construção civil 1

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28/05/13 Acidente Do Trabalho Na Construção Civil: Causa E Prevenção - Exercícios Resolvidos - Cemorais

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Enviado por cemorais, março 2011 | 61 Páginas (15,214 Palavras) | 8127 Consultas| Denunciar |

Acidente Do Trabalho Na Construção Civil: Causa E PrevençãoAvaliação 1

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CAMPINAS CEPROCAMP

CARLOS DONIZETTI CHIODETO DA SILVA

ACIDENTE DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL: CAUSA E PREVENÇÃO

Campinas (SP)

2010

CARLOS DONIZETTI CHIODETO DA SILVA

ACIDENTE DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL: CAUSA E PREVENÇÃO

Orientador (a): Prof (a). Claudio Vasques, Andre Palermo.

Campinas (SP)

2010

Silva, Carlos Donizetti Chiodeto da.

Acidente do Trabalho na Construção civil: Causa e Prevenção. Campinas,

2010. 58p.

Orientador (a): Prof.(a). Claudio Vasques, Andre Palermo.

Trabalho de Conclusão do Curso Segurança do trabalho _.

CEPROCAMP.

1. Acidente do Trabalho. 2. Causa. 3. Prevenção.

CARLOS DONIZETTI CHIODETO DA SILVA

ACIDENTE DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL: CAUSA E PREVENÇÃO

Local e data de aprovação_____________________________________

Dedico este trabalho aos meus os professores que durante e depois do

curso me incentivaram e ensinaram, proporcionando condições de

atestar a validade do ensino através da realização deste trabalho.

Agradeço infinitamente a Deus, por ter permitido minha existência e

conseqüente realização de todos meus ideais. Agradeço aos meus

18 pages março 2012

4 pages março 2011

26 pages novembro 2011

4 pages março 2013

42 pages abril 2013

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conseqüente realização de todos meus ideais. Agradeço aos meus

familiares pela paciência, carinho e companheirismo, antes, durante e

após a confecção deste trabalho. Agradeço profundamente a meus

mestres, pela sabedoria dividida.

“Talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor,

mas lutamos para que o melhor fosse feito.

Não somos o que deveríamos ser,

mas graças a Deus, não somos o que éramos”.

(Martin Luther King)

RESUMO

Este trabalho abordou Acidente do Trabalho na Construção Civil: Causa

e

Prevenção, com o objetivo de levantar causas e prevenção desse tipo de

acidente por meio de pesquisa bibliográfica. Após o processo

introdutório que definiu a metodologia aplicada se investigou a

temática Segurança do Trabalho, Acidentes de Trabalho - causa e

prevenção. Depois de levantar a teoria pertinente foi possível analisar e

concluir que é possível prevenir acidentes de trabalho por meio da

divulgação e cumprimento das Normas Regulamentadoras (NRs).

Finalizando apresentou-se a bibliografia utilizada e respectivos autores,

base da pesquisa.

Palavras-chave: Acidente do Trabalho; Causa; Prevenção.

ABSTRACT

This study addressed accident Labour in Construction: Cause and

Prevention with the goal of raising causes and prevention of such

accidents through literature search. After the introductory process that

defined the methodology applied is investigating the security issue for

Labour, Industrial Accidents - causes and prevention. After raising the

theory was relevant to analyse and conclude that it is possible to

prevent accidents at work through publicity and enforcement of

standards Regulatory (NRs). Finally presented itself to use literature and

the authors, based on the search.

Key-words: Accident Labour; Cause; Prevention.

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ADC Árvore de Causas

ASO Atestado de Saúde Ocupacional

CAT Comunicação de Acidente de Trabalho

CEE Tratado da Comunidade Econômica Européia

CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

42 pages abril 2013

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CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CLT Consolidação das Leis do Trabalho

CRST Centros de Referência em Saúde do Trabalhador

DNSHT Departamento

Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho

EPI Equipamento de Proteção Individual

INSS Instituto Nacional de Serviço Social

LER Lesão por Esforço Repetitivo

MTE Ministério do Trabalho e Emprego

MPAS Ministério de Previdência Social

DNSHT Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho

NR Norma Regulamentadora

NTP Nexo Técnico Previdenciário

OIT Organização Internacional do Trabalho

OMS Organização Mundial da Saúde

PBPS Plano de Benefícios de Previdência Social

PCMSO Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional

PPRA Programas de Prevenção de Riscos Ambientais

RH Recursos Humanos

TI Tecnologia da Informação

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 10

1.1 Objetivos 12

1.2 Justificativa 12

1.3 Metodologia 13

2. SEGURANÇA E ACIDENTES DO TRABALHO 14

2.1 Segurança do trabalho: conceitos e definições 14

2.2 Acidentes do trabalho: conceitos e definições 18

2.3 Ferramentas para o estudo dos acidentes 25

2.4 Visões monocausal e multicausal dos acidentes do trabalho 30

2.5 Teorias causais dos acidentes do trabalho 32

2.5.1 Teoria da Propensão ao Acidente 32

2.5.2 Teoria do Dominó 33

ANEXO A- TEORIA DE HEINRICH .... 34

2.5.3 Teorias Psicológicas 36

2.5.3.1 Teoria do Alerta 37

2.5.3.2 Teoria da Acidentabilidade 38

2.5.4 Stress mental 39

2.5.5 Teoria da Distração 40

3. PREVENÇÃO 41

3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) 41

ANEXOB ................................................................................................................... 46

3.2 Recolocações de lesionados 46

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3.2 Recolocações de lesionados 46

3.3 Fiscalizações dos órgãos

competentes 49

CONCLUSÃO 50

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 53

1. INTRODUÇÃO

A saúde, segundo definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), é

“[...] um estado de completo bem-estar físico, mental e social” (FISCHER;

GOMES; COLACCIOPPO, 1989a, p. 40).

Este conceito propõe uma ligação de todos os elementos presentes no

ambiente com o estado de saúde das pessoas, ou seja, saúde não é

apenas a ausência de doença, ela corresponde ao bem estar humano

nas vertentes física, psíquica e social. Saúde e doença são dois estados

que dependem de dois fatores pertinentes ao ser humano: integridade

física e mental e características físicas e “emocionais” sofridas em seu

meio ambiente. Desta forma, a saúde, parte do princípio de que um

local de trabalho deve ser sadio e agradável, além de oferecer todo tipo

e de proteção. Há inúmeros mecanismos pelos quais tantas pessoas

podem adoecer:

A vida é principalmente, um processo de adaptação às circunstâncias

em meio às quais nós todos existimos. O segredo da saúde e da

felicidade está no sucesso com que nós conseguimos nos adaptar às

infindáveis mudanças que ocorrem no nosso mundo. Quando não

conseguimos nos adaptar, ficamos doentes e sofremos (SELYE, apud

NICOLETTI, 1995a, p. 1).

Conforme o mesmo autor, o que os homens são em cada momento

histórico, o que produzem, como vivem e como morrem, depende de

como organizam suas atividades produtivas. Desde seus primórdios até

os dias atuais a forma como o trabalho é realizado depende e

determina o que o homem é. O homem e o trabalho constituem os dois

termos de uma relação de determinação reflexiva, na qual um não

existe

sem o outro e na qual um se define pelo outro, em conseqüência,

quando se trata da organização do trabalho, o que está subjacente é a

definição da vida de cada um.

Para (Shinyashiki, 1997a, p. 1), a relação homem-trabalho tem se

mostrado muito conflitante aos olhos da sociedade e do próprio

trabalhador, que é o que mais.

sai perdendo nessa relação, pois este necessita de uma organização e

divisão de trabalho mais justa.

A luta pela sobrevivência está brutalizando o ser humano. As pessoas

vivem extremamente pressionadas. A competição tem servido como

justificativa para todos os tipos de absurdos. Milhões de anos depois

dos homens das cavernas, a vida continua a ser um campo de batalha.

As pessoas destroem a si mesma e às outras, para atingir suas metas. O

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preço de tudo isso tem sido alto. Há empresas cujos gerentes com mais

de dez anos de casa, sofrem infarto. Em muitas delas, as pessoas são

consumidas como laranjas: espreme-se o e joga-se fora o que sobrou, o

bagaço. A sociedade se transformou em triturador de sonhos

(SHINYASHIKI, 1997b, p. 1).

Este trabalho está voltado para a compreensão dos mecanismos

atinentes a construção civil no tocante à doença ocupacional e sua

prevenção, que não é adquirida quando da vigência da relação de

emprego, e sim quando derivada da atividade desenvolvida pelo

trabalhador no estrito cumprimento do contrato de trabalho.

O estudo desse tema é de notória importância, visto que é preciso se

manter em um verdadeiro estado de direito, pois a saúde humana é o

bem mais precioso que a classe trabalhadora possui. Entende-se que

segurança no trabalho, no tocante a doenças ocupacionais,

é o resultado de conjuntos de medidas adotadas cujo objetivo é, se não

erradicar, amenizar as causas bem como proteger a integridade e a

capacidade de produção do trabalhador.

Antes, a segurança do trabalho - diante de riscos ou a situações de

trabalho que implicassem o desencadeamento ou agravamento de

doença ocupacional - tinha por excelência o uso uma série de

equipamentos como proteção individual, hoje com a evolução

tecnológica os recursos são mais sofisticados, há muitas formas de se

prevenir doenças ocupacionais. Além do pernicioso dano à saúde,

dentre os diversos aspectos negativos provocados pela falta de

segurança no trabalho nas empresas, o que tem maior impacto é o

aspecto econômico.

Esses prejuízos econômicos propiciam diversas perdas financeiras para

a sociedade que, às vezes, ultrapassam o âmbito restrito do

empreendimento. Para o trabalhador provoca a diminuição no, já baixo,

nível de renda familiar. Uma solução verdadeiramente eficaz de impedir

a doença ocupacional é conhecer e controlar os riscos. E, isso só é

possível através de uma eficiente política de segurança e saúde

embasada na competência de profissionais especializados e sérios.

1.1 Objetivos

Neste estudo o objetivo geral foi selecionar na literatura pesquisada,

informações e subsídios que permitissem uma análise sobre a

problemática proposta para propor um possível prognóstico com base

nos autores da área. Para a realização deste intento, foi necessário

estabelecer os seguintes objetivos específicos:

* Levantar na literatura pertinente:

* Histórico e atualidades sobre Segurança do Trabalho;

* Conceitos e definições sobre

Acidentes de Trabalho;

* Prevenção de acidentes na construção civil bem como a recolocação

dos lesionados e fiscalização dos órgãos pertinentes.

1.2 Justificativa

A escolha do assunto se justifica pela parca literatura a respeito e, como

é um assunto que interessa a todo trabalhador e, no caso, àquele que

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é um assunto que interessa a todo trabalhador e, no caso, àquele que

presta serviços na construção civil, acreditou-se haver necessidade de

maiores pesquisas a respeito.

Porém, não se pretendeu neste estudo esgotar o assunto, mas sim,

realizar uma cuidadosa pesquisa na literatura pertinente que

esclarecesse um pouco mais sobre assunto, deixando também mais

uma fonte de pesquisa ao colega, ou leitor interessado.

Ante o exposto, a problemática levantada se resume na seguinte

questão: De que forma a literatura se refere a doenças ocupacionais na

construção civil e quais suas prevenções?

Como hipótese, pode-se afirmar que a prevenção às doenças

ocupacionais é um fator muito importante, pois envolve a saúde do

trabalhador e, conseqüentemente, sua vida. Porém, ela é

freqüentemente negligenciada nos ambientes produtivos da construção

civil e indevidamente reconhecida como uma necessidade secundária.

Cabe ressaltar, então, a necessidade da conscientização de sua real

importância por parte dos responsáveis pela segurança dos

funcionários nas organizações pertencentes à construção civil.

