constituicao do ceara de 1989 atualizada 73

389
Constituição DO ESTADO DO CEARÁ 1989 ATUALIZADA ATÉ A EMENDA CONSTITUCIONAL N O 73 DE 1 DE DEZEMBRO DE 2011

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  • Constituio DO ESTADO DO CEAR

    1989

    AtuAlizAdA At A EmEndA ConstituCionAl no 73 dE 1 dE dEzEmbro dE 2011

  • Copyright 2012 by INESP

    Editor ResponsvelPaulo LinharesCoordenao EditorialDenise de CastroDiagramaoMrio Giffoni Reviso OrtogrficaVnia SoaresCoordenao de ImpressoErnandes do CarmoImpresso e Acabamento i.EditoraFrancisco de MouraHadson BarrosJoo AlfredoTiago CasalAureni Lopes

    C387c Cear [Constituio (1989)]Constituio do Estado do Cear 1989. - Fortaleza:

    Assembleia Legislativa do Estado do Cear; Instituto de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimentodo Estado do Cear, 2012.

    389p.Atualiat a Emenda Constitucional N.73

    ISBN:

    1. Constituio, Cear. 2. Cear. Assembleia Legislativa. I. Ttulo

    CDDdir:341.248131

    Permitida a divulgao dos textos contidos neste livro,desde que citados autores e fontes.

    i.Editora INESPAv. Desembargador Moreira, 2807 Ed. Senador Csar Cals de Oliveira, 1 andarDionsio TorresCEP 60170-900 Fortaleza - CE - BrasilTel: (85)3277.3701 Fax (85)3277.3707al.ce.gov.br/[email protected]

    DISTRIBUIO GRATUITA

  • ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEAR

    FortAlEzA - CEAr2012

    Constituio DO ESTADO DO CEAR

    AtuAlizAdA At A EmEndA ConstituCionAl no 73

    1989

  • Mesa Diretora2011-2012

    Deputado Roberto CludioPresidente

    Deputado Jos Sarto1 Vice-Presidente

    Deputado Tin Gomes2 Vice-Presidente

    Deputado Jos Albuquerque1 Secretrio

    Deputado Neto Nunes2 Secretrio

    Deputado Joo Jaime3 Secretrio

    Deputado Teo Menezes4 Secretrio

  • COMISSO DE ATUALIZAOA Comisso de Atualizao da Constituio Estadual do Estado do Cear foi criada atravs do Ato Normativo n 242, de 19 de abril de

    2007, sendo constituda pelos seguintes membros:

    CONSTITUCIONALISTAS CONSULTORESPaulo Bonavides (Presidente de Honra)

    Valmir Pontes FilhoRoberto Martins Rodrigues

    REPRESENTANTE DO PODER JUDICIRIOSlvio Braz Peixoto da Silva

    REPRESENTANTE DO PODER EXECUTIVOFernando Oliveira

    REPRESENTANTE DO PODER LEGISLATIVOJos Leite Juc Filho

    REPRESENTANTE DO MINISTRIO PBLICO ESTADUALManoel Lima Soares

    REPRESENTANTE DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SEO CEAR

    Hlio Leito

    COMISSO DE RELATORIA

    Deputado Nelson MartinsRelator

    Deputado Luiz Pontes Sub-Relator

    Deputado Welington LandimSub-Relator

  • Apresentao || 9

    APRESENTAO

    Constituio ou Carta Magna o conjunto de normas, regras e princpios do ordenamento jurdico de um pas. Ela limita o poder, orga-niza o Estado e define os direitos e garantias fundamentais. Tambm conhecida como a Carta Cidad, a Constituio Federal Brasileira com-pletou, no ano de 2011, os seus 23 anos. Aps o processo de ditadura, instalado com o Golpe de 1964, houve a sua promulgao. A importncia histrica constitucional no apenas uma evoluo linear na direo do constitucionalismo democrtico e social. Diante do panorama de crises e rupturas institucionais que tem marcado a histria do Estado brasi-leiro, cumpre estabelecer que a definio e o respeito Constituio, como instrumento de delimitao de espao pblico e privado, prosse-gue como um dos temas de maior atualidade e vigor. A noo de lei, nos dias atuais, indissocivel da Constituio. Saber quais atos jurdicos reveste a forma de lei, mais precisamente, enumerar quais so as formas de lei ou dos atos legislativos, quem pode edit-los ou como se editam so indagaes que somente se respondem luz da ordem constitucio-nal de cada Estado.

    Temos hoje um Brasil diferente daquele no qual se engajou no pro-cesso constitucional. As diferenas so visveis no somente em termos populacionais ou econmicos. possvel destacar a grande produo legislativa voltada para a proteo e desenvolvimento de setores antes marginalizados.

    O processo que resultou na Constituio Cidad contm vrios dispo-sitivos inovadores, onde incorporou conquistas democrticas e apontou desdobramentos em termos da elaborao das leis e de polticas pbli-cas especficas. O texto constitucional concebido como um compro-misso poltico que passa a ser desenvolvido continuamente pelas foras polticas e sociais. Todos os profissionais e operadores do Direito devem estar atentos e comprometidos com as liberdades pblicas, trabalhando em prol das garantias individuais e coletivas da cidadania.

    Promulgada um ano antes da queda do Muro de Berlim a Constitui-o fruto de um tempo em que as diferenas so claras, mas a cidada-nia brasileira festeja os avanos jurdicos conquistados historicamente atravs de sangrentas batalhas, revolues e lutas sociais.

  • 10 || Apresentao

    As reformas da Constituio comearam a ser votadas pelo Congres-so Nacional a partir de 1992, passando a ter hoje 71 Emendas Constitu-cionais. Foram ainda elaboradas leis de maior abrangncia cidadania e reafirmao dos princpios democrticos do Brasil. Consagra a liber-dade de organizao sindical, a livre formao dos partidos, princpios para implementao da reforma agrria, elenca de forma minuciosa os direitos sociais e at mesmo estabelece formas de participao direta da populao no processo poltico por meio da iniciativa popular, do referen-do e do plebiscito.

    O Brasil, finalmente, concretizou em termos jurdicos o entendimento de que toda e qualquer pessoa, independente de qualquer caracterstica ou particularidade deve ter todos os direitos necessrios para uma vida digna respeitada. A luta pelo direito e pela justia no reconhecimento dos valores humanos como lei mxima natural no permite nenhuma es-pcie de violao, renncia ou postergao dos direitos inderrogveis e indeclinveis da cidadania.

    A Assembleia Legislativa do Estado do Cear tomou o propsito de atualizar a Constituio Estadual de 1989, numa iniciativa que se anteci-pava a todos os Estados da Federao e que, por abrir caminho, assumia o risco de gerar a experincia, quando seria mais fcil aproveitar da expe-rincia alheia.

    Dentre os principais pontos modificados figuram a possibilidade da populao ter a iniciativa de apresentar projetos para emendar a Cons-tituio; a permisso para que o prprio Parlamento disponha, por Lei Complementar, da capacidade de regulamentar a emancipao, fuso e incorporao de municpios; a garantia de autonomia funcional e finan-ceira Defensoria Pblica; a garantia de que a censura opo sexual seja considerada uma forma de discriminao. Foi, ainda, acrescentado um captulo referente ao turismo e aproveitadas as sugestes dos debates sobre Poltica Cultural, promovidos pela secretaria de estado respectiva.

    Seguir os preceitos que esto contidos na Carta Magna a esperana de que seu texto aplicado, de forma eficaz, amenizar as variadas formas de desigualdades que afligem os brasileiros. Ento, poderemos afirmar que a Constituio a verdadeira luz na vida do povo brasileiro.

    , portanto, com muita honra que passo disposio da cidadania ce-arense esta edio que trata da Constituio do Estado do Cear, de 1989, e atualizada at a Emenda Constitucional n 73 de 1 de dezembro de 2011.

    Roberto CludioPresidente da Assembleia Legislativa do Estado do Cear

  • S U M R I O

    APRESENTAO ............................................................................................. 9PREMBULO .............................................................................................. 15

    ttulo i - DOS PRINCPIOS FUNDAMENTAIS ................................................ 17

    ttulo ii DA PARTICIPAO POPULAR ...................................................... 19

    ttulo iii DA ORGANIZAO ESTADUAL .................................................... 22Captulo I DISPOSIES GERAIS ................................................................................22Captulo II - DOS BENS .................................................................................................25

    ttulo iV DO MUNICPIO .......................................................................... 28Captulo I DISPOSIES GERAIS ................................................................................28Captulo II DA CMARA MUNICIPAL ...........................................................................30Captulo III DO EXECUTIVO MUNICIPAL .....................................................................31Captulo IV DA INTERVENO NO MUNICPIO ............................................................33Captulo V DA FISCALIZAO FINANCEIRA .................................................................34Captulo VI A INTEGRAO REGIONAL .......................................................................39

    ttulo V DOS PODERES ESTADUAIS .......................................................... 41Captulo I DO PODER LEGISLATIVO ...........................................................................41Seo I Disposies Gerais .......................................................................................41Seo II Das Atribuies da Assembleia Legislativa ...................................................42Seo III Dos Deputados ..........................................................................................46Seo IV Das Comisses ............................................................................................48Seo V Do Processo Legislativo ................................................................................49Subseo I Da Emenda Constitucional .......................................................................50Subseo II Das Leis .................................................................................................51Seo VI Da Fiscalizao Contbil, Financeira e Oramentria ..................................54Subseo I Disposies Gerais ..................................................................................54Subseo II Do Tribunal de Contas ............................................................................55Subseo III Do Tribunal de Contas dos Municpios ..................................................59

    Captulo II DO PODER EXECUTIVO ............................................................................65Seo I Do Governador e do Vice-Governador do Estado ..........................................65Seo II Das Atribuies do Governador do Estado ...................................................68Seo III Das Responsabilidades do Governador e do Vice-Governador do Estado .........................................................................................69Seo IV Dos Secretrios de Estado ...........................................................................70

    Captulo III PODER JUDICIRIO ................................................................................71Seo I Disposies Gerais .......................................................................................71Seo II Do Tribunal de Justia .................................................................................79Seo III Dos Tribunais de Alada .............................................................................82Seo IV Do Tribunal do Jri.....................................................................................83

