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XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 1 CONSTRUÇÃO DE MAQUETES COM ALUNOS DE 1ª A 4ª SÉRIE NAS AULAS DE MATEMÁTICA E ARTES Jessyka Crystyane Assunção Pipino¹, Cristina Kei Kurita², Elaine Silva Lima dos Santos³,Gabriela Cristina Rodrigues dos Santos 4 , Maria das Dores Vitório, Iuri Rojahn Da Silva 5 1 Univap/FEA, Rua Turmalino Delfim Junior. Jardim Aquárius,181, [email protected] 2 Univap/FEA, Rua Turmalino Delfim Junior. Jardim Aquárius,181, [email protected] 3 Univap/FEA, Rua Turmalino Delfim Junior. Jardim Aquárius,181, [email protected] 4 Univap/FEA, Rua Turmalino Delfim Junior. Jardim Aquárius,181, [email protected] 5 Univap/FEA, Rua Turmalino Delfim Junior. Jardim Aquárius,181, [email protected] Resumo- Este trabalho visa, por meio de uma pesquisa, apresentar alguns dados de como o professor poderá proceder em sala de aula trabalhando com as crianças em grupos, assim, elas descobrirão como gerar novas relações e como ter autonomia e respeito, além da troca de conhecimentos e de habilidades. Com estas maquetes poderão surgir novas idéias e novas formas de exercícios, pois a construção da mesma ajudará no processo de desenvolvimento de conhecimentos, visando-se assim o interesse dos alunos e a interação no processo de ensino e aprendizagem. Também os ajudarão a atingir os objetivos propostos pelo professor. Palavras-chave: Trabalho em grupo, matemática, ensino fundamental Área do Conhecimento: Ciências Humanas Introdução O tema foi escolhido para que os alunos tenham condições de debater, opinar, aceitar idéias, interagir e cooperar com o grupo, além de introduzir a matemática no cotidiano. Também para proporcionar, na matemática, noções de espaços, formas e áreas; e, nas artes, cores. O trabalho em sala de aula contribuirá para que possam aprender a adaptar e a superar um meio que é fator de contradições, de edificações e dificuldades, assim como é o convívio em sociedade, Brousseau (1986). Segundo Neto (1995) a Matemática é a mais antiga das ciências, ela é difícil, pois já sofreu muitas rupturas e reformas. Mas caminhou muito justamente por ser fácil. É isso que devemos considerar quando estamos lecionando: procurar colocar o assunto em um crescente de formalização. Cada período tem suas características, seu grau de abstração, de elaboração, de acabamento e é assim que o aluno deve construir sua matemática. Para Ernesto, as atividades operatórias para o cálculo de áreas são apenas contagem direta ou soma ou multiplicação. Devemos fazer perguntas como: Quantas lajotas há na sala? Quantas lajotas há em cada fileira? Assim, trabalharemos multiplicação e suas propriedades como a comutatividade. Pode-se contar azulejos da parede, blocos aparentes, quadrinhos de uma grade, escaninhos, porta de armários, etc. O professor tem papel fundamental na criação de um ambiente material e social encorajando a autonomia e o pensamento dos alunos; logo as crianças estarão mais ativas e mais críticas, aprendendo se o seu raciocínio está ou não correto. Atualmente, os programas do governo e os sistemas apostilados utilizam cada vez mais situações abstratas através do uso de lápis e papel. A atividade desenvolvida tem como objetivo a construção e leitura de uma maquete explorando atividades interdisciplinares nas áreas de CNMT e LCT. Segundo o PCN, os objetivos da matemática para o primeiro ciclo é construir o significado do número natural a partir de seus diferentes usos no contexto social, explorando situações-problema que envolvam contagens, medidas e códigos numéricos. Interpretar e produzir escritas numéricas, levantando hipótese sobre elas, com base na observação de regularidades, utilizando- se da linguagem oral, de registros informais e da linguagem matemática. Ainda de acordo com o PCN, os objetivos do ensino de artes são expressar e saber comunicar- se em artes mantendo uma atitude de busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas; interagir com materiais, instrumentos e procedimentos variados em artes (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), experimentando-os e conhecendo-os de modo a utilizá-los nos trabalhos pessoais;

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XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba

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CONSTRUÇÃO DE MAQUETES COM ALUNOS DE 1ª A 4ª SÉRIE NAS AULAS DE

MATEMÁTICA E ARTES

Jessyka Crystyane Assunção Pipino¹, Cristina Kei Ku rita², Elaine Silva Lima dos Santos³,Gabriela Cristina Rodrigues dos Santos 4, Maria das Dores Vitório, Iuri

