federada de origem,e o imposto a recolher será correspondente àdiferença entre as alíquotas interna e interestadual.

Parágrafo único. Quando a mercadoria entrar noestabelecimento para fins de industrialização oucomercialização, e posteriormente for destinada paraconsumo ou integrada ao ativo permanente doadquirente, acrescentar-se-á, à base de cálculo, ovalor do Imposto sobre Produtos Industrializados –IPI, cobrado na operação de que decorreu a entrada,quando esta ocorrer de outro estabelecimentoindustrial ou a ele equiparado.

O art. 6-A foi acrescentado pelo art. 1º da Lei15.342, de 22.12.2006, surtindo efeitos a partir de1º.04.2007

3. Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n.5.141/2001:

...

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Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento (art. 5º da Lei n. 11.580/96):

...

XIV - da entrada no estabelecimento de contribuinte,de mercadoria ou bem oriundos de outra unidade daFederação, destinados ao uso ou consumo ou ao ativopermanente (Lei n. 15.342/06).

Art. 6º A base de cálculo do imposto é (art. 6º daLei n. 11.580/96):

...

IX - na hipótese dos incisos XIII e XIV do art. 5º, ovalor da operação ou prestação sobre a qual foicobrado o imposto na unidade federada de origem, e oimposto a recolher será correspondente à diferençaentre as alíquotas interna e interestadual (Lei n.15.342/06).

...

§3º – No caso do inciso IX:

...

b) para fins do cálculo do diferencial de alíquotas:

1. considerar-se-á como valor da operação aqueleconsignado no capo “Valor Total da Nota” do quadro“CÁLCULO DO IMPOSTO” do documento fiscal queacobertou a entrada de mercadoria destinada ao uso,consumo ou ativo permanente;

2. sobre o valor de que trata o item 1 aplicar-se-á adiferença aritmética simples entre as alíquotasinterna e interestadual, independentemente do valordo imposto cobrado na origem.

Nova redação dada ao § 3º pelo art. 1º, alteração808ª, do Decreto n. 1303, de 15.08.2007, produzindoefeitos a partir de 1º.4.2007, publicado no DOE n.7.536, de 15.8.2007.

...

Art. 56. O ICMS deverá ser pago nas seguintes formase prazos (art. 36 da Lei n. 11.580/96):

I -

§ 6º O diferencial de alíquota devido porcontribuinte inscrito no CAD/ICMS deverá ser pago,mediante o lançamento do valor devido, no campo

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“Outros Débitos” do livro Registro de Apuração doICMS.

Nos termos do artigo 150, § 2º, IV, daConstituição da República Federativa do Brasil de 1988, aalíquota interestadual é 12% (doze por cento), conforme fixadana Resolução do Senado Federal n. 22, de 19 de maio de 1989,para operações e prestações relativas ao ICMS quando odestinatário da mercadoria ou serviço estiver estabelecido noEstado do Paraná.

No que se refere às alíquotas internas deve serobservado o previsto no artigo 14 da Lei n. 11.580/96.

Posto isso, responde-se a seguir as questõessuscitadas.

Em face da legislação transcrita, é devido odiferencial de alíquotas na entrada no estabelecimento daconsulente de mercadorias adquiridas em outro Estado edestinadas ao ativo permanente ou para uso ou consumo. Parafins do cálculo do diferencial de alíquotas considerar-se-ácomo valor da operação aquele consignado no campo “Valor Totalda Nota”, do quadro “CÁLCULO DO IMPOSTO”, do documento fiscalque acobertou a entrada; e sobre este valor aplicar-se-á adiferença aritmética simples entre as alíquotas interna einterestadual, independentemente do valor do imposto cobradona origem.

Quanto ao diferencial de alíquotas nastransferências de bens destinados ao ativo permanente deve-seater ao disposto no inciso XIV do art. 4º do RICMS/2001,acrescentado pelo art. 1º, alteração 801ª, do Decreto n. 1303,de 15.8.2007, verbis:

Art. 4º O imposto não incide sobre (art. 4º da Lei n.11.580/96):

(...)

XIV - transferência de ativo permanente e de materialde uso ou consumo entre estabelecimentos do mesmotitular, inclusive quanto ao diferencial de alíquotasde que trata o inciso XIV do art. 5º.

Do exposto, infere-se que inexiste obrigação derecolhimento do tributo no recebimento, em transferência, de

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.bens destinados ao ativo permanente e ao uso ou consumo.

Em relação ao crédito do imposto pago a títulode diferencial de alíquotas, referente às aquisições, em outraunidade da Federação, de bens destinados ao ativo permanenteaplica-se o disposto no artigo 24, § 4º, alínea “a”, doRICMS/PR aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001.

Art. 24. Para a compensação a que se refere o artigoanterior, é assegurado ao contribuinte o direito decreditar-se do imposto anteriormente cobrado emoperações de que tenha resultado a entrada demercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou aoativo permanente, ou o recebimento de serviços detransporte interestadual e intermunicipal ou decomunicação (art. 24 da Lei n. 11.580/96).

...

§ 4º Para efeito do disposto no "caput", em relaçãoaos créditos decorrentes de entradas de mercadoriasno estabelecimento destinadas ao ativo permanente,deverá ser observado:

a) a apropriação será feita à razão de um quarenta eoito avos por mês, devendo a primeira fração serapropriada no mês em que ocorrer a entrada noestabelecimento;

O dispositivo regulamentar, antes transcrito,define sobre a forma de apropriação do crédito e não depagamento, porquanto em relação a este há que ser observado odisposto no § 6º do artigo 56 do RICMS/2001.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir daciência desta, terá a consulente, em observância ao artigo 591do Regulamento do ICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequaros seus procedimentos em conformidade com o que foi aquiesclarecido, no caso de que os esteja praticando diversamente.

PROTOCOLO: 9.302.916-0

CONSULTA Nº: 93, de 09 de outubro de 2007

CONSULENTE: MUTIRÃO COMÉRCIO DE DERIVADOS DO PETRÓLEO LTDA.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

SUMULA: ICMS. TRR. ÓLEO COMBUSTÍVEL DERIVADO DOXISTO. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente informa que tem por atividade ocomércio atacadista de combustíveis, na condição detransportador revendedor retalhista, e que comercializa óleocombustível derivado de xisto adquirido diretamente darefinaria.

Aduz que o art. 455 do RICMS/01 prevê de formagenérica a sujeição ao regime de substituição tributária paracombustíveis derivados ou não de petróleo. Entretanto, emnenhum dos incisos do mencionado artigo é atribuída a condiçãode sujeito passivo por substituição à Petróleo Brasileiro S/A,visto que esta tem a responsabilidade de reter o imposto àssaídas de combustíveis derivados de petróleo.

Da mesma forma, defende que não lhe é atribuídaa condição de sujeito passivo por substituição, vez que não seenquadra na condição de distribuidora de que trata a alínea“b” do inciso I do art. 455, além do que as operações com oproduto não se destinam a comerciantes e sim aestabelecimentos industriais que o utilizam no processo deindustrialização.

Assevera que realiza volume significativo devendas do produto mencionado para estabelecimentos industriaispreponderantemente exportadores, cujas aquisições de insumos,a princípio, estariam amparadas pelo regime de diferimento deque trata o item 45-A do art. 87 do RICMS/01. No entanto, o §9º do art. 87 veda a aplicação do diferimento às operaçõessujeitas ao regime de substituição tributária.

Assim, nas vendas com o óleo combustívelderivado de xisto com destino a estabelecimentos industriaispreponderantemente exportadores não tem aplicado o diferimentodo pagamento do ICMS.

Assevera que tal entendimento não é pacíficoentre os Auditores Fiscais, especialmente quando da análise dopedido de transferência de crédito acumulado por parte doexportador, momento em que o Fisco tem determinado ao seucliente, adquirente do óleo combustível derivado do xisto, oestorno do crédito com o argumento de que a operação deaquisição sujeita-se ao diferimento.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Aduz que na resposta da Consulta n. 168/2006,formulada pelo seu cliente, foi manifestado pelo SetorConsultivo que se aplica o diferimento do ICMS na saída deóleo de xisto utilizado como combustível na caldeira, porémnão há manifestação em relação a disposição constante no § 9ºdo art. 87, o qual veda a aplicação do diferimento para ashipóteses mencionadas no item 45-A, quando a operaçãoenvolver aquisições de energia elétrica e de mercadoriassujeitas ao regime de substituição tributária, e às prestaçõesde serviço de comunicação.

Esclarece que também realiza vendas com omencionado produto para outros contribuintes e que na operaçãonão aplica o diferimento parcial de que trata o “caput” doart. 87-A, em razão das disposições da alínea “b” do § 1º domesmo artigo, ambos do RICMS/01.

Posto isso, questiona:

1. Está correto o seu procedimento de aplicar aalíquota de 18% nas operações de saídas de óleo combustívelderivado de xisto com destino a estabelecimento industrialpreponderantemente exportador, em vez do diferimento de quetrata o item 45-A do art. 87 do RICMS/01?

2. Caso a resposta ao item 1 seja afirmativa, éassegurado ao destinatário do produto, industrialpreponderantemente exportador, o direito ao crédito de ICMSincluso no valor da mercadoria para fins de compensação comseus débitos ou para transferência a outros contribuintes nostermos dos dispositivos do RICMS, que tratam datransferência de crédito acumulado?

3. Caso a resposta ao item 1 seja negativa, qualé o tratamento correto para as operações mencionadas e comodeve proceder? Quais os documentos que deve exigir do clientepara garantir segurança fiscal no seu procedimento?

4. Está correta a adoção da alíquota de 18% nasvendas de óleo combustível derivado de xisto com destino aoutros contribuintes em vez da aplicar o diferimento parcialde que trata o art. 87-A do RICMS/01?

RESPOSTA

Inicialmente, importante lembrar que asoperações internas com óleo combustível, derivado ou não de

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.petróleo, não se sujeitam ao regime de substituiçãotributária, conforme dispõe a alínea “b” do § 3º do art. 455do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001:

Art. 455. É atribuída a condição de sujeito passivopor substituição, para fins de retenção erecolhimento do ICMS relativo às operaçõessubseqüentes (art. 18, IV, da Lei n. 11.580/96;Convênio ICMS 03/99):

I - nas saídas de combustíveis, derivados ou não depetróleo, para comerciantes atacadistas ou varejistasestabelecidos no território paranaense:

a) aos produtores nacionais de combustíveis derivadosde petróleo estabelecidos nesta e em outrasunidades federadas, inclusive nas saídas paradistribuidoras, tal como definidas e autorizadas peloórgão federal competente, exceto em relação àsoperações com álcool hidratado combustível(Convênio ICMS 138/01);

b) às distribuidoras, mencionadas na alínea anterior,localizados nesta e em outras unidades federadas,quando não couber o ali disposto;

c) aos produtores, em relação às operações com álcooletílico hidratado combustível:

1. destinadas a estabelecimento não definido eautorizado pelo órgão federal competente comodistribuidora;

2. destinadas a estabelecimento de distribuidora quedeixar de ser eleito substituto tributário inclusivepor Ato da Coordenação da Receita do Estado (Lei n.11.580/96, art. 18, § 4º);

(...)

§ 3º O disposto neste artigo não se aplica:

(...)

b) às operações internas com óleo combustível.

Após esse esclarecimento, passa-se a responderespecificamente aos questionamentos da consulente.

Em relação ao primeiro, transcreve-se o item45-A do art. 87 do RICMS/01:

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Art. 87. Sem prejuízo das disposições específicasprevistas neste Regulamento, são abrangidas pelodiferimento as seguintes mercadorias:

(...)

45-A. matérias-primas, materiais intermediários,secundários e embalagens, destinados aestabelecimentos industriais que operempreponderantemente na fabricação de produtosdestinados à exportação;

Na Consulta n. 170/2006 este Setorfundamentou-se nos conceitos a seguir transcritos paraanalisar a extensão dos termos constantes no item 45-A:

a) Matéria-prima - é, em geral, toda a substância comque se fabrica alguma coisa e da qual éobrigatoriamente parte integrante. Exemplo: o minériode ferro, na siderurgia, integrante de ferro-gusa; ocalcário, na industrialização do cimento, parteintegrante do novo produto cimento; bambu ou oeucalipto, integrantes do novo produto-papel etc.;

b) Produto intermediário - (assim denominado porqueproveniente de indústria intermediária própria ounão) é aquele que compõe ou integra a estruturafísico-química do novo produto, via de regra semsofrer qualquer tipo de alteração em suas estruturaintrínseca. Exemplo: pneumáticos, na indústriaautomobilística, e dobradiças, na marcenaria,compondo ambos os respectivos produtos novos (sem quesofram qualquer alteração em suas estruturasintrínsecas) - o automóvel e o mobiliário -, a cola,ainda na marcenaria, que, muito embora alterada emsua estrutura intrínseca, vai integrar o novo produto- o mobiliário;

c) Produto secundário - é aquele que, consumido noprocesso de industrialização, não se integra no novoproduto. Exemplos: calcário – CaCO3 - que naindústria de cimento é matéria-prima, na siderurgia éproduto secundário, porquanto somente usado paraextração das impurezas do minério de ferro, com asquais se transformam em escória e consome-se noprocesso industrial sem integrar o novo produto; oferro-gusa, o óleo de linhaça, usado na cerâmica

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(para o melhor desprendimento da argila na prensa),depois de consumido na queima, não vai integrar onovo produto - telha; qualquer material líqüido,usado na indústria de papel que, consumido naoperação de secagem, deixe de integrar o novo produto- papel.

Tem-se, também, que material de embalagem é aqueleutilizado para acondicionamento do produto, paratransporte (caixas, tambores) ou para apresentação(frasco de perfume).

Muito embora a consulente não tenha especificadoonde o óleo combustível derivado de xisto será utilizado peloseu cliente, mas se reportou a essa questão citando a Consultan. 168/2006, a qual faz menção ao uso como fonte energética nacaldeira, responde-se que nessa hipótese não há o que sefalar em diferir o pagamento do ICMS nas operações de saídaspromovidas pela consulente, com base no item 45-A, já que autilização do produto não se enquadra nos conceitos antesmencionados.

O óleo combustível encontra-se arrolado no item69 do art. 87 do RICMS tendo a sua fase de encerramento dodiferimento prevista no § 8º do mesmo artigo:

69. óleo combustível.

(...)

§ 8º Sem prejuízo das hipóteses previstas no art. 86,a fase de diferimento do pagamento do imposto emrelação às mercadorias arroladas nos itens 69 e 74encerra-se quando da saída do estabelecimentodistribuidor de combustível, como tal definido eautorizado por órgão federal competente, ficando, nassaídas interestaduais, dispensado o recolhimento doimposto relativo às operações anteriores.

O transcrito parágrafo prevê que, sem prejuízodas hipóteses previstas no art. 86, a fase do diferimento dopagamento do ICMS nas operações com óleo combustível de quetrata o item 69 do art. 87 do RICMS, encerra-se por ocasiãoda saída do estabelecimento distribuidor de combustível comotal definido e autorizado por órgão federal competente.

Dessa forma, somente se aplica tal tratamento

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.tributário nas operações de saídas promovidas pela consulentequando o óleo combustível derivado do xisto for adquiridopelo seu cliente e este industrializá-lo e desse processoresultar outra mercadoria. Inteligência do inciso VI do art.86 do RICMS/01:

Art. 86. O lançamento do imposto em relação àsmercadorias arroladas no art. 87, fica diferido parao momento em que ocorrer uma das seguintes situações(arts. 18 e 20 da Lei n. 11.580/96):

(...)

VI - saída promovida pelo estabelecimentoindustrializador, de produto resultante daindustrialização de mercadorias cuja entrada tenhaocorrido sob a égide do diferimento, observado odisposto no § 4º.

Por outro lado, quando o óleo combustível forconsumido no processo produtivo/industrial (exemplo: utilizadoem caldeiras), não há o que se falar em diferir, para etapaposterior, a obrigação pelo recolhimento do imposto. Trata-sede hipótese de encerramento do diferimento de que trata oinciso I do art. 86 do RICMS, pois o destinatário, nesse caso,é consumidor final. Precedente Consulta n. 70/2005.

Ademais, a própria consulente ao emitir asnotas fiscais, que foram juntadas por amostragem, consigna oCFOP 5.656. Nesse código classificam-se as vendas decombustíveis ou lubrificantes adquiridos ou recebidos deterceiros destinados a consumo em processo de industrializaçãode outros produtos.

Posto isso, quanto ao primeiro questionamento,partindo-se do pressuposto de que o óleo combustível derivadodo xisto será utilizado pelo cliente da consulente como fonteenergética na caldeira, está correto o entendimento de que naoperação se aplica a alíquota de 18%.

No que diz respeito ao segundo, deixa-se deresponder por não ter a consulente legitimidade para consultara respeito de procedimentos de terceiros.

Quanto à terceira dúvida, resta prejudicada emrazão do entendimento exarado na primeira dúvida apresentada.

Em relação à questão 4, a alínea “b” do § 1º doart. 87-B estabelece que não se aplica o diferimento parcial

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.nas operações com petróleo e combustível. Dessa forma, corretoo entendimento da consulente em aplicar a alíquota de 18%.Precedente Consulta n. 196/2003.

Conforme previsto no art. 591 do Regulamento doICMS, a consulente tem, a partir da data da ciência daresposta, o prazo de até quinze dias para adequar seuprocedimento ao que tiver sido esclarecido, em caso de estarprocedendo de forma diversa.

PROTOCOLO: 8.278.870-0

CONSULTA Nº: 94, de 20 de novembro de 2007

CONSULENTE: SITE STICKERS IMPRESSÕES DIGITAIS LTDA.

SÚMULA: ICMS. MATERIAIS DE COMUNICAÇÃO VISUAL,IMPRESSÕES DIGITAIS, ADESIVOS, BANNERS ESERIGRAFIA. HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA. NÃOCARACTERIZAÇÃO.

RELATOR: RANDAL SODRÉ FRAGA

A consulente diz exercer a atividade deconfecção de materiais de comunicação visual, impressõesdigitais, adesivos, banners, serigrafia, lonas para luminosose fachadas; personalização de automóveis e confecção deplacas. Informa adquirir diversos insumos, executar atransformação destes, e destinar o produto acabado tanto pararevendedores quanto para consumidores finais.

Relata que expede notas fiscais modelo 1 paraacompanhar as saídas; estar enquadrada no regime fiscal dasmicroempresas, apurando e recolhendo o imposto com base no seufaturamento, e não utilizar créditos de ICMS destacados nasnotas fiscais de entradas de mercadorias.

No entanto, a prefeitura do seu município alegaque a sua atividade está no campo de incidência do ISSQN,sendo indevido o pagamento do ICMS que realiza. Questiona qualentendimento deverá prevalecer.

RESPOSTA

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

O assunto já foi abordado, em parte, com aresposta consultiva nº 39, de 18 de abril de 2006, cujo teorse reproduz a seguir:

CONSULTA

A consulente diz explorar o ramo de atividade deprestação de serviços de confecção de placas,sinalização visual, banners, adesivos e congêneres,destinados a identificar e sinalizar empresas,divulgar produtos, serviços, lugares etc, mediantecelebração de contratos específicos, cujo objeto daprestação é utilizado pelos contratantes em caráterexclusivo e na condição de usuários finais.

Informa que o Dicionário Aurélio atribui significadoàs expressões sinalização como “ato ou efeito desinalizar; marcar com sinais, por sinalização” esinal “aquilo que serve de advertência ou quepossibilita conhecer, reconhecer ou prever algumacoisa; marca, rótulo, letreiro”.

Esclarece que os serviços que executa podem se dar deduas modalidades: 1) a criação e confecção dos itenselencados, seguindo as orientações de seus clientes;ou 2) apenas a execução de um projeto previamenteexistente. Relata que estes serviços são prestadosunicamente sob encomenda, personalizados, e para usoexclusivo do encomendante.

Na execução destes serviços, emprega mão de obra,materiais e outros insumos, cujo produto final –informa – não fará parte de etapa posterior deindustrialização, comercialização ou utilizado emnova prestação de serviços, mas sim única eexclusivamente destinado à identificação doencomendante, de uma marca, de um serviço, um local,de acessos a locais etc.

Afirma que a diferenciação de uma placa desinalização, um banner ou um adesivo, de um “produtode prateleira”, consiste no caráter exclusivo dasencomendas que lhe são confiadas e da destinação aelas empreendidas.

No que pertine ao aspecto da tributação, entende quesua atividade está no campo de incidência do impostomunicipal (ISS), por força do que dispõe o art. 1º, §2º, da Lei Complementar nº 116/2003 e item 24.01 daLista de Serviços a ela anexa; e do contido no art.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

2º, inc. V, da Lei nº 11.580/96.

Relata, por fim, que a Prefeitura do Município de SãoJosé dos Pinhais, local onde se encontraestabelecida, formalizou entendimento no mesmosentido ao ora apresentado e, ao final, questionadesta Administração Tributária se o que expõe estácorreto.

RESPOSTA

Nos termos constitucionais, compete aos Estados e aoDistrito Federal instituir impostos sobre operaçõesrelativas à circulação de mercadorias e sobreprestações de serviços de transporte interestadual eintermunicipal e de comunicação, ainda que asoperações e as prestações se iniciem no exterior(CF/88, art. 155, II). Estabelece, ainda, aConstituição Federal, que compete aos Municípiosinstituir impostos sobre serviços de qualquernatureza, não compreendidos no art. 155, II,definidos em lei complementar (art. 156, III).

A CF/88 determina que constitui hipótese deincidência do ISS os serviços de qualquer naturezanão compreendidos no art. 155, II, e definidos em leicomplementar (art. 156, III). A Lei Complementar aque se refere o texto constitucional é a de nº 116,de 31 de julho de 2003, que estabelece, em seu art.1º, o que segue:

Art. 1º O Imposto Sobre Serviços de QualquerNatureza, de competência dos Municípios e do DistritoFederal, tem como fato gerador a prestação deserviços constantes da lista anexa, ainda que essesnão se constituam como atividade preponderante doprestador.

A consulente informa que sua atividade está previstano item 24.01 da referida Lista de Serviços, cujoteor se transcreve a seguir:

24.01 – Serviços de chaveiros, confecção de carimbos,placas, sinalização visual, banners, adesivos econgêneres.

Perceba-se que as hipóteses acima se desdobram emduas vertentes: 1) serviços de chaveiros; 2)confecção de carimbos, placas, sinalização visual,banners e congêneres. Abandona-se da análise aprimeira, posto que não constitui atividade informadapela consulente, assim como a confecção de carimbos,presente na segunda.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Considerando haver expressa disposição legal sobre aatividade informada pela Consulente, conclui-se que aconfecção de placas, sinalização visual, banners econgêneres, constituem prestações onerosas deserviços de competência tributária dos municípios, enão um fornecimento de mercadorias.

A Consulente diz, ainda, confeccionar adesivos. Alista de serviços estende o conceito presente no item24.01 aos seus congêneres, que significa “pertencenteao mesmo gênero; cogenérico. Idêntico, semelhante,similar” (Novo Dicionário Aurélio da LínguaPortuguesa, p. 364). Como os serviços elencados noitem 24.01 da referida lista se estendem aoscongêneres, entende-se que as hipóteses nele contidasabarcam os adesivos, por pertencerem ao mesmo gênerodos demais.

Por outro ângulo, os serviços informados pelaconsulente não caracterizam serviços de comunicação,especificados pelo art. 155, II, da CF/88, dada aexistência de reserva legal taxativa que os aloca norol dos serviços tributados pelo ISS.

Por fim, esclarece-se que, conforme disposto no art.1º, § 2º, da LC 116/03, ressalvadas as exceçõesexpressas na lista anexa, os serviços nelamencionados não ficam sujeitos ao Imposto SobreOperações Relativas à Circulação de Mercadorias ePrestações de Serviços de Transporte Interestadual eIntermunicipal e de Comunicação – ICMS, ainda que suaprestação envolva fornecimento de mercadorias. Comovisto, no item 24.01 da lista de serviços a elaanexa, não estão previstas hipóteses que excepcionema tributação em favor dos Estados e do DistritoFederal, sobrepondo-se-lhes apenas o Imposto SobreServiços (ISS), de competência tributária exclusivados municípios (grifos nossos).

Assim, os serviços noticiados pela consulente sãoestranhos ao universo da tributação do ICMS, eis queregulados em legislação específica que assimdetermina. Entretanto, cumpre ressaltar que aexclusividade e a destinação final que lhes sãopeculiares é que os diferencia de uma circulação demercadorias ou de um processo de industrialização nociclo de produção de mercadorias, este sim decompetência tributária estadual. Nessas condições,cumpre destacar que, por força do art. 27, I, da Leinº 11.580/96, é vedado o aproveitamento de quaisquer

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

créditos do imposto estadual.

A citada consulta tem por súmula “ICMS.CONFECÇÃO DE PLACAS, SINALIZAÇÃO VISUAL, BANNERS, ADESIVOS ECONGÊNERES, PARA USO EXCLUSIVO DO ENCOMENDANTE, USUÁRIO FINAL.HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA DO ICMS. NÃO CONFIGURAÇÃO”. Perceba-seque alguns dos serviços elencados são comuns à atividadeinformada pela consulente, motivo pelo qual aproveita-se-lhesas respectivas conclusões, salientando que a abordagem temcomo premissa a saída para uso exclusivo do encomendanteusuário final.

Remanescem os materiais de comunicação visual,impressões digitais, serigrafia, lonas para luminosos efachadas e personalização de automóveis.

Os serviços de comunicação visual estãoprevistos no item 23.01 da Lista de Serviços Anexa à LeiComplementar nº 116/2003, portanto, estranhos à tributação doICMS.

Os serviços de serigrafia não constam dareferida lista, no entanto, poderão ser assim consideradosquando sua destinação for para uso final exclusivo doencomendante. Caso se destine a nova etapa de industrializaçãoou comercialização, estarão no campo de incidência do ICMS,conforme orientação constante das Consultas nº 141/2004 e91/2005.

“É entendimento deste órgão consultivo que aserigrafia é processo gráfico não constante da listaanexa à Lei Complementar n. 116, de 31 de julho de2003, e que a atividade desenvolvida pela consulenteé industrialização e encontra-se no campo deincidência do ICMS.

Portanto, está correto o procedimento adotadoatualmente pela interessada, nos termos do inciso Ido artigo 2.º da Lei n. 11.580/96:

“Art. 2.º O imposto incide sobre:

I - operações relativas à circulação de mercadorias,inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas embares, restaurantes e estabelecimentos similares;”

A confecção de lonas para luminosos e fachadas,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.compreendida no conceito de comunicação visual, deve receberas mesmas conclusões anteriormente apresentadas para o tema.

Por fim, a personalização de veículos,compreendendo a aposição de adesivos contendo mensagensgráficas, logomarcas, imagens e outros desenhos, aproveita-seas mesmas conclusões apresentadas para os adesivos na respostaconsultiva retrotranscrita, quando destinados exclusivamenteao usuário ou consumidor final. Caso o veículo esteja no ciclomercantil e venha ser objeto de nova etapa de circulação, osadesivos serão tributados normalmente pelo ICMS.

Há que se frisar que quaisquer serviçosinformados pela consulente, quando destinados a nova etapa decomercialização ou industrialização, perderão a característicade prestação destinada a usuário encomendante final, passando,então, a serem tributados pelo ICMS.

No que houver procedido de forma diversa, oconsulente terá, de acordo com o art. 591 do RICMS/01, o prazode até quinze dias para adequar o seu procedimento ao quehouver sido elucidado, independentemente de qualquerinterpelação ou notificação fiscal.

PROTOCOLO: 9.356.884-2 / 9.446.759-4

CONSULTA Nº: 95, de 10 de outubro de 2007

CONSULENTE: PASA – PARANÁ OPERAÇÕES PORTUÁRIAS S.A.

SÚMULA: ICMS. RECINTO ALFANDEGADO. MERCADORIASRECEBIDAS PARA FORMAÇÃO DE LOTE EEXPORTAÇÃO. PROCEDIMENTOS.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente, qualificando-se como recintoalfandegado na forma da legislação aduaneira, expõe que recebemercadorias para armazenagem e futura exportação, sejadiretamente de fornecedores, seja por conta e ordem deterceiros.

Acrescenta que, no “sistema pool”, quando oarmazém destinatário está cheio ou com algum problemaoperacional, o recebimento das mercadorias é encaminhado paradescarregamento em outro armazém, ocasião em que emite nota

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.fiscal de remessa para armazenagem, como também,posteriormente, o armazém indicado emite nota fiscal deretorno simbólico de armazenagem.

Aduz, a consulente, que os procedimentos antesadotados foram alterados com a celebração do Convênio ICMS83/06 e a edição do Decreto n. 7.525/2006, provocando dúvidasquanto à escrituração de notas fiscais representativas dorecebimento das mercadorias para formação de lote paraexportação e quanto à possibilidade de emissão de notasfiscais para documentar a movimentação das mercadorias entreos armazéns alfandegados.

Prossegue esclarecendo que a incerteza surge dofato de que as notas fiscais emitidas pelos remetentes dasmercadorias para formação de lote, com o advento da novalegislação já mencionada, devem assinalar no campo“destinatário” das notas fiscais o próprio estabelecimentoremetente.

Assim, a consulente faz os seguintesquestionamentos:

1.Deve escriturar em seu livro Registro deEntradas as notas fiscais de remessa para formação de lotepara exportação emitidas pelos fornecedores?

2.As vias dessas notas fiscais devem ser retidaspela consulente, ou simplesmente enviadas de volta para aremetente?

3.Cabe-lhe, quando ocorrido o embarque dasmercadorias, emitir nota fiscal de retorno simbólico para odepositante, como antes previsto?

4.A elaboração das GIA/ICMS, dos aquivosmagnéticos, da DFC e a escrituração do livro Registro deInventário são afetados pela nova legislação?

5.Quando as circunstâncias impedirem orecebimento das mercadorias para formação de lote paraexportação em seu recinto e as cargas forem enviadas paradescarregamento em outro armazém, deve emitir nota fiscal deremessa para depósito no armazém indicado?

6.A disciplina trazida pelo Decreto n.7.525/2006 é aplicável no caso de suprimento de embarque porempréstimo de que trata o artigo 431 do Regulamento do ICMS,aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001?

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

RESPOSTA

Reproduzem-se, a seguir, as disposições contidasno Regulamento do ICMS pertinentes à matéria que aqui seexamina:

Art. 425-A. Por ocasião da remessa para formação delotes em recintos alfandegados para posteriorexportação, o estabelecimento remetente deverá emitirnota fiscal em seu próprio nome, sem destaque dovalor do imposto, indicando como natureza da operação“Remessa para Formação de Lote para PosteriorExportação” (Convênio ICMS 83/06).

§ 1º Além dos demais requisitos exigidos, a notafiscal de que trata o “caput” deverá conter:

a) a indicação de não-incidência do imposto, por setratar de saída de mercadoria com destino aoexterior;

b) a identificação e o endereço do recintoalfandegado onde serão formados os lotes paraposterior exportação.

Art. 425-B. Por ocasião da exportação da mercadoria,o estabelecimento remetente deverá:

I - emitir nota fiscal relativa a entrada em seupróprio nome, sem destaque do valor do imposto,indicando como natureza da operação “RetornoSimbólico de Mercadoria Remetida para Formação deLote e Posterior Exportação”;

II - emitir nota fiscal de saída para o exterior,contendo, além dos requisitos previstos nalegislação:

a) a indicação de não-incidência do imposto, por setratar de saída de mercadoria com destino aoexterior;

b) a indicação do local de onde sairão fisicamente asmercadorias;

c) os números das notas fiscais referidas no “caput”,correspondentes às saídas para formação do lote, nocampo “Informações Complementares”.

Parágrafo único. Na hipótese de ser insuficiente o

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

campo a que se refere a alínea “c” do inciso II desteartigo, os números das notas fiscais poderão serindicados em relação anexa ao respectivo documentofiscal.