  • Seo V Dos Juzes de Direito....................................................................................83Seo VI Dos Juzes Substitutos .................................................................................84Seo VII Da Justia Militar .......................................................................................85Seo VIII Dos Juzes Especiais .................................................................................85Seo IX Dos Juizados de Pequenas Causas ...............................................................85Seo X Dos Juizados de Paz .....................................................................................85Seo XI Do Controle Direto de Inconstitucionalidade ..............................................86

    ttulo Vi - DAS ATIVIDADES ESSENCIAIS DOS PODERES ESTADUAIS ............ 88

    Captulo I DO MINISTRIO PBLICO .........................................................................88

    Captulo II DA DEFENSORIA PBLICA ........................................................................93

    Captulo III DA PROCURADORIA GERAL DO ESTADO .................................................95

    Captulo IV DA ADMINISTRAO PBLICA .................................................................98Seo I Disposies Gerais .......................................................................................98Seo II Dos Servidores Pblicos Civis ....................................................................106Seo III Dos Servidores Pblicos Militares ............................................................112

    Captulo V DA SEGURANA PBLICA E DA DEFESA CIVIL ..........................................114Seo I Disposies Gerais .....................................................................................114Seo II Da Polcia Civil ..........................................................................................115Seo III Da Polcia Militar .....................................................................................116Seo IV Do Corpo de Bombeiros Militar ................................................................117

    ttulo Vii DA TRIBUTAO E DO ORAMENTO .......................................... 119

    Captulo I DISPOSIES GERAIS ..............................................................................119

    Captulo II DOS IMPOSTOS ESTADUAIS ....................................................................120

    Captulo III DOS IMPOSTOS DOS MUNICPIOS ........................................................123

    Captulo IV DOS ORAMENTOS ................................................................................123

    ttulo Viii DAS RESPONSABILIDADES CULTURAIS, SOCIAIS E ECONMICAS .......................................................................................... 130

    Captulo I DISPOSIES GERAIS ..............................................................................130

    Captulo II DA EDUCAO .......................................................................................130

    Captulo III DA CULTURA .........................................................................................137

    Captulo IV DO DESPORTO E DO TURISMO .............................................................140

    Captulo V DA COMUNICAO SOCIAL ......................................................................142

    Captulo VI DA SADE ..............................................................................................142

    Captulo VII DA CINCIA E TECNOLOGIA ..................................................................146

    Captulo VIII DO MEIO AMBIENTE ...........................................................................149

    Captulo IX DA FAMLIA, DA CRIANA, DO ADOLESCENTE, DO IDOSO E DA MULHER .........................................................................................................154

    Captulo X DA POLTICA URBANA .............................................................................157

  • Captulo XI DA POLTICA AGRCOLA E FUNDIRIA ...................................................161

    Captulo XII DA PREVIDNCIA E ASSISTNCIA SOCIAIS ............................................169

    ATO DAS DISPOSIES CONSTITUCIONAIS TRANSITRIAS .......................176

    EMENDAS CONSTITUCIONAIS ...................................................................187

    EMENDA CONSTITUCIONAL N 1 ..................................................................... 189EMENDA CONSTITUCIONAL N 2 ..................................................................... 189EMENDA CONSTITUCIONAL N 3 ..................................................................... 190EMENDA CONSTITUCIONAL N 4 ..................................................................... 191EMENDA CONSTITUCIONAL N 5 ..................................................................... 191EMENDA CONSTITUCIONAL N 6 ..................................................................... 192EMENDA CONSTITUCIONAL N 7 ..................................................................... 193EMENDA CONSTITUCIONAL N 8 ..................................................................... 193EMENDA CONSTITUCIONAL N 9 ..................................................................... 194EMENDA CONSTITUCIONAL N 10 ................................................................... 195EMENDA CONSTITUCIONAL N 11 ................................................................... 196EMENDA CONSTITUCIONAL N 12 ................................................................... 197EMENDA CONSTITUCIONAL N 13 ................................................................... 198EMENDA CONSTITUCIONAL N 14 ................................................................... 199EMENDA CONSTITUCIONAL N 15 ................................................................... 200EMENDA CONSTITUCIONAL N 16 ................................................................... 201EMENDA CONSTITUCIONAL N 17 ................................................................... 201EMENDA CONSTITUCIONAL N 18 ................................................................... 202EMENDA CONSTITUCIONAL N 19 ................................................................... 203EMENDA CONSTITUCIONAL N 20 ................................................................... 204EMENDA CONSTITUCIONAL N 21 ................................................................... 204EMENDA CONSTITUCIONAL N 22 ................................................................... 206EMENDA CONSTITUCIONAL N 23 ................................................................... 207EMENDA CONSTITUCIONAL N 24 ................................................................... 207EMENDA CONSTITUCIONAL N 25 ................................................................... 208EMENDA CONSTITUCIONAL N 26 ................................................................... 210EMENDA CONSTITUCIONAL N 27 ................................................................... 211EMENDA CONSTITUCIONAL N 28 ................................................................... 212EMENDA CONSTITUCIONAL N. 29 .................................................................. 213EMENDA CONSTITUCIONAL N 30 ................................................................... 215EMENDA CONSTITUCIONAL N 31 ................................................................... 216EMENDA CONSTITUCIONAL N 32 ................................................................... 217EMENDA CONSTITUCIONAL N 33 ................................................................... 218EMENDA CONSTITUCIONAL N 34 ................................................................... 219EMENDA CONSTITUCIONAL N 35 ................................................................... 219EMENDA CONSTITUCIONAL N 36 ................................................................... 220EMENDA CONSTITUCIONAL N 37 ................................................................... 221EMENDA CONSTITUCIONAL N 38 ................................................................... 222EMENDA CONSTITUCIONAL N 39 ................................................................... 223

  • EMENDA CONSTITUCIONAL N 40 ................................................................... 220EMENDA CONSTITUCIONAL N 41 ................................................................... 226EMENDA CONSTITUCIONAL N 42 ................................................................... 227EMENDA CONSTITUCIONAL N 43 ................................................................... 229EMENDA CONSTITUCIONAL N 44 ................................................................... 230EMENDA CONSTITUCIONAL N 45 ................................................................... 230EMENDA CONSTITUCIONAL N 46 ................................................................... 231EMENDA CONSTITUCIONAL N 47 ................................................................... 233EMENDA CONSTITUCIONAL N 48 ................................................................... 235EMENDA CONSTITUCIONAL N 49 ................................................................... 237EMENDA CONSTITUCIONAL N 50 ................................................................... 240EMENDA CONSTITUCIONAL N 51 ................................................................... 241EMENDA CONSTITUCIONAL N 52 ................................................................... 242EMENDA CONSTITUCIONAL N 53 ................................................................... 243EMENDA CONSTITUCIONAL N 54 ................................................................... 244EMENDA CONSTITUCIONAL N 55 ................................................................... 246EMENDA CONSTITUCIONAL N 56 ................................................................... 247EMENDA CONSTITUCIONAL N 57 ................................................................... 252EMENDA CONSTITUCIONAL N 58 ................................................................... 253EMENDA CONSTITUCIONAL N 59 ................................................................... 254EMENDA CONSTITUCIONAL N 60 ................................................................... 255EMENDA CONSTITUCIONAL N 61 ................................................................... 256EMENDA CONSTITUCIONAL N 62 ................................................................... 262EMENDA CONSTITUCIONAL N 63 ................................................................... 263EMENDA CONSTITUCIONAL N 64 ................................................................... 270EMENDA CONSTITUCIONAL N 65 ................................................................... 271EMENDA CONSTITUCIONAL N 66 ................................................................... 294EMENDA CONSTITUCIONAL N 67 ................................................................... 294EMENDA CONSTITUCIONAL N 68 ................................................................... 295EMENDA CONSTITUCIONAL N 69 ................................................................... 296EMENDA CONSTITUCIONAL N 70 ................................................................... 298EMENDA CONSTITUCIONAL N 71 ................................................................... 299EMENDA CONSTITUCIONAL N 72 ................................................................... 300EMENDA CONSTITUCIONAL N 73 ................................................................... 301

    ANEXO I AEs dirEtAs dE inConstituCionAlidAdE .................................... 303

    ANEXO II ndiCE AlFAbtiCo rEmissiVodA Constituio do EstAdo do CEAr ............................................................. 355

    ANEXO III ndiCE AlFAbtiCo rEmissiVo do Ato dAs disPosiEs ConstituCionAis trAnsitriAs ......................................................................... 385

  • Prembulo || 15

    PREMBULO

    m nome do povo cearense, no exerccio da ativi-dade constituinte, derivada da expressa reserva de poder da representao soberana da Nao brasileira, a Assembleia Estadual Constituinte, invocando a proteo de Deus, adota e promulga a presente Constituio, ajustada ao Estado De-mocrtico de Direito, implantado na Repblica Federativa do Brasil.

  • Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 73 de 1 de dezembro de 2011 || 17

    ttulo iDOS PRINCPIOS FUNDAMENTAIS

    *Art. 1 O Estado do Cear, unidade integrante da Repblica Federativa do Brasil, exerce a sua autonomia poltica no mbito das competncias que lhe so conferidas pela Constituio da Repblica, regendo-se por esta Constitui-o e as leis que adotar.

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009. Redao anterior: Art. 1 O Estado do Cear, unidade integrante da Repblica Federativa do Brasil, com os seus Municpios, exprime a sua autonomia poltica na esfera de competncias remanescentes, mediante esta Constitui-o e as leis que adotar.

    *Art. 2 O povo a fonte nica de legitimidade do poder, que o exerce direta-mente ou por seus representantes eleitos, na forma estabelecida na Constitui-o da Repblica e nesta Constituio.

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: Art. 2 O povo a fonte de legitimidade dos poderes constitudos, exercendo-os diretamente ou por seus representantes, investidos na forma estabelecida por esta Constituio.

    Art. 3 So Poderes do Estado, independentes e harmnicos entre si, o Legis-lativo, o Executivo e o Judicirio.*1 O Poder Legislativo exercido pela Assembleia Legislativa.

