consideraÇÕes teÓricas sobre os paradigmas do estado - liberal-social e democrÁtico

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  • 7/30/2019 CONSIDERAES TERICAS SOBRE OS PARADIGMAS DO ESTADO - LIBERAL-SOCIAL e DEMOCRTICO

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    BREVES CONSIDERAES TERICAS SOBRE OS PARADIGMAS DO ESTADOLIBERAL, DO ESTADO SOCIAL E DO ESTADO DEMOCRTICO DE DIREITO1

    Adilson Teodoro; Fernanda Lommez Andrade; Geraldo Andrade da Silva; Gislande Silva Jardim; Luciano Monteiro da Silva; Marcelo Ebder dos Santos; Mayaram Mximo Pereira; Rosemeiry dos Santos Barros; Sheilla Cristine Almeida dos Reis, Vincius Lott Thibau.

    SUMRIO: 1. CONSIDERAO INICIAL; 2. O PARADIGMADO ESTADO LIBERAL; 3. O PARADIGMA DO ESTADOSOCIAL; 4. O PARADIGMA DO ESTADO DEMOCRTICODE DIREITO; 5. CONCLUSO; 6. REFERNCIASBIBLIOGRFICAS.

    1. CONSIDERAO INICIAL

    Nos ltimos sculos, o Direito foi marcado por grandes transformaespoltico-jurdico-econmicas em razo da constante evoluo da Sociedade. Com o

    objetivo de explicitar as principais caractersticas que qualificaram os trs grandesparadigmas divulgados ao longo da histria, o estudo ora apresentado desenvolve-se sobre a atividade estatal, a partir da perspectiva de trs marcos tericos distintos:a do Estado Liberal, a do Estado Social e a do Estado Democrtico de Direito.

    1 Artigo jurdico elaborado a partir dos primeiros estudos desenvolvidos pelo Grupo de PesquisaO Processo Constitucional e as Reformas do Cdigo de Processo Civil brasileiro , coordenado porVincius Lott Thibau , professor responsvel pela organizao e pela reviso gramatical,metodolgica e de contedos tericos do texto final apresentado pelos autores-pesquisadores.

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    2. O PARADIGMA DO ESTADO LIBERAL

    O Paradigma do Estado Liberal, cujo marco principal foi a RevoluoFrancesa levada a efeito pela Burguesia, no ano de 1789, sobreps-se aoAbsolutismo e deu incio ao denominado Constitucionalismo.

    A Sociedade Medieval organizava-se numa rgida diviso de classes baseadaem critrios de hierarquia e o Direito no era considerado um conjunto de normasabstratas e gerais vlido para todos, mas se apresentava, conforme assinalaMenelick de Carvalho Netto, como

    ordenamentos sucessivos e excludentes entre si, consagradores dos privilgios de casta e faco de casta, consubstanciados em normas oriundas da barafunda legislativa imemorial, nas tradies, nos usos e costumes locais (...). 2

    Com a idia de uma soberania centralizada nas mos do monarca, que tinhao poder de deciso sobre todos os assuntos do Estado, desde a religio at aeconomia, sempre com o objetivo de promover o bem-estar e a felicidade dossditos, o Absolutismo firma a proposio de que o Estado e o governante no sedistinguem.

    Diante deste quadro scio-poltico-econmico, a Burguesia via-se tolhida nosseus objetivos de atuao e, irresignada, utilizou-se dos ideais deLiberdade,Igualdade e Fraternidade para atingir o seu propsito de convencer e arregimentar,para sua luta, parte da populao que j se encontrava bastante oprimida esubmissa ao Estado. Sustentando a necessidade de limitao dos poderes dogovernante, o almejado Estado Liberal adotou como fundamentos principais aliberdade, a propriedade privada e a igualdade.

    Entre os desejos da Burguesia, destacava-se o da considerao do indivduo

    como prioridade frente ao Estado que, com isso, teria sua atuao adstrita aosassuntos de segurana e de ordem pblicas. No Estado Liberal, contudo, a liberdadedo indivduo no significava mais do que uma liberdade formal e destinada Burguesia, conforme elucida Paulo Bonavides: 2 CARVALHO NETTO. Menelick de. A hermenutica constitucional sob o paradigma do estadodemocrtico de direito. In: OLIVEIRA, Marcelo Andrade Cattoni de (coord.).Jurisdio ehermenutica constitucional no estado democrtico de direito . Belo Horizonte: Mandamentos,2004, p. 30.

