constituição - ordem econômica e financeira

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  • 8/3/2019 Constituio - Ordem econmica e financeira

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    TTULO VIIDa Ordem Econmica e FinanceiraCAPTULO IDOS PRINCPIOS GERAIS DA ATIVIDADEECONMICA

    Art. 170. A ordem econmica,fundada na valorizao do trabalhohumano e na livre iniciativa, tem porfim assegurar a todos existncia digna,conforme os ditames da justia social,observados os seguintes princpios:

    I - soberania nacional;

    II - propriedade privada;

    III - funo social da propriedade;

    IV - livre concorrncia;

    V - defesa do consumidor;

    VI - defesa do meio ambiente,inclusive mediante tratamentodiferenciado conforme o impactoambiental dos produtos e servios e deseus processos de elaborao eprestao; (Redao dada pela Emenda

    Constitucional n 42, de 19.12.2003)

    VII - reduo das desigualdadesregionais e sociais;

    VIII - busca do pleno emprego;

    IX - tratamento favorecido para asempresas de pequeno porte constitudassob as leis brasileiras e que tenham suasede e administrao no Pas. (Redao

    dada pela Emenda Constitucional n 6,de 1995)

    Pargrafo nico. assegurado atodos o livre exerccio de qualqueratividade econmica,independentemente de autorizao dergos pblicos, salvo nos casosprevistos em lei.

    Art. 171. (Revogado pela EmendaConstitucional n 6, de 1995)

    Art. 172. A lei disciplinar, com

    Constituio Estadual

    TTULO VIIDA ORDEM ECONMICA FINANCEIRA E DOMEIO AMBIENTE

    Captulo IDOS PRINCPIOS GERAIS DA ATIVIDADEECONMICA (arts. 214 a 222)

    Art. 214 - O Estado e os Municpios,observados os preceitos estabelecidos naConstituio da Repblica, atuaro nosentido da realizao do desenvolvimentoeconmico e da justia social, prestigiando oprimado do trabalho e das atividadesprodutivas e distributivas da riqueza, com a

    finalidade de assegurar a elevao do nvel equalidade de vida e o bem-estar dapopulao.

    Art. 215 - Como agentes normativos ereguladores da atividade econmica, oEstado e os Municpios exercero, na formada lei, as funes de fiscalizao, incentivo eplanejamento, sendo este determinante parao setor pblico e indicativo para o setorprivado, cuja iniciativa livre desde que nocontrarie o interesse pblico.

    1 - A lei estabelecer as diretrizes e basesdo planejamento do desenvolvimentoequilibrado, consideradas as caractersticas eas necessidades dos Municpios, e dasregies do Estado, bem como a suaintegrao.

    2 - A lei apoiar e estimular ocooperativismo e outras formas deassociativismo.

    * 3 - A pessoa jurdica em dbito com ofisco, com obrigaes trabalhistas ou com osistema da seguridade social no podercontratar com o poder pblico nem delereceber benefcios ou incentivos fiscais oucreditcios.

    * Lei 3050, de 21 de setembro de 1998, queregulamenta o artigo 215, 3, daConstituio Estadual e d outrasprovidncias.

    * Lei n 4205, de 28 de outubro de 2003, queestabelece normas regulamentares ao artigo

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    base no interesse nacional, osinvestimentos de capital estrangeiro,incentivar os reinvestimentos eregular a remessa de lucros.

    Art. 173. Ressalvados os casosprevistos nesta Constituio, aexplorao direta de atividadeeconmica pelo Estado s serpermitida quando necessria aosimperativos da segurana nacionalou a relevante interesse coletivo,conforme definidos em lei.

    1 A lei estabelecer oestatuto jurdico da empresapblica, da sociedade de economia

    mista e de suas subsidirias queexplorem atividade econmica deproduo ou comercializao debens ou de prestao de servios,dispondo sobre: (Redao dada pelaEmenda Constitucional n 19, de 1998)

    I - sua funo social e formas defiscalizao pelo Estado e pelasociedade; (Includo pela EmendaConstitucional n 19, de 1998)

    II - a sujeio ao regime jurdicoprprio das empresas privadas, inclusivequanto aos direitos e obrigaes civis,comerciais, trabalhistas e tributrios;(Includo pela Emenda Constitucional n19, de 1998)

    III - licitao e contratao deobras, servios, compras e alienaes,observados os princpios daadministrao pblica; (Includo pela

    Emenda Constitucional n 19, de 1998)IV - a constituio e o

    funcionamento dos conselhos deadministrao e fiscal, com aparticipao de acionistas minoritrios;(Includo pela Emenda Constitucional n19, de 1998)

    V - os mandatos, a avaliao dedesempenho e a responsabilidade dosadministradores.(Includo pela Emenda

    Constitucional n 19, de 1998)

    215, 3 da Constituio Estadual e doutras providncias.

    Art. 216 - O Estado e os Municpios garantiroa funo social da propriedade urbana erural. 1 - A funo social cumprida quando apropriedade rural atende, simultaneamente,segundo critrios e graus de exignciaestabelecidos em lei, aos seguintesrequisitos:

    I - aproveitamento racional e adequado;

    II - utilizao adequada dos recursos naturaisdisponveis e preservao do meio ambiente;

    III - observncia das disposies que regulamas relaes de trabalho;

    IV - explorao que favorea o bem-estar dosproprietrios e dos trabalhadores.

    2 - Em caso de perigo pblico iminente, aautoridade competente poder usar depropriedade particular, assegurada aoproprietrio indenizao ulterior, se houverdano.

    Art. 217 - As empresas em que o Estadodetenha, ou venha a deter, direta ouindiretamente, a maioria do capital comdireito a voto, so patrimnio do Estado e spodero ser extintas, fundidas ou teralienado o controle acionrio, mediante lei.

    Art. 218 - Na direo executiva das empresaspblicas, das sociedades de economia mistae fundaes institudas pelo poder pblicoparticiparo, com 1/3 (um tero) de sua

    composio, representantes de seusservidores, eleitos por estes mediante votodireto e secreto, atendidas as exignciaslegais para o preenchimento dos referidoscargos.

    Pargrafo nico - Aplica-se aosrepresentantes referidos neste artigo odisposto no inciso VIII, do artigo 8, daConstituio da Repblica.

    Art. 219 - Na aquisio de bens e servios, o

    Poder Pblico Estadual, por seus rgos daadministrao direta e indireta, dar

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    2 - As empresas pblicas e associedades de economia mista nopodero gozar de privilgios fiscaisno extensivos s do setor privado.

    3 - A lei regulamentar asrelaes da empresa pblica com oEstado e a sociedade.

    4 - A lei reprimir o abuso dopoder econmico que vise dominao dos mercados, eliminao da concorrncia e aoaumento arbitrrio dos lucros.

    5 - A lei, sem prejuzo daresponsabilidade individual dos

    dirigentes da pessoa jurdica,estabelecer a responsabilidade desta,sujeitando-a s punies compatveiscom sua natureza, nos atos praticadoscontra a ordem econmica e financeira econtra a economia popular.

    Art. 174. Como agente normativoe regulador da atividade econmica,o Estado exercer, na forma da lei, asfunes de fiscalizao, incentivo eplanejamento, sendo este

    determinante para o setor pblico eindicativo para o setor privado.

    1 - A lei estabelecer asdiretrizes e bases do planejamento dodesenvolvimento nacional equilibrado, oqual incorporar e compatibilizar osplanos nacionais e regionais dedesenvolvimento.

    2 - A lei apoiar e estimular o

    cooperativismo e outras formas deassociativismo.

    3 - O Estado favorecer aorganizao da atividade garimpeiraem cooperativas, levando em conta aproteo do meio ambiente e apromoo econmico-social dosgarimpeiros.

    4 - As cooperativas a que serefere o pargrafo anterior tero

    prioridade na autorizao ou concessopara pesquisa e lavra dos recursos e

    tratamento preferencial a empresa sediadaem seu territrio.

    Art. 220 - O Estado adotar poltica integradade fomento indstria, ao comrcio e aosservios, em especial ao turismo, produoagrcola e agropecuria, produo avcolae pesqueira, produo mineral, atravs deassistncia tecnolgica e crdito especfico,bem como estimular o abastecimentomediante a instalao de rede de armazns,silos e frigorficos, da construo econservao de vias de transportes para oescoamento e circulao, de suprimentos deenergia e planejamento de irrigao,delimitando as zonas industriais e rurais querecebero incentivo prioritrio do Poder

    Pblico.

    Pargrafo nico - Os Poderes Pblicosestimularo a empresa pblica ou privadaque gerar produto novo e sem similar,destinado ao consumo da populao de baixarenda, ou realizar novos investimentos emseu territrio, teis aos seus interesseseconmicos e sociais, e especialmente satividades relacionadas ao desenvolvimentode pesquisas e produo de material ouequipamento especializado para pessoas

    portadoras de deficincias.

    Art. 221 - O Estado dar prioridade aodesenvolvimento das regies e municpiosonde a pobreza e as desigualdades sociaissejam maiores.

    Pargrafo nico - Fica autorizada a instituiode um Fundo Especial para a execuo doprevisto no caput, atendido o disposto no 7do artigo 209 desta Constituio.

    Art. 222 - No haver limites para localizaode estabelecimentos que exeram atividadescongneres, respeitadas as limitaes dalegislao federal.Captulo IIDA POLTICA INDUSTRIAL, COMERCIALE DE SERVIOS (arts. 223 a 228)

    Art. 223 - Na elaborao e execuo daspolticas industrial, comercial e de servios, oEstado garantir a efetiva participao dos

    diversos setores produtivos, especialmenteas representaes empresariais e sindicais.

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    jazidas de minerais garimpveis, nasreas onde estejam atuando, e naquelasfixadas de acordo com o art. 21, XXV, naforma da lei.

    Art. 175. Incumbe ao PoderPblico, na forma da lei,diretamente ou sob regime deconcesso ou permisso, sempreatravs de licitao, a prestao deservios pblicos.