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: 1 O Poder Legislativo exercido pela Assembleia Legislativa e atravs do povo, na forma esta-belecida por esta Constituio.

    *2 O Poder Executivo exercido pelo Governador do Estado, auxiliado pelos Secretrios de Estado.

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: 2 O Poder Executivo exercido pelo Governador do Estado, auxiliado pelos secretrios e rgos que lhe so subordinados na forma prevista por esta Constituio e legislao infraconstitucional.

    *3 O Poder Judicirio exercido pelo Tribunal de Justia e pelos juzes estaduais.* Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: 3 O Poder Judicirio exercido por juzes e tribunais.

    *4 (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: 4 vedada a delegao de atribuies de um Poder ao outro, salvo as excees previstas nesta Constituio.

    *Art. 4 O territrio cearense, para os fins das polticas governamentais de estmulo e desenvolvimento, ser constitudo por conformaes regionais re-sultantes da aglutinao de municpios limtrofes, com base nas suas pecu-liaridades fisiogrficas, socioambientais, socioespaciais, socioeconmicas e socioculturais para fins de planejamento e gesto das aes do governo.

    *Redao dada pela Emenda Constitucional n 62, de 22 de abril de 2009 Dirio Oficial n 27.04.09.Redao anterior: Art. 4 O espao territorial cearense constitudo por conformaes regionais microrregies e regio metropolitana por aglutinao de Municpios limtrofes, atendendo as suas peculiaridades fisiogrficas, socioeconmicas e culturais, para fins de planejamento, alocao de recursos e cumprimento da ao governa-mental, em todas as atividades essenciais, objetivando o desenvolvimento integrado, a erradicao da misria e da marginalidade, com generalizada partilha dos benefcios civilizatrios pelos diferentes ncleos populacionais.*Ver Lei Complementar n 3, de 26 de junho de 1995 D. O. de 27.6.1995, Lei Complementar n 18, de 29 de dezembro de 1999 D. O. de 29.12.1999, e Lei Complementar n 34, de 21 de maio de 2003 D. O. 23.5.2003.

    *1 (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 62, de 22 de abril de 2009 D.O. 27.04.09.Redao anterior: 1 A articulao regional destina-se ao fortalecimento dos Municpios, com a participao co-munitria de maior alcance no equacionamento dos problemas bsicos, corrigindo as disparidades, diminuindo os custos operativos nos empreendimentos governamentais, eliminando os desperdcios e ampliando os mecanismos de controle, visando eficincia, lisura e celeridade.

  • 18 || Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 71 de 18 de janeiro de 2011

    *2 (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 62, de 22 de abril de 2009 D.O. 27.04.09.Redao anterior: 2 O sistema de integrao regional ser observado em toda a operacionalizao das atividades dos rgos e das entidades estaduais, respeitando as peculiaridades dos poderes do Estado com aplicao dos disciplinamentos seguintes:

    *I (revogado).*Revogado pela Emenda Constitucional n 62, de 22 de abril de 2009 D.O. 27.04.09.Redao anterior: *I - elaborao por lei dos planos globais de desenvolvimento, contemplando os espaos regio-nais, firmando as diretrizes, objetivando metas na destinao de despesas de capital e outras delas decorrentes e relativas a programas de durao continuada;

    *II (revogado). *Revogado pela Emenda Constitucional n 62, de 22 de abril de 2009 D.O. 27.04.09.Redao anterior : *II - as leis de diretrizes oramentrias compreendero as metas e prioridades estaduais, de forma regionalizada, incluindo as despesas de capital para o exerccio financeiro subsequente, orientando a elabo-rao da lei oramentria anual, dispondo sobre as alteraes na legislao tributria e estabelecendo a poltica de ampliao das agncias oficiais de financiamento, objetivando eliminar os desnveis e promover a integrao de todo o espao cearense;

    *III (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 62, de 22 de abril de 2009 D.O. 27.04.09.Redao anterior: *III - o projeto de lei oramentria ser acompanhado de demonstrativos regionalizados do efeito sobre a receita e a despesa, tendo entre suas finalidades reduzir as desigualdades inter-regionais, segundo o cri-trio populacional.

    *3 (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 62, de 22 de abril de 2009 D.O. 27.04.09.Redao anterior: 3 Promover-se- a descentralizao fsica dos rgos judicirios, sempre no propsito de esti-mular integrao com as respectivas comunidades, para maior comodidade e presteza no atendimento ao jurisdi-cionado, com o estabelecimento de:

    *I (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 62, de 22 de abril de 2009 D.O. 27.04.09.Redao anterior: *I - tribunais de alada em maiores ncleos populacionais;

    *II (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 62, de 22 de abril de 2009 D.O. 27.04.09.Redao anterior: *II - varas cveis e criminais, distribudas por distritos, bairros e aglomerados urbanos, sempre em contexto de reas residenciais;

    *III - (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 62, de 22 de abril de 2009 D.O. 27.04.09.Redao anterior: *III - implantao de juizados de pequenas causas em aglomerados urbanos mais populosos;*Os juizados de pequenas causas, atualmente, tm sua nomeclatura como juizados cveis e criminais.

    *IV (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 62, de 22 de abril de 2009 D.O. 27.04.09.Redao anterior: *IV - vara especializada, de entrncia especial, em cada microrregio, localizada em uma das comarcas que a integram, com jurisdio em todos os seus Municpios, com competncia exclusiva para questes fundirias;

    *V (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 62, de 22 de abril de 2009 D.O. 27.04.09.Redao anterior: *V - juizado de paz, com atribuies especficas para conciliar ou dirimir conflitos.

    *Pargrafo nico. Com o objetivo de buscar o desenvolvimento e integrao regional sustentvel, o crescimento econmico com distribuio de renda e ri-queza e a conquista de uma sociedade justa e solidria, as conformaes de que trata este artigo so assim classificadas:

    * Acrescido pela Emenda Constitucional n 62, de 22 de abril de 2009 D.O. 27.04.09.

    *a) regies metropolitanas; * Acrescido pela Emenda Constitucional n 62, de 22 de abril de 2009 D.O. 27.04.09.

    *b) microrregies; e * Acrescido pela Emenda Constitucional n 62, de 22 de abril de 2009 D.O. 27.04.09.

    *c) aglomeraes urbanas.* Acrescido pela Emenda Constitucional n 62, de 22 de abril de 2009 D.O. 27.04.09.

  • Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 73 de 1 de dezembro de 2011 || 19

    ttulo iiDA PARTICIPAO POPULAR

    Art. 5 O povo titular do poder de sufrgio, que o exerce em carter universal, por voto direto e secreto, com igual valor, na localidade do domiclio eleitoral, nos termos da lei, mediante:*I eleio dos representantes polticos federais, estaduais e municipais;

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: I eleio para provimento de cargos representativos;

    *II plebiscito;*Ver Lei Federal n 9.709, de 18.11.1998 D. O. de 19.11.1998, que regulamenta a execuo do disposto nos incisos I, II, e III do art. 14 da Constituio Federal.*Ver Lei Complementar Estadual n 29, de 21.2.2002 D. O. de 25.2.2002, que regulamenta a realizao de plebiscito e referendo no mbito do Estado do Cear.

    *III referendo.*Ver Lei Federal n 9.709, de 18.11.1998 D. O. de 19.11.1998, que regulamenta a execuo do disposto nos incisos I, II, e III do art. 14 da Constituio Federal.*Ver Lei Complementar Estadual n 29, de 21.2.2002 D. O. de 25.2.2002, que regulamenta a realizao de plebiscito e referendo no mbito do Estado do Cear.

    *IV iniciativa popular;* Acrescentado pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.

    *V iniciativa compartilhada. * Acrescentado pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.

    *Art. 6 A iniciativa popular ser exercida pela apresentao, Assembleia Legislativa, de projeto de lei e de emenda Constituio, subscrito por, no m-nimo, um por cento do eleitorado cearense, distribudo pelo menos por cinco municpios, com no menos de trs dcimos por cento dos eleitores de cada um deles.

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: Art. 6 A iniciativa popular ser exercida pela apresentao Assembleia Legislativa Estadual de projeto de lei, subscrito por eleitor, respeitadas as hipteses de iniciativa privativa, previstas nesta Constituio.

    *1 Os projetos de iniciativa popular tramitaro no prazo de quarenta e cinco dias, em regime de prioridade, turno nico de votao e discusso, para suprir omisso legislativa, constituindo causa prejudicial aplicabilidade de manda-do de injuno.

    *Arguda a inconstitucionalidade na ADIN n 143-4 a qual foi julgada extinta pelo STF. Ver ADIN n 143-4 no Anexo I.

    *2 O regimento interno da Assembleia aplicar-se- nas demais hipteses de iniciativa popular, observado o disposto no art. 62 e no seu pargrafo nico.

    *Arguda a inconstitucionalidade na ADIN n 143-4 a qual foi julgada extinta pelo STF. Ver ADIN n 143-4 no Anexo I.

    Art. 7 Todos os rgos e instituies dos poderes estadual e municipal so acessveis ao indivduo, por petio ou representao, em defesa do direito ou em salvaguarda cvica do interesse coletivo e do meio ambiente.1 A autoridade, a quem for dirigida a petio ou representao, dever oficia-lizar o seu ingresso, assegurando-lhe tramitao rpida, dando-lhe fundamen-to legal, ao exarar a deciso.2 O interessado dever ser informado da soluo aprovada, por correspon-dncia oficial, no prazo de sessenta dias, a contar do protocolo, sendo-lhe for-necida certido, se a requerer.

  • 20 || Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 71 de 18 de janeiro de 2011

    3 facultado a todos o acesso gratuito s informaes do que constar a seu respeito nos registros em bancos de dados estaduais e municipais, pblicos ou privados, bem como do fim a que se destinam essas informaes, podendo exigir, a qualquer tempo, sua retificao e atualizao.*4 Pode o cidado, diante de leso ao patrimnio pblico estadual e nas de-mais hipteses previstas no art. 5, inciso LXXIII, da Constituio da Repbli-ca, promover ao popular.