Art. 425-C. O estabelecimento remetente ficarásujeito ao recolhimento do imposto devido, com osacréscimos previstos na legislação, inclusive multa,no caso de não efetivar a exportação das mercadoriasremetidas para formação de lote, observado o dispostono inciso XXVI do art. 56:

I - no prazo de noventa dias contados da data daprimeira nota fiscal de remessa para formação delote;

II - em razão de perda, extravio, perecimento,sinistro, furto da mercadoria ou qualquer evento quedê causa a dano ou avaria;

III - em virtude de reintrodução da mercadoria nomercado interno.

Parágrafo único. O prazo previsto no inciso I poderáser prorrogado, uma única vez, por igual período,mediante autorização em requerimento formulado peloremetente à Delegacia Regional da Receita do seudomicílio tributário.

Art. 431. No suprimento para o embarque - porempréstimo, em operações internas - de soja em grão,de farelo ou torta de soja e de outros produtos agranel aplica-se o diferimento do pagamento doimposto, tanto na operação de remessa ao exportador,quanto na devolução por este.

A nova determinação para que nas notas fiscaisemitidas para documentar a remessa de mercadorias paraformação de lote para exportação seja assinalada, no campodestinatário, a própria remetente, evidencia que os documentose os controles fiscais sobre tais mercadorias sejamdirecionados ao remetente/exportador, notabilizando que, aoingressarem em recinto alfandegado situado, no caso, em zonaprimária, as mercadorias estejam submetidas ao controleespecífico da autoridade aduaneira, no aguardo do respectivoembarque ao exterior.

Acentua-se tal concepção, à medida que,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.ocorrendo a exportação, será o próprio remetente/exportador oencarregado de emitir nota fiscal para documentar o retornosimbólico das mercadorias antes remetidas para formação delote, com a emissão posterior de nota fiscal de saída para oexterior.

Corrobora nesse sentido, o disposto no artigo 9ºdo Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto n. 4.543/2002:

Art. 9º Os recintos alfandegados serão assimdeclarados pela autoridade aduaneira competente, nazona primária ou na zona secundária, a fim de queneles possa ocorrer, sob controle aduaneiro,movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de:

I - mercadorias procedentes do exterior, ou a eledestinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial;

Estabelecido isso, acerca das questões “1” e“2”, responde-se, no que se refere ao ICMS e ao âmbito dacompetência estadual, que a legislação especificamentemencionada não exige da consulente a obrigatoriedade deescriturar as notas fiscais que representam o envio, ao seuestabelecimento, de mercadorias para formação de lote paraexportação.

Não há obstáculo, todavia, para que tais notasfiscais sejam escrituradas na coluna “Observações” do livroRegistro de Entradas, bem como para que a consulente mantenhaem seu poder via dos referidos documentos, já que, embora asnotas fiscais de remessa para formação de lote para exportaçãonão assinalem a consulente como destinatária, nelas constamindicações quanto a serem as mercadorias depositadas em seuestabelecimento.

Com efeito, é o que se depreende da análisesistemática dos seguintes dispositivos do Regulamento do ICMS:

Art. 19. São responsáveis pelo pagamento do imposto(art. 18 da Lei n. 11.580/96):

...

II - o armazém geral e o depositário a qualquertítulo:

...

c) pela manutenção em depósito de mercadoria

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desacompanhada de documentação fiscal;

Art. 118. Na saída de mercadoria, a nota fiscal seráemitida, no mínimo, em quatro vias, que terão aseguinte destinação (Convênio SINIEF, de 15.12.70,arts. 45 a 47; Ajustes SINIEF 22/89 e 03/94):

...

§ 6º Admitir-se-á o armazenamento de mercadorias emterminal de carga geral com a própria nota fiscal daoperação, desde que o estabelecimento armazenador:

a) efetue o registro do documento no livro Registrode Entradas;

b) possa comprovar a saída da mercadoria paraembarque por intermédio de romaneio ou qualquer outrodocumento de controle interno.

Art. 219. O livro Registro de Entradas, modelo 1 ou1-A, destina-se à escrituração da entrada demercadoria no estabelecimento, a qualquer título, oude serviço por este tomado (Convênio SINIEF, de15.12.70, art. 70 e Convênio SINIEF 06/89, art. 87, §1º; Ajustes SINIEF 01/80, 01/82 e 16/89).

...

§ 3º Os lançamentos serão feitos, documento pordocumento, desdobrados em tantas linhas quantas foremas naturezas das operações e prestações, segundo oCódigo Fiscal e Código de Situação Tributária, nasseguintes colunas (Ajuste SINIEF 3/94):

...

h) Observações: informações diversas.

Quanto à questão “3”, não há mais supedâneo nalegislação tributária para que a consulente emita notasfiscais de retorno simbólico para o estabelecimentodepositante, pois o referido retorno, como dispõe o inciso Ido artigo 425-B, do Regulamento do ICMS, deve ser documentadopor nota fiscal emitida pelo próprio exportador.

No que é atinente à questão “4”, não sendo osdocumentos fiscais pertinentes ao depósito e à movimentaçãodas mercadorias emitidos pela consulente ou contra aconsulente, não necessitam seus valores ou quantidades

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.comporem a GIA/ICMS, os arquivos magnéticos ou a DFC, vez queas atividades do estabelecimento estão sob controle daautoridade aduaneira federal.

A escrituração do livro Registro de Inventário,todavia, é admissível, encontrando respaldo no Regulamento doICMS:

Art. 228. O livro Registro de Inventário destina-se aarrolar, pelos seus valores e com especificações quepermitam sua perfeita identificação, as mercadorias,as matérias-primas, os produtos intermediários, osmateriais de embalagem, os produtos manufaturados eos produtos em fabricação, existentes noestabelecimento à época do balanço (Convênio SINIEF,de 15.12.70, art. 76).

§ 1º No livro referido neste artigo serão tambémarrolados, separadamente:

...

b) as mercadorias, as matérias-primas, os produtosintermediários, os materiais de embalagem, osprodutos manufaturados e os produtos em fabricação,de terceiros, em poder do estabelecimento.

A respeito da questão n. “5”, sendo a consulentemera depositária de mercadorias sujeitas ao específicocontrole aduaneiro, não se lhe é atribuída pela legislação doICMS a tarefa de emitir documentos fiscais para deslocar ascargas até os armazéns indicados para suprir a impossibilidadetécnica de que a própria consulente as recepcione, comooriginariamente previsto.

Tal movimentação das mercadorias entre recintosalfandegados deverá ser documentada pelos remetentesexportadores.

Acerca da questão n. “6”, é aplicável odiferimento de que trata o artigo 431 do Regulamento do ICMS,ressaltando que tal se dá estritamente na operação de remessaao exportador e na posterior devolução efetuada por este.

Destaca-se, por fim, que a consulente, emobservância ao artigo 591 do Regulamento do ICMS, dispõe doprazo de 15 quinze dias para adequação de seus procedimentosao que foi aqui esclarecido, caso os esteja praticandodiversamente.

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PROTOCOLO: 9.541.289-0

CONSULTA Nº: 96, de 17 de outubro de 2007

CONSULENTE: SINDICATO DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO ESTADO DOPARANÁ- SINDUSCON/PR

SÚMULA: ICMS. CONSTRUÇÃO CIVIL. DIFERENCIAL DEALÍQUOTAS.

RELATOR: GABRIEL VIEIRA DE OLIVEIRA

A Consulente informa que é entidade sindicalpatronal, e após expor aspectos relativos à legislação doICMS, conclui que as construtoras não são contribuintes desseimposto. Assim, indaga o seguinte:

1)estão as empresas de construção civilestabelecidas no Estado do Paraná obrigadas ao recolhimento dodiferencial de alíquotas do ICMS quando adquirem materiais deconstrução junto a fornecedores estabelecidos em outrosEstados da Federação, materiais estes que serão aplicados emobras de construção civil próprias (imóveis do estoque paravenda) ou de terceiros (construção por empreitada ou poradministração)?

2)As mercadorias de uso e consumo a que alude oinc. IV do art. 287 do RICMS/PR são aquelas não ligadas àconstrução da obra, como, por exemplo, os materiais deescritório?

3)Na hipótese da empresa de construção civilestabelecida no Estado do Paraná adquirir mercadorias de uso econsumo, junto a fornecedor estabelecido em outro Estado daFederação, e considerando que as empresas da construção civilnão são contribuintes do imposto, será exigível o diferencialde alíquotas?

4)Na hipótese da empresa de construção civilestabelecida no Estado do Paraná adquirir mercadorias para oseu ativo imobilizado, junto a fornecedor estabelecido emoutro Estado da Federação, e considerando que as empresas daconstrução civil não são contribuintes do imposto, seráexigível o diferencial de alíquotas?

5)No caso de o fornecedor localizado em outro

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.Estado da Federação remeter as mercadorias, para empresas daconstrução civil no Paraná, utilizando alíquota interna, seráexigível o diferencial de alíquotas do ICMS?

Ao final, esclarece que na sua interpretação nãoé devido o diferencial de alíquotas do ICMS em quaisquer dashipóteses apontadas na consulta.

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos da legislação quetratam da matéria, isto é, a Constituição Federal, art. 155, §2º, VII, “a” e “b” e VIII; a Lei n. 11.580/96, art.5º, XIV, eart. 6ºA; o art. 287, inc. IV, parágrafo único, doRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001:

CF/88, Art. 155, § 2º, VII, “a” e “b” e VIII:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federalinstituir impostos sobre:

(...)

§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá aoseguinte:

VII - em relação às operações e prestações quedestinem bens e serviços a consumidor finallocalizado em outro Estado, adotar-se-á:

a) a alíquota interestadual, quando o destinatáriofor contribuinte do imposto;

b) a alíquota interna, quando o destinatário não forcontribuinte dele;

VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior,caberá ao Estado da localização do destinatário oimposto correspondente à diferença entre a alíquotainterna e a interestadual;

Lei n. 11.580/96, art. 5º, XIV:

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento:

(...)

XIV - da entrada no estabelecimento de contribuinte,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

de mercadoria ou bem oriundos de outra unidade daFederação, destinados ao uso ou consumo ou ao ativopermanente. (Lei n. 15.342/06).

Art. 6º-A. Na hipótese do inciso XIV do art. 5º, abase de cálculo é o valor da operação sobre o qualfoi cobrado o imposto na unidade federada de origem,e o imposto a recolher será correspondente àdiferença entre as alíquotas interna e interestadual.

RICMS/2001, art. 287, IV, parágrafo único:

Art. 287. Em relação à construção civil o ICMS serádevido, dentre outras hipóteses:

(...)

IV - na aquisição de mercadoria ou bem destinado aouso ou consumo ou ao ativo permanente, em operaçãointerestadual, relativamente ao diferencial dealíquotas.

O inciso IV foi acrescentado pelo art. 1º, alteração745ª, do Decreto n. 165, de 13.02.2007, produzindoefeitos a partir de 1º.04.2007.

Parágrafo único. O disposto no inciso IV somente seaplica na hipótese em que o estabelecimentoadquirente seja contribuinte do ICMS.

O parágrafo único foi acrescentado pelo Decreto n.1.477, de 25/09/2007.

Verifica-se que a recente alteração do RICMS,que acrescentou o parágrafo único ao art. 287, determina quesomente é devido o ICMS relativo ao diferencial de alíquotaspelas empresas de construção civil, nas aquisições de benspara o ativo fixo ou material de uso ou consumo, quando estasforem contribuintes do ICMS. Portanto, ausente esta condição,não incidirá o ICMS nas hipóteses aventadas pela Consulente.

Contudo, vale lembrar que a condição decontribuinte do imposto está subordinada, fundamentalmente, aofato jurídico tributário, evento a que qualquer pessoa, físicaou jurídica, está sujeita a realizar, independentemente de suaatividade principal.

Para a resposta ao consultado, parte-se dapremissa de que as empresas da construção civil não praticamoperações ou prestações sujeitas ao ICMS, ou outro evento que

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.as caracterize como contribuintes do imposto. Feita essasconsiderações, passa-se a responder objetivamente ao indagado.

Quanto à primeira indagação, responde-senegativamente.

Sobre o assunto mencionado na segunda indagação,o setor consultivo já se manifestou na consulta de n. 26/2005,cujo conteúdo reproduz-se parcialmente:

“(...)

Os insumos de produção são os bens e serviços que,adquiridos pelo industrial, por sua intervenção seincorporam, se fundem, se aperfeiçoam para consumo,quando da conclusão do produto acabado.

Na definição do conceito de insumo, proponho que sedistingam os bens adquiridos pelos empresários, paraemprego em sua empresa, de acordo com a sua estritaindispensabilidade para o correspondente processoprodutivo. Desse modo, seriam insumos, sob o ponto devista jurídico, as aquisições de bens ou serviçosestritamente indispensáveis ao desenvolvimento daatividade econômica explorada pelo empresário econsumo, as demais. (COELHO, Fábio Ulhoa. Curso deDireito Comercial. São Paulo : Saraiva, 2002.v.3.p.172.)

Os bens de uso e consumo assumem a função demanutenção dos bens do ativo imobilizado. Possuem,como característica, o tempo de vida útil inferior aum ano. Esses materiais de pouca duração exercem amissão de manter a vida útil dos bens destinados àatividade empresarial. Por exemplo: o óleo e a graxadas máquinas de fabricação de uma empresa de tecidos.Pela sua característica de rápida substituição noprazo inferior a um ano, os bens de consumo sãoclassificados no ativo circulante, na conta estoque,como materiais auxiliares. (IUDÍCIBUS, Sergio;MARTINS, Eliseu e GELBCKE, Ernesto, in Manual deContabilidade das Sociedades por Ações, FIPECAFI,FEA/USP, São Paulo, Ed. Atlas, 2000, p. 182.)”

Responde-se negativamente à terceira, quarta equinta indagações.

Vale lembrar que não há de se falar emdiferencial de alíquotas quando a alíquota interna da

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.mercadoria é igual a da operação interestadual.

PROTOCOLO: 9.471.789-2

CONSULTA Nº: 97, de 17 de outubro de 2007

CONSULENTE: A. YOSHI ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES LTDA.

SÚMULA: ICMS. CONSTRUÇÃO CIVIL. DIFERENCIAL DEALÍQUOTAS.

RELATOR: GABRIEL VIEIRA DE OLIVEIRA

A Consulente informa que atua no ramo deconstrução civil, realizando obras de empreitada,administração e incorporação de imóveis no Estado do Paraná.Além disso, presta serviço na área da construção civil.

Após expor aspectos relativos à legislação doICMS, conclui que é contribuinte do ISS. Assim, indaga se aoadquirir materiais que serão utilizados para a própriaconstrução, tais como aço, telhas, cerâmicas e fechaduras etc,está obrigada a recolher o ICMS relativo ao diferencial dealíquotas, conforme previsto no inc. IV do art. 287 doRegulamento do ICMS/2001?

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos da legislação quetratam da matéria, isto é, a Constituição Federal, art. 155, §2º, VII, “a” e “b” e VIII; a Lei n. 11.580/96, art. 5º, XIV, eart. 6A; e o art. 287, inc.IV, parágrafo único, do Regulamentodo ICMS aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001:

CF/88, Art. 155, § 2º, VII, “a” e “b” e VIII:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federalinstituir impostos sobre:

(...)

§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá aoseguinte:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

VII - em relação às operações e prestações quedestinem bens e serviços a consumidor finallocalizado em outro Estado, adotar-se-á:

a) a alíquota interestadual, quando o destinatáriofor contribuinte do imposto;

b) a alíquota interna, quando o destinatário não forcontribuinte dele;

VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior,caberá ao Estado da localização do destinatário oimposto correspondente à diferença entre a alíquotainterna e a interestadual;

Lei n. 11.580/96, art. 5º, XIV:

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento (art. 5º da Lei n. 11.580/96):

(...)

XIV - da entrada no estabelecimento de contribuinte,de mercadoria ou bem oriundos de outra unidade daFederação, destinados ao uso ou consumo ou ao ativopermanente (Lei n. 15.342/06).

Art. 6º-A. Na hipótese do inciso XIV do art. 5º, abase de cálculo é o valor da operação sobre o qualfoi cobrado o imposto na unidade federada de origem,e o imposto a recolher será correspondente àdiferença entre as alíquotas interna e interestadual.

RICMS/2001, art. 287, IV, parágrafo único:

Art. 287. Em relação à construção civil o ICMS serádevido, dentre outras hipóteses:

(...)

IV - na aquisição de mercadoria ou bem destinado aouso ou consumo ou ao ativo permanente, em operaçãointerestadual, relativamente ao diferencial dealíquotas.

O inciso IV foi acrescentado pelo art. 1º, alteração745ª, do Decreto n. 165, de 13.02.2007, produzindoefeitos a partir de 1º.04.2007.

Parágrafo único. O disposto no inciso IV somente seaplica na hipótese em que o estabelecimentoadquirente seja contribuinte do ICMS.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

O parágrafo único foi acrescentado pelo Decreto n.1.477, de 25/09/2007.

A consulente afirma que não é contribuinte doimposto. Contudo, vale lembrar que a condição de contribuintedo imposto está subordinada, fundamentalmente, ao fatojurídico tributário, evento a que qualquer pessoa, física oujurídica, está sujeita a realizar, independentemente de suaatividade principal.

Para a resposta ao consultado, parte-se dapremissa de que as empresas da construção civil não praticamoperações ou prestações sujeitas ao ICMS, ou outro evento queas caracterize como contribuintes do imposto. Feita essasconsiderações, passa-se a responder objetivamente ao indagado.

Verifica-se que a recente alteração do RICMS,que acrescentou o parágrafo único ao art. 287, determina quesomente é devido o ICMS relativo ao diferencial de alíquotaspelas empresas de construção civil, nas aquisições de benspara o ativo fixo ou material de uso ou consumo, quando estasforem contribuintes do ICMS, condição a que a consulente nãoatende, razão pela qual o ICMS não incide na hipóteseaventada.

Nesse mesmo sentido a Consulta n. 96/2007,formulada pelo Sindicato da Construção Civil do Estado doParaná – SINDUSCON/PR.

Caso esteja procedendo de forma diversa, aConsulente tem, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar-se ao que foi respondido(art. 591 do RICMS/2001).

PROTOCOLO: 9.544.664-7

CONSULTA Nº: 98, de 16 de outubro de 2007.

CONSULENTE: MULTI BUS COMÉRCIO DE PEÇAS PARA VEÍCULOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. NOTAS FISCAIS EM TALONÁRIOS.EMISSÃO POR PROCESSAMENTO DE DADOS.IMPOSSIBILIDADE.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente tem por atividade o comérciovarejista de peças e acessórios novos para veículosautomotores e expõe que emite suas notas fiscais porprocessamento de dados, conforme disposição dos artigos 357 e374 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n.5.141/2001.

Objetivando redução de custos, todavia, informaque não vem utilizando formulários contínuos, mas blocos denotas fiscais.

Após destacar que cumpre todas as demaisobrigações fiscais, indaga se está correto o seu procedimento.

RESPOSTA

Importa observar, de início, que a consulentedispõe efetivamente de autorização para emissão de notasfiscais por processamento de dados.

Estabelece o Regulamento do ICMS:

Art. 117. A nota fiscal conterá, nos quadros e campospróprios, observada a disposição gráfica dos modelos1 e 1-A, as seguintes disposições (Convênio SINIEF,de 15.12.70, Ajustes SINIEF 07/71, 16/89 e 03/94):

...

§ 28. Não é permitida a emissão, por processoinformatizado, de documentos fiscais confeccionadosem talonários.

Art. 188. O contribuinte deverá emitir documentosfiscais em formulários contínuos ou jogos soltos, porsistema de processamento de dados, observados osrequisitos estabelecidos para os documentoscorrespondentes.

Segundo dispõe expressamente o § 28 do artigo117, antes transcrito, observa-se que não é permitida aemissão de documentos fiscais em talonários por sistema deprocessamento de dados, devendo, para tanto, serem empregados

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.formulários contínuos ou jogos soltos, como prevê o artigo 188do Regulamento do ICMS.

Frisa-se que cabe à consulente atender em suaintegralidade, também, o estabelecido no “caput” do artigo 357e no artigo 372 do mesmo Regulamento.

Posto isto, informa-se que está incorreto oprocedimento adotado pela consulente e que, a partir daciência desta, dispõe do prazo de 15 quinze dias para adequaros seus procedimentos em conformidade com o que foi aquiesclarecido, em observância ao artigo 591 do Regulamento doICMS.

PROTOCOLO: 9.447.580-5

CONSULTA Nº: 99, de 16 de outubro de 2007

CONSULENTE: BUZETTI PNEUS CURITIBA LTDA.

SÚMULA: ICMS. ATIVIDADE MISTA. VENDA DE MERCADORIASE SERVIÇO DE RECAUCHUTAGEM. OBRIGAÇÕESPRINCIPAL E ACESSÓRIA.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente informa que atua preponderantementena comercialização de câmaras de ar, rodas, bicos de rodas,manchões, protetores, bandas de rodagem e pneus recauchutados,como também na prestação de serviços de recapagem eregeneração de pneus usados de propriedade de terceiros.

Aduz que seus clientes, consumidores finais,tais como transportadoras, empresas de ônibus etransportadores autônomos, adquirem as mercadorias em grandequantidade, ocasião em que as vendas são tributadas pelo ICMS.Posteriormente, a consulente presta serviços a esses clientes,que trazem as referidas mercadorias para serem agregadas aospneus também por eles trazidos com o objetivo de realizaçãodo serviço de recauchutagem, sobre o qual incidirá o impostode competência municipal.

Diante do exposto, indaga a consulente:

1. Deve recolher o ICMS sobre a venda de câmarasde ar, rodas, bicos de rodas, manchões, protetores e bandas derodagem a consumidores finais?

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

2. Deve recolher o ICMS sobre os pneus de suapropriedade que são recauchutados e posteriormente vendidos aconsumidores finais?

3. Há que ser recolhido o ISSQN sobre os insumosaplicados no serviço de recauchutagem/recapagem, tais comoetiqueta de identificação de produção, vaselina sólidaindustrial, silicone líquido, solvente, carbides, pontasmontadas, tintas, colas, químicos para tratamento da água dacaldeira, lenha para a caldeira, entre outros, conformeprevisto no item 14.04 da lista anexa à Lei Complementar n.116/2003?

4. É correta a utilização de nota fiscalconjugada, em que são discriminadas as mercadorias vendidas eo preço dos serviços de recauchutagem prestados?

5. É correto o procedimento contábil utilizadopela consulente, que, mediante a nota fiscal de entrada,contabiliza no Ativo Circulante as câmaras de ar, rodas, bicosde rodas, manchões, protetores e bandas de rodagem vendidas aseus clientes e posteriormente empregadas na recauchutagem dospneus trazidos por esses mesmos clientes? De igual forma, devecontabilizar diretamente como custo de produção os insumosutilizados na recapagem dos pneus, tais como cola, tinta e osmateriais usados no funcionamento dos maquinários?

RESPOSTA

Importa, de início, destacar que a consulente,na condição de microempresa, deve ater-se ao disposto nalegislação específica correspondente, devendo observá-la noque se refere ao cumprimento das obrigações principal eacessória.

Oportuno ressaltar, ainda, que parte dasmercadorias mencionadas pela consulente estão insertas noregime de substituição tributária de que tratam os artigos 476e 477, devendo ser observado o regramento próprio, quandocabível, juntamente com as disposições gerais do referidoregime, constantes nos artigos 432 a 444 do Regulamento doICMS, aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001.

Posto isto, passa-se a responder osquestionamentos formulados.

Quanto à questão n. 1, observa-se que as

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.operações mencionadas caracterizam fato gerador do imposto eque a circunstância de seus clientes, consumidores finais,requisitarem os serviços de recauchutagem da consulente, comaplicação das mercadorias anteriormente vendidas em nadamodifica a prevalência do fato gerador do ICMS antes ocorrido.

Da mesma maneira, relativamente à questão n. 2,os pneus usados de propriedade da consulente,recauchutados/recuperados e postos em comercialização,inserem-se plenamente no âmbito da incidência do ICMS.

No que é pertinente à questão n. 3, não cabemanifestação deste Setor Consultivo, já que a indagação nãodiz respeito a tributo da competência estadual, pelo que serestringe à transcrição do disposto no artigo 4º, inciso V daLei n. 11.580/96:

Art. 4º O imposto não incide sobre:

...

V - operações relativas a mercadorias que tenham sidoou que se destinem a ser utilizadas na prestação,pelo próprio autor da saída, de serviço de qualquernatureza definido em lei complementar como sujeito aoimposto sobre serviços, de competência tributária dosMunicípios, ressalvadas as hipóteses previstas namesma lei complementar;

Acerca da questão n. 4, não há óbice para aemissão de nota fiscal modelos 1 e 1-A, que contenha, além dosdados relativos à saída de mercadorias, também os relativos àprestação de serviços da competência municipal, respeitado odisposto no § 13º do artigo 117 e artigo 181, § 1º, alínea“a”, ambos do Regulamento do ICMS:

Art. 117. A nota fiscal conterá, nos quadros e campospróprios, observada a disposição gráfica dos modelos1 e 1-A, as seguintes disposições (Convênio SINIEF,de 15.12.70, Ajustes SINIEF 07/71, 16/89 e 03/94):

...

§ 13. Os dados relativos ao Imposto sobre Serviços deQualquer Natureza serão inseridos, quando for o caso,entre os quadros “DADOS DO PRODUTO” e “CÁLCULO DOIMPOSTO”, conforme legislação municipal, observado odisposto na alínea “ d” do § 2° do art. 181.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Art. 181. Os documentos fiscais não poderão conteremenda ou rasura e serão emitidos por decalque, acarbono ou em papel carbonado ou auto-copiativo,podendo ser preenchidos à máquina ou manuscrito atinta ou, ainda, por sistema de processamento dedados ou por equipamento emissor de cupom fiscal,devendo os seus dizeres e indicações estarem bemlegíveis em todas as vias (Convênio SINIEF, de15.12.70, art. 7º e Convênio SINIEF 06/89, arts. 66 e89, e Ajustes SINIEF 16/89 e 03/94).

§ 1º Relativamente aos documentos fiscais épermitido:

a) o acréscimo de indicações necessárias ao controlede outros tributos federais e municipais, desde queatendidas as normas da legislação específica;

A questão n. 5, por seu turno, é inerente aaspectos da ciência contábil, não cabendo resposta deste SetorConsultivo, que aprecia tão-somente aqueles concernentes adúvidas da legislação tributária.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir daciência desta, terá a consulente, em observância ao artigo 591do Regulamento do ICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequaros seus procedimentos em conformidade com o que foi aquiesclarecido, no caso de que os esteja praticando diversamente.

PROTOCOLO : 9.355.019-6

CONSULTA Nº: 100, de 16 de outubro de 2007

CONSULENTE: BOIAGRO COMERCIAL AGROPECUÁRIA LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO DE MUDAS DE PLANTAS.DIFERIMENTO.

RELATORA: LEONORA GARAN

A Consulente, comerciante atacadista dedefensivos agrícolas, adubos, fertilizantes e corretivos desolo, expõe que importa mudas de morango do Chile atravésdos portos secos de Foz do Iguaçu e do Aeroporto Afonso Pena,“as quais são revendidas para produtores paranaenses e também

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.para outros circunvizinhos”.

Tendo em vista o disposto no art. 91, inc. X, doRICMS/2001, aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001, segundo oqual as operações com mudas de plantas, exceto as ornamentais,são DIFERIDAS do pagamento do ICMS, indaga:

“Há necessidade do recolhimento do ICMS naentrada de mudas em território paranaense, via importação, umavez que o produto é diferido internamente?”

RESPOSTA

A matéria em questão está disciplinada nos art.91, inc. X e 56, inc. VI, § 12, al. “a” , do RICMS/PR,aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001, “verbis”:

“Art. 91. É diferido o pagamento do ICMS nasoperações com as seguintes mercadorias:

. . .

X – mudas de plantas, exceto as ornamentais.

. . .

Art. 56. O ICMS deverá ser pago nas seguintesformas e prazos (art. 36 da Lei n. 11.580/96):

. . .

VI - na importação de mercadoria ou bem destinado aoativo fixo ou para uso ou consumo:

. . .

§ 12. Na hipótese do inciso VI, quando ocontribuinte, com domicílio tributário nesteEstado, promover entrada decorrente deimportação de bens ou mercadorias:

a) com despacho aduaneiro ou liberação noterritório paranaense, quando da entrega dosdocumentos correspondentes ao registro deimportação à Receita Federal, deverá ocontribuinte entregar a correspondente guia derecolhimento do imposto ou a "Guia para Liberação deMercadoria Estrangeira sem Comprovação doRecolhimento do ICMS", observado o disposto emnorma de procedimento fiscal;”

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

. . .

Considerando que as mudas de plantas, exceto asornamentais, gozam de benefício do diferimento do imposto, taltratamento se estende à importação da mercadoria do exterior,sendo assim não há necessidade de recolhimento do ICMS porocasião do desembaraço aduaneiro efetuado em territórioparanaense, desde que observados os procedimentosespecíficos exigidos.

PROTOCOLO: 9.210.392-7

CONSULTA Nº: 101, de 16 de outubro de 2007

CONSULENTE: BBA INDÚSTRIA OPOTERÁPICA LTDA.

SUMULA: ICMS. DIVERGÊNCIA NA QUALIDADE DO PRODUTO.CARTA DE CORREÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.DEVOLUÇÃO DE MERCADORIAS. OBRIGAÇÃOACESSÓRIA.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade defabricação de produtos químicos orgânicos, informa queadquire matéria-prima que tem variação de preço em decorrênciada qualidade do produto, a qual somente é aferida por ocasiãodo ingresso da mercadoria em seu estabelecimento, por meio detestes laboratoriais.

Informa que esse fato tem gerado diferença novalor da mercadoria, tanto para mais, quanto para menos.Expõe as dificuldades que vem enfrentando com os custosgerados com a devolução e, também, pela recusa do fornecedorem substituir o produto. Assim, na maioria das vezes,permanece com a mercadoria.

Questiona se nessa situação pode apropriar-se doICMS pelo valor efetivamente pago com base no que dispõem o §2º do art. 24 e o artigo 27, todos da Lei n. 11.580/96, bemcomo se deve observar as orientações constantes na Consulta n.61/05.

Indaga, também, se deve emitir nota fiscal para

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.documentar a devolução total de mercadoria.

RESPOSTA

Inicialmente, frise-se que, em decorrência daedição do Decreto n. 973, de 15.06.2007, o art. 180 doRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 5.141, de 12 dedezembro de 2001, a partir de 4 de abril de 2007, passou ater a seguinte redação:

Art. 180. Fica permitida a utilização de carta decorreção, dispensada a necessidade de visto fiscalpela repartição de origem, para regularização deerro ocorrido na emissão de documento fiscal, desdeque o erro não esteja relacionado com (Ajuste SINIEF01/07):

I - as variáveis que determinam o valor do impostotais como: base de cálculo, alíquota, diferença depreço, quantidade de mercadoria e o valor da operaçãoou da prestação;

II - a correção de dados cadastrais que impliquemudança do remetente ou do destinatário;

III - a data de emissão ou de saída.

Parágrafo único. Quando o imposto destacado nodocumento fiscal for maior que o devido, sem prejuízodo disposto no § 2º do art. 51, a carta de correçãoemitida para regularização deverá, obrigatoriamente,ser visada pela repartição fiscal de origem.

As modificações introduzidas no respectivoartigo não alteram o entendimento exarado na Consulta n.61/2005, pois continua vedada a emissão da então“correspondência”, atualmente denominada carta de correção,quando ocorrer alteração de dados consignados no documentofiscal relacionados com a base de cálculo, diferença de preçoe valor da operação, itens esses que fazem parte doquestionamento da consulente.