Rojahn Da Silva 5 1Univap/FEA, Rua Turmalino Delfim Junior. Jardim Aquárius,181, [email protected]

2Univap/FEA, Rua Turmalino Delfim Junior. Jardim Aquárius,181, [email protected] 3Univap/FEA, Rua Turmalino Delfim Junior. Jardim Aquárius,181, [email protected]

4Univap/FEA, Rua Turmalino Delfim Junior. Jardim Aquárius,181, [email protected] 5Univap/FEA, Rua Turmalino Delfim Junior. Jardim Aquárius,181, [email protected]

Resumo- Este trabalho visa, por meio de uma pesquisa, apresentar alguns dados de como o professor poderá proceder em sala de aula trabalhando com as crianças em grupos, assim, elas descobrirão como gerar novas relações e como ter autonomia e respeito, além da troca de conhecimentos e de habilidades. Com estas maquetes poderão surgir novas idéias e novas formas de exercícios, pois a construção da mesma ajudará no processo de desenvolvimento de conhecimentos, visando-se assim o interesse dos alunos e a interação no processo de ensino e aprendizagem. Também os ajudarão a atingir os objetivos propostos pelo professor. Palavras-chave: Trabalho em grupo, matemática, ensino fundamental Área do Conhecimento: Ciências Humanas Introdução

O tema foi escolhido para que os alunos tenham condições de debater, opinar, aceitar idéias, interagir e cooperar com o grupo, além de introduzir a matemática no cotidiano. Também para proporcionar, na matemática, noções de espaços, formas e áreas; e, nas artes, cores. O trabalho em sala de aula contribuirá para que possam aprender a adaptar e a superar um meio que é fator de contradições, de edificações e dificuldades, assim como é o convívio em sociedade, Brousseau (1986).

Segundo Neto (1995) a Matemática é a mais antiga das ciências, ela é difícil, pois já sofreu muitas rupturas e reformas. Mas caminhou muito justamente por ser fácil. É isso que devemos considerar quando estamos lecionando: procurar colocar o assunto em um crescente de formalização. Cada período tem suas características, seu grau de abstração, de elaboração, de acabamento e é assim que o aluno deve construir sua matemática. Para Ernesto, as atividades operatórias para o cálculo de áreas são apenas contagem direta ou soma ou multiplicação. Devemos fazer perguntas como: Quantas lajotas há na sala? Quantas lajotas há em cada fileira? Assim, trabalharemos multiplicação e suas propriedades como a comutatividade. Pode-se contar azulejos da parede, blocos aparentes, quadrinhos de uma grade, escaninhos, porta de armários, etc.

O professor tem papel fundamental na criação de um ambiente material e social encorajando a

autonomia e o pensamento dos alunos; logo as crianças estarão mais ativas e mais críticas, aprendendo se o seu raciocínio está ou não correto.

Atualmente, os programas do governo e os sistemas apostilados utilizam cada vez mais situações abstratas através do uso de lápis e papel. A atividade desenvolvida tem como objetivo a construção e leitura de uma maquete explorando atividades interdisciplinares nas áreas de CNMT e LCT. Segundo o PCN, os objetivos da matemática para o primeiro ciclo é construir o significado do número natural a partir de seus diferentes usos no contexto social, explorando situações-problema que envolvam contagens, medidas e códigos numéricos. Interpretar e produzir escritas numéricas, levantando hipótese sobre elas, com base na observação de regularidades, utilizando-se da linguagem oral, de registros informais e da linguagem matemática.

Ainda de acordo com o PCN, os objetivos do ensino de artes são expressar e saber comunicar-se em artes mantendo uma atitude de busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas; interagir com materiais, instrumentos e procedimentos variados em artes (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), experimentando-os e conhecendo-os de modo a utilizá-los nos trabalhos pessoais;

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Metodologia

Em primeiro lugar, para os alunos terem uma relação inicial com a atividade, eles irão fazer uma leitura matemática da sua casa e terreno com auxílio dos pais, obtendo os valores de comprimento e área do terreno da casa, altura da parede, tamanho das portas e janelas. Após a leitura matemática, os alunos serão distribuídos em grupos onde escolherão uma planta na horizontal com o uso de uma escala de redução da realidade (1:50) e a iniciação da construção da maquete, com a escala do eixo vertical(1:30).