    Pargrafo nico. A lei dispor sobre:

    I - o regime das empresasconcessionrias e permissionrias deservios pblicos, o carter especial de

    seu contrato e de sua prorrogao, bemcomo as condies de caducidade,fiscalizao e resciso da concesso oupermisso;

    II - os direitos dos usurios;

    III - poltica tarifria;

    IV - a obrigao de manter servioadequado.

    Art. 176. As jazidas, em lavra ouno, e demais recursos minerais e ospotenciais de energia hidrulicaconstituem propriedade distinta da dosolo, para efeito de explorao ouaproveitamento, e pertencem Unio,garantida ao concessionrio apropriedade do produto da lavra.

    1 A pesquisa e a lavra derecursos minerais e o aproveitamento

    dos potenciais a que se refere o "caput"deste artigo somente podero serefetuados mediante autorizao ouconcesso da Unio, no interessenacional, por brasileiros ou empresaconstituda sob as leis brasileiras e quetenha sua sede e administrao no Pas,na forma da lei, que estabelecer ascondies especficas quando essasatividades se desenvolverem em faixade fronteira ou terras indgenas.(Redao dada pela Emenda

    Constitucional n 6, de 1995)

    Art. 224 - As polticas industrial, comercial ede servios a serem implantadas pelo Estadopriorizaro as aes que, tendo impactosocial relevante, estejam voltadas para agerao de empregos, elevao dos nveis derenda e da qualidade de vida e reduo dasdesigualdades regionais, possibilitando oacesso da populao ao conjunto de benssocialmente prioritrios.

    Art. 225 - O Estado elaborar uma polticaespecfica para o setor industrial,privilegiando os projetos que promovam adesconcentrao espacial da indstria e omelhor aproveitamento das suaspotencialidades locais e regionais.

    Art. 226 - Fica criado o Fundo deDesenvolvimento Econmico, voltado para oapoio e estmulo de projetos deinvestimentos industriais prioritrios doEstado.

    1 - Ao Fundo de DesenvolvimentoEconmico sero destinados recursos de, nomnimo, 10% (dez por cento) do totalanualmente transferido para o Estado,proveniente do Fundo de Participao dosEstados, previsto no artigo 159, inciso I, letra

    "a", da Constituio da Repblica, dos quais20% (vinte por cento) se destinaro aprojetos de microempresas e de empresas depequeno porte.

    2 - Caber agncia de financiamento aque se refere o artigo 54 do Ato dasDisposies Constitucionais Transitrias aadministrao do Fundo.

    3 - Na aplicao dos recursos do Fundo,

    obedecer-se- o disposto no artigo 221 destaConstituio.

    Art. 227 - O Estado promover e incentivaro turismo, como fator de desenvolvimentoeconmico e social bem como de divulgao,valorizao e preservao do patrimniocultural e natural, cuidando para que sejamrespeitadas as peculiaridades locais, nopermitindo efeitos desagregadores sobre avida das comunidades envolvidas,assegurando sempre o respeito ao meio

    ambiente e cultura das localidades ondevier a ser explorado.

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    2 - assegurada participaoao proprietrio do solo nosresultados da lavra, na forma e novalor que dispuser a lei.

    3 - A autorizao de pesquisaser sempre por prazo determinado, eas autorizaes e concesses previstasneste artigo no podero ser cedidas outransferidas, total ou parcialmente, semprvia anuncia do poder concedente.

    4 - No depender deautorizao ou concesso oaproveitamento do potencial de energiarenovvel de capacidade reduzida.

    Art. 177. Constituem monoplioda Unio:

    I - a pesquisa e a lavra das jazidasde petrleo e gs natural e outroshidrocarbonetos fluidos;

    II - a refinao do petrleo nacionalou estrangeiro;

    III - a importao e exportao dosprodutos e derivados bsicos resultantes

    das atividades previstas nos incisosanteriores;

    IV - o transporte martimo dopetrleo bruto de origem nacional ou dederivados bsicos de petrleoproduzidos no Pas, bem assim otransporte, por meio de conduto, depetrleo bruto, seus derivados e gsnatural de qualquer origem;

    V - a pesquisa, a lavra, oenriquecimento, o reprocessamento, aindustrializao e o comrcio deminrios e minerais nucleares e seusderivados, com exceo dosradioistopos cuja produo,comercializao e utilizaopodero ser autorizadas sob regimede permisso, conforme as alneas b ec do inciso XXIII do caput do art. 21desta Constituio Federal. (Redaodada pela Emenda Constitucional n 49,

    de 2006)

    1 - O Estado definir a poltica estadual deturismo buscando proporcionar as condiesnecessrias para o pleno desenvolvimentodessa atividade.

    * 2 - O instrumento bsico de intervenodo Estado no setor ser o plano diretor deturismo, que dever estabelecer, com baseno inventrio do potencial turstico dasdiferentes regies, e com a participao dosMunicpios envolvidos, as aes deplanejamento, promoo e execuo dapoltica de que trata este artigo.

    * Regulamentado pela Lei n 2100, de 05 deabril de 1993, que dispe sobre o Conselho

    Estadual de Turismo - CET.

    3 - Para cumprimento do disposto nopargrafo anterior, caber ao Estado, emao conjunta com os Municpios, promoverespecialmente:

    I - o inventrio e a regulamentao do uso,ocupao e fruio dos bens naturais eculturais de interesse turstico;

    II - a infra-estrutura bsica necessria

    prtica do turismo, apoiando e realizandoinvestimentos na produo, criao equalificao dos empreendimentos,equipamentos e instalaes ou serviostursticos, atravs de linhas de crditoespeciais e incentivos;

    III - o fomento ao intercmbio permanentecom outros Estados da Federao e com oexterior, visando fortalecimento do espritode fraternidade e aumento do fluxo turstico

    nos dois sentidos, bem como a elevao damdia de permanncia do turismo emterritrio do Estado;

    IV - a construo de albergues populares,objetivando o lazer das camadas mais pobresda populao;

    V - a adoo de medidas especficas para odesenvolvimento dos recursos humanos parao setor.

    4 - Sero estimuladas a realizao deprogramaes tursticas para os alunos das

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    1 A Unio poder contratar comempresas estatais ou privadas arealizao das atividades previstas nosincisos I a IV deste artigo observadas ascondies estabelecidas em lei.(Redao dada pela EmendaConstitucional n 9, de 1995)

    2 A lei a que se refere o 1dispor sobre: (Includo pela EmendaConstitucional n 9, de 1995)

    I - a garantia do fornecimento dosderivados de petrleo em todo oterritrio nacional; (Includo pelaEmenda Constitucional n 9, de 1995)

    II - as condies de contratao;(Includo pela Emenda Constitucional n9, de 1995)

    III - a estrutura e atribuies dorgo regulador do monoplio da Unio;(Includo pela Emenda Constitucional n9, de 1995)

    3 A lei dispor sobre o transportee a utilizao de materiais radioativos noterritrio nacional. (Renumerado de 2

    para 3 pela Emenda Constitucional n 9,de 1995)

    4 A lei que instituircontribuio de interveno nodomnio econmico relativa satividades de importao oucomercializao de petrleo e seusderivados, gs natural e seusderivados e lcool combustveldever atender aos seguintes

    requisitos: (Includo pela EmendaConstitucional n 33, de 2001)

    I - a alquota da contribuio poderser: (Includo pela EmendaConstitucional n 33, de 2001)

    a) diferenciada por produto ou uso;(Includo pela Emenda Constitucional n33, de 2001)

    b)reduzida e restabelecida por

    ato do Poder Executivo, no se lheaplicando o disposto no art. 150,III,

    escolas pblicas, para trabalhadoressindicalizados e para os idosos, dentro doterritrio do Estado, bem como a implantaode albergues da juventude.

    *Art. 228 - O Estado e os Municpiosconcedero especial proteo smicroempresas e empresas de pequenoporte, como tais definidas em lei, querecebero tratamento jurdico diferenciado,visando o incentivo de sua criao,preservao e desenvolvimento, atravs daeliminao, reduo ou simplificao,conforme o caso, de suas obrigaesadministrativas, tributrias, creditcias eprevidencirias, nos termos da lei,assegurando-lhes, entre outros, direito a:

    * I - reduo de tributos e obrigaesacessrias estaduais e municipais, comdispensa do pagamento de multas porinfraes formais, das quais no resulte faltade pagamento de tributos;

    II - notificao prvia, para incio de ao ouprocedimento administrativo ou tributrio-fiscal de qualquer natureza ou espcie;

    * III - habilitao sumria e procedimentos

    simplificados para participao em licitaespblicas, bem como preferncia na aquisiode bens e servios de valor compatvel com oporte das micro e pequenas empresas;

    IV - criao de mecanismos descentralizados,a nvel regional, para o oferecimento depedidos e requerimentos de qualquerespcie, junto a rgos de registros pblicos,civis e comerciais, bem como perante aquaisquer rgos administrativos tributrios

    ou fiscais;* V - obteno de incentivos especiais,vinculados absoro de mo-de-obraportadora de deficincias ou constituda demenores carentes.