Portanto, no caso exposto , a consulente deveráobservar a orientação constante no item 3 da Consulta n.61/2005, da qual se transcreve os seguintes excertos:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

2. NA HIPÓTESE DE A DESTINATÁRIA RECEBERMERCADORIA EM QUANTIDADE MENOR DO QUE A ASSINALADA NANOTA FISCAL

2.1. por parte do estabelecimento destinatário:

a) ao receber o produto, deve lançar a nota fiscalrespectiva no livro Registro de Entradas pelo valordas mercadorias efetivamente recebidas, ou seja,excluídas aquelas diferenças encontradas ecreditar-se do correspondente imposto. Inteligênciado disposto no “caput” do art. 24 e § 2º do art. 27da Lei n. 11.580/96, a seguir transcritos:

Art. 24. Para a compensação a que se refere o artigoanterior, é assegurado ao contribuinte o direito decreditar-se do imposto anteriormente cobrado emoperações de que tenha resultado a entrada demercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou aoativo permanente, ou o recebimento de serviços detransporte interestadual e intermunicipal ou decomunicação.

Art. 27. É vedado, salvo determinação em contrário dalegislação, o crédito relativo a mercadoria ou bementrados no estabelecimento ou a prestação deserviços a ele feita:

(...)

§ 2º Quando o ICMS destacado em documento fiscal formaior do que o exigível na forma da lei, oaproveitamento como crédito terá por limite o valorcorreto.

b) na coluna “Observações”, do livro Registro deEntradas, na linha que corresponda ao lançamento danota fiscal tratada na alínea anterior, fará asnecessárias anotações. Posteriormente, através decorrespondência comercial, que não se confunde comaquela de que trata o art. 180 do RICMS/01, devecomunicar ao fornecedor a ocorrência, destacando oprocedimento adotado;

3. NA HIPÓTESE DE A DESTINATÁRIA RECEBERMERCADORIA E CONSTATAR DIVERGÊNCIA NA SUA QUALIDADE

Caso ocorra divergência no valor da mercadoria emrazão da qualidade do produto, deverão ser observadosos procedimentos descritos no subitem 2.1, no que

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

couber, ressaltando que a consulente deveráespecificar claramente nos documentos emitidos osmotivos que a levaram a divergir na qualidade doproduto remetido pelo seu fornecedor.

Nessa situação, caberá as partes compor acerca dadiferença no valor da mercadoria.

Quanto ao segundo questionamento, paradocumentar a devolução de mercadoria, a consulente deveráobservar as disposições do art. 245 do RICMS/01, a seguirtranscrito:

Art. 245. O estabelecimento que devolver mercadoriaemitirá Nota Fiscal modelo 1 ou 1-A, com o destaquedo imposto, se devido, mencionando-se o número e adata do documento fiscal originário, o valor daoperação e o motivo da devolução.

§ 1º É assegurado ao estabelecimento que receber amercadoria em devolução, o crédito do impostodestacado na nota fiscal.

§ 2º .Quando se tratar de devolução efetivada porempresa enquadrada no Regime Fiscal das Microempresasou Empresas de Pequeno Porte:

a) estas empresas poderão, em substituição à NotaFiscal, modelo 1 ou 1-A, efetuar a devolução por meioda Nota Fiscal Avulsa emitida por processamento dedados - NFAe, nos termos da Norma de ProcedimentoFiscal de que trata o § 5º do art. 115.

Do exposto, a partir da ciência desta, terá aconsulente, em observância ao artigo 591 do Regulamento doICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequar o seuprocedimento conforme o que foi aqui esclarecido, caso estejaadotando procedimento diverso.

PROTOCOLO: 9.538.194-4

CONSULTA Nº: 102, de 15 de outubro de 2007

CONSULENTE: METSO PAPER SULAMERICANA LTDA.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

SÚMULA: ICMS. DIFERIMENTO. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS.

RELATORA: LIMI OIKAWA

A consulente informa que tem como atividadeprincipal a fabricação de máquinas e equipamentos paraindústrias de celulose, papel, papelão e artefatos, promovendovendas destes produtos para empresa sediada neste estado, eque em 09.03.2007 foi publicado o Decreto nº 279, que promoveualterações no RICMS/01, ao incluir os §§ 13 e 14 ao art. 87,instituindo “benefício fiscal” consistente no diferimento doICMS para máquinas e equipamentos destinados ao ativopermanente. Referido “benefício” possui efeito retroativo, eisque recebeu autorização para ser aplicado desde 11.10.2006.

Informa que no período de 1º.11.2006 a09.03.2007 efetuou vendas de maquinários para adquirenteparanaense para integrar o seu ativo permanente, quandodestacou e recolheu o ICMS devido. Desta forma, tendo dúvidasquanto à forma de operacionalizar o “benefício” de formaretroativa, já que a adquirente provavelmente creditou-se doICMS, faz as seguintes indagações:

1) O “benefício” em questão se aplica paravendas já realizadas?

2) Se positivo, quais os procedimentos quefornecedor e adquirente devem realizar para a fruiçãoretroativa deste “benefício”?

3) Se negativa a resposta, como se aplica aretroatividade prevista no referido Decreto?

RESPOSTA

Inicialmente, transcreve-se parte do Decreto nº279, de 09.03.2007, que introduziu alterações no Regulamentodo ICMS e objeto desta consulta, verbis:

...

Alteração 760ª Ficam acrescentados os §§13 e 14 aoart. 87:

§ 13. Fica diferido, à opção do fornecedor, o ICMS

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

nas operações internas com máquinas e equipamentosadquiridos de fabricantes paranaenses e destinados àintegração no ativo permanente de contribuinteinscrito no CAD/ICMS.

§ 14. No diferimento de que trata o §13 seráobservado o seguinte:

a) no documento fiscal emitido para acobertar aoperação, no campo "Informações Complementares", seráconsignada a seguinte expressão: "ICMS diferido –art. 87, § 13, do RICMS";

b) o imposto será pago em conta gráfica peloestabelecimento adquirente mediante lançamento dovalor correspondente à razão de um quarenta e oitoavos por mês do imposto devido no campo "OutrosDébitos" do Livro Registro de Apuração do ICMS, com aindicação do número e da data da nota fiscal emitidapara documentar a operação, devendo a primeira fraçãoser debitada no mês em que ocorrer a entrada do bemno estabelecimento;

c) para efeitos da apuração do débito o valor doimposto será convertido em Fator de Conversão eAtualização Monetária – FCA, na data da entrada dobem no estabelecimento e reconvertido em moedacorrente no mês do lançamento a débito.

...

Art. 2º. Este Decreto entrará em vigor na data dasua publicação, produzindo efeitos a partir de11.10.2006, em relação à alteração 760ª; a partir de1º.04.2007 em relação às alterações 759ª e 761ª; e nadata da publicação, em relação aos demaisdispositivos.

O tratamento tributário antes transcrito temefeito retroativo a 11.10.2006, tendo em vista que referidaregra estava prevista no art. 3º do Decreto nº 7.319, de11.10.2006, com a seguinte redação:

Art. 3º. Fica diferido, à opção do fornecedor, oICMS nas operações internas com máquinas eequipamentos adquiridos de fabricantes paranaenses edestinados à integração no ativo permanente doestabelecimento comprador.

§ 1º. O imposto diferido será pago em conta gráfica

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

pelo estabelecimento adquirente mediante lançamentodo valor correspondente à razão de um quarenta e oitoavos por mês do imposto devido no campo "OutrosDébitos" do Livro Registro de Apuração do ICMS, com aindicação do número e da data da nota fiscal emitidapara documentar a operação, devendo a primeira fraçãoser debitada no mês em que ocorrer a entrada do bemno estabelecimento.

§ 2º. Para efeitos da apuração do débito de que tratao parágrafo anterior, o valor do imposto seráconvertido em Fator de Conversão e AtualizaçãoMonetária - FCA, na data da entrada do bem noestabelecimento e reconvertido em moeda corrente nomês do lançamento a débito.

O Decreto nº 7.319/2006 foi revogado pelo art.3º do Decreto nº 1.078, publicado em 04.07.2007, verbis:

DECRETO Nº 1.078

Publicado no Diário Oficial Nº 7506 de 04/07/2007

...

Art. 3º. Fica revogado o Decreto n. 7.319, de 11 deoutubro de 2006.

Desta forma, como a publicação do Decretorevogador só ocorreu em julho de 2007, no período referido(1º de novembro de 2006 a 9 de março de 2007), poderia aConsulente, com fundamento no Decreto nº 7.319/2006, terfeito a opção pelo diferimento.

Assim, responde-se às indagações:

1) O tratamento tributário em questionamento, noperíodo das operações realizadas pela Consulente, estavaprevisto no art. 3º do Decreto nº 7.319, de 11.10.2006, e eraopcional. Não tendo a Consulente optado à época, não poderáfazê-lo agora de forma retroativa.

2) Prejudicada.

3) A eficácia da retroatividade prevista no art.2º do Decreto nº 279/2007, tem apenas o intuito deconvalidar o tratamento tributário adotado, por opção docontribuinte, à época da vigência do Decreto nº 7.319, de11.10.2006.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Caso a consulente esteja procedendodiferentemente do contido nesta resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/01, tem o prazo de 15dias, a partir da ciência desta, para adequar-se.

PROTOCOLO: 9.356.386-7

CONSULTA Nº: 103, de 23 de outubro de 2007

CONSULENTE: SUL PLATA TRADING DO BRASIL LTDA.

SUMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO. COMBUSTÍVEL DERIVADO DEPETRÓLEO. OPERAÇÃO SUJEITA AO REGIME DESUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. OBRIGATORIEDADE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente informa que, dentre as atividadesprevistas no seu objeto social, atua na importação de óleodiesel para revenda a distribuidoras de combustíveis, cujodesembaraço aduaneiro é efetuado no Porto de Paranaguá e, pordisposição regulamentar, é eleita sujeito passivo porsubstituição tributária para recolhimento do ICMS, relativoàs operações subseqüentes.

Aduz que vislumbra a possibilidade decomercializar o óleo diesel importado para produtor nacionalde combustível, mais especificamente à PETROBRAS, porém sedeparou com a omissão da legislação em relação a estaoperação, conforme se verifica da leitura do inciso II e do §8º do art. 455 do Regulamento do ICMS/2001. Entende que essesdispositivos partem do princípio de que a importação efetuadapor comercial atacadista terá sempre por destino distribuidorade combustível ou consumidor, já que obriga o importador aefetuar o recolhimento do ICMS de toda a cadeia decomercialização.

Afirma que “a venda de óleo diesel importadopara produtor nacional de combustível não figura como base decálculo alcançada pela substituição tributária”, isso para nãoconfigurar uma dupla tributação na operação descrita, já que oprodutor nacional, no caso a PETROBRAS, também é eleitosubstituto tributário em relação às operações subseqüentes.

Entende que nas operações que realiza com o

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.produtor nacional se aplica, por analogia, as disposições do §8º do art. 455 do RICMS/2001.

Esclarece que, por operar exclusivamente naimportação de óleo diesel, não teria outra opção para efetuara compensação do imposto que foi indevidamente pago nodesembaraço aduaneiro, caso a única opção seja o creditamentoe a sua manutenção em conta-gráfica, bem como também não háprevisão para efetuar a transferência do crédito paraterceiros, por intermédio do SISCRED, por não ser hipótese desaldo credor acumulado.

Posto isso, questiona:

1. se for comprovada, mediante contrato decompra e venda ou pedido formal, a venda de óleo diesel paraprodutor nacional de combustível, pode ser dispensado deproceder ao recolhimento do ICMS, relativo à operação sujeitaao regime de substituição tributária, por ocasião do despachoaduaneiro?

2. Caso a resposta ao questionamento anteriorseja negativa, invocando o princípio da não-cumulatividade,pode se utilizar do saldo credor em conta-gráfica paracompensar com o ICMS devido pelo regime de substituiçãotributária de futuras importações do produto?

RESPOSTA

A dúvida da consulente diz respeito aobrigatoriedade de retenção do ICMS devido pelo regime desubstituição tributária na operação com óleo diesel, porocasião do desembaraço aduaneiro, mesmo sabendo-se que esseproduto, na etapa seguinte de comercialização, será destinadoà PETROBRAS, eleita também substituta tributária. Caso sejaimpositiva essa retenção, a dúvida reside no fato se podeutilizar saldo credor existente em conta-gráfica paracompensar com o ICMS devido pelo mencionado regime.

Primeiramente, para melhor análise da matéria,transcreve-se os dispositivos do Regulamento do ICMS que têmvínculo com a dúvida da consulente:

CAPÍTULO XIX

DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES COMMERCADORIAS

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Art. 455. É atribuída a condição de sujeito passivopor substituição, para fins de retenção erecolhimento do ICMS relativo às operaçõessubseqüentes (art. 18, IV, da Lei n. 11.580/96;Convênio ICMS 03/99):

I - nas saídas de combustíveis, derivados ou não depetróleo, para comerciantes atacadistas ou varejistasestabelecidos no território paranaense:

a) aos produtores nacionais de combustíveis derivadosde petróleo estabelecidos nesta e em outrasunidades federadas, inclusive nas saídas paradistribuidoras, tal como definidas e autorizadas peloórgão federal competente, exceto em relação àsoperações com álcool hidratado combustível(Convênio ICMS 138/01);

II - ao importador de combustíveis derivados depetróleo, inclusive a refinaria e o formulador, porocasião do desembaraço aduaneiro (Convênio ICMS138/01);

(...)

§ 8º Na hipótese do inciso II:

a) se a entrega da mercadoria ocorrer antes dodesembaraço aduaneiro, a exigência do impostoocorrerá nesse momento (Convênio ICMS 138/01);

b) o produtor nacional de combustível poderácreditar-se, na forma do § 12 do art. 23, do valor doimposto recolhido, inclusive do ICMS retido, desdeque nas saídas do seu estabelecimento faça a retençãoe o recolhimento do ICMS relativo às operaçõessubseqüentes, tal como se o combustível fosse por eleproduzido.

No que diz respeito ao primeiro questionamento,tem-se que não há previsão normativa para a pretensão daconsulente, em razão do que dispõe o inciso II do art. 455 doRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 5.141, de 12 dedezembro de 2001.

Quanto à segunda questão, embora não sevisualize na operação descrita pela consulente a possibilidadede resultar saldo credor em conta-gráfica, em relação aoimposto devido por substituição tributária, que, por seconstituir em débito de terceiros, não é possível a suacompensação com créditos próprios do substituto. Precedente

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.Consulta n. 088, de 10 de junho de 2003.

Em razão do exposto, tem a consulente o prazo de15 dias a partir da ciência desta resposta, para adequar o seuprocedimento ao que ora está sendo orientado, nos termos doart. 591 do RICMS/01.

PROTOCOLO: 8.260.971-7

CONSULTA Nº: 104, de 27 de outubro de 2007

CONSULENTE: WYNY DO BRASIL – INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COUROSLTDA.

SÚMULA: ICMS. REINTRODUÇÃO DE MERCADORIA COM EMISSÃODE CERTIFICADO DE DEPÓSITO ALFANDEGADO.DRAWBACK. ISENÇÃO DO IMPOSTO.IMPOSSIBILIDADE.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente, que tem como atividadepreponderante a industrialização, o beneficiamento,notadamente de couro salgado, transformando-o em couro WetBlue e Wet Brown, além de solas, aparas e raspas, e a suacomercialização, expõe o que segue:

1. que pretende adquirir insumos armazenados porfornecedor estabelecido no exterior em Depósitos AlfandegadosCertificados, conforme art. 6° do Decreto-Lei n. 2.472/88 eInstrução Normativa da Secretaria da Receita Federal n.266/02; insumos estes que serão utilizados pela Consulentepara a industrialização do couro que será posteriormenteexportado, utilizando o regime aduaneiro especial do Drawback,na modalidade de suspensão, nos termos do Decreto n. 4.542/02(Regulamento Aduaneiro);

2. que, conforme o contido no Convênio ICMS27/90 e no art. 3° e item 30 do Anexo 1 do Regulamento doICMS, tais importações gozam de isenção do ICMS;

3. que, tendo em vista as disposições do § 2° daCláusula Primeira do Convênio ICM 02/88, cujo teor entendecontrovertido, tem dúvidas quanto à necessidade de efetuar opagamento do imposto não pago na operação anterior (deexportação), em face do reingresso da mercadoria, que teria

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.saído de estabelecimento paranaense com destino ao adquirenteestrangeiro e com a entrega em Depósito AlfandegadoCertificado, abrangido pela isenção ou não incidência do ICMS;

4. que, com o advento da alínea "a" do parágrafoúnico do art. 3° da Lei Complementar n. 87/96, entende que talobrigação foi tacitamente revogada e, mesmo que assim nãofosse, tal imposto não seria devido porque nas importações sobo regime Drawback Suspensão, os insumos são reingressadostemporariamente no território nacional, devendo ser exportadosos produtos resultantes do seu processamento, atendendo àfinalidade da norma imunizatória incidente na operaçãoanterior, diferentemente se fosse reintroduzidadefinitivamente no mercado interno, que foi firmado o ConvênioICMS 27/90 que supre a condição da Cláusula Segunda doConvênio ICM 02/88, não sendo aplicável a norma genéricatrazida pelo § 2° da Cláusula Primeira do Convênio ICM 02/88às operações praticadas sob o regime de Drawback e porque nãopode tal Convênio, por força do contido no inciso I do art.150 da Constituição Federal (princípio da legalidade) atribuira terceiro a responsabilidade pelo pagamento de imposto cujofato gerador tenha sido realizado por outrem;

Em virtude do exposto, indaga se:

1. a aquisição de insumos de fornecedorestabelecido no exterior com retirada em Depósito AlfandegadoCertificado é considerada importação e se, em sendoconsiderada como tal, poderá a Consulente adquirir taisprodutos com isenção do ICMS, em função da aplicação do regimedo Drawback, nos termos da legislação paranaense;

2. a Consulente, adquirindo tais produtos,estaria obrigada ao pagamento do imposto incidente na operaçãoanterior nos termos do § 2° da Cláusula Primeira do ConvênioICM 02/88 e se esta aquisição, pelo regime deDrawback-Suspensão, deverá ser submetida ao recolhimento doimposto ou não seria esta obrigação de responsabilidade docontribuinte alienante na fase anterior;

3. a operação anterior, a que se refere o § 2°da Cláusula Primeira do Convênio ICM 02/88, não seriaabrangida pela não-incidência do ICMS de que trata o art. 3°,parágrafo único, da Lei Complementar n. 87/96;

4. existe algum procedimento específico noEstado do Paraná para a aquisição de insumos com retirada emDepósito Alfandegado Certificado.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

RESPOSTA

O Convênio ICM 02/88, de 29 de março de 1988,não foi reconfirmado no prazo de dois anos, a partir dapromulgação da Constituição da República de 1988, nos termosdo § 3º do artigo 41 do Ato da Disposições ConstitucionaisTransitórias - ADCT.

O Setor Consultivo, no mesmo sentido do Estadode Minas Gerais, entende que o Convênio ICMS 60/90, de 13 desetembro de 1990, que dispõe sobre convênios nãoreconfirmados, revogou o Convênio ICM 02/88, consoantecláusula primeira, uma vez não reconfirmado pelos ConvêniosICMS 30 a 59/90, conforme:

CONVÊNIO ICMS 60/90

Dispõe sobre Convênios e disposições de Convênios nãoreconfirmados pelos Convênios ICMS 30 a 59/90 de13.09.90.

A Ministra da Economia, Fazenda e Planejamento e osSecretários de Fazenda ou Finanças dos Estados e doDistrito Federal, na 60ª Reunião Ordinária doConselho Nacional de Política Fazendária, realizadaem Brasília, DF, no dia 13 de setembro de 1990, tendoem vista o disposto no § 3º do art. 41 do Ato dasDisposições Constitucionais Transitórias, promulgadoem 05 de outubro de 1988, e na Lei Complementar nº24/75, de 07 de janeiro de 1975, resolvem celebrar oseguinte

CONVÊNIO

Cláusula primeira As isenções, incentivos ebenefícios fiscais concedidos anteriormente a 05 deoutubro de 1988, não reconfirmados pelos ConvêniosICMS 30 a 59/90, de 13 de setembro de 1990, estarãorevogados a partir de 05 de outubro de 1990.

Cláusula segunda Este Convênio entra em vigor na datada publicação de sua ratificação nacional.

Brasília, DF, 13 de setembro de 1990.

Assim, conforme exposto acima, o regime deDepósito Alfandegado Certificado (DAC) não produz efeitossobre o ICMS, por conseguinte, não cabem os tratamentos

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.tributários de exportação e de importação às remessas demercadorias para depósito em DAC e à transferência deste parao “drawback”.

Cumpre destacar que o Convênio ICMS 27/90, quedispôs sobre a concessão de isenção de ICMS nas importações demercadorias sob regime de “drawback” e que estabeleceu normaspara o seu controle, tem-se que não tratou do reingresso nomercado interno sob o regime de “drawback" da mercadoriadestinada a armazém alfandegado para depósito sob o regime deDepósito Alfandegado Certificado (DAC).

No que estiver procedendo diferentemente docontido nessa resposta, em razão da determinação do artigo 591do RICMS/2001, tem o prazo de 15 dias, a partir da ciênciadesta, para adequar-se.

PROTOCOLO: 8.797.449-9

CONSULTA Nº: 105, de 08 de maio de 2007

CONSULENTE: ELECTRA COMERCIALIZADORA DE ENERGIA LTDA.

SÚMULA: ICMS. OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. PREENCHIMENTO DEDOCUMENTOS FISCAIS.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente, atuando na compra e venda deenergia e prestação de serviço de representação comercial,entende que a energia elétrica está sujeita ao regime dasubstituição tributária e que o imposto deve ser recolhido emGuia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE),conforme Convênio ICMS 83/2000, quando não estiver inscritacomo substituta tributária no Estado de destino da venda.

Colaciona o artigo 4º, III, do RICMS/2001, e oartigo 2º, § 1º, III, da Lei Complementar n. 87/1996,respectivamente:

Art. 4º O imposto não incide sobre (art. 4º da Lei n.11.580/96):

...

III - operações interestaduais relativas a energia

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes ecombustíveis líquidos e gasosos dele derivados,quando destinados à industrialização ou àcomercialização;

.....................................................

..

Art. 2º. O imposto incide sobre:

...

§ 1º. O imposto incide também:

...

III - sobre a entrada, no território do Estadodestinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes ecombustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e deenergia elétrica, quando não destinados àcomercialização ou à industrialização, decorrentes deoperações interestaduais, cabendo o imposto ao Estadoonde estiver localizado o adquirente.

E descreve, como exemplo, dados da nota fiscal:

Quantidade: 3.456 Mwh.

Valor unitário p/Mwh: R$ 48,84 (s/ICMS incluso).

Valor unitário p/Mwh: R$ 65,12 (c/ICMS incluso).

Valor total: R$ 168,791,04 (s/ICMS incluso).

Valor total: R$ 225.054,72 (c/ICMS incluso).

Alíquota de ICMS: 25%.

Expõe que seus clientes e os Fiscos das unidadesda Federação de destino das mercadorias têm interpretaçõesdiferentes quanto ao destaque ou não do imposto.

Assim, questiona acerca do preenchimento da notafiscal, conforme expõe:

1) Inclui o ICMS no valor do produto, mas nãodeve destacá-lo no campo relativo à substituição tributáriaST, mas apenas no campo “Informações Complementares”, portratar-se de saída não sujeita a incidência, conforme modelo“Interestadual-01”?

2) Deve-se incluir o ICMS no valor do produto,destacá-lo no campo relativo a ST, mesmo sendo uma saída não

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.sujeita à incidência, consoante modelo “Interestadual-02”?

3) Não deve incluir o ICMS no valor do produto,mas deve destacá-lo no campo relativo a ST, mesmo sendo umasaída não sujeita à incidência, segundo modelo“Interestadual-03”?

4) Caso estejam corretos os questionamentos 02ou 03, o lançamento no livro Registro de Saídas se dará nascolunas “Valor Contábil” e “isentas” ou “outras”?

5) Quando a Consulente tiver inscrição comosubstituto tributário na unidade da Federação de destino, éobrigatório o preenchimento do campo “inscrição estadual dosubstituto tributário”?

RESPOSTA

Inicialmente, é necessário esclarecer que, sendoa Consulente, substituta tributária, deve observar, em relaçãoà substituição tributária, a legislação da unidade daFederação da qual foi eleita contribuinte substituta.

Entretanto, em relação ao preenchimento da notafiscal, importa observar que somente o imposto da própriaoperação integraria ao valor do produto, que, no caso, nãoocorre porque a operação é imune consoante determina o artigo155, X, alínea “b” da Constituição Federal. Já o ICMSrecolhido por responsabilidade, substituição tributária, nãocompõe o valor do produto, e sim ao valor total da notafiscal, devendo ser destacado o imposto retido porsubstituição e demonstrada a sua base de cálculo.

Em relação à escrituração no livro Registro deSaídas (quarta questão), a Consulente deve atentar ao dispostonos itens 1 e 2 da alínea “b” do inciso II do artigo 433 doRICMS/2001, verbis:

Art. 433. O estabelecimento substituto tributário,dentre outras obrigações previstas neste Regulamento,deverá:

...

II- emitir, por ocasião da saída das mercadoriasdestinadas a contribuinte substituído, nota fiscalque:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

...

b) será escriturada no livro Registro de Saídas(Ajuste SINIEF 4/93, cláusula quarta):

1.nas colunas próprias, os dados relativos a suaoperação, na forma prevista no art. 220;

2.na coluna “Observações”, na mesma linha dolançamento de que trata a alínea anterior, os valoresdo imposto retido e da respectiva base de cálculo,utilizando colunas distintas para tais indicações,sob o título comum “Substituição Tributária” ou,sendo o caso de contribuinte que utilize o sistema deprocessamento de dados, na linha abaixo do lançamentoda operação própria, sob o título comum “SubstituiçãoTributária” ou “ST”;

O artigo 220, mencionado no item 1 da alínea “b”do inciso II do artigo 433, antes transcrito, possui aseguinte redação, litteris:

Art. 220. O livro Registro de Saídas, modelo 2 ou2-A, destina-se à escrituração da saída de mercadoriado estabelecimento, a qualquer título, ou do serviçoprestado (Convênio SINIEF, de 15.12.70, art. 71 eConvênio SINIEF 06/89, art. 87).

...............

§ 3º Os lançamentos serão feitos nas seguintescolunas:

...............

b) Valor contábil: o valor total constante dosdocumentos fiscais;

...............

e) ICMS - Valores Fiscais - Operações ou Prestaçõessem Débito do Imposto:

1. Isenta ou Não Tributada: o valor da operação ouprestação, deduzida a parcela do IPI, se consignadano documento fiscal, quando se tratar de mercadoriaou serviço cuja saída ou prestação tenha sidobeneficiada com isenção, imunidade ou não-incidência,bem como o valor da parcela correspondente à reduçãoda base de cálculo, quando for o caso;

................

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

§ 7º Ao final do período de apuração, para fins deelaboração da Guia de Informação e Apuração dasOperações e Prestações Interestaduais, deverão sertotalizadas e acumuladas as operações e prestaçõesescrituradas nas colunas "valor contábil", "base decálculo" e na coluna "observações", o valor doimposto cobrado por substituição tributária, porunidade federada de destino das mercadorias ou daprestação do serviço, separando as destinadas a nãocontribuintes (Ajuste SINIEF 06/95).

Os valores constantes na nota fiscal serãoescriturados no livro Registro de Saídas, além dos demaiselementos, na coluna “Valor Contábil”. A base de cálculo pararetenção e o valor retido para outra Unidade da Federaçãoserão lançados individualmente e totalizados ao final doperíodo, indicados na coluna “Observações”, conforme o § 7º doartigo 220 do RICMS/2001, combinado com o item 1 e 2 da alínea“b” do inciso II do artigo 433 do mesmo diploma regulamentar.

A indicação da inscrição auxiliar no CAD/ICMScomo substituto tributário (quinta pergunta) no campo e quadrodispostos na nota fiscal (artigo 117, inciso I, alínea “l”, doRICMS/2001), é exigida quando o emitente da nota fiscal sejainscrito como substituto tributário e a legislação da unidadefederada que o designou substituto tributário assim o exija.

Caso a consulente esteja procedendodiferentemente do contido nesta resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001, tem prazo de 15dias, a partir da ciência desta, para adequar-se ao aquicontido.

PROTOCOLO: 9.445.812-9

CONSULTA Nº: 106, de 14 de novembro de 2007

CONSULENTE: BRASIL TELECOM CELULAR S.A.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO DE BEM PARA O ATIVOIMOBILIZADO. CONVERSÃO DAS PARCELAS EM FCA.

RELATOR: ACHILES PENAYO DE CAMPOS

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

A Consulente, atuando no ramo da telefonia,informa que no mês de dezembro/2006 efetuou importação deequipamentos para o seu ativo imobilizado gozando do benefícioconcedido pelo Decreto n.º 950/2003 e está efetuando orecolhimento do ICMS pela importação em 48 parcelas.

Isso posto faz duas indagações:

1 - qual FCA deverá utilizar para a conversãodos valores devidos; se é a FCA de 2006 ou se a FCA de 2007?

2 - Qual FCA deverá utilizar para a atualizaçãoda parcela devida (sic) no mês de janeiro de 2007, referente aapuração de dezembro de 2006.

RESPOSTA

A matéria consultada encontra disciplina no art.56, inciso VI, alínea “a”, item 1, do Regulamento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 5.141/2001, com redação dada peloDecreto n. 950 de 31 de março de 2003, verbis:

Art. 56 O ICMS deverá ser pago nas seguintes formas eprazos (art. 36 da Lei n. 11.580/96):

(...)

VI - na importação de mercadoria ou bem destinado aoativo fixo ou para uso ou consumo:

a) quando realizada por contribuinte inscrito noCAD/ICMS e com despacho aduaneiro no territórioparanaense:

1. sendo bem destinado a integrar o ativo imobilizadodo estabelecimento industrial e do prestador deserviço de transporte interestadual e intermunicipalou de comunicação, enquadrados no regime normal depagamento, mediante lançamento do valorcorrespondente à razão de um quarenta e oito avos pormês do imposto devido no campo "Outros Débitos" doLivro Registro de Apuração do ICMS, com a indicaçãodo número e da data da nota fiscal emitida paradocumentar a entrada, devendo a primeira fração serdebitada no mês em que ocorrer o fato gerador,observando-se, ainda, o disposto no § 16;

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

O § 16 determina o seguinte:

“Para efeitos da apuração do débito de que trata oitem 1 da alínea "a" do inciso VI, o valor do impostoserá convertido em Fator de Conversão e AtualizaçãoMonetária - FCA, na data da entrada do bem noestabelecimento, e reconvertido em moeda corrente nomês do lançamento a débito.”

O fato gerador do imposto na importação, segundoo art. 5º da Lei n. 11.580/1996, ocorre no momento dodesembaraço aduaneiro.

Sendo assim, em conseqüência dos dispositivosretro, responde-se:

1 - para conversão do valor do imposto deveráser utilizada a FCA do mês de dezembro de 2006, igual a1,3522, correspondente a data em que ocorreu a entrada do bemno estabelecimento;

2 - para reconversão deverá ser utilizada a FCAdo mesmo mês, uma vez que o lançamento da primeira parcela deum quarenta e oito avos deverá ser efetuado no livro Registrode Apuração do ICMS no mesmo mês do fato gerador do imposto,pelo que a reconversão não gerará diferença no valor doimposto a ser lançado.

Caso a Consulente esteja procedendodiferentemente do contido nessa resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001, tem o prazo de 15dias, a partir da ciência desta, para adequar-se.

PROTOCOLO: 8.785.939-8

CONSULTA Nº: 107, de 07 de agosto de 2007

CONSULENTE: ALIMENTOS IRMÃOS OLIVEIRA LTDA.