Cronograma: • Leitura matemática; • Escolha da planta; • Escolha das escalas; • Escala eixo vertical; • Busca de matérias; • Construção da base e das paredes; • Construção das portas e janelas; • Ajustes;

Resultados Tabela 1- Tabela de materiais utilizados na construção da maquete (Quantidade e Preço)

Material Preço Quantidade

Papelão Reciclado Vários

Tintas R$1,80 11

Durex R$2,20 1

Cola quente R$2,50 4

Tesoura R$1,20 3

Régua R$0,80 5

Enfeites R$3,00 6

Estilete R$3,00 1

Lápis R$0,50 5 Borracha R$0,30 5 Figura 1. Planta baixa feita no computador

Fotos preto e branco reduzida da maquete finalizada:

Figura 2. Foto da maquete.

Figura 3. Foto da planta da maquete. Um exemplo de atividades de matemática na maquete é a construção das paredes, onde você terá de verificar se o eixo vertical imaginário confere com o eixo vertical real. Já na parte de artes, um ótimo exemplo seria o material que você utilizaria para construir a maquete. Ele precisa ser reciclável. Discussão

Na primeira semana espera-se uma grande estimulação dos alunos, e dedicação à ação conjunta. Alunos que sabem participar e deixar os outros participarem, mesmo que seja verbalmente ou com pequenas contribuições, geram um clima bom na sala de aula, aumentado o nível de entendimentos entre os colegas.

Já na segunda semana espera-se alguns efeitos negativos, tais como: brincadeiras, piadas impertinentes, desânimo, desinteresse de alguns e até mesmo agressão verbal. Deverá ter reflexão sobre o objetivo da atividade, trabalho em grupo e,conseqüentemente, o entendimento e a colaboração de todos os envolvidos.

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Nas duas últimas semanas espera-se que todos participaram ativamente. Haverá a troca de conhecimentos e habilidades manuais. A comunicação é fundamental e primordial para que o trabalho se solidifique.

Descrever aos alunos a importância de trabalho em grupo para sua construção pessoal. Aprender a conviver com outras pessoas supõem um domínio progressivo de procedimentos, valores, normas e atitudes. Trabalhar noções geométricas contribui com a aprendizagem de números e medidas, estimulando o aluno a observar, e perceber, semelhanças e diferenças, identificando regularidades; além de fazer comparações.

O professor pode comunicar para a turma que, mais do que trabalhar individualmente entre eles, é importante aprender a ajudar e a ser ajudado, da maneira mais eficaz possível. Portanto, o professor oferecerá as melhores condições para que seus alunos possam colocar em prática tais idéias. Fórmulas gerais utilizadas: ÁREA TOTAL DA PAREDE----------100% ÁREA DAS ABERTURAS ----- X % Sendo que a área total da casa é o perímetro da casa multiplicado pela sua altura (pé direito), e a área total de ventilação é obtida somando as áreas de porta (s), e/ou janela (s).

Conclusão

A construção dessa atividade demonstrou que o trabalhar em grupo gera novas relações dos alunos perante seus colegas de classe que desenvolveram sua habilidade de racionar logicamente, com autonomia, imaginação, e respeito sabendo emitir opiniões e receber críticas.

Quanto ao conhecimento matemático foi ter o propósito de estabelecer pontos de referência para situar-se e deslocar-se no espaço, bem como para identificar relações de posição entre objetos no espaço identificando a idéia da proporcionalidade ou a dependência linear. Referências - BONALS, Joan; HICKEL, Neusa Kern. O trabalho em pequenos grupos na sala de aula. Porto Alegre: Artes Medicas, 2003. 180 p.

-DIAS, Marina Célia Moraes, Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 1996. 183 p - KAMII, Constance; ASSIS, Regina A. de. A criança e o número: Implicações educacionais da teoria de Piaget para atuação junto a escolares de 4 a 6 anos. Campinas: Papirus, 1995. 124 p - ROSA NETO, Ernesto. Didática da matemática. 8º. ed. São Paulo: Atica, 1995. 200 p. - PANIZZA, Mabel. Ensinar matemática na educação infantil e nas series iniciais: análise e propostas. Porto Alegre: Artmed, 2006. 188 p. -PARRA, Cecília e SAIZ Irmã, DIDATICA da matemática: reflexões psicopedaggicas. Porto Alegre: Artes Medicas, 1996. 258 p.