Tem-se que é preciso abandonar o conceito de que para maiores lucros

é preciso reduzir custos, pois esta redução pode estar relacionada com

a segurança, onde a maior vítima pode ser o funcionário.

O grande problema é que muitas empresas ainda não perceberam que

se a importância dada ao capital

humano não vier antes da do capital financeiro os prejuízos poderão ir

além do calculado, pois dinheiro perde-se e ganha, mas a vida não.

1.3 Metodologia

Quanto à metodologia aplicada para a realização deste trabalho se

optou pela ‘pesquisa bibliográfica’ - qualitativa, justificando-se abaixo a

escolha do autor:

A pesquisa bibliográfica já tornada pública em relação ao tema de

estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros,

pesquisas, monografias, teses, etc., até meios de comunicações orais e

audiovisuais. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto

com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto.

Mas, a pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que foi dito ou

escrito sobre certo assunto, ela propicia o exame de um tema sob novo

enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras

(KERLINGER, 1999a, p. 94).

Desta forma, considerou-se na busca dos referenciais teóricos, a

pesquisa bibliográfica que, para Barros e Lehfeld (2000a, p. 51), é de

grande eficácia porque “[...] permite obter uma postura científica quanto

à elaboração de informações da produção científica já existente, à

elaboração de relatórios e à sistematização do conhecimento”.

A técnica de pesquisa consistiu de fichamentos, resenhas e resumos de

livros, consulta à base de dados eletrônicos (Internet) existentes na área

(artigos de revistas, periódicos, teses etc.).

Por meio destes contatos bibliográficos e documentações preliminares

foi possível melhor definição do estudo realizado para a elaboração da

pesquisa.

Os conteúdos extraídos de livros e revistas especializadas forma

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Os conteúdos extraídos de livros e revistas especializadas forma

agrupados em categorias temáticas, analisados e interpretados, sempre

que possível alicerçado pela literatura.

Os resultados da pesquisa mostraram a necessidade de uma melhor

atuação, não somente do profissional da área de Saúde e Segurança do

Trabalho, mas do conjunto da organização (superiores hierárquicos e

trabalhadores), no que tange a medidas de prevenção concernente as

doenças ocupacionais na construção civil.

2. SEGURANÇA E ACIDENTES DO TRABALHO

Este capítulo apresenta os principais conceitos e definições sobre

Segurança e Acidentes do Trabalho de acordo com os autores

pertinentes.

2.1 Segurança do trabalho: conceitos e definições

Segurança do Trabalho é “[...] o conjunto de medidas técnicas,

educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir

acidentes, quer eliminando as condições inseguras do ambiente

querem instruindo ou convencendo a adotar a preventiva de acidentes”

(CHIAVENATO, 2002a, p. 438).

A Organização Mundial da Saúde define acidente como um fato não

premeditado do qual resulta dano considerável [...] O National Safety

Council define acidente como “uma ocorrência numa série de fatos que,

geral e sem intenção, produz lesão corporal, morte ou dano material”.

(CHIAVENATO, 2002b, p. 440).

Segundo Chiavenato (2000a, p. 438), muitos serviços de segurança não

obtêm resultados, e até mesmo fracassam, porque não estão apoiados

em diretrizes básicas delineadas e compreendidos pela direção da

empresa ou porque não foram devidamente desenvolvidos em seus

vários aspectos. O programa de segurança do trabalho deve ser

estabelecido partindo-se do princípio de que a prevenção de acidentes

é alcançada pela aplicação de medidas de segurança adequadas e que

só podem ser bem aplicadas por meio de um trabalho de equipe. A

segurança é uma responsabilidade de linha e uma função de staff. Em

outros termos, cada chefe é responsável pelos assuntos de segurança

de sua área, embora na organização um órgão de segurança (Comissão

Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA) para assessorar as chefias em

relação a este assunto.

De acordo com Chiavenato (2002c, p. 438-439), um plano de segurança

envolve os seguintes requisitos:

* A segurança em si é uma responsabilidade de linha e uma função de

staff em face da sua especialização;

* As condições de trabalho, o ramo de atividade, o tamanho, a

localização da empresa etc., determinam os meios materiais

preventivos;

* A segurança não deve ficar restrita somente à área de produção, pois

os escritórios, depósitos etc. também oferecem riscos;

* O plano de segurança envolve a adaptação da pessoa ao trabalho,

adaptação do trabalho à pessoa, além de fatores sociopsicológicos,

razão pela qual algumas organizações vinculam a segurança ao órgão

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de Recursos Humanos (RH);

* A segurança do trabalho mobiliza todos os elementos para o

treinamento e doutrinação de técnicos e operários.

Para Chiavenato (2002b, p. 440), a segurança do trabalho atua em três

áreas principais de atividade, a saber: prevenção de acidentes;

prevenção de roubos; prevenção de incêndios.

Essas definições caracterizam-se por considerar o acidente sempre

como:

[...] um fato súbito, inesperado, imprevisto, embora algumas vezes,

previsível e não premeditado ou desejado, e, ainda, como causador

de dano considerável, embora não especifique se se trata de dano

econômico (prejuízo material) ou de dano físico às pessoas (sofrimento,

invalidez ou morte) (BAPTISTA, 1974a, p. 9).

A segurança busca minimizar os acidentes do trabalho. A palavra

acidente significa ato imprevisto e perfeitamente evitável na maioria dos

casos. As estatísticas do trabalho, por lei, englobam também os

acidentes de trajeto, ou seja, aqueles que ocorrem no trajeto do

empregado de sua casa para a empresa, e vice-versa.

A segurança no trabalho também pode ser entendida como os

conjuntos de medidas adotadas visando minimizar os acidentes de

trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a

capacidade de trabalho do trabalhador. Durante muito tempo

segurança do trabalho foi entendida como apenas o assunto

relacionado com o uso de capacetes, botas, cintos de segurança e uma

série de outros equipamentos de proteção individual contra acidentes.

Mas, a evolução tecnológica acompanhou novos ambientes de trabalho

e riscos profissionais a eles associados, riscos pouco ou nada

conhecidos que demandam pesquisas cujos resultados só se

apresentam após a exposição prolongada dos trabalhadores a

ambientes nocivos à sua saúde e integridade física. Assim, hoje, o setor

de segurança e saúde no trabalho é multidisciplinar e tem como

objetivo principal à prevenção dos riscos profissionais (MATTOS, 2008a,

p. 1).

Segundo esse autor, o conceito de acidente é compreendido por um

maior número de pessoas que já identificam as doenças profissionais

como conseqüências de acidentes do trabalho. Apesar de os diversos

aspectos negativos provocados

pela falta de segurança no trabalho em empresas onde predomina um

ambiente de periculosidade e insalubridade, talvez o que tenha maior

impacto e força de argumento para o governo e o empresariado em

geral seja o aspecto econômico. Sob este ponto de vista é mais fácil

convencê-los da importância dos investimentos em segurança. Os

prejuízos econômicos propiciam diversas perdas financeiras para a

sociedade que, às vezes, ultrapassam o âmbito restrito do

empreendimento. Para o trabalhador, eles provocam a diminuição no,

já baixo, nível de renda familiar. Controlar a doença “[...] é conhecer e

controlar os riscos. Isso se faz, com uma política de segurança e saúde

dos trabalhadores que tenha por base a ação de profissionais

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dos trabalhadores que tenha por base a ação de profissionais

especializados, antecipando, reconhecendo, avaliando e controlando os

riscos” (RAINATO, 2007a, p. 1).

Os mecanismos atinentes a Segurança do Trabalho se traduzem em um,

tema de notória importância, visto que é preciso se manter em um

verdadeiro estado de direito, pois a saúde humana talvez seja o bem

mais precioso que a classe trabalhadora possui. Segundo definição da

OMS, a saúde é “[...] um estado de completo bem-estar físico, mental e

social” (FISCHER; GOMES; COLACCIOPPO, 1989a, p. 40).

Este conceito propõe uma ligação de todos os elementos presentes no

ambiente com o estado de saúde das pessoas. Saúde e doença são dois

estados que dependem da integridade física e mental do indivíduo, bem

como das características físicas e “emocionais” da sociedade na qual ele

vive, mora, trabalha, diverte-se e sofre. Dentro das discussões relativas

à saúde dos trabalhadores, importa a discriminação e

a análise dos fatores dentro e fora do ambiente de trabalho, bem como

sua repercussão no desencadeamento e na manutenção dos processos

patológicos. Assim:

Partindo do principio de que um local de trabalho deve ser sadio e

agradável e proporcionar o máximo de proteção, devendo, ainda,

cumprir uma das finalidades sociais qual seja, de educar (medidas de

higiene, prevenção de doenças, campanhas contra o fumo e álcool, etc.)

(MELO 2003a, p. 3).

Há inúmeros mecanismos pelos quais tantas pessoas podem adoecer:

A vida é principalmente, um processo de adaptação às circunstâncias

em meio às quais nós todos existimos. O segredo da saúde e da

felicidade está no sucesso com que nós conseguimos nos adaptar às

infindáveis mudanças que ocorrem no nosso mundo. Quando não

conseguimos nos adaptar, ficamos doentes e sofremos (SELYE, 1995

apud SCHAFRANSKI; SCHAFRANSKI, 2003a, p. 37).

Conforme o mesmo autor, o que os homens são em cada momento

histórico, o que produzem, como vivem e como morrem, depende de

como organizam suas atividades produtivas. Desde seus primórdios até

os dias atuais a forma como o trabalho é realizado depende e

determina o que o homem é.

Assim, homem e o trabalho constituem os dois termos de uma relação

de determinação reflexiva, na qual um não existe sem o outro e na qual

um se define pelo outro, em conseqüência, quando se trata da

organização do trabalho, o que está subjacente é a definição da vida de

cada um.

Shinyashiki (1997c, p. 1) ressalta que a relação homem-trabalho tem se

mostrado muito conflitante aos olhos da sociedade e do próprio do

trabalhador, que é o que mais sai perdendo nessa relação,

pois este necessita de uma organização e divisão de trabalho mais justa.

É sabido que a discussão sobre a má distribuição de renda no país já

vem de longa data. Nesse sentido:

A luta pela sobrevivência está brutalizando o ser humano. As pessoas

vivem extremamente pressionadas. A competição tem servido como

justificativa para todos os tipos de absurdos. Milhões de anos depois

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justificativa para todos os tipos de absurdos. Milhões de anos depois

dos homens das cavernas, a vida continua a ser um campo de batalha.

As pessoas destroem a si mesmas e às outras, para atingir suas metas.

O preço de tudo isso tem sido alto. Há empresas cujos gerentes com

mais de dez anos de casa, sofrem infarto. Em muitas delas, as pessoas

são consumidas como laranjas: espreme-se o e joga-se fora o que

sobrou, o bagaço. A sociedade se transformou em triturador de sonhos

(SHINYASHIKI; 1997d, p. 1-2).

Concordando com esse entendimento sobre a importância da

segurança, Zocchio (2002a, p. 17) aponta as vantagens obtidas em

algumas empresas ao aplicarem medidas de melhoria das condições de

trabalho:

* Estabilidade nos seus processos produtivos quando há constância da

sua mão-de-obra;

* Bom estado de espírito dos trabalhadores durante as suas

atividades, por trabalharem em um local seguro, resultando em uma

maior produtividade;

* Menor quantidade de reparos de maneira geral provocada por

acidentes;

* Custos operacionais mais estáveis;

* Melhor ambiente social na empresa;

* Ganhos com a imagem da empresa perante a sociedade e com as

autoridades competentes.

2.2 Acidentes do trabalho: conceitos e definições

A palavra acidente é expressa no dicionário como: “S.m. 1.

Acontecimento casual,

fortuito, imprevisto. 2. Acontecimento infeliz, casual ou não, e de que

resulta ferimento, dano, estrago prejuízo, avaria ruína, etc.; desastre. [...]