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    A burguesia triunfante ao soar esse ensejo histrico, enfeixava todos os poderes e se justificava socialmente como se fora o denominador comum de todas as classes, por cuja liberdade uma liberdade que de modo concreto,s a ela aproveitava em grande parte havia terado armas com despotismo vencido. 3

    A Sociedade, no perodo liberal, foi extremamente individualista; a distinoentre o pblico e o privado era bem visvel, como tambm a destinao de seusobjetivos. A esfera pblica englobava aspectos relacionados representao polticae aos assuntos de Estado, enquanto a esfera privada englobava aspectosrelacionados famlia e aos negcios.

    Assim que os direitos de propriedade e de contratar eram afetos apenas spartes, no autorizando a interferncia do Estado. A propriedade era plena, podendoo seu titular dela usar, gozar e dispor da maneira que melhor entendesse; os

    contratos, ainda que explicitassem violaes igualdade de negociar, submetiam-seao princpio dopacta sunt servanda .

    Conforme elucida Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira,

    Sob o paradigma liberal, cabe ao Estado, atravs do Direito Positivo,garantir a certeza nas relaes sociais atravs da compatibilizao dos interesses privados de cada um com o interesse de todos, mas deixa a felicidade ou busca pela felicidade nas mos de cada indivduo. 4

    E continua,

    (...) o Direito uma ordem, um sistema fechado de regras, de programas condicionais, que tem por funo estabilizar expectativas de comportamento temporal, social e materialmente generalizadas, determinando os limites e ao mesmo tempo garantindo a esfera privada de cada indivduo. 5

    Destarte, no Estado Liberal, h um afastamento do Estado no que tange squestes privadas. O indivduo que, no Absolutismo, apresentava-se como sdito domonarca, coloca-se, no primeiro paradigma do Constitucionalismo, como senhor desi e de suas terras, submisso apenas a um direito legitimado pela sua formalidadeque atinge a todos, inclusive ao Estado, embora de maneira materialmente desigual.

    Nesse sentido, tambm o entendimento de Andr Cordeiro Leal:

    3 BONAVIDES, Paulo.Do estado liberal ao estado social . 7. ed. So Paulo: Malheiros, 2004, p. 67.4 CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade.Direito constitucional. Belo Horizonte: Mandamentos,2002, p. 55.5 CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade.Direito constitucional. Belo Horizonte: Mandamentos,2002, p. 57.

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    Tendo como cerne de sua atuao a propriedade privada, o Estado (instrumental) liberal, por via do estabelecimento da tripartio de poderes (...), visava garantir que a esfera privada dos indivduos fosse protegida das intervenincias sbitas e inesperadas dos governantes e tambm de outros indivduos. Estes todos estariam adstritos prtica de atos autorizados em leis previamente aprovadas pelos parlamentos. 6

    A par do que a Revoluo Francesa preconizou nos dizeres clebres,Liberdade, Igualdade e Fraternidade repita-se -, v-se que as duas dessasprimeiras caractersticas foram concebidas apenas formalmente, enquanto que afraternidade, para muitos, nunca chegou a ser implementada. Ao contrrio disso,sobretudo no momento histrico da Revoluo Industrial, restaram identificadas, apartir do Estado Liberal, a penria e a misria conforme esclarecido por PauloBonavides, ao citar Vierkandt:

    (...) como a igualdade a que se arrimam o liberalismo apenas formal, e encobre na realidade, sob seu manto de abstrao, um mundo de desigualdades de fato econmicas, sociais, polticas e pessoais termina a apregoada liberdade, como Bismark j o notara, numa real liberdade de oprimir os fracos, restando a estes, afinal de contas, to somente a liberdade de morrer de fome. 7

    Na impossibilidade de materializar a liberdade buscada nos ideais daRevoluo Francesa, bem como a igualdade e a fraternidade, o Estado Liberalmostrou-se inapto para a consecuo dos seus objetivos, aproveitando-se delesomente a classe burguesa.

    3. O PARADIGMA DO ESTADO SOCIAL

    A busca pela defesa da autonomia privada, explicitada na interpretaoindividualista, abstrata e formal dos direitos de liberdade, de igualdade e depropriedade, erigiu o Estado Liberal condio de um Estado de atuao negativa.A limitao da atuao estatal garantia da segurana e da ordem pblicas,determinou o surgimento de um capitalismo monopolista, desumano e escravizador,tornando a liberal-democracia insustentvel.