SÚMULA: ICMS. CRÉDITO PRESUMIDO. OPÇÃO. ENERGIAELÉTRICA CONSUMIDA EM PROCESSO DEINDUSTRIALIZAÇÃO. INAPLICABILIDADE ÀSMERCADORIAS ADQUIRIDAS DE TERCEIROS PARAREVENDA.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente, empresa que tem por atividade aprodução de farinha de mandioca e derivados, comércioatacadista de farinhas, amidos e féculas, expõe que estáapropriando créditos de ICMS nas aquisições de energiaelétrica, embalagens, mercadorias adquiridas de terceiros eimobilizado à razão de um quarenta e oito avos por mês.

Em relação ao inciso XXIV do artigo 50 doRegulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001, aConsulente entende não ser obrigatória a opção pelo créditopresumido e que pode continuar se creditando do ICMSdecorrente de suas aquisições.

Indaga quanto à correção de seu entendimento.

RESPOSTA

Inicialmente, colaciona-se o inciso XXIV doartigo 50 e o seu § 26 do RICMS/2001, que versa sobre amatéria consultada:

Art. 50. São concedidos os seguintes créditospresumidos:

.....

XXIV – até 31.12.2007, aos estabelecimentosindustrializadores da mandioca, no percentual de 3,5%sobre o valor das saídas dos produtos resultantes dasua industrialização, observado o disposto no § 26.

.....

§ 26. Em relação ao disposto no inciso XXIVobservar-se-á:

a) o estabelecimento industrial deverá estarregularmente inscrito no CAD/ICMS;

b) o crédito presumido será apropriado emsubstituição ao aproveitamento de quaisquer créditosfiscais decorrentes da aquisição de matérias-primas edos demais insumos utilizados na fabricação dos seusprodutos, de bens destinados a integrar o ativoimobilizado do estabelecimento, bem como dos serviços

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

tomados;

c) o valor do crédito será lançado no campo "OutrosCréditos" do livro Registro de Apuração de ICMS,consignando a expressão "Crédito Presumido - art. 50,inciso XXIV, do RICMS";

d) o crédito presumido será efetuado sem prejuízo daredução da base de cálculo de que trata o item 13-Cda Tabela I do Anexo II.

O estabelecimento industrializador da mandiocapode, em substituição ao aproveitamento de quaisquer créditosfiscais decorrentes da aquisição de matérias-primas e dosdemais insumos utilizados na fabricação dos seus produtos, debens destinados a integrar o ativo imobilizado doestabelecimento, bem como de serviços tomados, optar, até31.12.2007, pelo crédito presumido.

No tocante ao crédito de energia elétricadeve-se atentar para os exatos termos das alíneas “a”, “b” e“c” do § 6º e inciso I do artigo 65 da Lei n. 11.580/1996, aseguir transcrito.

Art. 65. Na aplicação do art. 24 e dos incisos I aIII e § 1º do art. 27, dará direito a crédito (LeiComplementar n. 102/00):

I - a entrada de energia elétrica e o recebimento deserviço de comunicação, nas hipóteses não elencadas,respectivamente, nos §§ 6º e 7º do art. 24, e aentrada de mercadoria destinada ao uso ou consumo doestabelecimento, a partir das datas previstas noinciso I, na alínea "d" do inciso II e na alínea "c"do inciso IV, do art. 33 da Lei Complementar n. 87,de 13 de setembro de 1996, observadas as alteraçõesposteriores;

.........

§ 6º A entrada de energia elétrica no estabelecimentodá direito a crédito somente quando (Lei Complementarn. 102/00):

a) for objeto de operação de saída de energiaelétrica;

b) consumida no processo de industrialização;

c) seu consumo resultar em operação de saída ouprestação para o exterior, na proporção destas sobre

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

as saídas ou prestações totais.

Assim, uma vez que a Consulente adquiremercadorias para revenda, o crédito de energia elétricautilizada nesse fim não pode ser apropriado e, em relaçãoàquela utilizada no processo de industrialização da mandioca aimpossibilidade do crédito abrange àquela que forexpressamente consumida no processo de industrialização deprodutos que tenham crédito presumido, considerando suaopcionalidade.

Quanto aos créditos referentes as mercadoriasadquiridas de terceiros reproduz-se excertos da resposta àConsulta n. 72 de 14 de maio de 2007, na qual entendeu-se serinaplicável nas saídas destes o crédito presumido porquantoexclusivo aos produtos resultantes de sua industrialização,verbis:

“...

3. O crédito presumido de que trata o inciso XXIV,bem como a redução da base de cálculo prevista noitem 13-C, antes transcritos, tem como alvo osestabelecimentos industrializadores da mandioca.Portanto, aplicam-se somente àqueles que utilizam amandioca como matéria-prima no seu processoindustrial.

4. A alínea “d” do § 26 do art. 50 do RICMS, admitea fruição do crédito presumido de 3,5% definida noreferido inciso XXIV, sem prejuízo da redução da basede cálculo prevista no item 13-C da Tabela I do AnexoII do RICMS. Aludida redução da base de cálculo (item13-C) não exige o estorno proporcional dos créditosfiscais decorrentes da aquisição de matérias-primas edos demais insumos utilizados na fabricação dos seusprodutos, bem como dos serviços recebidos.

5. Como a alínea “b” do § 26 define que o créditopresumido em questão (art. 50, XXIV), será utilizadoem substituição aos demais créditos, depreende-se queo uso concomitante dos benefícios (inciso XXIV doart. 50 e item 13-C) não permitirá a utilização dosdemais créditos, decorrentes da aquisição dematéria-prima e dos demais insumos utilizados nafabricação dos seus produtos, bem como aos serviçostomados.

...

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Cabe ainda salientar que em relação a farinha demandioca, adquirida de terceiros, que não recebemindustrialização desde a raiz, não se aplica aredução da base de cálculo, pois trata-se debenefício destinado aos industrializadores damandioca. Precedente a Consulta nº 119, de 22 deagosto de 2006. Desta forma, em operaçõesinterestaduais, aplica-se a alíquota conforme estadode destino e a condição do destinatário, ser ou nãocontribuinte do imposto.

...”

Caso a consulente esteja procedendodiferentemente do contido nesta resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001, tem prazo de 15dias, a partir da ciência desta para adequar-se.

PROTOCOLO: 9.361.087-3

CONSULTA Nº: 108, de 19 de novembro de 2007

CONSULENTE: BELMETAL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

SÚMULA: ICMS. CONSTRUÇÃO CIVIL. DIFERENCIAL DEALÍQUOTAS.

RELATOR: GABRIEL VIEIRA DE OLIVEIRA

A Consulente informa que atua no ramo decomércio atacadista de ferragens e ferramentas compredominância em alumínio.

Aduz que tem enfrentado algumas dificuldades nainterpretação relativa à Lei n. 15.342/2006, cujo conteúdodetermina que as aquisições de bens ou produtos provenientesde outros Estados, quando destinados ao uso, consumo ou ativoimobilizado do contribuinte, deverá ocorrer o recolhimento dodiferencial de alíquotas.

Diante disso, indaga se no caso de empresas queatuam no ramo da construção civil deverão recolher omencionado diferencial de alíquotas?

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

RESPOSTA

Verifica-se que a própria Consulente informa queatua no ramo de comércio atacadista de ferragens e ferramentascom predominância em alumínio, o que implica na sua exclusãodo tratamento previsto ao ramo da construção civil.

Contudo, a título de informação, junta-se cópiada Consulta n. 96/2007, formulado pelo SINDICATO DA CONSTRUÇÃOCIVIL DO ESTADO DO PARANÁ- SINDUSCON/PR, que responde asindagações da consulente.

No que se aplique à resposta e caso estejaprocedendo de forma diversa, a Consulente tem, a partir dadata da ciência da resposta, o prazo de até quinze dias paraadequar-se ao que foi respondido (art. 591 do RICMS/2001).

PROTOCOLO: 9.573.313-1

CONSULTA Nº: 109, de 19 de novembro de 2007

CONSULENTE: BRASPLAC INDUSTRIAL MADEIREIRA LTDA.

SÚMULA: ICMS. SIMPLES NACIONAL. DIFERENCIAL DEALÍQUOTAS.

RELATOR: GABRIEL VIEIRA DE OLIVEIRA

A Consulente, atuante no ramo de fabricação,comercialização, importação e exportação de madeiras, informaque adquire bens e mercadorias de empresas optantes pelosistema “Simples Nacional” em operações interestaduais,destinadas ao seu uso e consumo ou à integração ao seu ativoimobilizado.

Após transcrever dispositivos constitucionais eregulamentares, expõe seu entendimento de que o diferencial dealíquotas a ser pago, em relação às aquisições menciondas,deve ser o percentual resultante da diminuição da alíquotainterna (18%) e a interestadual (12%).

Indaga:

1. está correto o entendimento da consulente?

2. Caso contrário, qual o procedimento que deve

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.ser adotado?

RESPOSTA

As dúvidas suscitadas pela consulente já foramrespondidas na Consulta n. 89/2007, cópia anexa.

Caso esteja procedendo de forma diversa, aConsulente tem, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar-se ao que foi respondido(art. 591 do RICMS/2001).

PROTOCOLO: 9.552.962-3

CONSULTA Nº: 110, de 19 de novembro de 2007

CONSULENTE: CONSTRUTORA ITAMINAS LTDA.

SÚMULA: ICMS. CONSTRUÇÃO CIVIL. DIFERENCIAL DEALÍQUOTAS.

RELATOR: GABRIEL VIEIRA DE OLIVEIRA

A Consulente informa que atua no ramo deconstrução civil, realizando obras no Estado do Paraná e emoutras Unidades da Federação. Indaga se ao adquirir materiaisque serão utilizados para a própria construção e, portanto,que não se enquadram como material de uso ou consumo, estáobrigada a recolher o ICMS relativo ao diferencial dealíquotas?

RESPOSTA

As dúvidas suscitadas já foram respondidas naConsulta n. 96/2007, formulada pelo SINDICATO DA CONSTRUÇÃOCIVIL DO ESTADO DO PARANÁ- SINDUSCON/PR, cópia anexa.

Caso esteja procedendo de forma diversa, aConsulente tem, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar-se ao que foi respondido(art. 591 do RICMS/2001).

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

PROTOCOLO: 9.354.858-2

CONSULTA Nº: 111, de 19 de novembro de 2007

CONSULENTE: GRAN SAPORE BR BRASIL S/A.

SÚMULA: ICMS. TERMO DE ACORDO. INAPLICABILIDADE.FORNECIMENTO DE REFEIÇÕES PARA CONSUMIDORFINAL. ECF. UTILIZAÇÃO. INSCRIÇÃO ESTADUAL.

RELATOR: GABRIEL VIEIRA DE OLIVEIRA

A Consulente informa que atua no fornecimento derefeições industriais a corporações, para consumo de seusfuncionários e dirigentes, com restaurantes nos locaiscontratados, e que detêm o Regime Especial n. 2684/02, paramanter apenas uma inscrição estadual no CAD/ICMS.

Afirma que utiliza o benefício de redução dabase de cálculo para 40,83%, conforme dispõe o art. 4º da Lein. 13.214/2001, e estuda a viabilidade de fornecer refeições aterceiros (pessoas físicas), sem contrato, com a instalação deECF, nos termos do art. 25-A do RICMS, aprovado pelo Decreton. 5.141/2001.

Indaga se, com a implantação do ECF, não haveráconflito com os demais benefícios que já utiliza e se hánecessidade de outra inscrição no CAD/ICMS?

RESPOSTA

A atividade de fornecimento de refeições aterceiros (pessoas físicas), sem contrato, com instalação deECF, conforme dispõe o art. 25-A do RICMS/2001 (art. 25, § 9ºda Lei n. 11.580/96), não se amolda ao conteúdo do Termo deAcordo n. 2684/02, o que inviabiliza a aplicação dodisciplinado no Termo de Acordo nesse novo empreendimento daConsulente, e torna necessária uma nova inscrição estadualespecífica para tal atividade.

Vale lembrar que o benefício da redução da basede cálculo cálculo para 40,83%, conforme art. 4º da lei n.13.214/2001, foi declarado inconstitucional pelo Supremo

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.Tribunal Federal (STF), por meio de decisão exarada na AçãoDireta de Inconstitucionalidade n. 2548, em 10 de novembro de2006. Portanto, a consulente não poderá utilizar-se do citadobenefício estabelecido em dispositivo legal declaradoinconstitucional pelo STF.

Caso esteja procedendo de forma diversa, aConsulente tem, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar-se ao que foi respondido(art. 591 do RICMS/2001).

PROTOCOLO: 8.925.600-3

CONSULTA Nº: 112, de 19 de novembro de 2007

CONSULENTE: MADEBIL MADEIREIRA BITURUNA LTDA.

SÚMULA: ICMS. CRÉDITO. TRANSPORTE CARGA PRÓPRIA.ESTABELECIMENTO AGROINDUSTRIAL.

RELATOR: GABRIEL VIEIRA DE OLIVEIRA

A Consulente informa que atua no ramo dedesdobramento de madeiras, fabricação de madeira laminada,serrada e compensada, fabricação de esquadrias de madeiras,florestamento e reflorestamento, serviços de terraplanagem,aluguel de maquinários e serviço de transporte interestadual eintermunicipal de cargas.

Informa que para produzir seus produtosutiliza-se de madeiras de pinus, cujas toras são oriundas dereflorestamentos próprios ou adquiridos de terceiros, e quepara o transporte dessas matérias-primas, bem como dosprodutos acabados, usa veículos próprios (caminhões, carretase tratores), os quais consomem combustíveis, lubrificantes,óleos etc.

Aduz, ainda, que o Ministério da PrevidênciaSocial qualificou sua atividade como sendo de agroindústria.

Diante disso, indaga se pode aproveitar-se docrédito relativo a aquisição de combustíveis, lubrificantesetc, quando diretamente ligados a sua produção ecomercialização, tendo em vista as alterações ocorridas nosartigos 23 e 34 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreton. 5.141/2001.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

RESPOSTA

Ocorreu alteração no Regulamento do ICMSrelativa a matéria questionada, após a protocolização daconsulta, isto é, há nova redação do § 14 do art. 23 eacréscimo do § 15 a esse mesmo artigo. Transcreve-se taisdispositivos:

Art. 23. O imposto é não-cumulativo, compensando-se oque for devido em cada operação relativa à circulaçãode mercadorias ou prestação de serviços de transporteinterestadual e intermunicipal e de comunicação com omontante cobrado nas anteriores por este Estado oupor outra unidade federada, apurado por um dosseguintes critérios (art. 23 da Lei n. 11.580/96):

(...)

§ 14. O contribuinte que efetue transporte de cargaprópria poderá apropriar-se do crédito do imposto dasoperações tributadas de aquisição de combustíveis,lubrificantes, óleos, aditivos, fluídos, pneus,câmaras de ar e demais materiais rodantes, peças dereposição e outros produtos de manutenção da frota,inclusive de limpeza.

Nova redação dada ao §14 pelo art. 1º, alteração712ª, do Decreto n. 7.678, de 27.12.2006, produzindoefeitos a partir de 11.10.2006.

Redação Anterior:

"§ 14. O disposto nos §§ 4º a 6º deste artigo somentese aplica ao contribuinte que atue na prestação deserviços de transporte interestadual eintermunicipal, sendo vedado o crédito relativo àsmercadorias mencionadas no § 4º no caso de transportede carga própria."

§ 15. Na hipótese do § 14:

a) para apropriação do crédito, o contribuinte deveráefetuar demonstrativo mensal, por veículo automotor,da efetiva utilização dos produtos arrolados emtransporte relacionado com a atividade fim doestabelecimento, que permanecerá à disposição dafiscalização;

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

b) o imposto poderá ser lançado no campo “OutrosCréditos” da GIA/ICMS;

c) o crédito a ser apropriado será proporcional aopercentual de participação das operações de saídastributadas sobre o total das operações de saídasefetuadas no mesmo período (art. 27, inc. III, da Leinº 11.580/96).

O parágrafo 15 foi acrescentado pelo art. 1º,alteração 712ª, do Decreto n. 7.678, de 27.12.2006,produzindo efeitos a partir de 11.10.2006.

SUBSEÇÃO II

DO CRÉDITO NO SETOR AGROPECUÁRIO

Art. 34. Os produtores rurais, no momento da saída deprodutos agropecuários, poderão abater do ICMS arecolher o imposto cobrado na operação de aquisiçãode insumos e de mercadorias, ainda que destinadas aoativo permanente, e na prestação de serviçosdestinados à produção, na forma desta subseção,observado, no que couber, o disposto no § 4º do art.24.

§ 1º Para os efeitos deste artigo consideram-seinsumos e serviços:

e) energia elétrica, combustíveis e serviço detransporte, comprovadamente utilizados na atividadeagropecuária, aplicando-se, no que couber, o dispostono art. 23;

Nova redação dada a alínea "e" pelo art. 1º,alteração 809ª, do Decreto n. 1.303, de 15.08.2007,produzindo efeitos a partir de 1º.01.2008.

Redação original em vigor no período de 1º.01.2002 a31.12.2007:

e) energia elétrica, combustíveis e serviços detransporte e de comunicação, comprovadamenteutilizados na atividade agropecuária, aplicando-se,no que couber, o disposto no art. 23;

f) combustíveis, lubrificantes, óleos, aditivos,fluídos, pneus, câmaras de ar e demais materiaisrodantes, peças de reposição e outros produtos demanutenção da frota própria, inclusive trator,utilizada no transporte de sua produção;

g) lubrificantes, óleos, aditivos, fluídos, pneus,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

câmaras de ar e demais materiais rodantes, peças dereposição e outros produtos de manutenção detratores, máquinas e equipamentos, de suapropriedade, utilizados na atividade agropecuária.

O parágrafo único foi renumerado para § 1º,acrescentado-se-lhe as alíneas "f" e "g", com redaçãodada pelo art. 1º, alteração 502ª, do Decreto n.5.042, de 29.06.2005.

§ 2º Também será admitido, ao estabelecimentoagroindustrial, o crédito de que trata a alínea "f"do parágrafo anterior, no deslocamento dematéria-prima de origem vegetal diretamente doprodutor para a indústria, desde que o transporteseja realizado por veículo da própria indústria.

O § 2º foi acrescentado pelo art. 1º, alteração 502ª,do Decreto n. 5.042, de 29.06.2005.

Depreende-se do disposto no § 14 do art. 23, comefeitos a partir de 11.10.2006, que em relação ao créditorelativo à aquisição de combustíveis, lubrificantes, óleos,aditivos, fluídos, pneus, câmaras de ar e demais materiaisrodantes, peças de reposição e outros produtos de manutençãoda frota própria, que serão utilizados no transporte efetuadopelos caminhões e carretas, é permitido o creditamento pelaconsulente, contribuinte do ICMS.

Entretanto, quando esses mesmos produtos foramadquiridos para serem utilizados no trator, torna-se relevanteo fato da Consulente enquadrar-se na atividade agropecuária,uma vez que somente a esse segmento econômico foi conferido odireito ao creditamento, conforme entendimento já manifestadopelo Setor Consultivo na Consulta n. 56/2006, cujo textoreproduz-se parcialmente:

(...)

Já o art. 34 do RICMS/01 está inserido dentro daSubseção específica do Setor Agropecuário, que dispõecomo será compensado o crédito de ICMS originário deinsumos e de mercadorias com o débito gerado naoperação de saída de produtos promovida pelo produtoragropecuário. Nesse dispositivo também se menciona oque se considera insumos encontrando-se dentre osenumerados: combustíveis, lubrificantes, óleos,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

aditivos, fluídos, pneus, câmaras de ar e demaismateriais rodantes, peças de reposição e outrosprodutos de manutenção da frota própria, inclusivetrator, utilizados no transporte de sua produção.Conclui-se que o legislador outorgou especificamenteaos produtores rurais o direito à utilização dessescréditos nas hipóteses especificadas.

O § 2º do art. 34 do RICMS/01, que está em vigordesde 29 de junho de 2005, estendeu aoestabelecimento agroindustrial o direito àapropriação do ICMS originário da aquisição decombustíveis, lubrificantes, óleos, aditivos,fluidos, pneus, câmaras de ar e demais materiaisrodantes, peças de reposição e outros produtos demanutenção da frota própria, inclusive trator, desdeque utilizados em veículo da própria indústria paratransporte da matéria-prima de origem vegetaldiretamente do produtor para o estabelecimentofabril.” Grifo não consta do original

Caso esteja procedendo de forma diversa, aConsulente tem, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar-se ao que foi respondido(art. 591 do RICMS/2001).

PROTOCOLO: 9.439.489-9

CONSULTA Nº: 113, de 07 de novembro de 2007

CONSULENTE: TRADEAGRO COMÉRCIO AGRÍCOLA, IMPORTADORA EEXPORTADORA LTDA.

SÚMULA: ICMS. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS. CONTRIBUINTE DEOUTRO ESTADO. NÃO RECEBIMENTO DA CONSULTA.

RELATOR: ACHILES PENAYO DE CAMPOS

A Consulente, empresa comercial importadora eexportadora, estabelecida no Estado de São Paulo, formulaconsulta a respeito de obrigações acessórias correspondentes aoperação de exportação.

Informa que adquire algodão em fardo, deprodutores dos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.Goiás, Minas Gerais, Bahia e Tocantins, para posteriorexportação direta do produto para a Argentina, por meio daEstação Aduaneira de Foz do Iguaçu.

Esclarece que o produto sairá diretamente dosprodutores para serem desembaraçadas em Foz do Iguaçu. Ascargas seriam acompanhadas por notas fiscais emitidas pelosprodutores nas quais constariam como destinatária a empresaTRADEAGRO, estabelecida em São Paulo, porém constando nosdados adicionais informação de que as mercadorias seguemdiretamente a Foz do Iguaçu, com o fim específico deexportação. Acompanhariam, ainda, as cargas, cópias das notasfiscais de exportação da TRADEAGRO.

Aduz, ainda, que, embora a legislação do Estadodo Paraná não contemple a situação exposta, o art. 266, § 4º,do RICMS/PR prevê aplicação similar para as operaçõesinternas.

Isso posto indaga:

1 - o tratamento previsto no art. 266, § 4º, doRICMS/PR poderia ser estendido as operações de exportação?

2 – se adotadas as medidas citadas, haveriaalgum risco de ser interceptada pela fiscalização paranaense eesta considerar o procedimento incorreto, sujeitando-se àspenalidades previstas na legislação?

3 – em não sendo este, qual seria o procedimentocorreto?

RESPOSTA

Preliminarmente, destacamos que nas operaçõesdescritas pela interessada, a participação do Estado do Paranáresume-se a ceder o seu território para o trânsito dasmercadorias impulsionadas ao mercado exterior, oriundas deoutras unidades federadas.

Deste modo, o Estado do Paraná não figura nopólo ativo da relação tributária, salvo na ocorrência dasituação descrita na alínea “b” do inciso I do artigo 22da Lei nº 11.580/1996, verbis:

Art. 22. O local da operação ou da prestação, para osefeitos da cobrança do imposto e definição doestabelecimento responsável, é:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

I - tratando-se de bem ou mercadoria:

a) o do estabelecimento onde se encontre, no momentoda ocorrência do fato gerador;

b) onde se encontre, quando em situação irregularpela falta de documentação fiscal ou quandoacompanhado de documentação fiscal inidônea;

Assim, em face do princípio daterritorialidade, constante no artigo 102 do Código TributárioNacional, as obrigações acessórias de responsabilidade doexportador localizado em outra unidade federada estarãodisciplinadas na respectiva legislação, pelo que este SetorConsultivo deixa de responder às indagações formuladas.

PROTOCOLO: 9.449.872-4

CONSULTA Nº: 114, de 08 de novembro de 2007

CONSULENTE: DIGA LOGÍSTICA LTDA.

SÚMULA: ICMS. CARTÕES TELEFÔNICOS PRÉ-PAGOS.INTERMEDIAÇÃO. PROCEDIMENTOS.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente expõe que atua no ramo dedistribuição de cartões telefônicos pré-pagos e que os recebeda operadora do serviço de telecomunicação com o impostodevido pela prestação do serviço já integralmente recolhido.

Após apresentar o seu entendimento de que oscartões telefônicos não figuram na condição de mercadorias,que não está obrigada a manter inscrição estadual e que alegislação tributária não lhe compele a escriturar livros eemitir documentos fiscais, indaga:

1.Para fins de cobrança do ICMS, os cartõestelefônicos pré-pagos (indutivos) são consideradosmercadorias, após a saída das operadoras do serviço detelecomunicação?

2.Para a atividade que descreve, é necessáriomanter inscrição estadual?

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

3.É preciso emitir notas fiscais para documentaras operações?

4.Há obrigatoriedade da consulente escriturar asoperações que envolvem os cartões telefônicos nos livrosRegistro de Entradas e Registro de Saídas?

5.Sendo necessária a emissão de documentosfiscais, por exigência dos Pontos de Venda, como proceder aosregistros?

RESPOSTA

Acerca da prestação de serviço de comunicação,dispõe a Lei n. 11.580/96:

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento:

...

VII - das prestações onerosas de serviços decomunicação, feitas por qualquer meio, inclusive ageração, a emissão, a recepção, a transmissão, aretransmissão, a repetição e a ampliação decomunicação de qualquer natureza;

...

§ 1º Quando a operação ou prestação for realizadamediante o pagamento de ficha, cartão ouassemelhados, considera-se ocorrido o fato gerador nofornecimento desses instrumentos ao adquirente ouusuário.

Dispõe, também, o RICMS, aprovado pelo Decreton. 5.141/2001:

Art. 301-A. O prestador de serviços de telefonia,relativamente às modalidades pré-pagas de prestaçõesde serviços de telefonia fixa, telefonia móvelcelular e de telefonia com base em voz sobreProtocolo Internet - VoIP, disponibilizados porfichas, cartões ou assemelhados, mesmo que por meioseletrônicos, deverá emitir Nota Fiscal de Serviços deTelecomunicação, Modelo 22 - NFST, com destaque do

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

imposto devido, calculado com base no valor tarifáriovigente, na hipótese da disponibilização (ConvênioICMS 55/05):

I - para utilização exclusivamente em terminais deuso público em geral, por ocasião de seu fornecimentoa usuário ou a terceiro intermediário parafornecimento a usuário, cabendo o imposto à unidadefederada onde se der o fornecimento;

II - de créditos passíveis de utilização em terminalde uso particular, por ocasião da suadisponibilização, cabendo o imposto à unidadefederada onde o terminal estiver habilitado.

§1º Para os fins do disposto no inciso II, adisponibilização dos créditos ocorre no momento deseu reconhecimento ou ativação pela empresa detelecomunicação, que possibilite o seu consumo noterminal.

§2º Aplica-se o disposto no inciso I quando se tratarde cartão, ficha ou assemelhado, de uso múltiplo, ouseja, que possa ser utilizado em terminais de usopúblico e particular (Convênio ICMS 12/07).

Art. 301-B. Na emissão da NFST, nos termos do incisoII do art. 301-A, será utilizado documento de sériedistinta e conterá, entre outras indicações previstasneste Regulamento, as seguintes informações do cartãoou assemelhado, mesmo que eletrônico:

I - a modalidade de ativação;

II - o momento de ativação dos créditos no terminal;

III - o identificador do cartão, o PersonalIdentification Number (PIN) ou assemelhado.

Art. 301-E. A ativação de crédito para utilização emterminal de uso particular, habilitado neste Estado,decorrente de cartão ou assemelhado, mesmo que pormeio eletrônico, adquirido de estabelecimentos deempresas de telecomunicação localizadas em outrasunidades federadas, não dispensa a emissão dodocumento fiscal, na forma e no momento previstoneste Capítulo, com o destaque do ICMS devido naprestação.

Art. 301-F. A empresa de telecomunicação deveráemitir Nota Fiscal, Modelo 1 ou 1-A, sem destaque doimposto, na entrega real ou simbólica, a terceiro oua estabelecimento filial da própria empresaprestadora do serviço, localizados neste Estado, para

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

acobertar a circulação dos cartões ou assemelhadosaté o referido estabelecimento, em que fará constar:

I - no quadro "Destinatário", os dados do terceiro oudo estabelecimento filial;

II - no campo "Informações Complementares" do quadro"Dados Adicionais", a seguinte expressão "SimplesRemessa para intermediação de cartões telefônicos - oICMS será recolhido pela NFST a ser emitida nomomento da ativação dos créditos nos termos do incisoII do art. 301-A do RICMS".

Art. 192. Sempre que for obrigatória a emissão dedocumentos fiscais, aqueles a quem se destinarem asmercadorias e serviços são obrigados a exigir taisdocumentos dos que devam emiti-los, contendo todos osrequisitos legais (Convênio SINIEF, de 15.12.70,arts. 12, 14 e 15, e Convênio SINIEF 06/89, art. 89).

Portanto, diante da legislação antes reproduzidae partindo-se da premissa informada pela consulente de queatua tão-somente como mera distribuidora de cartõestelefônicos pré-pagos, não há que se confundir sua atividadecom a prestação de serviço de comunicação, desenvolvida pelaempresa de telecomunicação, como também não se caracteriza aprática de operações com mercadorias, já que os mencionadoscartões não assumem essa condição.

Assim, responde-se negativamente à primeira e àsegunda questões.

Acerca das questões de números três e quatro,dispensada a inscrição estadual, não há, em decorrência, quese cogitar a emissão de documentos fiscais e a escrituração delivros Registro de Entradas e Registro de Saídas, o que nãoafasta, porém, a natural obrigatoriedade da consulentecomprovar, mediante documentos fiscais idôneos, a origem doscartões que detenha em seu poder, já que são, estes meiosfísicos, hábeis para a prestação de serviço de comunicaçãoinserto na competência tributária estadual, na modalidade deserviço de telefonia pré-paga.

Quanto à quinta questão, resulta prejudicada.

Como precedentes, citam-se, dentre outras, asConsultas n. 222/1998 e n. 15/2001.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.PROTOCOLO: 9.473.416-9

CONSULTA Nº: 115, de 13 de novembro de 2007

CONSULENTE: BMC RÓTULOS E ETIQUETAS LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO DE ATIVOPERMANENTE. SIMPLES NACIONAL. PRAZODE RECOLHIMENTO.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente informa enquadrar-se na atividadede indústria de rótulos, etiquetas, faixas e cartazes, depapel, plástico, tecido, couro e metal, impressos ou não,serviços de serigrafia, fabricação de bonés, camisetas,jalecos, aventais, calças, macacões e demais artigospromocionais.

Expõe que, na qualidade de microempresa (atualSimples Nacional), promove a importação pelo Porto deParanaguá, com desembaraço aduaneiro no Estado do Paraná, demáquina para integrar o seu ativo permanente, situação naqual, enquanto a Lei n. 14.985/2006, em seu artigo 1º – incisoII, permite o recolhimento do imposto, na proporção de 1/48,nos quarenta e oito meses subseqüentes ao da entrada dos bensno estabelecimento importador, o Regulamento do ICMS, aprovadopelo Decreto n. 5.141/2001, em seu artigo 572-S, exige que,por estar enquadrada no Simples Nacional, deve pagar o impostoem GR-PR no momento do desembaraço aduaneiro.

Assim, indaga:

1. É correto seu entendimento de que, no caso,a disposição legal sobrepõe-se à regulamentar e, logo, orecolhimento do imposto devido pela importação já realizada demáquina destinada ao ativo permanente deve ocorrer na forma doartigo 1º, II, da Lei 14.985/2006?

2. Caso incorreto o entendimento, como pode serregularizada a situação?

RESPOSTA

Reproduz-se, de início, a legislação tributáriaaplicável:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Lei n. 14.985/2006:

Art. 1º. O estabelecimento industrial paranaense querealizar a importação, de bem ou mercadoria, atravésde aeroportos e dos portos de Paranaguá e Antonina,com desembaraço aduaneiro no Estado, poderábeneficiar-se com a suspensão do pagamento do ICMSdevido nessa operação:

...

II - quando tenha por objeto bens para integrar o seuativo permanente, para os quarenta e oito mesessubseqüentes ao da entrada dos bens noestabelecimento importador, na proporção de 1/48 (umquarenta e oito avos) do valor devido ao mês;

Lei n. 11.580/96:

Art. 36. Por ocasião da ocorrência do fato gerador, aFazenda Pública poderá exigir o pagamento do créditotributário correspondente.