9. Filos. O que resulta de contingência ou de acaso [...]” (FERREIRA, 1999a,

p. 312).

Do ponto de vista legal, no Brasil, o conceito mudou muito ao longo do

tempo, surgindo com o Decreto Legislativo 3.724/19 [...] que

compreende a intervenção do Estado nas condições de trabalho no

Brasil e passando por diversas outras modificações.

A ABNT elaborou um conceito próprio sobre acidente do trabalho, por

meio de sua NR 18 de 1975, (livro das NR) na qual acidente “é a

ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada

com o exercício do trabalho, que provoca lesão pessoal ou de que

decorre risco próximo ou remoto dessa lesão” E, conforme a Lei

6.367/76, o acidente de trabalho é definido da seguinte forma:

[...] Art. 2º. Acidente de trabalho é aquele que ocorrer pelo exercício do

trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou

perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução,

permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. § 1º.

Equiparam-se ao acidente de trabalho, para os fins desta Lei: I - a

doença profissional ou do trabalho, assim entendida a inerente ou

peculiar a determinado ramo de atividade e constante de relação

organizada pelo Ministério de Previdência Social - MPAS: II - o acidente

que, ligado ao trabalho, embora não tenha sido a causa única, haja

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contribuído diretamente para a morte, ou a perda, ou a redução da

capacidade para o trabalho; III - o acidente sofrido pelo empregado no

local e no horário de trabalho,

em conseqüência de: a) ato de sabotagem ou de terrorismo praticado

por terceiro, inclusive companheiro de trabalho; b) ofensa física

intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada

com o trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia

de terceiro, inclusive companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada

do uso da razão; e) desabamento, inundação ou incêndio; f) outros

casos fortuitos ou decorrentes de força maior. IV - a doença

proveniente de contaminação acidental de pessoal de área médica, no

exercício de sua atividade; V - o acidente sofrido pelo empregado, ainda

que fora do local e horário de trabalho; a) na execução de ordem ou na

realização de serviço sob a responsabilidade da empresa; b) na

prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar

prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa,

seja qual for o meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de

propriedade do empregado; d) no percurso da residência para o

trabalho ou deste para aquele. [“...]”

A Lei 8.213/91, art. 139, (Dispõe sobre os Planos de Benefícios da

Previdência Social e dá outras providências.) na qual acidente do

trabalho é expresso, como: “[...] o que ocorre pelo exercício do trabalho

a serviço da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos

segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação

funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o

trabalho permanente ou temporária”.

Essa lei foi regulamentada pelo Decreto 611, de 21 de julho de 1992 O

tempo de estudos do aluno-aprendiz realizado em escola pública

profissional,

sob as expensas do Poder Público, é contado como tempo de

serviço para efeito de aposentadoria previdenciária, ex vi, do art. 58, XXI,

do

Decreto nº 611/92, que regulamentou a Lei nº 8.213/91. (Plano de

Benefícios de Previdência Social - PBPS), o qual trata o acidente do

trabalho tanto no sentido estrito como no amplo (que inclui as doenças

do trabalho), equiparando no mesmo nível as seguintes ocorrências:

* Acidente-tipo, ou macrotrauma é um evento único, bem configurado

no tempo e no espaço, de conseqüências geralmente imediatas, que

ocorre pelo exercício do trabalho, acarretando lesão física ou

perturbação funcional, resultando em morte ou incapacidade para o

trabalho (temporária ou permanente total ou parcial);

* As doenças profissionais, também denominadas ergopatias,

tecnopatias ou doenças profissionais típicas, são aquelas produzidas ou

desencadeadas pelo exercício de trabalho peculiar a determinadas

atividades, em função de risco específico direto;

* As doenças do trabalho, também denominadas mesopatias ou

moléstias profissionais atípicas são aquelas produzidas, desencadeadas

ou agravadas por condições especiais de trabalho;

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ou agravadas por condições especiais de trabalho;

Acidente de trajeto, ou ‘de percurso’ ou in itinere, é o que ocorre no

percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela,

qualquer que seja o meio de locomoção. Do ponto de vista

prevencionista, acidente do trabalho é tratado como “[...] uma

ocorrência não programada que interfere no andamento do trabalho,

ocasionando danos materiais ou perda de tempo útil” (CRUZ, 1996a, p.

51).

Nota-se que todas as conceituações apresentadas mencionam algum

tipo

de perda, lesão, ou mesmo distúrbio. Entretanto, cada uma delas

aborda a expressão no intuito de usá-la especificamente para seus fins,

sendo necessária uma conceituação ampla e que possa ser utilizada de

forma irrestrita.

Assim, no presente trabalho se adotou o conceito de acidente

(prevencionista) citado por Menezes (2004a, p. 31) que enuncia de

maneira simples o conceito de acidente de trabalho: “[...] são todas as

ocorrências indesejáveis, que interrompem o trabalho e causam

ferimentos em alguém ou algum tipo de perda à empresa, ou ambos ao

mesmo tem”.

Cabe aqui citar Zocchio (2002b, p. 60-63), segundo o qual acidentes de

trabalho representam quaisquer ocorrências estranhas e indesejáveis,

que interrompem o trabalho e causam ferimento em alguém ou algum

tipo de perda à empresa ou a ambos ao mesmo tempo. Esse autor

também discute outro conceito muito importante para este estudo que

é o do incidente, ou quase-acidente, que são as ocorrências que tiveram

características e potencial para causar algum dano, sendo que os

incidentes não deixam marcas, enquanto que os acidentes sempre

deixam sinais de lesão em alguém ou de prejuízo à empresa. É

interessante notar a diferença entre o acidente e o incidente, devendo-

se destacar que ambos são indesejáveis e deveriam ser eliminados, já

que os incidentes poderiam vir a se tornar acidentes e, em alguns casos,

muito graves. A partir das classificações dos acidentes da NR 18, esse

autor elaborou um esquema que mostra as diferentes conseqüências

das lesões para o trabalhador envolvido em um acidente.

* Acidente sem afastamento é aquele em que o acidentado volta às

suas

funções no mesmo dia da fatalidade ou no dia seguinte no seu horário

habitual;

* Incapacidade temporária é aquela em que o trabalhador perde a sua

capacidade do trabalho por um período limitado de tempo, menor que

um ano, e posteriormente pode voltar a exercer suas atividades da

mesma forma como fazia antes do acidente;

* Incapacidade permanente parcial consiste na redução parcial da

capacidade de trabalho de maneira permanente;

* Incapacidade permanente total representa a perda da capacidade

para o trabalho em caráter permanente.

Alguns autores consideram a prevenção de acidentes e a segurança do

trabalho como sendo a mesma coisa, outros tentam defini-las

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trabalho como sendo a mesma coisa, outros tentam defini-las

separadamente. Para esse último autor mencionado, essas questões se

resumem em um conjunto de recursos empregados para prevenir

acidentes; ou seja, segurança e a prevenção de acidentes.

Cox (1997a, p. 151) faz uma abordagem diferente do assunto, na qual

segurança, higiene e medicina do trabalho são considerados como um

tripé que constitui a saúde ocupacional. Segundo esse autor, a

segurança do trabalho dedica-se essencialmente à prevenção e controle

dos acidentes do trabalho que resultem em lesões imediatas, excluídas

as intoxicações agudas. Higiene do trabalho é a ciência que se dedica à

prevenção e controle dos acidentes do trabalho que resultam em lesões

classificadas como doenças profissionais (são as intoxicações agudas e

crônicas e, diversos outros estados patológicos característicos das

exposições aos agentes ambientais). A medicina do trabalho é

apresentada sob dois aspectos, a preventiva e a curativa. Esta última

caracteriza-se apenas

pela busca da cura, ou seja, preocupa-se em cuidar do trabalhador após

este ter sofrido a lesão. É a mais praticada pelas empresas. A medicina

preventiva é a ideal e mais importante

Para Rocha, Rigotto e Buschinelli (1994a, p. 56-58), a idéia do “Acidente

Zero” pode eliminar definitivamente a ocorrência de acidentes nos

locais de trabalho, não podendo os mesmos ser tomados como

inevitáveis. Com o intuito de alcançar de forma organizada os objetivos

descritos, devem-se conhecer as teorias acidentárias, a fim de

identificar os mecanismos causadores dos acidentes e estabelecer um

conjunto de princípios de segurança.

Zocchio (2002) ressalta que nas empresas são realizados diversos tipos

de atividades de natureza diferente. Algumas delas são responsáveis

por problemas (de diferentes origens, magnitudes e diversidades) para

a implantação de uma solução geral que garanta a segurança e saúde

dos trabalhadores.

Sendo assim, para as empresas que buscam boas condições nos

ambientes de trabalho, é recomendável a definição clara de alguns

objetivos a serem atingidos por todos os envolvidos com este tema. A

fim de orientar as ações para se atingir essas metas, deve-se buscar

seguir alguns princípios sobre a segurança e saúde do trabalhador.

Pode-se dizer que o objetivo geral da Segurança do Trabalho é garantir

que as atividades se desenvolvam da forma como estavam previstas e

sem perigo para os trabalhadores, eliminando também os riscos e

qualquer outro fator que possa levar o trabalhador a sofrer qualquer

tipo de acidente ou incidente.

Para esse autor, os objetivos da prevenção de acidentes sob três

pontos de vista, o

moral, o legal e o econômico. No enfoque moral, considera-se considera

que a prevenção de acidentes deve dar maior atenção à qualidade de

vida no trabalho, assim como às questões que são afetadas por ele,

defendendo a necessidade de mudança do conceito anterior de que

este era um tópico de menor importância para o negócio da empresa.

Neste ponto de vista, é moralmente inaceitável colocar a segurança e a

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Neste ponto de vista, é moralmente inaceitável colocar a segurança e a

saúde do trabalhador sob qualquer risco, seja dentro ou fora do

ambiente de trabalho, com a finalidade de aumentar lucros ou por

qualquer outro motivo. Na indústria da construção, o paradigma

predominante na segurança do trabalho pressupõe que os acidentes

estarão sempre presentes e que o máximo que se pode fazer é tentar

diminuir a sua ocorrência e gravidade.

Diversos trabalhos propõem conjuntos de princípios para a

implementação de programas de segurança. Zocchio (2002) apresenta

dez princípios, aqui sintetizados:

* Todos os acidentes e doenças do trabalho podem ser prevenidos;

* Todos com poder de gerência são responsáveis pela prevenção de

acidentes e doenças do trabalho;

* Segurança é uma condição de trabalho e é tão importante quanto à

produção, qualidade e controle de custos;

* Treinamento é um elemento essencial para a segurança no local de

trabalho. Os que têm poder de gerência devem treinar os trabalhadores

sobre a segurança;

* Os gerentes devem fiscalizar a desempenho em termos de segurança

para analisar a eficácia das instalações e programas, a fim de avaliar o

que deve ser modificado ou melhorado;

* Os problemas relacionados com a segurança devem ser resolvidos o

mais rapidamente

possível;

* Todas as práticas inseguras, áreas de problemas e acidentes devem

ser investigados;

* A prevenção de acidentes é um bom negócio;

* As pessoas são as peças mais importantes de um plano de

segurança.

* Envolvimento e sugestões dos empregados são fundamentais para

manter o ambiente seguro;

* A segurança fora do trabalho é tão importante quanto dentro dele.

Nota-se que estes princípios estão fortemente vinculados ao aspecto

gerencial e à busca do melhor ambiente de trabalho. Esta linha de

pensamento é importante, pois valoriza o trabalhador, desenvolvendo

alguns dos pontos positivos mencionados nas teorias acidentárias.

