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1 Consolidação das Normas Gerais da Corregedoria-Geral da Justiça - Foro Extrajudicial CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO Desembargadora MARIA APARECIDA RIBEIRO Corregedora-Geral da Justiça Gestão 2017-2018

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  • 1

    Consolidao das Normas Gerais da Corregedoria-Geral da Justia -

    Foro Extrajudicial

    CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIA DO ESTADO DE MATO GROSSO

    Desembargadora MARIA APARECIDA RIBEIRO

    Corregedora-Geral da Justia

    Gesto 2017-2018

  • 2

    Consolidao das Normas Gerais da Corregedoria-Geral da Justia - Foro

    Extrajudicial

    2 edio

    2017

  • 3

    CORREGEDORA GERAL DA JUSTIA

    Desembargadora Maria Aparecida Ribeiro

    COORDENAO E REVISO:

    Antnio Veloso Peleja Jnior

    Juiz Auxiliar da Corregedoria-Geral da Justia

    Colaboradores:

    Nilcemeire dos Santos Vilela

    Diretora do DOF Departamento de Orientao e Fiscalizao

    ANOREG- Associao dos Notrios e Registradores do Estado de Mato Grosso

    Maria Aparecida Bianchini Pacheco

    Registradora do 1 Ofcio de Poxoru e Presidente da ANOREG

    Velenice Dias de Almeida e Lima

    2 Oficio de Rosrio Oeste

    Bruno Becker

    Cartrio do 1 Ofcio de Nova Ubirat

    Niuara Ribeiro Roberto Borges

    Cartrio do 2 Ofcio de Barra do Bugres

    Marcelo Faria Machado

    Cartrio do 2 Ofcio de Jaciara

    Auxiliares:

    Equipe de Servidores do DOF Departamento de Orientao e Fiscalizao da Corregedoria-

    Geral da Justia

  • 4

    O presente trabalho foi realizado nas gestes 2013-2014 (Desembargador Sebastio de

    Moraes Filho), 2015-2016 (Desembargadora Maria Erotides Kneip) e revisada e atualizada na

    gesto 2017-2018 (Desembargadora Maria Aparecida Ribeiro)

  • 5

    PROVIMENTO N. 40/2016 CGJ

    Dispe sobre a 2 edio da CNGCE -

    Consolidaao da Normas Gerais da

    Corregedoria Geral da Justia do Foro

    Extrajudicial.

    A Corregedora-Geral da Justia do Estado de Mato Grosso,

    no uso de suas atribuies legais e, com fulcro nos artigos 31 e 39, c, do Cdigo de

    Organizao Judiciria do Estado de Mato Grosso - COJE;

    CONSIDERANDO que compete ao Poder Judicirio estadual,

    como autoridade delegante dos Servios Notariais e de Registro, zelar para que esses servios

    sejam prestados com rapidez, qualidade satisfatria e eficincia, nos termos do art. 38, da Lei

    Federal n 8.935/94;

    CONSIDERANDO que compete s Corregedorias de Justia, a

    atividade fiscalizatria dos servios cartorrios e a edio de normas tcnicas que venham

    assegurar o bom desempenho dos servios notariais e de registro;

    CONSIDERANDO a necessidade de atualizar as Normas de

    Servio da Corregedoria Geral da Justia, devido multiplicidade de leis posteriores, bem

    como provimentos da Corregedoria-Geral da Justia e da Corregedoria-Nacional de Justia,

    Resolues do Conselho Nacional de Justia e outros atos normativos supervenientes;

    CONSIDERANDO a necessidade de alcanar maior eficincia

    nos servios prestados pelas unidades extrajudiciais, o que contribui a edio de uma norma

    administrativa autalizada;

    CONSIDERANDO que a reunio em texto nico e

    sistematizado de todas as normas internas relativas aos Servios Notariais e de Registro

    permitir, a um s tempo, eliminar eventuais repeties ou divergncias entre os atos

    normativos, suprimir os dispositivos revogados, expressa ou tacitamente, e os considerados

  • 6

    em confronto com a Legislao Federal, a Constituio Estadual e as Leis de Organizao

    Judiciria do Estado, conferindo unidade ao corpo de nossa legislao interna;

    CONSIDERANDO a importncia que os servios notariais e de

    registro representam para a sociedade, em face da segurana jurdica, da preveno de litgios

    e os escopos de assegurar a publicidade, a autenticidade e a eficcia dos atos jurdicos

    praticados;

    CONSIDERANDO a preocupao de melhor racionalizar,

    otimizar e disciplinar os servios cartorrios, ao facilitar a consulta e permitir a manuteno

    de um sistema simples e rpido de atualizao.

    CONSIDERANDO os princpios constitucionais da legalidade,

    moralidade, publicidade, eficincia e a necessidade da prestao dos servios de modo

    adequado;

    REVOLVE:

    Art. 1 Aprovar o Cdigo de Normas dos Cartrios

    Extrajudiciais do Estado de Mato Grosso, 2 edio, com o fito de estabelecer regras e

    procedimentos tcnicos a serem observados, em carter imediato e especfico, como norma

    suplementar da legislao estadual e federal, pelos Tabelies e Oficiais de Registro deste

    Estado, nos termos deste Provimento.

    Art. 2 O Departamento de Orientao e Fiscalizao DOF e a

    Comunicao desta Corregedoria adotaro providncias no sentido de promover a divulgao

    do Cdigo de Normas ora institudo e ficaro encarregados de preservar a matriz eletrnica do

    respectivo texto normativo, mantendo-o ntegro e atualizado, em consonncia com eventuais

    alteraes que venham a ser editadas futuramente.

    1 O referido Departamento dever manter no stio eletrnico

    da Corregedoria-Geral da Justia duas consolidaes das Normas Gerais: uma consolidada,

    contendo somente no rodap por meio de nota, qual o provimento que a alterou ou revogou,

    e outra tachada, contendo todas as alteraes com correspondente ato, no corpo do texto.

    2 Os artigos ou pargrafos revogados sero suprimidos da

    norma consolidada.

  • 7

    3 As atualizaes feitas por meio de Provimento sero

    dispostas no stio eletrnico da Corregedoria, para que possa ser impressa e substituda a(as)

    folha(as) existente(s) na Consolidao impressa.

    Art. 3 Este provimento entra em vigor na data de sua

    publicao, revogando-se as disposies em contrrio, especialmente o Provimento CGJ n

    02/2009, especificamente quanto a matria do foro extrajudicial.

    Pargrafo nico. Os itens que requerem alterao no sistema

    GIF- Gesto Integrada de Foro - entrar em vigor 30 (trinta) dias aps a publicao desta

    norma.

    Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.

    Cuiab, 19 de dezembro de 2016.

    Desembargadora MARIA EROTIDES KNEIP

    Corregedora-Geral da Justia

  • 8

    APRESENTAO

    A segunda edio da Consolidao das Normas da Corregedoria-Geral da Justia, Foro

    Extrajudicial nasceu da necessidade da continuidade administrativa e da facilitao do

    trabalho dos notrios e registradores, fornecendo uma norma atualizada e com um formato

    diferenciado, desta feita, por artigos.

    A norma fruto de duas gestes desta Corregedoria-Geral e teve o tempo necessrio

    maturao, para que surgisse uma norma coerente, dinmica e compatvel com a atuao do

    foro extrajudicial.

    fruto de um esforo concentrado dos Corregedores, juzes auxiliares, diretora do

    DOF, membros da ANOREG, servidores, assessores e no tem um nome s, uma chancela

    especfica.

    Mais do que nomes, o importante servir bem. tentar dotar a coletividade, os

    destinatrios da norma, de um instrumento que lhes possa facilitar a vida e agilizar os

    negcios. Bons cartrios extrajudiciais significam agilidade no trato negocial, segurana

    jurdica, eficcia, eficincia e preveno de litgios.

    Por isso, a equipe que comps os trabalhos tentou disciplinar diversos temas da

    maneira mais prtica possvel.

    Apresento uma norma atual, conectada s diversas leis estaduais e federais, resolues,

    provimentos e portarias de diversos rgos, na esperana de poder contribuir na melhoria do

    trato negocial extrajudicial.

    Meus agradecimentos a todos os que se empenharam na elaborao desta, na firmeza

    de que teremos um sistema de Justia mais acessvel ao cidado.

    Desembargadora MARIA EROTIDES KNEIP

    Corregedora-Geral da Justia

  • 9

    ABREVIATURAS

    A.R. - Aviso de Recebimento

    ARISP - Associao dos Registradores Imobilirios de So Paulo

    Art. - Artigo

    ART Anotao Registro Tcnico

    RRT - Registro de Responsabilidade Tcnica

    CC - Cdigo Civil

    CAU - Conselho de Arquitetura e Urbanismo

    CENSEC - Central Notarial de Servios Eletrnicos Compartilhados

    CF - Constituio Federal

    CGJ Corregedoria-Geral da justia

    CGC - Cadastro Geral de Contribuintes

    CE - Constituio Estadual

    CEI - Central Eletrnica de Integrao e Informaes

    CGJ - Corregedoria Geral da Justia

    CIC - Carto de Identificao do Contribuinte

    COJE - Cdigo Judicirio do Estado

    CND - Certido Negativa de Dbito

    Com. - Comunicado

    CPC - Cdigo de Processo Civil

    CPF - Cadastro de Pessoas Fsicas

    CSM - Conselho Superior da Magistratura

    CTN - Cdigo Tributrio Nacional

    D. - Decreto

    DL - Decreto-lei

    DLC - Decreto-lei Complementar

    DOE - Dirio Oficial do Executivo

    DOI - Declarao sobre Operao Imobiliria

    DOJ - Dirio Oficial da Justia

    FCRCPN - Fundo de Compensao aos Registradores Civis das Pessoas Naturais

    IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

    IN - Instruo Normativa

  • 10

    INCRA - Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria

    L. - Lei

    LC - Lei Complementar

    LFed. - Lei Federal

    LRP - Lei dos Registros Pblicos

    MF - Ministrio da Fazenda

    pg. - pgina

    parg. - pargrafo

    PN - Parecer Normativo

    Port. - Portaria

    Proc. - Processo

    Prov. - Provimento

    p.u. - Pargrafo nico

    Res. - Resoluo

    RITJ - Regimento Interno do Tribunal de Justia

    SFH - Sistema Financeiro de Habitao

    SRF - Secretaria da Receita Federal

    STF - Supremo Tribunal Federal

    STJ - Superior Tribunal de Justia

    TJ - Tribunal de Justia

  • 11

    SUMRIO

    TTULO I

    RECOMENDAES E ORIENTAES, DISPOSIES GERAIS, DA FUNO

    CORREICIONAL E DA FISCALIZAO ADMINISTRATIVA.......................arts. 1 a 98

    TTULO II

    DOS OFCIOS DE JUSTIA DO FORO EXTRAJUDICIAL............................arts. 99 a 280

    TTULO III

    DO INGRESSO NOS SERVIOS NOTARIAIS E DE REGISTRO...............arts. 281 a 359

    TTULO IV

    DO TABELIONATO DE NOTAS....................................................................arts. 360 a 546

    TTULO V

    DOS SERVIOS DE PROTESTO DE TTULOS E OUTROS

    DOCUMENTOS...............................................................................................arts. 547 a 626

    TTULO VI

    DOS SERVIOS DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS E DE

    INTERDIES E TUTELAS...........................................................................arts. 627 a 933