    6 LEAL, Andr Cordeiro.O contraditrio e a fundamentao das decises no direito processualdemocrtico . Belo Horizonte: Mandamentos, 2002, p. 26.7 BONAVIDES, Paulo.Do estado liberal ao estado social . 7. ed. So Paulo: Malheiros, 2004, p. 61.

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    Com o clientelismo, estabeleceu-se a burocratizao das iniciativas pblicas,que, por sua vez, impossibilitou ao cidado perquirir seus prprios anseios em facede uma criada dependncia do indivduo, pela impossibilidade em que este se acha,perante fatores alheios sua vontade, de prover certas necessidades existenciais

    mnimas .11

    4. O PARADIGMA DO ESTADO DEMOCRTICO DE DIREITO

    Com a grande discrepncia entre os objetivos pretendidos pelo Estado Social

    e a sua implementao, adveio a necessidade de reao diante de um paradigmaque, fundando-se na premissa de um Estado monopolizador, entrou em crise.Conforme registra Vincius Lott Thibau, com base em Gisele Cittadino,

    (...) o Estado Democrtico de Direito visa corrigir as distores concernentes legitimidade do Direito havidas nos paradigmas jurdico- constitucionais do Estado Liberal e do Estado Social, uma vez que esses paradigmas cingem-se a disputar a hegemonia na 'determinao dos pressupostos fticos para o status de pessoas do direito e seu papel de destinatrias da ordem jurdica. 12

    Assim sendo, numa verso procedimental, o paradigma do EstadoDemocrtico de Direito caracteriza-se por intencionar a unio de aspectos positivosdo Estado Liberal e do Estado Social, buscando, desta forma,"'reconstruir o potencial democrata radical j presente, (...) na prpria autocompreenso da modernidade. 13 Isto porque, na atualidade, a legitimidade do Direito requer aobservncia das autonomias pblica e privada dos cidados, como esclarece JrgenHabermas:

    uma ordem jurdica legtima na medida em que assegura a autonomia privada e a autonomia cidad de seus membros, pois ambas so co- originrias; ao mesmo tempo, porm, ela deve a sua legitimidade a formas de comunicao nas quais essa autonomia pode manifestar-se e

    11 BONAVIDES, Paulo.Do estado liberal ao estado social . 7. ed. So Paulo: Malheiros, 2004, p.200.12 THIBAU, Vincius Lott. Os paradigmas jurdico-constitucionais e a interpretao do direito. Meritum:Revista de Direito da FCH/FUMEC, Belo Horizonte, v. 3, p. 340, 2008.13 CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade.Direito constitucional. Belo Horizonte: Mandamentos,2002, p. 64.

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    comprovar-se. A chave da viso do direito consiste nisso. Uma vez que a garantia da autonomia privada atravs do direito formal se revelou insuficiente e dado que a regulao social atravs do direito, ao invs de reconstruir a autonomia privada, se transformou numa ameaa para ela, s resta como sada tematizar o nexo existente entre formas de comunicao que, ao emergirem, garantem a autonomia pblica e privada. 14

    Tendo em vista a complexidade da Sociedade contempornea, a legitimidadedo Direito passa por um processo democrtico atravs do qual os cidados alcancem um entendimento acerca das normas de seu viver em conjunto. 15 Emoutros termos, a legitimidade do Direito decorre de procedimentos institucionalizadosque permitam ao destinatrio da norma se reconhecer como seu prprio autor,consoante diz Andr Cordeiro Leal:

    A teoria do discurso sustenta que o xito da poltica deliberativa depende no da ao coletiva dos cidados, mas da institucionalizao dos procedimentos e das condies de comunicao correspondentes. Uma soberania popular procedimentalizada e um sistema poltico ligado s redes perifricas da esfera pblico-poltica andam de mos dadas com a imagem de uma sociedade descentrada. 16

    Da, o que se v que o paradigma do Estado Democrtico de Direito

    no antecipa mais um determinado ideal de sociedade, nem uma determinada viso de vida boa ou de uma determinada opo poltica. Pois ele formal no sentido de que apenas formula as condies necessrias segundo as quais os sujeitos do direito podem, enquanto cidados,entender-se entre si para descobrir os seus problemas e o modo de solucion-los. Evidentemente, o paradigma procedimental do direito nutre a expectativa de poder influenciar, no somente a autocompreenso das elites que operam o direito na qualidade de especialistas, mas tambm a de todos os atingidos. E tal expectativa da teoria do discurso, ao contrrio do que se afirma muitas vezes, no visa doutrinao, nem totalitria. Pois o novo paradigma submete-se s condies da discusso contnua (...). 17