Em relação às Teorias Psicológicas, esses princípios diminuem a tensão

nos ambientes de trabalho, reduzindo o stress e as distrações. Em

relação à Teoria Sociológica, melhora-se o nível do controle direto e da

organização. Também é possível encontrar princípios sobre a

prevenção de acidentes em documentos oficiais, como é o caso

daqueles na Ata Única Européia, no Art. 118A do Tratado da

Comunidade Econômica Européia (CEE), que deve ser aplicado a todos

os países membros (RUBIOa, 2001).

Especificamente para a construção civil brasileira, a Fundacentro

(2002a) apresentou seis princípios a serem empregados nas obras, com

o intuito de que seus programas de segurança e medicina do trabalho

sejam bem aplicados, com base nas teorias acidentárias e nos

princípios apresentados, é possível propor para este estudo,

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especificamente para as empresas da construção civil, um grupo de seis

princípios básicos cujo cumprimento tende a aumentar a segurança do

trabalho nos ambientes

laborais:

* A prevenção é sempre o melhor caminho para a garantia da

segurança. Ela deve ser feita por meio da eliminação dos riscos e

perigos existentes nas obras;

* A segurança e as boas condições no ambiente de trabalho devem ser

uma das prioridades adotadas pela empresa, no mesmo nível das

exigências quanto à qualidade e à produtividade, assim como a busca

constante de melhoria dessas condições;

* Planejamento de todos os aspectos do trabalho é fundamental para

a garantia da segurança. Desta maneira, a implantação de planos e

programas de segurança é essencial nesta busca;

* Deve-se buscar sempre o comprometimento de todos os membros

da empresa para os trabalhos desenvolvidos na busca da garantia da

segurança dos trabalhadores. A participação de todos na elaboração

destes trabalhos é um bom meio para se atingir estas metas;

* As medidas de prevenção a serem adotadas devem priorizar as

proteções coletivas que, muitas vezes, evitam a ocorrência de eventos

indesejáveis, ao invés das proteções individuais, a serem usadas

somente em casos de impossibilidade da aplicação das primeiras, já que

estas últimas em geral apenas amenizam as conseqüências dos

acidentes, em vez de evitá-los;

* No caso de ocorrerem acidentes ou incidentes, deve-se investigar a

fundo no intuito de determinar as múltiplas causas dos mesmos. Essas

informações devem ser transmitidas a todos os membros da empresa,

para que aprendam com estes eventos, a fim de evitar a sua repetição.

Todos os princípios propostos possuem um forte caráter gerencial,

devido à convicção de que a gerência deve ser a base para a elaboração

das

medidas de segurança.

No tópico anterior, apontou-se que a preocupação prévia com as

medidas a serem adotadas no empreendimento é fundamental no seu

resultado, tendo estas medidas um caráter basicamente gerencial.

Dessa maneira, observa-se que o desenvolvimento da conscientização

da importância das medidas a serem adotadas nas obras é decisivo no

sucesso global do empreendimento.

2.3 Ferramentas para o estudo dos acidentes

Além do estudo das teorias causais dos acidentes do trabalho, deve-se

lançar mão de outros instrumentos para se evitar a ocorrência dos

acidentes, ou aprender com eles para que não se repitam. Um desses

instrumentos é a análise de riscos do empreendimento, outro é a

investigação dos acidentes. Não é escopo de este trabalho fazer uma

discussão profunda a respeito desse tema. Serão apenas abordados

alguns instrumentos no intuito de esclarecer o que eles representam

para a prevenção acidentária.

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para a prevenção acidentária.

Zocchio (2002) afirma que a análise de risco pode ser dividida em duas,

as prévias e as operacionais. As primeiras buscam estudar e determinar

os riscos que estão incorporados ao projeto e processos previstos, a

fim de prevenir a ocorrência de problemas na fase executiva. Já a análise

operacional procura identificar e analisar aqueles riscos e perigos

presentes nas atividades que estão sendo desenvolvidas, e que podem

provocar algum tipo de dano. Estes riscos são aqueles provenientes de

falhas ou que passaram despercebidos da etapa anterior. Apesar dos

dois tipos de análises, o ideal para o empreendimento é que os riscos

sejam identificados nas etapas iniciais do mesmo, ao longo do projeto e

do planejamento,

a fim de que haja maior possibilidade de os mesmos serem eliminados

ou controlados.

Para isto é importante que se obtenha uma ampla gama de

informações sobre o empreendimento, de forma que estes dados

possam suprir os envolvidos no gerenciamento da obra e, assim, ajudar

na eliminação dos riscos presentes. Outra vantagem da análise prévia é

a garantia da estabilidade do ambiente, na medida em que são

controladas ou eliminadas variáveis indesejadas para o

empreendimento.

Para a análise operacional, deve-se desmembrar o conjunto de uma

operação ou trabalho em partes menores, a fim de analisá-las separada

e profundamente. O nível de detalhe vai depender de cada um destes

elementos, assim como as medidas a serem tomadas. Zocchio (2002)

ainda sugere que, ao se fazer a análise, deve-se ter em mãos um

formulário que a oriente e padronize, além de impedir o esquecimento

de algum ponto fundamental.

Algumas técnicas podem ser utilizadas para se fazer análise de riscos.

Pontes, Leite e Duarte (1998a) sugerem a utilização da técnica do “What

if” (o que acontece se), que consiste na revisão dos perigos dentro do

processo produtivo. Ela é aplicada por meio de reuniões com os

responsáveis pelas decisões operacionais, nas quais se questionam

todas as atividades a serem desenvolvidas: riscos e conseqüências,

cenários de acidentes, recomendações e soluções.

Mesmo com todos os cuidados, análises e prevenções, os acidentes

podem ocorrer e, neste caso, deve-se proceder a rigorosas

investigações sobre os mesmos. Quanto mais informações, melhor será

a investigação. Destacam-se aquelas obtidas na análise prévia de

projetos

e método de trabalho, durante o acompanhamento das instalações, nas

inspeções de segurança, na análise de riscos e nos registros dos

acidentes e incidentes. Assim, a investigação de acidentes deveria ser

feita em todos os casos, mesmo em acidentes pequenos ou incidentes,

visto que, em certas circunstâncias, pequenas variações em suas causas

poderiam provocar sérios danos. Segundo Zocchio (2002), uma

investigação de acidentes é dividida em três etapas: investigação

propriamente dita, que consiste na obtenção dos dados e fatos que

contribuíram para os acidentes; estudo dos dados e fatos, a fim de

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contribuíram para os acidentes; estudo dos dados e fatos, a fim de

determinar as causas dos acidentes; análise das causas, para tentar

eliminar ou diminuir a possibilidade de novas ocorrências semelhantes.

A investigação deve procurar obter o maior número de dados possíveis,

compatibilizando este esforço com a importância do elemento

investigado. Entretanto deve-se ser crítico com relação a eles, a fim de

evitar distorções, muito comum quando as pessoas investigadas

querem esconder possíveis falhas suas. Tendo-se isto em vista, Zocchio

(2002) aponta que a habilidade do investigador de realizar perguntas é

muito importante, evitando-se sempre as respostas puramente

afirmativas ou negativas.

Esse autor sugere que uma boa ferramenta a ser utilizada é a do

“5W1H”, a fim de descobrir:

* Quem? (who?), para descobrir todos os envolvidos - direta ou

indiretamente - com o acidente;

* Quê? (what?), para identificar os danos, possíveis falhas e o que

poderia ter sido evitado;

* Quando? (when?), para identificar o momento ou circunstâncias

temporais do acidente;

* Onde? (where?),

para se saber precisamente o local do acidente;

* Por quê? (why?), para descobrir as causas de um acidente, devendo

ser aplicada em seqüência, até se chegar à causa mais distante do

evento.

* Como? (how?), para identificar como ocorreram os acidentes.

Normalmente podem ocorrer diversas versões, que devem ser

comparadas e analisadas a fim de se chegar a uma versão final

verificando, também o (how much - o quanto), ou seja, quais as

implicações em termos de custo.

Resumidamente, a análise dos acidentes busca identificar diversos

fatores presentes nos acidentes, que são: os dados pessoais dos

envolvidos; a atividade em que ocorreu o acidente; natureza da lesão;

parte do corpo afetada; agentes da lesão (que provocam a lesão);

acidente-tipo (como ocorre o contato entre o agente da lesão e o

acidentado); acidente-meio (ocorrências inesperadas com os

equipamentos e que provocam os danos).

Uma das ferramentas mais completas para análise de acidentes e que

possui uma visão multicausal é o “Método de Árvore de Causas”,

também conhecido como método Árvore de Causas (ADC). Cabe

salientar que apesar de denominado de “método” é considerada como

uma ferramenta de investigação no presente trabalho. O método ADC

possui dois princípios básicos: a multicausalidade dos acidentes e a

consideração de que os acidentes ocorrem no interior de um sistema

aberto, sendo resultados de disfunções deste (ZOCCHIO, 2002).

Pode ser definido como:

[...] um conjunto de princípios e de regras que permitem, a partir do

acidente (e também do quase-acidente ou incidente, e do desgaste

material), identificar progressivamente os fatores envolvidos

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em sua gênese, inicialmente próximos ao acidente do trabalho e

sucessivamente a montante do mesmo (BINDER; ALMEIDA 1996 apud

MENDES, 2003a, p. 42).

Segundo Mendes (2003), esta ferramenta utiliza a atividade como

unidade de análise, sendo ela dividida em quatro componentes: o

indivíduo (I), considerando aspectos físicos e psicológicos; a tarefa (T),

que são as ações realizadas no trabalho; o material (M), que são os

recursos para executar a tarefa; e o meio de trabalho (MT), é o ambiente

físico e social do trabalho. É dado um destaque às variações

intencionais ou não, na rotina produtiva.

Deve-se notar que as variações podem ser relacionadas com a atividade

habitual, e não com a prescritiva ou normativa, ou seja, se uma

prescrição da empresa ou uma norma não é cumprida seguidamente,

este fato não é considerado uma variação, mas sim um fato habitual.

Outro ponto a ser destacado é que o método ADC considera que só é

possível ocorrer algum acidente quando se tem pelo menos uma

variação. Os dois princípios fundamentais do método ADC, que devem

guiar a sua aplicação, são:

* As investigações do acidente do trabalho (ou quase-acidente, ou

incidente) devem partir desde a sua ocorrência até os fatos, habitual ou

variações, que os originaram, relacionando-se aos quatro componentes

(I, T, M, e MT). Este retrocesso deve ser feito até os fatos mais remotos

para que se possa tomar conhecimento dos mais longínquos

problemas até os que estão em evidência

* Deve-se fazer a descrição dos fatos de forma clara e concisa,

evitando-se a inclusão de interpretações e juízos de valor durante a

elaboração da árvore de causas.

As interpretações serão feitas posteriormente.

Esta ferramenta não deve ser aplicada de forma isolada. Para melhores

resultados, ela deve ser praticada de maneira duradoura, incluída na

política de segurança da empresa. Sua aplicação prática é dividida em

seis etapas: coleta de informações, organização das informações ou

fatos, construção da árvore, leitura e interpretação da árvore,

identificação de medidas preventivas, e escolha de medidas preventivas.

Na seqüência, conforme Mendes (2003) apresentam-se as etapas de

forma sintetizada:

* Coleta de informações: deve ser realizado no local onde ocorreu o

acidente, a fim de se tomar conhecimento de todas as características

que estavam relacionadas a ele, como o ambiente de trabalho, a

maneira de execução das tarefas, o maquinário utilizado, etc. Além

disto, é importante usar todos os recursos, de que se tiver

disponibilidade, para que seja feita a reconstituição fiel dos fatos que

levaram ao acidente.