    TTULO VII

    REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURDICAS............................................arts. 934 a 987

    TTULO VIII

    DO REGISTRO DE TTULOS E DOCUMENTOS........................................arts. 988 a 1059

    TTULO IX

    DOS SERVIOS DE REGISTRO DE IMVEIS.........................................arts. 1059 a 1992

  • 12

    TTULO I - RECOMENDAES E ORIENTAES, DISPOSIES GERAIS, DA

    FUNO CORREICIONAL E DA FISCALIZAO ADMINISTRATIVA

    Captulo I - Da consolidao e seu uso

    Captulo II - Da funo correicional e da fiscalizao administrativa

    Captulo III - Roteiro de correio

    Captulo IV - Do envio e recebimento eletrnico, por meio do sistema de malote digital, das

    correspondncias entre os cartrios extrajudiciais e as unidades judicirias, diretorias,

    corregedoria geral da justia do estado de mato grosso

    Captulo V - Da central eletrnica de integrao e informaes CEI

    Captulo VI - Da mediao e conciliao nas serventias extrajudicias

    TTULO II - DOS OFCIOS DE JUSTIA DO FORO EXTRAJUDICIAL

    Captulo I - Das atividades nos servios notariais e de registro

    Seo I - Disposies gerais

    Seo II - Do expediente

    Seo III - Dos empregados das serventias extrajudiciais

    Seo IV - Dos servios

    Seo V - Dos livros

    Seo VI - Da designao de substituto das serventias nos casos de vacncia

    Seo VII - Fundo de compensao aos registradores civis das pessoas naturais- FCRCPN

    Captulo II - Da tabela de emolumentos

    Seo I - Das disposies gerais

    Seo II - Da tabela A - atos dos tabelies

    Seo III - Da tabela B - atos dos oficiais do registro civil das pessoas naturais

    Seo IV - Da tabela C - atos dos oficiais do registro de imveis

    Subseo I - Do registro

    Subseo II - Da averbao

    Subseo III - Do valor

    Seo V - Da tabela D - atos dos oficiais de registros de protestos de ttulos comerciais

    Seo VI - Da tabela E - atos dos oficiais do registro de ttulos e documentos e do registro

    civil de pessoas jurdicas

  • 13

    TTULO III - DO INGRESSO NOS SERVIOS NOTARIAIS E DE REGISTRO

    Captulo I - Da outorga de delegao

    Seo I - Da investidura

    Seo II - Da entrada em exerccio

    Seo III - Da vacncia

    Seo IV - Da interinidade

    Seo V - Da Proibio do nepotismo aos registradores e notrios interinos

    Seo VI - Da vacncia, dos deveres, das infraes administrativas, do processo

    administrativo disciplinar e das sindicncias

    Captulo II - Do controle e segurana dos atos notariais e de registro

    Seo I - Das disposies gerais

    Seo II - Do auxlio na realizao da correio e modelo de planilha de levantamento e

    fiscalizao dos atos notariais e registrais

    Seo III - Da implantao do servio de solicitao de selos e da declarao de atos online

    dos servios notariais e de registro do estado de mato grosso

    Seo IV - Do selo de controle digital nos atos praticados pelos servios notariais e de registro

    Subseo I - Serventias deficitrias/pequenas, sem acesso internet

    Captulo III - Da manuteno e escriturao dos livros dirio auxiliar, visitas e correies e

    controle de depsito prvio pelos titulares de delegaes e pelos responsveis interinamente

    por delegaes vagas do servio extrajudicial de notas e de registro, bem como o depsito do

    valor da renda lquida excedente a 90,25% dos subsdios de ministro do supremo tribunal

    federal

    TTULO IV - DO TABELIONATO DE NOTAS

    Captulo I - Das disposices gerais

    Seo I - Da funo notarial

    Seo II - Das atribuies dos tabelies de notas

    Captulo II - Dos livros notariais

    Seo I - Dos Livros Obrigatrios

    Seo II - Da Utilizao dos Livros

    Captulo III - Dos atos notariais

  • 14

    Seo I - Das disposies gerais

    Seo II - Das escrituras relativas a bens imveis

    Seo III - Das disposies relativas a imveis rurais

    Seo IV - Da escritura pblica de separao, divrcio, inventrio e partilha e, por extenso,

    de sobrepartilha e de restabelecimento da sociedade conjugal.

    Subseo I - Disposies gerais

    Subseo II - Dos emolumentos

    Subseo III - Da escritura pblica de separao consensual sem partilha de bens

    Subseo IV - Da escritura pblica de separao consensual com partilha de bens

    Subseo V - Da escritura pblica de divrcio consensual

    Subseo VI - Da escritura pblica de inventrio e partilha

    Sub subseo I - Da nomeao de inventariante para realizar ato preparatrio ao inventrio

    Sub subseo II - Dos casos de escrituras de sobrepartilha e restabelecimento de sociedade

    conjugal, na separao, antes do divrcio

    Sub subseo III - Regulamenta o servio da CENSEC

    Seo V - Dos atos de autenticao de documentos avulsos e eletrnicos

    Seo VI - Do depsito e reconhecimento de letras, firmas e chancelas

    Subseo I - Do sinal pblico

    Seo VII - Da procurao pblica

    Subseo I - Do substabelecimento de procurao

    Subseo II - Da procurao em causa prpria

    Subseo III - Da revogao da procurao

    Seo VIII - Da ata notarial

    Seo IX - Do testamento pblico

    Subseo I - Da aprovao do testamento cerrado

    Subseo II - Da revogao do testamento

    Subseo III - Da central de testamentos

    Seo X - Das doaes

    Seo XI - Da instituio, cesso e renncia do usufruto

    Seo XII - Das cartas de sentena notariais

    Seo XIII Do apostilamento

  • 15

    TTULO V - DOS SERVIOS DE PROTESTO DE TTULOS E OUTROS

    DOCUMENTOS

    Captulo I - Dos livros

    Captulo II - Da apresentao do documento

    Captulo III - Dos ttulos

    Seo I - Do protesto de documentos de dvida

    Seo II - Do protesto de cheque

    Seo III - Do protesto de ttulos de microempresa e empresa de pequeno porte

    Seo IV - Do protesto extrajudicial de certido de dvida ativa

    Seo V - Do protesto de sentena lquida

    Subseo I Do protesto de deciso que condena ao pagamento de alimentos

    Seo VI - Protesto de saldo devedor de custas judiciais e taxa judiciria judicial e

    extrajudicial e multa de processos administrativos

    Captulo IV - Das intimaes

    Captulo V - Do pagamento

    Captulo VI - Da lavratura, registro e certides

    Captulo VII - Das certides

    Captulo VIII - Da devoluco dos ttulos e dos documentos protestados

    Captulo IX - Do cancelamento do protesto

    Captulo X - Dos emolumentos

    Captulo XI - Das disposies finais

    TTULO VI - DOS SERVIOS DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS E

    DE INTERDIES E TUTELAS

    Captulo I - Das disposies gerais

    Captulo II - Da escriturao e da ordem de servio

    Seo I - Dos livros

    Seo II - Da escriturao

    Seo III - Da publicidade

    Seo IV - Da conservao

    Captulo III - Do nascimento

  • 16

    Seo I - Das formalidades para o registro

    Seo II - Do nome

    Seo III - Da legitimidade

    Seo IV - Do registro por mandado judicial

    Seo V - Do registro da sentena de adoo

    Seo VI - Assento de nascimento de indgena no registro civil das pessoas naturais

    Seo VII - Da indicao do suposto pai

    Seo VIII - Do reconhecimento de paternidade oficiosa

    Seo IX Da Indicao do suposto pai de pessoas registradas sem paternidade reconhecida e

    reconhecimento espontneo de filho

    Seo X - Registro de nascimento tardio

    Seo XI - Dos registros de nascimento feitos nos estabelecimentos de sade que realizam

    parto

    Seo XII - Dos registros bitos feitos nos estabelecimentos de sade

    Seo XIII - Da criao do posto de atendimento de registro civil de nascimento itinerante do

    estado de mato grosso

    Captulo IV - Do casamento

    Seo I - Da habilitao

    Seo II - Da celebrao de do registro

    Seo III - Do casamento religioso com efeito civil

    Seo IV - Das sentenas de alterao de estado civil

    Seo V - Da converso da unio estvel em casamento

    Seo VI - Do registro de unio estvel de pessoas do mesmo sexo

    Seo VII - Do casamento urgente no caso de molstia grave

    Seo VIII - Do casamento em iminente risco de vida ou nuncupativo

    Captulo V - Do bito

    Seo I - Das formalidades do registro

    Seo II - Do natimorto

    Seo III - Dos legitimados

    Seo IV - Da justificao

    Seo V - Das informaes

    Seo VI - Do assento de bito de pessoa desconhecida e da utilizao do cadver para

    estudos e pesquisas

  • 17

    Subseo I - Da morte presumida

    Captulo VI - Da emancipao, da interdio e da ausncia

    Seo I - Da emancipao

    Seo II - Da interdio

    Seo III - Da ausncia

    Captulo VII - Dos translados de assentos lavrados em pas estrangeiro

    Seo I - Das disposies gerais

    Seo II - Do traslado de assento de nascimento

    Seo III - Do traslado de assento de casamento

    Seo IV - Do traslado de assento de bito

    Seo V - Das averbaes em geral e especficas

    Seo VI - Das anotaes em geral e especficas

    Seo VII - Das retificaes, restauraes e suprimentos

    TTULO VII - REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURDICAS

    Captulo I - Das funes

    Captulo II - Dos livros de registro

    Captulo III - Do registro

    Seo I - Das disposies legais

    Seo II - Do registro de livros fiscais

    Seo III - Do registro de jornais, oficinas impressoras, empresas de

    Radiodifuso e agncias de notcias

    Seo IV - Das disposies finais

    TTULO VIII - DO REGISTRO DE TTULOS E DOCUMENTOS

    Captulo I - Das atribuies

    Captulo II - Da escriturao

    Captulo III - Da transcrio e da averbao

    Captulo IV - Da ordem dos servios

    Captulo V - Das notificaes extrajudiciais

    Captulo VI - Do cancelamento

  • 18

    TTULO IX - DOS SERVIOS DE REGISTRO DE IMVEIS

    Captulo I - Dos livros e sua escriturao

    Seo I - Das disposies gerais

    Seo II - Do livro de recepo de ttulos para exame e clculo de emolumentos

    Seo III - Do livro n 1 protocolo

    Seo IV - Do livro n 2 registro geral

    Seo V - Do livro n 3 registro auxiliar

    Seo VI - Do livro n 4 indicador real

    Seo VII - Do livro n 5 indicador pessoal

    Seo VIII - Do livro de registro de aquisio de imvis por estrangeiros (lei n 5.709/71)