Regulamento do ICMS:

Art. 572-O. Fica concedida ao estabelecimentoindustrial que realizar a importação de bem oumercadoria por meio dos portos de Paranaguá eAntonina e de aeroportos paranaenses, com desembaraçoaduaneiro no Estado, a suspensão do pagamento doimposto devido nesta operação, quando da aquisiçãode:

...

II - bens para integrar o seu ativo permanente.

...

§ 2º O pagamento do imposto suspenso, relativamente àimportação dos bens referidos no inciso II, seráefetivado nos quarenta e oito meses subseqüentes aoque ocorrer a entrada, devendo ser observado odisposto no item 1 da alínea "a" do inciso VI do art.56.

Art. 572-S. No caso de estabelecimento enquadrado noRegime Fiscal das Microempresas e das Empresas dePequeno Porte, em qualquer das hipóteses previstasneste Capítulo, o pagamento do imposto relativo à

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

operação de importação será efetuado em GR-PR nomomento do desembaraço aduaneiro.

Parágrafo único. O imposto a ser recolhido resultaráda aplicação da alíquota prevista na legislação doICMS sobre a base de cálculo da respectiva operação,descontando-se deste montante o percentual de novepor cento.

Art. 408. O enquadramento no Regime Fiscal dasMicroempresas e Empresas de Pequeno Porte serárealizado mediante opção expressa do contribuinte,observado o disposto em Norma de Procedimento Fiscal.

Lei Complementar n. 123/2006:

Art. 16. A opção pelo Simples Nacional da pessoajurídica enquadrada na condição de microempresa eempresa de pequeno porte dar-se-á na forma a serestabelecida em ato do Comitê Gestor, sendoirretratável para todo o ano-calendário.

Lei n. 15.562/2007:

Art. 5º Independentemente das obrigações relativas aoRegime Simples Nacional, o recolhimento do ICMSdevido, na qualidade de contribuinte ou responsável,deverá ser efetuado pelo estabelecimento demicroempresa ou empresa de pequeno porte, nasseguintes hipóteses (inciso XIII do § 1º do art. 13da Lei Complementar n. 123/06):

...

IV - por ocasião do desembaraço aduaneiro;

...

Parágrafo único. O Poder Executivo regulamentará aforma como será realizado o recolhimento do impostonas situações previstas neste artigo.

Art. 9º A opção pelo Regime Especial Unificado deArrecadação de Tributos e Contribuições - SimplesNacional, de que trata esta Lei, implica renúncia acréditos ou saldo credor de ICMS que o contribuintemantenha em conta-gráfica.

Decreto n. 1.190/2007:

Art. 3° O recolhimento do imposto nas situações

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

previstas no art. 5º da Lei n. 15.562/2007, deveráser efetuado:

I - no momento da ocorrência do fato gerador, emGR-PR ou GNRE, observado o tratamento tributário aser aplicado a cada produto, nos seguintes casos:

...

c) por ocasião do desembaraço aduaneiro;

Respondendo-se à questão n. 1, observa-se que aconsulente, por sua exclusiva opção, tem como modalidade deapuração e informação do imposto o regime das microempresas eempresas de pequeno porte, atualmente Simples Nacional.Trata-se de regime diferenciado que congrega obrigaçõestributárias principais e acessórias específicas, cuja opcionaladoção é direcionada à totalidade das disposições pertinentes,dentre as quais aquela definida no artigo 572-S do Regulamentodo ICMS.

Nota-se, ademais, que o artigo 36 da Lei n.11.580/96, confere ao Poder Executivo a competência paradefinir que o pagamento da obrigação tributária principalocorra por ocasião da ocorrência do fato gerador.

A legislação do Simples Nacional de que trata aLei Complementar n. 123/2006, e que atualmente normatiza oregime ao qual está enquadrada a consulente, igualmentedetermina que o pagamento do imposto na situação examinada édevido por ocasião da ocorrência do fato gerador, senãoveja-se o que dispõe o artigo 5º, inciso IV, e parágrafo únicoda Lei n. 15.562/2007 e o artigo 3º, inciso I, alínea “c” doDecreto n. 1.190/2007, antes transcritos.

Portanto, incorreto o entendimento daconsulente, pois deve recolher o imposto pela importação damáquina em GR-PR, no momento do desembaraço aduaneiro.

Quanto à questão n. 2, uma vez já ocorrido ofato gerador do imposto devido pela importação, deve aconsulente promover o recolhimento deste, bem como dosacréscimos legais incidentes, no prazo de quinze dias dorecebimento desta resposta, como estabelece o artigo 591 doRegulamento do ICMS:

Art. 591. A partir da data da ciência da resposta, dasua revogação ou substituição, o consulente terá oprazo de até quinze dias para adequar o seu

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

procedimento ao que tiver sido esclarecido,independente de qualquer interpelação ou notificaçãofiscal.

§ 1º Caso o consulente não retire a resposta, o prazoa que se refere este artigo será contado a partir doprimeiro dia útil do mês seguinte ao que a repartiçãode origem a tenha recebido.

§ 2º Decorrido o prazo a que se refere este artigo,havendo irregularidade e não tendo o consulenteprocedido de conformidade com os termos da resposta,ou comunicação de revogação ou substituição,proceder-se-á o lançamento de ofício.

Enfatiza-se que, expirado esse prazo, sem aadoção das providências necessárias, a obrigação tributáriaprincipal examinada sujeitar-se-á ao lançamento de ofício,conforme § 2º do artigo 591, acima reproduzido.

PROTOCOLO: 9.473.634-0

CONSULTA Nº: 116, de 23 de novembro de 2007

CONSULENTE: DORI ALIMENTOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. BENS DO ATIVO IMOBILIZADO. NÃOINCIDÊNCIA. CRÉDITO. IMPOSSIBILIDADE.

RELATOR: ACHILES PENAYO DE CAMPOS

A Consulente, empresa do ramo de produtosalimentícios, estabelecida no município de Rolândia-PR,formula consulta a respeito de crédito de ICMS na entrada debem do ativo imobilizado recebido em transferência da unidadematriz estabelecida na cidade de Marília-SP.

Informa que o estabelecimento matriz adquiremercadorias para construção de bens do ativo, fazendo oscréditos na aquisição e estornando por ocasião da saída do bemfabricado.

Na transferência a matriz emite nota fiscal, como preço de custo, sem o destaque do imposto no campo próprio,tendo em vista que a operação está acobertada pela nãoincidência, porém menciona no campo “informações

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.complementares” o valor total do ICMS e o número de parcelasremanescentes.

A consulente, ao receber os bens, registra anota fiscal de transferência sem crédito do imposto.

No entanto, entende que, por tratar-se deoperação entre estabelecimentos da mesma empresa, poderácreditar-se do valor do imposto referente as parcelasremanescentes.

Isto posto pergunta:

1. está correto seu entendimento?

2. o seu procedimento adotado atualmente é ocorreto?

3. qual o procedimento correto?

RESPOSTA

Veja-se, inicialmente, o que dispõe a legislaçãotributária que trata da matéria:

Lei Complementar n º 87 de 13 de setembro de1996:

Art. 20.

(...)

§ 1º. Não dão direito a crédito as entradas demercadorias ou utilização de serviços resultantes deoperações ou prestações isentas ou não tributadas, ouque se refiram a mercadorias ou serviços alheios àatividade do estabelecimento. XIII - saídas de bensdo ativo permanente.

Lei nº 11.580 de 14 de novembro de 1996:

Art. 27. É vedado, salvo determinação em contrário dalegislação, o crédito relativo a mercadoria ou bementrados no estabelecimento ou a prestação deserviços a ele feita:

I - decorrentes de operações ou prestações isentas ounão tributadas, ou que se refiram a bens,mercadorias, ou serviços alheios à atividade do

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estabelecimento;

Sendo assim, quanto a primeira indagação,responde-se negativamente à consulente, eis que estáincorreto o seu entendimento, já que o aproveitamento docrédito, resta obstaculizado, pelo disposto no artigo 27, I,da Lei nº 11.580/96.

Este Setor Consultivo já se manifestou no mesmosentido, em consulta que tratava de matéria análoga, conformeexcerto que colacionamos abaixo:

Consulta nº 113, de 04 de julho de 2006

“Da mesma forma, caso haja a desincorporação dos bensdo ativo permanente e a transferência com ânimodefinitivo destes para outro estabelecimento, dentroou fora do Estado, tratar-se-á de saída sob nãoincidência do imposto, na forma do artigo 4º – XIII –do Regulamento do ICMS, com o que deve ser estornadoo crédito remanescente da consulente.

Por seu turno, uma única nota fiscal deve ser emitidapara documentar esta transferência, que não conterádestaque do imposto, impossibilitando que o créditoremanescente possa ser aproveitado peloestabelecimento destinatário.”

No que diz respeito a segunda indagação,responde-se que está correto o procedimento da consulentequanto ao não aproveitamento de crédito. Quanto a emissão denota fiscal pela matriz, deve ser observado a legislação doEstado onde a mesma se encontra estabelecida.

A terceira indagação resta prejudicada, eis quesua resposta já se encontra inclusa nas respostas anteriores.

Caso esteja procedendo diferentemente docontido nessa resposta, em razão da determinação do artigo 591do RICMS/2001, a consulente tem o prazo de 15 dias, a partirda ciência desta, para adequar-se.

PROTOCOLO: 9.360.196-3

CONSULTA Nº: 117, de 06 de novembro de 2007

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

CONSULENTE: FLORESTAL SEGUNDO PLANALTO LTDA.

SÚMULA: ICMS. CRÉDITO. PESSOA JURÍDICA. EMPRESAAGROPECUÁRIA. TRANSFERÊNCIA. POSSIBILIDADE.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A Consulente, que opera no ramo de exploração deatividades agrícolas, pastoris, silvicultura de florestamento,reflorestamento, comércio e exploração de produtosflorestais, com vários estabelecimentos no estado, informa eao final requer o seguinte:

1.que planta mudas de pinus e efetua a extraçãoou colheita de toretes de pinus e toras de pinus, resultado docrescimento das mudas, que são vendidos no máximo em quatromeses após a extração;

2.que utiliza combustíveis e lubrificantes naextração;

3.que a matriz é inscrita no CAD/ICMS e que asfiliais estão cadastradas nos municípios como produtoresrurais atuantes na exploração florestal, sendo que optou porinscrever tais estabelecimentos no CAD/ICMS;

4.com base nessas informações, questiona:

4.1. pode apropriar-se do crédito do ICMS nasaquisições de insumos e mercadorias destinadas ao ativoimobilizado vinculado à produção, com base no art. 34 doRegulamento do ICMS, tendo em vista que o plantio das mudas depinus e o corte de toretes e toras trata-se de atividadeagrícola ligada à atividade rural?

4.2. no caso de resposta anterior afirmativa,pode e como pode a empresa transferir esse crédito dasaquisições para outro contribuinte inscrito no CAD/ICMS?

RESPOSTA

A matéria questionada refere-se à possibilidadede apropriação de crédito na aquisição de insumos(combustíveis e lubrificantes) e bens destinados ao ativoimobilizado destinados à produção, pelos estabelecimentos daempresa, que atua na exploração florestal (plantio, extração e

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.colheita de toretes e toras de pinus), com base no art. 34 doRegulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 5.141/2001, e àpossibilidade de transferência do crédito para outroscontribuintes.

No que se refere ao primeiro questionamento,deve ser observado o posicionamento do Setor Consultivo sobrea matéria, emitido em Consulta efetuada por reflorestadora:

PROTOCOLO: 5.241.389-3

CONSULTA Nº: 64, de 12 de julho de 2005

SÚMULA: ICMS. CRÉDITO. SETOR AGROPECUÁRIO. BENSDE USO OU CONSUMO.

RELATORA: MAYSA CRISTINA DO PRADO

A consulente atuante no ramo de cultivo de pinus,questiona sobre o direito ao crédito do impostoincidente sobre as aquisições de combustíveis,lubrificantes, pneus, câmaras de ar e peças dereposição utilizados em seus tratores, implementosflorestais, caminhões de baldeação e de transporte detoras, veículos de transporte de pessoal, de gerentese de encarregados de produção, e aquisições deequipamentos de segurança em geral, principalmenteaqueles que tem contato direto com as toras de pinuse são de maior desgaste, como luvas, aventais,botinas com biqueira de aço, coturnos e calças demotorneiros.

...

Uma vez que as saídas das toras são diferidas, econsiderando o disposto nos artigos 51, II, e 52, II,do RICMS, entende que estas aquisições geram direitoao crédito do imposto, pois, nestes dispositivos, avedação e o seu estorno são determinados no caso desaídas não tributadas ou isentas, exceto para oexterior.

...

RESPOSTA

O art. 34 do RICMS, aprovado pelo Decreto n. 5.141,de 12 de dezembro de 2001, garante, ao produtorrural, o direito ao crédito do imposto cobrado naaquisição de insumos de produção, de mercadorias,ainda que destinadas ao ativo permanente, e naprestação de serviços de transporte, destinados à

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

produção.

O Decreto n. 5.042, de 29 de junho de 2005, em seuart. 1º, mediante a alteração 502ª ao RICMS,renumerou o parágrafo único do art. 34 para §1º,acrescentando-lhe as alíneas “f” e “g” a seguirtranscritas:

§ 1º Para os efeitos deste artigo consideram-seinsumos e serviços:

(...)

f) combustíveis, lubrificantes, óleos, aditivos,fluídos, pneus, câmaras de ar e demais materiaisrodantes, peças de reposição e outros produtos demanutenção da frota própria, inclusive trator,utilizada no transporte de sua produção;

g) lubrificantes, óleos, aditivos, fluídos, pneus,câmaras de ar e demais materiais rodantes, peças dereposição e outros produtos de manutenção detratores, máquinas e equipamentos, de suapropriedade, utilizados na atividade agropecuária.

Verifica-se, portanto, que a consulente, na situaçãode produtor rural, poderá se apropriar dos créditosdo imposto relativos às aquisições de combustíveis,lubrificantes, óleos, aditivos, fluídos, pneus,câmaras de ar e demais materiais rodantes, peças dereposição e outros produtos de manutenção da frotaprópria, inclusive tratores, máquinas e equipamentos,de sua propriedade, utilizados em sua atividade.

Por oportuno, entende-se por frota própria, nostermos da alínea “f” do § 1º do art. 34 do RICMS,além do veículo registrado em nome da pessoa, aquelepor ela operado em regime de locação ou qualqueroutra forma.

Destaque-se, também, que, nos termos do art. 51 doRICMS, é vedado o crédito do imposto relativo amercadoria ou bem entrados no estabelecimento ou aprestação de serviços a ele feita decorrentes deoperações ou prestações isentas ou não tributadas, ouque se refiram a bens, mercadorias, ou serviçosalheios à atividade do estabelecimento,presumindo-se, salvo prova em contrário, alheios àatividade do estabelecimento os veículos detransporte pessoal.

...

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Tem-se, portanto, segundo o entendimento jáemitido pelo Setor Consultivo da Secretaria de Estado daFazenda, que, apesar de inscrito no CAD/ICMS, não deixa aConsulente de ser Produtor Rural, podendo observar oestabelecido no art. 34 do Regulamento do ICMS para aapropriação de crédito do imposto, porém, deve fazê-loescriturando nos livros próprios e com apresentação deGIA/ICMS, na qual declara os valores apurados mensalmente,considerando as entradas e saídas da propriedade, que passa adenominar-se “estabelecimento” em virtude da inscrição noCAD/ICMS como contribuinte do imposto, bem como fazer ocontrole da aquisição e do cálculo mensal com possibilidade decreditamento do imposto em relação a bens destinados ao ativoimobilizado, conforme determina o § 4º do art. 24 do mesmoRegulamento. Posto isso, transcreve-se, abaixo, taisdispositivos:

Art. 34. Os produtores rurais, no momento da saída deprodutos agropecuários, poderão abater do ICMS arecolher o imposto cobrado na operação de aquisiçãode insumos e de mercadorias, ainda que destinadas aoativo permanente, e na prestação de serviçosdestinados à produção, na forma desta subseção,observado, no que couber, o disposto no § 4º do art.24.

§ 1º Para os efeitos deste artigo consideram-seinsumos e serviços:

a) ração, sais minerais e mineralizados,concentrados, suplementos e demais alimentos paraanimais;

b) sementes, adubos, fertilizantes, corretivos desolo, aditivos, desinfetantes, espalhantes,dessecantes e desfolhantes;

c) acaricidas, estimuladores e inibidores decrescimento, inseticidas, fungicidas, formicidas,germicidas, herbicidas, nematicidas, parasiticidas,sarnicidas, vacinas, soros e medicamentos de usoveterinário;

d) semens, embriões, ovos férteis, girinos ealevinos;

e) energia elétrica, combustíveis e serviço detransporte, comprovadamente utilizados na atividadeagropecuária, aplicando-se, no que couber, o dispostono art. 23;

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

f) combustíveis, lubrificantes, óleos, aditivos,fluídos, pneus, câmaras de ar e demais materiaisrodantes, peças de reposição e outros produtos demanutenção da frota própria, inclusive trator,utilizada no transporte de sua produção;

g) lubrificantes, óleos, aditivos, fluídos, pneus,câmaras de ar e demais materiais rodantes, peças dereposição e outros produtos de manutenção detratores, máquinas e equipamentos, de suapropriedade, utilizados na atividade agropecuária.

§ 2º Também será admitido, ao estabelecimentoagroindustrial, o crédito de que trata a alínea "f"do parágrafo anterior, no deslocamento dematéria-prima de origem vegetal diretamente doprodutor para a indústria, desde que o transporteseja realizado por veículo da própria indústria.

...

Art. 24. ...

...

§ 4º Para efeito do disposto no "caput", em relaçãoaos créditos decorrentes de entradas de mercadoriasno estabelecimento destinadas ao ativo permanente,deverá ser observado:

a) a apropriação será feita à razão de um quarenta eoito avos por mês, devendo a primeira fração serapropriada no mês em que ocorrer a entrada noestabelecimento;

b) em cada período de apuração do imposto, não seráadmitido o creditamento de que trata a alíneaanterior, em relação à proporção das operações desaídas ou prestações isentas ou não tributadas sobreo total das operações de saídas ou prestaçõesefetuadas no mesmo período;

c) para aplicação do disposto nas alíneas "a" e"b", o montante do crédito a ser apropriado será oobtido multiplicando-se o valor total do respectivocrédito pelo fator igual a um quarenta e oito avos darelação entre o valor das operações de saídas eprestações tributadas e o total das operações desaídas e prestações do período, equiparando-se àstributadas, para fins desta alínea, as saídas eprestações com destino ao exterior;

d) o quociente de um quarenta e oito avos será

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proporcionalmente aumentado ou diminuído, "pro rata"dia, caso o período de apuração seja superior ouinferior a um mês;

e) na hipótese de saída, perecimento, extravio oudeterioração do bem do ativo permanente, antes dedecorrido o prazo de quatro anos contado da data desua entrada no estabelecimento, não será admitido, apartir da data da ocorrência, o creditamento de quetrata este parágrafo em relação à fração quecorresponderia ao restante do quadriênio;

f) para efeito da compensação prevista neste artigo eno art. 23, e para a aplicação do disposto nasalíneas "a" a "e" deste parágrafo, além dolançamento no campo "Outros Créditos" do livroRegistro de Apuração do ICMS, serão objeto de outrolançamento no formulário Controle de Crédito de ICMSdo Ativo Permanente - CIAP, conforme o contido naTabela II do Anexo V deste Regulamento;

g) ao final do quadragésimo oitavo mês contado dadata da entrada do bem no estabelecimento, o saldoremanescente do crédito será cancelado;

Em recente alteração no Regulamento do ICMS,pelo Decreto n. 1.668, de 25 de outubro de 2007,estabeleceu-se a determinação para que todos os produtoresrurais efetuem o seu cadastramento no CAD/PRO (um cadastropróprio para produtores rurais), sendo que, no § 1º do art. 2ºdeste mesmo Decreto, consta que as pessoas jurídicas queexerçam atividade agropecuária deverão inscrever-se, não noCAD/PRO, mas no CAD/ICMS. Portanto, correto foi o procedimentoda Consulente que se antecipou à regra e já se encontrainscrita no Cadastro do ICMS.

No que se refere, pois, à transferência decréditos acumulados do imposto, segundo questionamento daConsulente, há efetivamente a possibilidade na legislação.

Entretanto, uma vez inscrita no CAD/ICMS, deve aConsulente observar, não as disposições dos arts. 35 e 36, masas dos arts. 40 a 44 do Regulamento do ICMS, notadamentequando, na alínea “b” do § 3º do art. 36 do referido RICMS,ficou claro que somente os produtores rurais cadastrados noCAD/PRO é que, em se tratando de transferência de créditos,sujeitam-se às determinações dos arts. 35 e 36 do RICMS.

Assim determinam os referidos arts. 40 a 44, quedeverão ser observados pela Consulente no que se refere à

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DA TRANSFERÊNCIA DE CRÉDITOS ACUMULADOS

Art. 40. Será passível de transferência, desde quepreviamente autorizado, o crédito acumulado em contagráfica oriundo de ICMS cobrado nas operações eprestações anteriores, por este Estado ou por outraunidade federada, que gere direito a crédito e quenão seja compensado em decorrência de:

I - operação e prestação destinada ao exterior, deque tratam o inciso II e o parágrafo único do art.4º;

II - operação de saída abrangida pelo diferimento;

III - operação de saída com a suspensão do impostonas hipóteses previstas no inciso II do art. 85 e, emrelação ao valor cobrado na industrialização, noinciso II do art. 272;

IV - operação de saída beneficiada por redução nabase de cálculo do imposto, que decorra de saída debem de capital de fabricante estabelecido nesteEstado.

Art. 41. Quando o crédito for acumulado em virtude deoperação e prestação destinada ao exterior, hipótesede que trata o inciso I do artigo anterior, atransferência deste poderá, na proporção que estassaídas representem do total das saídas realizadaspelo estabelecimento, ser efetuada:

I - para outro estabelecimento da mesma empresa;

II - havendo saldo remanescente, após efetuada atransferência de que trata o inciso anterior, paraqualquer estabelecimento de contribuinte desteEstado.

Art. 42. Quando o crédito for acumulado em virtudedas operações previstas nos incisos II, III e IV, doartigo 40, a transferência deste poderá ser efetuadopara:

I - estabelecimento destinatário, até o limite dovalor do imposto diferido ou suspenso na operação;

II - outro estabelecimento da mesma empresa;

III - estabelecimento de empresa interdependente,coligada ou controlada;

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IV - estabelecimento de fornecedor, a título depagamento de:

a) bens, exceto veículos com capacidade inferior aquatro toneladas;

b) mercadorias e serviços de comunicação e detransporte intermunicipal e interestadual de cargas.

§ 1º Para os fins do disposto neste artigo,considera-se empresa interdependente, coligada oucontrolada, respectivamente, quando:

a) uma das empresas, por si, seus sócios ouacionistas e respectivo cônjuge e filhos menores,seja titular de mais de 50% do capital da outra;

b) uma das empresas participe com 10% ou mais docapital da outra, sem controlá-la;

c) a empresa controladora, diretamente ou por meio deoutras controladas, seja titular de direitos de sócioque lhe assegurem, de modo permanente, preponderâncianas deliberações sociais e o poder de eleger amaioria dos administradores.

§ 2° O disposto no inciso IV não se aplica aaquisições de bens, mercadorias, ou serviços alheiosà atividade do estabelecimento e a operações eprestações citadas no art. 266.

Art. 43. Fica instituído o Sistema de Controle daTransferência e Utilização de Créditos Acumulados -SISCRED, para o credenciamento de contribuinteinteressado em transferir ou receber em transferênciaos créditos acumulados de que trata esta subseção,para a habilitação dos créditos passíveis detransferência e para o controle das transferências eda utilização dos créditos acumulados.

§ 1º O contribuinte que optar por transferir créditoque tenha acumulado na forma prevista no art. 40, bemcomo o contribuinte que optar por receber créditoacumulado em transferência, deverá solicitar,previamente, o seu credenciamento no SISCRED,mediante requerimento próprio interposto na Agênciade Rendas de seu domicílio tributário.

§ 2º O credenciamento no SISCRED está condicionado,além dos demais requisitos previstos em norma deprocedimento fiscal, a que o contribuinte:

a) esteja cadastrado como ativo, no regime normal deapuração do imposto, e com os dados cadastrais

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atualizados junto ao CAD/ICMS;

b) não seja optante do regime de centralização daapuração do imposto como estabelecimentocentralizado, para credenciamento na condição detransferente de crédito;

c) seja usuário de sistema eletrônico deprocessamento de dados, conforme o disposto noCapítulo XIV do Título III, sendo facultada aodestinatário do crédito a utilização do sistemaapenas para escrituração de livros fiscais, nostermos do § 5º do art. 358 e do art. 360;

d) que pretenda receber crédito acumulado emtransferência esteja há, no mínimo, doze meses ematividade no Estado no regime normal de apuração doimposto, e tenha apresentado as Guias de Informaçãoe Apuração do Imposto - GIAs/ICMS, do período.

§ 3º Fica vedada a concessão de credencial parainscrição especial de substituto tributário.

§ 4º O contribuinte credenciado que pretendahabilitar créditos acumulados, no SISCRED, paraefeitos de transferência, deverá:

a) requerer a habilitação dos créditos acumulados, deconformidade com o disposto em norma de procedimentofiscal;

b) emitir nota fiscal no valor total do crédito a serhabilitado;

c) lançar o valor, referido na alínea anterior, adébito na conta gráfica, no mês da emissão da notafiscal.

§ 5º Será criada conta corrente no SISCRED, porinscrição no CAD/ICMS, para fins de disponibilizaçãoe controle dos créditos habilitados, transferidos erecebidos em transferência.

§ 6º Revogado.

§ 7º Revogado.

§ 8º Será suspensa a credencial mencionada no § 1ºdeste artigo, até regularização da situação noSISCRED, nas hipóteses de:

a) incorporação, fusão ou cisão, alteração de sóciosou de município;

b) cancelamento da inscrição de estabelecimento daempresa no CAD/ICMS;

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c) enquadramento no Regime das Microempresas e dasEmpresas de Pequeno Porte;

d) decurso do prazo de doze meses sem utilização doSISCRED;

e) inobservância de quaisquer procedimentos previstosna legislação que regula a utilização do créditoacumulado;

f) o estabelecimento credenciado como transferente decrédito tornar-se centralizado no CAD/ICMS.

§ 9º Será cancelada a credencial mencionada no § 1ºdeste artigo no caso de exclusão do estabelecimentono CAD/ICMS, bem como de utilização de expedientefraudulento contra o SISCRED.

§ 10. A competência para deferir os pedidos decredenciamento, habilitação e transferência decréditos acumulados, bem como os de utilização ouapropriação em conta gráfica de créditos acumuladosrecebidos em transferência é do Diretor daCoordenação da Receita do Estado, que pode delegá-la.

§ 11. A empresa detentora de apuração centralizada doimposto, na condição de centralizadora, deveráconsiderar os dados dos estabelecimentos sob esteregime para a apuração do crédito acumulado,observado o previsto em norma de procedimento fiscal.

§ 12. Na hipótese do parágrafo anterior, ocontribuinte poderá optar por descentralizar oestabelecimento promotor das operações de que decorrea acumulação do crédito, caso em que lhe seráfacultada a recuperação dos créditos transferidos aocentralizador, desde que ainda remanesça saldo semutilização.

§ 13. Para a efetivação do disposto no parágrafoanterior, o centralizador deverá emitir nota fiscalrelativamente ao estorno do crédito anteriormenterecebido da centralizada, e não poderá abrangerperíodo anterior ao da última transferência decrédito acumulado efetuada, devendo o valor serlançado pelo estabelecimento descentralizado no campo"estorno de débito" da GIA/ICMS, e pelocentralizador, no campo "estorno de crédito" daGIA/ICMS.

Art. 44. Para a transferência e a utilização decrédito acumulado, de que trata esta Subseção,dever-se-á observar o que segue:

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I - o valor passível de transferência seráverificado por Auditor Fiscal da Coordenação daReceita do Estado, de acordo com o disposto em normade procedimento fiscal, não podendo ser superior aovalor do saldo credor da GIA/ICMS do último mêsanterior ao do pedido;

II - para fins de apuração do valor do créditoacumulado passível de transferência serão deduzidosos valores dos créditos tributários inscritos emDívida Ativa, exceto os que sejam objeto de garantiaadministrativa ou judicial comprovada pelointeressado;

III - o destinatário do crédito acumulado recebido emtransferência de outra empresa deverá observar, comolimite máximo de apropriação mensal em conta gráfica,o valor que resultar da multiplicação do seu saldodevedor próprio, relativo ao mesmo mês do anoanterior ao da apropriação, pelo percentualcorrespondente à faixa em que se enquadre tal saldodevedor na tabela abaixo:

SALDO DEVEDOR PRÓPRIO DO MESMO MÊS DO ANO ANTERIOR AODA APROPRIAÇÃO

(diferença positiva entre débitos e créditos –resultado da subtração entre a soma dos campos 51 a58 e a soma dos campos 62 a 68 da GIA do mesmo mês doano anterior)

PERCENTUAL

Até R$ 20.000,00 100%

Acima de R$ 20.000,00 até R$ 400.000,00 50%

Acima de R$ 400.000,00 até R$ 1.000.000,00 30%

Acima de R$ 1.000.000,00 até R$ 5.000.000,00 20%

Acima de R$ 5.000.000,00 até R$ 50.000.000,00 10%

Acima de R$ 50.000.000,00 até R$ 80.000.000,00 7%

Acima de R$ 80.000.000,00 5%

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IV - Revogado.

V - sobrevindo desfazimento da operação, de quetratam os incisos I e IV do art. 42:

a) o destinatário do crédito deverá estorná-lo na suaconta gráfica, mediante emissão de nota fiscal ecomunicar à Agência de Rendas do seu domicíliotributário, no mês em que ocorrer a devolução;

b) o estabelecimento que havia transferido o créditolançará a nota fiscal de que trata a alínea anteriora crédito na sua conta gráfica.

c) pode a norma de procedimento fiscal estabeleceroutras rotinas e procedimentos para o estorno docrédito no SISCRED.

VI - Revogado.

VII - O disposto no inciso III:

a) não se aplica a estabelecimento que possua prazode recolhimento do ICMS diferenciado em virtude departicipação nos Programas Bom Emprego, de Apoio aoInvestimento Produtivo - Paraná Mais Empregos, e deDesenvolvimento Tecnológico e Social do Paraná -PRODEPAR, em vigor, o qual poderá apropriar-seintegralmente do valor do imposto recebido emtransferência, exceto se estiver sob regime deapuração centralizada do imposto;

b) aplica-se aos contribuintes autorizados a recebero tratamento determinado na Lei n. 13.971, de 26 dedezembro de 2002.

Art. 44-A. O uso da faculdade prevista nesta Subseçãonão implicará reconhecimento da legitimidade docrédito acumulado, nem homologação dos lançamentosefetuados pelo contribuinte.

Art. 44-B. Para o credenciamento dos contribuintes,habilitação, transferência e utilização de créditosacumulados de que trata esta Subseção deverão serobservados os procedimentos estabelecidos em Norma deProcedimento Fiscal.

De conformidade com o contido no art. 591 doRegulamento do ICMS, tem a consulente o prazo de quinze diaspara adequar seu procedimento ao exposto na resposta a essaConsulta, bem como sanar eventuais irregularidades pendentes.

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PROTOCOLO: 9.538.987-2

CONSULTA Nº: 118, de 17 de outubro de 2007

CONSULENTE: METSO PAPER SULAMERICANA LTDA.

SÚMULA: ICMS. REMESSA PARA INDUSTRIALIZAÇÃO PORCONTA E ORDEM. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS. NOTAFISCAL DE REMESSA SIMBÓLICA PARAINDUSTRIALIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.