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: 4 Pode o cidado, diante da leso ao patrimnio pblico, promover ao popular contra abuso de poder, para defesa do meio ambiente, ficando o infrator ou autoridade omissa responsvel pelos danos causados e custas processuais.

    *Art. 8 (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: *Art. 8 Os rgos do Poder Judicirio do Estado, em qualquer grau de jurisdio em suas res-pectivas esferas de competncia, podem ser provocados por quem tiver legtimo interesse a defender, particular ou pblico, obedecido o processo legal.

    *1 (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: 1 Sempre que necessrio eficiente prestao jurisdicional, far-se- presente o juiz no local do litgio.

    *2 (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: 2 Aos necessitados ser assegurada assistncia integral e gratuita perante jurisdio esta-dual.

    *3 (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: *3 Sero gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:*Regulamentado pela Lei n 12.223, de 26 de novembro de 1993 D. O. de 20.11.1993.

    *a) (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: a) o registro civil de nascimento;

    *b) (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: b) a certido de bito.

    *4 (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: 4 Nenhum serventurio da Justia, sob pena de responsabilidade, poder receber custas, emo-lumentos ou qualquer tipo de remunerao nos procedimentos intentados por pessoas beneficiadas com assistncia gratuita.

    Art. 9 A Assembleia Legislativa, atravs de comisso especfica, de carter permanente, de ofcio ou vista de representao de paciente, de abuso de po-der cometido por autoridade policial, instaurar procedimento de controle pol-tico, para fazer aplicvel a sano do art. 37, 4, da Constituio da Repblica.Pargrafo nico. No exerccio dessa atividade de controle podem ser adotadas as seguintes medidas, tendentes elucidao dos fatos:I convocar o Secretrio de Estado responsvel pelo assunto em pendncia ou o Comandante-Geral da Polcia Militar;II solicitar o depoimento de qualquer autoridade ou cidado;III examinar o funcionamento de setor pblico sobre problema especfico ou para avaliao de distores que o estejam afetando, verificando a ocorrncia de falhas e ministrando indicaes conclusivas;

  • Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 73 de 1 de dezembro de 2011 || 21

    IV submeter a plenrio, conforme a gravidade do problema ou em face da natureza das medidas, a matria em causa, podendo ser constituda comisso parlamentar de inqurito, caso no estejam configurados, de logo, os elemen-tos elucidativos ao encaminhamento do assunto para os fins contemplados no caput deste artigo;V cientificar o Tribunal de Justia ou o Procurador-Geral da Justia, em caso, respectivamente, de conduta omissiva de magistrado ou de membro do Minis-trio Pblico.

    Art. 10. direito de todos o ensino de 1o e 2o graus, devendo o Estado e os Municpios dar condies ao setor educacional para o alcance desse objetivo.

    *Art. 11. Qualquer cidado, partido poltico, associao ou sindicato de classe parte legtima para denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tri-bunal de Contas do Estado ou Tribunal de Contas dos Municpios, exigir-lhes completa apurao e devida aplicao das sanes legais aos responsveis, ficando a autoridade que receber a denncia ou requerimento de providncias, obrigada a manifestar-se sobre a matria.

    *Redao dada pela Emenda Constitucional n 9, de 16 de dezembro de 1992 D. O. de 22.12.1992.Redao anterior: Art. 11. Qualquer cidado, partido poltico, associao ou sindicato de classe parte legtima para denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas do Estado ou do Conselho de Contas dos Municpios, exigir-lhes completa apurao e devida aplicao das sanes legais aos responsveis, ficando a autoridade que receber a denncia ou requerimento de providncias, obrigada a manifestar-se sobre a matria.

    1 A denncia dever ser instruda com documentos que revelem indcios su-ficientes apurao dos fatos.2 Assiste ao cidado legitimidade para postular, perante os rgos pblicos estaduais ou municipais, a apurao de responsabilidade, em caso de danos ao meio ambiente, conforme o disposto em lei.

    *Art. 12. (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: Art. 12. assegurada aos portadores de deficincia, atravs dos movimentos representativos, a participao na elaborao dos planos estaduais, bem como o acompanhamento de sua execuo.

    *1 (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: 1 Assegura-se o direito representatividade, opinio e parecer sobre assuntos pertinentes s deficincias mltiplas.

    * 2 (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: 2 Todos os assuntos sobre deficientes sero objeto de discusso e parecer dos movimentos representativos da categoria.

    Art. 13. A criao de associaes e, na forma da lei, a de cooperativas, inde-pendem de autorizao, sendo vedada a interferncia estatal em seu funcio-namento.Pargrafo nico. As associaes s podero ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por deciso judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trnsito em julgado.

  • 22 || Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 71 de 18 de janeiro de 2011

    ttulo iiiDA ORGANIZAO ESTADUAL

    Captulo IDISPOSIES GERAIS

    Art. 14. O Estado do Cear, pessoa jurdica de direito pblico interno, exerce em seu territrio as competncias que, explcita ou implicitamente, no lhe sejam vedadas pela Constituio Federal, observados os seguintes princpios:I respeito Constituio Federal e unidade da Federao;II promoo da justia social e extino de todas as formas de explorao e opresso, procurando assegurar a todos uma vida digna, livre e saudvel;*III defesa da igualdade e combate a qualquer forma de discriminao em razo de nacionalidade, condio e local de nascimento, raa, cor, religio, ori-gem tnica, convico poltica ou filosfica, deficincia fsica ou mental, doena, idade, atividade profissional, estado civil, classe social, sexo e orientao sexual;

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: III defesa da igualdade e combate a qualquer forma de discriminao em razo de nacionalidade, condio e local de nascimento, raa, cor, religio, origem tnica, convico poltica ou filo-sfica, deficincia fsica ou mental, doena, idade, atividade profissional, estado civil, classe social e sexo;

    *IV respeito legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficin cia e probidade administrativa;

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: IV respeito legalidade, moralidade e probidade administrativa;

    V colaborao e cooperao com os demais entes que integram a Federao, visando ao desenvolvimento econmico e social de todas as regies do pas e de toda a sociedade brasileira;VI defesa do patrimnio histrico, cultural e artstico;VII defesa do meio ambiente;VIII eficincia na prestao dos servios pblicos, garantida a modicidade das tarifas;*IX desenvolvimento dos servios sociais e programas destinados garantia de habitao digna, com adequada infraestrutura, de educao gratuita em todos os nveis, bem como compatvel atendimento na rea de sade pblica;

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: IX desenvolvimento dos servios sociais e programas para garantir habitao, educao gratuita em todos os nveis e compatvel atendimento na rea de sade pblica de toda a populao, sempre em projees regionais;

    X prestao de assistncia social aos necessitados e defesa dos direitos humanos;XI promoo do livre acesso a fontes culturais e o incentivo ao desenvolvi-mento cientfico, pesquisa e capacitao tecnolgica;XII incentivo ao lazer e ao desporto, prioritariamente, atravs de programas e atividades voltadas populao carente;XIII remunerao condigna e valorizao profissional dos servidores pblicos;XIV respeito autonomia dos Municpios;XV contribuio para a poltica de integrao nacional e de reduo das desigualdades socioeconmicas regionais do Brasil e internamente em seu prprio territrio;

  • Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 73 de 1 de dezembro de 2011 || 23

    *XVI elaborao e execuo de planos estaduais de ordenao do territrio e desenvolvimento socioeconmico, socioambiental e socioespacial, ajustando os delineamentos nacionais s peculiaridades do ambiente estadual;

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: XVI elaborao e execuo de planos estaduais de ordenao do territrio e desenvolvimento econ-mico e social, ajustando os delineamentos nacionais s peculiaridades do ambiente estadual;

    XVII promoo de medidas de carter preventivo sobre o fenmeno das se-cas, utilizando estudos e pesquisas desenvolvidos pelos rgos competentes, nos nveis federal, regional e estadual, repassando os dados aos Municpios, prestando-lhes apoio tcnico e financeiro;XVIII explorao, diretamente ou mediante autorizao, concesso ou per-misso atravs de concorrncia pblica, dos servios de transporte rodovirio intermunicipal de passageiros que no transponham os limites do Estado;XIX prestao de assessoria e apoio financeiro, quando solicitado, aos Mu-nicpios que apresentarem carncia de recursos tcnicos para a elaborao e implantao dos servios pblicos bsicos.*XX o Estado prestar assistncia jurdica integral e gratuita aos que com-provarem insuficincia de recursos.

    * Acrescido pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.

    *Art. 15. So competncias do Estado, exercidas em comum com a Unio, o Distrito Federal e os Municpios:

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: Art. 15. competncia comum do Estado, da Unio e dos Municpios:

    I zelar pela guarda da Constituio, das leis e das instituies democrticas e conservar o patrimnio pblico;II cuidar da sade e assistncia pblica, da proteo e garantia aos portado-res de deficincia;III proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico, artstico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos;IV impedir a evaso, a destruio e a descaracterizao de obra de arte e de outros bens de valor histrico, artstico e cultural;V proporcionar os meios de acesso cultura, educao e cincia;VI proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas;VII preservar as florestas, a fauna e a flora;VIII fomentar a produo agropecuria e organizar o abastecimento alimentar;IX promover programas de construo de moradias e a melhoria das condi-es habitacionais e de saneamento bsico;X combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao, promoven-do a integrao social dos setores desfavorecidos;XI registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direito de pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seu territrio;XII estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana do trnsito.Pargrafo nico. O sistema de cooperao entre as entidades polticas para aplicao das normas previstas neste artigo far-se- em conformidade com lei complementar federal.

  • 24 || Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 71 de 18 de janeiro de 2011

    *Art. 16. O Estado legislar concorrentemente, nos termos do art. 24 da Cons-tituio da Repblica, sobre:

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: Art. 16. O Estado participar, em carter concorrente, da legislao sobre:

    I direito tributrio, financeiro, penitencirio, econmico e urbanstico;II oramento;III juntas comerciais;IV custas dos servios forenses;V produo e consumo;VI florestas, caa, pesca, fauna, conservao da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteo do meio ambiente e controle da poluio;VII proteo do patrimnio histrico, cultural, artstico, turstico e paisagstico;VIII responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico;IX educao, cultura, ensino e desporto;*X criao, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;

    *Os juizados de pequenas causas, atualmente, tm sua nomeclatura como juizados cveis e criminais.