    Seo IX - Dos livros suplementares

    Captulo II - Da matrcula

    Seo I - Das disposies gerais

    Seo II - Da abertura da matrcula

    Seo III - Fuso de matrculas

    Seo IV - Princpio da concentrao na matrcula

    Seo V - Do bloqueio da matrcula

    Seo VI - Do cancelamento e encerramento da matrcula

    Seo VII - Da suscitao de dvida

    Seo VIII - Da retificao no registro imobilirio

    Subseo I - Das hipteses de retificao

    Subseo II - A retificao dos direitos e/ou fatos

    Subseo III - A retificao bilateral ou consensual

    Subseo IV - Da anlise qualitativa e quantitativa

    Subseo V - Do procedimento da retificao imobiliria no registro de imveis

    Seo IX - Da qualificao registral

    Subseo I - Das disposies gerais

    Subseo II - Das certides

    Subseo III - Dos ttulos judiciais

    Subseo IV - Instrumentos pblicos e administrativos

    Subseo V - Dos direitos reais

    Subseo VI - Dos instrumentos particulares

  • 19

    Subseo VII - Da escritura pblica

    Captulo III - Do registro

    Seo I - Das disposies gerais

    Seo II - Instituio do bem de famlia

    Seo III - Das hipotecas

    Seo IV - Das cdulas de crdito

    Subseo I - Cdulas de Crdito Rural CCR

    Subseo II - Cdula Rural Pignoratcia - CRP

    Subseo III -Cdula Rural Hipotecria CRH

    Subseo IV - Cdula Rural Pignoratcia e Hipotecria CRPH

    Subseo V - Nota de Crdito Rural NCR

    Subseo VI - Da cdula de produto rural e cdula de produto rural financeira

    Subseo VII - Da Cdula de Crdito Bancrio CCB

    Subseo VIII - Da cdula de crdito comercial, industrial e a exportao

    Seo V - Dos arrestos e sequestros de imveis e das citaes de

    Aes reais ou pessoais reipersecutrias relativas a imveis

    Subseo I - Das penhoras, arrestos e sequestros de imveis

    Oriundos da justia do trabalho

    Seo VI - Das servides

    Seo VII - Das convenes ou pactos antenupciais

    Seo VIII - Das escrituras de separao, divrcio e inventrio extrajudicial

    Seo IX - Da carta de sentena em separao judicial

    Seo X - Do formal de partilha

    Seo XI- Dos pr-contratos relativos a imveis loteados

    Seo XII - Das arremataes e adjudicaes em hasta pblica

    Seo XIII - Da transferncia de imvel para sociedade empresria

    Seo XIV - Dos contratos de locao

    Seo XV - Da compra e venda

    Seo XVI - Da promessa de compra e venda

    Seo XVII -Da compra e venda com cesso de direitos

    Seo XVIII - Da alienao fiduciria de bens imveis

    Subseo I - Da constituio da propriedade fiduciria

    Seo XIX - Da doao entre vivos

  • 20

    Seo XX - Da dao em pagamento

    Seo XXI - Da permuta ou troca

    Seo XXII - Do direito de superfcie

    Seo XXIII - Do usufruto de imvel

    Seo XXIV - Do registro de carta de arrematao decorrente de execuo

    Extrajudicial

    Captulo IV - Da averbao

    Seo I - Das disposies gerais

    Seo II - Da averbao premonitria

    Seo III - Dos pactos antenupciais e da alterao do regime de bens

    Seo IV - Da edificao, reconstruo, demolio, reforma ou ampliao de prdio

    Seo V - Das obrigaes, direitos, cesses, concesses, ttulos e outras ocorrncias

    ambientais

    Subseo I - Das disposies gerais

    Subseo II - Da reserva legal

    Subseo III- Da compensao de reserva legal

    Subseo IV - Da servido ambiental

    Seo VI - Da averbao de quitao do preo

    Seo VII - Da alterao do estado civil

    Seo VIII - Das sentenas de separao judicial, divrcio, nulidade ou anulao de

    casamento

    Seo IX - Da averbao de interdio

    Seo X - Dos contratos de compra e venda com substituio de muturio

    Seo XI - Dos decretos de desapropriao

    Seo XII - Da alterao do nome e da transformao das sociedades

    Seo XIII - Do tombamento de imveis

    Seo XIV - Da averbao dos contratos referentes aos imveis financiados pelo sistema

    financeiro de habitao - contratos de gaveta

    Seo XV - Da enfiteuse

    Seo XVI - Do georreferenciamento

    Subseo I - Da obrigatoriedade da certificao

    Subseo II - Da dispensa de certificao

  • 21

    Subseo III - Dos procedimentos de averbao de georreferenciamento e registro

    de ttulos definitivos de domnio emitidos pelo poder pblico, estadual e/ou federal

    Subseo IV - Da averbao do georreferenciamento em matrcula de ttulo deslocado e/ou

    sobreposto

    Seo XVII - Do Sistema Financeiro de Habitao - SFH

    CAPTULO V - Do parcelamento do solo urbano - loteamentos e desmembramentos Dos

    loteamentos de imveis urbanos e rurais

    Seo I - Disposies gerais

    Seo II - Da competncia territorial

    Seo III - Da regularizao do parcelamento

    (conjuntos habitacionais no registrados)

    Seo IV - Dos depsitos nos loteamentos urbanos irregulares

    Seo V - Do processo e registro

    Seo VI - Das intimaes e do cancelamento

    Captulo VI - Do condomnio edilcio

    Seo I - Da incorporao imobiliria

    Seo II - Do memorial de incorporao

    Seo III - Instituio de condomnio

    Seo IV - Do habite-se parcial especificao parcial de condomnio

    Seo V - Da conveno de condomnio

    Seo VI - Do patrimnio de afetao

    Captulo VII - Da regularizao fundiria urbana

    Seo I - Das disposies gerais

    Seo II - Do procedimento geral do registro do projeto de regularizao fundiria

    Seo III - Da regularizao de condomnio de fraes ideais

    Subseo IV - Da demarcao urbanstica

    Seo IV - Da legitimao de posse

    Seo V - Da regularizao de glebas urbanas parceladas antes da lei n 6.766/79

    Seo VI - Da abertura de matrcula para rea pblica em parcelamento no registrado

    Seo VII - Da abertura de matrcula de imvel pblico

    Seo VIII - Da regularizao dos conjuntos habitacionais

    Seo IX - Das disposies finais

    Seo X - Do cadastro de regularizao fundiria urbana

  • 22

    Captulo VIII - Da Regularizao Fundiria Rural

    Seo I - Das disposies gerais

    Seo II - Da regularizao de parcelas de imveis rurais em condomnio pr diviso

    Seo III Do Regimento Interno da Comisso de Assuntos Fundirios e Registros Pblicos

    da Corregedoria-Geral da Justia - CAF/MT

    Seo IV Da comisso de assuntos fundirios de mbito municipal

    Seo V - Da regularizao de projetos de assentamentos rurais do incra e o registro de ttulos

    da reforma agrria junto aos cartrios de registro de imveis do estado de mato grosso

    Subseo I - Dos ttulos da reforma agrria

    Subseo II - Do procedimento de registro do projeto de assentamento rural

    Subseo III - Da exigncia do georreferenciamento para o registro do ttulo definitivo de

    domnio

    Subseo IV - Das disposies gerais

    Seo VI - Do cadastro de regularizao fundiria rural

    Subseo I - Instrumento Particular do Fundo Terras e de Reforma Agrria, com fora de

    escritura pblica, e reduo 50% no pagamento de registro de escritura imveis derivados de

    crdito fundirio.

    Captulo IX - Da aquisio e arrendamento de imveis rurais por estrangeiros

    Seo I - Das disposies gerais

    Seo II - Do caso especfico dos cidados portugueses

    Seo III - Das comunicaes

    Captulo X - Da indisponibilidade de bens

    Seo I - Da comunicao acerca da decretao de indisponibilidade de bens

    Seo II - Central Nacional de Indisponibilidade de bens CNIB

    Captulo XI - Da interligao por sistema eletrnico, denominado penhora on line, para

    averbaes de penhoras de bens imveis, por meio da central de servios eletrnicos

    compartilhados da associao dos registradores imobilirios de So Paulo - ARISP

    Seo I - Das disposies gerais

    Seo II - Da certido digital

    Seo III - Das pesquisas para localizao de imveis e visualizao de matrcula online

    Seo IV - Da penhora eletrnica de imveis (penho online)

  • 23

  • 24

    TTULO I - RECOMENDAES E ORIENTAES

    DISPOSIES GERAIS, DA FUNO CORREICIONAL E DA FISCALIZAO

    ADMINISTRATIVA

    CAPTULO I

    DA CONSOLIDAO E SEU USO

    Art. 1 Todas as orientaes de carter geral expedidas at a presente data pela Corregedoria-

    Geral da Justia, expressas em Provimentos, Instrues, Ofcios Circulares e Recomendaes,

    assim como em quaisquer outros atos normativos, editados at a presente data, esto reunidas

    nesta Consolidao das Normas Gerais da Corregedoria-Geral da Justia relativa ao Foro

    Extrajudicial, que tambm pode ser designada pela sigla CNGCE.

    Art. 2 Para o uso das normas e facilitar eventuais alteraes futuras, que podero ocorrer por

    meio de Provimento, a Consolidao se organizar em ttulos, captulos, sees e subsees.

    Pargrafo nico. A Corregedoria manter dois arquivos atualizados, um consolidado e outro

    tachado com as alteraes e incluses.

    Art. 3 Modificao, supresso e/ou acrscimo no texto da CNGCE se daro por intermdio

    da expedio de Provimento e remessa para publicao no rgo Oficial, com as alteraes

    veiculadas nesta norma.

    1 O Departamento responsvel organizar a folha a ser substituda com o novo texto,

    enviando-a aos integrantes dos Foros Administrativo e Extrajudicial, preferencialmente por

    malote digital ou e-mail. A folha tambm ser disponibilizada no site www.tjmt.jus.br/cgj-

    link.atoscorregedoria, item atualizao do foro extrajudicial.

    2 A folha recebida na comarca dever ser imediatamente adicionada no classificador ou

    pasta, descartando a folha anterior.

    3 Esta Consolidao e os Provimentos que a alterarem sero disponibilizados na internet,

    no site da Corregedoria Geral da Justia, endereo eletrnico:

    www.tjmt.jus.br/corregedoria/areas/atoscorregedoria, item provimento ou CNGCE, e o texto

    alterado dever ser includo no rodap da folha alterao na CNGCE, citando o ato que o

    alterou ou inseriu.

  • 25

    CAPTULO II

    DA FUNO CORREICIONAL E DA FISCALIZAO ADMINISTRATIVA

    Art. 4 A atividade correicional ser exercida pelo Corregedor-Geral da Justia e nos limites

    da Comarca, pelo respectivo Juiz, compreendendo a orientao, fiscalizao e inspeo

    constante das serventias.

    Art. 5 No exerccio dessa atividade sero editadas instrues, expedidas recomendaes,

    corrigidos erros e coibidos abusos ou ilegalidades.

    Art. 6 A funo correicional ser exercida por intermdio de inspees, correies

    permanentes, ordinrias, peridicas e extraordinrias, gerais ou parciais.

    1 As inspees e correies independem de aviso e o Corregedor-Geral da Justia as far

    nos servios extrajudiciais de qualquer comarca, podendo deleg-las a Juiz de Direito.

    2 A correio permanente compreender a fiscalizao de reparties relacionadas

    diretamente com os servios extrajudiciais, bem como sobre a atividade dos servidores que

    lhes sejam subordinados.

    3 Toda correio ordinria ser informada com antecedncia e objetivar a fiscalizao

    geral.

    4 A correio extraordinria consiste na fiscalizao excepcional, realizvel a qualquer

    momento pelo magistrado, de ofcio, ou mediante determinao do Conselho da Magistratura

    ou do Corregedor-Geral da Justia, podendo ser geral ou parcial, conforme abranja ou no

    todos os servios da comarca.