RELATORA: LIMI OIKAWA

A consulente informa que atua no ramo defabricação, importação e exportação de equipamentos, máquinase acessórios concernentes à indústria de papel, celulose emecânica, supervisão da manufatura de partes ou acessórios detais equipamentos no País, bem como de serviços de engenhariaespecializada e administração em geral, além de consultoria àsindústrias de celulose, papel, mecânica e de metalurgia.

Para a industrialização de equipamentos,máquinas e acessórios destinados às indústrias de papel ecelulose, compra matérias-primas de fornecedores situados noParaná, solicitando que enviem diretamente (por conta e ordemda consulente) para outros estabelecimentos industrializadoressituados neste e em outros Estados.

Esclarece que para cumprimento das obrigaçõesacessórias, os seguintes procedimentos são adotados:

1) Estabelecimento fornecedor emite:

a) contra a Consulente, nota fiscal defaturamento com destaque do imposto devido, em conformidadecom a alínea “a” do inciso I do art. 278 do RICMS, fazendoconstar o nome, endereço, número de inscrição estadual e CNPJdo estabelecimento industrializador bem como as informaçõessobre a industrialização;

b) contra o estabelecimento industrializador,nota fiscal de remessa das matérias-primas, sem o destaque doimposto, constando informações relativas à nota fiscal emitidacontra a Consulente, em conformidade com a alínea “c” doinciso I do art. 278 do RICMS.

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2) A Consulente emite: contra o estabelecimentoindustrializador, nota fiscal “simbólica” de remessa paraindustrialização, sem destaque do imposto, eis que se trata deoperação suspensa, conforme inciso I do art. 272 do RICMS.

3) O estabelecimento industrializador emite:contra a Consulente, nota fiscal na saída do produtoindustrializado, na qual constam os dados da nota fiscal dofornecedor (número, data de emissão, endereço, inscriçãoestadual, CNPJ) além do valor da mercadoria recebida paraindustrialização, o valor das mercadorias empregadas e o totalcobrado do autor da encomenda, conforme alínea “b”, inciso II,art. 278 do RICMS.

Ocorre que a legislação paranaense não exige aemissão da nota fiscal que a Consulente emite contra oestabelecimento industrializador (item 2), todavia, entendeimprescindível, para que toda a operação seja concretizada enão haja falha na documentação.

Diante do exposto, indaga se o seu procedimentoestá correto.

RESPOSTA

Inicialmente, transcreve-se a legislação querege a operação de remessa para industrialização por conta eordem de terceiros, prevista no RICMS, aprovado pelo Decretonº 5.141/01:

CAPÍTULO VI

DA REMESSA PARA INDUSTRIALIZAÇÃO OU CONSERTO

...

Art. 278. Nas operações em que um estabelecimentomandar industrializar mercadoria, com fornecimento dematéria-prima, produto intermediário ou material deembalagem, adquiridos de outro, os quais, semtransitar pelo estabelecimento adquirente, forementregues pelo fornecedor diretamente aoindustrializador, observar-se-á (Convênio SINIEF, de15.12.70, art. 42):

I - o estabelecimento fornecedor deverá:

a) emitir nota fiscal em nome do estabelecimento

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

adquirente, a qual, além das exigências previstas,conterá o nome, o endereço e os números de inscrição,estadual e no CNPJ, do estabelecimento em que osprodutos serão entregues, bem como a circunstância deque se destinam à industrialização;

b) efetuar na nota fiscal referida na alínea anterioro destaque do valor do imposto, quando devido, queserá aproveitado como crédito pelo adquirente, se foro caso;

c) emitir nota fiscal, sem destaque do valor doimposto, para acompanhar o transporte da mercadoriaao estabelecimento industrializador, onde, além dasexigências previstas, constará o número, a série,sendo o caso, e a data da emissão da nota fiscalreferida na alínea “a”, o nome, o endereço e osnúmeros de inscrição, estadual e no CNPJ, doadquirente, por cuja conta e ordem a mercadoria seráindustrializada;

II - o estabelecimento industrializador deverá:

a) emitir nota fiscal, na saída do produtoindustrializado com destino ao adquirente, autor daencomenda, na qual, além das exigências previstas,constará o nome, o endereço e os números deinscrição, estadual e no CNPJ, do fornecedor e onúmero, a série, sendo o caso, e a data da emissão danota fiscal referida na alínea “c” do incisoanterior, bem como o valor da mercadoria recebidapara industrialização, o valor das mercadoriasempregadas e o total cobrado do autor da encomenda;

b) efetuar na nota fiscal referida na alíneaanterior, sendo o caso, o destaque do valor doimposto sobre o valor total cobrado do autor daencomenda, que será por este aproveitado comocrédito, quando de direito.

Como se vê pela legislação antes transcrita, nãohá previsão para a emissão de nota fiscal de remessa simbólicapara industrialização, como pretendida pela Consulente.

A respeito, este Setor Consultivo tem semanifestado reiteradamente neste sentido. Destaca-se excertosda seguinte Consulta:

Consulta nº: 152, de 07 de outubro de 2004

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Súmula: ICMS. Obrigação acessória e principal.Aquisições interestaduais. Remessa paraindustrialização em estabelecimento de terceiros, porconta e ordem, sem transitar em seu estabelecimento.

A consulente informa que adquire couro “verde” defrigoríficos estabelecidos em outras unidadesfederadas e solicita que os remeta diretamente aestabelecimento de terceiros para que efetuem a salgae salmoragem.

Os fornecedores emitem a nota fiscal de venda docouro “verde”, com CFOP 6.122, com destaque erecolhimento antecipado do imposto, mencionando queo produto será remetido para industrialização emestabelecimento de terceiro. Também emite, paraentrega destes produtos em estabelecimento deterceiro, nota fiscal com natureza de operação“remessa para industrialização por conta e ordem deterceiros”, CFOP 6.924, sem destaque do imposto.

Assim, considerando que a consulente não emite notafiscal de remessa para industrialização, haja vistaas disposições contidas no art. 278 do RICMS,aprovado pelo Decreto n. 5.141/01, e tendo em conta oart. 192, § 2º do mesmo diploma normativo, que veda aemissão de documento fiscal que não corresponda aefetiva entrada ou saída de mercadoria doestabelecimento ou quando não haja previsão legalespecífica para sua emissão;

...

RESPOSTA

Responde-se na seqüência das indagações.

1) O procedimento da consulente de não emitir a notafiscal de remessa para industrialização está correto,visto que a legislação não prevê a emissão de notafiscal de saída simbólica para o caso exposto.

Quanto à emissão de documentos fiscais pelofornecedor e pelo estabelecimento industrializador,deve ser observada a legislação da unidade daFederação em que se localizam.

...

Desta forma, responde-se negativamente àpretensão da Consulente, tendo em vista o § 2º do art. 192 doRICMS:

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Art. 192. Sempre que for obrigatória a emissão dedocumentos fiscais, aqueles a quem se destinarem asmercadorias e serviços são obrigados a exigir taisdocumentos dos que devam emiti-los, contendo todos osrequisitos legais (Convênio SINIEF, de 15.12.70,arts. 12, 14 e 15, e Convênio SINIEF 06/89, art. 89).

§ 1º ...

§ 2º Fora dos casos previstos na legislação é vedadaa emissão de documento fiscal que não corresponda auma efetiva saída ou entrada de mercadoria ou umaefetiva prestação de serviço (Convênio SINIEF, de15.12.70, art. 44 e Convênio SINIEF 06/89, art. 89).

Caso esteja procedendo diferentemente docontido nesta resposta, em razão da determinação do artigo 591do RICMS/01, tem o prazo de 15 dias, a partir da ciênciadesta, para adequar-se.

PROTOCOLO: 9.319.226-5

CONSULTA Nº: 119, de 13 de novembro de 2007

CONSULENTE: KLABIN S.A.

SÚMULA: ICMS. CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS E PEDIDOS DECOMPRAS. ENTRADA EM VIGOR DE LEI QUE CRIANOVO FATO GERADOR. RECEBIMENTO POSTERIORESDOS BENS ADQUIRIDOS. INCIDÊNCIA.

RELATOR: ADEMIR FURLANETTO

A consulente informa que celebrou contratos epedidos de compra, cujo objeto é a aquisição de equipamentos,que antecedem a data de publicação da Lei n. 15.342, de 22 dedezembro de 2006. Manifesta entendimento de que referidos atosjurídicos reputam-se perfeitos e acabados, motivo pelo qualsobre as operações de ingresso, no seu estabelecimento, dosprodutos oriundos dos fornecedores contratados, mesmo queocorridas após a entrada em vigor da norma mencionada, nãoincidiriam as regras nela estabelecidas.

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E invocando dispositivos da Constituição daRepública Federativa do Brasil, bem como jurisprudência doSupremo Tribunal Federal, vem indagar se procede o juízofirmado sobre a matéria envolvendo o diferencial de alíquotas.

RESPOSTA

Antes de responder-se ao indagado, necessária sefaz a transcrição dos seguintes dispositivos da legislação,conforme a situação enfocada na consulta.

“CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

LEI N. 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966.

...

Art. 4º A natureza jurídica especifica do tributo édeterminada pelo fato gerador da respectivaobrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:

...

Art. 105. A legislação tributária aplica-seimediatamente aos fatos geradores futuros e aospendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrênciatenha tido inicio mas não esteja completa nos termosdo art. 116.

...

Art. 113. A obrigação tributária é principal ouacessória.

§ 1 A obrigação principal surge com a ocorrência dofato gerador, tem por objeto o pagamento de tributoou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente como crédito dela decorrente.

...

Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é asituação definida em lei como necessária e suficienteà sua ocorrência.

...

Art. 118. A definição legal do fato gerador éinterpretada abstraindo-se:

I - da validade jurídica dos atos efetivamente

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praticados pelos contribuintes, responsáveis, outerceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dosseus efeitos;

II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

...

Lei n. 11.580, de 14 de novembro de 1996.

...

Art. 2º O imposto incide sobre:

...

VI – a entrada no estabelecimento de contribuinte, demercadoria ou bem oriundos de outras unidades daFederação, destinados ao uso ou consumo ou ao ativopermanente.

(O inciso VI foi acrescentado pelo art. 1.º da Lei n.15.342, de 22.12.2006, surtindo efeitos a partir de1º.4.2007).

...

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento:

...

XIV – da entrada no estabelecimento de contribuinte,de mercadoria ou bem oriundos de outra unidade daFederação, destinados ao uso ou consumo ou ao ativopermanente.

(O inciso XIV foi acrescentado pelo art. 1.º da Lein. 15.342, de 22.12.2006, surtindo efeitos a partirde 1º.4.2007).”

Da análise dos dispositivos anteriormentetranscritos se pode inferir que não está correto oentendimento da consulente, haja vista que o fato geradortributário na hipótese em discussão somente se perfaz quandoda entrada das mercadorias ou bens no estabelecimento, nãoimportando a data da celebração de qualquer contrato de comprae venda ou mesmo sua subordinação a entrega futura, existam ounão, ainda, condições a eventos incertos.

Ademais, só se tem como perfeito e acabado onegócio mercantil ou o ato jurídico da compra e venda com aentrega do bem pelo vendedor e o pagamento do preço por partedo comprador, quando ocorrem efetivamente a tradição e a

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.transmissão de propriedade.

Isto posto, lembra-se que dispõe a consulente doprazo de quinze dias, nos termos do artigo 591 do Regulamentodo ICMS/2001, para adequar o seu procedimento ao esclarecido,caso tenha procedido de forma diversa.

É a resposta.

PROTOCOLO: 9.685.734-9

CONSULTA Nº: 120, de 12 de novembro de 2007

CONSULENTE: SOLABIA BIOTECNOLÓGICA LTDA.

SÚMULA: ICMS. PRODUTO SECUNDÁRIO. CRÉDITO

RELATORA: LIMI OIKAWA

A consulente informa que atua no ramo deindústria farmoquímica, produzindo sulfato de condroitina, queé extraído da cartilagem de origem animal por processoenzimático, e que se encontra determinada pela legislaçãovigente que somente pode aproveitar-se de crédito do ICMSprovenientes das compras de matérias-primas e insumos.

Aduz que no processo de extração da condroitinaemprega-se a tecnologia de troca iônica na qual é utilizadauma resina aniônica, composta por uma estrutura macroreticular acrílica (posição na TIPI 3914.00.90). Essa resina,através de troca iônica, separa a condroitina das outrassubstâncias obtidas no processo, e, uma vez separada erecuperada da resina, é purificada e origina o produto final –sulfato de condroitina – objeto principal de venda pelaempresa. Os demais produtos que resultam do processo sãovendidos como subprodutos.

Expõe, ainda, que esta resina, com o uso, vaiperdendo suas propriedades químicas, seja para o produtofinal, seja para os subprodutos, e, até na própria limpeza(tratamento sódico), sendo que o prazo aproximado da perda detoda a propriedade química é em torno de 18 meses, e que tendodúvidas a respeito do aproveitamento lícito do crédito de ICMSoriundo das aquisições desse produto, fez opção momentânea denão aproveitá-los, contudo, por ter a resina preçosignificativo no custo da produção, indaga: se poderá a

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.empresa creditar-se do valor do ICMS pago na aquisição dasreferidas resinas ou procedeu corretamente ao não se utilizarde tais créditos?

RESPOSTA

Inicialmente, transcreve-se os conceitosexpendidos pela Decisão Normativa CAT nº 02, de 04.06.82,editada pelo Governo do Estado de São Paulo e largamenteempregada por este Setor Consultivo e por inúmeras obras,dentre as quais se menciona “Direito Tributário”, de VittorioCassone:

a) Matéria-prima - é, em geral, toda a substância comque se fabrica alguma coisa e da qual éobrigatoriamente parte integrante. Exemplo: o minériode ferro, na siderurgia, integrante de ferro-gusa; ocalcário, na industrialização do cimento, parteintegrante do novo produto cimento; bambu ou oeucalipto, integrantes do novo produto-papel, etc.;

b) Produto intermediário - (assim denominado porqueproveniente de indústria intermediária própria ounão) é aquele que compõe ou integra a estruturafísico-química do novo produto, via de regra semsofrer qualquer tipo de alteração em suas estruturaintrínseca. Exemplo: pneumáticos, na indústriaautomobilística, e dobradiças, na marcenaria,compondo ambos os respectivos produtos novos (sem quesofram qualquer alteração em suas estruturasintrínsecas) - o automóvel e o mobiliário -, a cola,ainda na marcenaria, que, muito embora alterada emsua estrutura intrínseca, vai integrar o novo produto- o mobiliário;

c) Produto secundário - é aquele que, consumido noprocesso de industrialização, não se integra no novoproduto. Exemplos: calcário – CaCO3 (que na indústriade cimento é matéria-prima), na siderurgia é produtosecundário, porquanto somente usado para extração dasimpurezas do minério de ferro, com as quais setransformam em escória e consome-se no processoindustrial sem integrar o novo produto; o ferro-gusa,o óleo de linhaça, usado na cerâmica (para o melhordesprendimento da argila na prensa), depois deconsumido na queima, não vai integrar o novo produto

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

- telha; qualquer material líquido, usado naindústria de papel que, consumido na operação desecagem, deixe de integrar o novo produto – papel.

Transcreve-se também o art. 2º e §§ do Decretonº 5.141/2001:

Art. 2º Na aplicação do art. 24 do Regulamento doICMS, somente darão direito de crédito as mercadoriasdestinadas ao uso ou consumo do estabelecimento, neleentradas a partir de 1º de janeiro de 2011 (art. 65,I, da Lei nº 11.580/96 e Lei Complementar nº 122/06).

§ 1º. Para efeitos do disposto no "caput", entende-secomo mercadoria destinada ao uso ou consumo doestabelecimento, a que não seja utilizada nacomercialização e a que não seja empregada paraintegração no produto ou para consumo no respectivoprocesso de industrialização ou na produção rural.

§ 2º. Entende-se por consumo no processo deindustrialização ou produção rural a total destruiçãoda mercadoria.

O produto mencionado pela Consulente enquadra-seno conceito de produto secundário e portanto, confere direitoa crédito. Precedente, Consulta nº 296 de 30 de agosto de1993.

Salienta-se, ainda, que para a utilização decrédito extemporâneo, a Consulente deverá observar se estenão se encontra alcançado pela decadência, nos termosprevistos no § 2º, artigo 24, do RICMS/01 e atender aodisposto no § 6º deste mesmo dispositivo legal.

PROTOCOLO: 9.632.237-2

CONSULTA Nº: 121, de 13 de novembro de 2007

CONSULENTE: IMPRESSORA PARANAENSE S/A.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO. CRÉDITO PRESUMIDO ESUSPENSÃO. HIPÓTESE.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente informa que atua no ramo defabricação de produtos de papel, cartolina e papel cartão parauso comercial, e que promove a importação de matéria-prima,sob regime de drawback intermediário na modalidade suspensão,hipótese em que aduz haver incidência normal do ICMS, massuspensão dos impostos federais.

Expõe ter promovido importação de matéria-primapelo Porto de Paranaguá, sob o regime informado, parafabricação de embalagens fornecidas no mercado interno aempresa que as utiliza na industrialização de produto finaldestinado à exportação.

Diante do exposto indaga:

1. Está correto seu entendimento de que oimposto devido nessa importação realizada pelo Porto deParanaguá está suspenso e que há direito ao crédito presumidode 9% sobre a base de cálculo da operação, conforme previstono artigo 572-O do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreton. 5.141/2001?

2. Se afirmativa a resposta, como a consulentedeve proceder para apropriar o crédito presumido nãoaproveitado à época da entrada das mercadorias?

3. Se negativa a resposta, como deve ser tratadoo ICMS na importação sob regime de drawback intermediário?

RESPOSTA

A consulente encontra-se cadastrada comatividade econômica principal de fabricação de embalagens decartolina e papel-cartão – CNAE 1732-0/00 – e secundária decomércio atacadista de papel e papelão em bruto – CNAE4686-9/01, e informa que a importação a que se refere é dematéria-prima, ou seja, mercadoria empregada em processoprodutivo.

Dispõe o artigo 572-O do Regulamento do ICMS:

Art. 572-O. Fica concedida ao estabelecimentoindustrial que realizar a importação de bem oumercadoria por meio dos portos de Paranaguá e

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Antonina e de aeroportos paranaenses, com desembaraçoaduaneiro no Estado, a suspensão do pagamento doimposto devido nesta operação, quando da aquisiçãode:

I - matéria-prima, material intermediário ousecundário, inclusive material de embalagem, para serutilizado em seu processo produtivo;

II - bens para integrar o seu ativo permanente.

§ 1º Em relação às aquisições de que trata o incisoI, o pagamento do imposto suspenso será efetuado porocasião da saída dos produtos industrializados,podendo o estabelecimento industrial escriturar emconta-gráfica, no período em que ocorrer a respectivaentrada, um crédito correspondente a 75% (setenta ecinco por cento) do valor do imposto devido, até olimite máximo de nove por cento sobre o valor da basede cálculo da operação de importação, e que resulteem carga tributária mínima de três por cento.

§ 2º O pagamento do imposto suspenso, relativamente àimportação dos bens referidos no inciso II, seráefetivado nos quarenta e oito meses subseqüentes aoque ocorrer a entrada, devendo ser observado odisposto no item 1 da alínea "a" do inciso VI do art.56.

§ 3º O disposto neste artigo, em relação àsmercadorias mencionadas no inciso I, aplica-se nocaso de industrialização em estabelecimento diversodo importador.

§ 4° Nos casos de aplicação cumulativa do diferimentoparcial previsto no art. 87-A, o estabelecimentoindustrial deverá escriturar diretamente emconta-gráfica, por ocasião da entrada da mercadoria,crédito presumido de nove por cento calculado sobre abase de cálculo da operação de importação, hipóteseem que o débito relativo ao imposto suspenso de quetrata o § 1º ficará incorporado ao imposto recolhidopor ocasião da saída da mercadoria industrializada.

§ 5º O estabelecimento importador deverá consignar nocampo "Informações Complementares" da nota fiscalemitida para documentar a operação, a anotação "ICMSsuspenso de acordo com o Decreto n. ..../...." e ocálculo dos valores relativos ao crédito presumido eao imposto suspenso.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Com isso, respondendo-se à questão n. 1, vê-seque a atividade desenvolvida pela consulente é a fabricação deembalagens, posteriormente empregadas no processo produtivo deseus clientes, de maneira que o dispositivo antes transcrito,direcionado aos estabelecimentos industriais, aplica-se àsituação descrita pela consulente.

Acerca da questão n. 2, observa-se que, embora aconsulente manifeste seu entendimento de que o regime dodrawback intermediário não afaste a regular incidência doICMS, os documentos que instruem a presente consulta revelamque a importação em questão foi realizada sem recolhimento doimposto, em virtude de drawback.

Nesse sentido, estabelece o item 30 do Anexo Ido Regulamento do ICMS, com destaques:

30 Recebimento, pelo importador, de mercadoriaimportada do exterior sob o regime “DRAWBACK”, desdeque (Convênios ICMS 27/90, 77/91, 94/94 e 16/96):

a) a mercadoria esteja beneficiada com suspensãodos impostos federais sobre importação e sobreprodutos industrializados;

b) da qual resultem, para exportação, produtosindustrializados ou arrolados na Tabela II do AnexoII e Anexo III deste Regulamento;

c) o importador comprove a efetiva exportação porele realizada do produto resultante daindustrialização, mediante a entrega à repartição aque estiver vinculado, da cópia da Declaração deDespacho de Exportação - DDE, devidamente averbadacom o respectivo embarque para o exterior, até 45dias após o término do prazo de validade do AtoConcessório do regime ou, na inexistência deste, dedocumento equivalente expedido pelas autoridadescompetentes.

Desta forma, a isenção a que se refere esse itemaplicar-se-ia somente no caso da exportação do produtoresultante da industrialização ser realizada pela própriaimportadora, não correspondendo à situação descrita pelaconsulente, que assevera tratar-se de drawback intermediário,no qual a exportação do produto final é efetuada por outraindústria.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Todavia, como já esclarecido, tratando-se dematéria-prima utilizada no processo produtivo da consulente, aoperação de importação pode ser realizada sob as disposiçõesdo artigo 572-O do Regulamento do ICMS, de maneira que oimposto estará suspenso até que ocorra a saída do produtoindustrializado de seu estabelecimento, subsistindo o direitoà apropriação do crédito presumido de setenta e cinco porcento do imposto devido, até o limite de nove por cento sobreo valor da base de cálculo da operação de importação, e queresulte em carga tributária mínima de três por cento.

Assim, o crédito presumido mencionado poderá serescriturado em conta gráfica pelo seu valor original, aindaque extemporaneamente, caso em que deverá ser comunicado ofato à repartição fiscal de sua circunscrição, como define oartigo 24, § 6º, do Regulamento do ICMS.

Quanto à questão n. 3, a resposta resultaprejudicada.

Por derradeiro, frisa-se que, a partir daciência desta, terá a consulente, em observância ao artigo 591do Regulamento do ICMS, o prazo de 15 quinze dias para adequaros seus procedimentos em conformidade com o que foi aquiesclarecido.

PROTOCOLO: 8.898.067-0

CONSULTA Nº: 122, de 22 de novembro de 2007

CONSULENTE: DOW BRASIL S.A.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO DE INSUMOSINDUSTRIAIS. REGIME ESPECIAL EXPIRADO.PROCEDIMENTOS INADEQUADOS. LEGISLAÇÃOSUPERVENIENTE. EFEITOS.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente informa ser sucessora, porincorporação, da Selco Indústria e Comércio Ltda, e quefornece produtos para a indústria automobilística e adquire,no desenvolvimento de suas atividades, matérias-primas,materiais secundários, materiais de embalagens, partes, peças,componentes e acessórios tanto em operações internas, quanto

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.em importações do exterior, com desembaraço aduaneiro emterritório paranaense.

Esclarece que, desde 20.08.1999, realizou suasimportações ao abrigo do diferimento no pagamento do imposto,conforme previsto no Regime Especial n. 2.118/99, do qual eradetentora até 30.08.2003.

A consulente explica que, inadvertidamente,prosseguiu realizando operações de importação sob o contextodo referido Regime Especial, com diferimento do imposto, até30.11.2005. Posteriormente, portanto, à data em que expirou avalidade do Termo de Acordo então firmado.

Aduz, entretanto, que em 31.03.2003 foipublicado o Decreto n. 950, permitindo que o pagamento doimposto seja efetuado em conta gráfica nas importações deinsumos, componentes, peças e partes realizadas porestabelecimentos industriais que os utilizem em seu processoprodutivo, com desembaraço aduaneiro em território paranaense.

Assim, diante das disposições do referidodecreto, a consulente assevera que o lançamento do imposto nocampo “Outros Débitos” do livro Registro de Apuração do ICMS –RAICMS - é efetuado de maneira concomitante com que o créditoé lançado no campo “Outros Créditos” do mesmo livro e período,postulando não haver ocorrido prejuízo ao erário, ainda queequivocado o procedimental adotado.

A consulente, após o exposto, apresenta osseguintes entendimentos acompanhados das respectivasindagações:

1. É correto o entendimento de que a falta depagamento do ICMS nos desembaraços efetivados entre 1º.09.2003e 30.11.2005, com base no Regime Especial expirado, estavaamparado pelas disposições do Decreto n. 950/2003, não sendo,portanto, exigível o recolhimento em espécie do imposto nomomento da realização do fato gerador?

2. Considera que, em vista do princípio geral dedireito que homenageia a instrumentalidade da forma, não hánecessidade de se retificar todos os livros e documentosfiscais do período, bastando apenas o lançamento no livroRAICMS atual, do valor total do imposto relativo aosdesembaraços aduaneiros ocorridos no período antes indicado,nos campos “Outros Débitos” e “Outros Créditos”. É correto oentendimento? Caso contrário, quais os procedimentos adequadospara regularizar a situação?

3. Julga que na hipótese narrada não incidem

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.encargos legais (multa, atualização monetária e juros), tendoem vista as determinações da Lei n. 14.976, de 28.12.2005,regulamentada pelo Decreto n. 5.980, de 29.12.2005, queconcede “anistia” das penalidades legais para recolhimentoespontâneo de ICMS, cujos fatos geradores ocorreram até30.11.2005. Desta forma, está correto o entendimento de que olançamento do imposto como indicado no item 2, pode serefetuado pelo seu valor principal, sem os acréscimos legais.Caso negativa a resposta, como deve proceder pararegularização?

4. Interpreta, ainda, que a protocolização dapresente consulta, em 31.01.2006, suspende o prazo pararecolhimento do imposto previsto na legislação que concedeu obenefício de “anistia” das penalidades legais pararecolhimento espontâneo do ICMS.

RESPOSTA

Respondendo-se à questão n. 1, observa-se que,de fato, ainda que expirado o prazo do regime especial queamparava a realização das importações sob o regime dediferimento, o pagamento do tributo, nas condições que aconsulente menciona, dar-se-ia mediante lançamento do débitodo imposto no campo “Outros Débitos” do livro RAICMS, comoespecifica o artigo 56, VI, do Regulamento do ICMS, aprovadopelo Decreto n. 5.141/2001, com redação trazida pelo Decreton. 950, de 31.03.2003:

Art. 56. O ICMS deverá ser pago nas seguintes formase prazos (art. 36 da Lei n. 11.580/96):

...

VI - na importação de mercadoria ou bem destinado aoativo fixo ou para uso ou consumo:

a) quando realizada por contribuinte inscrito noCAD/ICMS e com despacho aduaneiro no territórioparanaense:

1. sendo bem destinado a integrar o ativo imobilizadodo estabelecimento industrial e do prestador deserviço de transporte interestadual e intermunicipalou de comunicação, enquadrados no regime normal depagamento, mediante lançamento do valorcorrespondente à razão de um quarenta e oito avos por

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

mês do imposto devido no campo "Outros Débitos" doLivro Registro de Apuração do ICMS, com a indicaçãodo número e da data da nota fiscal emitida paradocumentar a entrada, devendo a primeira fração serdebitada no mês em que ocorrer o fato gerador,observando-se, ainda, o disposto no § 16;

2. quando se tratar de aquisição de insumos,componentes, peças e partes, por estabelecimentoindustrial, enquadrado no regime normal de pagamento,que os utilize na produção de mercadorias queindustrialize, mediante lançamento do valor no campo"Outros Débitos" do livro Registro de Apuração doICMS, no mês da ocorrência do fato gerador, com aindicação do número e da data da nota fiscal emitidapara documentar a entrada;

3. nos demais casos, em GR-PR, no momento dodesembaraço;

Quanto ao caso em exame, oportuno ressaltar eenfatizar, porém, que o pagamento do imposto devido pelasimportações somente é admitido, em conta gráfica, da maneirapostulada, nas aquisições de insumos, componentes, peças epartes empregados pela consulente na produção de mercadoriasque industrialize.

Quanto à questão n. 2, revela-se desnecessário eineficaz retificar todos os livros e documentos fiscais doperíodo assinalado pela consulente, devendo ser privilegiada aadoção de procedimentos que visem ao cumprimento da obrigaçãotributária principal e aqueles estritamente necessários à suaconsecução.

Cabe frisar, porém, que tão-somente orecolhimento do tributo devido pela operação de importação,seja em GR-PR, no momento do desembaraço aduaneiro, seja noperíodo de apuração em que ocorrer a importação, com olançamento do imposto no livro RAICMS, é que possibilita efornece suporte para a apropriação do correspondente créditodo imposto, não havendo que se confundir essa técnica com odiferimento determinado pelo assinalado regime especial,vigente até 30.08.2003.

Uma vez não realizado aquele recolhimento àépoca própria, incidem, a princípio, a multa, bem como osjuros e a atualização monetária, até o momento em queefetivado o lançamento do débito do imposto no livro RAICMS,hipótese em que, no mesmo período de apuração e recolhimento,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.exsurge o direito, na forma e nas condições da legislaçãotributária, ao crédito do imposto pelo seu valor original.

A multa, por seu turno, apenas se aplicaria como lançamento de ofício, o que não é o caso, já que, até omomento, prevalecem os efeitos de consulta formulada ependente de resposta, bem como do prazo de que trata o § 2º doartigo 591 do Regulamento do ICMS.

Em sua questão de número 3, a consulente invocaos benefícios da Lei n. 14.976/2005, que dispõe:

Art. 1º Os créditos relativos ao imposto sobreoperações relativas à circulação de mercadorias esobre prestações de serviços de transporteinterestadual e intermunicipal e de comunicação -ICMS, inscritos ou não em dívida ativa, lançados até30 de novembro de 2005, poderão ser pagos à vista ouem até quarenta e oito parcelas mensais sucessivas,nos termos previstos nesta Lei.

§ 1º O pagamento integral do imposto, devidamenteatualizado, deverá ser efetuado até o dia 28 defevereiro de 2006, com dispensa da multa e dos juros,ressalvado o disposto no art. 8º.

...

§ 9º. O disposto no caput deste artigo aplica-se,também, aos créditos tributários pendentes delançamento ou lançados após 30 de novembro de 2005,desde que o fato gerador tenha ocorrido até estamesma data.

Art. 6º O sujeito passivo que, até 31 de janeiro de2006, denunciar espontaneamente a infração relativaao ICMS, anterior a 30 de novembro de 2005, teráexcluída a multa e juros que incidirem sobre adívida, desde que realize o seu pagamento integral.

O prazo até 31.01.2006, definido pela Lei n.14.976/2005, foi estendido até 28.04.2006, conforme o Decreton. 5.980/2005, com a redação dada pelo Decreto n. 6.373, de30.03.2006.

Do texto legal transcrito, nota-se que, comrespeito às importações realizadas no período de 1º.09.2003 a30.11.2005, não prevalecem os benefícios da Lei n.14.976/2005, já que não houve o recolhimento, até 28.04.2006,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.do imposto devidamente atualizado.