    * STF - ADIN - 851-0/600, de 1993 - Decisoda Liminar: Por votao UNNIME, o

    Tribunal DEFERIU o pedido de medida liminarpara suspender a eficcia do pargrafo nicodo art. 234 (atual art. 237), bem como as

    expresses "e municipais" contidas no incisoI do art. 225 (atual art. 228) e, no tocante aos

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    b; (Includo pela Emenda Constitucionaln 33, de 2001)

    II - os recursos arrecadados serodestinados: (Includo pela EmendaConstitucional n 33, de 2001)

    a) ao pagamento de subsdios apreos ou transporte de lcoolcombustvel, gs natural e seusderivados e derivados de petrleo;(Includo pela Emenda Constitucional n33, de 2001)

    b) ao financiamento de projetosambientais relacionados com a indstriado petrleo e do gs; (Includo pela

    Emenda Constitucional n 33, de 2001)

    c) ao financiamento de programasde infra-estrutura de transportes.(Includo pela Emenda Constitucional n33, de 2001)

    Art. 178. A lei dispor sobre aordenao dos transportes areo,aqutico e terrestre, devendo, quanto ordenao do transporte internacional,observar os acordos firmados pela

    Unio, atendido o princpio dareciprocidade. (Redao dada pelaEmenda Constitucional n 7, de 1995)

    Pargrafo nico. Na ordenao dotransporte aqutico, a lei estabeleceras condies em que o transporte demercadorias na cabotagem e anavegao interior podero ser feitospor embarcaes estrangeiras. (Includopela Emenda Constitucional n 7, de

    1995)Art. 179. A Unio, os Estados, o

    Distrito Federal e os Municpiosdispensaro s microempresas e sempresas de pequeno porte, assimdefinidas em lei, tratamento jurdicodiferenciado, visando a incentiv-laspela simplificao de suasobrigaes administrativas,tributrias, previdencirias ecreditcias, ou pela eliminao ou

    reduo destas por meio de lei.

    incisos III e V, suspender-lhes, tambm, aaplicao com relao aos municpios; e,indeferir, por igual votao, a suspenso daparte final do art. 202 (atual art. 205) e dopargrafo nico do art. 203 (atual art. 206),todos da Constituio do Estado do Rio de

    Janeiro. Votou o Presidente. - Plenrio,01.04.93. Acrdo publicado no D.J. Seo Ide 06.04.93, pgina 5.897 e 07.05.93, pgina8.327.

    Deciso Monocrtica - Prejudicada.

    O presente pedido no tem viabilidade, dadoque a Emenda Constitucional Estadual 23, de2001, conferiu nova redao aos artigos 202,203, 225, I, III e V, e 234, pargrafo nico, da

    Constituio do Estado do Rio de Janeiro,aqui impugnado. na ADIN 709, relator o Sr.Ministro Paulo Brossard, o Supremo TribunalFederal assentou que, "revogada a leiargida de inconstitucionalidade, de sereconhecer, sempre, a perda de objeto deao direta, revelando-se indiferente, paraesse efeito, a constatao, ainda casustica,de efeitos residuais concretos gerados peloato normativo impugnado". nas adins 221-DF, 539-DF e 737-DF, inter plures, o Supremo

    Tribunal reiterou o entendimento. Assim

    decidi, tambm, na ADIN 971-GO. doexposto, sem objeto a presente ao, julgo-aprejudicada e determino o seu arquivamento.

    MIN. CARLOS VELLOSO - Relator

    DECISO DE 10.12.2001 - PUBLICADO NO DJDE 04/02/2002, QUE CIRCULOU EM06/02/2002.

    Pargrafo nico - As entidades

    representativas das microempresas e dasempresas de pequeno porte participaro naelaborao de polticas governamentaisvoltadas para esse segmento e no colegiadodos rgos pblicos em que seus interessessejam objeto de discusso e deliberao.Captulo IIIDA POLTICA URBANA (arts. 229 a 241)

    Art. 229 - A poltica urbana a ser formuladapelos municpios e, onde couber, pelo Estado,atender ao pleno desenvolvimento das

    funes sociais da cidade com vistas garantia e melhoria da qualidade de vida de

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    Art. 180. A Unio, os Estados, oDistrito Federal e os Municpiospromovero e incentivaro o turismocomo fator de desenvolvimento social eeconmico.

    Art. 181. O atendimento derequisio de documento ouinformao de natureza comercial, feitapor autoridade administrativa oujudiciria estrangeira, a pessoa fsicaou jurdica residente ou domiciliada noPas depender de autorizao doPoder competente.

    CAPTULO IIDA POLTICA URBANA

    Art. 182. A poltica dedesenvolvimento urbano, executadapelo Poder Pblico municipal,conforme diretrizes gerais fixadas emlei, tem por objetivo ordenar o plenodesenvolvimento das funes sociais dacidade e garantir o bem- estar de seushabitantes.

    1 - O plano diretor, aprovadopela Cmara Municipal, obrigatrio

    para cidades com mais de vinte milhabitantes, o instrumento bsico dapoltica de desenvolvimento e deexpanso urbana.

    2 - A propriedade urbanacumpre sua funo social quandoatende s exigncias fundamentaisde ordenao da cidade expressasno plano diretor.

    3 - As desapropriaes deimveis urbanos sero feitas com prviae justa indenizao em dinheiro.

    4 - facultado ao Poder Pblicomunicipal, mediante lei especfica pararea includa no plano diretor, exigir, nostermos da lei federal, do proprietriodo solo urbano no edificado,subutilizado ou no utilizado, quepromova seu adequadoaproveitamento, sob pena,

    sucessivamente, de:

    seus habitantes. 1 - As funes sociais da cidade socompreendidas como o direito de todo ocidado de acesso a moradia, transportepblico, saneamento bsico, energia eltrica,gs canalizado, abastecimento, iluminaopblica, sade, educao, cultura, creche,lazer, gua potvel, coleta de lixo, drenagemdas vias de circulao, conteno deencostas, segurana e preservao dopatrimnio ambiental e cultural.

    2 - O exerccio do direito de propriedadeatender funo social quandocondicionado s funes sociais da cidade es exigncias do plano diretor.

    3 - Aos Municpios, nas leis orgnicas e nosplanos diretores, caber submeter o direitode construir aos princpios previstos nesteartigo.

    Art. 230 - Para assegurar as funes sociaisdas cidades e da propriedade, o Estado e oMunicpio, cada um nos limites de suacompetncia, podero utilizar os seguintesinstrumentos:

    I - tributrios e financeiros:

    a) imposto predial e territorial urbanoprogressivo, e diferenciado por zonas eoutros critrios de ocupao e uso do solo;

    b) taxas e tarifas diferenciadas por zonas,segundo os servios pblicos oferecidos;

    c) contribuio de melhoria;

    d) incentivos e benefcios fiscais e

    financeiros, nos limites das legislaesprprias;

    e) fundos destinados ao desenvolvimentourbano.

    II - institutos jurdicos:

    a) discriminao de terras pblicas;

    b) desapropriao;

    c) parcelamento ou edificao compulsrios;

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    I - parcelamento ou edificaocompulsrios;

    II - imposto sobre a propriedadepredial e territorial urbanaprogressivo no tempo;

    III - desapropriao compagamento mediante ttulos da dvidapblica de emisso previamenteaprovada pelo Senado Federal, comprazo de resgate de at dez anos,em parcelas anuais, iguais e sucessivas,assegurados o valor real da indenizaoe os juros legais.

    Art. 183. Aquele que possuir como

    sua rea urbana de at duzentos ecinqenta metros quadrados, por cincoanos, ininterruptamente e sem oposio,utilizando-a para sua moradia ou de suafamlia, adquirir-lhe- o domnio, desdeque no seja proprietrio de outroimvel urbano ou rural.

    1 - O ttulo de domnio e aconcesso de uso sero conferidos aohomem ou mulher, ou a ambos,independentemente do estado civil.

    2 - Esse direito no serreconhecido ao mesmo possuidor maisde uma vez.

    3 - Os imveis pblicos nosero adquiridos por usucapio.

    CAPTULO IIIDA POLTICA AGRCOLA E FUNDIRIA EDA REFORMA AGRRIA

    Art. 184. Compete Uniodesapropriar por interesse social,para fins de reforma agrria, oimvel rural que no esteja cumprindosua funo social, mediante prvia e

    justa indenizao em ttulos da dvidaagrria, com clusula de preservao dovalor real, resgatveis no prazo de atvinte anos, a partir do segundo ano desua emisso, e cuja utilizao serdefinida em lei.

    1 - As benfeitorias teis e

    d) servido administrativa;

    e) limitao administrativa;

    f) tombamento de imveis;

    g) declarao de rea de preservao ouproteo ambiental;

    h) cesso ou permisso;

    i) concesso real de uso ou domnio;

    j) poder de polcia;

    l) - outras medidas previstas em lei.

    Art. 231 - O plano diretor, aprovado pelaCmara Municipal, obrigatrio para as reasurbanas de mais de vinte mil habitantes, oinstrumento bsico da poltica dedesenvolvimento e expanso urbana.

    1 - O plano diretor parte integrante deum processo contnuo de planejamento a serconduzido pelos municpios, abrangendo atotalidade dos respectivos territrios econtendo diretrizes de uso e ocupao dosolo, vocao das reas rurais, defesa dos

    mananciais e demais recursos naturais, viasde circulao integradas, zoneamento,ndices urbansticos, reas de interesseespecial e social, diretrizes econmico-financeiras e administrativas.

    2 - atribuio exclusiva dos municpios, aelaborao do plano diretor e a conduo desua posterior implementao.

    3 - As intervenes de rgos federais,

    estaduais e municipais devero estar deacordo com as diretrizes definidas pelo planodiretor.

    4 - garantida a participao popular,atravs de entidades representativas, nasfases de elaborao e implementao doplano diretor, em conselhos municipais aserem definidos em lei.

    5 - Nos municpios com populao inferiora vinte mil habitantes sero obrigatoriamente

    estabelecidas, com a participao dasentidades representativas, diretrizes gerais

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    necessrias sero indenizadas emdinheiro.

    2 - O decreto que declarar oimvel como de interesse social, parafins de reforma agrria, autoriza a Unioa propor a ao de desapropriao.

    3 - Cabe lei complementarestabelecer procedimento contraditrioespecial, de rito sumrio, para oprocesso judicial de desapropriao.

    4 - O oramento fixaranualmente o volume total de ttulos dadvida agrria, assim como o montantede recursos para atender ao programa

    de reforma agrria no exerccio.

    5 - So isentas de impostosfederais, estaduais e municipais asoperaes de transferncia deimveis desapropriados para fins dereforma agrria.

    Art. 185. So insuscetveis dedesapropriao para fins de reformaagrria:

    I - a pequena e mdia propriedaderural, assim definida em lei, desde queseu proprietrio no possua outra;

    II - a propriedade produtiva.