    Art. 7 Ao trmino da correio, o magistrado far relatrio detalhado, com as

    recomendaes ou no, o qual ser enviado para efetivo cumprimento ou cincia do

    Notrio/Registrador.

    1 O Notrio/Registrador ter 10 (dez) dias para impugn-lo e atender as recomendaes.

    2 O magistrado dever comprovar, quando do envio do relatrio Corregedoria, que o

    Notrio/Registrador foi notificado, conforme o caput.

    Art. 8 A competncia para fiscalizao administrativa dos Servios Notariais e de Registro

    do Juzo da Direo do Foro da Comarca (nominado Corregedor Permanente), sem prejuzo

    das atribuies do Corregedor-Geral da Justia, entendido este como autoridade competente,

    nos termos do art. 38 da Lei n 8.935/94.

    Pargrafo nico. Os recursos das decises proferidas pelos Corregedores Permanentes ou

    pelo Corregedor-Geral da Justia sero interpostos, respectivamente, com efeitoS devolutivo e

  • 26

    suspensivo, Corregedoria-Geral da Justia ou ao Conselho da Magistratura, respectivamente

    no prazo de 10 (dez) dias, sendo que o ltimo rgo o juiz natural para a apreciao do

    recurso que envolve matria administrativa-disciplinar.

    Art. 9 As correies sero procedidas e dirigidas pessoalmente pelo Corregedor-Geral da

    Justia ou por Juiz de Direito Auxiliar da Corregedoria, por ele especialmente designado, em

    segredo de justia, se entender necessrio.

    Art. 10. Quando necessrio, os servidores da comarca ficaro disposio do Corregedor-

    Geral da Justia ou dos Juzes Auxiliares para realizao dos trabalhos correicionais.

    Art. 11. Os atos do Corregedor-Geral da Justia do Estado de Mato Grosso, no mbito do foro

    extrajudicial, sero expressos por meio de:

    I - Provimento: ato de carter normativo, com a finalidade de esclarecer ou orientar quanto

    aplicao de dispositivos de lei; o instrumento administrativo da Corregedoria, que tem por

    finalidade editar normas de carter geral;

    II - Recomendao: proferida nos prprios autos de consulta/providncias e outros, a qual ter

    fora impositiva;

    III - Despachos: atos pelos quais se ordene diligncia ou mande extrair certides ou

    informaes para fundamentao dos autos em anlise;

    IV - Instruo: ato que objetiva advertir sobre a necessidade ou a forma de se cumprir ou fazer

    cumprir preceito legal ou normativo;

    V - Ordem de Servio: para, internamente e no plano administrativo, regular os servios da

    Corregedoria-Geral da Justia;

    VI - Circular: instrumento por intermdio do qual se divulga matria normativa ou

    administrativa para conhecimento em geral, e dirigida concomitantemente a diversas

    autoridades administrativas do mesmo grau hierrquico;

    VII - Portaria: ato de natureza especfica que visa formalizar medidas administrativas

    adotadas;

    VIII - Ofcios: comunicao escrita e formal endereada a autoridades, serventurios,

    registradores, notrios, rgos ou particulares.

    Art. 12. Provimentos e Portarias se tornaro pblicos mediante publicao no Dirio da

    Justia Eletrnico, exceto nos casos de matria de carter confidencial, quando, ento, ser

    enviado documento prprio cada serventia.

    Art. 13. O Juiz designado para Direo do Foro realizar correio ordinria anual no Foro

    Extrajudicial, at o ms de agosto, conforme dispe o artigo 86 do COJE, devendo enviar

  • 27

    relatrio Corregedoria-Geral da Justia, no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogveis por igual

    prazo, justificadamente, quando deferido pelo Corregedor-Geral da Justia, em razo da

    quantidade de serventias e da extenso territorial da comarca, obedecendo o procedimento do

    art. 7 deste norma.

    1 Para realizao da correio poder o magistrado solicitar o apoio do Departamento de

    Controle e Arrecadao DCA, na forma do artigo 313 desta Consolidao.

    2 A prorrogao do prazo referido no caput dever ser formalizada por Portaria do Juzo

    com os motivos que a ensejaram, que ser enviada Corregedoria-Geral da Justia.

    3 Realizada a correio, dever ser enviado o respectivo termo Corregedoria-Geral da

    Justia, por meio eletrnico disponibilizado no sistema de correio on line, localizado no

    Portal do Magistrado, no prazo previsto no caput deste artigo.

    4 O magistrado deve inserir a correio no sistema, no exerccio em que ela for realizada,

    mesmo que o Corregedor-Geral da Justia lhe conceda prorrogao de prazo para que ela seja

    realizada no exerccio seguinte. Ex: correio realizada em 2015, deve ser inserida no

    relatrio de 2015, mesmo que no tenha sido realizada em 2014.

    5 O Departamento responsvel dever liberar o sistema de correio no dia 02/01 e

    encerr-lo, impreterivelmente, no dia 30/12 de cada ano.

    6 No dia 07 de janeiro, o Departamento dever relacionar as serventias que no realizaram

    correio ou em que o Magistrado requereu prorrogao ou dispensa e enviar ao

    Corregedor.

    Art. 14. Sem prejuzo das providncias a serem adotadas pela Corregedoria-Geral da Justia,

    caber ao Juiz que estiver no exerccio da Direo do Foro adotar as medidas necessrias para

    apurao das irregularidades e aplicao das sanes administrativas-disciplinares aos

    Oficiais.

    1 Os procedimentos podero ter incio de ofcio ou mediante requerimento, verbal ou

    escrito, sempre a objetivar a correo e a qualidade dos atos notariais e registrais.

    2 As partes e/ou interessados (cidado, advogados, magistrados, serventurios e outros)

    podero registrar suas reclamaes, sugestes, pedido de informaes ou, ainda elogio,

    referente serventia prestadora de servio, exclusivamente por meio do servio Fale com a

    Corregedoria por intermdio do e-mail [email protected], em qualquer dia e

    hora.

    3 Todos os e-mails recebidos sero prontamente lidos e encaminhados ao Juiz Auxiliar da

    Corregedoria responsvel, que analisar a procedncia ou no do assunto relatado.

  • 28

    4 Caso procedente, o(s) fato(s) relatado(s) ser(o) apurado(s) e a Corregedoria informar

    virtualmente ao Remetente acerca da providncia tomada em relao ao caso.

    5 As sugestes e pedido de informaes, recebidos pelo servio Fale com a Corregedoria

    somente sero analisados pela Corregedoria-Geral da Justia quando demonstrado que na

    Diretoria do Foro respectiva, igual providncia tenha sido solicitada e no houver deciso ou

    providncia aps o transcurso do prazo de 10 (dez) dias.

    Art. 15. Aplica-se ao procedimento da ao disciplinar para verificao do cumprimento dos

    deveres e eventual imposio das penalidades previstas na Lei n 8.935/94, o disposto na Lei

    Estadual n. 6.940/97, bem como, no que couber, as disposies do Estatuto do Servidor

    Pblico Civil do Estado de Mato Grosso e o Provimento n. 05/2008/CM.

    Pargrafo nico. Conforme as peculiaridades do Servio, e nos termos da Lei n 8.935/94,

    na hiptese da suspenso preventiva do respectivo titular, proceder-se- na forma do artigo 36

    e pargrafos da citada Lei.

    Art. 16. Nas correies realizadas no Foro Extrajudicial, em que for constatada diferena a

    maior no recolhimento de emolumentos, gerando crdito para os usurios do servio, o Juiz

    Diretor do Foro dever, aps deciso no mais sujeita a recurso, no prazo de 10 (dez) dias:

    I - determinar que o notrio ou registrador adote todas as providncias necessrias

    localizao da parte, aps deciso no mais sujeita a recurso;

    II - no localizada a parte, dever intimar o notrio ou registrador, para no prazo de 05 (cinco)

    dias:

    a) depositar a importncia remanescente na conta nica do Poder Judicirio do Estado de

    Mato Grosso, vinculada ao processo;

    b) juntar o comprovante do depsito no Termo de Correio ou Pedido de Providncias

    respectivo, identificando o(s) titular(es) do(s) crdito(s) e o(s) respectivo(s) valor(es), ficando

    o referido numerrio disposio do(s) usurio(s).

    Art. 17. Aos Diretores do Foro incumbe a fiel fiscalizao do recolhimento tempestivo das

    taxas referentes ao FUNAJURIS Fundo de Apoio ao Judicirio, recolhimento do ISSQN -

    Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza, FGTS Fundo de Garantia do Tempo de

    Servio, Contribuio da Previdncia Social, Folha de pagamento dos funcionrios.

    Art. 18. A ausncia do recolhimento implicar na instaurao, por parte do Diretor do Foro

    (Corregedor-Permanente), de sindicncia ou processo administrativo, nos termos das normais

    legais e administrativas vigentes (Constituio Federal, artigos 37 e 236, Lei Federal n

    8.935/94, Lei Estadual n 6.940/97, COJE Cdigo de Organizao Judiciria do Estado de

  • 29

    Mato Grosso, CNGCE Consolidao das Normas da Corregedoria Geral da Justia,

    Provimento 05/2008CM e 12/2013CM ambos do Conselho da Magistratura e, no que for

    aplicvel, as disposies da Lei Estadual do Servidor Pblico).

    Art. 19. Ao tabelio (notrio e registrador) incumbe remeter Diretoria do Foro da Comarca,

    no prazo de 10 (dez) dias teis, o comprovante do recolhimento tempestivo das taxas

    referentes ao FUNAJURIS Fundo de Apoio ao Judicirio, ISSQN - Imposto Sobre Servios

    de Qualquer Natureza, FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Servio, Contribuio da

    Previdncia Social e Folha de pagamento dos funcionrios, referentes ao ms anterior.

    Art. 20. O Departamento de Controle e Arrecadao - DCA dever remeter

    Corregedoria uma lista mensal e individualizada dos Cartrios Extrajudiciais inadimplentes

    com o recolhimento da Taxa do FUNAJURIS at o quinto dia til do ms subsequente ao

    vencimento.

    Art. 21. Cabe ao Juiz Corregedor Permanente processar e decidir as dvidas levantadas por

    registrador com fundamento nos artigos 198 da Lei n. 6.015/73 e nos termos do artigo 104

    desta Norma.

    Art. 22. As Consultas e os Pedidos de Providncias formulados pelos Notrios, Registradores

    e interessados devero ser analisados diretamente pelo Juiz Corregedor Permanente.

    Pargrafo nico. Se no prazo de 10 (dez) dias, o Juiz Corregedor Permanente no se

    manifestar acerca da Consulta e do Pedido de Providncias, poder o consulente ou o

    solicitante reclamar da morosidade diretamente Corregedoria Geral da Justia.

    Art. 23. Cabe ainda ao Juiz Corregedor Permanente processar e julgar os feitos relativos a

    Processo Administrativo e Sindicncia contra Registrador/Notrio nos termos do art. 15 desta

    Consolidao para apurao e aplicao de sanes administrativas disciplinares, cabendo

    recurso, no caso em tela, ao Conselho da Magistratura, consoante dispe o Provimento n

    12/2013-CM.