Desta maneira, como são inaplicáveis asdisposições do artigo 6º da Lei n. 14.976/2005, são devidos osjuros de mora, na forma da Lei n. 11.580/96, com a ressalva deque a Lei n. 15.610, de 22.08.07, dispõe que a exigência deatualização monetária fica excluída com a cobrança de juros demora no mesmo período.

Do exposto, dispõe a consulente do prazo a quese refere o artigo 591 do Regulamento do ICMS para promover opagamento do imposto devido pelas operações de importação, comdesembaraço aduaneiro ocorrido no período de 1º.09.2003 a30.11.2005, o que poderá ser efetuado mediante débito doimposto no campo “Outros Débitos” do livro RAICMS e ocorrespondente reflexo na Guia de Informação e Apuração doICMS – GIA/ICMS - do respectivo período de apuração.

A consulente dispõe do mesmo prazo de quinzedias, ainda, para efetuar, em GR-PR, o pagamento dos juros demora incidentes entre a data em que devido o recolhimento doimposto relativo a cada importação (vencimento da GIA/ICMS doperíodo) e a data em que efetivamente realizar-se o pagamentodaquele imposto, haja vista o que estabelece o artigo 586, §1º, alínea “c” do Regulamento do ICMS, e observado o dispostono artigo 38 da Lei n. 11.580/96 e no artigo 3º da Lei n.15.610/2007.

Com efeito, dispõe a legislação supramencionada:

Regulamento do ICMS:

Art. 586. A apresentação da consulta pelocontribuinte ou responsável produz os seguintesefeitos:

I - em relação ao fato objeto da consulta, o imposto,quando devido, poderá ser pago até quinze dias,contados da data da ciência da resposta, sem prejuízoda atualização monetária;

...

§ 1º O prazo de que trata o inciso I não se aplica:

...

c) à consulta formulada após o prazo de pagamento doimposto devido;

Art. 591. A partir da data da ciência da resposta, dasua revogação ou substituição, o consulente terá o

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prazo de até quinze dias para adequar o seuprocedimento ao que tiver sido esclarecido,independente de qualquer interpelação ou notificaçãofiscal.

§ 1º Caso o consulente não retire a resposta, o prazoa que se refere este artigo será contado a partir doprimeiro dia útil do mês seguinte ao que a repartiçãode origem a tenha recebido.

§ 2º Decorrido o prazo a que se refere este artigo,havendo irregularidade e não tendo o consulenteprocedido de conformidade com os termos da resposta,ou comunicação de revogação ou substituição,proceder-se-á o lançamento de ofício.

Lei n. 11.580/96:

Art. 38. O crédito tributário não integralmente pagono vencimento, inclusive o decorrente de multas, seráacrescido de juros de mora, correspondente aosomatório da taxa referencial do Sistema Especial deLiquidação e de Custódia - SELIC, para títulosfederais, ao mês ou fração, exceto quando garantidopelo depósito do seu montante integral, na forma dalei.

§ 1º Será de um por cento ao mês ou fração opercentual de juros de mora, relativo ao mês em que opagamento estiver sendo efetuado.

§ 2º Nos casos de verificação fiscal, quando não forpossível precisar a data da ocorrência do fatogerador, adotar-se-á a média aritmética das taxas doperíodo verificado.

...

§ 3º A Coordenação da Receita do Estado divulgará,mensalmente, a taxa a que se refere o "caput".

Lei n. 15.610/2007:

Art. 3º Fica excluída a atualização monetáriaaplicada aos créditos tributários não pagos na épocaprópria a partir de 1° de julho de 1996, nos casos emque esta aplicação ocorreu de forma cumulada com aexigência de juros com base na taxa referencial doSistema Especial de Liquidação e de Custódia – SELIC,ou com base na taxa estabelecida no § 1º do art. 161do Código Tributário Nacional.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

No que é relativo à questão n. 4, está incorretoo entendimento da consulente, já que é explícita adisposição do artigo 6º da Lei n. 14.976/2005, antestranscrito, de que seus benefícios estão condicionados a que osujeito passivo, ao denunciar espontaneamente infraçãorelativa ao ICMS, anterior a 30.11.2005, terá excluída a multae juros que incidirem sobre a dívida, apenas e tão-somente seefetuar o pagamento integral do imposto devidamenteatualizado.

Os efeitos da protocolização da consulta,relativamente à situação examinada e aos pagamentos cabíveis,são aqueles já elucidados na questão anterior.

Por fim, importa destacar que, por ocasião dainstrução do processo de consulta, foram realizadosprocedimentos de verificação fiscal, os quais identificaramcircunstâncias que vão além da matéria especificamenteapreciada e apresentada pela consulente, cuja solução seguevia própria.

PROTOCOLO : 9.607.740-8

CONSULTA Nº: 123, de 23 de outubro de 2007

CONSULENTE: ASSUNÇÃO E JARDIM LTDA.

SÚMULA: ICMS. LOCAÇÃO DE SALÃO PARAFESTAS E EVENTOS. PRESTAÇÃO DESERVIÇOS DE BUFÊ COM FORNECIMENTO DEALIMENTAÇÃO E BEBIDAS.ATIVIDADE MISTA. TRATAMENTO TRIBUTÁRIOE OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS.

RELATORA: LEONORA GARAN

A Consulente expõe que opera no comérciovarejista de artigos de decoração para festas, prestaserviços de locação de salão para festas e eventos, bem comoserviços de recreação, animação e organização de bufê, comfornecimento de alimentação e bebidas, estando enquadrada,desde julho/2007, no Regime Especial Unificado de Arrecadaçãode Tributos e Contribuições - Simples Nacional, instituído

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.pela Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006.

Informa que emite nota fiscal de prestação deserviços série “A” pelos serviços prestados, sendo os mesmossujeitos à incidência do Imposto Sobre Serviços de QualquerNatureza - ISSQN, conforme item 17.11 da Lista de Serviçosanexa à Lei Complementar n. 116, de 31/07/2003.

Aduz que relativamente ao fornecimento desalgados, doces e bebidas para estes eventos, emite NotaFiscal Série D -1, por entender que esta atividade é sujeitaao ICMS.

Isto posto, indaga se está correto o seuprocedimento.

RESPOSTA

Cumpre destacar, inicialmente, que este SetorConsultivo tem a incumbência específica de responder questõesrelativas aos impostos estaduais, prevista legalmente,decorrente da outorga de competência constitucional paralegislar sobre a matéria.

Assim, postas estas considerações, e ainda quepareça, à primeira vista, correto o procedimento da Consulenteem relação à noticiada prestação de serviços, porque previstosna Lei Complementar n. 116/2003, todavia, deixamos de nospronunciar a respeito, em razão do aludido critério decompetência.

Quanto às operações de fornecimento dealimentação e bebidas para as festas e eventos contratados,está plenamente correto o “modus operandi” da Consulente, eisque em conformidade com o disposto nos art. 2º e 5º da LeiOrgânica do ICMS do Paraná (Lei n. 11.580/1996), “verbis”:

“Art. 2º O imposto incide sobre:

I - operações relativas à circulação demercadorias, inclusive o fornecimento dealimentação e bebidas em bares, restaurantes eestabelecimentos similares;

. . . .

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato geradordo imposto no momento:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

I - da saída de mercadoria de estabelecimento decontribuinte, ainda que para outro estabelecimento domesmo titular;

II - do fornecimento de alimentação,bebidas e outras mercadorias por qualquerestabelecimento;

. . .

IV - da transmissão de propriedade de mercadoria, oude título que a represente, quando amercadoria não tiver transitado peloestabelecimento transmitente;

V - do início da prestação de serviços de transporteinterestadual e intermunicipal, de qualquernatureza;

. . . “

Alertamos, também, para a obrigatoriedade deutilização de equipamento emissor de cupom fiscal, nashipóteses definidas pelo art. 309 do RICMS, aprovado peloDecreto n. 5.141/2001, “verbis”:

Art. 309. O estabelecimento que exerça a atividadede venda ou revenda de mercadorias ou bens ou deprestação de serviços em que o adquirente outomador seja pessoa física ou jurídica nãocontribuinte do imposto estadual está obrigado aouso de ECF (Convênios ECF 01/98 e 02/98).

§ 1º A obrigatoriedade prevista neste artigo nãose aplica (Convênio ECF 06/99):

a) às operações:

. . .

2. realizadas fora do estabelecimento;

. . .

4. promovidas por contribuintes com receita brutaanual inferior a R$ 216.000,00;

. . .

d) ao contribuinte que promover venda demercadoria ou bem ou a prestação de serviços apessoa física ou jurídica não contribuinte doimposto estadual, cujo montante seja inferior

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

a dez por cento do total das vendas realizadaspelo estabelecimento.

§ 2º O disposto no § 5º do art. 100aplicar-se-á, também, ao usuário de equipamentoECF-MR sem capacidade de comunicação a computadore de emissão do respectivo comprovante, até asubstituição destes por ECF com essa capacidade.

Acaso a Consulente não esteja obrigada ao uso deECF, conforme hipóteses do § 1º do art. 309 do RICMS, deveráemitir as notas fiscais Modelo 1 ou Nota Fiscal de Venda aConsumidor, nos termos dos art. 115, inc. I e II e § 2º; 116,inc. II; 117 e 122 do mesmo Regulamento.

No que houver procedido de forma diversa, aConsulente terá, de acordo com o art. 591 do RICMS/01, o prazode até 15 (quinze) dias para adequar o seu procedimento aoque foi aqui respondido, independentemente de qualquerinterpelação ou notificação fiscal.

PROTOCOLO: 9.540.100-7

CONSULTA Nº: 124, de 27 de novembro de 2007

CONSULENTE: RIMATUR TRANSPORTES LTDA.

SÚMULA: ICMS. BEM ORIUNDO DE OUTRA UNIDADE DAFEDERAÇÃO. ALÍQUOTA INTERNA IGUAL AINTERESTADUAL. INEXISTÊNCIA DE DIFERENCIALDE ALÍQUOTAS A SER RECOLHIDO.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente, atuando no ramo de transporterodoviário coletivo de passageiros, informa que adquiriuveículos automotores novos com capacidade para mais de 10(dez) passageiros, classificação fiscal NCM 8702.10.00,tributados à alíquota de 12% (doze por cento).

Ante o exposto indaga se esses veículos estãoenquadrados no artigo 15, inciso II, letra “o”, do RICMS/2001,e se haveria diferencial de alíquotas a ser recolhido.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

RESPOSTA

Sobre as questões suscitadas, transcrevem-se,inicialmente, os dispositivos da Lei n. 11.580, de 14 denovembro de 1996, verbis:

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento:

...

XIV – da entrada no estabelecimento de contribuinte,de mercadoria ou bem oriundos de outra unidade daFederação, destinados ao uso ou consumo ou ao ativopermanente.

O inciso XIV foi acrescentado pelo art. 1º da Lei15.342, de 22.12.2006, surtindo efeitos a partir de1º.04.2007

...

Art. 6º-A. Na hipótese do inciso XIV do art. 5º, abase de cálculo é o valor da operação sobre o qualfoi cobrado o imposto na unidade federada de origem,e o imposto a recolher será correspondente àdiferença entre as alíquotas interna e interestadual.

Parágrafo único. Quando a mercadoria entrar noestabelecimento para fins de industrialização oucomercialização, e posteriormente for destinada paraconsumo ou integrada ao ativo permanente doadquirente, acrescentar-se-á, à base de cálculo, ovalor do Imposto sobre Produtos Industrializados –IPI, cobrado na operação de que decorreu a entrada,quando esta ocorrer de outro estabelecimentoindustrial ou a ele equiparado.

O art. 6-A foi acrescentado pelo art. 1º da Lei15.342, de 22.12.2006, surtindo efeitos a partir de1º.04.2007

...

Art. 14. As alíquotas internas são seletivas emfunção da essencialidade dos produtos ou serviços,assim distribuídas:

...

II - alíquota de 12% (doze por cento) para asoperações e prestações com os seguintes bens,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

mercadorias e serviços:

...

o) veículos automotores novos, classificados noscódigos 8701.20.0200, 8701.20.9900, 8702.10.0100,8702.10.0200, 8702.10.9900, 8702.90.0000,8703.21.9900, 8703.22.0101, 8703.22.0199,8703.22.0201, 8703.22.0299, 8703.22.0400,8703.22.0501, 8703.22.0599, 8703.22.9900,8703.23.0101, 8703.23.0199, 8703.23.0201,8703.23.0299, 8703.23.0301, 8703.23.0399,8703.23.0401, 8703.23.0499, 8703.23.0500,8703.23.0700, 8703.23.1001, 8703.23.1002,8703.23.1099, 8703.23.9900, 8703.24.0101,8703.24.0199, 8703.24.0201, 8703.24.0299,8703.24.0300, 8703.24.0500, 8703.24.0801,8703.24.0899, 8703.24.9900, 8703.32.0400,8703.32.0600, 8703.33.0200, 8703.33.0400,8703.33.0600, 8703.33.9900, 8704.21.0100,8704.21.0200, 8704.22.0100, 8704.23.0100,8704.31.0100, 8704.31.0200, 8704.32.0100,8704.32.9900, 8706.00.0100 e 8706.02.00 e na posição8711, da NBM/SH, quando a operação seja realizada sobo regime da sujeição passiva por substituiçãotributária, com retenção do imposto relativo àsoperações subseqüentes, observado o disposto no § 2ºdeste artigo;

...

§ 2º A aplicação da alíquota prevista na alínea "o"do inciso II deste artigo, independerá da sujeição aoregime da substituição tributária nas seguintessituações:

I - em relação aos veículos classificados nos códigos8701.20.0200, 8701.20.9900, 8702.10.0100,8702.10.0200, 8702.10.9900, 8704.21.0100,8704.22.0100, 8704.23.0100, 8704.31.0100,8704.32.0100, 8704.32.9900, 8706.00.0100 e8706.00.0200 da NBM/SH;

II - no recebimento do veículo importado do exterior,por contribuinte do imposto, para o fim decomercialização, integração no ativo imobilizado ouuso próprio do importador;

III - na operação realizada pelo fabricante ouimportador, que destine o veículo diretamente aconsumidor ou usuário final, ou quando destinado aoativo imobilizado do adquirente.

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Conforme se observa na alínea “o” do inciso IIdo artigo 14 da Lei 11.580/1996, já citada, a classificaçãodas mercadorias é feita por meios de códigos NBM/SH, ao passoque a Consulente menciona a classificação em NCM. Em facedisso, fez-se a correlação de código de mercadorias no sitehttp://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/secex/negInternacionais/acoComerciais/CorrNomenclaturas.php, cujoresultado transcreve-se:

Correlação de Código de Mercadorias NCM para NBM

Digite o código completo da Mercadoria (NCM/oito algarismos),com ponto separador, Exemplo:

0000.00.00

8702.10.00 - Pesquisa - Nova Pesquisa

Resultado da Pesquisa de correlação NCM para NBM

NBM DESCRIÇÃO

8702.10.0100 ONIBUS C/MOTOR,IGNICAO P/COMPRESSAO,CAP>20PASSAGEIROS

8702.10.0200 ONIBUS-LEITO,C/MOTOR,IGNICAO COMPRESSAO,CAP<=20PASSAG.

8702.10.9900 OUTS.VEICS.AUTOMOVEIS,C/MOTOR,IGN.COMPRESS.C>=10PASSAG

Da verificação denota-se que as mercadoriasclassificadas no códigos NBM/SH 8702.10.0100, 8702.10.02.00 e8702.10.9900, tem correlação à classificação no código NCM8702.10.00.

A alíquota a ser aplicável nas operaçõesinternas com os veículos classificados no código NCM8702.10.00 é de 12%, nos termos do inciso III do § 2º doartigo 14 da Lei n. 11.580/1996, que se aplica ao caso, pois obem é destinado ao ativo imobilizado da adquirente, e não odispositivo mencionado pela Consulente.

Assim, em sendo a operação interna com veículosclassificados no código NCM 8702.10.00 tributada a alíquota de12%, inexiste diferencial de alíquotas a ser recolhido aoEstado do Paraná.

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PROTOCOLO: 9.445.830-7

CONSULTA Nº: 125, de 04 de dezembro de 2007

CONSULENTE: G.M.E. GENERAL MECHANICAL EQUIPMENTS LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO - CRÉDITO PRESUMIDO.

RELATOR: ACHILES PENAYO DE CAMPOS

A Consulente, fabricante de máquinas eequipamentos de uso geral, classificados no código NBM8479.89.99, formula consulta referente ao Decreto n. 6.144, de22/02/2006, que introduziu no Regulamento do ICMS, aprovadopelo Decreto 5.141/01, dispositivos que tratam do créditopresumido ao estabelecimento industrial que importarmatéria-prima, material intermediário ou secundário, inclusivematerial de embalagem, através dos aeroportos e dos portos deAntonina e Paranaguá, para serem utilizados em seu processoprodutivo.

Informa que o produto final de seu processoprodutivo (código NCM 8479.89.99 - correspondente ao códigoNBM/SH 8479.89.9900) é vendido com a redução de base decálculo concedida pelo item 14 da Tabela I do Anexo II doRICMS/01, de forma que o percentual da carga tributáriaincidente sobre a operação seja equivalente a 8,8%.

Na seqüência faz referência aos artigos 572-O, §1º e 572-P, ambos do RICMS/01, que tratam, respectivamente, docrédito presumido concedido por ocasião da importação, e danão exigência de seu estorno na hipótese de posterior saída damercadoria industrializada para o exterior, para a Zona Francade Manaus e Áreas de Livre Comércio e, ainda, nos casos desaídas sujeitas ao diferimento.

Isso posto, indaga:

- se importar material para o processo produtivoe, após sua transformação, vender o produto final com alíquotade 8,8%, poderá beneficiar-se do crédito presumido de 9% naocasião da respectiva entrada/importação?

RESPOSTA

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Antes de responder ao indagado, reproduz-se osdispositivos do RICMS/01 que versam sobre a matéria:

Art. 572-O. Fica concedida ao estabelecimentoindustrial que realizar a importação de bem oumercadoria por meio dos portos de Paranaguá eAntonina e de aeroportos paranaenses, com desembaraçoaduaneiro no Estado, a suspensão do pagamento doimposto devido nesta operação, quando da aquisiçãode:

I - matéria-prima, material intermediário ousecundário, inclusive material de embalagem, para serutilizado em seu processo produtivo;

(...)

§ 1º Em relação às aquisições de que trata o incisoI, o pagamento do imposto suspenso será efetuado porocasião da saída dos produtos industrializados,podendo o estabelecimento industrial escriturar emconta-gráfica, no período em que ocorrer a respectivaentrada, um crédito correspondente a 75% (setenta ecinco por cento) do valor do imposto devido, até olimite máximo de nove por cento sobre o valor da basede cálculo da operação de importação, e que resulteem carga tributária mínima de três por cento.

(...)

§ 4° Nos casos de aplicação cumulativa do diferimentoparcial previsto no art. 87-A, o estabelecimentoindustrial deverá escriturar diretamente emconta-gráfica, por ocasião da entrada da mercadoria,crédito presumido de nove por cento calculado sobre abase de cálculo da operação de importação, hipóteseem que o débito relativo ao imposto suspenso de quetrata o §1º ficará incorporado ao imposto recolhidopor ocasião da saída da mercadoria industrializada.

Art. 572-P. Não será exigido o estorno dos créditosrelativos às aquisições de que trata o art. 572-O nahipótese em que a posterior saída da mercadoriaindustrializada seja beneficiada com a imunidade emrazão de exportação para o exterior, com a isençãopor saída para a Zona Franca de Manaus e Áreas deLivre Comércio, ou esteja sujeita ao diferimento.

(...)

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Art. 572-T. O tratamento tributário de que trata esteCapítulo não se aplica:

(...)

VII - cumulativamente com outros benefícios fiscais.(grifamos)

(...)

Art. 572-U. O crédito presumido de que trata esteCapítulo aplica-se cumulativamente com o diferimentoparcial de que trata o art. 87-A.

Infere-se, da legislação transcrita, que foiconcedida a suspensão do ICMS incidente na importação dematéria-prima a ser utilizada no processo industrial peloestabelecimento importador, quando efetuada pelos Portos deParanaguá e de Antonina ou aeroportos paranaenses e comdesembaraço aduaneiro neste Estado, até que ocorra a saída dosprodutos industrializados, momento em que o importador deveráefetuar o pagamento do imposto suspenso.

Prevê, ainda, o § 1º do art. 572, retrocitado,que o estabelecimento industrial poderá escriturar emconta-gráfica, no período em que ocorrer a respectiva entrada,um crédito correspondente a 75% do valor do imposto devido,até o limite máximo de nove por cento sobre o valor da base decálculo da operação de importação, e que resulte em cargatributária mínima de três por cento.

Finalmente, o art. 572-P elenca os casos em quenão será exigido o estorno do crédito presumido, mesmo nãohavendo compensação na operação de saída.

Quanto ao item 14 da Tabela I do Anexo II doRICMS/01, destaca-se, primeiramente, que os produtosimportados pela consulente não se encontram arrolados nestedispositivo, pelo que não há cumulatividade do benefício daredução de base de cálculo com o benefício do créditopresumido na operação de importação das mercadorias que serãoincorporadas no processo produtivo da empresa. Já o produtofinal de seu processo produtivo encontra-se arrolado, peloque, na operação de saída do mesmo, terá direito à redução debase de cálculo, de forma que a carga tributária incidenteseja equivalente a 8,8%:

14 A base de cálculo é reduzida, até 31.10.2007,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

nas operações com as MÁQUINAS, APARELHOS EEQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS adiante arrolados, para opercentual que resulte na carga tributáriaequivalente a (Convênios ICMS 52/91, 87/91, 90/91,08/92, 13/92, 45/92, 109/92, 148/92, 63/96, 74/96,21/97, 23/98, 05/99 e 01/00):

(...)

b) 8,80% nas demais operações interestaduais e nasoperações internas.

(...)

Nota: o disposto neste item:

1. aplica-se às operações de importação do exterior;

2. não se aplica aos bens usados beneficiados com aredução da base de cálculo a que se refere o item 2da Tabela I deste Anexo;

3. não acarretará a anulação do crédito em relação àentrada de mercadorias;

4. o benefício de que trata este item não se aplicaàs peças e partes quando estas forem comercializadasseparadamente da máquina, aparelho ou equipamento.

5. aplica-se a redução de que trata o "caput" àsoperações com compressores de gases classificados nasposições NBM/SH 8414.80.0301 e 8414.80.0399, aindaque lhes sejam acoplados cilindros para estocagem eequipamentos elétrico-eletrônicos de medição depressão ou vazão.

6. desobriga o contribuinte do pagamento dodiferencial de alíquotas.

CÓDIGO NBM/SH DISCRIMINAÇÃO DA MERCADORIA

8479.89.9900 Outras máquinas e aparelhos

Pelo exposto, conclui-se que a importação pelaconsulente, de matéria-prima, material intermediário ousecundário, para serem utilizados em seu processo produtivo,estará albergada pelo regime de suspensão do pagamento doimposto de que trata o artigo 572-O do RICMS/01, cabendo,ainda, o crédito presumido autorizado pelo § 1º do mesmoartigo.

Resta esclarecer se, pelo fato do bem produzidoestar albergado pela redução da base de cálculo na posterioroperação de saída, o crédito presumido obtido quando da

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.importação da matéria-prima deverá ser estornado.

O artigo 53, do RICMS/01, dispõe que não seexigirá a anulação do crédito em relação aos itens do Anexo IIdo regulamento, em que haja expressa previsão de manutenção decrédito: a regra específica prevalece sobre a regra geral.

Sendo assim, considerando que a regra específicaprevalece sobre a regra geral e, ainda, que o legislador aoconceder o benefício fiscal pode estabelecer regras para suamanutenção, responde-se que o estabelecimento industrial quepromover a saída de produtos resultantes da industrializaçãocom a redução de base de cálculo de que trata o item 14, doanexo II do RICMS/01, com base no item 3 do mesmo dispositivo,não necessita estornar o crédito presumido apropriado porocasião da entrada das matérias-primas.

Caso a Consulente esteja procedendodiferentemente do contido nessa resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001, tem o prazo de 15dias, a partir da ciência desta, para adequar-se.

PROTOCOLO : 8.900.533-7

CONSULTA Nº: 126, de 04 de setembro de 2007

CONSULENTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA D'A IGREJA DE JESUSCRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO DE BENS. IMUNIDADE. NÃORECONHECIMENTO.

RELATORA: LEONORA GARAN

A Consulente, entidade religiosa sem finslucrativos, informa que para atender as suas finalidadesessenciais necessita importar bens do exterior, sendo que aReceita Federal do Brasil já firmou posicionamento no sentidode que inexiste incidência do Imposto de Importação (II) e doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI) relativamente atais importações, conforme Soluções de Consulta SRRF/8ªRF/DISIT n. 227 e 254, datadas, respectivamente, de 02/08/2004e 06/09/2004, cópias anexadas.

Manifesta seu entendimento de que deve serdesonerada também do recolhimento do ICMS que ainda lhe é

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.exigido quando da importação de seus bens, invocando, paratanto, a imunidade tributária prevista no art. 150, inc. VI,al. “b” e § 4º da Constituição da República.

Sustenta que o alcance da imunidade tributáriajá foi amplamente discutido no passado pela doutrina nacionale que o Supremo Tribunal Federal não só repeliu osentendimentos que restringiam a sua aplicação, como tratou dedestacar seu caráter abrangente, transcrevendo, neste sentido,seis ementas de acórdãos proferidos por aquela Egrégia Corte.

Aduz que sendo o ICMS um imposto que desfalca oseu patrimônio, prejudicando consequentemente odesenvolvimento de suas finalidades estatutárias, resta claroque a imunidade tributária prevista na Constituição Federalpara os templos de qualquer culto deve alcançá-la, inclusiveporque a Consulente é, ao mesmo tempo “contribuinte dedireito” e “contribuinte de fato”.

Ressalta, ainda, que o próprio Estado do Paraná,por intermédio da Lei n. 14.586/2004, proibiu a cobrança doICMS sobre os serviços públicos de água, luz, telefone e gásprestados aos templos de qualquer culto.

Esclarece, por fim, que o Procurador Geral daRepública emitiu parecer contrário à ADIN n. 3421-9, propostapelo Senhor Governador deste Estado em face à referida Lei n14.586/2004, afirmando que a lei paranaense nada mais fez doque reafirmar e aplicar, na prática, a disposiçãoconstitucional que garante a imunidade tributária aos templosde qualquer culto.

Isto posto, indaga:

1) A imunidade tributária constitucionalmenteprevista alcança o ICMS incidente na importação de bens deuso/consumo próprio relacionados às suas finalidadesessenciais?

2) Em sendo positiva a resposta acima, como sedará, na prática, o procedimento para exoneração do pagamentodo ICMS nessas importações?

RESPOSTA

Sobre a aludida imunidade tributária, veja-se oque dispõe o art. 150, inc. VI, al. “b” e “c” e § 4º daConstituição Federal, “verbis”:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantiasasseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aosEstados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

...

VI – instituir impostos sobre:

(...)

b) templos de qualquer culto;

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidospolíticos, inclusive suas fundações, das entidadessindicais dos trabalhadores, das instituições deeducação e de assistência social, sem finslucrativos, atendidos os requisitos da lei;

...

§ 4º - As vedações expressas no inciso VI,alíneas "b" e "c", compreendem somente opatrimônio, a renda e os serviços, relacionados comas finalidades essenciais das entidades nelasmencionadas.

Analisando-se tal dispositivo, depreende-se quese trata de imunidade objetiva e direcionada aos impostossobre o patrimônio, a renda ou serviços, tanto em relação aos“templos de qualquer culto” (al. “b” e § 4º), como em relaçãoàs “instituições de educação e assistência social sem finslucrativos” (al. “c”, e § 4º).

Portanto, tratando-se de ICMS, seja nacondição de “igreja”, seja na condição de “associaçãoeducacional e de assistência social sem fins lucrativos”,(finalidades essenciais para as quais foi constituída aConsulente, conforme artigo 2º do seu estatuto), não háfalar-se em “imunidade constitucional” nas importaçõesefetuadas, pois a vedação contida no artigo 150, inc. VI, al.“b” e “c”, restringe-se aos impostos sobre patrimônio, rendaou serviços, e tão somente sobre estes.

O Código Tributário Nacional, ao tratar dosIMPOSTOS (Livro Primeiro, Título III) separa-os por “grupos”,sendo que no Capítulo III estão disciplinados os “Impostossobre o patrimônio e a renda”, que são os seguintes:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Seção I – Imposto sobre a Propriedade TerritorialRural (art. 153, VI da CF/88 e 29 do CTN);

Seção II - Imposto sobre a Propriedade Predial eTerritorial Urbana (art. 156,I e § 1º da CF/88 e 32do CTN);

Seção III – Imposto sobre a Transmissão de BensImóveis e de Direitos a ele Relativos (art. 155, I,a e 156,II da CF/88 e 35 do CTN);

Seção IV – Imposto sobre a Renda e Proventos deQualquer Natureza (art. 153,III da CF/88 e 43 doCTN).

Assim, os três primeiros impostos (o terceirodividido em 2) são aqueles diretamente atingidos pela vedaçãoimposta pelo termo “patrimônio” (ITR, IPTU e ITCMD/ITBI) etambém o quarto e último (IR).

É equivocada a interpretação extensiva que sepretende dar ao dispositivo constitucional ora em análise,pois quisesse o legislador constituinte estender a imunidadetributária também a outros impostos, a exemplo do ICMS, deque ora se trata, teria feito menção expressa no § 4º doart. 150 da CF/88.

Neste sentido, importa destacar a opinião doProfessor Sacha Calmon Navarro Coelho - que, contrariamente àsteses defendidas por outros tributaristas, que foram trazidasà colação pela Consulente – assim se manifestou, “verbis”:

“A imunidade das instituições de educação eassistência social as protege da incidência do IR,dos impostos sobre o patrimônio e dos impostossobre serviços, não de outros, quer sejam asinstituições contribuintes “de jure” ou “de facto”.Destes outros só se livrarão mediante isençãoexpressa, uma questão diversa”. (“in” Comentários àConstituição de 1988 – Sistema Tributário “, Ed.Forense 6ª ed, pág. 349).

Com efeito, a aquisição de bens ou demercadorias, mediante importação do exterior constitui fatogerador do ICMS, conforme dispõem a Constituição Federal, noseu art. 155, inc IX, al. “a”, com a redação dada pela EC nº33/2001, e a Lei Orgânica do ICMS do Paraná (Lei n.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.11.580/1996), no seu art. 2º , inc. I, § 1º, “verbis”:

“Art. 2º O imposto incide sobre:

I - operações relativas à circulação demercadorias, inclusive o fornecimento de alimentaçãoe bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentossimilares;

...

§ 1º O imposto incide também:

I - sobre a entrada de mercadoria ou bem importadosdo exterior, por pessoa física ou jurídica, aindaque não seja contribuinte habitual do imposto,qualquer que seja a sua finalidade (Lei Complementarnº.114/02);

Nova redação dada ao inciso I pelo art. 1º, alteração1ª, da Lei n. 14.050, de 14.05.2003, produzindoefeitos a partir de 17.12.2002.

Redação original, em vigor no período de 1º.11.96 a16.12.2002:

I - sobre a entrada de mercadoria importada doexterior, por pessoa física ou jurídica, ainda quandose tratar de bem destinado a consumo ou ativopermanente do estabelecimento;"

Quanto à referida obtenção, pela entidadeConsulente, do reconhecimento da imunidade tributáriaconstitucional relativamente aos Impostos de Importação e deProdutos Industrializados junto à Receita Federal do Brasil,deixa-se de fazer qualquer comentário, haja vista a autonomiados entes tributantes de que trata a mesma ConstituiçãoFederal nos seus artigos 145 e 146, sendo certo, ademais, queo posicionamento adotado por aquele órgão não vincula, nemobriga a Secretaria da Fazenda deste Estado.