* Organização das informações ou fatos: limita-se a listar os fatos,

habituais ou variações, que são ligados aos acidentes, mesmo que

longinquamente, e que foram obtidos durante a etapa anterior. Cada

fato deve ser relacionado com seu respectivo componente da atividade

(I, T, M, e MT) e expresso por meio de frases curtas, objetivas e que

contenham apenas um fato.

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contenham apenas um fato.

* Construção da árvore: depois das duas etapas anteriores, têm-se

vários eventos que culminaram com fatos descritos objetivamente.

Nesta, é feita uma série de perguntas sucessivas no intuito de ordenar

essas frases na ordem e seqüência em que foram ocorrendo,

construindo assim uma figura seqüencial

que é chamada de “Árvore de Causa de Acidentes”.

* Leitura e interpretação da árvore: pode ser feita da esquerda para a

direita, se o objetivo for identificar os fatos mais remotos que ajudaram

na ocorrência do acidente, ou da direita para a esquerda, se o objetivo

for o contrário. O mais importante é que se faça uma análise detalhada

do acidente examinando fatores causadores e o encadeamento e

ligações que tiveram. O primeiro passo para a “identificação de medidas

preventivas” é conhecer os diversos causadores de acidentes e, assim,

saber os meios de como preveni-los. Para a identificação dessas

medidas é preciso levar em consideração os recursos disponíveis para

suprir os custos envolvidos, já que se pode adotar um dos dois grupos

de medidas existentes: as que eliminam os fatores causadores de

acidentes de forma definitiva, ou as que deixam estes fatores

compatíveis com o trabalho que está sendo realizado, mas que evitam

os acidentes;

* Escolha das medidas preventivas: pode ser feita adotando-se vários

critérios. Como os custos são os mais fáceis de serem quantificados e

têm importância fundamental para o empresariado, eles geralmente

são priorizados. Outros critérios utilizados podem ser relativos à

eficácia das medidas, graus de riscos e aspectos técnicos (amplitude da

medida, prazo de aplicação, etc.).

Conforme observado, o método ADC é uma ferramenta importante

para as atividades de segurança no trabalho, destacando-se as suas

seguintes características:

* Identificação dos fatores causadores dos acidentes, distantes ou

próximos dos mesmos, diminuindo a polêmica em torno de suas

causas;

* Visualização fácil, global e detalhada dos fatos causadores dos

acidentes; útil para a mudança na prática da prevenção; e facilidade de

montagem da árvore de causas de acidentes mesmo que o investigador

não seja um profundo conhecedor do processo de produção a ser

analisado.

2.4 Visões monocausal e multicausal dos acidentes do trabalho

A visão monocausal dos acidentes do trabalho é a mais antiga de que se

tem notícia, e surge junto com os primeiros estudos sobre o que

provoca a fatalidade. Nesta corrente de pensamento, considera-se que

um acidente tem uma única causa e esta, sendo eliminada, evitaria a

ocorrência do acidente. Segundo Zocchio (2002), os acidentes são

motivados por causas diretas, que não surgem aleatoriamente nem por

acaso. Elas têm origem em acontecimentos anteriores, chamados de

causas indiretas.

Tais acontecimentos são fatores pessoais ou materiais que levam o

ambiente do trabalho a sofrer alguma alteração no seu comportamento

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ambiente do trabalho a sofrer alguma alteração no seu comportamento

normal, levando-o às causas diretas. Zocchio (2002), não considera a

combinação dos fatores indiretos, excluindo, assim, a idéia da

multicausalidade. Mas ele destaca a importância de esses fatores serem

trabalhados pelos prevencionistas com o intuito de evitar os acidentes

em sua gênese. Ainda de acordo com o mesmo autor, as causas diretas

dos acidentes são divididas em duas: atos inseguros e condições

inseguras. Os atos inseguros correspondem ao comportamento que os

envolvidos com o trabalho tomam com relação à exposição ao perigo

de acidentes. Podem ser de três tipos:

* Conscientes: são os que ocorrem quando as pessoas têm

conhecimento de que estão se expondo

ao perigo;

* Inconscientes: ocorrem quando as pessoas expostas ao perigo

ignoram essa situação;

* Circunstanciais: são aqueles que ocorrem quando as pessoas,

conhecendo ou desconhecendo o perigo, são levadas a realizarem

ações inseguras. Como exemplos, pode-se citar o salvamento de uma

pessoa em situação perigosa, ou a tentativa de evitar o prejuízo da

empresa, por iniciativa própria ou por ordens superiores.

Esse autor ainda destaca alguns dos atos inseguros mais

freqüentemente observados:

* Ficar junto ou sob cargas suspensas;

* Colocar parte do corpo em local perigoso;

* Uso de equipamentos com dispositivo de segurança, inutilizados;

* Não usar proteções individuais;

* Tentativa de ganhar tempo;

* Brincadeiras e exibicionismo, dentre inúmeros outros.

Já como condições inseguras, consideram-se aquelas que

comprometem a segurança das pessoas. Entretanto, segundo esse

autor existem certas condições de riscos inerentes à atividade que não

são consideradas como condições inseguras. Estas só passarão a sê-lo

na medida em que esses elementos saiam do controle habitual mantido

pelas pessoas envolvidas com a atividade. Como exemplo, pode-se citar:

a corrente elétrica, muito freqüente nos canteiros de obras por meio de

diversos tipos de equipamento, é um risco inerente das pessoas que

trabalham com eletricidade, manuseiam equipamentos elétricos, ou

fazem as instalações. Entretanto a eletricidade só será considerada

como uma condição insegura se as instalações elétricas estiverem mal

feitas, improvisadas, estragadas etc. Quando adequadamente

executadas e conservadas estas instalações

apresentam riscos, já que estes são inerentes, mas elas não

apresentam perigos consideráveis (ZOCCHIO, 2002).

Segundo esse autor, algumas das condições inseguras mais freqüentes

são:

* Falta de proteção em máquinas e equipamentos;

* Proteções inadequadas ou defeituosas;

* Deficiência em maquinaria e ferramental, pouco espaço, passagens

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perigosas, instalações diversas com defeito ou inadequadas,

iluminação/ventilação inadequada;

* Falta de Equipamento de Proteção Individual (EPI).

Segundo o mesmo autor, a visão multicausal, bem mais recente que a

monocausal, tem sido também aplicada nos estudos sobre a prevenção

de acidentes. Esta visão sugere que os acidentes do trabalho não

possuem somente um motivo que o origine, mas sim um conjunto de

causas, situações, ocorrências inesperadas e fora dos padrões, dentre

outros motivos que, quando combinados, provocam um efeito

indesejado. Desta forma, pode-se dizer que a multicausalidade reflete

uma visão sistêmica dos acidentes de trabalho (respeitando-se os

princípios constitucionais).

2.5 Teorias causais dos acidentes do trabalho

Apesar dos inúmeros estudos sobre o assunto as teorias ainda não são,

conclusivamente, válidas, visto que faltam estudos que considerem os

diversos aspectos de maneira agrupada, tais como diferentes

exposições ao risco, atitudes das pessoas, práticas inseguras, influência

dos acidentados e de seus colegas no acidente, dentre outras.

2.5.1 Teoria da Propensão ao Acidente

Recentemente, a premissa de que a propensão ao acidente é uma

característica imutável de cada pessoa tem sido contestada, sendo

argumentado que a propensão

ao acidente é um fenômeno real, apesar de transitório. Desta maneira

passa-se a considerar que, por algum motivo qualquer, um grupo de

pessoas que estejam “mal ajustadas” ao ambiente de trabalho, pode ser

responsável por grande parte dos acidentes neste período, fenômeno

que pode se repetir com o mesmo grupo ou com outras pessoas,

dependendo das condições de cada um.

Zocchio (2002) acredita que as pessoas não são propensas a sofrer

acidentes, mas existem condições individuais tais como saúde, ânimo e

temperamento que, em determinadas circunstâncias, levam-nas a

ficarem mais suscetíveis aos acidentes. Esse autor cita: inaptidão para

determinado trabalho: temperamento, preocupação, emoção,

inteligência lenta ou retardada; incapacidade física: doenças, surdez,

insuficiência visual, daltonismo, e analfabetismo.

2.5.2 Teoria do Dominó

A Teoria do Dominó (Chain-of-Events Theory) foi proposta por Heirich

em 1950a, (ANEXO A) e transformou-se em uma das teorias clássicas

sobre a causalidade dos acidentes, sendo a mais utilizada hoje em dia

no Brasil, apesar da sua visão monocausal dos acidentes do trabalho

(COSTELLA, 1999a, p. 14-17).

Para Zocchio (2002), em sua estrutura original, esta teoria estabelece

que os acidentes são caracterizados pela ocorrência de uma série de

eventos os quais estão ligados em cadeia. Em outras palavras, um

evento segue e depende do outro para que possa ocorrer. Esta teoria

pressupõe que a interrupção de qualquer um destes eventos, ou

retirada de uma peça da fileira de dominós é o suficiente para que o

evento indesejável, acidente, não venha a ocorrer. Esta teoria também

indica que o homem

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indica que o homem

sempre participa da seqüência de antecedente (causas) que culminam

com os acidentes e suas conseqüências. Esta convicção se tornou tão

arraigada nas pessoas, que diversos estudos transformam o

trabalhador de vítima em vilão do acidente.

Segundo esse autor, essa teoria considera que o ser humano possui

características negativas (por hereditariedade ou devido seu meio

social, ou ambos) as quais fazem com que ele gere os atos e condições

inseguras, por meio de atitudes imprudentes ou levando o ambiente a

possuir perigos, criando todas as condições para a ocorrência dos

acidentes, contribui para esta situação o fato de que é sempre mais fácil

perceber o último evento praticado antes da ocorrência do acidente,

que geralmente tem a participação do acidentado.

Analisando-se a questão, à luz da Teoria do Dominó, podem ser

alcançados importantes subsídios para compreender com mais

precisão a causa dos acidentes, que é definida por esse autor como

ações humanas e condições materiais inseguras que, combinadas ou

não, propiciam a ocorrência de acidentes.

Para isto deve-se buscar a cadeia de eventos que o originou,

considerando que todos os eventos e cada elo desta cadeia são muito

importantes na análise.

ANEXO A - TEORIA DE HEINRICH

Entre os vários estudos desenvolvidos no campo da segurança do

trabalho, nós encontramos a teoria de Heinrich. O que nos diz a teoria

de Heinrich? Mostra-nos que o acidente e conseqüentemente a lesão

são causados por alguma coisa anterior, alguma coisa onde se encontra

o homem, e todo acidente é causado, ele nunca acontece. E causado

porque o homem não se encontra devidamente preparado

e comete atos inseguros, ou então existem condições inseguras que

comprometem a segurança do trabalhador, portanto, os atos inseguros

e as condições inseguras constituem o fator principal na causa dos

acidentes.

Heinrich imaginou, partindo da personalidade, demonstrar a ocorrência

de acidentes e lesões com o auxilio de cinco pedras de dominós; a

primeira representando a personalidade; a segunda as falhas humanas,

no exercício do trabalho; a terceira as causas de acidentes (atos e

condições inseguras); a quarta, o acidente e a quinta, as lesões.

Personalidade: ao iniciar o trabalho em uma empresa, o trabalhador

traz consigo um conjunto de características positivas e negativas, de

qualidades e defeitos, que constituem a sua personalidade. Esta se

formou por meio dos anos, por influência de fatores hereditários e do

meio social e familiar em que o indivíduo se desenvolveu. Algumas

dessas características (irresponsabilidade, temeridade, teimosia, etc.)

podem se constituir em razões próximas para a prática de atos

inseguros ou para a criação de condições inseguras.

Falhas humanas: devido aos traços negativos de sua personalidade, o

homem seja qual for a sua posição hierárquica, pode cometer falhas no

exercício do trabalho, do que resultarão as causas de acidentes.