    Art. 24. As Consultas e os Pedidos de Providncias formulados de forma abstrata

    questionando as normas da Corregedoria Geral da Justia do Foro Extrajudicial ou Lei em

    tese devero ser feitos de forma fundamentada Corregedoria, conforme modelos anexos.

    Pargrafo nico. Se a consulta e o Pedido de Providncias no estiverem no padro

    proposto, o protocolo dever fazer a devoluo da petio para que adeque ao modelo

    disposto no caput.

    Art. 25. Da deciso do Juiz Corregedor Permanente caber recurso, no prazo de 10 dias, ao

    Corregedor-Geral da Justia.

  • 30

    Art.25-A. O Juiz Diretor do Foro, que constatar m qualidade na prestao dos servios

    extrajudiciais, decorrente da falta ou ineficincia no gerenciamento da serventia

    correicionada, poder solicitar ao Corregedor-Geral da Justia a implantao de sistema de

    gesto da qualidade.

    Art.25-B. Corregedoria-Geral da Justia far, semestralmente, levantamento das serventias

    vagas do Estado, bem como informar ao setor competente para que proceda abertura de

    concurso pblico visando ao seu provimento, a fim de cumprir o disposto no artigo 44,

    pargrafo 2, da Lei n. 8.935/1994.

    Art.25-C. A Corregedoria-Geral da Justia far, anualmente, o levantamento de todas as

    serventias do estado de Mato Grosso, a fim de manter atualizadas as informaes referentes

    aos titulares, seus substitutos automticos, bem como aqueles que estiverem designados em

    carter precrio e excepcional, sem qualquer vinculao com o cargo.

  • 31

    CAPTULO III

    ROTEIRO DE CORREIO

    Art. 26. O Juiz responsvel editar Portaria de correio, devidamente especificada, com

    ampla divulgao, marcando o perodo para a correio, nos termos do artigo 13 desta

    Consolidao, com comunicao e envio de cpia Corregedoria-Geral da Justia e aos

    responsveis pelos servios objeto da correio.

    Art. 27. Na correio devem ser verificados alm dos itens abaixo, os roteiros de correio

    (anexos) contemplando o roteiro geral (parte estrutural da serventia), tabelionato de natos,

    protestos, pessoa jurdica, pessoas naturais, registro de imveis, ttulos e documentos.

    I - se esto afixados em lugar bem visvel ao pblico o aviso de prazo para expedio de

    certido e a Tabela de Emolumentos (Lei 7.550/01 e alteraes);

    II - se os empregados e escreventes possuem carteira de trabalho anotada;

    III - se est em dia o recolhimento em favor do FUNAJURIS;

    IV - se existem serventias vagas e, em caso positivo, se j foi feita a comunicao ao

    Conselho da Magistratura e ao Corregedor-Geral da Justia, e adotadas as providncias

    previstas na Seo VI, do Captulo I, do Ttulo II, bem como se ela est fazendo o depsito

    referente ao subsdio do teto;

    V - se a disposio dos mveis e as condies de higiene e ordem do local de trabalho so

    convenientes, bem como a segurana (extintor de incndio etc);

    VI - se foram sanadas e no esto sendo repetidas todas as irregularidades constatadas na

    correio anterior, adotando as providncias disciplinares cabveis;

    VII - se esto sendo observados pelos Servios Notariais e Registrais, a Lei de Emolumentos

    (Lei 7.550/01 e alteraes) e os Provimentos com as respectivas atualizaes;

    VIII - se o Cartrio possui a Consolidao das Normas Gerais da Corregedoria e se ela est

    atualizada;

    IX - se os selos digital de autenticidade so utilizados corretamente;

    X - se o arquivo de livros e papis seguro, limpo, livre de insetos, com separaes por

    espcie ou tipo, distribudos em prateleiras, contm etiquetas especificando tipo/espcie e

    perodo etc;

    XI - se a serventia participou de Programa de Qualidade, se foi premiada e qual categoria.

    XII - se as cpias de documentos apresentados na serventia para instruo de lavratura de atos

    notariais e registrais, mediante a substituio por arquivo digital, observa as medidas de

  • 32

    segurana constantes nas Recomendaes ns 9 e 11-CNJ, bem como adota a organizao dos

    documentos que deve ter correspondncia entre os documentos arquivados digitalmente e o

    ato lavrado ou registrado.

    XIII - Conferir se os livros esto encadernados ou organizados, na forma estabelecida na Lei

    n. 6.015/73.

    XIV - Verificar se o Notrio/Registrador realiza a autocorreio semestralmente, nos termos

    desta Consolidao.

    Art. 28. Em relao aos livros e sua escriturao dever ser verificado:

    I - se o Cartrio possui todos os livros obrigatrios e se eles esto devidamente nominados e

    numerados na sequncia, termos da Lei de Registro Pblico;

    II - se eles contm termo de abertura, se as folhas foram numeradas e rubricadas e, nos j

    encerrados, se consta o termo de encerramento, de acordo com o estabelecido no artigo 136

    desta Consolidao;

    III - se os livros de folhas soltas esto numeradas, rubricadas e encadernada, bem como se

    contm termos de abertura e encerramento, de acordo com o estabelecido no artigo 136 desta

    Consolidao;

    IV- se feita corretamente a escriturao, com utilizao de tinta indelvel de cor preta ou

    azul; se no h rasuras e se foram ressalvadas e certificadas, com data e assinatura de quem as

    fez, as anotaes como sem efeito, inutilizado e em branco;

    V - se esto sendo numerados, na sequncia, os termos e livros.

    Pargrafo nico. No registro de imveis, a ficha do Indicador Real (Livro 04) e do Indicador

    Pessoal (livro 05) pode ser substituda, as expensas do oficial, por Cadastro em sistema

    informatizado, garantida a autenticidade, segurana e eficcia dos atos, devendo o arquivo

    redundante (backup) ser salvo, pelo menos, em uma mdia segura (CD ou DVD ou fita

    magntica) ou em unidade externa (Disco Rgido Removvel), que ficar armazenado em

    local distinto, igualmente seguro, do qual dever ser informado o Juiz Corregedor

    Permanente.

    Art. 29. Alm das providncias enumeradas no artigo 28 desta norma, nos Servios Notariais

    e Registrais do Foro Extrajudicial, devero ser observadas:

    I - se vem sendo utilizada, indevidamente, fita corrigvel de polietileno ou outro corretivo

    qumico;

    II - se so deixados espaos ou verso de folhas em branco, o que proibido, salvo quando

    destinados a averbaes;

  • 33

    III - se so bem qualificadas as partes e as testemunhas dos atos lavrados, bem como as

    testemunhas que assinam a rogo;

    IV - se nas certides e nos atos lavrados so cotados corretamente os emolumentos e as

    custas;

    V - se esto remetendo as folhas de pagamento, acompanhadas dos respectivos recibos, a

    direo do foro, em cumprimento ao art. 98-A do COJE;

    VI - se esto de acordo com a Lei de Registro Pblico a escriturao e o registro;

    VII - se esto sendo corretamente utilizados os selos de autenticidade, bem como enviado o

    lote de retorno de selos (atos realizados) nos termos desta Consolidao;

    VIII - se o notrio/registrador exerce as atividades para as quais recebeu Delegao;

    IX - se as serventias deficitrias esto recebendo o repasse do complemento do Fundo de

    Compensao aos Registradores Civis das Pessoas Naturais FCRCPN, pela ANOREG -

    MT;

    X - se as declaraes dos atos notariais e registrais esto sendo encaminhadas e os

    recolhimentos esto sendo efetuados at o dia 05 do ms subsequente ao vencido para o

    FUNAJURIS (Lei n 8.033/2003);

    XI - se as alteraes de endereo e/ou quadro funcional esto sendo devidamente informadas

    Diretoria do Foro e a Corregedoria-Geral da Justia.

    Art. 30. Fica recomendado aos Juzes Diretores dos Foros, nos termos do artigo 52, inciso V,

    da Lei n 4.964/85, especial e rigorosa fiscalizao quanto:

    I - facultativa a utilizao do Livro Dirio Auxiliar tambm para fins de recolhimento do

    Imposto de Renda (IR), ressalvada nesta hiptese a obrigao de o delegatrio indicar quais as

    despesas no dedutveis para essa ltima finalidade e tambm o saldo mensal especfico para

    fins de imposto de renda. A mesma faculdade aplica-se para os fins de clculo de Imposto

    Sobre Servios (ISS), hiptese em que dever ser observada a legislao municipal.

    II - a imediata remessa dos valores devidos ao Fundo de Compensao dos Registradores

    Civis de Pessoas Naturais - FCRCPN do ms seguinte quele da arrecadao, no prazo legal,

    consoante disposto na seo VII do Captulo I, do Ttulo II desta Norma;

    III - Recolhimento do FUNAJURIS, bem como se a serventia est informando sobre a

    aquisio de imveis por estrangeiro.

    Art. 31. Titulares e os interinos dos Servios Notariais e de Registro devero:

    I - escriturar, diria e obrigatoriamente, o livro dirio Auxiliar e o livro de depsito prvio,

    nos termos das normas especficas;

  • 34

    II - remeter os valores devidos ao FCRCPN at o 5. (quinto) dia til do ms seguinte ao da

    arrecadao, por meio de depsitos bancrios ou "DOCs" em conta corrente a ser indicada

    pela ANOREG;

    III Revogado pela deciso proferida pela Corregedora-Geral da Justia do Estado de

    Mato Grosso nos autos do Pedido de Providncias 52/2017.

    Art. 32. Sempre que houver notcia quanto a no-remessa dos valores, ou desacordo deles

    com o nmero de atos praticados, o Juiz Diretor do Foro proceder inspeo/correio no

    Servio de Notas e de Registro, caso em que instaurar procedimento, nos termos da Lei

    federal n 8.935/94 (Art.s. 31, 37 e 38) e da Lei estadual n. 6.940/97 (arts. 18 a 23).

    Pargrafo nico. Nas hipteses desta norma, qualquer membro do conselho curador do

    fundo de compensao, bem como membro da ANOREG poder formular reclamao

    diretamente ao Juiz Diretor do Foro da comarca, contra o titular do Servio Notarial e de

    Registro.

    Art. 33. Nos Tabelionatos de Notas dever ser verificado:

    I - se vm sendo deixado espaos em branco entre o final da escritura e as assinaturas;

    II - se existe escritura lavrada e no assinada h mais de 10(dez) dias. Em caso positivo, deve

    ser tornada sem efeito;

    III - se os atos lavrados esto acompanhados dos documentos indispensveis exigidos nas

    normas que regulam a matria.

    Art. 34. No Registro Civil das Pessoas Naturais dever ser verificado:

    I - se nos assentos de nascimento obedecida a grafia correta e no se registram prenomes

    que exponham ao ridculo seu portador;

    II - se foi observada a regularidade formal na habilitao de casamento;

    III - se os bitos registrados no ms esto sendo comunicados ao INSS, Secretaria de Sade,

    ao Ministrio do Exrcito e Justia Eleitoral; sendo bito de estrangeiro, se tambm foi

    comunicado Polcia Federal, e se, trimestralmente, tem sido encaminhado o boletim ao

    IBGE;

    IV - se a Declarao de Nascido Vivo DN acompanha o termo de nascimento, salvo exceo

    prevista em Lei.