    Pargrafo nico. A lei garantirtratamento especial propriedadeprodutiva e fixar normas para ocumprimento dos requisitos relativos asua funo social.

    Art. 186. A funo social cumpridaquando a propriedade rural atende,simultaneamente, segundo critrios egraus de exigncia estabelecidos em lei,aos seguintes requisitos:

    I - aproveitamento racional eadequado;

    II - utilizao adequada dosrecursos naturais disponveis e

    preservao do meio ambiente;

    de ocupao do territrio que garantam,atravs de lei, as funes sociais da cidade eda propriedade.

    6 - O projeto de plano diretor e a lei dediretrizes gerais previstos neste artigoregulamentaro, segundo as peculiaridadeslocais, as seguintes normas bsicas dentreoutras:

    I - proibio de construes e edificaessobre dutos, canais, vales e vias similaresde esgotamento ou passagem de cursosdgua;

    II - condicionamento da desafetao de bensde uso comum do povo prvia aprovao

    das populaes circunvizinhas oudiretamente interessadas;

    III - restrio utilizao de rea queapresente riscos geolgicos.

    Art. 232 - O abuso de direito pelo proprietriourbano acarretar, alm das civis e criminais,sanes administrativas na forma da lei.

    Art. 233 - As terras pblicas estaduais noutilizadas, subutilizadas e as discriminadas

    sero prioritariamente destinadas aassentamentos de populao de baixa rendae a instalao de equipamentos coletivos,respeitados o plano diretor, ou as diretrizesgerais de ocupao do territrio.

    1 - obrigao do Estado e dos Municpiosmanter atualizados os respectivos cadastrosimobilirios e de terras pblicas abertos aconsultas dos cidados.

    2 - Nos assentamentos em terras pblicase ocupadas por populao de baixa renda ouem terras no utilizadas ou subutilizadas, odomnio ou a concesso real de uso seroconcedidos ao homem ou mulher ou aambos, independentemente de estado civil.

    Art. 234 - No estabelecimento de diretrizes enormas relativas ao desenvolvimento urbano,o Estado e os Municpios asseguraro:

    I - urbanizao, regularizao fundiria e

    titulao das reas faveladas e de baixarenda, sem remoo dos moradores, salvo

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    III - observncia das disposiesque regulam as relaes de trabalho;

    IV - explorao que favorea o bem-estar dos proprietrios e dostrabalhadores.

    Art. 187. A poltica agrcola serplanejada e executada na forma da lei,com a participao efetiva do setor deproduo, envolvendo produtores etrabalhadores rurais, bem como dossetores de comercializao, dearmazenamento e de transportes,levando em conta, especialmente:

    I - os instrumentos creditcios e

    fiscais;

    II - os preos compatveis com oscustos de produo e a garantia decomercializao;

    III - o incentivo pesquisa e tecnologia;

    IV - a assistncia tcnica eextenso rural;

    V - o seguro agrcola;

    VI - o cooperativismo;

    VII - a eletrificao rural e irrigao;

    VIII - a habitao para o trabalhadorrural.

    1 - Incluem-se no planejamentoagrcola as atividades agro-industriais,

    agropecurias, pesqueiras e florestais. 2 - Sero compatibilizadas as

    aes de poltica agrcola e de reformaagrria.

    Art. 188. A destinao de terraspblicas e devolutas sercompatibilizada com a polticaagrcola e com o plano nacional dereforma agrria.

    1 - A alienao ou aconcesso, a qualquer ttulo, de

    quando as condies fsicas da reaimponham risco vida de seus habitantes;

    II - regularizao dos loteamentosclandestinos, abandonados ou no titulados;

    III - participao ativa das entidadesrepresentativas no estudo, encaminhamentoe soluo dos problemas, planos, programase projetos que lhes sejam concernentes;

    IV - preservao das reas de exploraoagrcola e pecuria e estmulo a essasatividades primrias;

    V - preservao, proteo e recuperao domeio ambiente urbano e cultural;

    VI - criao de reas de especial interesseurbanstico, social, ambiental, turstico e deutilizao pblica;

    VII - especialmente s pessoas portadoras dedeficincia, livre acesso a edifcios pblicos eparticulares de freqncia aberta ao pblicoe a logradouros pblicos, medianteeliminao de barreiras arquitetnicas eambientais.

    VIII - utilizao racional do territrio e dosrecursos naturais, mediante controle daimplantao e do funcionamento deatividades industriais, comerciais,residenciais e virias.

    Pargrafo nico - O Estado prestarassistncia aos Municpios para consecuodos objetivos estabelecidos neste artigo.

    Art. 235 - Tero obrigatoriamente de atender

    a normas vigentes e ser aprovados peloPoder Pblico Municipal quaisquer projetos,obras e servios, a serem iniciados emterritrio de Municpio, independentementeda origem da solicitao.

    Art. 236 - A lei municipal, na elaborao decujo projeto as entidades representativaslocais participaro, dispor sobre ozoneamento, o parcelamento do solo, seuuso e sua ocupao, as construes eedificaes, a proteo ao meio ambiente, o

    licenciamento a fiscalizao e os parmetrosurbansticos bsicos objeto do plano diretor.

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    terras pblicas com rea superior adois mil e quinhentos hectares apessoa fsica ou jurdica, ainda que porinterposta pessoa, depender deprvia aprovao do CongressoNacional.

    2 - Excetuam-se do disposto nopargrafo anterior as alienaes ou asconcesses de terras pblicas para finsde reforma agrria.

    Art. 189. Os beneficirios dadistribuio de imveis rurais pelareforma agrria recebero ttulos dedomnio ou de concesso de uso,inegociveis pelo prazo de dez anos.

    Pargrafo nico. O ttulo de domnioe a concesso de uso sero conferidosao homem ou mulher, ou a ambos,independentemente do estado civil, nostermos e condies previstos em lei.

    Art. 190. A lei regular e limitar aaquisio ou o arrendamento depropriedade rural por pessoa fsica ou

    jurdica estrangeira e estabelecer oscasos que dependero de autorizao do

    Congresso Nacional.

    Art. 191. Aquele que, no sendoproprietrio de imvel rural ou urbano,possua como seu, por cinco anosininterruptos, sem oposio, rea deterra, em zona rural, no superior acinqenta hectares, tornando-aprodutiva por seu trabalho ou de suafamlia, tendo nela sua moradia,adquirir-lhe- a propriedade.

    Pargrafo nico. Os imveispblicos no sero adquiridos porusucapio.

    CAPTULO IVDO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

    Art. 192. O sistema financeironacional, estruturado de forma apromover o desenvolvimentoequilibrado do Pas e a servir aos

    interesses da coletividade, em todasas partes que o compem, abrangendo

    Art. 237 - Os direitos decorrentes daconcesso de licena, mantero sua validadenos prazos e limites estabelecidos nalegislao municipal.

    * Pargrafo nico - Os projetos, aprovadospelos municpios, s podero ser modificadoscom a concordncia de todos os interessadosou por deciso judicial, observados ospreceitos legais regedores de cada espcie.

    * STF - ADIN - 851-0/600, de 1993 - Decisoda Liminar: Por votao UNNIME, o

    Tribunal DEFERIU o pedido de medida liminarpara suspender a eficcia do pargrafo nicodo art. 234 (atual art. 237), bem como as

    expresses "e municipais" contidas no incisoI do art. 225 (atual art. 228) e, no tocante aosincisos III e V, suspender-lhes, tambm, aaplicao com relao aos municpios; e,indeferir, por igual votao, a suspenso daparte final do art. 202 (atual art. 205) e dopargrafo nico do art. 203 (atual art. 206),todos da Constituio do Estado do Rio de

    Janeiro. Votou o Presidente. - Plenrio,01.04.93. Acrdo publicado no D.J. Seo Ide 06.04.93, pgina 5.897 e 07.05.93, pgina8.327.

    Deciso Monocrtica - Prejudicada.

    O presente pedido no tem viabilidade, dadoque a Emenda Constitucional Estadual 23, de2001, conferiu nova redao aos artigos 202,203, 225, I, III e V, e 234, pargrafo nico, daConstituio do Estado do Rio de Janeiro,aqui impugnado. na ADIN 709, relator o Sr.Ministro Paulo Brossard, o Supremo TribunalFederal assentou que, "revogada a lei

    argida de inconstitucionalidade, de sereconhecer, sempre, a perda de objeto deao direta, revelando-se indiferente, paraesse efeito, a constatao, ainda casustica,de efeitos residuais concretos gerados peloato normativo impugnado". nas adins 221-DF, 539-DF e 737-DF, inter plures, o Supremo

    Tribunal reiterou o entendimento. Assimdecidi, tambm, na ADIN 971-GO. doexposto, sem objeto a presente ao, julgo-aprejudicada e determino o seu arquivamento.

    MIN. CARLOS VELLOSO - Relator

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    as cooperativas de crdito, serregulado por leis complementaresque disporo, inclusive, sobre aparticipao do capital estrangeiro nasinstituies que o integram. (Redaodada pela Emenda Constitucional n 40,de 2003)

    I - (Revogado).

    II - (Revogado).

    III - (Revogado)

    a) (Revogado)

    b) (Revogado)

    IV - (Revogado)

    V -(Revogado)

    VI - (Revogado)

    VII - (Revogado)

    VIII - (Revogado)

    1- (Revogado)

    2- (Revogado)

    3- (Revogado)

    DECISO DE 10.12.2001 - PUBLICADO NO DJDE 04/02/2002, QUE CIRCULOU EM06/02/2002.

    Art. 238 - A prestao dos servios pblicos acomunidades de baixa renda independer doreconhecimento de logradouros e daregularizao urbanstica ou registrria dasreas em que se situem e de suasedificaes ou construes.

    Art. 239 - Incumbe ao Estado e aosMunicpios promover e executar programasde construo de moradias populares egarantir condies habitacionais e infra-estrutura urbana, em especial as desaneamento bsico, escola pblica, posto de

    sade e transporte.