    XI procedimentos em matrias processuais;XII previdncia social, proteo e defesa da sade;XIII assistncia jurdica e defensoria pblica;XIV proteo e integrao social das pessoas portadoras de deficincia;XV proteo infncia, juventude e velhice;XVI organizao, garantias, direitos e deveres das polcias civis.1 A competncia da Unio, em carter concorrente, limitar-se- a estabelecer as normas gerais e, sua falta, no ficar o Estado impedido de exercer ativi-dade legislativa plena.*2 A competncia da Unio para legislar sobre normas gerais no exclui a competncia suplementar dos Estados.

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: 2 A supervenincia de lei federal contrria legislao estadual importar na revogao desta.

    *3 A supervenincia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficcia da Lei Estadual, no que lhe for contrrio.

    * Acrescido pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.

    Art. 17. A cidade de Fortaleza a capital do Estado do Cear e a sede do Governo.*Pargrafo nico. Em caso de eventual mudana do Executivo ou Judicirio, dever esta ser precedida de comunicao Assembleia Legislativa e conse-quente publicao no Dirio Oficial.

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: Pargrafo nico. Os Poderes Estaduais tm sede na capital do Estado e em caso de eventual mudana do Executivo ou Judicirio, dever esta ser precedida de comunicao Assembleia Legislativa e conse-quente publicao no Dirio Oficial.

    Art. 18. So smbolos estaduais a bandeira, o hino e as armas do Cear.

  • Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 73 de 1 de dezembro de 2011 || 25

    *Pargrafo nico. O dia 25 de maro fica estabelecido como data magna do Estado do Cear.

    * Acrecido pela Emenda Constitucional n 73, de 1 de dezembro de 2011 D.O. 06.12.2011.

    Captulo IIDOS BENS

    Art. 19. Incluem-se entre os bens do Estado:I os que atualmente lhe pertencem;II os lagos e os rios em terrenos de seu domnio e os que tm nascente e foz em seu territrio;III as ilhas fluviais, lacustres e as terras devolutas no compreendidas entre os bens da Unio;IV a dvida ativa proveniente de receita no arrecadada;V os que tenham sido ou venham a ser, a qualquer ttulo, incorporados ao seu patrimnio.*1 Exceto nas hipteses previstas nas letras b e c, do inciso V do art. 316, a alienao de bens imveis do Estado depender, em cada caso, de prvia autorizao legislativa; nas alienaes onerosas, salvo os casos especialmente previstos em lei, observar-se- o princpio da licitao, desde que o adquirente no seja pessoa jurdica de direito pblico interno, empresa pblica, sociedade de economia mista ou fundao pblica; a lei dispor sobre as concesses e permisses de uso de bens mveis e imveis do Estado.

    *Redao dada pela Emenda Constitucional n 26, de 6 de agosto de 1996 D. O. de 19.8.1996.Redao anterior: 1 A alienao de bens imveis do Estado depender, em cada caso, de prvia autorizao legislativa; nas alienaes onerosas, salvo os casos especialmente previstos em lei, observar-se- o princpio da licitao, desde que o adquirente no seja pessoa jurdica de direito pblico interno, empresa pblica, sociedade de economia mista ou fundao pblica; a lei dispor sobre as concesses e permisses de uso de bens mveis e imveis do Estado.

    2 Os bens pblicos estaduais so impenhorveis, no podendo, ainda, ser objeto de arresto ou qualquer medida de apreenso judicial, ressalvada a hip-tese de que trata o 2, do art. 100 da Constituio da Repblica.

    *Art. 20. vedado ao Estado:* Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: Art. 20. vedado ao Estado e aos Municpios:

    I recusar f aos documentos pblicos;II estabelecer qualquer tipo de discriminao ou privilgios entre cidados brasileiros;III fazer concesses de isenes fiscais, bem como prescindir de receitas, sem que haja notrio interesse pblico;IV subvencionar cultos religiosos ou igrejas, ou dificultar-lhes seu funciona-mento;*V atribuir nome de pessoa viva avenida, praa, rua, logradouro, ponte, reservatrio de gua, viaduto, praa de esporte, biblioteca, hospital, materni-dade, edifcio pblico, auditrios, cidades e salas de aula.

    *Arguda a inconstitucionalidade na ADIN n 307-1, aguardando julgamento do mrito. Ver ADIN 307-1 no Anexo I.

  • 26 || Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 71 de 18 de janeiro de 2011

    *Art. 21. Ao Estado do Cear cabe explorar diretamente, ou mediante conces-so, na forma da lei, os servios de gs canalizado em seu territrio, includo o fornecimento direto a partir de gasodutos de transporte, de maneira a atender s necessidades dos setores industrial, domiciliar, comercial, automotivo e ou-tros.

    *Redao dada pela Emenda Constitucional n 32, de 14 de outubro de 1997 D.O. de 22.10.1997.Redao anterior: Art. 21. Ao Estado do Cear cabe explorar diretamente, mediante empresa estadual, com exclu-sividade de distribuio, os servios locais de gs canalizado.

    Pargrafo nico. Os servios de transporte coletivo devem utilizar, preferen-cialmente, o gs canalizado, referido no caput deste artigo.

    Art. 22. assegurada, nos termos da lei, ao Estado e aos Municpios, a par-ticipao do resultado da explorao de petrleo e gs natural, de recursos hdricos, para fins de gerao de energia e de outros recursos minerais no res-pectivo territrio, plataforma continental, mar territorial ou zona econmica ex-clusiva, ou compensao financeira por essa explorao.

    Art. 23. As praias so bens pblicos de uso comum, inalienveis e destinadas perenemente utilidade geral dos seus habitantes, cabendo ao Estado e a seus Municpios costeiros compartilharem das responsabilidades de promover a sua defesa e impedir, na forma da lei estadual, toda obra humana que as possam desnaturar, prejudicando as suas finalidades essenciais, na expresso de seu patrimnio natural, histrico, tnico e cultural, incluindo, nas reas de praias:I recursos naturais, renovveis ou no renovveis;II recifes, parcis e bancos de algas;III restingas e dunas;IV florestas litorneas, manguezais e pradarias submersas;V stios ecolgicos de relevncia cultural e demais unidades de preservao permanente;VI promontrios, costes e grutas marinhas;VII sistemas fluviais, esturios e lagunas, baas e enseadas;VIII monumentos que integram o patrimnio natural, histrico, paleontolgi-co, espeleolgico, tnico, cultural e paisagstico.Pargrafo nico. Entende-se por praia a rea coberta e descoberta periodica-mente pelas guas martimas, fluviais e lacustres, acrescidas da faixa de mate-rial detrtico, tal como areias, cascalhos, seixos e pedregulhos, at o limite onde se inicie a vegetao natural ou outro ecossistema, ficando garantida uma faixa livre, com largura mnima de trinta e trs metros, entre a linha da mar mxima local e o primeiro logradouro pblico ou imvel particular decorrente de lote-amento aprovado pelo Poder Executivo Municipal e registrado no Registro de Imveis do respectivo Municpio, nos termos da lei.

  • Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 73 de 1 de dezembro de 2011 || 27

    *Art. 24. O Estado, respeitada a Lei Federal, e seus Municpios costeiros, res-peitadas as Leis Federal e Estadual, devero elaborar planos, convertidos em leis, que definiro as diretrizes de gerenciamento costeiro e de meio ambiente, velando por sua execuo.

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: Art. 24. Incumbe ao Estado e aos seus Municpios costeiros manter, cada um em sua esfera or-ganizacional, rgo especializado, sintonizado com as diretrizes federais, promovendo a elaborao de plano, a ser convertido em lei, e velar por sua execuo.

    *1 Os planos compreendero as seguintes matrias:* Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: 1 O plano definir as diretrizes de gerenciamento costeiro e defesa do ambiente, compreen-dendo:I urbanizao;II ocupao, uso do solo, do subsolo e das guas;III restingas e dunas;IV atividades produtivas;V habitao e saneamento bsico;VI turismo, recreao e lazer.

    2 Os processos concernentes aos incisos precedentes devem tramitar pelos rgos estaduais e municipais indicados, sem prejuzo da audincia obrigat-ria dos rgos pblicos federais que compartilham das responsabilidades da rea costeira.3 Qualquer infrao determinar imediata medida de embargo, com lavratu-ra dos autos correspondentes, para aplicao das sanes legais cabveis nas esferas administrativas, civil e penal.

  • 28 || Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 71 de 18 de janeiro de 2011

    ttulo iVDO MUNICPIO

    Captulo IDISPOSIES GERAIS

    *Art. 25. O Estado do Cear se constitui de Municpios, politicamente autno-mos, nos termos previstos na Constituio da Repblica.

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: Art. 25. A estrutura organizacional do Estado do Cear constituda por Municpios, politicamen-te autnomos, nas latitudes previstas na Constituio da Repblica e nesta Constituio.

    *Art. 26. O Municpio reger-se- por Lei Orgnica, votada em dois turnos, com interstcio mnimo de dez dias, e aprovada por dois teros dos membros da Cmara Municipal, que a promulgar, atendidos os princpios estabelecidos nesta Constituio e na Constituio Federal.

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: Art. 26. O Municpio reger-se- por sua prpria Lei Orgnica e leis ordinrias que adotar, respei-tados os princpios estabelecidos nesta Constituio e na Constituio Federal.

    Art. 27. A Lei Orgnica elaborada e promulgada pela Cmara Municipal, aps aprovao em dois turnos, com interstcio mnimo de dez dias, por maioria de dois teros de seus membros.Pargrafo nico. As alteraes na Lei Orgnica esto sujeitas s mesmas formalidades previstas no caput deste artigo, sendo incorporadas mediante emendas em ordem numrica crescente.