    Art. 35. No Registro de Imveis dever ser verificado:

    I - se foram registrados ou averbados todos os documentos protocolados no livro protocolo;

    II - no livro protocolo, se o documento protocolado foi registrado/averbado na matrcula,

    verificando, em seguida, se os nomes dos adquirentes e alienantes, inclusive de seus cnjuges,

  • 35

    foram lanados no indicador pessoal, bem como examinar a correspondente alterao no

    indicador real. Esta verificao deve ser feita, por amostragem, em alguns documentos.

    Art. 36. O relatrio da correio ser elaborado com os requisitos mnimos acima indicados e

    apresentado em formulrio padronizado fornecido pela Corregedoria-Geral da Justia e

    disponvel no site do Tribunal de Justia (www.tjmt.jus.br), portal do magistrado Correio

    on line.

  • 36

    CAPTULO IV

    DO ENVIO E RECEBIMENTO ELETRNICO, POR MEIO DO SISTEMA DE

    MALOTE DIGITAL, DAS CORRESPONDNCIAS ENTRE OS CARTRIOS

    EXTRAJUDICIAIS E AS UNIDADES JUDICIRIAS, DIRETORIAS,

    CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIA DO ESTADO DE MATO GROSSO

    Art. 37. O envio ou recebimento eletrnico das correspondncias compartilhadas entre os

    Cartrios Extrajudicial e as unidades judicirias do Pas e entre os Cartrios e a Corregedoria-

    Geral do Estado de Mato Grosso devero ser realizados por meio do Sistema Malote Digital,

    proveniente do Acordo de Cooperao Tcnica n 004/2008 CNJ CSJT TST TJRN.

    1 A utilizao do Sistema de Malote Digital dar-se- por meio do acesso Internet/Intranet

    do Tribunal de Justia de Mato Grosso.

    2 Os mandados para averbao e registro nos Cartrios do Foro Extrajudicial, inclusive de

    outros Estados, devero ser recebidos e devolvidos por meio do Sistema Malote Digital,

    obedecendo regras da Lei de Registro Pblico.

    3 O envio ou recebimento eletrnico das correspondncias compartilhadas entre os

    Cartrios Extrajudicial e as unidades judicirias deste Estado dar-se- obrigatoriamente por

    meio do Malote Digital, sendo vedado o encaminhamento fsico.

    Art. 38. As serventias que gradativamente terminarem o curso de Malote Digital ministrado

    via EAD Educao Distncia (conforme cronograma que se encontra anexado no Ofcio

    Circular n 374/2014-CGJ/DOF), devero obrigatoriamente utilizar o referido sistema.

    1 As informaes solicitadas pela Corregedoria, Juzes, autoridades, Unidades Judicirias e

    outros devero ser prestadas pelo juzo por meio do Sistema de Malote Digital.

    2 Os documentos podem ser assinados digitalmente.

    Art. 39. Em casos excepcionais, quando o contedo da correspondncia exigir sigilo, dever

    ser utilizada a opo Enviar em Sigilo.

    Art. 40. Para o recebimento das correspondncias enviadas pela Corregedoria Geral da

    Justia, o registrador/notrio dever acessar diariamente o Sistema Malote Digital, visando

    cumprir com presteza as solicitaes, bem como os prazos estabelecidos nas mesmas.

    Art. 41. Os prazos fixados nos expedientes sero contados a partir do primeiro dia til

    subsequente ao do dia da remessa do expediente.

  • 37

    Art. 42. Na hiptese de existir algum problema no sistema que impossibilite o regular envio

    e/ou recebimento dos expedientes, o registrador/notrio dever de imediato comunicar tal fato

    ao Departamento de Aprimoramento da Primeira Instncia DAPI, por meio sdk.tjmt.jus.br,

    de modo que no ocorra nenhum prejuzo s atividades administrativas, nem lhe cause

    nenhum problema de ordem funcional.

    Pargrafo nico. No caso de inoperabilidade do Malote Digital, a Corregedoria poder

    enviar a correspondncia aos Cartrios e os Cartrios para a Corregedoria via GIF Gesto

    Integrada do Foro Judicial e Extrajudicial.

    Art. 43. As correspondncias a serem enviadas devero ser classificadas de acordo com as 02

    (duas) opes disponibilizadas no Sistema de Malote Digital: Prioridade Alta ou

    Prioridade Normal.

    Pargrafo nico. A referida classificao no compromete o nvel de responsabilidade das

    respectivas correspondncias, nem altera os prazos estabelecidos nos expedientes emitidos

    pela Corregedoria-Geral da Justia.

    Art. 44. Para fins do artigo 43 desta Consolidao, so consideradas correspondncias de

    Prioridade Alta:

    I - Solicitao de liberao manual de selo, em carter emergencial;

    II - Requerimento para abertura de declarao, reabertura de receita e despesa;

    III - Informao para atender pedido do Conselho Nacional de Justia;

    IV - Comunicao, solicitao e intimao relativas a procedimentos administrativos

    disciplinares instaurados pelo Juiz Corregedor Permanente;

    V - Outros expedientes que necessitem de providncia imediata.

    Pargrafo nico. Classificam-se como Prioridade Normal os demais expedientes que no

    se enquadrarem na descrio do caput.

    Art. 45. Todos os expedientes devem ser enviados exclusivamente por meio do referido

    sistema, salvo quando da impossibilidade de utilizao do citado procedimento, devidamente

    justificada, observando as determinaes da Resoluo n. 002/2010/TP.

  • 38

    CAPTULO V

    DA CENTRAL ELETRNICA DE INTEGRAO E INFORMAES - CEI

    Art. 46. Fica criada e implantada a Central Eletrnica de Integrao e Informaes CEI

    dos atos Notariais e Registrais dos Cartrios Extrajudiciais do Estado de Mato Grosso

    constituda de informaes, recebimentos e remessas de arquivos eletrnicos.

    1 A CEI de responsabilidade da ANOREG Associao de Notrios e Registradores do

    Estado de Mato Grosso, com apoio desta Corregedoria, e contempla as seguintes atribuies:

    Registro de Imveis; Tabelionato de Notas; Registro Civil de Pessoas Naturais; Registro de

    Pessoa Jurdica; Ttulos e Documentos e Protestos de Ttulos e Outros Documentos de Dvida.

    2 vedada a cesso do arquivo da CEI para outras instituies.

    Art. 47. Os Registradores e Notrios ou por meio dos seus prepostos faro diariamente o

    envio das informaes constantes nos livros de cada atribuio, com a finalidade de manter

    alimentada a Central, sob pena de responder administrativamente pela omisso, a partir do

    dcimo dia do ato praticado.

    1 As informaes eletrnicas devero ser enviadas atendendo aos requisitos de assinatura

    digital, vinculada a autoridade certificadora, no mbito da Infraestrutura de Chaves Pblicas

    Brasileira (ICP-Brasil), atendendo o padro XML, por ser o padro primrio de intercmbio

    de dados com usurios pblicos ou privados.

    2 Caso haja necessidade de alterao/correo de informaes j enviadas Central de

    forma incorreta, o preposto poder alter-las/corrigi-las e reenvi- las, nos termos do caput. O

    sistema permitir que a Corregedoria Geral da Justia faa auditoria, por meio de relatrio,

    das alteraes e correes dos arquivos enviados pelas Serventias.

    3 A Central dever manter um banco de dados para os arquivos alterados com a finalidade

    de preservar a segurana das informaes, e as buscas sero realizadas de acordo com a

    ltima informao enviada.

    4 A Central dever manter um banco de dados para as informaes do Tabelionato de

    Protestos pelo perodo de 10 (dez) anos, com a finalidade de preservar a segurana das

    informaes, contudo as buscas ocorrero nos ltimos 05 (cinco) anos.

    5 As serventias localizadas em locais sem conexo de internet devero alimentar a Central

    regularmente no prazo de 10(dez) dias, consoante dispe o 4 do art. 336 desta

    Consolidao, cujo termo inicial se dar a partir da data de 02/03/2015, marco inicial para

  • 39

    contagem do prazo a partir da vigncia desta Norma c/c art. 6 do Provimento n. 38/2014 -

    Conselho Nacional de Justia.

    Art. 48. Os dados enviados ficaro armazenados no Data Center (Central Eletrnica),

    localizados em ambiente seguro e controlado pela CEI, sob a responsabilidade da Associao

    de Notrios e Registradores do Estado de Mato Grosso, com no mnimo 03(trs) cpias de

    segurana.

    Art. 49. A partir da publicao, as serventias tero at o dia 28/02/2015 para adequar o

    sistema de sua serventia s normas e padres deste Provimento, findo o prazo estaro

    obrigadas a alimentar a CEI com informaes realizadas diariamente.

    1 A partir de 02 de maro/2015, todos os Notrios e Registradores devero alimentar a CEI

    com cargas das informaes diariamente constantes nos arts. 5 ao 10 deste provimento,

    abrangendo a data inicial dos livros escriturados a partir de 1/01/1976, com exceo do

    Tabelionato de Protesto cujas informaes devem abranger os livros escriturados somente nos

    ltimos 05 (cinco) anos.

    2 O prazo para fornecimento das informaes previstas no caput deste artigo dos dados

    anteriores a 02/03/2015 ser de seis meses para cada 05(cinco) anos de registros lavrados,

    iniciando a contagem desse prazo conforme 1 deste Provimento, para os Cartrios de

    Registro de Imveis, Ttulo e Documentos, Tabelionato de Protesto, Tabelionato de Notas e

    Pessoa Jurdica e Registro Civil .

    3 A digitalizao de todos os atos dos livros escriturados a partir de 1/01/1976, dever

    ocorrer em programa informatizado, com a indexao neste programa dos dados elementares

    do assento, necessrios para buscas/consultas, conforme cronograma de implantao

    constante do anexo, sendo que Notrios e Registradores devero alimentar a CEI com carga

    dos atos, com exceo do Tabelionato de Protestos cujas informaes devem abranger os

    livros escriturados somente nos ltimos 05 (cinco) anos.

    4 A CEI dever fornecer software light para o cadastro das informaes previstas nos

    artigos 50 e 51 desta norma e gerenciamento de documentos eletrnicos s serventias de

    Registro Civil das Pessoas Naturais deficitrias.

    Art. 50. Os atos de Registro Civil das Pessoas Naturais que constaro da Central so os

    registros lavrados nos Livros A (Nascimento), Livro B (casamento), B-Auxiliar (casamento

    religioso para efeitos civis), Livro C (bito) e para os Registros de Sede de Comarca, o Livro

    E (interdio, ausncia, emancipao, transcries de nascimento, casamento e bito de

    brasileiros ocorridos no estrangeiro e opo de nacionalidade).

  • 40

    1 Para cada registro ser informado o nome do registrado, a data do registro, a data da

    ocorrncia do ato ou fato registrado, livro, folhas, nmero de termo, partes envolvidas

    (declarante, pai, me, contraentes), testemunhas legais, naturalidade e nmero do selo.

    Havendo matrcula anterior, ela dever tambm ser informada.

    2 No registro de casamento dever ser informada a data de nascimento dos nubentes,

    evitando-se a homonmia.

    3 A proibio de divulgao contemplada em excees legais do Registro Civil de Pessoas

    Naturais devero obedecer s regras impostas nos dispositivos legais pertinentes, e por

    conseguinte, no devero ser enviadas CEI.