    Art. 240 - O Poder Pblico estimular acriao de cooperativas de moradores,destinadas construo da casa prpria eauxiliar o esforo das populaes de baixarenda na edificao de suas habitaes.

    Art. 241 - Ficam asseguradas populao asinformaes sobre cadastro atualizado dasterras pblicas e planos de desenvolvimentourbanos e regionais.

    Captulo IVDOS SERVIOS PBLICOS (arts. 242 a 246)

    Art. 242 - Compete ao Estado organizar eprestar, diretamente ou sob regime deconcesso ou permisso, os servios pblicosde interesse estadual, metropolitano oumicrorregional, includo o de transportecoletivo, que tem carter essencial. 1 - Compete ao Estado legislar sobre o

    sistema de transportes intermunicipal, bemcomo sobre os demais modos de transportesde sua competncia, estabelecidos em lei.

    2 - O transporte coletivo de passageiros um servio pblico essencial sendo daatribuio do Poder Pblico o seuplanejamento e a sua operao direta oumediante regime de concesso oupermisso.

    3 - O planejamento e as condies de

    operao dos servios de transporte depassageiros, com itinerrios intermunicipais,

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    so da atribuio do Estado, na forma da lei.

    4 - Sero estabelecidos em lei os critriosde fixao de tarifas dos servios pblicos detransportes.

    5 - Os veculos de transportes rodoviriosde passageiros, fabricados para esse fimespecfico, devem respeitar o livre acesso ecirculao dos idosos e de portadores dedeficincia.

    6 - A adaptao dos veculos de transportecoletivo atualmente existentes, a fim degarantir acesso adequado aos idosos eportadores de deficincia, ser regulada porlei.

    Art. 243 - Compete ao municpio organizar eprestar, diretamente ou sob regime deconcesso ou permisso, os servios pblicosde interesse local, includo o de transportecoletivo, que tem carter essencial como noartigo 30, V, da Constituio da Repblica.

    Art. 244 - Autorizado na forma do pargrafonico do artigo 22 da Constituio daRepblica, o Estado legislar sobre questesespecficas de trnsito e transporte, alm de,

    no mbito de sua competncia, comum Unio e aos Municpios, estabelecer eimplantar poltica de educao para asegurana do trnsito.

    Pargrafo nico - Os sistemas rodovirios,ferrovirios e hidrovirios por onde circulemcargas devero ser projetados, implantados eoperados considerando as regies produtorase consumidoras em termos de:

    I - implantao da rede de rodovias paraescoamento de produo rede troncal;

    II - implantao de silos, armazns e centrosde comercializao de produtos;

    III - terminais de integrao multimodal.

    Art. 245 - Aos maiores de sessenta e cincoanos garantida a gratuidade nostransportes coletivos urbanos.

    * Art. 245 - Aos maiores de sessenta e cincoanos garantida a gratuidade nos

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    transportes coletivos urbanos eintermunicipais.

    * Nova redao dada pela EmendaConstitucional n 03, de 08 de agosto de1991.

    * Lei 3339, de 29 de dezembro de 1999, quedispe sobre a regulamentao do artigo 245da Constituio do Estado do Rio de Janeiro,assegura a gratuidade nos transportescoletivos urbanos intermunicipais aosmaiores de 65 anos e estabelece passe livres pessoas portadoras de deficincia e aosalunos de 1 e 2 graus uniformizados darede pblica municipal, estadual e federal,portadores de carteira de identidade

    estudantil.Pargrafo nico - Aos vigilantesuniformizados e sindicalizados ser, na formada lei, concedida gratuidade nos transportespblicos.Art. 246 - O gs produzido na Bacia deCampos, e que, nos termos do 2 do artigo25 da Constituio da Repblica, dedistribuio exclusiva do Estado, terprioritria comercializao, de at 50%(cinqenta por cento), na prpria regionorte/nordeste fluminense.

    Captulo VDA POLTICA AGRRIA (arts. 247 a 251)

    Art. 247 - A poltica agrria do Estado serorientada no sentido de promover odesenvolvimento econmico e a preservaoda natureza, mediante prticas cientficas etecnolgicas, propiciando a justia social e amanuteno do homem no campo, pelagarantia s comunidades do acesso

    formao profissional, educao, cultura,lazer e infra-estrutura.Pargrafo nico - O rgo formulador dodesenvolvimento geral das atividadesagrrias do Estado ser o Conselho Estadualde Poltica Agrria constitudo na forma dalei, em cuja composio garantida a amplaparticipao dos trabalhadores rurais e suasentidades representativas.

    Art. 248 - Compete ao Instituto Estadual deTerras e Cartografia, organizado sob a forma

    de autarquia e obedecida a legislaoespecfica da Unio, promover:

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    I - atravs de sua Procuradoria, aesdiscriminatrias objetivando a identificao,de limitao e arrecadao de reasdevolutas, incorporando-as ao patrimnioimobilirio do Estado e divulgandoamplamente seus resultados;

    II - levantamento das terras ociosas einadequadamente aproveitadas;

    III - cadastramento das reas de conflito pelaposse da terra e adoo de providncias quegarantam soluo dos impasses;

    IV - levantamento de reas agrcolasocupadas por posseiros, apoiando-os, no

    caso de indivduos ou famlias que trabalhamdiretamente a gleba, incumbindo-se aDefensoria Pblica e o servio jurdico dorgo das aes de proteo, legitimao ereconhecimento da posse e da propriedadeda terra, inclusive das aes de usucapioespecial;

    V - realizao do cadastro geral daspropriedades rurais do Estado com indicaodo uso do solo, produo, cultura agrcola edesenvolvimento cientfico e tecnolgico das

    unidades de produo;

    VI - regularizao fundiria dos projetos deassentamento de lavradores, em reas dedomnio pblico;

    VII - convnios com entidades pblicasfederais, municipais e entidades privadaspara implementao dos planos e projetosespeciais de reforma agrria;

    VIII - viabilizar utilizao de recursoshumanos, tcnicos e financeiros destinados implementao dos planos e projetosespeciais de assentamento nas reasagrcolas;

    IX - desapropriao de reas rurais paraassentamento e implementao de fazendasexperimentais;

    X - administrao dos imveis rurais depropriedade do Estado;

    XI - levantamento das terras agricultveis

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    prximas s reas urbanas e adoo demedidas com objetivo de preserv-las dosefeitos prejudiciais da expanso urbana;

    XII - Obras de infra-estrutura econmica esocial para consolidao dos assentamentosrurais e projetos especiais de reformaagrria.

    Pargrafo nico - Incumbe Procuradoria dorgo realizar, juntamente com o rgotcnico competente e as entidadesrepresentativas das comunidades urbanas erurais, os trabalhos de identificao de terrasdevolutas e promover, nas instnciasadministrativa e judicial, a sua discriminaopara assentamentos humanos, urbanos ou

    rurais, conforme seja a vocao das terrasdiscriminadas, excludas ascomprovadamente necessrias formao epreservao de reservas biolgicas, florestaise ecolgicas.

    Art. 249 - As terras pblicas situadas fora darea urbana sero destinadaspreferencialmente ao assentamento defamlias de origem rural, projetos de proteoambiental ou pesquisa e experimentaoagropecurias.

    1 - Entende-se por famlias de origem ruralas de proprietrios de minifndios, parceiros,subparceiros, arrendatrios,subarrendatrios, posseiros, assalariadospermanentes ou temporrios, agregados,demais trabalhadores rurais e migrantes deorigem rural.

    2 - Os rgos estaduais da administraodireta e indireta, incumbidos das polticas

    agrria e agrcola, destinaro parte de seusrespectivos oramentos ao desenvolvimentodos assentamentos de que trata este artigo.

    3 - As terras devolutas incorporadasatravs de ao discriminatria, desde queno localizadas em rea de proteoambiental obrigatria, sero destinadas aoassentamento de famlias de origem rural.

    Art. 250 - A regularizao de ocupao,referente a imvel rural incorporado ao

    patrimnio pblico estadual, far-se- atravsde concesso do direito real de uso,

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    inegocivel pelo prazo de dez anos.

    Pargrafo nico - A concesso do direito realde uso de terras pblicas subordinar-se-obrigatoriamente, alm de a outras queforem estabelecidas pelas partes, sob penade reverso ao outorgante, s clusulasdefinidoras:

    I - da explorao da terra, direta, pessoal oufamiliar, para cultivo ou qualquer outro tipode explorao que atenda aos objetivos dapoltica agrria;

    II - da residncia permanente dosbeneficirios na rea objeto do contrato;

    III - da indivisibilidade e intransferibilidadedas terras pelos outorgados e seus herdeiros,a qualquer ttulo, sem autorizao expressa eprvia do outorgante;

    IV - de manuteno das reservas florestaisobrigatrias e observncia das restries deuso do imvel, nos termos da lei.

    Art. 251 - A alienao ou concesso, aqualquer ttulo, de terras pblicas estaduaiscom rea superior a 50 hectares, depender

    de prvia aprovao da AssembliaLegislativa.

    1 - No se aplica o disposto neste artigo sterras destinadas a assentamento.

    2 - As terras devolutas do Estado nosero adquiridas por usucapio.