Causas de acidentes: estas englobam como já vimos às condições

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Causas de acidentes: estas englobam como já vimos às condições

inseguras e os atos inseguros.

Acidente: sempre que existirem condições inseguras ou forem

praticados atos inseguros, se podem esperar as suas conseqüências, ou

seja, a ocorrência de um acidente.

Lesões: toda vez que ocorre um acidente corre-se o risco de que o

trabalhador venha a sofrer

lesões, embora nem sempre os acidentes provoquem lesões.

Considerando-se que é impraticável modificar radicalmente a

personalidade de todos que trabalham, de tal sorte a evitar as falhas

humanas no trabalho deve-se procurar eliminar as causas de acidentes,

sem que haja preocupação em modificar a personalidade de quem quer

que seja, para tanto, deve-se buscar a eliminação tanto das condições

inseguras, apesar da avareza, do desprezo pela vida humana ou

quaisquer outros traços negativos da personalidade de

administradores ou supervisores como também, deve-se procurar que

os operários, apesar de teimosos, desobedientes, temerários, irascíveis,

não pratiquem atos inseguros, o que se pode conseguir por meio da

criação nos mesmos, da consciência de segurança, de tal sorte que a

prática da segurança, em suas vidas, se transforme em um verdadeiro

hábito.

Eliminadas as causas de acidentes administradores, supervisores e

trabalhadores continuarão cada um com a sua personalidade, de que

resultarão falhas no comportamento no trabalho, mas o acidente e as

lesões não terão lugar.

Fonte: Revista CIPA. Indenização por Acidente de Trabalho:

responsabilidade das empresas, n. 189, p.50-55, set. 1995a.

O acidente de trabalho deve-se principalmente a duas causas:

1- Ato Inseguro

E o ato praticado pelo homem, em geral consciente do que está

fazendo, que esta contra as normas de segurança. Ex. ligar tomadas de

aparelhos elétricos com as mãos molhadas, se arriscarem no transito

em altas velocidades.

2- Condição insegura

É a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e ou

risco ao trabalhador.

Ex. Instalação elétrica com fios desencapados, guindastes com cabos

deteriorados, locais de trabalho com pregos espalhados pelo chão.

Eliminando-se as condições inseguras e os atos inseguros é

possível reduzir os acidentes e as doenças ocupacionais.

Papel este que deve ser feito por todo pessoal da área da

segurança como um todo desde engenheiros, mestres de obras,

técnicos de segurança e o pessoal da CIPA, e principalmente pelo

pessoal de campo que esta o dia todo próximo de um possível acidente

ou um quase acidente

2.5.3 Teorias Psicológicas

Conforme Zocchio (2002), as teorias psicológicas surgiram por meio dos

estudos de Kerr, (que a variação do estado de animo do grupo é uma

redução do estado de calma, e o nível de estresse aumenta 1995)

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redução do estado de calma, e o nível de estresse aumenta 1995)

quando estabeleceu duas teorias baseadas no estado psicológico do

trabalhador, sendo que uma complementa a outra. Elas foram

chamadas de Teoria do Alerta (Goals-Freedom-Alertness Theory) e

Teoria da Acidentabilidade (Adjustment-Stress Theory). Apesar de

enfocar apenas as questões psicológicas e não abordar os fatores

externos, estas teorias não podem ser consideradas exclusivamente

monocausais, já que podem ser admitidas outras causas de acidentes.

2.5.3.1 Teoria do Alerta

Conforme Costella (1999a, p. 21), a Teoria do Alerta foi fruto dos estudos

de Kerr que envolviam a freqüência e a gravidade dos acidentes em

relação a 40 variáveis encontradas na organização. Estes estudos

chegaram à conclusão de que a gravidade dos acidentes e a freqüência

dos mesmos estavam relacionadas a fatores denominados de “variáveis

depressoras de vigilância”, que reduzem

a motivação, atenção e interesse dos trabalhadores pelas suas

atividades, tais como: baixa perspectiva de promoção, pequena

mobilidade na empresa, excessivo tempo de permanência no trabalho,

dentre outras.

Baseado nesta conclusão, Kerr estabelece que os acidentes ocorrem

devido ao baixo nível de alerta (ou vigilância) encontrados nos

ambientes de trabalho, sendo resultado de fatores psicológicos

negativos nesses ambientes. Esses fatores podem ter sido originados

de diversas maneiras, como falta de ânimo, pouca perspectiva de

ascensão profissional, problemas externos, dentre outros.

Esta teoria admite que a bom desempenho de segurança seja resultado

de fatores psicológicos positivos encontrados nos locais de trabalho.

Assim, os acidentes são vistos como resultados de um ambiente que

não contribui com o estado de alerta dos trabalhadores.

Ao ambiente de trabalho rico em oportunidades, associam-se altos

níveis de alerta, que resultam em trabalhos com alta qualidade e

comportamentos mais seguros. Esse clima rico corresponde aos

ambientes em que os trabalhadores são levados a participar,

ativamente e com certo poder de decisão, da definição de alguns

objetivos a serem alcançados, da discussão de como atingi-los e

também da análise e solução de problemas. A essência da teoria é que o

gerenciamento deve dar ao trabalhador um objetivo bem definido e

liberdade para atingi-lo. Como resultado, ele focará atenção na sua

tarefa para atingir o objetivo. A atenção do trabalhador ao trabalho

reduz a probabilidade de envolver-se em um acidente. Em outras

palavras, quando o trabalhador sabe o que fazer no trabalho, melhor

focará

atenção na sua tarefa e, assim, estará seguro.

A Teoria do Alerta reside nos aspectos positivos da segurança. Tendo

este princípio em mente, os gerentes e supervisores devem estar

preparados e treinados para proporcionar aos trabalhadores

ambientes laborais mais recompensadores e, para isto, devem recorrer

a técnicas gerenciais como o gerenciamento participativo, a

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determinação de tarefas claras, incentivos, promoverem a busca de

objetivos, dentre outros. Desta maneira, tende a aumentar a atenção e

o incentivo à produção com qualidade, o comportamento seguro e,

conseqüentemente, haverá menos acidentes.

Apesar de relativamente antiga e de ser já considerada clássica essa

teoria ainda sofre alguns questionamentos sobre sua validade,

principalmente devido às falhas presentes no seu estudo inicial de 1950.

Nele, Kerr concluiu que o maior número de acidentes ocorreu em

setores da empresa que possuíam menos contato com outros setores e

menor perspectiva de promoção social, o que levaria a atitudes de

indiferença e pouca atenção ao trabalho. Esta situação de pouco alerta

seria a responsável pelo maior número de acidentes. Mas, nesse

estudo, o autor não menciona a diferença de riscos enfrentados entre

os diversos setores da empresa. O autor defende a sua teoria alegando

que existem evidências que suportam as suas conclusões (COSTELLA,

1997a, p. 23).

2.5.3.2 Teoria da Acidentabilidade

Conforme Costella (1999b, p. 25), a Teoria da Acidentabilidade foi à

segunda teoria estabelecida nos estudos de Kerr, e funciona como

complementar a Teoria do Alerta, diferindo em poucos aspectos. Ela

estabelece que a segurança seja

comprometida quando está presente um clima negativo que desvia a

atenção do trabalhador. Um destes fatores negativos é o stress do

trabalhador. Este pode ser provocado tanto dentro dos ambientes de

trabalho quanto fora dele, e ligados ou não às atividades do

empregado. As complicações ou stress impostos aos trabalhadores são

provocados por fatores considerados internos, caracterizados como

problemas de cunho individual (como o cansaço, o consumo de álcool,

o sono, o uso de drogas, as doenças, os problemas psicológicos,

ansiedade, etc.), ou externos, aqueles de caráter coletivo (neste caso os

ruídos, iluminação, temperatura, excesso de esforço físico, etc.). Tais

problemas aumentam a ocorrência de acidentes, principalmente se os

trabalhadores não conseguirem se ajustar a condições desfavoráveis.

Ou seja, quando alguns dos fatores mostrados estão presentes durante

o horário de trabalho, a suscetibilidade ao acidente aumenta.

Segundo esse autor, também nessa teoria, a gerência apresenta grande

influência sobre a ocorrência de acidentes. A pressão dos trabalhadores

para que eles controlem os custos, em alguns casos eliminando

despesas importantes, e a cobrança para que o prazo seja cumprido

rigorosamente, ou às vezes que ele seja antecipado, aumenta muito o

stress e a possibilidade de acidentes.

Quanto à diferença entre as duas teorias psicológicas que a Teoria do

Alerta estabelece que a segurança seja mais garantida quando o

comportamento no trabalho é de natureza positiva, enquanto que a

Teoria da Acidentabilidade aponta que a incidência de acidentes tende a

aumentar quando existe influência de fatores negativos

no trabalho.

Esta teoria, além de complementar a do Alerta, engloba pontos não

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Esta teoria, além de complementar a do Alerta, engloba pontos não

cobertos pela Teoria da Propensão ao Acidente. Entretanto, com a

evolução desta última, que começa a considerar a propensão ao

acidente não mais inerente a pessoas, mas causadas por fatores

circunstanciais, variáveis ao longo do tempo, as duas teorias começam

a se sobrepor e a se confundir.

2.5.4 Stress mental

Segundo Costella (1999c, p. 26-27), o Stress Mental não chega a

constituir-se em uma teoria. Simplesmente representa um tipo de

comportamento que complementa a Teoria da Acidentabilidade e a

Teoria da Distração, que será apresentada adiante.

O stress mental foi apresentado no estudo de Holmes e Rahe (1967

apud COSTELLA, 1999d, p. 27) que buscava relacionar os diversos tipos

de stress da vida cotidiana com os acidentes no ambiente de trabalho.

O estudo concluiu que o stress podia ser considerado responsável por

acidentes e doenças. Cabe observar que esta causa pode ser

proveniente tanto de eventos positivos quanto de negativos e que sua

influência varia muito conforme a estrutura da sociedade, cultura,

educação, religião, hábitos etc.

Assim, com base nas pesquisas pertinentes desenvolveram uma tabela

que visa a quantificar a contribuição de cada evento para o nível de

stress do indivíduo. Nela, tanto os eventos positivos quanto negativos

devem ser somados. Considera-se que, quanto maior o valor final,

maior o nível de stress do indivíduo e, logo, maior a sua susceptibilidade

a sofrer algum tipo de acidente.

2.5.5 Teoria da Distração

Conforme Costella (1999b, p. 27), esta teoria, a mais nova de todas é a

única voltada para

a construção civil. Entretanto, ela pode ser aplicada em outros tipos de

indústrias, assim como as demais teorias são aplicadas neste setor. A

Teoria da Distração possui três componentes. O primeiro é a

probabilidade da ocorrência de acidentes, que é tabulado no eixo Y das

ordenadas cartesianas. A produtividade na tarefa a ser executada é

tabulada no eixo X, enquanto que o último componente, o nível de

distração mental que o trabalhador sofre, relaciona-se a estes dois

eixos.

O nível de distração mental é uma variável dinâmica, mas o grau de sua

variação é dado conforme suas características particulares. No entanto,

percebe-se, de uma maneira geral, que, quando o trabalhador não se

preocupa com suas condições físicas de segurança, a probabilidade de

ocorrerem acidentes é alta, assim como tende a ser alta a produtividade

do seu trabalho. À medida que ele passa a se preocupar e cuidar mais

desta questão, sua produtividade decai juntamente à probabilidade de

acidentes.

Outra variação quanto às condições de segurança físicas e chances de

acidentes podem ser observadas conforme o tipo de equipamento

utilizado para a realização do trabalho. Pode-se dar como exemplo um

trabalho em altura. Se, para realizar essa tarefa, o trabalhador valer-se

de uma escada de mão, ele estará equilibrado de maneira instável e sua

mobilidade será pequena. Mas, se ele utilizar um andaime improvisado

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mobilidade será pequena. Mas, se ele utilizar um andaime improvisado

de madeira em vez de uma escada de mão, suas condições de equilíbrio

melhoram, o mesmo ocorrendo com sua mobilidade.