    14 HABERMAS, Jrgen.Direito e democracia entre facticidade e validade. Traduo Flvio BenoSiebeneichler. 2. ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003, p. 147. v. II.15 CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade.Direito constitucional. Belo Horizonte: Mandamentos,2002, p. 66.16 LEAL, Andr Cordeiro.O contraditrio e a fundamentao das decises no direito processualdemocrtico . Belo Horizonte: Mandamentos, 2002, p. 14.17 HABERMAS, Jrgen.Direito e democracia entre facticidade e validade. Traduo Flvio BenoSiebeneichler. 2. ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003, p. 190. v. II.

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    5. CONCLUSO

    possvel afirmar que o Absolutismo vigia fundamentado na pessoa do

    monarca, que se confundia com o Estado e que atribua aos indivduos a condiode sditos. A Revoluo Francesa liderada pela Burguesia, dentre outros objetivos,intencionou o afastamento da subservincia dos sditos em relao ao rei, a partirda reivindicao dos direitos de liberdade, de igualdade e de propriedade privada.

    No paradigma do Estado Liberal, somente era autorizada a interveno doEstado quando a ordem e a segurana pblicas fossem abaladas. O Liberalismosustentava um Estado de cunho no intervencionista, a fim de se preservar aliberdade dos cidados; tornava-se clara a predominncia dos interesses privadossobre o interesse pblico.

    A ausncia de interveno estatal nas relaes privadas, contudo, foi quecolocou o paradigma do Estado Liberal em xeque. A Revoluo Industrial, com osseus hoje notrios movimentos grevistas e de quebra dos maquinrios, anunciouno s uma situao de misria de cidados excludos da possibilidade de exerceros direitos individuais reivindicados, como tambm importou em fundamento parainterveno estatal.

    Foi nesse contexto histrico que o Estado Social se originou. Baseado naprevalncia do pblico sobre o privado, neste paradigma, ao Estado cabiaestabelecer o que era bom para todos, monopolizar atividades e assumir posiespaternalistas. O Estado Social acabou por determinar o afastamento da autonomiaprivada do cidado.

    O paradigma do Estado Democrtico de Direito, numa verso proposta porJrgen Habermas, prope a conjugao dos pontos benficos dos paradigmas doEstado Liberal e do Estado Social, a partir da pretenso de que os destinatrios da

    norma se reconheam co-autores desta. Os direitos de participao e de fiscalizaoapresentam-se como condies para uma almejada co-autoria na produonormativa decorrente da observncia das autonomias pblica e privada, que no seexcluem, como se d nos paradigmas do Estado Liberal e do Estado Social.

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    6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    BONAVIDES, Paulo. Do estado liberal ao estado social. 8 ed. So Paulo:Malheiros, 2004.

    CARVALHO NETTO. Menelick de.A hermenutica constitucional sob oparadigma do estado democrtico de direito. In: CATTONI DE OLIVEIRA,Marcelo Andrade (coord.). Jurisdio e hermenutica constitucional no estadodemocrtico de direito. Belo Horizonte: Mandamentos, 2004.

    CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade.Direito Constitucional. Belo Horizonte:Mandamentos, 2002.

    CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade.Tutela jurisdicional e estadodemocrtico de direito : por uma compreenso constitucionalmente adequada domandado de injuno. Belo Horizonte: Del Rey, 1998.

    HABERMAS, Jrgen.Direito e democracia entre facticidade e validade. TraduoFlvio Beno Siebeneichler. 2. ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003. v. II.

    LEAL, Andr Cordeiro.O contraditrio e a fundamentao das decises no

    direito processual democrtico. Belo Horizonte: Mandamentos, 2002.

    THIBAU, Vincius Lott. Os paradigmas jurdico-constitucionais e a interpretao dodireito. Meritum:Revista de Direito da FCH/FUMEC, Belo Horizonte, v. 3, 2008.

    THIBAU, Vincius Lott.As presunes legais relativas e o contraditrio noparadigma do estado democrtico de direito . 2007. 127f. Dissertao (Mestradoem Direito Processual) Faculdade Mineira de Direito, Pontifcia UniversidadeCatlica de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2007.