    Captulo VIDA POLTICA AGRCOLA (arts. 252 a 256)

    Art. 252 - Na elaborao e execuo dapoltica agrcola, o Estado garantir a efetivaparticipao dos diversos setores daproduo, especialmente dos produtores etrabalhadores rurais atravs de suasrepresentaes sindicais e organizaessimilares, inclusive na elaborao de planosplurianuais de desenvolvimento agrcola, desafras e operativos anuais.Art. 253 - As aes de apoio produo dosrgos oficiais somente atendero aos

    estabelecimentos agrcolas que cumpram afuno social da propriedade segundo se

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    define no artigo 216.Art. 254 - A poltica agrcola a serimplementada pelo Estado dar prioridade pequena produo e ao abastecimentoalimentar atravs de sistema decomercializao direta entre produtores econsumidores, competindo ao Poder Pblico:

    I - garantir a prestao de servio deassistncia tcnica e extenso ruralgratuitas, a benefcio dos pequenos e mdiosprodutores, aos trabalhadores rurais, suasfamlias e suas organizaes;

    II - incentivar e manter pesquisaagropecuria que garanta o desenvolvimentodo setor de produo de alimentos, com

    progresso tecnolgico voltado aos pequenose mdios produtores, s caractersticasregionais e aos ecossistemas;

    III - planejar e implementar a poltica dedesenvolvimento agrcola compatvel com apoltica agrria e com a preservao do meioambiente e conservao do solo, estimulandoos sistemas de produo integrados, apolicultura, a agricultura orgnica e aintegrao entre agricultura, pecuria eaqicultura;

    IV - fiscalizar e controlar o armazenamento, oabastecimento de produtos agropecurios ea comercializao de insumos agrcolas emtodo o territrio do Estado, estimulando aadubao orgnica e o controle integradodas pragas e doenas;

    V - desenvolver programas de irrigao edrenagem, eletrificao rural, produo edistribuio de mudas e sementes, de

    reflorestamento, bem como deaprimoramento de rebanhos;

    VI - instituir programa de ensino agrcolaassociado ao ensino no formal e educaopara preservao do meio ambiente;

    VII - utilizar seus equipamentos, medianteconvnio com cooperativas agrcolas ouentidades similares, para o desenvolvimentodas atividades agrcolas dos pequenosprodutores e dos trabalhadores rurais;

    VIII - estabelecer convnios com os

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    municpios para conservao permanentedas estradas vicinais.

    Art. 255 - Incumbe diretamente ao Estado,garantir:

    I - execuo da poltica agrcola,especialmente em favor de pequenosprodutores, proprietrios ou no;

    II - controle e fiscalizao da produo,comercializao, armazenamento, transporteinterno e uso de agrotxicos e biocidas emgeral, exigindo o cumprimento dereceiturios agronmicos;

    III - preservao da diversidade gentica

    tanto animal quanto vegetal;

    IV - manter barreiras sanitrias a fim decontrolar e impedir o ingresso, no territrioestadual, de animais e vegetaiscontaminados por pragas e doenas.

    Art. 256 - A conservao do solo deinteresse pblico em todo o territrio doEstado, impondo-se coletividade e ao PoderPblico o dever de preserv-lo e cabendo aeste:

    I - estabelecer regimes de conservao eelaborar normas de preservao dos recursosdo solo e da gua, assegurando o usomltiplo desta;

    II - orientar os produtores rurais sobretcnicas de manejo e recuperao de solos,atravs do servio de extenso rural;

    III - desenvolver e estimular pesquisas de

    tecnologia de conservao do solo;IV - desenvolver infra-estrutura fsica e socialque garanta a produo agrcola e criecondies de permanncia do homem nocampo;

    V - proceder ao zoneamento agrcola,considerando os objetivos e as aes depoltica agrcola prevista neste captulo.

    Captulo VII

    DA POLTICA PESQUEIRA (arts. 257 a 260)

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    Art. 257 - O Estado elaborar polticaespecfica para o setor pesqueiro,enfatizando sua funo de abastecimentoalimentar, promovendo o seudesenvolvimento e ordenamento,incentivando a pesca artesanal e aaqicultura atravs de programas especficosde crdito, rede pblica de entrepostos,pesquisa, assistncia tcnica e extensopesqueira e estimulando a comercializaodireta aos consumidores. 1 - Na elaborao da poltica pesqueira, oEstado garantir a efetiva participao dospequenos piscicultores e pescadoresartesanais ou profissionais, atravs de suasrepresentaes sindicais, cooperativas eorganizaes similares.

    2 - Entende-se por pesca artesanal aexercida por pescador que tire da pesca oseu sustento, segundo a classificao dorgo competente.

    3 - Incumbe ao Estado criar mecanismosde proteo e preservao das reasocupadas por comunidades de pescadores.

    Lei n 4116, de 25 de junho 2003, queautoriza o poder executivo a criar o

    programa estadual da pesca artesanal.Art. 258 - O disposto nos artigos 254 e 257desta Constituio aplicvel, no quecouber, atividade pesqueira, estendendo-ses zonas costeiras, s guas continentais e pesca artesanal as regras ali estabelecidaspara proteo prioritria dos solos e dapequena produo rural.Art. 259 - vedada e ser reprimida naforma da lei, pelos rgos pblicos, comatribuio para fiscalizar e controlar as

    atividades pesqueiras, a pesca predatriasob qualquer das suas formas tais como:

    I - prticas que causam riscos s baciashidrogrficas e zonas costeiras de territriodo Estado;

    II - emprego de tcnicas e equipamentos quepossam causar danos capacidade derenovao do recurso pesqueiro;

    III - nos lugares e pocas interditados pelos

    rgos competentes.

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    Pargrafo nico - Revertero aos setores depesquisa e extenso pesqueira e educacionalos recursos captados na fiscalizao econtrole sobre atividades que comportemriscos para as espcies aquticas, baciashidrogrficas e zonas costeiras.

    Art. 260 - A assistncia tcnica e a extensopesqueira compreendero:

    I - difuso de tecnologia adequada conservao de recursos naturais e melhoria das condies de vida do pequenoprodutor pesqueiro e do pescador artesanal;

    II - estmulo associao e organizao dospequenos produtores pesqueiros e dos

    pescadores artesanais ou profissionais;

    III - integrao da pesquisa pesqueira com asreais necessidades do setor produtivo.

    Captulo VIIIDO MEIO AMBIENTE (arts. 261 a 282)

    * Art. 261 - Todos tm direito ao meioambiente ecologicamente saudvel eequilibrado, bem de uso comum do povo eessencial qualidade de vida, impondo-se a

    todos, e em especial ao Poder Pblico, odever de defend-lo, zelar por suarecuperao e proteo, em benefcio dasgeraes atuais e futuras.* Lei n 3443, de 14 de julho de 2000, queregulamenta o artigo 27 das disposiestransitrias e os artigos 261 e 271 daConstituio do Estado do Rio de Janeiro,estabelece a criao dos conselhos gestorespara as unidades de conservao estaduais,e d outras providncias.

    * Lei n 3975, de 01 de outubro de 2002, queestabelece normas para o uso de agentesextintores em sistemas de segurana contraincndios na forma que menciona,regulamenta o artigo 261 da ConstituioEstadual e d outras providncias.

    1 - Para assegurar a efetividade dessedireito, incumbe ao Poder Pblico:I - fiscalizar e zelar pela utilizao racional esustentada dos recursos naturais;

    II - proteger e restaurar a diversidade e aintegridade do patrimnio gentico,

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    biolgico, ecolgico, paisagstico, histrico earquitetnico;

    III - implantar sistema de unidades deconservao, representativo dosecossistemas originais do espao territorialdo Estado, vedada qualquer utilizao ouatividade que comprometa seus atributosessenciais;

    IV - proteger e preservar a flora e a fauna, asespcies ameaadas de extino, asvulnerveis e raras, vedadas as prticas quesubmetam os animais crueldade, por aodireta do homem sobre os mesmos;

    V - estimular e promover o reflorestamento

    ecolgico em reas degradadas, objetivandoespecialmente a proteo de encostas e dosrecursos hdricos, a consecuo de ndicesmnimos de cobertura vegetal, oreflorestamento econmico em reasecologicamente adequadas visando a suprir ademanda de matria-prima de origemflorestal e a preservao das florestasnativas;

    VI - apoiar o reflorestamento econmicointegrado, com essncias diversificadas, em

    reas ecologicamente adequadas, visandosuprir a demanda de matrias-primas deorigem vegetal;

    VII - promover, respeitada a competncia daUnio, o gerenciamento integrado dosrecursos hdricos, na forma da lei, com basenos seguintes princpios:

    a) adoo das reas das bacias e sub-baciashidrogrficas como unidades de

    planejamento e execuo de planos,programas e projetos;

    b) unidade na administrao da quantidade eda qualidade das guas;

    c) compatibilizao entre os usos mltiplos,efetivos e potenciais;

    d) participao dos usurios nogerenciamento e obrigatoriedade decontribuio para recuperao e manuteno

    da qualidade em funo do tipo e daintensidade do uso;

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    e) nfase no desenvolvimento e no empregode mtodo e critrios biolgicos de avaliaoda qualidade das guas;

    f) proibio do despejo nas guas de caldasou vinhotos, bem como de resduos oudejetos capazes de torn-las imprprias,ainda que temporariamente, para o consumoe a utilizao normais ou para asobrevivncia das espcies;

    VIII - promover os meios defensivosnecessrios para evitar a pesca predatria;

    * IX - controlar e fiscalizar a produo, aestocagem, o transporte, a comercializao e

    a utilizao de tcnicas, mtodos einstalaes que comportem risco efetivo oupotencial para a qualidade de vida e o meioambiente, incluindo formas geneticamentealteradas pela ao humana;

    * Lei 3029, de 27 de agosto de 1998, queregulamenta os incisos IX e XI do art. 261 daConstituio Estadual e dispe sobre aelaborao do mapeamento de risco e demedidas preventivas para a populao.X - condicionar, na forma da lei, a

    implantao de instalaes ou atividades,efetiva ou potencialmente causadoras dealteraes significativas do meio ambiente prvia elaborao de estudo de impactoambiental, a que se dar publicidade;* XI - determinar a realizao peridica,preferencialmente por instituies cientficase sem fins lucrativos, de auditorias nossistemas de controle de poluio e prevenode riscos de acidentes das instalaes eatividades de significativo potencial poluidor,

    incluindo a avaliao detalhada dos efeitosde sua operao sobre a qualidade fsica,qumica e biolgica dos recursos ambientais;

    * Lei 3029, de 27 de agosto de 1998, queregulamenta os incisos IX e XI do art. 261 daConstituio Estadual e dispe sobre aelaborao do mapeamento de risco e demedidas preventivas para a populao.XII - estabelecer, controlar e fiscalizarpadres de qualidade ambiental,considerando os efeitos sinrgicos e

    cumulativos da exposio s fontes depoluio, includa a absoro de substncias

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    qumicas atravs da dieta alimentar, comespecial ateno para aquelas efetiva oupotencialmente cancergenas, mutagnicas eteratognicas;XIII - garantir o acesso dos interessados sinformaes sobre as fontes e causas dadegradao ambiental;

    XIV - informar sistematicamente populaosobre os nveis de poluio, a qualidade domeio ambiente, as situaes de risco deacidentes e a presena de substnciaspotencialmente danosas sade na guapotvel e nos alimentos;

    XV - promover medidas judiciais eadministrativas de responsabilizao dos

    causadores de poluio ou de degradaoambiental, e dos que praticarem pescapredatria;

    XVI - buscar a integrao das universidades,centros de pesquisa, associaes civis,organizaes sindicais para garantir eaprimorar o controle da poluio;

    XVII - estimular a pesquisa, odesenvolvimento e a utilizao detecnologias poupadoras de energia, bem

    como de fontes energticas alternativas quepossibilitem, em particular nas indstrias enos veculos, a reduo das emissespoluentes.