De forma ideal, este trabalho só poderia ser realizado se fosse utilizado

um andaime projetado e equipado com todos os dispositivos

de segurança. Isso garantiria ao trabalhador o equilíbrio necessário

com uma perfeita mobilidade para a sua atividade, além de um risco de

queda menor.

A observação e análise destes fatores devem ser percebidas pela

gerência da empresa, pois, da mesma forma que existem elementos

causadores de distração mental que pouco interferem no trabalho,

existem aqueles fatores muito perturbadores ao trabalhador. Neste

caso, este deveria ser afastado das atividades mais arriscadas.

3. PREVENÇÃO

No universo empresarial, verifica-se cada vez mais a necessidade de

atitudes no sentido de mudanças no modo de vida das pessoas,

abrindo espaços para a discussão em torno de qualidade de vida dentro

e fora do trabalho.

Considerando-se que:

[...] a construção teórica da relação entre processo de valorização,

processo de trabalho, cargas de trabalho e processo de desgaste

confere certa capacidade de predição com relação ao que caracteriza o

padrão de desgaste de um

determinado grupo de trabalhadores (LAURELL; NORIEGA, 1989a, p.

110).

E,

[...] enquanto as dimensões organizacionais, estruturantes essenciais da

situação de trabalho, forem consideradas apenas como mais um 'fator'

dentre outros, como acontece com as abordagens tradicionais, as LER

permanecerão um problema incompreensível e as tentativas de sua

prevenção, inefetivas (LIMA; ARAÚJO, LIMA, 2000a, p. 249).

E ainda, “[...] a luta a ser travada no campo da morte e do adoecimento

do trabalhador que se dá partir do processo produtivo, deve estar

circunscrita à questão da prevenção e não, como hoje ocorre

prioritariamente associada à reparação” (OLIVEIRA, 1996a, p. 128).

Ao

se referir à situação do Brasil:

[...] a prevenção é um pleito que interessa às novas formas de capital

implantadas no país, mas implica uma intervenção do Estado no

‘interior da fábrica’. São pelo intermédio indireto de profissionais,

médicos, engenheiros, supervisores de segurança, que o ambiente de

trabalho se torna ‘controlado’ (FALEIROS, 1992a, p. 21).

3.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

O art. 165 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) relata que,

quando as medidas de ordem geral não oferecem completa proteção

contra os riscos de acidentes, caberá a empresa fornecer,

gratuitamente, equipamentos de proteção individual, tais como: óculos,

máscaras, luvas, capacetes, cintos de segurança, calçados, roupas

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especiais e outros, que devem ser de uso obrigatório por parte dos

empregados.

Segundo Conceição e Cavalcanti (2001a, p. 106), os EPIs podem ser

definidos como todos os dispositivos de uso pessoal que são

destinados a preservar a incolumidade do empregado, quando do

desempenho de suas funções no ambiente de trabalho.

Cabe ressaltar que todo EPI deverá ser aprovado e registrado no

Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho - DNSHT.

De acordo com Cesarino Júnior (1997 apud CONCEIÇÃO; CAVALCANTI,

2001a, p. 106) , aquele empregado que não obedece às normas de

segurança e higiene do trabalho, inclusive quanto ao uso de EPIs, estará

incorrendo em falta, uma vez que, de acordo com a Portaria n.º 319, de

20 de dezembro de 1960, a empresa é obrigada a fornecer aos

empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito

estado de conservação e funcionamento.

Os equipamentos

são fornecidos nas seguintes circunstâncias: sempre que as medidas de

proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecem

completa proteção contra os riscos de acidentes de trabalho e/ou

doenças profissionais e do trabalho, enquanto as medidas de proteção

estiverem sendo implantadas, para atender as situações de emergência.

Segundo Ferreira (1985 apud CONCEIÇÃO; CAVALCANTI, 2001b, p. 106) , a

utilização de equipamentos de proteção individual ocorre de maneira

indiscriminada e sem serem observados critérios definidos,

desconsiderando-se a diretriz doutrinária que define o EPI como último

recurso a serem utilizado na prevenção de acidentes e doenças, depois

de esgotadas todas as possibilidades de proteção coletiva.

Um aspecto de grande relevância diz respeito à educação e à

preparação prévia do trabalhador no tocante à aceitação do EPI como

rotina no trabalho, de modo que o mesmo se torne, psicologicamente,

conscientizado, da sua importância e da necessidade do seu uso, em

benefício de sua própria segurança.

Segundo Fundacentro (1981 apud CONCEIÇÃO; CAVALCANTI, 2001a, p.

107) , o EPI deve proteger contra os riscos dos locais de trabalho e, ao

mesmo tempo, deve dar proteção contra as condições de trabalho

incômodas e desagradáveis, ademais, deve oferecer a proteção mais

completa possível à região do corpo ameaçada diretamente.

Os próximos parágrafos sobre o assunto em questão foram elaborados

à luz de Lopes Neto e Barreto (2006a, p. 2-6).

É sabido que no Brasil ainda não existe um estudo concludente sobre as

características antropométricas dos trabalhadores, abrangendo o tipo

médio do cidadão

brasileiro e a predominância dos naturais de cada região nos diversos

setores de trabalho.

Porém, nota-se que setor da construção civil dos centros urbanos, é o

imigrante nordestino que assume as funções menos qualificadas.

Já nos ambientes industriais, se sucede ao contrário, predominam

funcionários residentes no sul do país.

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funcionários residentes no sul do país.

Assim sendo, os EPIs a serem utilizados, principalmente os que se

destinam às vias respiratórias e auditivas devem apresentar uma

flexibilidade de modelos tal que possam atender a esses tipos físicos

diferenciados.

Desta forma, para a definição dos modelos adequados de EPIs

primordialmente deve-se verificar os diversos tipos antropométricos de

trabalhadores existentes nos locais de trabalho, pois é pela observação

do tipo físico dos trabalhadores e pela verificação da maneira como os

EPIs se moldam aos mesmos é que se pode ter idéia da possível

eficiência ou não na neutralização da ação de agentes agressivos.

Além dessas características antropométricas (em grupos) existem as

individuais como, por exemplo: pavilhão auricular mais ou menos

amplo, conduto auditivo diversificado entre outros.

Quando da aquisição de EPIs faz-se necessário grande número de

funcionários para encabeçar o processo de cobertura de todas essas

características (em grupos ou individuais). Esses funcionários são, por

exemplo: encarregados do setor de compras e outros profissionais das

áreas de saúde e segurança, no sentido de verificar a funcionalidade

dos EPIs. Os mesmos poderão sugerir diversificação de tipos e modelos

adaptados às características antropométricas dos trabalhadores.

Como exemplo, pode-se mencionar

a variedade de óculos de segurança oferecidos pelos fabricantes que

objetivam atender as diferentes formas faciais. Muitos funcionários,

sem outra opção, usam o “improviso”, ou seja, adaptam complementos

a seus EPIs: algodão, tapa-orelhas, entre outros. Essa “criatividade” nada

mais é que a constatação de uma política ineficaz de proteção ao

trabalhador. Por outro lado, não há como afirmar que o trabalhador

não está protegido sem um estudo acurado e sério a ser feito pelo

profissional que inspeciona o local de trabalho.

Em relação á insalubridade, o artigo 191 da CLT (2001) prescreve que a

eliminação ou neutralização de insalubridade ocorrerá: “[...] II - com a

utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador que

diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância [...]”.

Pelo texto apresentado, observa-se que o legislador é sabedor da

existência de riscos no ambiente de trabalho, prescrevendo, no entanto,

a redução da intensidade desses agentes agressivos a níveis

compatíveis com os limites de tolerância específicos para cada agente,

por meio da utilização de EPIs adequado, quando o correto seria a

eliminação e não a redução.

Embora os sistemas de proteção coletiva sejam os mais racionais e

eficazes soluções para a garantia de condições salubres de trabalho

existem situações específicas em que somente o equipamento de

proteção individual poderá evitara ação agressiva sobre o trabalhador.

Como por exemplo, as atividades de soldagem e corte a maçarico, onde

o trabalhador executa tarefas a curta distância da fonte que inviabiliza a

utilização de sistema de proteção coletiva.

Dai

se conclui: o que se deve buscar no tratamento dos riscos ambientais

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se conclui: o que se deve buscar no tratamento dos riscos ambientais

são a utilização harmônica de processos, medidas, sistemas coletivos e

equipamentos de proteção individual.

Ao analisar a utilização de EPIs, o perito deve, então, centrar sua

atenção nos que têm relação direta com os agentes agressivos

analisados.

A existência ou não de outros EPIs pode apenas servir de referência

para identificar a verdadeira política de segurança da empresa.

Assim, os EPIs protegem o trabalhador - em parte - do contato com

substâncias agressivas ao corpo, que podem provocar acidentes e

doenças. Entre os EPIs contam-se:

* Protetores faciais: contra respingos, vapores e radiação;

* Óculos de segurança: protegem de ferimento nos olhos;

* Capacetes: contra impactos provenientes de queda e choque

elétrico;

* Luvas mangas de proteção, cremes protetores: impedem o risco de

lesões por contato com materiais abrasivos, perfurantes ou cortantes;

* Calçados impermeáveis: evitam o contato com agentes químicos

agressivos;

* Protetores auditivos: protegem os ouvidos do excesso de ruído;

* Aventais, capas e jaquetas: para trabalho que supõe risco de origem

térmica, radioativa ou mecânica; Obs: Protetores individuais são direito

de todos os trabalhadores. Na prevenção de doenças e acidentes, os

empregadores devem:

* Proceder à remoção ou controle rigoroso das substâncias

cancerígenas no local de trabalho;

* Fiscalizar o uso adequado dos equipamentos de proteção individual e

verificar se estão sendo preservados pelos trabalhadores, conforme

instrução;

* Providenciar que o local de trabalho tenha boa

ventilação, para que não se forme o acúmulo ou excesso de substâncias

agressivas;

* Proibir o fumo nos locais de trabalho, devido aos danos que pode

causar;

* Proporcionar aos trabalhadores expostos a substâncias nocivas a

oportunidade de fazer exames periódicos de saúde;

* Promover um processo educativo contínuo: todos os trabalhadores

devem conhecer os riscos e os cuidados a tomar;

E, os trabalhadores devem:

* Cuidar pessoalmente de sua saúde, controlando sua alimentação

(atenção para as gorduras, o açúcar e o sal) e praticando exercícios

físicos, se suas atividades não supõem movimentação;

* Verificar regularmente sua pressão arterial e parar de fumar e de

beber;

* Planejar o trabalho do dia, concentrando-se em uma tarefa de cada

vez, para não entrar em estresse;

* Intercalar momentos, ainda que curtos, de relaxamento e descanso

entre as atividades. O Anexo B apresenta exemplos dos principais

equipamentos de proteção.