    Art.51. Os atos dos Tabelionatos de Notas que constaro da CEI so os lavrados nos

    seguintes livros:

    I - Livro de Escrituras e Atas Notariais;

    II - Livro de Procuraes; e

    III - Livro de Substabelecimentos de Procuraes e Cartes de Reconhecimento de Firmas.

    1 As informaes sobre testamentos continuaro sendo administradas pela Central de

    Testamentos mantida pela ANOREG/MT na forma estipulada nesta Consolidao.

    2 Para cada ato lavrado, conforme consta do caput, ser informado o nmero do livro,

    folhas, data da lavratura, outorgante, outorgado e seus respectivos CPFs/CNPJs e nmero do

    selo.

    3 Os cartes de assinaturas a serem informados devem abranger apenas os ltimos 05

    (cinco) anos, no sendo necessrio o envio de suas imagens, contemplando as seguintes

    informaes: data da abertura, nmero da ficha, nome do cliente e o CPF.

    Art. 52. Os atos dos Tabelionatos de Protestos que constaro da CEI so os lavrados no livro

    de Registro de Protestos dos ltimos 05 (cinco) anos.

    Pargrafo nico. Para cada ato lavrado ser informado o nmero do livro, folhas, data da

    lavratura, devedor e seu respectivo CPF/CNPJ, data do apontamento, nmero do

    apontamento e nmero do selo.

    Art. 53. Os atos de Registro Civil das Pessoas Jurdicas que constaro da central so os

    registros lavrados nos livros A e B.

    Pargrafo nico. Para cada ato lavrado ser informado o nmero do livro, folhas, data do

    registro, nome da pessoa jurdica constituda, data do protocolo, nmero do protocolo,

    nmero do registro e nmero do selo.

  • 41

    Art. 54. Os atos de Registro de Ttulos e Documentos que constaro da Central so os

    registros lavrados nos livros B e C.

    Pargrafo nico. Para cada ato lavrado ser informado o nmero do livro, folhas, quando

    existir, data do registro, espcie, outorgante, outorgado e seus respectivos CPF (Cadastro de

    Pessoa Fsica)/CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica), data do protocolo e os nmeros

    do protocolo, do registro e do selo.

    Art. 55. Os atos de Registro de Imveis que constaro da Central so os registros lavrados

    nos livros n 2 - Registro Geral e Livro n 3 - Registro Auxiliar.

    Pargrafo nico. Para cada ato lavrado ser informado o nmero do livro, folhas, quando

    houver, data do registro, outorgante, outorgado e seus respectivos CPFs, data do protocolo,

    nmero do protocolo, nmero do registro e nmero do selo.

    Art. 56. Os nmeros de selos, previstos nos arts. 50 a 55 desta Consolidao, sero indicados

    apenas para as informaes enviadas a partir da implantao da CEI, no se aplicando s

    informaes retroativas.

    Art. 57. O envio das informaes para a Central dever seguir padro definido no Manual do

    Usurio que estar disponvel no site da Corregedoria e ser enviado s serventias via malote

    digital (anexo).

    Art. 58. Para a integrao entre os Notrios e Registradores do Estado, o documento

    constante na Central ficar liberado para consulta e visualizao do Notrio e do Registrador.

    1 No documento ter informao da origem, integridade e elementos de segurana do

    certificado digital com que foi assinado.

    2 Do documento dever constar obrigatoriamente a informao no tem valor de

    certido, nos termos do artigo 60 deste provimento.

    3 No h como o Notrio/Registrador importar arquivos de outras serventias.

    4 No caso de perda do acervo da serventia, dever ser solicitada Corregedoria, mediante

    justificativa, autorizao para importao dos arquivos e ndices armazenados na CEI.

    Art. 59. O cidado ter acesso s informaes bsicas contidas nos artigos 50 a 55 desta

    norma, mediante buscas/consultas na CEI aps pagamento do valor estipulado no pargrafo

    nico deste artigo.

    Pargrafo nico. A consulta acima referida ter um custo no valor equivalente a 35% do ato

    constante na Tabela A item 05 da Tabela de Emolumentos, permitindo-se arredondamento

    at a terceira casa decimal, o qual ser revertido para a ANOREG/MT com a finalidade de

    custeio da CEI.

  • 42

    Art. 60. Dos atos informados na CEI, o interessado poder requerer certido eletrnica

    diretamente ao cartrio correspondente mediante solicitao especfica na prpria central.

    Pargrafo nico. A certido ser fornecida pelo respectivo cartrio, aps a comprovao do

    pagamento dos emolumentos correspondentes ao(s) ato(s), na forma do artigo 174 desta

    Consolidao e especificados na tabela de emolumentos, que devero ser pagos diretamente

    ao Notrio/Registrador que detm o acervo.

    Art. 61. Os atos digitalizados previstos no 4 do artigo 49 desta norma podero ser

    disponibilizados para visualizao dos usurios pelos Tabelies de Notas e de Protestos,

    Registradores Civis das Pessoas Naturais, Pessoas Jurdicas e Ttulo e Documentos, contudo,

    obrigatria a disponibilizao pelos Registradores de Imveis, ressalvando que o documento

    visualizado no tem valor de certido.

    Pargrafo nico. A visualizao ser disponibilizada pelo respectivo cartrio, aps a

    comprovao do pagamento dos emolumentos correspondentes ao ato constante na Tabela A

    item 13 da Tabela de Emolumentos, o qual ser revertido para o Notrio/Registrador que

    detm o acervo.

    Art. 62. O usurio para ter acesso CEI dever fazer o cadastro pelo site eletrnico

    https://cei-anoregmt.com.br, em seguida receber login e senha por email cadastrado na

    referida Central. (Alterado pela deciso proferida pela Corregedora-Geral da Justia do

    Estado de Mato Grosso nos autos do Pedido de Providncias 52/2017).

    Pargrafo nico. Para fazer a consulta das informaes constantes na CEI, dever o usurio

    comprar os crditos na referida Central, exceto os casos de gratuidade previstos no

    Art. 63. A pesquisa de informao e solicitao de certides e documentos ser

    disponibilizada de forma gratuita, na forma da legislao em vigor, s Instituies do Poder

    Judicirio, Ministrio Pblico, Defensoria Pblica, Tribunal de Contas do Estado,

    obrigatoriamente, por meio de certificao digital, restando s demais situaes o nus do

    pagamento dos emolumentos. (Alterado pela deciso proferida pela Corregedora-Geral

    da Justia do Estado de Mato Grosso nos autos do Pedido de Providncias 52/2017).

    1 Todas as comunicaes oficiais entre os rgo do Poder Judicirio e os Notrios e

    Registradores devero ser realizadas por intermdio da CEI, sem prejuzo do sistema GIF

    (Gesto Integrado do Foro Judicial e Extrajudicial) e Malote Digital.

    2 Consideram-se comunicaes oficiais no mbito da CEI, a busca, as certides e a

    solicitao vinculadas aos atos de cada serventia.

  • 43

    3 Fica franqueada a adeso dos rgos da Administrao Pblica em geral CEI mediante

    comprovao de pertinncia e legitimidade com a legislao em vigor e autorizao expressa

    da Corregedoria-Geral da Justia de Mato Grosso, vinculando-se s condies e aos prazos

    estabelecidos nesta Norma, sendo vedado e punido, na forma da lei, o fornecimento a

    entidades privadas ou terceiros.

    4 Fica terminantemente vedado o fornecimento de informaes que trata o pargrafo

    terceiro deste artigo a entidades privadas ou terceiros.

    5 Ser descredenciado qualquer interessado vinculado ao sistema que se utilize de meios

    imprprios ou ilegais para obteno de qualquer informao, mediante constatao exclusiva

    da CEI, at que haja nova autorizao de habilitao pela Corregedoria-Geral da Justia do

    Estado de Mato Grosso.

    Art. 64. Os atos gerados por meio da CEI, devero ser assinados digitalmente com a

    utilizao de certificados emitidos por autoridade certificadora oficial e credenciada,

    obedecidos os padres estabelecidos pela Infraestrutura de Chaves Pblicas Brasileiras (ICP-

    Brasil).

    Art. 65. Todos os procedimentos e obrigaes decorrentes do regular funcionamento do CEI

    sero de responsabilidade concorrente da ANOREG/MT e seus filiados, vinculando-se, para

    todos os efeitos, s condies tcnicas expressas no Manual do Usurio, redundando em

    responsabilidade administrativa, civil e penal no mbito de suas respectivas competncias.

    1 Incorrero em infrao disciplinar os delegatrios que descumprirem qualquer condio

    tcnica ou prazos expressos no Manual do Usurio ou nesta Norma.

    2 O manual do usurio est disposto no site https://cei-anoregmt.com.br, comtemplando

    adaptaes necessrias. (Alterado pela deciso proferida pela Corregedora-Geral da

    Justia do Estado de Mato Grosso nos autos do Pedido de Providncias 52/2017).

    Art. 66. Os procedimentos e relatrios gerenciais vinculados a CEI sero controlados e

    fiscalizados pela Corregedoria-Geral da Justia de Mato Grosso, que acessar a central por

    meio de certificado digital.

    Art. 67. A base de dados dever ser alimentada diariamente pelas Serventias com a

    verificao das solicitaes e prazos pendentes, incidindo a regra do protocolo dirio previsto

    nas Leis n 6.015/73 e n 8.935/94.

    1 A cada mensagem ser automaticamente expedido um identificador da remessa que

    valer como comprovante de envio prova para todos os efeitos, vinculando-se ainda com o

    posterior encerramento.

  • 44

    2 As solicitaes encaminhadas s serventias extrajudiciais, por meio da CEI, contero

    prazo automtico para resposta, que poder ser redefinido pelo solicitante em caso de

    comprovada impossibilidade tcnica, caso fortuito ou fora maior.

    Art. 68. As certides emitidas por meio da CEI devero ser fornecidas no prazo de 05 (cinco)

    dias teis, observada a exceo prevista no 1 deste artigo, contado do primeiro dia til

    data constante no identificador de remessa eletrnica, com prejuzo dos demais prazos

    fixados pelos solicitantes.

    1 Caso o pedido/remessa no seja lido, a central automaticamente dar como lida no prazo

    estabelecido no caput deste artigo, excetuando a serventia que no dispe de internet no

    municpio, a qual ter prazo de at 10 (dez) dias para fornecer a certido, em consonncia

    com o 5 do artigo 47 desta Norma.

    2 As certides devero permanecer disponveis aos requisitantes pelo prazo mnimo de

    30(trinta) dias e no mximo de 90 (noventa) dias.

    Art. 69. A CEI permitir o recebimento e a remessa de arquivos eletrnicos entre os usurios

    e os Cartrios Extrajudiciais do Estado de Mato Grosso.

    Art. 70. Os delegatrios seguiro rigorosamente os prazos definidos no cronograma anexo

    para fins de integrao e funcionalidade do sistema, obrigaes decorrentes do Manual do

    Usurio e demais orientaes das entidades de classe ou pessoa jurdica por ela indicada, sob

    pena de caracterizar infrao disciplinar punvel na forma da Lei.

    Art. 71. A emisso de certides eletrnicas ser precedida de pedido encaminhado por meio

    da CEI, com observncia dos seguintes procedimentos:

    I - identificao da unidade organizacional requerente, por meio de certificado digital e/ou

    credenciais de acesso autorizadas;

    II consulta de informaes constantes na CEI, a fim de localizar o registro ou documento

    pblico;

    III comprovao do pagamento dos emolumentos pela parte interessada, salvo hiptese de

    iseno legal, devendo, neste caso, ser informado em campo prprio sendo autorizado o

    cancelamento nos casos que no se enquadrem como iseno;

    IV solicitao do pedido com descrio do objeto do registro ou informao cartorria.