    XVIII - estabelecer poltica tributria visando efetivao do princpio poluidor-pagador eo estmulo ao desenvolvimento eimplantao de tecnologias de controle erecuperao ambiental mais aperfeioadas,vedada a concesso de financiamentos

    governamentais e incentivos fiscais satividades que desrespeitem padres enormas de proteo ao meio ambiente;

    XIX - acompanhar e fiscalizar as concessesde direitos de pesquisa e explorao derecursos hdricos e minerais efetuadas pelaUnio no territrio do Estado;

    XX - promover a conscientizao dapopulao e a adequao do ensino de formaa incorporar os princpios e objetivos de

    proteo ambiental;

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    estabelecidos pelos rgos competentes.

    4 - A captao em cursos d'gua para finsindustriais ser feita a jusante do ponto delanamento dos efluentes lquidos da prpriaindstria, na forma da lei.

    5 - Os servidores pblicos encarregados daexecuo da poltica estadual do meioambiente, que tiverem conhecimento deinfraes persistentes, intencionais ou poromisso, dos padres e normas ambientaisdevero, imediatamente, comunicar o fato aoMinistrio Pblico, indicando os elementos deconvico, sob pena de responsabilidadeadministrativa, na forma da lei.

    Art. 262 - A utilizao dos recursos naturaiscom fins econmicos ser objeto de taxascorrespondentes aos custos necessrios fiscalizao, recuperao e manutenodos padres de qualidade ambiental.

    * 1 - Aos municpios que tenham seusrecursos hdricos utilizados para abastecer degua potvel a populao do Estado do Riode Janeiro assegurada participao naarrecadao tarifria ou compensaofinanceira em face da explorao econmica

    dos mencionados recursos, devendo osrespectivos resultados serem processadosseparadamente em favor de cada umdaqueles Municpios, por volume de guafornecida, e calculados em proporocompatvel com os valores dos royaltespagos outros Municpios pela explorao depetrleo e de gs natural.

    * 2 - Os resultados financeiros que venhama ser obtidos em decorrncia do disposto no

    pargrafo anterior devero ser aplicadosintegralmente em programas conjuntos como Estado para tratamento de despejosurbanos e industriais e de resduos slidos,de proteo e de utilizao racional de guae de outros programas que garantam afiscalizao, a recuperao e a manutenodos padres de qualidade ambiental nosMunicpios de que cogitam o artigo anterior.

    * 3 - Aos Municpios de Nova Igua, Japeri, Queimados, Belford Roxo, Mesquita,

    Nilpolis, So Joo de Meriti, Duque deCaxias, Guapimirim, Mag e outros que

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    venham a integrar a Baixada Fluminense,abrangendo inclusive os Municpios deNiteri, So Gonalo, Itabora e o Bairro dePaquet, no Municpio do Rio de Janeiro,integrantes do sistema de abastecimento degua denominado IMUNA - LARANJAL, ficaassegurada, no sistema de abastecimento degua populao do Estado do Rio de

    Janeiro, uma distribuio prioritriacorrespondente a 30% (trinta por cento) dovolume de recursos hdricos provenientes dosdois primeiros e do Municpio de Mag nopresente referido.

    * Pargrafos acrescentados pela EmendaConstitucional n 22, de 27 de junho de 2001.

    Art. 263 - Fica autorizada a criao na formada lei, do Fundo Estadual de ConservaoAmbiental, destinado implementao deprogramas e projetos de recuperao epreservao do meio ambiente, vedada suautilizao para pagamento de pessoal daadministrao pblica direta e indireta ou dedespesas de custeio diversas de suafinalidade.

    * Art. 263 Fica autorizada a criao, naforma da lei, do Fundo Estadual de

    Conservao Ambiental e DesenvolvimentoUrbano FECAM, destinado implementaode programas e projetos de recuperao epreservao do meio ambiente, bem comode desenvolvimento urbano, vedada suautilizao para pagamento de pessoal daadministrao pblica direta e indireta ou dedespesas de custeio diversas de suafinalidade.

    * Nova redao dada pela Emenda

    Constitucional n 15, de 14 de dezembro de2000.

    1 - Constituiro recursos para o fundo deque trata o caput deste artigo, entre outros:

    I - 20% (vinte por cento) da compensaofinanceira a que se refere o artigo 20, 1,da Constituio da Repblica;

    * I - 5% (cinco por cento) da compensaofinanceira a que se refere o art. 20, 1, da

    Constituio da Repblica e a que faz jus oEstado do Rio de Janeiro.

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    * Nova redao dada pela EmendaConstitucional n 31, de 21 de agosto de2003.

    Lei n 4142, de 28 de agosto de 2003, quedispe sobre medidas regulamentadoras daEmenda Constitucional n 31, de 21 deagosto de 2003, no tocante realocao dasreceitas decorrentes da diferena entre opercentual a que se referia o inciso I do 1do art. 263 da Constituio do Estado do Riode Janeiro e o percentual a que se refereaquela emenda.II - O produto das multas administrativas e decondenaes judiciais por atos lesivos aomeio ambiente;

    III - dotaes e crditos adicionais que lheforem atribudos;

    IV - emprstimos, repasses, doaes,subvenes, auxlios, contribuies, legadosou quaisquer transferncias de recursos;

    V - rendimentos provenientes de suasoperaes ou aplicaes financeiras.

    2 - A administrao do Fundo de que trataeste artigo caber a um Conselho em que

    participaro necessariamente o MinistrioPblico e representantes da comunidade, naforma a ser estabelecida em lei.

    * 2 - O disciplinamento da utilizao dosrecursos do Fundo de que trata este artigocaber a um Conselho de que participaro,necessariamente, o Ministrio Pblico erepresentantes da comunidade, na forma aser estabelecida em lei.

    * Nova redao dada pela EmendaConstitucional n 15, de 14 de dezembro de2000.

    Notcias - 12/03/2004 - 15:28 - STF recebeADI contra lei do RJ que cria fundo deconservao ambiental e desenvolvimentourbano

    O procurador-geral da Repblica, CludioFonteles, ajuizou Ao Direta deInconstitucionalidade (ADI 3161) contra o

    pargrafo 2 do artigo 263 da Constituio doRio de Janeiro, que autoriza a criao do

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    Fundo Estadual de Conservao Ambiental eDesenvolvimento Urbano (Fecam). Odispositivo determina, ainda, que os recursosdo rgo sero geridos pelo MinistrioPblico e por representantes da comunidade.Segundo Fonteles, a norma, ao preveratribuies ao Ministrio Pblico, o fez deforma inadequada e extrapolou asresponsabilidades institudas ao MP pelaCarta da Repblica. O procurador-geralsustenta que atribuies delegadas aoMinistrio Pblico devem ser formalizadaspor meio de lei complementar (artigo 128,pargrafo 5, da Constituio Federal). Da ovcio formal da norma impugnada.No que toca ao vcio material, a despeitodas atribuies do Ministrio Pblico no

    estarem esgotadas na Constituio, dado queo inciso 9 do artigo 129 permite umaelasticidade nesse sentido, o mesmo incisoveda a `consultoria jurdica de entidadespblicas pelo Parquet, que francamente ocaso dos autos, sustenta o procurador-geral.* 3 Os programas e projetos ambientais aque se refere o caput deste artigo incluem,entre outros, os seguintes:

    I - implantao de sistema de coleta etratamento de esgotos domsticos;

    II - implantao de sistemas de coleta de lixo,com nfase na coleta seletiva e destinaofinal adequadas de resduos slidos urbanose sua reciclagem;

    III - programas de conservao,reaproveitamento, reciclagem de energia, co-gerao e eficincia energtica, edesenvolvimento de energias alternativas,como a solar e elica, entre outras;

    IV - programas e projetos de educaoambiental na rede pblica estadual, incluindointerveno desta na preservao das reasdo entorno das escolas, na forma da lei;

    V - programas de desenvolvimento urbanointegrados aos projetos locais e regionais dedesenvolvimento que contemplem soluespara os problemas ambientais locais;

    VI - programas de despoluio dos ambientes

    de trabalho com monitoramento daqualidade ambiental das empresas e

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    desenvolvimento e implantao detecnologias alternativas no poluentes quepreservem a sade do trabalhador;

    VII - programas de defesa dos recursoshdricos, incluindo a implantao dos comitsde bacias hidrogrficas, na forma da lei;

    VIII - programas de monitoragem efiscalizao da presena de agrotxicos nosalimentos e de implementao de sistemasagrcolas integrados e no poluentes, comoos da agricultura biolgica e orgnica;

    IX - programas de fiscalizao e inibio dapesca predatria e de estimulo pisciculturae maricultura;

    X - programas de recuperao de reasdegradadas e de reflorestamento ecolgico,incluindo a produo de mudas;

    XI - fiscalizao e recuperao da MataAtlntica e proteo da biodiversidade.