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* ANEXO B

3.2 Recolocações de lesionados

Trabalhadores vítimas de desenvolvimento de doenças ocupacionais,

geralmente vão à procura de concessão de benefício auxílio-doença,

junto ao Instituto Nacional de Serviço Social (INSS). Porém, é sabido que

um dos maiores problemas que a classe trabalhadora enfrenta é o

reconhecimento da doença ocupacional e ou acidentária, ou seja,

provar que a doença adquirida e ou desenvolvida tem relação com o

seu meio ambiente de trabalho (nexo causal). Sem esse

reconhecimento, o trabalhador adoecido em serviço não consegue o

benefício de lei, o auxílio-doença acidentário (B91 = doenças infecciosas

ou parasitárias) e quando muito

o auxílio-doença comum (B-31 = auxílio-doença previdenciário):

Não emitida a CAT pela empresa ou quando não exista, o INSS presume

o NTP (Nexo Técnico Previdenciário) como não-ocupacional e concede o

benefício como B31-auxílio-doença previdenciário. Isso se tornou regra

e responde pela esmagadora maioria dos números. Nesses casos cabe

ao trabalhador a prova em contrário, ou seja, o ônus da prova é da

vítima. Em outras palavras, o INSS, nesse caso dá lombalgia, por

exemplo, sem CAT, entra direto como B31, o trabalhador sequer tem a

possibilidade de requerê-lo como acidentário. Para transformá-lo em

B91 há que se convencer o médico perito do INSS do contrário e,

mediante documentação garimpada pela vítima, terá que estudar as

atividades desenvolvidas por ela para tentar estabelecer uma relação

causal entre essas atividades e lombalgia, independentemente se essas

dores são corriqueiras entre seus colegas e não se interessando a

empresa é farta e contumaz produtora de lombalgia e conexa (OLIVEIRA,

2006a, p. 13).

Mas todas essas dificuldades e barreiras têm uma razão de ser: fraude.

Tanto pode advir da parte do requerente como do próprio pessoal da

instituição a que se solicita o benefício.

Assim, há uma conivência em médicos, peritos e até mesmo servidores

que ao invés do reconhecimento do acidente, concedendo o auxílio-

acidentário (B91), concede apenas o auxílio-doença comum, sem fonte

de custeio e que acaba ocasionando a necessidade de proceder a altas

médicas, devolvendo o trabalhador, mesmo que ainda com

incapacitação, apenas visando à baixa dos custos sempre crescentes

com a concessão desses benefícios.

[...]

existe uma proliferação de propostas de Programas de Prevenção de

Riscos Ambientais (PPRA) e Programas de Controle Médico de Saúde

Ocupacional (PCMSO) anunciados em bancas de jornal Brasil afora,

simplesmente para cumprimento cartorário de norma trabalhista, bem

como das empresas de medicinas ocupacionais (ASO) e de engenharia

de segurança para a elaboração de laudos, de acordo com as

conveniências dos clientes, que retratam a banalização, promiscuidade,

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conveniências dos clientes, que retratam a banalização, promiscuidade,

mercantilização às vezes prostituta, do tema saúde do trabalhador

(OLIVEIRA, 2006a, p. 14).

O grande inconveniente é que muitas vezes, vencido o prazo da alta

programada, o trabalhador recebe alta médica, muitas vezes ainda com

seqüelas ativas, sendo obrigado a retornar ao trabalho ainda com

seqüela incapacitante, por lhe haver sido retirada a fonte de

subsistência à vida (auxílio-doença comum (B-31) e ou acidentário (B-91).

É neste cenário que o trabalhador corre o risco de vir a ser demitido -

no caso a lei ampara a empresa -, aumentando o número dos

desempregados, que sequer conseguem retornar ao mercado de

trabalho, por não mais serem aprovados nos exames admissionais

exigidos pelas empresas (cada vez mais exigentes).

Assim sendo, a contratação de trabalhadores doentes e lesionados não

acontece, incorrendo em mais um problema social: o crime. O

desempregado, com família para sustentar se vê sem opção e se

preciso rouba e até mata. A discriminação, a exclusão social e (em

muitos casos) a necessidade de tomar psicotrópicos para poder

conviver com a dor submete o trabalhador a riscos ainda maiores.

Nesse sentido, “O mercado transforma o trabalhador

em dependente químico” (SALVADOR; BARRETO, 2004, p. 2).

Conforme o mesmo autor urge a necessidade premente de que a

autoridade pública disponibilize aos trabalhadores acidentados e

adoecidos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CRST).

Esses centros possibilitam ao trabalhador obter os exames e laudos do

reconhecimento da doença, de seu nexo causal, quer para fins

previdenciários, na obtenção do benefício de lei, o auxílio-acidentário (B-

91), como também para buscar seu direito constitucional assegurado

em lei de receber a indenização devida e pela extensão do dano contra

o causador do infortúnio incapacitante.

O empregador é responsável por assegurar ao trabalhador trabalhar

num meio ambiente de trabalho equilibrado, sem riscos, onde encontre

no trabalho a possibilidade real e efetiva de dignificar-se como pessoa

humana, agente produtivo integrado no sistema econômico, político e

social e não sujeito a acidentes e desenvolvimento de doenças

incapacitantes, contra a vida, com risco da própria morte.

A necessidade maior seria, então, a implementação de estratégias de

prevenção e de assistência de saúde na fase aguda e o planejamento do

retorno de lesionados ao trabalho. É importante lembrar que todo e

qualquer acidente pode gerar a doença ocupacional, quando as

seqüelas não forem devidamente tratadas.

3.3 Fiscalizações dos órgãos competentes

O capítulo V da CLT (2001) “Da Segurança e Medicina do Trabalho” e

suas Normas Regulamentadoras (NRs) são o que pode chamar de

núcleo fundamental da legislação brasileira voltada para a proteção do

trabalhador diante dos riscos existentes nos locais de trabalho.

Normas estas que quando respeitadas evitam a aquisição de muitas

doenças. O órgão público responsável pela fiscalização do seu

cumprimento é o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por meio das

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cumprimento é o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por meio das

Delegacias Regionais do Trabalho e Emprego nos Estados.

A coordenação desse trabalho em nível nacional cabe a Secretaria de

Inspeção do Trabalho e sua execução à Diretoria de Segurança e Saúde

no Trabalho. As NR podem ser alteradas a partir de portarias expedidas

pelo MTE, entretanto, essas mudanças não podem modificar

dispositivos que estejam fixados na lei, no caso a CLT. Para isto, faz-se

necessário a aprovação da mudança legal pelo Congresso Nacional e a

sua sanção pelo Presidente da República. Mas, além das legislações

citadas, existem muitas outras normas legais que dizem respeito à

questão de saúde do trabalhador e sua relação com os riscos nos

ambientes de trabalho.

Existem nos Estados e Municípios códigos de obras e/ou códigos

sanitários que prevalecem sobre os códigos federais, desde que não o

contradigam, pois estão voltados para a realidade existente naquela

região quanto ao ambiente de trabalho e por isso devem ser cumpridos

pela empresas. A Previdência Social brasileira já passou por várias

mudanças conceituais e estruturais, envolvendo o grau de cobertura, o

elenco de benefícios oferecidos e a forma de financiamento do sistema.

Na legislação previdenciária (Lei nº. 8.213/91), estão incluídos os temas

relativos à indenização dos trabalhadores atingidos por acidentes do

trabalho e doenças profissionais. Enfim, o estabelecimento de normas

relativas à saúde e segurança do trabalhador, segundo as

orientações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), tem

despertado muito interesse junto aos trabalhadores, empresários e

autoridades e tem ganhado espaços crescentes nas negociações de

várias categorias profissionais e constam dos Acordos ou Contratos

Coletivos de Trabalho.

CONCLUSÃO

A CIPA é a única representatividade dos trabalhadores dentro das

empresas, mas de acordo com alguns especialistas não está adequada,

e também para o próprio governo ela não satisfaz, pois desde a

promulgação da última Portaria nº 5/94, que a regulamenta , ela está

sofrendo modificações que ainda não se concretizaram.

Os acidentes do trabalho e as doenças profissionais apresentam um

número expressivo no contexto nacional e colocam o Brasil como um

dos países com maior índice de acidentes do trabalho do mundo.

Estes acidentes e doenças podem acontecer em decorrência de três

fatores principais: o primeiro, devido aos fatores produtividade e

qualidade, exigências feitas pelas empresas aos trabalhadores, sem,

contudo, oferecerem condições seguras e conhecimentos sobre a

organização e os riscos aos quais estão expostos.

O segundo fator relaciona-se ao despreparo e também à falta de

conhecimento dos trabalhadores do sistema organizacional ao qual

estão inseridos, por isso, muitas vezes, expõem-se aos riscos sem o uso

adequado de equipamentos de proteção e acontece o acidente

conhecido e muito divulgado como ato inseguro do trabalhador.

O terceiro e último está relacionado às próprias leis, de não possuírem

uma legislação mais efetiva e punitiva dos responsáveis pelas empresas

que não proporcionam segurança e condições adequadas

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que não proporcionam segurança e condições adequadas

de trabalho.

A partir da realidade brasileira, em relação aos acidentes e doenças do

trabalho e dos resultados obtidos neste estudo, conclui-se que é

preciso promover modificações urgentes nas leis trabalhistas

brasileiras, principalmente, sobre as formas de trabalho existentes e os

acidentes do trabalho, pois as mesmas não acompanharam a evolução

dos modos de produção e também se apresentam extremamente

beneficiadoras das empresas quando adotam os acidentados.

A NR 5, que trata sobre a CIPA deve sofrer um estudo profundo por

parte do Ministério do Trabalho, através da comissão tripartite

(formada por representantes do governo, trabalhadores e

empregadores) de mudança no seu contexto, relacionados à sua

formação, autonomia, atribuições de seus membros e a participação

dos trabalhadores.

Proporciona aos trabalhadores maior representatividade e maior

participação, e estabelecendo uma CIPA ou a formação de outra

comissão mais autônoma, mais atuante e participativa, comissão esta

desvinculada das administrações empresariais.

O simples fornecimento dos equipamentos de proteção individual não

garante a proteção da saúde do trabalhador e nem evita

contaminações. Incorretamente utilizados, os EPI podem comprometer

ainda mais a segurança do trabalhador. Acredita-se que o

desenvolvimento da percepção do risco aliado a um conjunto de

informações e regras básicas de segurança são as ferramentas mais

importantes para evitar a exposição e assegurar o sucesso das medidas

individuais de proteção à saúde do trabalhador.

O uso correto dos EPIs é um tema que vem evoluindo rapidamente e

exige a reciclagem contínua dos profissionais

que atuam na área de ciências agrárias através de treinamentos e do

acesso a informações atualizadas. Bem informado, o profissional de

ciências agrárias poderá adotar medidas cada vez mais econômicas e

eficazes para proteger a saúde dos trabalhadores, além de evitar

problemas trabalhistas.

Retomando o problema de pesquisa exposto na introdução: De que

forma a literatura se refere a doenças ocupacionais no Direito do

Trabalho, e quais suas prevenções?

Ainda hoje é freqüente a aceitação de que o acidente possui uma única

causa, mas a partir da revisão bibliográfica se constatou que eles devem

ser analisados por meio de uma visão multicausal. Isto implica dizer que

tais ocorrências não são provocadas apenas por um evento, mas por

uma combinação de fatores, os quais provocam alterações no modo

habitual de desenvolvimento da atividade.

O conhecimento dessa realidade é muito importante, na medida em

que uma concepção errônea leva à procura equivocada de soluções.

Assim foi possível se ter uma nova visão causal dos acidentes para

identificar os mecanismos da ocorrência dos acidentes, a fim de que se

aprender com eles um modo de evitar que tais eventos ocorram. Este

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mesmo cuidado deve ser tomado em relação aos incidentes. Desta

forma, certamente o índice de acidentes poderá diminuir

consideravelmente, não excluindo os riscos, mas evitando perdas

financeiras e humanas. Essa prevenção consiste na observação das NRs

na questão de saúde do trabalhador e sua relação com os riscos no

ambiente de trabalho como, por exemplo, duração da jornada de

trabalho e de aspectos do trabalho da mulher e do menor - trabalho

infantil.

Como nenhum estudo por mais pesquisado que seja, se esgota,

recomenda-se para um próximo trabalho a seguinte temática

“Segurança do Trabalho e a Tecnologia da Informação (TI)”, assunto aqui

não abordado por fugir ao objetivo geral do trabalho, mas que,

certamente, agregará informações importantes aos assuntos

abordados.

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