    Art. 28. Compete aos Municpios:I legislar sobre assuntos de interesse local;II suplementar a legislao federal e estadual, no que couber;III instituir e arrecadar os tributos de sua competncia, bem como aplicar suas rendas, sem prejuzo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar ba-lancetes nos prazos fixados em lei;IV organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso e ou permis-so, os servios pblicos de interesse local, includo o de transporte coletivo, que tem carter essencial;V manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, pro-gramas de educao pr-escolar e de ensino fundamental;VI prestar, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, ser-vios de atendimento sade da populao;VII promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupao do solo urba-no;VIII criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislao estadual;IX promover a proteo do patrimnio histrico-cultural local, observada a legislao e a ao fiscalizadora federal e estadual;

  • Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 73 de 1 de dezembro de 2011 || 29

    X dar ampla publicidade a leis, decretos, editais e demais atos administrati-vos, atravs dos meios de que dispuser.*Pargrafo nico. Os preos dos servios, de que trata o inciso IV, do art. 28, sero fixados por uma comisso municipal, encarregada da poltica de tarifas e qualidades dos servios prestados pelo transporte coletivo urbano, que ser composta por representantes:

    *Acrescido pela Emenda Constitucional n 13, de 7 de abril de 1994 D. O. de 13.4.1994. Concessionrios ou Permissionrios; Trabalhadores; Estudantes; Cmara Municipal; Secretrio de Transporte Coletivo.

    *Art. 29. As divulgaes oficiais, pelos Municpios, para conhecimento coleti-vo, devem ficar circunscritas a matrias de carter educativo, informativo ou de orientao social, vedada a promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos.

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: Art. 29. As divulgaes oficiais devem ficar circunscritas a matrias de significao relevante para conhecimento coletivo, com carter educativo, informativo ou de orientao social, vedada a promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos.

    *Art. 30. Constitui encargo das administraes municipais transportar da zona rural para a sede do Municpio, ou para o Distrito mais prximo, alunos caren-tes, matriculados a partir da 5 srie do 1 grau.

    *Suspenso por medida cautelar deferida pelo STF na ADIN n 307-1, aguardando julgamento do mrito. Ver ADIN 307-1 no Anexo I.

    *Art. 31. A criao, a incorporao, a fuso e o desmembramento de Muni-cpios, far-se-o por lei estadual e dependero de consulta prvia, mediante plebiscito, s populaes dos Municpios envolvidos, aps divulgao dos Es-tudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: *Art. 31. Nenhum Municpio ser criado sem a verificao da existncia na respectiva rea territo-rial dos requisitos relacionados com a populao, densidade eleitoral, infraestrutura, renda, ou potencial econmico e demais critrios estabelecidos em Lei Complementar.*Redao dada pela Emenda Constitucional n 3, de 15 de agosto de 1991 D. O. de 21.8.1991.*Ver Lei Complementar n 1, de 5 de novembro de 1991 D. O. de 12.11.1991.Redao anterior: Art. 31. Nenhum Municpio ser criado sem a verificao da existncia na respectiva rea terri-torial dos seguintes requisitos: I populao superior a cinco mil habitantes; II eleitorado no inferior a vinte por cento de sua populao; III centro urbano j constitudo, com nmero de prdios superior a cento e cinquenta, possuindo infraestrutura mnima, como seja, eletrificao na sede, grupo escolar e condies para instalao da Prefeitura e Cmara Municipal; IV distrito devidamente constitudo perante a lei.

    *Art. 32. O Estado e os Municpios atuaro conjuntamente nas microrregies, nas aglomeraes urbanas e nas regies metropolitanas visando integrar, arti-cular e compatibilizar as aes governamentais, com base:

    *Redao dada pela Emenda Constitucional n 62, de 22 de abril de 2009 Dirio Oficial n 27.04.09.Redao anterior: Art. 32. O Estado e os Municpios atuaro conjuntamente, nas microrregies, na regio metropo-litana e nas aglomeraes urbanas, para ordenar as aes governamentais, assim configuradas:

    *I no planejamento e na gesto do desenvolvimento urbano, local e regional sustentvel e participativo;

    *Redao dada pela Emenda Constitucional n 62, de 22 de abril de 2009 Dirio Oficial n 27.04.09.Redao anterior: I planejamento e disciplinamento urbano fsico e social;

  • 30 || Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 71 de 18 de janeiro de 2011

    II compatibilizao de planos, programas e projetos; III articulao do sistema virio em que se inserem os Municpios.

    *Art. 33. O nmero de Vereadores ser proporcional populao do Municpio, observados os limites estabelecidos na Constituio Federal.

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: *Art. 33. A remunerao de Vereador s Cmaras Municipais do Interior do Estado do Cear, ser fixada pelas prprias Cmaras Municipais, em cada Legislatura, para a subsequente, podendo ser com base na remunerao do Prefeito ou na receita oramentria efetivamente arrecadada, no podendo exceder, para cada Vereador, 30% (trinta por cento) do que perceber o Prefeito Municipal, e/ou ultrapassar para todos os Vereadores do Municpio a 4% (quatro por cento) de sua receita oramentria, em nenhum dos casos ultrapassar a 25% (vinte e cinco por cento) do que perceber a qualquer ttulo o Deputado Estadual.*Redao dada pela Emenda Constitucional n 6, de 13 de dezembro de 1991 D. O. de 19.12.1991; *Revogados os pargrafos 1 e 2 pela Emenda Constitucional n 16/94, de 13 de abril de 1994 D. O. de 22.12.1994.Redao anterior: Art. 33. Os subsdios dos Vereadores s Cmaras Municipais do interior do Estado, abrangendo a representao parlamentar no podem exceder a trinta por cento da remunerao dos respectivos Prefeitos muni-cipais. 1. Aos Vereadores fica assegurada a faculdade de contriburem para o rgo de previdncia estadual, na mesma base percentual dos seus servidores pblicos; 2. Lei complementar estadual regulamentar a concesso de aposentadoria ou penso aos Vereadores. (Nesta redao h a ADIN n 307-1 que suspende a sua vigncia, vide ADIN 307-1 no Anexo I).

    Captulo IIDA CMARA MUNICIPAL

    Art. 34. Compete Cmara Municipal:I legislar sobre matrias do peculiar interesse do Municpio;II deliberar sobre a realizao de referendo, destinado a todo o seu territrio ou limitado a distritos, bairros ou aglomerados urbanos;III fixar os seus tributos;IV elaborar o seu sistema oramentrio, compreendendo:a) plano plurianual;b) lei de diretrizes oramentrias;c) oramento anual.V representar contra irregularidades administrativas;VI exercer controle poltico da administrao;VII dar curso iniciativa popular que seja regularmente formulada, relativa s cidades e aos aglomerados urbanos e rurais;VIII celebrar reunies com comunidades locais;IX convocar autoridades municipais para prestarem esclarecimentos;X requisitar dos rgos executivos informaes pertinentes aos negcios ad-ministrativos;XI apreciar o veto a projeto de lei emanado do Executivo, podendo rejeit-lo por maioria absoluta de votos;XII fazer-se representar, singularmente, por Vereadores das respectivas for-as polticas majoritrias e minoritrias, nos conselhos das microrregies ou regio metropolitana;XIII compartilhar com outras Cmaras Municipais de proposta de emenda Constituio Estadual;

  • Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 73 de 1 de dezembro de 2011 || 31

    XIV emendar a Lei Orgnica do Municpio, com observncia do requisito da maioria de dois teros, com aprovao em dois turnos;XV ingressar perante os rgos judicirios competentes com procedimentos para a preservao ou reivindicao dos interesses que lhe so afetos;XVI deliberar sobre a adoo do plano diretor, com audincia, sempre que necessrio, de entidades comunitrias;XVII exercer atividade de fiscalizao administrativa e financeira.

    Art. 35. Os recursos correspondentes s dotaes oramentrias, destinados s Cmaras Municipais, sero entregues at o dia vinte de cada ms.1 As Cmaras Municipais tero organizao contbil prpria, devendo pres-tar contas ao Plenrio dos recursos que lhes forem consignados, respondendo os seus membros por qualquer ilcito em sua aplicao.2 Aplicam-se aos balancetes mensais e s prestaes de contas anuais das Cmaras Municipais todos os procedimentos e dispositivos previstos para ma-trias correspondentes relacionadas com o Poder Executivo Municipal.*3 As Cmaras Municipais funcionaro em prdio prprio ou pblico, inde-pendente da sede do Poder Executivo.

    *Arguda a inconstitucionalidade na ADIN n 307-1, aguardando julgamento do mrito. Ver ADIN 307-1 no Anexo I.

    *4 Os Vereadores devero enviar anualmente declarao de seus bens, dos bens de seus cnjuges e dos descendentes at o primeiro grau ou por adoo, ao Tribunal de Contas dos Municpios que adotar as providncias cabveis em caso de suspeita de enriquecimento ilcito ou outras irregularidades.

    *Acrescido pela Emenda Constitucional n 49, de 4 de abril de 2002 D. O. de 11.4.2002.

    *5 As declaraes de bens a que se refere o pargrafo anterior devero ser publicadas no Dirio Oficial do Estado e postas disposio de qualquer inte-ressado, mediante requerimento devidamente justificado.

    *Acrescido pela Emenda Constitucional n 49, de 4 de abril de 2002 D. O. de 11.4.2002.

    Art. 36. Os Vereadores, na circunscrio de seus Municpios, gozam de inviola-bilidade por suas opinies, palavras e votos no exerccio do mandato.

    Captulo IIIDO EXECUTIVO MUNICIPAL

    Art. 37. O Prefeito o chefe do Executivo Municipal.1 O Prefeito e o Vice-Prefeito sero eleitos mediante sufrgio direto, secreto e universal, em pleito simultaneamente realizado, em todo o Pas, at noventa dias antes do trmino dos mandatos daqueles a que devam suceder.2 Em caso de Municpios com mais de duzentos mil eleitores, aplicar-se-o as regras do art. 77 da Constituio Federal.3 Os mandatos de Prefeito e Vice-Prefeito sero de quatro anos e a posse verificar-se- em 1 de janeiro do ano subsequente eleio.