    XII - demarcao da faixa marginal deproteo das lagoas e lagunas;

    XIII - programas de preveno e combate a

    incndios em Florestas;

    XIV - implantao das unidades deconservao da natureza, como parques,reservas e rea de preservao ambiental,incluindo plano diretor, plano de manejo,demarcao, sede e educao ambiental daspopulaes dos entornos;

    XV - programas de tratamento e destinaofinal de lixo qumico;

    XVI - reforo dos sistemas de fiscalizaoambiental;

    XVII - programas de proteo fauna,incluindo centros de triagem de animais,preveno e fiscalizao;

    XVIII - reforo de equipamentos e instalaesdo BPFMA, DPMA e Corpo de Bombeiros doEstado do Rio de Janeiro;

    XIX - utilizao de recursos comocontrapartida a programas com

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    financiamento internacional, tais como,Programa de Despoluio da Baa deGuanabara e/ou de Despoluio da Baa deSepetiba;

    XX - programa de divulgao em mdia decampanhas publicitrias, tais como ocombate aos bales e pela reciclagem depilhas e garrafas plsticas;

    XXI - programa de ecologia urbana, tais comociclovias, implantao de combustveismenos poluentes nos transportes e nasindstrias, defesa das encostas;

    XXII - recomposio e manuteno demanguezais e reas protegidas;

    XXIII - monitoragem e melhoria da qualidadedo ar e da gua potvel e da balneabilidade;

    XXIV - programa para equipar e capacitar ascooperativas de catadores;

    XXV - programas de relocalizao (quandocouber) de populaes que ocupem reas depreservao ambiental, incluindo habitaodigna e reinstalao;

    XXVI - desenvolvimento de programas deeco-turismo;

    XXVII - implantao do Centro de Refernciade Segurana e Crimes Ambientais;

    XXVIII - implantao do Centro de Refernciada Sade do Trabalhador em Ambientes de

    Trabalho;

    XXIX - campanhas e programas de orientao

    do consumidor aos custos do desperdcio es qualidades e riscos ambientais dosprodutos;

    XXX - mapeamento das reas e atividades derisco, na forma da Lei.

    * Acrescentado pela Emenda Constitucionaln 15, de 14 de dezembro de 2000.

    Art. 264 - A implantao e a operao deinstalaes que utilizem ou manipulem

    materiais radioativos, estaro sujeitas aoestabelecimento e implementao de plano

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    de evacuao da populao das reas derisco e a permanente monitoragem de seusefeitos sobre o meio ambiente e a sade dapopulao.

    Pargrafo nico - As disposies deste artigono se aplicam utilizao de radioisotoposprevistos no artigo 21, XXIII, "b", daConstituio da Repblica.

    Art. 265 - Os projetos governamentais daadministrao direta ou indireta, que exijama remoo involuntria de contingente dapopulao, devero cumprir, dentre outras,as seguintes exigncias:

    I - pagamento prvio e em dinheiro de

    indenizao pela desapropriao, bem comodos custos de mudana e reinstalao,inclusive, neste caso, para os no-proprietrios, nas reas vizinhas s doprojeto, de residncias, atividades produtivase equipamentos sociais.

    II - implantao, anterior remoo, deprogramas scio-econmicos que permitams populaes atingidas restabelecerem seusistema produtivo garantindo sua qualidadede vida;

    III - implantao prvia de programas dedefesa ambiental que reduzam ao mnimo osimpactos do empreendimento sobre a fauna,a flora e as riquezas naturais earqueolgicas.

    Art. 266 - O Estado promover, com aparticipao dos Municpios e dascomunidades, o zoneamento ambiental deseu territrio.

    1 - A implantao de reas ou plosindustriais, bem como as transformaes deuso do solo, dependero de estudo deimpacto ambiental, e do correspondentelicenciamento.

    2 - O registro dos projetos de loteamentodepender do prvio licenciamento na formada legislao de proteo ambiental.

    3 - Os proprietrios rurais ficam obrigados,

    na forma da lei, a preservar e a recuperar,com espcies nativas suas propriedades.

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    Art. 267 - A extino ou alterao dasfinalidades das reas das unidades deconservao depender de lei especfica.

    Art. 268 - So reas de preservaopermanente:

    I - os manguezais, lagos, lagoas e lagunas eas reas estuarinas;

    II - as praias, vegetao de restingas quandofixadoras de dunas, as dunas, costesrochosos e as cavidades naturaissubterrneas-cavernas;

    III - as nascentes e as faixas marginais de

    proteo de guas superficiais;

    IV - as reas que abriguem exemplaresameaados de extino, raros, vulnerveisou menos conhecidos, na fauna e flora, bemcomo aquelas que sirvam como local depouso, alimentao ou reproduo;

    V - as reas de interesse arqueolgico,histrico, cientfico, paisagstico e cultural;

    VI - aquelas assim declaradas por lei;

    VII - a Baa de Guanabara.

    Art. 269 - So reas de relevante interesseecolgico, cuja utilizao depender deprvia autorizao dos rgos competentes,preservados seus atributos essenciais:

    I - as coberturas florestais nativas;

    II - a zona costeira;

    III - o Rio Paraba do Sul;

    IV - a Ilha Grande;

    V - a Baa da Guanabara;

    VI - a Baa de Sepetiba.

    Art. 270 - As terras pblicas ou devolutas,consideradas de interesse para a proteoambiental, no podero ser transferidas a

    particulares a qualquer ttulo.

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    * Art. 271 - A iniciativa do Poder Pblico decriao de unidades de conservao, com afinalidade de preservar a integridade deexemplares dos ecossistemas, serimediatamente seguida dos procedimentosnecessrios a regularizao fundiria,demarcao e implantao da estrutura defiscalizao adequadas.

    * Lei n 3443, de 14 de julho de 2000, queregulamenta o artigo 27 das disposiestransitrias e os artigos 261 e 271 daConstituio do Estado do Rio de Janeiro,estabelece a criao dos conselhos gestorespara as unidades de conservao estaduais,e d outras providncias.Art. 272 - O Poder Pblico poder estabelecer

    restries administrativas de uso de reasprivadas para fins de proteo deecossistemas.Pargrafo nico - As restriesadministrativas de uso a que se refere esteartigo devero ser averbadas no registroimobilirio no prazo mximo de um ano acontar de seu estabelecimento.

    Art. 273 - As coberturas florestais nativasexistentes no Estado so consideradasindispensveis ao processo de

    desenvolvimento equilibrado e sadiaqualidade de vida de seus habitantes e nopodero ter suas reas reduzidas.

    Art. 274 - As empresas concessionrias oupermissionrias de servios pblicos deveroatender aos dispositivos de proteoambiental em vigor.

    Art. 275 - Fica proibida a introduo no meioambiente de substncias cancergenas,

    mutagnicas e teratognicas, alm doslimites e das condies permitidas pelosregulamentos dos rgos do controleambiental.

    Art. 276 - A implantao e a operao deatividades efetiva ou potencialmentepoluidoras dependero de adoo dasmelhores tecnologias de controle paraproteo do meio ambiente, na forma da lei.

    * Lei n 3801, de 03 de abril de 2002, que

    institui e impe normas de segurana paraoperaes de explorao, produo,

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    estocagem e transporte de petrleo e seusderivados, no mbito do estado do rio de

    janeiro, regulamenta em parte o art. 276 daConstituio Estadual e d outrasprovidncias.Pargrafo nico - O Estado e os Municpiosmantero permanente fiscalizao e controlesobre os veculos, que s podero trafegarcom equipamentos antipoluentes, queeliminem ou diminuam ao mximo o impactonocivo da gaseificao de seus combustveis.* Art. 277 - Os lanamentos finais dossistemas pblicos e particulares de coleta deesgotos sanitrios devero ser precedidos,no mnimo, de tratamento primrio completo,na forma da lei.

    1 - Fica vedada a implantao de sistemasde coleta conjunta de guas pluviais eesgotos domsticos ou industriais.

    2 - As atividades poluidoras devero disporde bacias de conteno para as guas dedrenagem, na forma da lei.

    * Lei n 2661, de 27 de dezembro de 1996,que regulamenta o disposto no art. 274(atual 277) da Constituio do Estado do Riode Janeiro no que se refere exigncia de

    nveis mnimos de tratamento de esgotossanitrios, antes de seu lanamento emcorpos dgua e d outras providncias.Art. 278 - vedada a criao de aterrossanitrios margem de rios, lagos, lagoas,manguezais e mananciais.Art. 279 - O Estado exercer o controle deutilizao de insumos qumicos na agriculturae na criao de animais para alimentaohumana, de forma a assegurar a proteo domeio ambiente e a sade pblica.

    Pargrafo nico - O controle a que se refereeste artigo ser exercido, tanto na esfera daproduo quanto na de consumo, com aparticipao do rgo encarregado daexecuo da poltica de proteo ambiental.

    Art. 280 - A lei instituir normas para coibir apoluio sonora.

    Art. 281 - Nenhum padro ambiental doEstado poder ser menos restritivo do que os

    padres fixados pela Organizao Mundial deSade.

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    Art. 282 - As empresas concessionrias doservio de abastecimento pblico de guadevero divulgar, semestralmente, relatriode monitoragem da gua distribuda populao, a ser elaborado por instituio dereconhecida capacidade tcnica e cientfica.

    Pargrafo nico - A monitoragem deverincluir a avaliao dos parmetros a seremdefinidos pelos rgos estaduais de sade emeio ambiente.* Lei n 4930, de 20 de dezembro de 2006,que regulamenta o art. 282 (ex art 279) daConstituio Estadual ao dispor sobremonitoramento e as aes relacionadas aocontrole da potabilidade da gua prpria

    para consumo humano distribuda populao do Estado do Rio de Janeiro.