No que se refere aos acórdãos do STF,transcritos pela Consulente, não se aplicam ao casoespecífico objeto da presente consulta, pois dizem respeito àdesoneração do II e do IPI em favor das instituições deassistência social.

Quanto ao aludido Parecer do Senhor ProcuradorGeral da República, contrário à ADIN 3421-9, proposta peloSenhor Governador deste Estado em face à Lei n 14.586/2004,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.esclareça-se que o mesmo ainda depende da análise do relatordo processo no Supremo Tribunal Federal, ministro MarcoAurélio Mello. Portanto, estando a questão sub-judice,inexiste, até a presente data, qualquer decisão sobre amesma, de forma que aquele entendimento poderá, eventualmente,ser refutado pelos Senhores Ministros da Suprema CorteBrasileira.

E, ainda, sobre a matéria discutida naquelaADIN, este Setor Consultivo deixa de se manifestar, em face aodisposto no art. 583 do RICMS/PR, aprovado pelo Decreto n.5.141/2001.

De conformidade com o contido no art. 591 doRegulamento do ICMS/2001, tem a Consulente o prazo de quinzedias, a partir da sua ciência, para adequar seu procedimento,bem como sanar eventuais irregularidades pendentes, no caso deter procedido diferentemente do contido nesta resposta.

PROTOCOLO Nº: 9.551.345-0 e 9.684.284-8

CONSULTA Nº: 127, de 28 de novembro de 2007

CONSLUENTE: VISOLUX COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO VISUAL LTDA.

SÚMULA: ICMS. SAÍDAS DE MÓVEIS PLÁSTICOSPERSONALIZADOS. HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA.CONFIGURAÇÃO.

RELATOR: RANDAL SODRÉ FRAGA

A consulente, reportando-se à respostaconsultiva de nº 75/2006, por ela própria formulada a estesetor, questiona sobre a possibilidade de extensão daquelasconclusões às operações de venda de mercadorias produzidas emseu estabelecimento, classificadas na NCM sob nº 9403.70.00 e8310.00.00, com destino à uma distribuidora de derivados depetróleo localizada em outro Estado, em razão destasmercadorias se destinarem à composição do ativo imobilizadodeste cliente e confeccionadas rigorosamente segundo asespecificações do encomendante.

Entende que referidas operações com aquelaempresa não se confundem com uma típica saída de “produto deprateleira”, já que os materiais encomendados e por ela

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.confeccionados se destinam ao uso exclusivo do seu cliente,materiais esses que contêm sinalizações visuais queidentificam o distribuidor de combustíveis perante o públicoconsumidor.

Em complemento de consulta, alega que aatividade informada deve ser considerada um serviço tributadopelo imposto municipal, ISS, tal qual reconhecido pela aludidaconsulta, haja vista a propriedade intelectual do projetopertencer ao seu cliente e em razão da característicapersonalíssima ostentada pelo produto. Junta fotografias.

Informa, por fim, que referidos fornecimentos sedestinam à composição de imagem e sinalização da marca de seucliente, individualizando-o em relação às demais empresas domesmo ramo de atividade.

RESPOSTA

Preliminarmente, necessária a reprodução dacitada consulta:

PROTOCOLO: 8.701.335-9

CONSULTA Nº: 75, de 23 de maio de 2006

CONSULENTE: VISOLUX IND. E COM. DE LUMINOSOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. CONFECÇÃO DE PLACAS, SINALIZAÇÃOVISUAL, TOTENS E CONGÊNERES, PERSONALIZADOS,ENCOMENDADOS PELO USUÁRIO FINAL. HIPÓTESE DEINCIDÊNCIA. NÃO CONFIGURAÇÃO.

RELATOR: RANDAL SODRÉ FRAGA

A consulente diz explorar o ramo de atividade daindústria e comércio de sinalização visual eprestação de serviços de confecção, instalação,manutenção e locação de estruturas de totens epainéis. Na consecução de seu objeto social, porvezes, recebe de seus clientes pedidos de placas,totens, instrumentos de sinalização visual e diversoscongêneres, todos desenvolvidos nos estritos termos epadrões adotados e informados pelo cliente.

Relata que tais encomendas são personalizadas,seguindo as especificações fornecidas pelo clientequanto ao desenho, formato, textura, iluminação, cor,peso, medida e obedientes aos padrões de seus

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logotipos.

Examinando disposições específicas contidas nas LeisComplementares nº 87/96 e 116/03; e na Lei nº11.580/96, assim como após consultada ajurisprudência predominante dos tribunais superiores,conclui que a confecção de painéis, placas, totens edemais instrumentos de sinalização visual, constituiuma prestação de serviços de competência tributáriados municípios, tendo em vista ser realizada sobencomenda, com características específicaspreviamente determinadas pelos seus clientes.

Por fim, informa que tais serviços não se confundemcom produtos ditos “de prateleira”, e que não sedestinam a etapa posterior de comercialização ouindustrialização. Nesta esteira, entende que aatividade informada está no campo de incidência doimposto municipal (ISS), por força do que dispõem oart. 1º, § 2º, da Lei Complementar nº 116/2003 e item24.01 da Lista de Serviços a ela anexa; e do contidono art. 2º, inc. V, da Lei nº 11.580/96. Ante oexposto, questiona se suas conclusões estão corretas.

RESPOSTA

Nos termos constitucionais, compete aos Estados e aoDistrito Federal instituir impostos sobre operaçõesrelativas à circulação de mercadorias e sobreprestações de serviços de transporte interestadual eintermunicipal e de comunicação, ainda que asoperações e as prestações se iniciem no exterior(CF/88, art. 155, II). Estabelece, ainda, aConstituição Federal, que compete aos Municípiosinstituir impostos sobre serviços de qualquernatureza, não compreendidos no art. 155, II,definidos em lei complementar (art. 156, III – grifosnossos).

A CF/88 determina que constitui hipótese deincidência do ISS os serviços de qualquer naturezanão compreendidos no art. 155, II, e definidos em LeiComplementar (art. 156, III). A Lei Complementar aque se refere o texto constitucional é a de nº 116,de 31 de julho de 2003, que estabelece, em seu art.1º, o que segue:

Art. 1o O Imposto Sobre Serviços de QualquerNatureza, de competência dos Municípios e do DistritoFederal, tem como fato gerador a prestação deserviços constantes da lista anexa, ainda que essesnão se constituam como atividade preponderante do

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prestador.(grifado)

A consulente informa que sua atividade está previstano item 24.01 da referida Lista de Serviços, cujoteor se transcreve a seguir:

24.01 – Serviços de chaveiros, confecção de carimbos,placas, sinalização visual, banners, adesivos econgêneres.

Perceba-se que as hipóteses acima se desdobram emduas vertentes: 1) serviços de chaveiros; 2)confecção de carimbos, placas, sinalização visual,banners e congêneres. Abandona-se da análise aprimeira, posto que não constitui atividade informadapela consulente, assim como a confecção de carimbos,presente na segunda.

Considerando haver expressa disposição legal sobre aatividade informada pela Consulente, conclui-se que aconfecção de placas, sinalização visual e congêneres,personalizados, encomendados pelo usuário final,constitui prestações onerosas de serviços decompetência tributária dos municípios, e não umfornecimento de mercadorias. A diferenciação destesserviços de um “produto de prateleira”, consiste naexclusividade das encomendas que lhe são confiadas eda destinação a eles empreendidos.

A Consulente diz, ainda, confeccionar totens –designação que dá a outros serviços de sinalizaçãovisual que executa. Conforme registrado, a lista deserviços estende o conceito presente no item 24.01aos seus congêneres, que significa “pertencente aomesmo gênero; cogenérico. Idêntico, semelhante,similar” (Novo Dicionário Aurélio da LínguaPortuguesa, p. 364). Como os serviços elencados noitem 24.01 da referida lista são extensíveis aos seuscongêneres, entende-se que as hipóteses nele contidasabarcam os totens, conquanto representareminstrumentos de sinalização de empresas, marcas,produtos e serviços e, nesta condição, pertencerem aomesmo gênero dos demais, conforme demonstrado noresultado das diligências solicitadas por este setor.

Por outro ângulo, a confecção de painéis, placas,totens e demais instrumentos de sinalização visualnão caracteriza serviços de comunicação,especificados pelo art. 155, II, da CF/88, dada aexistência de reserva legal taxativa que a aloca norol dos serviços tributados exclusivamente pelo ISS.

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Por fim, esclarece-se que, conforme disposto no art.1º, § 2º, da LC 116/03, ressalvadas as exceçõesexpressas na lista anexa, os serviços nelamencionados não ficam sujeitos ao Imposto SobreOperações Relativas à Circulação de Mercadorias ePrestações de Serviços de Transporte Interestadual eIntermunicipal e de Comunicação – ICMS, ainda que suaprestação envolva fornecimento de mercadorias. Comovisto, no item 24.01 da lista de serviços a elaanexa, não estão previstas hipóteses que excepcionema tributação em favor dos Estados e do DistritoFederal (grifos nossos).

Desta forma, conclui-se que os serviços noticiadospela consulente são estranhos ao universo datributação do ICMS, eis que regulados em legislaçãocomplementar específica. Entretanto, cumpre ressaltarque a exclusividade e a destinação final que lhes sãopeculiares é que os diferencia de uma operação decirculação de mercadorias ou de um processo deindustrialização no ciclo de produção de mercadorias,situações em que se materializam fatos de competênciatributária estadual, conforme abordado.

Por fim, cumpre destacar que, por força do art. 27,I, da Lei nº 11.580/96, é vedado à consulente oaproveitamento de quaisquer créditos do ICMS, emrelação à execução dos serviços por ela informados.

A classificação na NCM dos produtos informadospela Consulente é a seguinte:

8310.00.00 - PLACAS INDICADORAS, PLACASSINALIZADORAS, PLACAS-ENDEREÇOS E PLACAS SEMELHANTES,NÚMEROS, LETRAS E SINAIS DIVERSOS, DE METAIS COMUNS,EXCETO OS DA POSIÇÃO 9405

9403.70.00 – MÓVEIS DE PLÁSTICOS

A análise das fotografias encartadas à presenteconsulta afasta a possibilidade de considerar que os elementosconfeccionados pela interessada sirvam à mesma função exercidapelos manufaturados comumente empregados na sinalizaçãovisual. Tratam-se de utensílios que guarnecem estabelecimentoscomerciais, utilizados por varejistas para exposição deprodutos, dispensa de lixo, base para terminal ponto de venda,

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.módulo de serviço, entre outras funções, alguns contendologomarca de determinada distribuidora de combustíveis ederivados de petróleo.

A finalidade dos produtos elaborados é decisivana definição do tratamento tributário aplicável à sua espécie.Na resposta retrotranscrita, informou-se à consulente que osserviços de confecção de placas, sinalização visual, banners,adesivos e congêneres, estão fora do campo de incidência doICMS, porquanto previstos pelo item 24.01 da lista deserviços, anexa à Lei Complementar nº 116/2003.

Referida conclusão não poderá se estender aosbens materiais comercializados pela interessada (móveisfabricados em material plástico ou fibra, classificados naposição NCM 9403.70.00), pois não possuem as mesmascaracterísticas essenciais daqueles materiais analisados nareferida consulta, ainda que confeccionados sob encomenda e emcondições personalíssimas.

Assim, as saídas dos produtos informados napresente consulta estão insertas no campo de incidência doICMS.

No que houver procedido de forma diversa, oconsulente terá, de acordo com o art. 591 do RICMS/01, o prazode até quinze dias para adequar o seu procedimento ao quehouver sido elucidado, independentemente de qualquerinterpelação ou notificação fiscal.

PROTOCOLO: 9.354.701-2

CONSULTA Nº: 128, de 10 de dezembro de 2007

CONSULENTE: ROBERT BOSCH LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO POR PORTO LOCALIZADO FORADO TERRITÓRIO PARANAENSE. INAPLICABILIDADEDO ART. 572-O DO RICMS/2001.

RELATOR: GABRIEL VIEIRA DE OLIVEIRA

A Consulente informa que atua no ramo defabricação de peças e acessórios para sistema motor(atividade principal) e expõe o seguinte:

- Realiza operações de importação de mercadorias

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.(matérias-primas, material intermediário ou segundário) doexterior, as quais serão utilizadas como insumos no seuprocesso industrial;

- para contornar problemas de naturezalogística, realiza algumas de suas importações por meio deoutros portos e aeroportos fora do território paranaense.Porém, faz o desembaraço aduaneiro na zona primária localizadadentro do Estado, no Porto de Paranaguá, por exemplo, por meiodo Regime Especial de Trânsito Aduaneiro, previsto no art. 237do Regulamento Aduaneiro Brasileiro.

Diante disso, indaga:

1) desde que preenchidos os demais requisitoslegais é possível a utilização dos benefícios previstos na LeiEstadual n. 14.985/2006 e no art. 572-O do Regulamento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 5.141/2001, nas importaçõesprovenientes de outros Estados da Federação, cujo desembaraçoaduaneiro/nacionalização ocorra nos portos de Paranaguá ouAntonina? Ou seja, ainda que a entrada em território nacionaldos produtos importados se dê em outra unidade da Federação,desde que o efetivo desembaraço aduaneiro ocorra nos portos deParanaguá ou Antonina, a Consulente mantém seu direito aosbenefícios previstos na legislação acima?

2) Quando a Lei n. 14.985/2006, em seu art. 1º,determina que o benefício se destina ao estabelecimentoindustrial que realizar a importação por meio de aeroporto edos portos de Paranaguá e Antonina, com desembaraço aduaneirono Estado, ela está trazendo dois requisitos, ou seja: aimportação deve dar-se por meio dos portos de Paranaguá eAntonina, com a chegada das mercadorias do exterior nas zonasprimárias, e o desembaraço aduaneiro deve ocorrer no Estado doParaná?

RESPOSTA

A utilização dos benefícios previstos na Lei n.14.985/2006 e no art. 572-O do Regulamento do ICMS aprovadopelo Decreto n. 5.141/2001 está condicionada a que aimportação e o desembaraço aduaneiro ocorram no territórioparanaense.

Portanto, nas importações provenientes de outrosEstados da Federação, em que apenas o desembaraçoaduaneiro/nacionalização ocorra nos portos de Paranaguá ou

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.Antonina, não se aplicam tais dispositivos.

Caso esteja procedendo de forma diversa, aConsulente tem, a partir da data da ciência da resposta, oprazo de até quinze dias para adequar-se ao que foi respondido(art. 591 do RICMS/2001).

PROTOCOLO: 9.694.943-0

CONSULTA Nº: 129, de 11 de dezembro de 2007

CONSULENTE: ELEMENTAR REPRESENTAÇÕES COMERCIAIS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SIMPLES NACIONAL. CRÉDITO PRESUMIDO.IMPOSSIBILIDADE.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente, optante do Simples Nacional eatuando como comerciante atacadista de produtos alimentíciosem geral, questiona se torrada (estilo “água e sal”, levementesalgada, integral e doce) pode ser enquadrada ao item “d” doinciso XVIII do artigo 50 do RICMS/PR, aprovado pelo Decreton. 5.141/2001, e vender a destinatários sediados nos Estadosde São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais com créditopresumido de 10%.

RESPOSTA

Inicialmente, deve-se destacar que a Consulente,em sendo optante pelo Simples Nacional, não poderáapropriar-se dos créditos relativos a impostos, conformedeterminam o artigo 23 da Lei Complementar n. 123, de 14 dedezembro de 2006 e o artigo 9º da Lei Estadual n. 15.562, de 4de julho de 2007, verbis:

a) Lei Complementar n. 123/2006:

“Seção VI

Dos Créditos

Art. 23. As microempresas e as empresas de pequeno

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

porte optantes pelo Simples Nacional não farão jus àapropriação nem transferirão créditos relativos aimpostos ou contribuições abrangidos pelo SimplesNacional.”

b) Lei Estadual n. 15.562/2007:

“Art. 9º A opção pelo Regime Especial Unificado deArrecadação de Tributos e Contribuições - SimplesNacional, de que trata esta Lei, implica renúncia acréditos ou saldo credor de ICMS que o contribuintemantenha em conta-gráfica.”

Assim, uma vez que a opção da Consulente peloRegime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos eContribuições – Simples Nacional implica renúncia aos créditosrelativos a impostos destacados nas nota fiscais de aquisiçõesde mercadorias, não faz ela jus aos mesmos, tampouco aoressarcimento.

Ademais, de acordo com a alínea “d” do incisoXVIII do artigo 50 do RICMS/2001, a seguir transcrito, ocrédito presumido é concedido aos estabelecimentosfabricantes, que não é o caso da Consulente, uma vez que atuano ramo de comércio atacadista.

“Art. 50. São concedidos os seguintes créditospresumidos:

..

XVIII - aos estabelecimentos fabricantes, emoperações interestaduais com destino a contribuinteslocalizados nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiroe Minas Gerais, no percentual de 10% sobre o valordas saídas das seguintes mercadorias:

...

d) de biscoitos e bolachas derivados de trigo, dostipos "cream cracker", "água e sal", "maisena","maria" e outros de consumo popular classificados nasubposição 1905.30 da NBM/SH e que não sejamadicionados de cacau, recheados, cobertos ouamanteigados, independentemente de sua denominaçãocomercial.”

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Assim, caso a Consulente esteja procedendodiferentemente do contido nesta resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001 tem prazo de 15 dias,a partir da ciência desta, para adequar-se.

PROTOCOLO: 9.747.136-3

CONSULTA Nº: 130, de 11 de dezembro de 2007

CONSULENTE: FINISHTEC – ACABAMENTOS TÉCNICOS EM METAIS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SIMPLES NACIONAL. CRÉDITO.IMPOSSIBILIDADE.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente, optante do Simples Nacional eatuando nos serviços de usinagem, solda, tratamento erevestimento em metais, informa que são empregados ou seconsomem no seu processo industrial, integrando ao produtoobjeto da atividade de industrialização para terceiros, osseguintes insumos: cianeto de sódio, sal ag, ácido clorídricopuro, chapa inox 430, inox AISI 303, ferro chato, tubos decobre, enxofre em pó, arame MIG, estanho verga puro, óxido dezindo, zinco lingote, Surtec 611-B, ácido nítrico, hidróxidode sódio sólido, líquido corrosivo Decabel, zinco SHG.

Isto posto, questiona o direito de créditoreferente a essas aquisições e ao seu ressarcimento, uma vezque as saídas são suspensas. Indaga, também, quanto aosprocedimentos administrativos a adotar para ressarcir-se.

RESPOSTA

A Consulente, optante pelo Simples Nacional, nãopoderá apropriar-se do crédito relativo a impostos, conformedeterminam o artigo 23 da Lei Complementar n. 123, de 14 dedezembro de 2006 e o artigo 9º da Lei Estadual n. 15.562, de 4de julho de 2007, verbis:

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

a) Lei Complementar n. 123/2006:

“Seção VI

Dos Créditos

Art. 23. As microempresas e as empresas de pequenoporte optantes pelo Simples Nacional não farão jus àapropriação nem transferirão créditos relativos aimpostos ou contribuições abrangidos pelo SimplesNacional.”

b) Lei Estadual n. 15.562/2007:

“Art. 9º A opção pelo Regime Especial Unificado deArrecadação de Tributos e Contribuições - SimplesNacional, de que trata esta Lei, implica renúncia acréditos ou saldo credor de ICMS que o contribuintemantenha em conta-gráfica.”

Assim, uma vez que a opção da Consulente peloRegime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos eContribuições – Simples Nacional, implica renúncia aoscréditos relativos a impostos destacados nas notas fiscais deaquisições de mercadorias, não faz ela jus aos mesmos,tampouco ao ressarcimento.

Caso a Consulente esteja procedendodiferentemente do contido nesta resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001 tem prazo de 15 dias,a partir da ciência desta, para adequar-se.

PROTOCOLO: 9.160.605-4

CONSULTA Nº: 131, de 11 de dezembro de 2007

CONSULENTE: MASTER GRÃOS COMÉRCIO IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃOLTDA.

SÚMULA: ICMS. DIFERIMENTO. CRÉDITO. OPERAÇÕES COMFEIJÃO. CRÉDITO PRESUMIDO. NOTA FISCAL.PREENCHIMENTO. CRÉDITO PELA AQUISIÇÃO DE

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

ENERGIA ELÉTRICA. IMPOSSIBILIDADE.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A Consulente informa que atua no ramo decomércio atacadista de leguminosas, cereais, insumosagrícolas, sementes, adubos, fertilizantes e corretivo dosolo, importação, exportação, serviço de transporte rodoviáriode cargas secas e a granel, intermediação comercial, prestaçãode serviço de beneficiamento e industrialização de leguminosase cereais a granel ou embalados, de adubos e seus derivados.

Expõe seus procedimentos e suas indagações:

a) Em relação a adubos, sementes e fertilizantesaduz que se credita do imposto incidente nas aquisições emoutros Estados, e que realiza vendas apenas a contribuintesestabelecidos no Estado do Paraná, com diferimento do impostonos termos dos artigos 90 e 91 do RICMS/PR, aprovado peloDecreto n. 5.141/2001. Assim, questiona se é possível amanutenção desses créditos.

b) Quanto ao feijão que adquire de produtoresrurais, relata que efetua seu beneficiamento, limpeza e embalaem sacas de 60 quilos para vender a atacadistas, em operaçõesinterna e interestadual, utilizando o crédito presumidoconforme determina o Decreto n. 5.501, de 10 de outubro de2005, e que o § 12 define a impossibilidade do uso dequaisquer outros créditos oriundos de operações com o mesmoproduto. Pergunta:

b.1) a regra acima mencionada se aplica aocrédito da energia elétrica consumida nas máquinas utilizadasno processo industrial antes citado? Ou a empresa poderámanter em sua conta gráfica esses créditos?

b.2) Em caso afirmativo, pode fazer uso de todoo crédito do ICMS da energia elétrica utilizada nas máquinasou proporcionalmente?

b.3) Em caso negativo, qual a justificativa paraa impossibilidade do uso?

c) No que tange à emissão de nota fiscal devenda de feijão informa que destaca o valor integral doimposto à alíquota de 12% ou 7%, conforme o Estado de destinoda Federação, mencionando o uso do crédito presumido de 11 %ou 6%. Na apuração em sua conta gráfica exclui, na forma de“outros créditos”, o percentual do crédito presumido, para

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.apuração do saldo a pagar de 1 %. Questiona:

c.1) está correto o seu procedimento?

c.2) Em caso negativo, quais seriam as formas deapuração do saldo a pagar e de emissão da nota fiscal?

d) Com relação à apuração em conta gráfica,perquire se os créditos de operações diversas das realizadascom feijão pode compor normalmente a apuração do imposto apagar, em conta gráfica, referente ao saldo do créditopresumido nas operações com feijão.

RESPOSTA

Responde-se na ordem das indagaçõesapresentadas.

1) Questão posta na letra “a”.

As aquisições tributadas de adubos, sementes efertilizantes de contribuintes sediados em outros Estados daFederação, possibilitam à Consulente o creditamento, nostermos dos artigos 23 e 24 da Lei n. 11.580/1996, ainda que assuas saídas, em operações internas, sejam diferidas quanto aorecolhimento do imposto, conforme prevê o artigo 91, incisosII e VII, do RICMS/2001, cujo encerramento dá-se quando daocorrência das situações previstas no artigo 92 do mesmodiploma regulamentar.

2) Questões postas na letra “b”.

Em relação às operações com feijão, e no que dizrespeito ao crédito de energia elétrica, a Consulente deveobservar o disposto no artigo 24, § 6º, da Lei n. 11.580/1996e o previsto no artigo 50, inciso XIV, §§ 12 e 13 doRICMS/2001:

Art. 24. Para a compensação a que se refere o artigoanterior, é assegurado ao contribuinte o direito decreditar-se do imposto anteriormente cobrado emoperações de que tenha resultado a entrada demercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou aoativo permanente, ou o recebimento de serviços detransporte interestadual e intermunicipal ou de

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

comunicação.

...

§ 6º A entrada de energia elétrica no estabelecimentodá direito a crédito somente quando (Lei Complementarn. 102/00):

a) for objeto de operação de saída de energiaelétrica;

b) consumida no processo de industrialização;

c) seu consumo resultar em operação de saída ouprestação para o exterior, na proporção destas sobreas saídas ou prestações totais.

.....................................................

......

Art. 50. São concedidos os seguintes créditospresumidos:

...

XIV - nas saídas de feijão com débito do imposto, nopercentual de 11% sobre o valor da respectiva saídaem operações internas e interestaduais sujeitas àalíquota de 12%, e no percentual de 6% nas operaçõesinterestaduais sujeitas à alíquota de 7%;

...

§ 12. O crédito presumido de que trata o inciso XIVdeverá ser apropriado em substituição a quaisquercréditos de operações e prestações anteriores,inclusive os relativos às aquisições desse produto emoperações interestaduais.

§ 13. A regra prevista no inciso XIV deste artigo nãose aplica aos estabelecimentos que utilizem feijãocomo matéria-prima para saídas de outros produtosresultantes de sua industrialização, bem como aosrestaurantes, hotéis, pensões e estabelecimentossimilares.

Assim, em se tratando de indagação acerca dapossibilidade de crédito do imposto referente à aquisição daenergia elétrica utilizada nas máquinas, para efetuarbeneficiamento, limpeza e embalagem, responde-senegativamente, porquanto a utilização do crédito presumido nãoé opção do contribuinte, conforme deixa claro o § 12 retrotranscrito, devendo ser apropriado em substituição a quaisquer

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.créditos de operações e prestações anteriores, inclusive osrelativos às aquisições interestaduais.

A possibilidade do crédito nas aquisições deenergia elétrica é restrita aos exatos termos do § 6º doartigo 24 da Lei n. 11.580/1996; além disso, o créditopresumido impossibilita sua apropriação (§ 12, artigo 50).

Ante o acima exposto, a resposta à indagação“b.2” resta prejudicada.

3) Questão posta na letra “c”.

Quanto ao preenchimento da nota fiscal,incorreto o procedimento da Consulente, uma vez que na efetivasaída do feijão o documento deve ser emitido preenchendo-seseus campos regularmente, não havendo previsão para consignarinformações sobre o crédito presumido.

Para fins de apropriação do crédito presumido,realizada uma vez por mês, observadas as determinaçõescontidas nos próprios dispositivos que o concede, deve, aConsulente, proceder conforme dispõe o § 7º do artigo 50 doRICMS/2001, verbis:

§ 7º Para a apropriação do crédito presumido de quetrata esta seção o contribuinte, salvo disposiçãoespecífica, deverá:

a) em sendo inscrito no CAD/ICMS:

1. emitir nota fiscal, modelo 1 ou 1-A, fazendoconstar no campo “Natureza da Operação” a expressão“Crédito Presumido” e, no quadro “Dados do Produto”,o número, a data e o valor dos documentos relativosàs operações que geraram direito ao créditopresumido;

2. lançar a nota fiscal a que se refere o itemanterior no campo “Observações” do livro Registro deSaídas e o valor do crédito no campo “OutrosCréditos” do livro Registro de Apuração do ICMS;

Destarte, deve emitir nota fiscal modelo 1 ou1A, específica para tal fim, constando no campo “Natureza daOperação” a expressão “Crédito Presumido”, e no quadro “Dadosdo Produto” o número, a data e o valor dos documentosrelativos às operações que geraram direito ao crédito

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.presumido. Tal nota fiscal deve ser lançada na Coluna“Observações” do livro Registro de Saídas e o valor docrédito no campo “Outros Créditos” do livro Registro deApuração do ICMS.

4) Questão posta na letra “d”.

Os créditos que se referirem ao feijão adquiridonão poderão ser apropriados, em virtude do aproveitamentomensal do crédito presumido. Entretanto, não há óbice àConsulente de utilizar, em conta gráfica, os créditos oriundosde operações diversas das realizadas com feijão, para pagar osaldo remanescente.

Observe-se que não há na legislação determinaçãopara que o imposto devido na saída do produto feijão sejarecolhido em GR-PR no momento da ocorrência do fato gerador,devendo ser o débito lançado em conta gráfica.

Caso a consulente esteja procedendodiferentemente do contido nesta resposta, em razão dadeterminação do artigo 591 do RICMS/2001 tem prazo de 15 dias,a partir da ciência desta, para adequar-se.

PROTOCOLO: 9.561.895-2

CONSULTA Nº: 132, de 11 de dezembro de 2007

CONSULENTE: BIESSE DO BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO COM DESEMBARQUE EM PORTO DEOUTRA UNIDADE DA FEDERAÇÃO.DESEMBARAÇO ADUANEIRO NO PARANÁ. CRÉDITOPRESUMIDO. IMPOSSIBILIDADE.

RELATOR: LUÍS CARLOS CARRANZA

A consulente, cujas atividades econômicascadastradas são a fabricação de adesivos e de selantes, comotambém o comércio atacadista especializado em produtosintermediários, expõe que importa mercadorias para revenda quechegam ao país pelo Porto de Santos (SP), porém apresentamdestino final em Paranaguá (PR), com desembaraço aduaneirorealizado em Estação Aduaneira do Interior – EADI - situada emCuritiba (PR), haja vista facilidades logísticas e dostrâmites aduaneiros.

Page 502: CONSULTA Nº: 01, de 25 de janeiro de 2007 n. 102/00): I - a entrada de energia elétrica e o recebimento de serviço de comunicação, nas hipóteses não elencadas,

TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.

Informa que as cargas são consolidadas, isto é,representam partes de contêiner, e que a desconsolidação, namaioria das vezes, dá-se no Porto de Santos, ainda que odestino final seja Paranaguá.

Aduz que é imperioso assim proceder porque nãoexistem cargas consolidadas com a necessária freqüênciadestinadas ao Porto de Paranaguá.

Questiona, acerca da circunstância narrada,quanto à possibilidade de aplicação do crédito presumido de3%, definida pelo Decreto n. 5.503, de 10.10.2005, com novaredação dada pelo Decreto n. 6.144, de 22.02.2006.

RESPOSTA

Primeiramente, destaca-se que o créditopresumido previsto no artigo 50-A do Regulamento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 5.141/2001, acrescentado pelo Decreton. 5.503/2005, foi objeto de revogação, sendo substituído pelocrédito presumido definido pelo artigo 572-Q do mesmoRegulamento, acrescentado pelo Decreto n. 6.144/2006, que, comgrifos, dispõe:

Art. 572-Q. Aos estabelecimentos comerciais e nãoindustriais contribuintes do imposto que realizarem aimportação de bens para integrar o ativo permanenteou de mercadorias, por meio dos Portos de Paranaguá ede Antonina e de aeroportos paranaenses, ficaconcedido crédito presumido correspondente a 75%(setenta e cinco por cento) do valor do impostodevido, até o limite de nove por cento sobre o valorda base de cálculo da operação de importação, e queresulte em carga tributária mínima de três por cento.

...

§ 5º O disposto neste artigo aplica-se, inclusive,aos estabelecimentos industriais que importaremmercadorias para revenda, sem que estas sejamsubmetidas a novo processo industrial.

Como se depreende dos dispositivos antesreproduzidos, não basta que o desembaraço aduaneiro tenhalugar no território paranaense, sendo especialmente

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TEXTO INFORMATIVO.NÃO É DOCUMENTO OFICIAL, VÁLIDO APENAS COMO INFORMAÇÃO, NÃO PRODUZINDOEFEITOS LEGAIS.necessário, para usufruir do benefício, que o desembarque dascargas marítimas seja realizado no Porto de Antonina ou no deParanaguá.

Os motivos que eventualmente provoquem odesembarque de cargas em outras unidades da Federação nãopermitem ensejar flexibilização ao que expressamente impõe odispositivo regulamentar examinado.

Portanto, não prevalece a concessão do créditopresumido de que trata o artigo 572-Q do Regulamento do ICMSna situação descrita pela consulente.

Logo, tem a consulente, em observância ao artigo591 do Regulamento do ICMS, o prazo de 15 quinze dias a partirda ciência desta, para adequar os seus procedimentos emconformidade com o aqui disposto, no caso de que eventualmenteos esteja praticando diversamente.