  • 32 || Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 71 de 18 de janeiro de 2011

    4 Perder o mandato o Prefeito que assumir outro cargo ou funo na adminis-trao pblica direta ou indireta, ressalvada a investidura decorrente de concurso pblico, observado o disposto no art. 38, I, IV e V da Constituio da Repblica.5 O Prefeito ser julgado perante o Tribunal de Justia.*6 A remunerao do Prefeito composta de subsdio e representao, fi-xada pela Cmara Municipal, cujo total no poder exceder a um quinto, um tero, dois quintos, metade e quatro quintos da remunerao do Governador para Municpios com populao, respectivamente, igual ou inferior a quinze mil, quarenta mil, setenta mil, quinhentos mil e acima de quinhentos mil habi-tantes, observados os dados populacionais mais recentes fornecidos pela Fun-dao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica.

    *Arguda a inconstitucionalidade na ADIN n 307-1,aguardando julgamento do mrito. Ver ADIN n 307-1 no Anexo I.*Ver artigo 2 da Emenda Constitucional Federal n 19, de 4.6.1998 D. O. U. de 5.6.1998.

    *7 Os valores dos subsdios e da representao do Prefeito, a serem fixados pela Cmara Municipal, sero reajustados na data e na razo dos aumentos concedidos ao Governador do Estado.

    *Arguda a inconstitucionalidade na ADIN n 307-1, aguardando julgamento do mrito. Ver ADIN n 307-1 no Anexo I.*Ver artigo 2 da Emenda Constitucional Federal n 19, de 4.6.1998 D. O. U. de 5.6.1998.

    *8 Se a Cmara Municipal no fixar os valores do subsdio e representao do Prefeito, prevalecero os limites previstos no pargrafo anterior.

    *Arguda a inconstitucionalidade na ADIN n 307-1, aguardando julgamento do mrito. Ver ADIN 307-1 no Anexo I.*Ver artigo 2 da Emenda Constitucional Federal n 19, de 4.6.1998 D. O. U. de 5.6.1998.

    *9 O Prefeito no pode ausentar-se do Municpio, por tempo superior a dez dias, sem prvia licena da Cmara Municipal, sujeito perda do cargo.

    *Arguda a inconstitucionalidade na ADIN n 307-1, aguardando julgamento do mrito. Ver ADIN n 307-1 no Anexo I.

    *10 Os Prefeitos e Vice-Prefeitos devero enviar anualmente declarao de seus bens, dos bens de seus cnjuges e dos descendentes at o primeiro grau ou por adoo, ao Tribunal de Contas dos Municpios que adotar as providncias ca-bveis em caso de suspeita de enriquecimento ilcito ou outras irregularidades.

    *Acrescido pela Emenda Constitucional n 49, de 4 de abril de 2002 D. O. de 11.4.2002.

    *11. As declaraes de bens a que se refere o pargrafo anterior devero ser publicadas no Dirio Oficial do Estado e postas disposio de qualquer inte-ressado, mediante requerimento devidamente justificado.

    *Acrescido pela Emenda Constitucional n 49, de 4 de abril de 2002 D. O. de 11.4.2002.

    Art. 38. As competncias dos Prefeitos devem constar da Lei Orgnica do Mu-nicpio, includas, dentre outras, as seguintes:I representar o Municpio;II apresentar projetos de lei Cmara Municipal;III sancionar e promulgar as leis aprovadas pela Cmara Municipal;IV apor veto, total ou parcial, a projetos de lei, por razes de convenincia, oportunidade ou inconstitucionalidade;V prover os cargos pblicos na forma da lei;VI elaborar os projetos:a) do plano plurianual;b) da lei de diretrizes oramentrias;c) do oramento anual.

  • Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 73 de 1 de dezembro de 2011 || 33

    *VII participar, com direito a voto, dos rgos colegiados que compem o sistema de gesto da regio metropolitana, das aglomeraes urbanas e mi-crorregies a que estiver vinculado o Municpio.

    *Ver Lei Complementar n 18 de 29 de dezembro de 1999 D. O. 29.12.1999, alterada pela Lei Complementar n 34, de 21 de maio de 2003 D. O. 23.5.2003.

    1 Ao Vice-Prefeito compete substituir o titular nas ausncias e suceder-lhe em caso de vaga, representar o Municpio e exercer outras atividades por dele-gao do Prefeito, auxiliando-o em diferentes misteres poltico-administrativos.*2 (revogado).

    *Revogado pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009..Redao anterior: *2 O Vice-Prefeito, ocupante de cargo ou emprego no Estado ou Municpio, ficar, automatica-mente, disposio da respectiva municipalidade, enquanto perdurar a condio de Vice-Prefeito, sem prejuzo dos salrios e demais vantagens junto sua instituio de origem.*Arguda a inconstitucionalidade na ADIN n 143-4 a qual foi julgada extinta pelo STF. Ver ADIN n 143-4 no Anexo I.

    *3 Ao Vice-Prefeito ser assegurado representao equivalente a dois teros da remunerao atribuda ao Prefeito, cabendo-lhe, quando no exerccio deste cargo, por mais de quinze dias, a remunerao integral assegurada ao titular efetivo do cargo.

    *Redao dada pela Emenda Constitucional n 14, de 7 de abril de 1994 D. O. de 13.4.1994.Redao anterior: 3. Ao Vice-Prefeito ser assegurado vencimento no superior a dois teros do atribudo ao Prefeito, cabendo-lhe quando no exerccio deste cargo, por mais de quinze dias, o vencimento integral assegurado ao titular efetivo do cargo.

    Captulo IVDA INTERVENO NO MUNICPIO

    Art. 39. O Estado no intervir no Municpio, exceto quando:I deixar de ser paga, sem motivo de fora maior, por dois anos consecutivos, a dvida fundada;II no forem prestadas contas devidas, na forma da lei;III no tiver sido aplicado o mnimo exigido da receita municipal na manuten-o e desenvolvimento do ensino;IV o Tribunal de Justia der provimento a representao para assegurar a observncia de princpios indicados na Constituio Estadual ou para prover a execuo de lei, ordem ou deciso judicial.

    Art. 40. A interveno far-se- mediante decreto do Governador, submetido ao referendo da Assembleia Legislativa, por maioria absoluta de votos em escru-tnio secreto.*1 O pedido de interveno encaminhado pelo Tribunal de Contas dos Mu-nicpios ou mediante solicitao da Cmara Municipal, aprovada pelo voto da maioria absoluta de seus membros, ser feito conforme representao funda-mentada ao Governador do Estado.

    *Arguda a inconstitucionalidade na ADIN n 1000-0 a qual, no mrito, o STF desconheceu da ao e suspendeu a liminar anteriormente deferida. Ver ADIN 1000-0 no Anexo I.*Redao dada pela Emenda Constitucional n 9, de 16 de dezembro de 1992 D. O. de 22.12.1992.Redao anterior: 1 O pedido de interveno encaminhado pelo Conselho de Contas dos Municpios ou mediante solicitao da Cmara Municipal, aprovada pelo voto da maioria absoluta de seus membros ser feito conforme representao fundamentada, ao Governador do Estado.

  • 34 || Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 71 de 18 de janeiro de 2011

    2 O decreto de interveno, que especificar a amplitude, o prazo e as condi-es de execuo e que, se couber, designar o interventor, ser submetido apreciao da Assembleia Legislativa no prazo de vinte e quatro horas.*3 Em caso de rejeio do nome indicado, o Executivo dispor de vinte e quatro horas para indicar outro nome.

    *Arguda a inconstitucionalidade na ADIN n 143-4 a qual foi julgada extinta pelo STF. Ver ADIN n 143-4 no Anexo I.

    4 Se no estiver funcionando a Assembleia Legislativa, far-se- a convocao extraordinria no mesmo prazo de vinte e quatro horas.5 Na hiptese do art. 39, IV, dispensada a apreciao pela Assembleia Le-gislativa, limitar-se- o decreto a suspender a execuo do ato impugnado, se essa medida for suficiente ao restabelecimento da normalidade.6 Em caso de solicitao pelo Poder Judicirio, nos termos da Constituio, a interveno dever limitar-se a dar garantia ao dos rgos judicirios.7 Cessados os motivos da interveno, as autoridades afastadas de seus cargos a esses retornaro, no prazo mximo de trinta dias, salvo impedimento legal.

    Captulo VDA FISCALIZAO FINANCEIRA

    *Art. 41. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria e patrimonial dos Municpios far-se- na forma disciplinada por suas respectivas Leis Orgnicas e os princpios desta Constituio.

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: *Art. 41. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial do Municpio e das entidades da administrao direta e indireta, quanto legitimidade, legalidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncias de receitas, ser exercida pela Cmara Municipal, na forma da Lei, e pelo sistema de controle interno de poder.*Redao dada pela Emenda Constitucional n 36, de 30 de junho de 1998 D. O. 13.7.1998.Redao anterior: Art. 41. A fiscalizao financeira e oramentria dos Municpios ser exercida pela Cmara e pelos sistemas de controle interno do Executivo Municipal, na forma da lei.

    *1 O controle externo da Cmara de Vereadores ser exercido com auxlio do Tribunal de Contas dos Municpios.

    *Renumerado pela Emenda Constitucional n 36, de 30 de junho de 1998 D. O. 13.7.1998

    *2 A fiscalizao, de que trata o pargrafo anterior, ser realizada mediante tomada ou prestao de contas de governo, de responsabilidade do Chefe do Executivo e de gesto, a cargo dos ordenadores de despesa.

    *Acrescido pela Emenda Constitucional n 36, de 30 de junho de 1998 D. O. 13.7.1998

    * 3 O controle interno relativo aos atos e fatos da gesto oramentria, finan-ceira e patrimonial, ser regulamentada por lei municipal.(NR)

    *Redao dada pela Emenda Constitucional n 47, de 13 de dezembro de 2001 D. O. 26.12.2001.Redao anterior: (EC n 36) 3 O controle interno relativo aos atos e fatos administrativos da gesto oramentria, financeira e patrimonial, e a formalizao do processo de prestao de contas de governo e de gesto ser regula-mentado por lei municipal.

    *4 Prestar contas qualquer pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, inclusive fundos e instituies civis sem fins lucrativos, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores pblicos ou pelos quais os Municpios respondam, ou que, em nome destes, assuma obrigaes de na-tureza pecuniria.

    * Acrescido pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.

  • Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 73 de 1 de dezembro de 2011 || 35

    *Art. 42. Os Prefeitos Municipais so obrigados a enviar s respectivas Cma-ras e ao Tribunal de Contas dos Municpios, at o dia 30 do ms subsequente, as prestaes de contas mensais relativas aplicao dos recursos recebidos e arrecadados por todas as Unidades Gestoras da administrao municipal, mediante Sistema Informatizado, e de acordo com os critrios estabelecidos pelo Tribunal de Contas dos Municpios, e composta, ainda, dos balancetes demonstrativos e da respectiva documentao comprobatria das receitas e despesas e dos crditos adicionais.(NR)

    *Redao dada pela Emenda Constitucional n 47, de 13 de dezembro de 2001 D. O. 26.12.2001.Redao anterior: (EC n 9) Art. 42. Os Prefeitos municipais so obrigados a enviar s respectivas Cmaras Muni-cipais e ao Tribunal de Contas dos Municpios, at o dia 30 do ms subsequente, os balancetes mensais relativos aplicao dos recursos recebidos e arrecadados por todas as Unidades Gestoras da Administrao Municipal, acom-panhadas da documentao comprobatria das receitas e das despesas e dos crditos adicionais. Nesta redao havia uma arguio de Inconstitucionalidade atravs da ADIN n 1780-0 a qual foi julgada extinta sem apreciao do mrito Ver deciso na ADIN n 1780-0 no Anexo I.

    *1 A inobservncia do disposto neste artigo, implicar a proibio para rea-lizar novos convnios e contratos com o Governo Estadual e na suspenso das transferncias de receitas voluntrias do Estado para os municpios infratores, sem prejuzo das demais sanes previstas na legislao vigente, ressalvada a hiptese do 1 H deste artigo.

    *Redao dada pela Emenda Constitucional n 64, de 15 de julho de 2009 D.O. de 22.07.09. Redao anterior: *1 A inobservncia do disposto neste artigo, implicar a proibio para realizar novos conv-nios e contratos com o Governo Estadual e na suspenso das transferncias de receitas voluntrias do Estado para os municpios infratores, sem prejuzo das demais sanes previstas na legislao vigente. (NR)*Redao dada pela Emenda Constitucional n 47 de 13 de dezembro de 2001 D. O. 26.12.2001.Redao anterior: 1 A no observncia do disposto neste artigo constitui crime de responsabilidade. (Esta reda-o havia sido suspensa por medida cautelar deferida pelo STF na ADIN n 307-1, aguardando julgamento do mrito. Ver ADIN n 307-1, Anexo I).

    *1A Os agentes responsveis por dinheiro, bens e valores pblicos da Ad-ministrao Municipal Indireta, includas as Fundaes e Sociedades institu-das pelo poder pblico, bem como os Presidentes das Cmaras Municipais, devero, tambm no prazo definido no caput deste artigo, remeter prestaes de contas mensais, de acordo com os critrios estabelecidos no mesmo dispo-sitivo.

    *Acrescido pela Emenda Constitucional n 47, de 13 de dezembro de 2001 D. O. 26.12.2001.

    *1B As prestaes de Contas mensais relativas aplicao dos recursos des-tinados aos Fundos Especiais bem como as suas respectivas Prestaes de Contas anuais, devero ser enviadas, separadamente, das demais Unidades Gestoras, respeitadas as disposies do Inciso II do art. 71 da Constituio Federal e inciso II, do art. 78, da Constituio Estadual.

    *Acrescido pela Emenda Constitucional n 47, de 13 de dezembro de 2001 D. O. 26.12.2001.

    *1C As Prestaes de Contas referentes ao FUNDEB, devero ser enviadas, tambm, dentro do mesmo prazo, ao respectivo Conselho Municipal de acom-panhamento da aplicao dos recursos do FUNDEB.

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: *1C As Prestaes de Contas referidas no pargrafo anterior, no que diz respeito ao FUNDEF, devero ser enviadas, tambm, dentro do mesmo prazo, ao respectivo Conselho Municipal de Acompanhamento Social.*Acrescido pela Emenda Constitucional n 47, de 13 de dezembro de 2001 D. O. 26.12.2001.

  • 36 || Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 71 de 18 de janeiro de 2011

    *1D O Conselho Municipal de Acompanhamento Social do FUNDEB, ao detec-tar irregularidades na aplicao dos recursos do Fundo, dever comunicar o fato ao Tribunal de Contas dos Municpios e este adotar as providncias cabveis.

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: *1D O Conselho Municipal de Acompanhamento Social do FUNDEF, ao detectar irregularidades na aplicao dos recursos do Fundo, dever comunicar o fato ao Tribunal de Contas dos Municpios e este adotar as providncias cabveis.*Acrescido pela Emenda Constitucional n 47, de 13 de dezembro de 2001 D. O. 26.12.2001.

    *1E O Tribunal de Contas dos Municpios poder, a qualquer tempo, requi-sitar das Prefeituras, das Cmaras, suas unidades gestoras e aos demais r-gos e entidades da administrao direta e indireta, includas as fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo poder pblico municipal, quaisquer documentos e demonstrativos contbeis relativos aplicao dos recursos re-cebidos e arrecadados.

    * Redao dada pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: *1-E O Tribunal de Contas dos Municpios poder, a qualquer tempo, solicitar s Prefeituras e Cmaras Municipais, suas Unidades Gestoras e aos demais rgos e entidades da Administrao Direta e Indireta, includas as Fundaes e Sociedades institudas e mantidas pelo poder pblico municipal, quaisquer documentos e demonstrativos contbeis relativos aplicao dos recursos recebidos e arrecadados.*Acrescido pela Emenda Constitucional n 47, de 13 de dezembro de 2001 D. O. 26.12.2001.

    *1F. (revogado).* Revogado pela Emenda Constitucional n 65, de 16 de setembro de 2009 D.O. 24.09.2009.Redao anterior: *1F As Prefeituras, Cmaras Municipais e demais rgos e Entidades da Administrao Direta, Indireta includas as Fundaes e Sociedades institudas e mantidas pelo poder pblico municipal, bem como os Fun-dos Especiais, tero o prazo de 3 (trs) meses para se adequarem aos critrios estabelecidos no caput deste Artigo.*Acrescido pela Emenda Constitucional n 47, de 13 de dezembro de 2001 D. O. 26.12.2001.

    *1G Recebida a prestao de contas de que trata o caput deste artigo, o TCM emitir relatrios quadrimestrais, os quais sero enviados para os respectivos Gestores e disponibilizados para qualquer contribuinte quando solicitados.

    *Acrescido pela Emenda Constitucional n 47, de 13 de dezembro de 2001 D. O. 26.12.2001.

    *1 H. A inadimplncia de que trata o 1 do art. 42, ser suspensa, sem qual-quer ressalva, e certificada pelo Tribunal de Contas dos Municpios expressa-mente, caso a nova gesto municipal mantiver-se adimplente com todas as suas obrigaes de prestaes de contas, relativas s competncias de seu mandato, e tiver comprovado perante o Tribunal de Contas dos Municpios, o ajuizamento de ao para apurar as responsabilidades pelo descumprimento daquelas obrigaes de prestao de contas devidas por seus antecessores, ressalvando-se os casos em que o gestor municipal seja reeleito.

    *Acrescido pela Emenda Constitucional n 64, de 15 de julho de 2009 D.O. 22.07.09.

    *2 O parecer prvio do Tribunal de Contas dos Municpios sobre as contas que o Prefeito deve prestar anualmente, s deixar de prevalecer por deciso de dois teros dos membros da Cmara Municipal, a qual, no prazo mximo de dez dias aps o julgamento, comunicar o resultado ao TCM.

    *Redao dada pela Emenda Constitucional n 47, de 13 de dezembro de 2001 D. O. de 26.12.2001.Redao anterior: (EC n 29) 2 O parecer prvio do Tribunal de Contas dos Municpios sobre as contas que o Prefeito deve prestar anualmente, s deixar de prevalecer por deciso de dois teros dos membros da Cmara Municipal, a qual, no prazo mximo de dez dias aps o julgamento, comunicar o resultado ao TCM. (Nesta redao havia a ADIN n 1780 a qual joi julgada extinta sem julgamento do mrito pelo STF. Ver ADIN n 1780 no Anexo I).

  • Constituio do Estado do Cear Atualizada at a Emenda Constitucional No 73 de 1 de dezembro de 2011 || 37

    *2A A Cmara Municipal disciplinar sobre os prazos para apresentao de defesa quanto ao julgamento das prestaes de contas do Executivo Munici-pal.

    *Acrescido pela Emenda Constitucional n 47, de 13 de dezembro de 2001 D. O. 26.12.2001.

    *3 O controle interno relativo aos atos e fatos da gesto oramentria, finan-ceira e patrimonial, ser regulamentada por lei municipal.(NR)

    *Redao dada pela Emenda Constitucional n 47 de 13 de dezembro de 2001 D. O. 26.12.2001.Redao anterior: (EC n 29) 3 A apreciao das contas do Prefeito se dar no prazo de trinta dias aps o recebi-mento do parecer prvio do Tribunal de Contas ou, estando a cmara em recesso, durante o primeiro ms da sesso legislativa imediata. (Nesta redao havia a ADIN n 1780 a qual joi julgada extinta sem julgamento do mrito pelo STF.Ver ADIN 1780 no Anexo I).

    *I desaprovadas as contas anuais pela Cmara, o Presidente desta, no prazo de dez dias, sob pena de responsabilidade, remeter cpia autntica dos autos ao Ministrio Pblico, para os fins legais

    *Alterado pela Emenda Constitucional n 47, de 13 de dezembro de 2001 D. O. de 26.12.2001.Redao anterior: (EC n 29) I desaprovadas as contas anuais pela Cmara, o Presidente desta, no prazo de dez dias, sob pena de responsabilidade, remeter cpia autntica dos autos ao Ministrio Pblico para os fins legais.

    *II no caso de omisso do Presidente da Cmara na remessa da cpia previs-ta no inciso anterior, caber ao Tribunal de Contas dos Municpios comunicar a desaprovao das contas ao Ministrio Pblico.

    *Redao dada pela Emenda Constitucional n 47, de 13 de dezembro de 2001 D. O. de 26.12.20