    Art. 72. Os usurios das instituies conveniadas e que gozam de iseno do Poder Pblico

    zelaro pelo sigilo das informaes obtidas por meio da CEI, bem como no permitiro que

    terceiros tenham tal acesso e, em caso de descumprimento, sero responsabilizados civil,

    penal e administrativamente, mediante a informao autoridade competente.

  • 45

    Art. 73. Todas as disposies e obrigaes dos usurios restam descritas no Manual do

    Usurio do CEI, que compe o anexo desta Consolidao, vinculando, para todos os efeitos,

    os beneficiados e os delegatrios do Estado de Mato Grosso.

    Art. 74. Depende do pagamento de emolumentos as solicitaes e determinaes judiciais,

    salvo hiptese de iseno.

    1 Ser acrescido ao valor do emolumento o custo da emisso de boleto, caso a serventia

    opte por esse servio.

    2 Nos processos judiciais, quando a prova a ser produzida for de responsabilidade da parte

    interessada, no sero requisitadas informaes ou certides de atos notariais e de registros

    pelo juiz. Se qualquer uma delas no for produzida em razo de obstculo criado pelo prprio

    servio, ou se houver interesse relevante para o mbito judicial, devero ser prestadas,

    cotando-se os emolumentos devidos para posterior pagamento, desde que informadas pelo

    juiz a dispensa do depsito prvio, conforme j consta no artigo 171 desta Consolidao.

    Art. 75. Os casos no previstos neste Captulo sero oportunamente regulamentados pela

    Corregedoria-Geral da Justia.

    Prgrafo nico. As atualizaes e as modificaes no Manual dos Usurios do CEI de

    responsabilidade da ANOREG/MT, condicionadas aprovao prvia e expressa da

    Corregedoria-Geral da Justia.

    Art. 76. Corregedoria ser disponibilizado um mdulo de relatrio para correio on line.

    Art. 77. Podero aderir Central de Informaes deste Estado para interligao dos dados

    outras centrais mediante celebrao de convnio padro com a ANOREG e a Corregedoria.

    Art. 78. Os prazos previstos no cronograma de implantao da CEI anexo devero ser

    observados.

  • 46

    CAPTULO VI

    DA MEDIAO E CONCILIAO NAS SERVENTIAS EXTRAJUDICIAS

    Art. 79. Fica autorizada a realizao de mediao/conciliao nas dependncias das serventias

    extrajudiciais, em ambiente reservado, durante o horrio de atendimento ao pblico,

    observando-se as disposies da Lei n 13.140/2015 e da Resoluo n 125/2010 do Conselho

    Nacional de Justia - CNJ. (Artigo suspenso pelo Conselho Nacional de Justia at a

    regulamentao do tema no julgamento do Processo n003416-44.2016.2.00.0000)

    Pargrafo nico. A serventia extrajudicial que optar por prestar esse servio dever instituir

    o Livro de Mediao e Conciliao.

    Art. 80. Podem atuar como mediador/conciliador o registrador e o notrio e/ou seus

    prepostos, desde que expressamente autorizados pelo Diretor do Foro, em deciso

    fundamentada, na qual aponte as razes para deferir ou indeferir o pedido, o que dever fazer

    em 10 (dez) dia a contar do recebimento do pedido. (Artigo suspenso pelo Conselho

    Nacional de Justia at a regulamentao do tema no julgamento do Processo

    n003416-44.2016.2.00.0000)

    1 O pedido de autorizao dever ser acompanhado de documento que comprove a

    realizao, com aproveitamento satisfatrio, de curso de qualificao que habilite o requerente

    ao desempenho das funes, nos termos da Ordem de Servio 002/2016-PRES-NUPEMEC.

    2 O mediador/conciliador dever, a cada perodo de 2 (dois) anos, contados da autorizao,

    comprovar a realizao de curso de reciclagem na rea ou o empreendimento de esforo

    contnuo de capacitao.

    Art. 81. A funo do mediador/conciliador facilitar o procedimento de comunicao entre

    as partes, buscando o entendimento e o consenso para a resoluo do conflito. (Artigo

    suspenso pelo Conselho Nacional de Justia at a regulamentao do tema no

    julgamento do Processo n003416-44.2016.2.00.0000)

    1 Aplicam-se ao mediador/conciliador as mesmas hipteses legais de impedimento e

    suspeio do juiz.

    2 A pessoa designada para atuar como mediador/conciliador tem o dever de revelar s

    partes, ante a aceitao da funo, qualquer fato ou circunstncia que possa suscitar dvida

    justificada em relao sua imparcialidade para mediar/conciliar o conflito, oportunidade em

    que poder ser recusado por qualquer das partes.

  • 47

    3 O mediador/conciliador ficar impedido, pelo prazo de 01 (um) ano, contado do trmino

    da ltima audincia em que atuou, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das

    partes.

    4 O mediador/conciliador no poder atuar como rbitro nem funcionar como testemunha

    em processos judiciais ou arbitrais pertencentes a conflitos em que tenham atuado.

    Art. 82. O mediador/conciliador observar, no exerccio do seu mister, os seguintes

    princpios: (Artigo suspenso pelo Conselho Nacional de Justia at a regulamentao do

    tema no julgamento do Processo n003416-44.2016.2.00.0000)

    1 Confidencialidade: toda e qualquer informao relativa ao procedimento de

    mediao/conciliao ser confidencial em relao a terceiros, no podendo ser revelada

    sequer em processo arbitral ou judicial, salvo, se as partes expressamente decidirem de forma

    diversa ou quando for exigida por lei ou necessria para cumprimento de acordo obtido pela

    mediao/conciliao;

    I O dever de confidencialidade aplica-se ao mediador, conciliador, s partes, a seus

    prepostos, advogados, assessores tcnicos e a outras pessoas de sua confiana que tenham,

    direta ou indiretamente, participado do procedimento de mediao/conciliao, alcanando:

    a) Declarao, opinio, sugesto, promessa ou proposta formulada por uma parte outra na

    busca de entendimento para o conflito;

    b) Reconhecimento de fato por qualquer das partes no curso do procedimento de

    mediao/conciliao;

    c) Manifestao de aceitao de proposta de acordo apresentada pelo mediador/conciliador; d) Documento preparado unicamente para os fins do procedimento de mediao/conciliao.

    II Ser confidencial a informao prestada por uma parte em sesso privada, no podendo o

    mediador/conciliador revel-la s demais, exceto se expressamente autorizado.

    2 Deciso informada: dever de manter o usurio plenamente informado quanto aos seus

    direitos e ao contexto ftico no qual est inserido;

    3 Competncia: dever de possuir qualificao que o habilite atuao judicial, com

    capacitao na forma da Ordem de Servio 002/2016-PRES-NUPEMEC, observada a

    reciclagem peridica obrigatria para formao continuada;

    4 Imparcialidade: dever de agir com ausncia e favoritismo, preferncia ou preconceito,

    assegurando que valores e conceitos pessoais no interfiram no resultado do trabalho,

    compreendendo a realidade dos envolvidos no conflito e jamais aceitando qualquer espcie de

    favor ou presente;

  • 48

    5 Independncia e autonomia: dever de atuar com liberdade, sem sofrer qualquer presso

    interna ou externa, sendo permitido recusar, suspender ou interromper a sesso se ausente s

    condies necessrias para seu bom desenvolvimento, tampouco havendo dever de redigir

    acordo ilegal ou inexequvel;

    6 Respeito ordem pblica e s leis vigentes: dever de velar para que eventual acordo entre

    os envolvidos no viole a ordem pblica, nem contrarie as leis vigentes;

    7 Empoderamento: dever de estimular os interessados a aprenderem a melhor resolverem

    seus conflitos futuros em funo da experincia da justia vivenciada na autocomposio;

    8 Validao: dever de estimular os interessados perceberem-se reciprocamente como seres

    humanos merecedores de ateno e respeito;

    9 Isonomia entre as partes.

    Art. 83. Pode ser objeto de mediao/conciliao o conflito que verse sobre direitos

    disponveis ou direitos indisponveis que admitam transao. (Artigo suspenso pelo

    Conselho Nacional de Justia at a regulamentao do tema no julgamento do

    Processo n003416-44.2016.2.00.0000)

    1 A mediao/conciliao podem versar sobre todo conflito ou parte dele.

    2 O consenso das partes envolvendo direitos indisponveis, mas transigveis, deve ser

    homologado em juzo, exigida a oitiva do Ministrio Pblico.

    3 As partes podero ser assistidas por advogados ou defensores pblicos.

    4 Comparecendo uma das partes acompanhada de advogado ou defensor pblico, o

    mediador/conciliador suspender o procedimento, at que todas estejam devidamente

    assistidas.

    Art. 84. Podem participar da mediao/conciliao, como requerente ou requerido, a pessoa

    natural capaz e a pessoa jurdica. (Artigo suspenso pelo Conselho Nacional de Justia at a

    regulamentao do tema no julgamento do Processo n003416-44.2016.2.00.0000)

    1 A pessoa natural poder se fazer representar por procurador devidamente constitudo.

    2 A pessoa jurdica e o empresrio individual podero ser representados por preposto

    munido de carta de preposio com poderes para transigir, sem haver necessidade de vnculo

    empregatcio.

    3 Dever ser exigida da pessoa jurdica a prova de representao, mediante cpia

    autenticada dos seus atos constitutivos, bem como cpia da certido simplificada e atualizada

    da Junta Comercial.

  • 49

    Art. 85. Para efeitos de cobranas de custas e emolumentos, aplicam-se s

    mediaes/conciliaes extrajudiciais o disposto no item 7 da Tabela A, letras a, b e c

    da tabela de custas e emolumentos do Foro Extrajudicial, independentemente da especialidade

    da serventia escolhida pelo interessado. (Artigo suspenso pelo Conselho Nacional de

    Justia at a regulamentao do tema no julgamento do Processo n003416-

    44.2016.2.00.0000)

    1 A base do clculo dos emolumentos ser o valor declarado do proveito econmico pelas

    partes que reflete o bem/direito litigioso, devendo haver real correspondncia entre o valor

    declarado e o proveito econmico obtido.

    2 assegurada a gratuidade da mediao/conciliao, diante da verificao de que a parte

    pobre, nos termos da Lei n 1065/1950 1960, mediante juntada de declarao de

    hipossuficincia.

    3 O mediador/conciliador poder exigir o depsito prvio dos valores relativos aos

    emolumentos e despesas pertinentes aos atos.

    Art. 86. dever do mediador/conciliador informar o requerente sobre os meios idneos de

    comunicao permitidos e seus respectivos custos, que ser escolhida a exclusivo critrio do

    interessado. (Artigo suspenso pelo Conselho Nacional de Justia at a regulamentao do

    tema no julgamento do Processo n003416-44.2016.2.00.0000)

    1 O custo do envio da carta com aviso de recebimento - AR no dever ser superior ao

    praticado pela Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos EBCT.

    2 O custo da notificao por oficial de registro de ttulos e documentos ser o previsto na

    Tabela anexa Lei Estadual n 7.550/2001.

    3 Caso o interessado